FEDERAÇÃO ESPÍRITA DOPARANÁ
1999
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prévia da Federação Espírita do Paraná, sujeitando-se oresponsável pelas sanções penais, previstas por lei.
2.ª EdiçãoVolume 1
© Copyright 1999 byFEDERAÇÃO ESPÍRITA DO PARANÁAlameda Cabral, 300CEP 80.410-210Curitiba - Paraná - Brasil
Foto da capa: Nani GoisDesign Gráfico: Stella M.I. MartinsRevisão: Antônio Moris Cury
Impresso no BrasilPresita en Brazilo
Tiragem: 2.000 exemplares
.3.Como fazer .3.
Apresentação
Pretendendo dar ao interessado, no conhecimentoe na prática espíritas, acesso a material orientativo quelhe permita inteirar-se de determinadas tarefas da CasaEspírita, em poucas palavras, numa linguagem simples,concisa e prática, a Federação Espírita do Paraná,contando com o apoio de um pugilo de confrades, dasmais variadas regiões do Estado, que se reúnemperiodicamente na sua sede com o intuito de pensarações federativas que incrementem a difusão doutrináriano Estado, em bases doutrinariamente sólidas, que sedeliberou chamá-lo de Grupo de Planejamento de AçãoDoutrinária da FEP, edita o primeiro programa detrabalho do Projeto: Como Fazer ...
Este primeiro programa versa sobre a tarefa darecepção e do atendimento através do diálogo aos quechegam pela primeira vez na Casa Espírita, orientando-lhes os primeiros passos dentro da Instituição, na buscado conhecimento espírita e do consolo que este propiciaa todos nós.
Propõe-se este opúsculo, sem pretensão de esgotaro assunto, a alinhavar apontamentos tidos comofundamentais na tarefa aqui aludida de recepção e
.4. Como fazer
atendimento aos que chegam.
Quem quiser saber Como Fazer, aqui encontrarásingelo e prático roteiro. Seguindo-o, poderá estruturara tarefa e os tarefeiros e iniciá-la. Assimilando-o,encontrará ensejo de continuar estudando,aperfeiçoando-se e crescendo qualitativamente nesseserviço ao próximo, que, em última análise, é um auto-serviço de renovação e aprimoramento espiritual.
.5.Como fazer .5.
Sumário
Recepção aos que chegam pela primeira vez aoCentro Espírita ...................................................... 7
Compromisso da direção da Casa: ................... 7
Membro da equipe tem por requisitos: ............ 7
A recepção deve objetivar: .............................. 8
Algumas percepções do recepcionista ...................... 9
Como se mostra o visitante? ............................ 9
Cuidados operacionais na recepção ................ 10
Atendimento fraterno através do diálogo .............. 13
Os componentes das equipes, de preferência deambos os sexos, deverão receber treinamentoprévio, visando : .......................................... 13
O atendimento fraterno através do diálogoconsiste em: ................................................. 14
.6. Como fazer
Recomendações quanto ao atendimento fraternoatravés do diálogo: ............................................... 17
Com relação ao trabalhador do Centro Espírita,na tarefa do atendimento: ........................... 17
Com relação ao local do diálogo: ................... 18
Com relação ao diálogo propriamente dito: .... 18
Recomendações gerais .......................................... 21
.7.Como fazer .7.
Recepção aos que chegampela primeira vez ao
Centro Espírita
COMPROMISSO DA DIREÇÃO DA CASA:
8 Manter equipe devidamente treinada pararecepcionar os que chegam pela primeira vez aoCentro Espírita.
CADA MEMBRO DA EQUIPE DEVERÁ TERPOR REQUISITOS:
8 Saber tratar as pessoas com generosidade,simpatia, brandura, indulgência e segurança;
8 Comunicar-se adequadamente;
8 Conhecer todas as atividades do Centro Espíritae suas propostas;
8 Ter bom conhecimento da literatura espírita;
8 Ser estudioso da Doutrina Espírita;
8 Participar ativamente de, pelo menos, um grupode estudos na Casa Espírita;
8 Ser um trabalhador envolvido e comprometidocom tarefas da Casa .
.8. Como fazer
A RECEPÇÃO DEVE OBJETIVAR:
8 Atender em todas as reuniões públicas, inclusiveas de estudos, de mocidade e infância(principalmente para os pais das crianças);
8 Reconhecer os que são recém-chegados, tomandoa iniciativa da aproximação;
8 Atender fraternalmente os que chegam;
8 Responder a eventuais dúvidas, informando,sucintamente, sobre a Casa e as suas tarefas;
8 Orientar sobre a estrutura da reunião pública(horário de começo, tempo de duração, comoacontecerá, sobre o passe ao final, etc.);
8 Encaminhar o recém-chegado à reunião maisadequada, se não for aquela em que a pessoa estejase apresentando; e saber dispensar a presençadaquele que se fizer inconveniente porcomportamento inadequado ou apresentar-sealcoolizado (ou drogado), porque ele poderáprejudicar a reunião e oferecer riscos aos demaisparticipantes;
8 Divulgar as atividades de atendimento fraterno(quando a busca for por orientação maisespecífica ou complexa) e estudos da Casa;
.9.Como fazer .9.
