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ELABORAÇÃO: Direção de Serviços de Estatísticas do TrabalhoDireção Regional do Trabalho
2 de março 2015
A Madeira no Feminino2000-2014
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Fonte: Inquérito ao Emprego - Direção Regional de Estatistica da Madeira
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
População total Mulheres
68,8
88,697,7
129,3
102,3
77,3
145,4
112,9
0,0 50,0 100,0 150,0
População total
Mulheres
Ano 2000 Ano 2014
A MADEIRA NO FEMININO(indicadores de evolução – 2000-2014)
População
De acordo com os dados do Inquérito ao Emprego da DREM respeitantes a 2014, as mulheres
constituíam, nesse ano, 53,4% da população residente na Região Autónoma da Madeira, isto é,
eram cerca de 139,3 milhares, número que representa um acréscimo de 7,9% face ao ano de 2000.
Na evolução por escalões etários, verificou-se uma diminuição de 15,7% nas jovens com menos
de 15 anos e de menos 12,5% nas de 15 a 34 anos. Os restantes escalões apresentam acréscimos
que vão desde os 16,0% nas mulheres com idades entre 35 e 44 anos, aos 39,1% das de 45 a 64
anos e de 23,1% nas de 65 e mais anos. De realçar ainda que a maioria da população feminina
tem entre 25 e 64 anos (idades ativas), que representava em 2014 cerca de 56% do total das
mulheres madeirenses.
População feminina residente na Região Autónoma da Madeirapor escalões etários - 2000-2014
(Fonte: Inquérito ao Emprego – Direcção Regional de Estatística da Madeira)
Neste mesmo período, a relação de feminilidade subiu de 112,9 para 114,4 por cada 100 homens.
O índice de envelhecimento da população feminina era superior e teve crescimento a ritmo mais
acelerado do que o da população total, ao passar de 88,6 em 2000 para 129,3 mulheres idosas por
cada 100 jovens, em 2014. Na população total, este índice subiu de 68,8 para os 97,7 idosos por
cada 100 jovens.
Índice de envelhecimento (2000-2014) Índice de juventude
3
Número % Número %
Total 108 277 100,0 111 653 100,0
Homens 59 374 54,8 55 591 49,8
Mulheres 48 903 45,2 56 063 50,2
2000 2014
O índice de juventude apresentou evolução inversa, ao diminuir de 112,9 para 77,3 mulheres
jovens por cada 100 idosas e de 145,4 para 102,2 da população em geral.
Mercado de trabalho
Embora as mulheres sejam predominantes em termos populacionais, a sua presença no mercado
de trabalho, expressa pela taxa de atividade, em 2014 era ainda inferior em 7,6 p.p à dos homens.
No entanto deve salientar-se que entre o início do século e a atualidade, a participação feminina
no trabalho teve um crescimento muito superior ao dos homens, que se refletiu no esbatimento
de 6,5 p.p. entre as correspondentes taxas de atividade que passaram, respetivamente, de 39,0%
(50,3 milhares) para 46,8% (65,3 milhares) nas mulheres e de 53,1% (60,7 milhares) para 54,4%
(66,2 milhares) nos homens.
Por grupos etários, as taxas de atividade das mulheres mais jovens (dos 15 aos 34 anos) eram, em
2014, superiores em 3,2 p.p. às dos homens.
Taxas de atividade por sexo e grupo etário2000-2014
53,1
66,5
84,8
54,4 54,0
83,3
39,0
49,8
62,4
46,8
57,2
71,9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Total 15-34 anos 35 e + anos Total 15-34 anos 35 e + anos
Ano 2000 Ano 2014
Homens Mulheres
%
(Fonte: Inquérito ao Emprego – Direcção Regional de Estatística da Madeira)
No que se refere à participação feminina no emprego, medida pelo número de mulheres
empregadas (por conta de outrem ou própria), cresceu 14,6% entre 2000 e 2014 a que
correspondem + 7 160 empregos femininos. Já o dos homens diminuiu em 6,8% (menos 3 783
homens empregados).
População empregada, por sexos – 2000-2014
(Fonte: Inquérito ao Emprego – Direção Regional de Estatística da Madeira)
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De referir que o ano de 2014 se destaca por, pela primeira vez na série do Inquérito ao Emprego,
o número de mulheres empregadas (56,1 milhares) ultrapassar o de homens (55,6 milhares).
No que se refere às taxas de emprego feminino, a respetiva evolução é inversa à da totalidade do
emprego, ao registar uma subida em todos os escalões etários, com exceção das mulheres mais
jovens (15-24 anos), em que a sua proporção diminuiu em mais de 50%, ao descer de 27,8% para
12,8%
Cerca de 1/4 (13,8 milhares) das mulheres empregadas eram portadoras, em 2014, de habilitação
académica de nível superior, contra apenas 7% (3,5 milhares) em 2000.
Ao nível dos setores de atividade, a grande maioria (62,8% em 2000 e 86,7% em 2014) das
mulheres trabalhadoras exerciam funções no setor terciário, onde ocupavam mais de metade dos
postos de trabalho (53,9% em 2000 e 57,9% em 2014).
