Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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ATIVIDADE ESPELEOTURIacuteSTICA ADAPTADA NO GRUTAtildeO DA BELEZA
(BA-539) RELATO DE CASO DE PESSOAS COM DEFICIEcircNCIA (PCD)
CADEIRANTES VISUAIS MOBILIDADE REDUZIDA E ESPELEOLOacuteGOS
VOLUNTAacuteRIOS
SPELEOTOURISM ADAPTADE ACTIVITY IN BELEZA CAVE (BA-539) REPORT WHITH
DISABILITIES PEOPLE (WDP) WELLCHAIR BLIND MOBILITY REDUCED
Eacuterica Nunes (1 2 5) Wellington Vasconcelos (3) amp Marco Antocircnio Bragante Filho (4)
(1) Fundaccedilatildeo Vanzolini Satildeo Paulo SP
(2) Grupo de Estudos Ambientais da Serra do Mar (GESMAR) Santo Andreacute SP
(3) Guano Speleo Belo Horizonte MG
(4) Sociedade Excursionista Espeleoloacutegica (SEE) Ouro Preto MG
(5) Sociedade Brasileira de Espeleologia ndash Seccedilatildeo de Espeleoturismo ndash Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo
E-mail eriquinhanunes310hotmailcom wellingtonbiro81gmailcom marcoabfilhogmailcom
Resumo
O presente trabalho expotildee a atividade de campo realizada durante o minicurso Espeleoturismo Adaptado
que teve lugar no Grutatildeo da Beleza (localizada no municiacutepio de Satildeo Desideacuterio Bahia) promovido pela
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e realizado durante o 32ordm
Congresso Brasileiro de Espeleologia (CBE) Nesta visita teacutecnica Pessoas com Deficiecircncia (PCDs) e
espeleoacutelogos experientes vivenciaram o ambiente subterracircneo com a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conduccedilatildeo dos
PCDs em cavidades turiacutesticas participando ainda de propostas voltadas para experiecircncias sensoriais O
Grutatildeo da Beleza aleacutem de apresentar condiccedilotildees de receber visitantes PCDs promoveu uma oacutetima integraccedilatildeo
entre os envolvidos na atividade de campo relatado por depoimentos
Palavras-chave cavernas espeleoturismo turismo adaptado turismo de aventura
Abstract
This paper exposes the activities performed during the short course Adapted Speleotourism held in Beleza
Cave (located in the municipality of Sao Desideacuterio Bahia) promoted by the Commission of Speleoinclusion
of the Brazilian Society of Speleology (SBE) and performed during the 32 Brazilian Speleological Congress
(CBE) This technical visit handicapped and experienced cavers participated of the underground
environment with the use of the PSNs driving techniques in tourist cavities even participating in proposals
aimed at sensory experiences The Beleza Cave presents conditions to receive PCDs visitors and there is a
great integration between those involved on the field of activity reported by testimonials
Key-Words caves speleoturism adapted tourism adventure sport
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo e Minicurso
Espeleoturismo Adaptado
A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo foi criada no
ano de 2008 em CampinasSP pela Sociedade
Brasileira de Espeleologia (SBE) logo apoacutes a
atividade realizada pelo Grupo de Estudos
Ambientais da Serra do Mar (GESMAR) ao
procurar transformar o que foi percebido
teoricamente em praacutetica ao ter a participaccedilatildeo da
cadeirante Eacuterica Nunes em uma Visita Teacutecnica (VT)
ao Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira
(PETAR) Essa vivecircncia foi apresentada durante o
28deg Congresso Brasileiro de Espeleologia (CBE)
ldquoInclusatildeo de Portadores de Necessidades Especiais
e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato
de Caso no Parque Estadual Turiacutestico do Alto
Ribeirardquo sugerindo essa praacutetica inicialmente com
cadeirantes e posteriormente com outros PCDs
interessados em espeleologia e espeleoturismo Isso
gerou discussotildees e debates levando ao um segundo
trabalho apresentado no 29deg CBE ldquoInclusatildeo Social
de Portadores de Necessidades Especiais e Praacutetica
do Turismo em Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis
Cavidades Turiacutesticas no Estado de Satildeo Paulordquo em
razatildeo da possiblidade de visitaccedilatildeo de cavernas por
Pessoas com Deficiecircncia (PCD) (NUNES et al
2008)
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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Desde sua criaccedilatildeo a Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo vem se organizando no sentido de
atuar na visitaccedilatildeo de cavernas realizando estudos e
pesquisas no que se refere a promoccedilatildeo da
acessibilidade agraves mesmas (LOBO 2008)
Foram desenvolvidas ferramentas de
acessibilidade divulgada no 30deg CBE ldquoProposta de
Indicadores de Acessibilidade agraves Cavidades
Turiacutesticas Direcionadas aos Portadores de
Necessidades Especiais (PNEs)rdquo (Nunes et al em
2009) e realizado o primeiro minicurso ldquoIntroduccedilatildeo
agrave Espeleologia Adaptadardquo (SBE 2009) Neste
trabalho utilizaremos o termo presente na
Convenccedilatildeo sobre os Direitos das PCDs da
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) que foi
oficialmente ratificado no Brasil em 2008
As ferramentas propostas na ediccedilatildeo de 2009 e
2011 do minicurso ldquoIntroduccedilatildeo agrave Espeleologia
Adaptadardquo ministrado por Nunes et al e as noccedilotildees
teoacutericas-praacuteticas utilizadas nas atividades de campo
corroboraram as metodologias usadas na conduccedilatildeo
com PCDs no ambiente subterracircneo aleacutem de
abranger um novo leque de procedimentos a serem
desenvolvidos e utilizados por guias e monitores de
espeleoturismo
A convite do Presidente da Comissatildeo
Organizadora do 32deg CBE foi realizado o terceiro
minicurso lsquoIntroduccedilatildeo ao Espeleoturismo Adaptadordquo
no Instituto Federal de Educaccedilatildeo Ciecircncia e
Tecnologia da Bahia ndash IFBA-Campus Barreiras com
uma atividade de campo realizada no Grutatildeo da
Beleza (BA -539) (NUNES 2013)
12 Turismo de Pessoas com Deficiecircncia
Segundo Costa (2009) a praacutetica esportiva na
natureza conduz os indiviacuteduos a contemplar a fauna
a flora a aproximaccedilatildeo com meio ambiente e a criar
novos viacutenculos sociais A atividade na natureza pela
praacutetica esportiva eacute um dos meios da inserccedilatildeo de
PCD neste meio e pode despertar a sensaccedilatildeo de
realizaccedilatildeo pessoal por estiacutemulos sensaccedilotildees e
emoccedilotildees inusitadas que o esporte de aventura pode
proporcionar
Para realizaccedilatildeo de alguns esportes radicais
com PCDs de forma ideal satildeo necessaacuterias
adaptaccedilotildees especiacuteficas do espaccedilo fiacutesico para
treinamentos e profissionais capacitados com
conhecimento do esporte e da deficiecircncia do atleta
(INFOJOVEM 2015)
Ao se realizar uma atividade de Turismo
Adaptado eacute necessaacuterio conhecer o puacuteblico a que se
destina a atividade ou seja possuir um miacutenimo de
informaccedilatildeo sobre esta clientela e a(s) deficiecircncia(s)
que a mesma apresenta Deve-se considerar tambeacutem
todas as oportunidades das atividades de aventura e
que estas se diferenciam em vaacuterias vertentes de
acordo com o local que seraacute realizada os
equipamentos e o conhecimento teacutecnico requerido
no que diz respeito ao fator risco (MINISTEacuteRIO
DO TURISMO 2009)
13 Classificaccedilotildees de Pessoas com Deficiecircncia
Segundo o Decreto Brasileiro 5296 em dois
de dezembro de 2004 eacute considerado PCD aquele
com limitaccedilatildeo ou incapacidade em realizar as
funccedilotildees e classificadas abaixo
Def
iciecirc
nci
a F
iacutesic
a
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia
paraparesia monoplegia monoparesia
tetraplegia tetraparesia triplegia triparesia
hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo
ou falta de membros paralisia cerebral
nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita
ou adquirida sem considerar deformaccedilotildees
esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Def
iciecirc
nci
a
au
dit
iva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis
(dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000
2000 e 3000 Hz
Def
iciecirc
nci
a
vis
ua
l
cegueira com acuidade visual igual ou menor
005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes
com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia
simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Def
iciecirc
nci
a
inte
lect
ua
l
atividade intelectual muito menor agrave mediana
diagnosticada antes dos dezoito anos de idade
dificuldades na capacidade adaptativa em dois
ou mais campos comunicaccedilatildeo proacuteprio
cuidado habilidade social usar recursos da
comunidade sauacutede seguranccedila atividade
escolar lazer e trabalho
Def
iciecirc
nci
a
muacute
ltip
la
interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
14 Satildeo Desideacuterio Bahia e Atrativos Turiacutesticos
Localizado na mesorregiatildeo do oeste baiano
limiacutetrofe agrave cidade de Barreiras em sua porccedilatildeo norte
faz tambeacutem divisa com os estados Tocantins e
Goiaacutes na porccedilatildeo oeste de seu territoacuterio e encontra-se
agrave aproximadamente 869 km da capital baiana
Salvador e 580 km da capital federal Brasiacutelia
(PREFEITURA DE SAtildeO DESIDEacuteRIO 2015)
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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Com uma populaccedilatildeo de cerca de 32078
habitantes e aacuterea territorial em torno de 15174Kmsup2
(IBGE 2014) a regiatildeo possui inuacutemeros atrativos
naturais como cachoeiras rios lagos corredeiras
trilhas paredotildees e mais de vinte e uma cavidades
que compotildeem variadas opccedilotildees no esporte de
aventura possibilitando ainda a aproximaccedilatildeo com
flora e fauna situada no oeste baiano assim como a
observaccedilatildeo de ecossistemas uacutenicos (GOVERNO
DO ESTADO DA BAHIA 2015)
Destacam-se ainda na regiatildeo do rio Satildeo
Desideacuterio a vista panoracircmica de cacircnions caacutersticos e
o Grutatildeo da Beleza (BA-539) onde se realizou a
atividade de campo Esta caverna possui dois niacuteveis
horizontais No niacutevel inferior um extenso tuacutenel
uniforme e amplo com muitos acircngulos de rocha no
final e observa-se um pequeno trajeto de aacutegua
alterando responsaacuteveis por reter sedimentos bem
umedecidos do piso da caverna As ornamentaccedilotildees
satildeo menores neste piso e no superior com vaacuterios
espeleotemas colunas no poacutertico e as dimensotildees de
espaccedilo satildeo menores (REVISTA BRASILEIRA DE
ESPELEOLOGIA 2012)
2 MEacuteTODOS E ETAPAS
Foi realizado um levantamento das cavernas
horizontais no municiacutepio de Satildeo Desideacuterio e
utilizou-se a ferramenta Indicadores de
Acessibilidade para PCDs (Anexo 1) para definir a
escolha do local onde se realizaria a atividade de
campo do minicurso Espeleoturismo Adaptado com
os PCDs Entre todas as cavidades avaliadas por
Prof Dr Leonardo Morato da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo a que melhor apresentou condiccedilotildees
para acessibilidade foi o Grutatildeo da Beleza
No planejamento da atividade contou-se com
um grupo de voluntaacuterios para ajudar no
deslocamento dos PCDs O transporte do grupo de
Barreiras para Satildeo Desideacuterio foi feito em
automoacuteveis
Para vivenciar a experiecircncia de um PCD
visual em uma caverna um dos espeleoacutelogos
participante foi vendado e conduzido por outro
voluntaacuterio
3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O Grutatildeo da Beleza encontra-se em uma aacuterea
rural em um terreno particular Proacuteximo agrave entrada
desta caverna existem algumas casas e galpotildees Haacute
um pequeno local para estacionar veiacuteculos poreacutem
sem infraestrutura baacutesica se comparada aos parques
estaduais
Depois de identificada e aprovada o melhor
roteiro para ser realizada a atividade espeleoturiacutestica
adaptada pelos especialistas da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo os PCDs foram organizados por
grupo Eacuterica Nunes com paraparesia de membros
inferiores adquirida Maria Ivete Fonseca Silva com
paraplegia de membros inferiores adquirida Marcos
Antocircnio Lima cadeirante Argemiro Domingos dos
Santos com deficiecircncia visual e Edimilson Pereira
Rodrigues com mobilidade reduzida adquirida
A logiacutestica de conduccedilatildeo era de um membro da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo por PCD ou seja para
cada cadeirante acompanharam trecircs espeleoacutelogos
voluntaacuterios Para mobilidade reduzida e PCD-visual
acompanharam dois espeleoacutelogos voluntaacuterios A fim
de sentir a sensaccedilatildeo de visitar a cavidade como PNE
visual foi feita a simulaccedilatildeo com o espeleoacutelogo
Wellington Vasconcelos cujos olhos foram vendados
por um lenccedilo e seu condutor foi o espeleoacutelogo
Leonardo Vieira da Silva (Figura 1) Participaram
ainda no suporte os soldados do Corpo de
Bombeiros Marcos Cordeiro dos Anjos e Alex
Arauacutejo e espeleoacutelogos voluntaacuterios compondo uma
equipe de 20 pessoas sendo 3 membros da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo 3 alunos do
minicurso 2 bombeiros 12 espeleoacutelogos
voluntaacuterios
A atividade de campo foi liderada pelo Prof
Dr Leonardo Morato a Prof Teresa Maria Franca
Moniz Aragatildeo Eles iniciaram com orientaccedilotildees
preacutevias de como a atividade iria se desenvolver em
relaccedilatildeo agrave conduccedilatildeo dos PCDs equipamentos usados
para transporte como superar obstaacuteculos conforme a
classificaccedilatildeo de deficiecircncia condiccedilotildees fiacutesicas e de
sauacutede para iniciar a atividade baseado no trabalho
ldquoIntroduccedilatildeo do Minicurso de Espeleoturismo
Adaptado e Aplicaccedilatildeo das Ferramentas Indicadores
de Acessibilidade em Cavernasrdquo (Nunes et al
2013) Foi utilizada nos cadeirantes a cadeirinha de
montanhismo (baudrier) para o transporte dos
mesmos nas costas de espeleoacutelogos na descida do
desmoronamento e para entrada do salatildeo superior
Fitas de teacutecnica vertical foram presas na estrutura
articulada em ldquoXrdquo na regiatildeo inferior do assento da
cadeira de rodas para facilitar o deslize entre
condutor do guidatildeo e puxador da cadeira de rodas
Para as manobras com cadeira de rodas o membro da
equipe da Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo orientou o
que iria ser realizado com a cadeira para o cadeirante
e em seguida orientaccedilotildees teacutecnicas eram direcionadas
aos espeleoacutelogos voluntaacuterios para o deslocamento e
evitar degradaccedilatildeo do equipamento No que se refere
ao bastatildeo do PCD- visual alertas de obstaacuteculos no
solo eram feitos para ultrapassagem sem colocar em
risco o deficiente e seu equipamento no ambiente
natural e o acompanhamento laterais dos
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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espeleoacutelogos permitiram a seguranccedila E finalmente
para mobilidade reduzida o cuidado foi de alertar e
estar proacuteximo ao lado e atraacutes para os obstaacuteculos no
solo No iniacutecio da trilha havia um pouco de barro o
que natildeo impediu a progressatildeo dos grupos A seguir
o declive apresentado no caminho foi vencido sem a
necessidade de manobras com as cadeiras de rodas
Figura 1 Trilha de Acesso Simulaccedilatildeo de deficiecircncia
visual Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo 2013
Seguindo pela trilha mais adiante foi
necessaacuterio inclinar as cadeiras de rodas em um grau
que permitisse seu deslocamento visto que as
condiccedilotildees do solo barro mato e material rochoso na
forma de cascalhos e seixos dificultavam que os
pneus das cadeiras de rodas rodassem Os grandes
blocos abatidos de rocha no piso da caverna foram
tambeacutem obstaacuteculos para PCDs visuais e com
mobilidade reduzida sendo alertados pelos liacutederes da
atividade passado as informaccedilotildees nos grupos
classificados Houve participaccedilatildeo teacutecnica dos
espeleoacutelogos condutores-voluntaacuterios e componentes
do corpo de bombeiros no sentido de prevenir
possiacuteveis acidentes
A aplicaccedilatildeo da praacutetica do curso em capacitar
espeleoacutelogoscondutores em conduzir PCDs em
locais de difiacutecil acesso e contemplaccedilatildeo de cavidade
mais proporcionar a vivecircncia para PCDs nesse
ambiente singular proporcionou entre os
participantes uma grande determinaccedilatildeo em continuar
a atividade A beleza cecircnica da trilha de acesso e os
espeleotemas da caverna a diversidade de
formaccedilotildees rochosas e suas diferentes tonalidades os
temas arqueoloacutegicos tais como as pinturas rupestres
formaram um conjunto de atrativos que aguccedilou a
curiosidade dos visitantes sendo que para alguns
desses participantes novos espeleoacutelogos e PCDs era
a primeira vez que estiveram em uma caverna O
Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo Morato
complementou com informaccedilotildees interessantes sobre
a regiatildeo e sobre a caverna enriquecendo a atividade
de campo Ver relato de um dos PCDs participantes
abaixo
Figura 2 Observaccedilatildeo de Pinturas rupestres
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
ldquo Experiecircncia nova e fantaacutestica apesar do
PNE Visual que auxiliei a guiar estar apenas
simulando e se tratar na realidade de um
espeleoacutelogo experiente Conduzi-lo necessitou
cuidado e atenccedilatildeo devido a meus olhos serem os
dele Cada obstaacuteculo desde o mais simples como
um pequeno aclive ou uma mera rocha tinha que
ser descrito de forma a ele desviar e progredir
durante a atividade Quando fui demonstrar as
sensaccedilotildees com as matildeos tambeacutem tinha o cuidado de
observar antes e atentamente se natildeo havia animais
ou riscos para o PNE visual jaacute que pode haver
animais peccedilonhentos e superfiacutecies que possa ferir as
matildeosrdquo (Leonardo Vieira da Silva 2013)
Continuando a atividade apoacutes orientaccedilotildees de
Eacuterica Nunes para Fabriacutecio Muniz foi levada nas
costas do espeleoacutelogo enquanto o segundo
espeleoacutelogo Rafael Lourenccedilo Vimieiro realizava a
seguranccedila para visitar o poacutertico superior do Grutatildeo
da Beleza pois natildeo havia condiccedilotildees de deslize com
a cadeira de rodas tambeacutem PCD-Visual Welington
Vasconcelos teve a experiecircncia de contemplar
colunas e rochas atraveacutes do tato Jaacute os outros PCDs e
espeleoacutelogos voluntaacuterios seguiram a atividade
descendo o desmoronamento com os espeleoacutelogos
voluntaacuterios sendo os cadeirantes foram equipados
com cadeirinhas de bauldrier e colocados nas costas
do espeleoacutelogo condutor enquanto o segundo
espeleoacutelogo condutor estava agrave frente orientando
onde pisar e o terceiro espeleoacutelogo condutor atraacutes
para realizar a seguranccedila o quarto espeleoacutelogo
voluntaacuterio levou e posicionou as cadeiras de rodas
no poacutertico interior da cavidade Para os PCDs-
visuais e mobilidade reduzida um espeleoacutelogo
condutor seguiu a frente enquanto o segundo seguiu
ao lado e ambos apoiando a estrutura fiacutesica do PCD
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este
tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para
quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios
equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia
nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco
nenhum dos participantes da atividade Os
cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de
rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas
teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia
profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos
equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs
garantem o bom desenvolvimento da atividade em
trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo
dessas atividades com PCDs promovendo a
sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato
de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de
entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o
nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute
conhecia os procedimentos Mas como cada caverna
eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo
Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras
superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima
2013)
Durante a atividade apoacutes a passagem do
poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo
Morato utilizou no interior da caverna dois grandes
tapetes de borracha em locais mais arenosos o que
possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas
das cadeiras afundassem na areia A cavidade
apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o
deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as
pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como
degraus naturais de terra batida e terreno argiloso
barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade
reduzida este mesmo solo era irregular e
escorregadio e os espeleoacutelogos condutores
precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse
ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos
espeleotemas orientando-os onde deambular As
formas e particularidades de alguns espeleotemas
tais como estalactites e estalagmites foram
descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos
dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando
como PCDs-Visual) os participantes iniciantes
tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash
aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas
Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir
pelo tato como eacute o interior da caverna Quando
pisava sentia que o chatildeo era bem irregular
principalmente na entrada com pedras pontiagudas
Acho que senti um cheiro de enxofre quando
estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de
umidade Quando o meu guia descrevia as
formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha
mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro
Domingos dos Santos 2013)
Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Os atrativos da caverna dentre eles os
espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e
condutores que ficaram admirados uma vez mais
com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo
Ver relato de um dos participantes abaixo
ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a
experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois
cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom
sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e
contemplar toda a beleza da gruta Tive uma
sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a
escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos
Cordeiro 2013)
Agrave medida que o deslocamento acontecia e
novos espeleotemas e peculiaridades da caverna
eram apresentados entre os salotildees da caverna
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-
Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees
importantes para ele e outros PCDs Ver relato de
um dos PCDs participantes abaixo
ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi
emocionante para mim Fiquei fascinado com a
beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza
Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo
(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)
A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou
Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante
Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de
grande importacircncia dentre elas a oportunidade de
ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e
emocionais para conhecer esse novo ambiente
aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs
participantes abaixo
ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar
em um ambiente que jamais imaginei que poderia
chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei
maravilhada com os espeleotemas que aprendi que
satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma
experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo
diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que
proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz
em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas
do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva
2013)
A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado
gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas
tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar
preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir
uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um
dos participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita
para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais
podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti
uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar
vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando
pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e
tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que
aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira
2013)
Para esses visitantes de espeleoturismo
convencional e espeleoturismo adaptado adentrar
em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais
marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e
profissionais antes jamais realizadas e a mesma
sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando
percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de
entrar em uma caverna pela primeira vez e
encontrar o desconhecido novamente Resgatar
essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo
Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais
romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)
No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute
um ambiente essencial e importante para aprender
teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos
fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma
delas exige um conhecimento especiacutefico de
locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos
Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a
percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem
que se adaptar Comecei a perceber coisas que
normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse
simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem
algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem
uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com
os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira
2013)
Jaacute no final da atividade foi permitido que o
Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)
retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros
relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo
com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um
dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi
pra mim algo impressionante em todos esses anos
atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos
jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola
poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes
principalmente quando adentramos em uma
cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a
percepccedilatildeo muda um simples declive representa um
enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros
sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes
do toque com as matildeos que pude identificar alguns
espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava
imaginar como era a caverna de acordo com as
descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma
experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos
2013)
Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio
Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma
atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma
oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-
estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato
de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os
PNEs depositam em seu guia de forma que se cria
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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um viacutenculo de amizade e respeito em prol da
aventura que estamos vivendo naquele momento E
assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no
coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na
atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico
conjunto de amigos exploradores de cavernardquo
(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)
A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde
com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a
logiacutestica da atividade
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de
Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para
classificar as cavidades mais adequadas para
atividades com PCDs considerando ainda que para
cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta
atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou
evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais
indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais
como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso
acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os
PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida
Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista
que antecede a atividade com os PCDs que se
interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo
sendo indicada para avaliar as facilidades
dificuldades e particularidades no que se refere agrave
sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia
como cadeiras de rodas andadores bengalas
muletas proacuteteses guias entre outros para
locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em
oacutetimas condiccedilotildees
Nessa atividade de campo pela primeira vez
a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu
trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade
reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma
simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em
vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma
coleta de informaccedilotildees de grande valia para a
conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem
esse processo de inclusatildeo social tais como a
elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores
as atividades de campo que possibilitem a montagem
de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar
cada vez mais o processo de particular de
Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de
inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos
Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)
utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos
rumos ao processo de inclusatildeo social
A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que
sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e
cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano
de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem
adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo
as mesmas devem ser compartilhadas durante a
atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo
Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do
iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi
possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos
voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de
Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila
de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram
conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos
A seguir algumas informaccedilotildees
complementares quanto ao desenvolvimento da
atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do
Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por
cadeirantes se carregados nas costas de condutores
com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de
montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns
equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute
muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo
Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo
devido agrave passagem do mesmo ser estreita
dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por
natildeo PCDs
Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees
de seguranccedila foram implementadas a exemplo
foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de
maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a
desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da
atividade A descida neste trecho com cadeirantes
tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como
explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos
voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A
cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a
maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos
naturais do interior da caverna como a diferenccedila de
niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos
facilmente principalmente com o uso de um
quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em
cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte
dos espeleotemas puderam ser observados e em
alguns casos tocado proporcionando autonomia de
todos os PCDs em seu interior
A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das
expectativas atendendo aos objetivos que eacute
pesquisar criar ferramentas e coletar dados que
possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada
vez mais o processo de inclusatildeo social
especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere
aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais
o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e
satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a
participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo
social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo
para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo
pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios
acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior
que objetivos propostos
Conforme citado anteriormente nessa
cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os
espeleotemas no caso do PCD-Visual e na
simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso
especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o
tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera
de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de
aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que
auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas
oportunidades e possibilidades aguccediladas pela
necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de
todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre
outros cada um de acordo com as novas
condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no
ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam
entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o
encantamento e entusiasmo em visualizar
estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi
tatildeo evidente quanto o observado pelo tato
A troca de experiecircncia entre os integrantes foi
tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades
que natildeo pudessem ser superadas As palavras
ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte
desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo
conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e
atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes
durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e
realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante
para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais
que participaram da atividade poderem realizar tal
sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi
demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE
grande interesse nas atividades da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo da SBE
Apesar de natildeo haver naquele campo de
estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que
existe em alguns parques nacionais e estaduais tais
como banheiros adaptados rampas de acesso e
lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do
puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram
problemas jaacute que foram superados com alimentos e
equipamentos levados por todos os envolvidos
Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que
podem furar ou simplesmente esvaziar estes
poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de
pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar
manual para bicicletas
Dessa forma fica mais uma vez evidente que
quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em
atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma
deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a
fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a
serem visitados bem como capacitar os profissionais
que participaratildeo dessa atividade
AGRADECIMENTO
Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio
BA ao Professor Leandro Moutinho aos
espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir
Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano
Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete
Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio
Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio
Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes
Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo
REFEREcircNCIAS
ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos
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Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas
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Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015
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Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
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G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
wwwcavernasorgbrturismoasp
Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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Desde sua criaccedilatildeo a Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo vem se organizando no sentido de
atuar na visitaccedilatildeo de cavernas realizando estudos e
pesquisas no que se refere a promoccedilatildeo da
acessibilidade agraves mesmas (LOBO 2008)
Foram desenvolvidas ferramentas de
acessibilidade divulgada no 30deg CBE ldquoProposta de
Indicadores de Acessibilidade agraves Cavidades
Turiacutesticas Direcionadas aos Portadores de
Necessidades Especiais (PNEs)rdquo (Nunes et al em
2009) e realizado o primeiro minicurso ldquoIntroduccedilatildeo
agrave Espeleologia Adaptadardquo (SBE 2009) Neste
trabalho utilizaremos o termo presente na
Convenccedilatildeo sobre os Direitos das PCDs da
Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) que foi
oficialmente ratificado no Brasil em 2008
As ferramentas propostas na ediccedilatildeo de 2009 e
2011 do minicurso ldquoIntroduccedilatildeo agrave Espeleologia
Adaptadardquo ministrado por Nunes et al e as noccedilotildees
teoacutericas-praacuteticas utilizadas nas atividades de campo
corroboraram as metodologias usadas na conduccedilatildeo
com PCDs no ambiente subterracircneo aleacutem de
abranger um novo leque de procedimentos a serem
desenvolvidos e utilizados por guias e monitores de
espeleoturismo
A convite do Presidente da Comissatildeo
Organizadora do 32deg CBE foi realizado o terceiro
minicurso lsquoIntroduccedilatildeo ao Espeleoturismo Adaptadordquo
no Instituto Federal de Educaccedilatildeo Ciecircncia e
Tecnologia da Bahia ndash IFBA-Campus Barreiras com
uma atividade de campo realizada no Grutatildeo da
Beleza (BA -539) (NUNES 2013)
12 Turismo de Pessoas com Deficiecircncia
Segundo Costa (2009) a praacutetica esportiva na
natureza conduz os indiviacuteduos a contemplar a fauna
a flora a aproximaccedilatildeo com meio ambiente e a criar
novos viacutenculos sociais A atividade na natureza pela
praacutetica esportiva eacute um dos meios da inserccedilatildeo de
PCD neste meio e pode despertar a sensaccedilatildeo de
realizaccedilatildeo pessoal por estiacutemulos sensaccedilotildees e
emoccedilotildees inusitadas que o esporte de aventura pode
proporcionar
Para realizaccedilatildeo de alguns esportes radicais
com PCDs de forma ideal satildeo necessaacuterias
adaptaccedilotildees especiacuteficas do espaccedilo fiacutesico para
treinamentos e profissionais capacitados com
conhecimento do esporte e da deficiecircncia do atleta
(INFOJOVEM 2015)
Ao se realizar uma atividade de Turismo
Adaptado eacute necessaacuterio conhecer o puacuteblico a que se
destina a atividade ou seja possuir um miacutenimo de
informaccedilatildeo sobre esta clientela e a(s) deficiecircncia(s)
que a mesma apresenta Deve-se considerar tambeacutem
todas as oportunidades das atividades de aventura e
que estas se diferenciam em vaacuterias vertentes de
acordo com o local que seraacute realizada os
equipamentos e o conhecimento teacutecnico requerido
no que diz respeito ao fator risco (MINISTEacuteRIO
DO TURISMO 2009)
13 Classificaccedilotildees de Pessoas com Deficiecircncia
Segundo o Decreto Brasileiro 5296 em dois
de dezembro de 2004 eacute considerado PCD aquele
com limitaccedilatildeo ou incapacidade em realizar as
funccedilotildees e classificadas abaixo
Def
iciecirc
nci
a F
iacutesic
a
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais
membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia
paraparesia monoplegia monoparesia
tetraplegia tetraparesia triplegia triparesia
hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo
ou falta de membros paralisia cerebral
nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita
ou adquirida sem considerar deformaccedilotildees
esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Def
iciecirc
nci
a
au
dit
iva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis
(dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000
2000 e 3000 Hz
Def
iciecirc
nci
a
vis
ua
l
cegueira com acuidade visual igual ou menor
005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes
com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia
simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Def
iciecirc
nci
a
inte
lect
ua
l
atividade intelectual muito menor agrave mediana
diagnosticada antes dos dezoito anos de idade
dificuldades na capacidade adaptativa em dois
ou mais campos comunicaccedilatildeo proacuteprio
cuidado habilidade social usar recursos da
comunidade sauacutede seguranccedila atividade
escolar lazer e trabalho
Def
iciecirc
nci
a
muacute
ltip
la
interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
14 Satildeo Desideacuterio Bahia e Atrativos Turiacutesticos
Localizado na mesorregiatildeo do oeste baiano
limiacutetrofe agrave cidade de Barreiras em sua porccedilatildeo norte
faz tambeacutem divisa com os estados Tocantins e
Goiaacutes na porccedilatildeo oeste de seu territoacuterio e encontra-se
agrave aproximadamente 869 km da capital baiana
Salvador e 580 km da capital federal Brasiacutelia
(PREFEITURA DE SAtildeO DESIDEacuteRIO 2015)
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
43
Com uma populaccedilatildeo de cerca de 32078
habitantes e aacuterea territorial em torno de 15174Kmsup2
(IBGE 2014) a regiatildeo possui inuacutemeros atrativos
naturais como cachoeiras rios lagos corredeiras
trilhas paredotildees e mais de vinte e uma cavidades
que compotildeem variadas opccedilotildees no esporte de
aventura possibilitando ainda a aproximaccedilatildeo com
flora e fauna situada no oeste baiano assim como a
observaccedilatildeo de ecossistemas uacutenicos (GOVERNO
DO ESTADO DA BAHIA 2015)
Destacam-se ainda na regiatildeo do rio Satildeo
Desideacuterio a vista panoracircmica de cacircnions caacutersticos e
o Grutatildeo da Beleza (BA-539) onde se realizou a
atividade de campo Esta caverna possui dois niacuteveis
horizontais No niacutevel inferior um extenso tuacutenel
uniforme e amplo com muitos acircngulos de rocha no
final e observa-se um pequeno trajeto de aacutegua
alterando responsaacuteveis por reter sedimentos bem
umedecidos do piso da caverna As ornamentaccedilotildees
satildeo menores neste piso e no superior com vaacuterios
espeleotemas colunas no poacutertico e as dimensotildees de
espaccedilo satildeo menores (REVISTA BRASILEIRA DE
ESPELEOLOGIA 2012)
2 MEacuteTODOS E ETAPAS
Foi realizado um levantamento das cavernas
horizontais no municiacutepio de Satildeo Desideacuterio e
utilizou-se a ferramenta Indicadores de
Acessibilidade para PCDs (Anexo 1) para definir a
escolha do local onde se realizaria a atividade de
campo do minicurso Espeleoturismo Adaptado com
os PCDs Entre todas as cavidades avaliadas por
Prof Dr Leonardo Morato da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo a que melhor apresentou condiccedilotildees
para acessibilidade foi o Grutatildeo da Beleza
No planejamento da atividade contou-se com
um grupo de voluntaacuterios para ajudar no
deslocamento dos PCDs O transporte do grupo de
Barreiras para Satildeo Desideacuterio foi feito em
automoacuteveis
Para vivenciar a experiecircncia de um PCD
visual em uma caverna um dos espeleoacutelogos
participante foi vendado e conduzido por outro
voluntaacuterio
3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O Grutatildeo da Beleza encontra-se em uma aacuterea
rural em um terreno particular Proacuteximo agrave entrada
desta caverna existem algumas casas e galpotildees Haacute
um pequeno local para estacionar veiacuteculos poreacutem
sem infraestrutura baacutesica se comparada aos parques
estaduais
Depois de identificada e aprovada o melhor
roteiro para ser realizada a atividade espeleoturiacutestica
adaptada pelos especialistas da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo os PCDs foram organizados por
grupo Eacuterica Nunes com paraparesia de membros
inferiores adquirida Maria Ivete Fonseca Silva com
paraplegia de membros inferiores adquirida Marcos
Antocircnio Lima cadeirante Argemiro Domingos dos
Santos com deficiecircncia visual e Edimilson Pereira
Rodrigues com mobilidade reduzida adquirida
A logiacutestica de conduccedilatildeo era de um membro da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo por PCD ou seja para
cada cadeirante acompanharam trecircs espeleoacutelogos
voluntaacuterios Para mobilidade reduzida e PCD-visual
acompanharam dois espeleoacutelogos voluntaacuterios A fim
de sentir a sensaccedilatildeo de visitar a cavidade como PNE
visual foi feita a simulaccedilatildeo com o espeleoacutelogo
Wellington Vasconcelos cujos olhos foram vendados
por um lenccedilo e seu condutor foi o espeleoacutelogo
Leonardo Vieira da Silva (Figura 1) Participaram
ainda no suporte os soldados do Corpo de
Bombeiros Marcos Cordeiro dos Anjos e Alex
Arauacutejo e espeleoacutelogos voluntaacuterios compondo uma
equipe de 20 pessoas sendo 3 membros da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo 3 alunos do
minicurso 2 bombeiros 12 espeleoacutelogos
voluntaacuterios
A atividade de campo foi liderada pelo Prof
Dr Leonardo Morato a Prof Teresa Maria Franca
Moniz Aragatildeo Eles iniciaram com orientaccedilotildees
preacutevias de como a atividade iria se desenvolver em
relaccedilatildeo agrave conduccedilatildeo dos PCDs equipamentos usados
para transporte como superar obstaacuteculos conforme a
classificaccedilatildeo de deficiecircncia condiccedilotildees fiacutesicas e de
sauacutede para iniciar a atividade baseado no trabalho
ldquoIntroduccedilatildeo do Minicurso de Espeleoturismo
Adaptado e Aplicaccedilatildeo das Ferramentas Indicadores
de Acessibilidade em Cavernasrdquo (Nunes et al
2013) Foi utilizada nos cadeirantes a cadeirinha de
montanhismo (baudrier) para o transporte dos
mesmos nas costas de espeleoacutelogos na descida do
desmoronamento e para entrada do salatildeo superior
Fitas de teacutecnica vertical foram presas na estrutura
articulada em ldquoXrdquo na regiatildeo inferior do assento da
cadeira de rodas para facilitar o deslize entre
condutor do guidatildeo e puxador da cadeira de rodas
Para as manobras com cadeira de rodas o membro da
equipe da Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo orientou o
que iria ser realizado com a cadeira para o cadeirante
e em seguida orientaccedilotildees teacutecnicas eram direcionadas
aos espeleoacutelogos voluntaacuterios para o deslocamento e
evitar degradaccedilatildeo do equipamento No que se refere
ao bastatildeo do PCD- visual alertas de obstaacuteculos no
solo eram feitos para ultrapassagem sem colocar em
risco o deficiente e seu equipamento no ambiente
natural e o acompanhamento laterais dos
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espeleoacutelogos permitiram a seguranccedila E finalmente
