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Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul
wladimir Omiechuk, da kpmg, antecipa O que Os empreendedOres ainda pOdem esperar em 2013Entrevista
nicho as características das empresas com foco no mercado gourmet
equipes quem é o vendedor dos sonhos e
como encontrá-lo
consumo as exigências de quem integra o
mercado single
uma iniciativa que aproxima o estadog
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Zildo de Marchi Presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac
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A cADA DiA, deparamo-nos com novas – e ainda mais rápidas – tecnologias que chegam com a promessa de derrubar fron-teiras que antes nem imaginávamos cruzar. Na contramão de tanta informação e de tal velocidade, percebemos que o contato hu-mano nunca se fez tão necessário. Proximi-dade (física) tornou-se luxo no século 21.
A eficiência e a produtividade são prio-ridades em qualquer empresa. No entanto, para obter resultados nesses dois quesitos, é crucial que um negócio mantenha um diálogo transparente entre as partes que o compõem. Da diretoria ao chão de loja – é importante que o empreendimento fale a mesma língua, que seja uma unidade. Somente desta forma serão atingidos os ob-jetivos. Com o Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac não seria diferente.
Ao observarmos a necessidade de estar-mos mais próximos às bases que integram a federação, de modo a efetuar um diálo-go mais eficiente entre entidade e classes representadas, a Fecomércio-RS elaborou o projeto Giro pelo Rio Grande.
Nossa sede está na capital gaúcha, mas nosso compromisso se estende aos 497 municípios do Rio Grande do Sul. O Giro pelo Rio Grande nasceu em 2011 e, desde então, temos colhido bons frutos junto ao empre-sariado das cidades interioranas.
Não apenas conseguimos estar mais próximos, como aprendemos com o idio-ma de cada região, cada qual com as suas demandas, os seus desafios. Juntos, apren-demos (e fazemos) mais e melhor. Levamos aos municípios, com o respaldo de nossos consultores, panoramas econômicos, polí-ticos e tributários, e também aprendemos a identificar as características fundamentais das respectivas localidades.
Assim como em outras iniciativas da Fecomércio-RS, o Giro pelo Rio Grande tem como essência garantir que o empresariado gaúcho saiba de sua importância e represen-tatividade para o desenvolvimento do nosso Estado. Este é, e sempre será, nosso objetivo maior. Conte conosco!
Girar para aproximar
especial / giro pelo rs
revista bens & serviços / 100 / agosto 2013
sum
ário
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entrevista nicho consumidor
wladimir omiechuk fala
sobre a experiência com o
varejo e a necessidade do
investimento na educação
conheça melhor os
empreendimentos que
apostam na criatividade do
mercado gourmet
o perfil do consumidor
single e de que forma as
empresas buscam atender a
esta demanda
projeto criado pelo
sistema fecomércio-
rs/sesc/senac tem por
objetivo aproximar
entidade e empresariado
gaúcho. encontros no
interior do estado ampliam
diálogo e promovem a
troca de informações
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Esta revista é impressa com papéis com a certificação FSC (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental e economicamente
responsável da matéria-prima florestal.
Impressão: Pallotti
Selo FSC
PubliCação mEnSal do SiStEma FEComérCio-rS FEdEração do ComérCio dE bEnS E dE SErviçoS do EStado do rio GrandE do Sulavenida alberto bins, 665 – 11º andar – Centro – Porto alegre/rS – brasil
CEP 90030-142 / Fone: (51) 3284.2184 – Fax: (51) 3286.5677 www.fecomercio-rs.org.br – [email protected]
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presIdente:Zildo de marchi
VIce-presIdentes: luiz Carlos bohn, ronaldo netto Sielichow, levino luiz Crestani, luiz antônio baptistella, Jorge ludwig Wagner, antônio trevisan,
andré luiz roncatto, arno Gleisner, Cezar augusto Gehm, Flávio José Gomes, Francisco José Franceschi, itamar tadeu barboza da Silva, ivanir antônio
Gasparin, Joel vieira dadda, leonardo Ely Schreiner, leonides Freddi, luiz Caldas milano, moacyr Schukster, nelson lídio nunes, olmar João Pletsch,
Julio ricardo andriguetto mottin, alécio lângaro ughini, ibrahim muhd ahmad mahmud, renzo antonioli, João oscar aurélio, maria Cecília Pozza, manuel
Suarez Cacheiro, Joarez miguel venço, ivo José Zaffari, Jaime Gründler Sobrinho, João Francisco micelli vieira
dIretores: adair umberto mussoi, ary Costa de Souza, Carlos Cezar Schneider, Celso Canísio müller, Cladir olimpio bono, darci alves Pereira,
Edson luis da Cunha, Edison Elyr dos Santos, élvio renato ranzi, Francisco Squeff nora, Gabriel de oliveira Souto Jr., Gerson nunes lopes, Gerson
Jacques müller, Hélio berneira, Henrique José Gerhardt, isabel Cristina vidal ineu, Jamel Younes, Joel Carlos Köbe, Jorge Salvador, José nivaldo da rosa, Jovino antônio demari, liones oliveira bitencourt, luiz Carlos dallepiane, luiz Henrique Hartmann, marco aurélio Ferreira, marcos andré mallmann, marice
Fronchetti, milton Gomes ribeiro, Paulo roberto Kopschina, Paulo renato beck, rogério Fonseca, rui antônio dos Santos, Sérgio José abreu neves, Sueli lurdes
morandini marini, tien Fu liu, túlio luis barbosa de Souza, Walter Seewald, Zalmir Francisco Fava. diretores Suplentes: airton Floriani, alexandre Carvalho acosta, andré luis Kaercher Piccoli, antonio Clóvis Kappaun, arlindo marcos
barizon, Carmen Zoleike Flores inácio, Clobes Zucolotto, daniel miguelito de lima, dinah Knack, Eduardo vilela neves, Eider vieira Silveira, Ernesto
alberto Kochhann, Everton barth dos Santos, Francisco amaral, Gilberto José Cremonese, Gilmar tadeu bazanella, Hildo luiz Cossio, Janaína Kalata das
neves, Jair luiz Guadagnin, Jarbas luff Knorr, João antonio Harb Gobbo, Jorge alfredo dockhorn, José Joaquim Godinho Cordenonsi, José vilásio Figueiredo, José vagner martins nunes, Juares dos Santos martins, Jurema Pesente e Silva,
ladir nicheli, luiz alberto rigo, luiz Carlos brum, marcus luis rocha Farias, miguel Francisco Cieslik, Paulo Ganzer, ramão duarte de Souza Pereira, régis luiz Feldmann, ricardo Pedro Klein, romeu maurício benetti, Silvio Henrique
Frohlich, Susana Gladys Coward Fogliatto, valdir appelt
conselho FIscaltitulares: rudolfo José müssnich, Erselino achylles Zottis e nelson Keiber Faleiro
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delegados representantes cnc: titulares: Zildo de marchi, moacyr Schukster Suplentes: luiz Carlos bohn e ivo José Zaffari
conselho edItorIal: Júlio ricardo andriguetto mottin, luiz Carlos bohn e Zildo de marchi
assessorIa de comunIcação: aline Guterres, Camila barth, Caroline Santos, Catiúcia ruas, Fernanda romagnoli, liziane de Castro, luana trevisol e
Simone barañano
coordenação edItorIal: Simone barañano
produção e eXecução: temática Publicações
edIção: Fernanda reche (mtb 9474)
cheFe de reportagem: luísa Kalil
reportagem: andréa Spalding, Juliana Campos Chaves, luísa Kalil, marcelo Salton Schleder e rafael tourinho raymundo
colaboração: Edgar vasques, vanessa bratz e Zulmir breda
edIção de arte: Silvio ribeiro
reVIsão: Flávio dotti Cesa
Imagem de capa: Silvio ribeiro
tIragem: 25,5 mil exemplares
é permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do veículo.
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Palavra do Presidente
Sobre / Decisões
Notícias & Negócios
Equipes
10 Passos
Opinião
Entrevista
Giro pelo RS
Nicho
Empreendedor Individual
Giro pelo RS
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Monitor de Juros
Pelo Mundo
Visão Política
Dica do Mês
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DecisõesDas situações operacionais aos rumos
estratégicos Da organização, a viDa Do
empreenDeDor é uma sucessão De Decisões a
serem tomaDas. misto De instinto e raciocínio
lógico, De impulso corajoso e sangue frio,
esses momentos Definem o sucesso – ou o
Declínio – Das empresas
Se as pessoas que tomarem as decisões também forem as que sofrerão as consequências dessas decisões, talvez decisões melhores resultem.”“
John AbrAms Escritor e empresário
“Antes de tomar uma decisão,
planeje, planeje e, quando estiver cansado, planeje novamente. Não existe planejamento que seja executado 100% do jeito que
foi criado, mas, sem ele, tudo fica mais difícil e só aumenta o
medo do desconhecido. Per-gunte e, se achar que deve, ar-
risque. Melhor a certeza do erro por ter feito algo que a dúvida certa daquilo que ficou estag-
nado. Apenas não fique parado e conformado. Se não arriscar, não há chances de progredir.”
ChristiAn bArbosAConsultor
“Está em nosso DNA procurar ajuda para as decisões
de hoje lembrando decisões passadas em situações que
parecem análogas. Somente tarde demais – e algumas
vezes nunca – entendemos que a situação anterior
era bem diversa em alguns aspectos fundamentais.
[...] Tomar uma decisão baseada em precedentes
históricos tem inúmeras armadilhas. Mas se você pensa
que estará em posição melhor se descartar quaisquer
lembranças, esqueça. Algumas pesquisas mostram
que você vai considerar experiências passadas em seu
subconsciente, mesmo que as desconsidere de forma
aberta. [...] Na verdade, precisamos dos eventos
passados, dizem os especialistas, para nos
ajudar a lidar com nossas dificuldades diante
da complexidade das decisões críticas de
negócios de hoje.”
DAviD stAuffer, no livro Tomando as melhores decisões (Editora Elsevier)
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notícias negócios&Ed
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Fórum de Inovação Promovido pela Fiergs, o 1º Fórum de Inovação acontecerá no Teatro do Sesi, em Porto Alegre, no
dia 23 de outubro, com a presença de especialistas no assunto, além de cases de empresas inovadoras. Entre os convidados,
está a economista chinesa Ann Lee, autora do best seller O que os EUA podem aprender com a China. Agende-se!
Cadastro Positivo entra em açãoum banco de dados de consumidores que pagam as contas em dia. Esta é a proposta do Cadastro Positivo, que passou a operar em 1º de agosto e que servirá como um registro dos bons pagadores. Entre os benefí-cios previstos para aqueles que não descuidam da vida financeira estão juros diferenciados na hora de solicitar um empréstimo, por exemplo. Para efetuar o cadastro e aderir ao programa, basta entrar no site da Serasa Experian (www.serasaexperian.com.br). Em um primeiro mo-mento, o consumidor recebe – gratuitamente – um relatório sobre as atividades de seu CPF, além de um serviço que avisa quando o docu-mento for consultado por uma empresa. O processo de adesão não leva mais que três minutos. A cada 15 dias, um novo relatório será gerado, para a tranquilidade do usuário. Após 30 dias, caso o consumidor deseje manter o serviço, pode contratar a solução pelo site da Serasa.
BrasIl X ue Até o fim
de agosto, o Brasil deve
apresentar uma proposta
de acordo comercial
entre o Mercosul e a União
Europeia, permitindo ao país
que continue a vender seus
produtos com menos barreiras,
em 2014. A emergência da
resolução é justamente para
evitar a perda do direito de
dispor das vantagens do
Sistema Geral de Preferências.
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guerra FIscal Ainda sem data prevista para terminar, segue o
embate de representantes do comércio para reduzir a alíquota do
ICMS em compras feitas fora do Rio Grande do Sul. Apoiado pelo
governo, o setor industrial é contra a medida, mas o cenário pode
mudar. O presidente da Fiergs, Heitor Müller, solicitou uma “lista de
exceções” que beneficie produtos não fabricados em território
gaúcho. “A culpa por essa situação não é do governo, mas da guerra
fiscal”, afirmou o dirigente.
esPaço sindiCal
SIndIlojas vale do rIo Pardo celeBra 50
anos O Sindilojas Vale do Rio Pardo comemo-
rou 50 anos no dia 20 de julho, com jantar e
baile em Santa Cruz do Sul. Na ocasião, esti-
veram presentes o presidente da Fecomércio-
RS, Zildo De Marchi, o presidente do Sindilojas,
Henrique José Gerhardt, e autoridades locais.
sIndIlojas nova Prata vIsIta PreFeIto da
cIdade O presidente do Sindilojas Nova Prata,
Josemar Vendramin, visitou o prefeito da cida-
de, Volnei Minozzo, para debater os eventos
que a entidade de classe vem desenvolvendo
em 2013, quando completa 18 anos. Entre ou-
tros, o destaque é para o espetáculo Tangos e
Tragédias, que acontece no dia 8 de novem-
bro, no Salão Paroquial.
carazInho Protesta Por Icms justo No dia
16 de julho, quando é comemorado o Dia do
Comerciante, lojistas de Carazinho realizaram
protesto para reivindicar o fim da diferença
de alíquota do ICMS de 5%, denominado Im-
posto de Fronteira. Eles estavam acompanha-
dos das lideranças do Sindilojas Carazinho,
Câmara de Dirigentes Lojistas, Associação
Comercial e Industrial e Sindicar.
sIndIlojas Porto alegre realIza caFé
com lojIstas em agosto O Sindilojas Porto
Alegre irá realizar o tradicional evento Café
com Lojistas no dia 21 de agosto, às 8h30.
Sob o tema Como Construir Marcas Fortes no
Varejo, falará o professor, consultor e diretor
do MBA da ESPM-Sul, Genaro Galli. O evento
acontecerá na rua dos Andradas, 1234/9º
andar e as inscrições devem ser feitas pelo
telefone (51) 3025-8300 ou pelo e-mail
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Congreso Detallistaentre os dias 25 e 28 de setembro, a Fecomércio-RS promove o 23º Congreso Del Comercio Detallista de Las Américas. O evento é coorde-nado pela Organizacion del Comercio Detallista de las Américas, enti-dade que congrega associações, câmaras, confederações ou federações do comércio varejista e da qual a Fecomércio-RS faz parte desde 2011. O encontro deve reunir empresários de países como Argentina, Chile, Costa Rica, Honduras, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Brasil. O objetivo principal do evento é oferecer espaço para a troca de ideias e experiências, bem como o debate acerca de soluções para os desafios vividos pelo varejo nas Américas atualmente. Entre as metas do congresso estão o fomento da importância do Pla-nejamento Estratégico para o desenvolvimento das empresas do setor varejista, o aumento da competitividade e o estímulo à inovação tec-nológica no que tange ao comércio eletrônico.