A situação na profissão de 87,3% das mulheres empregadas, em 2014, era de trabalhadora por
conta de outrem (78,0% em 2000). Destas, 80,5% trabalhavam a tempo completo (74,7% em
2000) e 73,0% estavam ligadas às suas entidades empregadoras por vínculo permanente (70,5%
em 2000). Ainda em 2014, mais de metade (54,0%) dos ativos na situação de subemprego visível,
eram mulheres.
A maioria das mulheres com emprego por conta de outrem eram profissionais qualificadas ou
semiqualificadas (mais de 55%). Em termos evolutivos, foram as mulheres com qualificação
superior (Quadros Superiores) que mais cresceram, ao subirem o seu peso dentro da estrutura do
emprego feminino, em 4,8 p.p. (de 2,2% para 7,0%).
Distribuição percentual das mulheres trabalhadoras por conta de outrem
por níveis de qualificação – 2000-2013
2,2 2,9 1,78,9
55,4
12,516,4
7,0 6,2 3,010,1
55,3
11,27,2
0,0
15,0
30,0
45,0
60,0
Ano 2000 Ano 2013
%
Fonte: Quadros de Pessoal - Direção Regional do Trabalho
A estrutura das qualificações por sexos alterou-se profundamente entre 2000 e 2013 ao diminuir o
fosso entre homens e mulheres com níveis de qualificação mais elevados, nomeadamente nos
5
71,6
66,2 81,
1
56,2 62,
9 67,3
37,1 51,
7
50,8 62,
6
48,2 52,
9
48,9
41,3
28,4 33,
8
18,9
43,8
37,1
32,7
62,9
48,3 49,2
37,4
51,8
47,1 51,
1 58,7
0
15
30
45
60
75
90Qu
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Quadr
os médi
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Encarr
egados
Prof. A
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Ano 2000 Ano 2013
Homens Mulheres
Fonte: Quadros de Pessoal - Direção Regional do Trabalho
%
Quadros Superiores, nível em que a proporção de mulheres passou de 28,4% para 48,3%.
Estrutura dos trabalhadores por conta de outrem por sexos,segundo os níveis de qualificação – 2000-2013
Desemprego
Em 2014 estavam na situação de desemprego 9,2 milhares de mulheres a que correspondia uma
taxa de 14,1%, inferior em 1,9 p.p. à dos homens e em 0,9 p.p à média regional. No ano de 2000,
o nível de desemprego feminino, à semelhança do total, era diminuto, abrangendo apenas 1,4
milhares de mulheres, a que correspondia uma taxa de 2,9% (2,1% nos homens). No entanto deve
recordar-se que, nesse mesmo ano, a taxa de atividade feminina era de apenas 39,0%.
Mais de metade (57,6%) das mulheres desempregadas no ano de 2014, eram jovens com menos
de 35 anos.
Remunerações
No domínio das remunerações, entre 2000 e 2014 o ganho médio feminino cresceu a uma taxa
média anual de 3,43%, passando de 601,05 para 964,10 euros. Nos homens, a taxa de
crescimento foi inferior, situando-se nos 3,08%, donde resultou uma diminuição de 3,8 p.p.no
“gap” salarial entre ambos os sexos. Assim, o ganho médio mensal das trabalhadoras a tempo
completo, que em 2000 representava 78,8% do ganho médio dos homens, passou a sua
representatividade para 82,6% em 2014. Ou seja, as trabalhadoras regionais ganhavam em 2014
menos 17,4% que os homens, contra menos 21,2% registados no ano de 2000 . Já no Continente,
em 2014, o ganho médio das mulheres era inferior em 20,4% ao dos homens.
É de salientar que as desigualdades salariais não resultam da fixação de remunerações díspares
para a mesma categoria profissional em função do sexo, mas são devidas à própria estrutura do
emprego, às funções desempenhadas pelos participantes nas atividades empresariais, à
antiguidade dos trabalhadores que, na grande maioria dos contratos coletivos de trabalho,
ocasionam a atribuição de diuturnidades ou prémios de antiguidade; ao tipo de trabalho
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executado (mais ou menos penoso, dando origem à atribuição de subsídios ou prémios); à
atribuição de subsídios por assiduidade e por trabalho de turnos e nocturno, e também ao número
de horas suplementares efetuadas.
Outros indicadores
A esperança média de vida das mulheres à nascença, que em 2001 se situava nos 77,3 anos (80,4
no País) subiu para os 80,9 anos em 2013 (82,8 no País), valor superior em 7,5 anos ao estimado
para a longevidade dos homens da RAM (73,4 anos).
A idade média da mulher, aquando da celebração do primeiro casamento, subiu cerca de 4 anos
entre 2000 e 2013, ao passar a respetiva idade dos 25,7 (27,3 nos homens) para os 29,6 anos (31,7
nos homens). No País o acréscimo foi ligeiramente superior, de +4,5 anos ao subir de 25,7 para
30,2 anos
A idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho aumentou em 2,7 anos, ao passar dos
26,6 para os 29,3 anos. No País, o acréscimo foi de 3,2 anos (de 26,5 para 29,7 anos).
Em 2013 cada mulher em idade fértil (15-49 anos) teve, em média, menos de 1 filho (0,98),
contra 1,66 em 2000. No País, estes valores foram de, respetivamente, 1,6 e 1,21. Realce-se que o
número de 2,1 crianças por mulher é considerado o nível mínimo de substituição de gerações, nos
países desenvolvidos.
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