PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA
EFEITO DE CHUVA SIMULADA NA EFICÁCIA E PERSISTÊNCIA DO
TRATAMENTO QUÍMICO DE SUPERFÍCIES PARA O CONTROLE DE
Blattella germanica (DICTYOPTERA: BLATTELLIDAE)
JOSÉ CARLOS FERREIRA DE SOUZA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências do Campus Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Especialização em Entomologia Urbana: Teoria e Prática.
RIO CLARO, SP
2008
JOSÉ CARLOS FERREIRA DE SOUZA
EFEITO DE CHUVA SIMULADA NA EFICÁCIA E
PERSISTÊNCIA DO TRATAMENTO QUÍMICO DE
SUPERFÍCIES PARA O CONTROLE DE Blattella germanica
(DICTYOPTERA: BLATTELLIDAE)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências do Campus Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Especialização em Entomologia Urbana: Teoria e Prática.
Orientador: Dr. Marcos Roberto Potenza
RIO CLARO, SP
2008
Souza. José Carlos Ferreira de EFEITO DE CHUVA SIMULADA NA EFICÁCIA E PERSISTÊNCIA DO TRATAMENTO QUÍMICO DE SUPERFÍCIES PARA O CONTROLE DE Blattella germanica (DICTYOPTERA: BLATTELLIDAE)/ José Carlos Ferreira de Souza – Rio Claro, 2008, Trabalho de Conclusão de Curso – UNESP – Curso de Especialização em Entomologia Urbana.
The effect of simulated rain in the efficacy and surface chemical treatment to control Blattella germanica (Dictyoptera: Blattellidae).
1. Blattella germanica 2. Inseticida 3. Controle 4. Barata
JOSÉ CARLOS FERREIRA DE SOUZA
EFEITO DE CHUVA SIMULADA NA EFICÁCIA E PERSISTÊNCIA DO
TRATAMENTO QUÍMICO DE SUPERFÍCIES PARA O CONTROLE DE
Blattella germanica (DICTYOPTERA: BLATTELLIDAE)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências do Campus Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do grau de Especialização em Entomologia Urbana: Teoria e Prática.
Comissão Examinadora
____________________________________ _____________________________________ _____________________________________
Rio Claro, ____ de _______________ de ________
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Pesquisador Cientifico Dr. Marcos Roberto Potenza, meu orientador, que
possibilitou a oportunidade de realizar esse trabalho.
Agradeço ao Pesquisador Cientifico João Justi Junior, meu co-orientador, que me
auxilio na realização deste trabalho.
Agradeço ao Pesquisador Cientifico José Maria Fernandes dos Santos, que me
orientou e auxiliou com a parte prática.
Agradeço ao Instituto Biológico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
pela oportunidade de estágio.
Agradeço aos estagiários do laboratório de Inseticida e Acaricidas pela ajuda na
realização deste trabalho.
Agradeço a minha família pelo carinho, compreensão e amor.
Agradeço a Deus por ter me guiado nos momentos mais difíceis.
SUMÁRIO
Páginas
RESUMO iv
SUMMARY v
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................... 2
2.1 Aspectos bioecólogicos de Blattella germânica........................................... 2
2.2 Importância médica das baratas.................................................................... 4
2.3 Prejuízos econômicos causados por barata.................................................. 5
2.4 Resistência de Blattella germanica a inseticidas......................................... 5
2.4.1 Resistência cruzada em Blattella germanica................................................ 6
2.4.2 Resistência comportamental em Blattella germanica.................................. 7
2.5 Métodos de controle..................................................................................... 8
2.5.1 Identificar a espécie..................................................................................... 8
2.5.2 Biologia e comportamento da praga............................................................. 9
2.5.3 Nível de infestação para adoção ou não do controle..................................... 9
2.5.4 Habitat.......................................................................................................... 10
2.6 Controle Integrado....................................................................................... 10
2.6.1 Controle químico.......................................................................................... 11
2.6.2 Controle mecânico e físico........................................................................... 12
2.7 Avaliar a eficiência do controle.................................................................... 13
3 OBJETIVO.................................................................................................... 14
4 MATERIAS E MÉTODOS.......................................................................... 15
4.1 Avaliação de diferentes lâminas de chuva sobre a eficiência de inseticidas para o
controle de Blattella germanica.................................................................. 16.
4.2 Avaliação de produtos de higienização sobre o residual de inseticidas para o
controle de Blattella germanica........................................................ 20
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 21
6 CONCLUSÃO.............................................................................................. 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 34
RESUMO
O registro mais antigo de uma barata é datado do período Siluriano, há
aproximadamente 400 milhões de anos. Comparando as baratas de hoje com as do passado
pouco elas mudaram, permanecendo como insetos não especializados. As mudanças
ocorreram na genitália da fêmea, nos ovos, que passaram a ser colocado no interior de uma
ooteca em vez de individualmente, evitando assim a dessecação; e nas asas, que deixaram de
ter como função principal o vôo e ocorrendo a redução das asas em alguns casos. As baratas
pertencem a Ordem Dictyoptera, que compreende mais de 4.000 espécies das quais menos de
1% convivem com o homem. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência da lavagem
com água e produtos de higienização, na forma de chuva simulada, sobre a eficácia e
persistência do tratamento químico de superfícies para o controle de Blattella germanica. O
ensaio foi realizado no Instituto Biológico e como superfícies foram utilizados azulejos
medindo 20X20cm e placas de ardósia medindo 50X50cm. Os tratamentos utilizados foram
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol), lambdacialotrina na formulação microencapsulado
e lambdacialotrina na formulação concentrado emusionável. Após o tratamento com os
produtos na dosagem recomendada, as superfícies tratadas foram expostas a diferentes
lâminas de chuva (3 e 6mm) simulando uma lavagem. A lavagem das superfícies (ardósia e
azulejo) com água e produtos de higienização (sabão em pó e hipoclorito de sódio a 2%)
reduz a eficácia e persistência dos tratamentos. A lavagem após a aplicação de inseticidas
reduz a eficácia e persistência no tratamento de ardósia, não sendo significativo para azulejo e
a lavagem com produtos de higienização (sabão em pó e hipoclorito de sódio a 2%) reduz a
eficácia e persistência no tratamento de ardósia, não sendo significativo para azulejo.
