A Harmonização entre a Vontade de Deus e a Nossa
Por
Silvio Dutra
Out/2019
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A474 Alves, Silvio Dutra A Harmonização entre a Vontade de Deus e a Nossa Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019. 42p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé I. Título. CDD 252
3
Para que isto ocorra deve haver uma
submissão voluntária e amorosa da nossa
vontade à divina.
Quando assim sucede cumpre-se a petição da
oração do Pai Nosso de que a vontade de Deus
seja feita na terra assim como é feita no céu, no
qual há perfeita harmonia entre a vontade dos
anjos e dos santos glorificados e a de Deus.
Entretanto, como os santos na terra encontram-
se ainda sujeitos às imperfeições e fraquezas
decorrentes do pecado residente, a harmonia
entre a vontade deles e a de Deus sempre será
proporcionalmente dependente do grau de
obediência deles a Deus e à Sua Palavra, e do
quanto andem sob a influência, direção e
instrução do Espírito Santo, mormente para a
transformação de suas vidas, pela renovação de
suas mentes.
Como a vontade é influenciada pelo intelecto
que é composto tanto pelo entendimento
consciente (exercício da razão, estímulos
sensoriais, sentimentos, emoções etc) e pelo
subconsciente (expressado nos sonhos,
memórias etc), há necessidade de que o nosso
entendimento seja formado pelo Espírito Santo
mediante aplicação da Palavra de Deus, para a
4
formação de padrões mentais espirituais,
celestiais e divinos.
Afinal, o homem que é segundo o propósito de
Deus para o que deve ser a humanidade, é
aquele que é dirigido pela vontade de Deus
assumindo-a como a sua própria vontade, uma
vez que a criatura é dependente em tudo do
Criador, para uma perfeita obediência.
Jesus se fez homem para também nos ensinar
através de Seu próprio procedimento,
inteiramente obediente à vontade do Pai, qual é
o modo pelo que nos convém também viver, a
saber, em santa obediência.
Deve haver uma renúncia ao ego, à própria
vontade, para que não haja colisão ou
divergência de direcionamento, e certamente,
isto é da exclusiva competência da criatura.
Sem oração incessante, sem meditação
constante e prática da Palavra não é possível
renovar a mente conforme é requerido para que
possamos conhecer e fazer a santa, boa e
agradável vontade de Deus.
Não se trata apenas de uma obediência exterior
o que se tem em vista, mas uma ação
transformadora do nosso interior de maneira
5
que sejamos como as tábuas da lei divina escrita
em nossas mentes e corações.
Enquanto Deus e a Sua Palavra não forem todo o
nosso prazer isto é um sinal evidente de que não
fomos renovados tanto quanto deveríamos para
poder andar em acordo com a Sua vontade.
É preciso batalhar contra a carne, inclinar-se
segundo o pendor do Espírito, para que Ele
prevaleça nesta luta contra a carne, em que a
nossa própria vontade é colocada em xeque,
porque a carne procura nos dominar em uma
determinada direção, e o Espírito em outra,
importando que não façamos nem mesmo a
nossa própria vontade, por mais correta e boa
que ela possa nos parecer, mas fazer a do
Espírito. Nós podemos ver isto no texto de
Gálatas 5.16-25:
“16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais
satisfareis à concupiscência da carne.
17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o
Espírito, contra a carne, porque são opostos
entre si; para que não façais o que, porventura,
seja do vosso querer.
18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais
sob a lei.
6
19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são:
prostituição, impureza, lascívia,
20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,
21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas
semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos
declaro, como já, outrora, vos preveni, que não
herdarão o reino de Deus os que tais coisas
praticam.
22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade,
23 mansidão, domínio próprio. Contra estas
coisas não há lei.
24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a
carne, com as suas paixões e concupiscências.
25 Se vivemos no Espírito, andemos também no
Espírito.”
O pecado residente procura nos conduzir a um
viver carnal, por uma mente carnal, que
manifeste as obras da carne em nosso
comportamento, e o Espírito busca implantar o
Seu fruto em nosso caráter.
7
Em maior ou menor grau sempre devemos ser
achados empenhados nesta batalha em nossa
jornada terrena.
O apóstolo detalha este conflito que há entre o
pecado residente (carne, velho homem) e o
Espírito, no texto de Romanos 7, em que
demonstra a nossa inteira dependência da graça
de Jesus, para que possamos sair vitoriosos
nesta luta.
“5 Porque, quando vivíamos segundo a carne, as
paixões pecaminosas postas em realce pela lei
operavam em nossos membros, a fim de
frutificarem para a morte.
6 Agora, porém, libertados da lei, estamos
mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de
modo que servimos em novidade de espírito e
não na caducidade da letra.
7 Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo
nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado,
senão por intermédio da lei; pois não teria eu
conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não
cobiçarás.
8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo
mandamento, despertou em mim toda sorte de
8
concupiscência; porque, sem lei, está morto o
pecado.
9 Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o
preceito, reviveu o pecado, e eu morri.
