B. QUE FATORES EXPLICAM A DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO EM PORTUGAL?
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A influência dos fatores naturais no território continental
RelevoAs planícies são mais favoráveis à fixação
humana; ao invés, nas áreas montanhosas, a
densidade populacional tende a
diminuir.
Fertilidade dos solosFundamental na
fixação da população, porque influencia o
rendimento agrícola e a produção de
alimentos.
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A influência dos fatores naturais nas regiões autónomas
A população concentra-se nas áreas de menor altitude da fachada sul da ilha, com uma maior amenidade do clima, de solos com menor declive e um conjunto diversificado de atividades económicas.
A grande oferta de emprego da cidade do Funchal faz desta o maior polo de atração para a fixação da população.
A Região Autónoma da Madeira apresenta um valor elevado de densidade populacional, sobretudo os concelhos da vertente sul da ilha, nomeadamente, o Funchal (1470 hab./km2), Câmara de Lobos (684 hab./km2) e Santa Cruz (528 hab./km2).
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Na Região Autónoma dos Açores, os concelhos com maior densidade populacional: Lagoa (316 hab./km2), Ponta Delgada (295 hab./km2) e Ribeira Grande (178 hab./km2).
A influência dos fatores naturais nas regiões autónomas
A distribuição da população faz-se principalmente junto à costa.
No caso açoriano, o clima possibilita um aproveitamento económico das áreas mais altas no interior das ilhas, constantemente envolvidas por nevoeiros e nuvens, donde provém a sua grande humidade, que favorece os pastos e a criação de gado leiteiro.
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A evolução da população residente em Portugal tem sido caracterizada por uma alternância de períodos de crescimento positivo, como o que ocorreu na década de 70 do século XX, e períodos de crescimento negativo, de que constitui exemplo a década de 60.
As assimetrias regionais na distribuição da população
As assimetrias mais relevantes
Todavia, esta irregularidade na evolução da população não é comum a todo o território nacional. Pelo contrário, esconde importantes assimetrias, de que se destaca a oposição entre:
• o dinamismo das regiões do litoral e a estagnação das regiões do interior;• os saldos positivos das áreas urbanas e o crescimento negativo generalizadodo espaço rural.
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A litoralização da população portuguesa resulta de um duplo processo migratório,
desde meados do século XX:
Êxodo rural - elevado contingente de população que abandonou as aldeias e vilas, de economia agrícola (interior), para se fixar nas cidades do litoral, sobretudo nas áreas
metropolitanas de Lisboa e do Porto.
A litoralização do povoamento6
Para explicar o contraste do dinamismo demográfico entre o litoral e o interior, é importante ter também em conta o fenómeno da imigração. Esta comporta um duplo processo que beneficia as áreas urbanas do litoral.
• O primeiro surto imigratório importante ocorreu na segunda metade da década de 70 do século XX, com o regresso de muitos portugueses na sequência do processo de descolonização e o regresso de alguma população que tinha emigrado anteriormente para a Europa.
• O segundo surto desenvolveu-se a partir da década de 80 e prolonga-se pela atualidade, formado pelos contingentes de imigrantes dos PALOP e pelos imigrantes do Brasil e de alguns países da Europa de Leste.
Os movimentos da população e o contraste litoral - interior
Movimentos imigratórios
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A mobilidade da população tem consequências nos ganhos e nas perdas populacionais de cada concelho, conduzindo a uma redistribuição geográfica da população.
A importância crescente das áreas urbanas do litoral
Deste modo, pode dizer-se que o contraste litoral-interior, que caracteriza a distribuição geográfica da população, é também um contraste entre os espaços urbanos e os espaços rurais.
Esquema do processo de litoralização.
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As áreas urbanas do litoral são bastante atrativas para toda a população rural que vive dos resultados de um trabalho desqualificado na agricultura, sem alternativas viáveis de emprego noutros setores e, por isso, sem grandes expectativas de melhorar o nível de vida familiar nos lugares onde reside.
A atração da população pelo litoral e pelos centros urbanos
Na segunda metade do século XX, a população urbana aumentou cerca de 62 %. Tratou-se de um crescimento em número e em dimensão, que decorreu de forma explosiva nas áreas envolventes de Lisboa e do Porto.
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Existe uma clara relação entre a urbanização do território e o seu desenvolvimento.
A relação entre urbanização e desenvolvimento económico
A concentração de população nas áreas urbanas atrai investimento que se transforma em emprego e este, por sua vez, alimenta a captação de mais população.
A atração da população rural para as cidades faz-se principalmente através das atividades relacionadas com o setor terciário: comércio e serviços e turismo.
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