SUMMARY
The oldest record of a cheap date is the Silurian period, there are approximately 400
million years. Comparing the cheap today with the past they have changed little, remaining as
non-specialist insects. The changes occurred in the female genitalia, in eggs, which came to
be placed inside a ootheca instead individually, thus avoiding drying, and in the wings, they
no longer have the primary function the flight and the reduction of wings in some cases. The
cockroaches are the Order Dictyoptera, which comprises more than 4,000 species of which
less than 1% live with the man. The objective of this study was to assess the influence of
washing with water and sanitation products, in the form of simulated rain on the effectiveness
and persistence of the chemical treatment of surfaces for the control of Blattella germanica.
The test was conducted in the Biological Institute, and surfaces were used as measuring
20X20cm tiles and slabs of slate measuring 50X50cm. The treatments were alfacipermetrina
(alfacipermetrina Fersol), lambdacyhalothrin microencapsulated in the formulation and
lambdacyhalothrin emusionável concentrated in the formulation. After treatment with the
recommended dosage products in the areas treated were exposed to different sheets of rain (3
and 6 mm) simulating a wash. The washing area (slate and tile) with water and hygiene
products of (soap powder and sodium hypochlorite to 2%) reduces the effectiveness of
treatments and persistence. The washing after application of insecticides reduces the
effectiveness and persistence in dealing with slate and is not significant for tile and wash with
the hygiene products (soap powder and sodium hypochlorite to 2%) reduces the effectiveness
and persistence in dealing with slate, is not significant for tile.
1
1 INTRODUÇÃO
Os insetos mais comuns no convívio com o homem são as baratas, com cerca de 4.000
espécies, porém, a maioria é silvestre. Apenas 1% busca convívio com o homem, devido às
condições propicias que o homem fornece para esses insetos. A presença de baratas em
residências causa mais distúrbios para seus moradores (aflição, angústia, stress) do que
qualquer outro inseto. Esse incômodo se deve ao fato das pessoas não gostarem da presença
de insetos e que sua presença demonstra que o local não possui higiene e conservação
adequadas (POTENZA, 2005).
A importância médica das baratas é bastante expressiva e diversos organismos
patogênicos têm sido isolados de baratas coletadas em domicílios ou peridomicílios (Koehler
et al., 1990; Roth & Willis, 1960). Entretanto, o papel das baratas como vetores de patógenos
é ainda muito controverso. Evidências de que as baratas disseminam mecanicamente
patógenos através do seu corpo (PAGANELLI, 1997).
A presença de baratas em um ambiente pode causar alguns prejuízos econômicos,
como, perda de alimentos, destruição de documentos ao se alimentarem de papéis, desta
forma, perdas indiretas ocorrem ao mancharem ou contaminarem pratos, utensílios,
embalagens, rótulos etc. Elas também podem destruir equipamentos eletrônicos, causar curto-
circuito, incêndios etc (PAGANELLI, 1997).
2
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
As baratas são os insetos mais primitivos que existem. Estudos de fósseis de baratas
demonstram que esses animais mudaram muito pouco nos aproximadamente 300 a 400
milhões de anos (CORNWELL, 1968).
Baratas estão entre os insetos mais comuns encontrados ao convívio com o homem,
são causadoras de grande repugnância e são consideradas umas das espécies que mais fácil se
adapta ao meio ambiente. Existem cerca de 4.000 espécies de baratas, sendo que 1% convive
com o homem, assumindo assim uma grande importância econômica (BENNETT et al.,
1996). Grande parte das baratas são silvestres e podem ser encontradas em nichos ecológicos
bastante variados. Além de habitarem residências, vivem também entre folhiços, cascas de
árvores e sob troncos caídos em florestas tropicais e temperados nas dunas de areia dos
desertos, entre gramas e arbustos, em tocas de roedores e cavernas, em ninhos de aves e
cupins ou no meio semi – aquático. As baratas consideradas domésticas podem ser
encontradas em tubulações de esgoto, fossas e caixas de gordura. Podem viver e reproduzir –
se no interior de diversos meios de transportes como embarcações, ônibus, trens, dispersando–
se rapidamente (PAGANELLI, 1997).
2.1 Aspectos bioecológicos de Blattella germanica
A barata alemã, Blattella germanica (Linnaeus, 1767) (Dictyoptera: Blattellidae) vem
sendo considerada a espécie de maior importância econômica e a de maior prevalência em
vários ambientes. Ela, provavelmente, é originária do noroeste da África e de lá se dispersou
para Europa Oriental e Ásia, e possivelmente da Europa para a América. Várias espécies de
insetos são transportadas passivamente pelo homem de um local a outro dentro de móveis,
aparelhos domésticos, pacotes e outros meios. Aviões e embarcações contribuem para
dispersão de várias espécies de insetos pelo mundo. Muitas residências e estabelecimentos
comerciais tornam–se infestados por B. germanica através do recebimento de caixas de
papelão, alimentos ou outros materiais infestados que são levados para o interior do ambiente
(PAGANELLI, 1997).
Essas baratas possuem pequeno porte (1,5 a 3,0 cm de comprimento), coloração
castanha – amarelada com duas faixas longitudinais mais escuras no pronoto, com machos e
fêmea inteiramente alada. A cabeça é curta, subtriangular, apresentando olhos compostos
grandes e geralmente dois ocelos (olhos simples). As antenas encontram–se inseridas entre os
3
olhos compostos, apresentando formato filiforme e podendo atingir o dobro do comprimento
do corpo. Elas desempenham um papel fundamental na sobrevivência da barata servindo não
apenas como elemento de direção, mas também podendo captar vibrações no ar ou ainda
identificar alimentos ou feromônios (POTENZA, 2005).
O aparelho bucal é mastigador, alimentando-se de papéis, mel, pão, carne, batatas,
gorduras, ração animal, lombadas dos livros. O tórax apresenta o seu primeiro segmento bem
desenvolvido, com o pronoto largo e achatado cobrindo a cabeça. As pernas são ambulatórias,
tornando as baratas andarilhas excepcionais. Apresentam coxa, fêmur e tíbias com espinhos e,
em geral, têm tarsos pentâmeros (POTENZA, 2005).
Quando presentes, apresentam dois pares de asas, sendo o primeiro par tipicamente
coriáceo e o segundo membranoso. O abdome é séssil, alargado e deprimido, apresentando
em geral 10 segmentos. Apresenta um par de cercos no último urômero, acrescido de um par
de estilos nos machos, seu ciclo de vida pode ser completado em 100 dias sob condições
favoráveis de desenvolvimento (POTENZA, 2005).
