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GENERALIDADES DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
INTRODUÇÃO
A inspeção do material bélico distribuído à tropa é parte essencial da manutenção e
suprimento de campanha. Já foi demonstrado que a eficiência da manutenção e suprimento do
material bélico varia de acordo com a eficiência do sistema de inspeção. A experiência tam-
bém demonstrou, que o trabalho de 10 homens-hora, gasto em um sistema de inspeção, inteli-
gentemente orientado, equivale economicamente ao trabalho de 50 homens-hora, em serviço
de manutenção em campanha.
A presente nota de aula foi elaborada pela Seção de Armamento da Escola de Material
Bélico, com a finalidade de servir como fonte de informação para o estudo das generalidades
da manutenção e inspeção do armamento.
Os conhecimentos e informações tratados no presente trabalho foram extraídos das se-
guintes fontes de informações:
a. NARAM – III;
b. CS – 23-5;
c. Portaria 12 DMB;.
d. Normas gerais de proteção superficial e embalagem do Material Bélico sob gestão
da DAM;
e. NA do BMA sobre oxidação e fosfatização;
f. T9 – 1100 – Inspeção de Material Bélico distribuído à Tropa.
A compreensão dos conceitos aqui transmitidos são de extrema necessidade aos mili-
tares especializados na resolução de panes e incidentes de tiro, bem como torna importante o
aprendizado da correta manutenção a ser realizada, tornando-a uniforme, prática e mais efici-
ente no âmbito do Exército Brasileiro.
Temos plena consciência de que a presente Nota de Aula não é um produto acabado,
estando sujeita ainda, à experimentações e revisões. Por este motivo, solicita-se aos usuários
do presente trabalho que apresentem, à Seção de Armamento da EsMB, sugestões, críticas,
contribuições e experiências, visando torná-lo mais adequado à realidade das Unidades usuá-
rias do material.
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1 – SISTEMA DE MANUTENÇÃO
1. 1 CONCEITUAÇÕES BÁSICAS
a. SISTEMA DE MANUTENÇÃO – É um conjunto integrado de pessoal, unidades,
normas, princípios, métodos, processos, técnicas e instalações, que tem como objetivo, manter
o material em perfeitas condições de uso.
b. MANUTENÇÃO – É o conjunto de operações destinadas a conservação, reparação ou
recuperação do material.
c. CLASSIFICAÇÃO DA MANUTENÇÃO
NATUREZA CATEGORIAS ESCALÕES FINALIDADES OM ENCAR-
REGADAS
PREVENTIVA
ORGÂNICA
1º
CONSERVAÇÃO
OM DETEN-
TORA DO
MATERIAL
2º
CORRETIVA
DE CAMPA-
NHA
3º
REPARAÇÃO
OM MNT 3º
ESC
4º
OM MNT 4º
ESC
DE RETA-
GUARDA
5º
RECUPERAÇÃO
OM MNT 5º
ESC
d. MANUTENÇÃO ORGÂNICA – É o conjunto de operações de natureza preventiva,
realizadas no trato diário do material, através de cuidados no manuseio correto, nas verifica-
ções, na limpeza e lubrificação compreendendo os 1º e 2º escalões de manutenção.
e. MANUTENÇÃO DE CAMPANHA – É a categoria que compreende todas as ativida-
des realizadas por organizações militares de manutenção subordinadas às grandes unidades ou
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grandes comandos operacionais, visando manter o equipamento das respectivas grandes uni-
dades ou grandes comandos operacionais nas melhores condições possíveis de emprego. É da
responsabilidade do comandante de grande comando operacional, é realizada em instalações
móveis ou semimóveis, e compreende a manutenção de apoio direto e a de apoio ao conjunto.
e.1) A manutenção de apoio direto é a realizada em apoio às organizações militares
usuárias ou detentoras do material, em complemento à respectiva manutenção orgânica. Pode
ser realizada por equipes móveis que se deslocam para os próprios locais onde se encontram
os materiais necessitando de manutenção.
e.2) A manutenção de apoio ao conjunto é realizada em apoio às próprias organiza-
ções de manutenção, em complemento às respectivas possibilidades de manutenção.
f. MANUTENÇÃO DE RETAGUARDA – É a categoria que compreende todas ativida-
des realizadas em instalações fixas de manutenção, altamente especializadas, dotadas de equi-
pamentos sofisticados e volumosos, localizadas, normalmente, na ZI. É da responsabilidade
da Diretoria de Recuperação e pode ser realizada nos Arsenais do Exército, em instalações de
manutenção das Forças Singulares mediante convênio ou firmas particulares contratadas.
Apoia as demais categorias de manutenção, particularmente a de campanha, e as atividades de
suprimento, por meio de recuperação de material para retorno aos estoques.
g. ATIVIDADES GERAIS DE MANUTENÇÃO
g.1) Conservação – É o conjunto de operações, realizadas durante o trato diário com o
material, através de cuidados no manuseio, na verificação, na limpeza e lubrificação.
g.2) Reparação – É a atividade que consiste em retornar o material ao estado de dispo-
nível, pela substituição de peças ou por outra ação necessária, incluindo a soldagem, o esmeri-
lhamento, a rebitagem, a regulagem, o desempenamento e a fosfatização.
g.3) Recuperação – É a atividade que consiste em retornar o material ao estado de no-
vo, pela desmontagem do todo para determinar o estado de cada peça componente e a monta-
gem posterior, utilizando peças, subconjuntos ou conjuntos novos, recuperados ou em bom
estado, através de atividades industriais.
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h. ATIVIDADES DE CADA ESCALÃO DE MANUTENÇÃO
h.1) Manutenção de 1º Escalão – É a manutenção preventiva destinada a conservação
do material orgânico; executada pelo próprio homem ou pela guarnição da peça que utiliza ou
opera com o material. Consiste basicamente em:
- desmontagem dentro dos limites do escalão.
- limpeza do cano ou tubo, da culatra, das peças desmontadas e partes externas
do material;
- lubrificação dentro dos limites do escalão ou segundo carta-guia de lubrifica-
ção;
- retificação e ajustagem do aparelho de pontaria na peça;
- preparo do material para longo período de inatividade;
- aperto de parafusos e porcas que não requeiram regulagem.
h.2) Manutenção de 2º Escalão – É aquela de natureza preventiva com a finalidade de
manter o armamento disponível com pequenas reparações consideradas correções preventivas.
É realizada por pessoal especializado ( 09-46 ) da própria OM detentora do material. Este
escalão também complementa as atividades de 1º escalão (conservação) que requeiram des-
montagem com ferramental especializado. Consiste basicamente em:
- verificação e recompletamento do líquido do mecanismo de recuo;
- correções e ajustagens simples, com emprego de limas e lixas;
- pintura de tubos e reparos;
- testes de circuitos elétricos;
- substituição de peças previstas como itens de suprimento de 2º escalão;
- lubrificação dentro dos limites do escalão.
h.3) Manutenção de 3º escalão – É a atividade de manutenção de natureza corretiva
com a finalidade de reparação do material para restabelecimento das condições de uso: é exe-
cutada pelo pessoal especializado das Unidades Móveis de Manutenção, orgânica das Divi-
sões e Brigadas (B Log ou outras OM de Mnt equivalentes). O grau de reparação é compatível
com o pessoal, ferramentas, equipamento de oficina. Consiste basicamente em:
- substituição e reparo de peças, subconjuntos ou conjuntos;
- confecção de peças simples;
- montagens com regulagem e verificação do funcionamento;
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- desempenamentos, soldagens, e ajustagens;
- pinturas (apenas como complementação da manutenção realizada a nível de 3º
escalão);
- execução de Inspeções Técnicas;
- realização de triagem do material (separar o material que se destina aos 3º, 4º e
5º escalões);
- fornecimento de acessórios e peças de reposição às OM apoiadas;
- prestar assistência técnica às OM apoiadas.
h.4) Manutenção de 4º Escalão – É aquela, de natureza corretiva, executada em Par-
ques Regionais de Manutenção ou outras OM de Mnt existentes, a nível regional. Consiste
basicamente em:
- substituição e reparo de peças, subconjuntos ou conjuntos;
- montagens com regulagens e verificação do funcionamento;
- confecção de peças (compatíveis com ferramental e equipamento que possui);
- soldagens, ajustagens e desempenamentos;
- completar a manutenção de 3º escalão que não foi feita por falta de recursos.
h.5) Manutenção de 5º Escalão – É aquela de natureza corretiva, executada pelos Ar-
senais de Guerra, sob orientação da Diretoria de Recuperação (DR), que consiste em RECU-
PERAR todo o material ou parte dele, incluindo a fabricação, reparação ou substituição de
peças, subconjuntos e conjuntos, que permite o retorno do material ao estado de novo.
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1.2. OPERAÇÕES ESPECÍFICAS
São operações efetuadas na realização da manutenção do material bélico. Os termos
abaixo destinam-se a padronização dos referidos trabalhos.
a) LIMPAR – É conservar o material livre de resíduos de tiro, ferrugem, óleos, graxas,
poeiras e outros corpos estranhos.
b) AJUSTAR – É a operação que consiste em adaptar entre si as superfícies que traba-
lham em contato, a fim de obter as melhores condições de funcionamento, de acordo com as
prescrições dos Manuais Técnicos.
FIGURA
c) INSPECIONAR – É verificar as disponibilidades, identificando possíveis falhas
elétricas ou mecânicas.
FIGURA
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d) REGULAR – É a operação que consiste em colocar peças, subconjuntos e conjun-
tos com folgas ou medidas dentro das especificações prescritas nos Manuais Técnicos.
e) TESTAR – É verificar, mediante técnicas conduzidas, sob condições simuladas ou
reais de operações, se o material satisfaz aos requisitos militares especificados.
f) CALIBRAR – É determinar, verificar ou retificar a graduação ou folgas de um ins-
trumento, arma ou sistema de armas ou componentes de um sistema de armas, por meio de
instrumentos de precisão.
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g) REPARAR – É a atividade que consiste na remoção de falhas apresentadas pelo
material, com a finalidade de restabelecer as suas condições de uso.
h) RECUPERAR – É o conjunto de atividades destinadas a colocar materiais usados
“em estado de novo”.
FIGURA
i) TRANSFORMAR – É a operação específica que realiza a adaptação de um material
inservível em outro.
FIGURA
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j) SUBSTITUIR – É a operação específica que realiza a permuta ou troca de peças,
subconjuntos e conjuntos, considerados inservíveis por novo.
