COPEL
Companhia Paranaense de Energia - Copel
CNPJ/MF 76.483.817/0001-20
Inscrição Estadual 10146326-50
Companhia de Capital Aberto - CVM 1431-1
www.copel.com [email protected]
Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel - Curitiba - PR
CEP 80420-170
Dezembro/2007
ÍNDICE
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO.............................................................................................................................. 6 1. APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................................... 6
1.1 Mensagem do Presidente ......................................................................................................................... 6 1.2 Estratégia e Análise ................................................................................................................................ 10 1.3 Referencial Estratégico ........................................................................................................................... 11 1.4 Parâmetros do relatório........................................................................................................................... 13
2. DIMENSÃO GERAL ................................................................................................................................................. 15 2.1 Perfil da Companhia................................................................................................................................ 15 2.2 Geração .................................................................................................................................................. 16 2.3 Transmissão ........................................................................................................................................... 19 2.4 Distribuição ............................................................................................................................................. 20 2.5 Telecomunicações .................................................................................................................................. 21 2.6 Participações .......................................................................................................................................... 21 2.7 Produtos ................................................................................................................................................. 23 2.8 Captação de Recursos............................................................................................................................ 23 2.9 Desempenho Operacional e de Produtividade ........................................................................................ 24 2.10 Perdas..... ............................................................................................................................................... 27 2.11 Inadimplência.......................................................................................................................................... 27 2.12 Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade ................................................................ 28 2.13 Responsabilidade e Engajamento com Partes Interessadas ................................................................... 29 2.14 Principais Certificações e Prêmios .......................................................................................................... 32
3. DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA ......................................................................................................... 33 3.1 Estrutura e Boas Práticas de Governança............................................................................................... 34 3.2 Assembléia Geral.................................................................................................................................... 36 3.3 Conselho de Administração - CAD.......................................................................................................... 37 3.4 Comitê de Auditoria................................................................................................................................. 37 3.5 Conselho Fiscal ...................................................................................................................................... 38 3.6 Diretoria Executiva.................................................................................................................................. 38 3.7 Código de Conduta ................................................................................................................................. 38 3.8 Conselho de Orientação Ética................................................................................................................. 39 3.9 Canal de Comunicação Confidencial....................................................................................................... 39 3.10 Comitê Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes............................................................. 40 3.11 Relacionamento com Acionistas e Investidores....................................................................................... 40 3.12 Distribuição de Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio .................................................................... 41 3.13 Grupamento de Ações ............................................................................................................................ 41 3.14 Acordo de Acionistas .............................................................................................................................. 41 3.15 Índices Bovespa...................................................................................................................................... 42 3.16 Auditorias................................................................................................................................................ 42 3.17 Gestão de Riscos.................................................................................................................................... 43 3.18 Princípio da Precaução ........................................................................................................................... 44 3.19 Tecnologia da Informação....................................................................................................................... 45
4. DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA................................................................................................................. 46 4.1 Receita Operacional Líquida ................................................................................................................... 46 4.2 Despesas Operacionais .......................................................................................................................... 47 4.3 LAJIDA ou EBITDA................................................................................................................................. 49 4.4 Resultado Financeiro .............................................................................................................................. 49 4.5 Endividamento ........................................................................................................................................ 50 4.6 Lucro Líquido .......................................................................................................................................... 50 4.7 Valor Adicionado..................................................................................................................................... 50 4.8 Desempenho do Preço das Ações .......................................................................................................... 52 4.9 Valor Econômico Agregado - VEA OU EVA ............................................................................................ 52 4.10 Inadimplência Setorial ............................................................................................................................. 54 4.11 Investimentos na Concessão .................................................................................................................. 54 4.12 Indicadores Econômico-Financeiros........................................................................................................ 55 4.13 Fluxo de Caixa ........................................................................................................................................ 55
5. DIMENSÃO SOCIAL E SETORIAL .......................................................................................................................... 56 5.1 Incorporação dos Princípios do Pacto Global .......................................................................................... 56 5.2 2007-2008: O Biênio da Promoção de Direitos Humanos na Copel......................................................... 59 5.3 Programas Corporativos Sociais ............................................................................................................. 59 5.4 Apoio a Políticas Públicas ....................................................................................................................... 61 5.5 Incentivos Fiscais.................................................................................................................................... 62 5.6 Indicadores Sociais ................................................................................................................................. 63 5.7 Gestão de Clientes.................................................................................................................................. 64 5.8 Política de Comunicação Comercial e Institucional ................................................................................. 67 5.9 Gestão de Fornecedores......................................................................................................................... 69 5.10 Gestão de Pessoas................................................................................................................................. 70 5.11 Programas e Campanhas Corporativos de Segurança e Saúde.............................................................. 72 5.12 Indicadores de Empregabilidade ............................................................................................................. 73 5.13 Indicadores do Setor Elétrico .................................................................................................................. 74 5.14 Programa de Eficiência Energética - PEE ............................................................................................... 77 5.15 Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Científico (P&D) ................................................................. 78 5.16 Energia Sustentável ................................................................................................................................ 78
6. DIMENSÃO AMBIENTAL......................................................................................................................................... 79 6.1 Promovendo o Protocolo de Kyoto.......................................................................................................... 80 6.2 Preservação Ambiental ........................................................................................................................... 81 6.3 Programas Socioambientais.................................................................................................................... 81 6.4 Outras Ações / Controles Ambientais...................................................................................................... 85 6.5 Biodiversidade: Áreas Sensíveis e Unidades de Conservação................................................................ 86 6.6 Licenciamentos Ambientais..................................................................................................................... 88 6.7 Levantamento de Riscos e Passivos Ambientais..................................................................................... 89 6.8 Ações Compensatórias - Comunidade Indígena Kaigang Apucaraninha ................................................. 89 6.9 Comunicação Socioambiental ................................................................................................................. 89 6.10 Política de Relacionamento com Órgãos Ambientais .............................................................................. 89 6.11 Recuperação de Áreas Degradadas ....................................................................................................... 90 6.12 Preservação de Áreas Públicas .............................................................................................................. 90 6.13 Destinação Final de Resíduos................................................................................................................. 90 6.14 Educação Ambiental ............................................................................................................................... 92 6.15 Projetos de P&D Voltados ao Meio Ambiente.......................................................................................... 93 6.16 Gestão de Multas, Termos de Compromisso e Notificações Ambientais ................................................. 95 6.17 Indicadores Ambientais........................................................................................................................... 95
7. BALANÇO SOCIAL ................................................................................................................................................. 98 8. MATRIZ DE LOCALIZAÇÃO E CORRELAÇÃO DE INDICADORES..................................................................... 102 9. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA GOVERNANÇA............................................................. 108 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................................................................................. 109
Balanços Patrimoniais....................................................................................................................................... 109 BALANÇOS PATRIMONIAIS..................................................................................................................................... 110
Demonstração dos Resultados ......................................................................................................................... 111 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .......................................................................... 112 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS ..................................................................... 113 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS ..................................................................... 114 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................................... 115
1 Contexto Operacional ........................................................................................................................... 115 2 Apresentação das Demonstrações Contábeis....................................................................................... 118 3 Demonstrações Contábeis Consolidadas.............................................................................................. 119 4 Principais Práticas Contábeis................................................................................................................ 119 5 Disponibilidades.................................................................................................................................... 123 6 Consumidores e Revendedores ............................................................................................................ 124 7 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ................................................................................... 126 8 Dividendos a Receber........................................................................................................................... 127 9 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná.................................................................................. 127 10 Impostos e Contribuições Sociais.......................................................................................................... 129 11 Conta de Compensação da “Parcela A” ................................................................................................ 131 12 Outros Ativos e Passivos Regulatórios.................................................................................................. 133 13 Cauções e Depósitos Vinculados.......................................................................................................... 135 14 Outros Créditos..................................................................................................................................... 136 15 Depósitos Judiciais ............................................................................................................................... 136 16 Coligadas e Controladas ....................................................................................................................... 137 17 Investimentos........................................................................................................................................ 138 18 Imobilizado............................................................................................................................................ 143 19 Intangível .............................................................................................................................................. 147 20 Empréstimos e Financiamentos ............................................................................................................ 148 21 Debêntures ........................................................................................................................................... 153 22 Fornecedores........................................................................................................................................ 157 23 Folha de Pagamento e Provisões Trabalhistas ..................................................................................... 158 24 Encargos do Consumidor a Recolher.................................................................................................... 159 25 Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética ........................................................................... 159 26 Outras Contas a Pagar.......................................................................................................................... 160 27 Provisões para Contingências............................................................................................................... 160 28 Patrimônio Líquido ................................................................................................................................ 165 29 Receita Operacional.............................................................................................................................. 168 30 Deduções da Receita Operacional ........................................................................................................ 170 31 Custos e Despesas Operacionais ......................................................................................................... 170 32 Resultado Financeiro ............................................................................................................................ 179 33 Resultado de Participações Societárias ................................................................................................ 180 34 Resultado Não Operacional .................................................................................................................. 181 35 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE..................................................................... 181 36 Conciliação da Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social ................................................ 183 37 Instrumentos Financeiros ...................................................................................................................... 184 38 Transações com Partes Relacionadas .................................................................................................. 186 39 Seguros... ............................................................................................................................................. 187 40 Empresas Controladas.......................................................................................................................... 190 41 Demonstração do Resultado Segregado por Empresa.......................................................................... 192 42 Alteração da Legislação Societária Brasileira........................................................................................ 193 43 Evento Subseqüente............................................................................................................................. 194
ANEXO I - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA.......................................................................................... 195
ANEXO II - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO ....................................................................................... 197 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES ..................................................................................................... 199 RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA ............................................................................................................... 201 PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2007................................................................................................................................................. 204
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
1. APRESENTAÇÃO
1.1 Mensagem do Presidente
Com grande satisfação, estamos apresentando o Relatório Anual de Gestão e Sustentabilidade da
Companhia Paranaense de Energia - Copel relativo ao exercício de 2007, elaborado com base na
terceira geração das diretrizes internacionais Global Reporting Initiative para relatórios de
Sustentabilidade, conhecida como GRI/G3, e no novo modelo Aneel para elaboração de Relatório
Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica.
Durante o ano, a Empresa esteve empenhada em consolidar os avanços conquistados nas áreas
da responsabilidade social e ambiental, das boas práticas da Governança Corporativa e dos
valores consagrados no seu Código de Ética. Tais princípios e normas de procedimento vêm
sendo incorporados às rotinas de trabalho da Copel, aos seus processos de gestão e aos
mecanismos de fiscalização e controle. Esse é um esforço permanente, que se renova a cada dia
sob a forma de novos desafios, permitindo à Companhia crescer, melhorar e se aprimorar como
instituição profundamente comprometida com a sustentabilidade e com os 10 Princípios do Pacto
Global das Nações Unidas desde o seu lançamento, em 2000.
No exercício de 2007, a Companhia teve o excepcional lucro líquido de R$ 1,1 bilhão. Tal
resultado proporcionou taxa de rentabilidade do patrimônio líquido de 18,0% (lucro líquido ÷
(patrimônio líquido - lucro líquido)). A Companhia demonstrou bom desempenho em suas
atividades operacionais, representado pelo crescimento da receita operacional líquida de 10,9%
em relação ao exercício anterior.
O consumo total de energia elétrica faturada pela Copel, em 2007, apresentou crescimento de
6,8%, totalizando 20.458 GWh contra 19.148 GWh no ano de 2006. O mercado cativo, que
participou com 90,5%, registrou, em 2007, acréscimo de 5,8%, o mercado livre variou 24,0% e o
suprimento às pequenas concessionárias obteve incremento de 3,5% na energia faturada. O
mercado fio, que leva em conta todos os consumidores dentro da área de concessão da
Companhia, cresceu 5,9%. Nesse ano, o desempenho do mercado de energia foi influenciado
principalmente pelas classes residencial, industrial e comercial, que representaram 25,7%, 38,7%
e 18,6%, respectivamente, do consumo total faturado, e tal ocorreu, primordialmente, pelos
seguintes fatores: maior disponibilidade e alongamento do crédito, queda dos juros, melhor
desempenho da economia e aumento da renda, que estimulam o consumo em geral, em especial
a aquisição e uso de equipamentos consumidores de eletricidade.
Com relação a tarifas diferenciadas, a Copel colaborou para a implementação de diversos
programas, inclusive em parceira com os Governos Federal e Estadual, que criaram condições
para que o acesso ao serviço público de energia elétrica seja universal: Universalização da
Energia, através do Programa Luz Para Todos do Governo Federal; Luz Legal, viabilizado através
de convênio com o Governo do Estado do Paraná e a Companhia de Habitação do Paraná -
Cohapar para regularizar o fornecimento de energia elétrica a famílias de baixa renda, residentes
em comunidades carentes; Baixa Renda, em parceria com o Governo Federal, por meio do qual
os consumidores da classe residencial com consumo de até 220 kWh/mensal usufruem de
desconto na tarifa de energia, que pode chegar ao patamar de 65% do valor normal de uma fatura
residencial não baixa renda; e o Luz Fraterna, em parceria com o Governo do Estado do Paraná,
pelo qual os consumidores residenciais com consumo de até 100 kWh/mês classificados como
baixa renda e os consumidores residenciais rurais têm isenção total da fatura, cujo débito é
assumido pelo Governo do Estado. Destacamos também os programas Avicultura Noturna, que
incentiva o aumento da produção e exportação da carne de frango com desconto tarifário para
unidades consumidoras rurais classificadas como avicultura, atendidas em baixa tensão, e
Irrigação Noturna, que estimula o uso da irrigação para aumento da produção agrícola e melhoria
da qualidade de vida na área rural, com tarifa e equipamentos subsidiados a consumidores rurais.
A Copel pratica, apóia e advoga a sustentabilidade, reconhecendo-a como único caminho capaz
de proporcionar à sociedade, aos agentes relacionados e ao meio ambiente a oportunidade de
usufruir como parceiros do crescimento e do desenvolvimento da corporação. Por assim pensar e
agir, a Copel tem o compromisso de atuar segundo a visão da sustentabilidade agora e no futuro,
fundamentando seu planejamento estratégico nos mesmos princípios.
Assim orientada, a Companhia vem cumprindo com eficiência e eficácia as importantes atribuições
que tem de promover para o desenvolvimento social e econômico do Estado do Paraná, servindo
com qualidade à população e criando ambiente favorável para o seu próprio crescimento e para a
prosperidade da comunidade onde está inserida, sem perder de vista os interesses de acionistas e
investidores por resultados econômico-financeiros adequados com o maior benefício social e o
máximo cuidado ambiental.
No que concerne à governança corporativa, a empresa formalizou durante o ano sua adesão ao
Código de Boas Práticas instituído pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Também é
digno de registro o sucesso do esforço da Companhia para sensibilizar sua rede de fornecedores
cadastrados, buscando comprometê-los com as mesmas causas e compromissos da Copel em
termos de sustentabilidade e responsabilidade social. Em 2007, devido a realinhamentos internos,
o processo de implantação da Norma AA1000 foi descontinuado para revisão.
Na expansão das atividades e negócios, a empresa venceu o leilão da Agência Nacional de
Energia Elétrica - Aneel para construir e operar a linha de transmissão em 230 kV entre as
subestações Bateias e Pilarzinho, nas imediações de Curitiba. Além disso, colocou em operação
as novas subestações Santa Mônica 230 kV (na região metropolitana de Curitiba) e Posto Fiscal
230 kV (em Paranaguá), construídas com o propósito de ampliar a oferta de energia elétrica a dois
grandes pólos consumidores do Paraná e conferir maior segurança à operação do sistema
elétrico.
A Companhia também aumentou sua participação acionária (de 15% para 45%) na Dominó
Holdings em 14.01.2008, empresa que concentra significativa parcela (34,75%) do capital votante
da Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar, por meio da compra das ações de
propriedade da Sanedo, que se retirou da sociedade. A operação, além de rentável conforme os
estudos e projeções, vai conferir à Copel poderes efetivos dentro da Dominó Holdings, o que
significa dizer que o interesse público será fortalecido no âmbito da gestão da Sanepar, cuja
missão social de promover a universalização do acesso ao abastecimento com água tratada e ao
serviço de coleta e tratamento de esgoto mediante tarifas justas e adequadas será resgatada.
Igualmente, a Copel assumiu a integralidade do controle da Centrais Eólicas do Paraná, empresa
que opera cinco aerogeradores em Palmas, região Sul do Paraná, com potência instalada de
2,5 MW. A Copel, que já detinha 30% de participação no empreendimento, adquiriu os 70% de
propriedade da Wobben Windpower.
Durante o ano de 2007, a Copel deu prosseguimento às ações destinadas a obter a Licença de
Instalação da Usina Hidrelétrica Mauá, no rio Tibagi empreendimento de 361 MW de potência e
orçado em R$ 991,3 milhões, no qual tem participação de 51% e tem como parceira a Eletrosul,
estatal controlada pelo Governo Federal, com 49%. O processo de licenciamento ainda não foi
concluído em razão de decisões judiciais ainda não superadas. Marcamos também
aprofundamento dos aspectos antropológicos dos estudos de impacto ambiental do projeto,
principalmente no que toca às comunidades indígenas por ele afetadas, a fim de minimizar os
possíveis impactos junto a estas populações tradicionais e vulneráveis.
No ano que passou, a Copel registrou importantes manifestações de reconhecimento ao seu
desempenho e às iniciativas no campo da sustentabilidade. A principal delas foi a manutenção das
ações da Companhia, pelo terceiro ano consecutivo, no grupo das que formam o ISE – Índice de
Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). No cenário externo,
cabe registrar a homenagem prestada à empresa pela Bolsa de Valores de Nova Iorque em 31 de
julho, em celebração aos dez anos de presença da Copel naquele importante mercado. O
governador do Paraná, Roberto Requião, representando o acionista controlador da Companhia,
participou dos eventos alusivos em Wall Street, que culminaram com o encerramento solene do
pregão do dia naquela casa (acionamento do Closing Bell).
Levantamento do jornal Valor Econômico alinhando as mil melhores empresas do Brasil (Valor-
1000) apontou a subsidiária de geração da Copel como a melhor do país no setor de Energia
Elétrica. Como distribuidora de energia, a Copel obteve, da Agência Nacional de Energia Elétrica –
Aneel, o Prêmio IASC 2006 – 1º lugar na categoria “Melhor Índice de Satisfação dos Clientes na
Região Sul”, entre aquelas com mais de quatrocentos mil consumidores. E, pela sétima vez
consecutiva, a Copel foi reconhecida e homenageada como a grande empresa paranaense mais
lembrada pelo público numa pesquisa chamada Top of Mind, tradicionalmente realizada pela
revista Amanhã, de Porto Alegre, em colaboração com o Instituto Bonilha. Na mesma pesquisa, o
nome da Copel também foi destacado por sua atuação social e como uma boa empresa para se
trabalhar.
Sob o foco da sustentabilidade, da responsabilidade social e da governança corporativa, a Copel
concretizou passos altamente significativos, merecendo destaque a emissão dos demonstrativos
de consumo impressos em alfabeto Braille para consumidores portadores de deficiência visual
cadastrados na Companhia, facilitando o acesso desse público às informações da sua conta de
luz. Para as famílias de baixa renda, a Copel distribuiu gratuitamente 1 milhão de lâmpadas
fluorescentes compactas, que são mais econômicas, duráveis e eficientes, contribuindo para
reduzir os gastos com eletricidade e preservando os recursos dessa população.
A Copel renovou em 2007 seu convênio com a Pastoral da Criança e firmou um novo, com a
Pastoral do Idoso, permitindo que as contas de luz sirvam como instrumento de arrecadação a
doações espontâneas da coletividade para esses movimentos. No caso da Pastoral da Criança, as
doações autorizadas para débito nas faturas de energia são o seu principal mecanismo de
captação de recursos.
Sob o foco da gestão ambiental, a Copel deu início em 2007 a programa de parcerias com
prefeituras para a adequação da arborização urbana, incentivando e promovendo a coexistência
pacífica de árvores e redes de distribuição de energia elétrica. A iniciativa consiste na cessão às
prefeituras de mudas de espécies apropriadas que, na idade adulta, não chegam a atingir altura
suficiente para interferir no funcionamento da rede elétrica. As mudas são produzidas pela própria
Copel, nos hortos e viveiros que mantém em áreas de algumas das suas hidrelétricas. Além de
garantir aos usuários serviço elétrico de melhor qualidade, a maior parte dos desligamentos não
programados é provocada por contato ou pela queda de galhos de árvores na fiação elétrica, essa
medida evita ou minimiza a necessidade de podas, contribuindo para a preservação ambiental.
Em 2008, daremos continuidade à realização de ações significativas na área da sustentabilidade.
Dentre as metas previstas, destacamos os estudos em andamento para projetos de geração de
energia alternativa, com levantamento da disponibilidade de biomassa em todo o Paraná. E na
esfera social, pretendemos antecipar a meta de completar 100% de eletrificação no país, sem
qualquer ônus para o consumidor, com 30.000 novas ligações através do Programa Luz para
Todos, instituído pelo Governo Federal através do Decreto Presidencial n° 4.783, de 11.11.2003.
Ao encerramento da presente mensagem, gostaríamos de deixar registrados nossos
agradecimentos muito especiais ao governador do Paraná, Roberto Requião, cuja zelosa
orientação vem pautando desde 2003 o trabalho de reconstrução e recuperação da Copel, no
sentido de restituir à Companhia sua atribuição histórica de colaborar para a promoção humana e
a melhoria da qualidade de vida dos paranaenses e fomentar o crescimento econômico do Estado.
Igualmente, manifestamos o nosso reconhecimento à sempre solícita e atenciosa participação dos
integrantes do Comitê de Auditoria e dos Conselhos de Administração e Fiscal da Companhia. Por
fim, em nome da Diretoria Executiva, consignamos nosso reconhecimento aos empregados da
Copel pelo comprometimento com os ideais e princípios defendidos pela Companhia e pelo
empenho na concretização de todas as conquistas aqui relatadas.
Rubens Ghilardi
Diretor Presidente
Curitiba, 17 de março de 2008
1.2 Estratégia e Análise
A Copel definiu como prioridade a implantação da gestão empresarial orientada para a
sustentabilidade, cujo modelo busca o alinhamento dos esforços para atingir e garantir, com base
nos valores da Companhia e na gestão otimizada dos processos, os resultados nos eixos
econômico, social e ambiental, de forma balanceada para as partes interessadas, bem como o
desenvolvimento e o crescimento sustentável da empresa, com vistas à adequação da empresa
aos padrões internacionais de governança, transparência e sustentabilidade, em conformidade
com o compromisso renovado junto ao Pacto Global.
Com base neste modelo, no início de 2007, a alta direção promoveu o realinhamento estratégico,
através da revisão do seu referencial, alterando a missão e visão da empresa. Na seqüência,
foram implementadas as etapas de planejamento, definição e qualificação das estratégias de
manutenção da rotina e do crescimento vegetativo referentes à onda de excelência operacional,
com o aumento de produtividade, melhoria dos serviços e a otimização dos custos. Para a onda
de crescimento da receita, foram identificadas as oportunidades e estratégias para a Copel e seus
negócios.
Em consonância com as políticas e estratégias definidas, a Companhia alinhou seu planejamento
estratégico com o orçamento, através da priorização e gerenciamento de projetos, identificação e
gestão dos riscos associados, dando início à reformulação do Programa de Excelência de Gestão
Copel, que visa alinhar suas práticas de gestão aos requisitos dos critérios de excelência da
Fundação Nacional da Qualidade - FNQ.
Dessa forma, ações estão em curso visando à revisão e formalização dos principais processos
empresariais e ao treinamento dos gestores para execução de suas atividades em conformidade
com os fundamentos de excelência da FNQ: pensamento sistêmico; aprendizado organizacional;
cultura de inovação; liderança e constância de propósitos; orientação por processos e
informações; visão de futuro; geração de valor; valorização das pessoas; conhecimento sobre o
cliente e o mercado; desenvolvimento de parcerias e responsabilidade social. Para tanto, a Copel
promoveu workshop de auto-avaliação de sua gestão, com a participação de diretores, assistentes
e assessores de diretoria, superintendentes e profissionais, para identificação dos pontos
prioritários para a melhoria de seus processos e práticas gerenciais e para a obtenção de
resultados sustentáveis nas dimensões econômica, social e ambiental. Paralelamente, a Diretoria
empreendeu todos os esforços para comunicar a seus empregados as estratégias definidas, com
vistas a seu engajamento na execução dos objetivos empresariais propostos.
No tocante às estratégias definidas nas ondas de excelência operacional e crescimento da receita,
a Companhia tem como desafio, em 2008, buscar o alinhamento, desdobramento, execução e
controle de suas ações para obtenção de resultados sustentáveis em sua área de atuação.
Adicionalmente, com base na implementação do Modelo de Gestão Integrada de Riscos
Corporativos e atendendo a Norma de Política Copel - NPC nº 0306, de 04.12.2006 – “Política de
Controle e Gestão de Riscos na Copel”, a Companhia pretende: a) mapear os principais riscos
corporativos e definir as estratégias e metas empresariais de curto, médio e longo prazo para as
dimensões econômica, social e ambiental, de forma integrada; e b) identificar os principais
impactos, riscos e oportunidades sobre a sustentabilidade e os efeitos em relação às partes
interessadas.
1.3 Referencial Estratégico
No início de 2007, a alta direção da Copel revisou o referencial estratégico da Companhia,
alterando sua missão e visão. Como missão estabeleceu “gerar, transmitir, distribuir e
comercializar energia, bem como prestar serviços correlatos, promovendo desenvolvimento
sustentável e mantendo o equilíbrio dos interesses da sociedade paranaense e dos acionistas”. No
tocante à visão, definiu “ser a melhor empresa nos setores em que atua e referência em
governança corporativa e sustentabilidade empresarial”, tendo como valores:
Transparência - prestação de contas das decisões e realizações da empresa para informar seus
aspectos positivos e/ou negativos a todas as partes interessadas;
Ética - resultado do pacto coletivo que define comportamentos individuais alinhados a um objetivo
comum;
Respeito - consideração com o próximo;
Responsabilidade Social e Ambiental - condução da vida da empresa de maneira sustentável,
respeitando os direitos de todas as partes interessadas, inclusive das futuras gerações e o
compromisso com a sustentação de todas as formas de vida;
Segurança - ambiente organizacional seguro que permite a continuidade da vida da Companhia.
Pacto Global
Desde 2000 a Copel é signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas - ONU.
Lançado naquele ano pelo então Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global
tem como meta mobilizar as empresas para que, juntamente com outros atores sociais,
contribuam para a construção de uma economia global mais inclusiva e sustentável. A iniciativa
baseia-se em direitos universalmente reconhecidos.
As agências da ONU diretamente envolvidas no Pacto são: o Alto Comissariado para Direitos
Humanos - HCHR, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - UNEP, a Organização
Internacional do Trabalho - OIT e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento -
PNUD. Como signatária do Pacto Global, a alta direção da Copel declara seu compromisso em
respeitar seus Dez Princípios Básicos.
As ações desenvolvidas pela Copel e sua correlação com os princípios do Pacto Global
(Incorporação dos Princípios do Pacto Global) estão descritas na parte relativa à dimensão social
e setorial deste relatório. A tabela a seguir demonstra as metas de sustentabilidade empresarial
assumidas no relatório anterior e o respectivo desempenho da Companhia em cada uma delas:
DESEMPENHO EM RELAÇÃO ÀS METAS EM 2007
META Atingida: Em andamento: Não atingida:
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Adesão ao Código de Boas Práticas do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
DESEMPENHO AMBIENTAL
Consumo total de materiais por tipo
Quantidade total de terras possuídas, arrendadas ou administradas para atividades de produção ou uso extrativo
Unidades de negócios operando ou planejando operações em áreas protegidas ou sensíveis, ou a seu redor
Localização e tamanho das terras pertencentes à organização, arrendadas ou administradas por ela em habitats ricos em biodiversidade
Identificação de todos os derramamentos de produtos químicos ocorridos, tais como o de óleo e combustíveis em instalações da transmissão
Impactos ambientais significativos dos principais produtos e serviços
Impactos de atividades e operações sobre áreas protegidas ou sensíveis
Objetivos, programas e metas para proteção e restauração de ecossistemas e espécies nativas em áreas degradadas
Monitoramento das emissões dos gases causadores do efeito estufa
DESEMPENHO SOCIAL
Consideração dos impactos sobre os direitos humanos como parte de investimentos e tomadas de decisão de compra, incluindo a seleção de fornecedores e contratados
Dialogar com 10% dos Fornecedores cadastrados da Companhia
Descrição de políticas, procedimentos, sistemas gerenciais e mecanismos de conformidade para adesão a padrões e códigos voluntários relacionados à propaganda
Número e tipos de violação de regulamentações de propaganda e marketing
Está em implementação o Programa de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho - GSST, sistema de controle para eliminação de riscos existentes no ambiente, atendimento à legislação, treinamento, padronização de atividades de risco, inspeções, estabelecimento de metas e campanha permanente, o qual está em plena consonância com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho - OIT. Existe política definida para sua utilização, segundo a qual, em cada área de implantação, é realizado diagnóstico, seguido de planejamento, controle periódico da operação, verificação, análise crítica anual e auditagem*
Processo de Implantação da Norma AA1000
* meta de gestão apresentada sob o item “Governança Corporativa” no relato de 2006, porém enquadrada no “Desempenho Social” no presente relatório
Relativamente às metas empresariais definidas para 2008, cabe-nos ressaltar:
• a antecipação da meta de completar 100% de eletrificação no país, sem qualquer ônus para o
consumidor, com 30.000 novas ligações através do Programa Luz para Todos, instituído pelo
Governo Federal através do Decreto Presidencial n° 4.783, de 11.11.2003;
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• estudos em andamento para projetos de geração de energia alternativa, com levantamento,
em 2008, da disponibilidade de biomassa em todo o Paraná;
• a realização de estudos relativos a) à análise de resíduos sólidos gerados e tratados e/ou
destinados corretamente (classes I, IIA e IIB) no âmbito das ações da Companhia; e b) a
efluentes líquidos com disposições adequada, por volume, e inadequada, por tipo (aqui
também considerados os de natureza industrial, por volume), bem como sua incorporação nos
processos de implantação do Plano Básico Ambiental - PBA e do Plano de Controle
Ambiental - PCA dos empreendimentos da Copel;
• a meta de obtenção de 75,5% do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor - IASC da
Agência Nacional de Energia Elétrica;
• atendimento aos critérios para integração ao nível 1 dos níveis diferenciados de governança
da Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa;
• elaboração do registro e controle das atividades dos técnicos de segurança e de suas
inspeções no âmbito do Portal de Segurança e Saúde – Caça ao Risco Corporativo;
• a meta de obtenção do nível A+ de aplicação das diretrizes do Global Reporting Initiative -
GRI (G3), a ser concedida pela organização GRI por meio de auditagem do presente relatório;
• atendimento aos critérios para manutenção do índice de sustentabilidade da Bolsa de Valores
de São Paulo - Bovespa;
• criação de mecanismos e procedimentos de: a) monitoramento do efetivo cumprimento de
obrigações conferidas a fornecedores de materiais e serviços contratados pela Companhia; e
b) acompanhamento da manutenção da qualificação daqueles já inspecionados e de outros
ainda não-qualificados, por não-conformidade com os critérios de responsabilidade social da
Copel, ou com certificação SA 8000;
• as seguintes diretrizes estabelecidas pelo Conselho de Administração: expansão do sistema
elétrico de geração, transmissão e distribuição, explicitada no item 1.2.2. da Dimensão Geral
do relatório; busca da produtividade em curto prazo e do crescimento em longo prazo;
excelência em custos, no relacionamento com as partes interessadas, em inovações
tecnológicas e na transmissão de dados, imagem e voz; e pesquisa de novas tecnologias
para a expansão da matriz energética com fontes renováveis e não poluentes, apresentadas
no item 4.16 sobre “Energia Sustentável” da Dimensão Social e Setorial do relatório.
1.4 Parâmetros do relatório
No presente relato, a Copel utilizou como base:
• Diretrizes GRI/G3 e do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase;
• “Fazendo a Conexão – usando as Diretrizes GRI/G3 de relatório para a Comunicação de
Progresso do Pacto Global da ONU”
• Requisitos gerais e específicos de sustentabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica -
Aneel;
• Norma Brasileira de Contabilidade - NBC T15.
O esforço de integração das Diretrizes constantes do recentemente lançado "Manual para a
Elaboração do Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia
Elétrica" representa a alteração mais significativa com relação ao relatório anterior.
O presente relatório, publicado anualmente, cobre informações referentes ao exercício fiscal de
2007, comparando-as com as do relatório anual anterior. As principais partes interessadas que a
Companhia espera que venham a utilizar o presente relatório são: público interno, clientes,
fornecedores, governo, acionistas, sociedade e comunidade.
Os indicadores GRI/G3 essenciais e adicionais considerados não materiais aos negócios e partes
interessadas da Companhia constam na matriz de localização e correlação como tal. Os
indicadores materiais cujas informações não estavam disponíveis em virtude da não-realização de
sua coleta de forma sistemática até então foram tratados como meta para inclusão em relatórios
futuros. Com exceção das demonstrações e desempenho econômico-financeiro, que seguem a
legislação brasileira, todos os demais indicadores ambientais e sociais seguiram os parâmetros e
bases de cálculo preconizados pelos protocolos GRI/G3. Assim, em que pese termos declarado,
com base em auto-avaliação, de que o presente relatório se encontra no nível de aplicação A das
Diretrizes GRI/G3, a organização Global Reporting Initiative realizou checagem direta deste
relatório, tendo-o qualificado no nível de aplicação A+ das Diretrizes GRI/G3, como segue:
2002 C C+ B B+ A A+
Obrigatório Auto Declaração
Verificação Terceira
Parte
Opcional Verificação
GRI
Em termos de abrangência, são apresentados neste documento os indicadores GRI/G3
econômico-financeiros, ambientais e sociais da Copel e de suas Subsidiárias Integrais (Copel
Geração e Transmissão, Copel Distribuição, Copel Telecomunicações e Copel Participações),
conforme demonstrado na matriz de localização dos indicadores, constante no capítulo 6 deste
relatório.
Já as demonstrações financeiras, incluindo o Balanço Social, consolidam também o desempenho
da Companhia Paranaense de Gás - Compagas, da Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - Elejor,
da Copel Empreendimentos, da UEG Araucária e da Centrais Eólicas do Paraná, companhias nas
quais a Copel tem participação majoritária. Seguindo orientação do poder concedente, alguns
valores referentes a 2006 foram reclassificados conforme a Nota Explicativa nº 2, que se encontra
no corpo deste relatório.
Em termos das Descrições sobre as Formas de Gestão de cada grupo de indicadores
preconizadas nas diretrizes GRI/G3, elas se encontram assim distribuídas neste relatório:
• Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Econômico – capítulo 4
• Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Ambiental - capítulo 6
• Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Social - capítulo 5
• Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente - capítulo 5
• Direitos Humanos - capítulo 5
• Sociedade - capítulo 5
• Responsabilidade pelo Produto – capítulo 5
A Copel possui políticas, normas, manuais, especificações técnicas padronizadas, publicadas e
disponíveis para as partes interessadas, e auditáveis, seja por auditores internos ou externos. A
Companhia se habilitará para que os dados ambientais e sociais sejam inseridos nas próximas
auditagens. Em 2008, ao ser concluída a implantação do sistema de sustentabilidade baseado na
Norma AA1000, as auditorias externas contemplarão a auditagem do sistema de forma integrada.
Os meios pelos quais as partes interessadas podem obter informações adicionais sobre os
aspectos econômicos, ambientais e sociais da Copel, bem como comentar ou sugerir melhorias
para a próxima edição do relatório estão relacionados no item 7 relativo à Composição dos Grupos
Responsáveis pela Governança.
2. DIMENSÃO GERAL
2.1 Perfil da Companhia
A Companhia Paranaense de Energia - Copel, com sede na Rua Coronel Dulcídio 800, bairro
Batel, CEP 80420-170, em Curitiba - PR, é uma sociedade por ações, de capital aberto,
constituída sob a forma de sociedade de economia mista, controlada pelo Governo do Estado do
Paraná, e destinada, através de suas subsidiárias, a pesquisar, estudar, planejar, construir e
explorar a produção, transformação, distribuição, comercialização e o transporte de energia, em
qualquer de suas formas, principalmente a elétrica, podendo também participar, em conjunto com
empresas públicas ou privadas de consórcios, companhias e empresas cujos objetivos sejam o
desenvolvimento de atividades nas áreas de energia, telecomunicações e gás natural.
2.1.1 Organograma das Participações e Composição Acionária da
Copel em 2007
58,63% Votante 26,41% Votante 13,52% Votante 1,06% Votante 0,38% Votante31,08% Total 23,97% Total 44,04% Total 0,56% Total 0,35% Total
10,55% Votante30,87% Total
2,97% Votante13,14% Total
0,00% Votante0,03% Total
70,0% Votante 51,0% Votante70,0% Total 35,0% Total 51,0% Total 49,0% Total
49,0% Votante49,0% Total 48,0% Total 30,0% Total
45,0% Votante45,0% Total 40,0% Total 35,8% Total
45,0% Votante 23,0% Votante45,0% Total 23,0% Total 80,0% Total
(1)Subsidiária Integral 15,0% Votante
(2)Sociedade Limitada 100,0% Total 15,0% Total
(2)EÓLICAS DO PARANÁ
DONA FRANCISCA (2)UEG ARAUCÁRIA
(2)FOZ DO CHOPIM
COMPAGAS (2)BRASPOWER
COPEL
ELETROBRÁS
LATIBEX
BOVESPA
NYSE
100,0% 100,0%100,0% 100,0%
DOMINÓ HOLDINGS
CUSTÓDIA EM BOLSA (Free Float)
(1)COPEL PARTICIPAÇÕES
COPEL EMPREENDIMENTO
SERCOMTEL TELECOMUNICAÇÕES
CARBOCAMPEL (2)COPEL AMEC
SERCOMTEL CELULAR (2)ESCOELECTRIC
(2)EÓLICAS DO PARANÁ
ESTADO DO PARANÁ BNDESPAR
ELEJOR
(1)COPEL GERAÇÃO E TRANSMISSÃO
OUTROS
(1)COPEL DISTRIBUIÇÃO
(1)COPEL TELECOMUNICAÇÕES
2.2 Geração
A Copel explora o serviço de geração de energia. No quadro a seguir são apresentadas a
capacidade e a produtividade, de janeiro a dezembro de 2007, do parque gerador da Copel:
Geração Verificada/ Generation Usinas/Power Plants
Capacidade Instalada/ Installed Capacity
(MW)
Energia Assegurada/ Assured Energy
(MWmed/Average MW) GWh MWmed
Hidrelétricas/Hydro Plants 4.529,61 1.946,62 18.064,59 2.062,15
Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto 1.676 576 5.173,36 590,57
Gov. Ney Aminthas de B. Braga 1.260 603 5.991,62 683,97
Gov. José Richa (Salto Caxias) 1.240 605 5.580,04 636,99
Gov. Pedro V. Parigot de Souza 260 109 886,6 101,21
Guaricana 36 13,6 121,9 13,92
Chaminé 18 11,6 107,18 12,23
Apucaraninha 10 6,71 27,26 3,11
Mourão 8,2 5,3 48,52 5,54
Derivação do Rio Jordão 6,5 5,85 52,07 5,94
Marumbi 4,8 3,94 23 2,63
São Jorge 2,3 1,62 12,57 1,43
Chopim I 1,98 1,27 15,75 1,80
Rio dos Patos 1,72 1,13 5,94 0,68
Cavernoso 1,3 0,86 8,87 1,01
Melissa 1 0,57 5,65 0,64
Salto do Vau 0,94 0,6 3,62 0,41
Pitangui 0,87 0,57 0,64 0,07
Termelétrica/Thermal Plant 20 14 69,21 7,90
Figueira 20 14 69,21 7,90
Total 4.549,61 1.960,62 18.133,8 2.070,05
Principais indicadores:
Usinas: 18 (17 hidrelétricas e 1 termelétrica)
Usinas automatizadas e teleoperadas: 12
Subestações elevadoras: 11
Subestações elevadoras automatizadas e teleoperadas: 10
Potência instalada de transformador elevador: 5.004,1 MVA
A disponibilidade das unidades geradoras da Copel maiores que 10 MW, de jan. a dez. de 2007, foi de 94,17%.
2.2.1 Operação e Manutenção de Usinas e Subestações
Dentre as ações realizadas em 2007 no tocante à operação e manutenção de nosso parque
gerador, destacamos as que se seguem:
• Início do processo de modernização, automação e teleoperação da Usina Apucaraninha,
inaugurada em 1949, localizada no Município de Tamarana. O projeto demandará
investimentos de R$ 4,5 milhões e proporcionará aumento da vida útil da usina, melhoria do
suprimento de energia elétrica, beneficiando a comunidade indígena da região.
• Celebração de contrato de operação e manutenção, em conjunto com a Petrobrás, da Usina
Termelétrica de Araucária, visando garantir seu funcionamento seguro.
• Instalação de novos disjuntores nas subestações das Usinas Salto do Vau (União da Vitória),
Melissa (Corbélia), São Jorge e Pitangui (Ponta Grossa), Marumbi (Morretes), Cavernoso
(Virmond), Chopim (Itapejara D'Oeste) e Rio dos Patos (Prudentópolis), visando garantir maior
segurança e disponibilidade operacional.
• Substituição e instalação: a) na Usina Chaminé, localizada em São José dos Pinhais, de
novos rotores para as turbinas, com investimento de R$ 2,5 milhões; e b) na Usina
Governador Parigot de Souza, localizada em Antonina, de novo rotor para uma das turbinas,
com investimento de R$ 1,5 milhões.
• Modernização dos sistemas de proteção das unidades geradoras das usinas Gov. Bento
Munhoz da Rocha Netto (Pinhão), Gov. Ney Braga (Mangueirinha) e Gov. José Richa
(Capitão Leônidas Marques), visando maior confiabilidade operacional e segurança, com
investimentos de R$ 1,2 milhões.
2.2.2 Expansão da Geração de Energia
Em 03.07.2007, o Ministério de Minas e Energia assinou, com o Consórcio Energético Cruzeiro do
Sul e a Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, contrato de concessão para construção da
Usina Hidrelétrica de Mauá (Eletrosul x Copel), garantindo a incorporação de mais 361 MW de
potência instalada ao parque gerador da Copel. O empreendimento representa investimento, no
Paraná, de aproximadamente R$ 991,3 milhões, gerando riqueza e desenvolvimento ao Brasil e,
em particular, à sociedade paranaense.
Adicionalmente à construção da Usina Hidrelétrica de Mauá, a Copel mantém estratégia de
participar, em conjunto com a Eletrosul, de leilões de aproveitamentos hidráulicos localizados no
Estado do Paraná, particularmente dos aproveitamentos de Salto Grande, no rio Chopim, e Baixo
Iguaçu, no rio Iguaçu, quando estes vierem a ser listados em leilões de venda de energia elétrica.
Com vistas à expansão de nosso parque gerador, foi incorporada a Usina Eólica de Palmas, da
Centrais Eólicas do Paraná, localizada no Município de Palmas, cuja planta é composta de cinco
aerogeradores com potência total de 2,5 MW.
2.2.3 Comercialização de Energia
Em 2007, a Copel participou do 4º e 6º Leilões de Ajuste da Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica - CCEE. Pela operação, a Copel Geração vendeu para a Copel Distribuição
23,5 MW médios para entrega em 2007, com faturamento de R$ 7,8 milhões, e 16 MW médios
para entrega em 2008, com faturamento de R$ 19,6 milhões.
No Ambiente de Contratação Livre - ACL , foram comercializados novos contratos nos montantes
de 50 MW médios para entrega no período de 2007 a 2012, 51,6 MW médios para entrega de
2013 a 2015 e 66,6 MW médios para o período de 2016 a 2020, com faturamento anual previsto
de R$ 46,6 milhões/ano, R$ 48,3 milhões/ano e R$ 56 milhões/ano, respectivamente.
No mercado de curto prazo (ACL), no período de maio a outubro/2007, foram vendidos 43 MW
médios, totalizando R$ 12,6 milhões.
2.3 Transmissão
A Transmissão tem como principal atribuição prover os serviços de transporte e transformação da
energia elétrica produzida pela Companhia, sendo responsável pela construção, operação e
manutenção de subestações, bem como pelas linhas destinadas à transmissão de energia.
A Concessionária opera, para o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, parte do Sistema
Interligado Nacional - SIN na região Sul do país. Seu sistema conta com 133 subestações com
tensões iguais ou superiores a 69 kV e 7.351,9 km de linhas de transmissão, conforme
detalhamento nos quadros a seguir:
• Subestações
Dimensionamento do parque de subestações de transmissão da Copel e por subsidiárias (não
estão incluídas as subestações elevadoras de usinas):
Tensão Subestações Automatizadas Potência (MVA)
69 kV 31 2.016,2
88 kV - 5
138 kV 72 (1)4.96,3
230 kV 26 (2)7.484,7
500 kV 4 2.200
TOTAL 133 16.702,2 (1) Incluído o segundo TF 138/34,5/13,8 kV - 41,67 MVA na SE Arapongas (2) Incluídas as transformações 230/138/13,8 kV - 150 MVA e 138/34,5/13,8 kV - 41,67 MVA, da SE Posto Fiscal
• Linhas de transmissão
Extensão da rede de transmissão da Copel, subdividida por níveis de tensão e por subsidiárias:
Linhas de Transmissão Comprimento (km)
69 kV 1.173,2
88 kV 58,2 Copel DIS
138 kV 4.298,51
Rede Básica 230 kV 1.660,72
Copel G&T 500 kV 161,3
Total TOTAL 7.351,9
1 Incluída a LT Horizonte - Sarandi com 13,1 km de extensão
2 Incluído o seccionamento da LT Gov. Parigot de Souza - Uberaba para a SE Posto Fiscal. A LT Bateias - Jaguariaíva, que é obra licitada com 137,1 km, incluída na estatística.
Em 2007, foram concluídas e colocadas em operação três novas subestações e 153,59 km de
novas linhas, além de ter sido aumentada a capacidade de 96,35 km de linhas de transmissão pré-
existentes.
Dentre as obras implantadas, destacamos a construção:
• da subestação Santa Mônica 230 kV, na região metropolitana de Curitiba, com transformação
de 300 MVA e ampliações das subestações interligadas;
• da subestação Posto Fiscal 230 kV, em Paranaguá, com transformação de 192 MVA e
ampliações das subestações interligadas;
• da subestação Rolândia 138 kV, com transformação de 42 MVA e ampliações das
subestações interligadas;
• do seccionamento da LT 230 kV Gov. Parigot de Souza - Uberaba para atendimento a
Subestação Posto Fiscal, com 36,75 km,
• e das seguintes linhas de transmissão: Londrina - Rolândia 138 kV, com 22 km; Rolândia -
Arapongas 138 kV, com 17,09 km; Quatro Barras - Piraquara 69 kV, com 11,42 km; Horizonte
- Sarandi 138 kV, com 13,1 km; Jaguariaíva - Sengés 138 kV, com 29,5 km.
Adicionalmente, assinalamos a recapacitação das linhas de transmissão: Campo Mourão - Santos
Dumont 138 kV, com 6,85 km;Ponta Grossa Norte - Sabará 138 kV, com 9,3 km; Salto Osório -
Cascavel 230 kV, com 80,2 km.
Ressaltamos também as obras de ampliação da transformação de carga nas subestações
Cianorte, Palotina e Céu Azul, de substituição de transformadores de potência nas subestações
Socorro, São José dos Pinhais e Loanda e de transformação da reserva regional na área de
Maringá.
Além destas, foram realizadas dezenas de outras obras de menor porte, que resultam igualmente
na melhoria de atendimento aos usuários do sistema de transmissão de energia e na operação
mais eficiente do sistema elétrico. A Copel também investiu recursos em seu pólo Padre
Agostinho, que abriga o Centro de Operação do Sistema - COS e o Centro de Operação de
Telecomunicações - COTL, mediante a implantação de sistema de anti-incêndio moderno a gás
FM200 e reforma da subestação 13,8 kV (em operação desde 1976), que foi automatizada.
A propósito, em 2007, nossa subsidiária de transmissão, em avaliação efetuada pela Aneel,
destacou-se no processo de revisão tarifária como a melhor administração entre as grandes
transmissoras de todo o País, recebendo o título de benchmarking.
A Transmissão da Copel sagrou-se vencedora também no "lote F" referente à construção da LT
Bateias - Pilarzinho 230 kV, com 29 km, em leilão realizado pela Aneel em novembro/2007.
2.4 Distribuição
A Copel distribui energia elétrica a 1.116 localidades, pertencentes a 392 dos 399 municípios do
Paraná, e, adicionalmente, ao município de Porto União, em Santa Catarina. A Companhia tem
seu sistema de distribuição composto conforme demonstrado na tabela a seguir, na qual
apresentamos dados comparativos dos dois últimos exercícios, com vistas a evidenciar a
expansão realizada na área de distribuição de energia:
Sistema de Distribuição da Copel 2007 2006
Redes de distribuição (km) 171.524 165.757
Postes 2.353.097 2.264.214
Transformadores 322.115 315.289
Potência instalada em transformadores (MVA) 8.216 6.651
Subestações não automatizadas 27 36
Subestações automatizadas 209 199
Subestações totais (34,5 kV) 236 235
Estações de chaves 29 29
Potência instalada em subestações (MVA) 1.624 1.624
Consumidores da distribuição 3.437.061 3.345.315
2.5 Telecomunicações
Em conformidade com o Ato nº 31.337, da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel,
vinculada ao Ministério das Comunicações, a Copel presta serviços de telecomunicações e de
comunicações em geral, e elabora estudos e projetos específicos com observância à legislação
vigente, no Estado do Paraná e na Região II do Plano Geral de Outorgas. A exploração de tais
serviços dá-se por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade, em níveis nacional e
internacional.
Desde 2002, a Copel Telecomunicações opera serviço de comunicação multimídia, cujo
dimensionamento demonstramos na tabela a seguir:
Estrutura de Telecomunicações da Copel
Cabos ópticos instalados no anel principal (km) 5.054
Cabos ópticos auto-sustentados (km) 5.571
Cidades atendidas 181
Clientes 504
Em 2007, foram acrescentados 1.030 km de cabos óticos de acesso urbano, aumentando
significativamente a capilaridade da rede ótica da Copel. Esse investimento visa atender ao
programa Paraná Digital, que tem como objetivo levar os benefícios da informatização e da
Internet a escolas da rede pública estadual. Nesse ano, a Copel atendeu 181 cidades e interligou
2.100 escolas, das quais 1.200 em fibra óptica e 900 via satélite.
2.6 Participações
A Copel participa acionariamente de outras sociedades ou consórcios em diversas áreas de
atuação. Com vistas a concentrar investimentos em empreendimentos alinhados a seu core
business e a seu referencial estratégico, a Companhia vem reavaliando sua carteira de ativos em
participações.
Na modalidade de produtor independente de energia elétrica, a Copel tem participação em cinco
empreendimentos de geração, com potência instalada total de 887,4 MW, estando todos em
operação atualmente. Participa também nos setores de saneamento, gás, telecomunicações e
serviços, conforme apresentamos abaixo:
Participações da Copel Empreendimento Capacidade Instalada (MW) Energia Assegurada (MW médio)
Set
or
de
En
erg
ia
Elé
tric
a Dona Francisca Elejor (UHE Santa Clara e Fundão)
Eólicas do Paraná Foz do Chopim UEG Araucária
125,0 246,3 2,5
29,1 484,5
80,0 140,3 0,6 21,5 422,0
Empreendimento Setor
Ou
tro
s S
eto
res
Braspower Carbocampel Compagas
Copel Amec* Dominó Holdings
Escoelectric Copel Empreendimentos
Sercomtel Celular Sercomtel Telecom
Serviços Exploração de Carvão
Gás Serviços
Saneamento Serviços
Participação Acionária Telecomunicação Telecomunicação
*Empresa em liquidação
2.6.1 Empresas Controladas pela Copel Participações S.A.:
Copel Empreendimentos Ltda.
Em 31.05.2006, a Copel Participações S.A. adquiriu a El Paso Empreendimentos e Participações
Ltda., holding da UEG Araucária Ltda., da qual possui 60% do capital social, alterando sua
denominação social para Copel Empreendimentos Ltda.