As fêmeas são ovíparas e carregam a ooteca (resultante do alargamento do 7º esternito
abdominal) até quase o momento de eclosão das ninfas, produzindo de 4 a 8 ootecas durante
sua vida. Em cada ooteca existem de 24 a 48 embriões que se desenvolvem em
aproximadamente 28 dias. A ooteca é delgada, com base e parte superior paralelas, de
coloração marrom clara e medindo cerca de 8mm de comprimento, com dentições distintas
contornando cada um dos ovos (BENNETT et al., 1996; CORNWELL, 1968).
As ninfas podem abrir a ooteca ainda quando está aderida à fêmea ou ser depositada
em um lugar em que as ninfas recém eclodidas possam facilmente encontrar alimento e
abrigo. É a única espécie doméstica de barata que carrega a ooteca até a eclosão das ninfas. A
fêmea pode produzir sua primeira ooteca aos 11 ou 12 dias de idade do estágio adulto
reduzindo consideravelmente sua alimentação. Uma nova ooteca é formada em duas semanas
(BENNETT et al., 1996; CORNWELL, 1968).
As ninfas são de coloração mais escura do que os adultos e passam por 5 a 7 estágios
ninfais variando de 50 a 60 dias, representando 75% da população (BENNETT et al., 1996;
CORNWELL, 1968).
Os acasalamentos ocorrem logo após que as fêmeas tornam–se adultas. Em poucos
dias após o acasalamento inicia–se a formação da ooteca. Seu desenvolvimento completo dar
–se-á em 48 horas (BENNETT et al., 1996; CORNWELL, 1968).
A fase adulta das baratas pode durar de 3 a 6 meses, sendo que as fêmeas apresentam
maior longevidade do que os machos. Os machos iniciam o acasalamento 3 dias após a
4
emergência e as fêmeas 4 a 5 dias, e se elas não copularem dentro de 14 dias após a
emergência, ootecas não fertilizadas serão formadas. O número médio de acasalamentos por
machos é de 10 vezes sendo que a última cópula ocorre quando o macho tem em média 42
dias (ROSS & MULLINS, 1995).
A B. germanica é uma espécie com hábitos noturnos, quando saem de seus
esconderijos atrás de água, alimento, abrigo e acasalamento, permanecendo escondida em seu
refúgio durante parte do dia ou outros períodos de luz. O ciclo de atividade ou ritmo
circadiano geralmente varia entre 22 e 26 horas (COCHRAN, 1995).
Baratas podem ser observadas durante o dia quando ocorrem condições adversas, tais
como excesso de população ou quando alguma forma de stress está presente (falta de água ou
alimento), costumam esconder–se em grupos e locais próximos à fonte de alimento e
umidade, o que faz da cozinha um local propício. Adultos podem viver sem alimento até 1
mês, desde que haja água, mas as ninfas só resistem cerca de 10 dias em jejum total. Na
ausência de água, as baratas morrem em duas semanas (CORNWELL, 1968).
2.2 Importância médica das baratas.
O papel das baratas como vetores de patógenos é ainda bastante controverso, pois não
há provas significativas de que as baratas possam transmitir microorganismos patogênicos ao
homem a ponto de lhe causar doença. No entanto, evidências incriminando baratas na
disseminação mecânica de patógenos, através do seu corpo, justifica feitos para sua
erradicação ou eliminação de infestações onde vivemos e onde os alimentos são preparados
(PAGANELLI, 1997).
Os patógenos mais comuns associados às baratas incluem bactérias dos gêneros
Salmonella, Staphylococcus, Streptococcus, Bacillus e Clostridium, a bactéria Escherichia
coli (diarréia) e Shigella dysenteriae (disenteria), protozoários causadores de toxoplasmose e
antígeno de hepatite B (POTENZA, 2005).
Os fungos também estão associados com as baratas (COCHRAN, 1999).
2.3 Prejuízos econômicos causados por baratas
Além da perda de alimentos pelo seu consumo direto e destruição de documentos, as
baratas deixam seu odor característico e persistente, estragando alimentos e manchando
documentos, desta forma perdas indiretas ocorrem. Elas também podem destruir
5
equipamentos eletrônicos, causar curto-circuito e prejuízos em aeronaves, embarcações etc
(PAGANELLI, 1997).
2.4 Resistência de Blattella germanica a inseticidas
Resistência é uma característica hereditária em conseqüência de processos evolutivos.
Populações possuem variações genéticas, isso permite que determinadas linhagens tolerem
doses de inseticidas que para uma população normal (suscetível) seria letal (GEORGHIOU,
1986).
Em razão dessa evolução, conseqüências sérias como aplicações mais freqüentes de
pesticidas, aumento na dosagem do produto e substituição por um produto de maior
toxicidade são comuns (GEORGHIOU, 1983).
Há relatos de resistência aos principais grupos de inseticidas: organoclorados,
organofosforados, carbamatos e piretróides – em B. germanica, tornando assim seu controle
muito mais complicado (COCHRAN, 1987).
Fatores biológicos, genéticos e operacionais, podem afetar a evolução de resistência a
inseticidas. Os fatores biológicos são extremamente importantes, pois, ter seu conhecimento é
uma ferramenta que auxilia na elaboração de estratégias de manejo, como por exemplo, uma
simples modificação realizada na estrutura de um prédio ou residência, de modo a interferir
no ciclo de desenvolvimento da barata. Tanto estes fatores como os genéticos são inerentes da
espécie e de difícil manipulação e emprego no manejo da resistência. Fatores operacionais
podem ser manipulados pelo homem, de forma a prevenir ou retardar a evolução da
resistência (GEORGHIOU, 1983).
Como fatores genéticos podemos relacionar: freqüência inicial dos alelos resistentes,
padrão de herança da resistência, fluxo gênico e custo adaptativo. O desenvolvimento da
resistência é um processo pré–adaptativo, sendo que em uma população existe uma
considerável variabilidade genética, incluindo genes que conferem resistência à inseticidas
(ROUSH & MCKENZIE, 1987).
Indivíduos resistentes apresentam um custo adaptativo, ou seja, são menos aptos que
os indivíduos suscetíveis na ausência de pressão de seleção. Este custo adaptativo dos
indivíduos resistentes pode estar associado a uma menor fecundidade, maior tempo para seu
desenvolvimento, menor competitividade para o acasalamento e maior suscetibilidade aos
inimigos naturais (GEORGHIOU, 1983).