FIGURA
1.3. PROCEDIMENTOS E RESPONSABILIDADES
a. As sucessivas reparações de 2º, 3º e 4º escalões, ocasionam com o tempo, problemas li-
gados a dificuldades de regulagem e acertos, fazendo com que o material seja recolhido à OM
de Mnt de 5º escalão, para a necessária recuperação. A fim de prolongar a vida útil do arma-
mento é indispensável que haja uma rígida mentalidade de manutenção observando as normas
de procedimento contidas na NARAM-III:
a.1A manutenção de 1º escalão é executada pelo próprio homem ou pela guarnição da
peça, que utiliza ou opera o material. É realizada sob a orientação dos comandantes de subu-
nidades incorporadas ou frações.
a.2 O Cmt de OM deverá designar um de seus oficiais, de preferência com o “Curso
de Material Bélico” ou “Curso de Mnt Material Bélico” para assessorá-lo nos assuntos refe-
rentes a armamento.
a .3 A manutenção de 2º escalão é executada pelo pessoal especializado existente da
OM.
a .4 O Cmt de OM é o responsável, perante ao escalão superior, pelas deficiências
encontradas nas atividades de manutenção de sua OM e pelo estado de conservação dos mate-
riais de gestão da DAM.
a .5 Os procedimentos sobre manutenção orgânica do material estão contidos nos
manuais técnicos correspondentes e em diretrizes para manutenção do armamento.
a .6 A Mnt de 3º escalão deverá, em princípio, ser realizada na própria OM detento-
ra do material, pelas equipes de apoio direto, durante as visitas de inspeção e manutenção.
a .7 A equipe de apoio direto de Mnt de 3º escalão, após a inspeção realizada, apre-
sentará um dos seguintes pareceres:
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O material encontra-se em bom estado;
O material apresenta deficiência de manutenção orgânica;
O material recebeu Mnt de 3º escalão na própria OM;
d) o material necessita ser recolhido para a OM de manutenção de 3º escalão, de-
vendo esclarecer se precisa ou não de um Parecer Técnico (PT);
e) o material necessita de manutenção de 4º escalão, devendo esclarecer se preci-
sa ou não de um Parecer Técnico (PT).
a .8 Os Cmt de OM deverão organizar uma Escala de Manutenção Preventiva, con-
forme modelo (anexo O), NARAM-III indicando os tipos de serviços previstos, os quais, de-
pois de realizados, deverão ser lançados conforme legenda respectiva.
a .9 As indisponibilidades existentes devido à falta de suprimento ou de manutenção
deverão também ser lançadas na referida escala.
a .10) Qualquer escalão de manutenção só deverá receber o equipamento de arma-
mento para ser manutenido, quando as manutenções correspondentes aos escalões inferiores
tiverem sido realizadas.
b QUANTO AOS PROCEDIMENTOS BUROCRÁTICOS
b.1)Quando a RM dispuser de material para reposição imediata (no B Log ou DRAM)
poderá determinar descarga do material a ser trocado, mandando realizar troca direta. Nesse
caso, o material trocado, depois de manutenido nas OM Mnt de 3º, 4º e 5º escalões, deverá
retornar a cadeia de suprimento como material de 2ª classe.
b.2)Os recolhimentos de material para manutenção de 5º escalão deverão ser proces-
sados mediante ligação RM/DR, devendo no entanto, a RM informar à DAM sobre essa pro-
vidência.
b.3)As Fichas Registro de Alteração do Armamento Leve, referentes aos armamentos
a serem recolhidos para manutenção de 3º, 4º e 5º escalões, deverão acompanhá-los por ocasi-
ão dos recolhimentos.
b.4) Os documentos exigidos para substituição do material permanente são: Guia de
Recolhimento do material descarregado, devidamente quitada; folha do BI que publicou a
descarga do material ou documento do escalão encarregado do remanejamento, determinando
o mesmo. Para os demais materiais, somente o pedido do material.
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4. PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO DO ARMAMENTO NO ÂMBITO DO
EXÉRCITO
a. O planejamento da manutenção no Exército é realizado dentro dos escalões de manu-
tenção existentes, a fim de racionalizar sua execução e permitir um melhor controle.
b. À DAM compete a elaboração de diretrizes, normas e outros documentos sobre a ma-
nutenção do material sob sua gestão.
c. Referente aos Escalões:
c.1) 1º e 2º escalões
- A responsabilidade do planejamento da Mnt orgânica é do Cmt da OM;
- é feito anualmente de acordo com as normas do escalão superior (GU ou DE),
ou por iniciativa do próprio Cmt através dos manuais técnicos respectivos;
- o planejamento após elaborado será encaminhado à GU e a OM de apoio;
- os Cmt de OM devem organizar uma Escala de Manutenção Preventiva, con-
forme modelo existente na NARAM-III;
- toda manutenção de 2º escalão realizada, deverá ser escriturada na Ficha Re-
gistro de Alterações do Armamento Leve.
c.2) 3º escalão
- As OM de 3º escalão (B Log) realizarão seus planejamentos anualmente, con-
forme as diretrizes do escalão superior.
- o planejamento será feito baseado nos seguintes dados:
Necessidade de manutenção das OM apoiadas, levantadas através de Ins-
peções Técnicas. É feito relatório para a GU e RM;
distâncias das OM apoiadas;
suprimento em estoque, pessoal especializado e meios materiais a serem
utilizados;
utilização de sua característica de Unidade Móvel, empregando a siste-
mática de apoio direto às OM, realizando trabalhos que exijam ferramental mais pesado e
especializado; nas prioridades estabelecidas pela GU ou pelo canal técnico (RM e DAM).
c.3) 4º escalão
- As OM de Mnt de 4º escalão farão, anualmente, o planejamento de manuten-
ção, de acordo com as diretrizes do escalão superior, tendo em vista os seguintes aspectos:
meios disponíveis (pessoal e material);
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nas necessidades apontadas pelas OM de Mnt de 3º escalão que excedam suas
capacidades;
prioridade estabelecida pela RM;
possibilidade de apoio dos DRMA.
d. Observações:
d.1)Às RM e GU competem a elaboração de normas complementares de manutenção,
visando atender às condições peculiares de sua área ou de sua tropa.
d.2) As RM deverão promover reuniões periódicas com os diversos escalões de manu-
tenção de sua área a fim de se inteirarem dos problemas existentes e de soluções apontadas,
com o propósito de facilitar os planejamentos de manutenção na sua área de jurisdição.
d.3) À Diretoria de Recuperação competirá a elaboração de diretrizes, normas e outros
documentos sobre a manutenção de 3º escalão.
5. CONTROLE DA MANUTENÇÃO
O controle será exercido por todos os órgãos dos escalões: Direção, RM, GU e UA,
isto é, desde a DAM até o responsável pela manutenção do material.
O controle da manutenção orgânica (1º e 2º escalões) é realizado principalmente
através das Inspeções de Comando.
A Ficha Registro de Alterações do Armamento Leve é elemento essencial de con-
trole para o 1º e 2º escalões.
Outros elementos:
* Parecer Técnico;
* Inquérito Técnico;
* Sindicâncias;
* IPM;
* Termo de Exame e Averiguação do Material;
* Escala de Manutenção Preventiva
O controle da manutenção no âmbito do 3º escalão é de responsabilidade do Cmt da
GU e é realizado através de Inspeções Técnicas.
O controle da manutenção de 4º escalão é feito no âmbito da RM através dos Par-
ques Regionais de Manutenção.
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II – MATERIAL DE CONSUMO UTILIZADO NA MANUTENÇÃO DO ARMA-
MENTO
1. GENERALIDADES: Os óleos e lubrificantes são constituídos de um veículo base – óleo
propriamente dito (mineral puro) – ao qual são adicionados os seguintes aditivos solúveis:
aditivos para ajustar a viscosidade (materiais acrílicos polimerizados, etc); aditivos inibidores
de oxidação e de corrosão; agentes antidesgastantes e outros. Com o tempo haverá interação
entre esses aditivos provocando modificações nas suas características. Desta forma, é inteira-
mente imprópria a formação de estoques imobilizados por longos períodos, pois ocasionará
alterações nos aditivos e formação de depósitos, perdendo o produto suas características. As-
sim, deverão ser previstos estoques para serem consumidos num período não maior que um
ano. Nos caso de sobra de estoques do ano anterior, deverá haver uma rotatividade, a exemplo
do que é feito com a munição.
2. LISTA DE MATERIAL RELACIONADO PELA DAM
A Lista de Material encontra-se relacionada abaixo na TABELA EXPERIMENTAL Nr 1
PARA PEDIDO DE MATERIAL DE CONSUMO PARA ARMAMENTO.
Nr de
ordem
Nomen-
clatura
Símbolo
Aplicação
Consumo
Médio
Armt L
Unidade
de Me-
dida
Sucedâ-
neos
Emprego
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L
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Diluente
para tinta
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Diluente
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acessó-
rios
1,5
L
usado na
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material
bélico
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Gr
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limpeza
em geral,
como
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Estopa
para lim-
peza
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Gr
absorven-
te de
óleos e
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Graxa
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como
antioxi-
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quando
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longo
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L
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limpeza
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água 6/0
Lixa 6/0
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usada na
limpeza
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polidas
ou retifi-
cadas e
no poli-
mento das
superfí-
cies das
peças de
metal
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07
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para ferro
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remoção
de ferru-
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superfí-
cies das
peças de
ferro e
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mento
grosseiro
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Óleo de
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peças de
madeira
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L
usado na
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peças de
madeira
do Armt
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Óleo neu-
tro
ONLA
todo Armt
0,50
L
OL-Armt
OM-Armt
usado
como
agente de
tripla
função:
limpeza,
lubrifica-
ção e
anticorro-
ção
10
Querose-
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Armt de
3º e 4º esc
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L
usado na
limpeza
do Armt
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11
Redutor-
tempo
Thinner
Armt
0,1
L
acaba-
mento e
remoção
de pintura
12 Soda
cáustica
Armt 10 Gr remoção
de pintura
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Tinta an-
ticorro-
siva
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Armt
0,5
l
usada na
pintura do
material,
como
base à
tinta VO
14
Tinta ver-
de oliva
TVO
Armt
0.5
L
usada na
pintura do
material
da gestão
da DAM
São sucedâneos apenas para lubrificação, pois não possuem aditivos inibidores da corro-
são e limpeza. Como sucedâneo comercial do óleo neutro temos o óleo industrial PA-15 da
Petrobrás.
III – DOCUMENTOS ESSENCIAIS AO CONTROLE DA VIDA DO ARMA-
MENTO E SUA MANUTENÇÃO
LIVRO REGISTRO DA PEÇA
FICHA REGISTRO DE ALTERAÇÕES DO ARMAMENTO LEVE
A Ficha Registro de Alterações do Armamento Leve (FRAAL) tem finalidade semelhante
ao Livro Registro da Peça e deve constar todos os dados que interessam ao controle da vida
útil do armamento leve, a saber:
2.1 Cabeçalho, constando NEE, Indicativo Militar, Classe, Nr de Série, Nr da Ficha, etc.
2.2 Local destinado a relação dos acessórios e sobressalentes e suas quantidades.
2.3 Local destinado às alterações com o material no qual devem estar inclusos o seguinte:
a. componentes substituídos durante a manutenção;
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b. recolhimentos para manutenção de 3º e 4º escalões;
c. acidentes de tiro;
d. outros registros constantes em boletins ou em outros documentos.
local destinado ao registro dos tiros realizados (verso da folha).
Obs.: No item 3.b. não consta o 5º escalão pois a recuperação em 5º escalão não é viá-
vel para armamento leve, sendo preferível a desmontagem total do armamento para o maior
aproveitamento de peças possível.
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ESCALA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
3.1) Finalidade
Fornece um meio para registrar a manutenção orgânica prevista e executada.
3.2) Utilização
Será usada para:
- prever os serviços periódicos no equipamento quando o seu manual técnico
específica que o serviço deverá ser realizado pelo pessoal responsável pela manutenção orgâ-
nica;
- - registrar tempos de indisponibilidade (IS ou IM).
3.3) Preparação
a) O preenchimento dos dados relativos ao equipamento será executado de acordo com
modelo.
b) Os serviços serão escalados com antecedência mínima de um mês ou de um serviço
adiantado, adotando-se o critério que resultar em maior tempo de antecedência. Os serviços
escalados ou previstos serão lançados à lápis usando-se símbolos apropriados e os serviços de
manutenção realizados serão indicados cobrindo-se a tinta.
c) Para indicar o tipo de serviço previsto, serão utilizados os seguintes símbolos:
“V” - qualquer verificação
“L” - lubrificação
“R” - exercício de recuo
“S” - serviço de manutenção semanal
“M” - serviço de manutenção mensal
“3M” - serviço de manutenção trimestral
“6M” - serviço de manutenção semestral
“A” - serviço de manutenção anual
“B” - serviço de manutenção bienal.
d) Os lançamentos serão feitos da seguinte maneira:
Ao escalar os serviços nesse modelo, lance os símbolos apropriados a lápis na data em
que um serviço escalado deve ser feito. Os serviços realmente executados serão lançados a
tinta, juntamente com o número de tiros dados, se for o caso, na data em que o serviço fora
escalado. É permitida uma variação de 10%, para mais ou para menos, no prazo (em horas,
dias ou tiros dados) previsto na escala. Quando o serviço for executado fora dessa faixa de
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tolerância, o símbolo a tinta é lançado na data em que foi realmente executado, sendo o pró-
ximo serviço escalado a partir dessa data.
e) Os dias indisponíveis serão registrados para todos os itens, com o símbolo “O” para as
indisponibilidades de manutenção, (IM) orgânicas e com “X” para a manutenção de apoio. As
indisponibilidades devido a suprimento (IS) no nível orgânico, serão registradas diariamente
com um “S” dentro do símbolo “O”. Todos os outros dias de indisponibilidade do nível orgâ-
nico serão considerados indisponíveis devido à manutenção (IM). O tempo de indisponibili-
dade IS e IM da manutenção de apoio é obtido do modelo DAM 02.
