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ED
TOR
S PUR TM OS
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Por: Terry L. Jonhson
EDITOR
OS PURfl NOS
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Adoração Reformada
A Adoração ue
É de
Acordo com As Escrituras
ª Ediçllo
Junho
de 2001
Traduzido do
original em inglês:
R1/ormed Worship Is According To Scripture
Teny L.
Johnson
Salvo indicação
em
contrário, as citações bíblicas foram extraídas da versão
Revista
e
Atualizada
(t .
edição,
1993)
de João
Ferreira
de
Almeida.
e
Socie-
dade
Bfblica do Brasil.
t proibida a reprodução
total ou
parcial
desta
publicação,
sem autorização
por
escrito dos
editores,
exceto citações em resenhas.
Bdiçdo em
Português:
Manoel
Sales Canuto
f'radurl o:
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Vasconcelos
R1vtsao:
Claudete
Agua de _elo
Editoração Eletrônica e
Capa:
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Os
Puritanos
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SUMÁR O
1. Buscando orientação 9
Questões
introdutórias 11
Importância
22
Aadoração começa com Deus 27
2. Adoração 'Em Verdade 31
De
acordo
com
as
Escrituras
31
Cheia
das Escrituras 4
3.
Adoração
Em
Espírito -----------------------------·- 47
Interna
ou do
Coração
47
simples--------------------------------------- ;.
52
Reverente
56
4. Concluindo o Assunto-----------------------:---------- 63
[7]
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BUSC NDO ORIENT ÇÃO
A
RTIGOS DE
JORNAIS, REVISTAS
E TÍTULOS
LIVROS,
têm focalizado
a questão experimentada praticamente por todas as con
gregações da América: A Guerra da Adoração .
1
E ela não
se restringe às nossas igrejas. A mesma batalha que divide as
nossas congregações entre jovens e velhos, modernos e tradicio
nais, brancos e
rr:tinorias,
também divide agências missionárias,
campos m ~ s o n á r o s e igrejas nacionais ao redor do mundo.
As
influências da geração baby boom· da cultura de massa e do
movimento carismático, têm cooperado para trazer uma mudan
ça
rápida, controvertida e popular. As formas de adoração tradi
cional: as ordens históricas do culto, os órgãos, os hinos,
os
sal
mos metrificados, o credo, a oração pastoral , os sermões bíbli
cos, tudo isso tem sido substituído pelas formas engendradas
pela cultura coritemporânea: o soft rock o formato coloquial e
amigável de se expressar, a atmosfera informal, o retroprojetor e
os
sermões tópicos direcionados às necessidades imediatas.
Igrejas Presbiterianas e Reformadas não têm ficado de fora
dessas tendências ou das conseqüências desse conflito. Toda a
variedade de estilos , da busca amigável à contra-reação
litúrgica contemporânea dos carismáticos, podem ser encontra
dos até nas denominações Presbiterianas conservadoras. Se um
observador da atualidade estiver certo, grande parte dessas
inovações forma um todo irresistível.
2
Na resenha de um livro escrito por um teólogo .Reformado
que se propõe a fazer uma entusiasmada defesa da adoração
1
Por exemplo: Michael S.Hamilton, The Triumph of the Praise Songs: How
Guitars Beat
Out the
Organ
in.
the Worship Wars , Cristianity Today (12 de julho de 1999), pp. 29-32; Elmer Towns,
Putting ah
End
to
Worship Wars (Nashville: Broadman Holman Publisher, 1997).
'
Geração nascida logo após
a II Guerra
Mundial, quando houve
um
explosivo
aumento
do
índice
de natalidade.
' Emily
Brink,
Trends in Christian and Reformed Worship , Calvin Theological Journal (1997),
395-407. Ela afirma
que
o culto Reformado tornar-se-á mais genérico (pegando empréstimos
principalmente
do
movimento
carismático),
mais
diversificado,
mais
experiencial e
menos
racio-
nal, mais emocional, fará um maior uso
do
laicato e se baseará em um calendário eclesiástico.
[9]
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Adoração Reformada
-
AAdoração
Que Éde
Acordo com
As Escrituras
c o n ~ e m p o r â n e a Jarryl Hart faz a seguinte pergunta: Pode ser
mais agradável, mas será que é Reformada? .
3
A convicção as
sumida, mas não comprovada entre esses que fazem as mudan
ças, é que a
fé
Reformada pode ser enxertada em qualquer for
ma de adoração, seja ela reavivalista, litúrgica, carismática,
contemporânea e ainda assim florescer. Essa é urna teoria inte
ressante, mas ê somente urna teoria e permanece sem provas.
Além do
mais, há boas razões para ceticismo. Minha própria
formação encoraja consideráveis reservas. Fui educado numa
tradição Batista reavivaUsta e freqüentei a Igreja Comunitária
da
GraÇa
de ·John MacArthur durante
os
meados
de
1970.·
Des
sas duas fontes desenvolvi uma alto conceito da pregação, tan-
to expositiva como evangelística.
Como
estudante da Universi
dade do Sul da Califórnia, recebi ampla influência dos
carinhos e das canções bíblicas do
Maranatha Music
e do
Movimento
Jesus
dos quais na ocasião eu gostava muito. Deles
eu aprendi algo sobre o poder de mover as emoções, exercido
pela música. Meus dois primeiros anos
de
seminário foram pas
sados no Trinity College,
em
Bristol, na Inglaterra, onde, pela
utilização diária do
Livro
Comum
de Oração
aprendi o valor da
estrutura litúrgica reverente. Conquanto aprecie essas tradi
ções, eu não creio que elas ofereçam as formas que são adequa
das para expressar e perpetuar a
fé
Reformada.
À
igreja baixa
da Inglaterra falta o senso da glória e da majestade de Deus,
que resulta da adoração bem-ordenada e teocêntrica. á as i
grejas conservadoras anglicanas, pecam quanto à falta da es
pontaneidade e do sentimento pessoal que são peculiares à a
doração Reformada,
com
suas orações espontâneas e pregação
expositiva. O equilíbrio bíblico e experimental que é. caracterís
tico da
Fê
Reformada ê
~ e l h o r
expresso na forma
de
culto que
'
Darryl
Hart, It May
e
Refreshing But Is t Reformed? ,
Calvin
Theological
Journal
32 (1997),
p.
407ss
O
livro resenhado
é
Worship in
Spirit
and Truth A Refreshing
Study
o
the
Principies
Pratice
of Biblical Worshfp de John Frame (Phillipsburg, New Jersey: Presbyterian
Reformed
Publfshers,
1996). Com
a
publicação
de
seu segundo
volume
sobre
esse
assunto, Contemporary
Worshfp Musfc: A Bfblfcal
Preference (Phillfpsburg,
New Jersey: Presbiterian Reformed
Publishers,
1997),
Frame
firmou-se como o teõlogo da Nova
Escola
da atualidade.
Por
isso, estaremos intera
gindo regularmente
com
ele
à
medida que
desenvolvermos
a
visão histórica da adoração Reforma-
~ . .
[10]
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Buscando
Orientação
ela gera, isto
é,
a tradição Reformada de culto. Além
do
mais, é
questionável que o ethos Reformado, isto
é,
aquele conjunto de
elementos, tais como teologia, modo de ver a vida e o mundo,
forma de governo, piedade, adoração, enfim, tudo o que nos
'faz de fato ser Reformados, possa ser enxertado
em
formas es
tranhas
de
adoração e ainda assim sobreviver.
Não
foi por acaso que o próprio Senhor Jesus se envolveu
no debate sobre a adoração com a mulher samaritana
junto ao
poço .(Jo 4:7ss). Não há nada
de
novo nessa controvérsia. Suas
palavras tão básicas sobre o assunto nos oferecem
os
princípios
pelos quais tentaremos tratar a importante questão que enfren
tamos. u ~ questão? Para não perder o rumo, deixe-me
tent r
enquadrá-la da maneira mais específica e precisa ·passível. En
tre as milhares de abordagens e formas pelas quais se pode tra
tar o assunto adoração, eu proponho a seguinte questão: que
devemos fazer no Culto Público de
Adoração
no Dia do Senhor?
Creio que essa simples questão irá prover o foco necessário, se
quisermos tocar no cerne da questão, para não nos perdermos
em
debates secundários.
Esse
modo de abordagem nos ajudará
a fazer a distinção necessária, se quisermos evitar confusão.
Deixe-me explicar o que não quero dizer sobre o assunto antes
de colocar, com ênfase, o que eu penso.
Questões
introdutóri s
Público versus Particular
Em primeiro lugar, a questão a ser considerada não é o que
poderia ser uma expressão válida de adoração na privacidade de
_nosso
quarto, ou no contexto da família. Alguns escritores da
atualidade tendem a obscurecer a distinção entre adoração, pú
blica e particular, quando não a atacam abertamente.
4
No
en-
' John Frame,
Worship,
p.
44ss.
Frame·
afirma
que a
aplicação do principio
regulador
somente ao
culto
formal
ou oficial
é
não-bfblico . u
Novo Testamentó simplesmente.
não
faz
essa
distin
ção , ele diz, de
modo
que
é
virtualmente
impossível
provar que algo seja divinamente requerido
'specificamente
para
o
culto público Worship
p. 44).
le
classifica isso
de visão
Puritana'', e
conclui que
se
o
principio regulador
se
aplica
a
tudo,
então
deve ser aplicado
a
toda
adoração,
pilblica e
privada, formal
e
informal. Ele
argumenta
vigorosamente
a favor
dessa visão. Eu rejeito
a limitação do
principio
regulador ao culto público ( .. ) ( ( ••) ) ele
governa
toda a
adoração
[ ]
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Adoraç6o Reformada - ÁAdoraç6o
ue de
Acordo com
As Escrituras
tanto, a distinção entre comportamento público e
privado
é a
tônica
da
aplicação
da
sabedoria bíblica (veja o livro de
Provér
bios). Por exemplo, o vestuário
que
pode
ser
o
mais
apropriado
na privacidade, seria qualificado
de
ousado, provocativo e se
dutor se simplesmente fosse exposto ao público. ·Funções natu
rais, que
se
constituem
um dom de Deus quando
expressas
na
turalmente no
recesso
do lar,
em público seriam
julgadas
como
vulgares, rudes e até
mesmo
malignas. A intimidade conjugal é
perfeitamente
válida
e justa
quando
usufruída na reclusão do
quarto do casal,
mas
se fosse exposta ao
público,
o que é
per
feitamente
válido se
torna imediatamente ímpio e maligno. Em
matéria
de
adoração, o Senhor Jesus ensinou que que seria
apropriado ~ termos de posturas e express.ões na
oração
em
particular seria inadequado em público, principalmente porque
poderia atrair a atenção para a pessoa. Acolocação praça
v rsus
quarto âs portas fechadas é crucial (Mt 6:4-6). Em relação à
Ceia
do
Senhor, o apóstolo
Paulo
é direto:
Não
tendes, porven
tura, casas onde comer e
beber?
(1Co 11:22). O comer,
que
seria muito bem apropriado em casa, não o seria em público.
Também
hã perguntas que
seriam
bem-aceitas
se fossem
feitas
em casa, mas não deveriam ser
feitas na assembléia
pública
(1Co
14:35).
Esses
poucos exemplos ilustram
como
o ponto
da
distinção entre o público/privado é vital, e que a Bíblia,
ora
explicita
ora
implicitàmente, insiste que é
necessário
fazer. Ela
é enfática em determinar normas tanto éticas
como
litúrgicas.
Porque aquilo
que pode ser permitido no culto doméstico pri
vado, ou em outras reuniões informais, não significa necessari-
(lnf11e
dele), quer
formal
ou Informal ( ••) ( ( •.) )
Limitar
a
doutrina
ao culto oficial é
roubar
a
sua
força
bfbltca
Worshlp, pp.
44,
45).
Mas
como
sempre
acontece,
alguém deve
estar
se
per
guntando a
qual
dos Puritanos Frame
está
se referindo. Nenhum Puritano,
ou
pelo menos nessa
mat6rfa,
nenhum
dos mais
tmportantes
porta-vozes do principio regulador teria dito que ele só se
aplica ao culto
pllbltco
e não ao culto
privado.
m vez
disso,
eles
insistiram, e riôs também, que o
principio se aplica
dffar1nt11mente.
Por
exemplo,
não se pode sacrificar um o ~ e no culto domésti
co, ou
queimar
Incenso, enquanto
deve-se ler
a Blblia, cantar Salmos e orar.
m
cada instância a
apltcaçlo
seria a mesma,
põblfca
e
privada.
Por outro
lado,
não se
deve,
(como os
Puritanos
teriam argumentado), ministrar os sacramentos na
adoração em
familia Por
quê? Pelo menos num
aspecto
a
resposta
seria
porque
o principio regulador se
aplica
diferentemente. Oque é
permitido
publicamente, e chamado de
ato
oficial
de
culto,
não é
permitido
particularmente. Toda
adoração
entlo 6 regulada pela
Palavra de
Deus,
mas
aplicação
é
diferente em contextos diferentes,
se
formal ou Informal, pObllco ou privado.
[12]
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Buscando Orientação
amente que seja apropriado em público.
Por
exemplo, no culto
doméstico nós podemos comparecer de pijamas. Eu posso fazer
perguntas aos meus filhos, anotar seus pedidos de oração e
permitir que sugiram a seleção
de
cânticos.
Mas
tal vestuário e
essa interação entre pai e filhos, normalmente seriam impró-
prios para o culto público. Num pequeno grupo
de
estudos, to-
dos podemos discutir a passagem que está sendo estudada e
dar palpites sobre como ela deve ser entendida e aplicada. Nós
podemos, inclusive, tomar café e comer bolachinhas enquanto
discutimos.
Tudo
isso pode ser inofensivo e apropriado num
contexto de reunião informal e particular.
Mas
não .no culto
público. A questão não
é,
então, o que pode ser uma prática
válida para a nossa devoção particular, no culto doméstico, ou
nos pequenos grupos de estudo bíblico.
Nosso
interesse está em
determinar quais são as atividades apropriadas à reunião
do
Dia
do Senhor. Laboramos
em
erro
se
pensamos que a Bíblia não
faz essa distinção, e erro maior é pensar que nós mesmos não
devemos fazer tal distinção.
Amplo versus ''Limitado
Segundo,
a
questão não é o que qualifica a adoração no
sentido abrangente em oposição
ao
limitado. Podemos perfei-
tamente salientar que o apóstolo Paulo compara toda a vida a
um culto de adoração no qual apresentamos nosso corpo em
sacrifício vivo e santo num culto espiritual (Rm 12:1). Há,
de fato, um sentido no qual podemos glorificar a
Deus
com to-
da a nossa vida. Isso é verdade quando comemos, bebemos ou
fazemos qualquer coisa (1Co 10:31). Isso é adoração num sen-
tido amplo . Nesse sentido eu posso dizer que honro e adoro a
Deus
mesmo quando cavo
um
fosso, empino pipa ou dou banho
nas crianças.
Tudo
isso está muito bem e é bom, mas algumas
discussões recentes têm ·obscurecido essa distinção
ao
afirmar
que o que qualifica o primeiro pode também pertencer ao último.
5
' Frame, Some Questions About the Regulative Principie ,
Westminster
Theo/ogfca/ Joumal
vol.
54,
(1992),
pp.
357-366.
m
outro
lugar
Frame
diz que não há
uma
clara
distinção entre o
que
somos
na reunião
e o
que
somos
fora
dela ( .. ) a
diferença de adoração
no
sentido mais
amplo e
adoração
no
sentido mais
estrito,
é
apenas em grau
(
Worship p. 34).
[13]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Reformada -
AdoraÇão
ue
·t de Acordo
com
s Escrituras
Então alguns declaram que porque
Deus
pode ser glorificado
por meio da música, da dança, do teatro, dos vídeos clipes, ne
nhuma objeção déveria ser levantada contra o seu uso no culto
público.
Mas
o fato de uma coisa glorificar a
Deus
no todo da
vida , não responde à questão sobre se aquilo deve ou não fazer
parte do culto.
Nós
podemos apreciar todas essas atividades, e
acharmos que de fato
Deus
pode ser honrado por meio delas, e
mesmo assim não aprovar que sejam admitidas no culto público.
Se eu devo ou não cavar
um
fosso, empinar pipas, ou dar banho
nos meus filhos no contexto do culto publico não é a mesma
questão se
Deus
pode ou não ser glorificado por meio dessas coi
sas. Simplesmente não é verdade que toda atividade e expressão
que glorifica a Deus pode, por causa disso, ser transportada do
contexto amplo de adoração, para o contexto particular da as
sembléia pública. A questão específica que precisamos responder
é: o que deve ser feito no culto público do Dia do Senhor?, e
·não
o que glorifica a
Deus
de um modo
geral?6
Permitido Versus Apropriado
Terceiro, a questão não é meramente o que pode ser permi-
tido ou
o
que
pode ser tirado e ainda
permanecer no limite
do
que
exige a regulamentação das
Escrituras. A adoração Refor
mada não pode ser reduzida a um princípio regulador, particu
larmente a um princípio estritamente construído, mais do que
a
Fé
Reformada pode ser limitada aos Cinco Pontos . O
princi ;.
pio regulador interpretado meramente como uma lista de elemen
tos aprovados e desaprovados não atinge (quando entendido es
tritamente) o ingrediente fundamental da adoração: a reverência.
Não
toca na questão
do
decoro, por exemplo.
Não
trata das pala
vras e ações apropriadas quando se fala de reverência a
Deus.7
Não
nossa questão
é
o que deve ser feito no culto público.
Pode ser
p e r m i ~ i o
para uma igreja começar sua adoração com
' Veja a
resposta
de
T
David Gordon a
Frame
uso
me
Answer About the Regulative PrincipleN
Westminster
Teological
Journal vol.
55, (1993),
pp.
331-329.
'
Nós
estamos
deixando
de
lado
por
enquanto
a
questão
sobre
se
o
princfpio
regulador
deve
ou
não ser construido de modo estrito. Uma
vez
que o princípio regulador tem como suporte o ter
ceiro
mandamento
temos a reverência e outros assuntos
relacionados
contidos no
seu
escopo.