6
Os fatores operacionais são aqueles que podem ser manipulado pelo homem, e podem
ser divididos em dois grupos: aqueles relacionados com as características do produto aplicado
(grupo químico, persistência, seletividade, formulação) e aqueles relacionados com as
características da aplicação (nível de controle, estágio de desenvolvimento da praga, método
de aplicação, dose, estratégias para o uso de produtos químicos) (GEORGHIOU & TAYLOR,
1977).
2.4.1 Resistência cruzada em Blattella germanica
Resistência cruzada refere-se há casos em que um único mecanismo de resistência
confere resistência a dois ou mais compostos químicos. Geralmente a resistência ocorre
através de modificações fisiológicas, bioquímicas e comportamentais da população, em
alguns casos, mais de um mecanismo pode estar presente na população. Essa situação é
referida como resistência múltipla. A resistência múltipla ocorre quando pelo menos dois
diferentes mecanismos de resistência coexistem conferindo resistência a dois ou mais
compostos químicos (GEORGHIOU, 1983).
Resistência de B. germanica a dois ou mais inseticidas tem sido um dos grandes
problemas em programas de controle e manejo dessa praga envolvendo produtos químicos.
Muitas populações de B. germanica tem desenvolvido resistência a mais de um composto
químico, resultando em maiores dificuldades para seu controle. A resistência cruzada ou
resistência múltipla é também um problema potencial que pode limitar a efetividade de alguns
novos inseticidas, pois a resistência a um inseticida é freqüentemente acompanhada por
resistência cruzada a outros inseticidas, as quais, a população nunca foi exposta, o que
compromete outros produtos,até mesmo antes de seu lançamento no mercado (COCHRAN,
1987b).
2.4.2 Resistência comportamental em Blatella germanica
Resistência a inseticidas geralmente é considerada como resultado de mecanismos
fisiológicos ou comportamentais.
Uma reavaliação de informações indica que as resistências fisiológicas e
comportamentais freqüentemente coexistem (LOCKWOOD et al., 1984).
7
Resistência comportamental desenvolvida pelo inseto se da através da redução de sua
exposição a compostos tóxicos, permitindo o inseto de sobreviver num resíduo que seria letal
ao seu desenvolvimento (SPARKS et al., 1989).
As respostas comportamentais de insetos a inseticidas freqüentemente representam
fatores importantes para o sucesso do controle químico, no entanto, a dificuldade da
resistência comportamental é de se mostrar a herdabilidade do caráter, uma vez que o efeito
do ambiente é muito alto no comportamento do inseto. Diversos fatores podem contribuir para
o aparecimento da resistência comportamental incluindo mobilidade do inseto, escape para
áreas não tratadas e inseticidas que têm alguma ação de irritação ou repelência (SPARKS et
al., 1989).
A irritabilidade e a repelência são respostas dos inseticidas largamente reconhecidas,
mas em B. germanica a sua exposição a alguns inseticidas através de bioensaio de contato
tarsal apresentam um aumento na freqüência da liberação de sua ooteca, ocorrendo
naturalmente na linhagem suscetível, mas não nas linhagens resistentes a alguns produtos
químicos (HARMON & ROSS, 1988).
A repelência é provavelmente o fator mais importante para a eficácia de inseticidas no
controle de B. germanica, e os inseticidas carbamatos, organofosforados e piretróides
mostram diferentes níveis de repelência. O comportamento dos insetos a repelentes químicos
é de grande importância e interesse quanto ao seu controle, pois a atividade tóxica de um
inseticida pode limitar-se caso evite contato com o produto (COCHRAN, 1995).
Outra forma de resistência comportamental é o de fuga, efeito esse que é reforçado
pelo habito e depende da repelência do produto utilizado, porque as baratas sobreviventes
aprendem a evitar o inseticida. Se o inseticida é muito tóxico, ou se existe uma grande
quantidade dele, nenhuma barata irá sobreviver ao primeiro contato. Após um certo período
de tempo, a toxicidade diminui por causa da degradação, e dessa forma, o primeiro contato
não causará morte e um comportamento de fuga poderá desenvolver-se, o que aumenta a
chance de sobrevivência individual das baratas (COCHRAN, 1995).
Sob condições de campo, a habilidade da barata alemã aprender e modificar seu
comportamento pode ser um importante meio para sua sobrevivência, pois a habilidade de se
adaptar a novas condições do ambiente é causada pela intervenção do homem, e com isso
exige-se constantes melhorias para se obter sucesso no controle dessa praga (COCHRAN,
1995).
8
B. germanica representa uma espécie com alto comportamento de plasticidade (uma
tentativa de mudança de comportamento para sua sobrevivência) e adaptabilidade. Um
elemento importante no comportamento da B. germanica é a capacidade de agregação, a qual
é governado por feromônios que tem um elemento social como efeito no comportamento do
inseto individualmente à distribuição espacial da população (METZGER, 1995).
2.5 Métodos de Controle
2.5.1 Identificar a espécie
A correta identificação da espécie possibilita o acesso a informações técnicas e
cientificas (POTENZA, 2005).
2.5.2 Biologia e comportamento da praga
Após ser feita a identificação da praga, pode-se analisar os aspectos biológicos e
comportamentais do inseto, buscando informações sobre alimento, habitat, reprodução,
necessidades térmicas e umidade (POTENZA, 2005).
Dados Biológicos Espécie
Periplaneta americana Blattella germanica
Tamanho 30-45mm 15-20mm
Coloração Castanho escuro Caramelo
Pré-Postura 20 dias 8 dias
Ootecas/fêmea 10 a 15 4 a 8
Incubação da ooteca 30-40 dias 17 dias
Ovos/ooteca 14 a 28 37
Números de mudas 9 a 13 5 a 7
Período de desenvolvimento das ninfas 9 a 13 meses 40 dias
Longevidade do macho 2 a 3 anos 128 dias
Longevidade da fêmea 2 a 3 anos 153 dias
Tabela 1. Dados biológicos de Periplaneta americana e Blattella germanica.
Fonte: POTENZA, 2005
9
2.5.3 Nível de infestação para adoção ou não do controle
O nível de infestação auxilia para saber se realmente é necessário ou não fazer o
controle da praga. Pode-se ter uma idéia do nível de infestação instalando armadilhas e depois
fazer a contagem de quantos insetos foram capturado, e com base nessa contagem ver ser
realmente é necessário ou não se fazer o controle da praga presente (POTENZA, 2005).
