UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁINSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMOMÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA APLICADAS À ARQUITETURA E
URBANISMOPROFª Cecilia Basile
TURMA: 010 TURNO: Matutino
Ana Carolina Pinheiro – 12004007301Anne Caroline Silva - 12004008801
Bianca Barbosa do Nascimento - 12004004601Filipe Menezes Vasconcelos – 12004001401
Jéssica Barbosa Tavares - 12004007901Manoel de Abreu Lobato - 12004009001
Raquel Oliveira de Morais – 12004005301Rodolfo
Vânia Cristina de Deus Machado – 12004008501Wendell Rocha
A CIÊNCIA MODERNA
BELÉM
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁINSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMOMETODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA APLICADAS À ARQUITETURA E
URBANISMOPROFª Cecilia Basile
Turma: 010 Turno: Matutino
Ana Carolina Pinheiro – 12004007301Anne Caroline Silva - 12004008801
Bianca Barbosa do Nascimento - 12004004601Filipe Menezes Vasconcelos – 12004001401
Jéssica Barbosa Tavares - 12004007901Manoel de Abreu -
Raquel Oliveira de Morais – 12004005301Rodolfo
Vânia Cristina de Deus Machado – 12004008501Wendell Rocha
TRABALHO APRESENTADO COMO COMPONENTE AVALIATIVO DA 2ª
BIMESTRAL DA DISCIPLINA DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA APLICADA À
ARQUITETURA E URBANISMO.
BELÉM
2013
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO2. PRINCIPAIS IDEIAS3. IDEIAS COMPLEMENTARES4. CONTEXTUALIZAÇÃO E VULTOS5. PROBLEMATIZAÇÃO6. CONCLUSÃO7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
A partir do século XVI podemos ver diversos fatores culminantes para o nascimento
da chamada, ciência moderna. No século XV, temos o surgimento do Renascimento, um
período onde a ciência teve seu reavivamento, baseando-se em estudos elaborados na
Antiguidade Clássica e aprimorados por estudiosos renascentistas.
A Europa vivia uma transição econômica, abandonando o feudalismo e tornando-se
capitalista, esse feito proporcionou as cidades uma ampliação de fronteiras, das
comunicações, relações comerciais, grande acúmulo de capital, garantindo assim um suporte
para o progresso citadino. Consequentemente o homem passa a voltar-se para um modo mais
concreto de ver o mundo. Abandona o pensamento teocêntrico e racionaliza suas ações,
tornando-se protagonista de sua própria vida.
PRINCIPAIS IDEIAS
A Ciência Moderna se fundamentou a partir da concepção e desenvolvimento de
fundamentos e métodos de pesquisa, baseadas nas teorias do conhecimento que foram
desenvolvidas a partir de concepções após a Era Medieval onde a produção cientifica tinha
relações de cunho forte com o pensamento filosófico e religioso do poder que a igreja
representava.
Segundo o artigo, A Evolução do Pensamento Cosmológico e o Nascimento da
Ciência Moderna explica que, “com o desabrochar de um processo gradual, realizado ao
longo de dois séculos, de transformação do pensamento, certamente inseparável das
circunstâncias históricas em que ocorreu, tanto em relação nas influências que contribuíram
para determiná-lo, quanto nas repercussões que produziu em toda a cultura humana.”
Na verdade, o processo de transformação, chamado de Revolução Científica, que
conduziu da visão de mundo fundada na filosofia e na ciência aristotélicas ao surgimento da
ciência moderna e, certamente, um dos capítulos centrais da história do pensamento humano.
Mas foi a partir de Nicolau Copérnico (1473 a 1543) que o abalo definitivo do modelo
cosmológico aristotélico-ptolomaico, antes adotado pela igreja, veio no século seguinte com a
teoria heliocêntrica que proposta. Copérnico então, construiu um modelo capaz de calcular e
explicar com precisão resultados astronômicos, de uma forma mais simples do que aquela
empregada pelo modelo ptolomaico. É nesse contexto que se pode perceber o início da
chamada revolução cientifica sobre o qual culminou nos fundamentos da ciência moderna. A
partir desta, manifestaram-se correntes de pensamento filosófico-científicos que formaram a
base da referida ciência estudada que ensejou por métodos e técnicas mais precisas por parte
dos cientistas para que assim eles pudessem sistematizar, testar e comprovar seus fatos de
maneira mais precisa. O racionalismo, empirismo, determinismo, e iluminismo foram
exemplos claros dessas tais correntes de pensamento ao longo da cronologia histórica.