Compagas
A Companhia Paranaense de Gás - Compagas é uma sociedade de economia mista que tem
como atividade principal a exploração do serviço público de fornecimento de gás natural
canalizado, através de rede de distribuição de 459 km, implantada nos municípios paranaenses de
Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa e São José dos Pinhais.
Até o fim de 2007, a Compagas atendeu 2.928 unidades consumidoras, sendo 95 industriais, 24
postos de Gás Natural Veicular - GNV, 163 estabelecimentos comerciais, 2.642 residências, 2
empresas com co-geração.
Elejor
É uma sociedade por ações, de capital fechado, em que a Copel detém 70% do capital social
votante. Foi constituída para implantar e explorar o Complexo Energético Fundão/Santa Clara, no
rio Jordão, na sub-bacia do rio Iguaçu, no Paraná, o qual inclui a Usina Santa Clara e a Usina
Fundão. Tais usinas têm capacidade instalada de 240,3 MW (além de PCH incorporada à
estrutura da barragem de Santa Clara, com capacidade instalada de 3,6 MW, e de Fundão, com
capacidade instalada de 2,4 MW). A concessão foi outorgada em 23.10.2001, por trinta e cinco
anos, prazo prorrogável a pedido da interessada e a critério da Aneel.
UEG Araucária Ltda.
A UEG Araucária Ltda. é uma sociedade limitada que tem por objeto social a geração e
comercialização de energia elétrica utilizando como insumo o gás natural. A termelétrica tem
capacidade instalada de 484,5 MW. A autorização para se estabelecer como produtor
independente de energia elétrica foi emitida pela Aneel em 22.12.1999, por trinta anos, prazo
prorrogável a pedido da interessada e a critério da Aneel.
A Usina Termelétrica de Araucária entrou em operação em setembro/2006 para atender ao
sistema elétrico brasileiro, em face da severa estiagem ocorrida no início do segundo semestre do
ano. A Usina permaneceu em estado de “hibernação” durante três anos e meio, e, após dois
meses de trabalhos de recomissionamento, operou satisfatoriamente.
Foi firmado entre a UEG Araucária e a Petrobrás contrato de locação da Usina Termelétrica a Gás
de Araucária, com vigência até 31.12.2007. Em 28.12.2007, o contrato foi aditado, mediante
acordo entre as partes, por um período de seis meses.
Centrais Eólicas do Paraná
A Centrais Eólicas do Paraná Ltda. - Ceopar é uma sociedade por cotas de responsabilidade
limitada, destinada à exploração comercial da Usina Eólica de Palmas, de 2,5 MW, localizada na
região de Palmas, no Estado do Paraná.
Até agosto/2007, a Copel Participações detinha 30% das quotas da Ceopar. Em 06.09.2007, a
Copel Geração S.A. e a Wobben WindPower Indústria e Comércio Ltda. assinaram contrato de
cessão de quotas do capital social da Ceopar, tendo a Aneel, em 10.07.2007, mediante a
Resolução Autorizativa nº 976, aprovado a transferência de 70% das quotas do controle societário
da Ceopar, detidas pela Wobben, para a Copel. A Assembléia Legislativa do Paraná, através da
Lei nº 14.286, de 09.02.2004, havia autorizado previamente tal aquisição, visto que as quotas
foram adquiridas pelo valor subscrito no Contrato Social.
2.7 Produtos
Participação no mercado em 2007 Principais produtos Brasil Região Sul Paraná
Geração de Energia Elétrica 4,9% 31,3% 66,6%
Transmissão de Energia Elétrica(1) (2) 1,88% não disponível não disponível
Distribuição de Energia Elétrica(3) 6,80% 34,20% (2)96,8%
Transmissão de Dados(2) 1,0% 5,8% 15,5%
Distribuição de Gás 3,9% 32,6% 100% (1) refere-se exclusivamente ao comprimento de linhas da rede básica em dezembro/2007 (2) dado estimado (3) participação no atendimento ao mercado cativo
2.8 Captação de Recursos
Em 2007, a Copel contratou junto ao Banco do Brasil linha de financiamento, no total de R$
330 milhões, com a finalidade de pagamento e alongamento do perfil da dívida existente.
Para captação de recursos destinados a projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nas
áreas de geração e transmissão, a Companhia obteve aprovação de financiamento, junto à
Financiadora de Estudos e Projetos - Finep, dos montantes de R$ 5,1 milhões e R$ 3,5 milhões,
respectivamente.
Para atendimento a obras no âmbito do Programa Luz para Todos, obtivemos, em 2007, liberação,
através da Eletrobrás, do valor de R$ 30 milhões.
Em 04.10.2007, a Fitch Ratings elevou de A+ (bra) para AA- (bra) o Rating Nacional de Longo
Prazo da Copel e da sua quarta emissão de debêntures, ocorrida no segundo semestre de 2006.
Ao mesmo tempo, a Fitch elevou de AA- (bra) para AA (bra) o Rating Nacional de Longo Prazo da
terceira emissão de debêntures da Companhia, realizada no primeiro semestre de 2005.
Em novembro/2007, o Conselho Monetário Nacional - CMN autorizou excepcionalização à
Resolução 2827/01, do Banco Central, que trata do contingenciamento de crédito ao setor público,
com vistas à concessão de financiamento pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social - BNDES, no montante de, aproximadamente, R$ 340 milhões para a Copel, com o objetivo
de alavancar a construção da UHE Mauá.
2.9 Desempenho Operacional e de Produtividade
2.9.1 Mercado
O consumo total de energia elétrica faturada pela Copel, em 2007, apresentou crescimento de
6,8%, totalizando 20.458 GWh contra 19.148 GWh no ano de 2006. O mercado cativo, que
participou com 90,5%, registrou, em 2007, acréscimo de 5,8%, o mercado livre variou 24,0% e o
suprimento às pequenas concessionárias obteve incremento de 3,5% na energia faturada. O
mercado fio, que leva em conta todos os consumidores dentro da área de concessão da
Companhia, cresceu 5,9%.
Nesse ano, o desempenho do mercado de energia foi influenciado principalmente pelas classes
residencial, industrial e comercial, que representaram 25,7%, 38,7% e 18,6%, respectivamente, do
consumo total faturado, e tal ocorreu, primordialmente, pelos seguintes fatores: maior
disponibilidade e alongamento do crédito, queda dos juros, melhor desempenho da economia e
aumento da renda, que estimulam o consumo em geral, em especial a aquisição e uso de
equipamentos consumidores de eletricidade.
Em 2007, foram incorporadas ao sistema da Copel 91.747 ligações, sendo 75.961 residenciais,
2.093 industriais, 7.488 comerciais, 5.098 rurais e 1.107 de outras classes. Em dezembro/2007,
foram faturados 3.437.078 consumidores, dentre os quais 2.713.463 residenciais, o que
representa acréscimo de 2,9% em relação ao ano anterior, representando crescimento de 2,7%
em relação a 2006. O setor residencial, que participou com 25,7% do mercado da Copel,
consumiu, em 2007, 5.143 GWh, representando crescimento de 6,6% comparativamente a 2006.
O consumo médio por consumidor residencial foi de 157,9 kWh/mês, registrando aumento de
3,6% em relação ao ano anterior. As temperaturas médias registraram patamares superiores a
2006, contribuindo para o crescimento do consumo dessa classe.
O consumo industrial faturado pela Copel, que participou com 38,7% do total, apresentou, em
2007, variação de 7,5%, atingindo 7.740 GWh. Os ramos de atividade industrial que mais se
destacaram foram os de produtos têxteis; papel, papelão e celulose; e de alimentos e bebidas,
com crescimentos de 10,4%; 23,2%; e 3,0%, respectivamente. 58.795 consumidores industriais
foram faturados, 3,7% acima do verificado em dezembro/2006.
Com aumento de 9,2% em relação ao consumo de 2006, a classe comercial apresentou, em 2007,
a maior taxa de crescimento dentre as principais classes de consumo, totalizando 3.722 GWh.
Ressalta-se que esta classe representou cerca de 18,6% do consumo total de energia e nela
estão classificados, além dos estabelecimentos dos comércios varejista e atacadista, amplo e
variado elenco de atividades econômicas (de serviços de hospedagem e alimentação a serviços
bancários). Dentre os ramos que mais se destacaram, registramos: comércio por atacado e
intermediários, transportes e alojamento/alimentação, com crescimento de 9,8%, 14,7% e 7,2%,
respectivamente. Foram agregados 7.488 consumidores comerciais, totalizando 286.451
consumidores faturados em 31.12.2007.
A classe rural, que participou com 7,6% do mercado da Copel, apresentou aumento de 6,3% no
consumo faturado, totalizando 1.522 GWh em 2007. O consumo médio rural acresceu 4,7% em
relação a 2006, atingindo 380,2 kWh/mês. Em dezembro/2007, foram faturados 333.567
consumidores rurais, 1,6% superior ao verificado no ano anterior.
As demais classes de consumo representadas pelos Poderes Públicos, Iluminação Pública,
Serviços Públicos e Próprio, complementam o mercado de energia elétrica da Copel. Com 9,4%
de participação, estas classes apresentaram crescimento de 1,8%, consumindo 1.858 GWh em
2007.
2.9.2 Tarifas e Política de Descontos
Revisão Tarifária da Copel Transmissão
A revisão tarifária periódica da transmissora destina-se apenas às novas instalações de
transmissão. A Resolução Homologatória Aneel nº 487, de 26.06.2007, homologou o resultado da
primeira revisão tarifária periódica da Copel Transmissão S.A.. O reposicionamento tarifário foi
fixado em 15,08% negativo, a ser aplicado sobre as parcelas da Rede Básica Novas Instalações -
RBNI, que correspondem às instalações autorizadas pela Aneel a partir de 2000, e sobre as
Novas Instalações de Conexão e Demais Instalações de Transmissão - RCDM, também com
autorizações a partir de 2000, vigentes em 1º.07.2005.
A Aneel adiou o processo de revisão das transmissoras de 2005 para 2007, o que resultou em
diferença de arrecadação no período entre 1º.07.2005 e 30.06.2007. Em virtude dos efeitos
retroativos, a nova receita será compensada em 24 meses, por meio do mecanismo contratual da
parcela de ajuste, e incorporada à receita bruta de transmissão.
As parcelas da Rede Básica do Sistema Existente - RBSE e da Rede de Conexão e Demais
Instalações de Transmissão Existentes - RPC foram excluídas do processo de revisão tarifária por
força da cláusula sexta do contrato de concessão, tendo suas parcelas de receita sido reajustadas
pelo IGP-M do período. Devido a este fato, o impacto sobre a receita total da transmissora foi de
5,69% negativo.
Reajuste Tarifário Anual da Copel Distribuição
A Resolução Homologatória Aneel nº 479, de 19.06.2007, estabeleceu as novas tarifas de
fornecimento de energia elétrica da Copel a serem aplicadas a partir de 24.06.2007, considerando
o reajuste total médio de 1,22% negativo. Esse índice incorpora os percentuais do Índice de
Reajuste Tarifário - IRT de 2,24% e os componentes financeiros externos ao reajuste anual de
3,46% negativo. O resultado decorre da variação da Conta de Consumo de Combustíveis entre o
ciclo tarifário anterior e o ciclo atual de 38,65% negativo e uma CVA (Conta de Variação de Itens
da Parcela A) deste componente de R$ 72,2 milhões negativos.
Realinhamento Tarifário
As tarifas de energia elétrica estão passando por processo de abertura e realinhamento tarifário
(5ª e última etapa), conforme dispõe o Decreto nº 4.667, de 04.04.2003. No reajuste de
junho/2007, a Aneel cumpriu a última etapa do realinhamento tarifário determinado, visando
reduzir os subsídios cruzados entre os diversos grupos de consumo. Assim, os reajustes médios
aplicados foram maiores nos grupos tarifários de alta tensão (0,94%) e menores nos grupos de
baixa tensão (-1,89%). No entanto, comparando as tarifas aplicadas anteriormente com as
vigentes, os efeitos médios a serem percebidos nas faturas dos consumidores serão negativos,
em média, de 0,21% no grupo de alta tensão e de 2,04% no grupo de baixa tensão.
A tarifa média de fornecimento de energia elétrica em 2007 atingiu R$ 207,48/MWh,
representando queda de 3,77% em relação ao ano anterior. Essa queda deve-se, principalmente,
à redução de 1,22% nas tarifas de fornecimento, conforme a Resolução Aneel nº 479/2007,
cobradas a partir de 24.06.2007, além da variação da CVA.
Revisão Tarifária da Copel Distribuição em 2008
A Resolução Normativa nº 234/2006, que trata da revisão tarifária das concessionárias de
distribuição, está em audiência pública. Até 04.04.2008, os agentes deverão encaminhar
contribuições para o aprimoramento das notas técnicas disponibilizadas pela Agência. Segundo
informações da Aneel, a Copel, que está em processo de revisão tarifária, terá as novas regras
aplicadas já neste segundo ciclo, de modo que a revisão tarifária seja definitiva.
Ao contrário das demais distribuidoras, onde a revisão tarifária ficou limitada às adições e baixas
ocorridas entre o primeiro e o segundo ciclo, no processo de revisão tarifária da Copel, serão
considerados os ativos de 69kV e 138 kV oriundos do processo de cisão da Copel Transmissão
S.A.. Em 31.12.2007, a empresa avaliadora dessa base concluiu o trabalho de levantamento de
campo dos ativos, dentro do cronograma.
2.10 Perdas
O índice de perdas de energia total da Copel foi de 7,2% (relativamente à disponibilidade de
42.325 GWh) referente à energia total disponível. No cálculo, foram consideradas as perdas
técnicas e comerciais, incluindo a rede básica e contratos celebrados pela Companhia.
Embora as perdas comerciais na Copel sejam baixas, devido à tendência de crescimento, a
Companhia vem mantendo ações de caráter preventivo, como inspeções de combate a
procedimentos irregulares em toda a área de concessão.
Como medida adicional de prevenção, a Copel ampliou as instalações de medição centralizada
para 7.000 pontos, melhorando, assim, a forma de atendimento a regiões carentes e prevenindo a
ocorrência de procedimentos irregulares.
2.11 Inadimplência
A partir do período contábil de 2003, a Copel passou a calcular o índice de inadimplência do
produto fornecimento de energia elétrica, utilizando a seguinte metodologia de cálculo:
∑ Débitos vencidos > 15 dias ≤ 360 dias Inadimplência (Percentual) =
∑ Faturamento no período 12 meses
Obs.:
1. Considera-se inadimplente o consumidor com débito vencido há mais de 15 dias, em conformidade com o prazo de aviso de vencimento (Resolução Aneel nº 456/2000).
2. Foi excluído dos débitos vencidos, o reconhecimento de perdas pela Companhia.
3. A queda do Índice de Inadimplência do Fornecimento de Energia Elétrica, de 1,6% em dezembro/2006 para 1,3% em dezembro/2007 foi conseqüência, principalmente, do esforço da Companhia na cobrança e recebimento de faturas vencidas de grandes consumidores.
4. A Aneel determinou, através do ofício circular nº 2409/2007, que as concessionárias divulguem índice de inadimplência, porém, com metodologia definida por aquela Agência, conforme apresentado na Dimensão Econômico-Financeira deste relatório.
Composição da inadimplência do fornecimento de energia elétrica (R$ milhões %)
88,2
97,2 96,6
73,9
91,21,6%
1,8% 1,7%
1,6%
1,3%
Dez/06 Mar/07 Jun/07 Set/07 Dez/07
2.12 Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade
A tabela a seguir resume o desempenho operacional e de produtividade da Copel de 2005 a 2007:
Indicadores de desempenho operacional e de produtividade
Dados técnicos 2007 2006 2005
Número de consumidores atendidos - cativos 3.437.061 3.345.315 3.256.564
Número de consumidores atendidos - livres 17 16 20
Número de consumidores por empregado (cativo + livres ÷ nº de empregados) 412 412 423
População Total Atendida (em milhares de habitantes)
- Urbana
- Rural
9.974
8.578
1.396
9.822
8.411
1.411
9.668
8.181
1.487
Número de localidades atendidas (municípios) 1.116 1.111 1.112
Total de energia disponível (GWh) 42.325 39.232 39.187
Área de concessão (km2) 194.854 194.854 194.854
Energia gerada (GWh) 18.134 10.358 18.436
Mercado de fornecimento: cativo + livre (GWh) 19.984 18.690 18.696
Mercado faturado de energia: cativo + livre + suprimento (GWh) 20.458 19.148 19.147
Fornecimento de Energia (mercado cativo) – Participação Nacional (%) 6,8 6,7 6,6
Fornecimento de Energia (mercado cativo) – Participação na Região Sul (%) 34,2 33,9 33,6
Tarifa Média Anual de Fornecimento (R$/MWh) (excluído do cálculo PASEP/COFINS e ICMS)
- Residencial (inclui a subvenção baixa renda paga pelo Governo Federal)
- Industrial (exclui o uso do sistema (consumidores livres))
- Comercial
- Rural
207,48
254,65
181,38
226,67
150,54
215,60
271,79
185,83
233,60
158,61
205,38
268,43
162,23
233,04
162,40
Energia comprada (GWh)
1. Itaipu
2. Contratos inicias
3. Contratos bilaterais (outros contratos)
5. PROINFA
6. CCEAR (Contratos de Compra e Venda de Energia Elétrica no Ambiente Regulado)
21.574
4.666
---
3635
220
13.053
21.413
4.665
---
5.334
83
11.332
21.781
4.683
3.990
4.879
-
8.229
Perdas elétricas globais (GWh)
Perdas elétricas - total (%) sobre o requisito de energia
Perdas técnicas - (%) sobre o requisito de energia
Perdas não-técnicas - (%) sobre o requisito de energia
2.561
8,7%
5,3%
3,4%
2.553
8,6%
7,5%
1,1%
2.658
8,7%
7,6%
1,1%
Energia faturada (GWh)
Residencial
Baixa renda
Convencional
Industrial (incluindo livres da Copel Geração)
Cativos
Livres (atendidos pela Copel Geração)
Comercial
Rural
Poder público
Iluminação pública
Serviço público
Próprio
20.458
5.143
754
4.389
7.740
6.278
1.462
3.722
1.522
533
725
576
23
19.148
4.826
746
4.080
7.200
6.021
1.179
3.407
1.431
513
716
574
24
19.147
4.653
681
3.972
7.639
6.466
1.173
3.231
1.389
494
704
565
22
Concessionárias 474 458 450
Subestações (em unidades) (todos os níveis de tensão 371 369 365
Capacidade instalada de subestações (MVA) (em todos os níveis de tensão) 18.678 18.421 16.966
Linhas de transmissão (em km) 7.352 7.210 6.996
Rede de distribuição (em km) 171.524,45 165.757,00 165.576,00
Transformadores de distribuição (em unidades) 322.115 315.289 315.289
Venda de energia por capacidade instalada (GWh/MVA*Nº horas/ano) 0,50 0,47 0,47
Capacidade instalada em usinas (MW) 4.550 4.550 4.550
Energia vendida por empregado (MWh) 2.394 2.302 2.427
Nº empregados 8.347 8.119 7.704
Venda de energia (GWh): % total
Residencial
Baixa renda
Convencional
Industrial (incluindo livres da Copel Geração)
Cativos
Livres (atendidos pela Copel Geração)
Comercial
Rural
Poder público
Iluminação pública
Serviço público
Próprio
25,7%
3,8%
21,9%
38,7%
31,4%
7,3%
18,6%
7,6%
2,7%
3,7%
2,9%
0,1%
25,8%
4,0%
21,8%
38,5%
32,2%
6,3%
18,2%
7,7%
2,7%
3,9%
3,1%
0,1%
24,9%
3,7%
21,2%
40,9%
34,6%
6,3%
17,3%
7,4%
2,6%
3,8%
3,0%
0,1%
Concessionárias 2,3% 2,4% 2,3%
DEC1 14,67 14,79 13,48
FEC2 13,27 13,65 13,50
1 O DEC expressa o intervalo de tempo que, em média, cada consumidor do conjunto considerado ficou privado do fornecimento de energia elétrica, no período de observação, considerando-se as interrupções maiores que ou iguais a três minutos
2 O FEC exprime o número de interrupções que, em média, cada consumidor do conjunto considerado sofreu no período de observação, considerando-se as interrupções maiores que ou iguais a três minutos
2.13 Responsabilidade e Engajamento com Partes Interessadas
2.13.1 Engajamento e Diálogo
O terceiro ciclo de implantação da Norma AA1000 foi adiado para 2008, a fim de permitir seu
melhor alinhamento com o novo modelo de Gestão para a Sustentabilidade. Assim, em 2007, as
partes interessadas direta e sistematicamente envolvidas com a Companhia até a conclusão deste
relatório são: público interno, clientes, fornecedores, poderes públicos, acionistas e investidores,
sociedade e organizações ligadas ao meio ambiente.
O ano de 2007 foi marcado pela intensificação do diálogo com o público interno, no escopo do
segundo ciclo da Norma AA1000, com a categorização e o aprofundamento de grupos de
interesse específicos, a fim de tratar de tema críticos afetos a tais grupos, principalmente no
tocante a questões raciais, étnicas, de gênero e de pessoas com deficiência.
2.13.2 Canais de Diálogo
Em 2006, foi realizado teste de materialidade dos canais de diálogo pelos grupos de
relacionamento com as partes interessadas. Os resultados foram consolidados ao longo de 2007.
A matriz completa de canais de diálogo resultante está disponível no site www.copel.com.
Importante salientar ainda o atendimento a questionamentos enviados à empresa pelo canal Fale
Conosco, disponível no site www.copel.com, pelo endereço eletrônico [email protected]. Neste
canal, a premissa é responder prontamente a todos os questionamentos recebidos, atitude que
tem proporcionado o crescimento de seu uso pelas partes interessadas. Em 2005, registramos o
recebimento de 35.962 mensagens, em 2006 de 38.161 e em 2007 de 44.144, contabilizando o
montante de 3.678 mensagens eletrônicas recebidas por mês.
Diálogo com o Público Interno
Assinalamos, inicialmente, que, no âmbito do Programa de Promoção da Diversidade em 2007,
diversos diálogos foram realizados com grupos que apresentam necessidades e características
específicas na Companhia, notadamente as ligadas às questões de diferenças raciais, de gênero
e de Pessoas com Deficiência - PcDs.
Os temas mais críticos foram levantados pelo grupo de PcDs e dizem respeito, principalmente, à
inadequação da estrutura física e arquitetônica, à falta de tradução de eventos e materiais
audiovisuais para deficientes auditivos e de impressos para os visuais, ao despreparo da força de
trabalho para a efetiva inserção destes profissionais e ao aproveitamento de seu potencial integral.
Tais temas serão tratados em planos de ação específicos. Um deles será voltado à promoção da
diversidade e outro especificamente às questões de acessibilidade.
Como canal direto de comunicação com todos seus empregados, a Copel mantém a Pesquisa de
Clima Organizacional - PCO, realizada anualmente. As últimas PCOs apontaram os seguintes
fatores nos quais a Copel deve atuar de forma corporativa para melhorar seu desempenho:
Liderança e Crescimento e Desenvolvimento Profissional. No que concerne à Liderança, a Copel
disponibilizou o Programa Gestão do Ambiente Organizacional, para tratar as possibilidades de
melhorias apontadas tanto pelos empregados como pelos gerentes quanto às demandas de
comportamentos (fatores relacionamento, liderança ou comunicação) que impactam nas relações
de trabalho em sua área. No tocante ao Crescimento e Desenvolvimento Profissional, nossos
Departamentos de Treinamento e Desenvolvimento e de Planejamento de Cargos e Salários
realizaram palestras de esclarecimentos aos empregados sobre o assunto.
Diálogo com Fornecedores
Desde 2005 realizamos treinamentos junto a nossos fornecedores para discussões de temas
voltados à sustentabilidade. Naquele ano, foram realizados debates com grupo de 15
fornecedores acerca de Governança Corporativa e Cidadania. Já em 2006, por meio do Encontro
Ethos Grupo Paraná, a Companhia deu seqüência ao diálogo com seus fornecedores, propiciando
o início de futura construção de cadeia produtiva de valor. Em 2007, através do evento “Manhã
Produtiva”, com a participação de 53 fornecedores, sedimentamos a implantação dessa cadeia
produtiva de valor, com utilização dos indicadores do Instituto Ethos – Sustentabilidade e Gestão
de Contratos, ocasião em que registramos grau avançado de maturidade entre as partes
interessadas.
No diálogo com fornecedores em 2007, estes apontaram pontos de melhoria para redução da
burocracia em processos licitatórios. Grupo transdepartamental de relacionamento com
fornecedores da Copel, criado em 2006, está em processo de análise da questão. Por outro lado,
a mesma pesquisa apontou pontos fortes. Dentre os mais citados, destacaram-se, primeiramente,
a transparência dos editais licitatórios, onde estão fortemente correlacionadas a confiabilidade e
credibilidade da Companhia, e, em seguida, o atendimento dos funcionários da Copel.
Com a finalidade de promover participação mais integrada no tocante a questões de
sustentabilidade dentro da própria organização e na sociedade como um todo, e com foco no que
estabelece o Decreto Estadual nº 6252/2006 acerca da consideração da sustentabilidade na área
de compras, a Copel definiu, no âmbito de sua relação com fornecedores, que oficinas de diálogos
serão promovidas de forma descentralizada, após levantamento de temas críticos em todas as
unidades da Copel.
Integração entre a Copel e seus fornecedores já é realizada por meio de nossos gestores de
contratos, em cada unidade regional da Companhia e através: a) do encontro prévio à execução
daqueles com representantes das empresas contratadas, para discussão de aspectos técnico-
administrativos, de segurança e medicina do trabalho, e da legislação ambiental e trabalhista
pertinentes; e b) de reuniões periódicas entre a Companhia e o sindicato representante das
empreiteiras de obras contratadas.
Para 2008, a Companhia traçou novas metas que visam ao compromisso de diálogo permanente
com seus fornecedores e à busca de novos adeptos, à construção da mencionada cadeia
produtiva de valor, com inserção de novas empresas, e à manutenção do montante de 126
empresas fornecedoras como número referencial para o cumprimento dos trabalhos propostos.
Diálogo com Acionistas e Investidores
A Copel mantém canal de comunicação efetivo com seus acionistas e investidores por meio de
seu website (www.copel.com/ri), de e-mails ([email protected] e [email protected]), de sua
central de atendimento telefônico 0800-41-2772 e dos informativos impressos “Informe RI Copel”,
“Informativo Trimestral” e “Fact Sheet”, que são encaminhados aos profissionais do mercado de
capitais e acionistas e disponibilizados também no site da Companhia.
Copel de Portas Abertas para Você
Desenvolvido como uma forma de estabelecer diálogo com os clientes e a comunidade, o
Programa “Copel de Portas Abertas para Você” vem consolidando a postura pró-ativa da Copel na
busca de maior aproximação e diálogo com o público.
Desde sua criação em 2005, nos padrões da Norma AA1000 de diálogo direto com as partes
interessadas, os eventos do Programa têm ocorrido em todas as regiões do Estado e são abertos
à participação de qualquer interessado. Contam também com a participação das lideranças
regionais e locais da Companhia. Seu objetivo é levar às partes interessadas informações sobre a
atuação da Copel na região; o atendimento comercial feito por unidades móveis; uso seguro e
eficiente da energia, direitos e deveres dos consumidores e acesso a programas sociais. Há
distribuição de materiais informativos pertinentes. Por meio do Programa, podemos identificar, na
comunidade, a existência de dúvidas quanto ao uso da energia, bem como a demanda de serviços
necessários.
A divulgação dos eventos relativos ao Programa é realizada através de convites dirigidos a
associações representativas das comunidades e de mensagens em rádios e jornais locais. Em
2007, contabilizamos 71 eventos, de uma meta de 70 para o exercício, que contaram com a
participação de 3,3 mil clientes.
2.13.3 Pesquisa de Opinião junto às partes Interessadas
O objetivo principal dessa pesquisa é avaliar a qualidade dos serviços prestados, a marca e a
imagem institucional da Copel em sua área de atuação, levantando as expectativas, opiniões e
intenções das partes interessadas. Seus resultados subsidiam decisões estratégicas da alta
direção e apontam pontos fortes e oportunidades de melhoria. As pesquisas são realizadas
anualmente ou, no máximo, a cada dois anos, desde 1999. Em 2006 e 2007, foram realizadas 11
pesquisas, compreendendo os seguintes segmentos: clientes e mercado, acionistas,
fornecedores, público-interno, meio ambiente, sociedade, mídia, governo e órgãos reguladores.
Em 2008, serão executadas nove pesquisas de opinião.
2.14 Principais Certificações e Prêmios
Dentre as principais certificações e prêmios conquistados, destacam-se:
Prêmio/Conquista/Certificação Certificador
Top of Mind , na categorias “Grande Empresa do Paraná” (pela sétima vez consecutiva); “Empresa em que você gostaria de trabalhar” e “Empresa preocupada com problemas sociais”
Revista Amanhã e Instituto Bonilha de Pesquisa
II Ranking 2007, na categoria “Sociedades Anônimas do Paraná”, obtendo:
1º lugar no setor de Indústria de Energia e Derivados
1o lugar em Lucro Líquido
2o lugar em Patrimônio Líquido Real
1o lugar em Receita Operacional Líquida
2o lugar em Ativos Totais
Fundação de Estudos Sociais do Paraná - FESP , Instituto Indicare, Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná - Sescap, Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná - Faciap e jornal Indústria & Comércio
Melhores Balanços Sociais e Ambientais Rede Nacional de Consultores/Controllers Contábil-Financeiros - Rennacon, jornal Indústria & Comércio e FESP
I Ranking 2007 dos Maiores Empregadores – 5o lugar das Maiores Empregadoras do Paraná
FACIAP, jornal Indústria & Comércio e FESP
Platts Top 250 – Global Energy Company: entre as 250 melhores e maiores companhias energéticas do mundo
McGraw-Hill Companies/Nova Iorquek
Prêmio Top Comm Award 2007 , entre os 10 mais na categoria de “Telecomunicações Corporativas”
Top Comm Award
Expo Money 2007, na categoria “Respeito ao Investidor Individual”
Expo Money 2007
Empresa Cidadã 2007
Conselho Regional de Contabilidade do Rio de janeiro, Conselho de Energia da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro - Firjan e Federação do Comércio - Fecomércio
Grandes e Líderes 2007 – 2o lugar entre as 100 Maiores Empresas do Paraná
Revista Amanhã
Valor 1000 2007 – Copel Geração: campeã do setor de energia elétrica
Jornal Valor Econômico
Prêmio IASC 2006 – 1o lugar na categoria “Melhor Índice de Satisfação dos Clientes na Região Sul”, entre as distribuidoras com mais de quatrocentos mil consumidores
Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel
I Ranking das Sociedades Anônimas 2006, nas categorias:
1o lugar em Lucro Líquido
1o lugar em Patrimônio Líquido Real
1o lugar em Receita Operacional Líquida
1o lugar em Ativos Totais
Maior Empresa do Setor de Indústria de Energia e Derivados
FESP, Instituto Indicare, Controllers Contábeis-Financeiros - Rennacon e jornal Indústria & Comércio
3. DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA
A Copel busca constantemente aprimorar a aplicação de boas práticas de governança corporativa,
que é, para a Companhia, o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas,
envolvendo os relacionamentos entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria
independente e conselho fiscal.
A Copel utiliza como parâmetro o modelo proposto pelo Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa - IBGC, nos termos de seu Código das Melhores Práticas. As boas práticas de
governança, na Companhia, são baseadas em princípios de transparência, eqüidade, prestação
de contas e responsabilidade para com todas as partes interessadas, com o objetivo de aumentar
o valor da empresa e contribuir para sua perenidade. Para que esses princípios estejam presentes
nas diretrizes da Empresa, o Conselho de Administração, representante dos detentores do capital
(acionistas), exerce seu papel na organização, que consiste especialmente em estabelecer
estratégias para a empresa, eleger a Diretoria, fiscalizar e avaliar o desempenho da gestão e
escolher a auditoria independente, evitando-se, assim, abusos de poder, erros estratégicos ou
fraudes no uso de informação privilegiada em benefício próprio e/ou atuação em conflito de
interesses.
Os administradores buscam, dessa forma, contribuir para a perenidade da Empresa, com visão de
longo prazo na busca de sustentabilidade econômica, social e ambiental; aprimorar o
relacionamento e a comunicação com todas as partes interessadas; minimizar os riscos
estratégicos, operacionais e financeiros; e aumentar o valor da Companhia, viabilizando a
estratégia de captação de recursos.
Adesão ao Nível 1
O Conselho de Administração da Copel, em sua 117ª Reunião Ordinária, de 14.06.2007, aprovou
proposta da Diretoria para adesão da Copel ao Nível 1 dos Segmentos Especiais de Listagem da
Bovespa, cujo processo está em andamento, devendo a Companhia assinar o contrato no início
de 2008. Com a adesão ao Nível 1, há reconhecimento do resultado positivo da reestruturação
promovida na Companhia, iniciada em 2003, e da efetiva melhoria da administração; bem como
demonstração do comprometimento do acionista controlador e dos órgãos societários de sustentar
as melhores práticas de governança corporativa com fundamento em princípios de transparência,
eqüidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, visando principalmente à
sustentabilidade empresarial e à participação da Companhia no Índice de Ações com Governança
Corporativa Diferenciada - IGC da Bovespa, além de manter a participação em outros importantes
índices nos quais a Copel figura.
Considerando que a sustentabilidade se baseia no tripé econômico, social e ambiental, a adoção
desses princípios garante, sob o ponto de vista econômico, a diminuição dos riscos estratégicos,
operacionais e financeiros, aumentando o valor da Companhia e viabilizando a captação de
recursos. Socialmente, propicia a construção de sociedade mais eqüitativa. Do ponto de vista
ambiental, garante a execução de programas e projetos ambientais integrados e prevê o custo da
externalidade de suas atividades, havendo compromisso de se deixar legado saudável para as
gerações futuras.
3.1 Estrutura e Boas Práticas de Governança
3.1.1 Cisão da Copel Transmissão S.A.
Em cumprimento à legislação do setor elétrico brasileiro e à Resolução Autorizativa nº 1.120/2007,
em 1º.12.2007 ocorreu a cisão da Copel Transmissão S.A., tendo os ativos de tensão igual a 69
kV e 138 kV sido transferidos para a Copel Distribuição S.A. e aqueles de tensão igual ou superior
a 230 kV para a Copel Geração S.A., que alterou sua denominação para Copel Geração e
Transmissão S.A.. A data estabelecida para tal processo de cisão atendeu ao cronograma de
revisão tarifária da Copel Distribuição, possibilitando que os ativos vertidos possam ser
adequadamente reconhecidos na Parcela B.
Essa reorganização societária atende exigências legais e é parte do processo de implantação de
melhores práticas de governança corporativa no grupo Copel. Visa também à simplificação da
estrutura acionária do grupo e à redução de custos, o que propicia racionalização e benefícios de
ordem administrativa, econômica e financeira mediante corte de despesas operacionais
combinadas.
3.1.2 Cisão da Copel Participações S.A.
A Copel solicitou autorização da Aneel para implantar a cisão, e posterior extinção, da Copel
Participações S.A. e versão de seu patrimônio para a Companhia Paranaense de Energia e para a
Copel Geração e Transmissão S.A..
Os contornos da operação societária estão disciplinados no artigo 8º da Lei nº 10.848/2004, que
alterou o artigo 4º da Lei nº 9.074/1995. As controladas e coligadas da Copel Participações S.A.
serão vertidas para a Copel, enquanto os consórcios de geração e transmissão serão vertidos
para a Copel Geração e Transmissão S.A.. A operação societária está em processo de análise na
Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, que se manifestou favorável, por meio do ofício nº
1.940/2007-SFF/ANEEL.
3.1.3 Organograma
O organograma a seguir apresenta a estrutura organizacional, de comitês e dos conselhos oficiais
responsáveis por supervisionar, implementar e auditar políticas econômicas, ambientais, sociais e
correlatas da Copel:
Em 2007, a Copel avançou com seu processo de melhoria nas práticas de governança corporativa
ao incorporar mais algumas das ações constantes no código do IBGC, como a adoção de auto-
avaliação do Conselho de Administração e da Diretoria, além de já ter adotado, em 2006, a auto-
avaliação do Comitê de Auditoria. Aprimorou, igualmente, a Política de Divulgação de Informações
Relevantes e a Política de Negociação de Ações de Emissão Própria e os trabalhos do Comitê
Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes, tendo instituído em 2007 a Política de
Sustentabilidade e Cidadania, baseada na missão da Companhia, nos valores corporativos — que
sustentam o posicionamento estratégico — e nos princípios do Global Compact. Aprimorou, da
mesma forma, o sistema de integridade empresarial, que coloca à disposição de todas as partes
interessadas o direito de expressão e disponibiliza tratamento ético, transparente, responsável e a
salvo de interesses menores em relação à aplicação das políticas empresariais da Copel.
Nesse contexto, a Companhia promoveu ampla divulgação de sua nova página sobre governança
na intranet e na internet e dos processos de melhoria em suas práticas por meio de seminários
gerenciais.
3.2 Assembléia Geral
A Assembléia Geral de Acionistas é o fórum no qual os acionistas têm poderes para decidir todos
os negócios relativos ao objeto da Companhia e tomar as resoluções consideradas convenientes
quanto a sua defesa e seu desenvolvimento.
A Assembléia Geral Ordinária é realizada no primeiro quadrimestre de cada ano, podendo os
acionistas se reunir eventualmente, sempre que entenderem necessário, em qualquer data, em
Assembléias Gerais Extraordinárias, que, em regra, têm sido realizadas duas vezes por ano.
3.3 Conselho de Administração - CAD
O funcionamento e as competências do Conselho de Administração - CAD são estabelecidos em
seu Regimento Interno, no Estatuto Social da Companhia e na Lei das Sociedades Anônimas. Os
membros do CAD têm mandato unificado de dois anos, podendo ser reeleitos. Dentre seus
integrantes, um é empregado da Companhia indicado pelos demais empregados e outros dois são
indicados pelo acionista BNDES Participações S.A. - BNDESPAR, por força de acordo de
acionistas. Pela Diretoria da Copel, apenas o Diretor Presidente é membro do CAD e atua como
secretário executivo daquele Órgão Colegiado. As posições de Presidente do Conselho de
Administração e Diretor Presidente da Companhia não são ocupadas pela mesma pessoa.
Dentre os nove membros do atual mandato do Conselho de Administração, seis são considerados
independentes, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley, sendo um deles especialista financeiro e
Presidente do Comitê de Auditoria, órgão consultivo e permanente, diretamente ligado ao CAD.
Em 2007, foi criado mecanismo formal de avaliação periódica do CAD e/ou de seus conselheiros
individualmente. As reuniões ordinárias do CAD são realizadas quatro vezes ao ano, podendo os
Conselheiros se reunir eventualmente sempre que entenderem necessário, em qualquer data, em
reuniões extraordinárias do Colegiado, as quais, em regra, têm sido realizadas duas vezes por
ano. Não há norma ou exigência específica relativa a oportunidades econômicas, ambientais e
sociais. A administração da Companhia analisa tais aspectos em suas decisões e assuntos de
maior relevância, em virtude da matéria ou do valor envolvido, são submetidos à deliberação do
CAD.
3.4 Comitê de Auditoria
O Comitê de Auditoria é constituído por três membros, independentes e integrantes do Conselho
de Administração, nos termos da Lei Sarbanes-Oxley, com mandato de dois anos. Dentre suas
competências, estabelecidas naquela lei e no Regimento Interno do Comitê, ele é responsável
pela revisão e pela supervisão dos processos de elaboração das demonstrações financeiras
trimestrais e anuais e de controles internos e administração de riscos, devendo zelar pela
qualidade e eficiência desses processos. Nessa atividade, o Comitê deve relatar ao Conselho de
Administração da Companhia eventual inobservância de normas legais e regulamentares que
coloquem em risco a continuidade dos negócios da Copel .
O Comitê de Auditoria realiza, trimestralmente, reuniões com o Conselho Fiscal, com a finalidade
de analisar as demonstrações financeiras da Companhia. As reuniões ordinárias do Comitê são
realizadas bimestralmente, porém seus membros podem, durante o exercício, e a qualquer tempo
que julgarem necessário, convocar reuniões com as diretorias da Companhia, auditores
independentes e a auditoria interna para verificar o cumprimento de suas recomendações ou o
esclarecimento de suas indagações, inclusive no que se refere ao planejamento dos trabalhos de
auditoria, à adequação dos recursos necessários para realizá-los e à discussão de todos os
assuntos considerados relevantes.
O Comitê avalia aspectos como a eficiência no uso de recursos e no estabelecimento de controles
que resguardem a Companhia contra eventuais perdas, em face dos riscos das respectivas
atividades; a emissão de relatórios sobre a adequação dos processos de informação e de decisão;
e a conformidade das operações e dos negócios da Companhia com a legislação, os
regulamentos e respectivas políticas.
3.5 Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal - CF também é eleito em Assembléia Geral. É permanente e composto por
cinco membros efetivos e cinco suplentes, para mandato de um ano, sendo três membros
indicados pelo acionista controlador, um pelos acionistas minoritários titulares de ações ordinárias
e outro pelos acionistas minoritários titulares de ações preferenciais. Seu funcionamento e
competências são estabelecidos no Estatuto Social, no Regimento Interno e na Lei das
Sociedades Anônimas. O Conselho Fiscal reúne-se trimestralmente para cumprir sua função
primordial, que é analisar e opinar sobre as demonstrações financeiras trimestrais e anuais da
Companhia. Extraordinariamente, pode se reunir para tratar de outros assuntos de sua
competência, sempre que necessário, observada a convocação por seu Presidente. Os membros
desse Conselho, ou pelo menos um deles, participam das Assembléias Gerais de Acionistas, das
reuniões do Conselho de Administração e das reuniões do Comitê de Auditoria que tratem de
assuntos de sua competência.
3.6 Diretoria Executiva
A diretoria é eleita pelo Conselho de Administração, sendo composta por seis membros, com
mandato de três anos. É responsável pelas funções executivas da Copel, com atribuição privativa
de representá-la. Suas atribuições, deveres e responsabilidades individuais são estabelecidas no
Estatuto Social, sendo a forma de atuação prevista em Regimento Interno. A Diretoria realiza
reuniões ordinárias semanalmente e extraordinariamente por convocação do Diretor Presidente,
por decisão própria ou a pedido de outro Diretor. A Companhia não vincula a remuneração dos
executivos ao alcance de metas financeiras e não financeiras.
3.7 Código de Conduta
Em 2003, a Copel instituiu seu Código de Conduta, com base nos valores empresariais e na sua
cultura corporativa. Esse instrumento tem se consolidado dinamicamente, de modo a refletir a
integridade de seus procedimentos em todas as suas relações, sejam internas, com seus
empregados, ou com todas as demais partes interessadas em seus negócios. Seus artigos e
incisos são temas de diálogo com as partes interessadas, envolvendo administradores,
empregados, fornecedores, clientes, acionistas e consumidores.
Em 2007, realizamos 8.972 horas de treinamento na área de sustentabilidade que abrangeu
apresentação de informações sobre o Código de Conduta, direitos humanos e os valores da
Companhia, envolvendo a participação de 748 empregados.
Nesse ano, o Código de Conduta foi divulgado na página de Governança Corporativa do site da
Companhia (www.copel.com) e está sob consulta pública para validação da revisão final pelo
Conselho de Orientação Ética. Os novos empregados recebem o kit ético, contendo a íntegra do
código e uma cartilha de utilização do Canal Confidencial.
3.8 Conselho de Orientação Ética
O Conselho de Orientação Ética tem como objetivo discutir, orientar ações da Copel e examinar
casos que lhe sejam apresentados, fazendo recomendações no sentido de que a atuação da
Companhia seja permanentemente conduzida por princípios moralmente sãos no desenvolvimento
de seus negócios, zelando pela divulgação e pela efetiva aplicação do Código de Conduta aos
empregados da Copel. O Conselho é composto por nove membros, sendo oito empregados da
Companhia, coordenados por um representante da sociedade civil, o que garante maior
transparência e participação das partes interessadas no processo. Em 2007, o Conselho de
Orientação Ética realizou sete reuniões para discutir, orientar as ações da Copel e examinar os
casos que lhe foram apresentados.
3.9 Canal de Comunicação Confidencial
A Copel mantém política para receber comunicações confidenciais sobre descumprimento do
Código de Conduta, dos dispositivos legais e normas internas, relativos a contabilidade, controles
internos ou assuntos de auditoria a ela aplicáveis. Tais comunicações são recebidas através do
Canal de Comunicação Confidencial, que atua sob responsabilidade do Comitê de Auditoria e do
Conselho de Administração da Companhia.
As manifestações são recebidas e registradas pela Ouvidoria e, posteriormente, tratadas pela
Auditoria Interna, ou, a critério e com acompanhamento desta, por gerente responsável pelo
assunto comunicado, de forma ética, legal e confidencial.
A política adotada está em consonância com aspectos de aprimoramento do processo de
governança corporativa da Companhia e atende às exigências da Lei Sarbanes-Oxley para o
Comitê de Auditoria, oferecendo estímulo à utilização responsável e confidencial pelas partes
interessadas e garantindo a não-retaliação. O Canal de Comunicação Confidencial registrou 49
manifestações em 2007, relacionadas, de maneira geral, a denúncias de mau uso dos recursos da
Empresa e supostos assédios, principalmente os de natureza moral, mas nenhum que pudesse
influenciar, de maneira relevante, o resultado da Companhia. O acesso ao Canal de Comunicação
Confidencial pode ser feito por telefone (0800-643-5665), pelo correio (caixa postal 5505, CEP
80231-970, Curitiba - PR), ou, pessoalmente, no endereço da Ouvidoria da Companhia.
3.10 Comitê Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes
O Comitê Permanente de Divulgação de Atos e Fatos Relevantes foi implantado com o intuito de
preservar a imagem e a credibilidade da Copel junto aos acionistas, investidores, analistas e
profissionais do mercado de capitais, além de promover divulgação e disseminação das
informações de forma proativa, transparente, completa e eqüitativa, em consonância com os
requisitos legais e regulatórios pertinentes. O Comitê é composto por, no mínimo, dois
representantes da Diretoria de Finanças e de Relações com Investidores, dois representantes da
Presidência, um representante da Diretoria Jurídica e um coordenador. A principal atribuição do
Comitê é assessorar o Diretor de Finanças e de Relações com Investidores na aplicação da
Política de Divulgação da Copel, cabendo a seus membros revisão e aprovação das informações
a serem divulgadas ao mercado de capitais por quaisquer meios.
3.11 Relacionamento com Acionistas e Investidores
A Copel conta com 26.352 acionistas, que detêm o capital social da Companhia, correspondente a
R$ 4.460 milhões, representados por 273.655 mil ações, sem valor nominal.
A Diretoria de Finanças e de Relações com Investidores, ao longo do ano, recebeu visita de
expressivo número de acionistas, investidores e analistas dos mercados de capitais nacional e
internacional. A Companhia também participou de conferências, seminários e reuniões e realizou
road shows nos principais centros financeiros do Brasil, da Europa e da América do Norte.
A partir da Lei nº 9.249/1995, a Copel tem adotado como política a distribuição de juros sobre o
capital próprio em substituição aos dividendos, de forma total ou parcial. O montante de
dividendos distribuídos é de, no mínimo, 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com o artigo
202 e seus parágrafos da Lei nº 6.404/1976, na seguinte ordem:
• as ações PNA terão prioridade na distribuição de dividendos de, no mínimo, 10% ao ano, a
serem entre elas rateados igualmente, calculados com base no capital próprio a esta espécie
e classe de ações, existentes ao fim do exercício fiscal;
• após a dedução dos montantes alocados às ações PNA, e havendo valores disponíveis, as
ações PNB terão prioridade na distribuição de dividendos, a serem entre elas rateados
igualmente, calculados proporcionalmente ao capital próprio desta espécie e classe de ações
existente ao fim do exercício fiscal; e
• havendo montantes disponíveis após a dedução aos alocados às ações PNA e às ações
PNB, as ações ON têm direito de receber importância calculada proporcionalmente ao capital
próprio a esta espécie de ações existente ao fim do exercício fiscal.
O valor calculado a ser distribuído a cada ação preferencial, independente de classe, será, no
mínimo, 10% superior ao que for atribuído a cada ação ON, conforme o disposto no inciso II do
parágrafo 1º do artigo 17 da Lei nº 6.404/1976, com a redação determinada pela Lei nº
10.303/2001.
As ações preferenciais terão direito de voto se, por três exercícios consecutivos, não lhes forem
pagos os dividendos mínimos ou juros sobre o capital próprio a que fazem jus.
3.12 Distribuição de Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio
(em R$ mil) 2007 2006 2005 2004
Aprovação na AGO de
Data de Pagamento
Lucro
% Lucro
17.04.2008
16.06.2008 1.106.610
25
27.04.2007
26.06.2007
1.242.680
25
27.04.2006
19.06.2006
502.377
25
25.04.2005
24.06.2005
374.148
26
Valor para as Ações ON
Valor para as Ações PNA
Valor para as Ações PNB
Total Distribuído
135.397
649
131.704
267.750
142.132
565
138.253
280.950
62.089
512
60.394
122.995
48.435
514
47.112
96.061
3.13 Grupamento de Ações
Em 02.07.2007, foi aprovado em Assembléia Geral de Acionistas o grupamento da totalidade das
ações representativas do capital social da Copel, na proporção de mil ações para uma ação da
mesma espécie. O capital social passou a ser representado por 273.655.375 ações, sem valor
nominal, das quais 145.031.080 são ações ON; 398.342 são ações PNA; e 128.225.953, ações
PNB. O valor do capital social da Companhia permaneceu inalterado.
Foi também alterada a proporção das ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque -
NYSE, que passaram a ter a paridade de 1 ADR/ADS por 1 ação, e das ações negociadas no
Latibex, que passaram a ter a paridade de 1 XCOP por 1 ação.
A partir de 06.08.2007, as ações da Copel passaram a ser negociadas exclusivamente grupadas.
3.14 Acordo de Acionistas
Está em vigor na Companhia acordo de acionistas firmado entre o Estado do Paraná e o BNDES
Participações S.A. - BNDESPar, cujo objetivo principal é assegurar ao BNDESPar a indicação de
dois membros para o Conselho de Administração da Copel e ter conhecimento prévio das
matérias societárias submetidas à apreciação do Conselho e da Assembléia de Acionistas da
Companhia.
3.15 Índices Bovespa
Os papéis de emissão da Copel integram os seguintes índices medidos pela Bovespa:
• IBOVESPA - mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de
ações brasileiro. Sua relevância advém do fato de o índice retratar o comportamento dos
principais papéis negociados na Bovespa. Esse índice manteve a integridade de sua série
histórica e não sofreu modificações metodológicas desde sua implementação, em 1968.
• IEE - primeiro índice setorial da Bovespa, o Índice de Energia Elétrica - IEE foi lançado em
agosto/1996, com o objetivo de medir o desempenho do setor de energia elétrica. Dessa
forma, constitui-se instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras
especializadas nesse setor.
• IBrX 50 - mede o retorno total de carteira teórica composta por 50 ações selecionadas entre
as mais negociadas na Bovespa em termos de liquidez, ponderadas pelo valor de mercado
das ações disponíveis para negociação. Ele foi concebido para servir como referencial para
investidores e administradores de carteira, e também para possibilitar o lançamento de
derivativos (futuros, opções sobre futuro e opções sobre índice).
• ISE - reflete o retorno de carteira composta por ações de empresas com reconhecido
comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e atua,
também, como promotor de boas práticas no meio empresarial brasileiro.
3.16 Auditorias
3.16.1 Auditoria Interna
Desde 2005, a Auditoria Interna da Copel está subordinada funcionalmente ao Comitê de
Auditoria, tendo suas atividades orientadas segundo as normas estabelecidas pelo Institute of
Internal Auditors - IIA e pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil - Audibra, segundo as quais
a auditoria interna auxilia a organização a alcançar seus objetivos através da aplicação de
abordagem sistemática e disciplinada para avaliação e melhoria da eficácia dos processos de
gerenciamento de riscos, de controle e de governança corporativa.