Nível Periplaneta americana Blattella germanica
Baixo 0-1 0-5
Moderado 2-10 6-20
Alto 11-25 21-100
Muito Alto + 25 + 100
Tabela 2. Número de baratas (ninfas e adultos) capturados/armadilha/noite e o nível de infestação.
Fonte: POTENZA, 2005
2.5.4 Habitat
Analisar e determinar quais as condições que propiciem o desenvolvimento da
infestação (abrigo, fontes de alimento, água e umidade) (POTENZA, 2005).
Periplaneta americana Blattella germanica
Caixas de esgoto e gordura Cozinhas
Caixas d “água Depósitos de alimentos e embalagens
Quadros de energia elétrica e telefonia Fornos, estufas, geladeiras, freezers,
coifas, motores elétricos
Galerias subterrâneas Dutos de eletricidade
Cisternas Sob pias e bancadas
Áreas de serviço Interior e sob moinhos, máquinas de
refrigerante e café
Sanitários e vestiários Sanitários e vestiários
Porões, sótãos e forros Frestas na alvenaria
Jardins Gabinetes e armários embutidos
Áreas externas (onde ocorra acumulo
de materiais)
Divisórias
Tabela 3. Habitat
Fonte: POTENZA, 2005
10
2.6 Controle Integrado
Estratégias de manejo têm sido identificadas nos últimos anos, mas poucas tem sido
colocadas em prática, especialmente na área urbana. Os métodos tradicionais de controle
tendem a ignorar as causas do problema, aplicando inseticidas como medida corretiva sem se
preocupar em modificar as condições que propiciam a entrada e o estabelecimento da B.
germanica (SALMERON, 2002).
A necessidade de identificar o inseto alvo é fundamental para estratégia do MIP
(Manejo Integrado de Praga), Nenhum método pode ser completamente eficiente quando
utilizado de forma isolada, dessa forma o MIP baseia-se no uso de vários métodos de forma
complementar e integrada com ênfase na utilização de medidas preventivas (SALMERON,
2002).
2.6.1. Controle químico
O controle químico é uma importante tática do MIP, na verdade é uma medida que não
resolverá sozinho o problema. A filosofia do controle integrado é a de reduzir a população
praga a níveis toleráveis, ao invés de erradicá-las (SALMERON, 2002).
Na prática o que realmente acontece é a aplicação intensa de inseticidas, porque os
controladores de praga freqüentemente aumentam a dose ou a freqüência de aplicação dos
inseticidas usados. Apesar de rigorosas medidas de sanitização e de procedimentos de manejo
não químicos, é imprescindível a utilização de inseticidas no controle de B. germanica. O
controle é baseado principalmente na aplicação de inseticidas residuais nas áreas infestadas,
mas para isso deve-se existir um consenso de qual estratégia de manejo seja melhor para a
utilização do inseticida (SALMERON, 2002).
Tipos de controle químico: Pulverização, Polvilhamento e Iscagem
11
Ingrediente Ativo Grupo químico Formulação
Azametifós Organofosforado Isca granulada
Alfacipermetrina Piretróide Suspensão concentrada
Betacyfluthrin Piretróide Suspensão concentrada
Cipermetrina Piretróide Concentrado emulsionável, Pó
molhável, Pó seco
Clorpirifós Organofosforado Concentrado emulsionável
Cyfluthrin Piretróide Concentrado emulsionável
Deltametrina Piretróide Concentrado emulsionável, Pó seco,
Solução concentrada
D-Fenotrina Piretróide Concentrado emulsionável
Diazinon Organofosforado Concentrado emulsionável, Pó
molhável, Suspensão aquosa
microencapsulada
Diclorvós Organofosforado Concentrado emulsionável
Esbiothrin Piretróide Concentrado emulsionável
Fipronil Fenil pirazol Gel
Hidrametiolona Amidino hidrazonas Gel
Lambdacialotrina Piretróide Suspensão aquosa microencapsulada, Pó
molhável, Concentrado emulsionável
Permetrina Piretróide Concentrado emulsionável
Triflumuron Benzoilfenil-uréia Suspensão concentrada
Tabela 4. Ingredientes ativos de uso profissional para o controle de baratas.
Fonte: POTENZA, 2005
2.6.2. Controle mecânico e físico
Modificações físicas no ambiente onde a barata vive é um dos procedimentos mais
indicados e importante para o controle. Métodos de inspeção, amostragem, ordem e limpeza;
e métodos mecânicos; físicos; químicos e biológicos devem ser integrados de forma a
conseguir uma máxima eficiência no controle da praga, isto porém, dentro de uma relação
custo/benefício eficiente, dando prioridade à proteção da saúde humana e do ambiente.
Qualquer programa de controle terá sucesso a longo prazo se as infestações nas imediações da
área tratada forem diminuídas ou mesmo eliminadas. Programas educacionais são importantes
onde condições anti-higiênicas impedem esforços no controle de pragas (SCHAL &
HAMILTON, 1990).
12
Eliminar os fatores locais que favorecem o desenvolvimento de colônias de baratas:
descarte de matérias sem utilidade; vedação das frestas e ralos; condições adequadas de
armazenamento; boa conservação de equipamentos, mobiliário e instalações; manter os
alimentos em recipientes fechados; remover diariamente os resíduos orgânicos; eliminar
vazamentos de água; inspecionar a entrada de materiais; condições de limpeza adequadas;
limpeza e vedação de caixas de gordura e esgoto (POTENZA, 2005).
2.7 Avaliar a eficiência do controle
Realizar o monitoramento após a aplicação e se necessário adotar medidas
complementares é uma importante ferramenta pós-tratamento, pois pode-se ser utilizado como
um indicador de qualidade do controle que foi feito (POTENZA, 2005).
13
3 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi verificar a influência da lavagem com água e produtos de
higienização, na forma de chuva simulada sobre a eficácia e persistência do tratamento de
superfícies para o controle de Blattella germanica.
14
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Os testes foram realizados no Instituto Biológico (Laboratório de Inseticidas e
Acaricidas). Como superfícies foram utilizados azulejos medindo 20x20cm e placas de
ardósia medindo 50x50cm. Os tratamentos empregados foram: alfacipermetrina
(alfacipermetrina Fersol), Lambdacialotrina ME, lambdacialotrina (Icon 5CE), nas doses
recomendadas, aplicados nas superfícies dos azulejos e ardósia, com pulverizador de bico jato
cônico vazio D1 difusor 13 na pressão de 4 Kg/cm2 (400 kPa) e volume de 200 L/ha.