Galileu Galilei (1564 – 1642) um dos principais responsáveis pelo estabelecimento da
revolução científica moderna, recusou-se a aceitar a autoridade da religião sobre a natureza, o
saber revelado pela tradição, afirmando a teoria do Heliocentrismo, que era tão repudiada
pelos preceitos da igreja. Galileu estabeleceu alguns dos fundamentos e métodos de pesquisa
científica, defendendo que para gerar conhecimento é preciso observar, experimentar, calcular
e raciocinar. Acreditava que o Universo estava matematicamente organizado e que a ciência
se fazia comparando-se hipóteses com dados observados experimentalmente. Com este
pensamento, Galileu adotava o experimento quantitativo como teste final das hipóteses, pois
ele argumentava que, para se fazerem julgamentos exatos da Natureza, deveriam se considerar
apenas as “qualidades" que fossem mensuráveis. Somente através de uma análise quantitativa
poderíamos conhecer o mundo com segurança. Assim, o empirismo surgiu na implicação das
exposição de ideias do intelecto humano de acordo com as experiências nos estudos
aplicados.
Uma das características também significativas do pensamento moderno, o
racionalismo, alegava como das expressões mais claras, o interesse pelo método. Embora o
método tenha sido sempre objeto de discussão, nunca o foi com a intensidade e a prioridade
que lhe dedicaram pensadores da Ciência Moderna que se volta para as questões do conhecer.
De acordo com as teorias realistas do conhecimento, as percepções que temos dos objetos são
reais, ou seja, correspondem de fato ás características presentes nesses objetos, na realidade.
Essa convicção tomava corpo com o Racionalismo do francês René Descartes (1596-1650) e
o Empirismo do inglês Francis Bacon (1561-1626), onde o racionalismo entra no concerne da
relação sujeito-objeto, mantendo o foco no objeto como o centro do estudo.
René Descartes, além de inventar a geometria analítica, leva o racionalismo ao eixo
matemático com uma das suas obras mais famosa chama-se "discurso sobre o método"
(1636). Nela, Descartes procura nos convencer que o raciocínio matemático deveria servir de
modelo para o pensamento filosófico e para todas as ciências.
No campo astronômico, Johannes Kepler, fez estudos que poucos faziam naquela
época e formulou as três leis fundamentais da mecânica celeste, conhecidas como Leis de
Kepler, codificadas por astrônomos posteriores com base em suas obras Astronomia nova,
demonstrando, através da análise da órbita de Marte, a correção do modelo
heliocêntrico, Harmonices Mundi, e Epítome da Astronomia de Copérnico. Essas obras
também forneceram uma das bases para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton.
Mais tarde, Isaac Newton, expandiu ainda mais o campo da física. Por trás de
fenômenos aparentemente banais, construiu a base de teorias revolucionárias que
influenciaram significativamente na ciência moderna como a descoberta do teorema binomial,
o cálculo, a lei da gravitação e a natureza das cores, e também lançou a base do cálculo
diferenciado e integral. Essas descobertas durante o século XVII, guiaram os estudos da física
pelos 200 anos seguintes.
IDEIAS COMPLEMENTARES
Os avanços científicos que o Renascimento trouxe para época, como a teoria
heliocêntrica, o desenvolvimento da cartografia e do sistema marítimo, além das
transformações religiosas, políticas e econômicas como a Reforma Protestante e a Contra
Reforma, a Guerra dos Trinta Anos e o desenvolvimento do Capitalismo Mercantil, fizeram
com que o pensamento do homem mudasse a cerca do mundo e de si mesmo. O homem deixa
de estar no centro universo e passa a ocupar um espaço de menos importância nesse meio. A
partir disso surgem várias dúvidas a respeito de nossa existência, paralelamente vários
pensadores formulavam teorias acerca desse questionamento existencial aliado ao meio em
que vivemos.
Descartes parte da dúvida chamada metódica, porque ela é proposta como uma via
para se chegar à certeza e não é dúvida sistemática, sem outro fim que o próprio duvidar,
como para os céticos. Argumenta que as ideias em geral são incertas e instáveis, sujeitas à
imperfeição dos sentidos. Algumas, porém, se apresentam ao espírito com nitidez e
estabilidade, e ocorrem a todas as pessoas da mesma maneira, independentes das experiências
dos sentidos, e isto significa que residem na mente de todas as pessoas e são inatas.
O seu método para o raciocínio correto é principalmente “nunca aceitar qualquer coisa
como verdade se essa coisa não pode ser vista clara e distintamente como tal”. Outro preceito
é “Conduzir os pensamentos em ordem, começando com os objetos que são os mais simples e
fáceis de saber e assim procedendo, gradualmente, ao conhecimento dos mais complexos”.
Propõe também preceitos metodológicos complementares ou preparatórios da
evidência: o preceito da análise (dividir as dificuldades que se apresentem em tantas parcelas
quantas sejam necessárias para serem resolvidas), o da síntese (conduzir com ordem os
pensamentos, começando dos objetos mais simples e mais fáceis de serem conhecidos, para
depois tentar gradativamente o conhecimento dos mais complexos) e o da enumeração
(realizar enumerações de modo a verificar que nada foi omitido).