para mobilidade reduzida o cuidado foi de alertar e
estar proacuteximo ao lado e atraacutes para os obstaacuteculos no
solo No iniacutecio da trilha havia um pouco de barro o
que natildeo impediu a progressatildeo dos grupos A seguir
o declive apresentado no caminho foi vencido sem a
necessidade de manobras com as cadeiras de rodas
Figura 1 Trilha de Acesso Simulaccedilatildeo de deficiecircncia
visual Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo 2013
Seguindo pela trilha mais adiante foi
necessaacuterio inclinar as cadeiras de rodas em um grau
que permitisse seu deslocamento visto que as
condiccedilotildees do solo barro mato e material rochoso na
forma de cascalhos e seixos dificultavam que os
pneus das cadeiras de rodas rodassem Os grandes
blocos abatidos de rocha no piso da caverna foram
tambeacutem obstaacuteculos para PCDs visuais e com
mobilidade reduzida sendo alertados pelos liacutederes da
atividade passado as informaccedilotildees nos grupos
classificados Houve participaccedilatildeo teacutecnica dos
espeleoacutelogos condutores-voluntaacuterios e componentes
do corpo de bombeiros no sentido de prevenir
possiacuteveis acidentes
A aplicaccedilatildeo da praacutetica do curso em capacitar
espeleoacutelogoscondutores em conduzir PCDs em
locais de difiacutecil acesso e contemplaccedilatildeo de cavidade
mais proporcionar a vivecircncia para PCDs nesse
ambiente singular proporcionou entre os
participantes uma grande determinaccedilatildeo em continuar
a atividade A beleza cecircnica da trilha de acesso e os
espeleotemas da caverna a diversidade de
formaccedilotildees rochosas e suas diferentes tonalidades os
temas arqueoloacutegicos tais como as pinturas rupestres
formaram um conjunto de atrativos que aguccedilou a
curiosidade dos visitantes sendo que para alguns
desses participantes novos espeleoacutelogos e PCDs era
a primeira vez que estiveram em uma caverna O
Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo Morato
complementou com informaccedilotildees interessantes sobre
a regiatildeo e sobre a caverna enriquecendo a atividade
de campo Ver relato de um dos PCDs participantes
abaixo
Figura 2 Observaccedilatildeo de Pinturas rupestres
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
ldquo Experiecircncia nova e fantaacutestica apesar do
PNE Visual que auxiliei a guiar estar apenas
simulando e se tratar na realidade de um
espeleoacutelogo experiente Conduzi-lo necessitou
cuidado e atenccedilatildeo devido a meus olhos serem os
dele Cada obstaacuteculo desde o mais simples como
um pequeno aclive ou uma mera rocha tinha que
ser descrito de forma a ele desviar e progredir
durante a atividade Quando fui demonstrar as
sensaccedilotildees com as matildeos tambeacutem tinha o cuidado de
observar antes e atentamente se natildeo havia animais
ou riscos para o PNE visual jaacute que pode haver
animais peccedilonhentos e superfiacutecies que possa ferir as
matildeosrdquo (Leonardo Vieira da Silva 2013)
Continuando a atividade apoacutes orientaccedilotildees de
Eacuterica Nunes para Fabriacutecio Muniz foi levada nas
costas do espeleoacutelogo enquanto o segundo
espeleoacutelogo Rafael Lourenccedilo Vimieiro realizava a
seguranccedila para visitar o poacutertico superior do Grutatildeo
da Beleza pois natildeo havia condiccedilotildees de deslize com
a cadeira de rodas tambeacutem PCD-Visual Welington
Vasconcelos teve a experiecircncia de contemplar
colunas e rochas atraveacutes do tato Jaacute os outros PCDs e
espeleoacutelogos voluntaacuterios seguiram a atividade
descendo o desmoronamento com os espeleoacutelogos
voluntaacuterios sendo os cadeirantes foram equipados
com cadeirinhas de bauldrier e colocados nas costas
do espeleoacutelogo condutor enquanto o segundo
espeleoacutelogo condutor estava agrave frente orientando
onde pisar e o terceiro espeleoacutelogo condutor atraacutes
para realizar a seguranccedila o quarto espeleoacutelogo
voluntaacuterio levou e posicionou as cadeiras de rodas
no poacutertico interior da cavidade Para os PCDs-
visuais e mobilidade reduzida um espeleoacutelogo
condutor seguiu a frente enquanto o segundo seguiu
ao lado e ambos apoiando a estrutura fiacutesica do PCD
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Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este
tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para
quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios
equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia
nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco
nenhum dos participantes da atividade Os
cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de
rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas
teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia
profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos
equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs
garantem o bom desenvolvimento da atividade em
trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo
dessas atividades com PCDs promovendo a
sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato
de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de
entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o
nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute
conhecia os procedimentos Mas como cada caverna
eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo
Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras
superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima
2013)
Durante a atividade apoacutes a passagem do
poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo
Morato utilizou no interior da caverna dois grandes
tapetes de borracha em locais mais arenosos o que
possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas
das cadeiras afundassem na areia A cavidade
apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o
deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as
pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como
degraus naturais de terra batida e terreno argiloso
barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade
reduzida este mesmo solo era irregular e
escorregadio e os espeleoacutelogos condutores
precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse
ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos
espeleotemas orientando-os onde deambular As
formas e particularidades de alguns espeleotemas
tais como estalactites e estalagmites foram
descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos
dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando
como PCDs-Visual) os participantes iniciantes
tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash
aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas
Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir
pelo tato como eacute o interior da caverna Quando
pisava sentia que o chatildeo era bem irregular
principalmente na entrada com pedras pontiagudas
Acho que senti um cheiro de enxofre quando
estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de
umidade Quando o meu guia descrevia as
formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha
mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro
Domingos dos Santos 2013)
Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Os atrativos da caverna dentre eles os
espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e
condutores que ficaram admirados uma vez mais
com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo
Ver relato de um dos participantes abaixo
ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a
experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois
cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom
sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e
contemplar toda a beleza da gruta Tive uma
sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a
escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos
Cordeiro 2013)
Agrave medida que o deslocamento acontecia e
novos espeleotemas e peculiaridades da caverna
eram apresentados entre os salotildees da caverna
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-
Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees
importantes para ele e outros PCDs Ver relato de
um dos PCDs participantes abaixo
ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi
emocionante para mim Fiquei fascinado com a
beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza
Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo
(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)
A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou
Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante
Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de
grande importacircncia dentre elas a oportunidade de
ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e
emocionais para conhecer esse novo ambiente
aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao
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conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs
participantes abaixo
ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar
em um ambiente que jamais imaginei que poderia
chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei
maravilhada com os espeleotemas que aprendi que
satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma
experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo
diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que
proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz
em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas
do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva
2013)
A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado
gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas
tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar
preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir
uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um
dos participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita
para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais
podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti
uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar
vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando
pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e
tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que
aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira
2013)
Para esses visitantes de espeleoturismo
convencional e espeleoturismo adaptado adentrar
em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais
marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e
profissionais antes jamais realizadas e a mesma
sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando
percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de
entrar em uma caverna pela primeira vez e
encontrar o desconhecido novamente Resgatar
essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo
Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais
romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)
No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute
um ambiente essencial e importante para aprender
teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos
fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma
delas exige um conhecimento especiacutefico de
locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos
Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a
percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem
que se adaptar Comecei a perceber coisas que
normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse
simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem
algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem
uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com
os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira
2013)
Jaacute no final da atividade foi permitido que o
Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)
retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros
relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo
com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um
dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi
pra mim algo impressionante em todos esses anos
atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos
jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola
poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes
principalmente quando adentramos em uma
cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a
percepccedilatildeo muda um simples declive representa um
enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros
sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes
do toque com as matildeos que pude identificar alguns
espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava
imaginar como era a caverna de acordo com as
descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma
experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos
2013)
Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio
Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma
atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma
oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-
estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato
de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os
PNEs depositam em seu guia de forma que se cria
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um viacutenculo de amizade e respeito em prol da
aventura que estamos vivendo naquele momento E
assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no
coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na
atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico
conjunto de amigos exploradores de cavernardquo
(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)
A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde
com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a
logiacutestica da atividade
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de
Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para
classificar as cavidades mais adequadas para
atividades com PCDs considerando ainda que para
cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta
atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou
evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais
indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais
como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso
acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os
PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida
Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista
que antecede a atividade com os PCDs que se
interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo
sendo indicada para avaliar as facilidades
dificuldades e particularidades no que se refere agrave
sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia
como cadeiras de rodas andadores bengalas
muletas proacuteteses guias entre outros para
locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em
oacutetimas condiccedilotildees
Nessa atividade de campo pela primeira vez
a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu
trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade
reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma
simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em
vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma
coleta de informaccedilotildees de grande valia para a
conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem
esse processo de inclusatildeo social tais como a
elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores
as atividades de campo que possibilitem a montagem
de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar
cada vez mais o processo de particular de
Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de
inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos
Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)
utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos
rumos ao processo de inclusatildeo social
A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que
sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e
cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano
de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem
adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo
as mesmas devem ser compartilhadas durante a
atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo
Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do
iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi
possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos
voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de
Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila
de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram
conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos
A seguir algumas informaccedilotildees
complementares quanto ao desenvolvimento da
atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do
Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por
cadeirantes se carregados nas costas de condutores
com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de
montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns
equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute
muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo
Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo
devido agrave passagem do mesmo ser estreita
dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por
natildeo PCDs
Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees
de seguranccedila foram implementadas a exemplo
foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de
maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a
desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da
atividade A descida neste trecho com cadeirantes
tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como
explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos
voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A
cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a
maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos
naturais do interior da caverna como a diferenccedila de
niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos
facilmente principalmente com o uso de um
quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em
cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte
dos espeleotemas puderam ser observados e em
alguns casos tocado proporcionando autonomia de
todos os PCDs em seu interior
A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das
expectativas atendendo aos objetivos que eacute
pesquisar criar ferramentas e coletar dados que
possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada
vez mais o processo de inclusatildeo social
especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere
aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais
o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e
satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a
participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo
social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo
para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo
pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios
acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior
que objetivos propostos
Conforme citado anteriormente nessa
cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os
espeleotemas no caso do PCD-Visual e na
simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso
especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o
tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera
de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de
aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que
auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas
oportunidades e possibilidades aguccediladas pela
necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de
todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre
outros cada um de acordo com as novas
condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no
ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam
entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o
encantamento e entusiasmo em visualizar
estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi
tatildeo evidente quanto o observado pelo tato
A troca de experiecircncia entre os integrantes foi
tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades
que natildeo pudessem ser superadas As palavras
ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte
desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo
conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e
atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes
durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e
realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante
para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais
que participaram da atividade poderem realizar tal
sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi
demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE
grande interesse nas atividades da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo da SBE
Apesar de natildeo haver naquele campo de
estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que
existe em alguns parques nacionais e estaduais tais
como banheiros adaptados rampas de acesso e
lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do
puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram
problemas jaacute que foram superados com alimentos e
equipamentos levados por todos os envolvidos
Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que
podem furar ou simplesmente esvaziar estes
poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de
pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar
manual para bicicletas
Dessa forma fica mais uma vez evidente que
quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em
atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma
deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a
fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a
serem visitados bem como capacitar os profissionais
que participaratildeo dessa atividade
AGRADECIMENTO
Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio
BA ao Professor Leandro Moutinho aos
espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir
Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano
Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete
Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio
Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio
Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes
Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo
REFEREcircNCIAS
ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos
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Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
49
2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas
portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias
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por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013
SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
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Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
wwwcavernasorgbrturismoasp
Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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Com uma populaccedilatildeo de cerca de 32078
habitantes e aacuterea territorial em torno de 15174Kmsup2
(IBGE 2014) a regiatildeo possui inuacutemeros atrativos
naturais como cachoeiras rios lagos corredeiras
trilhas paredotildees e mais de vinte e uma cavidades
que compotildeem variadas opccedilotildees no esporte de
aventura possibilitando ainda a aproximaccedilatildeo com
flora e fauna situada no oeste baiano assim como a
observaccedilatildeo de ecossistemas uacutenicos (GOVERNO
DO ESTADO DA BAHIA 2015)
Destacam-se ainda na regiatildeo do rio Satildeo
Desideacuterio a vista panoracircmica de cacircnions caacutersticos e
o Grutatildeo da Beleza (BA-539) onde se realizou a
atividade de campo Esta caverna possui dois niacuteveis
horizontais No niacutevel inferior um extenso tuacutenel
uniforme e amplo com muitos acircngulos de rocha no
final e observa-se um pequeno trajeto de aacutegua
alterando responsaacuteveis por reter sedimentos bem
umedecidos do piso da caverna As ornamentaccedilotildees