Depois de tratadas as superfícies foram deixadas para secagem durante 1 hora.
Figura 1. Aplicação nos Azulejos. Fonte: POTENZA, 2008.
Figura 2. Aplicação nas Ardósias. Fonte: POTENZA, 2008.
15
4.1 Avaliação de diferentes lâminas de chuva sobre a eficiência de inseticidas para o
controle de Blattella germanica.
Depois de feito os tratamentos nas superfícies (azulejo e ardósia), as mesmas foram
submetidas à simulação de chuva com lâminas de 0, 3 e 6mm de água. O tratamento de 0mm
de chuva indica que a superfície foi tratada apenas com os produtos alfacipermetrina
(alfacipermetrina Fersol), Lambdacialotrina ME, lambdacialotrina (Icon 5CE), mas não
submetida à simulação de chuva. As superfícies submetidas à chuva simulada de 3mm
ficaram durante 1 minuto em exposição à chuva, e a de 6mm ficaram expostas há 2 minutos.
Depois de feito a simulação de chuva, as superfícies foram deixadas para secar durante 1 hora.
Figura 3. Torre de Pulverização. Fonte: POTENZA, 2008.
16
Figura 4. Torre de pulverização utilizada na aplicação de chuva simulada em azulejo. Fonte: POTENZA, 2008.
Figura 5. Torre de pulverização utilizada na aplicação de chuva simulada em ardósia. Fonte: POTENZA, 2008.
17
Figura 6. Superfícies que receberam tratamento e colocadas para secar. Fonte: POTENZA, 2008.
Depois de secas as superfícies foram levadas para a sala de testes onde foi realizado o
confinamento das baratas.
As baratas, em número de 10 insetos por repetição, foram confinadas nas superfícies
por 15 minutos para os testes de 0, 3 e 6mm de chuva. Após o confinamento nas superfícies,
as baratas foram retiradas e condicionadas em recipientes plásticos, contendo alimento e água.
Cada teste houve 5 repetições.
O ensaio teste ardósia simulação de chuva foi realizado no período de 23/10/2007 a
26/10/2007 e o ensaio teste azulejo simulação de chuva foi realizado no período de
06/11/2007 a 09/11/2007. Avaliando a mortalidade 1 hora após o término do ensaio, e depois
de 24 em 24 horas no total de 96 horas.
O teste residual de 30 dias em ardósia e azulejo foi feito com as mesmas peças
utilizadas no teste de simulação de chuva. Depois de feito o teste de simulação de chuva as
peças de ardósia e azulejo foram guardadas e após 30 dias foram usadas essas mesmas peças e
feito o confinamento das baratas no número de 10 insetos por repetição durante 15 minutos.
Depois desse tempo as baratas foram retiradas e condicionadas em recipientes plásticos, com
alimento e água. Cada teste houve 5 repetições.
O teste residual de 30 dias em ardósia foi realizado no período de 27/11/2007 a
30/11/2007 e o teste residual de 30 dias em azulejo foi realizado no período de 04/12/2007 a
07/12/2007. Avaliando a mortalidade 1 hora após o término do ensaio, e depois de 24 em 24
horas no total de 96 horas.
18
A
B
Figura 7. A Confinamento das baratas nas superfícies tratadas. B Detalhe de uma unidade. Fonte: POTENZA, 2008.
Figura 8. Manutenção das baratas confinadas em recipientes plásticos após o tratamento. Fonte: POTENZA, 2008.
19
4.2 Avaliação de produtos para higienização sobre o residual de inseticidas para o
controle de Blattella germanica.
Para os testes de azulejo e ardósia lavados com sabão em pó e hipoclorito de sódio os
procedimentos foram idênticos aos testes anteriores, a diferença é que foi misturado
saponáceo na proporção de 2Kg/80L de água para a lavagem e misturado hipoclorito de sódio
no volume de 2L/80L de água. Após a simulação de chuva com saponáceo e hipoclorito de
sódio, os azulejos e ardósias secaram durante 1 hora sendo então as baratas confinadas
durante 15 minutos. Após o confinamento as baratas foram condicionadas em recipiente
plástico, com alimento e água. Cada teste teve 5 repetições, avaliando a mortalidade 1 hora
após o término do ensaio, e depois de 24 em 24 horas durante 96 horas.
O teste azulejo lavado com saponáceo e o teste azulejo lavado com hipoclorito de
sódio a 2% foi realizado no período de 01/04/2008 a 04/04/2008. O teste ardósia foi realizado
no período de 08/04/2008 a 11/04/2008.
O teste residual de 30 dias em ardósia e azulejo lavados com saponáceo e com
hipoclorito de sódio a foi feito empregando-se as mesmas peças utilizadas no teste de
simulação de chuva. Depois de feito o teste de simulação de chuva as peças de ardósia e
azulejo foram guardadas e após 30 dias usadas sendo feito o confinamento das baratas no
número de 10 insetos por repetição durante 15 minutos. Depois desse tempo as baratas foram
retiradas e condicionadas em recipientes plásticos, com alimento e água. Cada teste teve 5
repetições, avaliando a mortalidade 1 hora após o término do ensaio, e depois de 24 em 24
horas durante de 96 horas.
O teste residual de 30 dias em ardósia lavado com saponáceo e com hipoclorito de
sódio a foi realizado no período de 07/05/2008 a 10/05/2008. O teste residual de 30 dias em
azulejo foi realizado no período de 13/05/2008 a 16/05/2008.
20
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os inseticidas alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol), Lambdacialotrina ME e
lambdacialotrina (Icon 5CE) apresentaram eficácia imediata de 100%. Após chuva simulada
de 3mm os três produtos utilizados apresentaram 100% de eficiência e uma eficácia acima de
98% com chuva simulada de 6mm (Tabela 5).
Tabela 5. Avaliação de diferentes lâminas de chuva sobre o efeito de inseticidas em azulejo para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00
Testemunha 0,00 0,00
C.V. -
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00
Testemunha 0,00 0,00
C.V. -
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00 a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00 a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 9,80 98,00 a
Testemunha 0,00 0,00 b
C.V. 1,67
• Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade
Simulação de chuva em azulejo
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 1. (%) Efeito da chuva simulada de diferentes lâminas de água em azulejo
21
No ensaio de chuva simulada em ardósia os inseticidas apresentaram eficácia imediata
acima de 94%. Após chuva simulada de 3mm os inseticidas alfacipermetrina
(alfacipermetrina Fersol), Lambdacialotrina ME apresentaram eficiência de 100,00 e 96,00 %
respectivamente e o inseticida lambdacialotrina (Icon 5CE) apresentou eficiência de 78,00 %.