Algumas percepçõesrecomendadas ao
recepcionista
COMO SE MOSTRA O VISITANTE?
Equilibrado?8 Dialoguemos sem pose de missionário. Allan
Kardec diz que o verdadeiro missionário não sabeque o é...
Agitado?8 Portemo-nos com serenidade para que se acalme.
Angustiado?8 Sejamos extremamente habilidosos para que abra
o coração.
Desconfiado?8 Externemos segurança no que afirmamos, a fim
de que nos dê crédito.
Não quer ser notado?8 Tenhamos a sensibilidade de acolhê-lo,
respeitando a sua vontade. Às vezes, nesses casos,um sorriso franco causa melhor efeito.
Inibido?8 Façamos-lhe perguntas com discrição,
estimulando-o a tomar a iniciativa da conversa.
.10. Como fazer
Zangado?8 Deixemos que esgote o desabafo sem lhe cortar
a palavra, concedendo-lhe o direito de pensarcomo julga acertado, lamentando as causas doseu descontentamento com mansuetude eterminando por colocar-nos à disposição paraajudar no que puder ser útil, o recepcionista e aCasa ...
Curioso?8 Informemos-lhe da grandeza do Espiritismo, que
nos convida à fé raciocinada, sugerindo-lhe leituraadequada e orientando-lhe sobre as obras básicas.
Falante?8 Não se exceder na conversação, procurando
encaminhá-lo para o diálogo fraterno, se for esteo caso.
CUIDADOS OPERACIONAIS NA RECEPÇÃO
8 Deve haver informalidade afetuosa na atividade;
8 Evitar registros e fichas de identificação;
8 As informações e respostas devem ser precisas,concisas, diretas, simpáticas e seguras;
8 O recepcionista deverá estar presente, no mínimo,30 minutos antes do início da respectiva reunião.
8 O trabalho deve ser feito em equipe. Todos os
Como fazer .11.
trabalhadores envolvidos com a atividade doatendimento devem dar suporte à recepção,inclusive os dirigentes.
.13.Como fazer .13.
Atendimentofraterno
através do diálogo
A Casa Espírita é freqüentemente procurada porpessoas desejosas de obter ajuda para a solução dosproblemas com que se debatem.
Buscam o Templo Espírita, muitas delas, apósesgotados os outros recursos e, por isso, precisamencontrar alguém para expor suas aflições. Suasdificuldades precisam ser ouvidas com atenção, a fimde se fundamentar uma adequada orientação.
Para esse tipo de atendimento, é aconselhávelconstituir equipes de trabalhadores, cujo número decomponentes poderá variar para mais ou para menos,em função do número de pessoas que buscam o CentroEspírita.
OS COMPONENTES DAS EQUIPES, DEPREFERÊNCIA DE AMBOS OS SEXOS,DEVERÃO RECEBER TREINAMENTO
PRÉVIO, VISANDO:
a. Familiarização com as atividades a seremdesempenhadas;
b. Unidade de atendimento;
.14. Como fazer
c. Conhecimento da Doutrina Espírita, doMovimento Espírita, das normas e de todas asatividades da Casa Espírita;
d. Desenvolvimento do trabalho de acordo com aorientação da Doutrina Espírita e das normas doCentro Espírita;
e. Conhecimento do mecanismo do passe;
f. Conscientização da importância do trabalho aser realizado;
g. Conscientização da necessidade de preparação daequipe, através da prece e leitura de um textoevangélico, antes do início dos trabalhos do dia.
O ATENDIMENTO FRATERNO ATRAVÉSDO DIÁLOGO CONSISTE EM:
a. Receber fraternalmente a pessoa que busca oCentro Espírita e proporcionar-lhe aoportunidade de expor livremente, em caráterprivativo, suas dificuldades;
b. Dar-lhe, após isso, as orientações doutrináriastidas como devidas e transmitir-lhe os estímulosde que esteja precisando, podendo, até, conformeo caso, oferecer-lhe ligeiras noções doutrinárias,para a compreensão de seus problemas;
c. Encaminhá-la à reunião de estudos ou de
Como fazer .15.
exposição doutrinária do Centro Espírita queconsidere a mais apropriada.
Esse atendimento deve ser realizado antes dadenominada palestra pública. Se necessário, e havendocondições, poderá ser realizado, também,simultaneamente com o trabalho de passe, em recintoseparado.
Convém destacar que o atendimento fraterno nãodeve ser obrigatório a todas as pessoas que pretendamassistir a palestra e receber o passe. Esse atendimento sóserá dado àqueles que o desejarem.
.17.Como fazer .17.