No âmbito do gerenciamento de riscos e controles, a Auditoria Interna auxilia a organização na
identificação e na avaliação de exposições significativas a riscos, contribuindo para a melhoria
contínua e a manutenção desses sistemas.
Relativamente à governança corporativa, tais normas estabelecem que a Auditoria Interna deve
avaliar e fazer recomendações apropriadas para a melhoria do processo, contribuindo para
promover a ética e valores apropriados dentro da organização, assegurar a gestão eficaz do
desempenho e a responsabilidade por prestação de contas, comunicar de forma eficaz as
informações relacionadas a risco e controle e auxiliar o estabelecimento de comunicação de
informações entre os auditores externos e internos e a Administração.
3.16.2 Auditoria Externa
Nos termos estabelecidos pela Instrução CVM nº 381, de 14.01.2003, a Companhia e suas
subsidiárias integrais contrataram a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes para
prestação de serviços de auditoria das demonstrações financeiras. Desde sua contratação, aquela
Empresa prestou serviços somente relacionados à auditoria independente. No relacionamento
com os auditores independentes, a Companhia tem como ponto fundamental a não-contratação de
outros serviços de consultoria que venham interferir na independência dos trabalhos de auditoria
externa.
Para atendimento aos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley, a partir de 2005 os principais controles
dos ciclos que podem causar falhas ou erros nas demonstrações financeiras, acima do nível de
materialidade, são testados pelas auditorias interna e externa. Como medida de governança, os
procedimentos da auditoria interna para realização desses testes são avaliados pela auditoria
externa.
3.17 Gestão de Riscos
A política de Controles e Gestão de Riscos da Companhia, formulada em 2006, estabeleceu a
sistematização dos processos de gestão de riscos e controles internos, cuja avaliação será
utilizada por meio da metodologia estabelecida pelo Committee of Sponsoring Organizations of the
Treadway Commission - COSO.
Em 2007, teve início a implantação da Gestão Integrada de Riscos Corporativos, com apoio de
consultoria especializada, com destaque para as seguintes atividades:
• planejamento da implantação da gestão de risco;
• avaliação do processo de gestão de risco atual e identificação de oportunidades de melhoria;
• identificação e avaliação dos principais riscos relacionados aos objetivos de crescimento e a
questões ambientais e fundiárias;
• avaliação dos controles e ações de mitigação desses riscos;
• estudo de integração e alinhamento da gestão de risco com as demais iniciativas existentes:
Lei Sarbanes-Oxley, gestão e padronização de processos da Organização Internacional para
Padronização (International Organization for Standardization - ISO), Balanced Scored Card -
BSC, Gerenciamento pelas Diretrizes, Modelo de Excelência da Gestão e desenvolvimento
dos sistemas de informática corporativos.
3.17.1 Riscos Patrimoniais - Seguros de Bens e Direitos
A Copel mantém Comitê de Gerenciamento de Riscos e Seguros Patrimoniais, que tem por
objetivos:
• desenvolver e aperfeiçoar estudos para o estabelecimento de política de gerenciamento de
riscos e seguros dos ramos elementares da Copel e de suas subsidiárias integrais;
• definir junto às áreas pertinentes da Companhia o que deve ser segurado, através de
levantamentos, identificação e análise de risco, experiências e histórico de sinistralidade, por
tipo e características de bens e equipamentos, de dispêndio de prêmios de seguro no período
- utilizando parâmetros auxiliares relacionados a cada tipo de risco para desenvolvimento
paralelo com as áreas envolvidas - e de técnicas e inspeções preventivas de detecção de
possíveis danos ao patrimônio da Companhia; e
• promover e manter a política adotada.
Com base nas recomendações desse Comitê, e visando atender à legislação vigente sobre
seguros e à Lei nº 8.987/95, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão de prestação
de serviços públicos previsto no artigo 175 da Constituição Federal, a Copel contrata apólices de
seguros para salvaguardar seus bens e instalações e mantém seguro para reparação por danos
involuntários causados a terceiros.
As principais modalidades de seguros adotadas na Copel são: riscos nomeados, incêndio imóveis
próprios e locados, responsabilidade civil geral, riscos de engenharia, transporte nacional e
internacional e riscos diversos. Outras informações sobre os seguros adotados na Companhia
poderão ser obtidas na Nota Explicativa nº 39.
3.18 Princípio da Precaução
O princípio da precaução é o princípio 15 da Declaração do Rio (Nações Unidas, 1992) e
determina que onde existam ameaças de riscos sérios ou irreversíveis não será utilizada a falta de
certeza científica total como razão para o adiamento de medidas eficazes, em termos de custo,
para evitar a degradação ambiental. O conceito do princípio da precaução emergiu na Alemanha
na década de 70 e é atualmente um princípio totalmente aceito pela União Européia e pela lei
internacional. A essência desse princípio, ao tratar como relevantes questões inerentes ao meio
ambiente, atribui ao Estado sua execução, de acordo com sua capacidade, diante de ameaças de
danos graves ou irreversíveis.
A Copel é pioneira no Brasil na realização de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto
ao Meio Ambiente - EIA-RIMA, para construção da Usina Governador Ney Braga, inaugurada em
1992. Desde então, os estudos ambientais vêm sendo mais aprofundados. O Plano Básico
Ambiental da Usina Governador José Richa, inaugurada em 1998, considerou 26 programas
ambientais, tendo sido totalizado custo socioambiental aproximado de 21% do custo total do
empreendimento, o que levou a Companhia a receber diversos prêmios internacionais pelos
trabalhos realizados com todas as famílias reassentadas. Todas as ações baseiam-se em gestão
ambiental fundamentada nos princípios da Política de Sustentabilidade e Cidadania Corporativa,
cuja íntegra está disponível no site www.copel.com, a qual está totalmente alinhada com os cinco
valores expressos no posicionamento estratégico da Companhia, nos oito Objetivos do Milênio e
nos dez princípios do Pacto Global da ONU.
Fatores como comprometimento com valorização, conservação e defesa do meio ambiente, com
ampla inclusão e justiça social; atitudes proativas diante da lei; promoção do desenvolvimento
sustentável das comunidades com as quais interagimos; diálogo, comunicação e transparência;
respeito à dinâmica socioambiental; ações de melhoria contínua; desenvolvimento interno da
responsabilidade individual, ao conscientizar nossa força de trabalho para assumir postura de
respeito e responsabilidade para com todas as partes interessadas; e valorização da diversidade
em todos os seus múltiplos aspectos, de fato, fazem da Copel uma empresa comprometida com
as questões socioambientais, desde a aplicação dos princípios da precaução, ao minimizar os
riscos ambientais a que suas ações estão sujeitas, até a mitigação ou compensação dos impactos
ambientais causados pela construção de seus novos empreendimentos.
3.19 Tecnologia da Informação
Em 2007, a área de Tecnologia da Informação da Copel continuou com a estratégia de alinhar
seus sistemas aos processos de negócio da empresa, usando como base para o desenvolvimento
de novas soluções a modelagem dos processos de negócio, com o que busca melhoria dos
controles e ganhos de qualidade e produtividade.
Para a modelagem dos processos de TI, há utilização dos modelos Control Objectives for
Information and Related Technology - COBIT, definidos pelo IT Governance Institute para
Governança e IT Infrastructure Library - ITIL, bem como pela Central Computer
Telecommunications Agenc - CCTA, para gerenciamento de serviços. Nossa estratégia inclui
também adesão à política de informática do governo do Estado, aprimoramento contínuo da
segurança e da disponibilidade de serviços e redução de custos.
Na busca de soluções para as necessidades de negócio, a área vem empreendendo grande
esforço para modernização de seus sistemas e infra-estrutura, através dos programas Mosaico,
Maestro, SASE, Pilares e Migrageo.
4. DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
4.1 Receita Operacional Líquida
Em 2007 a Receita Operacional Líquida teve acréscimo de R$ 533,5 milhões, representando
10,9% de aumento em relação ao exercício de 2006. Tal variação é proveniente do crescimento
da:
1) Receita de Fornecimento de Energia Elétrica em 7,4%, a qual, apesar do reajuste tarifário
negativo de 1,2% em junho deste ano (no ano anterior o reajuste havia sido em média 5,1%),
apresentou acréscimo em virtude do aumento de 6,8% no consumo faturado de energia
elétrica, atingindo 20.458 GWh;
2) Receita de Suprimento de Energia Elétrica em 5,9%, em função, principalmente, do aumento
do faturamento de contratos em leilão, essencialmente resultante de novos contratos firmados
para o período 2007/2014 e reajustes dos demais contratos vigentes;
3) Receita de Disponibilidade da Rede Elétrica em 2,8%, decorrente do aumento do uso do
sistema de distribuição, em virtude dos reajustes tarifários autorizados pela Aneel e do
acréscimo na quantidade de energia transitada nas linhas da Companhia;
4) Receita de Distribuição do Gás Canalizado em 7,5%, decorrente do aumento do faturamento
em operações com terceiros;
5) Receita de Telecomunicações em 10,1%, decorrente do aumento na prestação de serviços de
comunicações de dados, em virtude da entrada em operação de novos clientes e aumento de
solicitações de novos serviços (links) pelos clientes já existentes e
6) Outras Receitas Operacionais em 193,4%, em função da maior receita auferida de
arrendamentos e de aluguéis de R$ 84,9 milhões, dos quais R$ 79,1 milhões referem-se à
receita de aluguel da planta UEG Araucária para a Petrobrás, e do aumento na receita de
serviços prestados de R$ 33,1 milhões, dos quais R$ 26,1 milhões referem-se à receita da
Copel Geração, e também à Petrobrás, referente aos ajustes na planta UEGA, visando
preparação para produção.
Observamos que as Deduções da Receita refletem decréscimo decorrente da redução dos
encargos do consumidor em R$ 74,0 milhões, devido, principalmente, à queda na Conta de
Consumo de Combustível – CCC, e da redução de Cofins e PIS/Pasep em R$ 39,2 milhões,
compensados pelo acréscimo de ICMS incidente sobre a receita no valor de R$ 79,1 milhões.
4.2 Despesas Operacionais
As despesas operacionais atingiram, em 2007, R$ 3.814,8 milhões contra R$ 3.285,2 milhões em
2006. A variação verificada foi influenciada, principalmente, por:
1) Acréscimo de 13,3% em Despesas de Depreciação e Amortização, proveniente do ingresso de
novos ativos no imobilizado em serviço, com destaque para a UEG Araucária, que começou a
ser consolidada a partir de junho de 2006 e totalizou neste ano R$ 49,4 milhões (no ano
anterior havia sido de R$ 26,7 milhões), e, também, para a unidade de Fundão da Elejor, que
totalizou R$ 16,3 milhões (no ano anterior havia sido de R$ 10,2 milhões);
2) Acréscimo de R$ 14,2 milhões em Despesas de Serviços de Terceiros, em função,
principalmente, do aumento de manutenção de linhas e redes, manutenção do sistema elétrico
e acesso à comunicação por satélite, compensados pela redução em consultoria técnica,
científica e administrativa, serviços de manutenção civil e processamento e transmissão de
dados. Veja maiores detalhes na Nota Explicativa 31;
3) Aumento de R$ 323,1 milhões em Provisões e Reversões, composto por Provisões para
Contingências de R$ 246,3 milhões (em 2006, houve reversão em R$ 146,2 milhões), e pela
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa - PCLD, que apresentou, em 2007, reversão
de R$ 3,9 milhões (em 2006, a provisão havia sido de R$ 65,5 milhões), em função,
principalmente, do acordo firmado entre a Companhia e o Governo do Estado do Paraná, pelo
qual foram renegociadas as faturas de fornecimento de energia elétrica e do programa Luz
Fraterna;
4) Acréscimo de R$ 40,9 milhões em Outras Despesas Operacionais, tendo como principais
eventos o aumento de R$ 34,6 milhões na conta de Compensação Financeira para Utilização
de Recursos Hídricos - CFURH e R$ 7,1 milhões em Encargos da Concessão - outorga Aneel;
e
5) Aumento de R$ 7,8 milhões em Despesas de Pessoal, que se deve à incorporação de 645
empregados no quadro funcional da Copel e ao reajuste salarial de 5,5% conforme acordo
coletivo. Maiores detalhes na Nota Explicativa 31.
6) Planos Previdenciário e Assistencial, com decréscimo em virtude dos valores apontados no
relatório atuarial para 2007, onde foi verificado ganho atuarial;
7) Despesas de Matéria-prima e Insumos para Produção de Energia Elétrica, com decréscimo de
96,8% em razão da contabilização da repactuação da dívida entre Compagas e Petrobrás
ocorrida em 2006, evento não recorrente neste ano. Cabe ressaltar que, em setembro de
2007, foi contabilizada a reversão de R$ 29,9 milhões, referente à provisão para Pasep e
Cofins, calculada sobre os efeitos do acordo Petrobras em maio de 2006. Tal reversão foi
baseada na resposta à consulta formulada junto à Receita Federal, a qual se pronunciou
oficialmente, julgando indevido o recolhido sobre a reversão na aquisição de gás natural para
produção de energia; e
8) Gás natural para revenda e insumos para operações com gás, com queda de 25,3% devido ao
arrendamento da UEG Araucária, pelo qual a Copel deixou de comprar o gás necessário para
operacionalizar a usina termelétrica junto àquela empresa.
Cabe ressaltar que tivemos acréscimo de R$ 10,6 milhões na conta redutora Recuperação de
despesas, em virtude da maior recuperação de encargos de uso do sistema elétrico e maior
recuperação em arrecadação de faturas baixadas contra PCLD.
4.3 LAJIDA ou EBITDA
O Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (EBITDA ou LAJIDA) totalizou
R$ 2,0 bilhões, ultrapassando em 2,7% o apresentado em 2006, sendo que sua margem foi
37,4%, inferior ao ano anterior, de 40,4%. Veja quadro a seguir:
Rubrica Em 2007 R$ mil
Em 2006 R$ mil
Depreciação e amortização 422.049 372.395
Resultado das Atividades 1.607.280 1.603.393
EBITDA 2.029.329 1.975.788
Receita Operacional Líquida – ROL 5.422.126 4.888.615
Margem do EBITDA %(1) 37,4 40,4 (1) Ebitda/Receita Operacional Líquida
Evolução do EBITDA
1.218,10
1.975,802.029,30
25,2%
40,4%37,4%
2005 2006 2007
4.4 Resultado Financeiro
O Resultado Financeiro tem como destaques:
• Receitas Financeiras, com decréscimo de R$ 333,2 milhões em relação a 2006, representado,
principalmente, pelo evento apropriado no exercício anterior, que foi a contabilização, naquele
ano, de dois eventos não recorrentes: desconto obtido pela renegociação da dívida com a
Petrobrás, de R$ 283,2 milhões, e ganho em operações com derivativos, de R$ 22,4 milhões.
Também contribuiu para esse decréscimo a redução na conta de acréscimos moratórios
sobre faturas de energia, por ajuste a valor presente na contabilização destes encargos.
Ainda para compensar, a conta de variações monetárias sobre o CRC teve acréscimo, sendo
corrigida pelo IGP-DI, que de janeiro a dezembro de 2007 teve variação de 7,9%; e
• Despesas Financeiras, com decréscimo no valor da variação cambial sobre empréstimos em
moeda estrangeira, proveniente da valorização do real perante o dólar de 17,1% em 2007 e
de 8,7% em 2006; e do Yen, 11,8% em 2007, e 9,5% em 2006, e também do decréscimo de
encargos pela quitação das debêntures de 2ª e 3ª séries em fevereiro de 2007.
4.5 Endividamento
As dívidas de curto e longo prazo sofreram variações em 2007 em virtude de ingressos de
recursos no montante de R$ 346,5 milhões, sendo R$ 329,6 milhões referentes às emissões de
Notas de Crédito Comercial e Industrial.
Os pagamentos ocorridos no ano totalizaram R$ 1.122,4 milhões, dos quais R$ 817,6 milhões em
amortização de principal e R$ 304,8 milhões em encargos. Destes valores, R$ 717,7 milhões da
amortização de principal e R$ 229,5 milhões de encargos referem-se às debêntures.
4.6 Lucro Líquido
Em 2007, a Companhia obteve lucro líquido de R$ 1.106,6 milhões, sendo 10,9% menor que o
obtido no exercício anterior, de R$ 1.242,7 milhões. Tal resultado proporcionou taxa de
rentabilidade do patrimônio líquido de 18,0% (lucro líquido ÷ (patrimônio líquido - lucro líquido)),
refletindo decréscimo de 25,4% em relação a 2006.
Embora tenha havido decréscimo no lucro, a Companhia demonstrou bom desempenho em suas
atividades operacionais, representado pelo crescimento das receitas. É importante ressaltar os
eventos não recorrentes no resultado do exercício anterior que se constituíram do acordo firmado
entre Copel, Petrobras e Compagas, no valor líquido de tributos de R$ 416,4 milhões, e da
reversão da provisão da Cofins, no valor líquido de tributos de R$ 130,4 milhões. Somente para
efeito de comparação, a não-consideração de tais valores, não recorrentes, ocasionaria lucro de
R$ 695,9 milhões naquele exercício.
4.7 Valor Adicionado
No exercício de 2007, a Copel apurou R$ 5,2 bilhões de Valor Adicionado Total - VAT, 7,1%
abaixo do apurado no ano anterior, o que corresponde a R$ 0,4 bilhão. No entanto, é importante
destacar o valor que a Companhia distribuiu para o governo, fomentando a economia do Estado
do Paraná em aproximadamente R$ 3,0 bilhões, decorrentes do recolhimento de impostos, da
remuneração dos empregados, do lucro retido na Empresa e da participação acionária do Estado,
representando 56,2% do VAT distribuído.
Rubrica Em 2007 (R$ mil) Em 2006 (R$ mil)
ICMS
Outros impostos (estaduais e municipais)
Pessoal (não inclui INSS)
Lucros retidos
31,1% da remuneração do capital próprio(1)
1.512.346
4.564
523.217
838.860
62.200
1.430.935
4.270
601.554
961.729
38.253
Total 2.941.187 3.036.741 (1) Percentual equivalente a participação do Governo do Estado do Paraná
Distribuição do Valor Adicionado 2007
Estadual e Municipal46,7%
Federal53,3%
GOVERNO62,0%
PESSOAL10,0%
ACIONISTA21,7%
FINANCIADOR6,3%
Detalhamentos da DVA
Venda de energia, serviços e outras receitas Valores em R$ Mil exceto quando indicado 2007 %
∆% 2007-2006 2006 %
Fornecimento 2.747.680 34,7 7,4 2.558.481 34,5
Residencial 660.166 8,3 6,6 619.229 8,3
Residencial baixa renda 216.121 2,7 (5,3) 228.215 3,1
Industrial 985.685 12,4 12,7 874.809 11,8
Comercial 570.418 7,2 8,7 524.875 7,1
Rural 113.720 1,4 4,3 109.057 1,5
Poder público 82.165 1,0 4,0 79.042 1,1
Iluminação pública 63.518 0,8 (0,1) 63.594 0,9
Serviço público 61.992 0,8 3,9 59.660 0,8
Parcela de ajuste de encargos da rede (6.105) - - - -
Suprimento 1.367.595 17,3 5,9 1.290.976 17,4
Energia de curto prazo – CCEE 69.238 0,9 (56,2) 158.015 2,1
Demais contratos de suprimento 1.298.357 16,4 14,6 1.132.961 15,3
Disponibilização da rede 3.316.963 41,9 2,8 3.225.414 43,5
Receita de telecomunicações 63.893 0,8 10,1 58.054 0,8
Distribuição de Gás Canalizado 244.080 3,1 7,5 227.081 3,1
Outras receitas operacionais 179.883 2,3 193,4 61.320 0,8
Total 7.920.094 100 6,7 7.421.326 100
Governo Valores em R$ Mil exceto quando indicado 2007 %
∆% 2007-2006 2006 %
FEDERAL 1.729.045 53,3 (8,4) 1.887.272 56,8
Encargos sociais – INSS 112.649 3,5 (0,6) 113.341 3,4
Imposto de renda e contribuição social 460.315 14,2 (17,5) 557.678 16,8
Pis/Pasep 91.280 2,8 (7,6) 98.775 3,0
COFINS 415.162 12,8 (7,4) 448.539 13,5
CPMF e IOF 57.515 1,8 24,7 46.124 1,4
Outros Tributos Federais 991 - (60,8) 2.526 0,1
Encargos do consumidor: 591.133 18,2 (4,7) 620.289 18,7
Reserva global de reversão – RGR 61.105 1,9 5,5 57.927 1,7
Conta de desenvolvimento energético – CDE 184.294 5,7 11,2 165.676 5,0
Conta de consumo de combustível – CCC 179.071 5,5 (35,6) 278.051 8,4
Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética
- P&D 56.347 1,7 7,8 52.265 1,6
Compensação financeira para utilização de recursos
hídricos – CFURH 73.938 2,3 87,8 39.377 1,2
Taxa de fiscalização do serviço de energia elétrica -
TFSEE 17.246 0,5 7,7 16.013 0,5
Encargos de serviço do sistema – ESS 19.132 0,6 74,3 10.979 0,3
ESTADUAL 1.513.380 46,6 5,6 1.432.512 43,1
ICMS (sobre fornecimento) 1.507.882 46,5 5,5 1.428.729 43,0
IPVA, pedágio e outros impostos e taxas 1.035 - (34,4) 1.577 -
ICMS 4.464 0,1 102,3 2.206 0,1
MUNICIPAL 3.530 0,1 31,1 2.693 0,1
ISSQN 2.571 0,1 55,7 1.651 -
IPTU, contribuições de melhoria e outros impostos e taxas 959 - (8,0) 1.042 -
Total 3.245.955 100 (2,3) 3.322.477 100
A DVA na íntegra, e com maiores detalhamentos, encontra-se neste relatório, juntamente com as
Notas Explicativas (anexo II).
4.8 Desempenho do Preço das Ações
Na Bovespa, as ações ON fecharam o período cotadas a R$ 29,50, com valorização de 37,2%; as
ações PNA, a R$ 31,00, com valorização de 37,3%; e as PNB a R$ 26,80, com valorização de
7,2%, enquanto que os índices Ibovespa e IEE valorizaram, respectivamente, 43,6% e 23,7%. Na
Bolsa de Valores de Nova Iorque - NYSE, as ações ON (ELPVY) fecharam a US$ 16.30, com
valorização de 64,3%, e as PNB (ELP) a US$ 15.09, com valorização de 29,5%, enquanto o índice
Dow Jones valorizou 6,1%. No Latibex (Carteira do Mercado Latino Americano em Euros),
vinculado à Bolsa de Madri, as ações PNB (XCOP) fecharam a € 10,48, com valorização de
18,3%, enquanto o índice Latibex valorizou 56,8% no período.
4.9 Valor Econômico Agregado - VEA OU EVA
O Valor Econômico Agregado - VEA ou EVA representa o lucro econômico, ou seja, o quanto a
empresa agregou de riqueza com o capital empregado em suas operações, após remunerar esse
mesmo capital.
A Copel vem mantendo, nos últimos anos, bom Retorno Operacional dos Investimentos - ROI,
atingindo, em 2007, taxa de 16,6%. Esse foi o principal fator a colaborar com a agregação de valor
para o acionista, de R$ 480,2 milhões, sinalizando que a companhia está efetivamente voltada
para a criação de valor através da recuperação de investimentos efetuados em outros exercícios,
os quais agora estão em operação.
A taxa de 12% para remunerar o capital próprio foi mantida por se adequar aos padrões do setor
elétrico brasileiro, para um índice beta de 1,01.
Consolidado
2007 2006
1. Vendas 7.920,1 7.421,3 2. Custos e Despesas operacionais (6.312,8) (5.817,9) 3. Resultado de Equivalência 1,6 (6,2)
4. Receitas Financeiras 396,0 729,2 5. IR e CS sobre os lucros gerados pelos ativos (577,5) (715,1) 6. Lucro operacional gerado por ativos líquido de tributos 1.427,4 1.611,3
7. Margem Operacional ( 6 ÷1 ) 0,1802 0,2171
8. Capital de Terceiros 2.102,5 2.662,0 9. Capital Próprio 6.519,1 5.717,9
10. Investimento a Remunerar - ( 8 + 9 ) 8.621,6 8.379,9
11. Giro do Investimento ( 1 ÷ 10 ) 0,9186 0,8856
12. Retorno Operacional dos Investimentos - ROI ( 7 x 11) 16,55% 19,23%
ou ROI em R$ milhões 1.426,9 1.611,5
13. Despesas Financeiras Brutas ref. capital de terceiros 230,2 289,1 14. Economia Tributária (66,3) (88,9) 15. Despesas Financeiras Líquidas ref. Capital de Terceiros ( 13 - 14 ) 163,9 200,2
16. Tx. Média de Remuneração do capital de 3ºs 7,80% 7,52%
líquida efeito tributário (15 ÷ 8)17. Participação do Capital de Terceiros ( 8 ÷ 10 ) 24,39% 31,77%
18. Tx. remuneração capital do capital próprio 12,00% 12,00%
considerando Beta 1,01119. Participação do Capital Próprio ( 9 ÷ 10 ) 75,61% 68,23%
20. Custo Médio Ponderado de Capital - CMPC ( 16 x 17 + 18 x 19 ) 10,98% 10,58% ou CMPC em R$ milhões 946,7 886,6
21. Ativo Operacional Líquido 11.643,0 11.276,2
22. Passivo de Funcionamento (3.021,4) (2.896,3) 23. Investimento a Remunerar 8.621,6 8.379,9
VEA ou EVA ( 12 - 20 x 23 ) 480,2 724,9
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ECONÔMICO ADICIONADO - VEA ou EVA
Em 31 de dezembro de 2007 e de 2006(Valores expressos em milhões de reais)
4.10 Inadimplência Setorial
Inadimplência Setorial Valores em R$ mil exceto quando indicado 2007 2006
∆% 2007-2006
Energia Comprada - - -
Encargos Setoriais - - -
RGR - - -
CCC - - -
CDE - - -
CFURH - - -
TFSEE - - -
ESS - - -
P&D - - -
Total (A) - - -
Percentual de inadimplência - - -
Total da inadimplência (A)/Receita Operacional Líquida - - -
4.11 Investimentos na Concessão
O programa de investimentos para 2008, aprovado pela 119ª reunião ordinária do Conselho de
Administração da Copel, realizada em 27.12.2007, apresentava R$ 218,2 milhões de
investimentos em transmissão. Com a cisão da Copel Transmissão, foi alocado R$ 99,8 milhões
para a subsidiária de Distribuição referente a investimentos em ativos de transmissão (tensões 69
kV e 138 kV) e R$ 118,4 milhões para a subsidiária de Geração e Transmissão (tensões igual ou
superior a 230 kV).
Abaixo demonstramos a previsão de investimentos para 2008, abrangendo o ativo imobilizado e o
ativo intangível:
Subsidiárias Valores em R$ Milhões
Realizado 2006
Realizado 2007
∆% 2007-2006
Previsto 2008
Geração 42,1 28,3 (32,8) 263,0
Transmissão 145,9 74,2 (49,1) -
Distribuição 284,5 380,1 33,6 487,3
Telecomunicações 30,1 31,6 5,0 42,1
Participações 436,7 1,0 (99,8) 0,1
Total 939,3 515,2 (45,2) 792,5
A tabela não contempla os investimentos no imobilizado e no intangível das controladas.
Além do programa de investimentos no ativo permanente, a Copel investe em participações
societárias. Dentre tais aplicações de recursos, destacam-se as aquisições do controle acionário
da UEG Araucária Ltda em 2006, pela Copel Participações S.A. e das Centrais Eólicas do Paraná
Ltda em 2007, pela Copel Geração S.A., pelas quais foram desembolsados, respectivamente,
R$ 436,6 e R$ 2,1 milhões.Em 1º.12.2007 ocorreu a cisão da Copel Transmissão S.A., com a
transferência dos ativos de tensão igual a 69 kV e 138 kV para a Copel Distribuição S.A. e os de
tensão igual ou superior a 230 kV para a Copel Geração S.A., que alterou sua denominação para
Copel Geração e Transmissão S.A.
4.12 Indicadores Econômico-Financeiros
Outros Indicadores Valores em milhares de reais, exceto quando indicado
2007 2006 ∆%
2007-2006
Receita Operacional Bruta 7.920.094 7.421.326 6,7
Deduções da Receita 2.497.968 2.532.711 (1,4)
Receita Operacional Líquida 5.422.126 4.888.615 10,9
Custos e Despesas Operacionais do Serviço 3.814.846 3.285.222 16,1
Receitas Irrecuperáveis(1 ) 73.938 88.217 (16,2)
Resultado do Serviço 1.607.280 1.603.393 0,2
Resultado Financeiro 20.243 240.017 (91,6)
IRPJ/CSLL 460.315 557.678 (17,5)
Lucro Líquido 1.106.610 1.242.680 (10,9)
Juros sobre o Capital Próprio 200.000 123.000 62,6
Dividendos Distribuídos 67.750 157.951 (57,1)
Custos e Despesas Operacionais por MWh vendido 0,186 0,172 8,1
Riqueza (valor adicionado líquido) por Empregado 636,0 712,7 (10,8)
Riqueza (valor a distribuir) por Receita Operacional (%) 1,0 1,2 (0,2)
EBITDA ou LAJIDA 2.029.329 1.975.788 2,7
Margem do EBITDA ou LAJIDA (%) 37,4 40,4 (7,4)
Liquidez Corrente (índice) 1,74 1,17 48,7
Liquidez Geral (índice) 1,05 0,91 15,4
Margem Bruta (lucro líquido/receita operacional bruta) (%) 14,0 16,7 (16,2)
Margem Líquida (lucro líquido/receita operacional líquida) (%) 20,4 25,4 (19,7)
Rentabilidade do Patrimônio Líquido (lucro líquido/patrimônio líquido) (%) 15,3 19,5 (21,5)
Estrutura de Capital (2)
Capital Próprio (%) 58,5 53,4 9,6
Capital de terceiros oneroso (%) (empréstimos e financiamentos) 17,0 22,3 (23,8)
Inadimplência de Clientes (contas vencidas até 90 dias/Receita
Operacional bruta nos últimos 12 meses)
2,26 2,57 (12,1)
(1) De acordo com os valores informados para efeito de Revisão tarifária, nos termos do item I.4.2 da Resolução Normativa nº 234, de 07.11.2006.
(2) % sobre Passivo Total.
4.13 Fluxo de Caixa
Em 2007, o fluxo de caixa operacional gerou R$ 1.316,0 milhões, apresentando variação positiva
de R$ 355,8 milhões, em relação aos R$ 960,2 milhões de 2006. Tal acréscimo reflete,
basicamente, os ajustes ao lucro líquido, correspondentes às provisões para contingências, pois
as mesmas não geraram desembolsos durante o exercício.
As atividades de investimento utilizaram R$ 480,0 milhões em 2007, já considerando o efeito do
ingresso da participação financeira dos consumidores e das vendas de bens do ativo imobilizado,
no valor de R$ 55,2 milhões. Foram aplicados R$ 535,2 no ativo permanente, sendo R$ 14,3
milhões em participações societárias, R$ 516,1 milhões no imobilizado e R$ 4,8 milhões em ativos
intangíveis e diferidos. Em 2006 o montante de investimentos foi de R$ 1.064,7 milhões, tendo
sido, portanto, superior em R$ 584,7 milhões no ano passado, devido, principalmente, à aquisição
do controle da UEG Araucária, pela qual foram desembolsados R$ 436,6 milhões.
Em 2007, o fluxo de caixa das atividades de financiamento refletiu negativamente no saldo de
caixa, gerando efeito de R$ 763,8 milhões, devido:
• ao ingresso de empréstimos, de R$ 346,6 milhões;
• a amortizações de empréstimos, de R$ 99,8 milhões;
• a amortizações de debêntures, de R$ 717,7 milhões, e;
• ao pagamento de dividendos propostos em exercícios anteriores, de R$ 292,8 milhões.
Já em 2006, dentre os eventos que contribuíram para a elevação de R$ 441,5 milhões no caixa,
destacamos como mais relevantes:
• o ingresso de debêntures, de R$ 600,0 milhões;
• as amortizações de empréstimos, de R$ 57,4 milhões; e
• pagamento de dividendos propostos em exercícios anteriores, de R$ 118,0 milhões.
A Copel iniciou suas atividades neste exercício com saldo de caixa de R$ 1.468,7 milhões,
obtendo, no conjunto das atividades, incremento de R$ 72,2 milhões, encerrando o ano com saldo
de R$ 1.540,9 milhões. Em 2006, o acréscimo foi de R$ 336,9 milhões. Tais elevações nos níveis
de disponibilidade, verificadas consecutivamente, viabilizaram as aplicações de recursos
necessárias à continuidade das operações desenvolvidas pela Companhia.
O quadro a seguir demonstra os efeitos gerados no caixa, segregados por atividades:
Em 2007 (R$ mil)
Em 2006 (R$ mil)
Variação (R$ mil)
Saldo inicial 1.468.716 1.131.766 336.950
Operacionais 1.315.966 960.182 355.784
Investimentos (480.003) (1.064.727) 584.724
Financiamentos (763.808) 441.495 (1.205.303)
Saldo final 1.540.871 1.468.716 72.155
5. DIMENSÃO SOCIAL E SETORIAL
5.1 Incorporação dos Princípios do Pacto Global
A Companhia declara-se fortemente comprometida com o Pacto Global das Nações Unidas desde
seu lançamento, em 2000, tendo sido pioneira na adesão a ele. Desde então, o alinhamento das
iniciativas e políticas corporativas com os princípios do Pacto é uma busca sistemática da Copel,
com o objetivo de incorporar plenamente esse referencial ético global ao dia-a-dia da Companhia.
Para materializar essa incorporação, a Copel dividiu seus esforços em três grandes linhas de
atuação.
A primeira refere-se às dimensões internas da organização e envolvem constante
aperfeiçoamento de sistemas de gestão e políticas corporativas. A segunda linha de atuação,
considerada estruturante, está voltada à ação externa da Companhia e diz respeito ao apoio à
formulação, implementação e melhoria de políticas públicas inclusivas que promovam maior
sustentabilidade da sociedade como um todo. A terceira linha de trabalho é a atuação direta,
normalmente em parceiras com outras empresas, instituições ou organizações, em projetos e
iniciativas sociais e ambientais.
Separadas apenas para maior clareza, as três linhas são tratadas como estrategicamente
sinérgicas e complementares. No quadro a seguir, essas três dimensões estão brevemente
resumidas e correlacionadas aos Princípios do Pacto Global aos quais respondem:
Incorporação dos Princípios do Pacto Global
Legenda:
1 Respeitar e proteger os direitos humanos 5 Abolir o trabalho infantil 9
Encorajar tecnologias que não agridam o meio ambiente
2 Impedir violações de direitos humanos 6 Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho 10
Combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina
3 Apoiar a liberdade de associação no trabalho 7
Apoiar abordagem preventiva aos desafios ambientais * Indeterminado
4 Abolir o trabalho forçado 8 Promover a responsabilidade ambiental
Projetos / Programas / Sistemas de Gestão / Participações e Políticas Princípios do
Pacto Global a que Respondem
Início Término
Políticas e Sistemas de Gestão Revisão do Código de Conduta com ampla consulta pública Todos 2006 2007 Consolidação do Canal de Comunicação Confidencial Todos 2006 2007 Adesão ao Código de Boas Práticas do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) Todos 2005 2007 Implantação do Sistema de Gestão para a Sustentabilidade (GRI + AA1000) Todos 2005 2008 Criação e implantação da Política Corporativa de Controles e Gestão de Riscos Todos 2006 2008 Criação e Implantação da Política Corporativa de Ações Sociais junto à comunidade que melhorem a qualidade em alimentação, saúde, segurança, educação, desenvolvimento sustentável 1, 2, 5, 7, 8, 9 2006 *
Criação e Implantação do Novo Modelo de Gestão para a Sustentabilidade (Sustainability Scorecard) Todos 2006 2010 Instalação de Comissão Interna e Plano de Ação para a Promoção de Direitos Humanos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 2007 2010 Programa de Acessibilidade (arquitetônica, comunicacional e comportamental) - Em 2007 foram implantados fatura em braile e melhoria no atendimento através posto móvel e projetos libras 1, 2, 6 2007 2010
Programa de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Comunitário Sustentável 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 2007 2010
Copel de Portas Abertas - diálogo com as partes interessadas, em formato com audiência pública, com a participação da alta direção. Em 2007, foram realizados 71 eventos. Todos 2006 *
Apoio a Políticas Públicas e Melhoria de Gestão Participação no Comitê Brasileiro do Pacto Global Todos 2000 * Participação em organizações do setor elétrico que discutem e promovem eficientização energética e melhorias ambientais: Assoc. Bras. de Concessionárias de Energia Elétrica - ABCE, Empresa de Planejamento Energético - EPE, Assoc. dos Produtores Independente de Energia - APINE, Comitê de Meio Ambiente do CIGRÉ, Assoc. Bras. de Geradores de Energia - ABRAGE, Comitê Bras. de Grandes Barragens - CBDB
Todos Diversos *
Participação em associações que discutem e promovem melhorias ambientais: Agenda 21, Conselho Temático Permanente de Infraestrutura e Meio Ambiente da FIEP, Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do PRONEA, Comitês de Bacias dos Rio Iguaçu e Tibagi, Consórcio para Proteção Ambiental da Bacia do Rio Tibagi - COPATI, Câmara Técnica de Cartografia e Geoprocessamento PR
7, 8, 9 Diversos *
Participação no Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida - COEP e Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA - PR
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
1995 / 2003 *
Participação no CPCE - Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial - para promoção conjunta de Responsabilidade Social no Estado do Paraná Todos 2005 *
Participação voluntária no Movimento Paraná Competitivo e em bancas examinadoras dos Prêmios: Nacional da Qualidade, Qualidade no Serviço Público, Sucesso Empresarial e Paranaense da Qualidade em Gestão Todos 2000 *
Coordenação do GESPÚBLICA no estado do Paraná: sistema que busca promover uma gestão pública de excelência, ética, transparente, participativa, descentralizada, com controle social e orientada para o cidadão Todos 2003 *
Apoio financeiro e participação técnica, representando a América do Sul, no grupo de trabalho GRI para elaboração do suplemento do setor de energia Todos 2005 2007
Apoio financeiro e participação como empresa teste das novas Diretrizes que correlacionam os Indicadores do GRI-G3 aos Princípios do Pacto Global. (MAKING THE CONNECTION) Todos 2006 2007
Programas, Projetos e Ações Sociais e Ambientais Criação e Implantação da Política Corporativa de Ações Sociais junto à comunidade que melhorem a qualidade em alimentação, saúde, segurança, educação, desenvolvimento sustentável 1, 2, 5, 7, 8, 9 2006 *
Programa de Arrecadação de Doações a Entidades Assistênciais e Instituições de Serviço Social, sem fins lucrativos e de interesse coletivo na fatura de energia. Total arrecadado em 2007: cerca de R$ 6 milhões Todos 1999 *
Programa Anual de Doação através de Incentivos Fiscais ao FIA - Fundo dos Direitos da Infância e Adolescência. Total repassado: R$ 1,8 milhões 1, 2, 5 2006 *
Programa Tributo ao Iguaçu: apoio ao desenvolvimento sustentável de comunidades de entorno 1, 2, 5, 7, 8, 9, 10 2004 2014 Programa Voluntariado Corporativo - EletriCidadania - empregado dispõe de até quatro horas/mês para prestar serviço voluntário. Total de 869 horas em 2007 1, 2 2001 *
Luz Fraterna - convênio - Governo Estadual - isenção de pagamento para consumidores baixa renda que consomem até 100 KWh/mês. Em 2007, aproximadamente 255 mil beneficiados. 1, 2, 4, 5, 10 2005 *
Universalização de Energia - "Programa Luz para Todos" - ligação de toda a população rural do Estado à rede da Companhia. Até dezembro de 2007 foram realizadas 37.150 novas ligações. 1, 2, 4, 5, 10 2003 *
Programa Avicultura Noturna - Incentivo ao aumento da produção e exportação da carne de frango. Desconto tarifário para unidades consumidoras rurais classificadas como avicultura, atendidas em baixa tensão. 1, 2, 4, 5 2007 2010
Programa Irrigação Noturna: Estímulo ao uso da irrigação para aumento da produção agrícola e melhoria da qualidade de vida na área rural. Tarifa e equipamentos subsidiados a consumidores rurais. 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9 2003 2007
Luz Legal - regularização do fornecimento de energia elétrica em áreas de invasão. Até 2007, foram atendidas 3.493 unidades consumidoras. 1, 2 2003 *
Paraná em Ação - atuação comunitária conjunta para a promoção de ações efetivas, serviços e informações, promovendo cidadania 1, 2 2003 *
Paraná Digital - inclusão digital no ensino público conectando escolas estaduais à Internet. Em 2007 foramacrescentados 854 km de cabos de acesso urbano, e 164,2 km de cabos no anel principal 1, 2, 4, 5, 6, 10 2003 *
Menor Aprendiz – programa de inclusão profissional de menores em conflito com a lei entre 14 e 18 anos, em Convênio com o IASP. Em 2007, foram beneficiados 160 jovens 1, 2, 4, 5, 10 2003 *
Projeto Fera: cultura nas escolas da rede pública estadual 1, 2, 4, 5, 10 2003 2008 Tarifa Social para entidades sociais e consumidores baixa renda - desconto de até 65% na tarifa para consumidores de baixa renda que consomem até 160KWh/mês. Em 2007, foram beneficiadas 606 entidades sociais e 760 mil consumidores.
1, 2, 4, 5, 10 2003 *
Programa de Gestão Corporativa de Resíduos: reduzir, reutilizar e reciclar todos os resíduos gerados. Inclui Programa ZERE nas usinas 7, 8, 9, 10 2005 *
Museu Regional do Iguaçu: programa de educação ambiental destinado a comunidade. Possui um dos acervos regionais mais expressivos do Paraná. 7, 8, 9, 10
Programa de Eficiência Energética: promover a eficientização em instalações municipais, escolas e entidades assistenciais e de pesquisa 7, 8, 9
Programas da Estação Experimental de Estudos Ictiológicos: monitoramento e repovoamento dos rios e reservatórios do Paraná. 7, 8, 9 2005 *
Controle de espécies invasoras: monitoramento da entrada do mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) e de outras espécies. 7, 8, 9 2000 *
Recuperação de áreas degradadas: produção e reposição de vegetações nativas em áreas degradadas e de preservação. 7, 8, 9 1999 *
Plano diretor do uso dos reservatórios e seus entornos: define ações para o gerenciamento do uso e ocupação em faixa de 1.000 metros. 7, 8, 9 1992 *
Programa de Educação Ambiental "As Três Ecologias": foram treinados 808 colaboradores em 2007. 7, 8, 9,10 2003 * Programa Socioambiental de Arborização Urbana: auxilia municípios na adequação da arborização visando convivência pacífica entre árvores e redes de distribuição. 7, 8, 9 1992 *
Projetos de biorremediação de áreas contaminadas com óleo mineral isolante (Atuba, Mandirituba, Fazenda Rio Grande, Piên e Araucária) 7, 8, 9 2004 2009
Programa de Gestão corporativa de gases de efeito estufa: objetivo inicial de inventariar as emissões e propor mecanismos de redução/neutralização, com posteriores desdobramentos. 7, 8, 9 2007 *
5.2 2007-2008: O Biênio da Promoção de Direitos Humanos na Copel
Em 2008, a humanidade comemora os 60 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos-
DUDH e as empresas estão convocadas a participar, notadamente as mais responsáveis e
signatárias do Global Compact, em sua esfera de influência, para proteger, respeitar e remediar os
direitos humanos.
A Copel se engaja neste esforço global e convida a todos os seus fornecedores, parceiros,
clientes e demais partes interessadas a participar também. Assim, em 2008, a Copel terá como
bandeira de responsabilidade corporativa a ampla promoção dos direitos humanos universalmente
aceitos.
O ano de 2008 será marcado por novas iniciativas e políticas correlacionadas. Dentre estas,
destacamos as que se seguem:
5.3 Programas Corporativos Sociais
5.3.1 Programa de Promoção da Diversidade
Iniciado em agosto/2007, está subdividido em três frentes de trabalho:
• Gênero e Orientação Sexual: voltado à apresentação de propostas de melhorias e
reconhecimento das mulheres e do grupo GLBTT (Gays Lésbicas, Bissexuais, Transsexuais e
Transgêneros);
• Pessoas com Deficiência - PcD: interage diretamente com o Grupo de Acessibilidade e é
voltado à busca de soluções para adaptação das instalações físicas e da cultura da
Companhia no que concerne aos portadores de todas as deficiências; e
• Raça e Etnia: voltado às questões referentes à inclusão de pessoas "não-brancas" e de seu
tratamento igualitário.
5.3.2 Programa Corporativo de Segurança Alimentar e de
Desenvolvimento Comunitário Sustentável
O processo de recuperação do valor nutricional dos alimentos está sendo empreendido pela
Copel, que criou o Projeto-Piloto de Segurança Alimentar com Base Orgânica, a ser implementado
inicialmente na Usina Termelétrica de Araucária, no primeiro semestre de 2008. O projeto não visa
apenas à mudança do sistema atual alimentar dos empregados e familiares, mas reforça os
compromissos com a sustentabilidade, incentivando a agricultura familiar orgânica, em prol da
melhoria da qualidade de vida, e promovendo a inclusão social através da geração de empregos.
Após a avaliação e customização, o projeto será aplicado a todas as unidades da empresa até
2011.
A iniciativa da Copel tem como base a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - Losan,
marco da sociedade civil, que discutiu e criou a Lei, aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo
Senado Federal sem nenhuma ressalva. Como membro permanente do Conselho Estadual de
Segurança Alimentar - Consea, a Copel participou de todas as etapas de discussão e
encaminhamento das resoluções das conferências estaduais ao Poder Executivo.
5.3.3 Programa Corporativo de Acessibilidade
Acessibilidade é o processo que permite a igualdade de oportunidades a todos em uma
sociedade, máxime no uso de produtos, serviços e informação.
A Copel está em processo de adoção de medidas para promover acessibilidade arquitetônica,
comunicacional e atitudinal, em prol do bem-estar e da qualidade de vida de empregados, clientes
e demais partes interessadas que possuem alguma necessidade especial. Facilitar o
entendimento de todos os empregados acerca do que envolve a acessibilidade e demonstrar a
parcela de responsabilidade de cada um é o que pretende a Companhia. Como fato concreto, em
2007 realizamos relevantes ações: a Usina Termelétrica de Araucária teve seu refeitório
totalmente reprojetado em conformidade com a norma 9050 e os deficientes visuais residentes no
Paraná passaram a receber em casa, junto com a conta de luz, demonstrativo de seus gastos de
eletricidade em braille. Com esta inovação na acessibilidade comunicacional, nossos clientes
cegos ganharam condições de gerenciar melhor seu consumo sem depender do auxílio de outras
pessoas. Dentro de um ano, informações impressas em braille deverão alcançar cerca de 600
domicílios em todo o Estado.
O presidente da Associação dos Deficientes Visuais do Paraná - Adevipar, José Juarez Martins,
elogiou e enalteceu a iniciativa da Copel nessa área: “Ela só poderia ter vindo de uma empresa
com grande sensibilidade social, pois apesar de muito se falar a respeito, as medidas concretas
para aumentar a acessibilidade dos cidadãos portadores de algum tipo de deficiência ainda são
poucas”. Segundo nos informou, existem mais de 11 milhões de deficientes visuais no Brasil, dos
quais cerca de 10% vivem no Paraná. “Notamos que ainda há muita coisa a ser feita pela inclusão
social dos cegos, mas também é justo observar que existe uma enorme boa vontade em certos
setores, como o dos serviços públicos”, afirmou.
Em 2008, projeto-piloto adequará a maior estrutura física da Companhia, o pólo km 3, que abriga
cerca de 3000 indivíduos, a pessoas com necessidades especiais, devendo tal adequação, na
seqüência, estender-se a todas as regiões do Paraná onde a Copel atua. Tal medida, e as demais
já tomadas, fazem parte de um rol de procedimentos internos em desenvolvimento, destinados a
garantir total acessibilidade da população aos serviços da Copel e a informações relacionadas ao
histórico de consumo, ao combate ao desperdício no uso de energia e à prevenção de acidentes
com choque elétrico.
5.4 Apoio a Políticas Públicas
Promoção da Cidadania
Historicamente, a Copel, como fomentadora do desenvolvimento social e econômico do Estado do
Paraná, participa e apóia diversos movimentos conjuntos com órgãos do governo, Organizações
Não-governamentais - ONGs e outras entidades para a ampla promoção da cidadania, sobretudo
junto a comunidades mais carentes. Nesse âmbito, destacamos:
Ação Cooperar
Programa do Governo do Paraná, realizado pela Companhia de Habitação do Paraná, foi lançado
com o objetivo de oferecer serviços gratuitos que promovam a cidadania e a inclusão social da
população de baixa renda. Constitui-se de feira de serviços gratuitos itinerante, a qual dada sua
abrangência e potencial, é referência em termos de valorização do homem e de inclusão social em
defesa da cidadania em todo o Estado do Paraná. A Copel participa oferecendo os seguintes
serviços: pedidos de novas ligações elétricas, regularização das ligações clandestinas, cadastro
social para as famílias de baixa renda, demonstrações sobre uso seguro de energia, dentre outros.
Em 2007, foram realizados 13 eventos, atingindo 16.100 pessoas.
PR em ação
Programa do Governo do Paraná, realizado em parceria com o Poder Judiciário, órgãos públicos
federais e municipais, federações e a sociedade civil organizada, tendo como objetivos valorizar o
exercício da cidadania e promover a inclusão social, por meio da prestação de serviços nas áreas
de justiça, saúde e cultura, à população dos municípios de mais baixo Índice de Desenvolvimento
Humano - IDH. Em 2007, foram realizados 14 eventos, atingindo cerca de 62.800 pessoas. Tal
como no programa Ação Cooperar, a Copel participa desta importante feira de serviços itinerante
oferecendo serviços em sua área de atuação.
Semana da segurança
Com grande envolvimento de quase 500 colaboradores, em 2007 cerca de 80 cidades em todo o
Paraná participaram da campanha Semana da Segurança, que visa ao uso seguro da energia
elétrica. Mais de 150 escolas foram visitadas, alcançando a participação de quase 50.000
estudantes e professores, e mais de 150.000 transeuntes receberam orientação específica sobre o
assunto em praças, terminais de ônibus, rodoviárias, cruzamentos na via pública, mercados,
cooperativas, sindicatos rurais, agentes credenciados, lojas de material de construção civil e de
equipamentos agrícolas, ferry boats, dentre outros. Cerca de 3.000 trabalhadores da construção
civil participaram também da Semana da Segurança.
CONSEA/PR– Conselho de Segurança Alimentar do Paraná
Espaço de articulação entre o Governo do Paraná, a sociedade civil organizada e o Governo
Federal, o Consea/PR terá caráter consultivo, com a função de propor políticas, programas e
ações que configurem o direito humano à alimentação como parte integrante do direito de cada
cidadão.
Em 2003, o Governo do Paraná, em ação interinstitucional articulada pela Secretaria de Estado do
Trabalho, Emprego e Promoção Social com as demais Secretarias de Estado, incluindo a Copel, e
em parceria com a sociedade civil organizada, formulou o programa Fome Zero Paraná. Desde
então, a Copel vem participando de todos os levantamentos, diagnósticos, elaboração de projetos
e análises das políticas públicas de Segurança Alimentar do Estado do Paraná e do Brasil. Em
2007, foram realizados 43 eventos, com a participação de 73.500 pessoas.
5.5 Incentivos Fiscais
As contribuições levadas a efeito sob os auspícios da Lei Rouanet no exercício de 2007, no total
de R$ 5,0 milhões, foram efetuadas em projetos devidamente aprovados pelo Ministério da
Cultura, no âmbito do Governo Federal.
Ainda dentro do espírito de voluntariado, a Companhia participou e incentivou doação ao Fundo
dos Direitos da Infância e da Adolescência - FIA. Em 2007, a Copel destinou a projetos inscritos
no FIA, um total de R$ 1,6 milhões (não inclusos valores da Compagas), utilizando incentivos
fiscais. Dentre os projetos beneficiados, citamos o de Ampliação do Atendimento Hospitalar do
Hospital Pequeno Príncipe e Qualidade de Vida e Bem Estar do Pequeno Cotolengo.