3.4)Destino
Quando o modelo estiver todo preenchido, ele deve permanecer no livro e as informações
nele contidas no bloco “Nr de Série”, “Indicativo Militar” e “OM”, transferidas para o próxi-
mo modelo.
As “observações” deverão conter dados pertinentes a IS e IM e outras informações neces-
sárias ao controle dos serviços. O serviço escalado deve ser lançado a lápis, nas datas em que
os serviços devam ser feitos.
PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Ao se planejar a manutenção preventiva, devem ser considerados os seguintes aspectos:
1) Tipos e quantidades de armas
Para dispor as mesmas por grupos de manutenção.
2) Pessoal, material e ferramental disponível para execução
Para que o oficial planejador possa levantar as limitações da execução propriamente dita.
3) Tempo disponível
Neste aspecto verifica-se o intervalo de tempo entre duas manutenções consecutivas em
um mesmo tipo de armamento. Esta verificação tem por finalidade dividir igualmente a quan-
tidade de armas no intervalo entre estas duas manutenções, sem causar retardamento na exe-
cução.
4) Características de manutenção de cada arma
Trabalhando com a Carta-guia de Lubrificação e Manual Técnico correspondente a cada
arma, verificaremos os períodos de manutenção necessárias para serem lançados em previsão.
Com o levantamento destes quatros aspectos, o oficial de manutenção de armamento terá
condições de iniciar a confecção da escala de manutenção preventiva.
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PREENCHIMENTO DA ESCALA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA POR ARMA
1) Devem ser tomadas algumas medidas preparatórias, tais como:
- preencher o cabeçalho;
- anular os dias 31 dos meses de 30 dias, atenção para o mês de fevereiro;
- lançar os fins de semana e feriados.
2) Para preenchimento, deve-se fazer inicialmente a previsão das Mnt semanais e após is-
to lançar as previsões mensais e trimestrais, se for o caso. (Observar a CGL).
3) Quando uma Mnt periódica coincidir no mesmo dia que outra periódica, prevalece a de
maior período.
Ex.: Mnt mensal e semanal dia 10 Out (prevalece a mensal).
4) Quando uma arma permanecer indisponível, não está isento de que sua Mnt prevista se-
ja executada. Ela deve constar na quadrícula mesmo que esta contenha algum outro símbolo
de indisponibilidade.
Ex.: S
X
5) No planejamento, as Mnt M, 3M, 6M, A e B, devem cair no mesmo dia do mês. Isto fa-
cilita a execução.
6) Os quadros da escala de Mnt que correspondem aos dias sem expedientes deverão ser
preenchidos como na figura abaixo, pois deste modo haverá possibilidade de se proceder al-
gum lançamento por indisponibilidade.
Ex.:
7) Quando um serviço de Mnt previsto cair em um final de semana ou feriado, transfira-o
para o 1º dia útil após o feriado.
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IV – MANUTENÇÃO PREVENTIVA DO ARMAMENTO – EXECUÇÃO
1. LIMPEZA DO ARMAMENTO – ANTES, DURANTE E APÓS O TIRO
a. ARMAMENTO LEVE
1) Limpeza antes do tiro – São as seguintes as instruções para preparação do arma-
mento antes do tiro, visando eliminar a ocorrência de incidentes de tiro e aumentar a seguran-
ça na sua realização:
- Desmontar a arma dentro do escalão permitido;
- verificar se as peças desmontadas possuem rebarbas ou mossas, principalmen-
te nas superfícies deslizantes;
- realizar a limpeza do cano e câmara, que deverão permanecer rigorosamente
limpos e secos;
- limpar completamente as demais peças metálicas e aplicar leve camada de
óleo neutro(ONLA) nas superfícies deslizantes;
- montar a arma e limpar toda superfície externa deixando-a seca;
- realizar as regulagens permitidas, colocando-as rigorosamente em suas medi-
das, deixando a arma desse modo pronta para o tiro.
2) Limpeza durante o tiro – Realizar as seguintes operações:
- Limpar o cano e a câmara com um pedaço de estopa ou pano;
- limpar as peças móveis visando eliminar os resíduos de pólvora, sem contudo
proceder a desmontagem.
3) Limpeza após o tiro – Todo cuidado é indispensável para a limpeza do armamento
que realizou o tiro, tendo em vista eliminar a ação dos resíduos de pólvora que serão em últ i-
ma análise, os elementos que irão iniciar um processo corrosivo e por certo tornará o arma-
mento utilizado, inservível, em curto prazo.
Por este motivo esta manutenção deve constituir ponto de honra para os responsá-
veis pelo material e deve ser realizada no máximo até 12 horas após a execução do tiro:
- Desmontar a arma dentro do escalão permitido;
- limpar as peças desmontadas com óleo neutro para limpeza do armamen-
to(ONLA);
- limpar o cano e a câmara com ONLA de forma a retirar todos os resíduos de
pólvora. Após essa limpeza o óleo remanescente que recobre as superfícies do cano certamen-
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te ainda conterá resíduos. Deverá ser procedida, então, nova limpeza, utilizando apenas pano
limpo e de preferência, seco. Após isso lubrificar o cano com ONLA limpo.
OBS.: Na falta do ONLA pode-se usar o querosene (anidro) para retirada dos resíduos de
pólvora.
2. LIMPEZA DO ARMAMENTO RECEBIDO DOS DEPÓSITOS
Todo o armamento recebido do depósito em que estava armazenado, vem geralmente co-
berto por uma camada de graxa antióxido. Para retirá-la e colocar o armamento em prontas
condições de uso, deve-se proceder do seguinte modo:
- Desmontar o armamento até o escalão permitido (2º escalão);
- usar ONLA, a fim de remover toda graxa antióxido. Para isso, esfregar as pe-
ças maiores, com estopa e lavar as menores por imersão. No caso de excesso de antióxido é
conveniente retirá-lo previamente, utilizando cordel de limpeza ou espátula de madeira;
- remover a camada de antióxido do interior do cano e da câmara, com o auxílio
de escova e vareta de limpeza.
OBS.: O 1º escalão de Mnt do FAL, FAP e PARAFAL, deverá utilizar cordel de limpeza e
pano no lugar de vareta e escova.
- ter cuidado em remover toda a graxa dos alojamentos onde funcionam molas e
eixos;
- limpar e secar as peças com pano limpo e seco;
- lubrificar o armamento com óleo neutro para limpeza do armamento (ONLA);
- montar a arma.
OBS.: O atual conceito de armamento estocado em depósitos é que estes devem estar em
condições de emprego imediato, utilizando-se assim novas técnicas de proteção, como a em-
balagem a vácuo e o encolhimento, evitando que uma arma recebida de depósito tenha de ser
desprocessada para uso. Entretanto poderá ocorrer ainda o caso destas armas estarem estoca-
das com GAO.
3. CONSERVAÇÃO DIÁRIA NAS RESERVAS DE ARMAMENTO
a. Esta conservação se faz necessária nos períodos em que não são realizados exercícios de
tiro. As armas devem ser inspecionadas diariamente para que sejam mantidas sempre em per-
feito estado de funcionamento. Uma vez por semana deve-se fazer uma manutenção da se-
guinte maneira:
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- Limpar a arma com pano limpo e seco;
- passar no interior do cano um pedaço de pano, auxiliado por um cordel de
limpeza, até que saia completamente limpo;
- usar escova de pelo para retirar a poeira das corrediças e escavados;
- lubrificar a arma com óleo para limpeza do armamento (ONLA), inclusive o
interior do cano, caso não haja outras especificações;
- nas partes de madeira passar uma leve camada de óleo de linhaça cru com um
pano e nas partes de couro passar o líquido para correame;
- depois dessa limpeza e lubrificação, colocar o armamento em cabides e sempre
que possível usar protetores na boca da arma quando estas não forem deixadas secas.
b. Conservação do armamento em uso
1) Ao ser retirado o armamento da reserva para instrução ou serviço, deve-se proceder
da seguinte maneira:
- Retirar com um pedaço de pano o óleo de sua parte externa e do cano;
- manter as partes móveis com uma leve camada de ONLA, para assegurar um
perfeito funcionamento.
2) Devolução do armamento à reserva:
- Desmontar a arma até o escalão permitido;
- limpar e secar todas as peças;
- lubrificar as peças com ONLA. A melhor maneira de aplicar lubrificante é es-
fregar um pano limpo, embebido em óleo, nas superfícies metálicas. O óleo em excesso é no-
civo, pois favorece o acumulo de sujeiras, que poderá prejudicar o funcionamento da arma;
- lubrificar o cano utilizando escova de pelo;
- montar a arma e devolvê-la à reserva.
OBS.: O responsável pela reserva deve obrigatoriamente observar a correção da limpe-
za e corrigi-la quando necessário.
4. CUIDADOS ESPECIAIS
Alguns cuidados abaixo relatados, deverão ser observados por todos aqueles que tenham
sob sua responsabilidade o armamento:
- Limpar e inspecionar freqüentemente, os cilindros de gases e êmbolos das ar-
mas automáticas ou semi-automáticas;
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- sempre que for usar um armamento, verificar se não há vestígios de antióxido,
por não ser estes, lubrificantes;
- não usar escova de aço para limpar ou polir a alma do cano;
- não utilizar nenhum abrasivo para limpeza das câmaras;
- sempre que houver vestígios de ferrugem esfregar o local afetado com uma
bucha de pano, embebida em querosene ou utilizar uma escova de latão para removê-la, ou
ainda, esponja de aço (bom-bril);
- a poeira e sujeiras existentes nas superfícies metálicas, deverão ser retiradas
esfregando-se um pano seco, e depois, óleo lubrificante;
- empregar somente os lubrificantes apropriados ou seus substitutos regulamen-
tares;
- nunca usar na aplicação de lubrificantes, panos que tenham sido empregados
na limpeza;
- não utilizar lubrificantes em demasia, uma camada fina é suficiente. O óleo
tem tendência de reter sujeira que passa a agir como abrasivo;
- nas regiões em que a umidade e a temperatura são elevadas, durante a estação
chuvosa, deve ser verificado diariamente e mantido lubrificado o armamento;
- nas regiões arenosas o vento joga areia sobre a superfícies cobertas de óleo. A
areia provoca incidentes de tiro e rápido desgaste do armamento. Em tais condições, o arma-
mento deve ser limpo diariamente e todas as partes que ficam expostas deverão ser mantidas
secas. Pequena porção de óleo lubrificante deve ser passada nas partes não expostas e que não
sejam atingidas pela areia;
- toda vez que terminar um exercício no campo ou uma instrução de maneabili-
dade, o armamento deve sofrer uma limpeza e lubrificação completas, a exemplo das realiza-
das após o tiro;
- não utilizar a graxa antióxido nas partes de madeira.
V. PREPARAÇÃO PARA ARMAZENAMENTO
a. O material ao ser recebido para armazenagem, poderá encontrar-se nas seguintes situa-
ções:
- material novo;
- material reparado ou recuperado;
- material em uso, que deve ficar inativo.
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b. Quanto ao tempo, o material será regido pelos prazos abaixo:
- indeterminado (+ 18 meses);
- longo período (12 à 18 meses);
- médio período (6 à 12 meses);
- curto período (3 à 6 meses);
- emprego imediato (0 à 3 meses).
c. Processamento
Conjunto de operações destinadas a colocar o material em condições de ser armazenado.
d. Operações do processamento
- limpeza;
- secagem;
- preservação;
- embalagem.
e. Proteção superficial
É a presença de compostos especiais sobre o material, mesmo sob a forma de vapor, a fim
de impedir a corrosão ou o desenvolvimento de fungos.
f. Embalagem interna
É a embalagem de pequenos itens (peças, conjuntos ou itens completos), cuja finalidade
principal é a proteção contra a corrosão e a deterioração.
g. Embalagem externa
É o acondicionamento das embalagens internas e visa, principalmente, a proteção durante
os manuseios para transporte e armazenagem.
h. Níveis de proteção
1) Nível “A”
A proteção superficial, das embalagens interna e externa deverão assegurar uma pro-
teção adequada, contra a corrosão, a deterioração e danos por ocasião do armazenamento do
material, por tempo indeterminado.