10 E o mandamento que me fora para vida,
verifiquei que este mesmo se me tornou para
morte.
11 Porque o pecado, prevalecendo-se do
mandamento, pelo mesmo mandamento, me
enganou e me matou.
12 Por conseguinte, a lei é santa; e o
mandamento, santo, e justo, e bom.
13 Acaso o bom se me tornou em morte? De
modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para
revelar-se como pecado, por meio de uma coisa
boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo
mandamento, se mostrasse sobremaneira
maligno.
14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu,
todavia, sou carnal, vendido à escravidão do
pecado.
15 Porque nem mesmo compreendo o meu
próprio modo de agir, pois não faço o que
prefiro, e sim o que detesto.
9
16 Ora, se faço o que não quero, consinto com a
lei, que é boa.
17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o
pecado que habita em mim.
18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem nenhum, pois o querer o
bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.
19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal
que não quero, esse faço.
20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu
quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.
21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de
que o mal reside em mim.
22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho
prazer na lei de Deus;
23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que,
guerreando contra a lei da minha mente, me faz
prisioneiro da lei do pecado que está nos meus
membros.
24 Desventurado homem que sou! Quem me
livrará do corpo desta morte?
10
25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor.
De maneira que eu, de mim mesmo, com a
mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo
a carne, da lei do pecado.” (Romanos 7.5-25).
Observe que o apóstolo afirma que ele amava a
lei de Deus segundo o homem interior, ou seja,
segundo a nova criatura, o novo homem, mas
via operando em seus membros uma outra lei, a
do pecado, que o levava a agir de modo contrário
à sua vontade de fazer a vontade de Deus.
Disto aprendemos que a força do pecado é maior
do que a força da nossa própria vontade. Ora, se
o pecado é a consumação da vontade na direção
oposta à de Deus, então estaríamos
completamente derrotados nesta batalha
espiritual sem a assistência da graça de Jesus,
que é o único poder maior do que o do pecado.
É preciso portanto formar padrões de santidade
a nível do subconsciente, pelo hábito da oração,
da meditação e de outros meios de graça, para
que o nosso padrão de reação às solicitações de
tentações externas ou internas, seja o de resistir
a elas e rejeitá-las, e isto faremos se formos
espirituais e não carnais.
Isto explica porque tantos fracassam no seu
desejo de viver de modo agradável a Deus,
11
porque são derrotados pela falta de uma mente
espiritual, e por tentarem vencer as tentações
pelo mero cumprimento do mandamento
segundo o homem natural.
Aqui cabe uma exposição para entendermos
que o poder natural nada tem a ver com o poder
espiritual. O homem perdeu inteiramente a
capacidade de viver segundo o Espírito, porque
sendo carnal, nada entende ou é capaz de viver
o que Deus é em Sua natureza e virtudes. O
pecador está destituído da graça e da glória
divinas. Assim, todo o bem que ainda há nele,
como homem natural é apenas um resquício do
que sobrou da lei implantada por Deus na
consciência do primeiro homem, que o
inclinava para a prática da justiça, do amor, da
paz e da bondade. Mas isto foi arruinado pela
entrada do pecado no mundo, e toda a sua
descendência foi encerrada nesta condição por
Deus, que sendo santo, ficou impedido de ter
comunhão com o homem, e comunicar-se com
Ele fazendo-o conhecedor e praticante da Sua
santa vontade.
Quando nos convertemos a Cristo, nós somos
restaurados por sermos reconciliados com
Deus, mas há todo um crescimento em graça
diante de nós, para que possamos conhecer e
12
praticar a vontade de Deus de forma
amadurecida e aprovada.
Isto será obtido por continuados exercícios em
negar-nos a nós mesmos, a carregar a cruz pela
escolha da vontade do Senhor e não da nossa, e
a renunciar aos nossos objetivos, naquilo em
que possam colidir com os de Deus.
Mas, tudo isto é apenas parte das muitas coisas
que aprenderemos em nossa caminhada cristã,
e que nos serão ensinadas e aplicas pelo Espírito
Santo.
Se caminharmos por fé e não por vista,
aprendendo a renunciar a tudo o que for
necessário para que o Senhor e o Seu reino seja
de fato o nosso primeiro interesse de busca,
então é bem certo que faremos progresso em ter
a nossa vontade harmonizada com a divina.
Se permanecermos no Senhor e na Sua Palavra
Ele também permanecerá em nós, e então
poderemos dar o fruto esperado. Sem Ele nada
podemos fazer. Conhecendo por experiência
esta grande verdade, Ele passará a ser o nosso
tudo em tudo, e há de se manifestar a nós
progressivamente fazendo-nos conhecer mais e
mais o Seu caráter e virtudes, que nos levará a
amá-lo sempre mais.
13
O mundo presente de tão acostumado que está
com tantas novidades naturais, com tantos
avanços tecnológicos, com tantas coisas para
ocupar a mente, tem se distanciado cada vez
mais das coisas que são eternas, espirituais,
celestiais e divinas, as quais, a propósito, só
podem ser devidamente conhecidas à medida
que nos são reveladas através da nossa
comunhão real com Cristo.