(14]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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uscando Orientação
o cântico Fundo Largo , e então cantar corno segundo hino
Zaqueu Pequeno
Corno Um
Anãozinho e concluir o culto com
A
B-Í-B-L-1-A .
A
Escritura não proíbe isso , um biblicista
estrito poderia dizer.
8
Mas
todos concordamos que isso seria no
mínimo impróprio.
Ou
que não deveria ser feito em circunstân
cias normais. E pensamos assim, não porque exista um verso
das Escrituras que proíba essas canções infantis, mas por causa
de um senso geral do que é apropriado à natureza da assem
bléia reunida para adoração no culto público
do
dia
do
Senhor.
Nem
todas- as questões sobre adoração e vida são respondidas
pela aplicação direta de um verso da Bíblia.
Na
verdade, esse é
um
modo legalista e fundamentalista de fazer as coisas.
Em
vez
disso, viver corretamente consiste muito pouco em aplicar re
gras bíblicas às circunstâncias, antes requer a iluminação do
Espírito Santo e sabedoria em observar os princípios gerais ao
se tornar as decisões diárias.
Os
fariseus limitavam a aplicação
da Bíblia
a
palavras específicas - não matarás, como apenas
não cometer assassinato, e assim por diante - ignorando todas
as demais aplicações abrangentes.
Mas
é
na
aplicação abran
gente que mais somos atingidos na nossa experiência de vida, e
foi
aí que Jesus criticou
os
hipócritas dos seus dias
(Mt
5:21-
48). A maior parte da vida é vivida nas entrelinhas dos man
damentos explícitos.
Por essa razão, os apóstolos regularmente apelavam para o
que era conveniente , aplicável ou ainda próprio à luz dos
mandamentos explícitos das Escrituras, sem, contudo precisar
exatamente o que essas coisas significavam. Eles esperavam
que
os
crentes aplicassem sabedoria e discernimento no que
fosse apropriado. Então, ternos de julgar o que
é
próprio (do
grego prepo = ser conveniente, aplicável, apropriado), por e
xemplo, acerca do comprimento do cabelo, mesmo que seja pa
ra discernir a questão a partir da natureza (1Co 11:13). Paulo
'
Perdemos
a
conta das
vezes em que Frame alega
que alguma prática
tradicional é
antibíblica
ou que a Escritura não diz em parte
alguma
ou que não há
razão
bíblica ou
que
a Escritura
não ordena
em lugar algum sobre uma
certa
prática quando na verdade ela. se
baseia
tanto
em
exemplos
bíblicos
(não
apenas
mandamentos)
quanto
no sentido
de
ser apropriada com respeito
ª
,.11l+n
ni 1hHrn
I A . l " l r ~ h ; n vH
J.J. &;. ;I 1n
1;
82, 93, 104, 129, etc. (
••
)
[15]
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Adoração
Reformada -
Adoração
Que
de Acordo
com As
Escrituras
'
diz a Tito para falar as coisas que são
convenientes
(do grego
prepei)
à sã doutrina (Tito 2:1).
As
mulheres devem adornar
se com vestuário apropriado
prepei)
(1Tm 2:9, 10). Paulo diz
aos Efésios para que evitassem falar o que não fosse próprio
prepei)
(Ef 5:3, 4).
Nos
dois últimos casos alguns detalhes são
explicitados.
As
mulheres devem se vestir modestamente e
discretamente . Elas devem evitar a ostentação evidenciada
pelo frisado do cabelo e uso de· ouro ou pérolas e vestuário dis
pendioso. Conversação torpe e chocarrices são listados co
mo
palavras inconvenientes. Mas nesses e noutros. casos, o
ponto preciso em que se cruza a linha
entre
o pudico· e o impu
dico,
entre
o discreto e o indiscreto, entre o ridículo e o vul
gar, não está explicito. Nós só podemos saber por meio
do
Espí
rito de sabedoria que nos é dado. Quando uma saia é muito
curta? Em algum ponto ela se torna curta e o pecado da imo
déstia
é
objetiva e realmente cometido. A determinação disso
terá
de
ser feita por meio de um julgamento· subjetivo.
No
en
tanto a falha no julgamento subjetivo leva ao pecado objetivo.
Quase todas·
as
questões de. comportamento (por exemplo, a
mor, pudicícia, frugalidade, integridade) são resolvidas dessa
ma.neira, em aplicar a sabedoria às questões que se encontram
além da aplicação de mandamentos específicos.
Na
adoração, a mesma forma
de
julgamento é requerida.
Nós
não devemos meramente perguntar sobre o que
é
permitido, mas
sim o que
é
apropriado, conveniente. Por exemplo, somos orde
nados a adorar com reverência e santo temor (Hb 12:28). Há
formas de cantar, orar e pregar que são irreverentes.
Há
palavras
e ações estranhas que, para com a natureza de
Deus,
do culto e
do que se requer quanto à reverência, são totalmente impróprias,
inconvenientes e inaplicáveis. Mas
em
nenhum desses casos po
demos chegar a essa conclusão por causa
de
um verso especifico
das Escrituras que diga, por exemplo,
Não
começarás o culto jo
gando basquete no corredor principal da nave do templo (como
fez um pastor presbiteriano tradicional).
Não
se encontrará ne
nhum verso que diga especificamente que as saias podem estar
um
centímetro acima dojoelho,
mas
nunca um centímetro e .mei
o.
Um pregador de televisão levou sua congregação a responder
[16]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
http://slidepdf.com/reader/full/adoracao-reformada-terry-ljohnso 18/70
Buscando Orientação
entusiasticamente, depois de
um
belo solo:
E
todos
os
filhos
de
Deus disseram " Então todos
ao mesmo
tempo responderam
U-
au" Não
há um verso sequer na Bíblia que proíbá Uau como
responso litúrgico.
Coisas
como
essas
são
discernidas pela sensa-
tez Bíblia espera e ordena que não nos limitemos a uma estru-
tura
de
culto estreita, legalista e fundamentalista daquilo que é
permitido no culto, e ensina, em vez disso, o que
deve
ser feito
quando a assembléia
se
reúne para a adoração.
Todas as
coisas
me são licitas"
diz
o apóstolo,
mas
nem todas convêm" (1Co
5:12;
1 0 : 2 3 ~
N6s versus
Eles
A questão não é o que eu pessoalmente quero, ou que a
minha
congregação
quer, ou o que minha
geração
quer, ou, não
permita Deus, o que meu
partido
quer. A questão é o que se
"deve" fazer. Essa uma questão que deve ser levantada, não
só para o nosso grupo,
mas
para toda igreja reunida O que
nós devemos fazer no culto público?
Por
mais
de
urna geração
essa pergunta tem sido respondida idiossincraticarnente,
com
cada ministro de louvor ou "equipe de louvor", igreja ou gru-
pos, tomando sua própria decisão
sem
olhar para a comunhão
dos santos e a unidade da igreja
como
um todo. Isso não pode
continuar sendo aceitável para urna igreja que se diz universal,
com
denominações interligadas.
Há um
só batismo, não muitos
(Ef
4:4ss). Quando o batismo e outras formas de adoração são
múltiplos, é virtualmente impossível que a igreja permaneça
unida.
Se
a igreja não está unida na adoração, não estará unida
em
nenhum outro sentido, ainda que se tente qualquer coisa
para se dizer o contrário.·
As
questões da unidade e da diversi-
dade são antigas e complexas,
mas
não podemos senão chegar
à
conclusão de que
em
nossos dias a unidade tem sido com-
prometida pela diversidade. Não existe mais urna identidade
de
culto entre as Igrejas Presbiterianas e Reformadas. Corno já pu-
demos notar, algumas congregações têm seguido um tipo
de
titurgia tradicional, outras preferem a adoração contemporânea
da "busca de emoções", e outras ainda tentam urna posição
entre
os
dois extremos.
Essa
situação não tem precedentes n
[ 7]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Reformada Adoração Que
É
de Acordo
com
As Escrituras
história
p r á ~ i c
das igrejas Reformadas, uma tentativa que sur
giu, sem dúvida, a partir
de
nobres intenções,
como
evangelis
mo,
interação entre
as
pessoas, mas
de
conseqüências sérias
que não têm recebido a atenção que merecem. Por exemplo,
como uma denominação Reformada pode lidar com membros
que se mudam para outra igreja da própria denominação, cuja
prática de adoração é completamente diferente? á menciona
mos
essa bizarra · situação, que evidencia a divisão existente
entre as formas tradicional e contemporânea de adoração.
A
queles que pensam que ser leais aos
Cinco
Pontos" e
à
doutri
na da inerrância irá manter unida a denominação, subestimam
o poder emotivo das formas atrevidas.
9
Conseqüentemente perguntamos:
Como as
·Igrejas Presbite
rianas tradicionais poderão deixar de se fragmentar em milha
res de diferentes facções, se o multiculturalismo litúrgico de
hoje não for refreado? O moderno "pensamento otimizado" em
rnissiologia insiste numa forma distintiva de ministério que
atinja as diferenças e preferências de gostos de cada cultura,
tanto doméstica como estrangeira.
1
º
Tal ministério inclui a ado
ração pública das igrejas. Sendo assim,
os
jovens devem
ter
seu
louvor e os mais velhos o deles. Da mesma forma
os
·hispânicos,
os
afro-americanos,
os
asiáticos, e, presumivelmente,
os
serta
nejos,
os
skatistas,
os
surfistas, etc. Atrás desse pensamento
está a concepção de que toda forma de música, linguagem e
formato são equivalentes, um relativismo estético, se você pre
ferir.· Rotulam de elitismo todo esforço
em
direção
à
adoração
apropriada, à urna estética padronizada, à tradição Reformada,
ou unidade na adoração. É difícil
imaginar
uma
filosofia
mais
perfeita para
separar
dividir as igrejas
em
grupos afins m
autor contemporâneo refere-se a esta geração de ministérios
específicos, como "a sala dos espelhos" "Quando isso vai pa
rar?", ele pergunta.
A
potencialidade de proliferação intermi-
'Veja Terry Johnson,
Leading in
Worship
(Oak
Ridge Tenn: lhe
Covenant
Foundation,1996), p. 2
'º Frame
argumenta que
a
mGsica deve
ser
plena
de significado
para
o adorador, o que ele
identifica
com
inteligibilidade, o
que, segundo
ele implica contemporaneidade
Assim,
minha
forma
preferível
de
mGsica
popular
se
torna a
mGsica
do
culto
pGblico
e a igreja
começa
sua
jornada
na
estrada declinante da liturgia
do
trotskismo. John M. Frame,
Contemporary
Worship
Music
(Phillipsburg, NJ: P R Publishing, pp.17-20.
[18]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
http://slidepdf.com/reader/full/adoracao-reformada-terry-ljohnso 20/70
Buscando
Orientação
nâvel de novos subgrupos começa a parecer que é baseada em
nada mais substancial
do
que a produção
de
novos estilos.
11
No
entanto, estamos convencidos de que um consenso deve ser
encontrado e um grau significativo de uniformidade tem de ser
alcançado, se a igreja quiser transcender as diferenças culturais
conforme
Cristo
lhe ordenou fazer (Ef.4:4ss; Gl.3:28; Jo.17:27ss).
Além do mais, estamos convencidos de que só se alcançará
consenso e unidade ao se abandonar a nova e corrente teoria
de
acomodação à cultura e
à
geração, em prol da adoração que
transcenda interesses culturais estritos e que apela grandemen
te a padrões bíblicos basilares e a qualidades estéticas univer
sais.
Esse
foi o ideal a que as gerações anteriores aspiraram. O
Saltério de Genebra, por exemplo, foi imediatamente traduzido
para o holandês, alemão, inglês, e espanhol (e uma meia dúzia
de outras línguas incluindo o italiano, boêmio, polonês, latim e
hebraico),
12
unto
com adaptações da
Forma de Orações
para
as
Igrejas,
de Calvino. Semelhantemente, gerações anteriores de
missionários Presbiterianos e Reformados levaram
os
seus
Ma
nuais de Culto e Saltérios para as terras estrangeiras para onde
iam, porque estes não eram tidos como expressão
de
culto de
uma cultura
em
particular, mas
de
uma cultura eclesiástica que
é
universal e transcendente.
13
Unidade e não diversidade é o
ideal.
É
o
melhor,
e não a
tendência
de alguém, que provê o
fundamento dessa cultura transcendente e universal da igreja.
14
11
Dieter Valerie Zander, The Evolution of Gen X - Ministry ,
Regeneràtion
Quarterly, 5,3
~ 1 9 9 9 .
p.17.
1
John
D
Wituliet, The Spirituality of the Psalter: Metrical Psalms in Liturgy and Life in Calvin's
Ganeva ,
Calvin
Thelogical Journal, 32
(1997),
p.
273.
u Calvino,
por
exemplo, insistia
para
que a
música
ria Igreja fosse
exclusiva.
Ele
se
opunha
ao
uso
cje
melodias seéulares e insistia
no
sentido
de que
as
músicas
fossem
caracterizadas
pela
gravida
de
majestade.
Veja
Wituliet, Ibid, pp. 273-297.
A discussão
de
FranÍe
segue a
direção
oposta, a
nosso
ver
insustentável, senão
um
caso
clássico
de
reductio absurdum.
Conquanto ele
admita
que
questões
de
qualidade e propriedade devam
ser consideradas,
sua
real preocupação é que
nenhum
gosto individual ou de grupos, ou preferên
cias, deveria
ser imposto
aos
outros. Conseqüentemente, a
música de
todo
mundo deveria ser
ouvida
Contemporary, p. 25). Para
Frame
a questão toda é meu gosto versus seu gosto, e uma
vez que
a preferência
de ninguém deve
ser considerada como superior a
de
outros, todas
devem
ter representação igual. E para
não
se
dar
o
caso
de
alguém não
compreender, ele até mesmo
dá
exemplos
do
que
ele quer dizer
com
música
de
todo
mundo :
música
dos
velhos e
música
dos
jovens; européia, afro-americana e outras
músicas
étnicas;
música complexa
e
música
simples .
Para nós toda essa discussão carece
de base. 1.
É
ilusória.
A
música da
igreja
não
é
música de
qualquer grupo. É
uni
engano se
falar de música
dos velhos - a
geração da Segunda
Guerra
[19]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Reformada
-
°Adoração Que de Acordo
com As
Escrituras
A
igreja é o lugar onde as diferenças de gerações devem ser
superadas, e não agravadas , diz
Gene
Edward Veith. Somente
a igreja que resistir ser tão somente de uma geração, poderá ser
relevante para as demais.
15
Evangelismo
v rsus doração
Quinto, a pergunta a que desejamos responder é o que de
vemos fazer num culto e não o que normalmente se deve fazer
em outros dias. Entendemos que o propósito
do
culto é a ado
ração. As igrejas normalmente se reúnem para outros propósi
tos, tais como reuniões evangelísticas, Conferências Bíblicas,
reuniões administrativas ou para almoços e j nt res de confra
ternização.
Mas
no tempo designado para a adoração, a igreja
deveria se limitar àquelas atividades que são exclusivamente
Mundial não levou suas preferências culturais, por exemplo,
Tommy Dorsey
e Benny Goodman,
para dentro
do
templo. A igreja tem a sua própria
Linguagem
e música, que transcende a qualquer
gosto ou preferência de um grupo
em
particular
ou de uma
geração. A geração dos
baby boomers
talvez seja a primeira, na história
da
igreja, a tentar impor
uma
preferência musical sobre
os
demais, e a reivindicar que só assim a adoração faz sentido para eles. Isso chega perto de ser
uma chantagem de geração. 2.
ingênua. Ele
atribui o conflito de estilos de adoração ao egofs
mo , mas não, é claro, da parte dos revisionistas.
Não,
ele tem
em
mente os tradicionais, que são
relutantes a se curvarem ao seu ultimato.
Uma
resistência
em
ceder
é
condenada como insistência
egofsta pelas preferências individuais sobre o padrão bíblico .
Essa é uma
formidável exortação
para fazer a igreja descer a estrada que dá lugar
à
adoração das preferências individuais e de
grupos. Aqueles que estão tentando proteger a adoração histórica Reformada na sua simplicidade,
espiritualidade, forma substancial, sua qualidade e valor acima do tempo, sua singularidade pela
pregação expositiva, orações espontâneas, grandes hinos e Salmos metrificados, são admoestados
- nós devemos considerar
os
outros superiores a nós mesmos (Worship,
p.
84 ). Isso, para ele, se
deve mais à resistência do que ao gosto, por parte dos tradicionais.
Os
tradicionais defendem
princípios, não preferências. 3. impraticável. Essa adoração diversificada na sua expressão
cultural na sua Linguagem e canções, é impraticável. Como cada grupo seria satisfeito durante o
culto? Adotaríamos um sistema de cota Litúrgica? Como seria um culto desse tipo? O que aconte
ceria se o nosso grupo fosse menos favorecido na seleção dos cânticos? Deveríamos protestar? Ou
melhor, deveríamos iniciar nossa própria igreja para praticarmos o nosso próprio gosto?
Ou,
quem
sabe termos sessões diferentes
de
cultos.
Esse
cenário familiar
da
segregação étnica e de gera
ções ressalta ainda mais a nossa convicção de que
Frame
e outros estão se aventurando
Ladeira
abaixo pela estrada errada. Gostos e preferências pessoais não deveriam ser introduzidos na
discussão sobre adoração. A igreja deve transcender, e não imitar, a cultura
pop
contemporâ
nea.
Gene
Edward
Veith, Through Generations ,
For
the Life o the
World
(março de 1998), vol. 2,
no. 1,9.
Veith
também diz, Quando estamos cantando hinos na igreja, não estamos seguindo
preferências
de
estilo de ninguém na congregação.
Essa
é a música
da
igreja, totalmente dife
rente, seja qual for a sua origem, da preferência e do gosto musical da geração que estiver reuni
da no momento para o culto. Ninguém deve se sentir ofendido ou exclufdo, todos são elevados
para muito além de um tempo
em
particular, de um grupo
ou
geração, na extraordinária experiên
cia
da
adoração .