No "Princípios da Filosofia", Descartes classifica as ciências quanto à sabedoria ou
grau de clareza e nitidez de ideias que é possível atingir em cada uma. A ciência, ele diz, pode
ser comparada a uma árvore; a metafísica é a raiz, a física é o tronco, e os três principais
ramos são a mecânica, a medicina, e a moral, estes formando as três aplicações do nosso
conhecimento, que são o mundo externo, o corpo humano, e a conduta da vida. Mas os
conhecimentos científicos não bastam a si mesmos: o tronco da física sustenta-se em raízes
metafísicas. É o Bom Deus quem garante o conhecimento científico, porque garante as ideias
claras. A física cartesiana resulta, assim, de deduções racionais abstratas: Deus existe e serve
de apoio para retirar do domínio da dúvida o conhecimento que é claro e evidente. O mundo
físico está de antemão provado por uma ideia inata, a de extensão, que é a essência da
corporeidade.
Assim como Descartes, Bacon também se interessava pelas questões que envolviam
uma profunda investigação sobre as capacidades humanas de conhecer. No entanto, para
Bacon, esta atividade especialmente humana, que é a de se indagar sobre as fronteiras do
conhecimento, tem um fim bastante preciso. Para ele necessitamos conhecer o que nos rodeia,
a Natureza, para a dominar e retirar dela os seus frutos. Este filósofo parte do princípio de que
o mundo é composto por partículas materiais que variam apenas na posição e no tamanho.
Estas partículas, assim como acreditavam os filósofos atomistas, se unem na composição da
matéria.
Ao contrário de Descartes, portanto, Bacon irá fundamentar o seu Método filosófico
naquilo que ele considera a essência da Natureza, a phisis. Enquanto Descartes procurava esta
essência no puro cálculo lógico-matemático, Bacon irá procurá-la exatamente nas possíveis
ligações que ocorrem entre os corpos, na matéria, nos objetos, na phisis. De modo que, para
este filósofo inglês, não existe outra possibilidade de conhecimento senão aquela baseada nas
experiências que podemos realizar sobre a matéria. Assim, o nosso corpo, por meio dos
sentidos, é a porta de entrada das diversas sensações; estas sensações se encarregam de trazer
para a nossa mente as informações necessárias para o início do processo do conhecimento.
Em meados do século XVII, o empirismo Baconiano passa a influenciar uma geração
de pensadores, entre eles John Locke, David Hume, que se opõem ao Racionalismo, tradição
conhecida como Empirismo inglês. Defende a ideia de que a mente humana é como uma
“tábula rasa”, como disse Aristóteles, passando a ser preenchida através das experiências
adquiridas. Essas por sua vez, são elementos chaves para a formulação de teorias cientificas,
uma vez que comprovadas no limite do observável.
Para Locke as experiências começam do individual para o geral. Segundo ele, não
existem ideias inatas, o homem nasce vazio, e dado às experiências cotidianas apodre-se do
conhecimento. Por outro lado as capacidades são inatas, haja vista que há quem se dedique a
determinado tema, mas não seja tão bem sucedido como outrem. A experiência, nada mais é
que a observação do objeto e as operações internas da mente, não existindo assim um conceito
inteiramente puro, pois a mente concebe através das sensações nela impressas. O pensador
julga a experiência em dois tipos:
Interna: da qual derivam ideias simples de reflexão (conhecer, crer, lembrar);
Externas: da qual derivam ideias simples de sensação (cores, sons, odores).
Locke diz que processo cognitivo, começa com uma experiência sensível e segue os
seguintes passos:
Intuição: ideias simples são recebidas;
Síntese: ideias simples se combinam e formam ideias complexas;
Análise: ideias complexas, por uma analise critica, formam ideias abstratas;
Comparação: estabelecer relações entre as ideias.
Ainda no mesmo século, John Locke desenvolve outra doutrina, baseada na corrente
empirista, denominada liberalismo político. Através dessa ideologia, contestava o poder
absoluto do Estado e o Direito divino dos reis. Apoiava o direito natural, sob o qual todos os
homens têm direito a vida, liberdade e propriedade, caso os direitos não fossem assegurados,
o povo tinha o direito de rebelar-se contra o Estado (direito a rebelião). Principais princípios
liberais são: o antiabsolutismo, defesa da liberdade, pluralismo politico, soberania do povo e
representação. Estes ideais deram suporte a uma gama de revoluções que sucederam no século
XVII, entre elas a Revolução Gloriosa, na Inglaterra, e a posterior Revolução Americana, nos
Estados Unidos. No campo prático da ciência, surge Isaac Newton, publicando em seu livro,
Principia, suas leis e teorias, desvendando-os racionalmente.
Ideais como aqueles foram embriões ideológicos para o próximo século, o Século das
Luzes. Os acontecimento ocorridos na França, no século XVIII, marcam a história da
humanidade de forma bastante peculiar, e espalham-se pelo mundo. É nesse momento que se
percebe uma ideia de Progresso, desenvolvida a partir de Descartes, com seu Racionalismo e
Locke, com o Empirismo, dominando a sociedade. O pensamento Racionalista prevalece, e há
um rompimento com a ideia de que somente a fé explicava o desconhecido. O fim do
Absolutismo, do mercantilismo, o poder da Igreja e regalias concedidas ao clero eram alvos
das criticas iluministas. Grandes nomes deste movimento são Jean-Jacques Rousseau, com a
ideia de democracia; Denis Diderot e Jean Le Rond d´Alembert, que juntos organizaram uma
enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época; Voltaire defendia
a liberdade de pensamento, entre outros.
