Desenho e Percepccedilatildeo Visual
CGA - Elisabete Silva
Leonardo da Vinci- Mestre renascentista usava o desenho como instrumento para
compreender a realidade
Albrecht Duumlrer - Mestre do desenho e gravura renascentista O seu desenho teve especial
importacircncia no desenvolvimento da ilustraccedilatildeo atraveacutes da gravura
Rembrandt - Mestre do desenho e gravura barroca conhecido pelos seus estudo de claro-
escuro
Michelacircngelo Buonarroti - Mestre renascentista cujo desenho expressivo natildeo segue
necessariamente a harmonia do Renascimento
Ingres - O grande mestre do desenho na Franccedila do seacuteculo XIX
M C Escher - Mestre do desenho e da gravura cujo trabalho eacute baseado em questotildees de
percepccedilatildeo visual e do desenho na geometria
JCarlos - Mestre da caricatura e ilustraccedilatildeo de humor brasileiro no comeccedilo do seacuteculo XX
CGA - Elisabete Silva
ponto de contacto a interface entre o
mundo fiacutesico e o mundo mental
imagem que se forma na mente
abstraccedilatildeo mantida pelo ceacuterebro para o ser-
-vivo se adaptar melhor ao meio-ambiente
em que vive
fundamental para a sobrevivecircncia pois
com ela a mente gera os seus planos de
acccedilatildeo
transforma os estiacutemulos da luz em
relaccedilotildees entre imagens e o meio-ambiente
CGA - Elisabete Silva
Exemplo 1
A percepccedilatildeo pode provocar reaccedilotildees raacutepidas
como no caso de estar a escrever um texto num
editor de texto e de repente ver uma tela toda
azul Natildeo eacute a cor azul que lhe causa ansiedade
mas sim a ameaccedila de perder seu trabalho pois
esta tela eacute completamente diferente da que
vocecirc estava anteriormente
A relaccedilatildeo entre a imagem e o meio-ambiente
indica perigo Apoacutes algumas reincidecircncias do
caso pode ser que sua percepccedilatildeo se acostume
com o estiacutemulo e transforme a ansiedade em
raiva pelos autores do software ou num
estranho prazerCGA - Elisabete Silva
Exemplo 2
um pesquisador mostrou fotografias a uma
tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato
com nossa cultura ocidental e eles
simplesmente natildeo conseguiram entender que
ali haviam objectos representados pois na
sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para
converter a imagem bidimensional da foto
numa cena tridimensional
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Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas
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ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto
fisioloacutegico mas um processo altamente
dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia
humana Processo activo e participativo eacute
uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou
instintiva perante estiacutemulos recebidos
passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas
de nosso inconsciente articulando e trazendo-
as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo
nosso ser sensiacutevel associativo inteligente
imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de
compreenderrdquo
Ostrower
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Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute
Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo
Eacute uma vivecircncia corporal
Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo
Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior
Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos
Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo
Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo
quotidiana
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o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade
Bosi
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Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
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Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
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A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
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Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
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Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
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Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
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Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
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Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
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Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
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Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
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Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
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1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
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Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
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A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
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Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
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Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
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Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
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Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
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Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
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Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
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Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
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Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
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2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
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O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
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Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
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Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
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O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
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O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
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Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
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Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
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Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
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Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
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O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
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Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
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Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
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Registos de linhas com expressotildees diferentes
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As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
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As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
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Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
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Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
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Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
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As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
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Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
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Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
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Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
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Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
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Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
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Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
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Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
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Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
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Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
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Cor e simbolismo
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Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
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Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
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Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
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Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
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Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
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A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
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Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
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Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
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Leonardo da Vinci- Mestre renascentista usava o desenho como instrumento para
compreender a realidade
Albrecht Duumlrer - Mestre do desenho e gravura renascentista O seu desenho teve especial
importacircncia no desenvolvimento da ilustraccedilatildeo atraveacutes da gravura
Rembrandt - Mestre do desenho e gravura barroca conhecido pelos seus estudo de claro-
escuro
Michelacircngelo Buonarroti - Mestre renascentista cujo desenho expressivo natildeo segue
necessariamente a harmonia do Renascimento
Ingres - O grande mestre do desenho na Franccedila do seacuteculo XIX
M C Escher - Mestre do desenho e da gravura cujo trabalho eacute baseado em questotildees de
percepccedilatildeo visual e do desenho na geometria
JCarlos - Mestre da caricatura e ilustraccedilatildeo de humor brasileiro no comeccedilo do seacuteculo XX
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ponto de contacto a interface entre o
mundo fiacutesico e o mundo mental
imagem que se forma na mente
abstraccedilatildeo mantida pelo ceacuterebro para o ser-
-vivo se adaptar melhor ao meio-ambiente
em que vive
fundamental para a sobrevivecircncia pois