[20]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
http://slidepdf.com/reader/full/adoracao-reformada-terry-ljohnso 22/70
Buscando
Orientação
consideradas
de
exercício devocional. Pela integridade do cul
to, como serviço de adoração, não se deveria admitir outra ati
vidade, por mais nobres e dignos que sejam seus fins, tais como
cumprimentos de comunhão, avisos, atividades evangelísticas,
estudos bíblicos, ou qualquer outra coisa. Algumas dessas ati
vidades têm fins secundários de adoração, ou são subproduto
da verdadeira adoração. Ao adorarmos fruimos da exposição da
Palavra e da comunhão dos santos. O evangelismo tem lugar
durante a adoração,
como
resultado
da-
exposição bíblica cristo
cêntrica, bem
como
por
meio
do
impacto abrangente que o cul
to exerce. O incrédulo ...
é por
todos
convencido
e por
todos julgado;
tornam-se-lhe
manifestos os segredos do coração
e
assim prostrando-se
com
face em
terra adorará
Deus testemunhando que
Deus está de fato no meio de vós. 1Co 14:24).
O dr. Edmundo Clowney chamou isso de evangelismo do
xológico .
Mas
evangelismo, estudo bíblico, comunhão e assun
tos administrativos da igreja, não são propósitos ou fins para o
qual a Assembléia se reúne e não se deve permitir que o culto
seja deturpado, tornando-o algo que ele não é.
16
Por outro lado, nós não estamos tentando responder a ques
tões concernentes a
como as
Conferências Bíblicas, os jantares
de comunhão,
as
reuniões administrativas da igreja ou os encon
tros evangelistices deveriam ser conduzidos fora
do
culto públi
co. Por exemplo, geralmente reuniões específicas de evangelis
mo, tais como shows de bonecos (para crianças), concertos de
soft rock (para adolescentes) e concertos de grandes bandas (pa
ra
os
mais maduros), podem ser apropriadas para ·outras ocasi
ões. Em outras palavras, não estamos aqui para dizer o que se
deve fazer nos outros seis dias da semana. Estamos somente tra
tando do que está ordenado, e portanto é obrigatório, para o
culto no
Dia
do Senhor, tanto pela manhã
como
à noite.
Frame
repetidamente apela
para
a
Grande omissão como
fator determinante
na ordem
do
culto
Worship, pp.146-147,150).
[21]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoraç6o
Reformada /A Adoração ue t de Acordo com As Escrituras
Importância
Assim, nossa pergunta é: o
que deve
ser feito
no Culto
Pú-
blico no
Dia
do
Senhor?
Qual a importância de respondermos esta questão? Vamos
colocar desta maneira:
Que
importância tem a adoração? Você
precisa parar para pensar
nisso por um
instante, comparando a
adoração
com
outras várias atividades
da vida.
E mesmo se fi-
zermos
uma
consideração superficial, iremos chegar, indubita
velmente, à conclusão de
que,
nada do que fazemos é tão
im-
portante quanto a adoração.
Não,
nada
de
natureza secular,
como
trabalho, diversão,
ou
mesmo a vida
familiar, nem
mesmo
as atividades
de
cunho religioso,
como
evangelismo, comu-
nhão, caridade ou qualquer disciplina espiritual particular é tão
importante. Não há, portanto, pergunta mais importante a ser
respondida que
essa
No
texto
básiço
que
iremos
examinar, Jesus
diz que
o
Pai
"procura" verdadeiros adoradores (Jo 4:23). dessa forma que
Jesus
resume
a atividade salvífica do Pai. Qual o interesse do
Pai na pregação do evangelho? Oque
Ele
intenta fazer por meio
do seu Filho? Qual é o
fim
último da encarnação, da expiação e
de
toda a redenção?
É
o Pai buscando adoradores
Que forma
inusitada e não habitual de Deus se dirigir a pecadores No en
tanto, é
assim.
Robert
G Rayburn
ressalta
que
"Em
nenhum
lugar nas Escrituras
lemos
que Deus tenha buscado qualquer
coisa
dos pecadores". A
Bíblia não
nos
diz
que
Deus
busca tes
temunhas,
servos ou
contribuintes.
Ele
busca adoradores. Ray-
burn continua, "não é sem motivo que a única vez na Escritura
onde a palavra buscar é usada como atividade de
Deus,
é em
conexão
com
a busca
de
verdadeiros adoradores".
Hã,
então, um sentido verdadeiro
em
que o
Evangelho Cris-
tão trata
da
adoração. O "evangelho eterno" que
pregamos
é
resumido
pelo
anjo em Apocalipse 14:7,
como: "Temei
a Deus e
dai-lhe glória( ... ) e adorai aquele que fez o
céu
( .. )."Como á
vimos,
a
vida
cristã é apresentada
pelo
apóstolo Paulo como um
11
Comi L1t s Worshfp pp. 15,
16.
[22]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
http://slidepdf.com/reader/full/adoracao-reformada-terry-ljohnso 24/70
Buscando Orientação
ato
de
adoração quando apresentamos a Deus o nosso corpo
como
um
sacrifício vivo e santo .
Esse
é
um
culto racional
(Rm
12:1). A finalidade
do
evangelho
é
tornar pecadores san
tos, a fim de serem adoradores. Note como o Senhor Jesus pas
sa do tópico adoração para o de salvação no verso 22, Vós ado
rais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a
salvação vem dos judeus (Jo 4:22). Ser salvo é ser liberto da
ignorância e da opressão da idolatria. Para os judeus, saber
como adorar, é possuir a salvação , nada menos. Talvez não
estejamos acostumados a ver a coisa dessa forma,
como
estou
apresentando agora,
mas
esse é o ensino
do Novo
Testamento.
A finalidade ou o propósito
do
evangelismo e de missões é criar
um
povo para adorar a Deus. Os discípulos de Cristo são pedras
vivas , edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo,
fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus
(1Pd 2:5;
Ef
2:18-22).
Deus
criou um povo para si mesmo pa-
a que proclamassem as virtudes dAquele que os chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz (1Pd
2:9). Nisso
se constitui
1 obra missionária da igreja, a vida cristã e a vida de adoração.
John Piper resume bem nosso ponto:
Missões
não
é
o objetivo principal da igreja,
mas
sim a ado
ração.
Missões
x i s t ~
porque
Deus
é o alvo e não o ho
me·m.
Quando esta era passar e
os
incontáveis milhões
de
redimidos caírem com o rosto em terra diante
do
trono de
Deus,
não haverá mais missões. Trata-se de uma necessida
de temporária,
mas
a adoração existirá para sempre.
1
ª
A
adoração é a nossa prioridade máxima ,
como
o título
um recente livro declara.
Cada
Filho de Deus deveria saber
disso.
Não é apenas a Bíblia que enfatiza a importância da adora
çlo a herança Presbiteriana e Reformada faz o mesmo. Muitos
historiadores modernos
do
período da Reforma, têm feito com
que a personalidade marcante
de
L ~ t e r o na sua luta pela fé,
11
Ltt Tht Nations Be
Glad
the Supremacy
o
God
in
Missions
Grand
Rapids:
Baker Books, 1993.
[23]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doração Refonnoda -
doração
Que l
de cordo com
As
Escrituras
acabe obscurecendo o coração da Reforma Suíça e Calvinista.
Para Lutero e os luteranos, o
foco
principal era a Justificação
pela
Fé.
Como pode
um
homem ser justo diante
de Deus?
era
a questão fundamental.
Mas
para Zuínglio,
Calvino
e a nata
dos
Reformadores , o terna principal não era a justificação,
conquanto reconhecessem sua importância. O
foco
deles era a
adoração. Como Deus deveria ser adorado? constituía a per
gunta crucial. Para
os
luteranos, o inimigo da fé eram
as
o
bras . Para
os
R ~ f o r m a d o s a idolatria .
Carlos
M.
N.
Eire,
em
seu aclamado
War
Against
the
Idols
(Guerra contra
os
ídolos), relembra à nossa geração aquilo que
os
antigos historiadores
já
haviam percebido.
O foco
central
do Protestantismo Reformado foi a interpretação da adoração
( ... ) . Distinguindo os luteranos dos zuinglianos, ele diz:
A diferença principal é que, para os zuinglianos, a propos
ta
Reformada não era encontrar
um Deus
justo,
mas em
voltar-se da idolatria para o Deus verdadeiro.
1
O mesmo pode ser dito das obras de Heinrich Bullinger (su
cessor
de
Zuínglio
em
Zurique), Martin Bucer em Estrasburgo,
William
Farel em Neuchatel, e mais tarde João
Calvino em
Ge
nebra. A Reforma se espalhou
com
esses homens pregando con
tra a adoração medieval idólatra, e o povo respondeu
com
sua
fúria iconoclasta. Vitrais eram quebrados, relíquias eram profa
nadas, estátuas despedaçadas, altares danificados e igrejas la
vadas e caiadas novamente. Farel, diz
Eire,
usava
as
imag·ens e
a missa comó tema dos seus sermões para dar curso à Refor
ma .2º Em Genebra durante
os
primeiros anos da Reforma, o
foco
da atenção não era o assunto da justificação,
mas
as mis
sas e as imagens e tudo que dizia respeito aos seus abusos .
2
Ambos, Farel e
Calvino
descreveram suas conversões, não como
sendo salvos das obras
de
injustiça prioritariamente,
mas
da
Carlos M N Eire,
War
Against th Ido s
(Cambridge: Cambridge University Press,
1986),
pp.
2,
85.
°
Ibid., p.119.
Ibid., p.143.
[24]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Buscando
Orientação
idolatria. Como· os tessalonissences, eles tinham deixado os
ídolos para servirem ao Deus vivo (1Ts 1:9).
Em 1543,
um
folheto intitulado n the
Necessit:y o
Refor-
ming
th
Church
(Sobre a necessidade de reformar a igreja),
Calvino lista
os
dois elementos que definem o Cristianismo, os
quais, em suas palavras, constituem o todo da substância
do
Cristianismo . Esses dois elementos são primeiro um conheci
mento de qual é a maneira certa de se adorar a Deus; e o se
gundo é a fonte de onde emana a salvação .
22
W.
Robert
God-
frey comenta,·
De
forma enfática
Calvino
coloca a adoração à
frente da salvação em sua lista dos dois elementos mais impor
tantes do Cristianismo bíblico .
23
Eire
comenta mais adiante:
Calvino define o lugar da adoração como nenhum dos seus
predecessores tinha feito antes ( ... ) Adoração, ele diz, de
ve ser o interesse central dos cristãos.
Não
é urna questão
periférica,·
mas
a substância última da
Fé
Cristã ( ) al
guém
já
disse que esta
se
tornou a definição fundamental
que caracteriza o Calvinismo.
24
Qual
é o ponto central do estudo bíblico e teológico do e
vangelismo e de missões, do conhecimento de Deus e de toda a
religião cristã? A resposta
é:
a
adoração.
O verdadeiro conhe
cimento de
Deus
leva à adoração correta, que por sua vez, leva
ao
viver correto. Os teólogos da Reforma pregaram oli eo
Glo-
ria
em todas as áreas da vida, porque eles tinham
em
vista a
adoração.
Fazendo da adoração o componente existencial necessário
do
conhecimento,
Calvino
a torna o elo entre pensamento
e ação, entre a teologia e a sua aplicação prática. Foi urna
teologia eminentemente prática que Calvino desenvolveu
corno resultado disso. Reli$ião não é meramente um con-
l ~ t d .
p.126; (também
encontrado
na
Selected
Works
o
John
Calvin,
vol.
1,
p.126)
ob1rt
W
Godfrey,
Calvin and
the
Worship of God (manuscrito não publicado,
s.d.).
rlo M N Eire, War Agaisnt the dois,
pp.
232, 233.
[25]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doraçãoReformada - doração ue de cordo com
s
Escrituras
junto de doutrinas,
mas
antes,
uma
forma
de
adorar, um
estilo de vida.
25
Não
somente no continente Europeu, mas também na
Grã-Bretanha, o coração da batalha entre os seguidores de
Calvino e os da Igreja Anglicana oficial era a questão da ado
ração. Por cem anos os Puritanos lutaram para reformar o
Livro Comum
de Orações
de acordo com os padrões de Gene-
bra, culminando com a Guerra
Civil,
a convocação da Assem
bléia de Westminster e a aprovação por parte
do
Parlamento
do Diretory for the Public Worship
o
God (Diretório do Culto
Público de
Deus para os reinos da Inglaterra, Escócia, Gales
e Irlanda.
Não, de
fato não estamos acostumados a pensar na ado
ração dessa forma hoje. A situação presente não poderia ser
mais irônica, mesmo onde encontramos igrejas que se identi
ficam como herdeiras da Reforma,
como
a
PCA,
a qual,
em
nome da liberdade, falha
em
prover diretórios para a adora
ção. Poucos têm disposição para pensar
com
cuidado a res
peito da adoração. Um número menor ainda
vê
a necessidade
disso.
Não
somente muitos não vêem nenhuma conexão en
tre doutrina e vida prática, como também não vêem conexão
entre
adoração
e vida prática. Assim, para que regularmos a
adoração, quando geralmente se presume que isso só serviria
para dividir e é algo que não tem valor prioritário? Nós ten
demos a ser corno os detratores de Calvino, que o acusaram
de fraturar a unidade da igreja
com
futilidades. Como esses
detratores, no entanto, estamos errados acerca disso. Ques
tões acerca de como devemos adorar a
Deus
são as mais im
portantes de todas, por direito próprio e por suas aplicações
abrangentes.
Ibid.,
p.
232.
[26)
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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uscandoOrientação
A Adoração Começa com Deus
Lembre-se
do
que
foi
dito em João
4
Jesus encontra a mu
lher samaritana
junto
ao poço.
Ele
lhe oferece água viva, a qual
ela deseja. Mas então Jesus traz à tona alguns problemas que
ela estava enfrentando no seu cotidiano.
á
tivera cinco mari
dos, mas agora estava vivendo com um homem que não era seu
marido. Fisgada, ela muda totalmente a direção da conversa, e
passa de moralidade para religião, perguntando se o lugar certo
para adorár era Samaria ou Jerusalém. E diz,
Nossos
pais ado
raram neste monte, mas vós dizeis que em Jerusalém é o lugar
onde
se
deve adorar (Jo 4:20). Ele inicia sua resposta dizendo,
Mulher podes crer-me que a hora vem, quando nem neste
monte, nem em
Jerusalém adorareis o Pai . Jesus
em
parte se
alinha
com os
judeus no debate
ao
dizer:
Vós
adorais o que não conheceis; nós adoramos o que
co-
nhecemos porque a Salvação vem dos judeus
(Jo 4:22).
Conhecimento conta. Verdade conta. A adoração samarita
na estava errada.
Os
samaritanos, e por implicação todo o povo,
precisam olhar para
os
judeus, e em particular para o livro dos
Judeus, a Bíblia, a fim de aprenderem
corno
louvar a
Deus
e
possuir a salvação. Então ele repete a substância do verso 21
acrescentando:
Mas
vem
a hora e jd
chegou
em que os verdadeiros
adora-
dores adorarão
o Pai em espírito e em verdade;
Deus é
espí-
rito;
e
importa
que
os
seus
adoradores
o
adorem
em
espírito
e em
verdade. (Jo 4:23-24).
Eu acredito que essa foi a mais revolucionária afirmação
de
1odas que o Senhor Jesus fez. Claramente ele está dizendo que
lugar de adoração não tem mais importância,
mas sim
o espf-
·ito
Ele
está marginalizando o aspecto
exterior
da adoração e
1tâ
dando proeminência ao
interior
Você deve se lembrar de
que Jerusalém tinha sua importância porque o templo estava
[27]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doração
Reformada -
doração Que Éde cordo com s Escrituras
lá. E
com
o templo, o altar,
os
sacerdotes e
os
sacrifícios. Se o
lugar da adoração não é mais importante, todo o sistema do
Antigo Testamento está ultrapassado. A adoração tipológica
do
Antigo Testamento,
com
todos aqueles símbolos
do
Grande
Su-
mo
Sacerdote e Cordeiro de Deus que iria tirar o pecado
do
mundo, foi abolido com uma palavra e contrastado com o que
seria estabelecido em seu lugar. Contra aquilo que era temporá
rio, tipológico e exterior, surge
um
novo pacto de adoração que
é agora oferecido em espírito e
em
verdade . O que isso signi
fica? Significa simplesmente que contra os erros dos samarita
nos, a adoração deve ser em verdade , isto é, de acordo
com
a
revelação divina da Verdade; contra o que concerne
ao
exterior,
que é temporário,
como
lugar e procedimentos, a adoração de
ve ser em espírito , que é uma questão
de
coração, espírito e
motivações corretas.
Quais são
as
justificativas teológicas para essas mudanças
tão drásticas?
Notem que a única palavra
de explicação que Jesus dá, a-
lém das afirmações de que as mudanças virão, é que Deus é
espírito (v.24).
Essa
simples afirmação provê o fundamento, a
orientação e a perspectiva de onde todo o resto flui Adoração
começa com a doutrina de Deus Porque Deus é espírito, a ado
ração tem de ser em espírito e em verdade . Esse tem de
ser, da
d o r ç ã ~
é resultado direto da natureza imutável de
Deus A adoração é
como
Jesus
diz
que deve ser, porque
Deus
é
o que é. Esse é um sentido verdadeiro e não podemos dizer na
da mais importante sobre a adoração
do
que isso. Só há um
Deus
e esse Deus é espírito. A questão essencial sobre a adora
ção é respondida
em
relação a
Ele
Se começarmos a discutir
sobre a adoração
em
qualquer outro terreno, estaremos
em
ter
reno errado. Temos de seguir Jesus nisso. Os samaritanos e
os
judeus travavam sua guerra particular a respeito dessa ques
tão.