Poder de influênCia conforme informações do IBGE, os 28 milhões de jovens brasilei-ros gastam cerca de R$ 30 bilhões anuais, o que significa dizer que são grandes influenciadores sobre os pais, além de ser um grupo consumidor a partir de sua renda própria. De acordo com a pes-quisa, eles são, disparados, os mais consumistas de toda a História. Dessa forma, registrou a averiguação, as empresas têm de prestar atenção no perfil e no desejo do que quer o público jovem, pois cada vez consome mais, gerando, assim, boa renda no mercado.
Eva
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três Perguntas
O antropólogo Luiz Almeida
Marins Filho, também conhe-
cido como professor Marins, é
referência entre empresários
de diferentes setores. Autor de
títulos como Profissão: Vence-
dor, Marins também está à
frente da Anthropos Consulting.
Que lIções o emPreendedorIsmo Pode ter a
PartIr da antroPologIa? O ser humano é alta-
mente empreendedor. Numa sociedade sem recur-
sos tecnológicos, o homem primitivo começa a do-
minar a terra com instrumentos simples e altamente
criativos. Com instrumentos de pedra, descobre a
cerâmica, faz cestaria e constrói maloca. A maior
característica do ser humano, portanto, é o empre-
endedorismo e sua capacidade de criar, inovar.
um de seus PrImeIros lIvros chama-se
AdMInIsTrAr, hOjE (1988). de Que Forma o
senhor avalIa esta Função, atualmente? O que
procuro dizer é que o ponto central de administrar
é descobrir talentos, formar e desenvolver
pessoas. Sem gente excelente é impossível
vencer os desafios de uma sociedade cada vez
mais competitiva com muitos concorrentes com
qualidade semelhante e preços similares. O que
explico no livro é como fazer isso e sua importância.
E se você prestar bem atenção, administrar, hoje,
em 2013, é exatamente a mesma coisa.
Que dIcas o senhor darIa Para Quem tem
medo de vencer? É preciso lembrar que ninguém
é perfeito. Todos temos pontos fortes e fracos. É
preciso investir nos pontos fortes, aumentando cada
vez aquilo que fazemos bem e que gostamos
de fazer. Em seguida é preciso desenvolver o
entusiasmo que é você acreditar na sua própria
capacidade de fazer as coisas acontecerem.
É agir. É se empurrar para a frente todos os dias.
Gil
Ma
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baixa no setor eletroeletrôniCo conforme informações divulgadas pela Associação Bra-sileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o dé-ficit da balança comercial de produtos do setor eletroe-letrônico alcançou US$ 17,7 bilhões nos seis primeiros meses deste ano. O resultado registrou um percentual 10% maior do que o verificado no mesmo período de 2012 (US$ 16,1 bilhões). Para 2013, a estimativa de dé-ficit é de US$ 35,5 bilhões, 9% acima do ocorrido no ano passado (US$ 32,5 bilhões). Os maiores desequilíbrios fo-ram notados nos países da Ásia (US$ 13 bilhões), sendo a China responsável por US$ 7,5 bilhões e os demais países daquele continente por US$ 5,5 bilhões.
notícias negócios&
brasileiro Paga mais Por internet móvelPesquisa realizada pela GSMA, associação internacio-nal das companhias de telecomunicações, apontou que o Brasil é o país latino-americano que apresenta o mais caro serviço de internet de banda larga móvel. Na con-trapartida, os países vizinhos registraram queda no va-lor pago pelo mesmo serviço. Atualmente, o brasileiro paga US$ 24,70 por um plano de internet móvel, ante US$ 16,88 em 2012. No comparativo entre países latino-americanos, enquanto que desde 2010 os preços para modems caíram 25%, no Brasil subiram 66%. Com relação aos valores de pacotes de smartphones, apesar da queda de 60% nas demais localidades da América Latina, no Brasil o custo desses serviços aumentou 28%.
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100 .com
Idh munIcIPal Dez cidades
gaúchas estão entre as 100 melhores
do Brasil no ranking pelo IDHM
2010 – Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal. Segundo dados
do Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD), por meio
do Atlas do Desenvolvimento Humano
2013, Porto Alegre foi a que atingiu
a melhor pontuação no Rio Grande
do Sul, ficando na 28ª posição, com
índice de 0,805. Logo após estão
Carlos Barbosa (53ª), Ipiranga do Sul
(62ª), Três Arroios (62ª), Lagoa dos Três
Cantos (71ª), Garibaldi (87ª), Casca
(92ª), Nova Araçá (92ª), Santa Maria
(100ª) e Ivoti (100ª).
Perfil ambiCiosoos consumidores brasileiros de smartphones se mostram mais exigentes a cada dia que passa, não levando em conta somente o melhor preço. No momento da compra do apa-relho, os itens de maior importância, segundo a pesquisa Consumer Insights ComTech, da Kantar Worldpanel, são as funções multimídia, com um percentual de 36%, seguido por marca e modelo, com 23% da preferência. Além desses fatores, o design do telefone também foi citado por 15% das pessoas consultadas, de acordo com o estudo.
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dias Contadosveículo tradicional e muito utilizado especialmente no setor de serviços, a Kombi deixará de circular no mercado brasilei-ro a partir de 2014. Responsável pela produção, a Volkswagen alegou que o modelo tal como é conhecido não permite a ins-talação de airbags, obrigatório nos veículos fabricados no Brasil a partir do ano que vem. Mas a despedida não passará em vão: será lançada uma série especial, intitulada Last Edition (em in-glês, última edição). Serão produzidas somente 600 unidades, as quais serão vendidas por R$ 85 mil cada, praticamente o dobro do preço convencional – em torno de R$ 48,6 mil. Após 56 anos de produção contínua no país, a Kombi se despede dos consumi-dores brasileiros, sem previsão de modelo substituto. As unidades da Last Edition terão pintura bico-lor, bancos de vinil, adesivos “56 anos” e lanternas transparentes.
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DE OLHO NA CRISE INTERNACIONAL? O consultor econômico da Fecomércio-RS Marcelo Portugal faz um panorama sobre a situação na Europa e fala sobre o fim da recessão no velho continente. Esse e outros vídeos você pode acompanhar por meio da Videoteca, disponível no site do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac
(www.fecomercio-rs.org.br ). No portal também é possível conferir as edições ante-riores da revista Bens & Serviços (http://agencia.fecomercio-rs.org.br/revista.php).
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equipes
omprometimento total, foco,
disciplina e autoanálise. para
realmente conquistar destaque
como profissional de vendas,
é importante não apenas ter
essas características, mas também
fazer da função de vendedor uma
carreira a seguir
Cmercado consumidor é maior a cada
dia, com uma enorme gama de diferentes estabelecimentos oferecendo produtos similares e, muitas vezes, sem diferen-ciação de preço, ser um vendedor de sucesso tem sido uma receita para lá de especial. Uma fórmula cheia de caracte-rísticas próprias que, seguida com afinco, fará com que o profissional seja o vendedor ideal – aquele que todo lojista sonha em ter na sua equipe.
“Os vendedores de sucesso são aqueles que conseguem se adaptar aos diversos tipos de perfis e de personalidades dos clientes”, afirma André Silva, autor do livro Vendedores de alta performance. “Vendedor recebe muito mais ‘não’ que ‘sim’. Logo, a automotivação é um fator de suma importân-cia para o equilíbrio emocional de cada profissional, além de
Numa époCa em que a Competitividade No
Colaborador dos sonhos, vendas reais
Na Jump Sapatos,
Kelly Pouzada
(à direita) indica
leituras para
garantir o sucesso
da equipe e
a qualidade do
atendimento
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texto andréa Spalding
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paciência e persistência”, complementa. Em primeiro lugar, o vendedor moderno precisa se desligar da pressão em atin-gir as metas e do que ganhará de comissão no final de cada mês. “Atualmente, 70% dos vendedores trabalham pensan-do nesses dois quesitos e, com isso, acabam esquecendo do cliente.” Desta forma, Silva destaca que a abordagem do vendedor é fundamental na venda.
Para que o lojista tenha em seu grupo vendedores ideais, é preciso seguir uma sistemática. Tudo começa pelo recruta-mento: “O responsável pelas contratações não deve ter pres-sa para fazê-las”. Depois, vem a fase do treinamento, quando é fundamental a realização de uma integração entre todos os setores da empresa. Temas como técnicas de vendas, de negociação e de motivação são obrigatórios. “O vendedor precisa ter habilidades compatíveis com o mercado para su-perar objeções do cliente, saber o momento certo de fechar a venda e aprender que o pós-venda é um mecanismo impor-tantíssimo de fidelização do cliente”, acrescenta Silva.
Atendimento como prioridAde
Dalton Lummertz, sócio-proprietário da Trend Hair Esté-tica, de Porto Alegre, conta que, em seu estabelecimento, o atendimento inicia quando o cliente entra na casa: “Nossas re-cepcionistas estão preparadas para atender quem chega, con-ferindo o que o cliente necessita para, então, encaminhá-lo ao profissional específico”. Assim, empatia, sorriso e controle de agendas são essenciais. “Na contratação de profissionais, temos como premissas maiores o comprometimento, seguido pela capacidade técnica e disposição para atender o cliente com total dedicação”, conta Lummertz. A empresa ministra periodicamente treinamentos específicos por setor, sempre buscando o aprimoramento do profissional para seguir com o diferencial de atendimento personalizado. Para Lumertz, a Trend Hair vende, essencialmente, benefícios.
Na Jump Sapatos, localizada na Zona Sul da capital gaúcha, a proprietária Kelly Pouzada não abre mão de que suas ven-dedoras recepcionem os clientes com um vibrante ‘bom- dia’ ou ‘boa-tarde’. “Isso estimula a sinergia necessária num pri-meiro contato. Sempre digo às minhas vendedoras que em-patia é algo fundamental, já que lidamos com o inconsciente e, nesse momento, o cliente pode não aceitar a ‘invasão do vendedor’ enquanto aprecia e observa o que a loja tem para
oferecer.” Kelly ressalta que, ao contratar um profissional de vendas, treina-o para que fundamente seu trabalho de forma sistêmica e pragmática. “Isso significa eficiência no que exe-cuta e atenção aos feedbacks, estando sempre aberto a apren-der”, afirma. “Ser bem atendido é muito bom. Oriento meus colaboradores a fazerem perguntas focadas no objetivo de satisfazer o cliente, tornando-o um amigo para toda a vida. Tenho diversos exemplos disso em mais de 15 anos de loja”, anima-se a empresária.
Dalton Lummertz, da trend Hair estética:
o atendimento começa no
momento em que o cliente entra no salão
Conheça as características que formam o profissional de destaque:extremamente comprometido (com a família, com seu
trabalho e com a empresa)
Focado em produtividade e resultados
Sabe gerenciar seu tempo
Realiza gestão em cima de prioridades
Faz-se presente para seus clientes
tem direcionamento e disciplina
planeja sua venda
Faz autoanálise da venda que realiza e da que perde
Quem é o vendedor dos sonhos
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ass
os
Mídias sociais
importância das mídias sociais para as empresas é praticamente
inquestionável. porém, muitos empreendedores ainda não sabem direito por
onde começar. confira dez passos para entrar na rede com mais segurançaA
Na rede, com
sucesso
Pesquisar as redes existentes
Antes de se aventurar pelo ambiente digital, é necessária familiaridade com
o território. Conheça as redes sociais mais populares e entenda como elas
funcionam. Procure compreender a linguagem utilizada pelos usuários, bem como
suas dinâmicas e interações (curtidas, menções, compartilhamentos). Lembre-se
de que cada site tem um propósito e um público diferente. Nem todos os serviços
podem ser adequados ao perfil de sua empresa, então é melhor priorizar os mais
utilizados pelo seu público-alvo.
elaborar um Plano estratégico
Vale a pergunta: por que manter uma página no Facebook ou um perfil no Twitter?
É preciso ter objetivos. Estar na rede pode funcionar para divulgar a marca, aumentar
a interação com os clientes, impulsionar vendas ou prospectar novos públicos. Tudo
isso, porém, demanda estratégia. Sem saber quais são as metas e como proceder
para atingi-las, sua presença num espaço digital pode se tornar um elefante branco:
muito esforço para pouco retorno.21
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definir a equiPe de conteúdo
O ideal é concentrar as mídias sociais nas mãos de um grupo especializado. Não é preciso
alocar muitos recursos, pelo menos no início. Você pode começar com um responsável pelo
conteúdo e outro colaborador para mensurar os resultados (estrategista). Pensar no
design das páginas também é importante. Quanto mais elaborada for a estratégia, maior será
o investimento – tanto financeiro quanto em pessoal. “Fazer vídeos é um recurso bacana, mas
você tem meios para editá-lo? Você consegue fazer um podcast toda semana? Os formatos
dependem da equipe que se tem”, explica Martha Gabriel, especialista em Marketing digital.
manter a Periodicidade
Uma página desatualizada não passa credibilidade. O mesmo vale para perfis que
publicam muitos posts em sequência, o chamado flood. O número aceitável de
postagens varia de acordo com a rede social, mas um fato é certo: deve-se manter a
regularidade das atualizações. Dica: planeje alguns posts com antecedência, para que a
produção não se torne algo improvisado. Alguns serviços permitem, inclusive, agendar a
publicação de posts futuros, facilitando o planejamento.
atualizar-se com o mundo
Contudo, nem só de posts programados vivem as páginas corporativas. É comum
encontrar perfis que aproveitam temas atuais para gerar diálogo com o público. Na internet,
são comuns os memes – bordões, imagens ou vídeos que se viralizam e são reproduzidos
rapidamente. Alguns têm vida curta e logo são considerados ultrapassados. Por isso, é im-
portante entender quais são os temas que estão em voga e como eles podem ser aprovei-
tados. Obviamente, o humor e a linguagem coloquial variam conforme o perfil da empresa.
gerar conteúdo
Propaganda e anúncios de ofertas nem sempre são o mais interessante. Contar histórias e
gerar conteúdo relevante, com informação e entretenimento, é o mais indicado. Lojas de
roupas podem dar dicas de moda. Mercearias podem publicar receitas com os produtos
à venda. Quanto mais rico o conteúdo, maiores as chances de o público se identificar
e compartilhar aquilo, o que garante visibilidade e audiência para a marca. “Procure ter
imagens e vídeos autorais. O que está na internet não é livre para todo mundo. Não se
pode copiar um post inteiro de outro lugar”, alerta Martha Gabriel.6
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Mídias sociais
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dialogar com o Público
Mídias sociais requerem resposta imediata. Se um cliente recorre à página
da loja para tirar uma dúvida, o mínimo que espera é ser atendido o quanto
antes. Perguntas, elogios e críticas devem ser prontamente respondidos. Nesse
ponto, a página vira praticamente um canal de atendimento ao consumidor.