A Copel transformou esta prática em política. A partir de agora, todos os anos a Companhia
potencializará ao máximo a utilização de recursos dedutíveis do FIA, com base em estimativas
anuais do imposto a pagar, destinando-os a projetos sociais. A Copel convida empresas parceiras
e fornecedores a fazerem o mesmo, visto que, pela união de forças, podemos fazer realmente a
diferença para as crianças e adolescentes de nosso Estado.
5.5.1 Contribuição para Projetos Culturais e Sociais: Maiores
Beneficiados
• Através da Lei Rouanet:
Em 2007: exposição “Kurt Schwitters no Brasil”
A exposição “Kurt Schwitters no Brasil”, cujo proponente é a empresa Art Unlimited SP Produções
Artísticas e Culturais Ltda., teve como objetivo trazer para o país as melhores obras de Kurt
Schwitters, artista considerado cada vez mais um dos criadores fundamentais do século 20.
Em 2006: exposição “Eternos Tesouros do Japão”
A exposição “Eternos Tesouros do Japão”, cujo proponente foi a Sociedade dos Amigos do Museu
Oscar Niemeyer - MON, teve como objetivo dar início às celebrações, no Paraná, dos eventos
comemorativos aos 100 anos da imigração japonesa no Brasil que ocorrerá em 2008. A história da
imigração foi exibida por meio de 120 obras de artistas, confeccionadas nos séculos XVII, XVII e
XIX.
Em 2005: exposição “Cícero Dias - uma vida pela pintura”
A exposição “Cícero Dias - uma vida pela pintura”, cujo proponente foi a Sociedade dos Amigos do
Museu Oscar Niemeyer - MON, realizou retrospectiva de trabalhos de Cícero Dias,
pernambucano, um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX, abrangendo do período
modernista (1920 a 1937) à década de 1980.
• Através do Fundo dos Direitos da Infância e da Adolescência - FIA:
Em 2006 e 2007: projeto de ampliação do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba
O projeto visa dar prosseguimento às obras de ampliação do Hospital Pequeno Príncipe, maior
hospital pediátrico do Sul do Brasil. Entidade sem fins lucrativos, destina 70% de sua capacidade
de atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS. Em 2006, os recursos recebidos
para a ampliação proporcional do Hospital Pequeno Príncipe foram aplicados na implantação de
pavimentos com mais 80 leitos, de unidades cirúrgica e neonatal de terapia intensiva, de centro
cirúrgico, dentre outros. Com a demanda de atendimento crescente, em 2007 nossos recursos
foram dirigidos para a aquisição de aparelhagem para os novos pavimentos da unidade de terapia
intensiva e dos centros cirúrgicos.
A tabela a seguir apresenta dados relativos a projetos culturais e sociais e aos recursos aplicados
pela Companhia de 2005 a 2007:
Atuação da Copel na área cultural e social 2007 2006 2005 Dados dos projetos culturais e sociais beneficiados
Lei Rouanet/FIA
Recursos destinados a projetos culturais (R$ mil) 5.006/1.676 8.305/2.035 2.626/-
Nº de projetos beneficiados pela contribuição da Companhia 21/4 22/10 5/-
Recursos destinados ao maior projeto cultural (R$ mil) 500/1.000 1.200/1.300 774/-
5.6 Indicadores Sociais
A tabela abaixo resume o desempenho da Companhia, no período de 2005 a 2007, no que
concerne a sua atuação junto ao governo e sociedade e à comunidade:
Atuação da Copel na área social 2007 2006 2005
Governo e Sociedade: eventos e aplicação de recursos da Copel em campanhas e programas
Recursos alocados em programas governamentais (não obrigados por lei) federais, estaduais e municipais (R$ mil)
6.491
18.331
11.934
Nº de eventos em prol da: segurança alimentar desenvolvimento da cidadania
43 47
15 44
26 25
Recursos publicitários destinados a campanhas institucionais para o desenvolvimento da cidadania (R$ mil)
2.384
12.929
6.842
Recursos investidos nos programas que utilizam incentivos fiscais/total de recursos destinados a investimentos sociais (R$ mil)
7.285
11.399
3.101
Comunidade: voluntariado e aplicação de recursos da Copel em ações sociais
Recursos aplicados em educação (R$ mil) 6.615 19.020 12.574
Recursos aplicados em saúde e saneamento (R$ mil) 28.646 80.195 37.195
Recursos aplicados em cultura (R$ mil) 5.510 9.207 3.101
Outros recursos aplicados em ações sociais (R$ mil) 4.380 5.304 332
Valor destinado à ação social (sem inclusão de obrigações legais, tributos e benefícios vinculados à condição de empregados da Copel (% sobre receita líquida)
0,8%
2,3%
1,1%
Do total destinado à ação social, percentual correspondente a doações em espécie
3,9%
1,9%
-
Do total destinado à ação social, percentual correspondente a investimentos em projeto social próprio
0,1%
0,2%
0,2%
Empregados que realizam trabalhos voluntários na comunidade externa à Copel/total de empregados (%)
5%
5%
5%
Quantidade anual de horas mensais doadas (liberadas do horário normal de trabalho) pela Copel para trabalho voluntário de empregados
869
730
893
5.7 Gestão de Clientes
Os diversos canais de acesso disponibilizados pela Copel para seus clientes são criados com
base em segmentação do mercado consumidor definida pelo órgão regulador, bem como em
consideração de suas preferências e necessidades, da complexidade e do tipo de atendimento, e
das estratégias da Companhia. O objetivo é agregar qualidade e agilidade na prestação de
orientações e no atendimento a solicitações, sugestões e reclamações de nossos consumidores.
Os canais estão listados no site da Companhia www.copel.com.
A central de atendimento telefônico (0800 51 00 116), como principal canal de acesso, realizou,
em média, 670.000 atendimentos/mês em 2007, sendo que nas 106 unidades de atendimento
personalizado registramos 121 mil. Esses dois canais representaram 92% dos atendimentos
realizados nesse ano. O atendimento telefônico possui sistema de gestão da qualidade certificado
pela NBR ISO 9001, que está sendo ampliado, também, para o atendimento personalizado. Para
segmentos específicos, como clientes de alta tensão, a Companhia disponibiliza atendimento
diferenciado com teleatendentes especializados (0800 643 7575). Grandes clientes industriais e
comerciais têm como principais canais de acesso analistas comerciais de negócios, que são
capacitados para prestar atendimento comercial e técnico personalizado, e o Centro de Operação
da Distribuição - COD, para emergências relacionadas a fornecimento de energia.
Entre as ações implementadas na busca do atendimento a necessidades dos clientes,
salientamos: a) a capacitação de atendentes na linguagem de sinais Libras e b) a adoção do posto
de atendimento móvel para comunidades mais distantes dos grandes centros e localidades que
não possuem unidade de atendimento personalizado. Tal posto, além de proporcionar
atendimento comercial, divulga informações sobre uso seguro e eficiente de energia, programas
sociais e direitos e deveres dos consumidores.
No âmbito do atendimento a necessidades dos clientes, cabe-nos destacar, ainda, que a Copel é
pioneira no setor elétrico brasileiro em promover arrecadações para entidades que prestam
serviço a comunidade através de sua fatura de energia. A primeira entidade a usufruir deste
serviço foi a Pastoral da Criança, em 1998. Hoje, a política beneficia um total de 67 entidades.
Para se candidatar, a entidade deve ter caráter assistencial ou ser de interesse coletivo, não ter
fins lucrativos e apresentar a documentação requerida.
A Copel possui banco de dados de informações sobre clientes que são tratadas
confidencialmente, através de sistemas, processos e procedimentos que garantem sua
privacidade. Está em desenvolvimento a revitalização tecnológica dos sistemas que compõem
esse banco de dados, para manutenção de sua confiabilidade e aperfeiçoamento da gestão do
relacionamento com os clientes dos vários segmentos.
A satisfação dos clientes é monitorada pelas pesquisas de opinião realizadas anualmente. Para o
segmento residencial, as pesquisas realizadas nas edições anuais dos prêmios da Associação
Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica - Abradee, da qual a Copel é associada,
registraram 85,2% de clientes satisfeitos. Já as da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel
contabilizaram 74,4%.
Esses resultados vêem demonstrando significativos avanços na satisfação dos clientes desse
segmento. Para os demais segmentos, os percentuais de satisfação dos clientes foram os
seguintes: clientes rurais, 83,0%; poderes públicos/prefeitos, 88,8%; grandes clientes, 90,0%;
atendidos em alta tensão, 82,6%. Para o serviço de atendimento telefônico, é realizada pesquisa
de satisfação anual, tendo o último resultado demonstrado que 92,0% dos clientes estão
satisfeitos. As oportunidades de melhorias identificadas para cada segmento são analisadas por
grupos multidisciplinares, que propõem ações a serem implementadas, visando ao nível de
excelência na satisfação dos clientes.
A Copel Telecomunicações conta com carteira de 504 clientes atuantes nos mais diversos ramos
de atividades, como escolas, bancos, supermercados, provedores de internet, indústrias, órgãos
públicos, lojas e operadoras de telefonia fixa e celular, oferecendo serviços de canais dedicados,
internet banda larga, redes privativas IP/MPLS-VPN, videoconferência, hospedagem utilizando
tecnologias de ponta SDH, PI/MPLS e Giga Ethernet em fibra óptica.
5.7.1 Indicadores de Atendimento a Clientes
A tabela a seguir apresenta indicadores relativos à monitoração de nossa carteira de clientes, do
período de 2005 a 2007, especificamente no tocante à energia vendida por classe tarifária,
satisfação do cliente, atendimentos realizados, montante e natureza de reclamações enviadas,
qualidade técnica dos serviços prestados e segurança no uso final da energia:
Período 2007 2006 2005
Venda de Energia (GWh): % Total
Residencial 25,7 25,8 24,9 Residencial baixa renda 3,8 4,0 3,7 Industrial 38,7 38,5 40,9 Comercial 18,6 18,2 17,3 Rural 7,6 7,7 7,4 Poder público 2,7 2,7 2,6 Iluminação pública 3,7 3,9 3,8 Serviço público 2,9 3,1 3,0 Próprio 0,1 0,1 0,1
Concessionárias 2,3 2,4 2,3 Satisfação do Cliente
Índices de satisfação obtidos pela Pesquisa IASC - ANEEL em andamento 69,96 74,44 ISC - Índice de Satisfação do Cliente (preço e qualidade) 66,50 52,70 54,70 ISQP (qualidade percebida) 84,20 85,30 85,70 Atendimentos Realizados
Total de ligações atendidas (Call center) 7.472.323 7.345.351 7.903.316 Nº de atendimentos nos escritórios regionais 1.451.664 999.139 13.373 Reclamações em relação ao total de ligações atendidas (%) 1,4 1,7 1,9 Tempo médio de espera até o início de atendimento (min.) 00:00:24 00:00:30 00:00:33 Tempo médio de atendimento (min.) 00:02:58 00:03:04 00:03:06
Nº de Encaminhamento de Reclamações de Consumidores
À Empresa 102.334 124.602 152.188 Ao Procon 221 496 1538 À Justiça 958 705 770
Reclamações: Principais Motivos (%) Valor da conta de luz: inclui leitura do consumo de energia, tarifa e débitos pendentes
16,3 19,0 23,4
Procedimento irregular: inclui auto-religação, desvio de energia e medição adulterada
16,3 14,8 0,0
Atendimento ao cliente: inclui tempo de espera, retorno/resposta, respeito/cortesia
14,0 17,7 16,9
Interrupção do fornecimento: inclui desligamento não-programado/programado/solicitado, duração e freqüência
10,9 7,9 4,4
Ligação/religação: inclui cobrança de taxas, prazo, vistoria da entrada de serviço, postinho de luz
10,0 7,7 8,0
Rede/linha: sobre aumento de carga/reforço na rede, obras de extensão e prazos
6,5 7,1 5,4
Iluminação pública: sobre lâmpadas/luminárias, cobrança e prazos 4,8 3,5 2,1 Ressarcimento: inclui danos materiais, morais, físicos, lucros cessantes e prazos
3,8 4,3 4,6
Fatura: inclui emissão de 2ª via, débito em conta corrente, pagamentos, entregas e contas vinculadas
3,4 4,4 9,8
Tensão: inclui nível e variação/oscilação 3,1 2,7 3,2 Suspensão do fornecimento: inclui reclamações sobre deficiência técnica, falta de pagamento e suspensão indevida
2,6 2,5 14,5
Programa social: sobre cadastro, universalização e prazos 2,1 1,9 1,0 Meio ambiente: inclui poda/corta de árvores, obras/construção 1,7 0,0 0,8 Outros: de cunho administrativo e sobre cadastros 4,5 6,4 6,1 Reclamações julgadas procedentes em relação ao total de processos encerrados
47,9 47,4 55,4
Qualidade Técnica dos Serviços Prestados Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC)1 geral da Copel (valor apurado)
14,67 14,79 13,48
Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC), geral da Copel (limite)
13,70 14,26 14,76
Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC)2 geral da Copel (valor apurado)
13,27 13,65 13,50
Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) geral da Copel (limite)
13,34 13,99 14,62
Segurança no Uso Final de Energia do Consumidor Taxa de Gravidade - TG de acidentes com terceiros por choque elétrico na rede concessionária
2.264 1.066 1.052
1 O DEC expressa o intervalo de tempo que, em média, cada consumidor do conjunto considerado ficou privado do fornecimento de energia elétrica, no período de observação, considerando-se as interrupções maiores que ou iguais a três minutos 2 O FEC exprime o número de interrupções que, em média, cada consumidor do conjunto considerado sofreu no período de observação, considerando-se as interrupções maiores que ou iguais a três minutos
5.7.2 Segurança e Saúde de Clientes e Consumidores
A análise e o controle de riscos relativos à segurança e saúde dos empregados estão integrados a
todas as etapas das atividades da Copel, por meio de ações conjuntas das áreas de segurança do
trabalho, saúde ocupacional, serviço social, treinamento e meio ambiente, conforme estabelece a
Política de Segurança do Trabalho.
A força de trabalho participa da identificação dos fatores que influenciam a saúde e a segurança
pela participação em reuniões de segurança, de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes -
CIPAs, no total de 40 na Companhia, e de workshops, nos quais são apontados problemas
específicos.
Ações de segurança e saúde para empregados contratados são disciplinadas em manual
específico e integram seu contrato de prestação de serviços. A Companhia, em atendimento à
legislação vigente, realiza treinamento da mão-de-obra contratada e acompanha o cumprimento
dos requisitos de segurança legais pelos contratados por meio de inspeções periódicas de
Equipamentos de Proteção Individual - EPls e Equipamentos de Proteção Coletiva - EPCs e da
execução de atividades na área de risco. O controle do treinamento mínimo obrigatório de
trabalhos com eletricidade é realizado através de aplicativo próprio, que contém informações sobre
os empregados das empreiteiras, delas próprias e dos contratos com elas firmados.
5.8 Política de Comunicação Comercial e Institucional
Em 2007, a Copel iniciou estudos para implantar, ainda em 2008, sua Política de Comunicação,
que será pautada, principalmente, nos valores da Companhia e nos Princípios do Pacto Global.
A comunicação de marketing da Copel resume-se, basicamente, em fazer chegar aos 3,4 milhões
de clientes informações permanentes de interesse público, que abrangem o uso seguro e eficiente
da energia, programas sociais, direitos e deveres do consumidor, as quais atendem à Resolução
Aneel nº 456, artigo 100.
5.8.1 Campanhas e Ações de Comunicação
Dentre as ações realizadas no decorrer de 2007, em atendimento ao que dispõe a legislação
vigente, e visando maior aproximação com a comunidade e a veiculação de informações
relativamente ao uso seguro da energia elétrica, à cidadania e aos cuidados com o meio ambiente,
destacamos a campanha de verão no litoral paranaense e a semana nacional da segurança com
energia elétrica. Adicionalmente, focamos ações para:
Esclarecimentos sobre Algas Azuis
Dirigidos à população do entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz
da Rocha Netto (Foz do Areia) sobre riscos à saúde advindos do contato ou ingestão da água, em
face da proliferação de cianobactérias. Informações são veiculadas através de folderes, cartazes,
comunicados em rádios da região e de faixas nas áreas de acesso ao lago.
Usuários de equipamentos de sobrevida
Programa de intensificação das ações de identificação e atualização do cadastro de unidades
consumidoras com moradores que necessitem de equipamentos elétricos para sobrevida. Há
publicação de alerta nos materiais informativos destinados a clientes, na medida em que são
produzidos ou reimpressos.
Manutenção da iluminação pública
Esclarecimentos à população sobre a responsabilidade pela manutenção da iluminação pública
são realizados permanentemente. Em 2007, foram utilizados 500 mil folderes, 200 mil cartões, 5
mil cartazes e o site da Companhia para divulgação do tema.
5.8.2 Canais de Comunicação
Para minimizar impactos negativos de seus produtos e serviços na comunidade, a Companhia
promove ações sistemáticas de educação sobre o uso correto da energia e conscientização para
evitar acidentes, por meio de estações de rádio; palestras (em empresas, cooperativas rurais,
associações de classe e na comunidade em geral); faturas de energia e envelopes; feiras e
eventos; calendário rural (que disponibiliza autoleitura do consumo de energia); e de seu site na
internet.
Além disso, a Companhia oferece:
Kit escola
Constitui-se de cartilha com informações sobre uso seguro de energia e de prevenção de
acidentes com eletricidade nas escolas, acompanhada de caderno, régua e jogo da memória. Em
2007, 200 mil kits foram distribuídos em 1650 instituições escolares, em palestras realizadas por
técnicos de segurança e 650 voluntários em todo o Paraná, atingindo 156 mil alunos da quarta
série do ensino fundamental, em 375 municípios.
Agentes arrecadadores
A Copel estabeleceu, mediante convênio, rede de agentes arrecadadores, constituídos por 2.700
estabelecimentos no Paraná, responsáveis pelo recebimento de valores de R$ 1,1 milhão de
faturas de energia elétrica/mês e de distribuição de material informativo da Copel.
5.9 Gestão de Fornecedores
A Copel realiza contratações de materiais e serviços em conformidade com a Lei n° 8.666/93 (Lei
de Licitações) e outros instrumentos legais pertinentes, não sendo possível que se estabeleçam
critérios que visem à escolha regionalizada de fornecedores. A Lei prevê isonomia aos
participantes do certame, ficando a administração responsável pelo estabelecimento das
exigências técnicas e comerciais e pela publicidade do processo. Em 2007, aproximadamente
29,4% do valor total dos contratos de materiais e serviços firmados pela Copel coube a
fornecedores do Estado do Paraná, 70,4% a fornecedores de outros estados da Federação, e
0,1% a fornecedores estrangeiros.
Nos processos de cadastramento de fornecedores e nas fases de habilitação dos participantes de
licitações, é exigida declaração, assinada por sócio, proprietário ou diretor, devidamente
identificado, de que a empresa não imputa trabalho noturno, perigoso ou insalubre, a menor de 18
anos e qualquer trabalho a menor de 16 anos. Exige-se também, nessa declaração, que aquela
informe se emprega menor, a partir de 14 anos, na condição de aprendiz. Na habilitação de
fornecedores, os quais são classificados pela especificidade do serviço e pelo seu porte, há
avaliação de aspectos relacionados a questões de natureza jurídica, econômico-financeira e
técnica, recebendo as empresas habilitadas certificado de cadastro, o qual é utilizado por elas
para habilitar-se futuramente em outros órgãos da administração pública, em especial nas
prefeituras municipais. Anualmente, há renovação da habilitação dos contratados em nosso
cadastro específico, ocasião em que é formalmente verificado o fiel cumprimento às exigências
estabelecidas em contratos firmados por eles com a Copel.
Os contratos de materiais e serviços firmados pela Copel com seus fornecedores são gerenciados
por gestores de contrato disponíveis em todas as unidades na Companhia, responsáveis pelo
contínuo e amplo acompanhamento, fiscalização e controle de seu objeto e das condições
contratuais pactuadas entre as partes até seu encerramento, de acordo com as normas e manuais
técnicos e administrativos próprios da empresa.
Em 2008, a Copel tem como prioridade não somente a criação de mecanismos para monitorar o
efetivo cumprimento de cláusulas contratuais relativas a questão de responsabilidade social e de
direitos humanos, mas também orientação sobre o funcionamento dos procedimentos de
monitoramento. Dessa forma, a Companhia possibilitará a integração da parte interessada no
processo, a qual, por meio de oficinas específicas oferecidas pela Companhia, terá orientações
sobre a interpretação dos próprios contratos firmados com a Copel.
Atendendo diretriz do Governo Estadual, a Copel tem adotado em suas licitações, sempre que
possível do ponto de vista legal, a modalidade de pregão eletrônico. Essa ação visa dar maior
transparência aos atos da administração, democratizar o processo ao ampliar sua divulgação e
permitir que fornecedores das mais variadas regiões do país possam participar do certame, sem
ter que se deslocar até a localidade onde será conduzida a licitação. Havendo participação de
microempresa ou empresa de pequeno porte nessa ocasião, serão assegurados os benefícios da
Lei Complementar nº 123/2006, que dispõe, como critério de desempate, a preferência na
contratação, desde que seja apresentada pelo proponente documentação que comprove tal
condição. Para fins de aplicação dos benefícios estabelecidos, entende-se por empate aquelas
situações em que o valor da proposta inicial apresentada por microempresa ou empresa de
pequeno porte seja igual ou até 10% superior à proposta melhor classificada, desde que esta não
esteja enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte.
5.10 Gestão de Pessoas
Os 8.347 empregados do quadro próprio estão distribuídos em quatro carreiras em função da
natureza das atividades e dos requisitos de cargo, a saber: operacional (2.757 empregados),
administrativa (2.468 empregados), profissional técnico de nível médio (1.760 empregados) e
profissional de nível superior (1.362 empregados). A Companhia vem redimensionando seu
quadro funcional, tendo admitido em 2007, mediante concurso público, 645 novos empregados
(não considerando admissões das controladas Compagas e Elejor). Durante o mesmo período,
425 empregados desligaram-se da Companhia, em grande parte por aposentadoria, tendo a taxa
de rotatividade sido de 6,61.
Todo o quadro próprio da Companhia é contratado por meio de concurso público, com ampla
possibilidade de participação de brasileiros natos ou naturalizados, independente de gênero, raça
ou crença. A Copel destina vagas em seus concursos públicos para candidatos portadores de
necessidades especiais e afrodescendentes. Em 2007, a Companhia destinou 5% das vagas para
cargos de natureza administrativa passíveis de preenchimento por portadores de necessidades
especiais. Dentre candidatos afrodescendentes, foram admitidos 13 novos empregados.
Houve evolução do número de empregados próprios dos últimos 12 anos. O desempenho aponta
tendência de decréscimo, entre 1995 e 2002, devido à política de terceirizações e incentivo a
aposentadorias e demissões voluntárias, em preparação para possível processo de privatização,
que acabou por não ser concretizado. A retomada do crescimento do número de empregados
próprios, a partir de 2003, reflete a decisão de não mais se privatizar a Companhia, de recompor
seu quadro próprio para atender à efetiva demanda reprimida de trabalho crescente e de
primarizar serviços essenciais e diretamente ligados aos negócios, os quais haviam sido
anteriormente terceirizados.
5.10.1 Treinamento e Desenvolvimento
A Companhia conta com diversas formas de capacitação e aprimoramento continuados de seus
empregados. Em grande parte, são cursos realizados internamente para suprir demandas geradas
pela implementação de novas tecnologias e processos. Em 2007, foram realizados 2.773 eventos
(cursos, seminários e palestras), sendo 2.524 cursos internos e 249 externos, com 40.054
participações de empregados e 737 de terceirizados. A carga horária média/ano foi de 70,4
horas/empregado.
Treinamento de Empregados 2007 (Em horas/média)
Operacional 81,3
Administrativo 45,8
Técnico 81,3
Profissional 76,7
A Copel possui um comitê de treinamento e desenvolvimento formado por representantes de todas
as áreas da Companhia, sendo responsável por decisões estratégicas relacionadas a treinamento
e desenvolvimento, como programas de pós-graduação institucional, participações em eventos no
exterior, entre outros.
Adicionalmente, a Copel aplica consistente política em relação à formação de seus empregados,
com investimentos significativos em cursos de pós-graduação e incentivo ao seu
autodesenvolvimento, por meio de programa de auxílio-educação. Em seu quadro de pessoal, a
Companhia tem atualmente 3.147 empregados com formação superior, sendo 923 especialistas,
126 mestres e 14 doutores.
5.10.2 Política Salarial
As práticas de remuneração, reconhecimento e incentivo estão baseadas no modelo de
remuneração estruturado pela Companhia, apoiando-se em dois pilares: remuneração fixa
(comparação de mercado e mérito) e variável (Participação dos Empregados nos Lucros e/ou
Resultados - PLR). A Copel e a CENPRL, comissão especialmente constituída para a participação
dos empregados nos lucros e/ou resultados, obtiveram avanços significativos no transcorrer das
negociações, com o estabelecimento de metas empresariais, renegociadas em 2007. O Plano de
Cargos e Salários da Copel foi reestruturado de maneira a refletir a realidade ocupacional na
Companhia. Ele serve de referência para a remuneração fixa, buscando a comparação dos
salários pagos pela Companhia com valores de mercado e aplicação da política salarial. A
proporção entre o menor salário praticado pela Companhia em 31.12.2007 (R$ 764,85) e o salário
mínimo nacional vigente naquela data (R$ 380,00) era de 201%, não tendo havido diferença
significativa no mesmo período relativamente à proporção de salário- base entre homens e
mulheres.
5.10.3 Benefícios
Dentre os benefícios concedidos diretamente pela Companhia a todos os empregados, além dos
previstos pela legislação, destacam-se: auxílio-educação, abono de férias, auxílio-alimentação e
refeição, auxílio-creche, auxílio a portadores de necessidades especiais, além de outros
possibilitados pelo convênio existente entre a Copel e o Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS.
Outro conjunto de benefícios, concedidos pela Companhia e administrados pela Fundação Copel
de Previdência e Assistência Social, do qual a Copel é mantenedora, são: plano de previdência
privada, adicional ao valor da previdência oficial, e amplo plano de assistência médico-hospitalar e
odontológica, dentre os melhores oferecidos pelo mercado.
5.10.4 Liberdade de Associação e Negociação Coletiva
A totalidade dos empregados da Copel é representada nas relações de trabalho com a Companhia
por meio de sindicatos independentes. A legislação brasileira estabelece que essas entidades
podem organizar-se por categoria e base territorial (município).
A Copel mantém estreito relacionamento com todas as 18 entidades representativas dos
empregados: sindicatos de categorias de base (eletricitários) e categorias profissionais e/ou
diferenciadas. A direção sindical tem livre acesso às gerências locais e a todas as instalações da
Companhia, a fim de levar aos empregados as comunicações de seu interesse, além de dispor de
canal formal direto com a área de recursos humanos.
A participação dos empregados nas negociações tem papel de fundamental importância, e vai
desde a presença nas assembléias sindicais, para elaboração da pauta de reivindicações, até a
deliberação da categoria pela aceitação ou rejeição da proposta da Companhia. A Copel também
incentiva a participação dos empregados em conselhos, órgãos de classe e associações
profissionais, entre outras entidades.
A Copel envida esforços no sentido de levar ao conhecimento prévio dos empregados as
mudanças significativas em sua operação, sempre com a maior antecedência possível, como no
caso da migração de parte das atividades de transmissão (mudança de ativos) para a Diretoria de
Distribuição e, conseqüentemente, a transferência de empregados. Nesse caso, o tema foi
discutido com as entidades sindicais, bem como amplamente informado aos empregados em
inúmeras reuniões.
5.11 Programas e Campanhas Corporativos de Segurança e Saúde
Fatores que têm influência na saúde e segurança são identificados e tratados através de
programas corporativos específicos, dentre os quais destacamos:
• Programa de Prevenção ao Risco Ambiental - PPRA;
• Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
• Campanha Permanente de Segurança e Saúde “Dê Preferência à Vida;
• Programa de Ginástica Laboral e de Condicionamento Físico;
• Programa de Gestão de Segurança e Saúde - GSS;
• Programa “Caça ao Risco” e Portal de Segurança e Saúde, o qual registra quase-acidentes e
situações de risco nas instalações da Copel e na rede elétrica externa, que possam
comprometer a segurança dos empregados próprios ou contratados ou da comunidade.
Aplicativo específico do programa está disponível a todos os empregados da Companhia por
meio do Portal de Segurança e Saúde, na Intranet, possibilitando o controle e
acompanhamento dos registros e das ações corretivas implementadas; e
• Programa para Regularização de Situações de Riscos na Rede Elétrica de Distribuição de
Energia: consiste no estabelecimento de critérios de ação para melhorar as condições de
trabalho dos eletricistas da Copel.
5.12 Indicadores de Empregabilidade
A tabela a seguir apresenta dados relativos a empregabilidade (remuneração, participação nos
lucros e resultados, saúde e segurança no trabalho, desenvolvimento profissional, comportamento
frente a demissões, reclamações trabalhistas e preparação para a aposentadoria) dos
colaboradores e administradores da Copel no período de 2005 a 2007:
Informações 2007 2006 2005 Nº total de empregados 8.347 8.119 7.704 Empregados até 30 anos de idade 24,25% 22,38% 17,98% Empregados com idade entre 31 e 40 anos 22,13% 21,53%% 21,12% Empregados com idade entre 41 e 50 anos 41,39% 42,74% 44,76% Empregados com idade superior a 50 anos 12,23% 13,35% 16,14% Nº de mulheres em relação ao total de empregados 17,79% 17,72%% 17,58% Mulheres em cargos gerenciais em relação ao total de cargos gerenciais 11,20% 11,42% 11,45% Empregadas negras (pretas e pardas) em relação ao total de empregados 0,71% 0,70% 0,77% Empregados negros (pretos e pardos) em relação ao total de empregados 2,58% 2,23% 2,22% Empregados negros (pretos e pardos) em cargos gerenciais em relação ao total de cargos gerenciais
4,95% 5,08% 5,09%
Estagiários em relação ao total de empregados 11,06% 11,04% 11,37% Empregados do programa de contratação de aprendizes*** 1,01% 0,92% 0,79% Empregados portadores de deficiência 54 52 73 Remuneração (acumulado no ano em R$ mil) 443.906 434.479 414.364 Folha de pagamento bruta 587.021 579.944 546.123 Encargos sociais compulsórios 144.643 146.955 138.701 Benefícios
Educação 2.296 2.130 1.687 Alimentação 54.476 49.586 41.364 Saúde 57.076 26.501 21.378 Fundação (64.348) 52.620 8.453 Outros **** 10.128 9.710 3.570
Participação nos lucros e resultados (acumulado no ano) Investimento total em programa de participação nos resultados da Copel (R$ mil) 54.254 52.028 32.294 Valores distribuídos em relação à folha de pagamento bruta (%) 9,2% 9,0% 5,9% Ações da Copel em poder dos empregados (%) 0,01% 0,01% 0,01% Divisão da maior remuneração pela menor remuneração em espécie paga pela Copel (inclui participação nos resultados e bônus)
29 27 28
Divisão da menor remuneração da Copel pelo salário mínimo vigente (inclui participação nos resultados e programa de bônus)
2,01% 2,07% 2,33%
Perfil da remuneração (% de empregados em cada faixa salarial (R$): dados de dezembro) Até 2.000,00 De 2.001 a 4.000 De 4.001 a 6.000 Acima de 6.000
57,64% 30,90% 4,85% 6,61%
60,92% 28,23% 4,51% 6,34%
60,81% 28,12% 4,58% 6,49%
Por categorias (salário médio no ano corrente) (R$) Cargos gerenciais Cargos administrativos Cargos de produção
7.041 1.537 2.357
8.848 1.546 2.289
8.062 1.609 2.344
Saúde e segurança no trabalho (acumulado no ano) Média de horas extras por empregado/ano 11,35 13,40 15,57 Nº total de acidentes de trabalho com empregados 208 210 153 Nº de acidentes típicos da atividade-fim com empregados Nº de acidentes de trajeto com empregados Nº de doenças ocupacionais com empregados
166 36 6
162 36 12
126 22 15
Nº total de empregados próprios acidentados 211 215 155 Nº de dias perdidos com acidentes de empregados próprios 27.361 19.996 13.731 Nº total de acidentes de trabalho com terceirizados/contratados 111 91 55 Média de acidentes de trabalho por empregado/ano 0,024850 0,025881 0,019816 Acidentes com afastamento temporário de empregados e/ou de prestadores de serviço
58,60% 60,90% 58,80%
Acidentes que resultaram em mutilação ou outros danos à integridade física de empregados e/ou de prestadores de serviço, com afastamento permanente do cargo, incluindo LER
0,00% 0,00% 0,00%
Acidentes que resultaram em morte de empregados e/ou prestadores de serviço 0,02% 0,01% 0,01% Índice de Taxa de Freqüência - TF total da Copel no período, para empregados 13,72 14,02 11,25 Investimentos em programas específicos para portadores de HIV (R$ mil) *NA NA NA Investimentos em programas de prevenção e tratamento de dependência (drogas e álcool) em R$ mil
14 17 15
Escolaridade e desenvolvimento profissional (dados de dezembro): % em relação ao total de empregados Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Pós-graduação: especialização/mestrado/doutorado
5,95% 56,26% 37,79% 12,04%
6,20% 55,81% 38,00% 12,37%
6,93% 54,16% 38,91% 12,92%
Analfabetos na força de trabalho 0,00% 0,00% 0,00% Valor investido em desenvolvimento profissional e educação 0,00% 0,00% 0,00% Quantidade de horas de desenvolvimento profissional por empregado/ano 70,0 59,3 47,4
Comportamento frente a demissões (acumulado no ano) Nº de empregados ao final do período 8.347 8.119 7.704 Nº de admissões durante o período 645 930 1.199 Reclamações trabalhistas iniciadas por total de demitidos no período 6,15% 11,82% 17,74%
Reclamações trabalhistas Total no período 26 61 44 Montante reivindicado em processos judiciais (R$ mil) 42.343 36.718 30.754 Valor provisionado no passivo (R$ mil) 80.892 77.321 82.667 Nº de processos existentes 1.889 1.692 1.703 Nº de empregados vinculados nos processos 295 162 119 Nº de beneficiados pelo programa de previdência complementar 8.258 8.039 7.637 Nº de beneficiados pelo programa de preparação para a aposentadoria 56 0 0
Trabalhadores terceirizados (valores acumulados de dezembro)** Nº de trabalhadores terceirizados/contratados 2.237 2.227 ND *NA: não aplicável
** A Copel, em face de contratar trabalhadores terceirizados através de empresas prestadoras de serviços, não possui registro de dados relativos a perfil de remuneração, nível de escolaridade e Índice de Taxa de Gravidade - TG de seus empregados terceirizados/contratados
***A Copel está inserida no âmbito do Decreto Estadual 3492/2004, que trata do Programa de Inserção do Adolescente no mercado de trabalho. Os menores são contratados por um ano, podendo ser a contratação prorrogada por igual período, estando sua jornada de trabalho limitada em quatro horas diárias, de segunda a sexta-feiras.
**** Compõem: indenizações trabalhistas, auxílio doença complementar, seguros, vale transporte excedente, auxílio invalidez e morte acidental.
Observações:
No tocante à remuneração dos administradores da Companhia, informamos que, para cada membro em exercício do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, é paga remuneração mensal equivalente a 15% daquela que, em média, é atribuída a cada Diretor, incluindo a 13ª remuneração, observados os termos do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto Estadual nº 6.343/1985, que define que o representante dos empregados eleito para o Conselho de Administração não receberá remuneração, ficando o montante global anual da remuneração dos membros daquele Conselho e do Conselho Fiscal, com encargos, fixado em R$ 5.500.000,00.
A Copel não implementou no período mencionado, e não está em fase de implementação, nenhum programa específico para o acompanhamento de portadores do HIV.
5.13 Indicadores do Setor Elétrico
5.13.1 Universalização e Programa Luz para Todos
A Aneel, através da Resolução nº 223, de 29.04.2003, alterada pelas Resoluções nºs 52, de
25.03.2004, e 175, de 28.11.2005, estabeleceu as condições gerais para elaboração dos planos
de universalização de energia elétrica, regulando o disposto nos artigos 14 e 15 da Lei nº 10.438,
de 26.04.2002, posteriormente alterada pelas Leis nºs 10.762, de 11.11.2003, e 10.848, de
15.03.2004.
Em 11.11.2003, o Ministério de Minas e Energia - MME, através do Decreto no 4.873, instituiu o
Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica “Luz para Todos”,
destinado a propiciar, até 2008, o atendimento com energia elétrica à parcela da população do
meio rural que ainda não possui acesso a esse serviço público.
A Copel ligou 30.000 consumidores do início do Programa Luz para Todos até dezembro/2007 e,
adicionalmente, 7.150 consumidores rurais não incluídos no programa. Como a quantidade de
solicitações extrapolou as previsões iniciais, estamos em fase de assinatura de novo contrato para
ligação de outros 30.000 interessados.
O programa se integra aos diversos programas sociais e de desenvolvimento rural implementados
pelo Governo Federal e dá prioridade ao atendimento de:
• quilombolas e outras minorias raciais, identificadas pela coordenação do Programa Luz para
Todos;
• assentamentos rurais, mediante encaminhamento pelo Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária - Incra;
• comunidades indígenas, mediante encaminhamento pela Fundação Nacional do Índio - Funai;
• domicílios em propriedades rurais voltadas para a agricultura familiar.
• projetos do Governo voltados para uso produtivo da energia elétrica e que fomentem o
desenvolvimento local.
Para a execução do programa até dezembro/2007, foi adotada a seguinte composição financeira:
30% a fundo perdido, oriundos da Conta de Desenvolvimento Energético - CDE; 40% por meio de
empréstimo da Reserva Global de Reversão - RGR, com cinco anos de prazo para pagamento e
dois anos de carência; 20 % de recursos próprios da Copel; e 10% de recursos do Governo do
Estado. Para a continuidade do programa em 2008, haverá alteração dessa composição financeira
da ordem de 10% a fundo perdido, oriundos da CDE; e de 60% por meio de empréstimo da RGR,
nas mesmas condições registradas anteriormente.
A divulgação do Luz para Todos é feita através da mídia convencional, com comunicados em
rádio, folhetos e cartazes, e conta ainda com a colaboração do Comitê Gestor Estadual do
Programa, coordenado pela Eletrosul Centrais Elétricas S.A. e Instituto Paranaense de Assistência
Técnica e Extensão Rural - Emater.
O Governo Federal pretende anunciar a universalização do atendimento no Estado do Paraná no
final de 2008, e, para isto, está sendo desenvolvida grande campanha de mídia, conclamando os
interessados para que se inscrevam no programa até 31.03.2008. Após esta data, as inscrições
serão encerradas.
Apresentamos a seguir dados relativos aos estágios alcançados pela Copel, de 2005 a 2007, para
atendimento da população no âmbito do Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso
da Energia Elétrica “Luz para Todos” e origem dos recursos investidos:
Universalização (consumidores urbanos) 2007 2006 2005
Metas de atendimento 0 8.329 22.182
Atendimentos efetuados 95.221 92.066 91.625
Cumprimento de metas (%) - 1.105,4% 413,1%
Total de municípios universalizados no ano - 214 111
Municípios universalizados (%) - 100,0% 100,0%
Programa Luz para Todos
Metas de atendimento 0(1) 14.000 14.000
Número de atendimentos efetuados (A) 8.419(2) 10.009 9.439
Cumprimento de metas (%) - 71,5% 67,4%
Origem dos Recursos Investidos (R$ Mil) (2)
Governo Federal(3)
Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 12.744 12.703 1.616
Reserva Global de Reversão - RGR 16.992 16.937 2.155
Governo Estadual(4) 5.753 3.209 215
Próprios 18.899 25.941 21.629
Total dos recursos aplicados (B) 54.388 58.791 25.615
O&M (5) 2.067,08 1.254,89 229,93
Custo médio por atendimento (B/A) 6.460 5.874 2.714 (1)O Programa Luz para Todos, inicialmente previsto para encerrar em dezembro/2006, foi prorrogado até dezembro/2008 (2)Valores não contábeis, obtidos de orçamento das obras no ano da ligação (3)Valores repassados pelo Governo Federal nos respectivos anos (4)Valores de 2006 e 2007 estimados; está pendente a comprovação para o Ministério de Minas e Energia - MME (5)Valores acumulados
5.13.2 Criação de Postos Tarifários para a Classe Rural
Tendo em vista o elevado consumo de outros energéticos na área rural, notadamente pela classe
de avicultores, a Copel institucionalizou a Tarifa Rural da Madrugada, com objetivo de substituir
tais energéticos pela energia elétrica, estimulando o aumento do consumo da eletricidade no
horário da madrugada e contribuindo para o meio ambiente. O sistema de distribuição no horário
da madrugada encontra-se subutilizado, permitindo o aumento do consumo sem investimentos em
rede.
A Tarifa Rural da Madrugada consiste em aplicar a mesma tarifa dos consumidores irrigantes para
os consumidores rurais, atendidos em baixa tensão, e que pretendam aumentar o consumo no
horário da madrugada.
5.13.3 Programas Sociais de Regularização do Fornecimento e de
Desconto/Isenção da Tarifa de Consumo de Energia
No âmbito da sustentabilidade, é essencial para uma empresa de energia criar condições para que
o acesso a esse serviço público seja universal. Adicionalmente ao Programa Luz para Todos, a
Copel desenvolve outros programas integrados, em parceria com os Governos Federal e Estadual,
conforme apresentamos a seguir.
Programa Luz Legal
Foi implementado através de convênio entre o Governo do Estado do Paraná, a Companhia de
Habitação do Paraná - Cohapar e a Copel e busca regularizar o fornecimento de energia elétrica a
famílias de baixa renda, residentes em comunidades carentes, à margem das áreas urbanas das
cidades. A Copel se encarrega da construção da rede de energia elétrica, financiando entradas de
serviço em até 24 vezes sem juros. No período de 2006-2007, foram atendidos 3.352
consumidores.
Programa Baixa Renda
Programa em parceria com o governo federal, onde os consumidores da classe residencial com
consumo de até 220 kWh/mensal usufruem de desconto na tarifa de energia, que pode chegar ao
patamar de 65% do valor normal de uma fatura residencial não baixa renda. A tabela a seguir
apresenta o histórico de atendimento da Copel a consumidores de baixa renda em 2005, 2006 e
2007:
Tarifa baixa renda 2007 2006 2005
Número de domicílios atendidos como “baixa renda” 745.956 784.477 750.619
Total de domicílios “baixa renda” do total de domicílios endidos (clientes/consumidores residenciais)
37,9%
42,3%
41,5%
Programa Luz Fraterna
Programa em parceria com o Governo do Estado do Paraná, pelo qual os consumidores
residenciais com consumo de até 100 kWh/mês classificados como baixa renda e os
consumidores residenciais rurais têm isenção total da fatura, cujo débito é assumido pelo Governo
do Estado.
Apresentamos a seguir o total de consumidores beneficiados pelo Luz Fraterna de 2005 a 2007:
Programa Luz Fraterna 2007 2006 2005
nº de consumidores beneficiados 255.361 250.765 246.141
Total investido (R$) 30.773.366,43 32.381.036,04 29.756.402,07
5.14 Programa de Eficiência Energética - PEE
A Copel desenvolve anualmente o Programa de Eficiência Energética - PEE, em atendimento ao
contrato de concessão para distribuição de energia elétrica e à Lei nº 9.991/2000, por meio do
qual são aplicados recursos financeiros em projetos que têm como objetivo a promoção da
eficiência energética no uso final da energia elétrica.
Os critérios de investimento e tipos de projetos permitidos são estabelecidos pela Agência
Nacional de Energia Elétrica - Aneel e abrangem clientes do segmento residencial, industrial,
comercial e poder público; com ações que contemplam a melhoria da eficiência energética dos
principais usos finais de energia elétrica, tais como iluminação, força motriz, refrigeração e
condicionamento de ar.
Em 2007, a Copel realizou ações no âmbito do PEE dirigidas a comunidades de baixa renda, a
municípios paranaenses de baixo Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, instituições
filantrópicas/assistenciais, educacionais, unidades industriais/comerciais, e prédios públicos
municipais, estaduais e federais.
Ilustramos a seguir dados dos projetos de eficiência energética realizados pela Copel em 2007,
assinalando o montante de energia economizada:
Energia Economizada Projetos de Eficiência Energética: Áreas de Atuação MWh/ano GJ*/ano
Ação Implementada
Comunidades de baixa renda 30.643,75 110.317,50 substituição de lâmpadas e refrigeradores em unidades consumidoras residenciais classificadas como baixa renda
Iluminação pública 13.523,69 48.685,28 uso de tecnologias mais eficientes em sistemas de iluminação pública
Comércio e serviços 2.091,48 7.529,33 uso de tecnologias mais eficientes em sistemas de iluminação, ar condicionado e aquecimento de água
Industrial 6.230,72 22.430,59 uso de tecnologias mais eficientes em sistemas de iluminação e força motriz
Poderes públicos 338,77 1.219,57 uso de tecnologias mais eficientes em sistemas de iluminação
Total 52.828,41 190.182,27
*GJ: unidade de energia giga-joule
5.15 Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico e Científico (P&D)
Em cumprimento à Lei n° 9.991/2000, que dispõe sobre a realização de investimentos em
pesquisa e desenvolvimento por parte das empresas concessionárias, permissionárias e
autorizadas do setor de energia elétrica, a Copel investiu, em 2007 em 51 projetos relativos aos
ciclos 2004/2005 (distribuição) e 2005/2006 (geração e transmissão). Maiores detalhes na Nota
Explicativa 25.
5.16 Energia Sustentável
Em 2007, finalizamos a atualização do mapa eólico do Paraná, tendo sido realizados
levantamentos do aproveitamento do potencial eólico no Estado, através do Projeto Ventar, que
envolve a operação de 11 estações de medição de vento.
Adicionalmente, concluímos o Balanço Energético do Paraná/2007 - Ano Base 2006, que
apresenta a evolução da produção e do consumo de todos os insumos energéticos nos diversos
segmentos do Estado, dado este que subsidiará estudos de planejamento energético e programas
de empresas e órgãos governamentais e privados.
Já estão em andamento estudos para possíveis projetos de geração de energia alternativa.
A respeito, destacamos aqueles dirigidos para o levantamento da disponibilidade de biomassa no
Estado, que consiste na atualização de banco de dados que contém informações sobre a
disponibilidade dos diversos tipos de biomassa em todo o Paraná. Com o objetivo de realizar
mapeamento do potencial energético da Paraná, já desenvolvemos projeto-piloto na região em
torno do município de Tunas do Paraná alterando a metodologia de obtenção das informações dos
energéticos. Para 2008, a meta é aplicar o projeto-piloto para todo o Estado. Para tanto, foi
formado grupo de trabalho com a participação da Copel, secretarias de estado, Instituto
Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto de Tecnologia do Paraná - Tecpar, Instituto Paranaense
de Assistência Técnica e Extensão Rural - Emater e Instituto de Tecnologia para o
Desenvolvimento - lactec, para avaliar e estudar a implantação de mini-usina de biodiesel para
produção de 10 mil litros/dia.
Nesse âmbito, objetivamos também a construção, após já tendo finalizado o primeiro, de mais 4
protótipos de inserção da geração distribuída a biomassa ao sistema da Copel.
Vale ressaltar também: a) a assinatura de termo de inclusão da Copel ao convênio de
desenvolvimento de veículo elétrico entre Itaipu e a empresa KWO, com o objetivo de avaliação de
desempenho, proposição de melhorias e nacionalização dos seus componentes; e b) a tomada de
conhecimento dos requisitos necessários para nossa participação em redes de pesquisa de rotas
de hidrogênio, já estruturadas e em atividade no Brasil, para, posteriormente, decidirmos sobre a
conveniência da participação da Copel em projetos desta natureza.
6. DIMENSÃO AMBIENTAL
A gestão ambiental corporativa da Copel está estruturada para dar respostas aos desafios de levar
a Companhia a ser referência em sustentabilidade.
A atuação da área de meio ambiente da Copel dá-se atualmente de forma matricial, por meio de
comitês, programas e projetos, encontrando-se o processo de gestão dividido em quatro blocos,
que têm por objetivo:
• Institucional: integrar de forma sistêmica processos e realizar representação institucional;
• Legal: direcionar proativamente processos internos, com vistas ao cumprimento da legislação
ambiental;
• Sustentabilidade: construir tripé de sustentabilidade da Copel, formado pelas áreas ambiental,
social e econômica da Companhia, com alinhamento ao seu referencial estratégico;
• Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), Ciência & Tecnologia e inovação (C&T): direcionar
processos internos da Companhia para a sustentabilidade, com vistas à busca de novas
fontes de energia renováveis para diversificação da matriz energética.
Os principais marcos do desempenho da área de meio ambiente da Copel em 2007 foram:
• Elaboração do planejamento estratégico, com a organização da Gestão Ambiental para a
Sustentabilidade, e incorporação dessas políticas e estratégias nos processos, produtos e
serviços de responsabilidade da Companhia;
• Alinhamento às políticas públicas para adoção da gestão por bacias hidrográficas;
• Criação de:
1) Programa permanente de auditoria e gerenciamento de riscos e passivos ambientais;
2) Comitê de biodiversidade, e de grupos temáticos, para desenvolvimento de ações proativas
em florestas ciliares, áreas de preservação permanente e reservas legais, com a meta de
estimular parcerias e apoiar pesquisas e projetos de conservação e de recuperação de
biodiversidade nas bacias hidrográficas formadoras dos reservatórios da Copel;
3) Comissão permanente para monitoramento e controle de cianobactérias nas Usinas
Hidrelétricas Governador Bento Munhoz da Rocha Netto e Pitangui-São Jorge.
• Estruturação de programas de educação ambiental para a sustentabilidade e de gestão
corporativa de a) gases de efeito estufa; e b) de resíduos;
• Coordenação, planejamento e organização do II STEF - Seminário de Tecnologias
Energéticas do Futuro; e
• Formação de parcerias com municípios para planejamento adequado da arborização urbana,
de poda, e de substituição de árvores.
6.1 Promovendo o Protocolo de Kyoto
A Copel tem realizado plantio florestal com vistas à recomposição de florestas ciliares em seus
reservatórios. Segundo cálculo da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná - FUPEF,
realizado em 2005, aproximadamente 262.130 toneladas de CO2 serão retiradas da atmosfera
após a recomposição de 580 hectares de florestas ciliares. Em 2007, foi formalmente criado grupo
de trabalho com o objetivo de estabelecer programa de gestão de gases de efeito estufa na Copel.
A frota de veículos destinada às atividades operacionais e ao transporte de pessoas a serviço da
Companhia prioriza, em seu processo de aquisição, modelos com motor que utiliza o álcool como
combustível. Os motores de veículos da frota movidos a óleo diesel sofrem manutenções
rotineiras de forma a atender as exigências legais sobre emissão de poluentes. Tais veículos são
conduzidos por empregados orientados e treinados quanto à importância das manutenções
operativas, preventivas e corretivas, tanto aquelas indicadas pelo fabricante do veículo quanto às
previstas no plano de manutenção elaborado pela Copel. Dentre outros aspectos, destaca-se a
importância da manutenção dos componentes de controle de emissão de poluentes.
6.2 Preservação Ambiental
A Copel, conforme a Resolução nº 456/2000 da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, não
realiza ligações de energia elétrica em áreas de proteção ambiental, sejam elas federais,
estaduais ou municipais. Os órgãos ambientais têm papel relevante nesse sentido, visto que eles
são consultados pela Copel previamente à execução da ligação solicitada naquelas áreas, sendo-
lhes também requerido anuência para ligação de energia em unidades com atividades
consideradas potencialmente poluidoras, conforme determina a legislação vigente.
A Copel mantém o Manual de Instruções Técnicas - Meio Ambiente (MIT 164001), que apresenta
procedimentos a serem seguidos pela Companhia para assegurar o mínimo impacto possível ao
meio ambiente no desenvolvimento de suas atividades. Para atender às disposições da Lei
Sarbanes-Oxley, a área de meio ambiente responsável pelos processos de geração, distribuição,
transmissão e telecomunicações vem adotando medidas que garantem maior confiabilidade aos
controles internos. Para tanto, foram elaborados macrofluxogramas dos processos de maior
impacto, com identificação de controles deficientes, ineficazes ou inexistentes, o que resulta em
melhoria de gestão.
