Cateterismo Vesical
Prof Caroline Feitosa Dibai de Castro
ANATOMIA E FISIOLOGIA
RINS Removem resduos do sangue para formar urina;
20-25% do dbito cardaco circula por minuto atravs dos rins;
Nfron- unidade funcional que filtra a urina.
URETERES
Estruturas tubulares que entram na bexiga urinria;
BEXIGA rgo muscular, oco, distensvel;
Armazena e excreta a urina;
Retm cerca de 600ml de urina.
capaz de sentir vontade de urinar com 150-200ml de urina na bexiga.
URETRA Revestida por membrana mucosa e glndulas;
Conduz a urina da bexiga at o exterior, atravs do meato uretral;
Mulheres mede de 4 a 6,5cm;
Homens poro: prosttica, membranosa e peniana (15 a 20cm).
MICO
Contrao da bexiga e relaxamento do esfncter uretral e msculos do assoalho plvico;
Controle voluntrio e involuntrio;
Urina quantidade dependente de lquidos ingeridos
Colorao: amarelo clara, lmpida;
Odor: caracterstico (sui generis)
Alteraes Urinrias Urgncia miccional Necessidade de urinar imediatamente;
Disria Mico dolorosa ou difcil;
Poliria eliminao de grandes quantidades de urina - VOLUME;
Polaciria aumenta da FREQUNCIA;
Oligria eliminao diminuda em relao a ingesta;
Nictria ato de urinar vrias vezes a noite;
Estrangria jato fino, esforo miccional;
Algria ardncia ao urinar;
Luts Lower Urinary Tract Symptoms
ALTERAES URINRIAS Incontinncia Urinria perda involuntria da urina;
Reteno Urinria incapacidade de esvaziar a bexiga;
Glicosria Presena de glicose na urina;
Hematria sangue na urina;
Proteinria Excesso de protenas na urina;
Bilirrubinria Presena de Bilirrubina na urina;
Piria aumento de leuccitos na urina - pus
Urina residual urina que permanece na bexiga aps mico (
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NOS CASOS DE INCONTINNCIA URINRIA:
1. Fraldas;
2. Uropen (cdon);
3. Uso de papagaios e comadres;
NOS CASOS DE RETENO URINRIA:
1. Encaminhar o paciente ao banheiro ou mant-lo sentado quando possvel;
2. Estimular a mico espontnea atravs da emisso de som de gua corrente, mantendo um ambiente calmo;
3. Aplicar bolsa com gua morna sobre a regio suprapbica;
4. Realizar presso suprapbica delicadamente;
5. Cateterismo (Alvio/ Demora).
CATETERIZAO URINRIA
INSERO DE CATETER VESICAL: Catererismo de Alvio (Sonda de Nelaton) Cateterismo de Demora (Sonda de Foley) Irrigao Vesical (Sonda de Foley com trs vias)
INSERO DE CATETER DIRETAMENTE NA BEXIGA: Cistostomia (foley) - suprapbica
INSERO DE CATETER DIRETAMENTE NO RIM: Nefrostomia
Cateteres variam de tamanho, comprimento e do calibre. French (Fr ) - a circunferncia interna de cateteres. Ex.: 10Fr = 10mm
Charrire (Ch) - a medida em milmetros da circunferncia externa do
cateter., material e configurao, de acordo com sua funo.
FINALIDADE Avaliar obstruo do trato urinrio;
Auxiliar na drenagem no intra e ps - operatria de cirurgias urolgicas ou em outras;
Monitorar dbito urinrio;
Drenagem urinria em pacientes com disfuno da bexiga neurognica, leses medulares ou reteno urinria;
Realizar exames diagnsticos (uretrocistografia , urodinmica, cintilografia).
Aliviar a reteno urinria;
Permitir irrigao vesical;
Mensurar a urina residual da bexiga aps a mico;
Coletar urina estril para exames;
SONDAGEM DE ALVIO (Intermitente)
Descompresso da bexiga, alvio da distenso da bexiga;
Exame diagnstico obteno de urina estril (urocultura);
Avaliao da urina residual aps mico;
Teraputica a longo prazo leso de medula espinhal, doenas neuromusculares, bexigas incompetentes.