Então não é de se admirar que se veja tanto
mundanismo e carnalidade na própria igreja
cristã, onde o verdadeiro evangelho ou tem sido
encoberto ou adulterado, em grande parte por
ignorância daqueles que o pregam e ensinam.
Eles não o aprenderam porque não gastaram
tempo aos pés de Jesus. Não consagraram suas
vidas para conhecê-lo mediante aplicação ao
aprendizado da Palavra. E quando não se
conhece a Palavra do Senhor, não se pode
conhecer qual seja a Sua vontade.
Mas, voltemos à questão de que se pode
confundir a bondade e justiça do homem
natural como sendo a vontade de Deus, quando
na verdade nada há de comum entre ambas.
Como dissemos os resquícios do que se herdou
da bondade e justiça de Adão, apesar de isto ter
sido implantado nele por Deus, é algo que
14
podemos exercitar até mesmo sem ter qualquer
ligação com Deus ou respeito e consideração à
Sua vontade. Podemos andar de modo
independente, vivendo na energia da carne,
enquanto praticamos ações de benemerência e
todo tipo de assistência e ajuda ao nosso
próximo. Podemos ser muito aplicados em
atender às necessidades de nossas famílias, e
ainda assim, podemos ser inimigos de Deus, não
reconciliados com Ele por meio da fé em Jesus,
incapacitados de prestar-lhe o devido culto de
adoração em Espírito, alienados da vida do
evangelho, e sem qualquer interesse no avanço
do reino de Jesus. E então de que nos servirá toda
a prática do nosso bem, no fim, quando tivermos
que comparecer diante do tribunal de Deus no
grande dia do Juízo?
No que as nossas supostas boas obras estavam
harmonizadas com a vontade divina?
O homem não deve ser justo apenas em relação
ao homem, mas também e principalmente em
relação a Deus, conforme o dever de adoração e
obediência aos Seus mandamentos, conforme
nos tem ordenado.
“21 Aquele que tem os meus mandamentos e os
guarda, esse é o que me ama; e aquele que me
15
ama será amado por meu Pai, e eu também o
amarei e me manifestarei a ele.
22 Disse-lhe Judas, não o Iscariotes: Donde
procede, Senhor, que estás para manifestar-te a
nós e não ao mundo?
23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama,
guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e
viremos para ele e faremos nele morada.
24 Quem não me ama não guarda as minhas
palavras; e a palavra que estais ouvindo não é
minha, mas do Pai, que me enviou.
25 Isto vos tenho dito, estando ainda convosco;
26 mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o
Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará
todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que
vos tenho dito.” (João 14.21-26).
“3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto:
se guardamos os seus mandamentos.
4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os
seus mandamentos é mentiroso, e nele não está
a verdade.
16
5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra,
nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o
amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:
6 aquele que diz que permanece nele, esse deve
também andar assim como ele andou.
7 Amados, não vos escrevo mandamento novo,
senão mandamento antigo, o qual, desde o
princípio, tivestes. Esse mandamento antigo é a
palavra que ouvistes.
8 Todavia, vos escrevo novo mandamento,
aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as
trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já
brilha.” (I João 2.3-8).
Nós abrimos este discurso falando da relação
entre a vontade e o intelecto, e como o intelecto
é formado pelo entendimento, devemos pedir
sabedoria a Deus para que nos dê inteligência
espiritual, que nos capacite a entender a
verdade em seu sentido e significado espiritual,
e não de modo carnal, por uma compreensão
carnal da Sua Palavra, que não nos trará
qualquer benefício.
“15 Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que
há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com
todos os santos,
17
16 não cesso de dar graças por vós, fazendo
menção de vós nas minhas orações,
17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria
e de revelação no pleno conhecimento dele,
18 iluminados os olhos do vosso coração, para
saberdes qual é a esperança do seu
chamamento, qual a riqueza da glória da sua
herança nos santos
19 e qual a suprema grandeza do seu poder para
com os que cremos, segundo a eficácia da força
do seu poder;
20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-
o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua
direita nos lugares celestiais,
21 acima de todo principado, e potestade, e
poder, e domínio, e de todo nome que se possa
referir não só no presente século, mas também
no vindouro.” (Efésios 1.15-21).
“20 Mas não foi assim que aprendestes a Cristo,
21 se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes
instruídos, segundo é a verdade em Jesus,
18
22 no sentido de que, quanto ao trato passado,
vos despojeis do velho homem, que se corrompe
segundo as concupiscências do engano,
23 e vos renoveis no espírito do vosso
entendimento,
24 e vos revistais do novo homem, criado
segundo Deus, em justiça e retidão procedentes
da verdade.” (Efésios 4.20-24).
“9 Por esta razão, também nós, desde o dia em
que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e
de pedir que transbordeis de pleno
conhecimento da sua vontade, em toda a
sabedoria e entendimento espiritual;
10 a fim de viverdes de modo digno do Senhor,
para o seu inteiro agrado, frutificando em toda
boa obra e crescendo no pleno conhecimento de
Deus;
11 sendo fortalecidos com todo o poder, segundo
a força da sua glória, em toda a perseverança e
longanimidade; com alegria,
12 dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à
parte que vos cabe da herança dos santos na
luz.” (Colossenses 1.9-12).