6.3 Programas Socioambientais
6.3.1 Tributo às Águas
Em face da floração de algas nos reservatórios da UHE Governador Bento Munhoz da Rocha
Netto - GBM (Foz do Areia) e de Alagados, em 2007 foi elaborado o Programa Tributo às Águas,
originado através do programa Tributo ao Iguaçu, que possibilitou o diagnóstico necessário da
qualidade das águas do reservatório da UHE GBM e da bacia de contribuição, sob a coordenação
do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, anteriormente à formalização de convênio entre Copel,
secretarias de estado do Paraná, Itaipu Binacional e Companhia de Saneamento do Paraná –
Sanepar, para implantação de gestão por bacias hidrográficas no Paraná. A microbacia do Rio
Palmeirinha será a primeira a ser considerada em 2008 no âmbito do Programa Tributo às Águas.
6.3.2 Arborização Urbana
Devido aos impactos causados pelas podas de árvores, ação necessária para garantir a
continuidade do fornecimento de energia elétrica, a Copel mantém o Programa Socioambiental de
Arborização Urbana, que foi aprovado pela Diretoria no final de 2006. Os procedimentos da
Empresa definidos para avaliação da execução das medidas compensatórias exigidas pelos
órgãos ambientais estão descritos no Manual de Instruções Técnicas - Meio Ambiente (MIT
164001).
Tal Programa iniciou, em janeiro de 2007, a produção de mudas destinadas especialmente à
arborização urbana nos Hortos Florestais das UHEs Gov. José Richa, Gov. Ney Braga e Mourão.
O objetivo é firmar convênios com os municípios para que estes adotem procedimentos
adequados para a gestão da arborização urbana, elaborando projetos com as mudas fornecidas
pela Copel. Com o objetivo de reduzir conflitos entre a arborização e a rede de distribuição de
energia foram iniciados, em outubro de 2007, entendimentos com o Instituto Árvore, entidade de
interesse público criada em Maringá, uma das cidades mais arborizadas do Paraná,
especialmente para a substituição de árvores e o fornecimento de mudas adequadas à
arborização urbana. Em dezembro/2007, iniciaram-se igualmente negociações para convênio de
arborização com o município de Curitiba.
6.3.3 Florestas Ciliares
Desenvolvido desde 2005, este projeto tem como objetivo o reflorestamento nas áreas de
preservação permanente às margens dos reservatórios da Copel, tendo já possibilitado a
recuperação de 113 hectares, com o plantio de 250 mil mudas de espécies nativas adequadas a
cada bioma e de 800 mil sementes de palmito juçara (Euterpe edulis Mart), no reservatório da
UHE Governador José Richa. Para ciência à comunidade das ações desenvolvidas, centenas de
placas de identificação foram fixadas no local, tendo sido realizado também cercamento com
42.077 metros de extensão da área de preservação ambiental.
6.3.4 Assoreamento na Baía de Antonina
Tal projeto, desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento -
Lactec, teve o objetivo de realizar estudos para avaliar a possibilidade de influência dos
sedimentos oriundos do rio Cachoeira no processo de assoreamento da Baía de Antonina, em
especial na região do Terminal Portuário da Ponta do Félix.
O estudo considerou cenários onde a UHE Governador Pedro Viriato Parigot de Souza esteve em
operação e inoperante, avaliou o efeito da transposição das águas do rio Capivari para o rio
Cachoeira e o processo de transporte dos sedimentos provenientes também dos rios
Nhundiaquara e Sagrado. O relatório final apontou que as simulações computacionais de
modelagem do transporte de sedimentos na região da Baía de Antonina não detectaram influência
da UHE Governador Pedro Viriato Parigot de Souza nos processos de deposição de sedimentos
ao longo daquela baía.
6.3.5 Repovoamento de Rios do Paraná
A Copel produziu 1.000.000 alevinos na Estação de Ictiologia que mantém na UHE Governador
Ney Aminthas de Barros Braga. O programa de peixamento dos rios do Paraná com espécies
nativas lançou 776.800 alevinos em 2007. Os locais de soltura foram os principais reservatórios
das usinas hidrelétricas da Copel e os tributários da bacia do Iguaçu, próximos aos municípios de
Pato Branco, Palmas e Francisco Beltrão. Em Palmas, especificamente, a atividade aconteceu em
uma das reservas indígenas da comunidade Kaingang, em 12 tanques, que somam 30 hectares
de lâminas d'água com prática de piscicultura de subsistência da aldeia, o que exalta o
compromisso socioambiental da Copel nas comunidades de sua área de abrangência.
6.3.6 Canais para Passagem de Peixes
A Copel, em comum acordo com o Instituto Ambiental do Paraná - IAP, implementou rede de
canais a jusante da barragem da UHE Governador José Richa, interligando fossas e locas
existentes no leito do rio Iguaçu, possibilitando a circulação de peixes e salvamento daqueles
atraídos pelo fluxo do vertedouro, principalmente na época da piracema.
6.3.7 Espécies Invasoras
Foram intensificadas ações de detecção e combate ao molusco denominado “mexilhão dourado”,
espécie invasora já encontrada em várias usinas do setor elétrico brasileiro, por meio de
campanhas específicas e pesquisa de métodos de controle realizadas em conjunto com o Instituto
de Tecnologia para o Desenvolvimento - Lactec. As diversas ações já em andamento visam
mitigar os efeitos da presença desse molusco para garantir a disponibilidade das unidades
geradoras da Copel.
Espécies botânicas exóticas que têm grande poder de invasão e alteram o ambiente natural das
áreas nas quais se alastram devem ser suprimidas, contribuindo para a recuperação ambiental.
Atualmente, técnicos trabalham para a erradicação de Pinus spp. em áreas de campo nativo nas
regiões de influência da Companhia nos municípios de Ponta Grossa e União da Vitória.
6.3.8 Mecanismos de Desenvolvimento Limpo - MDL
A Copel, em alinhamento aos requisitos do MDL, analisa projetos a serem implantados e/ou
mantidos visando contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade onde estão
inseridos. O diagnóstico realizado em 2006 apontou oportunidades de obtenção de créditos de
carbono em projetos de geração e transmissão de energia, tendo estudos específicos sido
conduzidos em 2007.
6.3.9 Gestão Corporativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa
No segundo semestre de 2007, foi instituído o Programa de Gestão Corporativa de Gases de
Efeito Estufa, com os seguintes objetivos principais:
• Inventariar as emissões de gases de efeito estufa no âmbito da Copel;
• Avaliar e propor mecanismos de redução/neutralização de emissões pela Companhia;
• Identificar e encaminhar novas oportunidades de projetos com potencial para qualificação no
âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL;
• Criar ferramentas internas de compensação;
• Incentivar inovação em tecnologia e processos, com foco na redução de emissões;
• Prestar apoio à continuidade relativamente a potenciais projetos identificados.
Atualmente, a Copel está realizando avaliação da importância das emissões atmosféricas da frota
própria, bem como avaliação mais ampla de possíveis projetos no âmbito do MDL, incentivada
pelo fato de a primeira metodologia para o enquadramento de florestas ciliares no MDL ter sido
aprovada pela Organização das Nações Unidas. A Copel recomeçou também estudos para
enquadramento de suas atividades.
Apresentamos, a seguir, dados de emissões de CO2 pela frota própria e termelétricas da Copel de
2005 a 2007:
Gerenciamento de emissões de CO2 pela Copel Emissões de CO2 pela frota própria
2007 2006 2005 Combustível*
Quantidade Emissão CO2 (t)
Quantidade Emissão(1)CO2
(t) Quantidade Emissão CO2 (t)
Gasolina (L) 2.816.986 6.112 3.284.562 7.127 3.334.920 7.237
Álcool (L) 546.685 754 427.854 590 322.127 445
Gás Natural (m3) - - 3.950 7,74 42.046 82
Diesel (L) 3.811.542 9.986 3.520.388 9.223 3.217.656 8.430
Total 16.852 16.948 16.194
Emissão CO2 (t) pelas termelétricas(2)
UTE Figueira 162.063 170.707 164.338
UEG Araucária 621.925 61.496(3) ND (1)O cálculo de emissão de CO2 foi realizado considerando: Gasolina (BR c/22% de etanol) = 2,17 KgCO2/litro; Álcool = 1,38 KgCO2/litro; Gás Natural = 1,96 KgCO2/m3; e Diesel = 2,62 Kg CO2/litro (2)informações repassadas, semestralmente, ao Instituto Ambiental do Paraná - IAP (3)Cálculo considerando teor de carbono no carvão de 63,76% (carvão com 17% de cinzas)
ND: não disponível
6.3.10 Emissão de Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio
Na frota de veículos da Copel, serão substituídas, em 2008, 12 unidades, de ano de fabricação até
1999, por serem equipadas com ar condicionado movido por gás com CFC.
As emissões de Óxidos de Nitrogênio - NOx e Dióxido de Enxofre - SO2 ocorrem nas Usinas
Termelétricas de Figueira e de Araucária. Em face da manutenção do sistema de medição de
gases na UTE Araucária, os dados de emissão de Nox não estão disponíveis, sendo desprezíveis
aqueles relativos ao SOx. Relativamente à UTE Figueira, apresentamos as informações que se
seguem:
Emissões atmosféricas da UTE Figueira* 2007 2006 2005
NOx (t) 1.004 713 716
SOx (t) 6.720 8.742 14.151
*O cálculo considerando concentração x vazão x tempo de operação foi estimado por medições pontuais no processo de automonitoramento, realizadas semestralmente como requisito da renovação da licença de operação da usina.
6.4 Outras Ações / Controles Ambientais
6.4.1 Utilização de Água
As atividades inerentes aos negócios da Copel não interferem nas áreas úmidas listadas pela
Convenção Ramsar (1971), que trata da conservação e uso racional de zonas úmidas, assim
como o consumo de água não afeta significativamente ecossistemas e habitats naturais.
A Copel não recicla as águas recebidas em nenhum caso de utilização em suas unidades
(cantinas, restaurantes, cozinhas, banheiros). Do ponto de vista industrial de geração de energia
elétrica, ocorre simplesmente turbinamento da água represada nos reservatórios, não sendo
considerada, portanto, água consumida.
Do total de R$ 831.817,99 pago em 2007 à Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar, que
é a fornecedora deste insumo para a Copel, 53% deste montante corresponde ao consumo de
água e 47% ao de esgoto.
O consumo total estimado em metros cúbicos é demonstrado a seguir:
2007 2006 2005
133.191 m3 114.810 m3 143.010m3
Nas instalações industriais das usinas, exceto na UTE Araucária, o sistema de resfriamento utiliza
água bruta de corpos d’água superficiais e ocorre em circuito aberto, sem recirculação. A UTE
Araucária difere destes sistemas por usar água tratada da Sanepar e ser dotada de circuito
fechado de resfriamento. Não há registro disponível sobre o volume de água utilizado no sistema
de resfriamento da UTE Araucária.
Na tabela abaixo pode ser observado o volume estimado de água que passa pelo sistema de
resfriamento das usinas:
Volume de água de superfície captada para os sistemas de resfriamento das principais usinas da Copel
UHE GBM (Foz do Areia) 80.000 L/h
UHE GNB (Segredo) 80.000 L/h
UHE GJR (Salto Caxias) 80.000 L/h
UHE GPS (Capivari-Cachoeira) 872.640 L/h
6.4.2 Utilização de Combustível Não Renovável
O parque gerador da Companhia conta com duas usinas que utilizam combustível não renovável:
Usinas Termelétricas de Figueira e de Araucária, que fornecem energia a partir, respectivamente,
do uso de carvão e do gás natural. A tabela a seguir apresenta o consumo de combustíveis não
renováveis nessas usinas, bem como o montante de energia gerada, no período de 2005 a 2007:
Uso de combustível não renovável em usinas da Copel USINA TERMELÉTRICA DE FIGUEIRA
Energia de Fonte Primária 2007 2006 2005
Carvão mineral (t) 72.888,381 73.018,299 74.138,992
Carvão mineral (MWh) 82.492,072 80.505 81.741
Carvão mineral (joules) 2,88 x 1014 2,89819 x 1014 2,942676 x 1014
Óleo diesel (m³) 63 119 ND
Óleo diesel (MWh) (*) 1,145839 ND
Óleo diesel (joules) (*) 4,12502 x 109 ND
USINA TERMELÉTRICA DE ARAUCÁRIA
Energia de Fonte Primária 2007 2006 2005
Gás natural (m³) 356.936.073 129.411.335 ND
Geração de energia na UTE Figueira
Geração de energia (MWh) 3.867.800 1.402.316 N/D
Geração de energia (J) 1,3924076 x 1016 5,048336 x 1015 N/D
(*) O óleo diesel é utilizado apenas na partida das unidades geradoras
ND: não disponível
6.4.3 Utilização de Energia Elétrica
O consumo de energia elétrica, em MWh, pela Copel, no período de 2005 a 2007 é apresentado
na seguinte tabela:
2007 2006 2005
23.400.610 23.694.000 22.044.222
6.5 Biodiversidade: Áreas Sensíveis e Unidades de Conservação
A Copel considera como áreas sensíveis aquelas que devem ser prioritárias nos processos de
conservação ambiental, bem como as demais onde se deve estabelecer restrição na utilização,
podendo ser consideradas: áreas de preservação permanente, definidas pelo Código Florestal
Brasileiro, através da Lei nº 4.771/65, e alterações subseqüentes (Lei nº 7.803/89, Medida
Provisória 2166-67/2000, Resoluções CONAMA 302 e 303/2002); e unidades de conservação, que
englobam tanto unidades de proteção integral, estações ecológicas, reservas biológicas, parques
nacionais, monumentos naturais e refúgios da vida silvestre, quanto as de uso sustentável, aqui
incluídas Áreas de Proteção Ambiental - APAs, dentre outras, definidas pela Lei nº 9.985/2000.
Ressaltamos que alguns empreendimentos de geração de energia da Companhia estão situados
em áreas estabelecidas como de sensibilidade ou próximas a elas, cujos decretos de criação
datam posteriormente a sua implantação. Como forma de respeitar a diversidade de ambientes e
ecossistemas do Paraná, a Copel mantém e monitora áreas protegidas e preservadas,
principalmente na serra do mar e, ainda, em cumprimento a determinação do Instituto Ambiental
do Paraná - IAP, compensa impactos causados quando da construção de grandes
empreendimentos de geração através da criação de unidades de conservação, conforme
apresenta a tabela a seguir:
Empreendimentos da Copel localizados em ou próximos a áreas sensíveis
Empreendimento Área (ha) Município Áreas sensíveis
UHE São Jorge 22,40 66,32
Ponta Grossa Carambeí
Parque Nacional dos Campos Gerais e APA da Escarpa Devoniana
UHE Marumbi 225,98 Morretes Parque Estadual Pico Marumbi
UHE Gov. Parigot de Souza 865,18 Antonina Parque Estadual do Pico do Paraná
UHE. Chaminé 1. 613,24 1.900,10
São José dos Pinhais Tijucas do Sul
APA de Guaratuba
UHE Guaricana 541,54 270,50
São José dos Pinhais Morretes
APA de Guaratuba
Pólo Atuba 3,00 Curitiba APP do Rio Atuba *Unidades de conservação criadas pela Copel
UHE Mourão 560,40
1.266,96 Campo Mourão Campo Mourão, Luiziana
Parque Estadual do Lago Azul
UHE Gov. Ney Braga 1.231,06 Pinhão Estação Ecológica do Rio dos Touros
UHE Derivação do Jordão 423,12 Candoi e Reserva do Iguaçu Estação Ecológica Tia Chica
UHE Gov. José Richa 107,27 Capitão Leônidas Marques Parque Estadual Rio Guarani
*Unidades de conservação criadas pela Copel em decorrência de seus empreendimentos e repassadas ao IAP para administração
Conforme dados atualizados em 2007, as áreas de propriedade da Copel localizadas em unidades
de conservação, com base no Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, são
apresentadas na tabela abaixo:
Propriedades localizadas em unidades de conservação
Unidade de uso sustentável Municípios Área (em ha)
São José dos Pinhais e Tijucas do Sul 3.513,34 São José dos Pinhais e Guaratuba 8.798,70 APA Estadual de Guaratuba
Guaratuba, Morretes e São José dos Pinhais 812,14 Ponta Grossa e Carambeí 88,72
APA Estadual da Escarpa Devoniana Castro 40,10
Total 13.253,00
Unidade de proteção integral Municípios Área (em ha)
Parque Estadual Pico do Marumbi Morretes 225,98 Parque Estadual Pico do Paraná Antonina 865,18 Parque estadual do Lago Azul Campo Mourão e Luiziana 1.827,36 Estação Ecológica Tia Chica Candói e Reserva do Iguaçu 423,12 Estação Ecológica Rio dos Touros Pinhão 1.231,06 Parque Estadual Rio Guarani Três Barras do Paraná 2.235,00
Total 6.807,70
Total geral 20.060,70
A Copel não efetiva ligações de energia elétrica em áreas protegidas sem que o consumidor
apresente a devida anuência do órgão ambiental.
Assim, que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos concluir o Zoneamento
Ecológico-Econômico - ZEE, a Copel realizará estudos para identificar as possíveis áreas da
Companhia que possam estar enquadradas neste zoneamento.
6.5.1 Monitoramento de Reservatórios de Usinas
A Copel realiza monitoramento dos 18 reservatórios de suas usinas hidrelétricas e de corpos
d’água sob influência das termelétricas, em atendimento às condicionantes das licenças de
operação de seus empreendimentos. Concomitantemente, são desenvolvidos trabalhos de
pesquisa com objetivos científicos, de conservação e preservação dos habitats relacionados. Em
andamento encontra-se estruturação de banco de dados para dar suporte ao projeto de pesquisa
“Modelo integrado de apoio ao monitoramento ictiológico”, o qual visa promover levantamento de
dados ictiológicos existentes na Companhia, pesquisar metodologias de monitoramento aplicáveis,
definir índices de monitoramento pertinentes e integrar todos os resultados à atual gestão de
qualidade da água.
6.6 Licenciamentos Ambientais
Atendendo à Política Nacional de Meio Ambiente, a Copel renovou as licenças de operação das
UHEs Guaricana, Chaminé, Chopim I, Marumbi, Pitanga, Apucaraninha e Rio dos Patos, por mais
quatro anos, com exceção de Apucaraninha, licenciada por dois anos. A Companhia obteve
também 21 licenças para empreendimentos de transmissão, compreendendo as diversas fases do
projeto: planejamento, construção e operação de linhas e subestações, o que confirma a
efetividade de ações implementadas pela Copel e seu compromisso com o controle ambiental, nos
meios físico, biológico e antrópico, nas áreas direta e indiretamente afetadas por seus
empreendimentos.
A Copel conta com técnicos florestais nas unidades regionais de distribuição, os quais atuam na
orientação das atividades de manutenção e de novos projetos ligados ao meio ambiente. A
Companhia busca obter licenciamento ambiental conforme determina a legislação vigente e,
conseqüentemente, reduzir os riscos de autuações ambientais, melhorando a qualidade dos
trabalhos executados.
O impacto ambiental da atividade de distribuição de energia elétrica não apresenta grau
significativo em escala regional. Ao longo da história da Companhia, tem sido necessário o corte
de vegetação para ampliação da rede de distribuição. Para tanto, sempre são priorizadas áreas
marginais às vias de acesso e locais já antropizados. Pelos benefícios sociais, econômicos e
ambientais gerados para o Paraná, possível impacto pode ser considerado muito pouco
significativo, o que justifica os órgãos ambientais não exigirem licença prévia, de instalação e de
operação para a atividade de distribuição de energia elétrica em condições inferiores a 230 kV.
6.7 Levantamento de Riscos e Passivos Ambientais
Compondo o processo de avaliação dos riscos e passivos ambientais da Empresa, em 2007 foi
realizado o mapeamento e priorização de acompanhamento dos riscos e passivos ambientais
oriundos dos processos de geração, transmissão e distribuição de energia e de telecomunicações.
A avaliação dos potenciais riscos e passivos do negócio relacionados ao cumprimento da
legislação ambiental vigente converte-se em ferramenta de grande valia na gestão da Companhia,
contribuindo para a racionalização das ações a serem desenvolvidas nas diversas áreas.
6.8 Ações Compensatórias - Comunidade Indígena Kaigang
Apucaraninha
Em dezembro/2006, firmou-se Termo de Ajuste de Conduta - TAC entre a Copel Geração S.A., o
Ministério Público Federal, a Fundação Nacional do Índio - Funai e a Comunidade Indígena
Kaingang da Terra Indígena Apucaraninha. O TAC tem por objetivo implementar programa de
etnodesenvolvimento que prevê a execução de projetos destinados à sustentabilidade
socioeconômica e ambiental das gerações presentes e futuras daquela Comunidade, com
recursos da indenização paga pela Companhia. Em julho/2007, comissão composta por 14
representantes da comunidade indígena e nove das demais entidades envolvidas realizaram
visitas em duas comunidades também atingidas por barragens: Xerentes, em Tocantins (UHE
Lajeado), e Waimiri-Atroari – Abonari/Jundiá, no Amazonas (UHE Balbina). Na oportunidade,
diagnosticou-se a necessidade de ampliar a percepção em relação à cultura indígena e aos
problemas do dia-a-dia, bem como de avaliação in loco dos resultados, benefícios e dificuldades
de programas implementados anteriormente.
6.9 Comunicação Socioambiental
Considerando o crescente nível de conscientização da população e a necessidade de maior
transparência nas ações da Companhia, e com o objetivo de contribuir para o diálogo com a
população, foi implementado Programa de Comunicação Socioambiental específico para as
comunidades influenciadas pelos empreendimentos da Companhia, que disponibiliza canais
permanentes de comunicação, assegurando acesso às informações necessárias.
6.10 Política de Relacionamento com Órgãos Ambientais
A Copel buscou, ao longo de 2007, estreitar relacionamento com órgãos ambientais licenciadores
e fiscalizadores, com o objetivo de reduzir o tempo de análise de projetos protocolados. Com esse
procedimento, já percebemos melhorias na agilização de processos encaminhados para
avaliação.
Em 2007, a emissão do Parecer Normativo IAP 005/2007 resultou na suspensão de ligações a
consumidores em áreas de proteção ambiental, bem como de ligação de consumidores vinculados
a atividades potencialmente poluidoras, visto que, para ligações deste tipo, solicitava-se
anteriormente posicionamento do órgão ambiental. Quanto às atividades potencialmente
poluidoras, a Copel buscou reverter a situação, o que se deu pela publicação da orientação interna
IAP - 002/2007, que mantém a necessidade de autorização do Instituto Ambiental do Paraná - IAP
para efetuar qualquer ligação de empreendimentos com atividades que constem da Lista das
Atividades Potencialmente Poluidoras (Resolução nº 237 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente - Conama, e Resolução nº 031/98 da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos - Sema).
Os técnicos florestais da Companhia buscam auxiliar, de forma proativa, o corpo técnico na
obtenção dos licenciamentos ambientais permitindo a redução dos riscos de autuações ambientais
e paralisação de obras.
6.11 Recuperação de Áreas Degradadas
Inúmeras espécies de árvores que povoavam as florestas do Paraná estão em fase de extinção,
causada pela exploração indiscriminada de madeireiras, por expansão da agricultura, falta de
consciência ecológica generalizada, entre outras. Como forma de minimizar esse impacto e
contribuir para a preservação da floresta, os Hortos Florestais da Companhia produziram, dentre
outras, 320.000 mudas de espécies nativas do Paraná como peroba-rosa, cabriúva, imbuia e
farinha seca, de grande importância ecológica, econômica, estética, científica e genética. Visando
à preservação da vegetação nativa, na construção de novas linhas de transmissão em 2007 houve
alteamento de estruturas em vários trechos, totalizando 83,98 hectares de áreas preservadas.
6.12 Preservação de Áreas Públicas
Para ligações de energia elétrica em imóveis pertencentes à União na região litorânea do Paraná,
é solicitada anuência da Gerência Regional do Patrimônio da União - GRPU, o que dificulta a
ocorrência de ocupações irregulares. Para ligações em áreas de proteção ambiental, sejam elas
federais, estaduais ou municipais, os procedimentos estão descritos em Manual específico da
Empresa (MIT 164001).
6.13 Destinação Final de Resíduos
Em 2007, discutiu-se a necessidade de remodelação do Sistema de Classificação de Materiais -
SCM, que contém 25.000 itens cadastrados com elevado número de especificações para um
mesmo tipo de material, o que caracteriza alta complexidade na padronização de dados, sendo
um dos principais exemplos os transformadores de voltagem de energia elétrica.
Para os materiais aplicados no setor de energia elétrica, a variável técnica é altamente relevante
devido à necessidade de disponibilização e manutenção da qualidade da rede de energia elétrica.
Considerando este aspecto, o uso de materiais provenientes de reciclagem é incipiente, como
cabos de alumínio e cobre reindustrializados, óleo mineral isolante regenerado e papel reciclado.
No que concerne à utilização de papel na Companhia, apresentamos tabela com dados, de 2005 a
2007, de otimização do consumo desse material em relação ao número de nossos colaboradores
e do aumento no volume de papel encaminhado para reciclagem, indicando avanço na
sensibilização ambiental dos empregados:
Consumo e reaproveitamento de papel na Copel
Utilização de papel Unidade 2007 2006 2005
Consumo de papel Fl. 96.687.367 103.290.034 101.362.400 Relação consumo de papel por empregados(1) Fl 4.245 5.005 5.301 Consumo de papel reciclado Fl 8.907.192 1.379.277 ND(2) Papel encaminhado para reciclagem Kg 143.610,00 135.870,00 128.040,00
(1)Exceto impressoras centralizadas (2)Não disponível
No tocante à redução de resíduos industriais, em 2007 foram substituídos transformadores de
excitação das unidades geradoras da Usina Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto, visando à
eliminação de equipamentos com fluido isolante à base de ascarel.
A coleta seletiva corporativa encontra-se em avanço na Companhia, por meio de parcerias com
prefeituras municipais, e é reforçada com ações internas de sensibilização e comunicação
ambiental periódicas.
O Projeto de Recolhimento de Lâmpadas Fluorescentes Compactas - LFCs, ação de âmbito do
Programa de Eficiência Energética da Copel, é dirigido aos consumidores residenciais
monofásicos, classificados como baixa renda, beneficiários dos programas sociais do Governo
Federal, com consumo médio mensal de até 220 kWh e que foram contemplados pelos projetos
de substituições de lâmpadas no ciclo 2006/2007. Tem como objetivo esclarecer e orientar estes
consumidores quanto aos procedimentos de recolhimento de LFCs e oferece condições para seu
descarte ambientalmente correto.
A próxima tabela apresenta dados do encaminhamento ambientalmente adequado de resíduos na
Companhia em 2006 e 2007:
Resíduos Industriais Tratados e Destinados
Quantidade Resíduo Unidade
Método de Tratamento / Disposição Final 2007 2006
Resíduos Classe I
Ascarel(1) t Descontaminação e reciclagem de carcaças metálicas impermeáveis de equipamentos. Incineração de óleo e de sólidos permeáveis
46,38 45,00
contaminados Óleo mineral isolante l Regeneração 300.000 230.000 Transformadores com óleo mineral isolante
pç Reciclagem e/ou reutilização 3.620 4.042
Sólidos contaminados com óleo, tinta e solventes
T Co-processamento em fornos de indústrias de cimento
23,06 55,07
Resíduos Classe IIA e IIB
Sucata de postes de concreto e de madeira
m Venda através de licitação pública considerando sua utilização para reciclar os materiais componentes.
75.467,00 15.520,00
Cinzas provenientes do processo de queima do carvão mineral
t Aterro 19.630,00 13.140,00
(1) Resíduos enquadrados nos termos da Convenção de Basiléia: realizado por empresa contratada (licitação) para transporte e destinação final dentro do País.
6.14 Educação Ambiental
Público Interno
O Programa de Educação Ambiental para a Sustentabilidade insere-se no atendimento à missão
da Companhia e tem como objetivo estimular a percepção abrangente dos empregados acerca de
sua conexão com o meio em que vivem, inspirando-os a comportamentos responsáveis e
ambientalmente sustentáveis na sociedade em geral.
Em 2007, ocorreram 38 eventos de treinamento, dentre cursos, palestras, seminários e
workshops, totalizando 655 horas, nos quais obtivemos a participação de 94% dos empregados e
de representantes de prefeituras e terceirizados, no total de 1.277 treinados. Os temas tratados
relacionaram-se à sustentabilidade e à gestão ambiental.
A Copel participa da Agenda Unificada, por meio de parceria com a Secretaria Estadual do Meio
Ambiente - Sema, Instituto Ambiental do Paraná - IAP, Companhia de Saneamento do Paraná -
Sanepar e demais órgãos estaduais, promovendo atividades externas em datas comemorativas,
com o objetivo de dar visibilidade a seus programas ambientais e proporcionar contato direto com
as demais partes envolvidas (comunidade, sociedade, clientes e consumidores em geral). A
integração com a realização de eventos nas SIPATs - Semanas Internas de Prevenção de
Acidentes de Trabalho, com temas que abordam a questão ambiental, constituem práticas de
educação ambiental realizadas em 2007.
Colaboradores Terceirizados
O Programa de Sensibilização Ambiental tem a missão de motivar mudança comportamental dos
trabalhadores em obras da Companhia e visa ampliar sua consciência e torná-los mais
responsáveis quanto às conseqüências de suas ações profissionais e pessoais para a vida do
Planeta, além de provocar reflexões quanto aos impactos ambientais gerados pelas obras dos
empreendimentos e formas de minimizá-los.
Poderes Públicos
Em novembro de 2007, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano - Sedu,
realizamos treinamento junto a gestores municipais, através do curso “Árvore certa no lugar certo”,
dirigido a 85 profissionais de 50 prefeituras da região oeste do Paraná, iniciativa integrada ao
Programa Estadual de Qualificação de Servidores Municipais.
Comunidade
A Copel desenvolve atividades de educação ambiental para a comunidade no Museu Regional do
Iguaçu, o qual conta com um dos mais expressivos acervos regionais do Paraná destacando o
homem, a fauna e a flora da região do Médio Iguaçu. Em 2007, recebemos 17.415 visitantes.
A partir de 2007, a Copel passou a contar também, para atuar junto à comunidade, com o Centro
de Educação Ambiental Horto Faxinal do Céu, que oferece trilhas perceptivas. Naquele ano,
atendemos 2.098 visitantes.
A Copel, em parceira com o Consórcio para Proteção Ambiental do Rio Tibagi - Copati, e com o
apoio de municípios do Estado, implementou o Programa de Educação Ambiental Pingo D’água,
alcançando a marca de 30 mil alunos e 2 mil educadores participantes em 2007, o que beneficiou
diretamente 35 municípios da bacia do rio Tibagi. O Programa tem como objetivo o
desenvolvimento da percepção dos envolvidos, mostrando-lhes conseqüências de atitudes e
posturas ambientais.
Foram capacitados educadores das quartas séries das escolas municipais para trabalhar, com
segurança, as questões ambientais com seus alunos e a comunidade, incentivando-os a
desenvolver trabalhos de campo ligados à utilização racional da água e à disposição correta dos
resíduos. Além disso, foram desenvolvidos peças teatrais, passeatas, jornais e panfletos com
temas ambientais, reflorestamento, exposições e diversas outras atividades, que contribuíram para
a formação e a transformação de comunidades inteiras acerca da preservação do meio ambiente.
6.15 Projetos de P&D Voltados ao Meio Ambiente
6.15.1 Geração de Energia Elétrica Distribuída
Com o objetivo de buscar soluções ambientais, a Copel, em parceria com a Itaipu Binacional e a
Sanepar, participa de projeto de diversificação da matriz energética, através da implantação da
geração distribuída de energia elétrica que utiliza como combustível biogás produzido por dejetos
dos suínos usando biodigestores.
Recentemente, foi liberada à operação, em caráter experimental, a instalação-piloto situada na
Granja Colombari, região de Foz do Iguaçu. Permanecerá em atuação por 90 dias, após o que
será liberada à operação não supervisionada. Para chegar ao protótipo instalado na Granja
Colombari, a Copel investiu em ensaios de campo, de laboratório e em tecnologia sofisticada de
estudos elétricos de transitórios eletromagnéticos para garantir que a solução proposta de
conexão de tais micro-geradores à rede da Empresa não resultará em problemas e, sim, se
constituirá em solução.
Dejetos dos 3.000 suínos criados na Granja deverão alimentar gerador de 50 kW, que está em
funcionamento e sendo monitorado por oscilógrafo, equipamento para registro de todos os
fenômenos que ocorrerão nesta etapa de operação experimental do projeto que prevê o auto-
suprimento à própria Granja e a injeção do excedente da energia elétrica na rede de distribuição.
A geração a partir dos biodigestores se diferencia da queima de biomassa visto que nela há a
presença de bactérias na decomposição dos dejetos (processo anaeróbico).
6.15.2 Estudos para Minimização dos Custos de Manutenção sob
Linhas de Distribuição
Ao longo de 2007, a Copel acompanhou projeto que contratou junto ao Instituto de Tecnologia
para o Desenvolvimento - Lactec para avaliar possibilidades de utilização das áreas de servidão
sob as linhas de distribuição. Tal estudo considerou as variáveis ambientais, econômicas, de
saúde e de segurança dos empregados envolvidos, estabelecendo comparativo entre: a roçada
convencional (testemunha); plantio de espécies nativas de baixo crescimento e de espécies
agrícolas.
Em 2007, foram apresentados os resultados parciais dos estudos, estando previstas a conclusão
do projeto e a entrega do relatório final em fevereiro de 2008.
6.15.3 Projetos de Biorremediação de Áreas Contaminadas por Óleo
Mineral Isolante
Derramamentos por óleo mineral isolante não são significativos no âmbito da Copel, pois ocorrem
de forma pontual, em função de defeitos em equipamentos ou em casos de furto de
transformadores. As ocorrências de tais defeitos são atendidas por equipes de emergência e
manutenção de redes, que utilizam equipamento padronizado para evitar derramamento da
substância durante a retirada e transporte.
Ao longo de 2007, tiveram continuidade projetos de recuperação ambiental de áreas
contaminadas por óleo mineral isolante, mediante tratamento de biorremediação. Os casos
constatados de contaminação estão servindo como base de desenvolvimento de metodologia de
atuação para remediação de eventuais ocorrências futuras. O processo envolve uso de bactérias
que utilizam hidrocarbonetos em seu ciclo, transformado-os em substâncias sem toxicidade,
descontaminando, assim, a área.
6.16 Gestão de Multas, Termos de Compromisso e Notificações
Ambientais
A Copel mantém acompanhamento de todas as multas, termos de compromisso e notificações
ambientais recebidos, por meio de sistema de gestão que possibilita, além do cumprimento das
obrigações legais, redução dos valores de multas administrativas impostas, bem como
minimização de riscos de enquadramentos criminais de empregados e gestores.
Em 2007, houve sete ocorrências, relatadas a seguir. Aquelas relacionadas à poda de árvores (1,
4, 5 e 6) desencadearam a elaboração de treinamento de duas horas para conscientização dos
empregados envolvidos com a atividade sobre a forma correta de executar a poda, bem como das
implicações legais pertinentes. Foram treinados 213 empregados nesse ciclo. Paralelamente às
palestras de duas horas, os cursos de poda, de 24 horas de duração, vêm ocorrendo
regularmente.
Controle de Ocorrências Ambientais 2007
Valor da Multa N° Tipo Data Local
Original Pago Descrição
1 Multa 08/07 Curitiba R$ 15.000,00 Em recurso
Multa aplicada por poda drástica sem autorização ambiental em 15 árvores. Protocolado recurso e proposição de recuperação do dano ambiental.
2 Multa 10/07 Maringá R$ 20.000,00 Em recurso
Multa por ligação em loteamento sem anuência do IAP. Processo todo com autorização do município.
3 Multa 07/07 Guarapuava R$ 2.000,00 Em recurso
Implantação de linhas de distribuição em Área de Preservação Permanente sem anuência do IAP
4 Notificação 09/07 Guaratuba Sem multa Sem multa
Reclamação de consumidor: poda drástica de árvore sem autorização. Negociada recuperação do dano com o cliente: plantio de árvores em uma praça da cidade.
5 Notificação 09/07 Guaratuba Sem multa Sem multa
Reclamação de consumidor: poda drástica de árvore. Em vistoria ao local constatou-se que a poda foi executada dentro dos padrões.
6 Notificação 09/07 Ponta Grossa
Sem multa Sem multa
Podas drásticas executadas no município de Ponta Grossa. Notificação 209/2007. Foram tomadas medidas para adequação do procedimento do pessoal interno e contratado, que estão sendo recebendo treinamento sobre as questões legais da poda.
7 Termo de compromisso
10/05 Araucária - Parque das
Pontes R$ 150.500,00 Em
recurso
Caso de 2005. Roçada em APP sem autorização do órgão ambiental. Corte de 301 árvores. Termo de compromisso assinado em março de 2007 e Plano de recuperação implantado em abr/07 e em acompanhamento até abr/09. A assinatura e cumprimento do termo de compromisso pode propiciar a redução de 90% no valor da multa, resultando numa economia de R$ 135.450,00 para a COPEL. Os gastos para implementação do plano foram de aproximadamente R$ 1.500,00, acrescido de R$ 200,00 em cada manutenção (a cada 2 meses).
DMAD - Departamento de Meio Ambiente da Distribuição
Atualizado em 02/01/2008
O valor das multas pagas em 2007 foi de R$ 104.195,00, de um valor original de R$ 127.375,00.
No que concerne a atividades de âmbito da Geração e Transmissão, a Copel não recebeu
nenhuma multa ou notificação em 2007.
6.17 Indicadores Ambientais
Além de seguir as diretrizes estabelecidas pelo Global Reporting Initiative - GRI, AA1000 e Pacto
Global, a Copel participa do ISE BOVESPA na busca de melhoria de seus indicadores ambientais.
Em função de ações ambientais implementadas e alinhadas ao planejamento estratégico da
Companhia, a empresa atingiu, em 2007, na análise de desempenho da Dimensão Ambiental, a
marca de 60%, contra 49% obtida em 2006.
Apresentamos, a seguir, tabela indicativa de ações ambientais da Copel no período de 2005 a
2007:
INDICADORES AMBIENTAIS DA COPEL
Recuperação de Áreas Degradadas Meta 2008 2007 2006 2005
Área preservada e/ou recuperada por manejo sustentável de vegetação sob as linhas de transmissão e distribuição (em ha)
sem meta 3 * 0 0
Área preservada/total da área preservada na área de concessão exigida por lei (%) N/D N/D N/D N/D
Contribuição para o aumento de áreas verdes nos municípios pelo Programa de Arborização Urbana (em ha)
54,02 1,54 0 0
Rede protegida isolada (rede ecológica ou linha verde) na área urbana (em km)
sem meta 3442,19 2636,6 N/D
Percentual da rede protegida isolada/total da rede de distribuição na área urbana N/D 15,61 13,34 5,2
Gastos com gerenciamento do impacto ambiental (arborização, manejo sustentável, com equipamentos e redes protegidas)
sem meta R$ 21.282.689,65
R$ 26.890.389,02
R$ 38.241.604,60
Quantidade de acidentes por violação das normas de segurança ambiental
sem meta 0 0 0
Número de autuações e/ou multas por violação de normas ambientais 0 3 1 3
Valor incorrido em autuações e/ou multas por violação de normas ambientais * *
0,00 R$ 37.000,00 R$ 3.457,69 R$ 158.700,00
* Referente ao projeto de pesquisa “Estudos para minimização dos custos de manutenção sob linhas de distribuição de energia
* * Valores referentes às multas aplicadas no ano e não aos valores pagos.
Manejo de resíduos perigosos Meta 2008 2007 2006 2005
Percentual de equipamentos substituídos por óleo mineral isolante sem PCB (Ascarel) * 100 100 100 0
Percentual de lâmpadas descontaminadas em relação ao total substituído na empresa *
100 0 100 100
Percentual de lâmpadas descontaminadas em relação ao total substituído nas unidades consumidoras
N/D N/D N/D N/D
Gastos com tratamento e destinação de resíduos tóxicos (incineração, aterro, biotratamento etc.)
R$ 604.000,00
R$ 815.000,00
R$ 1.257.000,00
R$ 673.000,00
* Segundo dados de relatórios anteriores
Educação e Conscientização Ambiental Meta 2008 2007 2006 2005
Educação ambiental – Comunidade – na organização N/D N/D N/D N/D
Número de empregados treinados nos programas de educação ambiental. sem meta 1188 808 702
Número de horas de treinamento ambiental/total de horas de treinamento
sem meta 535 216 184
Recursos Aplicados (R$ Mil) sem meta R$ 26.019,02 R$ 83.700,00 N/D
N/D: não disponível
Informamos não estarem ainda disponíveis dados pormenorizados relativos a geração e
tratamento de resíduos sólidos; uso de recursos no processo produtivo e em processos gerenciais
da organização; percentual de materiais de consumo adquiridos com Selo Verde ou certificação
florestal; e Programas de Eficiência Energética - PEEs destinados à formação da cultura em
conservação e uso racional de energia.
7. BALANÇO SOCIAL
1 - BASE DE CÁLCULO NE 29 e 30 Receita Líquida - RL 5.422.126 4.888.615
Resultado (ou Lucro) Operacional - RO 1.629.124 1.837.223
NE 31-c Folha de Pagamento Bruta - FPB 587.021 579.944
Valor Adicionado Total - VAT 5.235.899 5.638.463
2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOSFPB RL VAT FPB RL VAT
Alimentação (Auxílio alimentação e outros) 54.476 9,3 1,0 1,0 49.586 8,6 1,0 0,9
NE 31-c Encargos sociais compulsórios 144.643 24,7 2,7 2,8 146.955 25,2 3,0 2,6
NE 31-d Plano previdenciário (64.348) (11,0) (1,2) (1,2) 52.620 9,1 1,1 0,9
NE 31-d Saúde (Plano assistencial) 57.076 9,7 1,1 1,1 26.501 4,6 0,5 0,5
Segurança e medicina no trabalho 3.177 0,5 0,1 0,1 3.170 0,5 0,1 0,1
Educação 2.296 0,4 - - 2.130 0,4 - -
Cultura 916 0,2 - - 654 0,1 - -
Capacitação e desenvolvimento profissional 7.848 1,3 0,1 0,1 8.824 1,5 0,2 0,2
Auxílio creche 500 0,1 - - 451 0,1 - -
NE 31-c Participação nos lucros e/ou resultados 54.254 9,2 1,0 1,0 52.028 9,0 1,1 0,9
(1) Outros benefícios 10.128 1,8 0,2 0,3 9.710 1,7 0,2 0,2
Total 270.966 46,2 5,0 5,2 352.629 60,8 7,2 6,3
NE - Nota Explicativa
BALANÇO SOCIAL ANUAL - Modelo IBASE
(Valores expressos em milhares de reais)
% Sobre: % Sobre:
Em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
2007
Consolidado
2006
(continuação)
3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS
RO RL VAT RO RL VAT
Educação 6.615 0,4 0,1 0,1 19.020 1,0 0,4 0,3
(2) Programa Paraná Digital 6.491 0,4 0,1 0,1 18.331 1,0 0,4 0,3
Escolas nas Usinas e outros 124 - - - 689 - - -
Cultura 5.510 0,3 0,1 0,1 9.207 0,6 0,2 0,2
NE 31-i Projetos culturais diversos - lei 8313 Rouanet 5.401 0,3 0,1 0,1 8.989 0,5 0,2 0,2
Incentivos culturais municipais 109 - - - 218 0,1 - -
Saúde e saneamento 28.646 1,8 0,5 0,5 80.195 4,4 1,6 1,4
Programa Luz para Todos 27.421 1,6 0,5 0,5 79.254 4,3 1,6 1,4
Outros programas 1.225 0,2 - - 941 0,1 - -
Esporte 0 - - - 55 - - -
Combate à fome e segurança alimentar 4 - - - 4 - - -
Outros 4.376 0,3 0,1 0,1 5.245 0,3 0,1 0,1
NE 26 Indenização comunidade indígena Apucaraninha 2.240 0,1 0,1 0,1 2.800 0,2 0,1 0,1
NE 31-i Fundo dos direitos da criança e do adolescente 1.775 0,1 - - 2.192 0,1 - -
Doações, contribuições e subvenções 312 0,1 - - 122 - - -
Implantação GRI/AA1000 e instituto Ethos 49 - - - 131 - - -
Total das contribuições para a sociedade 45.151 2,8 0,8 0,8 113.726 6,3 2,3 2,0
Tributos (excluídos encargos sociais) 3.133.308 192,3 57,8 59,9 3.209.136 174,7 65,6 56,9
Total 3.178.459 195,1 58,6 60,7 3.322.862 181,0 67,9 58,9
4 - INDICADORES AMBIENTAISRO RL VAT RO RL VAT
Investimentos relacionados com as operaçõesda empresa 100.142 6,1 1,8 1,9 87.882 4,8 1,8 1,6
NE 30
Programas de Pesquisa e Desenvolvimento eEficiência Energética 56.347 3,4 1,0 1,1 52.265 2,8 1,1 0,9
Rede Compacta e Linha Verde 38.069 2,3 0,7 0,7 26.797 1,5 0,5 0,5
Programas de proteção de Fauna e Flora 4.276 0,3 0,1 0,1 7.086 0,4 0,1 0,1
Gestão de resíduos 1.450 0,1 - - 1.734 0,1 0,1 0,1
Investimentos em programas e/ou projetosexternos 299 - - - 1.512 0,2 - -
Educação Ambiental 126 - - - 763 0,1 - -
Programa Tributo ao Iguaçu 109 - - - 722 0,1 - -
(3) Projeto créditos de carbono 64 - - - 27 0,1 - -
Total 100.441 6,1 1,8 1,9 89.394 5,0 1,8 1,6
NE - Nota Explicativa
Consolidado
2007 2006
% Sobre: % Sobre:
% Sobre:% Sobre:
( ) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%( ) cumpre de 51 a 75%( X ) cumpre de 76 a 100%
( ) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%( ) cumpre de 51 a 75%( X ) cumpre de 76 a 100%
Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” paraminimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursosnaturais, a empresa:
(continuação)
5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL (inclui controladas)
(4) Empregados no final do período 8.441 8.204 Escolaridade dos empregados(as): Total HomensMulheres Total HomensMulheresTotal Superior e extensão universitária 3.223 2.333 890 3.000 2.162 838Total 2º Grau 4.721 4.138 583 4.694 4.106 588Total 1º Grau 497 463 34 510 478 32Faixa etária dos empregados(as):Abaixo de 30 anos 1.904 1.843 De 30 até 45 anos (exclusive) 3.799 3.923 Acima de 45 anos 2.738 2.438 Admissões durante o período 665 946 Mulheres que trabalham na empresa 1.507 1.458 % Mulheres em cargos gerenciais:em relação ao nº total de mulheres 2,9 3,1 em relação ao nº total de gerentes 11,2 12,2
Negros(as) que trabalham na empresa 792 734 % Negros(as) em cargos gerenciais:em relação ao nº total de negros(as) 2,4 1,9 em relação ao nº total de gerentes 5,0 3,9
Portadores(as) de necessidades especiais 54 52 Dependentes 19.367 14.680 Estagiários(as) 943 953 Terceirizados 2.244 2.238
Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa
Número total de Acidentes de Trabalho (inclui acidentes com contratados)
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidospela empresa foram definidos por:
Os padrões de segurança e salubridade noambiente de trabalho foram definidos por:
Quanto à liberdade sindical, ao direito denegociação coletiva e à representação internados(as) trabalhadores(as), a empresa:
A previdência privada contempla:
A participação dos lucros ou resultadoscontempla:
Na seleção dos fornecedores, os mesmospadrões éticos e de responsabilidade social eambiental adotados pela empresa:
Quanto à participação dos empregados(as) emprogramas de trabalho voluntário, a empresa:
são sugeridos
organiza e incentiva
direção e gerências
todos(as) + Cipa
incentivará e seguirá a OIT todos(as) empregados(as)
todos(as) empregados(as)
serão exigidos
organizará e incentivará
incentiva e segue a OIT
29
164
Metas 2008
6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL
direção e gerências
todos(as) + Cipa
29
208
todos(as) empregados(as)
Consolidado
Consolidado
2007
2007 2006
todos(as) empregados(as)
(continuação)
na empresa
no Proconna Justiça
na empresa
no Proconna Justiça
na empresa
no Procon
na Justiça
Distribuição do Valor Adicionado (DVA) :
Financiadores
Pessoal Governo
Acionistas Retido
7 - OUTRAS INFORMAÇÕES
(1) O item Outros benefícios é composto por: Indenizações trabalhistas, Auxílio doença complementar, Seguros, Vale transporteexcedente e Auxílio invalidez e morte acidental.
(2) O Programa Paraná Digital promove a inclusão digital no ensino público conectando escolas estaduais à Internet. Sendo este umconvênio com o governo estadual, a Companhia participa provendo a rede com instalações dos pontos até as escolas, enquanto oEstado fornece os equipamentos de informática. Desde o início do programa já foram instalados 4.450 km de cabos possibilitando oacesso de 2.027 escolas, o que ainda gera receita para a Copel com a ampliação do atendimento a clientes corporativos no Estadodo Paraná através da maior capilaridade da rede.
(3) Estes valores referem-se aos gastos do Contrato de Validação dos Créditos de Carbono efetuados pela controlada Elejor.
(4) No computo da força de trabalho estão incluídos 82 menores aprendizes em 2007, e 75 em 2006.
• A Copel é uma companhia pertencente ao Setor Energético, atuante no Estado do Paraná com CNPJ nº 76.483.817/0001-20.
• Para maiores esclarecimentos sobre as informações declaradas: Superintendência de Gestão Contábil - Enio Cesar Pieczarka - tel 41-3331-2160 e-mail: [email protected]
• As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.
• Nossa companhia valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.
• A Copel não utiliza mão-de-obra infantil (exceção para o programa de inserção do menor aprendiz, Lei 10.097/00) ou trabalhoescravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida comcorrupção.
33,6%% da representatividade das reclamações e críticas de consumidores(as) em relação ao total de unidades consumidoras:
2,98% 2,83%
74,5%
100.058 276
937
102.334 282
958
100,0%% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:
2006
100,0%
78,0%37,0%
Consolidado
2007Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):
Metas 2008
Consolidado
16,6%
8,1%
10,7%58,9%
5,0%
2007
• Este Balanço Social contempla dados das controladas Compagas, Elejor, UEG Araucária, Copel Empreendimentos Ltda e CentraisEólicas do Paraná Ltda - CEOLPAR (a partir de 06.09.2007), em virtude da consolidação de seus resultados com a Copel.
6,3%
62,0%
17,3%
5,1%
10,0%
0,01%
0,03% 0,03%
0,01%
8. MATRIZ DE LOCALIZAÇÃO E CORRELAÇÃO DE INDICADORES
A tabela abaixo representa um esforço de correlação entre os indicadores GRI/G3 e os Princípios
do Pacto Global, este último considerado pela Companhia como a grande plataforma de
contextualização de seus resultados em termos de sustentabilidade global. O Pacto se constitui na
mais consistente e difundida plataforma para a ampla promoção da sustentabilidade empresarial
da atualidade. Ressaltamos que o resultado é de inteira responsabilidade da Companhia e reflete
sua visão interna de gestão e o processo de testagem da ferramenta “Fazendo a Conexão –
usando as Diretrizes GRI/G3 de relatório para a Comunidade de Progresso do Pacto Global da
ONU”.
Legenda:
Indicadores essenciais Indicadores adicionais NE Nota Explicativa
GRI G3 Tema Pacto Global Item Página PERFIL
1 ESTRATÉGIA E ANÁLISE 1.1 Declaração do Presidente sobre a relevância da
sustentabilidade para a organização e sua estratégia. 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9, 10 1 6
1.2 Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades relativos a sustentabilidade e seus efeitos sobre os stakeholders.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
1, 2; 1.3; 3.16; 3.17; 3.18; 3.19; 5.7.2
10; 11; 42; 43; 44; 45; 67
2 PERFIL ORGANIZACIONAL 2.1 Nome da organização. 2.1 15 2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços. 2.1; 2.7 15; 23
2.3 Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures.