satildeo menores neste piso e no superior com vaacuterios
espeleotemas colunas no poacutertico e as dimensotildees de
espaccedilo satildeo menores (REVISTA BRASILEIRA DE
ESPELEOLOGIA 2012)
2 MEacuteTODOS E ETAPAS
Foi realizado um levantamento das cavernas
horizontais no municiacutepio de Satildeo Desideacuterio e
utilizou-se a ferramenta Indicadores de
Acessibilidade para PCDs (Anexo 1) para definir a
escolha do local onde se realizaria a atividade de
campo do minicurso Espeleoturismo Adaptado com
os PCDs Entre todas as cavidades avaliadas por
Prof Dr Leonardo Morato da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo a que melhor apresentou condiccedilotildees
para acessibilidade foi o Grutatildeo da Beleza
No planejamento da atividade contou-se com
um grupo de voluntaacuterios para ajudar no
deslocamento dos PCDs O transporte do grupo de
Barreiras para Satildeo Desideacuterio foi feito em
automoacuteveis
Para vivenciar a experiecircncia de um PCD
visual em uma caverna um dos espeleoacutelogos
participante foi vendado e conduzido por outro
voluntaacuterio
3 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
O Grutatildeo da Beleza encontra-se em uma aacuterea
rural em um terreno particular Proacuteximo agrave entrada
desta caverna existem algumas casas e galpotildees Haacute
um pequeno local para estacionar veiacuteculos poreacutem
sem infraestrutura baacutesica se comparada aos parques
estaduais
Depois de identificada e aprovada o melhor
roteiro para ser realizada a atividade espeleoturiacutestica
adaptada pelos especialistas da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo os PCDs foram organizados por
grupo Eacuterica Nunes com paraparesia de membros
inferiores adquirida Maria Ivete Fonseca Silva com
paraplegia de membros inferiores adquirida Marcos
Antocircnio Lima cadeirante Argemiro Domingos dos
Santos com deficiecircncia visual e Edimilson Pereira
Rodrigues com mobilidade reduzida adquirida
A logiacutestica de conduccedilatildeo era de um membro da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo por PCD ou seja para
cada cadeirante acompanharam trecircs espeleoacutelogos
voluntaacuterios Para mobilidade reduzida e PCD-visual
acompanharam dois espeleoacutelogos voluntaacuterios A fim
de sentir a sensaccedilatildeo de visitar a cavidade como PNE
visual foi feita a simulaccedilatildeo com o espeleoacutelogo
Wellington Vasconcelos cujos olhos foram vendados
por um lenccedilo e seu condutor foi o espeleoacutelogo
Leonardo Vieira da Silva (Figura 1) Participaram
ainda no suporte os soldados do Corpo de
Bombeiros Marcos Cordeiro dos Anjos e Alex
Arauacutejo e espeleoacutelogos voluntaacuterios compondo uma
equipe de 20 pessoas sendo 3 membros da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo 3 alunos do
minicurso 2 bombeiros 12 espeleoacutelogos
voluntaacuterios
A atividade de campo foi liderada pelo Prof
Dr Leonardo Morato a Prof Teresa Maria Franca
Moniz Aragatildeo Eles iniciaram com orientaccedilotildees
preacutevias de como a atividade iria se desenvolver em
relaccedilatildeo agrave conduccedilatildeo dos PCDs equipamentos usados
para transporte como superar obstaacuteculos conforme a
classificaccedilatildeo de deficiecircncia condiccedilotildees fiacutesicas e de
sauacutede para iniciar a atividade baseado no trabalho
ldquoIntroduccedilatildeo do Minicurso de Espeleoturismo
Adaptado e Aplicaccedilatildeo das Ferramentas Indicadores
de Acessibilidade em Cavernasrdquo (Nunes et al
2013) Foi utilizada nos cadeirantes a cadeirinha de
montanhismo (baudrier) para o transporte dos
mesmos nas costas de espeleoacutelogos na descida do
desmoronamento e para entrada do salatildeo superior
Fitas de teacutecnica vertical foram presas na estrutura
articulada em ldquoXrdquo na regiatildeo inferior do assento da
cadeira de rodas para facilitar o deslize entre
condutor do guidatildeo e puxador da cadeira de rodas
Para as manobras com cadeira de rodas o membro da
equipe da Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo orientou o
que iria ser realizado com a cadeira para o cadeirante
e em seguida orientaccedilotildees teacutecnicas eram direcionadas
aos espeleoacutelogos voluntaacuterios para o deslocamento e
evitar degradaccedilatildeo do equipamento No que se refere
ao bastatildeo do PCD- visual alertas de obstaacuteculos no
solo eram feitos para ultrapassagem sem colocar em
risco o deficiente e seu equipamento no ambiente
natural e o acompanhamento laterais dos
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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espeleoacutelogos permitiram a seguranccedila E finalmente
para mobilidade reduzida o cuidado foi de alertar e
estar proacuteximo ao lado e atraacutes para os obstaacuteculos no
solo No iniacutecio da trilha havia um pouco de barro o
que natildeo impediu a progressatildeo dos grupos A seguir
o declive apresentado no caminho foi vencido sem a
necessidade de manobras com as cadeiras de rodas
Figura 1 Trilha de Acesso Simulaccedilatildeo de deficiecircncia
visual Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo 2013
Seguindo pela trilha mais adiante foi
necessaacuterio inclinar as cadeiras de rodas em um grau
que permitisse seu deslocamento visto que as
condiccedilotildees do solo barro mato e material rochoso na
forma de cascalhos e seixos dificultavam que os
pneus das cadeiras de rodas rodassem Os grandes
blocos abatidos de rocha no piso da caverna foram
tambeacutem obstaacuteculos para PCDs visuais e com
mobilidade reduzida sendo alertados pelos liacutederes da
atividade passado as informaccedilotildees nos grupos
classificados Houve participaccedilatildeo teacutecnica dos
espeleoacutelogos condutores-voluntaacuterios e componentes
do corpo de bombeiros no sentido de prevenir
possiacuteveis acidentes
A aplicaccedilatildeo da praacutetica do curso em capacitar
espeleoacutelogoscondutores em conduzir PCDs em
locais de difiacutecil acesso e contemplaccedilatildeo de cavidade
mais proporcionar a vivecircncia para PCDs nesse
ambiente singular proporcionou entre os
participantes uma grande determinaccedilatildeo em continuar
a atividade A beleza cecircnica da trilha de acesso e os
espeleotemas da caverna a diversidade de
formaccedilotildees rochosas e suas diferentes tonalidades os
temas arqueoloacutegicos tais como as pinturas rupestres
formaram um conjunto de atrativos que aguccedilou a
curiosidade dos visitantes sendo que para alguns
desses participantes novos espeleoacutelogos e PCDs era
a primeira vez que estiveram em uma caverna O
Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo Morato
complementou com informaccedilotildees interessantes sobre
a regiatildeo e sobre a caverna enriquecendo a atividade
de campo Ver relato de um dos PCDs participantes
abaixo
Figura 2 Observaccedilatildeo de Pinturas rupestres
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
ldquo Experiecircncia nova e fantaacutestica apesar do
PNE Visual que auxiliei a guiar estar apenas
simulando e se tratar na realidade de um
espeleoacutelogo experiente Conduzi-lo necessitou
cuidado e atenccedilatildeo devido a meus olhos serem os
dele Cada obstaacuteculo desde o mais simples como
um pequeno aclive ou uma mera rocha tinha que
ser descrito de forma a ele desviar e progredir
durante a atividade Quando fui demonstrar as
sensaccedilotildees com as matildeos tambeacutem tinha o cuidado de
observar antes e atentamente se natildeo havia animais
ou riscos para o PNE visual jaacute que pode haver
animais peccedilonhentos e superfiacutecies que possa ferir as
matildeosrdquo (Leonardo Vieira da Silva 2013)
Continuando a atividade apoacutes orientaccedilotildees de
Eacuterica Nunes para Fabriacutecio Muniz foi levada nas
costas do espeleoacutelogo enquanto o segundo
espeleoacutelogo Rafael Lourenccedilo Vimieiro realizava a
seguranccedila para visitar o poacutertico superior do Grutatildeo
da Beleza pois natildeo havia condiccedilotildees de deslize com
a cadeira de rodas tambeacutem PCD-Visual Welington
Vasconcelos teve a experiecircncia de contemplar
colunas e rochas atraveacutes do tato Jaacute os outros PCDs e
espeleoacutelogos voluntaacuterios seguiram a atividade
descendo o desmoronamento com os espeleoacutelogos
voluntaacuterios sendo os cadeirantes foram equipados
com cadeirinhas de bauldrier e colocados nas costas
do espeleoacutelogo condutor enquanto o segundo
espeleoacutelogo condutor estava agrave frente orientando
onde pisar e o terceiro espeleoacutelogo condutor atraacutes
para realizar a seguranccedila o quarto espeleoacutelogo
voluntaacuterio levou e posicionou as cadeiras de rodas
no poacutertico interior da cavidade Para os PCDs-
visuais e mobilidade reduzida um espeleoacutelogo
condutor seguiu a frente enquanto o segundo seguiu
ao lado e ambos apoiando a estrutura fiacutesica do PCD
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este
tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para
quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios
equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia
nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco
nenhum dos participantes da atividade Os
cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de
rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas
teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia
profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos
equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs
garantem o bom desenvolvimento da atividade em
trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo
dessas atividades com PCDs promovendo a
sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato
de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de
entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o
nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute
conhecia os procedimentos Mas como cada caverna
eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo
Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras
superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima
2013)
Durante a atividade apoacutes a passagem do
poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo
Morato utilizou no interior da caverna dois grandes
tapetes de borracha em locais mais arenosos o que
possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas
das cadeiras afundassem na areia A cavidade
apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o
deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as
pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como
degraus naturais de terra batida e terreno argiloso
barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade
reduzida este mesmo solo era irregular e
escorregadio e os espeleoacutelogos condutores
precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse
ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos
espeleotemas orientando-os onde deambular As
formas e particularidades de alguns espeleotemas
tais como estalactites e estalagmites foram
descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos
dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando
como PCDs-Visual) os participantes iniciantes
tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash
aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas
Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir
pelo tato como eacute o interior da caverna Quando
pisava sentia que o chatildeo era bem irregular
principalmente na entrada com pedras pontiagudas
Acho que senti um cheiro de enxofre quando
estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de
umidade Quando o meu guia descrevia as
formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha
mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro
Domingos dos Santos 2013)
Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Os atrativos da caverna dentre eles os
espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e
condutores que ficaram admirados uma vez mais
com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo
Ver relato de um dos participantes abaixo
ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a
experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois
cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom
sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e
contemplar toda a beleza da gruta Tive uma
sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a
escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos
Cordeiro 2013)
Agrave medida que o deslocamento acontecia e
novos espeleotemas e peculiaridades da caverna
eram apresentados entre os salotildees da caverna
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-
Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees
importantes para ele e outros PCDs Ver relato de
um dos PCDs participantes abaixo
ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi
emocionante para mim Fiquei fascinado com a
beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza
Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo
(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)
A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou
Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante
Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de
grande importacircncia dentre elas a oportunidade de
ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e
emocionais para conhecer esse novo ambiente
aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs
participantes abaixo
ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar
em um ambiente que jamais imaginei que poderia
chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei
maravilhada com os espeleotemas que aprendi que
satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma
experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo
diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que
proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz
em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas
do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva
2013)
A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado
gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas
tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar
preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir
uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um
dos participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita
para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais
podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti
uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar
vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando
pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e
tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que
aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira
2013)
Para esses visitantes de espeleoturismo
convencional e espeleoturismo adaptado adentrar
em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais
marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e
profissionais antes jamais realizadas e a mesma
sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando
percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de
entrar em uma caverna pela primeira vez e
encontrar o desconhecido novamente Resgatar
essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo
Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais
romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)
No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute
um ambiente essencial e importante para aprender
teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos
fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma
delas exige um conhecimento especiacutefico de
locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos
Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a
percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem
que se adaptar Comecei a perceber coisas que
normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse
simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem
algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem
uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com
os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira
2013)
Jaacute no final da atividade foi permitido que o
Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)
retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros
relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo
com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um
dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi
pra mim algo impressionante em todos esses anos
atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos
jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola
poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes
principalmente quando adentramos em uma
cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a
percepccedilatildeo muda um simples declive representa um
enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros
sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes
do toque com as matildeos que pude identificar alguns
espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava
imaginar como era a caverna de acordo com as
descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma
experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos
2013)
Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio
Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma
atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma
oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-
estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato
de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os
PNEs depositam em seu guia de forma que se cria
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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um viacutenculo de amizade e respeito em prol da
aventura que estamos vivendo naquele momento E
assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no
coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na
atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico
conjunto de amigos exploradores de cavernardquo
(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)
A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde
com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a
logiacutestica da atividade
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de
Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para
classificar as cavidades mais adequadas para
atividades com PCDs considerando ainda que para
cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta
atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou
evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais
indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais
como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso
acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os
PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida
Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista
que antecede a atividade com os PCDs que se
interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo
sendo indicada para avaliar as facilidades
dificuldades e particularidades no que se refere agrave
sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia
como cadeiras de rodas andadores bengalas
muletas proacuteteses guias entre outros para
locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em
oacutetimas condiccedilotildees
Nessa atividade de campo pela primeira vez
a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu
trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade
reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma
simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em
vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma
coleta de informaccedilotildees de grande valia para a
conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem
esse processo de inclusatildeo social tais como a
elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores
as atividades de campo que possibilitem a montagem
de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar
cada vez mais o processo de particular de
Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de
inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos
Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)
utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos
rumos ao processo de inclusatildeo social
A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que
sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e
cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano
de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem
adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo
as mesmas devem ser compartilhadas durante a
atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo
Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do
iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi
possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos
voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de
Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila
de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram
conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos
A seguir algumas informaccedilotildees
complementares quanto ao desenvolvimento da
atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do
Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por
cadeirantes se carregados nas costas de condutores
com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de
montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns
equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute
muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo
Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo
devido agrave passagem do mesmo ser estreita
dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por
natildeo PCDs
Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees
de seguranccedila foram implementadas a exemplo
foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de
maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a
desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da
atividade A descida neste trecho com cadeirantes
tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como
explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos
voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A
cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a
maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos
naturais do interior da caverna como a diferenccedila de
niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos
facilmente principalmente com o uso de um
quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em
cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte
dos espeleotemas puderam ser observados e em
alguns casos tocado proporcionando autonomia de
todos os PCDs em seu interior
A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das
expectativas atendendo aos objetivos que eacute
pesquisar criar ferramentas e coletar dados que
possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada
vez mais o processo de inclusatildeo social
especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere
aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais
o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e
satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a
participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo
social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo
para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo
pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios
acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior
que objetivos propostos
Conforme citado anteriormente nessa
cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os
espeleotemas no caso do PCD-Visual e na
simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso
especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o
tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera
de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de
aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que
auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas
oportunidades e possibilidades aguccediladas pela
necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de
todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre
outros cada um de acordo com as novas
condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no
ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam
entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o
encantamento e entusiasmo em visualizar
estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi
tatildeo evidente quanto o observado pelo tato
A troca de experiecircncia entre os integrantes foi
tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades
que natildeo pudessem ser superadas As palavras
ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte
desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo
conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e
atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes
durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e
realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante
para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais
que participaram da atividade poderem realizar tal
sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi
demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE
grande interesse nas atividades da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo da SBE
Apesar de natildeo haver naquele campo de
estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que
existe em alguns parques nacionais e estaduais tais
como banheiros adaptados rampas de acesso e
lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do
puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram
problemas jaacute que foram superados com alimentos e
equipamentos levados por todos os envolvidos
Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que
podem furar ou simplesmente esvaziar estes
poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de
pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar
manual para bicicletas
Dessa forma fica mais uma vez evidente que
quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em
atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma
deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a
fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a
serem visitados bem como capacitar os profissionais
que participaratildeo dessa atividade
AGRADECIMENTO
Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio
BA ao Professor Leandro Moutinho aos
espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir
Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano
Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete
Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio
Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio
Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes
Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo
REFEREcircNCIAS
ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos
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2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas
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SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida
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SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado
Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015
ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de
Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no
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ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167
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Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
wwwcavernasorgbrturismoasp
Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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espeleoacutelogos permitiram a seguranccedila E finalmente
para mobilidade reduzida o cuidado foi de alertar e
estar proacuteximo ao lado e atraacutes para os obstaacuteculos no
solo No iniacutecio da trilha havia um pouco de barro o
que natildeo impediu a progressatildeo dos grupos A seguir
o declive apresentado no caminho foi vencido sem a
necessidade de manobras com as cadeiras de rodas
Figura 1 Trilha de Acesso Simulaccedilatildeo de deficiecircncia
visual Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo 2013
Seguindo pela trilha mais adiante foi
necessaacuterio inclinar as cadeiras de rodas em um grau
que permitisse seu deslocamento visto que as
condiccedilotildees do solo barro mato e material rochoso na
forma de cascalhos e seixos dificultavam que os
pneus das cadeiras de rodas rodassem Os grandes
blocos abatidos de rocha no piso da caverna foram
tambeacutem obstaacuteculos para PCDs visuais e com
mobilidade reduzida sendo alertados pelos liacutederes da
atividade passado as informaccedilotildees nos grupos
classificados Houve participaccedilatildeo teacutecnica dos
espeleoacutelogos condutores-voluntaacuterios e componentes
do corpo de bombeiros no sentido de prevenir
possiacuteveis acidentes
A aplicaccedilatildeo da praacutetica do curso em capacitar
espeleoacutelogoscondutores em conduzir PCDs em
locais de difiacutecil acesso e contemplaccedilatildeo de cavidade
mais proporcionar a vivecircncia para PCDs nesse
ambiente singular proporcionou entre os
participantes uma grande determinaccedilatildeo em continuar
a atividade A beleza cecircnica da trilha de acesso e os
espeleotemas da caverna a diversidade de
formaccedilotildees rochosas e suas diferentes tonalidades os
temas arqueoloacutegicos tais como as pinturas rupestres
formaram um conjunto de atrativos que aguccedilou a
curiosidade dos visitantes sendo que para alguns
desses participantes novos espeleoacutelogos e PCDs era
a primeira vez que estiveram em uma caverna O
Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo Morato
complementou com informaccedilotildees interessantes sobre
a regiatildeo e sobre a caverna enriquecendo a atividade
de campo Ver relato de um dos PCDs participantes
abaixo
Figura 2 Observaccedilatildeo de Pinturas rupestres
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
ldquo Experiecircncia nova e fantaacutestica apesar do
PNE Visual que auxiliei a guiar estar apenas
simulando e se tratar na realidade de um
espeleoacutelogo experiente Conduzi-lo necessitou
cuidado e atenccedilatildeo devido a meus olhos serem os
dele Cada obstaacuteculo desde o mais simples como
um pequeno aclive ou uma mera rocha tinha que
ser descrito de forma a ele desviar e progredir
durante a atividade Quando fui demonstrar as
sensaccedilotildees com as matildeos tambeacutem tinha o cuidado de
observar antes e atentamente se natildeo havia animais
ou riscos para o PNE visual jaacute que pode haver
animais peccedilonhentos e superfiacutecies que possa ferir as
matildeosrdquo (Leonardo Vieira da Silva 2013)
Continuando a atividade apoacutes orientaccedilotildees de
Eacuterica Nunes para Fabriacutecio Muniz foi levada nas
costas do espeleoacutelogo enquanto o segundo
espeleoacutelogo Rafael Lourenccedilo Vimieiro realizava a
seguranccedila para visitar o poacutertico superior do Grutatildeo
da Beleza pois natildeo havia condiccedilotildees de deslize com
a cadeira de rodas tambeacutem PCD-Visual Welington
Vasconcelos teve a experiecircncia de contemplar
colunas e rochas atraveacutes do tato Jaacute os outros PCDs e
espeleoacutelogos voluntaacuterios seguiram a atividade
descendo o desmoronamento com os espeleoacutelogos
voluntaacuterios sendo os cadeirantes foram equipados
com cadeirinhas de bauldrier e colocados nas costas
do espeleoacutelogo condutor enquanto o segundo
espeleoacutelogo condutor estava agrave frente orientando
onde pisar e o terceiro espeleoacutelogo condutor atraacutes
para realizar a seguranccedila o quarto espeleoacutelogo
voluntaacuterio levou e posicionou as cadeiras de rodas
no poacutertico interior da cavidade Para os PCDs-
visuais e mobilidade reduzida um espeleoacutelogo
condutor seguiu a frente enquanto o segundo seguiu
ao lado e ambos apoiando a estrutura fiacutesica do PCD
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Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este
tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para
quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios
equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia
nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco
nenhum dos participantes da atividade Os
cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de
rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas
teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia
profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos
equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs
garantem o bom desenvolvimento da atividade em
trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo
dessas atividades com PCDs promovendo a
sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato
de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de
entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o
nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute
conhecia os procedimentos Mas como cada caverna
eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo
Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras
superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima
2013)
Durante a atividade apoacutes a passagem do
poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo
Morato utilizou no interior da caverna dois grandes
tapetes de borracha em locais mais arenosos o que
possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas
das cadeiras afundassem na areia A cavidade
apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o
deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as
pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como
degraus naturais de terra batida e terreno argiloso
barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade
reduzida este mesmo solo era irregular e
escorregadio e os espeleoacutelogos condutores
precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse
ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos
espeleotemas orientando-os onde deambular As
formas e particularidades de alguns espeleotemas
tais como estalactites e estalagmites foram
descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos
dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando
como PCDs-Visual) os participantes iniciantes
tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash
aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas
Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir
pelo tato como eacute o interior da caverna Quando
pisava sentia que o chatildeo era bem irregular
principalmente na entrada com pedras pontiagudas
Acho que senti um cheiro de enxofre quando
estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de
umidade Quando o meu guia descrevia as
formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha
mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro
Domingos dos Santos 2013)
Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Os atrativos da caverna dentre eles os
espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e
condutores que ficaram admirados uma vez mais
com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo
Ver relato de um dos participantes abaixo
ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a
experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois
cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom
sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e
contemplar toda a beleza da gruta Tive uma
sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a
escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos
Cordeiro 2013)
Agrave medida que o deslocamento acontecia e
novos espeleotemas e peculiaridades da caverna
eram apresentados entre os salotildees da caverna
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-
Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees
importantes para ele e outros PCDs Ver relato de
um dos PCDs participantes abaixo
ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi
emocionante para mim Fiquei fascinado com a
beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza
Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo
(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)
A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou
Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante
Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de
grande importacircncia dentre elas a oportunidade de
ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e
emocionais para conhecer esse novo ambiente
aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao
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conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs
participantes abaixo
ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar
em um ambiente que jamais imaginei que poderia
chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei
maravilhada com os espeleotemas que aprendi que
satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma
experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo
diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que
proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz
em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas
do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva
2013)
A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado
gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas
tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar
preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir
uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um
dos participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita
para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais
podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti
uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar
vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando
pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e
tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que
aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira
2013)
Para esses visitantes de espeleoturismo
convencional e espeleoturismo adaptado adentrar
em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais
marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e
profissionais antes jamais realizadas e a mesma
sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando
percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de
entrar em uma caverna pela primeira vez e
encontrar o desconhecido novamente Resgatar
essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo
Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais
romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)
No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute
um ambiente essencial e importante para aprender
teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos
fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma
delas exige um conhecimento especiacutefico de
locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos
Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a
percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem
que se adaptar Comecei a perceber coisas que
normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse
simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem
algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem
uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com
os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira
2013)
Jaacute no final da atividade foi permitido que o
Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)
retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros
relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo
com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um
dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi
pra mim algo impressionante em todos esses anos
atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos
jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola
poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes
principalmente quando adentramos em uma
cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a
percepccedilatildeo muda um simples declive representa um
enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros
sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes
do toque com as matildeos que pude identificar alguns
espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava
imaginar como era a caverna de acordo com as
descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma
experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos
2013)
Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio
Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma
atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma
oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-
estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato
de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os
PNEs depositam em seu guia de forma que se cria
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um viacutenculo de amizade e respeito em prol da
aventura que estamos vivendo naquele momento E
assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no
coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na
atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico
conjunto de amigos exploradores de cavernardquo
(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)
A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde
com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a
logiacutestica da atividade
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de
Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para
classificar as cavidades mais adequadas para
atividades com PCDs considerando ainda que para
cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta
atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou
evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais
indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais
como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso
acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os
PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida
Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista
que antecede a atividade com os PCDs que se
interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo
sendo indicada para avaliar as facilidades
dificuldades e particularidades no que se refere agrave
sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia
como cadeiras de rodas andadores bengalas
muletas proacuteteses guias entre outros para
locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em
oacutetimas condiccedilotildees
Nessa atividade de campo pela primeira vez
a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu
trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade
reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma
simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em
vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma
coleta de informaccedilotildees de grande valia para a
conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem
esse processo de inclusatildeo social tais como a
elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores
as atividades de campo que possibilitem a montagem
de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar
cada vez mais o processo de particular de
Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de
inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos
Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)
utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos
rumos ao processo de inclusatildeo social
A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que
sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e
cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano
de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem
adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo
as mesmas devem ser compartilhadas durante a
atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo
Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do
iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi
possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos
voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de
Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila
de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram
conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos
A seguir algumas informaccedilotildees
complementares quanto ao desenvolvimento da
atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do
Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por
cadeirantes se carregados nas costas de condutores
com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de
montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns
equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute
muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo
Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo
devido agrave passagem do mesmo ser estreita
dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por
natildeo PCDs
Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees
de seguranccedila foram implementadas a exemplo
foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de
maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a
desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da
atividade A descida neste trecho com cadeirantes
tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como
explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos
voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A
cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a
maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos
naturais do interior da caverna como a diferenccedila de
niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos
facilmente principalmente com o uso de um
quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em
cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte
dos espeleotemas puderam ser observados e em
alguns casos tocado proporcionando autonomia de
todos os PCDs em seu interior
A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das
expectativas atendendo aos objetivos que eacute
pesquisar criar ferramentas e coletar dados que
possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada
vez mais o processo de inclusatildeo social
especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere
aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais
o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e
satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a
participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo
social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash
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conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo
para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo
pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios
acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior
que objetivos propostos
Conforme citado anteriormente nessa
cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os
espeleotemas no caso do PCD-Visual e na
simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso
especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o
tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera
de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de
aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que
auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas
oportunidades e possibilidades aguccediladas pela
necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de
todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre
outros cada um de acordo com as novas
condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no
ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam
entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o
encantamento e entusiasmo em visualizar
estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi
tatildeo evidente quanto o observado pelo tato
A troca de experiecircncia entre os integrantes foi
tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades
que natildeo pudessem ser superadas As palavras
ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte
desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo
conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e
atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes
durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e
realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante
para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais
que participaram da atividade poderem realizar tal
sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi
demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE
grande interesse nas atividades da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo da SBE
Apesar de natildeo haver naquele campo de
estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que
existe em alguns parques nacionais e estaduais tais
como banheiros adaptados rampas de acesso e
lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do
puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram
problemas jaacute que foram superados com alimentos e
equipamentos levados por todos os envolvidos
Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que
podem furar ou simplesmente esvaziar estes
poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de
pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar
manual para bicicletas
Dessa forma fica mais uma vez evidente que
quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em
atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma
deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a
fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a
serem visitados bem como capacitar os profissionais
que participaratildeo dessa atividade
AGRADECIMENTO
Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio
BA ao Professor Leandro Moutinho aos
espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir
Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano
Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete
Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio
Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio
Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes
Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo
REFEREcircNCIAS
ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos
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levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982
BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro
de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de
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2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas
portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias
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Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos
Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf
NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de
acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013
Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf
PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S
CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo
Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)
2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283
PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em
saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso
Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015
SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida
por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013
SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado
Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015
ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de
Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no
Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
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G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
wwwcavernasorgbrturismoasp
Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
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Todo o cuidado foi avaliado anteriormente pois este
tipo de piso eacute uma situaccedilatildeo de risco mesmo para
quem natildeo eacute um PCD sendo entatildeo necessaacuterios
equipamentos adequados e uma vasta experiecircncia
nesse tipo de atividade para natildeo colocar em risco
nenhum dos participantes da atividade Os
cadeirantes foram sentados em suas cadeiras de
rodas na segunda ldquobocardquo de acesso A seriedade nas
teacutecnicas de conduccedilatildeo desenvolvidas pelos membros
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo a experiecircncia
profissional as boas praacuteticas de seguranccedila dos
equipamentos e cuidados com as proacuteteses dos PCDs
garantem o bom desenvolvimento da atividade em
trilhas e ambiente caverniacutecola favorece a realizaccedilatildeo
dessas atividades com PCDs promovendo a
sensaccedilatildeo de seguranccedila dos participantes Ver relato
de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Minha experiecircncia em Barreiras de
entrar em caverna pela 2ordf vez foi muito boa sem o
nervosismo que eu tive na primeira vez pois jaacute
conhecia os procedimentos Mas como cada caverna
eacute um ambiente diferente meu fasciacutenio foi o mesmo
Posso resumir minha sensaccedilatildeo em duas palavras
superaccedilatildeo e aventurardquo (Marcos Antocircnio Lima
2013)
Durante a atividade apoacutes a passagem do
poacutertico inferior o Prof Dr e Espeleoacutelogo Leonardo
Morato utilizou no interior da caverna dois grandes
tapetes de borracha em locais mais arenosos o que
possibilitou a progressatildeo impedindo que as rodas
das cadeiras afundassem na areia A cavidade
apresenta salotildees horizontais facilitando tambeacutem o
deslocamento das cadeiras de rodas mesmo com as
pequenas valas e outros obstaacuteculos tais como
degraus naturais de terra batida e terreno argiloso
barrento Para os PCDs-Visuais e de mobilidade
reduzida este mesmo solo era irregular e
escorregadio e os espeleoacutelogos condutores
precisaram ter mais atenccedilatildeo para que natildeo esbarrasse
ou houvesse desequiliacutebrio com estes PCDs nos
espeleotemas orientando-os onde deambular As
formas e particularidades de alguns espeleotemas
tais como estalactites e estalagmites foram
descobertas atraveacutes do tato por Argemiro Domingos
dos Santos e Wellington Vasconcelos (atuando
como PCDs-Visual) os participantes iniciantes
tiveram a oportunidade de perceber ndash sentir ndash
aromas e sensaccedilotildees teacutermicas especiacuteficas de cavernas
Ver relato de um dos PCDs participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito boa sentir
pelo tato como eacute o interior da caverna Quando
pisava sentia que o chatildeo era bem irregular
principalmente na entrada com pedras pontiagudas
Acho que senti um cheiro de enxofre quando
estaacutevamos bem dentro da gruta e senti um pouco de
umidade Quando o meu guia descrevia as
formaccedilotildees da caverna eu as imaginava em minha
mente Eacute como se eu pudesse ver (Argemiro
Domingos dos Santos 2013)
Figura 3 Contemplaccedilatildeo de estalagmite
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Os atrativos da caverna dentre eles os
espeleotemas foram admirados por espeleoacutelogos e
condutores que ficaram admirados uma vez mais
com a beleza cecircnica desse ambiente subterracircneo
Ver relato de um dos participantes abaixo
ldquo Tive um sentimento de satisfaccedilatildeo pois a
experiecircncia me fez lembrar as minhas origens pois
cresci em uma regiatildeo de grutas e foi muito bom
sentir a umidade aprender sobre os espeleotemas e
contemplar toda a beleza da gruta Tive uma
sensaccedilatildeo muito boa no momento do Apagatildeo com a
escuridatildeo e o silecircncio total (Teresinha Ramos
Cordeiro 2013)
Agrave medida que o deslocamento acontecia e
novos espeleotemas e peculiaridades da caverna
eram apresentados entre os salotildees da caverna
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos PCD-
Mobilidade Reduzida teve uma das sensaccedilotildees
importantes para ele e outros PCDs Ver relato de
um dos PCDs participantes abaixo
ldquoParticipar da atividade Espeleoinclusatildeo foi
emocionante para mim Fiquei fascinado com a
beleza da caverna e com a perfeiccedilatildeo da natureza
Senti-me livre e com a sensaccedilatildeo de realizaccedilatildeo
(Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos 2013)
A atividade espeleoturiacutestica adaptada ou
Espeleoinclusatildeo proporcionou para a cadeirante
Maria Ivete Fonseca Silva experiecircncias diversas e de
grande importacircncia dentre elas a oportunidade de
ter tido a possibilidade por suas condiccedilotildees fiacutesicas e
emocionais para conhecer esse novo ambiente
aflorando sensaccedilotildees e emoccedilotildees diferentes ao
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conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs
participantes abaixo
ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar
em um ambiente que jamais imaginei que poderia
chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei
maravilhada com os espeleotemas que aprendi que
satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma
experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo
diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que
proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz
em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas
do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva
2013)
A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado
gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas
tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar
preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir
uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um
dos participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita
para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais
podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti
uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar
vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando
pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e
tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que
aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira
2013)
Para esses visitantes de espeleoturismo
convencional e espeleoturismo adaptado adentrar
em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais
marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e
profissionais antes jamais realizadas e a mesma
sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando
percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de
entrar em uma caverna pela primeira vez e
encontrar o desconhecido novamente Resgatar
essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo
Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais
romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)
No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute
um ambiente essencial e importante para aprender
teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos
fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma
delas exige um conhecimento especiacutefico de
locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos
Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a
percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem
que se adaptar Comecei a perceber coisas que
normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse
simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem
algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem
uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com
os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira
2013)
Jaacute no final da atividade foi permitido que o
Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)
retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros
relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo
com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um
dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi
pra mim algo impressionante em todos esses anos
atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos
jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola
poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes
principalmente quando adentramos em uma
cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a
percepccedilatildeo muda um simples declive representa um
enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros
sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes
do toque com as matildeos que pude identificar alguns
espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava
imaginar como era a caverna de acordo com as
descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma
experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos
2013)
Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio
Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma
atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma
oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-
estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato
de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os
PNEs depositam em seu guia de forma que se cria
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um viacutenculo de amizade e respeito em prol da
aventura que estamos vivendo naquele momento E
assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no
coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na
atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico
conjunto de amigos exploradores de cavernardquo
(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)
A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde
com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a
logiacutestica da atividade
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de
Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para
classificar as cavidades mais adequadas para
atividades com PCDs considerando ainda que para
cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta
atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou
evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais
indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais
como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso
acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os
PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida
Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista
que antecede a atividade com os PCDs que se
interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo
sendo indicada para avaliar as facilidades
dificuldades e particularidades no que se refere agrave
sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia
como cadeiras de rodas andadores bengalas
muletas proacuteteses guias entre outros para
locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em
oacutetimas condiccedilotildees
Nessa atividade de campo pela primeira vez
a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu
trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade
reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma
simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em
vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma
coleta de informaccedilotildees de grande valia para a
conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem
esse processo de inclusatildeo social tais como a
elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores
as atividades de campo que possibilitem a montagem
de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar
cada vez mais o processo de particular de
Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de
inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos
Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)
utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos
rumos ao processo de inclusatildeo social
A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que
sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e
cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano
de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem
adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo
as mesmas devem ser compartilhadas durante a
atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo
Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do
iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi
possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos
voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de
Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila
de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram
conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos
A seguir algumas informaccedilotildees
complementares quanto ao desenvolvimento da
atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do
Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por
cadeirantes se carregados nas costas de condutores
com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de
montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns
equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute
muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo
Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo
devido agrave passagem do mesmo ser estreita
dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por
natildeo PCDs
Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees
de seguranccedila foram implementadas a exemplo
foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de
maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a
desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da
atividade A descida neste trecho com cadeirantes
tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como
explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos
voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A
cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a
maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos
naturais do interior da caverna como a diferenccedila de
niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos
facilmente principalmente com o uso de um
quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em
cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte
dos espeleotemas puderam ser observados e em
alguns casos tocado proporcionando autonomia de
todos os PCDs em seu interior
A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das
expectativas atendendo aos objetivos que eacute
pesquisar criar ferramentas e coletar dados que
possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada
vez mais o processo de inclusatildeo social
especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere
aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais
o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e
satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a
participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo
social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo
para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo
pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios
acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior
que objetivos propostos
Conforme citado anteriormente nessa
cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os
espeleotemas no caso do PCD-Visual e na
simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso
especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o
tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera
de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de
aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que
auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas
oportunidades e possibilidades aguccediladas pela
necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de
todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre
outros cada um de acordo com as novas
condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no
ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam
entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o
encantamento e entusiasmo em visualizar
estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi
tatildeo evidente quanto o observado pelo tato
A troca de experiecircncia entre os integrantes foi
tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades
que natildeo pudessem ser superadas As palavras
ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte
desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo
conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e
atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes
durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e
realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante
para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais
que participaram da atividade poderem realizar tal
sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi
demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE
grande interesse nas atividades da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo da SBE
Apesar de natildeo haver naquele campo de
estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que
existe em alguns parques nacionais e estaduais tais
como banheiros adaptados rampas de acesso e
lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do
puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram
problemas jaacute que foram superados com alimentos e
equipamentos levados por todos os envolvidos
Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que
podem furar ou simplesmente esvaziar estes
poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de
pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar
manual para bicicletas
Dessa forma fica mais uma vez evidente que
quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em
atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma
deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a
fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a
serem visitados bem como capacitar os profissionais
que participaratildeo dessa atividade
AGRADECIMENTO
Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio
BA ao Professor Leandro Moutinho aos
espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir
Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano
Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete
Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio
Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio
Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes
Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo
REFEREcircNCIAS
ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos
manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de
Brasiacutelia Brasiacutelia DF
BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura
adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em
wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa
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levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982
BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro
de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas
portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias
BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
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COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um
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LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
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MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013
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PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
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SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida
por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013
SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado
Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015
ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de
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Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf
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Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
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G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
wwwcavernasorgbrturismoasp
Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
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conhecer uma caverna Ver relato de um dos PCDs
participantes abaixo
ldquo Foi algo ineacutedito para mim o fato de estar