Um diálogo franco e direto, além de satisfazer as demandas do público, denota
simpatia e passa uma boa imagem para os seguidores da página.
monitorar a emPresa na rede
Existem ferramentas para avaliar o impacto de sua presença online. Comece
pelas estatísticas: número de visualizações ou citações referentes à página. No
entanto, os dados quantitativos não são o bastante. Comentários positivos e, prin-
cipalmente, negativos repercutem entre os usuários. Pesquise o que estão falando
sobre sua empresa e sobre a concorrência. Isso ajuda a avaliar se os objetivos
estão sendo alcançados e o que pode ser feito para melhorar a relação com o
público. No fim das contas, a presença na rede é uma estratégia de Marketing.
ser honesto semPre
As mídias sociais são um espaço de reclamação por excelência. É comum encontrar
relatos de clientes insatisfeitos com produtos ou serviços dos mais variados estabelecimen-
tos. Se isso acontecer com você, não hesite: seja transparente. Informe-se sobre o que
aconteceu, reconheça o erro e ofereça alternativas para solucionar o problema. A cor-
dialidade também é primordial. Jamais ofenda uma pessoa ou faça pouco caso de sua
reclamação. Há casos de empresas que se deram mal por não levar essa dica a sério.
adaPtar-se às novidades
Planejamento é importante, mas seja flexível. Nada no meio digital é es-
tático. As modas mudam, assim como a relevância das redes sociais. O
público que hoje está no Facebook pode migrar para outra plataforma,
amanhã. Esteja atento às transformações do meio e saiba a hora certa
de reelaborar sua estratégia. Afinal, por mais detalhados que possam
ser os planos, o dia a dia sempre traz surpresas. Mídias sociais, como o
nome já mostra, envolvem pessoas. E pessoas são imprevisíveis.10
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Nos últimos aNos, a Contabilidade passou por importantes mudanças conceituais que resultaram em avanços mercadológicos. Conforme publicação da revista Forbes, as áreas de contabilidade e auditoria estão em segundo lugar entre as 18 profissões mais promissoras e com maiores oportunidades no mercado. Para passar de um escondido e tímido guarda-livros a um fornecedor e gerenciador de informações vitais ao crescimento das empresas foram necessários anos de trabalho, promovendo-se um profundo redesenho da profissão.
Hoje, alavancados pela implantação de um modelo contábil baseado nos padrões internacionais, vivencia-se um período de reconhecimento e valorização profissional nunca antes imaginado. Um processo de convergência das normas brasileiras ao padrão IFRS (International Financial Reporting Standards), cujo êxito foi fruto do imenso e total empenho dos profissionais contábeis – em um primeiro momento, no entendimento e assimilação das novas normas; em seguida, na aplicação prática dos seus dispositivos e, por conseguinte, no esclarecimento à sociedade do que estava acontecendo e por quê.
Estamos conscientes do nosso papel no cenário nacional. Mas a sociedade sabe as funções que o profissional que atua na área
contábil abarca, especialmente depois dessa “revolução” conceitual e prática? Cabe a nós, profissionais contábeis, elucidarmos e evidenciarmos o nosso trabalho, mostrarmos a abrangência do nosso ofício e o leque de ações que desenvolvemos em prol da sociedade. Por isso, o Sistema CFC/CRCs elegeu 2013 como o Ano da Contabilidade no Brasil.
O propósito é transmitir aos brasileiros a imagem real da ciência contábil, suas atribuições e aplicações no dia a dia. No transcorrer da campanha, os cidadãos perceberão que a Contabilidade faz parte do seu cotidiano, que a função desenvolvida pelo profissional contábil é fundamental nas áreas pública e privada, em atividades de gerenciamento, planejamento, controla-doria, análises econômicas e financeiras das empresas, entre outras. Importante frisar que a campanha conta com a participação de todas as entidades representativas da classe contábil brasileira.
Trabalharemos como classe, como profis-sionais conscientes da sua contribuição técnica para a sociedade e como cidadãos que colaboram na construção de condições cada vez melhores, diminuindo as desigual-dades e instigando oportunidades equâni-mes para todos os brasileiros.
Zulmir BredaPresidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-Rs)
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2013: Ano dA ContAbilidAde
no brAsil
entrevista
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| Wladimir Omiechuk
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O senhOr tem experiência de mais de 30 anOs na área
de auditOria. O que as empresas brasileiras ainda pre-
cisam aprender cOm relaçãO a essa área? Estamos num processo de evolução nesses últimos 30 anos, tivemos grandes saltos quanto à transparência e à apresentação de demonstrações financeiras. Falar do Brasil em 30 anos é falar em vários países em um espaço de cinco, dez anos. Es-pecialmente nos últimos dez anos, quando o Brasil se abriu com investidores estrangeiros, com empresas locais sendo adquiridas e passando por vários processos de abertura de capital; saltos de empresa familiar para uma empresa de mercado. Isso levou as empresas a terem uma abertura
maior, a buscarem uma gestão profissionalizada e, princi-palmente, uma expansão geográfica. O Rio Grande do Sul tem uma característica de empresas sub-regionais, que muitas vezes eram desconhecidas até nos grandes centros, e fomos surpreendidos, não somente nós mesmos, mas o mercado, por uma empresa do interior do Estado sendo comprada ou comprando outras. E esse é o grande salto, hoje, de um novo mundo, com internet e investidores buscando oportunidade de clientes que são fiéis a deter-minadas marcas, redes, e o domínio da cultura local. Isso levou os empresários a verem ‘além do prédio’, a verem o
ócio de AuditoriA dA KPMG no BrAsil e sócio-líder dA eMPresA no rio GrAnde do
sul, o GAúcho WlAdiMir oMiechuK AcuMulA exPeriênciA eM diferentes áreAs que
PerMeiAM A econoMiA coMo uM todo. entre elAs, o vArejo
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Muitos países dentro de uM
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potencial de mercado, e isso vem levando a grandes saltos de profissionalização e de gestão do negócio.
há diFerenças entre O empreendedOrismO exercidO nO
riO Grande dO sul e nas demais reGiões brasileiras? De forma geral, não. Apesar de o gaúcho ser considerado um povo bairrista, como dito por todos, o Estado tem uma ca-racterística de empreendedores bastante ativos, e aí te-mos vários exemplos de empresas que buscaram desafios com associações internacionais, buscando uma ampliação geográfica maior e enfrentando concorrências externas aqui. Temos casos de empresas que tiveram sucesso e ou-tras não, porque não souberam se libertar daquele modelo mais fechado.
empresáriOs e entidades de classe nO estadO têm prOtesta-
dO diante da cObrança excessiva de tributOs pelO GO-
vernO. cOmO O senhOr avalia este cenáriO? Realmente, a queixa é válida. A questão é: o que está por trás dessa alta carga tributária, e que afeta de forma geral o negócio? É todo o chamado Custo Brasil, é o custo de uma folha de pagamen-to, que o empresário praticamente tem que pagar em dobro, já que essa carga tributária não vem e ela não dá o retorno para ter uma melhor condição de saúde, de segurança, de infraestrutura. A empresa acaba pagando quase em dobro todos os benefícios: saúde, treinamento dos profissionais e o apoio social que isso envolve. A grande questão é: carga tributária e juros altos são uma consequência da má gestão pública. Dinheiro se tem, mas é mal aplicado.
O senhOr vê perspectivas de mudança em breve? Acredito que a grande mudança vai ocorrer por uma maior ação dos próprios empresários e de toda a sociedade buscando isso. Um exemplo, que é positivo, é todo esse movimento que se teve nas ruas, que é uma maior participação social criticando e buscando isso. Tudo era tratado um pouco de forma pacífi-ca e até alienada a essas questões. Hoje o que realmente está se demonstrando é que se está buscando ou começando a buscar uma mudança. Começar a ter uma participação maior dos empresários nas questões políticas é o que vai levar a essa mudança, e não uma passividade que se tinha de um não envolvimento. Realmente, precisamos ter uma ação junto às
entidades de classe, aos nossos organismos profissionais, de buscar uma ação efetiva sobre isso.
sua trajetória prOFissiOnal também inclui passaGens pelO
varejO. cOmO FOi esta experiência? Ela foi e continua sen-do muito rica. Porque toda e qualquer ação que houve de novos investimentos e de abertura sempre começa pelo mercado de consumo. É um mercado que reage de pronto a todos os desafios. O varejo é muito rico nesse sentido, pelo dinamismo, qualquer ação é sentida imediatamente. Por exemplo: o nível de confiança do consumidor melhorou. O primeiro sinal que atrai e gera todo um movimento de eco-nomia começa por essa área. Eu tenho um foco e uma aten-ção muito especial no varejo por isso, porque é o primeiro indicador que sempre reflete qualquer tendência de eco-nomia, ou de crise ou de desafio. Ela começa por essa área,
“Após a estabilização econômica – o que não faz muito tempo, ainda somos muito jovens –
o brasileiro começou a enxergar no longo prazo.”
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que é muito dinâmica. E quem gosta de movimento tem que estar nessa área.
apesar da ascensãO de nOvas classes cOnsumidOras, pOr
que lidar cOm Finanças ainda é um desaFiO para muitOs
brasileirOs? Por muito tempo, nós não tivemos uma cultura de visão de longo prazo, então, pela questão inflacionária, o brasileiro nunca pôde planejar muito, ele realmente sempre via o próximo dia. Isso tanto para o consumidor quanto para o em-presário. Após a estabilização econômica, o que não faz muito tempo – ainda somos muito jovens –, o brasileiro começou a enxergar o longo prazo. Junto a isso tivemos um desafio que foi uma nova classe consumidora e entrando nesse mercado sem nenhuma educação financeira. Agora chegou o amadurec-imento de casar consumo e uma visão de longo prazo, de inves-timento. Deveríamos ter já, desde o primário, aulas sobre como é bom ter uma poupança, guardar uma parte da mesada. Tudo começa com educação, e o nosso grande problema no Brasil, hoje, é que o principal investimento a ser feito deveria ser em educação. Não só em educação básica, mas de formação pes-soal, que inclui educação financeira, ética e outros pontos.
uma pesquisa realizada pela KmpG revelOu que, em 2012,
O riO Grande dO sul FOi O estadO cOm maiOr númerO
de Fusões e aquisições na reGiãO sul, cOm crescimen-
tO de 24%. O que issO siGniFica para O desenvOlvimentO
ecOnômicO GaúchO? Nós tivemos uma liderança, a qual foi puxada pela área de tecnologia. Fechamos 2012 e essa
tendência continuou durante o ano. Nosso Estado apresenta uma boa formação que junta profissionais e escolas, e isso gerou um surgimento de empresas e empreendedores que avançaram na área de tecnologia. Isso é, basicamente, um exemplo de que quando você reúne as três pontas (univer-sidade, área pública e iniciativa privada) dá certo. Esse é um exemplo da área de tecnologia, e espero que o Estado tenha uma tendência em ir para a área médica. Temos profission-ais reconhecidos internacionalmente e que podem levar essa área médica a ter um salto aqui no Rio Grande do Sul, e por trás disso tudo há o nosso varejo: farmácias e produtos volta-dos pra essa área.
O que se deve esperar da ecOnOmia brasileira ainda em
2013? O que o empresário não gosta: um período extremamente volátil. Todo mundo sempre espera uma tendência de estabi-lização, e acreditávamos que teríamos no início do ano, mas todas essas estimativas foram quebradas, principalmente pelo baixo e mau resultado do ano passado, que afetou todo mundo. O Brasil não é para amadores, estamos acostumados a isso. Só que esse fato espantou o investidor externo, principalmente aquele que não é o especulador. Prometer 3% a 4% e acontecer quase 0% é um tiro no pé. Teremos que conviver com o que não gostamos: volatilidade, foco no cotidiano, crescimento do seu negócio cuidando no dia a dia.
“Teremos que conviver com o
que não gostamos: volatilidade, foco
no cotidiano, crescimento do seu
negócio cuidando no dia a dia.”
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nic
ho Gourmet
echeios sofisticados e
condimentos pouco usuais
transformam comidas do dia a
dia. são as variações gourmet,
que atendem à exigência elevada
do público e vêm conquistando
espaço no mercado gaúcho
Rà alta cozinha. A raridade dos in-
gredientes e o refinamento na apresentação do prato tornam a comida mais exclusiva e, muitas vezes, mais cara. Apesar do preço, os clientes consomem, pois buscam algo especial.
Até os alimentos triviais têm ganhado suas versões gour-met. Hambúrguer, cachorro-quente ou o pãozinho do café da manhã: todos podem ser reelaborados e agradar aos pa-ladares mais exigentes.
Lanche surpreendente
Designer de formação, mas apaixonado por cozinha desde pequeno, Alexandre Lise sempre sonhou com o próprio restau-
A pAlAvRA gourmet geRAlmente está AssociAdA
Trivial com algo a mais
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texto Rafael tourinho Raymundo
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rante. Ao ingressar num curso de gastronomia com enfoque na culinária francesa, ele se inspirou para a criação do Le Grand Burger, situado no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
A ideia da casa é preparar hambúrgueres com o requin-te da grand cuisine. O conceito já começa pelo ambiente, mais próximo de um bistrô que de uma lanchonete nos pa-drões americanos. Porém, o forte da experiência está no cardápio. O mais pedido da casa é o hambúrguer de co-gumelos ao gorgonzola, mas há opções que vão do Steak au Poivre (entrecot com pimenta preta) ao Ratatouille Burger, releitura de um prato típico da Provença francesa. Todos os sanduíches são devidamente harmonizados com vinhos ou cervejas especiais.