A chuva simulada de 6mm apresentou uma eficácia de 100,00 e 98,00 % para
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) e Lambdacialotrina ME respectivamente e uma
eficiência de 62,00% para o inseticida lambdacialotrina (Icon 5CE) (Tabela 6).
Tabela 6. Avaliação de diferentes lâminas de chuva sobre o efeito de inseticidas em ardósia para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 9,40 94,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00a
Testemunha 0,60 6,00 b
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 9,60 96,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 7,80 78,00 b
Testemunha 0,60 6,00 c
C.V. 10,54
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 9,80 98,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 6,20 62,00 b
Testemunha 0,60 6,00 c
C.V. 9,54
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.
Simulação de chuva em ardósia
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 2. (%) Efeito da chuva simulada de diferentes lâminas de água em ardósia
22
No ensaio residual de 30 dias para azulejo, as diferentes lâminas de chuva
apresentaram 100% de eficiência (Tabela 7).
Tabela 7. Avaliação de diferentes lâminas de chuva sobre o efeito residual de inseticidas em azulejo para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00
Testemunha 0,00 0,00
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00
Testemunha 0,00 0,00
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00
Testemunha 0,00 0,00
Residual 30 dias azulejo
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 3. (%) Efeito residual de inseticida em azulejo
No ensaio residual de 30 dias para ardósia os inseticidas alfacipermetrina
(alfacipermetrina Fersol), Lambdacialotrina ME e lambdacialotrina (Icon 5CE) apresentaram
uma eficiência imediata de 92,00, 82,50 e 95,00 % respectivamente. Após chuva simulada de
3mm apresentaram 67,50, 80,00 e 75,00 % de eficiência e a lavagem de 6mm diminuiu mais o
efeito residual dos inseticidas com 55,00, 76,00 e 18,00% respectivamente (Tabela 8).
23
Tabela 8. Avaliação de diferentes lâminas de chuva sobre o efeito residual de inseticidas em ardósia para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 9,20 92,00a
Lambdacialotrina ME 8,25 82,50 b
lambdacialotrina (Icon 5CE) 9,50 95,00a
Testemunha 0,80 8,00 c
C.V. 11,72
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 6,75 67,50 b
Lambdacialotrina ME 8,00 80,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 7,50 75,00a
Testemunha 0,80 8,00 c
C.V. 8,63
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 5,50 55,00 b
Lambdacialotrina ME 7,60 76,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 1,80 18,00 c
Testemunha 0,80 8,00 d
C.V. 7,97
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade
Residual 30 dias ardósia
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 4. (%) Efeito residual de inseticida em ardósia
Os inseticidas apresentaram no ensaio de chuva simulada com saponáceo uma eficácia
imediata acima de 98,00% para azulejo e uma eficiência de 100, 72,00 e 82,00% para ardósia.
Após chuva simulada de 3mm apresentaram 100, 82,00 e 92,00% de eficiência para azulejo e
100, 50,00 e 62,00% respectivamente para alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol),
Lambdacialotrina ME e lambdacialotrina (icon 5CE) de eficiência em ardósia. A lavagem das
24
superfícies com saponáceo com 6mm de chuva apresentou 100% eficiência em azulejo e 100,
72,50 e 56,00% em ardósia respectivamente (Tabelas 9 e 10).
Tabela 9. Avaliação de diferentes lâminas de chuva lavados com saponáceo sobre o efeito de inseticidas em azulejo para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 9,80 98,00
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00
Testemunha água 0,00 0,00
Testemunha saponáceo 0,00 0,00
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 8,20 82,00 b
lambdacialotrina (Icon 5CE) 9,20 92,00a
Testemunha água 0,00 0,00
Testemunha saponáceo 0,00 0,00
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00
Testemunha água 0,00 0,00
Testemunha saponáceo 0,00 0,00
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.
Teste azulejo sabão
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha água testemunha sabão alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 5. (%) eficiência de chuva simulada com saponáceo em azulejo
25
Tabela 10. Avaliação de diferentes lâminas de chuva lavado com saponáceo sobre o efeito de inseticidas em ardósia para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 7,20 72,00 b
lambdacialotrina (Icon 5CE) 8,20 82,00ab
Testemunha água 0,00 0,00 d
Testemunha saponáceo 3,25 32,50 c
C.V. 7,33
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 5,00 50,00 b
lambdacialotrina (Icon 5CE) 6,20 62,00 b
Testemunha água 0,00 0,00 d
Testemunha saponáceo 1,20 12,00 c
C.V. 9,88
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 7,25 72,50 b
lambdacialotrina (Icon 5CE) 5,60 56,00 b
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha saponáceo 0,60 6,00 d
C.V. 5,06
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.
Teste ardósia sabão
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha água testemunha sabão alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 6. (%) eficiência de chuva simulada com saponáceo em ardósia
Os inseticidas apresentaram no ensaio de chuva simulada com hipoclorito de sódio a
2% uma eficácia de 100% para as diferentes lâminas em azulejo (Tabela 11).
26
Tabela 11. Avaliação de diferentes lâminas de chuva lavado com hipoclorito de sódio sobre o efeito de inseticidas em azulejo para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00a
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha hipoclorito de sódio 3,40 34,00 b
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00a
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha hipoclorito de sódio 3,40 34,00 b
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00a
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha hipoclorito de sódio 3,40 34,00 b
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.
Teste azulejo cândida
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0mm 3mm 6mm
Laminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha água testemunha cândida alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 7. (%) eficiência de chuva simulada com hipoclorito de sódio em azulejo
Os inseticidas apresentaram uma eficácia imediata acima dos 82,00% respectivamente
para alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol), Lambdacialotrina ME e lambdacialotrina
(Icon 5CE). Após chuva simulada de 3mm com hipoclorito de sódio em ardósia, os inseticidas
apresentaram eficiência de 100, 68,00 e 88,00% respectivamente. A lavagem com lâmina de
6mm apresentou eficiência de 100, 70,00 e 86,00% (Tabela 12).