em um ambiente que jamais imaginei que poderia
chegar pois tive uma sensaccedilatildeo de paz Fiquei
maravilhada com os espeleotemas que aprendi que
satildeo as formaccedilotildees no interior da caverna Foi uma
experiecircncia que ningueacutem vai me tirar uma emoccedilatildeo
diferente e um sentimento de gratidatildeo aos que
proporcionaram esse prazer Senti-me muito feliz
em superar e aprendi muito com as partes teoacutericas
do congresso tambeacutem (Maria Ivete Fonseca Silva
2013)
A sensaccedilatildeo de estar em ambiente confinado
gera expectativas de apreensatildeo em PCDs mas
tambeacutem em natildeo PCDs Um dos objetivos da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo eacute desmistificar
preconceitos desta modalidade turiacutestica e permitir
uma nova forma de inclusatildeo social Ver relato de um
dos participantes abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia diferente e ineacutedita
para mim Soacute conhecia caverna por fotos e jamais
podia imaginar estar dentro de uma um dia Senti
uma satisfaccedilatildeo muito grande pois aleacutem de ficar
vislumbrado com o lugar e poder estar ajudando
pessoas com deficiecircncia me fez sentir realizado e
tambeacutem fiquei impressionado com tudo o que
aprendi nas palestras (Meacutercio Santos Pereira
2013)
Para esses visitantes de espeleoturismo
convencional e espeleoturismo adaptado adentrar
em uma caverna foi uma das sensaccedilotildees mais
marcantes reais e possiacuteveis em suas vidas pessoais e
profissionais antes jamais realizadas e a mesma
sensaccedilatildeo foi sentida pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Ver relato de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi de grande emoccedilatildeo e surpresa quando
percebi que durante a atividade a sensaccedilatildeo era de
entrar em uma caverna pela primeira vez e
encontrar o desconhecido novamente Resgatar
essas sensaccedilotildees foi oacutetimo durante minha conduccedilatildeo
Observei a caverna com olhar menos teacutecnico e mais
romantizadordquo (Fabricio Muniz 2013)
No que se refere agrave inclusatildeo social a caverna eacute
um ambiente essencial e importante para aprender
teacutecnicas de conduccedilatildeo com PCDs visuais auditivos
fiacutesicos e com mobilidade reduzida pois cada uma
delas exige um conhecimento especiacutefico de
locomoccedilatildeo percebido pelo espeleoacutelogo voluntaacuterio
Edenir Cruz Moreira Ver relato de um dos
Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Foi uma experiecircncia muito marcante a
percepccedilatildeo do ambiente mesmo para os guias tem
que se adaptar Comecei a perceber coisas que
normalmente natildeo notaria nas cavernas se estivesse
simplesmente guiando pessoas que natildeo possuem
algum tipo de necessidade especifica Senti tambeacutem
uma necessidade de ser ainda mais cuidadoso com
os pequenos obstaacuteculosrdquo (Edenir Cruz Moreira
2013)
Jaacute no final da atividade foi permitido que o
Wellington Vasconcelos (atuante como PCD-Visual)
retirasse a venda de seus olhos e fizesse os primeiros
relatos das sensaccedilotildees percebidas durante a visitaccedilatildeo
com o sentido da visatildeo anulado Ver relato de um
dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Visitar uma caverna de olhos vendados foi
pra mim algo impressionante em todos esses anos
atuando nesta vertente cientiacutefica noacutes espeleoacutelogos
jaacute acostumadiacutessimos com o ambiente caverniacutecola
poucas vezes prestamos atenccedilatildeo em alguns detalhes
principalmente quando adentramos em uma
cavidade Jaacute de olhos vendados tudo muda a
percepccedilatildeo muda um simples declive representa um
enorme obstaacuteculo tive de explorar mais outros
sentidos como a audiccedilatildeo e o tato somente atraveacutes
do toque com as matildeos que pude identificar alguns
espeleotemas Agrave medida que caminhaacutevamos tentava
imaginar como era a caverna de acordo com as
descriccedilotildees dos meus guias foi simplesmente uma
experiecircncia iacutemparrdquo (Wellington Vasconcelos
2013)
Fotografia 3 Salatildeo Grutatildeo da Beleza
Foto Teresa Maria da Franca Moniz Aragatildeo jul 2013
Do ponto de vista do espeleoacutelogo voluntaacuterio
Marco Antocircnio Bragante Filho natildeo foi apenas uma
atividade espeleoturiacutestica habitual mas uma
oportunidade de aprendizagem de interaccedilatildeo e bem-
estar percebido entre todos os envolvidos Ver relato
de um dos Espeleoacutelogos abaixo
ldquo Chamou-me a atenccedilatildeo agrave confianccedila que os
PNEs depositam em seu guia de forma que se cria
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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um viacutenculo de amizade e respeito em prol da
aventura que estamos vivendo naquele momento E
assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no
coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na
atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico
conjunto de amigos exploradores de cavernardquo
(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)
A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde
com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a
logiacutestica da atividade
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de
Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para
classificar as cavidades mais adequadas para
atividades com PCDs considerando ainda que para
cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta
atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou
evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais
indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais
como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso
acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os
PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida
Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista
que antecede a atividade com os PCDs que se
interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo
sendo indicada para avaliar as facilidades
dificuldades e particularidades no que se refere agrave
sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia
como cadeiras de rodas andadores bengalas
muletas proacuteteses guias entre outros para
locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em
oacutetimas condiccedilotildees
Nessa atividade de campo pela primeira vez
a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu
trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade
reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma
simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em
vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma
coleta de informaccedilotildees de grande valia para a
conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem
esse processo de inclusatildeo social tais como a
elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores
as atividades de campo que possibilitem a montagem
de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar
cada vez mais o processo de particular de
Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de
inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos
Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)
utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos
rumos ao processo de inclusatildeo social
A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que
sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e
cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano
de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem
adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo
as mesmas devem ser compartilhadas durante a
atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo
Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do
iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi
possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos
voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de
Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila
de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram
conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos
A seguir algumas informaccedilotildees
complementares quanto ao desenvolvimento da
atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do
Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por
cadeirantes se carregados nas costas de condutores
com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de
montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns
equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute
muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo
Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo
devido agrave passagem do mesmo ser estreita
dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por
natildeo PCDs
Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees
de seguranccedila foram implementadas a exemplo
foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de
maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a
desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da
atividade A descida neste trecho com cadeirantes
tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como
explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos
voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A
cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a
maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos
naturais do interior da caverna como a diferenccedila de
niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos
facilmente principalmente com o uso de um
quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em
cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte
dos espeleotemas puderam ser observados e em
alguns casos tocado proporcionando autonomia de
todos os PCDs em seu interior
A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das
expectativas atendendo aos objetivos que eacute
pesquisar criar ferramentas e coletar dados que
possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada
vez mais o processo de inclusatildeo social
especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere
aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais
o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e
satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a
participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo
social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo
para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo
pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios
acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior
que objetivos propostos
Conforme citado anteriormente nessa
cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os
espeleotemas no caso do PCD-Visual e na
simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso
especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o
tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera
de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de
aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que
auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas
oportunidades e possibilidades aguccediladas pela
necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de
todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre
outros cada um de acordo com as novas
condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no
ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam
entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o
encantamento e entusiasmo em visualizar
estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi
tatildeo evidente quanto o observado pelo tato
A troca de experiecircncia entre os integrantes foi
tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades
que natildeo pudessem ser superadas As palavras
ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte
desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo
conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e
atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes
durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e
realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante
para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais
que participaram da atividade poderem realizar tal
sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi
demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE
grande interesse nas atividades da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo da SBE
Apesar de natildeo haver naquele campo de
estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que
existe em alguns parques nacionais e estaduais tais
como banheiros adaptados rampas de acesso e
lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do
puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram
problemas jaacute que foram superados com alimentos e
equipamentos levados por todos os envolvidos
Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que
podem furar ou simplesmente esvaziar estes
poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de
pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar
manual para bicicletas
Dessa forma fica mais uma vez evidente que
quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em
atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma
deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a
fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a
serem visitados bem como capacitar os profissionais
que participaratildeo dessa atividade
AGRADECIMENTO
Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio
BA ao Professor Leandro Moutinho aos
espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir
Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano
Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete
Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio
Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio
Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes
Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo
REFEREcircNCIAS
ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos
manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de
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de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de
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2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas
portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias
BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
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COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um
pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009
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eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013
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eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de
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MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013
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Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
50
NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos
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PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em
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Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015
SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida
por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013
SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado
Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015
ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de
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Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
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Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
wwwcavernasorgbrturismoasp
Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
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Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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um viacutenculo de amizade e respeito em prol da
aventura que estamos vivendo naquele momento E
assim paira no ar uma emoccedilatildeo comovente no
coraccedilatildeo de todos aqueles que estatildeo envolvidos na
atividade Natildeo haacute diferenccedilas e sim um uacutenico
conjunto de amigos exploradores de cavernardquo
(Marco Antocircnio Bragante Filho 2013)
A atividade foi encerrada no iniacutecio da tarde
com todos ainda muito dispostos e satisfeitos com a
logiacutestica da atividade
4 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
A aplicaccedilatildeo da ferramenta ldquoIndicadores de
Acessibilidaderdquo (ver anexo) eacute essencial para
classificar as cavidades mais adequadas para
atividades com PCDs considerando ainda que para
cada niacutevel de PCD exige accedilotildees diferentes Nesta
atividade entre todas as cavidades da regiatildeo ficou
evidenciado que o Grutatildeo da Beleza era a mais
indicada atendendo a vaacuterias especificidades tais
como a locomoccedilatildeo condiccedilotildees da trilha de acesso
acesso ao poacutertico da cavidade e locomoccedilatildeo com os
PCDs-fiacutesicos visuais e com mobilidade reduzida
Outra ferramenta utilizada eacute uma entrevista
que antecede a atividade com os PCDs que se
interessaram pela visita ao ambiente subterracircneo
sendo indicada para avaliar as facilidades
dificuldades e particularidades no que se refere agrave
sauacutede aos equipamentos que utilizam no dia a dia
como cadeiras de rodas andadores bengalas
muletas proacuteteses guias entre outros para
locomoccedilatildeo que precisam necessariamente estar em
oacutetimas condiccedilotildees
Nessa atividade de campo pela primeira vez
a Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo da SBE conduziu
trecircs cadeirantes uma pessoa com mobilidade
reduzida uma pessoa com deficiecircncia visual e uma
simulaccedilatildeo desta com um espeleoacutelogo voluntaacuterio em
vivenciar esta experiecircncia O que possibilitou uma
coleta de informaccedilotildees de grande valia para a
conformaccedilatildeo de novas ferramentas que possibilitem
esse processo de inclusatildeo social tais como a
elaboraccedilatildeo de questionaacuterios anteriores e posteriores
as atividades de campo que possibilitem a montagem
de um banco de dados que possa facilitar e subsidiar
cada vez mais o processo de particular de
Espeleoinclusatildeo e tambeacutem outros processos de
inclusatildeo social Essas ferramentas aliadas aos
Indicadores de Acessibilidades (ver anexo)
utilizados na avaliaccedilatildeo das cavidades traratildeo novos
rumos ao processo de inclusatildeo social
A Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo sugere que
sejam coletadas informaccedilotildees preacutevias sobre trilhas e
cavidades a qual seraacute visitada com pelo menos 1 ano
de antecedecircncia Apoacutes essas informaccedilotildees serem
adquiridas e discutidas pelos membros da comissatildeo
as mesmas devem ser compartilhadas durante a
atividade teoacuterica do minicurso de Espeleoturismo
Adaptado aos alunos somadas as orientaccedilotildees do
iniacutecio da atividade de campo Desta maneira foi
possiacutevel que os alunos do minicurso espeleoacutelogos
voluntaacuterios e os soldados do Corpo de Bombeiros de
Satildeo Desideacuterio realizassem as atividades na lideranccedila
de trecircs membros da comissatildeo Os PCDs foram
conduzidos com o nuacutemero de condutores exigidos
A seguir algumas informaccedilotildees
complementares quanto ao desenvolvimento da
atividade Ficou constatado que o salatildeo superior do
Grutatildeo da Beleza soacute pode ser visitado por
cadeirantes se carregados nas costas de condutores
com cadeira de montanhismo (bauldrier) e fitas de
montanhismo espeleoacutelogos experientes e alguns
equipamentos de seguranccedila uma vez que o terreno eacute
muito irregular e com blocos de rocha no chatildeo
Tambeacutem natildeo foi possiacutevel a visita do segundo salatildeo
devido agrave passagem do mesmo ser estreita
dificultando muito o acesso ao salatildeo ateacute mesmo por
natildeo PCDs
Para acesso ao poacutertico inferior algumas accedilotildees
de seguranccedila foram implementadas a exemplo
foram retiradas rochas soltas cascalhos e seixos de
maior granulometria (tamanho) o que possibilitou a
desobstruccedilatildeo e o nivelamento da trilha antes da
atividade A descida neste trecho com cadeirantes
tambeacutem foi feita inicialmente nas costas ndash como
explicado no paraacutegrafo anterior ndash dos espeleoacutelogos
voluntaacuterios e depois nas cadeiras de rodas A
cavidade eacute indicada para visitaccedilatildeo de PCDs pois a
maioria dos salotildees eacute acessiacutevel Os obstaacuteculos
naturais do interior da caverna como a diferenccedila de
niacutevel do piso que forma degraus foram transpostos
facilmente principalmente com o uso de um
quadrante de piso taacutetil usado pela primeira vez em
cavernas indicando grande eficiecircncia A maior parte
dos espeleotemas puderam ser observados e em
alguns casos tocado proporcionando autonomia de
todos os PCDs em seu interior
A integraccedilatildeo entre os grupos foi dentro das
expectativas atendendo aos objetivos que eacute
pesquisar criar ferramentas e coletar dados que
possam subsidiar novas pesquisas e alavancar cada
vez mais o processo de inclusatildeo social
especialmente a Espeleoinclusatildeo No que se refere
aos PCDs esses aleacutem de superar obstaacuteculos naturais
o que nessa questatildeo lhes concedeu grande alegria e
satisfaccedilatildeo No que se refere aos estudos a
participaccedilatildeo no processo formacional de inclusatildeo
social foi de grande valia jaacute que se sentiram ndash
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo
para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo
pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios
acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior
que objetivos propostos
Conforme citado anteriormente nessa
cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os
espeleotemas no caso do PCD-Visual e na
simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso
especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o
tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera
de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de
aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que
auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas
oportunidades e possibilidades aguccediladas pela
necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de
todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre
outros cada um de acordo com as novas
condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no
ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam
entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o
encantamento e entusiasmo em visualizar
estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi
tatildeo evidente quanto o observado pelo tato
A troca de experiecircncia entre os integrantes foi
tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades
que natildeo pudessem ser superadas As palavras
ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte
desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo
conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e
atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes
durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e
realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante
para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais
que participaram da atividade poderem realizar tal
sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi
demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE
grande interesse nas atividades da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo da SBE
Apesar de natildeo haver naquele campo de
estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que
existe em alguns parques nacionais e estaduais tais
como banheiros adaptados rampas de acesso e
lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do
puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram
problemas jaacute que foram superados com alimentos e
equipamentos levados por todos os envolvidos
Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que
podem furar ou simplesmente esvaziar estes
poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de
pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar
manual para bicicletas
Dessa forma fica mais uma vez evidente que
quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em
atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma
deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a
fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a
serem visitados bem como capacitar os profissionais
que participaratildeo dessa atividade
AGRADECIMENTO
Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio
BA ao Professor Leandro Moutinho aos
espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir
Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano
Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete
Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio
Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio
Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes
Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo
REFEREcircNCIAS
ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos
manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de
Brasiacutelia Brasiacutelia DF
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adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em
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rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013
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levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982
BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro
de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
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2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas
portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias
BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013
COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um
pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009
CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em
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GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V
C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista
Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em
wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-
brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-
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IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg
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informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015
SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de
FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de
Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008
INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em
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LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
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LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de
Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008
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MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de
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NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em
Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO
BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais
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NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos
Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009
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NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de
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Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em
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PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em
saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso
Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015
SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida
por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013
SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado
Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015
ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de
Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no
Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
wwwcavernasorgbrturismoasp
Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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conforme relatos ndash como ldquocientistasrdquo contribuindo
para um bem maior Ficou evidente que a realizaccedilatildeo
pessoal e profissional dos espeleoacutelogos voluntaacuterios
acompanhantes e PCDs foi proporcional ou maior
que objetivos propostos
Conforme citado anteriormente nessa
cavidade foi possiacutevel ter a experiecircncia de tocar os
espeleotemas no caso do PCD-Visual e na
simulaccedilatildeo de PCD com falta de visatildeo nesse caso
especiacutefico pocircde se fazer um paralelo entre o ver e o
tocar Ao final da atividade ficou claro outra esfera
de oportunidades de visitaccedilatildeo e possibilidade de
aplicaccedilatildeo de novas ferramentas e instrumentos que
auxiliem na Espeleoinclusatildeo Todas essas
oportunidades e possibilidades aguccediladas pela
necessidade de uma utilizaccedilatildeo mais frequente de
todos os outros sentidos como audiccedilatildeo odor entre
outros cada um de acordo com as novas
condicionantes dos obstaacuteculos encontrados no
ambiente Para aqueles que ainda natildeo haviam
entrado em uma cavidade PCDs ou natildeo-PCDs o
encantamento e entusiasmo em visualizar
estalactites estalagmites e outros espeleotemas foi
tatildeo evidente quanto o observado pelo tato
A troca de experiecircncia entre os integrantes foi
tatildeo importante e intensa que natildeo havia dificuldades
que natildeo pudessem ser superadas As palavras
ldquodesistordquo ou ldquonatildeo conseguireirsquordquo natildeo fizeram parte
desse cenaacuterio Palavras como amizade superaccedilatildeo
conquista e vencedores eram esboccedilados em olhares e
atitudes intensas sorrisos sinceros e contagiantes
durante a atividade Sentimentos de gratidatildeo e
realizaccedilatildeo por aquele dia inesqueciacutevel e importante
para os PCDs espeleoacutelogos e outros profissionais
que participaram da atividade poderem realizar tal
sonho foram evidenciados nos relatos Tambeacutem foi
demonstrado pelos grupos Guano Speleo e SEE
grande interesse nas atividades da Comissatildeo de
Espeleoinclusatildeo da SBE
Apesar de natildeo haver naquele campo de
estudos o Grutatildeo da Beleza a infraestrutura que
existe em alguns parques nacionais e estaduais tais
como banheiros adaptados rampas de acesso e
lanchonetes entre outros isso tambeacutem no caso do
puacuteblico sem deficiecircncia esses elementos natildeo foram
problemas jaacute que foram superados com alimentos e
equipamentos levados por todos os envolvidos
Como exemplo dos pneus de cadeiras de rodas que
podem furar ou simplesmente esvaziar estes
poderiam ser resolvidos facilmente com jogos de
pneus sobressalentes e uma Minibomba de ar
manual para bicicletas
Dessa forma fica mais uma vez evidente que
quando houver a participaccedilatildeo de PCDs em
atividades espeleoturiacutesticas adaptadas a mesma
deve ser planejada meses antes de sua realizaccedilatildeo a
fim de analisar a(s) cavidade(s) trilhas e atrativos a
serem visitados bem como capacitar os profissionais
que participaratildeo dessa atividade
AGRADECIMENTO
Ao Corpo de Bombeiros de Satildeo Desideacuterio
BA ao Professor Leandro Moutinho aos
espeleoacutelogos voluntaacuterios Fabriacutecio Muniz Edenir
Cruz Moreira Lourenccedilo Rafael Vimieiro do Guano
Speleo Ao Marcos Antocircnio Lima Maria Ivete
Fonseca Silva Argemiro Domingos dos Santos
Edimilson Pereira Rodrigues dos Santos Meacutercio
Santos Pereira Teresinha Ramos Cordeiro Fabriacutecio
Muniz da Associaccedilatildeo dos Deficientes de Montes
Claros (ADEMOC) e aos incentivadores da
Comissatildeo de Espeleoinclusatildeo
REFEREcircNCIAS
ALBUQUERQUE A C dos S de Estimativa de recarga do rio das fecircmeas atraveacutes de meacutetodos
manuais e automaacuteticos 2009 Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncias Florestais) Universidade de
Brasiacutelia Brasiacutelia DF
BRASIL MINISTEacuteRIO DO TURISMO Turismo acessiacutevel Bem atender no turismo de aventura
adaptada v4 Brasiacutelia 2009 Disponiacutevel em
wwwturismogovbrexportsitesdefaultturismoo_ministeriopublicacoesdownloads_publicacoesCa
rtilha-4_Laranjapdf Acesso em 11 fev 2013
BRASIL Departamento de Produccedilatildeo Mineral Projeto RADAMBRASIL levantamento de geologia
levantamento de geomorfologia folha Tocantins (SD-23) Rio de Janeiro RJ 1982
BRASIL Decreto ndeg 5296 de 02 de dezembro de 2004 Regulamenta as Leis ndeg 10048 de 8 de novembro
de 2000 que daacute prioridade de atendimento aacutes pessoas especificas e 10098 de 19 de dezembro de
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas
portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias
BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunes310hotmailcom em 18 ago 2013
COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um
pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009
CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em
bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015
GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V
C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista
Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em
wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-
brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-
desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg
de julho de 2014 Disponiacutevel em
wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015
SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de
FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de
Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008
INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em
wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia
Acesso em 18032015
LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de
Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015
MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de
atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006
MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013
NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em
Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO
BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais
2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
50
NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos
Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf
NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de
acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013
Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf
PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S
CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo
Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)
2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283
PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em
saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso
Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015
SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida
por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013
SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado
Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015
ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de
Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no
Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
51
Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
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G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
wwwcavernasorgbrturismoasp
Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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2000 que estabelece normas gerais e criteacuterios baacutesicos para a promoccedilatildeo da acessibilidade das pessoas
portadora de deficiecircncia ou com mobilidade reduzida e daacute outras providecircncias
BRAGANTE Marco Antocircnio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
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COSTA V B Inclusatildeo social nos esportes de aventura na natureza vivecircncias e experiecircncias de um
pesquisador deficiente visual Revista Digital - Buenos Aires - Ano 14 - Nordm 136 - Setembro de 2009
CORDEIRO Teresinha Ramos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunes310hotmailcom em 15 ago 2013
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaacuteria do Turismo 2015 Disponiacutevel em
bahiacombrcidadessao-desiderio Acesso em 03 fev 2015
GALVAtildeO O LA FERREIRA F C ROSSATO M R REINO R C J JANSEN C D e VILELA V
C Breve Descriccedilatildeo do Patrimocircnio Espeleoloacutegico do Municiacutepio de Satildeo Desideacuterio ndash BA Revista
Brasileira de Espeleologia ndashRbEsp Satildeo Paulo v 2 n 1 p 24 2012 Disponiacutevel em
wwwterrabrasilisorgbrecotecadigitalindexphpoption=com_abookampview=bookampid=1368revista-
brasileira-de-espeleologia-2012-breve-descricao-do-patrimonio-espeleologico-do-municipio-de-sao-
desiderio--ba Acesso em 21 fev 2015
IBGE ndash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica Estimativa da Populaccedilatildeo Residente com data 01deg
de julho de 2014 Disponiacutevel em
wwwcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=292890ampsearch=||infogrE1ficos-
informaE7F5es-completas Acesso em 07 jun2015
SANTOS A B dos CARVALHO A R de NUNES JR D da R NUNES G da S SOUZA O R de
FILHO J N de C MENEZES J da R NOVAES Z L da R Plano Ambiental para o municiacutepio de
Satildeo Desideacuterio BA Salvador BA Programa Nacional de Capacitaccedilatildeo de Gestores Ambientais 2008
INFOJOVEM Esportes para pessoas com deficiecircncia Disponiacutevel em
wwwinfojovemorgbrinfopediadescubra-e-aprendaesporteesporte-para-pessoas-com-deficiencia
Acesso em 18032015
LIMA Marcos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
LOBO Santos Augusto Heros Pesquisa em Turismo e Paisagens Caacutersticas Revista Cientiacutefica da Seccedilatildeo de
Espeleoturismo da Sociedade Brasileira de Espeleologia Campinas v 1 n 1 p 5 2008
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbrptpcptpc_v1_n1pdf Acesso em 07 jun 2015
MAROUN K VIEIRA V Enduro a Peacute o esporte de aventura como aliado na adesatildeo agrave praacutetica de
atividade fiacutesica Revista Digital - Buenos Aires - Ano 11 - Ndeg 102 - Novembro de 2006
MUNIZ Fabricio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
MOREIRA Edenir Cruz Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 22 jun 2013
NUNES et al Inclusatildeo Social de Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em
Aacutereas Naturais Avaliaccedilatildeo de Seis Cavidades Turiacutesticas do Estado de Satildeo Paulo In CONGRESSO
BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXIX 2007 Ouro Preto Anais Ouro Preto Minas Gerais
2007 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais29cbe29cbe_201-210pdf
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
50
NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos
Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf
NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de
acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013
Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf
PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S
CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo
Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)
2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283
PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em
saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso
Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015
SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida
por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013
SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado
Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015
ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de
Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no
Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
51
Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
52
G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
wwwcavernasorgbrturismoasp
Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
50
NUNES et al Proposta de Indicadores de Acessibilidade aacutes Cavidades Turiacutesticas Direcionadas aos
Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXX 2009 Montes Claros Anais Montes Claros Minas Gerais 2009
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais30cbe30cbe_159-164pdf
NUNES et al Introduccedilatildeo ao mini curso espeleoturismo adaptado e aplicaccedilatildeo da ferramenta indicadores de
acessibilidade em cavernas In CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA XXXII 2013
Barreiras Anais Barreiras Bahia 2013 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbranais32cbe32cbe_013-022pdf
PASSO D P CASTRO K B de MARTINS E de S GOMES M P REATTO A LIMA L A de S
CARVALHO JR O A GOMES R A T Caracterizaccedilatildeo Geomorfoloacutegica do Municiacutepio de Satildeo
Desideacuterio BA Escala 1 50000 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaacuteria (Embrapa Cerrados)
2010 Planaltina DF 29p ndash (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento) 283
PEREIRA Meacutercio Santos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAtildeO DESIDEacuteRIO BA Turismo Disponiacutevel em
saodesideriobagovbrturismo Acesso em 03 Fev 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg82 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_082pdf Acesso em 22 mar 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia Curso
Introduccedilatildeo do Espeleoturismo Adaptado Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrdiversos30cbecurso06pdf Acesso em 07 jun 2015
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESPELEOLOGIA SBE Notiacutecias ndeg269 Campinas 2008 Disponiacutevel em
wwwcavernasorgbrsbenoticiasSBENoticias_269pdf Acesso em 07 jun 2015
SANTOS Argemiro Domingos dos Artigo Relato de Atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida
por eriquinhanunesyahoocombr em 17 set 2013
SANTOS Edimilson Pereira Rodrigues dos Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 20 jun 2013
SILVA Maria Ivete Fonseca Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
eriquinhanunesyahoocombr em 19 set 2013
SILVA Leonardo Vieira da Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem recebida por
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SILVA Wellington Vasconcelos Eustaacutequio Artigo Relato de atividade [mensagem pessoal] Mensagem
recebida por eriquinhanunesyahoocombr em 18 jun 2013
XXXII CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA Curso introduccedilatildeo ao espeleoturismo adaptado
Barreiras 2013 Disponiacutevel em wwwcavernasorgbr32CBE-cursosasp Acesso em 01 fev 2015
ZAMPAULO Robson de Almeida LUZ Claacuteudia Santos NUNES Eacuterica Inclusatildeo Social de Portadores de
Necessidades Especiais (PNEs) e a Praacutetica do Turismo em Aacutereas Naturais Relato de Caso no
Parque Estadual Turiacutestico do Alto Ribeira (PETAR-SP) In CONGRESSO BRASILEIRO DE
ESPELEOLOGIA XXVIII 2005 Campinas Anais Campinas Satildeo Paulo 2005 P 160-167
Disponiacutevel em wwwcavernasorgbranais28cbe28cbe_160-167pdf
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
51
Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
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G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
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Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
51
Anexo I
Deficiecircncia
Fiacutesica
alteraccedilatildeo completa ou parcial de um ou mais membros da anatomia humana e
comprometimentos fiacutesicos paraplegia paraparesia monoplegia monoparesia tetraplegia
tetraparesia triplegia triparesia hemiplegia hemiparesia ostomia amputaccedilatildeo ou falta de
membros paralisia cerebral nanismo membros com deformaccedilatildeo congecircnita ou adquirida
sem considerar deformaccedilotildees esteacuteticas e dificuldade em realizar atividades
Deficiecircncia
auditiva
perda bilateral parcial ou total em 41 decibeacuteis (dB) ou maior identificado com exame de
audiograma em frequecircncia em 500 1000 2000 e 3000 Hz
Deficiecircncia
visual
cegueira com acuidade visual igual ou menor 005 na melhor correccedilatildeo ocular baixa visatildeo
03 e 005 na melhor correccedilatildeo ocular pacientes com somatoacuteria da regiatildeo visual nas duas
oculares igual ou menor 60deg e ocorrecircncia simultacircnea de outra condiccedilatildeo anterior
Deficiecircncia
intelectual
atividade intelectual muito menor agrave mediana diagnosticada antes dos dezoito anos de
idade dificuldades na capacidade adaptativa em dois ou mais campos comunicaccedilatildeo
proacuteprio cuidado habilidade social usar recursos da comunidade sauacutede seguranccedila
atividade escolar lazer e trabalho
Deficiecircncia
muacuteltipla interaccedilatildeo entre duas ou mais deficiecircncias
Pessoa com
mobilidade
reduzida
natildeo eacute classificada como deficiente mas apresenta limitaccedilotildees nos movimentos seja
permanente ou temporaacuterio demonstrando diminuiccedilatildeo efetiva de flexibilidade
coordenaccedilatildeo motora mobilidade e percepccedilatildeo
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE GRUTAtildeO DA BELEZA (BA-539)
A- LARGURA E ALTURA DO POacuteRTICO (EM METROS LINEARES) DA CAVIDADE
Altura = 7m Desenvolvimento linear = 55m
B- SUBSTRATO DO TRECHO DE ACESSO ATEacute A ENTRADA DA CAVIDADE
(X) CALCcedilADAS
CIMENTADAS
( ) BARRO COM PEDRAS
( ) AREIA
(X) BARRO
(X) GRAMA
( ) OUTROS
( ) BARRO COM GRAMA
( ) PEDRA
( ) RIO COacuteRREGO
C- QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA ENTRAR NA CAVIDADE
( ) CHAtildeO ESCORREGADIO
( ) ESCADA
( ) FENDA
( ) LAMA
( ) AacuteGUA
( ) ABISMO
(X) ACLIVE
( ) AREIA
( ) OUTROS
(X) DECLIVE
(X) BLOCOS
( ) ___________
D- QUAIS OS OBSTAacuteCULOS A SEREM SUPERADOS DENTRO DA CAVIDADE
( ) ESCADA
( ) LAGO
( ) AFUNILAMENTO
( ) PONTE
( ) COacuteRREGO
( ) FENDA
(X) BLOCOS
( ) RIO
( ) CACHOEIRA
( ) ABISMO
( ) ___________
( ) ___________
E- EXISTE A NECESSIDADE DE PRATICAR MANOBRAS COM A CADEIRA DE
RODAS DURANTE O DESLOCAMENTO QUAIS
(X) SUSPENDER
(X) EMPINAR
( ) TOMBAR
( ) OSCILAR
( ) GRAMA
( ) OUTROS
(X) RETIRADA DO PNE DA
CADEIRA DE RODAS
( ) ___________
F- A CADEIRA DE RODAS CONSEGUE PERCORRER TODO CAMINHAMENTO
QUANDO PARCIAL JUSTIFIQUE
(X) SIM ( ) NAtildeO ( ) PARCIAL
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
52
G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) Universidade Federal de Satildeo Carlos (UFSCar)
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Refrendada por la Associacioacuten de Cuevas Turiacutesticas Iberoamericanas
Nunes Vasconcelos amp Bragante-Filho Atividade espeleoturiacutestica adaptada no Grutatildeo
Campinas SBEUFSCar Pesquisas em Turismo e Paisagens Caacutersticas 9(1) 2016
52
G- EM QUANTOS METROS Eacute POSSIacuteVEL DESLOCAR COM A CADEIRA DE
RODAS
Todo o poacutertico inferior pode ser transitado por cadeiras de rodas
H- HAacute TRECHOS NA CAVIDADE QUE O PNE CADEIRANTE PRECISA SER
CARREGADO
(X) SIM ( ) NAtildeO
I- QUANTOS SALOtildeES O PNE CADEIRANTE CONSEGUE VISITAR
Apenas um salatildeo natildeo pode ser visitado pois a entrada para o mesmo eacute estreita
J- QUAIS SAtildeO OS ATRATIVOS (PASSIVOS ATIVOS) QUE O PNE CONSEGUE
TER ACESSO USUFRUIR DENTRO DA CAVIDADE
(X) SALOtildeES
( ) RIOS
( ) FAUNA
(X) ESPELEOTEMA
(X) PINTURAS RUPESTRES
(X) FLORA
( ) LAGOS
( ) OUTROS
( ) FOacuteSSEIS
( ) CACHOEIRAS
( ) PETROGLIFOS
( ) ___________
K- DE UM MODO GERAL QUAIS AS FACILIDADES E DIFICULDADES
ENCONTRADAS DENTRO DA CAVERNA
Haacute facilidade no trajeto dentro da cavidade pois o piso natildeo tem muitas ondulaccedilotildees apesar de exigir
muita atenccedilatildeo nas descidas
Editorial flowFluxo editorial ReceivedRecebido em Ago 2015 AcceptedAprovado em Fev 2016
PESQUISAS EM TURISMO E PAISAGENS CAacuteRSTICAS
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