Lise, que acumula os cargos de proprietário e chef do res-taurante, garante que o diferencial está na seleção dos in-gredientes e nos processos de preparo, que fazem o alimen-to ter uma melhor qualidade. “Eu busco os insumos e faço as compras pessoalmente. Temos uma seleção de fornecedores que nos conhecem e entendem nosso nível de exigência”, explica o empresário, que também conta com a ajuda da irmã, Roberta, a sous-chef.
Com tamanhos cuidados, o investimento tende a ser mais elevado. Lise é realista: “Não podemos jogar os preços muito além, pois se trata de um lanche”. No entanto, ele afirma que o público não se importa de pagar um pouco mais, já que consome um produto com valor agregado, que não se encontra nas redes tradicionais de fast-food.
Inaugurado em maio de 2012, o Le Grand Burger atrai famílias, universitários ou grupos que viajam de outras ci-dades apenas para jantar lá. A propaganda é feita no boca a boca e muitos curiosos, depois que provam um item do car-dápio, retornam para experimentar outra das 11 variedades de hambúrgueres gourmet. “Aumentamos nosso espaço in-terno, porque tínhamos fila de espera no fim de semana”, lembra o proprietário.
Com tanto sucesso, aponta Lise, proporcionar uma expe-riência gastronômica diferente torna-se um objetivo cons-tante. “Sempre buscamos que a pessoa saia surpreendida e
com um sorriso no rosto. É difícil. Quanto mais nós surpre-endemos, maior é o desafio.”
pão de fim de semana
Vem também da França o talento de Frédéric Onraet. Ca-sado com a gaúcha Mariane, ele é o boulanger da Casa France-sa, de Canela, focada em pães especiais. Como o nome anun-cia, o estabelecimento segue a tradição do país no preparo de brioches, baguetes, croissants, madeleines e outras iguarias.
A diferença começa nos ingredientes, sempre naturais e frescos. A base das receitas é apenas água, farinha, fermento e sal. Não são utilizados conservantes, nem gordura. Todo o savoir-faire segue os preceitos franceses, dos materiais utiliza-dos aos procedimentos seguidos. Por fim, os pães são assados por um tempo prolongado, o que os torna mais aromáticos e digestos que um cacetinho do dia a dia, por exemplo.
Pensada inicialmente como fornecedora para hotéis e restaurantes, a Casa Francesa passou a atender o público final. “Tivemos uma procura bem grande de consumidores que estavam atrás de um bom pão”, conta Mariane. A pada-ria abre aos sábados, chamando atenção dos turistas da Re-gião das Hortênsias. “É um público que viaja, que conhece os produtos e está disposto a pagar um pouco mais, pois sabe que consumirá algo de qualidade.”
Os moradores do município, por sua vez, são mais reti-centes. Os clientes chegam aos poucos e levam um ou outro item, para experimentar. Depois, acabam voltando e criam vínculo com os proprietários. Alguns, inclusive, compram
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Alexandre Lise prepara
hambúrgueres com requinte de bistrô
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artigos da Casa Francesa para dar de presente – a embalagem, feita em papel reciclável, já cria uma apresentação especial. “Nós explicamos o que vai dentro de cada pão, por que a casca é mais grossa. Contamos os segredos, até porque as receitas estão todas na internet, é só procurar”, ressalta Mariane.
Apesar das propostas para abrir uma loja que atenda durante a semana, o casal prefere manter os negócios no formato atual. Nos planos, por ora, somente a procura por mais parceiros que reven-dam os produtos da padaria, como já acontece em mercados e outros pontos de Canela, Gramado,
Novo Hamburgo e Porto Alegre. “Nosso público é de fim de semana”, acredita a proprietária.
simpLes e sofisticado
Fins de semana combinam com passeio e festa. Em am-bas as situações, uma opção rápida para matar a fome é o cachorro-quente. Pão, salsicha, molho e condimentos: a combinação é servida nas carrocinhas de qualquer esquina, satisfazendo às crianças que brincam no parque ou aos jo-vens que saem da balada ainda cheios de energia.
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AcompAnHe
para naVeGaro site produtos gourmet
(www.produtosgourmet.
com) mantém uma lista de
locais em todo o Brasil que
vendem ingredientes raros
e especiais. Há indicações
de onde obter bebidas,
azeites, carnes de caça,
legumes, especiarias e até
flores comestíveis.
para Lero Livro do Brigadeiro (panda
Books), escrito pela doceira
Juliana motter, conta a histó-
ria da iguaria e dá dicas de
como prepará-la e harmo-
nizá-la com vinhos. A autora,
pioneira no ramo de brigadei-
ros gourmet, também revela
receitas inéditas de seu ateliê,
a loja maria Brigadeiro.
Entretanto, o lanche rápido ganha ares de prato principal quando sai da rua e vai para a mesa do restaurante. É o que acontece com o Dudu’s Hot-Dog, idealizado por Eduardo Nata-licio. Lá, o público encontra variedades com salsicha de vitela, pão preto, maionese de manjericão, queijo gruyère e foie gras.
O empresário diz que a clientela tem se tornado mais exigente. Em vez de sair para beber qualquer cerveja, as pessoas optam por uma garrafa de bebida artesanal, para ser degustada com calma. O paladar apurado também se es-tende à comida. “Tem hot-dog em toda esquina, mas é possí-vel inovar. A própria cozinha brasileira, que era desvalori-zada, hoje é trabalhada pelo Alex Atala”, cita Natalicio, em referência ao famoso chef que utiliza ingredientes nacionais para receitas de alto padrão.
Os cachorros-quentes do Dudu’s remetem a pratos típicos de diferentes regiões. O Alemão leva chucrute e mostarda for-te. O Cangaceiro é preparado com charque desfiado puxado na manteiga de garrafa. E, claro, não poderia faltar o Gaúcho, fei-to com calabresa defumada, molho barbecue, queijo cheddar e cebola no shoyu. A maioria dos sanduíches custa entre 12 e 14 reais, mas há tipos que vão de R$ 7,50 a R$ 29,90.
Empreendedor do ramo de botecos refinados – ou, como ele define, diferenciados –, Natalicio resume: “É melhor um sim-ples bem-feito que um sofisticado malfeito”. Esta simplicidade com um toque a mais deu certo. Localizado na Cidade Baixa, na capital gaúcha, o Dudu’s Hot-Dog deve se expandir em breve para shoppings. Também é negociada uma parceria com uma linha de salsichas especiais, para serem desenvolvidos novos sabores e temperos.
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o boulanger Frédéric onraet
exibe o pain de campagne, um
dos produtos da Casa Francesa
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individualempreendedor
registro de MicroeMpreendedor individual
(Mei ou ei) é uMa chance de concretizar
o sonho de ter o próprio negócio. para forMalizar uMa
atividade, o passo a passo é claro. no entanto, é preciso ficar
atento a pontos coMuns a qualquer eMpreendiMento: pesquisa,
planejaMento e controle são alguns deles
OUma empresa
para chamar
de sUa
Uma OpOrtUnidade para quem sonha em ter seu próprio negócio. O registro de Empreendedor Individual (EI) ou Mi-croempreendedor Individual (MEI) é a opção certeira àque-les que buscam transformar suas ideias em uma empresa. No Brasil, o MEI (ou EI) existem desde 2009 e fazem parte da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Diferentes profissões integram a categoria: mecânicos, DJs, manicures, pintores, entre outros.
O consultor empresarial Cauê Richter ensina que, no caso do MEI/EI, montar um plano de negócios é tão importante quanto em qualquer outra empresa. Deve-se identificar o público-alvo, assim como fornecedores e concorrentes.
A gestão desse formato de negócio deve incluir ainda uma análise dos ambientes interno e externo. “Outro ponto que destaco é não misturar despesas do negócio com as des-pesas pessoais. Ter um controle do fluxo de caixa para saber se o negócio de fato está indo conforme planejado”, apon-ta Richter. Ele ressalta que, antes de fazer o registro, é ne-cessário se certificar de que o tipo de negócio que se deseja montar se enquadra nos moldes do EI/MEI. “Outro destaque é atentar para as licenças que são necessárias na prefeitura, principalmente para aqueles que envolvem comércio e ma-nuseio de alimentos, por exemplo.” Para ser um MEI/EI, o faturamento deve ser no máximo de até R$ 60 mil ao ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titu-lar. Mais informações estão disponíveis no Portal do Empre-endedor (www.portaldoempreendedor.gov.br).
Foco na Felicidade
A designer de produto Lucardia Vendramin acu-mulava experiência em moda e elaborava bijute-rias quando decidiu voar solo. Ao optar pela profis-sionalização de suas cria-ções, registrou-se como MEI e, a partir de então, observou mais facilidade no relacionamento com fornecedores e a própria clientela. “Estar formalizado passa outro tipo de imagem, você adqui-re mais respeito no mercado.” Ela afirma que “ser” a em-presa é a vantagem e, ao mesmo tempo, a desvantagem de um MEI. “Você tem que entender do seu financeiro, marke-ting, produção, e isso sobrecarrega. Meu expediente é o dia todo”, diz Luciana, que trabalha no ateliê instalado em sua casa. “Mas o lado bom é que você não depende do compro-metimento com funcionários, folha de pagamento, e traba-lha com prazer”, contrapõe a proprietária da LU.V Design. “Meu foco é viver bem, fazer aquilo de que gosto, trabalhar com felicidade e tranquilidade. Esse é o lado bom”, registra a empresária, que também participa de bazares em Porto Alegre, os quais reúnem outros MEIs como ela, além de ter começado seu próprio site de e-commerce.
Ca
rolin
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ors
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Por um Estado mais
unido
sistema Fecomércio-rs/sesc/senac elabora projeto que busca
aproximar entidade e empresariado gaúcho. encontros do Giro
Pelo rio Grande Fortalecem a base da Federação e conquistam a
participação de representantes do comérciooFoi com este objetivo que o Sis-
tema Fecomércio-RS/Sesc/Senac organizou o projeto Giro pelo Rio Grande. Como revela o nome, a ideia central é visitar diferentes municípios gaúchos, estabelecendo um diálogo mais próximo entre a entidade e empresários do comércio de bens, serviços e turismo das respectivas localidades. “A realização desses eventos pelo Estado tem como objetivo sensibilizar os empresários, promover a integração entre sindicatos e empresariado e fortalecer a base do sistema”, explica o presidente da Fecomércio-RS, Zildo De Marchi.
Criado em 2011, o Giro pelo Rio Grande promove encontros voltados não apenas ao setor que a federação representa,
texto Luísa Kalil
imagem de abertura Silvio Ribeiro
ApRoximAR entidAdeS e cLASSeS RepReSentAdAS.
Gir
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Giro pelo RS
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mas também aos sindicatos, lideranças empresariais e au-toridades de cada região. A primeira edição foi realizada em Erechim, no Norte do Estado. Desde então, já houve oito encontros, e mais dois estão agendados para aconte-cer ainda em 2013.
painéis e debates
Município da região do Alto Uruguai, Erechim tem sua economia essencialmente concentrada no setor industrial, mas também apresenta forte representatividade no agro-negócio. Mário Antônio Zanardo, empresário do comércio
local, vê a iniciativa de forma positiva. “Isso tem que ser feito, é uma integração da entidade com os associados.” O proprietário do Palácio das Tintas observa que, por meio da participação de outros empreendedores, existe a busca por melhores resultados. Zanardo pontua como um dos pro-blemas atuais o excesso de crédito concedido pelo governo, e as dificuldades no pagamento resultaram na inadimplên-cia de muitos empresários. Um dos temas abordados du-rante o Giro é, justamente, o cenário econômico. Intitulado como Desafios do Rio Grande do Sul, o painel é composto por três grandes temáticas: tributária, econômica e política. Apresentada por consultores da Fecomércio-RS, especialis-
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tas nos respectivos temas, cada etapa é encerrada com um espaço para debate. “Esse painel permite uma visão conjunta desses itens e de como eles estão interligados na vida dos em-presários”, enfatiza Zildo De Marchi. Para empreendedores como Zanardo, as informações repassadas ao longo do painel contribuem ao oferecer mais segurança às decisões tomadas pelos empreendedores. “O encontro é importante. Quando se cria a oportunidade de sair da capital e ir para o interior ouvir as dificuldades, é sempre motivo de satisfação”, avalia Zanardo, também vice-presidente do Sindilojas Alto Uruguai. “Foi um motivo de alegria, e os empresários ficaram motiva-dos com isso. Eles querem ter mais conhecimento, aprender e falar sobre as dificuldades que têm na região”, afirma.
Visão global
Por meio das temáticas abordadas nos encontros, o obje-tivo da Fecomércio-RS é proporcionar uma visão global aos empresários, mas também ouvir os desafios e obstáculos enfrentados por eles no dia a dia de cada região. No pai-nel econômico, é apresentada uma retrospectiva do cenário
gaúcho. São levantadas questões a respeito da arrecadação, aplicação de recursos, PIB brasileiro, investimento no Esta-do, entre outros indicadores. No âmbito tributário, são abor-dados gargalos, tributos gerados e ações que a Fecomércio tem realizado nesse sentido. Por fim, o cenário político esti-mula o questionamento em torno do que pode ser feito para agregar melhorias nesses três pontos. Além de Erechim, os destinos já visitados pelo Giro incluem Caxias, Santa Maria, São Miguel das Missões, Gravataí, Ijuí, Pelotas e, mais recen-temente, Lajeado. Até o final do ano, Passo Fundo e Bento Gonçalves devem realizar suas edições.
Em pouco mais de um ano de atividade, o projeto elenca algumas conquistas. Entre elas, a aproximação com os em-presários, ponto de partida do Giro: “As contribuições do sis-tema para a sociedade, bem como do ponto de vista da atua-ção política e, principalmente, para que o empresário consiga compreender um pouco melhor o contexto no qual a empresa dele está inserido”, pontua o presidente do Sistema, Zildo De Marchi. A organização dos temas que compõem o painel De-safios do Rio Grande do Sul também se dá pela iniciativa do pro-jeto em apresentar aos empresários de que forma decisões políticas e governamentais impactam em seus negócios.
Questões pontuais
Segundo o coordenador da comissão do Giro pelo Rio Gran-de, Luiz Antônio Baptistella, a força da Fecomércio-RS con-
Comércio é um dos pilares da
economia santa-mariense
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Quando se cria a oportunidade de sair da
capital e ir para o interior ouvir as dificuldades, é sempre
motivo de satisfação.