Mas
as dúvidas sobre a adoração não se respondem tendo
como referência judeus, samaritanos ou qualquer outro povo. O
ponto crucial
de
tudo procede da existência e da natureza de
Deus Isso significa dizer que, num senso mais profundo
do
que
á
temos considerado, a adoração é
para
Deus
Nós
não pode-
[28]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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uscando
Orientação
mos
adorar plenamente sem que isso seja observádo pela con
gregação. A preocupação do apóstolo Paulo a respeito de edifi
cação
em
lCoríntios
4
mostra isso claramente. A primeira coi
sa a ser considerada na adoração é o que Deus quer ou requer
dela. De fato, o que o povo
de
Samaria ou
de
Jerusalém poderia
achar s i g n i f i ~ t i v o ou desejasse, não é levado em conta por
Jesus e nem sequer considerado por ele. A questão crítica é
Deus, sua natureza e seus requisitos. Nós vamos tomar a ex
pressão
Deus
é espírito"
como
princípio-chave de orientação
para nõs guiar
ao·
longo
do
restante de nossa· discussão. Porque
Deus é espírito, a ênfase exterior e tipológica do Antigo Testa
mento tem
de
ser
temporária
A adoração tem necessariamente
de
ser "em espírito". Porque Deus é espírito, a adoração deve
também ser praticada com integridade em relação
à
fidelidade
para
com
a revelação própria de
Deus,
porque ela deve ser "em
verdade".
Vamos tratar dos dois separadamente, começando
com
o úl
timo.
Mas,
antes, devemos notar que há dois lados na adora
ção, e devemos tratar ambos
de modo
correto. Há o lado do
coração da:
adoração (em espírito) e o lado
do
conteúdo e da
forma (em verdade).
Ambos
são necessários. Ambos ordenados.
Vez por outra ouvimos a pergunta: ''Você está dizendo que
Deus
não tem se agradado
de
certos grupos cristãos, que
com
•penha sinceridade e devoção têm apresentado sua adoração
ele?" A resposta que freqüentemente se dá é que a forma não
relevante.
Deus
se importa tanto com a forma e o conteúdo
adoração quanto
com
seu espírito. Mas alguém pode ser
muito sincero e ainda assim estar sinceramente errado, ao ofe-
1t1cer
a
Deus
uma adoração numa forma que ele não autorizou.
O caso extremo disso é encontrado na adoração pagã, como a
&doração dos profetas
de
Baal no Monte Carmelo, que pratica
v.un um cerimonial de automutilação, com danças e gritos fre-
11Nicos
(lReis 18:25-29}. Você acha que eles eram sinceros e
itnvotados? Não tenha dúvida Da mesma forma os antigos ca-
meus, que ofereciam seus filhos a Moloque, como sacrifício
l1umano.
Dificilmente podemos imaginar uma expressão religio-
maior zelo e devoção. Mas trata-se de uma forma total-
[29]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doração Reformada doraçãoQue É
de
cordo
com
As Escrituras
mente errada e não foi autorizada ou ordenada por
Deus
A forma é importante sim. Jesus disse que a adoração tem
de ser
conduzida por ambos:
atitude
correta e forma
correta
isto
é
em
espírito e
em
verdade.
[30]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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11
ADORAÇÃO ~ ~ M VERDADE
AMOS
CONSIDERAR OS DOIS PRINCÍPIOS
ORIGINAIS
DA
ADORAÇÃO
BÍBLI-
.
CA
na
ordem inversa, começando com verdade , depois
consideraremos espírito . Jesus disse que a adoração de
ve ser emº verdade . Isso deve ser entendido em dois sentidos.
De
acordo com
as scrituras
Primeiro,
a
adoração que é ~ e m
verdade
é de acordo
com as Escrituras.
Os
samaritanos não eram diferentes ·do res
to
da humanidade. Vós adorais o que não sabeis , disse Jesus
à mulher samaritana. É quase sem limites as formas nas quais
Deus pode ser adorado. Jesus está insistindo em que o façamos
do modo correto. Temos de adorá-Lo de acordo com Sua auto
revelação. Se vamos adorá-Lo em verdade temos de nos subme
ter à revelação bíblica.
Calvino afirma que a adoração legítima é aquela que o
próprio Deus estabeleceu .
26
Ele insiste
na
rejeição de qualquer
modo de adoração que não seja sancionado ou ordenado por
Deus .
21
Esse
princípio se tornou conhecido como princípio
regulador .
2
ª
No entendimento dos católicos, luteranos e angli
canos, ele é chamado de princípio normativo - normas ge
rais são dadas, mas qualquer coisa que não for expressamente
proibida pelas Escrituras, é permitida na adoração. A prática
Reformada é mais rigorosa.
Ela
afirma que tudo aquilo que não
for ordenado pela Escritura (ou por mandamento, exemplo, ou
Jonh
Calvin, Institute ofthe
Christian Religion (Filadélfia: The Westminster
Press,
1960), II.8.17
John
Calvin
(João Calvino), On the
Necessity
of Reforming the Church in Selected Works o
John
Calvin,
Vol.
1, (Baker Book House,
1983
(1844]),
p.
133.
quase de desesperar quando Frame distingue sua metodologia da
dos
Puritanos como sim-
plesmente
aquela que obedece a tudo o que Deus diz
na
Escritura sobre a adoração .
Ou,
ainda,
devemos
simplesmente
buscar
a
Escritura para
determinar o
que
é apropriado
e o
que
não é
apropriado fazer
quando a igreja
se
reúne, como um corpo em nome do Senhor Jesus . Worship,
pp.
54, 55). O
que mais,
senão isso,
que
o Protestantismo
Reformado tem procurado
fazer ao
longo de 480 anos?
[31]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doraçãoReformada doração Que
t de cordo
com As
Escrituras
ainda dedução
de
princípios abrangentes) é proibido. Confis-
são
de Fé de
Westminster
trata
do
assunto do seguinte modo:
o modo aceitável de adorar o verdadeiro
Deus
é
instituído
por Ele mesmo, e é tão limitado por sua própria vontade
revelada, que ele não pode ser adorado segundo as imagi
nações e invenções dos homens, ou sugestões de Satanás,
nem sob qualquer representação visível, ou de qualquer
outro modo não prescrito nas Santas Escrituras (xxi.i).
Onde
a Bíblia ensina isso? Certamente o ponto é deixado
claro numa detalhada prescrição de adoração encontrada em
Êxodo
25-40 e Levítico, mas também nos seguintes:
• Caim e
Abel Gn
4:3-8) - essa
foi
a primeira guerra
de
adoração .
Abel
ofereceu das primícias do seu rebanho e
da gordura deste , mas
Caim
ofereceu do fruto da terra . O
Senhor agradou-se de
b ~ l
e de sua oferta; ao passo que
de
Caim
e de sua oferta não se agradou . Por quê? O Senhor
lhe responde, Por que andas irado, e por que descaiu o t u
semblante? Se procederes bem, não é certo que .serás acei
tar Isso implica que ambos, o espírito e a verdade da sua
oferta eram deficientes. Tratava-se, ou de uma oferta de
sautorizada, ou
de
uma oferta autorizada, mas apresentada
de forma errada.
•
OSegundo Mandamento
Êx
20:4) -
Ao
proibir a adora
ção
de
imagens, Deus declara que
Ele
somente pode deter
minar como deve ser adorado. Embora o seu uso seja, via de
regra, profundamente sincero (como auxílio à adoração),
imagens não O agradam, e por inferência,
qualquer outra
coisa que ele
não
tenha
sancionado
• OBezerro
de Ouro
Êx. 32) - provavelmente.uma repre
sentação de Jeová (veja os vv. 4,
5,
8),
mas
totalmente ina
ceitável para ser usada na adoração, por não ser autorizada.
•
Nadabe e Abiú Lv 10) - eles ofereceram fogo estra
nho ao Senhor, o que se constitui numa oferta oferecida
de maneira diferente daquela que o Senhor lhes havia or-
[32]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Em Verdade
denado (10:1), e Deus
os
matou.
Ao
fazer isso, Deus dei
xou uma afirmação para todas as eras - Mostrarei a
-
nha santidade naqueles que se cheguem a mim (... ) (10:2,
3), o que
só
pode significar que
os
que se aproximam de
Deus devem fazer isso de maneira consistente com a forma
que ele ordenou.
• Admoestação para que nada seja adicionado ou tirado
dos mandamentos
de Deus (Dt 4:2; ·12:32).
• A rejeição
da
adoração não prescrita de Saul e o prin
cípÍO
obedecer
melhor
que
o
sacrificar
(1Sm 15:22)
b e d e ~ e r a quê? Obedecer aos mandamentos de Deus com
relação à adoração. ·
•
A
rejeição dos ritos
pagãos,
( ... ) o que nunca lhes or
denei, nem falei, nem
me
passou pela mente
Jr
19:5;
32:35). O
que
podemos deduzir é que
os
ritos observados
em Israel eram apenas aqueles que Deus havia falado ou
ordenado.
• A rejeição de
Jesus
à
adoração farisaica, citando as
palavra de Isaías que diz, em vão me adoram, ensinando
doutrinas e preceitos de homens (Me
7:7,
Mt 15:9, Is
29:13).
• A rejeição
da
adoração samaritana
por Jesus, uma vez
que eles adoravam o que não conheciam (Jo 4:22). A
verdadeira adoração era impossível para eles, uma vez
que haviam maquinado seu próprio modo de adorar. A
adoração que é em verdade é baseada no conhecimento
do que Deus
tem
ordenado.
• A rejeição do que os antigos teólogos puritanos cha
mavam
de
adoração
da
vontade
traduzida
na
versão
moderna de Colossenses como ... preceitos e doutrinas de
homens ... culto de si mesmo, falsa humildade e rigor as-
cético ... , todas sendo práticas religiosas, sem dúvida
nenhuma feitas com toda sinceridade, mas inaceitáveis
por serem de sua própria fabricação
(Cl
2:22,23
RA).
Esses
são apenas alguns exemplos e outras passagens pode-
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doração
Reformada _:
doração
Que É
de
cordo com
s
Escrituras
'
riam ser citadas.
Elas
nos ensinam claramente que não estamos
livres para improvisar a nossa adoração.
Calvino
adverte contra
o perigo da armadilha da novidade . preciso notar que o
princípio regulador não se fundamenta apenas nos textos-prova
acima, mas é também uma implicação necessária dos princípios
fundamentais da Teologia Reformada. A rejeição
do
princípio
regulador implicaria necessariamente em comprometer princí
pios centrais da
fé
Reformada. Considere este esboço, que foi
sugerido, a princípio, nos escritos de T.
David
Gordon:
•
s
doutrinas
de
Deus
e
do
Homem
-
nenhum sistema de
teologia. tem dado maior ênfase
à
distinção entre criatu
.ra/ criador
do
que
o
Calvinismo bíblico. Nenhum deles tem
levado
em
conta nem dado a conhecer o grande abismo que
há entre o
Deus
infinito do céu e
da
terra e o homem fini
to.
Meus
pensamentos não são
os
vossos pensamentos e
nem
os
vossos caminhos
os
meus caminhos (Is 55:8, 9).
Quem
conheceu a mente do Senhor? , pergunta o apóstolo
Paulo
(Rm
11.:34). A criatura não pode saber que tipo de
adoração agradará a
Deus à
parte
de
Sua auto-revelação.
Não
é essa a implicação óbvia da visão Reformada sobre as
naturezas de
Deus
e
do
homem?
•
Doutrina
do
Pecado
-
ademais, nenhum sistema de
teologia tem enfatizado a extensão
dos
efeitos da queda
na
natureza humana
como
a
fé
Reformada.
Depravação Total
é a frase que usamos para descrever a corrupção
de
todas as
faculdades da mente, vontade e afeições humanas.
O
cora
ção
humano está cheio
de
maldades , diz Eclesiastes (9.3).
Enganoso é o coração mais
do
que todas
as
coisas e deses
peradamente corrupto , diz Jeremias 17.
9. Não
há
justo
( ) não há ninguém que faça o bem ( ) não há ninguém
que busque a
Deus
(Rm
3:10-12).
Confissão de Fé de
Westminster
diz
que na
queda, Adão e
Eva
e sua posterida
de
foram inteiramente corrompidos em todas as faculdades
e partes
do
corpo e da alma e estão totalmente indispos
tos, incapazes e adversos a todo bem e inteiramente incli
nados a todo o
mal
(vi.ü,iv). Isso nunca
foi
afirmado de
[34]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Em Verdade
maneira tão forte e precisa quanto essa.- O resultado dessa
corrupção radical do homem é levâ-lo, além da ignorância
finita, em relação ao infinito que já discutimos, ao princí
pio positivo da idolatria. O homem é, por natureza,
um
idó
latra (Rm 1:18-32). Ele não pode e não irâ ser diferente. O
coração humano é urna fábrica de ídolos, disse Calvino.
Nós não somos competentes para determinar a adoração
que honra a
Deus.
Se seguirmos
as
indicações do nosso sen
so comum natural, o fim será a distorção. Urna apreciação
humilde disso requererá que olhemos para
Deus
para que
ele nos diga o que deseja de nós.
• Doutrina
da
Escritura -
Nenhuma tradição elevou a
autoridade e suficiência da Escritura até o n í ~ l que a tra
dição Reformada o fez. Sola Scriptura é um princípio fun
damental de toda herança Protestante Reformada. Nossa
autoridade final
em
toda matéria
de fé
e conduta é a
Escri
tura. O Juiz Supremo, pelo qual todas
as
controvérsias re
ligiosas têm de ser determinadas ( .. ) não pode ser outro
senão o Espírito Santo falando
n Escritura (CFW
i.x). Para
essa tarefa de ordenar a
fé
e a vida, a Escritura é suficiente.
O apóstolo Paulo escreve:
Toda
Escritura
é inspirada por Deus e útil para o
ensino,
para a repreensão, para a correção, para educação
na
justi-
ça, a
fim
de que o homem de Deus seja
perfeito
e perfeita-
mente
habilitado
para
toda
boa obra. (2Tm 3:16,17).
Os santos são adequadamente equipados para toda boa o
bra pela Escntura.
Ela
ensina, reprova, corrige e nos treina
para as tarefas da vida. Somente pelas Escrituras somos 'perfei
tamente habilitados para 'toda , não algumas ou a maioria,
mas toda boa obra . A obra de suma importância da adoração,
não deveria apenas ser incluída, mas deveria estar no topo de
4Ullquer lista de boas obras para as quais a Escritura está de
itignada a nos equipar. Outra vez citamos a
Confissão.
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Reformada - Adoraçíio ue
de Acordo
com s
Escrituras
Todo o conselho de
Deus
concernente a todas as coisas ne
cessárias para a glória
Dele
e para salvação, fé e vida do
homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou po
de ser lógica e claramente deduzido dela. Escritura nada
se acrescentará em tempo algum ( .. ) {i.vi)
•
Doutrina
da Igreja -
A tradição Reformada tem fir
memente limitado a autoridade e o poder da igreja às áreas
específicas que lhe foram delegadas por Cristo. A sua auto
ridade é toda-inclusiva
{as
chaves de Mt 16:18ss; 18:18),
mas é ministerial e declarativa .
Ela
pode administrar o
que
Cristo
a tem chamado a administrar, e pode declarar o
que
Cristo
a tem chamado a declarar,
corno
diz T.
David
Gordon, mas isso não quer dizer que ela tenha poder arbi
trário para estruturar novas ordenanças e leis .
29
A igreja
não pode escravizar a consciência por meio.de regras não
ordenadas ou não impostas pela Escritura. O princípio regu
lador é a expressão mais legítima dessa liberdade na área da
adoração.
Na
adoração da igreja, só se pode requerer dos
seus membros o que
Cristo
requer e nada mais. Dessa forma
o povo está livre das tradições e maquinações de meros
homens.
Talvez a
doutrina
da
Soberania
de
Deus
a doutrina que
mais dá substância e forma ao pensamento Reformado, seja o
que melhor resume o que estamos tentando afirmar. Porque
o nosso
Deus
é um
Deus
soberano,
Ele
também
é
soberano a
respeito de Sua adoração. Somerite Ele pode ordenar, de for
ma correta, a Sua adoração {por meio da Sua Palavra, à qual
Sua igreja
stá
sujeita).
Ele
não
é
obrigado a receber qual
quer adoração inventada por homens finitos e caídos, ou até
mesmo aquela criada por oficiais redimidos da igreja. Ele é o
Senhor. Ele é soberano. Somente Ele
pode
e autoriza a adora
ção que O agrada.
29
T
David
Gordon, Presbiterian
Worship
: Its
Distinguishing Principies
(manuscrito não
publi-
cado, s.
d.).
[36)
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Em
Verdade
Então, devemos fazer no culto aquilo que está de acordo
com as Escrituras . Devemos nos limitar àquelas coisas que Ele
mesmo autorizou e prometeu abençoar. Isso não é algo odioso
ou um fardo pesado
de
carregar.
É
somente uma questão de
aceitar aquelas atividades ou elementos da adoração que Deus
autorizou, e aos quais Ele vinculou as Sua promessas. O princí
pio regulador flui necessariamente de todo sistema da Teologia
Reformada.
Isso nos leva à seguinte questão: O quê, especificamente,
Ele
autorizou?
Quais
s ã ~
os
l m ntos
que
Ele
ordenou para o
culto? A Confissão especifica:
Orações, com ações
de
graça ( ... ) leitura das Escrituras,
com
santo temor ( ... ) a sã pregação da Palavra e a consci-
ente atenção a ela ... o cântico
de
Salmos
com
gratidão no
coração; bem
como
a devida administração e digna recep
ção dos sacramentos instituídos por Cristo - são todos
parte do culto comum oferecido a Deus (xxxi.üi,v).
Acrescentando, ela fala de elementos ocasionais tais como
fjuramentos religiosos e votos (credos, pactos de membresia
e votos de ordenação)
como parte legítima do culto religioso
(xxi.v, xxii.i). Textos
como
Atos 2:42 nos dão um vislumbre da
adoração
n
igreja primitiva, com um uso simples da Palavra,
dos sacramentos e da oração. Vemos também o apóstolo Paulo
8gulamentando a oração {lCo 11:2-16; 14:14-17; 2Tm 2:1-3),
os cânticos
de
louvor {lCo 14:26,27; Cl 3:16; Ef 5:19), a minis
tração da Palavra {lCo 14:29-33; lTm 4:13; 2Tm 4:1,2), o Ofer-
tõrio {lCo 16:1,2) e a Santa Ceia {lCo 11:17-34). Esses parecem
ler sido
os
elementos regulares
do
culto na igreja apostólica. A
oração, a leitura das Escrituras, a pregação das Escrituras, o
llntico
de
Salmos, a ministração dos sacramentos e os jura
mentos religiosos, são todos feitos de acordo com as Escritu-
1as , modelados pelo exemplo apostólico, regulados pelas orde-
1\&nças apostólicas e acompanhados pelas divinas promessas de
l ~ ç ã o s
[37]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Reformada
Adoração Que t de Acordo
com
As
Escrituras
A esta altura, alguém de opinião contrária poderá pergun
tar sobre o púlpito,
os
hinários, as luzes,
os
microfones e ques
tionar a consistência com a qual o princípio regulador está
sendo aplicado.