Neste contexto, nascem as Sociedades Científicas, onde pesquisadores expunham suas
pesquisas e confrontavam-nas com as de seus colegas. A partir daí, viu-se uma série de fatos
culminantes para a evolução da ciência, a necessidade de uma comprovação para as teorias
elaboradas foi largamente exigida pelo pensamento atual. No campo da química, ainda
marcada pela alquimia, tem-se uma Revolução Química. Vemos o francês Antoine Laurent de
Lavoisier, considerado fundador da química moderna, descobrindo o oxigênio e sua relação
com a combustão.
No início do século XVIII, paralelamente a França, a Inglaterra vivia uma fase de
avanço industrial. Requer comentar, que na Idade Moderna, com o sistema econômico
dominante, o capitalismo, houve um grande acúmulo de capital pela burguesia, permitindo
avanços nos setores agrícola, industrial e mercantil. No campo, a política dos cercamentos
proporcionou aos burgueses aumento de suas rendas, em detrimento dos camponeses,
expulsos das terras. Estes migraram para as cidades, passando a ser assalariados em
manufaturas têxteis. A lã era a principal matéria-prima da indústria têxtil, e posteriormente o
algodão também. O crescimento de mercado conduziu os burgueses a incrementarem suas
manufaturas com novidades tecnológicas. Assim, a antiga manufatura foi substituída pela
maquinofatura, otimizando a produção em cerca de dez vezes.
Pesquisadores, desde o século XVII, investigavam formas de utilizar a água como
provedora de energia a vapor. Assim, em 1769, James Watt desenvolve a máquina a vapor,
que realizava um trabalho considerável na aceleração de máquinas. Marcando o início da
Revolução Industrial. Posteriormente, esta tecnologia pôde ser usada em metalúrgicas,
siderúrgicas, e nos transportes. Neste momento, os campos também viviam uma revolução,
referente às técnicas e métodos de cultivo e criação, passando de uma antiga estrutura feudal a
uma dinâmica capitalista. Aspecto importante foi a utilização de máquinas nos trabalhos
agrícolas, como o arado a vapor, o segador, utilizado para ceifar e enfeixar o trigo, entre
outros.
CONTEXTUALIZAÇÃO E VULTOS
Nicolau Copérnico
Um astrônomo e matemático polaco estudou direito canônico, matemática e medicina
em diferentes universidades da Europa. Crescido em pleno renascimento, Copérnico também
serviu à Igreja o que lhe deu vantagens em adquirir conhecimento protegido por ela.
Interessado em astronomia, publicou a teoria heliocêntrica.
A Teoria Heliocêntrica
Copérnico quem deduziu, depois de inúmeros cálculos matemáticos, o movimento de
rotação da Terra, explicando os dias e as noites, os movimentos do Sol e das estrelas. Foi ele
quem atribuiu o movimento anual ao Sol, ao invés da Terra, erroneamente. Sua teoria foi
estruturada após 30 anos de trabalho.
Nesta teoria o sol não estava exatamente no centro do universo e sim ligeiramente
deslocado dele, usando um dispositivo inventado por Ptolomeu conhecido como ponto
equante. A ideia do sol ser o centro do universo não era nova, teorias similares foram
propostas anteriormente por Aristóteles e Nicolas de Cusa, entretanto Copérnico trabalhou seu
sistema cheio de detalhes matemáticos.
Ao postular a rotação da Terra, revolução em torno do sol, e inclinação do eixo de
rotação da Terra, Copérnico pode explicar a movimentação dos céus. Pelo fato dele ter
mantido órbitas circulares, o seu sistema exigiria a inclusão de epiciclos.
Pelo risco de suas ideias o prejudicarem diante da Igreja, o cientista preferiu a não
publicação destas. Porém, anos antes de sua morte, Copérnico foi convencido por seu aluno
Rethicus, a popularizar a sua teoria heliocêntrica, e publicação desta na obra De
Revolutionibus Orbium Coelestium .
Francis Bacon
Francis Bacon, Visconde de Alban, foi um filósofo, político e ensaísta inglês,
considerado o fundador da Ciência Moderna. Nascido em 1561, Bacon estudou na
Universidade de Cambridge e na Gray’s Inn. Exercendo posições elevadas na vida política,
foi eleito para a câmara dos comuns em 1584. No campo da filosofia, suas pesquisas
preocupavam-se, entre outras, com a metodologia científica e o empirismo. Foi o criador de
uma série de tratados, que se, comparados com a ciência da época, apresentariam um novo
método que iria superar e substituir o de Aristóteles.
Bacon possuía uma crença que a natureza era responsável por ensinar grandes coisas
à humanidade. Porém para domina-la era necessário obedecê-la.