2) Nível “B”
A proteção superficial, das embalagens interna e externa deverão assegurar uma pro-
teção adequada, contra a corrosão, a deterioração e danos por ocasião do transporte, da fonte
de suprimento até o usuário e durante o tempo que antecede o uso do material.
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i. Tabela de seleção de níveis de proteção
Fatores de utilização e de ar-
mazenamento
Nível de proteção superficial e
da embalagem interna
Nível de proteção da em-
balagem externa
Material de utilização imediata “B” “B”
Material para cadeia de supri-
mento normal
“A” ou “B” “A” ou “B”
Material para armazenamento
indeterminado
“A”
“A”
j. Proteção superficial
1) Cuidados básicos na aplicação do preventivo:
- a superfície do metal deverá estar limpa;
- as peças deverão ser manuseadas por operadores que usem luvas;
- a aplicação do preservativo deverá ser feita logo após a limpeza das peças;
- óleos e graxas não deverão ser aplicados sobre borracha ou material plástico.
2) Nível “A”
Usar um preventivo de ação prolongada. Poderá ser uma película elástica de espes-
sura variável, composta à base de resinas e de um solvente volátil, aplicada em estado pasto-
so, a qual secando, oferece proteção contra a umidade.
Veremos apenas o processo mais utilizado: O PLAST-PLAC (CUBA TERMOE-
LÉTRICA):
É um processo que utiliza uma cuba termoelétrica composta de uma resistência in-
terna e um reostato regulável de 0 (zero) a 300 graus e como matéria prima uma composição
de uma resina especial e óleo lubrificante. Sua maior utilização é para o processamento de
peças de tamanho relativamente pequeno.
- realizar a limpeza no material a ser processado deixando-o livre de impurezas
e completamente seco;
- ligar o reostato do aparelho e regulá-lo em 100 graus, até que a temperatura
torne líquida a matéria prima existente na cuba;
- verificar a densidade do líquido da cuba (fina ou grossa). A densidade varia de
acordo com a caloria registrada no reostato. À medida que aumenta a temperatura, a matéria
prima tende a ficar mais fina;
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- imergir a peça a ser protegida na cuba, esperar um breve tempo e retirá-la da
cuba. Deixar escorrer um pouco o excesso de material para que a camada protetora não fique
desnecessariamente espessa.
3) Nível “B”
Usar preventivos anticorrosão do tipo óleo e graxas. O método de aplicação para ca-
da uso, consta dos TM. Torna-se necessário renovar periodicamente a proteção superficial,
devido à ação do calor e do tempo.
Veremos o uso da graxa antióxido:
- tornar líquida a graxa antióxido, aquecendo-a em banho-maria;
- desmontar totalmente a arma e lavar todas as peças metálicas com querosene
puro, retirando-se todos os vestígios de ferrugem que houver no armamento;
- secar as peças com pedaços de pano;
- montar a arma ou conjuntos;
- imergir a arma ou conjuntos na graxa antióxido já diluída, de preferência ainda
quente.
OBS.: Pode-se também colocar graxa antióxido em estado pastoso. Neste caso
passa-se a graxa com auxílio de um pincel. Este processo não é tão eficaz, mas é satisfatório.
Deve-se evitar passar antióxido nas partes de madeira e de couro, pois suas
substâncias deterioram estes materiais.
k. Embalagem interna
1) Nível “A”
- A proteção será feita por meio de papel ou papelão tratado com produto inibidor
de corrosão em fase gasosa.
- “Ensacagem a vácuo” ou “embalagem por encolhimento”.
2) Nível “B”
- Envolvimento em papel que não permita o escorrimento do óleo ou graxa.
- Envolvimento em papel à prova d’água.
- Colocação de sacos de papel ou de material plástico.
- Fechamento por grampo ou fita adesiva e identificação por meio de etiqueta.
OBS.: Somente itens do mesmo NEE serão reunidos nestas embalagens.
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l. Embalagem externa
a) Generalidades
Deverão ser feitas, em princípio de madeira em forma de caixas ou engradados. A
embalagem deve-se adaptar ao item e não este àquela.
Outros materiais: isopor, fibra ou cofres metálicos.
Principal finalidade das embalagens externas: propiciar meios de reunir as emba-
lagens internas em um volume, de modo a facilitar o manuseio, transporte e o armazenamen-
to, sem danificar o material.
Deverá possuir revestimento antichoque.
Deverão ser cintados com tiras de aço, as quais penetrem nas arestas da madeira.
As embalagens deverão ter travessas na parte inferior (facilitar o trabalho).
b) Nível “A”
Deve ser uma caixa de madeira hermeticamente fechada.
O interior da caixa deve ser revestido com papel impregnado de composto betu-
minoso para impedir penetração d’água, umidade ou poeira.
Deve ser usado saquitéis de substância higroscópica (silicagel), para absorver re-
síduos de umidade.
c) Nível “B”
Será o engradado de madeira.
m. Inscrições
a) Nas embalagens internas:
- NEE;
- Indicativo Militar ou Nomenclatura;
- quantidade e unidade do conteúdo;
- embalado por .(iniciais da pessoa e sigla ou nome abreviado do órgão que pro-
cessou a embalagem);
- nível de proteção e data da embalagem;
- quando necessário (caso das embalagens à vácuo), deverá ter instruções sobre
os cuidados com a embalagem.
OBS.: No nível “A”, tanto as etiquetas como os adesivos deverão ser à prova
d’água. Caso a etiqueta seja metálica deverá ser a prova de corrosão.
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b) Nas embalagens externas
a – Num lado e em uma extremidade:
- nível prot bem interna / nível prot bem externa – data;
- peso bruto (Kg) e peso líquido (Kg);
- volume (m3) e dimensões.
b – Só no lado:
- abreviatura do órgão que embalou o material e iniciais do responsável;
- Nr do volume;
- relação do conteúdo (deverá ser acondicionada externamente na caixa e a outra
via será colocada sobre o material.
OBS.: - Uma extremidade, a tampa e o fundo da embalagem externa, devem ficar sem ins-
crições;
- Nos engradados, as inscrições devem seguir também estas normas, sempre que
possível;
- Em local separado das inscrições, quando for o caso, serão pintadas instruções
especiais (este lado para cima, não use ganchos, frágil, etc).
EXEMPLO DE INSCRIÇÕES EM EMBALAGEM INTERNA
Nível prot, data do bem e responsável
Quantidade e unidade
Nomenclatura do item
Nr de Estoque do Exército
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EXEMPLO DE INSCRIÇÕES EM EMBALAGEM EXTERNA
A - Nível prot bem int / Nível prot bem ext – data
B - Sigla do órgão que embalou e iniciais do responsável
C - Peso bruto em Kg
D - Volume em m3 e dimensões em metros
E - Relação do conteúdo
VI – EROSÃO, CORROSÃO, OXIDAÇÃO E FOSFATIZAÇÃO
1. EROSÃO E CORROSÃO
a. EROSÃO: É o desgaste gradativo da superfície interna de um cano durante o disparo.
Em conseqüência ocorre o descalibramento acarretando prejuízos na precisão do tiro. A ero-
são é reconhecida por alterações nas dimensões da alma do cano.
Três alterações podem ser encontradas numa arma já usada:
- Descalibramento da boca da arma.
- Cobreamento das raias.
- Erosão da câmara.
Extremidade sem
inscrição
Tampa sem inscri-ção
Destinatário
Fundo sem inscrição
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DESCALIBRAMENTO DA BOCA DA ARMA:
Ocorre devido às forças laterais exercidas pelo projetil ao abandonar a arma, bem como a
ação dos gases no momento de escaparem pela retaguarda do projetil.
Usualmente existe um progressivo descalibramento, precisamente na boca da arma, o qual
vai diminuindo até 1/3 do comprimento do cano. O terço central do cano não sofre grandes
desgastes.
COBREAMENTO DAS RAIAS:
É a adesão feita à superfície interna do cano pelo metal que compõe o projétil. No caso do
metal ser o cobre, esta adesão é chamada de cobreamento.
O acúmulo de material que forma as camisas dos projéteis chama-se de “fuligem metálica”,
o qual é quimicamente inofensiva, porém impede a remoção dos resíduos de pólvora que
permanecem encobertos e ativos.
A parte posterior do cano é a mais afetada pelo tiro contínuo, neste ponto ocorrem as maio-
res pressões e também a fuga dos gases, antes do projétil se achar firmemente engrazado nos
sulcos das raias.
Provavelmente nenhum assunto levantou mais discussões a esse respeito do que a erosão,
muitas teorias apareceram e algum fundamento se achou para cada uma delas.
O fato de que a erosão ocorre em instantes de duração extremamente curto, sob condições
de alta temperatura e pressão, tornou-se difícil reconhecer os vários fatores que influenciam o
processo.
EROSÃO DA CÂMARA:
Os principais fundamentos tendentes a explicar os processos de erosão da câmara são:
- mecânica;
- termal;
- química.
1- Erosão mecânica:
O metal é submetido a um estado de super tensão e sua conseqüente deforma-
ção plástica, a qual pode causar a formação de pequenas fendas axiais.
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2- Erosão termal:
A alta temperatura da chama da pólvora, eleva a temperatura interna acima do pon-
to de fusão do metal.
3- Erosão química:
Os resíduos químicos resultantes da combustão da carga de projeção, podem
eventualmente ocasionar o aparecimento de uma superfície endurecida e quebradiça, que pode
ser lascada com os tiros contínuos.
b. CORROSÃO: A corrosão pode ser definida como uma tendência dos metais de
retornarem a sua condição natural, ou a certos compostos semelhantes a seus minérios.
A corrosão pode ser definida como uma tendência dos metais de retornarem a sua condi-
ção natural, ou a certos compostos semelhantes a seus minérios.
Na reação com o meio ambiente a prata escurece, o ferro se oxida, o aço inox perde grada-
tivamente o brilho metálico. O exemplo mais comum de corrosão é o enferrujamento do ferro
pois sua superfície é quimicamente reativa.
Agentes causadores: A corrosão tal como aparece na arma é oriunda quase sempre
de dois grandes agentes:
- umidade atmosférica (maresia , etc. )
- agentes químicos produzidos pela carga de projeção.
- Ferrugem: É a corrosão causada no ferro. É formada pela oxidação do ferro em
presença da umidade. A ferrugem pode ser preta ou vermelha. A ferrugem preta normalmente
não surge em condições normais no meio ambiente, já a ferrugem vermelha é a mais comum e
contagiosa, espalhando pela superfície metálica rapidamente.
A coloração da ferrugem vai aos poucos escurecendo, passa por tons amarelados e aver-
melhados e progride até que surgem pequenas crateras, formando uma camada de óxido que
se eleva da superfície do ferro.
A aplicação de pintura ou de uma camada de GAO, retarda o processo de corrosão, toda-
via a ferrugem pode continuar progredindo mesmo sob a capa protetora.
Uma superfície altamente polida, demora mais a ser afetada do que uma superfície áspe-
ra, o contato do metal com madeiras, papelão, couro, etc., favorece o aparecimento de ferru-
gem, devido à umidade sempre presente nestes elementos.
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TRATAMENTO SUPERFICIAL
O tratamento superficial visa conferir às peças prontas um acabamento que atenda a
aspectos estéticos e, principalmente, que impeçam a ação da atmosfera corrosiva, através de
uma película protetora sobre a superfície do metal. Para que esta película seja eficiente na
proteção contra a corrosão é indispensável que seja compacta (isenta de microporos), contínua
e fortemente aderente à superfície metálica. Utiliza-se entre outros métodos, além da simples
pintura, a eletrodeposição de metais, que além do aumento da resistência à corrosão, atua ain-
da no aumento da resistência ao desgaste e resistência à altas temperaturas, diminuição do
coeficiente de atrito e outras propriedades.