SONDAGEM DE DEMORA (Curta durao)
Obstruo do fluxo de urina;
Preparo cirrgico da bexiga;
Preveno de obstruo uretral;
Medio do dbito urinrio pacientes crticos;
Irrigaes contnuas e intermitentes da bexiga (ps-operatrio de cirurgias prostticas e vesicais).
SONDAGEM DE DEMORA (Longa durao)
Reteno urinria severa;
Erupes cutneas, feridas, lceras irritadas pelo contato com a urina;
Doenas terminal medidas de conforto para o paciente;
Pacientes com restrio a mobilizao.
CATETER DE FOLEY
CATETER DE NELATON
SISTEMA DE DRENAGEM FECHADO
SISTEMA DE DRENAGEM ABERTO
TCNICA: ASSPTICA
Utilizar material estril e tcnica assptica na insero do cateter;
Realizar limpeza perineal com degermante antes do procedimento;
Realizar antissepsia com soluo tpica genitlia e meato uretral;
Considerar os diferenciais da tcnica: alvio ou demora e do sexo: Homem X Mulher
COMPLICAES: Obstruo da luz;
Estenose do canal uretral;
Trauma do canal uretral;
Infeces;
Clculo vesical;
Hematria;
Perfurao de bexiga pelo cateter.
COMPLICAES: INFECES:
A infeco poder ser intraluminal ou extraluminal (biofilme), sendo esta ltima a mais comum;
Os agentes etiolgicos: microbiota do paciente, e posteriormente, devido ao uso de antimicrobianos, seleo bacteriana, colonizao local, fungos e aos cuidados do cateter, pode ocorrer a modificao da FLORA;
As bactrias Gram negativas (enterobactrias e no fermentadores) so as mais frequentes, mas Gram positivos so de importncia epidemiolgica, especialmente do gnero Enterococcus
Complicaes
Obstruo da luz,
Estenose do canal uretral,
Trauma do canal uretral,
Infeces.
INFECO DO TRATO URINRIO RELACIONADA A CATETER VESICAL
Infeco do trato urinrio (ITU): mais comum, representando mais de 40% de todas as infeces adquiridas nas instituies de sade; Cerca de 70% a 88% dos casos de ITU ocorrem em pacientes submetidos a cateterismo vesical e 5% a 10% em pacientes aps cistoscopias ou procedimentos cirrgicos com manipulao do trato urinrio.
INFECO DO TRATO URINRIO RELACIONADA A CATETER VESICAL
O crescimento bacteriano inicia-se aps a instalao do cateter, numa proporo de 5-10% ao dia, e estar presente em todos os pacientes ao final de quatro semanas. O potencial risco para ITU associado ao cateter intermitente inferior, sendo de 3,1% e quando na ausncia de cateter vesical de 1,4%. importante frisar que uma ITU poder ocorrer aps a retirada do cateter. Aproximadamente 16-25% dos pacientes de um hospital sero submetidos a cateterismo vesical, de alvio ou de demora, em algum momento de sua hospitalizao, muitas vezes sob indicao clnica equivocada ou inexistente e at mesmo sem conhecimento mdico.
CUIDADOS COM CATETERISMO Equipe habilitada, com tcnica correta (assptica) e os cuidados na
manuteno do manuseio;
O treinamento do pessoal e a reviso devero ser feitos periodicamente;
O cateter dever ter o menor calibre que possibilite um bom fluxo;
Lavagem das mos com gua e sabo dever ser realizada imediatamente antes e aps sondagem ou manipulao de quaisquer componentes do conjunto cateter/coletor urinrio e mudana de sitio;
(ANVISA)
PROCEDIMENTO Dever ser feito higiene da regio perineal com gua e sabo usando luva
de procedimento antes do procedimento, aps realizar degermao das mos com PVPI ou Clorexidina;
Material para cateterismo: luvas estreis, gazes estreis, sonda (foley/nelaton), esponjas/algodo, soluo aquosa de PVPI, gel lubrificante, seringa*, agua destilada estril*, agulha*, bandeja de cateterismo, sistema de drenagem fechado*;
Dever ser feita anti-sepsia periuretral (do meato para periferia e de cima para baixo na mulher);
Pode ser utilizado lubrificante estril (vaselina ou pasta de lidocana) na insero da sonda;
Deve-se fixar o cateter apropriadamente aps a insero.