Seu principio fundamental dizia que a visão distorcida das leis que organizavam a
natureza impedia sua correta interpretação. O caminho mais seguro a seguir era o da
indução experimental, que se importa com os fatos nunca antes ocorridos a qualquer um.
Essa indução experimental se tornou conhecida com método científico e serviria para atingir
um conhecimento científico. Segundo Bacon, este método deveria ter as seguintes etapas:
experimentação, realização dos experimentos sobre o problema investigado, analisar e
documentar as informações metódica e sistematicamente; hipotetisar, depois da observação
dos resultados obtidos, tentar explicar a relação casual dos fatos ocorridos; a experiência,
deve passar por outros cientistas para que se possa arrecadar mais dados que poderão servir
para a formulação de hipóteses; repetição do experimento, averiguar as hipóteses em busca
de novos dados e evidencias que as confirme; as leis científicas, realizadas após as quatro
primeiras etapas formulando as generalizações para todos os eventos do mesmo gênero.
Consciente das falhas dessa indução, Bacon preparou-se para que os resultados fossem
seguros, compreendia a necessidade do controle experimental que impedia a formulação de
leis que ultrapassassem os limites da validade dos resultados obtidos. Através dessa atitude,
ele adotou um critério de verdade à correspondência ou verdade semântica em uma tentativa
de dar a ciência formas de conhecer os limites da confiabilidade dos seus resultados. Bacon
influenciou positivamente as novas ideias com o seu empirismo e indutivíssimo sobre a
vulgarização do pensamento científico moderno. Sua intenção de proporcionar uma
investigação mais eficaz através da observação sistemática e das experiências dos fenômenos
naturais, para ele a experiência confirmaria a verdade.
Galileu Galilei
O contexto em Galileu surgiu como um dos principais nomes da ciência moderna era
dominado pela visão de mundo onde a física de Aristóteles era considerada como verdade
absoluta. Foi o primeiro a contestar as afirmações deste e a combinar observação
experimental com a descrição dos fenômenos no contexto teórico utilizando da formulação
matemática para expressá-los, marcando, assim, a transição da filosofia da antiguidade,
naturalista, para o método científico atual. Foi físico, matemático, astrônomo e filosofo.
Teorias:
I- Movimento uniforme
Galilei percebeu através de experiências que quando dois objetos com movimento
uniforme, isolados dos demais, não há como distinguir quem está em movimento, eles só
podem ser considerados em movimento em relação ao outro...
II- Movimento dos Projéteis
O cientista empreendeu diversos estudos sobre a queda livre dos corpos, elaborando
equações básicas do movimento uniformemente acelerado. Trabalhando, também, a trajetória
dos projéteis, concluiu que: na ausência da resistência do ar, esta descreve uma parábola.
III- Movimento do pêndulo simples
Galileu revolucionou o modo de medir o intervalo de tempo quando compreendeu que
o período do movimento pendular não depende da amplitude.
O telescópio
O telescópio não foi uma invenção sua. Os existentes até então tinham a capacidade de
ampliação de 3 a 4 vezes. Quando Galileu passou a se dedicar para aperfeiçoá-lo, suas
primeiras tentativas já chegavam a 9 vezes. Em 1609, ele conseguiu uma ampliação da área
dos objetos em mil vezes, além de reduzir a distância aparente cerca de trinta vezes. Com essa
nova possibilidade de descobertas e interpretações do que seria visto através dele, Galileu
trouxe novas concepções do universo mudando a visão de mundo existente.
Ele pode não ter sido o inventor, mas foi o primeiro a utilizá-lo cientificamente.
Em 1610, ele publicou uma obra chamada de O mensageiro das estrelas, onde
descreveu todas as suas observações que conflitariam com as noções de Astronomia e Física
da época. Dentre algumas de suas observações feitas a partir de sua luneta, ele pode constatar:
- que a Lua não possuía uma superfície lisa, polida e esfericamente perfeita como era
descrito no pensamento Aristotélico, mas ela era formada de inúmeras crateras;
- que havia estrelas que não eram visíveis a olho nu e aglomerados de corpos celestes
imagináveis;
- ele descobriu a existência de quatro satélites em Júpiter, fazendo com que o
geocentrismo de Aristóteles perdesse força. Essa teoria era defendida com o argumento de
que a Terra não poderia girar em torno do sol e permanecer com a lua orbitando ao seu redor,
então, se Júpiter tinha quatro e o fazia nada impedia a Terra de fazer o mesmo com apenas
uma;
- ainda em 1610, ele relatou a Juliano de Médicis suas novas descobertas sobre
Saturno, declarando que o planeta demonstrava ser formado por três esferas, algo
impressionante e impossível de ser constatado com um telescópio tão simples;
- ao observar as fases de Vênus, ele fez uma importante constatação: os planetas não
emitem luz, mas refletem a luz solar. Além disso, ele confirmou o que Copérnico e Kepler
haviam filosofado acerca da necessidade dos planetas girarem ao redor do sol, pois havia
conseguido uma prova tangível dessa importância com as observações de Vênus e Mercúrio.