Dos processos industriais ligados à tecnologia dos tratamentos superficiais dos metais,
os mais comuns utilizados em armamento são :
- Oxidação
- Fosfatização
1. OXIDAÇÃO: É um acabamento amplamente utilizado e com grande valor es-
tético, fornece às peças de ferro ou aço uma cor preta azulada através de uma camada de óxi-
do formada na superfície. Ex : armas de uso civil ( Rv, Pst, Espingardas, etc...)
A proteção contra a corrosão não é como normalmente se julga, muito boa, sendo por
isso aconselhável que as peças sejam cobertas com uma camada de óleo fino para dificultar a
corrosão.
2. FOSFATIZAÇÃO: A fosfatização consiste na aplicação de uma camada de
fosfato ( de zinco ou manganês ) sobre uma superfície ferrosa, emprestando-lhe a seguinte
característica:
- proteção anti-corrosiva;
- resistência ao desgaste;
- poder auto-lubrificante;
- porosidade e capilaridade ( ancoragem para tinta, absorção de óleos, etc... ).
A fosfatização tem atualmente, uma grande importância industrial, pois, além de con-
ferir uma boa proteção a qualquer material ferroso, leva vantagem no confronto com os pro-
cessos comuns de proteção, devido à sua simplicidade técnica aliada ao baixo custo de produ-
ção.
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PROCESSOS DE TRATAMENTO SUPERFICIAL: Os processos de tratamento
superficial podem ser divididos em três fases ou processos:
- preparatórios;
- intermediários;
- finais.
1. PROCESSOS PREPARATÓRIOS:
- DESENGRAXE: destina-se a remover as sujeiras de graxas e óleos que impreg-
nam a peça. (parco cleaner – IMBEL l997 , somexol – BMA 1998 )
- LAVAGEM: destina-se a limpar com água as peças para o banho.
- DECAPAGEM: destina-se a remover os óxidos de ferro da superfície metálica.
O processo é feito em banho de ácido sulfúrico a 20% com posterior neutralização com óxido
de cálcio ( IMBEL l997 ). No BMA se utiliza o decapex l00.
- JATEAMENTO DE AREIA: destina-se a retirar os resíduos não eliminados no
desengraxe e decapagem.
- TAMBOREAMENTO: consiste no revolvimento das peças, imersas (ou não)
em granalhas de aço, umas contra as outras, visando eliminar areia, rebarbas maiores, etc.,
produzindo uma superfície mais fina e homogênea.
2. PROCESSOS INTERMEDIÁRIOS: São os tratamentos superficiais propriamente
ditos. São chamados “intermediários” por necessitarem de acabamento final. Os mais comuns
utilizados em armamento são:
- OXIDAÇÃO: realizada por simples imersão, as substâncias mais empregadas
são o Na OH (soda cáustica) e o Na NO3 ( nitrato de sódio). É necessário observar um rigoro-
so controle na temperatura do banho (l40+/- 5 0 c) e o tempo necessário para um bom acaba-
mento varia em função do tamanho e da geometria da peça a ser oxidada. ( oxi-black 340 –
BMA l998 )
- FOSFATIZAÇÃO: também realizada por imersão em um banho de fosfato de
manganês e de ferro com ácido fosfórico com uma temperatura de 95 a 980 C . O tempo de
imersão varia de l5 a 30 min. ( parcolubrite 2 – IMBEL l997 )
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3. PROCESSOS FINAIS: São os processos utilizados para a proteção do banho contra
a corrosão.
Os processos são os seguintes:
- OLEAMENTO
- SECAGEM
- PINTURA
- CURA
3.1- OLEAGEM: O oleamento é uma proteção complementar aos tratamentos
acima descritos e é feito com óleo tipo desaguante e protetor. Este possui uma combinação de
solventes e anti-corrosivos de baixa viscosidade que formam uma película protetora. As peças
devem ser imersas no produto, de forma a permitir o deslocamento de toda a água retida nas
cavidades e reentrâncias, a qual se acumulará no fundo do tanque. O produto industrial usado
é o “FERROMEDE”. ( IMBEL l997 ). No BMA se utiliza um deslocador de água chamado
DA 5l0 . Em seguida a peça é oleada em uma cuba de ONLA.
3.2- SECAGEM: destina-se a eliminar a presença de umidade e de vapores volá-
teis sobre as camadas fosfatizadas.
3.3- PINTURA: após sofrerem a fosfatização e a secagem, as peças externas são
pintadas a pistola de ar comprimido utilizando-se tinta epoxi preta.
3.4- CURA: destina-se a promover uma reação entre a resina e o endurecedor. Esta
operação é realizada em estufa elétrica durante cerca de 20 min a uma temperatura de 1400 C.
C. OUTRAS DEFINIÇÕES:
1. GALVANOPLASTIA: operação que se faz para depositar sobre um material qual-
quer, uma camada de metal dissolvido previamente num líquido, submetendo esta dissolução
metálica a ação de uma corrente elétrica. Ex.: cromagem, niquelagem, etc.
2. CROMAGEM: a utilização do cromo como revestimento protetor deve-se a rápida
formação de um filme passivo de óxido de cromo sobre a liga depositada, que protege o ferro,
mesmo a altas temperaturas. Tal filme é invisível de maneira que o brilho do cromo é preser-
vado. Além disso o cromo é um dos poucos metais que pode ser depositado com alta dureza
de uma solução aquosa, conseguindo-se assim um endurecimento superficial sem afetar o
material base, diferentemente da cementação ou têmpera (embora não as substituam). Seu
coeficiente de expansão térmica se localiza entre o do ferro fundido e o do aço, o que é uma
grande vantagem técnica, pois evita-se o perigo de desprendimento por tensões térmicas. O
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cromo entretanto possui baixo poder de cobertura, não sendo indicado para peças de grandes
reentrâncias.
3. ANODIZAÇÃO: utilizado para o alumínio, este processo tem como característica
básica o reforço da camada natural de óxido por processo anódico. Como usual, a preparação
é de grande importância para a eficácia do processo, e consiste no desengraxe seguido de de-
capagem. A camada de óxido formada é normalmente incolor, podendo absorver um grande
número de corantes, que produzem efeitos decorativos.
VII – INSPEÇÕES NO ARMAMENTO
1. FUNDAMENTOS SOBRE INSPEÇÕES
a. Finalidades das inspeções
1) Verificar se os trabalhos de manutenção preventiva do material, estão efetiva-
mente evitando e corrigindo as suas falhas, antes de torná-lo inservível.
2) Verificar se o material bélico distribuído à tropa, está em bom estado, com sua
dotação completa e em perfeitas condições de utilização. As inspeções devem ser feitas mes-
mo durante o combate, para determinar as necessidades de substituição, reparação ou recupe-
ração do material.
3) Estimular uma melhor colaboração de trabalho entre a unidade apoiada e os ele-
mentos de manutenção.
4) Fornecer instruções relativas a administração e a ação das unidades de manuten-
ção.
5) Prestar informações sobre assuntos referentes ao suprimento de MB.
6) Assimilar e analisar as principais deficiências observadas na manutenção do ma-
terial bélico, de modo que, o pessoal encarregado da manutenção na unidade apoiada, possa
orientar-se sobre determinados aperfeiçoamentos.
7) Orientar a equipe de manutenção quanto aos suprimentos necessários à manuten-
ção do material.
8) Avaliar a eficiência dos escalões de manutenção.
9) Sanar, se possível, as deficiências encontradas no material bélico inspecionado.
10) Confeccionar relatórios sobre o estado do material bélico distribuído à tropa,
periodicamente, como um meio para verificar os responsáveis pelo prematuro desgaste ou
emprego inadequado do material.
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b. Tipos de Inspeções
1) Inspeção de Comando
É o nível de inspeção realizada pelos Comandantes de GU, U ou SU, com a fi-
nalidade de verificar os seguintes aspectos:
- Estado geral do armamento.
- Existência e o grau de conservação de suas ferramentas e acessórios.
- Registro de tiro e manutenção.
- Estado das reservas, meios disponíveis para manutenção e segurança.
- Grau de habilitação do pessoal de manutenção.
Neste tipo de inspeção os comandos podem requisitar elementos de material béli-
co para assessorá-los.
As inspeções de comando podem obedecer a programa pré-estabelecido (previs-
tas) ou serem realizadas durante a rotina normal do serviço das unidades (inopinadas).
2) Inspeção de Manutenção Preventiva
É o nível de inspeção realizado pelo pessoal especializado da Unidade, Oficial
de Manutenção, Sargento Mecânico de Armamento e usuários do armamento, como parte
integrante das manutenções periódicas de 1º e 2º escalões.
Fichas, normas, planos, manuais específicos de cada material devem valer como
subsídios às inspeções.
A manutenção preventiva é a base da manutenção e a inspeção de manutenção é
a base da manutenção preventiva.
3) Inspeção Técnica
É o nível de inspeção, realizada nas OM usuárias pelo pessoal altamente especi-
alizado nas unidades de apoio de manutenção com a finalidade de:
- Determinar as condições do material e suas necessidades orgânicas nas diver-
sas unidades.
- Permitir o julgamento das condições de manutenção orgânica nas diversas
unidades.
As unidades de apoio de manutenção devem realizar, também, inspeções técnicas
em todo material recolhido às suas oficinas.
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c. Fontes de Informações Técnicas
Para o êxito de uma inspeção a turma de inspeção deve estar dotada de uma coletâ-
nea de fontes de informações técnicas, imprescindíveis ao tipo de material a ser inspecionado.
Para as inspeções de armamento do Exército, as fontes de informações técnicas, são
as seguintes:
1) NARAM – III: Normas Administrativas Relativas ao Armamento e Munição
(1983).
Padroniza os procedimentos quanto ao planejamento, manutenção e controle do
material de gestão da DAM.
2) MANUAIS TÉCNICOS: regulam procedimentos dos escalões de manutenção.
São divididos em séries:
- Série T 9 (Material Bélico):
- De 9-100 à 9-999: são destinados ao uso do pessoal detentor do material, onde
se verifica o emprego adequado do material, bem como sua conservação (manutenção orgâni-
ca).
- De 9-1000 à 9-9999: são destinados ao pessoal de manutenção de material bé-
lico (manutenção de serviço), onde contém informações sobre inspeções e ferramental para
manutenção de serviço.
- Série T23 (Armamento, Munição e tiro)
Ex.: T 23-200: Fz 7,62 M964 FAL e Fz Mtr 7,62 M964 FAP.
- Série T 37 (Manutenção)
- Ex.: O antigo T 37-800-23 Escalões de Manutenção do Armamento, que foi
substituído pela Portaria Nr 025-EME de 07 de Jun de 1994 que trata da competência de exe-
cução de serviços de manutenção do armamento.
3) INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS (IP-DAM): Documentos oriundos da DAM,
que serão transformados em manuais, ou deles farão parte.
Ex.: IP 11/DAM – Instruções Provisórias Nr 11 ( para manutenção da Mtr 7,62
MAG).
4) CATÁLOGOS DE SUPRIMENTO: Trazem informações gerais sobre o supri-
mento. Dividem-se em grupos, enumerados de acordo com o Boletim de Suprimento (BS 1),
cabendo à DAM o CS 23, compartimentado em:
- CS 23-1 Relação de todos os Artigos de Suprimento
- CS 23-4-1005 Componentes Básicos dos Conjuntos
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- CS 23-5-9170 Artigos de Limpeza, Lubrificação e Conservação do Armamen-
to, Acessórios e Instrumentos Óticos.
5) BOLETIM DE SUPRIMENTO: Elaborado pelo Departamento geral de Serviços
(DGS), seu conteúdo relaciona todos os itens de suprimento do Exército Brasileiro.