com ela a mente gera os seus planos de
acccedilatildeo
transforma os estiacutemulos da luz em
relaccedilotildees entre imagens e o meio-ambiente
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Exemplo 1
A percepccedilatildeo pode provocar reaccedilotildees raacutepidas
como no caso de estar a escrever um texto num
editor de texto e de repente ver uma tela toda
azul Natildeo eacute a cor azul que lhe causa ansiedade
mas sim a ameaccedila de perder seu trabalho pois
esta tela eacute completamente diferente da que
vocecirc estava anteriormente
A relaccedilatildeo entre a imagem e o meio-ambiente
indica perigo Apoacutes algumas reincidecircncias do
caso pode ser que sua percepccedilatildeo se acostume
com o estiacutemulo e transforme a ansiedade em
raiva pelos autores do software ou num
estranho prazerCGA - Elisabete Silva
Exemplo 2
um pesquisador mostrou fotografias a uma
tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato
com nossa cultura ocidental e eles
simplesmente natildeo conseguiram entender que
ali haviam objectos representados pois na
sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para
converter a imagem bidimensional da foto
numa cena tridimensional
CGA - Elisabete Silva
Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas
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ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto
fisioloacutegico mas um processo altamente
dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia
humana Processo activo e participativo eacute
uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou
instintiva perante estiacutemulos recebidos
passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas
de nosso inconsciente articulando e trazendo-
as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo
nosso ser sensiacutevel associativo inteligente
imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de
compreenderrdquo
Ostrower
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Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute
Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo
Eacute uma vivecircncia corporal
Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo
Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior
Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos
Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo
Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo
quotidiana
CGA - Elisabete Silva
o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade
Bosi
CGA - Elisabete Silva
Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
CGA - Elisabete Silva
Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
ponto de contacto a interface entre o
mundo fiacutesico e o mundo mental
imagem que se forma na mente
abstraccedilatildeo mantida pelo ceacuterebro para o ser-
-vivo se adaptar melhor ao meio-ambiente
em que vive
fundamental para a sobrevivecircncia pois
com ela a mente gera os seus planos de
acccedilatildeo
transforma os estiacutemulos da luz em
relaccedilotildees entre imagens e o meio-ambiente
CGA - Elisabete Silva
Exemplo 1
A percepccedilatildeo pode provocar reaccedilotildees raacutepidas
como no caso de estar a escrever um texto num
editor de texto e de repente ver uma tela toda
azul Natildeo eacute a cor azul que lhe causa ansiedade
mas sim a ameaccedila de perder seu trabalho pois
esta tela eacute completamente diferente da que
vocecirc estava anteriormente
A relaccedilatildeo entre a imagem e o meio-ambiente
indica perigo Apoacutes algumas reincidecircncias do
caso pode ser que sua percepccedilatildeo se acostume
com o estiacutemulo e transforme a ansiedade em
raiva pelos autores do software ou num
estranho prazerCGA - Elisabete Silva
Exemplo 2
um pesquisador mostrou fotografias a uma
tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato
com nossa cultura ocidental e eles
simplesmente natildeo conseguiram entender que
ali haviam objectos representados pois na
sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para
converter a imagem bidimensional da foto
numa cena tridimensional
CGA - Elisabete Silva
Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto
fisioloacutegico mas um processo altamente
dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia
humana Processo activo e participativo eacute
uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou
instintiva perante estiacutemulos recebidos
passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas
de nosso inconsciente articulando e trazendo-
as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo
nosso ser sensiacutevel associativo inteligente
imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de
compreenderrdquo
Ostrower
CGA - Elisabete Silva
Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute
Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo
Eacute uma vivecircncia corporal
Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo
Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior
Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos
Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo
Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo
quotidiana
CGA - Elisabete Silva
o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade
Bosi
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Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
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Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Exemplo 1
A percepccedilatildeo pode provocar reaccedilotildees raacutepidas
como no caso de estar a escrever um texto num
editor de texto e de repente ver uma tela toda
azul Natildeo eacute a cor azul que lhe causa ansiedade
mas sim a ameaccedila de perder seu trabalho pois
esta tela eacute completamente diferente da que
vocecirc estava anteriormente
A relaccedilatildeo entre a imagem e o meio-ambiente
indica perigo Apoacutes algumas reincidecircncias do
caso pode ser que sua percepccedilatildeo se acostume
com o estiacutemulo e transforme a ansiedade em
raiva pelos autores do software ou num
estranho prazerCGA - Elisabete Silva
Exemplo 2
um pesquisador mostrou fotografias a uma
tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato
com nossa cultura ocidental e eles
simplesmente natildeo conseguiram entender que
ali haviam objectos representados pois na
sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para
converter a imagem bidimensional da foto
numa cena tridimensional
CGA - Elisabete Silva
Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto
fisioloacutegico mas um processo altamente
dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia
humana Processo activo e participativo eacute
uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou
instintiva perante estiacutemulos recebidos
passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas
de nosso inconsciente articulando e trazendo-
as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo
nosso ser sensiacutevel associativo inteligente
imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de
compreenderrdquo
Ostrower
CGA - Elisabete Silva
Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute
Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo
Eacute uma vivecircncia corporal
Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo
Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior
Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos
Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo
Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo
quotidiana
CGA - Elisabete Silva
o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade
Bosi
CGA - Elisabete Silva
Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
CGA - Elisabete Silva
Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
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Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
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Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
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Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
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2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
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O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
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Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
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CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
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O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
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Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
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Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
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Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
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Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
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Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
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As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
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As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
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CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
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Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
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Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
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As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
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Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
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Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
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Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
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Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
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Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
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Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Exemplo 2
um pesquisador mostrou fotografias a uma
tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato
com nossa cultura ocidental e eles
simplesmente natildeo conseguiram entender que
ali haviam objectos representados pois na
sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para
converter a imagem bidimensional da foto
numa cena tridimensional
CGA - Elisabete Silva
Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto
fisioloacutegico mas um processo altamente
dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia
humana Processo activo e participativo eacute
uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou
instintiva perante estiacutemulos recebidos
passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas
de nosso inconsciente articulando e trazendo-
as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo
nosso ser sensiacutevel associativo inteligente
imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de
compreenderrdquo
Ostrower
CGA - Elisabete Silva
Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute
Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo
Eacute uma vivecircncia corporal
Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo
Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior
Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos
Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo
Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo
quotidiana
CGA - Elisabete Silva
o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade
Bosi
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Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
CGA - Elisabete Silva
Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
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Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
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Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
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Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
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Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
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Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto
fisioloacutegico mas um processo altamente
dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia
humana Processo activo e participativo eacute
uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou
instintiva perante estiacutemulos recebidos
passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas
de nosso inconsciente articulando e trazendo-
as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo
nosso ser sensiacutevel associativo inteligente
imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de
compreenderrdquo
Ostrower
CGA - Elisabete Silva
Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute
Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo
Eacute uma vivecircncia corporal
Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo
Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior
Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos
Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo
Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo
quotidiana
CGA - Elisabete Silva
o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade
Bosi
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Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
CGA - Elisabete Silva
Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto
fisioloacutegico mas um processo altamente
dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia
humana Processo activo e participativo eacute
uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou
instintiva perante estiacutemulos recebidos
passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas
de nosso inconsciente articulando e trazendo-
as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo
nosso ser sensiacutevel associativo inteligente
imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de
compreenderrdquo
Ostrower
CGA - Elisabete Silva
Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute
Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo
Eacute uma vivecircncia corporal
Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo
Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior
Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos
Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo
Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo
quotidiana
CGA - Elisabete Silva
o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade
Bosi
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Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
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Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
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Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
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Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
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Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute
Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo
Eacute uma vivecircncia corporal
Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo
Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior
Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos
Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo
Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo
quotidiana
CGA - Elisabete Silva
o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade
Bosi
CGA - Elisabete Silva
Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
CGA - Elisabete Silva
Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade
Bosi
CGA - Elisabete Silva
Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
CGA - Elisabete Silva
Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
CGA - Elisabete Silva
Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan
CGA - Elisabete Silva
Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Psicologia da formaPsicologia da
GestaltGestaltismoGestalt
Eacute uma teoria da psicologia que considera os
fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto
autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua
configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna
A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max
Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-
1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do
seacuteculo XX
Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a
simples soma de suas partes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas
partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes
satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse
todo
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a
Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como
linhas planos volumes cores texturas dentre outros
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades
em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais
unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios
estabelecidos
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando
percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia
figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi
constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees
entre as partes de uma gestalten
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes
sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem
quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual
Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O
princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os
elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual
contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees
visuais com boa continuidade podem sugerir ao
observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do
padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente
completamos ou pintamos o restante do padratildeo
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e
consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a
distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma
unidade
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da
Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a
organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)
facilitando a compreensatildeo da linguagem
visual isto eacute rapidez de leitura ou
interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de
pregnacircncia E vice-e-versa
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
1 Plano
Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica
ou natildeo
Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado
pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo
No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua
estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente
diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica
CGA - Elisabete Silva
A B
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo
de padrotildees (azulejos etc)
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o
enquadramento apesar de estar definido o assunto
Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees
diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo
Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo
em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo
teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada
Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os
acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades
expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
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Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
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Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas
Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como
caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa
sensaccedilatildeo
Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais
Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas
Movimento transmitido pelas diagonais
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio
em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo
Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras
encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em
movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas
linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela
Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes
determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na
horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo
eacute a que estaacute mais proacutexima do disco
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute
representada pelo traccedilo maior
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios
sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se
compensam umas agraves outras
teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam
umas agraves outras
Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja
ele qual for
Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente
conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual
CGA - Elisabete Silva
O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
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Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
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Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
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Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
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A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
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Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
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Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
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O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo
A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos
apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo
sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar
novamente equilibrado
EXEMPLO
Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por
exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto
que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e
reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do
campo)
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma
composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada
Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO
todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar
ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado
CGA - Elisabete Silva
Existem cortes que
beneficiam a
composiccedilatildeo
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Peso
O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar
depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana
vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela
Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento
se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior
peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual
seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da
direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo
mais afastada no centro
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se
pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade
de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor
escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a
composiccedilatildeo para o seu lado
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado
elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso
Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao
seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou
receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que
respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do
contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do
que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se
destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e
interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito
mais notoacuterio do que na imagem b)
Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se
compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de
aplicaccedilatildeo sentido e forccedila
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam
sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por
um impulso noutra direcccedilatildeo
A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo
olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo
elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-
lhe o equiliacutebrio
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Rectacircngulo de ouro
Problema da proporccedilatildeo
O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou
repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de
harmonia
Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem
ao todo por ela formado
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma
relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos
incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos
entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as
suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a
atenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Linha
A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de
expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou
um movimento
serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha
estrutural da composiccedilatildeo
o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a
personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com
que se trabalha
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Registos de linhas com expressotildees diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e
definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees
Elemento de contorno definindo formas e figuras
Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)
Elemento modelador definindo volumes
Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia
Elemento auxiliar de construccedilatildeo
Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)
Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Resumindo
Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se
observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si
mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo
Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos
Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais
Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir
Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de
um gesto e de uma intenccedilatildeo
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Resumindo (cont)
A linha eacute uma abstracccedilatildeo
Natildeo passa de um conceito
Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que
necessitamos
Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode
representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em
si
Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Linha ndashValores claroescuro
Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou
livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade
se tratasse
Textura
Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material
Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie
Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em
Naturais
Artificiais
Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais
Quanto aacute forma classificam-se em
Ordenadas (regulares)
Desordenadas (irregulares)
Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas
dimensotildees lhe conferem individualidade
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural
ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos
Quanto agraves suas texturas podem actuar como
Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)
Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)
Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em
primeiro plano)
Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado
Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo
etc)
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Cor Valor
O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica
A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e
fisioloacutegico
A cor eacute
uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo
ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de
qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo
envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida
varia de superfiacutecie para superfiacutecie
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Atributos e aparecircncia da cor
a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a
percebe
Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo
o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um
modo de aparecircncia
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Classificaccedilatildeo das cores
As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em
Primaacuterias vermelho amarelo azul
Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e
destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)
Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com
predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta
(complementar)
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Variaccedilotildees por contraste
Contraste simultacircneo
Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma
aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este
fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo
Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de
papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Contraste sucessivo
A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua
complementar o verde
Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que
lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e
verde referidos
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo
Relaccedilotildees de quantidade
Relaccedilotildees de valor
Relaccedilotildees de croma
Relaccedilotildees de quentefrio
Relaccedilotildees de complementaridade
Relaccedilotildees de simultaneidade
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)
depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um
fundo mais claro do que ela
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Relaccedilatildeo das cores
Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que
sobre um fundo vivo
Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que
sobre um fundo frio
Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua
complementar do que sobre qualquer outra
Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um
azul do que a um vermelho
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Cor e simbolismo
CGA - Elisabete Silva
Vermelho-claro (vivo) alegria
Vermelho-escuro depressatildeo
Rosa-paacutelido feminilidade
Rosa-forte frivolidade
Laranja-claro limpeza
Laranja-escuro desolaccedilatildeo
Amarelo-claro nitidez
Amarelo-escuro apelo aos sentidos
Violeta opressatildeo
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor
CGA - Elisabete Silva
Verde-claro frescura
Verde-escuro decadecircncia
Azul-claro tranquilidade
Azul-escuro depressatildeo
Azul-violaacuteceo repouso
Azul-marinho profundidade
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Cores mais recomendadas para as embalagens
CGA - Elisabete Silva
Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho
Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado
Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho
Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte
Doces vermelho alaranjado
Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo
Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho
amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis
Chaacute-mate vermelho branco e marrom
Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro
Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul
Iogurte branco e azul
Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco
Ceras tons de marrom e branco
Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado
Inseticidas amarelo e preto verde escuro
Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro
Perfumes roxo amarelo ouro e prateado
Bronzeadoreslaranja e vermelho
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Figurafundo
Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da
relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto
como fundo e o menor como figura
Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser
vista como figura
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles
coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite
ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
CGA - Elisabete Silva
Escala
Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-
nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado
Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf
Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos
em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes
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