Um dos mais belos exemplos dessa magia é o poema recitado por Amergin, o primeiro bardo da Irlanda, ao desembarcar em solo irlandês:
Sou o vento que sopra sobre o mar;
Sou a onda das profundezas;
Sou o rugido do oceano;
Sou o Gamo de Sete Batalhas;
Sou um falcão no penhasco;
Sou um raio de sol;
Sou a mais verdejante das plantas;
Sou um javali em fúria;
Sou um salmão no rio;
Sou um lago na planície;
Sou uma palavra de Sabedoria;
Sou a ponta de uma lança;
Sou a fascinação para além dos confins da terra;
Como os deuses, posso mudar de forma.
Conhecido como a Canção de Amergin, esse poema é uma ode à Natureza - tão nobre e inspirador quanto os textos sagrados hindus. Parafraseando Peter Beresford-Ellis, grande pesquisador dos mitos e lendas celtas, “nesta canção Amergin une o universo a seu próprio ser, num pensamento filosófico que remete à declaração de Krishna no Bhagavad Gita hindu”.
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