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Mário antônio Zanardo
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centrava-se em Porto Alegre, enquanto a maioria dos 112 sindicatos que a entidade representa está localizada no in-terior do Estado. Por meio do Giro, houve a oportunidade de intensificar a presença em diferentes municípios gaúchos. “O projeto tem por objetivo fortalecer a base de atuação da Fecomércio no Rio Grande do Sul. Com os encontros, que-remos integrar ainda mais dirigentes sindicais e empresas do setor terciário de cada microrregião do Estado”, destaca. Além do painel com as três temáticas, os encontros incluem
uma breve apresentação sobre o trabalho e o compromisso da Fecomércio-RS com sua base de associados. Braços im-portantes da entidade, Sesc e Senac também participam dos encontros promovidos pelo Giro, sempre visando à aproxi-mação e ao diálogo entre sistema e classes representadas. Um segundo momento do encontro é composto por um almoço de confraternização, seguido por uma reunião se-torial. “O encontro de sindicatos com empresários em reu-niões setoriais, que acontecem durante toda a tarde, dá lu-gar a quem não tem representatividade mais forte”, explica Luiz Antônio Baptistella. “Com o Giro, oferecemos espaço para debater desafios, trocar ideias”, salienta. Ainda assim, o coordenador da comissão acredita que é no jantar realiza-do na noite anterior à apresentação dos painéis o momento em que os empresários “abrem o coração” e pontuam suas ansiedades de forma mais espontânea. “Em Pelotas, por exemplo, além de falar de comércio, falamos sobre a região toda. O que é o impacto do polo de Rio Grande no comércio de Pelotas e na região? Passa a se enxergar um pouco mais
Na região do alto uruguai, erechim foi o
município escolhido para sediar o primeiro
encontro do Giro pelo Rio Grande
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essa visão de futuro, ver o que temos que fazer para aprovei-tar melhor as oportunidades de crescimento que vêm por aí”, exemplifica.
Entre as demandas dos empresários, há uma constan-te: a carga tributária. São exigências por movimentos re-lacionados à substituição tributária e à desoneração da folha de pagamento.
“A entidade tem conseguido se aproximar, mas sabemos que este é um trabalho longo. Agora estamos começando a voltar a outras cidades das regiões visitadas e, com isso, o público já vem preparado para um debate maior, com pau-tas mais elaboradas. Queremos que isso continue para co-lhermos mais frutos e ajudarmos nossos empresários e diri-gentes sindicais”, resume Baptistella.
a alMa do projeto
A seleção de municípios para receber o Giro ocorre de forma simples. São avaliadas questões como a representati-vidade do comércio e do setor terciário na região, e a capa-cidade de reunir um contingente significativo de empresá-
rios para o encontro. Sobretudo, o fundamento do projeto é “girar” o território gaúcho, promovendo a união do em-presariado do Rio Grande do Sul em prol do bem comum. Sem data para acabar, o Giro tem obtido retorno positivo das cidades visitadas, uma constatação de que formato e conteúdo do projeto têm agradado a diferentes perfis. “Sig-nifica que o empresário teve retorno positivo da sua expec-tativa. As informações levadas até ele foram válidas na sua avaliação. E, nesse primeiro passo, como é um programa que terá continuidade, queremos continuar com esse mo-delo de visita, de presença no interior do Estado, de forma permanente, para nos aproximarmos cada vez mais”, con-clui Zildo De Marchi. Em sua essência, a mensagem que o projeto busca transmitir é um convite ao empresário para que atue de forma política – e não partidária, vale destacar – junto à comunidade em que está inserido, contribuindo para o seu desenvolvimento.
O modelo original não está livre de alterações no futuro, como a presença de novos palestrantes e consultores du-rante os painéis. Neste primeiro momento, o importante é estar perto da base representada pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac, esclarecendo e reforçando o conhecimento acerca do que a federação pode fazer para ampliar o desen-volvimento do empresariado gaúcho. Ao fortalecer a base, a entidade espera que, por meio do Giro, as cidades visitadas
em Pelotas, o impacto do polo de rio grande
na região foi um dos tópicos do encontro
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Giro pelo RS
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cresçam mais e se desenvolvam com a melhor utilização de recursos arrecadados pelo governo, “para que o retorno do recolhimento desses recursos volte para a comunidade”, sa-lienta De Marchi. Os empresários sabem que precisam man-ter os olhos voltados para seus negócios, mas também estão amarrados às decisões legislativas e governamentais. “O que queremos dizer é que estamos atentos e atuantes quanto a isso, mas é preciso que todos nós, empresários, atuemos em conjunto”, propõem De Marchi.
priMeiros retornos
Em Santa Maria, no coração do Rio Grande do Sul, o empresário Paulo Norberto Brandt recebeu o convite para o encontro do Giro na cidade por meio de entidades locais. “Achei a iniciativa de aproximação da Fecomércio com o in-terior muito interessante”, comenta. Em recente passagem pelo Brasil, o Papa Francisco deixou como mensagem que a Igreja precisa se aproximar do povo. Brandt faz uso da afir-mação, comparando ao cenário do empreendedorismo: “As entidades também precisam se aproximar cada vez mais dos lojistas”. A avaliação do proprietário da Brandt Esportes, loja de artigos esportivos, é positiva. “Gostei da exposição dos re-presentantes da Fecomércio-RS. Saí de lá com os pés no chão, porém mais otimista em relação a tudo o que nós estamos
passando, no comércio do Brasil inteiro.” O empresário desanima ao avaliar o cenário atual. “A economia piorou e nossos gover-nantes estão cada vez mais inflexíveis, fa-zendo de conta que o comércio está muito bem. Nossos empresários estão a uma ve-locidade, mas infelizmente o poder público não acompanha e tem atrapalhado muito o empreendedor”, lamenta. Dessa forma, en-contros como o do Giro ganham destaque especial neste momento de turbulências. “Para os empresários foi importante por-que deu uma luz sobre um futuro melhor.” Em um segundo exemplo, Brandt relembra o Papa Francisco: “Assim como ele pediu aos jovens, precisamos nos indignar, ir às ruas, mostrar nosso valor e nossa força.” O descontentamento da classe perante a elevada carga de tributos é enaltecido pelo
empreendedor, que sugere uma “oxigenação” do país com novas perspectivas. “A reforma tributária é o mais urgente. Infelizmente hoje o Brasil não é de todos, é necessário bus-car um equilíbrio. A economia favorece a informalidade, e gostaríamos que o país, a exemplo de outros, criasse um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), e não essa parafernália de tributos que ninguém mais entende”, protesta.
Em Pelotas, próximo à fronteira com o Uruguai, Gilso Pereira Braga confia na iniciativa da entidade. “É muito va-liosa, pois é uma forma que temos de resolver o isolamen-to das entidades comerciais. Muitas vezes, elas funcionam como ‘cada um por si’, e aí não temos força”, analisa. O re-presentante comercial aposta nos resultados advindos da união. “Se estivermos todos juntos, isso só traz benefícios.” Braga contesta o salgado preço cobrado pelos pedágios, um dos tópicos abordados na edição do Giro em Pelotas. “Viajo muito e não vejo retorno pelo preço absurdo que se paga.As palestras foram muito interessantes porque trouxeram novidades e reativam nossa mente. Às vezes esquecemos do básico, e também é importante acompanharmos o que está acontecendo em todo o país. São palestras dinâmicas, leves.” Tantas demandas confirmam: a iniciativa da Fecomércio-RS chega às localidades em boa hora.
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Para os empresários foi importante porque deu uma luz sobre um
futuro melhor.
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paulo norberto brandt
empresário de Santa maria
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JMJ / o papa é popCerca de 2 milhões de pessoas, provenientes de 180 países, estiveram reunidas no Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude. A vinda do Papa Francisco ao Brasil foi responsável por injetar cerca de R$ 1,2 bilhão na economia da cidade maravilhosa. Uma pesquisa da Em-bratur revelou que, do total de turistas, 40% eram conterrâneos do Papa: vieram da Argentina. Em seguida, aparecem os paraguaios (9%), chilenos (8%), colombianos (7,6%), além da Espanha (1,7%), Itália (1,5%) e Estados Unidos (1,5%). Vale desta-car que 80% dos visitantes estrangeiros realizaram sua primeira visita ao Brasil durante o evento. A pesquisa apontou que, enquanto a segurança pú-blica satisfez os visitantes, a limpeza e os serviços de telefonia deixaram a dese-jar. Confira ao lado:
Perfil / o que o mercado buscaNo primeiro semestre deste ano, a Michael Page realizou um estu-do que contribuiu para visualizar melhor as principais demandas do mercado de trabalho de executi-vos na América Latina. Ao analisar 1.580 ofertas de emprego da em-presa no Brasil, México, Colôm-bia, Argentina e Chile, constatou que, por aqui, engenheiros são os profissionais mais procurados, assim como na Argentina, Chile e Colôm-bia. Esta última lidera a lista de demanda na área de tecnologia, com 13%, seguida pelo Brasil (8%), Chile (7%), Argentina (5%) e México (4%). Com relação aos idiomas, o inglês é exigido em mais de 50% das vagas. Já no que diz respeito à pós-graduação, o MBA é o perfil de curso mais exigido para oportunidades na área de gestão. O estudo também contemplou ha-bilidades comportamentais. No Brasil, gestão de pessoas e relacionamen-to interpessoal estão entre as mais visadas, aparecendo em 43% e 31% das vagas, respectivamente. Na vizinha Argentina, por exemplo, os destaques são liderança e foco em resultados, com 28%.
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estressePesquisa da Organização Mundial da
Saúde (OMS) apontou que 70% da população brasileira sofre de
estresse. No mundo, este índice
sobre para 90%.
iNovaçãoSegundo estudo da Bain & Company,
realizado com grandes companhias
mundiais, o crescimento da receita
anual entre as empresas que
apresentam melhor desempenho
em inovação é de 13%, ante 5%
das que ainda estão começando a
colocá-la em prática.
fitNessRelatório da Latin America –
International Health, Racquet &
Sportsclub Association (IHRSA) na área
de fitness revela que há mais de
23 mil academias no Brasil. Elas
são responsáveis por um faturamento
de R$ 2,5 bilhões anuais.
iMPostosDe acordo com o Impostômetro, os
brasileiros já pagaram r$ 880 bilhões em impostos desde o
início de 2013. O total equivale a 32
milhões de carros populares.
exPortaçõesNo primeiro semestre de 2013,
27,7% das exportações de
móveis no país foram provenientes
das indústrias gaúchas, um total de
US$ 91,8 milhões arrecadados.
considerado ótimo ou bom:
Sinalização da cidade: 79,4%Aeroportos: 76,5%Segurança pública: 73,2%
considerado ruim ou péssimo:
Serviços de telefonia e internet: 30,6%Limpeza urbana: 13,3%
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exeCutivos / Líderes inovadoresPesquisa da PricewaterhouseCoopers revelou que a inovação é a prioridade número 1 dos CEOs. O PwC Pulse Survey entrevistou 246 CEOs, dos quais 97% defenderam a inovação como ponto mais importante a ser
trabalhado nos negócios. O estudo é, na verdade, uma continuação do PwC CEO Survay, que incluiu 1.330 CEOs no mundo e reforçou a inovação como constante preocupação dos líderes empresariais. Outro dado levantado na pesquisa é que praticamente um em cada três CEOs no mundo vê a inovação e a eficiência operacional com igual importância para o sucesso das companhias. Se divididos em regiões, é o que pensam 71% dos líderes na América Latina, contra 50% no Oriente Médio.
eCoNoMia / a Luz e o invernoDurante o inverno, é comum que a conta de luz chegue um pouco mais alta no final do mês. Não apenas escurece mais cedo, como também a umidade pede o uso mais frequente de máquinas secadoras e aquecedores, por exemplo. O diretor de locações da Guarida Imóveis, Newton Nunes, sugere algu-mas dicas que garantem mais conforto e menos custo:
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faCebook / CoNsuMiDores fãs
Realizada nos Estados Unidos
com 2 mil consumidores
norte-americanos, uma
pesquisa da Syncapse apontou
que 78% deles só se tornam fãs
de uma marca no Facebook
após experimentarem algum
produto ou serviço da mesma,
salvo se o artigo em questão é
um sonho de consumo. Entre
outras razões para se tornar fã
de uma marca também estão:
apoiar uma marca (49%),
promoções ou descontos (42%),
compartilhar experiências (31%)
e pesquisas (21%).
• Durante o dia, aproveite a luz natural que o sol oferece,
o que também ajuda a aquecer e secar o ambiente.
• Evite ligar o ferro elétrico nos horários em que muitos
aparelhos estejam ligados, para não sobrecarregar a rede,
o que pode gastar mais energia e provocar algum acidente.
• A geladeira é um dos grandes consumidores de energia
elétrica (quase 30%). Para economizar, o termostato deve
estar regulado adequadamente, o que significa menor
potência, já que o clima está frio.
• Aquecedor elétrico: use apenas quando necessário
e em ambientes totalmente fechados, para não haver
desperdício de energia.
• Dê preferência aos modelos de boiler com melhor
isolamento do tanque e com dispositivo de controle de
temperatura.
• Manter os aparelhos elétricos ligados na tomada,
mesmo que no modo stand by, ao contrário do que muitos
imaginam, também consome energia.
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unicípio de Viamão é
agraciado com unidade
do SeSc-rS. eStrutura tem foco na Saúde,
lazer e bem-eStar, com eScola infantil,
conSultório odontológico, academia de
muSculação e eSpaço cultural
Mao disporde mais
de 20 mil gaúchos
e promover a qualidade de vida, o Sistema Fecomércio-RS/Sesc tem qualificado os serviços oferecidos aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo. Uma prova desse esforço foi dada em 24 de julho, com a inauguração da 44ª Unidade Operacional do Sesc-RS no Estado, em Viamão.
Com 227 mil habitantes, Viamão ocupa a 247ª posição entre as 497 cidades gaúchas no Índice de Desenvolvimen-to Humano (IDH). Por essa razão, os serviços nas áreas de cultura, esporte, educação, lazer e turismo social oferecidos pelo Sesc-RS prometem causar um impacto positivo na co-munidade local. A sede, construída em um terreno doado pelo município, ocupa uma área de 1,6 mil m² e resulta de um investimento aproximado de R$ 5 milhões da entidade, tanto nas obras como na aquisição de equipamentos.
