Analise de texto
Vocação e alienação profissional (para uma critica dos pressupostos
da orientação vocacional)
Rodolfo bohoslavsky
O autor discorre sobre a alienação profissional que acomete muitos
trabalhadores.
O conceito de alienação já é antigo e tem sido estudado por cientistas de
diversos gamas; Como em Marx que usa o termo alienação no qual o homem
registra uma anulação da sua personalidade individual ;a partir do momento em
o produto do seu trabalho ser torna algo físico,mensurável e Valorável .Essa
objetivação do produto do trabalho faz com que o trabalhador se torne escravo
do produto. Muitas pessoas reportam durante as consultas sentimentos e
sensações que Marx já nos relatara anteriormente
Se aceitarmos que o trabalho em uma sociedade não-socialista desumaniza, é
forçoso reconhecer um nível bastante palpável de alienação . O autor delimita
esta alienação em três patamares Crônico ( que não é a essência desta analise
),Agudo e Crises.
No nível agudo vimos que o sujeito relata que o Trabalho “perdeu o sentido”
que antes houvera na realização das tarefas. Ele se sente impotente diante da
situação, porém ele consciência do problema para buscar uma saída da
situação.
Já na Crise de alienação profissional o ego não goza de autonomia para
confrontar com as contradições inerentes ao trabalho; a identidade profissional
que funcionava até o momento como baluarte mostra suas fissuras, deixando o
individuo “sem chão”.
Uma analise psicossocial da alienação profissional
Num contexto mais contemporâneo a alienação adquire novos parâmetros que segundo autor são :
...1) incongruência entre a identificação e a participação profissional no sistema interno (das profissões) e no sistema empírico referencial; 2) estrutura de poder dentro da comunidade profissional (a qual reflete uma perda progressiva de legitimidade, na medida em que progrida a institucionalização da profissão sendo a luta pelo pode dentro
da organização profissional a expressão da necessidade de maior organização)3) critério de estrutura intraprofissional que obedecem a ausências de um consenso entre os membros dessa organização institucional (a falta de tal consenso determina a ausência de um self looking glass, que restringe o reforço de identidade profissional). 4)falta de concordância entre a formação do profissional e as necessidades sociais (contradição que os autores responsabilizam pela aparição de uma síndrome anomica ,ocasionada pela defasagem existente entre o tipo de demanda formulada pela estrutura social e o tipo de orientação e produção da comunidade profissional ). 5) incapacidade de absorver o fluxo informativo 6) estruturação das expectativas do papel... ”pag 56-57...
E o autor complementa: “... E essa integração, que se dá através da pseudo-
identidade e não de sua ausência que a meu ver, desencadeia o quadro subjetivo...”
pag57
O quadro subjetivo é definido por quatro parâmetros:
1. Expectativa do individuo que sua postura não pode determinar os resultados
procurados.
2. Expectativa do individuo que não ira entender o sentido da situação em que
se encontra
3. Expectativa do individuo de que não meios socialmente aprovados para
alcançar os fins a que propõe.
4) expectativa do individuo de não encontrar sua identidade nas tarefas que
desempenha.
Ao concluir a analise desta síndrome infere-se que bastaria que a atividade
desempenhada oferecesse a sensação de poder, de significado, de
normatividade, e de identidade; Para que o sentimento de alienação chega- se
ao fim. Porem um fator deve ser somado a isso para que possamos alcançar
resultados satisfatórios, que seria a inovação; que consiste na elaboração de
meios alternativos de orientação e ação profissional que sejam apropriados
para satisfação das demandas sociais
IDENTIDADE VOCACIONAL E PROFISSIONAL
A identidade vocacional é aquela que advém de variáveis afetivo-emocionais; e
no caso da identidade profissional seriam o produto destas variáveis em
determinado tempo e espaço num contexto social, da qual ela está inserida.
O ADOLESCENTE
Todos os trabalhos sobre o adolescentes destacam em maior ou menor grau
um período de inconformismo, rebeldia e critica social.
Esses fatores podem desencadear uma desorientação sobre o rumo
profissional; e gerar prejuízos de ordem financeira e emocional ao agente.
Todavia isso pode ser contornado, em grande parte com a inserção do jovem
em uma realidade fidedigna a qual vai encontra num breve futuro profissional.
O imperioso que o jovem saiba a realidade que vai encontra depois de formado
em seu campo de trabalho; o mesmo de ser entregue ao mercado sem
ideologias, pensamentos utópicos, e sonhos impalpáveis e principalmente
sabendo que terá de abdicar muitas coisas para conquistar outras, no chamado
custo de oportunidade social.
A EDUCAÇÃO UNIVERSITARIA.
No que foi discorrido no tópico acima, nota-se que as funções relatadas são de
co-responsabilidade da universidade, já que ela é um dos instrumentos
transformadores do indivíduo. e com isso ela deve modernizar se para
acompanhar o desenvolvimento deste agente,que cada vez demanda novas
necessidades.
A ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL.
A orientação profissional demanda uma analise que supere seus
condicionamentos e reflita o mundo adulto transformador, política e
socialmente comprometido. Isto supõe um novo caminho em todos seus
planos; no plano de pressupostos que devem ser submetidos a exame, no
plano da teoria, por exemplo, tomando uma nova posição frente à crise do
adolescente como uma prevenção a crise do adulto alienado profissional; Com
isto posto orientação profissional não chegará a ser uma ciência, mas uma
pratica responsável centrada no que o individuo “pode chegar a ser”. Mas
devemos lembrar que isso só nos será possível quando a estrutura social
permitir que encontremos aquele novo homem, que pode se dizer está
“REALIZADO”
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