TRANSFORMANDO
OPORTUNIDADES
A Terapia Ocupacional já ocupa um
importante espaço dentro da saúde pública
do país, mas como transformar essa
realidade para incrementar a profissão e
enaltecer os personagens dessa história?
Em um território com
quase 197 milhões de pessoas
ter apenas 17 mil terapeutas
ocupacionais é talvez um desafio
que vai além de estatísticas
geopolíticas. Crescer enquanto
categoria é talvez a maior de
todas as fronteiras para
qualquer profissão em qualquer
parte da história. Não basta
apenas estar e ter espaço
constitucionalmente instituído
nas repartições públicas de
saúde, de assistência social, de
educação, seguridade social,
sistema judiciário, ... se fazer
notar e garantir seu valor
enquanto profissional habilitado
em diversos segmentos é o
grande desafio de todos.
“Atualmente a contratação não está difícil porque o terapeuta ocupacional já é citado na legislação, nas políticas
públicas de saúde e de assistência social e de fato há vagas e concursos.... Cabe no entanto a fiscalização da classe para que as secretarias de saúde e de assistência social realmente cumpram o que está na política ... Outro problema encontrado é: em tendo sido contratado, o espaço dentro das equipes e das instituições precisa ser conquistado e validado a partir do comportamento e dos resultados dos profissionais de Terapia Ocupacional. Muitos gestores recebem os terapeutas após a contratação e não sabem o que fazer com eles, pois é a primeira vez que a instituição é contemplada com este profissional. E, em sendo áreas não-tradicionais da Terapia Ocupacional, muitas vezes o profissional também fica perdido,
não aproveitando na sua integralidade estas novas
oportunidades” afirma a terapeuta ocupacional Junia Jorge Rjeille Cordeiro.
Outro grande desafio é quebrar o paradigma, hoje
existente, sobre a funcionalidade
do terapeuta ocupacional e sua “paleta” de atendimentos. A
meta é facilitar que a população entenda a atividade e os serviços prestados pela categoria. Mas
para isso segundo Junia, é preciso redesenhar o profissional: “Deve ser um profissional que busca enxergar a questão do desempenho ocupacional nas suas mais diversas instâncias e contextos, comprovando à sociedade que não basta “consertar partes” (exercer uma assistência médico-reducionista), é preciso colocar estas “partes” em um funcionamento que considere o
histórico ocupacional e o desempenho no contexto a partir de desejos, potenciais e limitações do sujeito, ampliando sua atuação para além das áreas tradicionais. Para que isto seja possível ele precisa apresentar um perfil pessoal empreendedor, aberto, buscando outras competências além das técnicas para alcançar resultados neste desafio.”
Mas como reciclar o terapeuta ocupacional? A resposta de Junia é o XIII
Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional “que se propõe a reunir a classe (profissionais e
estudantes) para discutir suas questões maiores, no entanto, como o discurso das especialidades é muito forte, nem sempre os profissionais o valorizam, preferindo eventos específicos dentro de sua área de atuação (incluindo evento médicos). Mas sim, é um grande fórum para que docentes, técnicos, discentes e gestores de Terapia Ocupacional conversem entre si e conversem também com outras instâncias da sociedade e tomem decisões em conjunto a favor da classe e da população que usa seus serviços. “
Junia Jorge R. Cordeiro é
Bacharel em Terapia Ocupacional pela UFMG de Belo
Horizonte, fez Estágio de Aperfeiçoamento em Reabilitação Cardíaca no Reino Unido,
Mestrado em Reabilitação Pulmonar na UNIFESP de São Paulo e MBA em Gestão de
Saúde na Insper. Estará presente no XIII Congresso
Brasileiro de Terapia Ocupacional palestrando sobre Empreendedorismo e Terapia
Ocupacional.
O XIII Congresso Brasileiro
de Terapia Ocupacional será realizado entre os dias 13 e 16
de outubro na cidade de Florianópolis em Santa Catarina.
Acesse: www.cbto2013.com.br
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