6) LISTA PADRÃO – DAM: São documentos que identificam o material (peças de
armamento por exemplo), com a finalidade de orientar, o melhor possível, o usuário na solici-
tação correta do suprimento, permitindo padronização da linguagem. Nas LP – DAM antigas
existem restrições visto que os números de estoque (NEE) foram modificados.
Ex.: Lista Padrão Nr 1 (DAM) Armamento Leve (LP 1/DAM).
Lista Padrão Nr 3 de Ferramentas para Manutenção de Armamento.
7) RELATÓRIO DA ÚLTIMA INSPEÇÃO: É consultado para facilitar o planeja-
mento a ser seguido na inspeção, onde verificaremos se os mesmos aspectos negativos, conti-
nuam a existir, permitindo avaliar o progresso da manutenção em determinada OM.
8) BOLETIM TÉCNICO: Servem para suplementar os manuais técnicos, com ins-
truções que posteriormente serão incorporadas aos manuais ou partes deles.
Ex.: Boletim Técnico 01 DAM 96 (Metralhadora .50), que revogou todos os
dispositivos em contrário (IP 6/DAM – Instruções Provisórias para a Mtr .50 M2).
9) OUTRAS FONTES:
- T 9-1100 INSPEÇÕES DO MATERIAL BÉLICO DISTRIBUÍDO À TROPA:
Trata de procedimentos para inspeções de material bélico.
- T 9-210 ACIDENTES E INCIDENTES DE TIRO E AVARIAS SUAS CAU-
SAS E CORREÇÕES: Relaciona os principais acidentes e incidentes de tiro, suas avarias e
possíveis correções.
- PORTARIA Nr 12 – DMB, de 24 de dezembro de 1976 – Diretrizes para Ma-
nutenção do Armamento, instrumentos Óticos e Máscaras contra Gases. Regula procedimen-
tos para a manutenção orgânica desses materiais.
-
d. ORGANIZAÇÃO DA TURMA DE INSPEÇÃO
A organização de uma turma de inspeção não é rígida, tendo em vista o tipo de ma-
terial a ser inspecionado e a limitação de pessoal especializado. Tendo em vista que a inspe-
ção técnica é a mais completa de todos os tipos de inspeções, pois é realizada por pessoal es-
pecializado das OM de apoio de manutenção de material bélico, a organização de uma turma
de inspeção de armamento, procura obedecer a divisão em equipes, semelhantes ao desmem-
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bramento do Pelotão Leve de Manutenção (antigo Pel de Ap Direto dos B Log), que é respon-
sável direto pelas inspeções técnicas. Podemos dividir uma Turma de Inspeção da seguinte
forma:
1) Turma de Inspeção Padrão
- Equipe de Armamento Leve
- Equipe de Armamento Pesado
- Equipe de IODCT
2) Constituição de cada Equipe
- Um Inspetor: Mecânico de Armt (Sgt)
- Auxiliares: Ajudantes de mecânico (Cb ou Sd)
3) Observações sobre a constituição da turma e equipes de inspeção
a) A Equipe de Armt Pes poderá contar com um especialista em material de
Artilharia Antiaérea, ou ainda, formar uma equipe específica de material de Artilharia Antiaé-
rea, se houver necessidade.
b) O inspetor chefe de cada equipe de inspeção preenche as Fichas de Inspe-
ção por material e as entrega ao oficial chefe da turma de inspeção.
e. DEVERES DO CHEFE DA TURMA DE INSPEÇÃO
1) Antes da Inspeção
- Acionar todos os meios administrativos em pessoal e material.
- Informar a unidade a ser inspecionada.
- Verificar o material, peças, sobressalentes e equipamentos a serem conduzi-
dos.
- Supervisionar e fiscalizar a preparação pelas equipes.
- Levantar os pontos mais importantes para a inspeção, com base em relatório
anterior.
- Rever manuais técnicos e NARAM.
2) Durante a Inspeção
- Verificar o estado das reservas e meios disponíveis.
- Supervisionar e fiscalizar o trabalho de suas equipes.
- Inspecionar, diretamente, o material que bem desejar.
- Alterar procedimentos no caso de limitação de tempo ou pessoal.
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- Empenhar-se ao máximo para o êxito da inspeção.
3) Após a Inspeção
- Confeccionar o relatório final.
f. ATRIBUIÇÕES DOS CHEFES DE EQUIPES
1) Antes da Inspeção
- Reunir e estudar todas as publicações do material a ser inspecionado.
- Reunir todo ferramental necessário.
- Organizar mementos de pontos a serem examinados, porém sem registrá-los.
2) Durante a Inspeção
- Inspecionar todo o material de sua área de atuação.
- Supervisionar e/ou executar pequenos reparos.
- Verificar se os lançamentos nos Livros Registros das Peças e Fichas Registro
de Alteração do Armamento Leve estão corretos.
- Determinar tarefas aos subordinados diretos.
- Dar seu parecer ao Chefe da Turma de Inspeção, sobre providências que deve-
rão ser tomadas pela OM apoiada.
- Prestar assistência técnica ao material em uso.
- Informar métodos e normas para cuidar e preservar o material bélico.
- Fornecer ao Chefe da Turma de Inspeção, um resumo sobre o estado do mate-
rial e sua adequada utilização.
g. PLANEJAMENTO DAS INSPEÇÕES
As OM de manutenção elaboram o planejamento anual para Inspeções Técnicas e
manutenção às OM apoiadas e remete ao escalão superior para aprovação e distribuição. As
Inspeções Técnicas para levantamentos de necessidade de manutenção deverão ser realizadas
no máximo duas vezes ao ano.
É necessário que os comandos interessados sejam avisados, para que possam tomar
as devidas providências a fim de que todo o seu material esteja em condições de ser inspecio-
nado.
As inspeções de Comando de GU, serão apoiadas por pessoal especializado das OM
de Mnt, se for o caso.
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h. APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
1) Armamento
- Deve ser apresentado limpo e lubrificado.
- Canos: limpos e secos.
- Se houver reparo, o armamento deve ser apresentado instalado neste.
- O armamento leve, desde que não haja reparo, deve ser apresentado sobre me-
sas e bancadas em local coberto e de boa luminosidade, junto às Fichas Registros de Altera-
ção do Armamento Leve.
2) Material de Dotação
Devem ser apresentados em grupos, tais como: peças sobressalentes, acessórios,
ferramentas, equipamentos, material de limpeza, conservação e destinado à instrução.
i. RELATÓRIO DE INSPEÇÃO
1) Relatório Final: Ao final de cada inspeção será confeccionado um relatório ofi-
cial abrangendo todas as observações feitas durante a inspeção, que será encaminhando ao
órgão competente. Neste relatório conterá ainda, todas as medidas de natureza corretiva, pro-
postas e informações sobre o material.
Os relatórios não possuem forma rígida, mas devem ser precisos no que se refira
a:
- Finalidade da inspeção;
- Observações feitas;
- Sugestões ou ordens para correções;
- Conclusões.
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2. GENERALIDADES DA INSPEÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
Em virtude do armamento leve possuir um número bastante diversificado e essencial-
mente individual do combatente é esta inspeção uma missão das mais importantes, por isso,
ela deverá ser feita em boas condições de luminosidade. Para este tipo de inspeção é aconse-
lhável que o armamento seja encontrado sobre as mesas, onde poderão ser desmontados,
quando for o caso, e ainda, possam ser calibrados com mais facilidade. O inspetor deverá ter
ao seu alcance todo ferramental disponível comum a todas as armas.
a. Pontos a observar
1) Estado geral
Devemos verificar: a dotação, acabamento nas partes metálicas, pintura – se
existe falhas, bolhas, fendas, etc..., e finalmente a sua lubrificação se esta correta, isto é, com
o lubrificante adequado ao material. Caso o defeito seja grosseiro, mesmo pertencente a outro
ponto a observar, visto ao 1º contato com o material, aqui deve ser lançado, nesse item.
2) Segurança
Verificar a existência e sua utilização através de perguntas aos elementos da
unidade, bem como, se está em bom estado de funcionamento.
3) Funcionamento
Verificar o carregamento, alimentação, extração, ejeção, disparo e percussão,
para tal, o inspetor deverá dispor de cartuchos de manejo.
4) Folgas
Verificar se as armas que são exigidas regulagens de folga estão devidamente
reguladas e formular perguntas a esse respeito aos elementos que utilizam o material.
5) Estado da Câmara
Verificar o seu estado através de calibradores específicos de cada arma e regis-
trar a sua leitura na ficha, dentro dos limites aceitáveis do seu emprego.
6) Raiamento
Verificar a segurança e a precisão na realização do tiro. Lançar na ficha os limi-
tes previstos no emprego dos diversos calibradores.
7) Usura
Em caso particular de verificação do estado de um cano, onde se faz a leitura da
medida de penetrações (pela boca e pela câmara – soma), relatando o seu desgaste dentro do
estabelecido, lançando as medidas registradas. Exemplo: FAL e MAG.
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8) Pressão do Gatilho
Verificar a sua pressão através de pesos determinados pelas tabelas existentes no
respectivo manual e corrigi-las se for o caso. Para um maior controle, lançar a medida efetua-
da, se dentro da tolerância. Se estiver fora da tolerância, regulá-la e lançar a medida final. São
provas realizadas nos revólveres e pistolas para determinar a pressão exigida em libras ou
gramas, para mover o gatilho.
- Rv .45 M917 “SW”
A pressão deve variar dentro das seguintes medidas: 5 a 6 ½ libras (2,265 Kg à
2,944 Kg).
- Pst .45 M911 A1 e Br1
A pressão deve variar dentro das seguintes medidas:
- Para a s Pst novas ou recuperadas: 5 ½ a 6 ½ lbs (2,490 a 2,944 Kg).
- Para as Pst em uso na tropa: 5 a 6 ½ lbs (2,265 a 2,944 Kg).
9) Alma
É a verificação visual do interior do cano onde podemos constatar o seu estado
quanto a possíveis erosões e corrosões. Leves erosões (pequenos pontos ou manchas); médias
erosões (até 3/8” de comprimento) e grandes erosões (acima de 3/8” de comprimento).
10) Aparelho de Pontaria
Verificar a grosso modo o sistema de pontaria quanto ao seu alinhamento e seu
estado geral.
11) Cilindro de Gases e Êmbolo
Verificar o estado de conservação dos cilindros de gases, quanto a limpeza, car-
bonização nos êmbolos e o modo correto de sanar estes problemas.
12) Molas
Verificar o estado de suas molas quanto a sua elasticidade e emprego devido,
fazendo as necessárias correções.
b. Pontos a serem observados em cada arma
1) Lç Gr 40 M79
Estado geral, segurança, funcionamento, estado da câmara, cano, aparelho de
pontaria, molas, acessórios e sobressalentes e FRAAL.
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2) Pst 9 M973 e 9 M975
Estado geral, seguranças, funcionamento, estado da câmara, cano, pressão do
gatilho, aparelho de pontaria, molas, acessórios e sobressalentes e FRAAL.
3) Fz e Fz Mtr 7,62 M964
Estado geral, seguranças, funcionamento, estado da câmara, cano – início de
raiamento, usura, aparelho de pontaria, cilindro de gases e êmbolo, acessórios e sobressalentes
e FRAAL.
4) Mtr M9 M972
Estado geral, segurança, funcionamento, estado da câmara, cano, aparelho de
pontaria, molas, acessórios e sobressalentes e FRAAL.
5) Mtr 7,62 M949 A1
Estado geral, seguranças, funcionamento, estado da câmara, cano-caixeta, apare-
lho de pontaria, molas, acessórios e sobressalentes e FRAAL.
6) Mtr 7,62 M971 (MAG)
Estado geral, seguranças, funcionamento, estado da câmara, início do raiamento,
usura, cano, cilindro de gases-êmbolo-corrediças, molas, acessórios e sobressalentes e
FRAAL.
7) Mtr .50 M2 HB
Estado geral, funcionamento, folgas, estado da câmara, raiamento, cano, apare-
lho de pontaria, molas, acessórios e sobressalentes e FRAAL.
ACESSÓRIOS
- Verificar todos os componentes da arma quanto a sua dotação.