Presente à cerimônia de inauguração, o presidente da Fe-comércio-RS, Zildo De Marchi, ressaltou a satisfação em estar à frente da gestão responsável pela nova estrutura. “O Sesc e o Senac existem para prestar serviços para a comunidade e para proporcionar o bem-estar. Com a inauguração poderemos am-pliar ainda mais os nossos atendimentos e, assim, levaremos mais ações que visam à qualidade de vida para os trabalhado-res do comércio de bens, serviços e turismo”, afirmou. Ele tam-bém adiantou que em breve serão abertas novas instalações da entidade em Canoas, Camaquã, São Leopoldo e Carazinho.
Em Viamão, o trabalho para a abertura da unidade do Sesc-RS começou ainda em 2007. Esses investimentos do Sis-
Para contribuir coM o desenvolviMento huMano
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Arte SeSc realiza especial de música nativista
o Arte Sesc – cultura por toda parte ganhou um novo
projeto. o 1º Palco Sesc Nativista, com foco no amor
pelas tradições e símbolos gaúchos, aconteceu nos
dias 10 e 11 de agosto, em ijuí. um show reuniu artistas
renomados da música tradicionalista, comos dilceu
dos santos, Érlon Péricles e os Fagundes, além de ofici-
nas de chimarrão e exposição campeira. o objetivo é
estimular a produção musical tradicionallista no estado.
25/agocircuito Sesc de corridas
etapa de ijuí será realizada no turno da manhã.
informações e inscrições em www.sesc-rs.com.br/
circuitodecorridas.
de 27/ago a 14/setturnê do espetáculo tombé
peça do grupo baiano dimenti integra o Projeto Circui-
to Sesc Palco Giratório e passará pelas cidades de são
leopoldo, montenegro, Novo hamburgo, caxias do
sul, carazinho, passo Fundo, ijuí, santa rosa, alegre-
te, santa maria, rio grande e camaquã.
30/ago a 7/setQuinteto Brasília
grupo do distrito Federal realiza turnê pelo rio
grande do sul. o circuito musical integra programa-
ção do Sonora Brasil Sesc e será atração em porto
alegre, Novo hamburgo, montenegro, camaquã, pe-
lotas, alegrete, santa rosa, passo Fundo e ibirubá.
ageNda de eveNtos
tema Fecomércio-RS são, para o prefeito Valdir Bonatto, um marco para a história da cidade. “A iniciativa privada gera o desenvolvimento do município”, salientou na abertura.
Instalações qualIfIcadas
No espaço funciona a Escola Sesc de Educação Infantil, com capacidade para 80 crianças de 3 a 5 anos e 11 meses; quatro salas, área de recreação coberta, pracinha e refei-tórios. As aulas já se iniciaram, mas os comerciários com renda até três salários mínimos podem inscrever os filhos – de acordo com a disponibilidade das vagas integrais – para participar do processo. A unidade de Viamão possui também uma sala de cinema para 74 pessoas, na qual a população tem acesso gratuito ao acervo do CineSesc, que contém um reper-tório de filmes nacionais e internacionais, mostras de cine-ma de arte, filmes infantis e curtas-metragens.
O Sesc Viamão oferece uma clínica odontológica exclusi-va para os trabalhadores do comércio com cartão Sesc/Se-nac. Equipado com equipamentos modernos e materiais que atendem aos padrões de qualidade e normas de biossegu-rança, o local disponibiliza procedimentos de restauração e de extração, profilaxia, clareamento e tratamento de canal. Quem gosta de esporte tem à disposição a Academia Sesc, um espaço voltado para a musculação com estrutura atuali-zada e o acompanhamento de profissionais habilitados.
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o MeSA BrASil completa 10 anos de
atuação no rs
o ano de 2013 é especial para o progra-
ma Mesa Brasil, do sesc, ao completar
uma década de atuação no rio Grande do sul. somen-
te no primeiro semestre de 2013, o programa entregou
341.603 toneladas de alimentos, complementando
14.137.398 milhões de refeições e beneficiando 66.340
mil gaúchos. no estado, o Mesa Brasil conta com a
colaboração de 543 empresas doadoras e parceiras e
tem 683 instituições gaúchas cadastradas.
o sesc viamão
endereço: r. alcebíades azeredo dos santos, 457
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h
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iões Missões
ocê conhece a região das missões?
entre os municípios que a integram,
o turismo, o varejo e os serviços têm
se fortalecido, mas o desempenho
econômico ainda passa pelo momento
do campo. saiba mais sobre os traços
que formam a identidade deste pedaço
do território gaúcho
Va região das Missões ocupa uma posição
estratégica na matriz econômica do Estado. O setor primário é forte, principalmente devido à produção de milho, soja e trigo, e as ruínas dos Sete Povos atraem todos os anos milha-res de visitantes de diversos pontos do planeta. Por sua vez, o comércio de bens e de serviços ocupa um espaço de destaque na vida dos missioneiros, em especial nos centros urbanos.
O presidente do Sindilojas Missões, Luiz Carlos Dallepia-ne, ressalta que o segmento é, hoje, essencial para o desen-volvimento regional. “Em 17 municípios temos em torno de 1,7 mil empresas representadas. Somente em Santo Ângelo, onde estão 800 delas, os dois setores respondem por 62% do PIB”, revela. De acordo com a entidade, o perfil do consumo da região favorece as lojas de roupas e de acessórios, de cal-çados, de bazar e de presentes e os supermercados. Já nos
Parte imPortante da história do rio Grande do sul,
ComérCio Cada vezmais forte
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serviços, sobressaem os negócios ligados à saúde e à comu-nicação e os despachantes.
Embora seja a atividade econômica que mais cresce, o co-mércio missioneiro ainda tem seu desempenho atrelado ao momento do campo. “A região sofre os reflexos das crises agrí-colas, por ter a base da sua economia nesta área. Quando a sa-fra vai bem existe grande investimento. Quando a safra vai mal os consumidores deixam de comprar”, explica Dallepiane.
HISTÓRIA
As ruínas dos Sete Povos, construídas por jesuítas espanhóis no fim do século 17, são preservadas em sítios arqueológicos e foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A mais famosa fica em São Miguel das Missões e, além de ser sede de um museu, recebe regularmente espetáculos de som e luz. É o suficiente para garantir o movimento ao longo do ano na rede hoteleira, nos bares e restaurantes. Entretanto, a região despertou também para o turismo de negócios. A prova disso é que Santo Ângelo, a cada dois anos, recebe a Feira Na-cional e Internacional do Milho, a Fenamilho, principal evento do município e que movimenta toda a economia missioneira.
A região fica próxima à Argentina. Para os empresários lo-cais, a pequena distância significa competição extra, operando em outra legislação. Quem mais sofre são as lojas de roupas e acessórios, de perfumaria e de eletroeletrônicos. “Nossos co-merciantes reclamam muito, também, da concorrência com os sacoleiros. O mercado informal concorre diretamente com o formalizado e isso se torna mais um mecanismo para baixar os índices de lucro real nas transações comerciais”, protesta o presidente do Sindilojas.
VISÃO DAS EMPRESAS
Capital das Missões, Santo Ângelo é conhecida também como a Cidade das Tortas, fama essa construída por histórias de empreendedorismo como a da Kemper’s Haus. Na década de 1950, o Sargento Kemper recebeu a visita de um general e, para impressionar, pediu para a esposa, Álida, fazer uma receita de família. A sobremesa agradou, e ela, aos poucos, percebeu que era uma doceira de mão cheia.
Em 1987, por sugestão de Ana Kemper, a filha mais velha, a família montou uma pequena indústria de doces no fundo do quintal de casa. “O pai dizia que estávamos abrindo uma
fábrica de problemas, depois se apaixonou pelo negócio”, re-corda Isabel Kemper, a filha mais nova e que hoje administra o negócio com a irmã.
Hoje, a Kemper’s House possui uma fábrica no Comercial Adhara e uma loja na região central. Quem vem de fora não quer perder a chance de experimentar as tortas, mas o apoio da comunidade foi fundamental para a expansão da empre-sa. “Se estamos no mercado há um bom tempo é porque as pessoas têm orgulho desse produto típico daqui. Somos uma empresa tipicamente santo-angelense”, explica Isabel.
Com o desempenho da economia das Missões tão atrelado ao setor primário, os empresários da região precisam estar atentos aos anseios do consumidor. Um exemplo é a tradicio-nal Livraria Sete de Setembro, uma das empresas mais anti-gas de Santo Ângelo. A sócio-proprietária Taís de Moura Ber-nardes é a administradora há 12 anos e revela que atualmente o foco do varejo é o público infantil.
Mas nem sempre foi assim. A livraria, sob a gestão da famí-lia de Taís desde 1974, já existia antes. No início, a venda era exclusiva de livros, mas mais tarde passou a oferecer também produtos de bazar. “Esse foi, por muito tempo, nosso principal negócio. Há 20 anos, o mercado mudou e os brinquedos pas-saram a ser mais vendidos.” Em relação ao futuro, Taís é cau-telosa. “Precisamos sempre torcer por boas safras no campo, porque quando a agricultura vai mal, tudo cai. Isso influi até no ânimo das pessoas.”
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O varejo e os serviços
correspondem a 62% do PIB
das Missões
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TENDêNCIAS
delivery online é uma alternativa
barata e prática à telentrega
tradicional. conheça empresas
que adotaram o sistema e
saiba por que quem troca o
telefone pelo computador
dificilmente volta atrás
oopção rápida para um lanche de fim de semana ou
possibilidade de jantar comida de restaurante no conforto de casa: muitos são os motivos de quem recorre à telentrega. A praticidade do serviço, porém, esbarra em obstáculos. Em dias de muito movimento, é comum o telefone dos estabele-cimentos estar sempre ocupado. Há ainda o risco de o pedi-do vir errado – a pizza que era para ser sem cebola vem com cebola demais ou esquecem da borda recheada. Frente a isso, alguns restaurantes vêm apostando em outra modalidade de encomenda a distância. O delivery online agrada a empresários e clientela, embora ainda não seja tão tradicional para o con-sumidor gaúcho.
Da Desconfiança à preferência
A Suisse Pizzaria, de Porto Alegre, começou suas opera-ções em setembro de 2011, apenas com entrega a domicílio via telefone. Levou pouco mais de um ano para que o siste-
Salvação de quem não cozinha,
Rede de pedidos
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ma de e-commerce fosse implantado. “Não é somente o pedi-do que é feito online. O pagamento também é realizado pelo site”, explica José Luiz Teixeira, sócio-proprietário da casa. Foi um investimento inicial de R$ 6 mil, relativos à aquisição e instalação do software. Desde então, paga-se uma taxa mensal de manutenção – custo relativamente baixo, de acordo com o empresário. “Compensa muito, pois temos alto grau de retor-no. Representa um funcionário a menos”, compara.
O objetivo é facilitar a vida tanto dos consumidores quan-to da própria empresa. Assim que efetua a compra, o cliente consegue monitorar o tempo estimado para a entrega. Do ou-tro lado, a pizzaria controla com precisão o fluxo de pedidos e gera relatórios de desempenho. “Já montamos uma estrutura de logística pensando na demanda. Hoje fazemos entre 60 e 70 entregas por noite. Podemos realizar até 100”, garante Teixei-ra, lembrando que os pedidos online correspondem a mais da metade das entregas. A preferência dos clientes foi mudando aos poucos, conta ele. No início, as pessoas que pediam pelo site telefonavam para confirmar se a pizza estava mesmo a ca-minho. Hoje, porém, o público já se acostumou. “Quem pede online não se arrepende e não volta para o sistema antigo.”
O Sushi Drive, da capital gaúcha, também passa por essa situação. Segundo o sócio-proprietário João Paulo Breitman, os clientes insistem em ligar para o local para confirmar. Ainda assim, as compras virtuais já somam até 40% das teles da rede de comida japonesa. Breitman comenta que o objetivo da com-panhia é concentrar os esforços no meio digital. O site hoje é o principal canal de vendas do Sushi Drive. Outdoors e spots de rádio divulgam somente o endereço eletrônico, não os telefo-nes. “Temos promoções exclusivas para o site. São descontos bons, para a pessoa já pedir por ali”, explica. Para Breitman, esta automatização traz apenas vantagens. O cliente não espe-ra na linha para ser atendido, enquanto a empresa não precisa disponibilizar um colaborador só para atender telefone.
potencial para expansão
Quem aponta outros benefícios dos pedidos online é Ro-drigo de Albuquerque, diretor comercial da De-livery S.A. A empresa mantém um portal que faz o intermédio entre clientela e diversos restau-rantes. Desta forma, até mesmo os estabeleci-mentos que preferem não investir num sistema
próprio podem oferecer o serviço. “No telefone, pode haver falha de comunicação e o pedido não ser anotado direito. Pelo site, não há falhas. Além disso, a loja também pode receber dezenas de encomendas ao mesmo tempo”, enumera.
A Delivery S.A. funciona como um e-commerce tradicio-nal. O usuário acessa o site, escolhe a casa de sua preferência e realiza o pedido. Quando a operação é concluída, gera-se um alerta via SMS ou e-mail para a loja. A partir daí, o pró-prio restaurante fica responsável pelo preparo do lanche e pela logística de entrega, como em qualquer outra situação.
Albuquerque acredita que o sistema só tende a crescer. “Todo mundo conhece a importância do mercado online, in-dependentemente do ramo de atuação. Nossa empresa vem ao encontro dessa demanda ao proporcionar um novo canal de vendas”, diz, lembrando que outros países, como os Esta-dos Unidos, já possuem maior familiaridade com as vendas pela internet. Atuando há dois anos no Rio Grande do Sul, a Delivery S.A. tem planos de expansão. No momento, a pro-cura é por investidores, para que se possa realizar uma cam-panha de marketing mais agressiva, nesta segunda metade de 2013. “Com a ferramenta que temos hoje, poderíamos atender 5 mil restaurantes”, avalia Albuquerque. Como o sistema não depende de uma estrutura física muito grande, a projeção é que possam ser atendidos restaurantes de fora do Estado e até mesmo de outros países da América Latina.
Quem adere ao sistema de pedidos online só tem elo-gios. Confira algumas vantagens:Sem gargalo: não há espera na linha, o que evita perda de clientes pela
demora no atendimento. os pedidos podem chegar simultaneamente
Em detalhes: o pedido é descrito com precisão, impossibilitando
confusões, como ingredientes trocados
Mais barato: o empresário não precisa manter um colaborador apenas
para atender telefone. Já o cliente não gasta com ligação telefônica
No controle: o sistema avisa ao cliente o tempo previsto de entrega. o
restaurante pode alterar a informação conforme a demanda de pedidos
só vantagens
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senac
Senac-RS já eStá Selecionando
SeuS RepReSentanteS paRa a
olimpíada do conhecimento 2014,
toRneio que avalia habilidadeS de
alunoS de cuRSoS técnicoS e de
capacitação pRofiSSional
Oqualidade abre portas para o mercado de tra-
balho, e o Senac-RS oferece oportunidades para jovens inte-ressados em aprender uma profissão. Quando postos à prova, os conhecimentos adquiridos apenas reforçam o compromisso com uma formação sólida. É o que acontece com os represen-tantes do Senac-RS na Olimpíada do Conhecimento 2014.