Onde
se
encontra, nas Escrituras, a permissão
para essas inovações? A tradição Reformada, e especialmente os
Padrões de Westminster, distinguem entre elementos (que são
determinados pelas Escrituras e não podem ser mudados), for-
mas (o conteúdo dos elementos, a respeito dos quais há bas
tante liberdade) e circunstâncias que são governadas por con
siderações mais abrangentes.
Por
exemplo, o
elemento
da
oração pode ser expresso por
meio
da forma escrita ou da ex
temporânea. O
elemento
da pregação pode ser textual ou tópico
quanto
à
o r m ~ O
elemento
da leitura das Escrituras pode ser
expresso de várias formas: uns poucos versículos ou um capítu
lo ou mais,
de
Gênesis a Apocalipse, ou em qualquer lugar en
tre ambos. Em cada um desses casos, a forma é o conteúdo e
estrutura pelos quais o
elemento
é expresso. A
fOrma
tem seus
limites (não se pode representar ou dançar um sermão ou
representar por mímica a oração, mormente porque dramatiza
ção, dança e mímica não são formas
de
pregação e oração, mas
elementos novos, não obstante a argumentação dos seus pro
ponentes),30
mas
há uma gama
de
escolhas.
T.
David Gordon
reconhece que essa categoria parece ser menos conhecida que
a categoria
dos
elementos ou circunstâncias .
No
entanto,
esta tem sido uma parte importante da discussão sobre a ado
ração desde a Reforma.
Por
exemplo,.
Calvino
publicou urna
Forma de Orações para
Igreja
(1542) e o Catecismo Maior e
muitos autores Reformados, desde então, têm se referido à
Ora-
ção
do Senhor como uma forma
de
oração e várias formas de
oração para a família e orações públicas têm sido publicadas
através dos anos. Também debates sobre formas livres versus
formas fixas
de
adoração, têm sido travados pelos Presbiteri
anos desde os dias dos Puritanos.
Uma
familiaridade superficial
com a literatura clássica do Protestantismo, atestará o que es-
,.
Frame vê
a
dramatização
como
ªuma
forma de
pregação
e
ensino",
lembrando
que
.,a
pregação
b blica
e o
ensino
contêm
muitos elementos dramáticos"
Worship, p.
93).
[38] .
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Em
Verdade
tarnos dizendo. Forma é a palavra tradicionalmente usada
para identificar o conteúdo de
um
elemento e a maneira
corno
ele está estruturado.
31
As
circunstâncias são mencionadas pela Confissão:
( .. . ) há algumas circunstâncias, quanto
ao
culto
de Deus
( ... ) comuns
às
ações e sociedades humanas,
as
quais têm
de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência
cristã, segundo
as
regras da Palavra, que sempre devem ser
observadas. (i.xvi).
A luz da natureza , a prudência cristã e
as
regras gerais
da Palavra nos ajudam a resolver questões circunstanciais que
são comuns
às
ações humanas e à sociedade , isto é, comuns
aos
ajuntamentos públicos.
Por
exemplo, todas assembléias
públicas devem resolver assuntos de iluminação, amplificação
sonora, horário e lugar das reuniões, se haverá canto ou res
ponso grupal, ou
corno
prover textos para o grupo.
Como
serão
essas questões resolvidas? Pela utilização da prudência cristã
ou de um senso espiritual comum.
Não
devemos esperar que a
Escritura apresente textos sobre essas questões. Voltando
ao
exemplo da oração, eu posso fazer no culto (trata-se de
um
11
Gordon oferece o seguinte apoio: O Catecismo Maior, Pergunta
186
diz: Toda a Palavra de
Deus é
usada
para nos dirigir
no
dever da oração, mas a regra especial
que
regulamenta e direcio
na
a oração é a forma de
oração
que
nosso
Salvador ensinou
aos
seus discípulos, comumente
chamada de
Oração Dominical . E o Breve
Catecismo, Pergunta 99 diz: Toda
a
.Palavra de Deus
é
ôtil para nos dirigir
na
oração, mas a regra de direção especial está
na
forma de oração que
Cristo
ensinou aos seus discipulos, comumente chamada Oração Dominical . Igualmente
os
direciona
mentos do Diretório de Culto da Igreja Presbiteriana da América encontraria paralelos nas antigas
formas de governo, de
onde foram
tiradas estas
afirmações:
47 .6. O Senhor Jesus Cristo não
prescreveu
um
forma
fixa
para
o culto
público, mas no
interesse
da
vida e
do poder
na adoração,
.deu
à sua
Igreja
uma
grande
medida de
Liberdade
nessa
matéria.
Não
pode
ser
esquecido,
no
~ n t a n t o
que
só
há verdadeira Liberdade
onde
as regras
da
Palavra de Deus são observadas e onde
o Espírito de
Deus
está presente. Eque todas as coisas
devem ser
feitas
com
decência e
ordem,
e
que o povo
de Deus
O
sirva com reverência
e
na beleza
da Sua santidade.
• 52-4. O
Ministro não se
restringirá a
uma
forma fixa
de oração para
o culto
público,
contudo é
dever do ministro, antes de dar início aos trabalhos, preparar-se e qualificar-se
para
essa parte
de
seu
ministério, bem como para a pregação.
• 63-3. O Culto
Doméstico, que
deve
ser observado
por todas as
famílias,
consiste
em
oração,
Leitura
das
Escrituras
e cânticos
de
louvor;
ou, de
forma
breve,
expressar sincero reconhecimen
to a
Deus .
T.David Gordon, Some Answers Regarding the Regulative Principle , Westminster Theological
-Qourna/, Vol. 55.2, (outono de 1993), 326 n18.
[39]
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Adoração Reformada
A
Adoração Que de Acordo com As Escrituras
elemento autorizado) uma oração extemporânea ou escrita
(questão de forma , usando ou não
um
microfone (questão
de
circunstância .
Posso
pregar (elemento) sobre o Evangelho
de
Marcos
ou Lucas (forma) numa assembléia toda iluminada por
luz elétrica ou lamparinas (circunstâncias).
Então deve haver uma consistência na aplicação
do
princí
pio regulador, que reconheça a importante distinção entre
ele-
mentos,
que requer sanção escriturística (por meio
de
manda
mento, exemplo ou dedução); liberdade nas
formas
e senso
comum nas
circunstâncias.
O princípio regulador,
como
esboça
do, demonstra o que o povo Reformado entende por adoração
que é de acordo
com as
Escrituras . Isso resume a visão
Re-
formada
de
culto. Sem dúvida isso é Calvinismo
em
adoração ,
como
disse
T.
David
Gordon. Esse é o princípio histórico pelo
qual a igreja Reformada tem enunciado o seu entendimento da
ordem
de
Jesus quanto
à
adoração em verdade .
Cheia das Escrituras
Segundo, a adoração uem verdade deve ser cheia
das
Escrituras. A adoração não deve somente ser governada pela
Palavra, ela tem
de
estar saturada da Palavra. A Bíblia provê
tanto a estrutura quanto o
conteúdo
da nossa adoração. A ado
ração pagã é caracterizada por ser não-cognitiva.
É
mais um
estado da mente do que
um
ju.ncionar da mente. Ela opera mui
to mais no nível do sentimento e da experiência do que no do
pensamento. A adoração cristã,
no
entanto, é racional e cheia
de
conteúdo.
Temos de
amar a
Deus com
nossa mente
Mt
. 20:37).
Nosso
culto espiritual de adoração é oferecido
com
renovação da nossa mente
Rm
12:1,2).
Como
afirmava
Calvi-
no (e Agostinho antes dele), nisso está a diferença entre o
cântico dos homens e o cântico
dos
'pássaros). O pardal e o
rouxinol podem cantar maravilhosamente, mas somente o
homem é capaz de cantar sabendo o que está cantando .
2
Nos-
sos salmos, hinos e cânticos espirituais ensinam e admoes-
Prefácio
ao Saltério, 1543.
[40]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Em Verdade
tam (Cl 3.:16). Nossa adoração é uma conversa de mão dupla,
na qual Deus nos fala inteligivelmente,
de um
làdo, pela sua
Palavra, e nós falamos inteligivelmente
de
outro, com as pala
vras que ele mesmo nos ensinou. Nossa mente nunc deverá
ficar infrutífera . Antes, devemos . orar com o espírito e
também com entendimento . Da mesma forma, devemos can
tar com o espírito e também cantar
com
entendimento
{1Co
14:14,15). O qué Deus uniu, jamais devemos separar.
Então, nosso louvor deve ser modelado pelos Salmos bíbli
cos,
n o s s ~
confissão de pecados pelo arrependimento bíblico,
nossa confissão
de
fé pelas doutrinas bíblicas e nossa pregação
pelos textos bíblicos.
Nós
nos dirigimos a
Deus
de forma inteli
gente (com louvor Bíblico e confissão). E Ele
se dirige a nós
inteligentemente (por meio de sua Palavra). Colocando tudo
isso
de
forma simples, na adoração nós oramos a Bíblia, canta-
mos a Bíblia,
lemos
a Bíblia e
pregamos
a Bíblia. A linguagem
da adoração Cristã é a linguagem da Bíblia. Por quê? Porque é
isso que converte, santifica e edifica o povo de
Deus.
O apóstolo Paulo nos ensina, que a fé vem pela pregação,
e a pregação, pela palavra
de
Cristo
(Rm
10:17).
Corno
nasce
mos de no vo?
Pela Palavra
de
Deus
{1Pd
1:23-25).
Como
cres
cemos em Cristo? Pelo leite espiritual {1Pd 2:2). Como somos
santificados e amadurecidos?
Como
somos feitos
à
imagem de
Cristo? Pela Palavra
de
Deus efetivando sua obra
em
nós {1Ts
2:13). O Evangelho
euangellion)
é o poder
de
Deus
(Rm
1:16;
1Co
1:18, 24). A mensagem
do
Evangelho kerigma) consiste
em demonstração do Espírito e do poder
{1Co
2:4 ). E vem
em poder no Espírito Santo e
em
plena convicção
{1Ts
1:5).
Jesus disse que somos santificados pela Palavra da verdade (Jo
17:17). Conseqüentemente, nossa adoração tem de ser cheia de
conteúdo bíblico.
Alguém pode pensar que isso é
óbvio
para qualquer
um
que
tenha vivido num ambiente evangélico. Desafortunadamente
não podemos contar
com
isso hoje. O conteúdo bíblico tem de
saparecido rapidamente da adoração evangélica. Alguém, quem
sabe,
n
tentativa de avaliar nosso tempo , olhando somente
para algumas canções ou sermões em particular, pode pergun-
41]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Reformada -
Adoração
Que
Éde Acordo com As Escrituras
tar: o que há de errado com tudo isso?"
33
Pensamos que o mais
sensato é não olhar exemplos isolados, mas identificar a
traje-
tóri
da adoração evangélica desde a geração passada até a a
tual. Basta uma única geração atrás, entre
os
Protestantes, e
já
encontraremos uma porção substancial da Escritura sendo lida,
os
sermões sendo expositivos, os hinos estando repletos de
conteúdo bíblico e referências. Hoje, muito pouco da Escritura
é lido. Os s r m õ ~ s são tópicos. Os carinhos são comparativa
mente de pouco conteúdo bíblico, e os poucos que o têm são
repetitivos com a freqüência de um mantra.
4
As orações são
curtas ou inexistentes, e expressas
em
linguagem excessiva
mente familiar e pobres
de
Bíblia. Os sacramentos, que reque
rem considerável leitura bíblica e explanação para serem pro
priamente administrados, são observados
com
pouca freqüência
e até removidos para o meio da semana. Evangélicos e Refor
mados não podem se conformar com inovações desse tipo. Não
é preciso ser profeta para sentir que há problemas se aproxi
mando Como podemos chamar
de
"adoração" um culto onde a
Bíblia não é lida, não é pregada, não é cantada, não é orada e o
máximo que encontramos são indícios dessas coisas? Podemos
chamar isso de culto? Ou
se tr t
de um evento? Ou uma cele
bração?
Se
essas coisas que são chamadas de "sagradas letras,
que podem tomar-te sábio para a salvação pela
fé
em Cristo
Jesus" estão ausentes, que tipo
de
igreja existirá depois de
uma geração
de
"adoração" sem estas
"sagradas letras"?
(2Tm
3:15).
" O livro de John Frame é particularmente deficiente
nesse
ponto. Ele gasta
muito
dos
seus
esfor
ços defendendo esta música ou aquela prática, sem observar o
quadro
todo. Ele nunca considera a
trajetória.
e
onde
viemos
no
mundo
evangélico?
Para
onde
estamos
indo? impossível
fazer
uma avaliação
adequada
das partes
sem considerar
o todo.
" David Wells
analisou
o
contudo
bíblico de 406 corinhos
de dois dos mais
populares cancionei
ros,
Worship Song
o the Vineyard e Maranatha Music Praise
Chorus Book.
Ele comparou com
662
hinos do Convenant Hymnal. Resumiu suas conclusões dizendo que "da grande maioria das can
ções
que
eu analisei, 58.9%, não oferecem apoio doutrinário ou explicação para o louvor; nos
·hinos clássicos examinados, foi raro encontrar hinos que não estivessem firmados sobre, ou
não
desenvolvessem algum aspecto de uma doutrina" (ênfase minha). Além do
que,
importantes
temas bíblicos eram amplamente ignorados. Por
exemplo,
o tema igreja ê encontrado
em
1. 2%
dos
corinhos; pecado, arrependimento e desejo
por
santidade, em 3.6%; a santidade de Deus em
4.3%.
Lousing ur Virtue (Grand Rapids: Eerdmans,
1998), p. 44.
[42]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Em Verdade
Podemos esboçar nosso princípio como segue:
• Ler
a
Bfblia O Diretório
do
Culto Público
de
Deus da
Assembléia de Westminster, recomenda a leitlÍra de capítu-
. los inteiros da Escritura. Paulo diz
à
Timóteo, uaplica-te
à
leitura, à exortação e ao ensino (1Tm 4:13).
No
Culto
Re
formado, nós não lemos somente um verso ou dois aqui e
ali, mas passagens inteiras da Escritura.
•
Pregar a Bfblia
Desde os primórdios a pregação é ti
da comó uma explanação da Escritura lida diz Hughes
Old,
argumentando a partir de Neemias 8. Ela não é uma pales
tr sobre
um
assunto religioso, antes é uma exposição de
uma passagem da Escritura .
35
Prega a Palavra , diz Paulo à
Timóteo {2Tm 4:2). De maneira expositiva, seqüencial, ver
so por verso, livro por livro, pregando através de toda a Bí
blia todo o desígno de
Deus
(At 20:27), era a prática de
muitos
dos
Pais da Igreja (por exemplo, Crisóstomo,
Agos
tinho), de todos os Reformadores e dos melhores dos seus
herdeiros desde então. A Palavra pregada é a característica
central do culto Reformado.
36
• antar a Bíblia
Nossos
cânticos deveriam ser ricos de
conteúdo bíblico e teológico. As divisões de opinião nos di
as de hoje sobre música, estão no âmago
d
nossa guerra
que envolve a adoração. No entanto, alguns princípios são
facilmente identificáveis. Primeiro, o que faz um cântico de
adoração ser legítimo? Resposta, que ele pareça
um Salmo.
Alguns protestantes Reformados cantam,
às
vezes, somente
Salmos. Mas mesmo que esta não seja a nossa convicção,
deveríamos reconhecer que
se
deve cantar Salmos e reco
nhecer que eles fornecem o modelo da hinódia cristã.
Se
os
Hughes
O
Old, Worship, pp. 59, 60.
Enfaticamente
Frame
escreve, não
há
um mandamento específico, que eu
saiba,
que obrige
a
ter
sermão
no culto (Some Questions,
Westminster
Theologícal Journal,
vol
54 [1990],
366 n 10).
de
admirar que haja um tipo de biblicismo que
considere necessário
fazer tal
declaração.
Onde
1m toda a Bíblia o povo de
Deus
se reuniu e a Escritura não foi
lida
e explicada?
(Dt
26. lss; Êx
24.1·11;
Ne
8.1-8;
Lc
4.14-21; At
20.7ss;
etc.) Para
um
irresistível
exemplo contra Frame
a esse
respeito,
veja
Hudghes
O
Old, he Reading and Preachíng o
the Scriptures
in
the
Worship
o the
Chn stian Church,
Volumes
1 e 2 (Grand Rapids: Eerdmans,
1998).
[43]
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Adoração
Reformada
- Adoração Que t de
Acordo com
As Escrituras
cânticos que cantamos na adoração
se
assemelham aos Sal
mos, eles naturalmente, desenvolverão temas abrangentes e
com
o mínimo de repetição. Serão ricos no seu conteúdo
teológicq e experimental. Irão nos fafar a respeito de
Deus,
do
homem,
do
pecado, da salvação e da vida cristã.
Eles
i
rão expressar todas as áreas das experiências e emoções
humanas. Segundo, o que faz a música
do culto ser autên
tica? Muitos, apressadamente, irão dizer que
Deus
não nos
deixou
um
livro
de
partituras. Isso é verdade,
mas
ele nos
deixou
um
livro de versos líricos (os Salmos), e sua forma
irá determinar, em muito, o tipo de música que deve ser
cantada. Colocando simplesmente, a música deve se harmo
nizar com as palavras. Ela deve ser bem-elaborada o sufici
ente para receber conteúdo substancial de várias linhas e es
trofes. Será utilizado o mínimo
de
repetição.
Ela
deverá ser
apropriada tanto para o estilo emocional dos Salmos,
como
dos hinos cristãos baseados na Escritura. Cante a
Bíblia.
• rar a íblia As orações públicas das igrejas Refor
madas deveriam ser ricas de conteúdo bíblico e teológico.