19
“1 Gostaria, pois, que soubésseis quão grande
luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses
e por quantos não me viram face a face;
2 para que o coração deles seja confortado e
vinculado juntamente em amor, e eles tenham
toda a riqueza da forte convicção do
entendimento, para compreenderem
plenamente o mistério de Deus, Cristo,
3 em quem todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento estão ocultos.” (Colossenses 2.1-
3).
“44 A seguir, Jesus lhes disse: São estas as
palavras que eu vos falei, estando ainda
convosco: importava se cumprisse tudo o que de
mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas
e nos Salmos.
45 Então, lhes abriu o entendimento para
compreenderem as Escrituras;” (Lucas
24.44,45).
É por se fazer a vontade de Deus e não a nossa
própria que temos cada vez mais confirmado o
acesso que temos tido ao reino dos céus, e nisto,
nosso Senhor nos deixou o Seu próprio exemplo
para ser seguido por nós.
20
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mateus
7.21).
“Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo:
Meu Pai, se não é possível passar de mim este
cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.”
(Mateus 26.42).
“ Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em
fazer a vontade daquele que me enviou e realizar
a sua obra.” (João 4.34).
“Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma
por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque
não procuro a minha própria vontade, e sim a
daquele que me enviou.” (João 5.30).
“38 Porque eu desci do céu, não para fazer a
minha própria vontade, e sim a vontade daquele
que me enviou.
39 E a vontade de quem me enviou é esta: que
nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo
contrário, eu o ressuscitarei no último dia.
40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo
homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida
eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (Joião
6.38-40).
21
“16 Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é
meu, e sim daquele que me enviou.
17 Se alguém quiser fazer a vontade dele,
conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de
Deus ou se eu falo por mim mesmo.” (João
7.16,17).
Nossas menores decisões devem ser
submetidas à vontade de Deus para sabermos se
são aprovadas ou não por Ele; nossas orações
devem ser feitas no Espírito para que sejam
segundo a vontade de Deus; enfim, tudo o que
pensamos, sentimos, ou pretendemos fazer
deve ser submetido ao padrão da vontade do
Senhor revelada em Sua Palavra, antes de
permitirmos ser dirigidos por eles.
“26 Também o Espírito, semelhantemente, nos
assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos
orar como convém, mas o mesmo Espírito
intercede por nós sobremaneira, com gemidos
inexprimíveis.
27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a
mente do Espírito, porque segundo a vontade de
Deus é que ele intercede pelos santos.”
(Romanos 8.26,27).
22
“1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias
de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional.
2 E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.
3 Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada
um dentre vós que não pense de si mesmo além
do que convém; antes, pense com moderação,
segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada
um.” (Romanos 12.1-3).
“E não somente fizeram como nós esperávamos,
mas também deram-se a si mesmos primeiro ao
Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus;” (II
Coríntios 8.5).
“17 Por esta razão, não vos torneis insensatos,
mas procurai compreender qual a vontade do
Senhor.
18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do Espírito,
19 falando entre vós com salmos, entoando e
louvando de coração ao Senhor com hinos e
cânticos espirituais,
23
20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e
Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de
Cristo.” (Efésios 5.17-21).
“5 Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso
Senhor segundo a carne com temor e tremor, na
sinceridade do vosso coração, como a Cristo,
6 não servindo à vista, como para agradar a
homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de
coração, a vontade de Deus;
7 servindo de boa vontade, como ao Senhor e
não como a homens,” (Efésios 6.5-7).
“12 Assim, pois, amados meus, como sempre
obedecestes, não só na minha presença, porém,
muito mais agora, na minha ausência,
desenvolvei a vossa salvação com temor e
tremor;
13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa
vontade.
14 Fazei tudo sem murmurações nem
contendas,” (Filipenses 2.12-14).
24
“Pois esta é a vontade de Deus: a vossa
santificação, que vos abstenhais da
prostituição;” (I Tessalonicenses 4.3).
“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de
Deus em Cristo Jesus para convosco.” (I
Tessalonicenses 5.18).
“20 Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer
dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o
grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da
eterna aliança,
21 vos aperfeiçoe em todo o bem, para
cumprirdes a sua vontade, operando em vós o
que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a
quem seja a glória para todo o sempre. Amém!”
(Hebreus 13.20,21).
“13 Sujeitai-vos a toda instituição humana por
causa do Senhor, quer seja ao rei, como
soberano,
14 quer às autoridades, como enviadas por ele,
tanto para castigo dos malfeitores como para
louvor dos que praticam o bem.
15 Porque assim é a vontade de Deus, que, pela
prática do bem, façais emudecer a ignorância
dos insensatos;
25
16 como livres que sois, não usando, todavia, a
liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo
como servos de Deus.” (I Pedro 2.13-16).