Leonardo da Vinci
Italiano, da Vinci nasceu em 1452, e sua genialidade revolucionou diversas áreas,
como: astronomia, matemática, física e medicina, além do grande desenvolvimento que
proporcionou à arquitetura, escultura, pintura, literatura, música e política. Mais conhecido
por sua contribuição à arte, ele também teve uma forte atuação na ciência. Realizou estudos
na área da matemática, da física, principalmente relacionados à hidráulica e óptica, e de
anatomia. Da Vinci tinha fascínio pelo corpo humano e se dedicou muito a medicina. Em
termos de anatomia humana, ele foi um dos pioneiros a fazer estudos sobre as proporções
humanas e seus sistemas nervoso, reprodutor, cardiovascular, entre outros.
Da Vinci apresentava um interesse vital pela investigação científica, porém, não
admitia que as especulações fossem feitas sem fundamentos na experiência. Somente em 1960
suas obras relacionadas à ciência se tornaram conhecidas, como um manuscrito que foi
encontrado com mais de 700 manuscritos com descrições de seus trabalhos. Alguns destes
demonstravam um grande avanço tecnológico para a época, como um desenho de um
helicóptero e esquemas de paraquedas. Seu interesse pela engenharia, principalmente a
militar, o levou a inventar uma grande quantidade de maquinarias, indo das máquinas
voadoras aos carros de assalto e submersíveis.
Isaac Newton (1642-1727)
Físico e matemático, um dos principais cientistas de todos os tempos. Inglês, nasceu
em Woolsthorpe próximo de Grantham em Linconshire, onde estudou. Ingressou na
Universidade de Cambridge em 1661. Eleito membro da Faculdade de Trinity em 1667, e
professor lucasiano de matemática em 1669. Ele permaneceu na Universidade, lecionando na
maioria dos anos, até 1696. Por causa da peste negra, em Cambridge, Newton regressou a
Linconshire ente 1665 e 1666 onde ele formulou algumas das mais importantes ideias da
ciência moderna.
No decorrer de dois e três anos de esforço mental intenso, ele preparou o Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural), obra mais
conhecida como Principa, que não foi publicada até 1687.
Contrario a ideia do rei James II, de fazer com que as universidades se transformassem
em instituições católicas, Newton foi eleito membro do Parlamento pela Universidade de
Cambridge. Entretanto, em 1696, ele mudou-se para Londres como diretor e posteriormente,
tornou-se mestre da Casa Real da Moeda. Foi eleito, também, membro na Real Sociedade de
Londres, em 1671, se tornando presidente da Sociedade e reelegendo-se até sua morte.
A ciência newtoniana tornou-se cada vez mais aceita na Europa, por volta de 1714,
principalmente após a Guerra de Sucessão Espanhola, Newton se torou o filosofo naturalista
mais estimado do continente. Suas ultimas décadas foram dedicadas à revisão de suas
principais obras, aperfeiçoamento seus estudos de historia antiga, a defender-se de criticas,
bem como a realização de seus deveres oficiais.
Newton foi considerado por quase 300 anos como fundador da física moderna, suas
realizações no campo da investigação experimental foram tão inovadoras como suas pesquisas
matemáticas. Estudou, também, química, teologia, entre outras áreas.
A seguir, apenas algumas de suas contribuições para a ciência moderna.
- Ótica
Em 1664, quando ainda era estudante, Newton analisou o trabalho sobre ótica e luz
dos físicos Robert Boyle e Robert Hooke, também estudou os avanços matemáticos e físicos
do francês René Descartes. Ele investigou a refração da luz por um prisma de vidro, e
desenvolveu ao longo de alguns anos, uma série de experimentos cada vez mais refinados,
elaborados e exatos. Newton identificou mensuráveis padrões matemáticos no fenômeno da
cor. Descobriu que a luz branca é composta por raios coloridos infinitamente variados
(presentes no arco-íris e no espectro visível), cada raio definido por um ângulo através do qual
é refratado ao entrar ou sair de um dado meio transparente. Ele relacionou essa ideia a seus
estudos de cores de interferência de filmes finos (como o de óleo na água ou as bolhas de
sabão), utilizando uma técnica simples para medir a espessura dos filmes. Afirmava que a luz
consistia de um fluxo de partículas-minuto, a partir de suas experiências, pode deduzir as
magnitudes dos corpúsculos transparentes que formavam a superfície dos corpos, de acordo
com suas dimensões, interagiam com a luz branca, refletindo-a de forma seletiva, as
diferentes cores observadas dessas superfícies.
Quando ele expressou primeiramente, e parcialmente, em publico em 1672 e 1675,
provocou criticas hostis, por que até aquela época acreditava-se que as cores eram formas
modificadas e homogêneas da luz branca. Questionamentos e tréplicas de Newton foram
publicados em revistas cientificas. O ceticismo de Christiaan Huygens e o fracasso do físico
francês, Edmé Mariotte, em duplicar experimentos de refração de Newton 1681, fez com que
os cientistas europeus opusessem a ele durante uma geração. Por isso a publicação de Optika,
sua obra acerca de Ótica e os estudos da luz, foi adiada, no entanto, a partir de 1715, a obra
tornou-se entrelaçamento entre teoria e experimentação quantitativa.