Não aprendemos que a linguagem da nossa devoção cristã
deve vir da Bíblia? Não aprendemos que a linguagem da
confissão e
do
arrependimento
vem
da
Bíblia? Não
apren
demos que
as
promessas
de
Deus,
que devemos reivindicar e
nas quais devemos crer, vêm da Bíblia? Não aprendemos,
ainda, que a vontade de Deus e
os
desejos de Deus para o
seu povo, pelos quais devemos rogar
em
oração, vêm da Bí-
blia? Desde que essas coisas são assim, as orações públicas
deveriam repetir e ecoar a Bíblia. Era dessa forma que se
compreendia
no
passado. Matthew Henry
31
e Isaac
WattS
38
produziram
um
manual de oração para treinar pastores pro
testantes de todas
as
gerações a fim
de
orarem a linguagem
da Escritura, que é usado até hoje. Recentemente Hughes
J. Ligon Duncan
n (org.),
Matthew Henry s
Method
for Prayer (Greenville: Reformed Aca-
demic Press,
1994).
Isaac
Watts, So Amazing So Divine Guide to living Prayer (Brewster,
Massachusetts: Paraclete
Press, 1997).
Esta
é
uma
versão adaptada
de
Guide
to Prayer de
Watts.
[44]
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Adoração
Em
Verdade
Old
produziu
um
trabalho semelhante.
9
• Bíblia e os
Sacramentos
- Foi Agostinho quem pri
meiro se referiu aos sacramentos
como
palavra visível .
E
les devem ser acompanhados de farta leitura bíblica (por
exemplo, das palavras de instituição e exortação) e expla
nação teológica (por exemplo, o pacto e a natureza dos sa
cramentos). Eles são em si mesmos símbolos visíveis das
verdades do evangelho. No culto Reformado, a Palavra e os
sacramentos nunca estão separados.
Por
quê? E nesse caso
então, por que ler, pregar, cantar e orar a
Bíblia?
Porque a
fé vem pelo
ouvir
a Palavra de Deus (Rm 10:17).
Então, concluímos que a adoração do Protestantismo Re
formado é simples. Nós tão-somente lemos, pregamos, oramos e
cantamos a Bíblia. Falaremos mais adiante dessa simplicida
de . Algumas vezes essa ênfase dada à Bíblia
n
adoração
Re
formada tem sido criticada como sendo muito cognitiva ou
intelectual ,4° bem como também, antiemocional e contrária às
artes. Conquanto este não seja o lugar para tratarmos de todos
estes assuntos (teologia da arte, teoria da psicologia humana e
filosofia do aprendizado), queremos simplesmente responder
dizendo que a adoração tem
de
ser de acordo
com
a Escritura .
Em
se tratando de entendimento, a Escritura fala do homem
todo, mente, vontade e emoções. Sermões, cântiços e orações
repletos de Escritura não podem ser simplesmente classificados
de intelectuais ou acadêmicos , mais do que uma comunica
ção firme e carinhosa de um pai com seu amado filho o seria. É
estranho que
t l
coisa possa ser considerada desse modo.
Hughes O
Old, leading
in
Prayer
(Grand Rapids:
Eerdmans,
1995).
Robert Webber e John Frame
dizem
tipicamente
coisas desse
tipo.
Por séculos
o foco
do pen
samento
Protestante
da adoração tem sido considerar
a
adoração como
uma
ação cerebral , diz
Webber. ªO que fazia uma adoração era
o
sermãoª (Robert Webber, ªReaffirming
the Arts ,
Wor-
l ip leader, vol 8, n.6, novembro/dezembro de 1999, p. 10). Também Frame, Worship, pp. 77-78.
Frame
mostra-se
preocupado pelo
fato
de os
hinos
tradicionais
terem
um
conteúdo excessivamente
•tico/teológico.
Por
exemplo, Brilha,
Jesus
brilha funciona
muito melhor
na
edificação
do
que
~ o Amor
Unigênito do Pai ,
pois este último
contêm
muitas
informações doutrinárias
para
ld1ftcar verdadeiramente
Contemporary, p. 116).
Ele regularmente
torna sua
argumentação
ltndenciosa
ao referir-se ao conteúdo
intelectual
das músicas
e
dos
sermões em
vez de ao
conteúdo
bfblico,
como
ponto
principal
Contemporary, 98ss).
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doração
Reformada
doração
Que de
cordo
com
s Escrituras
A reforma da adoração demanda que não somente estrutu-
remos nosso culto com elementos bíblicos mas que também
revigoremos nossas formas com conteúdo bíblico. O que deve-
mos
fazer
n
adoração? O que
eus
prometeu abençoar nela? A
leitura a pregação o cântico e a oração das Escrituras junto
com
os
sacràmentos biblicamente explicados e administrados.
[46]
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111
ADORAÇÃO EM ESPÍRITO
J
SUS DIZ
PORQUE DEUS
É ESPÍRITO
AADORAÇÃO NÃO
PODE SER
SO-
MENTE
em verdade ,
mas
também em espírito . Lembre-
se, Jesus está respondendo
ao
debate levantado pela mu-
lher samaritana. A pergunta dela é sobre onde o homem deve
adorar, neste monte ou em Jerusalém (v.20), no meu edifí-
cio
ou no seu, e por extensão, segundo esse ritual ou aquele?
Ela
está se referindo a adoração externa.
Ele,
toma o partido
dos judeus (e da revelação Bíblica) quanto
ao
verdadeiro con-
teúdo e forma de adoração.
Mas,
e quanto ao lugar, local e edi-
fício? Isto agora não é relevante. Nem , foi o que Jesus disse
(v.21).
O
lugar, e certas formas externas de adoração não são
mais objetos de consideração.
Se
o edifício e o local não são
mais significantes, Então o que é significante? Além de ser Bí-
blico na sua est rutura e conteúdo, a adoração precisa ser con-
duzida num espírito correto.
Ela é oferecida em nome de Je-
sus, que é a verdade (Jo 14:6) e no poder
do
Espírito Santo,
sem o qual ninguém pode dizer Senhor Jesus 1Co 12:03).
O
lado interno da adoração, que é o intento, o motivo, a intensi-
dade, a sinceridade, é coisa crucial. A adoração neotestamentá-
ria, assistida e inspirada pelo Espírito Santo, deve ser predomi-
nantemente espiritual e subjetiva, o que não caracterizava a
adoração do Velho Testamento. Nisto está a diferença.
Interna
ou de Coração
Primeiro,
a adoração que
é em
espírito ,
é interna
e
do coração. Porquanto
Deus
é espírito,
Ele
tem que ser adorado
fSpiritualmente. A verdadeira adoração não é uma questão de
lugares sagrados,
mas
uma condição espiritual
do
coração.
Deus
está no céu.
Não
há mais nenhum edifício santo, lugar santo,
ou coisas santas, através das quais exclusivamente a benção de
Deus é mediada. A palestina não é a 'Terra Santa , onde
Deus
[47]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doração Reformada- doração
Que
de cordo com s
Escrituras
estaria mais presente do
que
em outros lugares.
Nosso
lugar
de
adoração não é mais a casa de Deus , ou um santuário , onde
Deus
habita de
um
modo
mais
especial
que
em outro lugar.
Deus não fez promessas para conceder sua bênção em conexão
com um
lugar ou o local
de
adoração. Esta distinção de termos,
·podia ser melhor compreendida a
um
século atrás, quando o
espaço
de
adoração na igreja Presbiteriana era chamado sim
plesmente de edifício da igreja ou casa da igreja .
Não
era
chamado de santuário .
Deus
habita
no
seu povo.
Ele
forma
do
de pedras vivas ,
que se
tomaram casa espiritual para
Deus (1Pd 2:5; Ef 2:19-22). O edifício, somente se torna a casa
de Deus, quando o
Seu
povo está presente nele. A adoração
nunca pode ser uma questão de comparecer no edifício certo,
na hora certa, para o ritual certo.
E o que dizer
do Velho
Testamento? . Esta uma pergunta
que freqüentemente ouvimos.
Eles
não possuíram um edifício
santo, uma terra santa e símbolos santos? .
Sim,
de fato eles
possuíram, mas Jesus os aboliu. Esta é a razão crucial porque a
natureza
simbÕliéa
e tipológica da adoração
do Velho
Testa
mento precisa ser compreendida. Foram dadas a Israel figuras
visíveis de realidades espirituais que seriam cumpridas
em
Cris-
to. Cordeiros foram sacrificados, incenso
foi
queimado, sangue
foi aspergido, vestes sacerdotais
foram
usadas. A adoração ve
terotestamentâria, era proeminentemente simbólica, exatamen
te por se situar antes da
encarnação
do Verbo.
Jerusalém, o
templo,
os
sacerdotes,
os
altares, o incenso e
os
sacrifícios,
tinham razão de ser, porque através deles Deus proveu tipos do
Cristo que haveria de vir. Estes estimulantes sensoriais, no en
tanto, que seriam ultrapassados pelo Antitipo, Cristo, que viria,
devem ser interpretados, não
corno
elementos
de
continuidade,
mas
sim, elementos que foram designados, pela fé, temporari
amente, e portanto, necessariamente infériores
à
revelação
do
Antitipo no evangelho.
Outra vez, temos que tomar cuidado para não exagerar. A
diferença está na ênfase.
Os
sacramentos, no
Novo
Testamento,
são também uma representação do evangelho. Eles ·são sinais
sensíveis , por meio dos quais, Cristo e os benefícios da nova
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Em Espírito
aliança são representados (Breve Catecismo).
Não
há nada ine
rentemente errado
com
os símbolos. Mesmo
com
eles o Velho
Testamento não estava destituído de espírito e verdade .
Porém mantê-los, seria absurdo.
Não
há dúvida que havia mui
to
de
espírito e verdade na adoração
do Velho
Testamento.
Os
símbolos
do Velho
Testamento nunca foram um
fim em
si mes
mos, ao contrário, apontavam para o interno e espiritual. O
templo físico, apontava para o Corpo de Cristo e o templo espi
ritual, a Igreja (Jo 2:21). Os cordeiros sacrificados, apontavam
para o Cordeiro de
Deus.
O sangue de bois e
de
bodes, não po
diam nunca tirar os pecados (Hb 10:4).
Os
sacerdotes e seus
. aparatos, apontavam para Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote
(Hb 2:27,18}.
Os
sacrifícios agradáveis a
Deus,
tinham que ser
sempre o ·espírito quebrantado; coração compungido e contri
to (Sl 51:17).
41
Havia verdade de espírito no Velho Testamen
to,
mas
não
com
a magnitude e clareza
do
Novo.
·
Então qual é a diferença? uma diferença de ênfase e pro
porção. O Velho Testamento estava cheio de símbolos na ante
cipação de Cristo. Estes símbolos são por natureza temporários.
O
Novo
Testamento tem somente dois: o batismo e a Ceia do
Senhor. Então a adoração no Novo Testamento é em espírito ,
o que significa que não há uma ênfase nos símbolos e tipos
como
havia n adoração do
Velho
Testamento.
O comentário de Calvino
em
João 4 diz o seguinte:
Por estas palavras ( em espírito ) ele não quer declarar
que
Deus
não era adorado, pelos pais,
de
maneira espiritu
al, mas somente quer ressaltar
'e
distinguir a forma exter
na; Isto é,· enquanto eles tinham o Espírito obscurecido por
várias figuras, nós O temos em simplicidade.
41
41
Talvez um
exe.mplo
paralelo possa
ajudar. Nós lemos no evangelho de João que a lei foi dada
através
de Moisés; graça verdade
vieram por Jesus
Cristo não porque o Antigo Testamento
era
só
lei
e totalmente destituído
de
espírito e
verdade,
ou porque o
Novo
Testamento é todo
graça
e
destituído
de lei, mas
tão somente como
uma
questão
de
ênfase
(Jo
1:17).
É claro
que havia
graça
e
verdade. Mas
havia
mais
ênfase
na lei
no
Velho Testamento
e
graça no Novo
Testamento.
á
mais verdade agora
em
que tudo está pleno e claro em Cristo.
John
Calvin, uon The Necessity of
Reforming
the Church
in
Se/ected Works
of
John
Calvin,
vol.1
(Baker
Book
House,
1983 [1844
]), 128.
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
http://slidepdf.com/reader/full/adoracao-reformada-terry-ljohnso 51/70
doração
Reformada
-
doração
Que
t
de
cordo com
s
Escrituras
Jesus, então, está enfatizando a espiritualidade da adora
ção do
Novo
Testamento, contra a natureza simbólica e tipoló
gica do Velho.
A igreja tem algumas vezes sucumbido
à
tentação
de
retor
nar adoração tipológica e pensar outra vez
em
seus ministros
como
sacerdotes, em seus edifícios
como
templos, e a
Mesa do
Senhor
como
um altar e a Santa Ceia como um sacrifício.
á
tem adicionado incenso, procissões e batinas. Através de ritual,
cerimônias, arte, pompa, drama, dança e,
à
vezes, através da
música tem procurado estimular e inspirar fé. Este era exata
mente o pensamento da igreja medieval, para quem estes re
cursos eram os livros
dos
não instruídos . Segundo Philip
Schaff a peça sacra
foi
criada pelo clero e apresentada pri
meiro nas igrejas e
se
tornaram de certa forma, um substitu
to medieval'do sermão e da Escola Dominical .
43
Esta suplanta
ção do papel central que o sermão exercia na igreja primitiva,
foi
um
desenvolvimento desastroso na história da igreja,
como
será também, toda tentativa de trazer
de
volta uma adoração
Cristã exteriorizada.
Vamos resumir o que estamos expondo.
Por
que deveria to
do movimento,·na direção do símbolo, ao invés do Espírito, ser
visto negativamente pelos proponentes da adoração Reforma
da? Pelas seguintes razões:
1. Os
símbolos
do Velho
Testamento foram temporários por
natureza. O templo, e tudo em conexão
com
ele, tiveram senti
do somente para suprir uma necessidade da época.
Eles
foram
·uma figura fraca do
Messias,
até que Sua glória fosse vista
em
Jesus Cristo (Jo
1:14). ·
2. Os símbolos, por natureza, são inferiores à revelação
verbal. Esta
é
a razão por que a igreja não tem sacramentos
mudos ,
como
J.A. Motyer colocou.
Os
sacramentos devem es
tar
sempre acompanhados por uma palavra de explicação. Eles
não se i n t e i p ~ e t a m por si mesmos.
Eles
dependem da Palavra
., Philip Shaff, Histoiy of the Christian Church,
voLS
{1907;
reprint,
Grand
Rapids: W B
Eerd·
man s, 1947), 869.
[50]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
http://slidepdf.com/reader/full/adoracao-reformada-terry-ljohnso 52/70
Adoração Em Espfrito
de uma forma
em
que a Palavra não depende deles. Então a lei,
conforme a revelação
de
Deus
em
Cristo, é somente uma "som
bra" e "não a verdadeira forma das coisas" (Hb 10:1). Cristo é a
"verdadeira forma das coisas". O ponto
do
livro de Hebreus, é
exortar a não voltar aos símbolos e tipos Aarônicos {3:12; 4:13;
6:1-8; 7:10; 10:26-31 e 11 a 13).
Quem
tem a forma, não neces
sita da sombra.
Não
perca tempo olhando para a sombra do seu
Amado, quando
Ele
próprio está bem diante de você.
3. A adição de símbolos, além dos dois instituídos por
Cris-
to, é um desprezo aos meios de graça ordenados. O que Hughes
O. Old
disse da atitude dos Reformadores, quanto ao batismo, é
verdadeiro para todo tipo
de
adoração em geral:
Foi porque os Reformadores tiveram em altíssima conta os
sinais dados por Deus, que eles desdenharam aqueles, que
eram meramente humanos e acabavam obscurecendo os
verdadeiros".
4
Símbolos estranhos, ritos e movimentos, inocentes
em
si
mesmos e talvez até mesmo significativos, simbolicamente aos
olhos, devem ser evitados se não são requeridos n Escritura ou
não estão estreitamente ligados ao culto. "Uma visualização
elaborada", diz Godfrey, "poderia interferir no nosso enlevo
espiritual, fixando nossas mentes por demais n terra".
45
Paulo
fala de Jesus Cristo, sendo "exposto publicamente
como
cruci
ficado" diante dos "olhos" dos Gálatas
(Gl
3:1). Isto
só
pode
ser, uma referência metafórica da pregação. O evangelho, lido e
pregado, é uma exposição de Cristo muito melhor
do
que qual
quer símbolo material.
Os
símbolos não autorizados, desviam a
atenção, e às vezes
de
maneira muito distante, daqueles signi
ficados (incluindo os símbolos ordenados) que Deus tem pro
metido abençoar. Lembremo-nos, fé é a convicção das coisas
"que
se
não vêem" (Hb 12:1) A verdadeira fé, vem através da
Palavra
(Rm
10:17). A Verdadeira adoração, então, deve ser
44
Hughes O. Old, The
Shaping
o the Reformed Baptismed
Rite
in the Sixteenth Century
(Grand
Rapids:
Eerdman·s,
1992),
286
" Robert W
Godfrey,
ucalvin
and
the Worshi of God,U (unpublished manuscript, s.d.), 15.
(51]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doraçãoReformada - doração Que
de
cordo
com s Escrituras
primordialmente (embora não absolutamente) não material,
não sensorial e não simbólica. Na verdadeira adoração somos
elevados a Deus, nos céus, pela fé. Pela
fé
nós nos achegamos a
Deus, no Seu trono
de
Graça,
e O adoramos lá. Pela fé, vemos
Cristo no Seu evangelho. Isto é o que devemos estar fazendo
semana após semana, culto após culto. Nós estamos adorando a
Deus no céu, a quem vemos lá, em toda Sua glória, pelos olhos
da
'fé.
Esta é a razão porque enfatizamos a necessidade de um
preparo para o culto.
Nossos
corações precisam estar corretos.
Fé crucialmente importante. Não venha para o culto faltando
um minuto para começar.
Não
pense que tudo que você precisa
fazer, é estar presente no edifício certo, na hora certa e onde o
ritual certo está acontecendo. Chegue cedo. Ore
para que o seu
coração seja receptivo. Prepare-se para ver
Deus
pela fé.
Deus
deve ser adorado
em
espírito, com um espírito reto, e com ati
tudes corretas.