A Olimpíada é uma competição de educação profissional que acontece a cada dois anos. Organizado pelo Senai e Senac, o torneio reúne estudantes de cursos técnicos e de aprendiza-gem profissional, que demonstram suas habilidades em ativi-dades da indústria e do comércio de bens e serviços. Os parti-cipantes de cada modalidade passam por etapas regionais até chegar à competição nacional, podendo, caso vençam, disputar a World Skills, evento com representantes de mais de 50 países.
O investimentO em ensinO técnicO de
Competição do trabalho
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-Rs
Alunos do curso
de Cozinheiro
participaram
de seleção
na etapa
regional da
OIimpíada do
Conhecimento
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Alunos do senAc-Rs se foRmAm em cuRsos do
PRonAtec mais de 300 estudantes do senac-Rs se
formaram em cursos do Pronatec no último dia 9.
A cerimônia ocorreu no campus de Osório do iFRs e
contou com a presença da presidente dilma Rousseff,
que reforçou a importância
do investimento na
educação para
desenvolver o país. mais
sobre o Pronatec no site:
www.pronatec.mec.gov.br.
fAculdAde senAc PoRto AlegRe PRomove viAgem
PARA o vAle do silício O projeto Missão Acadêmi-
co-Empresarial para o vale do silício pretende estreitar
a relação de empresários, profissionais, estudantes e
docentes com empresas dessa região, famosa pelas
inovações em tecnologia. A iniciativa é da Faculdade
senac Porto Alegre e tem apoio do sistema Fecomércio-
Rs e do seprorgs. A viagem ocorre em novembro.
informações pelo telefone (51) 3022-1044.
Rob
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o/PR
Até 4/setAniversário 1 ano senac gramado
Unidade celebra um ano em agosto, com oficinas
e palestras com foco na formação profissional.
Serão sorteadas três bolsas de estudos para os
cursos de Cozinheiro, Informática Compacta e
Idiomas. É na rua São pedro, 663, em Gramado.
2/set a 21/novinscrições vestibular 2014/1
as inscrições podem ser feitas na Faculdade de
tecnologia Senac porto alegre e também
na unidade de pelotas. a prova será realizada
no dia 24/11.
30/set a 4/outcursos no vale do taquari
Senac lajeado promove cursos em parceria com
a prefeitura. Áreas abordadas: planejamento
pessoal, profissional e Financeiro; recepção
e atendimento telefônico. informações pelo
telefone (51) 3748-4644.
aGenda
O Senac-RS já está selecionando seus melhores competi-dores. Para isso, alunos e egressos dos cursos profissionali-zantes foram convidados a participar da seleção, que ocorre em etapas. Na primeira delas, a escolar, cada unidade aplica uma prova padrão em que são avaliados conhecimentos te-óricos e práticos. Depois, os selecionados vão para a etapa regional, com participantes de todo o Estado. Os mais bem colocados são submetidos ao desempate para definir, enfim, quem vai para o torneio nacional.
Como preparação para cada estágio, os jovens passam por um treinamento rigoroso. “Realizamos todo um tra-balho de integração da escola com as melhores técnicas do momento. Além de fazer a diferença para os competidores, a Olimpíada nos dá oportunidade de ver o que o mercado está fazendo”, ressalta Ursula Juliane Silva, coordenadora regio-nal da Olimpíada do Conhecimento.
CapaCitando sonhos
Selecionados na etapa regional, os competidores agora se preparam para o desempate, que ocorre em setembro. As expectativas não poderiam ser melhores.
Egresso do curso de cabeleireiro, Jofter Araujo, 19 anos, encara a Olimpíada como uma maneira de tornar-se um profissional cada vez melhor. Nas provas específicas, são testadas habilidades como escovação e luzes. “É uma opor-tunidade de crescer na área”, acredita.
Leonardo Venâncio, também de 19 anos, lembra que ser técnico em enfermagem é um sonho cada vez mais perto da realidade, graças ao curso do Senac-RS. A participação no torneio apenas aumenta os anseios. “Fui apresentado à Olimpíada e já me vi nela. Botei esta meta no coração, fui selecionado, mas ainda quero mais”, afirma o jovem, que diz contar com o apoio dos amigos e professores, pois aprende com seus erros. “O Senac-RS tem aberto portas e capacitado sonhos. É excelente.”
Ricardo Maciel, 20 anos, selecionado na Ocupação Cozinha, explica que trabalha bastante o lado psicológico durante as provas. “Se errar, não dá para fazer uma tempestade em copo d’água. Baixei a cabeça, fiz o que aprendi e deu certo”, garante. Testado no corte e limpeza de alimentos e no preparo de pra-tos, ele diz estar preparado para a etapa nacional: “Trabalho em cozinha, já tenho noção da correria. Estou bem confiante”.
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consumidor
m público exigente, que
evita o desperdício e está
disposto a pagar o preço pela qualidade.
solteiros, idosos e divorciados formam
este segmento, que também inclui quem
vive em família, mas tem hábitos individuais
Uaumentou, fator que contribui para um novo
perfil de consumidor, ainda mais exigente, diferenciado e disposto a gastar. Uma tendência mundial já consolidada em países como Inglaterra e França, onde mais de um terço da população é formada por famílias unipessoais (de um só in-tegrante). No Brasil, os índices crescem a cada ano. O chama-do consumidor single é formado não só pelos solteiros, mas também por divorciados e idosos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pand) de 2012, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmam a mu-dança. Em dez anos, o número de pessoas morando sozinhas cresceu 71%. Em 2011, as pesquisas apontavam que 5 milhões dos domicílios brasileiros eram habitados por um único mo-rador. No último Pand, o número passou para 12 milhões.
Segundo Larissa Balan Leal, consultora empresarial, vá-rios setores se adaptaram à nova configuração social, a co-meçar pela construção civil. Os apartamentos já são meno-res (em média 80 m2) com um quarto, sala, cozinha. O prédio também oferece área de lazer, com piscina, salão de festas e, em alguns casos, academia, lavanderia e cinema. Tudo para facilitar e atrair esse público. É bom lembrar que o consumi-dor single não é uma pessoa solitária ou isolada. Uma das ca-racterísticas desse perfil é a busca por qualidade de vida.
Outra pesquisa, realizada pelo Ibope Mídia, constata que esse é um público de maioria feminina, entre 35 e 54 anos, que consome artigos mais refinados e não perde muito tempo den-tro das lojas. Está mais presente nas classes de alto nível cultu-
O númerO de lares cOm Um habitante
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mercadosingle como
oportunidade de negócio
texto Juliana campos chaves
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exigente, paga caro, mas está atento à qualidade e durabilidade
gosta de fazer tudo do seu próprio jeito
Se tiver animais de estimação, investe neles
autossuficiente e sabe exatamente o que quer na hora da compra
Valoriza a praticidade, a comodidade, o conforto e a conveniência
navega na internet mais tempo
permanece nas lojas menos tempo
prefere fazer suas compras em um único lugar
investe boa parte de seu dinheiro em benefício próprio
adora viajar
prefere os serviços de delivery e serviços completos
o conSumidor single é:
ral e econômico. O consumidor single nada mais é do que um consumidor individual.
A procura por produtos fracionados, em menor quantia e prontos para usar (como congelados, picados ou instantâneos) é forte atrativo. Larissa comenta que estudos dos anos 2000 já apontavam a tendência e mencionavam os novos moldes de consumo. A indústria e o varejo devem se adaptar e criar novas soluções para não perder essa fatia do mercado.
A Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis, lançou em 2008 o leite em embalagem de 500 ml. “O mercado single está cres-cendo muito. Não só entre as pessoas que vivem sozinhas, mas também aquelas que moram na mesma casa, mas têm gostos diferentes. Há uma tendência muito forte para o consumo in-dividualizado. Por isso, estamos adaptando nossos produtos”, revela Tiago Haugg, gerente de Marketing da Piá. Além do lei-te, a marca oferece iogurtes em embalagens individuais e me-nores. Também está em estudo a implementação de porções reduzidas para iogurte, requeijão, nata, creme de leite, doces e outros. “Recebemos várias sugestões, pedidos por embalagens menores. O consumidor quer evitar o desperdício. No caso do iogurte, ele também procura a variedade. Com porções meno-res, tem a oportunidade de experimentar mais sabores.”
O consumidor unipessoal quer opções práticas para fa-cilitar o dia a dia. Além dos laticínios, os supermercados oferecem uma gama imensa de produtos para consumo in-dividual, como sopas, bolos unitários e congelados, entre outros. Esse público não se importa em pagar por um pro-duto diferenciado e com porções adequadas.
Serviço completo
O mercado single pode ser uma ótima oportunidade de ne-gócio. Devem ser buscadas novas estratégias para atrair esse público. A consultora Larissa Leal cita como exemplo os ve-getais de uma quitanda. “Se já estiverem picados, em porções individuais, com certeza terão probabilidade maior de venda. E se estiverem com informações nutricionais, melhor ainda”, destaca. Imagina se forem entregues na porta de casa?
Foi isso que a Viverde Orgânicos pensou. São cestas com verduras, legumes e frutas orgânicas, além de outros produtos que a pessoa pode acrescentar ao pedido. As entregas são se-manais e o serviço oferece três tamanhos de cestas para aten-der as famílias de todos os formatos, sem desperdiçar nada. “Nossos clientes costumam ser pessoas bem organizadas, exi-
gentes e com hábitos saudáveis”, destaca a proprietária, Vivia-ne Moal. Entre os clientes da Viverde, muitos moram sozinhos e não conseguem fazer a feira, ou não encontram facilmente os produtos que procuram.
É exatamente isso que o consumidor single busca: conve-niência, conforto e comodidade. Nesse caso, os serviços de delivery são bem atraentes. Entregas a domicílio de farmácia e supermercados facilitam muito e podem garantir ao segmento maior número de compras. Diante dessas evidências, Larissa afirma: “Tudo que for possível entregar, levar em mãos, sem-pre será bem-vindo”.
Por isso, os serviços de manutenção de casa também estão entre os mais requisitados pelo perfil single. “É essencial co-nhecer as necessidades diárias desse consumidor, assim como seus hábitos de vida e de consumo. Para atender esses clientes é preciso aumentar a flexibilidade de horário de atendimento, além de oferecer soluções completas”, ressalta Adriano Arthur Dienstmann, consultor organizacional da AD Consultores.
No velho coNtiNeNte Foi lançado em junho, na cidade
de amsterdam , na holanda, um restaurante com mesas
para um só cliente. Você não precisa mais dividir o lugar ou
encontrar uma forma de não almoçar sozinho. no eenmaal,
não existe espaço para grupos de amigos, nem mesmo para
namorados ou marido e mulher. são mesas individuais para
criar um clima de calma e silêncio. O benefício é tanto para
quem quer almoçar sossegado quanto para o empreendedor,
já que comer sozinho é mais rápido. isso garante maior
rotatividade em relação aos demais restaurantes.
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febravar
rimeira edição da Feira Brasileira
do Varejo, a FeBraVar, conquista
empreendedores gaúchos e
garante noVidades para o próximo
ano. espaço para troca de ideias e
inoVações em tecnologia Foram
alguns dos destaques do eVento
Pedição da Feira Brasileira do Varejo,
a Febravar. Promovido pelo Sindilojas Porto Alegre, o even-to contou com 46 estandes, 35 expositores e 21 palestrantes. Ao longo de três dias de feira, um público de 3,5 mil pessoas circulou pelo Centro de Eventos do Plaza São Rafael.
Em tempos de e-commerce e redes sociais, a atualização constante torna-se fundamental para competir no mercado. Para cumprir tal mandamento, um dos objetivos da Febravar foi oferecer um espaço para a troca de ideias e informações, além de inovar tecnologicamente e qualificar o varejista bra-sileiro. “O sucesso está garantido”, celebra o presidente da feira e vice-presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, afirmando que o evento deve ser realizado anualmente. Já está confir-mada, inclusive, a demanda de expositores para a segunda edição da feira, que ocorrerá em 2014.
A Febravar trouxe a Porto Alegre grandes nomes no uni-verso do empreendedorismo para conversar com o público du-rante as palestras que formaram o Congresso para o Desenvol-vimento do Varejo. Entre os destaques, Martha Gabriel, George Homer e Mario Sergio Cortella. O congresso foi dividido em grandes temas: tecnologia, gestão de pessoas, planejamen-to e inovação. Além das palestras, as tardes intercalaram mesas-redondas, com apresentação de cases que abordaram
No mês de julho, Porto Alegre sediou A PrimeirA
Um novo momento para o varejo
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Paralelamente à feira, convidados renomados
apresentaram palestras durante o Congresso
para o Desenvolvimento do Varejo
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assuntos como tributos, motivação de equipe e atendimen-to no varejo. “Conhecer novas práticas de gestão e plane-jamento inovadoras, com cases de sucesso no varejo, ajuda os lojistas a se reinventarem sempre, aprimorando seus de-sempenhos”, afirma o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Ronaldo Sielichow.
O que vem pOr aí
Um dos palestrantes da Febravar foi o doutor em Comu-nicação Dado Schneider. Ele afirmou que a expressão “um-bigo no balcão” chegou ao fim: este é o momento de ir para a rua e também para a web. “Saia da loja e olhe com foco no cliente. Gaste a sola do sapato e do mouse”, recomendou. O palestrante lembrou o público da velocidade com que acon-tecem as transformações atualmente. Por isso, é importante ficar atento às gerações futuras, que, em breve, estarão no mercado de trabalho, como a Geração Z. Como legado das gerações anteriores, ficarão os ensinamentos sobre valo-res, atitudes e posturas. A palestra de Dado Schneider foi seguida pela apresentação de Claudio D’Avila, consultor e professor da ESPM-Sul, que abordou conceitos importantes para o sucesso das empresas varejistas. Ao comparar o setor a renomadas obras de arte, D’Avila deixou claro: “No varejo, existem os detalhes que fazem a diferença”. Pensar no longo prazo e não deixar de lado a emoção foram as dicas com as quais D’Avila encerrou sua palestra na Febravar.