Recomendações quanto aoatendimento fraterno
através do diálogo:
COM RELAÇÃO AO TRABALHADOR DOCENTRO ESPÍRITA, NA TAREFA DO
ATENDIMENTO:
8 Deve estar plenamente consciente e preparadopara a tarefa;
8 É recomendável que o atendimento se dê emdupla de trabalhadores, um de cada sexo;
8 Deve ser portador de razoável conhecimentodoutrinário e de conduta moral-evangélica segura;
8 Não esquecer, jamais, que o aspecto principal desua tarefa é o de saber ouvir e orientar,carinhosamente, aos que procurem o CentroEspírita em face dos seus motivos pessoais;
8 A afabilidade e a brandura deverão ser os veículosdo bom relacionamento, uma vez que oentrevistado carece de calor espiritual para seuamparo e segurança;
8 A simplicidade deve ser uma de suascaracterísticas, visto que favorecerá o fácilentrosamento com o assistido;
.18. Como fazer
8 É seu dever moral não julgar, tampoucocomentar sobre as pessoas ou os assuntos tratadoscom os que lhe buscam a palavra amiga,principalmente em função do papel quedesempenha;
8 Deve ser pontual, estando presente ao local detrabalho cerca de vinte minutos antes, a fim deobter, através do preparo da prece e da meditação,o necessário apoio do Plano Espiritual.
COM RELAÇÃO AO LOCAL DO DIÁLOGO:
8 Sugere-se que o diálogo se estabeleça em localdistante das demais pessoas, visto que é necessáriopreservar na intimidade as aflições, as dúvidas eos problemas do entrevistado, assim como evitarconstrangimentos que possam bloquear aconversação;
8 Esse diálogo pode ser efetivado em recinto dopróprio salão dos trabalhos, antes do início dasreuniões, ou depois destas, sem que haja anecessidade de instalações especiais.
COM RELAÇÃO AO DIÁLOGOPROPRIAMENTE DITO:
8 Ao orientador cabe, primeiramente, ouvir oassistido, buscando conduzir o diálogo para
Como fazer .19.
aspectos que julgar importantes, com a únicafinalidade de melhor orientá-lo em suasdificuldades e anseios;
8 Deve fundamentar suas respostas na DoutrinaEspírita, para bem poder esclarecer sobredificuldades da vida, razões e justificativas degraves problemas, etc., assim como para oferecerconsolo, apoio e orientação, em bases fraternas ecristãs;
8 Sugere-se recordar que o amor, o perdão, asinceridade e a solidariedade são as bases para oequilíbrio espiritual, ao contrário da inveja, doódio, do egoísmo e do desânimo, que são asportas do desequilíbrio;
8 Deve o orientador frisar que, apesar de suamelhora depender de vários fatores, o maisimportante deles é o esforço próprio;
8 Sugerir a freqüência em reuniões de exposiçãodoutrinária, nas quais o assistido poderá receberesclarecimentos maiores, além da própriaassistência espiritual, e orientá-lo quanto aoprograma disciplinar existente no ambiente detrabalho de que irá participar.
.21.Como fazer .21.
Recomendaçõesgerais *
1. Observar a pontualidade e a assiduidade em todosos trabalhos do Centro Espírita.
2. Solicitar aos participantes que chegam mais cedoàs reuniões que evitem, nas conversações, temascontrários à dignidade do trabalho.
3. Dar aspecto simples aos ambientes espíritas,evitando-se, no Centro Espírita, enfeitesexcessivos, jogos de luz e uso, peloscolaboradores, de paramentos e uniformes.
4. “Desaprovar o emprego de rituais, imagens ousímbolos de qualquer natureza nas sessões,assegurando a pureza e a simplicidade da práticado Espiritismo” (CE).
5. “Desaprovar a conservação de retratos, quadros,legendas ou quaisquer objetos que possam sertidos na conta de apetrechos para ritual, tãousados em diversos meios religiosos. Os aparatosexteriores têm cristalizado a fé em todas as
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civilizações terrenas” (CE).
6. A direção do Centro Espírita não deverá atendera solicitação de preces especiais para os Espíritosdesencarnados, nem promover reuniões especiaispara este fim. O dirigente da reunião deveráesclarecer aos participantes, de um modo geral,para que orem em favor daqueles por quemintercedem, nos momentos em que sãoproferidas as preces.
7. O dirigente deverá “impedir, sem alarde, apresença de pessoas alcoolizadas ouexcessivamente agitadas nas assembléiasdoutrinárias, excetuando-se nas tarefasprogramadas para tais casos” (CE).
8. Lembrar constantemente nas reuniões anecessidade de todos os participantes, antes dotrabalho, prepararem a própria alma em prece emeditação, evitando, porém, concentrar-sementalmente durante as explanaçõesdoutrinárias, salvo quando lhes caibam tarefasespeciais concomitantes, a fim de que não seprivem do ensinamento.
9. “Usar com prudência ou substituir toda expressãoverbal que indique costumes, práticas, idéias
Como fazer .23.
* As citações deste título foram extraídas do opúsculo “Orientação aoCentro Espírita”, do Conselho Federativo Nacional.
políticas, sociais ou religiosas, contrárias aopensamento espírita, quais sejam sorte, acaso,sobrenatural, milagre, e outras, preferindo-se, emqualquer circunstância, o uso da terminologiadoutrinária pura” (CE).
10. Não permitir o uso do fumo nas dependênciasdo Centro Espírita.
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