“1 Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos
também vós do mesmo pensamento; pois
aquele que sofreu na carne deixou o pecado,
2 para que, no tempo que vos resta na carne, já
não vivais de acordo com as paixões dos
homens, mas segundo a vontade de Deus.
3 Porque basta o tempo decorrido para terdes
executado a vontade dos gentios, tendo andado
em dissoluções, concupiscências, borracheiras,
orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias.” (I
Pedro 4.1-3).
“Ora, o mundo passa, bem como a sua
concupiscência; aquele, porém, que faz a
vontade de Deus permanece eternamente.” (I
João 2.17).
“E esta é a confiança que temos para com ele:
que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua
vontade, ele nos ouve.” (I João 5.14).
26
APÊNDICE:
O Evangelho que nos Leva a Obter a Salvação
Há somente um evangelho pelo qual podemos
ser verdadeiramente salvos. Ele se encontra
revelado na Bíblia, e especialmente nas páginas
do Novo Testamento. Mas, por interpretações
incorretas é possível até mesmo transformá-lo
em um meio de perdição e não de salvação,
conforme tem ocorrido especialmente em
nossos dias, em que as verdades fundamentais
do evangelho de Jesus Cristo têm sido
adulteradas ou omitidas.
Isto nos levou a tomar a iniciativa de apresentar
a seguir, de forma resumida, em que consiste de
fato o evangelho da nossa salvação.
Em primeiro lugar, antes de tudo, é preciso
entender que somos salvos exclusivamente
com base na aliança de graça que foi feita entre
Deus Pai e Deus Filho, antes mesmo da criação
do mundo, para que nas diversas gerações de
pessoas que seriam trazidas por eles à existência
sobre a Terra, houvesse um chamado invisível,
sobrenatural, espiritual, para serem perdoadas
de seus pecados, justificadas, regeneradas
(novo nascimento espiritual), santificadas e
glorificadas. E o autor destas operações
27
transformadoras seria o Espírito Santo, a
terceira pessoa da trindade divina.
Estes que seriam chamados à conversão, o
seriam pelo meio de atração que seria feita por
Deus Pai, trazendo-os a Deus Filho, de modo que
pela simples fé em Jesus Cristo, pudessem
receber a graça necessária que os redimiria e os
transportaria das trevas para a luz, do poder de
Satanás para o de Deus, e que lhes transformaria
em filhos amados e aceitos por Deus.
Como estes que foram redimidos se
encontravam debaixo de uma sentença de
maldição e condenação eternas, em razão de
terem transgredido a lei de Deus, com os seus
pecados, para que fossem redimidos seria
necessário que houvesse uma quitação da dívida
deles para com a justiça divina, cuja sentença
sobre eles era a de morte física e espiritual
eternas.
Havia a necessidade de um sacrifício, de alguém
idôneo que pudesse se colocar no lugar do
homem, trazendo sobre si os seus pecados e
culpa, e morrendo com o derramamento do seu
sangue, porque a lei determina que não pode
haver expiação sem que haja um sacrifício
sangrento substitutivo.
28
Importava também que este Substituto de
pecadores, assumisse a responsabilidade de
cobrir tudo o que fosse necessário em relação à
dívida de pecados deles, não apenas a anterior à
sua conversão, como a que seria contraída
também no presente e no futuro, durante a sua
jornada terrena.
Este Substituto deveria ser perfeito, sem
pecado, eterno, infinito, porque a ofensa do
pecador é eterna e infinita. Então deveria ser
alguém divino para realizar tal obra.
Jesus, sendo Deus, se apresentou na aliança da
graça feita com o Pai, para ser este Salvador,
Fiador, Garantia, Sacrifício, Sacerdote, para
realizar a obra de redenção.
O homem é fraco, dado a se desviar, mas a sua
chamada é para uma santificação e perfeição
eternas. Como poderia responder por si mesmo
para garantir a eternidade da segurança da
salvação?
Havia necessidade que Jesus assumisse ao lado
da natureza divina que sempre possuiu, a
natureza humana, e para tanto ele foi gerado
pelo Espírito Santo no ventre de Maria.
29
Ele deveria ter um corpo para ser oferecido em
sacrifício. O sangue da nossa redenção deveria
ser o de alguém que fosse humano, mas
também divino, de modo que se pode até
mesmo dizer que fomos redimidos pelo sangue
do próprio Deus.
Este é o fundamento da nossa salvação. A morte
de Jesus em nosso lugar, de modo a nos abrir o
caminho para a vida eterna e o céu.
Para que nunca nos esquecêssemos desta
grande e importante verdade do evangelho de
que Jesus se tornou da parte de Deus para nós, o
nosso tudo, e que sem Ele nada somos ou
podemos fazer para agradar a Deus, Jesus fixou
a Ceia que deve ser regularmente observada
pelos crentes, para que se lembrem de que o Seu
corpo foi rasgado, assim como o pão que
partimos na Ceia, e o Seu sangue foi derramado
em profusão, conforme representado pelo
vinho, para que tenhamos vida eterna por meio
de nos alimentarmos dEle. Por isso somos
ordenados a comer o pão, que representa o
corpo de Jesus, que é verdadeiro alimento para
o nosso espírito, e a beber o sangue de Jesus, que
é verdadeira bebida para nos refrigerar e
manter a Sua vida em nós.