SOBRESSALENTES
- Verificar todo o material que acompanha as armas, geralmente, de acordo com
relações a elas distribuídas.
FICHA REGISTRO DE ALTERAÇÃO DO ARMAMENTO LEVE
- Verificar se nas respectivas fichas têm o histórico da arma, Nr de tiros dados,
data do último tiro, manutenções realizadas pela OM Mnt, etc.
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RESERVADO
MODULO DA ESTRUTURA DE UM RELATÓRIO FINAL DE INSPEÇÃO E MNT
DE ARMT
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO TÉCNICA/ MNT ARMT
1. OM INSPECIONADA...................................... 2. PERÍODO...............................................
3. REFERÊNCIA
4. TURMA DE INSPEÇÃO
-
5. SITUAÇÃO GERAL
a. Manutenção Orgânica
1) Planejamento
2) Execução
3) Controle
a) LRP
b) FRAAL
c) Inspeções
d) PT e IT
b. Pessoal
c. Material de Consumo
d. Ferramental
e. Instalações
f. Utilização de Informações Técnicas
g. Armamento e IODCT
1) Quadro geral de inspeção e reparação
a) Armamento leve
b) Armamento Pesado
c) IODCT
2) Aspectos gerais de Inspeção / Mnt no material
--
3) Indisponibilidade (Antes/Depois Insp)
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6. TRABALHOS DE MANUTENÇÃO REALIZADOS
a. Armamento Leve
b. Armamento Pesado
c. IODCT
7. OUTRAS INFORMAÇÕES
a. Material que deixou de ser reparado por falta de suprimentos de 3º escalão
( acompanha relação de necessidades de suprimento de 3º escalão)
b. Necessidade de suprimento de 2º escalão e material de Consumo
( Discriminar os itens ou mencionar)
c. Pareceres Técnicos emitidos
d. Material a ser recolhido ao ( 3º / 4º escalão)
e. Situação em relação ao relatório anterior
f. Diversos
8. PROVIDÊNCIAS DE 2º ESCALÃO NECESSÁRIAS
9. PROVIDÊNCIAS DE 3º ESCALÃO NECESSÁRIAS
10. CONCLUSÃO
Aquartelamento
__________________________________
_____________________________Cel
Cmt ... B Log
RESERVADO
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RESERVADO
MODELO DE PREENCHIMENTO DE UM RELATÓRIO FINAL DE INSPEÇÃO E MA-
NUTENÇÃO DE ARMAMENTO – COMENTÁRIO
INSPEÇÃO TÉCNICA E MANUTENÇÃO DE ARMAMENTO
1. Normalmente, os B Log e Pq R Mnt do EB executam inspeções e Mnt em suas visitas
às OM apoiadas.
2. A inspeção é caracterizada por uma turma de inspeção formada pelo efetivo de uma
das seções do Pel L Mnt Cia MB/ B Log. Estas seções são compostas por equipes fixas de
Armt Lv, Armt Pes e IODCT,* que realizam além das inspeções técnicas a manutenção no
armamento das OM apoiadas.
3. A Seção / Turma da Inspeção se desloca em suas Vtr orgânicas de Mnt Armt, manu-
tenção e Vtr de suprimento, acrescidos de uma Vtr ¾ Ton de transporte pessoal. Poderá des-
locar com esta Seção uma Vtr socorro, normalmente para apoio na Mnt Armt Pes.
4. A Seção / Turma de Inspeção realiza inspeção nas instalações e material da OM e tam-
bém os reparos necessários possíveis, relacionando o material da que deixou de ser manuteni-
do por falta de suprimento e o que deve ser recolhido ao 3º escalão, mediante o “Plano de
trabalho” da OM de MB.
5. Após a Insp / Mnt a turma de Inspeção, deverá confeccionar um Relatório de Inspeção
Técnica / Mnt de Armt (Modelo de um relatório anexo).
6. O relatório acima é redigido em 4 vias:
- 1ª via – RM
- 2 ª via – GU da OM apoiada
- 3 ª via – OM apoiada
- 4 ª via – Arquivo B Log
7. Anexadas à via do B Log devem estar os seguintes documentos:
- Relação de necessidades de suprimento de 3º escalão (item 6 a)
- Relação de necessidades de suprimento de 2º escalão material de consumo
(item 6 b)
- Estimativa de necessidade de Sup de 3º Esc para o material que deve ser reco-
lhido e manutenido no Pel P Mnt ou Pq R Mnt (item 6 d).
RESERVADO
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RESERVADO
8. A burocracia parece excessiva, porém da observação criteriosa e medidas tomadas com
base neste relatório, vão resultar:
a. Baixa e conseqüente dinamização do estoque de Sup, evitando o estoque de peças
por tempo demasiado. Estatística da LEA.
b. Somando o Sup utilizado com a relação do que faltou, têm-se dados oficiais para
preenchimento do Mapa Mod IX (corresponde ao pedido semestral da OM Mnt ao DRAM).
c. Possui dados para a elaboração do “Plano de Trabalho” da OM de Mnt.
d. Possibilita ao Cmt OM inspecionada tomar conhecimento detalhado da situação
de seu material e providenciar as correções necessárias de 2º escalão.
e. Possibilita ao Chefe da Turma de Inspeção, analisar a evolução da Mnt na OM
apoiada na próxima inspeção.
9. O “Plano de Trabalho” do órgão de apoio deve ser dinâmico, solicitando o recolhimento
do material ao Cmt da OM, somente quando dispuser de pessoal e suprimento necessários à
recuperação, a fim de evitar o acúmulo de material em suas oficinas.
O “Plano de Trabalho” deve ser submetido aos Cmt de GU, que podem determinar pri-
oridades para OM ou tipo de material, tendo em vista as necessidades de instrução.
Em princípio, o recolhimento deve ser feito por tipo de material, para que o trabalho
possa ser realizado em série.
* A inspeção de IODCT é realizada pela equipe do B Log na própria OM detentora do
material. A manutenção porém deve ser realizada no B Log.
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RELATÓRIO DE INSPEÇÃO TÉCNICA / MNT ARMT
1. OM INSPECIONADA: 57 B I Mtz PERÍODO: 10 À 12 Fev 83
2. REFERÊNCIA
- Art. 83 e 89 da NARAM III (Port Nr 12 DMB, de 26 Dez 78)
- BI Nr 169 de 09 de setembro de 1982, da 9ª Bda Inf Bld.
3. TURMA DE INSPEÇÃO
Chefe: 1º Ten MB Paulo
Equipe de Armt Pes – Chefe: 1º Sgt Pedro
Cb Pardal
Sd Joaquim e Souza
Equipe de Armt Lv – Chefe: 2º Sgt José
Cb Lourival
Sd Braga
Equipe de IODCT – Chefe: 3º Sgt Odair
Sd Marcos
4. SITUAÇÃO GERAL
a. Manutenção Orgânica
1) Planejamento
- O planejamento da manutenção de armamento praticamente inexiste, devido
principalmente a falta de Oficial de Manutenção.
2) Execução
- Os soldados que trabalham na reserva de armamento utilizam a vareta de lim-
peza do FAL de forma incorreta (pela boca da arma). Os soldados usuários limpam seus fuzis
utilizando-se da vareta de limpeza e não dos cordéis, conforme preconiza a NARAM III.
- O cabo armeiro complicou-se na desmontagem do mecanismo da culatra do
Can 106 S/Rc.
- Utilizam óleo lubrificante em excesso no Armt Lv.
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3) Controle
a) LRP – não são preenchidos corretamente, são lançados tiros não observan-
do o fator de conservação ECM.
b) FRAAL – não são escrituradas as observações devido não ser publicado em
BI a manutenção de apoio realizada.
c) Inspeções – as inspeções de comando só foram realizadas por ocasião do
recebimento e passagem do comando anterior. As inspeções de manutenção Preventiva não
são realizadas devido alegação da falta de Oficial de Manutenção.
d) PT e IT – na maioria das vezes os PT são realizados pela equipe do B Log
devido inexistência de Sgt Mec na OM ou Oficial de Manutenção.
b. Pessoal
A 2ª Cia Fzo não possui cabo armeiro, não há Oficial Mnt e Sgt Mec Armt, na OM.
As demais Cia estão lotadas cada uma com um Cb 09 45 (Armt Lv) que é o responsável pela
fiscalização e execução da Mnt de 1º e 2º escalões, respectivamente.
c. Material de Consumo
- O óleo neutro não corresponde as necessidades da OM. O OL Armt e querose-
ne cumpriam melhor a finalidade de limpeza e lubrificação.
- O óleo neutro não se presta ao desprocessamento de armamento e não é forne-
cido querosene para tal.
- A quantidade de GAO é insuficiente para os períodos de inatividade do Armt.
d. Ferramental
- O ferramental existente se encontra em bom estado de conservação.
- Falta o ferramental.................................................NEE....................................
e. Instalações
- A 1ª Cia Fzo não possui armários para a guarda dos instrumentos óticos dos
Can 106, 57 S/Rc e binóculos.
- Na 2ª Cia Fzo, faltam grades na reserva de armamento.
f. Utilização de informações técnicas
- São utilizadas eventualmente.
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g. Armamento e IODCT
1) Quadro geral de inspeção e reparação
a) Armamento Leve
Nr de ordem
Discriminação
Previsto
Existente
Inspecionado
Repa-
rados
01 Fz 7,62 M964 “FAL” 520 520 519 248
02 Fz Mtr 7,62 M964 “FAP” 54 54 54 12
03 Mtr .50 HB “Browning” p/
VBTP M113
48 48 48 15
b) Armamento Pesado
Nr de ordem Discriminação Previsto Existente Inspecionados Repa-
rados
01 Mrt 60 M2 20 20 18 02
02 Can 57 M18 A1 S/Rc 16 16 16 03
03 Can 106 M40 A1 S/Rc 10 10 10 04
c) IODCT
Nr de ordem Discriminação Previsto Existente Inspecionados Repa-
rados
01 Binóculo M13 A1 6x30 99 99 99 -
02 Binóculo M49 06 06 06 -
03 Luneta de Pontaria p/ Fz
7,62 M964 “FAL”
16 16 16 -
04 Luneta de Pontaria M86 F 03 03 03 -
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2) Aspectos gerais da Inspeção / Mnt no material
- A manutenção deficiente constatada no item anterior é confirmada pelo aspec-
to precário do armamento.
- Os Fz 7,62 M964 “FAL” de um modo geral apresentam leves indícios de des-
fosfatização na tampa da caixa da culatra.
- Os binóculos apresentam indícios de vegetação.
- Os IODCT dos Can 106 S/Rc apresentam poeira acumulada.
3) Indisponibilidade
Nr de ordem Discriminação Indisponibilidade antes
da inspeção
Indisponibilida-
de após a inspe-
ção
01 Fz 7,62 M964 “FAL” 07 -
02 Mtr .50 HB Browning 02 02
03 Bino M13 A1 6x30 01 01
- Vide item 6 d.
5. TRABALHOS DE MANUTENÇÃO REALIZADOS
a. Armamento Leve
Tipo Suprimentos emprega-
dos
Serviços executados Situação após ins-
peção
Fz 7,62 M964 “FAL” 10 Ptm Fer
02 Cil de gases
Reparações e substitui-
ções diversas
Em condições de
uso
Mtr M 9 M972 01 Arr Trvt
01 Reg Tir
Substituição Em condições de
uso
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b. Armamento Pesado
Tipo Suprimentos emprega-
dos
Serviços executados Situação após
inspeção
Mrt 60 M2 02 Bucha Substituição e repara-
ções diversas
Em condições de
uso
Can 57 M18 A1 S/Rc 02 mola libertadora da
armadilha
Substituição e regula-
gem
Em condições de
uso
Can 106 M40 A1 01 gatilho intermediá-
rio
Substituição e repara-
ções diversas
Em condições de
uso
c. IODCT
Tipo Suprimentos emprega-
dos
Serviços executados Situação após
inspeção
Bino 6x30 M949 02 Protetores das ocu-
lares
Troca Em condições de
uso
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
a. Material que deixou de ser reparado por falta de suprimentos de 3º escalão.