Um dos expositores da feira, a Brasil Varejo tem forte co-nexão com os lojistas, realizando eventos técnicos pelo país e também no exterior. “A iniciativa é muito boa, de alta qua-lidade e boa frequência”, avalia o presidente, Marco Anto-
nio Pinto, garantindo a parceria nas próximas edições. Para a Cia. do Notebook, que também participou como exposito-ra, o evento é uma oportunidade para firmar negócios com empresários em busca de soluções para o pequeno varejo, de acordo com a sócia-diretora Priscila Schwarzbold. Coor-denador de vendas da Diferpan, de Canoas, Alberi de Souza Brum compareceu ao evento como visitante, em busca de novidades para o varejo. “Nosso segmento precisava de uma iniciativa como essa”, reconhece.
O recadO de quem entende
O atual ritmo acelerado e um ambiente que integra, cada vez mais, o online e o offline vêm transformando as lojas físicas em espaços de encantamento, experiência e entretenimento. A engenheira pós-graduada em Marketing e Design Martha Gabriel enfatizou que inovar exige observação: “O novo ce-nário é descentralizado e horizontal. Antes não inovávamos, porque as tribos não se falavam. Hoje, com a tecnologia e a melhora da comunicação, há troca de ideias e, consequente-mente, inovação”. O filósofo Mario Sergio Cortella também foi um dos convidados da série de palestras paralelas à Fe-bravar. Em auditório lotado, Cortella lembrou da importân-cia da flexibilidade para mudar o que é ultrapassado: “Mude a estrutura da organização e use a tecnologia como aliada”. Outro ensinamento do filósofo diz respeito às portas que po-dem se abrir quando há atitude: “A oportunidade é como o vento, precisamos ir atrás dela e não esperá-la”.
Com público de 3,5 mil pessoas, feira
apresentou tendências no setor varejista
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O mês de junhO nOs presenteou com um fato quase inédito na política brasileira. O país assistiu a um grande número de manifestações de rua geradas de forma espontânea pela sociedade. Não houve a rançosa participação de partidos políticos ou dos chamados “movimentos sociais”, tais como o MST, a Via Campesina, a UNE, a CUT ou a Força Sindical, que são, na verdade, organizações manipuladas pelos próprios partidos políticos. Salvo erro da minha memória, a última vez que o país viveu algo parecido, em termos de um movimento espontâneo de grande repercussão social, foi durante a Revolta da Vacina, em 1904.
Qual era a mensagem das ruas? O movimento iniciou-se em protesto contra a elevação das tarifas de ônibus urbanos, mas, rapidamente, tomou contornos mais amplos. A população estava, basicamente, se queixando da baixa qualidade dos serviços públicos de transporte, educação, saúde e segurança pública.
A população estava dizendo em alto e bom som que, dado o volume de recursos que o setor público (União, Estados e Municípios) abocanha da sociedade, cerca de 36% do PIB (ou 1,7 trilhão de reais por ano), a qualidade dos serviços públicos deveria ser muito melhor. A mensagem das ruas é que pagamos
uma diária de um hotel de cinco estrelas para receber serviços de um hotel de duas estrelas.
A mensagem das ruas é a mesma que vem sendo apregoada pelo empresariado nacional há anos. Precisamos um Estado provedor, e não necessariamente produtor, de serviços públicos de qualidade. Atualmente o Estado brasileiro é totalmente voltado em si mesmo e não para o atendimento das necessidades da população. Ele vive para arrecadar e arrecada para viver. O Estado moderno tem de ser, em primeiro lugar, um provedor e regulador eficiente de serviços públicos de educação, de saúde, de transporte e de segurança pública de qualidade.
A criança chora quando quer dormir ou quando está com fome; chora porque está desconfortável e não sabe verbalizar corretamente qual é o seu desconforto. O movimento espontâneo das ruas é similar. Ele faz muito barulho sem conseguir verbalizar de forma clara e sucinta as suas demandas. Mas a leitura dos cartazes exibidos nas manifestações e o discurso dos manifestantes não deixam dúvida. A sociedade está cansada de sustentar um Estado que não oferece serviços públicos condizentes com a carga tributária que é cobrada. O desafio dos políticos é, portanto, fazer menos discursos e mais gestão.
Marcelo PortugalConsultor econômico da Fecomércio-Rs
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A voz dAs ruAs e o empresAriAdo
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monitor de juros mensal
O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de
crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras. O Monitor
compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira
semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis
modalidades de crédito à pessoa jurídica.
Capital de Giro Com prazo até 365 dias
Cheque espeCial
anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito
no
tas
Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias
Conta Garantida
desConto de Cheques
Na modalidade de capital de giro até
365 dias, os dois bancos com as taxas
médias mais baixas permaneceram
os mesmos na comparação com
junho. De modo geral, não houve
alterações significativas nos juros da
modalidade, à exceção do HSBC
que, apesar de alguma variabilidade
em seu histórico, aproximou-se das
taxas mais baixas.
Na modalidade de cheque especial,
em julho observou-se, em geral,
estabilidade das taxas médias. O
Banrisul interrompeu a sutil tendência
de elevação do mês passado e, com
isso, manteve a primeira colocação.
Apesar de elevação na primeira
semana de julho, a taxa média do
Banco Safra permaneceu em queda
ao longo do mês anterior.
Na antecipação de faturas
de cartão de crédito, o Banco
Safra manteve-se com a taxa
média de concessão mais
baixa, apesar de tendência
tênue de elevação ao longo
de junho. O Banrisul, com taxa
média praticamente constante,
permaneceu no segundo lugar.
Na modalidade de capital
de giro acima de 365 dias,
observou-se uma tendência
geral de elevação das taxas
médias na comparação
com o mês passado. Apesar
disso, a Caixa, com juros
médios praticamente estáveis,
manteve-se na primeira
posição em julho.
Na modalidade de conta
garantida também se registrou,
em geral, a baixa variabilidade
tradicional em julho. Com sutil
tendência de elevação, a taxa
média do Santander passou a ser a
quarta mais baixa. Assim o Banrisul,
muito próximo do Banco do Brasil,
retomou o segundo posto.
Na modalidade de desconto de
cheques, o Banco Safra, apesar de
apresentar elevação, permaneceu
com a taxa média de concessão
mais baixa em julho. Caixa e Banrisul,
com taxas praticamente estáveis,
mantiveram, respectivamente, a
segunda e terceira colocação na
comparação com junho.
1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito e financeiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, as mesmas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal.2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre as mesmas.3) Período de coleta das taxas de juros: 01/07/2013 a 05/07/2013.
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Jun
0,99
1,22
3,44
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1,63
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1,61
1,88
1,86
Jun
4,48
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7,79
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Jun
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2,31
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Jun
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1,09
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2,06
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5,79
Jun
1,40
1,65
1,86
2,19
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2,40
2,37
2,59
Citibank
Banco do Brasil
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Santander
Caixa
Banco Safra
Bradesco
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Banrisul
Caixa
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Banco do Brasil
Santander
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Banrisul
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Citibank
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Banco Safra
Caixa
Banrisul
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Santander
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Banco do Brasil
Bradesco
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1,32
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Jul
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1,37
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1,75
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1,82
Jul
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2,08
2,28
2,33
2,56
3,59
3,91
5,58
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2,39
2,42
2,43
2,60
É permitida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, elaborado pela Fecomércio-RS, desde que citada a fonte. A Fecomércio-RS não seresponsabiliza por atos/interpretações/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações.
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Sempre fui contra a realização da reforma política, principalmente dentro dos parâmetros em que essa discussão tem acontecido. Sei que minha opinião diverge da ampla maioria dos cientistas políticos e analistas, que raramente escondem seu fascínio pelo reformismo, imaginando ser possível estabelecer um modelo político perfeito que se sobreponha aos vícios individuais. Na academia, essa discussão existe desde a redemocratização. Em certa medida, muitos intelectuais escolhem debater esse tema por conveniência. Além de ser um tema simples, em que a verdade das conjecturas somente será aferida pela História, não é difícil encontrar plateia disposta a debater o assunto. Se tivessem escrito o “manual dos formadores de opinião”, defender um modelo político ideal estaria no primeiro capítulo.
Imagino que esse tenha sido parte do raciocínio do governo ao responder às manifestações de junho com uma proposta de reforma política. Em tese, não existiria cortina de fumaça mais apropriada do que essa: um assunto com eco na sociedade, capacidade para gerar agenda no
Legislativo e possibilidade de realização próxima de zero. E ainda, se por obra do destino viesse a acontecer, abrir-se-iam as portas para a construção de um modelo sob medida aos interesses do status quo. Os proponentes da reforma só não avaliaram que essa pauta não constava nos cartazes dos manifestantes.
Reformar a maneira como os políticos são eleitos não irá melhorar a qualidade dos serviços públicos, nem aumentar a capacidade de investimento do Estado, o que, em síntese, são as principais reivindicações da sociedade brasileira. As reformas de que o país precisa passam por uma ampla revisão do papel do Estado na sociedade e da maneira com que o patrimônio público é gerido. Seria impossível esgotar esses assuntos nesta página, mas a notória rejeição da sociedade à reforma política proposta às pressas é um sinal evidente de que, na média, os eleitores estão cada vez mais bem informados, atentos e esclarecidos. No ano que vem os políticos que desejarem conquistar esse eleitor precisarão elevar a qualidade do debate eleitoral. O eleitor está se qualificando, e isso é positivo para a democracia.
RodRigo giacometconsultor político da fecomércio-rS
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O fetiche da refOrma pOlítica
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pelo mundo
Vendas nas alturas A rede de supermercados Emart recorreu à tecnologia para surpreender potenciais consumidores e divulgar a marca. Com a ajuda da agência criativa Cheil, a empresa desenvolveu a campanha Loja voadora, que consistiu em espalhar
balões controlados por controle remoto e equipados com roteadores wifi nos locais de maior circulação de Seul.
As pessoas eram convidadas a acessar a internet nos smartphones e recebiam vouchers de desconto para compras nas lojas físicas e online. O resultado foi um aumento de 9,5% nas vendas nos pontos de loja em
janeiro, em comparação com o mesmo período de 2012. No e-commerce, o crescimento chegou a 157%.
aVentura gastronômica Você já imaginou receber todos os meses em casa uma caixa de produtos típicos de cidades ao redor do mundo? Pois saiba que um negócio com essa proposta já existe nos Estados Unidos e funciona por assinatura. Sediada em Nova Iorque, a Try The World (Experimente o Mundo, em português) oferece pacotes para os clientes conhecerem a gastronomia de destinos turísticos famosos ou exóticos.Fundada em fevereiro, a startup vende assinaturas de três, seis e doze meses. Na estreia, o pacote temático de Paris foi negociado por US$ 49,50 e continha merengues cobertos de chocolate, geleias e antepastos, mas a principal atração eram os chás do Le Palais des Thés. Em entrevista para a rede de televisão CBS, a empresária Katerina Vorotova mostrou confiança para o futuro. “Nosso consumidor quer conhecer a culinária internacional sem os altos custos de uma passagem de avião. Com o aumento do interesse em turismo, existe uma grande oportunidade de mercado”, acredita.
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Pelo social Quem sempre reclamou do uso excessivo dos celulares em eventos sociais agora tem um aliado. A cervejaria gaúcha Polar lançou um porta-garrafa capaz de anular o sinal dos dispositivos móveis. Assim que a cerveja é inserida, o objeto acende um sinal luminoso e o sistema entra em funcionamento. O bloqueador
de sinal é semelhante ao instalado em presídios, mas o raio de abrangência é de apenas 1,5 metro. O porta-garrafa usa uma bateria recarregável capaz de durar em média 4 horas.
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DICAS DO MÊS
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livro
o guia da eficiênciaLançado em 2009, O verdadeiro
poder já tem o status de clássico na literatura brasileira de negócios.
Escrito pelo consultor e gestor Vicente Falconi, o livro é uma
referência para empresários como Jorge Gerdau Johannpeter, do Grupo
Gerdau, e Pedro Moreira Salles, do Itaú-Unibanco. Essa admiração não é por acaso. A obra apresenta,
por meio de cases e exemplos vivenciados pelo autor, os desafios para que as organizações consigam
se desenvolver e expandir.Voltado para a alta
administração, o livro traz os conceitos desenvolvidos por Falconi
entre 1997 e 2009, período em que foi conselheiro da Ambev e da
Sadia, em uma linguagem didática e direta. Assim, O verdadeiro poder
se coloca como um guia para os empresários consultarem a
qualquer momento, esclarecendo dúvidas e indicando ações para que
os gestores tenham o controle do rumo dos negócios em suas mãos.
Ficha técnicaTíTulo: O verdadeiro poder
AuTor: Vicente Falconi
EdiTorA: INDG
NúmEro dE págiNAs: 159
a força da automotivaçãoNunca deixe de lutar pelos seus
sonhos. Esse é o mote do drama
À procura da felicidade, lançado
em 2006. No filme, o personagem
principal – Chris Gardner,
interpretado por Will Smith – é um
pai de família em dificuldades
financeiras. Abandonado pela
esposa, ele concilia o sonho
de conquistar um emprego no
mercado financeiro com o trabalho
de vendedor de aparelhos médicos
e a criação do filho de 5 anos.
O longa, ao mesmo tempo que
emociona, também mostra a
importância de se ter um plano
para chegar até onde se deseja.
Humildade, disciplina e obstinação O documentário Jiro dreams of sushi conta a trajetória
do octagenário sushiman Jiro Ono, proprietário e chef de um restaurante no metrô de Tóquio. Ainda que simples, o estabelecimento possui três estrelas no Guia Michelin, e quem deseja ser atendido precisa fazer a reserva com
meses de antecedência. A receita do sucesso? As décadas de esforço em busca da perfeição em tarefas aparentemente
comuns, mas essenciais para a qualidade do produto, como a escolha, o corte e o preparo do peixe. O filme, de 2011,
ensina que sempre há espaço para evolução – e ele sempre se esconde nos detalhes.
Ficha técnicaTíTulo: Jiro dreams of sushi
dirETor: David Gelb
roTEiro: Renee Schonfeld
durAção: 81 minutos
Rep
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uçã
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Ficha técnicaTíTulo: À procura da felicidade
dirETor: Gabriele Muccino
roTEiro: Steve Conrad
durAção: 117 minutos
film
e/dram
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