30
Quando Ele disse que é o caminho e a verdade e
a vida. Que a porta que conduz à vida eterna é
estreita, e que o caminho é apertado. Tudo isto
se aplica ao fato de que não há outra verdade,
outro caminho, outra vida, senão a que existe
somente por meio da fé nEle. A porta é estreita
porque não admite uma entrada para vários
caminhos e atalhos, que sendo diferentes dEle,
conduzem à perdição. É estreito e apertado para
que nunca nos desviemos dEle, o autor e
consumador da nossa salvação.
Então o plano de salvação, na aliança de graça
que foi feita, nada exige do homem, além da fé,
pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser
transformado e firmado na graça, será realizado
pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.
Tanto é assim, que para que tenhamos a plena
convicção desta verdade, mesmo depois de
sermos justificados, regenerados e santificados,
percebemos, enquanto neste mundo, que há em
nós resquícios do pecado, que são o resultado do
que se chama de pecado residente, que ainda
subsiste no velho homem, que apesar de ter sido
crucificado juntamente com Cristo, ainda
permanece em condições de operar em nós, ao
lado da nova natureza espiritual e santa que
recebemos na conversão.
31
Qual é a razão disso, senão a de que o Senhor
pretende nos ensinar a enxergar que a nossa
salvação é inteiramente por graça e mediante a
fé? Que é Ele somente que nos garante a vida
eterna e o céu. Se não fosse assim, não
poderíamos ser salvos e recebidos por Deus
porque sabemos que ainda que salvos, o pecado
ainda opera em nossas vidas de diversas formas.
Isto pode ser visto claramente em várias
passagens bíblicas e especialmente no texto de
Romanos 7.
À luz desta verdade, percebemos que mesmo as
enfermidades que atuam em nossos corpos
físicos, e outras em nossa alma, são o resultado
da imperfeição em que ainda nos encontramos
aqui embaixo, pois Deus poderia dar saúde
perfeita a todos os crentes, sem qualquer
doença, até o dia da morte deles, mas Ele não o
faz para que aprendamos que a nossa salvação
está inteiramente colocada sobre a
responsabilidade de Jesus, que é aquele que
responde por nós perante Ele, para nos manter
seguros na plena garantia da salvação que
obtivemos mediante a fé, conforme o próprio
Deus havia determinado justificar-nos somente
por fé, do mesmo modo como fizera com Abraão
e com muitos outros mesmo nos dias do Velho
Testamento.
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Nenhum crente deve portanto julgar-se sem fé
porque não consegue vencer determinadas
fraquezas ou pecados, porque enquanto se
esforça para ser curado deles, e ainda que não o
consiga neste mundo, não perderá a sua
condição de filho amado de Deus, que pode usar
tudo isto em forma de repreensão e disciplina,
mas que jamais deixará ou abandonará a
qualquer que tenha recebido por filho, por
causa da aliança que fez com Jesus e na qual se
interpôs com um juramento que jamais a
anularia por causa de nossas imperfeições e
transgressões.
Um crente verdadeiro odeia o pecado e ama a
Jesus, mas sempre lamentará que não o ame
tanto quanto deveria, e por não ter o mesmo
caráter e virtudes que há em Cristo. Mas de uma
coisa ele pode ter certeza: não foi por mérito,
virtude ou boas obras que lhes foram exigidos a
apresentar a Deus que ele foi salvo, mas
simplesmente por meio do arrependimento e
da fé nAquele que tudo fez e tem feito que é
necessário para a segurança eterna da sua
salvação.
É possível que alguém leia tudo o que foi dito
nestes sete últimos parágrafos e não tenha
percebido a grande verdade central relativa ao
evangelho, que está sendo comentada neles, e
33
que foi citada de forma resumida no primeiro
deles, a saber:
“Então o plano de salvação, na aliança de graça
que foi feita, nada exige do homem, além da fé,
pois tudo o que tiver que ser feito nele para ser
transformado e firmado na graça, será realizado
pelo autor da sua salvação, a saber, Jesus Cristo.”
Nós temos na Palavra de Deus a confirmação
desta verdade, que tudo é de fato devido à graça
de Jesus, na nossa salvação, e que esta graça é
suficiente para nos garantir uma salvação
eterna, em razão do pacto feito entre Deus Pai e
Deus Filho, que nos escolheram para esta
salvação segura e eterna, antes mesmo da
fundação do mundo, no qual Jesus e Sua obra
são a causa dessa segurança eterna, pois é nEle
que somos aceitos por Deus, nos termos da
aliança firmada, em que o Pai e o Filho são os
agentes da aliança, e os crentes apenas os
beneficiários.