- 28 Fz 7,62 M964 “FAL”
- 10 Mtr M 9 M972
- 04 Mtr .50
- 01 Lç Rj 3.5
- 01 Can 106 S/Rc
( acompanha relação de necessidades de suprimentos de 3º escalão).
b. Necessidade de suprimento de 2º escalão e material de consumo
( Vide relação anexa).
c. Pareceres Técnicos emitidos
- especificar arma ou IODCT e Nr, se foi emitido algum PT.
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d. Material a ser recolhido ao 3º ou 4º escalão
1) Mtr .50 – Nr 15156 (3º Esc)
2) Bino - Nr 0633 (3º Esc)
3) Mtr .50 – Nr 15401 (4º Esc)
OBS.: Aguardar ordem do 3º escalão para recolhimento.
Acompanha anexo de estimativa de suprimento por Armt / IODCT.
e. Situação em relação ao relatório anterior
O planejamento, execução e controle de manutenção continuam apresentando as
mesmas deficiências mencionadas no relatório anterior.
f. Diversos
7. PROVIDÊNCIAS DE 2º ESCALÃO NECESSÁRIAS
a. Solicitar o suprimento constante do item 6 b.
b. Recolher o material do item 6 d somente quando solicitado pelo B Log.
c. Diversos:
- O Mrt 81 M1 Nr 0138 e Lç Rj 2,36 Nr 0104 necessitam de pintura;
- A Mtr .50 HB Nr 7880, necessita de regulagem das folgas;
- A Pst 9 M975 Beretta Nr 2305 apresenta o gatilho amaciado. Deve ser restabe-
lecida a pressão normal.
8. PROVIDÊNCIAS DE 3º ESCALÃO NECESSÁRIAS
a. Solicitar ao DRAM / DCA o suprimento de 3º escalão necessário para comple-
mentação da Mnt 3º escalão;
b. Fornecer mediante pedido e solicitar DCA o suprimento de 2º escalão em falta
(item 6 b);
c. Incluir no “Plano de Trabalho” do Pel P Mnt o material do item 6 d deste relatório
e informar a OM apoiada a data para recolhimento (material para Mnt 3º Esc).
d. Recolher o material da OM que necessita Mnt 4º Esc e encaminhá-lo ao Pq R Mnt;
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e. Confeccionar o relatório sobre o problema óleo neutro e falta de querosene, e en-
caminhá-lo à RM. Antes porém, verificar este problema em outras OM inspecionadas;
f. Encaminhar também à RM o problema geral de desfosfatização que vem ocorren-
do nas tampas das caixas das culatras dos Fz 7,62 M964 “FAL” para verificar a possibilidade
de providências no 4º escalão.
9. CONCLUSÃO
a. A Mnt de 1º e 2º escalão está sendo realizada de maneira incorreta e com deficiên-
cia de material e pessoal. O efeito desta deficiência é visível no estado geral do armamento e
IODCT.
Aquartelamento
___________________________________________
____________________________________Cel
Cmt ...............................B Log
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VIII – EXERCÍCIO
ESCALA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Preencher a Escala de Mnt Preventiva para o ano de 1995 com os seguintes dados:
1. Obus 105 AR Nr 2034, data de inclusão em carga: 22 Mar 95, origem: DRAM/3,
Unidade: 29º GAC.
2. Foi prevista e executada a manutenção mensal de 23 Abr e 23 Mai.
3. A manutenção trimestral prevista para o dia 23 Jun foi realizada efetivamente no dia
27 Jun.
4. A manutenção mensal prevista para o dia 23 Jun foi realizada afetivamente no dia 28
Jul.
5. A 121100 Ago a arma ficou sem condições de tiro, devido a grande vazamento de
óleo pela parte posterior do Mec recuo e a 151300 Ago foi recolhida para Mnt de 3º Esc, re-
gressando após a reparação em 221000 Ago, quando passou a ter condições de tiro.
6. Em 05 Set foi realizado um exercício do mecanismo de recuo da boca de fogo.
7. Os dias 04 e 05 de Jun correspondem a Sábado e Domingo.
8. Foi marcada para o dia 15 Dez, Inspeção do Cmt da OM.
9. Nos dias 6, 7 ,8 e 9 de Jun a Bia foi realizar um exercício em campanha e atirou no
dia 09 dando 12 tiros com carga 5.
10. Em 111500 Jul durante a instrução, foi quebrada a mola do percussor e não havia so-
bressalente em estoque na OM. Em 111300 Jul, foi feito o pedido ao B Log. Em 121000 Jul
foi recebida e colocada a peça na arma tornando-se disponível novamente.
11. A Mnt semanal foi prevista e executada às segundas – feira.
12. Data de hoje: 27 Dez 95.
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IX – INFORMAÇÕES DA DAM
LIMPEZA DE ARMAMENTO
DAM PROÍBE O USO DA VARETA NA MANUTENÇÃO DE ARMAS
Proibição do uso da vareta na manutenção do Fz 7,62 M964 (FAL), Fz &,62 M964
Br1 (FAL F1), Fz 7,62 M964 A1 (PARAFAL), Fz 7,62 M964 Br1 (PARAFAL F1), Fz Mtr
7,62 M964 (FAP) e Fz Mtr 7,62 M964 Br! (FAP/F1).
Em recente inspeção a várias RM, realizada pela DAM, foi constatada a existência de
um grande número de fuzis automáticos leves e pesados, descalibrados e com a boca do cano
ovalizada e que não havia realizado se quer 1600 tiros (10% da vida da arma).
Foi verificado, em Inquérito Técnico, realizado por Oficiais Técnicos de Armamento e
por um Técnico belga da FN, que a causa imediata desta anomalia era a utilização inadequada
da vareta de limpeza, no 1º escalão de manutenção, feita pelo soldado.
Com a finalidade de preservar a eficiência do armamento do Exército, é fundamental
que esta prática seja rigorosamente evitada, cabendo principalmente aos quadros de oficiais e
sargentos e, de modo particular aos Comandantes da OM, a adoção de medidas capazes de
corrigir esse erro.
Assim sendo, a DAM encarece a todos a maior observância desta recomendação e es-
clarecer que a manutenção daqueles fuzis deve ser feita em 1º escalão, utilizando-se o estojo
de limpeza – cordel, porta-estopa e almotolia – que acompanha cada arma. Deve ser realçado
que a utilização rotineira destes estojos, além de proporcionar uma vida correta ao armamen-
to, não traz dificuldades aos Cmt de OM, uma vez que os desgastes ou perdas eventuais destes
acessórios não é causa de IT e a sua substituição far-se-á, automaticamente, dentro da cadeia
de suprimento de peças de armamento, de acordo com as NARAM.
A vareta de limpeza só deverá ser utilizada pelo mecânico de armamento, a partir do 2º
escalão, e feita de modo correto, isto é, pela culatra da arma e nunca pela boca.
A mesma sistemática deve ser cumprida no que diz respeito às demais armas automáti-
cas e semi-automáticas, atualmente em uso no Exército.
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ÓLEO NEUTRO PARA LIMPEZA DO ARMAMENTO – ONLA
a. O Óleo Neutro para Limpeza do Armamento foi desenvolvido pelo Centro de Pes-
quisas da Petrobrás e sua composição lhe confere a características, muito importante, de pos-
suir AÇÃO TRIPLA: LIMPA, LUBRIFICA E PROTEGE CONTRA A CORREÇÃO.
b. Tendo em vista o caráter experimental do novo produto, bem como, dos procedi-
mentos do emprego que a seguir serão recomendados, a DAM encarece às OM usuárias que
informem sobre eventuais problemas observados, relativos à:
- consumo;
- eficiência do novo produto;
- procedimento de emprego.
c. Como se trata de um produto caro e dependente de aditivos importados, a DAM re-
comenda que sem prejuízo dos trabalhos de limpeza e lubrificação, o ONLA seja usado se-
gundo as boas normas de economicidade.
d. A DAM solicita, ainda que os B Log proponham, se possível, processos expeditos
de regeneração do óleo usado, com vistas a posterior utilização na limpeza, em primeira ins-
tância, do armamento com sujidades consideradas grosseiras.
e. Cumpre lembrar que a utilização do ONLA não descarta, definitivamente, a possi-
bilidade de se voltar a usar os produtos já tradicionais (querosene, OLA, OMA), face as res-
trições mencionadas na letra c.
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MANUTENÇÃO PREVENTIVA DO FZ 7,62 M964 (FAL), DO FZ MTR 7,62 M964 (FAP),
FZ 7,62 PARAFAL, DA MTR 7,62 M971 (MAG) E DA MTR .50 M2
MANUTENÇÃO PREVENTIVA DO FAL, FAP, PARAFAL E MAG
a. LIMPEZA E LUBRIFICAÇÃO
É proibido o uso de soluções saponadas e carbonadas na limpeza do FAL, FAP,
PARAFAL e MAG.
Além das prescrições contidas nos itens anteriores, deve-se acrescer mais os seguin-
tes procedimentos:
1) Limpar com óleo neutro o cano (inclusive a câmara), a caixa da culatra, o im-
pulsor do ferrolho, o extrator (desmontagem de 2º escalão), o percussor, o obturador, o êmbo-
lo e a mola do cilindro de gases, o cilindro de gases (sem desmontar), o mecanismo da arma-
ção (sem desmontar);
2) Secar cuidadosamente, todas as partes do armamento utilizado, com pano limpo
e seco;
3) Lubrificar corretamente a arma que está em uso e preservar a de pouco uso, com
materiais apropriados;
4) Verificar, constantemente, os componentes e regular as folgas da arma, a fim de
que, o bom estado de conservação e funcionamento, sejam permanentes.
NOTA: 1) Imediatamente antes e durante o tiro, o cano e a câmara devem estar
rigorosamente limpos e secos.
2) antes do tiro, deve ser empregado um pano seco para retirar o exces-
so de lubrificação do cilindro de gases.
b. USO E EMPREGO DOS CALIBRADORES
Para que estas armas apresentam um bom rendimento e não ocorra acidentes ou inci-
dentes, torna-se necessário a verificação periódica do estado da arma, através da utilização
de seus calibradores.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA DA MTR .50 M2
Os cuidados a observar com a Mtr .50 são os constantes dos itens anteriores.
Deve-se utilizar os calibradores adequados à arma, sendo aconselhável a consulta aos
seguintes documentos:
IP / 6 / DAM e IP / 7 / DAM.
* * *
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INDICE DE ASSUNTOS
I – SISTEMA DE MANUTENÇÃO DO ARMAMENTO
1. Conceituações básicas
2. Procedimentos e responsabilidades
3. Planejamento da manutenção do armamento no âmbito do Exército
4. Controle de manutenção
II - MATERIAL DE CONSUMO UTILIZADO NA MANUTENÇÃO DO ARMA-
MENTO
1. Generalidades
2. Lista de material relacionado pela DAM
3. Testes mais comuns dos óleos e graxas empregados no armamento
III – DOCUMENTOS ESSENCIAIS AO CONTROLE DA VIDA DO ARMAMENTO
E SUA MANUTENÇÃO
1. Ficha Registro de Alteração do Armamento Leve
2. Escala de Manutenção Preventiva
IV – MANUTENÇÃO PREVENTIVA DO ARMAMENTO – EXECUÇÃO
1. Limpeza do armamento, antes, durante e após o tiro
2. Limpeza do armamento recebido dos depósitos
3. Conservação diária nas reservas de armamento
4. Conservação do armamento em uso
5. Cuidados especiais
V – PREPARAÇÃO PARA ARMAZENAMENTO
VI – EROSÃO, CORROSÃO, OXIDAÇÃO E FOSFATIZAÇÃO
1. Erosão e corrosão
2. Oxidação e Fosfatização
VII – INSPEÇÕES NO ARMAMENTO
- Fundamentos sobre inspeções
- Generalidades das Inspeções do Armamento Leve
- Modelo da estrutura de um Relatório Final de inspeção e manutenção
- Modelo da preenchimento de um Relatório Final de inspeção e manutenção de
armamento
VIII – EXERCÍCIOS