2.1 15
2.4 Localização da sede da organização. 2.1 15 2.5 Número de países em que a organização opera. 2.1; 2.7 15; 23
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade. 2.1 15 2.7 Mercados atendidos.
2.1; 2.7; 2.9; 2.12 15; 23; 24; 28
2.8 Porte da organização. 2.1; 2.9; 2.12 15; 24; 28
2.9 Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura e participação acionária. 2.1; 3.1 15; 34
2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório. 2.14 32 3 PARÂMETROS PARA O RELATÓRIO Perfil do Relatório
3.1 Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas. 1.4 13
3.2 Data do relatório anterior mais recente. 1.4 13
3.3 Ciclo de emissão de relatórios. 1.4 13
3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo. 1.4; 3.9 13; 39
Escopo e Limite do Relatório 3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório. 1.4 13
3.6 Limite do relatório. 1.4 13 3.7 Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto
ao escopo ou ao limite do relatório. 1.4 13
3.8 Base para a elaboração do relatório que possam afetar significativamente a comparabilidade. 1,2,10 1.4; 3.1 13; 34
3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos. 1.4 13 3.10 Explicação da natureza e das conseqüências de qualquer 1,2,10 1.4; 3.1 13; 34
reformulação de informações contidas em relatórios anteriores.
3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores. 1.4 13
Sumário de Conteúdo da GRI/G3 3.12 Tabela de identificação da localização das divulgações-
padrão no relatório. 1.4; 8 13; 102
Verificação 3.13 Política e prática atual relativa à busca de verificação
externa. 1.4; 3.16 13; 42
4 GOVERNANÇA, COMPROMISSOS E ENGAJAMENTO Governança
4.1 Estrutura de governança corporativa, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança. 1, 2, 10
3; 3.1; 3.3; 3.4; 3.5; 3.6; 3.8;
3.10
33; 34; 37; 38; 39; 40
4.2 Indicação caso o Presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo. 1, 2, 10 3; 3.1; 3.3 33; 34; 37
4.3 Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração do número de membros independentes ou não.
1, 2, 10 3; 3.1; 3.3 33; 34; 37
4.4 Mecanismos para acionistas e funcionários fazerem recomendações ou darem orientações para a governança. 1, 2, 10 3; 3.1; 3.2; 3.9;
3.11 33; 34; 36; 39;
40
4.5 Relação entre remuneração para membros da governança e o desempenho da organização. 1, 2, 10 3; 3.1; 3.6 33; 34; 38
4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados. 1, 2, 10 3; 3.1; 3.3; 3.8;
3.9 33; 34; 37; 39
4.7 Processo para determinação das qualificações e habilidades exigidas dos membros de governança para definir a estratégia da organização.
1, 2, 10 3; 3.1; 3.3 33; 34; 37
4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta, princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
1.3; 3; 3.1; 3.7; 3.8
11; 33; 34; 38; 39
4.9 Procedimentos de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômicos, ambiental e social.
1, 2, 10 3; 3.1; 3.7; 3.9 33; 34; 38; 39
4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho da governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social.
1, 2, 10 3; 3.1; 3.6 33; 34; 38
Compromissos com Iniciativas Externas 4.11 Explicação de se e como a organização aplica o princípio da
precaução. 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9, 10 3.18 44
4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas voluntárias desenvolvidas externamente, de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 1.3; 3; 5.1 11; 33; 56
4.13 Participação significativa em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/internacionais de defesa.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 5.1 56
Engajamento das Partes Interessadas 4.14 Relação entre grupos de partes interessadas envolvidas pela
organização. 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9, 10 2.13; 2.13.1;
2.13.2 29; 30
4.15 Base para a identificação e seleção das partes interessadas a serem envolvidas.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 2.13; 2.13.1 29
4.16 Abordagens para o engajamento das partes interessadas, incluindo a freqüência do engajamento por tipo e por grupos da parte interessada.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
2.13; 2.13.2; 2.13.3; 3.11;
5.7; 5.9
29; 30; 32; 40; 64; 69
4.17 Principais questões e preocupações que foram levantados por meio do engajamento das partes interessadas e que medidas foram adotadas.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
2.13; 2.13.2; 2.13.3; 3.11;
5.7; 5.9
29; 30; 32; 40; 64; 69
DESEMPENHO ECONÔMICO
DMA Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Econômico
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
Desempenho Econômico EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído. 2.9; 2.12 24; 28
EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas. 7, 8, 9 1; 5.16; 6.1 6; 78; 80
EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece. 1 NE 31-d 173
EC4 Ajuda financeira significativa recebida do governo. 2.8;5.1; NE 18- 23; 56; 144;
c; NE 25 159 Presença no Mercado
EC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes. 1, 2, 6 5.10.2 71
EC6 Políticas e práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes. 5.9 69
EC7 Procedimentos para a contratação local e proporção de cargos da alta gerência recrutados na comunidade. 6 5.10 70
Impactos Econômicos Indiretos EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-
estruturas e serviços oferecidos, principalmente benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 2.8; 5.1 23; 56
EC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos. 1, 7, 8, 9 5; 5.1 56
DESEMPENHO AMBIENTAL
DMA Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Ambiental 7, 8, 9
Materiais EN1
Materiais usados por peso ou volume. 8
6.13 – Indicador
parcialmente mensurado*
90
EN2 Percentagem dos materiais usados provenientes de reciclagem. 8, 9
6.13 – Indicador
parcialmente mensurado*
90
Energia EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de
energia primária. 8 6.4.2 86
EN4 Consumo indireto de energia, discriminado por fonte primária. 8 6.4.3 86
EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência. 8, 9 6.14 92
EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis.
8, 9 5.16; 6.14 78; 92
EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas. 8, 9 6.14 92
Água EN8 Total de retirada de água por fonte. 8 6.4.1 85 EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de
água. 8 6.4.1 85
EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada. 8, 9 6.4.1 85 Biodiversidade
EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
8 6.5; 6.15 86; 93
EN12 Descrição dos impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
8 6.5 86
EN13 Habitats protegidos ou restaurados. 8 6.5; 6.15 86; 93 EN14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a
gestão dos impactos na biodiversidade. 8 6.5; 6.14; 6.15 86; 92; 93
EN15 Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em lista nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção.
8 6.5 86
Emissões, Efluentes e Resíduos EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases causadores
do efeito de estufa por peso. 8 6.3.9 84
EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases causadores do efeito de estufa por peso. 8 6.3.9 84
EN18 Iniciativa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções atingidas. 8, 9 6.1; 6.14 80; 92
EN19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio por peso. 8 6.3.10 85
EN20 Nox e Sox e outras emissões atmosféricas significativas por tipo e peso. 8 6.3.10 85
EN21 Descarga total da água por qualidade e destinação. 8 6.4.1 85 EN22 Peso total de resíduos por tipo e método de disposição. 8 6.13 90
EN23 Número e volume total de derramamentos significativos. 8 6.15 93 EN24 Peso dos resíduos transportados, importados, exportados ou
tratados considerados perigosos nos termos da Convenção de Basiléia – Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente.
8 6.13 90
EN25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d'água e habitats relacionados significativamente afetados por descartes de água e drenagem realizados pela organização relatora.
8 6.5.1 88
Produtos e Serviços EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e
serviços e a extensão da redução desses impactos. 8, 9 5.9; 6.3.1; 6.14; 6.15 69; 81; 92; 93
EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto.
8, 9 ** -
Conformidade EN28 Valor monetário de multas significativas e número total de
sanções não monetárias, resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos ambientais.
8 6.16 95
Transporte EN29 Impactos ambientais significativos do transporte de produtos
e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como transporte dos trabalhadores.
8 6.17 95
Geral EN30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por
tipo. 7, 8 , 9 7.0 98
DESEMPENHO SOCIAL DMA Descrição sobre Forma de Gestão do Desempenho Social 1, 2, 3, 4, 5, 6
INDICADORES DE DESEMPENHO REFERENTE A PRÁTICAS TRABALHISTAS, TRABALHO DECENTE
DMA Descrição sobre Forma de Gestão Referente a Práticas Trabalhistas 1, 2, 3, 4, 5, 6
Emprego LA1 Total de trabalhadores por tipo de emprego, contrato de
trabalho e região. 5.10; 5.12 70; 73
LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados por faixa etária, gênero e região. 1, 2, 3, 4, 5, 6 5.10; 5.12 70; 73
LA3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período tempo parcial.
6 5.10.3; 5.12 71; 73
Relações entre os Trabalhadores e a Governança 5.10.4 72
LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva. 1, 2, 3 5.10.4 72
LA5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais. 1, 2, 3 5.10.4 72
Segurança e Saúde no Trabalho LA6 Percentual dos empregados representados em comitês
formais de segurança e saúde, compostos por gestores e trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional.
1 5.7.2 67
LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região. 1 5.12 73
LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves.
1 5.11; 5.12 72; 73
LA9 Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos. 1 5.10.4; 5.11 72
Treinamento e Educação LA10 Média de horas de treinamento por ano, por empregado,
discriminadas por categoria funcional. 1 5.10.1; 5.12 70; 73
LA11 Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua que apóiam a continuidade da empregabilidade dos empregados e para gerenciar o fim da carreira.
1 5.10.1; 5.12 70; 73
LA12
Percentagem de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento da carreira.
Apesar de material, esta ainda não é uma prática corrente em
nossa Companhia
-
Diversidade e Igualdades de Oportunidades
LA13 Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação dos empregados por categoria, de acordo com o gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade.
1, 2, 6 9 108
LA14 Proporção de remuneração básica entre homens e mulheres por categoria funcional. 1, 2, 6 5.10.2; 5.12 71; 73
INDICADORES DE DESEMPENHO REFERENTE A DIREITOS HUMANOS
DMA Descrição sobre Forma de Gestão Referente a Direitos Humanos 1, 2, 3, 4, 5, 6 5.1 56
Práticas de Investimento e de Processos de Compra HR1 Percentual e número total de contratos de investimento
significativos que incluam cláusulas ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos.
1, 2, 4, 5, 6 5.2; 5.9 59; 69
HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas.
1, 2, 4, 5, 6 5.2 59
HR3 Total de horas de treinamento de empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 10 3.7; 5.2 38; 59
Não-discriminação HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas
tomadas. 1, 2, 6 5.2 59
Liberdade de Associação e Negociação Coletiva HR5 Operações identificadas nas quais o direito de exercer a
liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar este direito.
1, 2, 3 5.2; 5.10.4 59; 72
Trabalho Infantil HR6 Operações identificadas como de risco significativo de
ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil.
1, 2, 5 5.2; 5.9 59; 69
Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo HR7 Operações identificadas como tendo risco significativo de
ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir com a para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo.
1, 2, 4 5.2; 5.9 59; 69
Práticas de Segurança HR8 Percentagem do pessoal de segurança submetido a
treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos.
1, 2 5.2 59
Direitos Indígenas HR9 Descrição de políticas, diretrizes e procedimentos para tratar
das necessidades indígenas. 1, 2 5.2 59
INDICADORES DE DESEMPENHO REFERENTE À SOCIEDADE
DMA Descrição sobre Forma de Gestão Referente à Sociedade 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9, 10 2.13 29
Comunidade SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e
práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades.
1, 7 2.13; 2.13.1;
2.13.2; 2.13.3; 3.18
29; 30; 32; 44
Corrupção SO2 Percentual e número total de unidades de negócios
submetidas a avaliações de riscos relacionados a corrupção. 10 *** -
SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da organização. 10 3.7 38
SO4 Medidas tomadas em resposta à ocorrência de corrupção. 10 3.8 39 Políticas Públicas
SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 5.1 56
SO6 Valor total das contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas,
Considerado não aplicável a
-
discriminadas por país. nossa Companhia
Concorrência Desleal SO7
Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados.
Considerado não aplicável a
nossa Companhia
-
Conformidade SO8 Valor monetário de multas (significativas) por não-
conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso dos produtos e serviços.
1 5.7.2 67
INDICADORES DE DESEMPENHO REFERENTES À RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO DMA Descrição sobre Forma de Gestão Referente à Sociedade 1, 8
Saúde e Segurança do Cliente PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os
impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria.
1 5.7.2 67
PR2 Número total de casos de não-conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida.
1 5.7.1; 5.7.2 65; 67
Rotulagem de Produtos e Serviços PR3 Tipo de informações sobre produtos e serviços exigida por
procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências.
1, 8
Considerado não aplicável a
nossa Companhia
-
PR4 Número total de casos de não-conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços.
1, 8
Considerado não aplicável a
nossa Companhia
-
PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação. 2.13.3; 5.7 32; 64
Comunicações de Marketing PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários
relacionados a comunicações de marketing. 5.8 67
PR7 Número total de casos de não-conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing.
5.7.1; 5.8 65; 67
Privacidade do Cliente PR8 Número total de reclamações comprovadas relativas a
violação de privacidade e perda de dados de clientes. 5.7.1; 5.8 65; 67
Conformidade PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não-
conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso dos produtos e serviços.
1 5.7.1; 5.7.2 65; 67
** A Copel já implementou processo de controle integral de consumo de papel e de sua destinação final. Completo processo de controle para outros materiais está em andamento, com previsão de implementação em 2010. **Considerado não aplicável à Copel, visto que nosso produto é energia e, portanto, não está sujeito à avaliação quanto a esta categoria *** Tratar este indicador como um percentual das unidades de negócio analisadas é considerado não material uma vez que a Companhia está institucionalmente organizada como uma única unidade de negócio, sob a mesma abrangência de normas e procedimentos internos
9. COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS RESPONSÁVEIS PELA
GOVERNANÇA
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente JOÃO BONIFÁCIO CABRAL JÚNIOR
Membros: JORGE MICHEL LEPELTIER
LAURITA COSTA ROSA
LUIZ ANTONIO RODRIGUES ELIAS
MUNIR KARAM
NELSON FONTES SIFFERT FILHO
ROGÉRIO DE PAULA QUADROS
RUBENS GHILARDI
NILDO ROSSATO
COMITÊ DE AUDITORIA
Presidenta LAURITA COSTA ROSA
Membros: JORGE MICHEL LEPELTIER
ROGÉRIO DE PAULA QUADROS
CONSELHO FISCAL
Presidente ANTONIO RYCHETA ARTEN
Membros: HERON ARZUA
ALEXANDRE MAGALHÃES DA
SILVEIRA
MÁRCIO LUCIANO MANCINI
NELSON PESSUTI
DIRETORIA
Diretor Presidente RUBENS GHILARDI
Diretor de Finanças e de Relações com Investidores PAULO ROBERTO TROMPCZYNSKI
Diretor de Gestão Corporativa LUIZ ANTONIO ROSSAFA
Diretor de Distribuição RONALD THADE RAVEDUTTI
Diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações RAUL MUNHOZ NETO
Diretor Jurídico ZUUDI SAKAKIHARA
CONTADOR
Contador – CRC-PR-024769/O-3 ENIO CESAR PIECZARKA
Informações sobre este Relatório: [email protected] - Fone: +55 (41) 3331-2903
Informações sobre Relações com Investidores: [email protected] - Fones: +55 (41) 3222-2027/ +55 (41) 3331-4359
Fax: +55 (41) 3331-2849
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Balanços Patrimoniais
levantados em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
ATIVO NE nº
2007 2006 2007 2006
CIRCULANTEDisponibilidades 5 56.186 549.414 1.540.871 1.468.716 Consumidores e revendedores 6 - - 1.089.694 1.064.802 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 7 - - (71.592) (111.261) Serviços executados para terceiros, líquidos - - - 8.750 13.399 Dividendos a receber 8 700.225 760.282 2.767 2.019 Serviços em curso - - - 51.343 20.038 Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná 9 - - 40.509 35.205 Impostos e contribuições sociais 10 79.328 72.298 155.599 235.084 Conta de compensação da "parcela A" 11 - - 67.614 90.048 Outros ativos regulatórios 12 - - 17.186 3.408 Cauções e depósitos vinculados 13 2.806 35.288 145.161 103.853 Estoques - - - 52.195 51.444 Outros créditos 14 8 2 62.313 36.878
838.553 1.417.284 3.162.410 3.013.633
NÃO CIRCULANTERealizável a Longo Prazo
Consumidores e revendedores 6 - - 139.125 108.157 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 7 - - (11.469) - Serviços executados para terceiros - - - 7.251 - Repasse CRC ao Governo Estado do Paraná 9 - - 1.209.853 1.158.898 Impostos e contribuições sociais 10 125.712 61.101 462.427 382.528 Conta de compensação da "parcela A" 11 - - 25.478 12.273 Outros ativos regulatórios 12 - - 5.729 - Cauções e depósitos vinculados 13 - - 22.423 24.630 Depósitos judiciais 15 34.730 47.935 121.340 140.954 Coligadas e controladas 16 795.933 739.359 - - Outros créditos 14 - - 8.450 11.909
956.375 848.395 1.990.607 1.839.349
Investimentos 17 7.267.064 6.631.623 256.809 229.953 Imobilizado 18 - - 6.832.379 6.711.686 Intangível 19 - - 112.585 116.798 Diferido - - - 5.227 23.204
8.223.439 7.480.018 9.197.607 8.920.990
TOTAL DO ATIVO 9.061.992 8.897.302 12.360.017 11.934.623
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.
Controladora Consolidado
Balanços Patrimoniais
levantados em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
PASSIVO NE nº
2007 2006 2007 2006
CIRCULANTEEmpréstimos e financiamentos 20 20.223 9.243 92.684 90.152 Debêntures 21 168.599 822.404 171.827 838.355 Fornecedores 22 1.132 566 366.510 392.219 Impostos e contribuições sociais 10 51.818 67.719 249.460 311.085 Dividendos a pagar - 244.023 268.596 252.362 277.421 Folha de pagamento e provisões trabalhistas 23 162 92 146.119 134.218 Benefícios pós-emprego 31 23 15 42.286 133.635 Conta de compensação da "parcela A" 11 - - 143.436 110.498 Outros passivos regulatórios 12 - - 46.476 - Encargos do consumidor a recolher 24 - - 32.722 51.705 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 25 - - 185.280 174.316 Outras contas a pagar 26 26 26 85.465 67.766
486.006 1.168.661 1.814.627 2.581.370
NÃO CIRCULANTEExigível a Longo Prazo
Empréstimos e financiamentos 20 400.032 92.787 835.268 604.306 Debêntures 21 733.360 866.680 1.002.674 1.129.230 Provisões para contingências 27 206.417 24.282 514.270 222.473 Coligadas e controladas - - 368.622 - - Fornecedores 22 - - 190.394 234.212 Impostos e contribuições sociais 10 - - 32.092 24.083 Benefícios pós-emprego 31 - - 454.411 495.759 Conta de compensação da "parcela A" 11 - - 22.330 52.053 Outros passivos regulatórios 12 - - 18.935 - Outras contas a pagar 26 - - 6.720 8.961
1.339.809 1.352.371 3.077.094 2.771.077
Resultados de Exercícios Futuros 17 - - 592 -
1.339.809 1.352.371 3.077.686 2.771.077
PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES - - 231.527 205.906
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 28
Capital social 4.460.000 3.875.000 4.460.000 3.875.000 Reservas de capital 838.340 817.293 838.340 817.293 Reservas de lucros 1.937.837 1.683.977 1.937.837 1.683.977
7.236.177 6.376.270 7.236.177 6.376.270
TOTAL DO PASSIVO 9.061.992 8.897.302 12.360.017 11.934.623
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.
Controladora Consolidado
Demonstração dos Resultados
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
NE nº
2007 2006 2007 2006RECEITA OPERACIONAL 29
Fornecimento de energia elétrica - - 2.747.680 2.558.481 Suprimento de energia elétrica - - 1.367.595 1.290.976 Disponibilidade da rede elétrica - - 3.316.963 3.225.414 Receita de telecomunicações - - 63.893 58.054 Distribuição de gás canalizado - - 244.080 227.081 Outras receitas operacionais - - 179.883 61.320
- - 7.920.094 7.421.326
DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL 30 - - (2.497.968) (2.532.711)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA - - 5.422.126 4.888.615
Custos Operacionais 31
Energia elétrica comprada para revenda - - (1.429.417) (1.439.744) Encargos de uso da rede elétrica - - (514.450) (534.780) Pessoal - - (463.865) (458.955) Planos previdenciário e assistencial - - 14.169 (44.536) Material - - (50.308) (54.677) Matéria-prima e insumos para produção de energia - - 8.954 280.579 Gás natural e insumos para operação de gás - - (132.726) (177.702) Serviços de terceiros - - (161.319) (145.459) Depreciação e amortização - - (399.387) (353.047) Recuperação de custos - - 44.069 35.210 Outros custos - - (55.852) (57.570)
- - (3.140.132) (2.950.681)
LUCRO OPERACIONAL BRUTO - - 2.281.994 1.937.934
Despesas Operacionais 31
Despesas com vendas - (5.408) (31.140) (83.352) Despesas gerais e administrativas (12.050) (18.976) (298.830) (330.736) Outras despesas operacionais (197.130) 170.773 (344.744) 79.547
(209.180) 146.389 (674.714) (334.541)
RESULTADO DAS ATIVIDADES (209.180) 146.389 1.607.280 1.603.393
Resultado Financeiro 32
Receitas financeiras 90.891 45.221 396.017 729.203 Despesas financeiras (193.806) (174.457) (375.774) (489.186)
(102.915) (129.236) 20.243 240.017
RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 33 1.346.836 1.317.590 1.601 (6.187)
RESULTADO OPERACIONAL 1.034.741 1.334.743 1.629.124 1.837.223
RESULTADO NÃO OPERACIONAL 34 12.910 395 (31.109) (22.977)
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 1.047.651 1.335.138 1.598.015 1.814.246
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 36
Imposto de renda e contribuição social (2.619) (20.075) (536.168) (499.727) Imposto de renda e contribuição social diferidos 61.578 (72.383) 75.853 (57.951)
58.959 (92.458) (460.315) (557.678)
LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES DOS ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES 1.106.610 1.242.680 1.137.700 1.256.568
PART. DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES - - (31.090) (13.888)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.106.610 1.242.680 1.106.610 1.242.680
LUCRO LÍQUIDO P/ AÇÃO (2007) E P/ MIL AÇÕES (2006) - R$ 28 4,0438 4,5410 4,0438 4,5410
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.
Consolidado Controladora
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
Reserva Capital Reservas Reserva de retenção Lucros social de capital legal de lucros acumulados Total
Saldo em 31 de dezembro de 2005 3.480.000 817.293 209.821 980.069 - 5.487.183
Ajuste de exercícios anteriores - - - - (72.642) (72.642)
Aumento de capital social 395.000 - - (395.000) - -
Lucro líquido do exercício - - - - 1.242.680 1.242.680
Destinação proposta à A.G.O.:
Reserva legal - - 58.502 - (58.502) -
Juros sobre o capital próprio - - - - (123.000) (123.000)
Dividendos propostos - - - - (157.951) (157.951)
Reserva para investimentos - - - 830.585 (830.585) -
Saldo em 31 de dezembro de 2006 3.875.000 817.293 268.323 1.415.654 - 6.376.270
Aumento de capital social 585.000 - - (585.000) - -
Incentivos fiscais (NE nº 17.d) - 21.047 - - - 21.047
Lucro líquido do período - - - - 1.106.610 1.106.610
Destinação proposta à A.G.O.:
Reserva legal - - 55.330 - (55.330) -
Juros sobre o capital próprio - - - - (200.000) (200.000)
Dividendos propostos - - - - (67.750) (67.750)
Reserva para investimentos - - - 783.530 (783.530) -
Saldo em 31 de dezembro de 2007 4.460.000 838.340 323.653 1.614.184 - 7.236.177
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
ORIGENS
2007 2006 2007 2006
Das operaçõesLucro líquido do exercício 1.106.610 1.242.680 1.106.610 1.242.680
Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante líquido: Depreciação e amortização - - 422.049 372.395Variações monetárias de longo prazo - líquidas (48.984) 30.415 (54.545) (14.751)Equivalência patrimonial (1.346.122) (1.317.285) 1.750 1.118Imposto de renda e contribuição social diferidos (64.611) 82.245 (56.136) 123.079Parcela de ajustes de encargos da rede - líquidos - - 26.412 - Variações na conta de compensação da "parcela A" - líquidas - - 6.786 40.962Repactuação de contratos - Cien - - (62.862) - Reversão de provisão para desvalorização de incentivos fiscais (12.789) - (12.789) - Provisões (reversões) no passivo não circulante 197.992 (170.956) 255.657 (46.837) Baixas de ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - - 46.226 Baixas de investimentos - - 2.240 - Resultado e baixas na alienação de imobilizado, intangível e diferido - - (737) - Baixas de imobilizado - líquidas - - 29.878 14.721 Baixas de intangível e diferido - líquidas - - 13.972 126 Baixas de outros ativos não circulantes - - - 84 Amortização de ágio em investimentos e intangíveis - - 7.908 5.374 Participação de acionistas não controladores - - 31.090 13.888
(1.274.514) (1.375.581) 610.673 556.385
Dividendos recebidos de coligadas e controladas 750.353 967.063 10.545 13.730
Total das operações 582.449 834.162 1.727.828 1.812.795
De terceirosEmpréstimos e financiamentos 329.600 - 346.592 16.937 Debêntures - 600.000 - 600.000 Coligadas e controladas 6.521 476.565 - - Fornecedores - repactuação Petrobras (reclassificação do circulante) - - - 157.443 Alienação de bens do ativo imobilizado - - 6.652 - Participação financeira do consumidor - - 48.580 43.489Participação de acionistas não controladores - - - 113.703 Outras contas a pagar - - - 8.960 Realizáveis a longo prazo transferidos para o circulante:
Consumidores e revendedores - - 84.691 26.938 Contas a receber de serviços - - 830 - Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 38.642 34.440Impostos e contribuições sociais - - 1.303 9.107 Conta de compensação da "parcela A" - - 31.868 25.120 Ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - - 6.815 Coligadas e controladas - 35.357 - 35.357 Outros créditos - - 10.256 5.383
336.121 1.111.922 569.414 1.083.692
TOTAL DAS ORIGENS 918.570 1.946.084 2.297.242 2.896.487(continua)
Controladora Consolidado
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
(continuação)
APLICAÇÕES
2007 2006 2007 2006
Na distribuição de dividendos 267.750 280.951 267.750 280.951
No imobilizado - - 516.142 567.778
No intangível - - 4.406 5.747
No realizável a longo prazoConsumidores e revendedores - - 104.190 25.109 Contas a receber de serviços - - 8.081 - Impostos e contribuições sociais - - 17.057 8.893Depósitos judiciais 3.693 9.768 9.900 30.778Ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - - 9.432Coligadas e controladas 23.494 13.006 - - Outros créditos - - 1.405 2.140
27.187 22.774 140.633 76.352
Nos investimentos 5.836 604.743 13.754 534.546
No diferido - - 341 145
Passivos não circulantes transferidos para o circulante:Empréstimos e financiamentos - - 116.363 85.000Debêntures 133.320 700.525 138.858 720.087 Coligadas e controladas 380.553 - - - Fornecedores - - 267 112.590 Benefícios pós-emprego - - 41.348 127.478Conta de compensação da "parcela A" - - 82.014 44.657 Contingências judiciais e outras contas a pagar - - 59.846 6.355
513.873 700.525 438.696 1.096.167
No aumento do capital circulante líquido 103.924 337.091 915.520 334.801
TOTAL DAS APLICAÇÕES 918.570 1.946.084 2.297.242 2.896.487
Demonstração da variação do capital circulante líquido
Ativo circulante inicial (*) 1.417.284 292.883 3.013.633 2.492.609Passivo circulante inicial (*) 1.168.661 381.351 2.581.370 2.395.147Capital circulante líquido inicial 248.623 (88.468) 432.263 97.462
Ativo circulante final 838.553 1.417.284 3.162.410 3.013.633Passivo circulante final 486.006 1.168.661 1.814.627 2.581.370Capital circulante líquido final 352.547 248.623 1.347.783 432.263
Aumento do capital circulante líquido 103.924 337.091 915.520 334.801
(*) Após ajustes de exercícios anteriores - para a coluna Consolidado 2006
Controladora Consolidado
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado)
1 CONTEXTO OPERACIONAL
A Companhia Paranaense de Energia - Copel (Copel, Companhia ou Controladora) é uma
sociedade anônima, de capital aberto, cujas ações são negociadas nas bolsas de valores do
Brasil, dos Estados Unidos da América e da Espanha. É uma sociedade de economia mista,
controlada pelo Governo do Estado do Paraná, destinada, através de suas subsidiárias, a
pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a produção, transformação, transporte,
distribuição e comercialização de energia, em qualquer de suas formas, principalmente a elétrica,
sendo essa atividade regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, vinculada
ao Ministério de Minas e Energia. Adicionalmente, a Copel participa de consórcio e de empresas
privadas, com o objetivo de desenvolver atividades, principalmente, nas áreas de energia, de
telecomunicações e de gás natural.
As subsidiárias integrais da Copel estão apresentadas a seguir. As informações não
financeiras/contábeis, como mercado atendido, capacidade instalada e energia assegurada, não
foram auditadas pelos auditores independentes.
a) Copel Geração e Transmissão S.A.
Nova denominação da Copel Geração S.A., a qual incorporou em 30.11.2007 parte da Copel
Transmissão S.A. (NE nº 17.c), explora o serviço de geração e transmissão de energia elétrica,
através de 17 usinas hidrelétricas e 1 termelétrica, relacionadas a seguir, totalizando 4.549,61 MW
de capacidade instalada, e o serviço de transmissão, através de 30 subestações com tensões
iguais ou superiores a 230 kV e 1.787 Km de linhas de transmissão pertencentes principalmente à
rede básica do sistema brasileiro de transmissão, deste total, 1.650 Km com vencimento da
concessão em julho de 2015 e 137 Km em agosto de 2031, todas localizadas no Estado do
Paraná.
Usinas Rio Capacidade Energia Data da Data de instalada assegurada concessão vencimento
(MW)(1) (MW médio)(1) da Aneel da concessãoHidrelétricas .
Gov. Bento Munhoz da Rocha Neto (Foz do Areia) Iguaçu 1.676,00 576,00 24.05.1973 23.05.2023
Gov. Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo) Iguaçu 1.260,00 603,00 14.11.1979 15.11.2009Gov. José Richa (Caxias) Iguaçu 1.240,00 605,00 02.05.1980 04.05.2010Gov. Pedro Viriato Parigot de Souza Capivari-Cachoeira 260,00 109,00 23.04.1965 07.07.2015
Guaricana Arraial 36,00 13,60 13.08.1976 16.08.2026Chaminé São João 18,00 11,60 13.08.1976 16.08.2026Apucaraninha Apucaraninha 10,00 6,71 13.10.1975 12.10.2025Mourão Mourão 8,20 5,30 20.01.1964 07.07.2015
Derivação do Rio Jordão Jordão 6,50 5,85 14.11.1979 15.11.2009Marumbi(a) Ipiranga 4,80 3,94 - -São Jorge Pitangui/Tibagi 2,30 1,62 04.12.1974 03.12.2024Chopim I Chopim 1,98 1,27 20.03.1964 07.07.2015
Rio dos Patos Rio dos Patos/Ivaí 1,72 1,13 14.02.1984 14.02.2014Cavernoso Cavernoso/Iguaçu 1,30 0,86 07.01.1981 07.01.2011Salto do Vau(b) Palmital 0,94 0,60 27.01.1954 -Pitangui(b) Pitangui 0,87 0,57 05.12.1954 -Melissa(b) Melissa 1,00 0,57 08.10.1993 -
TermelétricaFigueira 20,00 14,00 21.03.1969 26.03.2019
Total 4.549,61 1.960,62 (a) Em processo de homologação na Aneel.
(b) Usinas com capacidade inferior a 1 MW é efetuado apenas registro na Aneel.
A prorrogação da concessão das usinas de Governador Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo),
Governador José Richa (Caxias) e Derivação do Rio Jordão, já foram solicitadas à Aneel.
A Copel Geração e Transmissão participa dos seguintes empreendimentos:
1) Centrais Eólicas do Paraná – controlada pela Copel Geração e Transmissão a partir de
06.09.2007, constituída para desenvolver a implantação, montagem, funcionamento e
exploração comercial de uma usina eólica de 2,5 MW, na região de Palmas, Estado do
Paraná (NE nº 17.g).
2) Consórcio Energético Cruzeiro do Sul – produtor independente, formado pelas empresas
Copel Geração e Transmissão, com participação de 51%, e pela Eletrosul Centrais Elétricas
S.A., com participação de 49%. Em 28.11.2006, através do Leilão de Contratação de Energia
Proveniente de Novos Empreendimentos, conquistou o direito de exploração da concessão
para implantação da usina hidrelétrica de Mauá que terá 361 MW de potência instalada, com
prazo de 35 anos (NE nº 17.e).
b) Copel Distribuição S.A.
Explora a distribuição e a comercialização de energia em qualquer de suas formas, principalmente
a elétrica, proveniente de combustíveis e de matérias-primas energéticas. Distribui energia elétrica
a 1.116 localidades, pertencentes aos 392 dos 399 municípios no Estado do Paraná, e também ao
município de Porto União, no Estado de Santa Catarina. Incorporou, em 30.11.2007, parte da
Copel Transmissão (NE nº 17.c).
c) Copel Telecomunicações S.A.
Tem como principais atividades a prestação de serviços de telecomunicações e de comunicações
em geral, e a elaboração de estudos, projetos e planejamentos na área de telecomunicações, bem
como em atividades correlatas sob todas as formas legalmente permitidas, sendo sua exploração
por prazo indeterminado, sem caráter de exclusividade, nacional e internacional, e tendo como
área de prestação de serviço o Estado do Paraná e a Região II do Plano Geral de Outorgas, da
Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, vinculada ao Ministério das Comunicações.
d) Copel Participações S.A.
Por meio dessa subsidiária integral, a Copel detém participação acionária em outras sociedades
ou consórcios em diversas áreas de atuação.
As empresas controladas pela Copel Participações são as seguintes:
1) Companhia Paranaense de Gás – Compagas - é uma sociedade de economia mista que
tem como atividade principal a exploração do serviço público de fornecimento de gás natural
canalizado, através de sua rede de distribuição de 459 km, implantada nos municípios
paranaenses de Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa e
São José dos Pinhais. Ao final de 2007, a Compagas atendia a 2.928 unidades consumidoras,
sendo 95 industriais, 24 postos de Gás Natural Veicular - GNV, 163 estabelecimentos
comerciais, 2.642 residências, 2 empresas com co-geração, 1 empresa que utiliza o gás
natural como matéria-prima.
2) Elejor – Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - é uma Sociedade de Propósito Específico -
SPE em que a Copel Participações detém 70% do capital social votante. Foi constituída para
implantar e explorar o Complexo Energético Fundão Santa Clara no Rio Jordão, na sub bacia
do Rio Iguaçu, no Estado do Paraná, a qual inclui a Usina Santa Clara e a Usina Fundão. Tais
usinas têm capacidade instalada de 240,3 MW (além das pequenas centrais hidrelétricas
incorporadas às estruturas da barragem de Santa Clara, com capacidade instalada de
3,6 MW, e de Fundão, com capacidade instalada de 2,4 MW). A concessão foi outorgada em
23.10.2001, por 35 anos, prorrogável a pedido da interessada e a critério da Aneel.
3) Copel Empreendimentos Ltda - é uma sociedade limitada que tem por objeto principal a
prestação de serviços de planejamento, coordenação e organização de empresas que visem
à produção de energia elétrica, transporte e comercialização de atividades de gerenciamento,
implantação, operação e manutenção de usinas produtoras de energia elétrica, e participar de
outras sociedades como acionista ou sócia quotista.
4) UEG Araucária Ltda - sociedade limitada que tem por objeto social a utilização do gás
natural para transformação deste insumo em energia elétrica e a conseqüente
comercialização. A termelétrica tem capacidade instalada de 484,5 MW. A autorização para
se estabelecer como produtor independente de energia elétrica foi emitida pela Aneel em
22.12.1999, por 30 anos, prazo prorrogável a pedido da interessada e a critério da Aneel.
Em 28.12.2006, a UEG Araucária firmou contrato com a Petróleo Brasileiro S.A - Petrobras,
alugando a usina termelétrica Araucária, mediante remuneração mensal, pelo período de um ano,
encerrado em 31.12.2007, já prorrogado pelo período de 6 meses, com vencimento em
30.06.2008, podendo ser prorrogado por mais 6 meses, mediante acordo entre as partes.
2 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A autorização para a conclusão da elaboração das demonstrações contábeis ocorreu na Reunião
da Diretoria realizada em 10.03.2008.
As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas em conformidade com as disposições da
Lei das Sociedades por Ações, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil,
conjugadas com a legislação específica da Aneel e regulamentações da Comissão de Valores
Mobiliários – CVM.
Nas demonstrações contábeis referentes ao exercício findo em 31.12.2006 foram efetuadas
algumas reclassificações para permitir aos usuários a comparação com o exercício atual. As
principais reclassificações são as seguintes:
.
Conta original: Conta de reclassificação: Consolidado
Ativo circulante Ativo circulante 35.288
Disponibilidades Cauções e depósitos vinculados 35.288
Ativo não circulante Ativo não circulante 76.015 Investimentos Intangível 76.015
Participação de acionistas não controladores Passivo não circulante 65.116
Participação de acionistas não controladores Empréstimos e financiamentos 65.116
Receita operacional (a) Receita operacional (a) 2.941.641 Fornecimento de energia elétrica Disponibilidade da rede elétrica 2.941.641
Outras despesas operacionais (b) Deduções da receita operacional (b) 495.993
Conta de consumo de combustível - CCC Conta de consumo de combustível - CCC 278.052 Conta de desenvolvimento energético - CDE Conta de desenvolvimento energético - CDE 165.676
Pesquisa e desenvolvimento e Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética - P&D e PEE eficiência energética - P&D e PEE 52.265
Custos operacionais Despesas gerais e administrativasPessoal e planos previdenciário e assistencial Pessoal e planos previdenciário e assistencial 10.912
Despesas com vendas Despesas gerais e administrativasPessoal e planos previdenciário e assistencial Pessoal e planos previdenciário e assistencial 16
Outras despesas operacionais Outros custos
Tributos Tributos 384 .a) Despacho Aneel nº 2.409, de 14.11.2007; eb) Despacho Aneel nº 3.073, de 28.12.2006.
3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS
As demonstrações contábeis das controladas e coligadas são ajustadas para se adequar às
práticas contábeis adotadas pela Copel.
Foram consolidadas as demonstrações contábeis das subsidiárias integrais e das controladas
indiretas relacionadas na NE nº 1.
As demonstrações contábeis das Centrais Eólicas do Paraná Ltda. integram a consolidação a
partir de 1º.09.2007 (NE nº 17.g) e as da Copel Transmissão S.A. integram até 30.11.2007
(NE nº 17.c).
Os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado das empresas constantes da
consolidação são apresentados na NE nº 40, reclassificados para fins de padronização ao plano
de contas adotado pela Copel.
Na consolidação foram eliminados os investimentos da Companhia com o patrimônio líquido das
controladas, bem como os saldos de ativos, passivos, receitas, custos e despesas decorrentes de
operações entre as companhias, tendo sido destacada a participação dos acionistas minoritários,
de forma que as demonstrações contábeis consolidadas representem efetivamente os saldos de
transações com terceiros.
As datas das demonstrações contábeis das sociedades investidas utilizadas para cálculo das
equivalências patrimoniais e para a consolidação coincidem com as da controladora.
4 PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
e) Práticas Contábeis Gerais
1) Aplicações financeiras
Estão demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço.
2) Consumidores e revendedores
Englobam o fornecimento e o suprimento de energia faturada, a estimativa de energia fornecida
não faturada até o encerramento do balanço e o fornecimento de gás natural, contabilizados com
base no regime de competência.
3) Materiais em estoque (inclusive do ativo imobilizado)
Os materiais no almoxarifado, classificados no ativo circulante, estão registrados pelo custo médio
de aquisição e aqueles destinados a investimentos, classificados no ativo imobilizado, pelo custo
de aquisição (os bens de massa, como postes e cabos elétricos, são registrados pelo custo
médio). Os valores contabilizados não excedem seus custos de reposição ou valores de
realização.
4) Investimentos
As participações societárias permanentes em controladas e coligadas estão registradas pelo
método da equivalência patrimonial. Os outros investimentos estão registrados pelo custo de
aquisição, líquidos de provisão para perda, quando aplicável.
5) Diferido
O diferido é representado por gastos pré-operacionais, financeiros e com projetos de viabilidade,
deduzidos da amortização.
6) Empréstimos, financiamentos e debêntures
Os empréstimos, financiamentos e debêntures são atualizados pelas variações monetárias e
cambiais incorridas até a data do balanço, incluindo juros e demais encargos previstos
contratualmente.
7) Imposto de renda e contribuição social diferidos
São calculados com base nas alíquotas efetivas previstas de imposto de renda e de contribuição
social, sendo reconhecido o diferimento em função das diferenças intertemporais e prejuízos
fiscais.
8) Planos previdenciário e assistencial
Os custos associados aos planos previdenciário e assistencial com a Fundação Copel são
reconhecidos em conformidade com a Deliberação CVM nº 371, de 13.12.2000.
9) Provisões para contingências
Estão registradas até a data do balanço pelo montante provável de perda, observada a natureza
de cada contingência. Os fundamentos e a natureza das provisões estão descritos na NE nº 27.
10) Outros direitos e obrigações
Demais ativos e passivos, quando legal ou contratualmente exigidos, estão atualizados até a data
do balanço.
11) Uso de estimativas
A preparação de demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil requer que a Administração da Companhia faça estimativas e adote premissas que, de fato,
afetem os valores reportados de ativos e passivos, a divulgação de ativos e passivos contingentes
na data do balanço patrimonial e os valores reportados de receitas e despesas. Os resultados
concretos desses fatos podem divergir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas
às demonstrações contábeis referem-se ao registro dos efeitos decorrentes da provisão para
créditos de liquidação duvidosa, vida útil do imobilizado, provisão para contingências, imposto de
renda, premissas de plano de aposentadoria e benefícios pós-emprego, fornecimento de energia
não faturada e transações envolvendo a compra e venda de energia na Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, das quais o faturamento e liquidação final estão
sujeitos a revisão dos participantes da CCEE.
12) Apuração do resultado
As receitas, custos e despesas são reconhecidos pelo regime de competência, ou seja, quando os
produtos são entregues e os serviços efetivamente prestados, independentemente de recebimento
ou pagamento.
13) Lucro líquido por ação
O lucro líquido por ação é determinado com base na quantidade de ações do capital social
integralizado em circulação na data do balanço (com base em lote de mil ações em 2006).
f) Práticas Contábeis Regulatórias – Específicas do Setor Elétrico
4) Diferimentos de custos de distribuição
O mecanismo de determinação das tarifas no Brasil garante a recuperação dos custos da Copel
Distribuição relacionados à compra de energia e encargos regulatórios através de repasse.
Seguindo orientação da Aneel, a Copel Distribuição contabiliza as variações destes custos como
ativos e passivos regulatórios diferidos, quando existe uma expectativa provável de que a receita
futura, equivalente aos custos incorridos, será faturada e cobrada, como resultado direto do
repasse dos custos em uma tarifa ajustada de acordo com a fórmula paramétrica definida no
contrato de concessão. O ativo e passivo regulatório diferido serão realizados quando o poder
concedente autorizar o repasse na base tarifária da Copel Distribuição, ajustada anualmente na
data de aniversário do seu contrato de concessão.
5) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - PCLD
A PCLD está reconhecida em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir as
perdas na realização de contas a receber de consumidores e de títulos a receber, cuja
recuperação é considerada improvável.
É constituída com base nos valores a receber dos consumidores da classe residencial vencidos há
mais de 90 dias, da classe comercial vencidos há mais de 180 dias e das classes industrial, rural,
poderes públicos, iluminação pública e serviços públicos vencidos há mais de 360 dias, conforme
definido no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica. Engloba os recebíveis
faturados, até o encerramento do balanço, contabilizados com base no regime de competência.
6) Imobilizado
Registrado ao custo de aquisição ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear,
tomando-se por base os saldos contábeis registrados nas respectivas Unidades de Cadastro
conforme determina a portaria DNAEE nº 815, de 30.11.1994, complementada pela Resolução
Aneel nº 15, de 24.12.1997. As taxas anuais de depreciação estão determinadas nas tabelas
anexas à Resolução Normativa Aneel nº 240, de 05.12.2006, apresentadas na NE nº 18.
7) Imobilizado em curso
Os gastos de administração central são apropriados, mensalmente, às imobilizações em bases
proporcionais. A alocação dos dispêndios diretos com pessoal mais serviços de terceiros é
prevista no Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica.
Os encargos financeiros, juros e atualizações monetárias incorridos, relativos a financiamentos
obtidos de terceiros vinculados ao imobilizado em andamento, são apropriados às imobilizações
em curso durante o período de construção.
8) Obrigações especiais
Em atendimento à Instrução Contábil nº 6.3.23 do referido manual, as obrigações especiais
vinculadas à concessão, correspondentes às contribuições recebidas dos governos (federal,
estadual ou municipal), bem como dos consumidores em geral para investimentos realizados em
instalações do sistema elétrico, são registradas nos livros em subgrupo específico do passivo
exigível a longo prazo e apresentadas como conta redutora do ativo imobilizado.
9) Intangível
Registrado ao custo de aquisição ou desenvolvimento. A amortização, quando for o caso, é
calculada pelo método linear, tomando-se por base os saldos contábeis registrados nas
respectivas Unidades de Cadastro. As taxas anuais de amortização estão determinadas nas
tabelas anexas à Resolução Normativa Aneel nº 240, de 05.12.2006.
10) Receita não faturada
Corresponde à receita de fornecimento de energia elétrica, entregue e não faturada ao
consumidor, e à receita de utilização da rede de distribuição não faturada, calculada em base
estimada, referente ao período após a medição mensal e até o último dia do mês.
11) Operações de Compra e Venda de Energia Elétrica na Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica - CCEE
Os registros das operações de compra e venda de energia na CCEE são reconhecidos pelo
regime de competência de acordo com informações divulgadas por aquela entidade ou por
estimativa preparada pela administração da Companhia, quando essas informações não estão
disponíveis tempestivamente.
12) Programas de Eficientização Energética - PEE, Pesquisa e Desenvolvimento - P&D,
Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT e Empresa de
Pesquisa Energética - EPE
São programas de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética
exigidos pela Aneel para os quais as concessionárias de energia elétrica estão obrigadas a
destinar 1% de sua receita operacional líquida.
A destinação dos recursos está dividida em aplicação em projetos homologados pela Aneel e em
recolhimentos ao FNDCT e ao Ministério de Minas e Energia – MME.
5 DISPONIBILIDADES
.
2007 2006 2007 2006
Caixa e bancos 660 185 194.208 67.299 Aplicações financeiras
Bancos federais 55.526 549.169 1.343.378 1.382.250
Bancos privados - 60 3.285 19.167
55.526 549.229 1.346.663 1.401.417
56.186 549.414 1.540.871 1.468.716
Controladora Consolidado
As aplicações financeiras da Companhia e de suas controladas, em sua maioria, foram realizadas
em instituições financeiras estatais, prevalecendo os papéis de renda fixa lastreados em títulos
públicos federais, com remuneração média de 100% do Certificado de Depósito Interbancário –
CDI, que apresentou a taxa média anual em 2007 de 11,77% e em 2006 de 14,97%. Estas
aplicações podem ser resgatadas a qualquer momento, sem perda de rendimentos.
6 CONSUMIDORES E REVENDEDORES
Saldos Vencidos Venc. há mais Total
vincendos até 90 dias de 90 dias 2007 2006
ConsumidoresResidencial 84.799 70.249 2.650 157.698 154.840 Industrial 109.934 19.586 41.308 170.828 150.038 Comercial 61.409 24.296 7.394 93.099 88.466 Rural 12.151 5.909 211 18.271 17.232 Poder público 14.806 9.447 2.908 27.161 50.658 Iluminação pública 11.444 411 319 12.174 13.031 Serviço público 10.979 685 904 12.568 11.976 Não faturados 143.921 - - 143.921 156.649 Parcelamento de débitos 82.274 5.200 9.298 96.772 69.509 Parcelamento de débitos - NC 118.032 - - 118.032 79.456 Tarifa social baixa renda (a) 99.417 - - 99.417 30.434 Encargos moratórios s/ faturas de energia 4.258 6.130 2.842 13.230 10.359 Governo do Paraná - luz fraterna 2.285 7.500 - 9.785 57.579 Red. tarifa uso sist. distribuição 2.969 - - 2.969 1.306 Red. tarifa uso sist. distribuição - NC 1.779 - - 1.779 1.306 Fornecimento de gás 14.901 393 691 15.985 17.528 Outros créditos 14.283 2.645 1.536 18.464 26.426 Outros créditos - NC 55 - - 55 286
789.696 152.451 70.061 1.012.208 937.079 Revendedores
Suprimento de energia elétricaSuprimento - CCEE (NE nº 35) 7.053 - 105 7.158 29.521 Leilão de energia 86.914 - - 86.914 76.765 Contratos bilaterais 49.186 - - 49.186 52.146 Ressarcimento de geradores (b) 1.492 - - 1.492 10.854 Ressarcimento de geradores - NC (b) 12.004 - - 12.004 27.109 Contratos com pequenas concessionárias 6.522 - - 6.522 4.591 Suprimento curto prazo - - 126 126 138
163.171 - 231 163.402 201.124 Encargos de uso da rede elétricaRede elétrica 14.198 11 2.298 16.507 17.427 Rede básica 29.143 3 189 29.335 17.310 Rede básica - NC 7.255 - - 7.255 - Rede de conexão 112 - - 112 19
50.708 14 2.487 53.209 34.756
1.003.575 152.465 72.779 1.228.819 1.172.959
2007 Circulante 864.450 152.465 72.779 1.089.694 Não Circulante - NC 139.125 - - 139.125
2006 Circulante 753.235 165.021 146.546 1.064.802
Não Circulante - NC 108.157 - - 108.157
Consolidado
a) Tarifa social baixa renda
O Governo Federal, através da Lei nº 10.438, de 26.04.2002, estabeleceu a isenção do rateio dos
custos de capacidade de geração ou de potência para os consumidores integrantes da subclasse
residencial baixa renda. Esse benefício tarifário ocasionou significativo impacto na receita
operacional da Companhia.
A Companhia iniciou, a partir de setembro de 2002, o faturamento do fornecimento de energia
elétrica aplicando a tarifa social com base nos novos critérios de enquadramento das unidades
consumidoras de baixa renda.
Em 17.12.2002, a Lei nº 10.604 modificou a forma de compensação às concessionárias,
autorizando a concessão de subvenção econômica, visando contribuir para a modicidade da tarifa
social. Essa subvenção tem como fonte de recursos o adicional de dividendos das Centrais
Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás para a União, associado à comercialização de energia
elétrica pelas geradoras federais nos leilões de energia, e recursos advindos da Reserva Global
de Reversão -RGR.
A Aneel, por meio de suas resoluções, estabeleceu a metodologia para o cálculo de subvenção
econômica a ser concedida às concessionárias, para contrabalançar os efeitos da política tarifária
aplicável aos consumidores de baixa renda. Em dezembro de 2007, 710.898 consumidores foram
beneficiados pela tarifa social, representando 26,2% do total de 2.713.452 consumidores
residenciais.
Em virtude de divergências verificadas entre os valores contabilizados pela Copel e os levantados
pela fiscalização da Aneel, a Copel refez os cálculos resultando no saldo de aproximadamente
R$ 89.000. Deste saldo, aproximadamente R$ 35.000 já foram homologados pela Aneel, restando
R$ 54.000 para homologação até abril de 2008.
A Companhia, em razão do recálculo acima, constituiu provisão no valor de R$ 10.412 sobre o
valor registrado de R$ 99.417.
b) Direito de ressarcimento de geradores
O direito de ressarcimento de geradores refere-se aos valores de energia livre, comercializada no
âmbito do antigo Mercado Atacadista de Energia Elétrica - MAE, atual CCEE, durante a vigência
do programa emergencial do consumo de energia elétrica, no período de 01.06.2001 a
28.02.2002, e que não estava prevista nos contratos iniciais ou equivalentes e nos contratos
bilaterais. Para compensar parte das perdas do racionamento para as empresas, a Aneel
implantou a Recomposição Tarifária Extraordinária - RTE. Tal medida estabelece procedimentos
para a recuperação e repasse aos geradores, a partir de fevereiro de 2003, dos valores de energia
livre, calculados com aplicação de percentual sobre a arrecadação da RTE.