- Matemática
Newton fez contribuições para todos os ramos da matemática. Mas é especialmente
famoso por suas soluções para os problemas contemporâneos na geometria analítica, em
desenhar tangentes às curvas (diferenciação) e na definição de áreas delimitadas por curvas
(integração). Ele não só descobriu que estes problemas eram inversos um ao outro, mas
também, descobriu métodos gerais de resolução dos problemas de curvatura com seu “modo
de flúxions" e "método inverso do flúxions" equivalente ao diferencial posterior de Leibniz e
cálculo integral, respectivamente. Newton usou o termo "fluxão" (do latim que significa
"fluxo"), por imaginar uma quantidade "fluindo" a partir de uma magnitude para o outra. Os
flúxions foram expressos algebricamente, como as diferenciais de Leibniz eram, mas Newton
fez uso extensivo, também, (especialmente no Principia) de argumentos geométricos
análogos. No final da vida, Newton lamentou o estilo algébrico do progresso matemático
recente, preferindo o método geométrico dos gregos clássicos, que ele considerava como mais
claro e rigoroso.
- Mecânica e gravitação
De acordo com o mito: foi ao ver uma maçã cair no seu pomar, em algum momento
durante 1665 ou 1666 que Newton deduziu que a mesma força governa o movimento da Lua e
a maçã. Ele calculou a força necessária para manter a Lua em sua órbita, em comparação com
a força de puxar um objeto para o chão. Ele também atingiu o calculo da força centrípeta
necessária para manter uma pedra no centro, e a relação entre o comprimento do pêndulo e o
momento da sua oscilação. Estas primeiras explorações não foram rapidamente exploradas
por Newton, embora ele tenha estudado astronomia e os questionamentos do movimento
planetário.
O primeiro livro da trilogia Principa: os fundamentos da ciência mecânica,
desenvolvendo a matemática do movimento orbital ao redor de centros de força. Newton
identificou a gravitação como a força fundamental controladora dos movimentos dos corpos
celestes. Ele nunca encontrou a sua causa. Para contemporâneos que descobriram a ideia das
atrações em todo o espaço vazio ininteligível, ele admitiu que pode vir a ser causados pelos
impactos de partículas invisíveis.
O livro dois inaugura a teoria dos fluidos, Newton resolveu problemas de fluidos em
movimento e do movimento através de fluidos. A partir da densidade do ar, calculou a
velocidade das ondas sonoras.
O terceiro livro apresenta a lei da gravitação em trabalho no universo: Newton
demonstra as revoluções dos seis planetas conhecidos, incluindo a Terra, e os seus satélites.
No entanto, ele não pode aperfeiçoar a teoria do movimento da lua. Cometas deveriam
obedecer à mesma lei, mostrado em edições posteriores, Newton acrescentou conjecturas
sobre a possibilidade de seu retorno. Ele calculou as massas relativas dos corpos celestes a
partir de suas forças gravitacionais, e o achatamento da Terra e de Júpiter, já observados.
Explicou refluxo das marés e fluxo e a precessão dos equinócios das forças exercidas pelo Sol
e da Lua. Tudo isso foi feito por calculo exato.
O trabalho de Newton na mecânica foi aceito de imediato na Grã-Bretanha, e
universalmente depois da metade do século. Desde então, tem sido classificada entre as
maiores conquistas da humanidade no pensamento abstrato. Foi ampliado e aperfeiçoado por
outros cientistas, sem alterar a sua base e sobreviveu ao final do século IX antes de começar a
mostrar sinais de falha.
As três Leis de Newton
I. 1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia
De acordo com o enunciado:
"Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em movimento
tende a permanecer em movimento."
Conclui-se que um corpo só altera seu estado de inércia, se alguma força exterior
resultante diferente de zero for aplicada nele.
II- 2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica
Se aplicada uma força igual em dois corpos com massa diferentes observa-se que eles
não produzem aceleração igual.
III- 3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação
“As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de
reação."
Este é o enunciado da terceira lei de Newton, ação e reação. Quando existe uma
determinada força aplicada em uma superfície, de acordo com essa lei, há uma outra força de
mesma intensidade e direção, entretanto, em sentido oposto à primeira, chamada força de
reação
PROBLEMATIZAÇÃO
A problematização do assunto tratado é sempre fundamental para o desenvolvimento
de ideias correspondentes a tal, já que assuntos serão apresentados para o meio acadêmico,
refletidos. O seu significado mais explicito e, utilizado nos dicionários, vem com as exatas
palavras:
(latproblematizare) vtd Dar forma de problema
a; tornar problemático:
-Dicionário Online de Português.
A ciência é movida por perguntas, que anseiam por resposta para o desenvolvimento.
Ao problematizar um assunto qualquer, o levamos a discussão, a debate e, consequentemente,
à descoberta de novas soluções e respostas advindas desses questionamentos.