O pacto foi feito unilateralmente pelo Pai e o
Filho, sem a consulta da vontade dos
beneficiários, uma vez que eles nem sequer
ainda existiam, e quando aderem agora pela fé
aos termos da aliança, eles são convocados a
fazê-lo voluntariamente e para o principal
propósito de serem salvos para serem
34
santificados e glorificados, sendo instruídos
pelo evangelho que tudo o que era necessário
para a sua salvação foi perfeitamente
consumado pelo Fiador deles, nosso Senhor
Jesus Cristo.
Então, preste atenção neste ponto muito
importante, de que tanto é assim, que não é pelo
fato de os crentes continuarem sujeitos ao
pecado, mesmo depois de convertidos, que eles
correm o risco de perderem a salvação deles,
uma vez que a aliança não foi feita diretamente
com eles, e consistindo na obediência perfeita
deles a toda a vontade de Deus, mas foi feita com
Jesus Cristo, para não somente expiar a culpa
deles, como para garantir o aperfeiçoamento
deles na santidade e na justiça, ainda que isto
venha a ser somente completado integralmente
no por vir, quando adentrarem a glória celestial.
A salvação é por graça porque alguém pagou
inteiramente o preço devido para que fôssemos
salvos – nosso Senhor Jesus Cristo.
E para que soubéssemos disso, Jesus não nos foi
dado somente como Sacrifício e Sacerdote, mas
também como Profeta e Rei.
Ele não somente é quem nos anuncia o
evangelho pelo poder do Espírito Santo, e quem
35
tudo revelou acerca dele nas páginas da Bíblia,
para que não errássemos o alvo por causa da
incredulidade, que sendo o oposto da fé, é a
única coisa que pode nos afastar da
possibilidade da salvação.
Em sua obra como Rei, Jesus governa os nossos
corações, e nos submete à Sua vontade de forma
voluntária e amorosa, capacitando-nos, pelo
Seu próprio poder, a viver de modo agradável a
Deus.
Agora, nada disso é possível sem que haja
arrependimento. Ainda que não seja ele a causa
da nossa salvação, pois, como temos visto esta
causa é o amor, a misericórdia e a graça de Deus,
manifestados em Jesus em nosso favor, todavia,
o arrependimento é necessário, porque toda
esta salvação é para uma vida santa, uma vida
que lute contra o pecado, e que busque se
revestir do caráter e virtudes de Jesus.
Então, não há salvação pela fé onde o coração
permanece apegado ao pecado, e sem
manifestar qualquer desejo de viver de modo
santo para a glória de Deus.
Desde que haja arrependimento não há
qualquer impossibilidade para que Deus nos
salve, nem mesmo os grosseiros pecados da
36
geração atual, que corre desenfreadamente à
busca de prazeres terrenos, e completamente
avessa aos valores eternos e celestiais.
Ainda que possa parecer um paradoxo, haveria
até mais facilidade para Deus salvar a estes que
vivem na iniquidade porque a vida deles no
pecado é flagrante, e pouco se importam em
demonstrar por um viver hipócrita, que são
pessoas justas e puras, pois não estão
interessadas em demonstrar a justiça própria do
fariseu da parábola de Jesus, para que através de
sua falsa religiosidade, e autoengano, pudessem
alcançar algum favor da parte de Deus.
Assim, quando algum deles recebe a revelação
da luz que há em Jesus, e das grandes trevas que
dominam seu coração, o trabalho de
convencimento do Espírito Santo é facilitado, e
eles lamentam por seus pecados e fogem para
Jesus para obterem a luz da salvação. E ele os
receberá, e a nenhum deles lançará fora,
conforme a Sua promessa, porque o ajuste feito
para a sua salvação exige somente o
arrependimento e a fé, para a recepção da graça
que os salvará.
Deus mesmo é quem provê todos os meios
necessários para que permaneçamos firmes na
37
graça que nos salvou, de maneira que jamais
venhamos a nos separar dele definitivamente.
Ele nos fez coparticipantes da Sua natureza
divina, no novo nascimento operado pelo
Espírito Santo, de modo que uma vez que uma
natureza é atingida, ela jamais pode ser desfeita.
Nós viveremos pela nova criatura, ainda que a
velha venha a se dissolver totalmente, assim
como está ordenado que tudo o que herdamos
de Adão e com o pecado deverá passar, pois tudo
é feito novo em Jesus, em quem temos recebido
este nosso novo ser que se inclina em amor para
Deus e para todas as coisas de Deus.
Ainda que haja o pecado residente no crente, ele
se encontra destronado, pois quem reina agora
é a graça de Jesus em seu coração, e não mais o
pecado. Ainda que algum pecado o vença isto
será temporariamente, do mesmo modo que
uma doença que se instala no corpo é expulsa
dele pelas defesas naturais ou por algum
medicamento potente. O sangue de Jesus é o
remédio pelo qual somos sarados de todas as
nossas enfermidades. E ainda que alguma delas
prevaleça neste mundo ela será totalmente
extinta quando partirmos para a glória, onde
tudo será perfeito.