Por determinação da Aneel, foi reconhecido como perda o valor de R$ 14.169, considerando o
saldo a amortizar das distribuidoras cujo prazo encontra-se expirado em dezembro de 2007
(NE nº 31.i).
Depois de efetuados os registros contábeis pertinentes, a PCLD referente a este direito de
ressarcimento apresenta saldo de R$ 11.469 (NE nº 7).
Os saldos referentes ao ressarcimento de geradores, já líquidos das perdas, estão detalhados a
seguir:
.
Distribuidoras
2007 2006Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig 4.981 6.571
LIGHT - Serviços de Eletricidade S. A. 3.244 4.735 Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia - Coelba 1.151 1.885 Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro - Cerj 1.014 1.669 Companhia Energética do Ceará - Coelce 865 1.203
Companhia Energética de Pernambuco - Celpe 677 1.281 Companhia Energética do Rio Grande do Norte - Cosern 607 731 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S. A. - Eletronorte - 4.639
Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo - Eletropaulo - 4.595 Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL - 3.223 Empresa Bandeirante de Energia S. A. - EBE - 1.616 Espírito Santo Centrais Elétricas S. A. - Escelsa - 1.292
Companhia Piratininga de Força e Luz - 1.033 Outras 957 3.490
13.496 37.963
Circulante 1.492 10.854
Não circulante 12.004 27.109
7 PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
Após análise das contas a receber vencidas, a Administração da Companhia considerou os
seguintes valores como sendo suficientes para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos
a receber:
. Consolidação Adições /
Consolidado da Ceopar (reversões) Baixas
2006 2007
Consumidores e revendedores
Residencial 15.083 - 12.660 (11.475) 16.268 Industrial 39.720 - 8.945 (6.724) 41.941 Comercial 6.600 - 7.658 (5.804) 8.454 Rural - - 385 (347) 38 Poder público 37.722 - (35.997) - 1.725 Iluminação pública 117 - 29 - 146 Serviço público 7 - 295 (14) 288
Concessionárias e permissionárias 12.012 2.625 (11.911) - 2.726 Concessionárias e permissionárias - NC (NE 6.b) - - 11.469 - 11.469 Fornecimento de gás - - 192 (186) 6
111.261 2.625 (6.275) (24.550) 83.061
Circulante 111.261 2.625 (17.744) (24.550) 71.592 Não Circulante - NC - - 11.469 - 11.469
Consolidado
8 DIVIDENDOS A RECEBER
.
2007 2006 2007 2006
Dividendos a receberColigadas e controladas (NE nº 16)Copel Geração e Transmissão S.A. 504.688 644.418 - - Copel Transmissão S.A. - 60.014 - -
Copel Distribuição S.A. 178.300 52.913 - - Copel Participações S.A. 17.237 2.893 - - Dominó Holdings S.A. - - 2.159 1.975
Foz do Chopim Energética Ltda. - - 608 -
700.225 760.238 2.767 1.975
Outros investimentos
Eletrosul - 44 - 44
- 44 - 44
700.225 760.282 2.767 2.019
Controladora Consolidado
9 REPASSE CRC AO GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Mediante contrato firmado em 04.08.1994 e termo aditivo de dezembro de 1995, o saldo
remanescente da Conta de Resultados a Compensar - CRC foi negociado com o Governo do
Estado do Paraná para ser ressarcido em 240 meses, atualizado pela variação do Índice Geral de
Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI, e juros de 6,65% a.a. Em 1º.10.1997, houve
renegociação do saldo para pagamento nos 330 meses seguintes pelo sistema price de
amortização, com vencimento da primeira parcela em 30.10.1997 e da última em 30.03.2025,
mantidas as cláusulas de atualização e juros do contrato original.
Através do quarto termo aditivo assinado em 21.01.2005, a Companhia renegociou com o
Governo do Estado do Paraná o saldo em 31.12.2004 da CRC, no montante de R$ 1.197.404
(valor original), em 244 prestações recalculadas pelo sistema price de amortização, com
vencimento da primeira parcela em 30.01.2005 e as demais com vencimentos subseqüentes e
consecutivos.
O Governo do Estado vem cumprindo o pagamento das parcelas renegociadas conforme
estabelecido no quarto termo aditivo. As amortizações são garantidas com recursos oriundos de
dividendos.
O vencimento das parcelas de longo prazo é a seguinte
.
2007 20062008 - 37.546
2009 43.203 40.043 2010 46.077 42.706 2011 49.141 45.546 2012 52.409 48.575 2013 55.895 51.806 2014 59.612 55.251
2015 63.576 58.926 2016 67.805 62.845 2017 72.314 67.024
2018 77.123 71.482 2019 82.252 76.235 2020 87.722 81.305 após 2020 452.724 419.608
1.209.853 1.158.898
Consolidado
A mutação da conta Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná é a seguinte:
Ativo Ativo Total
Saldos circulante não circulante Consolidado
Em 31 de dezembro de 2005 31.803 1.150.464 1.182.267 Encargos (NE nº 32) 75.397 - 75.397
Variação monetária (NE nº 32) 765 42.874 43.639 Transferências 34.440 (34.440) - Amortizações (107.200) - (107.200)
Em 31 de dezembro de 2006 35.205 1.158.898 1.194.103
Encargos (NE nº 32) 76.062 - 76.062
Variação monetária (NE nº 32) 1.867 89.597 91.464 Transferências 38.642 (38.642) - Amortizações (111.267) - (111.267)
Em 31 de dezembro de 2007 40.509 1.209.853 1.250.362
10 IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
.
2007 2006 2007 2006
Ativo circulante
IRPJ/CSLL diferidos (a) 3.354 6.387 116.855 106.145
IRPJ/CSLL a compensar (b) 75.974 65.911 16.819 116.736
ICMS a recuperar - - 20.511 11.166
Outros tributos a compensar - - 1.414 1.037
79.328 72.298 155.599 235.084
Ativo não circulante
IRPJ/CSLL diferidos (a) 121.187 56.576 400.592 337.654
IRPJ/CSLL a compensar (b) 4.525 4.525 4.525 4.525
ICMS a recuperar - - 44.536 28.781
ICMS liminar para depósito judicial - - 12.639 11.501
PIS/Pasep e Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 135 67
125.712 61.101 462.427 382.528
Passivo circulante
ICMS a recolher - - 126.322 116.032
PIS/Pasep e Cofins a recolher 8.845 14.443 36.295 81.345
IRPJ/CSLL diferidos (a) - - 24.664 33.671
Parcelamento Refis (c) 35.068 48.254 35.068 48.254
IRRF sobre juros sobre capital próprio 6.851 4.130 21.194 27.547
Outros tributos 1.054 892 5.917 4.236
51.818 67.719 249.460 311.085
Passivo não circulante
IRPJ/CSLL diferidos (a) - - 19.317 12.515
ICMS liminar para depósito judicial - - 12.640 11.501
PIS/Pasep e Cofins s/ ICMS liminar p/ dep. judicial - - 135 67 - - 32.092 24.083
Controladora Consolidado
a) Imposto de renda e contribuição social diferidos
A Companhia contabiliza imposto de renda diferido, calculado à alíquota de 15% mais o adicional
de 10%, e contribuição social diferida, calculada à alíquota de 9%.
Os tributos diferidos sobre déficit previdenciário estão sendo realizados em conformidade com o
plano de amortização da respectiva dívida e a provisão para convênio assistencial na medida em
que ocorrem os pagamentos dos benefícios pós-emprego. Os tributos diferidos sobre as demais
provisões serão realizados em função das decisões judiciais e das realizações dos ativos
regulatórios.
Pela legislação tributária em vigor, o prejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social são
compensáveis com lucros futuros, até o limite de 30% do lucro tributável, não estando sujeitos a
prazo prescricional.
Os créditos fiscais estão contabilizados conforme demonstração a seguir:
.
2007 2006 2007 2006
Ativo circulante
Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 26.928 10.320 Prejuízo fiscal 3.175 6.387 7.778 8.269 CVA passiva - - 48.768 33.832 Adições temporárias 179 - 33.381 53.724
3.354 6.387 116.855 106.145
Ativo não circulante
Planos previd. e assistencial - delib. CVM 371 - - 138.990 153.682 Prejuízo fiscal e base de cálculo negativa 8.591 6.035 20.324 17.769 Adições temporárias: - - - -
Provisões para contingências (trabalhistas, tributárias e judiciais) 96.861 28.262 182.502 84.432 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 1.839 1.839 32.287 52.678 Provisão Refis/Finan 13.689 20.440 13.689 20.440 Provisão pesquisa e desenv. e eficiência energética - - - 7.929 Provisões do passivo regulatório - - 5.670 708
Efeitos de encargos da rede - - 6.923 - Outros 207 - 207 16
121.187 56.576 400.592 337.654
(-) Passivo circulante
CVA ativa - - 19.654 27.281 Energia excedente - - 1.009 505 Exclusões temporárias - - 4.001 5.885
- - 24.664 33.671
(-) Passivo não circulante
CVA ativa - - 7.543 3.053 Energia excedente - - 605 505 Exclusões temporárias - - 11.169 8.957
- - 19.317 12.515
124.541 62.963 473.466 397.613
Controladora Consolidado
O Conselho de Administração e o Conselho Fiscal da Companhia aprovaram o estudo técnico
elaborado pela sua Diretoria de Finanças e de Relações com os Investidores, referente à projeção
futura de lucratividade, no qual se evidencia a realização dos impostos diferidos. Conforme
estimativas de lucro tributáveis futuros, a realização dos impostos diferidos está apresentada a
seguir:
. Controladora Consolidado Parcela Parcela Parcela Parcela Parcela Parcela
estimada de efetiva de estimada de estimada de efetiva de estimada de . realização realização realização realização realização realização
2007 6.319 5.837 - 27.078 69.382 -
2008 - - 3.354 - - 92.191
2009 - - 3.778 - - 55.219
2010 - - 6.460 - - 33.749
2011 - - 934 - - 14.363
2012 - - - - - 14.772
Após 2012 - - 110.015 - - 263.172
6.319 5.837 124.541 27.078 69.382 473.466
As projeções de resultado futuro foram objeto de reavaliação da Administração quando da
aprovação das demonstrações contábeis relativas ao exercício de 2007.
b) Imposto de renda e contribuição social a compensar
Os valores registrados como imposto de renda e contribuição social a compensar referem-se,
principalmente, a valores retidos na fonte e recolhimentos do imposto de renda da pessoa jurídica
- IRPJ e da contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL, com base no lucro real com opção
pelo pagamento mensal por estimativa, durante o exercício de 2007.
c) Programa de recuperação fiscal – Refis
Em 16.12.2000, a Copel aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal – Refis, instituído pela Lei nº
9.964/2000 e obteve o parcelamento em 60 parcelas mensais e iguais de dívida junto ao Instituto
Nacional de Seguridade Social - INSS, no valor consolidado de R$ 82.540, com data retroativa a
1º.03.2000.
Em setembro de 2003, com base em parecer jurídico, constituiu provisão referente ao saldo
atualizado da conta Refis, cujo valor atualizado até 30.09.2006 remontava R$ 73.844.
Em 31.08.2006, a Copel solicitou a sua exclusão do Refis e aderiu ao novo parcelamento
denominado Parcelamento Excepcional – Paex, instituído pela Medida Provisória nº 303/2006,
beneficiando-se da redução de 80% sobre a multa e de 30% sobre os juros, mediante pagamento
do débito remanescente em 6 prestações.
A Receita Federal incluiu no parcelamento, sem ciência da Companhia, exigências de IRPJ e
CSLL no valor de R$ 11.100, retroativas à data da consolidação, 1º.03.2000, elevando o valor total
da dívida a R$ 93.640.
Concomitantemente, a Companhia, em ação judicial, impugnou a exigência fiscal de IRPJ e CSLL
de R$ 11.110 retroativa a 1°.03.2000, que a Receita Federal havia indevidamente incluído no
Refis. O Fisco reconheceu o direito da Copel para que fossem incluídos no Paex apenas os
débitos de INSS remanescentes do Refis, ou seja, excluídos os débitos quitados por meio dos
pagamentos realizados na vigência do parcelamento, resultando, segundo o cálculo inicial do
INSS, no valor de R$ 37.782 a ser pago em 6 parcelas, corrigido pelo Sistema Especial de
Liquidação e Custódia -Selic. Tais parcelas já foram pagas, contudo, o INSS reincluiu na conta do
Paex os juros que haviam sido dispensados integralmente no Refis I, no valor de R$ 35.000. Ainda
assim, o INSS não oferece nenhuma garantia de que os seus cálculos sejam definitivos,
informando que a “consolidação final” do débito ainda não foi concluída.
Assim, ante a conjuntura apresentada, manteve-se a provisão no valor de R$ 35.068 (R$ 48.254,
em 31.12.2006) para a cobertura da nova exigência do INSS no Paex.
11 CONTA DE COMPENSAÇÃO DA “PARCELA A”
Na Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da “Parcela A” – CVA são registradas
as variações ocorridas entre os valores previstos por ocasião dos reajustes tarifários e os valores
efetivamente desembolsados ao longo do ano tarifário dos seguintes itens de custo da “Parcela A”:
tarifa de repasse de potência de Itaipu Binacional; tarifa de transporte de energia elétrica
proveniente de Itaipu Binacional; quota de recolhimento à Conta de Consumo de Combustíveis –
CCC; tarifa de uso das instalações de transmissão integrantes da rede básica; compensação
financeira pela utilização dos recursos hídricos; Encargos dos Serviços do Sistema – ESS; quota
de recolhimento à Conta de Desenvolvimento Energético – CDE; custos de aquisição de energia
elétrica; e quotas de energia e custeio do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia
- Proinfa.
A Aneel autorizou a Copel Distribuição a aplicar em suas tarifas de fornecimento, a partir de
24.06.2007, reajuste médio de -1,22%. Deste percentual, 2,24% refere-se ao índice de reajuste
tarifário e -3,46% aos ajustes financeiros externos. A CVA faz parte deste último grupo,
representando naquela época o total de R$ 146.393, sendo formada por duas parcelas: a CVA
relativa ao ano tarifário 2006-2007 no valor de R$ 92.985 e o saldo a compensar da CVA do
exercício anterior no valor de R$ 53.408.
A expectativa da Companhia é que os montantes classificados no longo prazo na data do balanço
patrimonial tenha período de recuperação de até dois anos a contar da data do balanço.
A composição dos saldos da Conta de Compensação “Parcela A” – CVA é a seguinte:
Consolidado
2007 2006 2007 2006
CVA recuperável reajuste tarifário 2006CCC - 17.481 - - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) - 10.699 - - Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) - 18.162 - -
ESS - 3.741 - - CDE - 11.549 - - Proinfa - 5.886 - -
Energia elétrica comprada p/revenda (CVA Energ) - 8.061 - - Transporte de energia comprada (Itaipu) - 2.195 - -
- 77.774 - - CVA recuperável reajuste tarifário 2007
CCC 1.869 - - - Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) 22.289 5.133 - 5.133
ESS 7.082 3.350 - 3.350 CDE 6.125 2.199 - 2.199 Proinfa 4.560 1.592 - 1.591
Transporte de energia comprada (Itaipu) 211 - - - 42.136 12.274 - 12.273
CVA recuperável reajuste tarifário 2008
CCC 5.659 - 5.659 - Encargos uso sist. transmissão (rede básica) 4.074 - 4.074 Energia elétrica comprada p/revenda (Itaipu) 12.309 - 12.309 -
ESS 372 - 372 - CDE 1.922 - 1.922 - Proinfa 1.105 - 1.105 - Transporte de energia comprada (Itaipu) 37 - 37 -
25.478 - 25.478 -
67.614 90.048 25.478 12.273
circulante não circulante
Ativo Ativo
Consolidado
2007 2006 2007 2006
CVA compensável reajuste tarifário 2006Energia elétrica comprada p/ revenda (CVA Energ) - 58.445 - -
- 58.445 - -
CVA compensável reajuste tarifário 2007CCC 34.146 9.197 - 9.197 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 31.803 4.577 - 4.577 Energia elétrica comprada p/ revenda (CVA Energ) 54.155 37.877 - 37.877 Transporte de energia comprada (Itaipu) 1.002 402 - 402
121.106 52.053 - 52.053
CVA compensável reajuste tarifário 2008
CCC 855 - 855 -
Encargos uso sist. transm. (rede básica) 1.186 - 1.186 -
ESS 3.722 - 3.722 -
Energia elétrica comprada p/ revenda (CVA Energ) 16.511 16.511
Transporte de energia comprada (Itaipu) 56 - 56 -
22.330 - 22.330 -
143.436 110.498 22.330 52.053
circulante não circulante
Passivo Passivo
A movimentação dos saldos de diferimento de custos tarifários atualizados pela Selic apresenta-se
como se segue:
.
Saldo Diferim. Amortiz. Atualiz. Transf. Saldo
2006 2007
AtivoCCC 17.481 15.166 (20.678) 1.218 - 13.187 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 10.699 8.096 (11.009) 362 - 8.148 Energia elétrica comp. p/ revenda (Itaipu) 28.428 55.854 (42.541) 5.166 - 46.907 ESS 10.441 7.611 (11.309) 1.083 - 7.826 CDE 15.947 11.150 (18.607) 1.479 - 9.969
Proinfa 9.069 7.860 (11.143) 984 - 6.770 Energia elétrica comp. p/ rev. (CVA Energ) 8.061 - (8.061) - - - Transporte de energia comprada (Itaipu) 2.195 497 (2.557) 150 - 285
102.321 106.234 (125.905) 10.442 - 93.092
Circulante 90.048 62.950 (125.905) 8.653 31.868 67.614
Não Circulante - NC 12.273 43.284 - 1.789 (31.868) 25.478 .
PassivoCCC 18.394 49.310 (36.119) 4.271 - 35.856 Encargos uso sist. transm. (rede básica) 9.154 50.413 (32.580) 7.188 - 34.175
ESS - 7.193 - 251 - 7.444 Energia elétrica comp. p/ rev. (CVA Energ) 134.199 61.325 (118.608) 10.261 - 87.177
Transporte de energia comprada (Itaipu) 804 1.251 (1.059) 118 - 1.114
162.551 169.492 (188.366) 22.089 - 165.766
Circulante 110.498 119.422 (188.366) 19.868 82.014 143.436 Não Circulante - NC 52.053 50.070 - 2.221 (82.014) 22.330
12 OUTROS ATIVOS E PASSIVOS REGULATÓRIOS
a) Parcela de ajuste - revisão tarifária das transmissoras
Consta dos contratos de concessão celebrados pelas concessionárias de transmissão, cláusula
que estabelece 1º.07.2005 como a data da primeira revisão tarifária periódica das receitas anuais
permitidas. O processo de revisão tarifária foi concluído efetivamente, tendo seus resultados
homologados em 1º.07.2007, sendo os efeitos retroativos a 1º.07.2005. Desta forma, foi
necessário calcular a diferença retroativa ao período 2005 – 2007 que foi tratada como “parcela de
ajuste - revisão”.
Esta diferença apropriada pelas transmissoras, está sendo compensada em 24 meses, com início
em julho de 2007.
A Copel Geração e Transmissão apresentou em 31.12.2007 o saldo a ser compensado no valor
de R$ 36.391.
A Aneel calculou a diferença de “parcela de ajuste da revisão fronteira” para todas as
distribuidoras, resultando no saldo de R$ 22.915, a ser pago pela Copel Distribuição à Copel
Transmissão. Já em relação à “parcela de ajuste da revisão da rede básica”, a aplicação dos
percentuais de participação da Copel Distribuição sobre o total da parcela de ajuste, resultou no
valor de R$ 29.020 a ser recebido das demais transmissoras que passaram pelo processo de
revisão tarifária.
Estes valores a serem liquidados financeiramente com as transmissoras serão considerados no
próximo reajuste tarifário da Copel Distribuição. A expectativa da Companhia é que os montantes
classificados no longo prazo na data do balanço patrimonial têm período de recuperação de até
dois anos a contar da data do balanço.
Os saldos consolidados em 31.12.2007 são compostos da seguinte forma:
não não circulante circulante total circulante circulante total
Copel Distribuição
Ajuste de revisão da conexão 465 154 619 - - - Ajuste de revisão da rede básica 16.721 5.575 22.296 21.765 7.255 29.020
17.186 5.729 22.915 21.765 7.255 29.020
Copel Geração e TransmissãoAjuste de revisão da rede básica - - - 24.711 11.680 36.391
17.186 5.729 22.915 46.476 18.935 65.411
Ativo Passivo
b) Ativo Regulatório – PIS/Pasep e Cofins
Pela publicação das Leis Federais nºs 10.637, de 30.12.2002, e 10.833, de 29.12.2003, foram
majoradas as alíquotas e alteradas as bases de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins. Em razão
dessas alterações, ocorreu crescimento nas despesas com PIS/Pasep a partir de dezembro de
2002, e nas despesas com a Cofins a partir de fevereiro de 2004.
A Aneel, através do Ofício Circular nº 302/2005-SFF/Aneel e Resoluções Homologatórias nºs
149/2005 e 345/2006, reconhece o direito da Companhia em ser ressarcida dos custos adicionais
com PIS/Pasep e Cofins, autorizando as concessionárias a apurar o valor do impacto produzido
em função da mudança de critérios de apuração do PIS/Pasep e Cofins e reconhecê-lo
contabilmente como ativo ou passivo, conforme a natureza do impacto, positivo ou negativo,
respectivamente. Fundamentada em tal dispositivo, a Companhia registrou, de acordo com critério
definido pela Agência Reguladora, ativo regulatório no valor de R$ 82.094, reduzindo, em
contrapartida, a despesa com PIS/Pasep e Cofins. Este saldo já foi totalmente realizado.
Através da Resolução Homologatória nº 130 de 20.06.2005, a Copel ficou autorizada a incluir no
valor total da fatura a ser paga pelo consumidor, a partir de 24.06.2005, as despesas do
PIS/Pasep e Cofins efetivamente incorridas, no exercício da atividade de distribuição de energia
elétrica.
13 CAUÇÕES E DEPÓSITOS VINCULADOS
Controladora
2007 2006 2007 2006Ativo circulante
Depósitos em garantia 2.806 35.288 145.161 103.853
2.806 35.288 145.161 103.853 Ativo não circulante
Caução do contrato da STN (NE nº 20.b) - - 22.423 24.630 - - 22.423 24.630
Consolidado
No Unibanco S.A. está aplicado o valor de R$ 9.272, atualizado até 31.12.2007 (R$ 8.232, em
31.12.2006) com remuneração de 98,5% da variação da Taxa DI, como garantia de obrigação de
dívida com o BNDESPAR, referente à operação de emissão de debêntures da Elejor, conforme
Instrumento Particular de Vinculação de Receitas e Outras Avenças.
No Banco do Brasil estão aplicados com remuneração de 100% da taxa DI, atualizados até
31.12.2007, os seguintes valores: R$ 48.437, como garantia de fiel cumprimento com a Aneel para
construção da Usina de Mauá, pela Copel Geração e Transmissão, e o valor de R$ 34.226, como
garantia para participar da licitação do Programa de Concessões de Rodovias Federais, pela
Copel Empreendimentos, este com previsão de resgate no primeiro trimestre de 2008, devido ao
resultado desfavorável do processo licitatório.
Os demais depósitos atendem as exigências da CCEE e estão vinculados às operações
realizadas nos leilões de energia, nas liquidações da própria CCEE e nos leilões realizados pela
Aneel.
14 OUTROS CRÉDITOS
2007 2006 2007 2006
Ativo circulanteAdiantamento a fornecedores - - 18.077 11.074 Locação da planta da UTE Araucária - - 14.223 -
Pagamentos antecipados - - 8.121 8.756 Adiantamento a empregados - - 7.999 7.618 Uso do sistema de transmissão da UTE Araucária - 5.327 -
Parcelamento Onda Provedor de Serviços 4.348 4.348 4.348 4.348 Salários de empregados cedidos a recuperar - - 3.751 3.768
Desativações em curso - - 1.962 2.095 Alienação de bens e direitos - - 1.206 1.866 Reserva Global de Reversão - RGR - Diferenças - - 816 2.256
Adiantamento para depósitos judiciais - - 565 1.412 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (4.348) (4.348) (8.453) (9.812) Outros créditos a receber 8 2 4.371 3.497
8 2 62.313 36.878
Ativo não circulanteEmpréstimos compulsórios - - 4.185 5.483 Bens e direitos destinados à alienação - - 2.813 2.814
Alienação de bens e direitos - - 1.390 - Pagamentos antecipados - - 62 3.612
- - 8.450 11.909
Controladora Consolidado
A Provisão para créditos de liquidação – PCLD, na Companhia, refere-se ao saldo de
parcelamento com Onda Provedor de Serviços, com difícil realização, e no consolidado, à Onda e
a parcela não realizável, principalmente, de salário de empregados cedidos a recuperar.
15 DEPÓSITOS JUDICIAIS
Os saldos de depósitos judiciais registrados no ativo não circulante estão demonstrados a seguir:
.
2007 2006 2007 2006
Trabalhistas - - 56.656 68.650
Cíveis:Servidões de passagem - - 10.515 7.149 Cíveis - - 15.269 13.982 Consumidores - - 2.508 1.640
- - 28.292 22.771 Previdenciários:
INSS 25.476 47.934 25.476 47.934
25.476 47.934 25.476 47.934 .
Outros depósitos Judiciais 9.254 1 10.916 1.599
34.730 47.935 121.340 140.954
Consolidado Controladora
Os depósitos judiciais vinculados foram reclassificados para Provisões para Contingências e estão
demonstrados na NE nº 27.
16 COLIGADAS E CONTROLADAS
A Companhia possui, demonstrados pelo valor líquido, os créditos a receber abaixo com às suas
coligadas e controladas:
2007 2006 2007 2006Controladas:
Copel Geração e Transmissão S.A.Dividendos a receber (NE nº 8) 504.688 644.418
504.688 644.418 - - Copel Transmissão S.A.
Dividendos a receber (NE nº 8) - 60.014 - - Financiamentos repassados (a) - 21.344 - -
- 81.358 - - Copel Distribuição S.A.
Dividendos a receber (NE nº 8) 178.300 52.913 - -
Financiamentos repassados (a) 78.034 80.686 - - Contrato de mútuo (b) 683.052 - - - Debêntures repassadas - 637.329 - -
939.386 770.928 - - Copel Participações S.A.
Dividendos a receber (NE nº 8) 17.237 2.893 - - 17.237 2.893 - -
Copel Empreendimentos Ltda.Contrato de mútuo (c) 34.847 - - -
34.847 - - - .
1.496.158 1.499.597 - - Coligadas:
Dividendos a receber (NE nº 8)Dominó Holdings S.A. - - 2.159 1.975 Foz do Chopim Energética Ltda. - - 608 -
. - - 2.767 1.975 .
- - 2.767 1.975
. 1.496.158 1.499.597 2.767 1.975
Dividendos a receber (NE nº 8) 700.225 760.238 2.767 1.975
Ativo não circulante 795.933 739.359 - -
Controladora Consolidado
a) Financiamentos repassados
A Companhia repassou os empréstimos e financiamentos para as suas subsidiárias integrais
quando de sua constituição em 2001. Entretanto, como os contratos de transferências para as
respectivas subsidiárias não foram passíveis de formalização com as instituições financeiras,
estes compromissos encontram-se igualmente registrados na Controladora.
Esses financiamentos são repassados com a mesma incidência de encargos assumidos pela
Companhia e são apresentados separadamente como crédito junto às subsidiárias integrais, e
como obrigações por empréstimos e financiamentos nas subsidiárias, no valor de R$ 78.034
(R$ 102.030 em 31.12.2006) (NE nº 20).
O saldo de R$ 637.329 em 31.12.2006 referente a debêntures repassadas para a Copel
Distribuição foi liquidado em 1º.03.2007.
b) Contrato de mútuo – Copel Distribuição
Em 27.02.2007, foi aprovado pela Aneel o contrato de mútuo a ser firmado entre a Companhia
(mutuante) e Copel Distribuição (mutuária), no valor de R$ 1.100.000. O prazo definido é de cinco
anos, com juros de 104% da taxa DI, e a destinação dos recursos foram o programa de
investimento da concessão e o pagamento das debêntures repassadas a Copel Distribuição,
vencidas em 1º.03.2007.
c) Contrato de mútuo – Copel Empreendimentos
Em 01.10.2007, foram aprovadas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração, a participação
da Companhia no Programa de Concessões de Rodovias Federais e a celebração de um contrato
de mútuo entre a Companhia (mutuante) e a Copel Empreendimentos (mutuária), no valor de
R$ 35.000 destinado a este programa. O prazo definido é de cinco anos, com juros de 104% da
taxa DI. Este contrato será encerrado no primeiro trimestre de 2008, devido ao resultado
desfavorável do processo licitatório.
17 INVESTIMENTOS
2007 2006 2007 2006
Participações em coligadas (a) - - 204.305 210.363
Participações em coligadas - ágio (b)
Sercomtel S.A. - Telecomunicações - - 1.568 5.796 Sercomtel Celular S.A. - - 223 803
- - 1.791 6.599
Participações em controladas
Copel Geração e Transmissão S.A. 3.144.442 2.509.233 - - Copel Transmissão S.A. (c) - 1.063.740 - - Copel Distribuição S.A. 2.663.911 1.689.286 - - Copel Telecomunicações S.A. 193.735 184.287 - - Copel Participações S.A. 1.226.802 1.180.415 - -
7.228.890 6.626.961 - -
Outros investimentosFundo de investimento da Amazônia - Finam (d) 30.013 32.609 30.013 32.609
Finam - Nova Holanda (d) 14.867 7.761 14.867 7.761 Fundo de investimento do Nordeste - Finor (d) 9.870 9.870 9.870 9.870 Finam - Investco (d) 7.903 - 7.903 - Provisão para perdas nos incentivos (d) (26.801) (47.900) (26.801) (47.900) Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (e) - - 6.450 - Imóveis para uso futuro do serviço - - 4.588 6.825 Outros investimentos 2.322 2.322 3.823 3.826
38.174 4.662 50.713 12.991
7.267.064 6.631.623 256.809 229.953
Controladora Consolidado
Na consolidação dos balanços, os ágios decorrentes das aquisições das controladas Elejor e
Copel Empreendimentos foram reclassificados para o Intangível (NE nº 19).
a) Participações em coligadas
Patrimônio líquido Partic.
da investida (ajustado) Copel
Participações em coligadas 2007 2006 (%) 2007 2006
Dominó Holdings S.A. (e) 601.035 610.149 15,00 90.155 91.522 Sercomtel S.A. - Telecomunicações 182.562 185.477 45,00 82.153 83.463 Foz do Chopim Energética Ltda. (1) 45.718 45.742 35,77 16.353 16.362
Sercomtel Celular S.A. 19.464 27.488 45,00 8.759 12.369 Dona Francisca Energética S.A. 25.754 8.785 23,03 5.931 2.023 Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) (f) - 3.500 30,00 - 1.050 Copel Amec S/C Ltda. (1) 293 973 48,00 140 468 Carbocampel S.A. (1) (115) 473 49,00 (56) 232
Adiantamento para aumento de capital 1.059 198 Escoelectric Ltda. (1) (3.374) (3.677) 40,00 (1.390) -
Adiantamento para aumento de capital 1.025 2.500 Braspower International Engineering S/C Ltda. (1) (407) (407) 49,00 - -
Adiantamento para aumento de capital 176 176
204.305 210.363 (1) Não auditado por auditores independentes
Consolidado
Investimento
b) Participações em coligadas - ágio
Os investimentos na Sercomtel S.A. Telecomunicações e na Sercomtel Celular S.A. registraram
ágios de aquisição (R$ 42.289 e R$ 5.814), que no balanço representam saldos líquidos de
R$ 1.568 e R$ 223, respectivamente. Esses ágios estão sendo amortizados à taxa anual de 10%,
cujo efeito no resultado do exercício de 2007, o mesmo de 2006, foi de R$ 4.808 (R$ 4.228 + R$
580). O fundamento econômico do pagamento do ágio nestes investimentos foi a expectativa de
rentabilidade futura, resultado da avaliação do retorno do investimento com base no fluxo de caixa
descontado.
c) Copel Transmissão S.A.
Em 30.11.2007, a Copel Transmissão foi cindida e incorporada pela Copel Geração e
Transmissão e pela Copel Distribuição, visando à racionalização de recursos e melhorias nas
atividades operacionais.
O acervo líquido da cindida em 30.11.2007 e as partes incorporadas estão demonstrados a seguir:
Copel Transmissão em 30.11.2007 Copel Geração
e Transmissão Copel Distribuição .
ATIVO 1.567.422 839.032 728.390
Ativo Circulante 236.427 113.501 122.926
Ativo Não Circulante 1.330.995 725.531 605.464 Realizável a Longo Prazo 73.318 55.919 17.399 Investimentos 2.257 247 2.010 Imobilizado 1.228.615 659.428 569.187 Intangível 26.805 9.937 16.868
.
PASSIVO 1.567.422 839.032 728.390
Passivo Circulante 194.883 109.295 85.588
Passivo Não Circulante 199.693 121.651 78.042
Patrimônio Líquido 1.172.846 608.086 564.760 .
Parcela Incorporada
d) Incentivos Fiscais
Com base em correspondência recebida do Banco da Amazônia S.A., a Companhia efetuou
recomposições e reclassificações de valores aplicados no Fundo de Investimento da Amazônia –
Finam, bem como dos valores direcionados e devidamente liberados pela extinta
Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia – Sudam, aos projetos Nova Holanda
Agropecuária S.A. e Investco S.A.
Os efeitos destes lançamentos, no patrimônio líquido, totalizaram R$ 21.047, sendo R$ 4.510
direcionados ao projeto Nova Holanda S.A.; R$ 7.903 direcionados ao projeto Investco S.A. e
R$ 8.634 reduzindo a provisão para perdas nos incentivos.
Foi reclassificado da conta do Finam, o valor de R$ 2.596, direcionado ao projeto Nova Holanda.
A Companhia também efetuou reversão de provisão para desvalorização do Finam e do Fundo de
Investimentos do Nordeste – Finor, no valor de R$ 12.789, contabilizada no resultado não
operacional, e apropriação de R$ 324 referentes a Imposto de Renda.
e) Consórcio Energético Cruzeiro do Sul
Em 28.11.2006, através da Contratação de Energia Proveniente de Novos Empreendimentos, na
qualidade de produtor independente, o Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pelas
empresas Copel Geração e Transmissão S.A. com participação de 51% e pela Eletrosul Centrais
Elétricas S.A. com participação de 49%, conquistou o direito de exploração da concessão para
implantação da usina hidrelétrica de Mauá, cujo prazo é de 35 anos.
O presente empreendimento está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do
Governo Federal, e será constituído por uma usina principal de 350MW e por uma pequena central
hidrelétrica - PCH complementar de 11MW, totalizando 361MW de potência instalada, suficiente
para atender cerca de 892.400 habitantes, a partir do aproveitamento energético inventariado no
trecho médio do rio Tibagi, na divisa dos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, na região
centro-leste do Estado do Paraná.
O prazo máximo para entrada em operação comercial da primeira unidade geradora da Usina é
1º.01.2011.
O projeto tem um investimento total previsto de R$ 991.283, valor com data base de outubro de
2006, sendo que deste montante 51% (R$ 505.554) serão investidos pela Copel Geração e
Transmissão S.A. e 49% (R$ 485.729) pela Eletrosul Centrais Elétricas S.A.
A energia da usina de Mauá foi comercializada em leilão da Aneel à tarifa de R$ 112,96/MWh,
atualizados com base no IPCA desde 1º.11.2006. Foram negociados 192 MW médios, a serem
fornecidos a partir de janeiro de 2011. A garantia física do empreendimento estabelecida no
contrato de concessão é de 197,7 MW médios, após a completa motorização, e a tarifa máxima de
referência para comercialização da energia estabelecida no edital do leilão era R$ 116,00/MWh.
Os trabalhos iniciaram em maio de 2007 com a emissão da ordem de serviço do projeto básico e
início do projeto executivo da usina e do sistema de transmissão associado, elaboração de
especificações técnicas, memórias de cálculo, desenhos e outros documentos relativos às
diversas estruturas da usina, complementação das investigações geológicas e serviços de
topografia. O projeto foi concluído e encontra-se em análise na Aneel. O empreendimento possui
Estudo de impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA apresentados em
audiência pública e aprovados pelo órgão licenciador, com emissão da Licença Prévia nº 9.589
pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, órgão vinculado à Secretária do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos do Estado, condicionada ao atendimento de cerca de 70 requisitos ambientais
que compreendem os meios físico, biótico e socioeconômico para liberação da Licença de
Instalação.
Em novembro de 2007, o Conselho Monetário Nacional - CMN autorizou excepcionalização à
Resolução nº 2827/01, do Banco Central do Brasil, que trata do contingenciamento de crédito ao
setor público, com vistas à concessão de financiamento para a Copel, pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, no montante de R$ 340.000, aproximadamente,
com o objetivo de alavancar a construção da usina hidrelétrica de Mauá.
Os gastos realizados neste empreendimento são contabilizados na conta de investimento, na
proporção de quota parte no consórcio, conforme determina o Manual de Contabilidade do Serviço
Público de Energia Elétrica.
f) Dominó Holding
Holding que detém 34,75% do capital da Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar, é
uma sociedade de economia mista que tem por objeto social a exploração de serviços de
saneamento básico, principalmente a distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto sanitário.
g) Centrais Eólicas do Paraná
A Companhia, através da sua subsidiária Copel Participações, detinha 30% do capital social das
Centrais Eólicas do Paraná. Em 06.09.2007, passou a deter 100% deste empreendimento, ao
adquirir, através da subsidiária Copel Geração, os 70% que pertenciam à Wobben Windpower
Indústria e Comércio Ltda. Desta operação resultou um deságio de R$ 592, que na consolidação
dos balanços foi reclassificado para Resultados de Exercícios Futuros.
h) Detalhamento da participação no capital social das coligadas e controladas
% Participação no capital socialOrdinárias Preferenciais Total Capital social integralizado
Participações em coligadas 2007 2006Dominó Holdings S.A. 15,00 0,00 15,00 251.929 251.929 Sercomtel S.A. - Telecomunicações 45,00 45,00 45,00 246.896 246.896 Foz do Chopim Energética Ltda. (1) - - 35,77 23.000 23.000 Sercomtel Celular S.A. 45,00 45,00 45,00 36.540 36.540 Dona Francisca Energética S.A. 23,03 0,00 23,03 66.600 66.600 Copel Amec S/C Ltda. (1) - - 48,00 100 828 Carbocampel S.A. (1) 49,00 0,00 49,00 260 260 Escoelectric Ltda. (1) - - 40,00 8.050 8.050 Braspower International Engineering S/C Ltda. (1) 0,00 0,00 49,00 1.650 1.650
Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) - - 30,00 - 3.061
Participações em controladasCopel Geração e Transmissão S.A. 100,00 0,00 100,00 2.947.018 2.338.932
Copel Transmissão S.A. 100,00 0,00 100,00 - 772.389 Copel Distribuição S.A. 100,00 0,00 100,00 2.171.928 1.607.168 Copel Telecomunicações S.A. 100,00 0,00 100,00 194.054 187.894 Copel Participações S.A. 100,00 0,00 100,00 1.098.500 586.975 Companhia Paranaense de Gás - Compagas 51,00 51,00 51,00 71.365 60.050 Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A 70,00 0,00 43,54 113.800 113.800 Copel Empreendimentos Ltda. (1) - - 100,00 397.983 397.983 UEG Araucária Ltda. - - 80,00 707.440 700.000
Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) - - 100,00 3.061 - (1) Não auditado por auditores independentes
18 IMOBILIZADO
Depreciação Líquido Depreciação Líquido
Custo acumulada Consolidado Custo acumulada Consolidado
2007 2006
Em serviço (a) Copel Geração e Transmissão 5.171.655 (1.937.690) 3.233.965 4.306.232 (1.587.774) 2.718.458
Copel Transmissão - - - 1.468.341 (475.571) 992.770
Copel Distribuição 4.462.250 (2.116.451) 2.345.799 3.411.372 (1.703.312) 1.708.060
Copel Telecomunicações 326.892 (179.894) 146.998 304.534 (154.505) 150.029
Copel Participações 341 (237) 104 342 (222) 120
Compagas 144.355 (33.636) 110.719 139.853 (26.820) 113.033
Elejor 605.458 (30.333) 575.125 604.961 (14.023) 590.938
UEG Araucária 634.233 (76.315) 557.918 633.335 (44.856) 588.479
Centrais Eólicas do Paraná 4.129 (2.215) 1.914 - - -
11.349.313 (4.376.771) 6.972.542 10.868.970 (4.007.083) 6.861.887
Em curso Copel Geração e Transmissão 272.364 - 272.364 144.468 - 144.468
Copel Transmissão - - - 209.821 - 209.821
Copel Distribuição 377.070 - 377.070 251.020 - 251.020
Copel Telecomunicações 39.177 - 39.177 33.489 - 33.489
Compagas 20.047 - 20.047 11.186 - 11.186
Elejor 8.371 - 8.371 8.427 - 8.427
717.029 - 717.029 658.411 - 658.411
12.066.342 (4.376.771) 7.689.571 11.527.381 (4.007.083) 7.520.298
Obrigações especiais (b)
Copel Geração e Transmissão (4.925) - (4.925) - - -
Copel Transmissão - - - (7.145) - (7.145)
Copel Distribuição (852.267) - (852.267) (801.467) - (801.467)
(857.192) - (857.192) (808.612) - (808.612)
.
11.209.150 (4.376.771) 6.832.379 10.718.769 (4.007.083) 6.711.686
De acordo com os artigos nºs 63 e 64 do Decreto nº 41.019, de 26.02.1957, os bens e instalações
utilizados principalmente na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia
elétrica são vinculados a esses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados
em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução
Aneel nº 20/1999 regulamentou a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de
Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à
concessão, quando destinados à alienação, determinando que o produto da alienação seja
depositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão.
a) Imobilizado em serviço por natureza de conta
Depreciação Líquido Depreciação Líquido
Custo acumulada Consolidado Custo acumulada Consolidado
2007 2006
Máquinas e equipamentos 7.415.804 (2.969.087) 4.446.717 6.997.348 (2.698.431) 4.298.917 Reservatórios, barragens, adutoras 2.865.020 (1.006.005) 1.859.015 2.859.831 (943.321) 1.916.510 Edificações, obras civis, benfeitorias 693.208 (300.756) 392.452 684.460 (281.087) 403.373
Terrenos 118.812 - 118.812 117.775 - 117.775 Tubulações de gás 113.273 (22.786) 90.487 112.449 (19.030) 93.419
Veículos 124.168 (67.161) 57.007 77.424 (54.486) 22.938 Móveis e utensílios 19.028 (10.976) 8.052 19.683 (10.728) 8.955
(4.376.771) 6.972.542 10.868.970 (4.007.083) 6.861.887 11.349.313
O montante de ativo imobilizado em serviço e totalmente depreciado representava R$ 616.203, em
31.12.2007, e R$ 414.989, em 31.12.2006.
b) Obrigações especiais
As obrigações especiais representam os recursos relativos à participação financeira do
consumidor, das dotações orçamentárias da União, verbas federais, estaduais e municipais e de
créditos especiais vinculados aos investimentos aplicados nos empreendimentos vinculados à
concessão. As obrigações especiais não são passivos onerosos e não são créditos dos acionistas.
São atualizadas com os mesmos critérios e índices utilizados para corrigir os bens registrados no
ativo imobilizado dos agentes. O prazo esperado para liquidação dessas obrigações era a data de
término da concessão.
Com a emissão da Resolução Normativa Aneel nº 234, de 31.10.2006, que estabeleceu os
conceitos gerais, as metodologias aplicáveis e os procedimentos iniciais para realização do
segundo ciclo de revisão tarifária periódica das concessionárias de serviço público de distribuição
de energia elétrica, a característica dessas obrigações sofreu modificação. Tanto o saldo como as
novas adições passarão a ser amortizados contabilmente a partir da data da próxima revisão
tarifária periódica da Companhia (junho de 2008). Essa amortização será calculada utilizando a
mesma taxa média da depreciação dos ativos correspondentes.
Na data do término da concessão, para efeitos do cálculo da indenização dos bens vinculados à
concessão e reversíveis para a União, o saldo remanescente dessas obrigações especiais, se
houver, será deduzido do valor residual dos ativos, ambos avaliados de acordo com critério a ser
definido pela Aneel.
A alteração da característica dessas obrigações é decorrente da modificação ocorrida no
mecanismo de tarifa estabelecida nessa nova Resolução Normativa, que determinou que a
depreciação dos ativos adquiridos com recursos oriundos das obrigações especiais não será mais
computada na “Parcela B” da receita requerida da concessionária.
c) Planos de universalização de energia elétrica
A Aneel estabeleceu condições gerais para elaboração dos Planos de Universalização de Energia
Elétrica visando o atendimento de novas unidades consumidoras ou o aumento de carga,
regulamentou e fixou as responsabilidades das concessionárias e permissionárias de serviço
público de distribuição de energia elétrica e promoveu alterações, dentre as quais destacam-se a
mudança de prioridade de atendimento aos municípios dando ênfase aos municípios com menor
índice de eletrificação, Índice de Desenvolvimento Humano - IDH e a limitação desses
atendimentos apenas a novas unidades, ligadas em baixa tensão (inferior a 2,3 kv), com carga
instalada de até 50 KW.
O Programa “Luz para Todos”, instituído pelo Governo Federal, objetivou antecipar a meta de
completar 100% de eletrificação no País até 2008, sem qualquer ônus para o consumidor.
O programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e operacionalizado com a
participação da Eletrobrás. No caso do Paraná, o Ministério é representado pela Eletrosul, e os
participantes são o Governo do Estado Paraná e a Copel. Além disso, o programa se integra aos
diversos programas sociais e de desenvolvimento rural implementados pelo Governo Federal e
pelos Estados, para assegurar que o esforço de eletrificação do campo resulte em incremento da
produção agrícola, fixando e dando condições melhores de vida ao homem do campo, em
aumento de renda e na inclusão social da população beneficiada.
A meta fixada foi de 36.000 ligações até o final do ano de 2006.
Para a operacionalização de 30.000 ligações foram firmados com a Eletrobrás dois contratos de
financiamento e concessão de subvenção, cuja composição é a seguinte: contrato 002/2004, no
valor de R$ 30.240, sendo R$ 17.280 provenientes da RGR e R$ 12.960 da CDE; contrato
142/2006, no valor de R$ 74.340, sendo R$ 42.480 provenientes da RGR e R$ 31.860 da CDE. As
liberações de crédito do contrato 002/2004 já encerraram e do contrato 142/2006 já foram
liberados R$ 52.038.
A composição total dos investimentos previstos para o programa foi a seguinte:
Governo Federal - subvenção CDE 44.820 30%
Governo do Estado do Paraná 14.940 10%
Financiamento RGR 59.760 40%
Agente executor - Copel 29.880 20%
Total do programa 149.400 100%
Origem ParticipaçãoR$
Outras 7.150 ligações foram atendidas gratuitamente pela universalização, totalizando 37.150
novos domicílios rurais, sem qualquer ônus para os consumidores.
Devido ao surgimento de novos domicílios sem energia elétrica, a Copel está firmando novo
contrato com a Eletrobrás visando o atendimento a mais 30.000 ligações, número que poderá
variar em decorrência da ampla divulgação de encerramento do prazo para adesão ao programa,
previsto para 31.03.2008.
d) Taxas de depreciação
As principais taxas anuais de depreciação, de acordo com a Resolução Aneel nº 240, de
05.12.2006, a Portaria nº 96/1995, do Ministério das Comunicações, e a Agência Nacional do
Petróleo - ANP, são:
.
% .
Geração
Equipamento geral 10,00
Geradores 3,30
Reservatórios, barragens e adutoras 2,00
Turbina hidráulica 2,50
Turbinas a gás e a vapor 5,00
Resfriamento e tratamento de água 5,00
Condicionador de gás 5,00
TransmissãoCondutor e estrutura do sistema < 69 kV 5,00
Condutor e estrutura do sistema => 69 kV e transformador de força 2,50
Equipamento geral 10,00
Religadores 4,30
Distribuição
Condutor e estrutura do sistema => 69 kV 2,50
Condutor e estrutura do sistema < 69 kV e transformador de distribuição 5,00
Banco de capacitores < 69 kV 6,70
Banco de capacitores => 69 kV 5,00
Equipamento geral 10,00
Administração central
Edificações 4,00
Máquinas e equipamentos de escritório 10,00
Móveis e utensílios 10,00
Veículos 20,00
TelecomunicaçõesEquipamentos de transmissão e de energia (telecomunicações) 10,00
Cabos aéreos e subterrâneos, fios e central privada de comutação 10,00
Fornecimeno de gás naturalGasoduto 3,30 Equipamentos de operação do gasoduto 10,00
e) Mutação do imobilizado
Obrigações
Saldos em serviço em curso especiais Consolidado
Em 31 de dezembro de 2005 5.907.082 806.145 (765.123) 5.948.104
Consolidação do imobilizado da UEG Araucária 602.979 - - 602.979 Programa de investimentos - 567.779 - 567.779 Imobilizações de obras 723.307 (723.307) - - Quotas de depreciação (356.843) - - (356.843) Baixas (14.785) - - (14.785)
Participação financeira dos consumidores - - (43.489) (43.489) Transferências entre o imobilizado intangível 147 4.826 - 4.973 Complemento de provisões para contingências - 2.968 - 2.968
Em 31 de dezembro de 2006 6.861.887 658.411 (808.612) 6.711.686
Consolidação do imobilizado da Ceopar 1.983 - - 1.983 Programa de investimentos - 516.142 - 516.142 Imobilizações de obras 528.329 (528.329) - - Quotas de depreciação (400.067) - - (400.067) Baixas (19.393) (29.926) - (49.319) Participação financeira dos consumidores - - (48.580) (48.580) Transferências entre o imobilizado intangível (197) 1.606 - 1.409
Complemento de provisões para contingências - 99.125 - 99.125
Em 31 de dezembro de 2007 6.972.542 717.029 (857.192) 6.832.379
Imobilizado
19 INTANGÍVEL
Direito de uso Amortização Faixa de
de softwares acumulada (1) servidões Outros Consolidado
2007 2006
Em serviço
Copel Geração e Transmissão 8.751 (8.064) 9.027 27 9.741 853 Copel Transmissão - - - - - 22.018 Copel Distribuição 29.958 (23.425) 17.606 113 24.252 7.024 Copel Telecomunicações 4.094 (2.396) - 1.698 1.748 Copel Participações - - - 1 1 1
Compagas 636 (389) - 20 267 260 Elejor - - 101 - 101 101 UEG Araucária 70 (63) - - 7 9
43.509 (34.337) 26.734 161 36.067 32.014
Em curso
Copel Geração e Transmissão 425 - 449 - 874 - Copel Transmissão - - - - - 2.348
Copel Distribuição 705 - 1.997 - 2.702 6.394 Elejor - - 27 - 27 27
Ágio - Elejor (a) - - - 21.306 21.306 22.060 Ágio - Copel Empreendimentos (b) - - - 51.609 51.609 53.955
1.130 - 2.473 72.915 76.518 84.784
112.585 116.798 (1) Taxa anual de amortização: 20%
Líquido
O montante de intangível em serviço e totalmente depreciado representava R$ 23.674, em
31.12.2007, e R$ 22.519, em 31.12.2006.
a) Ágio - Elejor
A aquisição das ações da Elejor pertencentes à Triunfo Participações S.A., em dezembro de 2003,
gerou ágio no valor total de R$ 22.626, que em 31.12.2007 apresenta um saldo de R$ 21.306. O
fundamento econômico utilizado para a amortização linear é a expectativa de resultado futuro da
operação comercial da concessão, cujo prazo remanescente tem vencimento em outubro de 2036,
e o efeito no resultado no exercício de 2007 foi de R$ 754 (R$ 566 em 2006)
b) Ágio – Copel Empreendimentos
A aquisição das ações da Copel Empreendimentos Ltda., em 31.05.2006, cuja razão social era El
Paso Empreendimentos e Participações Ltda., holding da UEG Araucária Ltda., da qual possui
60% do capital social, gerou ágio líquido de R$ 53.954, que, em 31.12.2007, representa um saldo
de R$ 51.609. O fundamento econômico para amortização linear foi a expectativa de resultado
futuro da operação comercial da concessão, cujo prazo restante tem vencimento em dezembro de
2029, e o efeito no resultado no exercício de 2007 foi de R$ 2.346.
c) Mutação do Intangível
Saldos em serviço em curso Consolidado
Em 31 de dezembro de 2005 32.299 33.703 66.002
Consolidação do intangível da UEG Araucária 16 - 16
Programa de investimentos - 59.513 59.513 Capitalizações 3.040 (3.040) - Quotas de amortização (3.068) (566) (3.634)
Baixas (126) - (126) Transferências entre o imobilizado tangível (147) (4.826) (4.973)
Em 31 de dezembro de 2006 32.014 84.784 116.798
Programa de investimentos - 4.406 4.406 Capitalizações 7.966 (7.966) -
Quotas de amortização (3.664) (3.100) (6.764) Baixas (447) - (447) Transferências entre o imobilizado tangível 198 (1.606) (1.408)
Em 31 de dezembro de 2007 36.067 76.518 112.585
Intangível
20 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
As composições dos saldos de empréstimos e financiamentos consolidados e da controladora são
as seguintes:
Consolidado . Passivo Passivo
circulante não circulante
2007 2006 2007 2006
Principal Encargos Total Total
Moeda estrangeira
BID (a) 17.623 1.185 18.808 22.084 43.898 71.380
STN (b) 6.441 1.161 7.602 9.243 70.432 92.787 Banco do Brasil S.A. (c) 3.918 165 4.083 4.723 3.919 8.884 Eletrobrás (d) 5 - 5 6 33 46
27.987 2.511 30.498 36.056 118.282 173.097
Moeda nacional
Eletrobrás (d) 41.405 1.691 43.096 47.552 272.798 290.095 Eletrobrás - Elejor (e) - - - - 94.709 114.469 BNDES - Compagas (f) 6.328 - 6.328 6.418 19.029 25.725
Banco do Brasil S.A. (c) 137 12.625 12.762 126 330.450 920 47.870 14.316 62.186 54.096 716.986 431.209
75.857 16.827 92.684 90.152 835.268 604.306
Controladora . Passivo Passivo
circulante não circulante
2007 2006 2007 2006
Principal Encargos Total Total
Moeda estrangeira
STN (b) 6.441 1.161 7.602 9.243 70.432 92.787 .Moeda nacional
Banco do Brasil S.A. (c) - 12.621 12.621 - 329.600 -
6.441 13.782 20.223 9.243 400.032 92.787
Composição dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador:
.