27
Tabela 12. Avaliação de diferentes lâminas de chuva lavado com hipoclorito de sódio sobre o efeito de inseticidas em ardósia para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 8,20 82,00 b
lambdacialotrina (Icon 5CE) 9,60 96,00ab
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha hipoclorito de sódio 8,80 88,00 b
C.V. 3,12
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 6,80 68,00 b
lambdacialotrina (Icon 5CE) 8,80 88,00a
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha hipoclorito de sódio 6,20 62,00 b
C.V. 7,21
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 7,00 70,00 c
lambdacialotrina (Icon 5CE) 8,60 86,00 b
Testemunha água 0,00 0,00 e
Testemunha hipoclorito de sódio 3,80 38,00 d
C.V. 8,68
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.
Teste ardósia cândida
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha água testemunha cândida alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 8. (%) eficiência de chuva simulada com hipoclorito de sódio em ardósia
Os inseticidas alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol), Lambdacialotrina ME e
lambdacialotrina (Icon 5CE) apresentaram no ensaio residual de 30 dias saponáceo para
azulejo uma eficiência de 100% respectivamente. Para ardósia o efeito residual com
saponáceo foi de 100, 86,00 e 64,00% de eficiência. As superfícies que receberam chuva
simulada de 3mm apresentaram uma eficácia acima de 85,00% para azulejo e 100, 82,00 e
72,00% de eficiência no efeito residual para ardósia. As superfícies que receberam chuva
28
simulada de 6mm apresentaram um efeito residual de 74,00, 100 e 96,00% para azulejo e 100,
74,00 e 74,00% respectivamente para ardósia (Tabelas 13 e 14).
Tabela 13. Avaliação de diferentes lâminas de chuva lavado com saponáceo sobre o efeito residual de inseticidas em azulejo para o controle de Blattella �ermânica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00a
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha saponáceo 2,20 22,00 b
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 8,50 85,00 b
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha saponáceo 0,00 0,00 c
C.V. 1,75
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 7,40 74,00 b
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 9,60 96,00a
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha saponáceo 0,00 0,00 c
C.V. 9,11
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.
Residual azulejo sabão
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha água testemunha sabão alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 9. (%) Efeito residual com saponáceo em azulejo.
29
Tabela 14. Avaliação de diferentes lâminas de chuva lavado com saponáceo sobre o efeito residual de inseticidas em ardósia para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 8,60 86,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 6,40 64,00 b
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha saponáceo 7,80 78,00ab
C.V. 8,04
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 8,20 82,00ab
lambdacialotrina (Icon 5CE) 7,20 72,00 b
Testemunha água 0,00 0,00 d
Testemunha saponáceo 4,60 46,00 c
C.V. 8,44
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 7,40 74,00 b
lambdacialotrina (Icon 5CE) 7,40 74,00 b
Testemunha água 0,00 0,00 d
Testemunha saponáceo 2,60 26,00 c
C.V. 6,29
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.
Residual ardósia sabão
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha água testemunha sabão alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 10. (%) eficiência do efeito residual com saponáceo em ardósia
Os inseticidas apresentaram no ensaio residual de 30 dias com hipoclorito de sódio
uma eficácia imediata de 100% para azulejo e 100, 94,00 e 74,00% para ardósia. Os
inseticidas alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol), Lambdacialotrina ME e
lambdacialotrina (Icon 5CE) apresentaram um efeito residual com hipoclorito de sódio nas
superfícies de 3mm uma eficiência de 100, 100 e 96,00% para azulejo respectivamente e
30
94,00, 100 e 74,00% de efeito residual para ardósia. As superfícies que receberam chuva
simulada de 6mm apresentaram um efeito residual com hipoclorito de sódio acima 98,00%
para azulejo e 98,00, 100 e 92,00% de eficácia para ardósia (Tabelas 15 e 16).
Tabela 15. Avaliação de diferentes lâminas de chuva lavado com hipoclorito de sódio sobre o efeito residual de inseticidas em azulejo para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 10,00 100,00a
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha hipoclorito de sódio 0,60 6,00 b
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 9,60 96,00a
Testemunha água 0,00 0,00 b
Testemunha hipoclorito de sódio 0,00 0,00 b
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 9,80 98,00a
Testemunha água 0,00 0,00 b
Testemunha hipoclorito de sódio 0,00 0,00 b
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.
Residual azulejo cândida
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha água testemunha cândida alfacipermetrina
lambdacialotrina icon
Gráfico 11. (%) eficiência do efeito residual com hipoclorito de sódio em azulejo
31
Tabela 16. Avaliação de diferentes lâminas de chuva lavado com hipoclorito de sódio sobre o efeito residual de inseticidas em ardósia para o controle de Blattella germanica. Número médio de insetos por parcela, médias originais, % de eficiência.
Tratamento Mortalidade
Médias originais % Eficiência
Lâmina de chuva – 0mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 10,00 100,00a
Lambdacialotrina ME 9,40 94,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 7,40 74,00 b
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha hipoclorito de sódio 4,80 48,00ab
C.V. 5,24
Lâmina de chuva – 3mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 9,40 94,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 7,40 74,00 b
Testemunha água 0,00 0,00 d
Testemunha hipoclorito de sódio 2,80 28,00 c
C.V. 4,87
Lâmina de chuva – 6mm
alfacipermetrina (alfacipermetrina Fersol) 9,80 98,00a
Lambdacialotrina ME 10,00 100,00a
lambdacialotrina (Icon 5CE) 9,20 92,00a
Testemunha água 0,00 0,00 c
Testemunha hipoclorito de sódio 1,80 18,00 b
C.V. 4,19
* Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.
Residual ardósia cândida
0
20
40
60
80
100
0mm 3mm 6mm
Lâminas de chuva
(%) E
fici
ênci
a
testemunha água testemunha cândida alfacipermetrina lambdacialotrina icon
Gráfico 12. (%) eficiência do efeito residual com hipoclorito de sódio em ardósia.
32
6 CONCLUSÃO
A lavagem das superfícies após a aplicação dos inseticidas reduziu a eficácia e
persistência no tratamento de ardósia, mas não alterou sua eficiência para azulejo.
Verificou-se redução residual nos tratamentos para ardósia, mas não houve redução do
efeito residual dos tratamentos para azulejo.
Os ensaios com produtos de higienização (saponáceo e hipoclorito de sódio) a
lavagem após a aplicação dos inseticidas reduziu a eficácia e persistência no tratamento de
ardósia e azulejo para o controle de Blattella germanica.
Houve redução residual da ardósia tratadas e submetidas à chuva simulada com
produtos de higienização, não sendo constatado este efeito em azulejo.
33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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