Simples
Segundo, a adoração em espírito
é
simples.
A adora
ção no Novo Testamento é destituída de normas e complexida
de
cerimonial. Isto está de acordo com tudo o que temos visto
até aqui a respeito de uma adoração bíblica e espiritual.
Ela
é
simples.
Não
há Jerusalém, nem Templo e nem instruções leví
ticas. Quando falamos isso, temos que deixar claro o que não
queremos dizer. Alguns pensam que, pelo fato de não haver
Livro
de Levítico - ou seja, nenhum procedimento elaborado,
como instrução para a adoração do Novo Testamento - que
Deus deixou a igreja livre para adorar como ela bem quiser. A
·resposta de Calvino para este tipo de argumentação, diz God-
frey, seria que, a ausência de um livro de Levítico no Novo
Testamento, reflete mais, a simplicidade da adoração na igreja
de
Cristo,
do
que uma liberdade criativa ( ... ). O Novo Testa
mento está cheio,
como
um guia completo, de afirmações que
sustentam a adoração simples dos filhos de Deus em Espírito.
Nenhuma liberdade é dada no
Novo
Testamento· para inventar
[5 ]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Em Espírito
formas de adoração, mais
do
que a que é dada no Velho .
46
Instruções detalhadas no Novo Testamento seriam apropri
adas, se a adoração no Novo Testamento fosse de ritual elabo
rado, rico
s i ~ b o l i s m o
e complexa. Isto é verdadeiro no An
tigo Testamento, com as instruções levíticas, que eram sombras
de Cristo. O sacerdócio levítico exigia que se observasse, com
detalhes um ritual, os simbolismos e as normas. Vamos lembrar
o que estava envolvido. O Velho Testamento requeria uma ob
servação precisa dos detalhes envolvendo a adoração, que in-
cluía o seguinte:
•
As dimensões
do tabernáculo/templo
Ex
26-27;
lRs
6-7;
2Cr 3 ).
• Os
móveis
do tabernáculo/templo, incluindo as cortinas
Êx 26:1-14), bases de encaixe e tábuas Êx 26:15-30), a ar
ca do concerto
Êx
25:10-22), a mesa
da
proposição
Êx
2 5 : 2 3 - ~ 0 , o candelabro de ouro
Êx
25:31-46;
Nrn
8:1-4),
véu e reposteiro
Êx
26:31-37), o altar de bronze
Êx
27:1-
8)
e (1Rs. 6;
2Cr
4).
•
Uso
de vestiment s sacerdotais incluindo o peitoral, e
fode, estola, turbante
cinto e
túnica
Êx 28, 30).
•
Rituais
detalhados
incluindo a éonsagração dos sacerdo
tes Êx
29:1-9; Lv 8;
Nm
8:1-22), os sacrifícios
Êx
29:10-
30;
Lv
16:1--17:16; Lv 1-7;
Nrn
28, 29), o incenso
Êx
30:1-
21, 34-38), a comida sacerdotal Êx 29:31-37), o óleo da
unção Êx 30:22-23}, os animais do sacrifício Lv 22:17-33},
e outras regras sacerdotais
Lv
21:1-22; 16).
• Uma
agenda de oferendas
regulares incluindo as manhãs
e
noites
diariamente
Êx
29:38-46;
Nm
28:1-8), sábado se
manal Nm 28:9-10), e mensal Nm. 28:11-15).
• Calendário de dias Santos, incluindo a Páscoa Lv 16:29-
34; 23:5;
Nm
28:16), Pães Asmos
Lv
23:6-8; Nm 28:17ss),
Primeiros frutos
Lv
23:9-25;
Nm
28:16ss), o Dia da Expia
ção
Lv
26:26-32;
Nm
29), e Tendas
Lv
23:38-44) •
.. Ibid., 19,11.
(53]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Reformada - AAdoração Que t de
Acordo
com
s
Escrituras
Nada se
equipara a isso
em
parte alguma
do Novo
Testa
mento. As ordenanças mais aproximadas, que poderíamos en
contrar no Novo Testamento, seriam
os
sacramentos da Santa
Ceia e Batismo.
Mas
ainda assim não encontramos nenhum da-
queles detalhes que foram ordenados no Velho Testamento.
Veja só uma pequena parte do que era requerido de Arão e
dos
sacerdotes ao oferecerem os sacrifícios de expiação:
Entrará
Arão no santuário
com
isto:
Um novilho, para
ofer
ta
pelo
pecado,
e
um carneiro,
para holocausto.
Vestirá ele
a
túnica
de
linho,
sagrada, terá as calças de
linho
sobre a
pele,
cingir-se-á com cinto de linho
e
se cobrirá
com a
mitra
de
linho;
são estas
as
vestes
sagradas. Banhará o
seu corpo
em água e, então,
as
vestirá.
Da congregação dos
filhos de
Israel tomará dois bodes, para
oferta
pelo
pecado, e um
carneiro,
para
o
holocausto
.. ).
Tomará
também,
de
sobre
o
altar,
o incensário
cheio de brasas de fogo, diante do Se
nhor, e dois
punhados de
incenso
aromático
bem mo
do
e o
trará
pra dentro
do véu.
Porá um incenso sobre o fogo, pe
rante
o Senhor, para que a
nuvem do
incenso cubra o
prop
ciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra.
Tomará
do
sangue
do
novilho
e,
com
o
dedo,
o
aspergirá
so
bre a frente do
propciatório;
e, diante
do
propciatório,
as
pergirá sete
vezes do
sangue,
com
o dedo. (Lv 16:3-5; 12-
14, etc.).
Então entrará
... ,
tomará
... , vestirá .. ) e
aspergzra
... ,
etc . Instruções semelhantes no
Novo
Testamento poderiam ter
sido dadas.
Aos
Ministros, seria, por exemplo, ordenado a
co-
meçarem
os
cultos aspergindo água santa, acendendo incenso,
curvando-se para o ocidente três vezes, enquanto fazem o sinal
da cruz recitando o Pai Nosso .
Um
calendário inteiro
de
esta
ções e dias santos, a semelhança daqueles
do Velho
Testamen
to, poderia ter sido dado.
Em outras palavras, um ritual para se
achegar a
Deus,
com
procedimentos definidos, rico
em
simbo
lismo e ancorado num calendário que poderia ter sido dado.
Mas
·não há nada disso. O que não significa que a igreja está
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Em Espírito
livre para fazer a adoração do modo que ela desejar. Mas quer
dizer que a nossa adoração é para ser simples, direta, sem ritu
al elaborado, destituída
de
formas complexas, liberta de
um
calendário e ciclos naturais, contudo, limitada ao uso daqueles
símbolos instituídos por Cristo, a santa Ceia e o Batismo.
Se
a
igreja inventar uma adoração jungida por ritual, simbolismo, e
normas, estará minando o propósito de Deus de que nossa ado
ração seja simples, e estará voltando às sombras do Velho
Tes-
tament<l. Rejeite isso, não aceite a pompa e as circunstâncias
da liturgia medieval. Não abrace tão pouco a extravagante alta
voltagem da adoração contemporânea.
Não
crie
um
novo sacer
dócio de técnicos, artistas e atores.
Nossa
adoração é simples e,
portanto, universalmente válida; ela pode ser conduzida e usu
fruída em qualquer lugar, a qualquer hora, seja qual for o salá
rio, educação, ou perícia tecnológica dos envolvidos. Pode ser
feita num iglu no Alasca, numa cabana
de
palha no
Congo,
ou
numa grande catedral em Paris. Deus agora pode ser adorado
tanto em Samaria como em Jerusalém. Repetimos a implicação
de Hebreus 8-10. As ordenanças levíticas foram
uma cópia
e
sombra
das coisas celestiais ,
mas Cristo,
obteve
o mais exce
lente ministério (8:5, 6). A entrada de Cristo nos céus mesmo,
e não num templo terreno,
uma
mera cópia
do
verdadeiro ,
necessariamente significa a abolição da cópia antiga (9:23ss).
A Lei, Ele diz, foi
somente
uma
sombra dos bens vindouros que
se tornou realidade
em
Cristo (10:1). Ele escreve:
Tendo,
pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos
Santos, pelo sangue
de
Jesus, pelo
novo
e
vivo
caminho
que
Ele
nos consagrou pelo véu, isto é, pela
Sua
carne, e tendo
grande sacerdote sobre
a casa
de
Deus, aproximemo-nos,
com
sincero coração,
em plena
certeza
de
fé
tendo o cora
ção purificado de má consciência e lavado o corpo com
água
pura. Hb 10:19-22).
O seu ponto que não deveríamos retornar aos símbolos
complexos, aos rituais, e normas pelas quais o povo de
Deus
se
aproximava dEle no Velho Testamento. Essa forma de adoração
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Refonnada
- Adoração Que t de Acordo com As Escrituras
foi abolida em Cristo, que cumpriu todas as funções sacerdotais
e sacrificiaiS, em nosso favor de uma vez por todas. A nossa
forma de nos achegarmos a
Deus,
é
unova
e viva . Nosso sacrifí
cio
é
um
sacrifício
de louvor,
que
é
o
fruto
dos
lábios
que
dá
graças ao
Seu
nome , não é um sacrifício material com normas
prescritas sobre um altar
(Hb
13:15). O pouco da adoração, pra
ticada pela igreja primitiva, que temos registrado no
Novo
Tes-
tamento reafirma este ponto.
Os
cristãos primitivos devotaram
se à doutrina dos apóstolos,
à
comunhão, ao partir do pão e às
orações
(At 2:42).
Eles
não seguiram o ritual ricamente elabo
rado do templo, mas, a simples e singela adoração da sinagoga.
Seus cultos eram simples ministrações da Palavra, sacramentos
e oração. Assim deveríamos nós também fazer.
Reverente
Terceiro e finalmente, a adoração que é em espírito ,
é reverente. O espírito de adoração é o espírito de reverência.
Os
crentes devem oferecer a Deus um culto aceitável,
com re-
verência
e
santo temor
(Hb
12:28). A adoração nunca foi con
duzida de modo superficial e frívolo. Quando oramos, não ora
mos
meramente
Nosso
Pai , mas Pai nosso que estás
nos
céus,
santificado
seja Teu
nome . O nosso zelo para com a oração, e
para com todo o nosso louvor, é que o nome de Deus seja hon
rado e reverenciado, ou santificado, porque Ele é o Pai que
está
nos céus. A verdadeira adoração sempre deve ser séria, subs
tancial, sólida, sóbria e reverente.
O que é reverência? A Bíblia não nos permite dar a esta pa
lavra o significado que desejarmos. Reverência é um justo te-
mor. Um dos erros comuns na discussão da adoração de hoje,
é
o entendimento errado sobre o conceito Bíblico de temor de
Deus . Isto é absolutamente central na espiritualidade do Velho
Testamento. É o fator religioso decisivo na piedade
do
Antigo
Testamento , diz
um
dicionário teológico'
1
• O temor (hebraico
Colin
Brown
(ed.) New
Intemational
Oictionary of New Testament Theology, Vol. 1 (Grand
Rapids:
Zondervan
Publishing
House,
1975), 622.
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Em
Espfrito
yare) do Senhor, é o primeiro sinal da verdadeira
fé (Êx
14:31),
·e o princípio da sabedoria hebraico
yrah;
Pv 1:7; Sl 111:1-10).
Os olhos do Senhor estão sobre os que· O temem
(Sl
33:18);
Ele
se acampa ao redor deles e a eles nada lhes falta
(Sl
34:7,9).
Sua misericórdia é grande para com eles (Sl 103:11);
Se
apieda
deles (Sl 103:13);
Ele
os abençoa (128:1); satisfaz seus desejos
(Sl 145:19); e se alegra neles (Sl 147:11). Conquanto este te
mor não é terror, não é tão pouco uma suave apreciação. Há
um temor que é devido a Deus (Sl 90:11). Conseqüentemente,
àqueles que
é
di .to
para temer a
Deus com
justo temor, também
lhes é dito para tremer . Os que recebem aprovação
de
Deus,
são os humildes e contritos
de
espírito
e ue
tremem de Sua
Palavra (Is 66:2). No
Sl.9.6:9,
o Adorai ao Senhor
na
beleza da
Sua Santidade está em paralelo
com
tremei diante
Dele,
todas
as terras . Adorar e tremer vão lado a lado.
Toda
terra é con
clamada a tremer diante
do
nosso
Deus
(Sl
77:18; 99:1; 104:32;
Is. 64:2;
r
33:9). Até nosso regozijo com tremor.
Servi
ao
Senhor
com
temor e
alegrai-vos Nele com tremor.
(Sl
2:11).
Outras expressões físicas de reverência, são descritas da
mesma
fori:na.
Elas
também nos ajudam a entender o significa
do de reverência. O Salmista diz:
E me prostrarei
diante
do
Teu
santo templo no Teu temor.
(Sl 5:7b).
Porque o Salmista reverencia
hebraico
yirah)
Deus, ele se
inclina. Novamente o Salmista diz:
Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos
diante
do Se
nhor, que nos
criou.
(Sl 95:6).
Prostrar-se e ajoelhar-se, são respostas apropriadas por par
te daqueles que estão na presença de Deus (Sl 138:2).
Moisés,
imediatamente prostrou-se em terra e adorou quando o Se-
[57]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Reformada -
Adoração Que
de Acordo
com
As
Escrituras
nhor passou diante dele (Êx 34:8). Salomão ajoelhou-se en
quanto orava (2Cr 6:3), e todo povo "se inclinou" com o rosto
em terra sobre o pavimento e adorou e louvou ao Senhor (2Cr
7:3).
Da
mesma forma, Esdras, caiu de joelhos
em
confissão,
permaneceu ºprostrado, e em seguida todo o povo "inclinou-se e
adorou o Senhor
com
o rosto em terra"
(Ed
9:5,6; 10:1; Ne 8:6).
Quando passamos para o Novo Testamento, .há alguma mu
dança significativa? Não, a piedade
do Velho
Testamento, a
piedade dos Salmos, dos Profetas e de Provérbios, é a
m e ~ m
piedade do Novo Testamento. Jesus assume essa continuidade
dizendo: ·
Não temais
os que
matam o corpo e
não
podem matar a
al
ma;
temei, antes,
aquele que
pode fazer perecer
no
inferno
tanto
a
alma
como o
corpo. (Mt
10:28).
Conquanto isto não
é
terror,
é
um
forte temor (grego
pho
bos) o que Jesus ordenou.
Ele
também assume essa continuida
de
n
parábola da viúva persistente, que aproximou-se do juiz
que "não temia a
Deus
nem respeitava aos homens"
(Lc
18:1, 2,
4). O
Novo
Testamento define o ímpio como aquele que não
teme a
Deus (Rm
3:18), enquanto cristãos, são aqueles que es
tão "andando no temor
do
Senhor" (At 9:31). O temor
de
Deus
é regularmente apresentado, corno uma motivação para a vida
cristã. Os cristãos estão "aperfeiçoando a santidade no temor
de Deus {2Co 7:1), "sujeitando-vos uns aos outros no temor de
Deus
(Ef
5:21), e eles se conduzem com temor durante o tem
po da sua peregrinação sobre a terra. Esta última referência
carece de um exame:
Ora,
se
invocais como Pai àquele que, sem acepção de
pes
soas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos
com
temor
durante
o tempo da vossa peregrinação (1Pd 1:17). ·
Aqui os ternas de adoção e temor são apresentados juntos.
Se
o Juiz
é
nosso Pai, temos que nos conduzir
com
temor
(Rm
11:20;
Cl
3:22;
Hb
4:1; 1Pd 2:17). Segundo o último livro da
58
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Em Espfrito
Bíblia, o céu é povoado por aqueles que temem a Deus Ap
11:18). Tanto· o apelo
ao
evangelho, como o apelo à adoração
encontrado no Apocalipse, é apelo
ao
temor a Deus Ap. 14:7;
.15:4; 19:5)
Nem tão pouco existe temor no Novo Testamento sem tre
mor, prostração e ato de se inclinar. O Apóstolo Paulo diz:
Assim,
pois, amados meus, como sempre obedeceste, não só
na
minha presença, porém, muito mais agora,
na
minha
ausência,
desenvolvei
vossa
salvação
com
temor
e
tremor.
Fp
2:12).
Temor
e tremor estão juntos aqui e em outros lugares
no
Novo Testamento, como estiveram no Velho Testamento. s
coríntios são recomendados, porque sua obediência era acom
panhada pelo temor
e tremor 2Co
7:15; cf.
1Co
2:3; Ef 6:5).
Semelhantemente o Apóstolo João, quando teve a sua visão de
Cristo sobr_e o Seu trono, caiu aos Seus pés como morto Ap
1:17). Paulo conclui a extensa oração com a qual inicia sua e-
pístola aos Efésios, dizendo:
Por esta razão,
dobro os
meus
joelhos diante
do Pai.
Ef
3:14).
Ele tan:i.bém promete que:
Um dia
ao
nome de Jesus se dobre todo
joelho,
nos
céus,
na
terra,
e debaixo da
terra,
e
toda
língua
confesse
que Jesus
Cristo
é
Senhor, para glória
de Deus Pai.
Fp.
2:10,
11).
Finalmente, nós lemos dos 24 anciões
do
Apocalipse, que
eles prostraram-se diante daquEle que se assenta no Trono ,
que prostraram-se e adoraram Ap 4:10; 5:14; cf 5:8). A reve
rência do Velho e do Novo Testamentos é um santo temor, que
pode ser expresso através de tremor, dobrar os joelhos, se in
clinar ou prostrar-se.
[59]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Reformada Adoração Que de Acordo com
As
Escrituras
· Se
Deus
não está preocupado com a postura, certamente
está com relação às atitudes do coração que refletem esses mo
vimentos. Alguns autores querem evitar expressões como,
"grave" e "solene" e advogam expressões mais amigáveis, sua
ves, com uma atmosfera mais informal para o culto. Mas al
guém poderia me responder como seria possível este tipo de
coisa, e ainda obtermos o verdadeiro e bíblico conceito de reve
rência.49 E como alguém poderia descrever, como seria o humor
de uma assembléia onde os adoradores estão tremendo, de joe
lhos, inclinados e prostrados diante do
Todo
Poderoso?