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Temos este penhor da perfeição futura da
salvação dado a nós pela habitação do Espírito
Santo, que testifica juntamente com o nosso
espírito que somos agora filhos de Deus, não
apenas por ato declarativo desta condição, mas
de fato e de verdade pelo novo nascimento
espiritual que nos foi dado por meio da nossa fé
em Jesus.
Toda esta vida que temos agora é obtida por
meio da fé no Filho de Deus que nos amou e se
entregou por nós, para que vivamos por meio da
Sua própria vida. Ele é o criador e o sustentador
de toda a criação, inclusive desta nova criação
que está realizando desde o princípio, por meio
da geração de novas criaturas espirituais para
Deus por meio da fé nEle.
Ele pode fazê-lo porque é espírito vivificante, ou
seja, pode fazer com que nova vida espiritual
seja gerada em quem Ele assim o quiser. Ele sabe
perfeitamente quais são aqueles que atenderão
ao chamado da salvação, e é a estes que Ele se
revela em espírito para que creiam nEle, e assim
sejam salvos.
Bem-aventurados portanto são:
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Os humildes de espírito que reconhecem que
nada possuem em si mesmos para agradarem a
Deus.
Os mansos que se submetem à vontade de Deus
e que se dispõem a cumprir os Seus
mandamentos.
Os que choram por causa de seus pecados e todo
o pecado que há no mundo, que é uma rebelião
contra o Criador.
Os misericordiosos, porque dão por si mesmos o
testemunho de que todos necessitam da
misericórdia de Deus para serem perdoados.
Os pacificadores, e não propriamente pacifistas
que costumam anular a verdade em prol da paz
mundial, mas os que anunciam pela palavra e
suas próprias vidas que há paz de reconciliação
com Deus somente por meio da fé em Jesus.
Os que têm fome e sede de justiça, da justiça do
reino de Deus que não é comida, nem bebida,
mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
Os que são perseguidos por causa do evangelho,
porque sendo odiados sem causa, perseveram
em dar testemunho do Nome e da Palavra de
Jesus Cristo.
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Vemos assim que ser salvo pela graça não
significa: de qualquer modo, de maneira
descuidada, sem qualquer valor ou preço
envolvido na salvação. Jesus pagou um preço
altíssimo e de valor inestimável para que
pudéssemos ser redimidos. Os termos da
aliança por meio da qual somos salvos são todos
bem ordenados e planejados para que a salvação
seja segura e efetiva. Há poderes sobrenaturais,
celestiais, espirituais envolvidos em todo o
processo da salvação.
É de uma preciosidade tão grande este plano e
aliança que eles devem ser eficazes mesmo
quando não há naqueles que são salvos um
conhecimento adequado de todas estas
verdades, pois está determinado que aquele que
crê no seu coração e confessar com os lábios que
Jesus é o Senhor e Salvador, é tudo quanto que é
necessário para um pecador ser transformado
em santo e recebido como filho adotivo por
Deus.
O crescimento na graça e no conhecimento de
Jesus são necessários para o nossos
aperfeiçoamento espiritual em progresso da
nossa santificação, mas não para a nossa
justificação e regeneração (novo nascimento)
que são instantâneos e recebidos
simultaneamente no dia mesmo em que nos
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convertemos a Cristo. Quando fomos a Ele como
nos encontrávamos na ocasião, totalmente
perdidos e mortos em transgressões e pecados.
E fomos recebidos porque a palavra da
promessa da aliança é que todo aquele que crê
será salvo, e nada mais é acrescentado a ela
como condição para a salvação.
É assim porque foi este o ajuste que foi feito
entre o Pai e o Filho na aliança que fizeram entre
si para que fôssemos salvos por graça e
mediante a fé.
Jesus é pedra de esquina eleita e preciosa, que o
Pai escolheu para ser o autor e o consumador da
nossa salvação. Ele foi eleito para a aliança da
graça, e nós somos eleitos para recebermos os
benefícios desta aliança por meio da fé nAquele
a quem foram feitas as promessas de ter um
povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras.
Então quando somos chamados de eleitos na
Bíblia, isto não significa que Deus fez uma
aliança exclusiva e diretamente com cada um
daqueles que creem, uma vez que uma aliança
com Deus para a vida eterna demanda uma
perfeita justiça e perfeita obediência a Ele, sem
qualquer falha, e de nós mesmos, jamais
seríamos competentes para atender a tal
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exigência, de modo que a aliança poderia ter
sido feita somente com Jesus.
Somos aceitos pelo Pai porque estamos em
Jesus, e assim é por causa do Filho Unigênito que
somos também recebidos. Jamais poderíamos
fazê-lo diretamente sem ter a Jesus como nosso
Sumo Sacerdote e Sacrifício. Isto é tipificado
claramente na Lei, em que nenhum ofertante
ou oferta seriam aceitos por Deus sem serem
apresentados pelo sacerdote escolhido por Deus
para tal propósito. Nenhum outro Sumo
Sacerdote foi designado pelo Pai para que
pudéssemos receber uma redenção e
aproximação eternas, senão somente nosso
Senhor Jesus Cristo, aquele que Ele escolheu
para este ofício.
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