(ANVISA)
IMPORTANTE:
Registrar em pronturio das seguintes informaes: indicaes do cateter,
responsvel pela insero, data e hora da insero e retirada do cateter
CUIDADOS DE ENFERMAGEM CATETERISMO VESICAL DE DEMORA:
Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nvel da bexiga;
Fazer pinamento da extenso da bolsa no momento de transporte;
Evitar trao e retirada de sonda ;
No esquecer de despinar extenso da bolsa aps colocar o cliente na mesa de exames ou vice versa (maca).
CUIDADOS NA MANUTENO:
Os cateteres vesicais devem ser substitudos quando:
Ocorrer a violao do sistema e contaminao do mesmo;
Presena de grande quantidade de resduos;
Presena de incrustaes na ponta do cateter;
Mau funcionamento do cateter;
Obstruo do sistema e vigncia de febre sem outra causa reconhecida;
(ANVISA)
CUIDADOS NA MANUTENO:
O sistema utilizado no cateterismo urinrio dever ser totalmente fechado, estril e com fluxo urinrio contnuo;
Aps a insero do cateter, fix-lo de modo seguro e que no permita trao ou movimentao;
No desconectar o cateter ou tubo de drenagem, exceto se a irrigao for necessria ;
Esvaziar a bolsa coletora regularmente, utilizando recipiente coletor individual e evitar contato do tubo de drenagem com o recipiente coletor;
CUIDADOS NA MANUTENO: No deixar a urina ultrapassar a capacidade da bolsa coletora
(Demora)
Sempre higienizar as mos (antes e aps procedimento e stios ativos diferentes);
Ao manipular o sistema sempre calar luvas de procedimento;
Passar lcool 70% na extremidade do saco coletor aps desprezar a urina;
O meato uretral dever ser mantido limpo, com gua e sabo, sem cuidados adicionais. O uso de anti-spticos ou antimicrobianos locais no provou ser eficaz na preveno de ITU.
CUIDADOS IRRIGAO VESICAL: CONSIDERAES:
A Irrigao dever ser evitada ao menos que uma obstruo seja antecipadamente esperada como em cirurgias prostticas ou uso de alguma medicao intravesical;
Devem ser utilizadas tcnicas asspticas no manuseio da conexo cateter - coletor ou da via de irrigao antes do incio da operao, ou seja, antes de desconect-los;
Uma seringa com grande volume de soluo estril dever ser utilizada na desobstruo e depois descartada;
Se o cateter urinrio ficar continuamente obstrudo, necessitando de contnuas irrigaes, sua troca ou retirada dever ser considerada.
COLETA DE URINA
Pequenos volumes devero ser coletados com agulha e seringa estril nos dispositivos prprios, aps desinfeco com lcool 70% dos mesmos (Amostra da urina deve ser encaminhada imediatamente ao laboratrio para cultura);
Grandes volumes urinrios deveram ser coletados do saco coletor pela dispositivo de drenagem.
CURIOSIDADES:
Os cateteres urinrios no devem ser trocados com periodicidade previamente estabelecidos;
A separao espacial dos pacientes com e sem cateter, no foi comprovada eficaz na preveno de ITU;
Monitorao rotineira com exames bacteriolgicos em tempos regulares no recomendvel, aumentam em muito os custos do paciente ao sistema de sade e no se mostraram to eficazes. A observao clnica, no entanto, deve ser rigorosa.
(ANVISA)
Maiores Dvidas, acessar o Manual da Anvisa de Medidas de Preveno de Infeco Relacionada Assistncia Sade:
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro4-MedidasPrevencaoIRASaude.pdf
VAMOS AVALIAR....
VDEO INDEPENDENTE:
https://www.youtube.com/watch?v=nV2p-1yDLQA
Tcnica de insero do cateter:
Aula Prtica
Obrigada.
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