E o que dizer da alegria? Depende do que se
entende
por
alegria. A alegria Cristã, não é a mesma alegria que alguém ex
perimenta numa bodega ou num baile, mas a alegria daqueles
que temem a um Deus a Quem· amam. Talvez ajude de novo,
fazermos algumas distinções. Mesmo no mundo dos esportes,
há
uma diferença entre a alegria expressa no momento em que
um jogador faz o gol do campeonato e a alegria
sentida
por
ocasião do banquete concedido, no clube, em comemoração da
vitória. Em ambos os casos a emoção é a alegria, contudo a
·maneira de expressá-la difere quando a situação muda de um
lugar para outro.
Da
mesma forma, a alegria do louvor, não é a
mesma do estádio. Esta alegria não é expressa por ah eu tô
maluco ", subindo e descendo nos bancos, gritando e assobian
do. Eu uma vez, ouvi um pregador perguntar, por que não fi
camos agitados na igreja como fazemos no estádio de futebol?
A resposta
é
que esse tipo de agitação não é apropriado para o
culto público e é um tipo diferente de alegria. "Deleitar" e
"temer" estão lado a lado no Salmo 112:1. Como
já
tivemos a
oportunidade de ver, a alegria Cristã é compatível com o "tre
mer" (Sl
2:11).
Presumimos que os
24
anciões, estavam cheios
de alegria quando se sentiram prostrados diante de Deus. Sem
dúvida, prostrar-se e sentir alegria, estão juntos
na
experiência
" Frame não encontra urazões bíblicas# para acreditar que o culto deva ser conduzido numa uat
mosfera solene".
Ele
reduz d i g n i d ~ d e a
~ u m
palavra codificada para formalidade", e diz que "o
Novo
Testamento,
em
nenhum lugar, ordena a formalidade para o culto"
Ao
todo" ele diz: "ao
que me parece, as considerações mais relevantes, são a favor do culto informal com uma atmosfe
ra amigâvel, convidativa no seu estilo de linguagem e
músican
Worship, 82, 84).
(60]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
Em Espírito•
dos homens sábios, que se alegràram com intenso
júbilo ..
) e
prostrados O adoraram Mt 2:10,11). Nossa alegria é uma pro
funda emoção, semelhante à paz que o mundo não conhece.
Não
é o barulho excitante da arena, mas ªa alegria indizível e
cheia de glória (1Pd 1:8).
John
Newton colocou desta forma:
Salvador, se da cidade de Sião
Eu, pela graça um membro sou,
Deixa que o mundo zombe e me despreze,
Eu
me gloriarei em
Teu
nome:
Os prazeres do mundo desvanecem,
Em toda sua honra pompa e orgulho;
Alegrias sólidas e tesouro duradouro
Só os filhos de Sião, e mais ninguém, podem conhecer.
O mundo conhece somente
os
prazeres passageiros e tem
porais. Experimentam
u ~
momento e logo tudo se acaba.
Nos-
sas alegrias são alegrias sólidas que somente os filhos de
Sião experimentam. Bard Thompsom em Liturgies of the
s-
t m
Church (Liturgias da Igreja Ocidental), expõe a liturgia
de
Calvino que era baseada no Soli
Deo
Gloria, embora ao mesmo
tempo dominada e forjada pelo estilo austero de toda piedade
Calvinista
50
•
Nossa alegria é uma alegria reverente, e demons
trada em público com retraimento.
As
ostentações exibicionis
tas de zelo, seja por gritos, levantar de mãos, pulos ou po ou
·tras manifestações· físicas, têm sido deixadas de lado nos
círculos Reformados, por um senso do que seja apropriado para
adoração rio culto público, uma vez que o desejo não é chamar
a atenção para si próprio. Nós
não oramos de forma que seja
mos visto pelos homens, quer
na
esquina ou no santuário. So-
mente Deus é quem deve ser glorificado
Mt
6:1-18).
50
Bard
Thompsom,
Liturgles of
the Western
Church Philadelphia:
Fortress
Press, 1961}, 19:J.
[61]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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V
- CONCLUINDO SSUNTO
ALVEZ
AGORA SEJA NECESSÁRIO AVANÇAR UM POUCO MAIS discutindo
a natureza da submissão e austeridade da piedade Re
formada à luz de reivindicações feitas quanto àquelas ex
pressões físicas exuberantes. Dança Sl 149 e 150) aclamar e
aplaudir com as mãos
Sl
47), o levantar
as
mãos (inúmeros
textos), são todos apontados
como
expressões bíblicas
de
lou
vor, que deveriam ser usadas hoje na igreja. Um proponente,
. chega a dizer
que
é uni absurdo
51
pensarmos que a Escritura e
seu princípio regulador proíba dança no culto. Deixando de
lado o fato inconteste, de
que
ninguém,
mas
ninguém mesmo,
em toda a tradição cristã ortodoxa, quer Grego Ortodoxa,
Cató
lico Romana,
ou
Protestante, jamais advogou ou defendeu dan
ça no culto, a não ser,
em
tempos recentes. Há, ainda, outras
considerações que queremos fazer sobre a forma
como
os Sal
mos e outros textos têm sido usados para fazer avançar a ado
ração com demonstrações físicas.
Primeiro, os Salmos, dos exemplos que conhecemos, des
crevem emoções
e
ções
pessoais,
as
quais, necessariamente,
não devem ser entendidas
como
praticadas na adoração públi
ca. Deixe-me citar alguns exemplos.
Mais de um
terço
dos Sal
mos podem ser classificados de cânticos de lamento ou súpli
cas. O salmista descreve a si próprio, como, gemendo,
chorando, suspirando, em lágrimas, angustiado, confuso, em
solidão, dormente, moído, ansioso, desconsolado, em desespe
ro, doente, morto e trucidado Sl 5:1,2; 6:6-7:10; 25:16,18;
38:6-9, 15-17; 42:11ss; 69:20; 44:22; etc.).
Devemos
então,
porque encontramos estas emoções e ações descritas nos Sal
mos, pensar que elas também deveriam ser expressas no nosso
culto público?
Devemos
ainda acreditar que quando
um
Salmo é
lido ou cantado
no
culto,
que
eles se constituem
um
apelo para
Frame, Worship, 131. Isto
nos
parece
um
modo
nada humilde de se referir aos pontos de vista
de um oponente teológico.
[63]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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doração
Reformada - A doração Que
de
cordo com
s Escrituras
gemidos choros e suspiros audíveis? Deveria o adorador repetir
as emoções ali descritas? A atitude mental?
Ou
a postura corpo
ral? Deveríamos nós cantar,
as
descrições de suspiros e lágri
mas, suspirando e derramando lágrimas? Uma seleção bem cui
dadosa de leitura dos Salmos seria requerida, dos que
reivindicam demonstrações físicas ou audíveis, como levantar
as mãos, aplaudir, dançar e gritar, a
fim
de deixar de lado
a-
queles Salmos que falam de prostração, choro e gemido.
Na a-
doração, é bom lembrar que há momentos em que não estamos
preparados para
t l
convite.
Segundo,
os
Salmos lembràm eventos da vida de Israel, nos
quais o louvor
foi
expresso
em
formas não típicas da assembléia
pública. Por exemplo, o
Salmo
47 lembra o transporte da arca
da aliança, da casa de Obed-edom para Jerusalém. Esse trans
p.orte
teve a característica de uma parada
de
celebração de
urna
· vitória, com trombetas, aclamações e dança
2Sm.
6:12-15}.
Davi
mesmo, nos dito, dançou diante do Senhor
com
todas
as
forças .
Mas
é
coisa muito diferente, dizer, que esta mesma
expressão de alegria seria empregada pela nação reunida ante
os santos dos santos, ou que deveria ser empregada na assem
bléia pública
de
hoje. A dança pode louvar a Deus,
se
pensar
mos
na adoração
no
sentido mas abrangente . Casamentos e
outras festas. e celebrações, podem até ter sido ocasião para
isto. Por exemplo, Miriam e
as
mulheres
de
Israel, celebraram
com tamborins e dança quando o mar Vermelho fechou sobre o
exército egípcio, destruindo-o
Êx
5:20).
Mas
esta,
foi
urna ce
lebração pública, não
um
culto de adoração. O
Salmo
81 men
ciona celebrações públicas tais corno, lua nova, lua cheia, dias
de
festa,
com
uma demonstração exuberante nestes dias.
Ve-
mos agora como é vital ·distinguirmos
como
essas coisas dife
rem. A Bíblia não ensina, nem sugere, que a dança seja
um
e
lemento aprovado e abençoado para o culto público, e a
história não conhece nenhum registro desta prática realizada
no
templo de Israel e nas sinagogas,
ou
na igreja cristã.
Não
podemos encontrar nenhum mandamento, nenhum exemplo,
ou nenhuma promessa.
A única referência no Novo
Testamento que encontramos,
[64]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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concluindo o
Assunto
está em
1Co
10:7. Lá
a u ~ o
cita Êx 32:6 e o incidente do "be-
zerro de ouro".
Não vos façais pois
idólatras
como alguns deles;
Porquan
to está escrito: povo
assentou-se para comer
e
beber
e
le-
vantou-se para divertir-se.
1Co
10:7). ·
O
divertirº
a que o texto se refere,
é
descrito
em
Êx
32:19:
Logo que se aproximou do arraial viu ele
o bezerro e
as
danças; então
acendendo-se-lhe a
ira
arrojou
das mãos
as
taboas e quebro-as ao
pé do monte.
Êx 32:39).
As
pessoas estavam "dançando" de fato, a RSV, Versão Pa-
drão Revisada) traduz esta palavra do termo grego
(paizin),
encontrado somente aqui no Novo Testamento, como "dançar''.
o termo, contudo, possui urna
vasta
gama de significados: "jo-
gar, praticar esporte, gracejar, cantar e dançar'' (segundo ha-
yer), ou "jogar, entreter alguém e dançar'' (segundo Amdt
Gingrich), aqui ele
se
refere claramente à dança litúrgica. Note:
O
Apostolo Paulo chama os participantes
de
"'idólatras". A
"dança", em volta do bezerro de ouro, é vista por Paulo (e Moi-
sés ), como idolatria pagã pura e simplesmente. Tal divertimen-
to era adoração falsa, tanto quanto, era a idolatria do ídolo.
Dança,·também
é
listada como uma expressão de louvor no
Salmo
149
e
150;
no entanto, aqueles que querem
aqui,
justifi-
car a dança
no culto,
t ~ ã o
mais urna vez,
de
ler seus textos
seletivamente. O
mesmo
Salmo
que diz, "louve Seu nome
com
dança" (versão do rei Tiago) também diz:
Exultem de glória os santos
e
no
seu leito cantem
de júbilo
nos seus
lábios estejam
os altos louvores
.
de Deus nas
suas
mãos
espada
de dois gumes. Sl 149:5,6).
Desde que os Salmos nos direcionam a "cantar com alegria
em nossas (camas)", deveríamos então trazer nossos colchone-
tes para o culto? Desde que estes que trazem "altos louvores a
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração Reformada -
Adoração Que
de Acordo com As
Escrituras
_Deus
em seus lábios devem ter uma espada de dois gumes em
suas mão , deveríamos nós também trazer espadas conosco pa
ra o culto e movê-las na hora da adoração? Certamente está
claro, que não podemos aludir aos movimentos e ações nos
Salmos e nos basear nisso somente para concluir que eles per
tencem
ao
culto público. Porque os Salmos, se reportam a e
ventos da historiá de Israel, eles descrevem celebrações públi
cas que envolvem elementos (danças, mover de espadas,
aclamações, e aplausos, etc.) e coisas, que ordinariamente não
são apropriadas para o culto público regular.
Terceiro, algumas práticas que são defendidas hoje, envol
vem não somente uma leitura seletiva, mas uma leitura
equivo-
cada do seus significados
na
Escritura Consideremos
em
parti
cular o levantar das mãos. Não é difícil determinar o
significado desta prática na Escritura. Trata-se simplesmente,
de uma postura para oração. Alguém pode orar de pé (postura
mais comum -
1Sm
1:26; Mt 11:25;
Lc
18:11,13), de joelhos
{2Cr 6:13; Sl 95:6; Dn 6:10; Lc 22:41; At 7:60, 9:40, 20:36,
21:5), sentado {2Sm 7:18), ou prostrado (Nm 16:22; Js 5:14; Dn
8:17;
Ap
1:17, 4:10, 5:8, 5:14, 11:16). O levantar das mãos é
uma das formas aceitáveis corno parte das posturas de oração.
A famosa oração de Moisés durante a batalha de Israel, contra
Arneleque, nos dá um
bom_
exemplo, mas há muitos outros, co
mo:
(Êx 17:9ss; Sl 28:1,
2,
63:4, 72:2, 119:47, 134:2, 1412,
143:4, etc.). Então, se devemos levantar
as
mãos no culto, isto
deveria ser feito simbolicamente, em nome da congregação pe
lo ministro, ou, por toda congregação, durante a oração como
uma postura de intercessão:
Mas,
o movimento carismático, tomou o que era uma pos
tur para oração e o tornou numa resposta pessoal de agitação
emocional. Como por exemplo, quando alguém, movido pelos
eventos do culto, levanta a mão de outra pessoa. Quanto a se é
ou não, uma coisa apropriada a fazer, o nosso ponto de vista é
que não é bíblico fazer. Em geral
as
pessoas não examinam na
Bíblia as referências quanto ao levantar das mãos, simplesmen
te
se identificam com um grupo a que pertencem. Levantar
as
mãos representa o levantar urna oração a Deus, sendo assim é
[66]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Concluindo ssunto
apropriado assumi-la quando oramos. A única coisa comum que
o levantar de mãos bíblico tem a ver com o levantar de mãos
carismático
é
que as
mãos
ficam suspensas no ar.
Uma
é a pos
tura de intercessão. A outra,
é
na verdade uma ostentação de
agitação espiritual, à qual, a nosso ver, é melhor não fazer
concessão.
Então
on e isto nos
levará?
A.W. Tozer escreveu um panfleto, alguns anos atrás, intitu
lado Worship The
Missing Jewel
o the
Evangelical
Church (Ado
ração: A Jóia Perdida da Igreja Evangélica), onde ele lamenta a
irreverência que acontecia n maioria das igrejas tradicionais
daqueles dias. Algumas continuam a empregar o modelo reavi-
. valista. Como .as igrejas onde elJ cresci, onde a "adoração" con
siste de cânticos superficiais,· intercalados
com
palavras super
ficiais, virtualmente sem oração, sem confissão de pecados,
pouca leitura bíblica, um sermão evangelístico, apelo e tchau
Na verdade isto não é
um
culto - é urna reunião de "reaviva
mento". Alguns tornam este mesmo formato, e para incremen
tar, adicionam um coral produzido, solos, dramas, esquetes e
dança. Eu digo que esta variação é necessária porque a audiên
cia objetivada é a congregação e não o céu. Seja o que for que
se tente dizer em contrário, a verdadeira intenção. é apresentar
algo para as pessoas (incluindo não crentes no meio do povo) e
não ao Sei:thor.
Não
é por essa razão que os aplausos têm sido
tão comuns nesses cultos? E não é por essa razão· também que
nossas igrejas parecem mais com teatros
do
que com igrejas?
A alternativa Carismática é
um
pouco melhor, se
é
que há
algo bom. Ela éncoraja as pessoas a buscarem ao Senhor e a
deleitarem-se
nEle
coisa que, infelizmente, falta em muitas
igrejas tradicionais. No entanto, o estilo Carismático, podemos
dizer com bastànte certeza, é fortemente não-cognitivo. Os
louvores, ·e os conseqüentes pensamentos a respeito de Deus,
·
são
regularmente banais, repetitivos e vazios de conteúdo sé
rio. O que o "adorador" sente e experimenta, tende ser superfi
cial e centrado nele mesmo. Ele
é
movido não pela verdade,
[67
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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Adoração
_Reformada
- A Adoração Que t de Acordo com As Escrituras
mas, pelo que sente, e a experiência acaba se tornando um
fim
em si mesma. E isto também, a longo prazo, resultará em falên
cia espiritual.
Uma
pessoa pode mergulhar no poço das emo
ções muitas vezes; é maravilhoso enquanto dura, mas no fim
acabará seco.
Muitos jovens que nasceram nestas igrejas, agora estão
dando meia volta
com
seus próprios pés e procurando igrejas
litúrgicas. Alguns estão na Trilha
de
Cantuária ,
como
Robert
Weber colocou. Outros se uniram
às
igrejas Católicas Romanas,
e alguns seguiram até mesmo,
um
ex-líder da Cruzada Estudan
til para Cristo, e uniram-se à Igreja Ortodoxa Grega que agora
mantém uma Diocese Evangélica designada a acomodar evan
gélicos que desejam fazer a transição para a Ortodoxia. Fazer
da adoração instrumento
de
evangelização, terapia, ou entre
tenimento, é bancarrota na certa. Isto não alimenta a alma,
assim
como
a outra alternativa, de um ritual frio, também não
alimenta.
Os
aromas e sinos das cerimônias da Igreja Angli
cana alta , não geram
fé
profunda, e acaba, na verdade, ini
bindo um verdadeiro conhecimento pessoal de Cristo. Num cer
t
aspecto, não passa
de
uma outra forma
de
entretenimento,
outra forma de agradar
os
sentidos. mais religioso na for
ma, mas muito duvidoso
em
seus efeitos.
Qual é então a resposta? A simples, espiritual e reverente
adoração da herança Calvinista; a adoração na qual nós
lemos
pregamos
oramos
e
cantamos
a Bíblia. Somente este tipo de
adoração pode sustentar e nutrir a fé e a piedade Reformada.
Nela
nós temos ordem sem sufocamento, liberdade sem caos,
edificação sem entretenimento, reverência sem a rotina não
cognitiva. A adoração Reformada, visa a
Glória de Deus
somen
te, e para tanto, provê um formato na qual a verdadeira adora
ção
tem lugar. Somente a Palavra
de Deus
estabelece a ordem
do Seu culto - não
as
invenções e a tradição dos homens. Gló-
ria pois a Deus somente - Soli Deo
Gloria.
Que assim seja
[68]
8/10/2019 Adoração Reformada - Terry L.johnso
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