Ao botar em pautaa ciência moderna, tentaremos descobrir em que ponto a própria
gera incertezas e tão valiosas perguntas. O nascimento da ciência moderna foi um dos
principais marcos da historia humana. O renascimento, que surge como não apenas apoio à
ciência moderna, mas uma verdadeira revolução em períodos sombrios de uma, como se
considerava por muitos historiadores e iluministas, a idade das trevas.
Porém, a dita "idade das trevas" teve um valor para a humanidade que, apesar de tudo
que dizem os teóricos, é simplesmente inegável. A maior catedral do mundo, a Catedral de
Ulm, Atualmente a igreja mais alta do mundo, é a uma das provas vivas de que, apesar de não
compartilhar da ideologia renascentista, as conquistas cientificas para levantar e consolidar
uma catedral de mais de 150 metros de altura jamais deveram ser subestimadas.
Neste momento surge uma pergunta, um problema que advém justo deste pensamento:
A ciência medieval, com todo o potencial que tinha e as técnicas que desenvolveu, não teria
sido um melhor caminho? Seriam os métodos que edificaram a Catedral de Ulm com suas
técnicas descobertas, todas obsoletas?
Isso remete a um assunto muito importante. A idade media em si tinha sua própria
ciência e essa ciência altera diversos campos de conhecimento e, no caso também, das
técnicas empregadas em suas construções também eram diferentes. Essas técnicas mudavam a
maneira de construir, de pensar, e isso, fatalmente, atingiu a arquitetura. As construções
medievais eram, em sua maioria, de natureza sacra.
Isso remete a uma questão. A ciência medieval, em comparação com a moderna,
estava fortemente ligada à religiosidade que imperou em tempos difíceis da Europa ocidental.
Apesar disso, essa ciência abriu portas para uma arquitetura única, refinada e complexa. Se a
ciência moderna tivesse continuada em conjunto com a religiosidade e continuado a fundo os
estudos da era medieval, não teria assim feito uma arquitetura ainda mais impressionante?
O método cientifico moderno engloba todas essas questões. A maneira de fazer ciência
evoluiu muito no período da ciência moderna, marcada por um método cientifico que defende
a união da racionalização e empirismo, tudo devidamente posto de maneira que a veracidade
de qualquer teoria seja posta a prova de maneira rigorosa, com uso da matemática.
O método cientifico teria então chegado a seu estado final ? Uma maneira de fazer
ciência que era desprovida de parcialidade e devidamente provada com cálculos matemáticos
e seguidas então de baterias de experimentos para provar sua veracidade. Seria essa a maneira
mais eficiente de todas de produzir conhecimento?
CONCLUSÃO
Na idade moderna, as descobertas que ocorreram possibilitaram a criação e o
aperfeiçoamento de ferramentas e métodos, que viriam a torna-se as principais bases para o
conhecimento a partir de então. Essa revolução aconteceu de forma gradual e abrangente,
alterando a visão de mundo da época, caracterizando-se em parte pela contestação das antigas
tradições, sobretudo provocando o rompimento com os antigos preceitos das idades
anteriores, tais como a ruptura com o modelo geocêntrico e a diminuição do poder e da
hegemonia religiosa. O homem da idade moderna passa a reconhecer a importância do
próprio homem frente ao mundo natural.
Iniciou-se a formulação de leis à luz de regularidades observadas. Descobertas e
experimentos em âmbito diferentes influenciaram avanços nas diversas áreas de estudo: na
medicina possibilitaram o conhecimento do corpo humano e o estudo de anatomia levou a
informações a cerca seus componentes internos e de seu funcionamento. Na Física os
estudos sobre óptica auxiliaram a criação e aperfeiçoamento de ferramentas, tais como o
telescópio e o microscópio, que deram a possibilidade de ver o mundo a partir de micro e
macro escala, influenciando tanto a astronomia quanto as ciências biológicas. Da teoria do
Heliocentrismo, de Galilei, ao desenvolvimento da matemática, dentre outros a técnica de
calculo de Newton e Leibniz, tais foram as inovações do período, que provocaram
significativos avanços nos mais variados campos.
Um dos principais fatores que influenciou na expansão tão eficaz de conhecimento
neste período, é consequência do aperfeiçoamento das técnicas de imprensa, por Gutenberg,
que facilitou e otimizou a produção de livros além de provocar sua rápida difusão. Quanto ao
processo de investigação de ações e fenômenos, a partir da idade moderna, utiliza-se como
ferramenta de obtenção de informações acerca da natureza, os métodos de experimentação -
que baseia-se nos experimentos realizados de forma controlada e sistemática. Passa-se a
descrever estes fenômenos quantitativamente: a matematização dá um rigor de modo que a
ciência, tal que suas leis passar a ter formulações matemáticas, e juntamente, o uso de técnicas
tornou-se indispensável para as demonstrações cientificas.
Com isso podemos dizer que o período proporcionou novos procedimentos de
investigação, descoberta de fenômenos e a elaboração de teorias capazes de explicar estes
fenômenos.
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