Moeda (equivalente em R$) / Indexador
2007 % 2006 %
Moeda estrangeira
Dólar norte-americano 78.072 8,41 102.082 14,70
Yen 8.002 0,86 13.607 1,96
Cesta de moedas do BID 62.706 6,76 93.464 13,46
148.780 16,03 209.153 30,12
Moeda nacional
URTJLP 23.242 2,50 28.951 4,17 IGP-M 95.639 10,31 115.450 16,62
Ufir 41.531 4,48 31.675 4,56
Finel 274.363 29,57 305.972 44,06
UMBND 2.176 0,23 3.257 0,47
CDI 342.221 36,88 - -
779.172 83,97 485.305 69,88
927.952 100,00 694.458 100,00
Consolidado
Variação das principais moedas estrangeiras e indexadores aplicados aos empréstimos e
financiamentos:
.
Moeda/Indexador . Variação (%)
2007 2006Dólar norte-americano (17,15) (8,66)
Yen (11,78) (9,47)Cesta de moedas do BID 3,94 2,09
URTJLP 0,36 1,79TJLP 6,47 7,96
IGP-M 7,75 3,83
Finel 1,51 0,76UMBND (17,02) (8,50)CDI (15,05) (26,87)
Vencimentos das parcelas de longo prazo:
Moeda Moeda
estrangeira nacional
2007 2006
2008 - - - 76.387 2009 25.817 43.013 68.830 79.827 2010 22.498 41.758 64.256 80.461 2011 13.721 58.229 71.950 70.257
2012 4.940 51.946 56.886 52.090 2013 2.615 51.901 54.516 50.435 2014 1.310 381.379 382.689 48.893
2015 - 51.739 51.739 47.417 2016 - 31.637 31.637 31.657
2017 - 3.106 3.106 8.561 2018 - 2.115 2.115 941 2019 - 114 114 115
2020 - 49 49 66 após 2020 47.381 - 47.381 57.199
118.282 716.986 835.268 604.306
Consolidado
Mutação de empréstimos e financiamentos:
Total
Saldos Circulante Não circulante Circulante Não circulante Consolidado
Em 31 de dezembro de 2005 40.470 223.338 58.783 444.402 766.993
Ingressos - - - 16.937 16.937
Encargos 12.263 - 28.739 - 41.002
Variação monetária e cambial (2.369) (17.144) 162 21.773 2.422
Transferências 33.097 (33.097) 51.903 (51.903) -
Amortizações (47.405) - (85.491) - (132.896)
Em 31 de dezembro de 2006 36.056 173.097 54.096 431.209 694.458
Ingressos - - - 346.592 346.592
Encargos capitalizados - - - 12.129 12.129
Encargos 9.613 - 55.907 2.398 67.918
Variação monetária e cambial (4.591) (24.756) 353 10.962 (18.032)
Transferências 30.059 (30.059) 86.304 (86.304) -
Amortizações (40.639) - (134.474) - (175.113)
Em 31 de dezembro de 2007 30.498 118.282 62.186 716.986 927.952
Moeda estrangeira Moeda nacional
a) Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID
Empréstimo para a Usina Hidrelétrica de Segredo e Derivação do Rio Jordão, liberado a partir de
15.01.1991, totalizando US$ 135.000. A dívida é amortizada semestralmente, com vencimento
final em janeiro de 2011. Os juros são calculados de acordo com a taxa de captação do BID, a
qual, para o segundo semestre de 2007, foi de 4,16% a.a. O contrato tem as seguintes cláusulas,
prevendo rescisão:
1) Inadimplemento, por parte do mutuário de qualquer outra obrigação estipulada no contrato ou
contratos subscritos com o Banco para financiamento para o projeto;
2) A retirada ou suspensão, como membro do BID, da República Federativa do Brasil;
3) Inadimplemento, por parte do fiador, se houver, de qualquer obrigação estipulada no contrato
de garantia;
4) Quando a relação entre o seu ativo circulante e o total dos seus financiamentos comerciais e
bancários de curto prazo, excluídas a parte corrente da dívida de longo prazo e os dividendos
a serem reinvestidos, seja inferior a 1,2; e
5) Quando a relação entre sua dívida de longo prazo e o seu patrimônio exceder a 0,9.
Neste contrato foi concedida fiança do Governo Federal e garantias hipotecária e fiduciária.
b) Secretaria do Tesouro Nacional - STN
A reestruturação da dívida de médio e longo prazo, assinada em 20.05.1998, referente aos
financiamentos sob amparo da Lei nº 4.131/62, está demonstrada no quadro a seguir:
Prazo Vencimento Carência
Tipo de bônus (anos) final (anos)
2007 2006
Par Bond 30 15.04.2024 30 28.294 34.137
Capitalization Bond 20 15.04.2014 10 15.703 21.858 Debt Conversion Bond 18 15.04.2012 10 12.133 17.886 Discount Bond 30 15.04.2024 30 19.755 23.829 New Money Bonds 15 15.04.2009 7 1.067 2.144 Flirb 15 15.04.2009 9 1.082 2.176
78.034 102.030
Consolidado
As taxas de juros praticadas e as amortizações são as seguintes:
.
Tipo de bônus Taxas de juros anuais (%) Amortizações
Par Bond 6,0 única
Capitalization Bond 8,0 semestralDebt Conversion Bond Libor semestral + 0,8750 semestralDiscount Bond Libor semestral + 0,8125 única
New Money Bonds Libor semestral + 0,8750 semestralFlirb Libor semestral + 0,8125 semestral
Em garantia a esse contrato, a Companhia cedeu e transferiu à União, condicionado ao
inadimplemento de qualquer parcela do financiamento, os créditos que forem feitos à sua conta
corrente bancária centralizadora da arrecadação das suas receitas próprias, até o limite suficiente
para pagamento das prestações e demais encargos devidos em cada vencimento. Nos bônus
Discount Bond e Par Bond existem garantias depositadas, nos valores de R$ 9.246 e R$ 13.177
(R$ 10.159 e R$ 14.471, em 31.12.2006), respectivamente, contabilizadas na conta cauções e
depósitos vinculados, no ativo não circulante (NE nº 13).
c) Banco do Brasil S.A.
A Companhia possui os seguintes contratos:
1) Contratos com recursos em iene, para a subestação isolada a gás de Salto Caxias,
amortizáveis em 20 parcelas semestrais, a partir de 07.03.2000, com juros de 2,8% a.a. e
comissão de repasse de 3,8% a.a. A garantia é vinculada à receita própria;
2) Contrato particular de cessão de crédito com a União, através do Banco do Brasil S.A.,
assinado em 30.03.1994, amortizável em 240 parcelas mensais pelo sistema price, a partir de
1º.04.1994, com atualização mensal pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP e Índice Geral
de Preços de Mercado - IGPM e taxa de juros de 5,098% a.a.. A garantia é vinculada à receita
própria; e
3) A Controladora possui as notas de crédito relacionadas a seguir.
Data da Vencimento Encargos financeiros
Notas de crédito emissão do principal vencíveis semestralmente R$
Comercial nº 330.600.129 31.01.2007 31.01.2014 106,5% da taxa média do CDI 29.000 Industrial nº 330.600.132 28.02.2007 28.02.2014 106,2% da taxa média do CDI 231.000
Industrial nº 330.600.151 31.07.2007 31.07.2014 106,5% da taxa média do CDI 18.000 Industrial nº 330.600.156 28.08.2007 28.08.2014 106,5% da taxa média do CDI 14.348 Industrial nº 330.600.157 31.08.2007 31.08.2014 106,5% da taxa média do CDI 37.252
329.600
Como garantia, foi dada autorização ao Banco do Brasil aplicar, na cobertura parcial ou total do
saldo devedor apresentado na conta de abertura de crédito, quaisquer importâncias levadas, a
qualquer título, a crédito da conta depósitos. Foi autorizado, também em caráter irrevogável e
irretratável, independente de prévio aviso, proceder à compensação entre o crédito do banco,
correspondente ao saldo devedor apresentado na conta de abertura de crédito, e os créditos de
qualquer natureza que a Companhia tenha ou venha a ter junto ao Banco do Brasil.
d) Eletrobrás
Empréstimos originados de recursos do Fundo de Financiamento da Eletrobrás – Finel e da RGR,
para expansão dos sistemas de geração, transmissão e distribuição. A amortização dos contratos
vincendos iniciou em fevereiro de 1999, e o último pagamento está previsto para agosto de 2021.
Os juros de 5,5% a 6,5% a.a. e o principal são amortizados mensalmente, atualizados pelo índice
do Finel e da Unidade Fiscal de Referência - Ufir. A Copel recebeu o montante de R$ 29.736,
deste R$ 16.992 em 2007, para aplicação no Programa Luz para Todos, proveniente de recursos
da RGR, referente ao contrato ECFS-142/2006, assinado em 11.05.2006, com carência de 24
meses e amortização em 120 parcelas mensais com vencimento final em 30.09.2020.
A garantia é representada pela receita própria da Controladora e da Copel Distribuição.
e) Eletrobrás - Elejor
Para efeitos de apresentação das demonstrações contábeis consolidadas, o valor das ações a
serem resgatadas pela Elejor, acrescido dos encargos financeiros, foi reclassificado de
participação de acionistas não controladores para empréstimos e financiamentos, no passivo não
circulante.
O saldo apresentado refere-se à integralização de 59.900 ações preferenciais resgatáveis da
Elejor detidas pela Eletrobrás, que totalizaram R$ 59.900, as quais deverão ser readquiridas pela
emissora (Elejor) em 32 parcelas trimestrais e consecutivas de 1.871.875 ações a partir do 24º
mês do início da operação comercial do empreendimento, caracterizada pela operação comercial
da última unidade geradora, ocorrida em 31.08.2006. Assim, o primeiro pagamento será em
setembro de 2008, devendo os valores integralizados serem atualizados pela aplicação do
IGPM/FGV, pro rata temporis, entre a data de integralização das ações e a data do pagamento
das respectivas parcelas, acrescidos da remuneração de capital de 12% a.a., pro rata temporis.
Em agosto de 2007, houve antecipação de 9 parcelas de 1.871.875 ações, correspondente a
R$ 20.385, e pagamento de encargos financeiros no valor R$ 18.725, totalizando R$ 39.110.
f) BNDES - Compagas
O saldo do BNDES é composto por quatro contratos da Compagas assinados em 14.12.2001,
amortizáveis em 99 parcelas mensais, com juros de 4% a.a., sendo 2% para aquisição de
máquinas e equipamentos, indexados pela TJLP (limitada a 6% a.a.) e 2% para obras, instalações
e serviços, indexados pela Unidade Monetária do BNDES - UMBND.
A garantia do financiamento está vinculada aos recebíveis da Compagas pelo fornecimento de
gás, que devem ser exclusivamente recebidos através de uma conta corrente mantida no Banco
Itaú S/A.
21 DEBÊNTURES
A composição de debêntures é a seguinte:
Passivo Passivo
circulante não circulante 2007 2006 2007 2006
Principal Encargos Total Total Controladora (a) 133.320 35.279 168.599 185.075 733.360 866.680 Copel Distribuição (b) - - - 637.329 - - Elejor (c) - 3.228 3.228 15.951 269.314 262.550
133.320 38.507 171.827 838.355 1.002.674 1.129.230
Vencimento das parcelas de longo prazo:
.
2007 2006
2008 - 133.340 2009 156.148 155.667 2010 42.123 41.103 2011 646.037 644.880
2012 46.037 44.880 2013 46.037 44.880 2014 42.998 41.903
2015 20.164 19.554 2016 3.130 3.023
1.002.674 1.129.230
Consolidado
A mutação das debêntures é a seguinte:
Passivo Passivo Total
Saldos circulante não circulante Consolidado
Em 31 de dezembro de 2005 115.703 1.226.525 1.342.228 Ingressos - 600.000 600.000 Encargos 190.374 - 190.374
Variação monetária 13.436 22.792 36.228 Transferências 720.087 (720.087) -
Amortizações (201.245) - (201.245)
Em 31 de dezembro de 2006 838.355 1.129.230 1.967.585
Encargos 138.112 - 138.112 Variação monetária 3.784 12.302 16.086
Transferências 138.858 (138.858) - Amortizações (947.282) - (947.282)
Em 31 de dezembro de 2007 171.827 1.002.674 1.174.501
a) Debêntures Companhia
1) 4ª Emissão de Debêntures
A emissão em série única de 60 mil debêntures constituiu a quarta emissão simples realizada pela
Companhia, em 1º.09.2006, no valor de R$ 600.000, concluída em 06.10.2006, com subscrição
integral no valor total de R$ 607.899, com prazo de vigência de cinco anos a contar da data de
emissão e vencimento final, em série única, em 1º.09.2011. A espécie das debêntures é simples,
não conversíveis em ações, escriturais, nominativas e sem garantia
A título de remuneração sobre o valor nominal das debêntures, incidirão juros remuneratórios
correspondentes a 104% da taxa Depósitos Interfinanceiros de um dia – DI over, extragrupo,
expressa na forma de percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculada e divulgada diariamente
pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos - Cetip (à taxa DI), calculada de
forma exponencial e cumulativa pro rata temporis por dias úteis decorridos. A remuneração
correspondente ao período de capitalização será devida e paga semestralmente, sendo o primeiro
vencimento em 1º.03.2007 e o último em 1º.09.2011. Não haverá repactuação das debêntures.
Os recursos captados com a distribuição pública das debêntures foram destinados ao
alongamento do perfil da dívida da Emissora, por meio de pagamento de suas obrigações
financeiras, bem como ao reforço de seu caixa. Os recursos provenientes da emissão foram
utilizados na liquidação financeira de 1/3 do valor principal das debêntures da 3ª emissão da
emissora, com vencimento em 1º.02.2007, e na quitação do principal das debêntures da 2ª
emissão da emissora, com vencimento em 1º.03.2007.
2) 3ª Emissão de Debêntures
A emissão em série única de 40 mil debêntures constitui a 3ª emissão de debêntures simples,
concluída em 09.05.2005, com subscrição integral no valor total de R$ 400.000, com prazo de
vigência de 4 anos e vencimento final em 2009, sendo a primeira amortização, de 1/3, em
1º.02.2007, a segunda, de 1/3, em 1º.02.2008 e a terceira, de 1/3, em 1º.02.2009.
A espécie das debêntures é simples, não conversíveis em ações, escriturais e nominativas e com
garantia real. Os recursos foram destinados ao pagamento de títulos emitidos no mercado
internacional (euronotas) pela emissora, em 02.05.1997, cujo vencimento ocorreu em 02.05.2005,
no valor de US$ 150.000.
A garantia dada é a movimentação da conta corrente da Copel Geração e Transmissão com o
Banco do Brasil S.A., na qual serão depositados todos e quaisquer recursos recebidos ou
creditados pela Copel Geração por força dos contratos de comercialização de energia, atuais e
futuros.
A título de remuneração sobre o valor nominal das debêntures, deduzidas as amortizações
realizadas e pagas anteriormente, incidirão juros remuneratórios correspondentes a 115% da taxa
média dos Depósitos Interfinanceiros de um dia - DIs, extragrupo, expressa na forma de
percentual ao ano, base 252 dias úteis, calculada e divulgada diariamente pela Cetip (à taxa DI),
calculada de forma exponencial e cumulativa pro-rata temporis por dias úteis decorridos. A
remuneração correspondente aos períodos de capitalização será devida e paga semestralmente,
sendo o primeiro vencimento em 1º.08.2005 e o último em 1º.02.2009. Não haverá repactuação
das debêntures.
A escritura das debêntures citadas contém cláusulas de vencimento antecipado em determinadas
condições.
b) Debêntures – Copel Distribuição
Emissão de debêntures simples, concluída em 09.05.2002, com subscrição integral no valor total
de R$ 500.000, dividida em 3 séries (R$ 100.000, R$ 100.000 e R$ 300.000, respectivamente),
com prazo de vigência de 5 anos, vencidas e liquidadas em 1º.03.2007.
c) Debêntures – Elejor
O contrato da primeira emissão de debêntures da Elejor foi realizado com a BNDES Participações
S.A. – BNDESPAR, com interveniência da Copel Participações, denominada “Acionista
Garantidora” com a Copel.
Os recursos captados apresentam as seguintes finalidades:
1) Investimentos no Complexo Energético Fundão-Santa Clara, no rio Jordão, no Estado do
Paraná;
2) Investimentos em duas pequenas centrais hidrelétricas, PCH Santa Clara I e PCH Fundão;
3) Pagamento de 50% dos valores aportados entre 1º.07.2004 e 30.09.2004, conforme contrato
de mútuo celebrado em 07.04.2004 com a Acionista Garantidora;
4) Pagamento integral dos aportes de recursos realizados pela Acionista Garantidora no período
de 1º.10.2004 até a data da primeira integralização das debêntures;
5) Pagamento de despesas operacionais inerentes à atividade social da emissora, inclusive
aquisição de energia elétrica para suprimento de compromisso de fornecimento; e
6) Financiamento dos programas socioambientais relacionados à realização dos investimentos
no Complexo Energético Fundão-Santa Clara.
Foram emitidas 1.000 debêntures, sob forma escritural e sem emissão de cautelas ou certificados.
A emissão foi em duas séries, a primeira de 660 e a segunda de 340. As duas séries foram
nominativas, conversíveis em ações ordinárias e preferenciais da classe “C”, a critério dos
debenturistas.
O valor total da emissão foi de R$ 255.626. As debêntures tiveram valor nominal unitário de
R$ 256 na data da emissão, 15.02.2005. As debêntures terão seu valor nominal atualizado
segundo a variação da TJLP.
A primeira série tem vencimento final em 15.02.2015. O período de carência do principal é de 48
meses contados da emissão, a partir do qual a amortização dar-se-á em 24 parcelas trimestrais na
forma da escritura. A primeira amortização ocorrerá em 15.05.2009.
A segunda série tem vencimento final em 15.02.2016. O período de carência do principal é de 60
meses, a partir do qual a amortização dar-se-á em 24 parcelas trimestrais, na forma da escritura.
A primeira amortização ocorrerá em 15.05.2010.
Os juros da primeira e segunda séries serão remunerados segundo a variação da TJLP, acrescido
de um spread de 4% a.a., incidente sobre o saldo devedor das séries. Os juros da primeira série
serão pagos anualmente, nos primeiros 12 meses, contados da data da emissão, e
trimestralmente durante todo o restante do prazo, sendo o primeiro vencimento em 15.02.2006 e o
último em 15.02.2015. Os juros da segunda série serão pagos anualmente nos primeiros 24
meses contados a partir da data de emissão, e trimestralmente durante todo o restante do prazo,
sendo o primeiro em 15.05.2007 e o último em 15.02.2016.
O contrato apresenta as seguintes garantias:
1) Fidejussória (carta de fiança) emitida pela Copel Participações, a qual se obriga como fiadora
e principal pagadora perante os debenturistas;
2) Penhor de direitos emergentes do contrato de concessão: nos termos dos instrumentos
particulares de vinculação de receitas e outras avenças celebrados entre a emissora, o agente
fiduciário e o banco depositário, constituiu-se penhor, em caráter irrevogável e irretratável,
com a devida autorização da Aneel; e
3) Vinculação de receitas e reserva de meios de pagamentos: por instrumento celebrado entre a
emissora, o agente fiduciário e o banco depositário, constituíam-se conta centralizadora e
conta reserva, com vigência até a final liquidação de todas as obrigações deste contrato.
A escritura das debêntures citadas contém cláusulas de vencimento antecipado em determinadas
condições.
22 FORNECEDORES
.
2007 2006
Encargos de uso da rede elétricaUso da rede básica 50.291 45.383 Transporte de energia 3.028 2.728 Uso da conexão 237 213
53.556 48.324 Suprimento de energia elétrica
Eletrobrás (Itaipu) 74.090 71.874 Furnas Centrais Elétricas S.A. 30.849 28.730
Controladora Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf 28.430 16.721 Controladora Energética de São Paulo - Cesp 9.763 9.588 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte 8.834 4.933
Itiquira Energética S.A. 8.468 7.386 Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A. 8.293 6.855 Dona Francisca Energética S.A. 4.567 4.413
Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig 4.052 3.774 Concessionárias - CCEE (NE nº 35) 1.229 1.248 Cia. de Interconexão Energética - Cien - 63.000 Cia. de Interconexão Energética - Cien - NC - 62.862
Outras concessionárias 14.523 12.781 193.098 294.165
Materiais e serviços Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - aquisição de gás pela Compagas 21.031 37.871 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras - repactuação - NC (a) 190.394 170.183 Outros fornecedores 98.825 74.721
Outros fornecedores - NC - 1.167 310.250 283.942
556.904 626.431
Circulante 366.510 392.219
Não circulante - NC 190.394 234.212
Consolidado
a) Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras.
Em 06.03.2006, a Copel assinou acordo com a Petrobras, visando equacionar as pendências
referentes ao contrato de gás para a Usina Termelétrica de Araucária. O acordo consistiu na
assinatura de Contrato de Transação Extrajudicial pelo qual a Copel Geração e Transmissão,
tendo a Copel como devedora solidária, confessou dívida de R$ 150.000 para com a Petrobras,
esta na qualidade de cessionária dos créditos da Compagas junto à Copel Geração, a ser paga
em 60 parcelas mensais, a partir de janeiro de 2010, sendo os valores corrigidos pela taxa Selic.
Em 30.05.2006, a Copel Geração assinou Termo de Ratificação de Quitação Mútua com a
Compagas, no qual as partes dão-se plena, geral, rasa, irrevogável e irretratável quitação mútua
de todas as obrigações e direitos decorrentes do Contrato de Compra e Venda de Gás Natural que
celebraram entre si em 30.05.2000, rescindido em 31.05.2005, nada mais tendo a reclamar uma
contra a outra, a qualquer título, a partir da assinatura do Contrato de Transação Extrajudicial com
Confissão de Dívida que ajustaram juntamente com a Petrobras, com a participação da Copel,
remanescendo a dívida ali confessada pela Copel Geração.
Os impactos contábeis no resultado de 31.12.2006 decorrentes dessa negociação foram os
seguintes:
.
2006.
Custo - matéria prima e insumos p/ produção de energia (estorno) 298.115 Receita financeira - descontos obtidos 283.198
Despesa Financeira - multas contratuais (estorno) 72.731 Efeito tributário (232.706)
Efeito líquido no resultado 421.338
23 FOLHA DE PAGAMENTO E PROVISÕES TRABALHISTAS
.
2007 2006
Folha de pagamentoParticipação nos lucros e/ou resultados (NE nº 31.c) 54.254 52.028 Impostos e contribuições sociais 22.177 16.408 Folha de pagamento, líquida 132 426 Consignações a favor de terceiros 3 2
76.566 68.864 Provisões trabalhistas
Férias 49.390 49.394 Encargos sociais sobre férias e 13º salário 15.533 15.960 Provisões para desligamentos voluntários 4.630 -
69.553 65.354
146.119 134.218
Consolidado
24 ENCARGOS DO CONSUMIDOR A RECOLHER
.
2007 2006Conta de consumo de combustível - CCC 12.642 33.141 Conta de desenvolvimento energético - CDE 14.677 13.258 Reserva global de reversão - RGR 5.403 5.306
32.722 51.705
Consolidado
25 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
A Aneel estabeleceu critérios para aplicação de recursos em Programa de Eficiência Energética –
PEE pelas concessionárias ou permissionárias do serviço público de distribuição de energia
elétrica, de acordo com o regulamento estabelecido por aquela Agência Reguladora. Na mesma
resolução, foi aprovado o Manual do Programa de Eficiência Energética.
A Aneel também aprovou o Manual dos Programas de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
do Setor de Energia Elétrica. Em outubro de 2006, foram estabelecidos critérios e procedimentos
para cálculo, aplicação e recolhimento, pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas, dos
recursos a serem destinados aos projetos de Eficiência Energética e Pesquisa e Desenvolvimento,
bem como ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT e ao
Ministério de Minas e Energia – MME, previstos na Lei nº 9.991/00.
Os saldos constituídos para aplicação em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento e no Programa
de Eficiência Energética são compostos da seguinte forma:
. Saldo em Aplicado e Saldo a Saldo a aplicar
2007 não concluído recolher em projetos
Pesquisa e desenvolvimento - P&DFNDCT 20.157 - 20.157 - MME 10.287 - 10.287 -
P&D - projetos 75.893 15.062 - 60.831 106.337 15.062 30.444 60.831
Programa de eficiência energética - PEE 78.943 22.728 - 56.215
185.280 37.790 30.444 117.046
A mutação dos saldos está apresentada a seguir:
.
Consolidado Constituição Selic Baixas Consolidado 2006 2007
Pesquisa e desenvolvimento - P&DFNDCT 22.058 15.994 - (17.895) 20.157 MME 29.581 7.998 - (27.292) 10.287
P&D - projetos 59.881 15.994 6.126 (6.108) 75.893 111.520 39.986 6.126 (51.295) 106.337
Programa de eficiência energética - PEE 62.796 16.361 5.139 (5.353) 78.943
174.316 56.347 11.265 (56.648) 185.280
26 OUTRAS CONTAS A PAGAR
.
2007 2006
Passivo circulanteEncargo da concessão - outorga Aneel 27.084 29.489
Taxa de iluminação pública arrecadada 16.320 16.796 Compensação financeira - recursos hídricos 13.155 7.073 Devolução - Participação Financeira do Consumidor - (ERD) 12.284 -
Auxílio alimentação/refeição 3.703 - Indenização Comunidade Indígena Apucaraninha 2.240 2.240
Consumidores e revendedores 1.633 5.024 Taxa de fiscalização - Aneel 1.380 1.324 Outras obrigações 7.666 5.820
85.465 67.766
Passivo não circulanteIndenização Comunidade Indígena Apucaraninha 6.720 8.960 Outras obrigações - 1
6.720 8.961
Consolidado
27 PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS
A Companhia responde por diversos processos judiciais de natureza trabalhista, tributária e cível,
perante diferentes tribunais e instâncias. A Administração da Companhia, fundamentada na
opinião de seus assessores legais, mantém provisão para contingências sobre as causas cuja
probabilidade de perda é considerada provável.
Os saldos das provisões para contingências, líquidos dos depósitos judiciais vinculados são os
seguintes:
Consolidado Depósitos Provisão Provisão
Contingências judiciais líquida líquida
2007 2006
Trabalhistas (a) 102.474 (22.382) 80.092 77.321
Regulatórias (b) 2.169 - 2.169 2.083
Cíveis:Fornecedores (c) 49.954 - 49.954 49.074
Cíveis e direito administrativo (d) 15.975 (1.263) 14.712 12.346 Servidões de passagem (e) 16.070 - 16.070 15.011 Desapropriações e patrimoniais (e) 107.083 - 107.083 9.119
Consumidores (f) 6.523 (96) 6.427 11.033 Ambientais (g) 163 - 163 156
195.768 (1.359) 194.409 96.739 Fiscais:
Tributárias (h) 92.488 (26.719) 65.769 46.112 Pasep (i) 14.776 (14.558) 218 218
Cofins (j) 171.613 - 171.613 -
278.877 (41.277) 237.600 46.330
579.288 (65.018) 514.270 222.473
Controladora Depósitos Provisão Provisão
Contingências judiciais líquida líquida
2007 2006
Cíveis (d) 16 - 16 15
Fiscais:Tributárias (h) 61.290 (26.720) 34.570 24.049
Pasep (i) 14.776 (14.558) 218 218 Cofins (j) 171.613 - 171.613 -
247.679 (41.278) 206.401 24.267
247.695 (41.278) 206.417 24.282
As mutações das provisões são as seguintes:
Consolidado Saldo Saldo
Provisão Constituições Reversões Quitações Provisão
2006 2007
Trabalhistas 88.027 57.281 (11.772) (31.062) 102.474
Regulatórias 2.083 86 - - 2.169
Cíveis:Fornecedores 49.074 983 (103) - 49.954 Servidões de passagem 15.011 13.334 (12.266) (9) 16.070
Cíveis e direito administrativo 12.731 6.106 (1.127) (1.735) 15.975 Consumidores 11.065 772 (4.919) (395) 6.523 Desapropriações e patrimoniais 9.119 99.596 (1.632) - 107.083 Ambientais 156 7 - - 163
97.156 120.798 (20.047) (2.139) 195.768 Fiscais:
Tributárias 55.879 40.149 (3.540) - 92.488 Pasep 14.562 214 - - 14.776
Cofins - 171.613 - - 171.613
70.441 211.976 (3.540) - 278.877
257.707 390.141 (35.359) (33.201) 579.288
Controladora Saldo Saldo
Provisão Constituições Reversões Provisão
2006 2007
Cíveis 15 1 - 16
Fiscais:Tributárias 33.816 31.002 (3.528) 61.290
Pasep 14.562 214 - 14.776 Cofins - 171.613 - 171.613
48.378 202.829 (3.528) 247.679
48.393 202.830 (3.528) 247.695
As causas classificadas como de perda possível, estimadas pela Companhia em 31.12.2007,
totalizaram R$ 1.631.096, distribuídas em ações das seguintes naturezas: trabalhistas R$ 40.774;
regulatórias R$ 861.575; cíveis R$ 325.138; e tributárias R$ 403.609. Quanto à ação de natureza
regulatória, referente ao Despacho Aneel nº 288/2002, convém salientar serem boas as chances
de êxito da demanda judicial através da qual a Companhia visa eximir-se do encargo, conforme
opinião de seus assessores jurídicos e o consignado na NE nº 35 destas demonstrações, sob o
título Câmara de Comercialização de Energia - CCEE.
a) Trabalhistas
Referem-se a ações movidas por ex-empregados contra a Companhia, envolvendo cobrança de
horas-extras, periculosidade, adicional de transferência, equiparação/reenquadramento salarial e
outras e, também, ações movidas por ex-empregados de seus empreiteiros (responsabilidade
solidária) e empresas terceirizadas (responsabilidade subsidiária), envolvendo cobrança de
parcelas indenizatórias e outras. Também incluem ações de aposentados (ex-empregados da
Copel) que apresentaram reclamação trabalhista contra a Fundação Copel e causarão,
conseqüentemente, reflexos para a Companhia.
b) Regulatórias
A Companhia está discutindo nas esferas administrativa e judicial notificações do Órgão
Regulador sobre eventuais descumprimentos de normas regulatórias. O principal processo em
andamento no valor de R$ 2.077 refere-se à multa aplicada pela Aneel, por atraso em obra de
transmissão, tendo como probabilidade de perda provável no despacho do processo.
c) Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A.
A Copel Distribuição discute judicialmente a validade de cláusulas e condições do contrato de
compra e venda de energia firmado com as empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio
Salto Natal Energética S.A., ao entendimento de que estabelecem benefícios às empresas
vendedoras, em detrimento do interesse público. Concomitantemente, as vendedoras, depois de
rescindirem o contrato, levaram o conflito para decisão da Câmara de Arbitragem da Fundação
Getúlio Vargas que condenou a Copel a pagar a multa contratual, ao entendimento de que esta
dera causa à rescisão. A Copel pleiteia judicialmente a anulação dessa decisão.
A Administração, em razão da estimativa da probabilidade de perda provável julgada pelos
assessores jurídicos, com base nas informações disponíveis e do estágio atual dos processos,
decidiu por constituir provisão para contingências no valor original da dívida atualizado
monetariamente de acordo com as condições contratuais originais, o qual representa em
31.12.2007 o valor de R$ 49.954.
d) Cíveis e direito administrativo
Ações pleiteando indenização por acidentes com a rede de distribuição de energia elétrica e
acidentes com veículos.
e) Servidões de passagem, desapropriações e patrimoniais
O contencioso patrimonial da Copel é constituído principalmente pelas ações de desapropriações,
que impõem pagamentos a título de indenizações e que são sempre obrigatórias em função de
preceito constitucional que obriga à justa e prévia indenização em dinheiro pelo desapossamento
compulsório de áreas pela Administração Pública.
Ivaí Engenharia de Obras S.A.
Em ação de cobrança proposta pela empresa Ivaí Engenharia de Obras S.A., a Copel foi
condenada a pagar a quantia compensatória de suposto desequilíbrio da equação econômico-
financeira do Contrato D-01, que tinha por objeto a execução de obras de derivação do rio Jordão,
no valor de R$ 180.917. A Copel recorreu e obteve sucesso parcial com a rejeição da cumulação
da taxa Selic com os juros moratórios. A Copel continuará a discutir judicialmente a exigência,
valendo-se dos recursos que o processo lhe assegura.
A Copel, levando em conta a avaliação da sua Diretoria Jurídica, que considera a probabilidade de
perda no valor de R$ 101.904, a contabilizou em Provisões para Contingências Patrimoniais.
f) Consumidores
Ações pleiteando ressarcimento de danos causados em aparelhos eletrodomésticos, indenizações
por dano moral decorrente da prestação do serviço (por exemplo, suspensão do fornecimento) e
ações movidas por consumidores industriais questionando a legalidade da majoração da tarifa de
energia elétrica ocorrida na vigência do Plano Cruzado e pleiteando restituição de valores
envolvidos. A Companhia constituiu provisão tomando por base o diferencial de alíquota, cobrada
dos consumidores industriais, no período de março a novembro de 1986, acrescida de encargos
financeiros, cujos montantes são considerados suficientes.
g) Ambientais
O contencioso ambiental judicial da Copel e de suas Subsidiárias refere-se, basicamente, a ações
civis públicas e ações populares, que têm como finalidade obstaculizar o andamento de
licenciamento ambiental de novos projetos ou a recuperação de áreas de preservação permanente
no entorno dos reservatórios das usinas hidrelétricas utilizadas indevidamente por particulares. Em
caso de eventual condenação, estima-se somente o custo da elaboração de novos estudos
ambientais e o custo de recuperação das áreas de propriedade da Copel.
h) Tributárias
1) Imposto sobre serviços - ISS
As principais discussões referem-se a autuações fiscais lavradas em face da Companhia, por
conta da eventual ausência de retenção do ISS na qualidade de tomadora do serviço contratado
junto à terceiros.
2) Imposto sobre circulação de mercadorias - ICMS
No que tange ao ICMS, a grande maioria das discussões envolvem a propositura de ação judicial
pelos consumidores do Grupo A contra a inclusão da demanda contratada na base de cálculo do
ICMS.
Todavia, em quase todos esses processos, o Judiciário tem excluído a Companhia do pólo
passivo da ação, mantendo apenas o Estado do Paraná como legitimado passivo por responder
por eventual repetição de valores de ICMS cobrados indevidamente, sobre a demanda contratada
de energia.
3) Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana - IPTU
A Companhia discute administrativamente e judicialmente a incidência de IPTU sobre seus bens
vinculados à concessão, ao argumento de que são imunes a impostos. Adicionalmente tem obtido
sucesso em algumas execuções fiscais movidas pelos municípios do Estado do Paraná contra a
Companhia.
4) Contribuições previdenciárias
No que se refere às contribuições previdenciárias, as demandas judiciais e administrativas
envolvem uma gama bastante variada de discussões.
Em síntese, porém, pode-se dizer que a maioria das questões discutidas administrativa ou
judicialmente envolvem a posição da Copel como responsável solidária, por eventual ausência de
recolhimento de contribuições previdenciárias devidas por serviços prestados por terceiros
contratados pela Companhia.
5) Imposto sobre a propriedade territorial rural - ITR
As discussões de ITR envolvem, basicamente, o questionamento da incidência deste tributo sobre
as áreas alagadas decorrentes da construção de usinas hidrelétricas, bem como sobre as áreas
atualmente de posse de assentados por força de programas de reassentamento, também
decorrentes de construção de usinas hidrelétricas.
6) Contribuição de intervenção no domínio econômico – Cide/Fust
A Companhia impugnou administrativamente cinco Notificações de Lançamento lavradas pela
Anatel, pretendendo a cobrança de pretenso débito complementar a título de Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust de janeiro a junho de 2006.
A Companhia (no caso, a Copel Telecomunicações) demonstra que a base de cálculo apurada
para o recolhimento do Fust está correta, de acordo com o contido na legislação, não havendo
falar-se em débito complementar.
i) PIS/Pasep
As contingências com PIS/Pasep encontram-se em discussão na esfera administrativa e estão
suportados por depósitos judiciais.
j) Cofins
A Copel não recolhia a Cofins sobre o faturamento resultante da venda de energia elétrica,
amparada por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, transitada em julgado no dia
18.08.1998, que lhe reconhecera a imunidade prevista na Constituição Federal. A ação rescisória,
proposta pela União em agosto de 2000 foi extinta pelo TRF da 4ª Região, ao fundamento de que
já ocorrera a decadência do direito de propor tal ação. O recurso especial interposto pela União
perante o Superior Tribunal de Justiça não mereceu provimento por aquele Tribunal. Diante disso,
fez-se a reversão da provisão que havia sido constituída, diante do parecer do advogado da causa
que considerava remota a probabilidade de desembolso de importâncias a título de Cofins. No
final do ano passado, todavia, o Superior Tribunal de Justiça, contrariando todas as previsões,
acolheu embargos de declaração da União e, decidindo que não ocorrera a decadência,
determinou o retorno dos autos ao TRF da 4ª Região, para o julgamento da ação rescisória.
Embora a decisão ainda não seja definitiva, pois a Copel dela recorre, o entendimento do
advogado da causa é no sentido de que o risco de perda deixou de ser remoto, passando a ser
provável. Diante disso, a Companhia constituiu provisão correspondente ao montante atualizado,
do principal e acessórios, de R$ 171.613, já excluídos os créditos tributários cuja exigibilidade já
está atingida pela decadência.
28 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
a) Capital social
O capital social integralizado, em 31.12.2007, monta a R$ 4.460.000 e sua composição por ações
(sem valor nominal) e principais acionistas é a seguinte:
Número de ações em unidades
Acionistas Preferenciais "A" Preferenciais "B" Total
% % % %
Estado do Paraná 85.028.598 58,63 - - 13.639 0,01 85.042.237 31,08
BNDESPAR 38.298.775 26,41 - - 27.282.006 21,28 65.580.781 23,97 Eletrobrás 1.530.774 1,06 - - - - 1.530.774 0,56
Custódias em bolsa: Bovespa (1) 15.301.660 10,55 125.588 31,53 69.066.153 53,86 84.493.401 30,87 NYSE (2)
4.311.133 2,97 - 31.657.854 24,69 35.968.987 13,14 Latibex (3) - - - - 87.738 0,07 87.738 0,03
Prefeituras 184.292 0,13 14.711 3,69 - - 199.003 0,08 Outros 375.848 0,25 258.043 64,78 118.563 0,09 752.454 0,27
145.031.080 100,00 398.342 100,00 128.225.953 100,00 273.655.375 100,00 (1) Bolsa de Valores de São Paulo(2) Bolsa de Valores de Nova Iorque(3) Mercado de Valores Latino Americano em Euros, vinculado à Bolsa de Valores de Madrid
Ordinárias
Em 06.08.2007, as ações da Copel foram grupadas à razão de 1.000 para 1 ação, a negociação
em lote padrão de 100 ações e cotação unitária.
Nas Assembléias Gerais, cada ação ordinária dá direito a um voto.
As ações preferenciais classe “A” não possuem direito a voto, porém detêm prioridade no
reembolso do capital e direito ao recebimento de dividendos de 10% ao ano, não cumulativos,
calculados sobre o capital representado pelas ações dessa classe.
As ações preferenciais classe “B” não possuem direito a voto, mas terão prioridade na distribuição
de dividendos mínimos, calculados com base em 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com a
legislação societária e o estatuto da Companhia. Os dividendos assegurados à classe “B” serão
prioritários apenas em relação às ações ordinárias e somente serão pagos à conta dos lucros
remanescentes, depois de pagos os dividendos prioritários das ações preferenciais classe “A”.
De acordo com o artigo 17 e seus parágrafos, da Lei nº 6.404/1976, os dividendos atribuídos às
ações preferenciais são, no mínimo, 10% maiores do que os atribuídos às ações ordinárias.
b) Reservas de capital
.
2007 2006
Doações e subvenções para investimentos 702 702 Conta de resultados a compensar - CRC 790.555 790.555 Incentivos fiscais - Finam 47.083 26.036
838.340 817.293
Controladora
c) Reservas de lucros
.
2007 2006
Reserva legal 323.653 268.323 Reserva para investimentos 1.614.184 1.415.654
1.937.837 1.683.977
Controladora
A reserva legal é constituída com base em 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer
destinação, limitada a 20% do capital social.
A reserva para investimentos visa à cobertura do programa de aplicações de recursos no ativo
permanente da Companhia, conforme o artigo nº 196 da Lei das Sociedades Anônimas. Sua
constituição ocorre mediante retenção do remanescente do lucro líquido do exercício, após a
reserva legal e os juros sobre o capital próprio.
A proposta de distribuição de dividendos é como segue:
.
Controladora
2007 2006
Lucro líquido do exercício 1.106.610 1.242.680 Ajustes de exercícios anteriores - (72.642) Efeitos fiscais na Copel pela opção de juros sobre o capital próprio (68.000) (41.820)
Lucro líquido do exercício sem os efeitos fiscais dos juros sobre o capital próprio 1.038.610 1.128.218 Reserva legal teórica sobre o lucro acima (51.931) (56.411)
Base de cálculo para dividendos mínimos 986.679 1.071.807 Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 246.670 267.952 Imposto de renda retido sobre juros sobre o capital próprio 21.080 12.999 Valor do dividendo mínimo ajustado, calculado considerando o efeito do IRRF 267.750 280.951 Valor excedente ao dividendo mínimo obrigatório - - Remuneração do capital próprio apropriada 200.000 123.000
Distribuição de dividentos 67.750 157.951 Dividendos distribuídos alocados em:Ações ordinárias 135.397 142.132 Ações preferenciais classe "A" 649 566 Ações preferenciais classe "B" 131.704 138.253
Os juros sobre o capital próprio foram contabilizados em despesas financeiras, e, para efeito das
demonstrações, são apresentados como destinação do lucro líquido do exercício. No resultado do
exercício, sua reversão foi efetuada contra rubrica própria em despesas financeiras, conforme
preconiza a CVM.
29 RECEITA OPERACIONAL
.
2007 2006
Fornecimento de energia elétrica Residencial 876.287 847.444 Industrial 985.685 874.809
Comercial, serviços e outras atividades 570.418 524.875 Rural 113.720 109.057 Poder público 82.165 79.042
Iluminação pública 63.518 63.594 Serviço público 61.992 59.660 Parcela de Ajustes de Encargos da Rede (6.105) -
2.747.680 2.558.481 Suprimento de energia elétrica
Contrato de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado - CCEAR (leilão) 721.899 634.884
Contratos bilaterais 515.656 457.843 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE 69.239 158.015 Contratos com pequenas concessionárias 60.801 40.234
1.367.595 1.290.976 Disponibilidade da rede elétrica
Rede elétrica - tarifa de uso do sistema de distribuição - Tusd 3.193.202 3.076.662
Rede básica - tarifa de uso do sistema de transmissão - Tust (a) 141.663 148.570 Rede de conexão 764 182 Parcela de ajustes de encargos da rede (18.666) -
3.316.963 3.225.414 .
Receita de telecomunicações 63.893 58.054 .Distribuição de gás canalizado 244.080 227.081
Outras receitas operacionaisArrendamentos e aluguéis 125.768 40.865 Renda da prestação de serviços 44.900 11.783 Serviço taxado 8.393 7.639
Outras receitas 822 1.033 179.883 61.320
7.920.094 7.421.326
Consolidado
a) Rede básica – tarifa de uso do sistema de transmissão - Tust
As concessionárias de transmissão têm direito a Receita Anual Permitida (RAP), cujo valor inicial e
critérios de reajuste são estipulados no Contrato de Concessão. A Copel Geração e Transmissão
é detentora de dois contratos de concessão que possuem estruturas diferentes de formação de
receita.
O contrato de concessão nº 060/2001 regula a concessão do serviço público de transmissão de
energia elétrica para as instalações denominadas rede básica existente – RBSE, nas resoluções
posteriores expedidas pela Aneel autorizando novas instalações e reforços na rede básica
denominadas RBNI, e para as instalações de conexões e demais instalações de transmissão
denominadas RPC. Esta concessão tem o prazo de 20 anos a contar da data de publicação da Lei
nº 9.074/1995, encerrando-se em 07.07.2015. O presente contrato possui cláusula de revisão
tarifária, porém as receitas RBSE e RPC são blindadas, ou seja, não sofrem alteração até o final
da concessão.
O Contrato de Concessão nº 075/2001 que regula a concessão do serviço público de transmissão
de energia elétrica, outorgada à transmissora por Decreto em 07.08.2001, consiste na implantação
da linha de transmissão de 230 kV, com origem na subestação Bateias, no município de Campo
Largo, e término na subestação Jaguariaíva, suas respectivas entradas de linha e demais
instalações necessárias à operação da linha. O prazo da concessão é de 30 anos contados a
partir da assinatura do contrato, ou seja, finda em 17.08.2031, podendo ser prorrogado por igual
período. Este contrato não possui cláusula de revisão tarifária.
Pelo fato dos investimentos em ativos de transmissão requererem grandes inversões de capital,
possuírem um prazo de concessão em torno de 30 anos e normalmente seus financiamentos
serem amortizados nos primeiros 15 anos, ao calcular a receita anual permitida para um
empreendimento, a Aneel normalmente utiliza o perfil em degrau, ou seja, a receita do décimo
sexto ano até o final do prazo de concessão é exatamente a metade da receita do décimo quinto
ano. Estas receitas são reajustadas anualmente no mês de julho pelo IGPM, da Fundação Getúlio
Vargas.
Conforme constam nos contratos de concessão da Copel Geração e Transmissão acima descritos,
observamos a seguinte estrutura de formação das receitas ao longo do período de concessão,
bem como seus critérios de redução:
Copel Transmissão
Copel Geração e Transmissão
Total
Receita blindada. Não sofre redução até o final da
concessão, em 07.07.2015.
Receita revista na revisão tarifária.RBNI 102.431 Redução de 50% da RAP após o 15º ano da entrada
em operação de cada ativo.
Este item do contrato foi extinto com a cisão total da
Copel Transmissão. Em seu lugar, foi firmado um novocontrato de conexão no valor anual de R$ 12.430, a
ser homologado pela Aneel.
Não sofre revisão tarifária, porém há redução de
50% a partir de 17.08.2016. Final da concessão em
17.08.2031.
3.238 - 3.238 Não há critérios de redução
390.991 18.122 409.113 (1)
(1) NE nº 41: Receita operacional TRA e Disponibilidade da rede elétrica GET, em 2007.
870 10.078
RBSE 52.059
1.052 236.015
075/01 RAP
91.523
RPC 234.963
9.208
Total
Critério de redução
060/01
Outras receitas
Contrato TipoReceita em 2007
10.908
5.292 57.351
30 DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL
.
2007 2006Tributos sobre a receita
ICMS 1.507.882 1.428.729
Cofins 415.162 448.539 PIS/Pasep 91.280 98.775 ISSQN 2.571 1.651
2.016.895 1.977.694 Encargos do consumidor
Conta de consumo de combustível - CCC 179.071 278.052 Conta de desenvolvimento energético - CDE 184.294 165.676 Reserva global de reversão - RGR 61.105 57.927
Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética - P&D e PEE (a) 56.347 52.265 Encargos de capacidade emergencial 92 1.011
Programa de incentivo a novas fontes de energia alternativa - Proinfa 164 86 481.073 555.017
2.497.968 2.532.711
Consolidado
a) Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética
.
Consolidado
2007 2006Programa de pesquisa e desenvolvimento - P&D 15.994 17.409 Fundo nacional de desenvolvimento científico e tecnológico - FNDCT 15.994 17.409
Programa de eficiência energética - PEE 16.360 8.743 Ministério de Minas e Energia - MME 7.999 8.704
56.347 52.265
31 CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS
As composições dos custos e despesas em 2007 e 2006 são as seguintes:
Custos de Despesas Despesas Outras
Natureza dos custos e despesas bens e/ou com gerais e despesas Totalserviços vendas administ. operac. Consolidado
2007
Energia elétrica comprada para revenda (a) (1.429.417) - - - (1.429.417)
Encargos de uso da rede elétrica (b) (514.450) - - - (514.450)
Pessoal e administradores (c) (463.865) (2.263) (183.589) (649.717)
Planos previdenciário e assistencial (d) 14.169 (99) (219) - 13.851
Material (e) (50.308) (1.271) (11.639) - (63.218)
Matéria-prima e insumos para produção de
energia elétrica 8.954 - - - 8.954 Gás natural e insumos para operação de gás (132.726) - - - (132.726)
Serviços de terceiros (f) (161.319) (21.535) (58.088) - (240.942)
Depreciação e amortização (399.387) (18) (22.644) - (422.049)
Provisões e reversões (g) - 3.900 - (246.335) (242.435)
Recuperação de custos e despesas (h) 44.069 7.401 1.688 38 53.196
Outros custos e despesas (i) (55.852) (17.255) (24.339) (98.447) (195.893)
(3.140.132) (31.140) (298.830) (344.744) (3.814.846)
Custos de Despesas Despesas Outras
Natureza dos custos e despesas bens e/ou com gerais e despesas Totalserviços vendas administ. operac. Consolidado
2006
Energia elétrica comprada para revenda (a) (1.439.744) - - - (1.439.744)
Encargos de uso da rede elétrica (b) (534.780) - - - (534.780) Pessoal e administradores (c) (458.955) (2.085) (180.845) (641.885)
Planos previdenciário e assistencial (d) (44.536) (219) (28.255) - (73.010)
Material (e) (54.677) (191) (12.990) - (67.858)
Matéria-prima e insumos para produção de
energia elétrica 280.579 - - - 280.579
Gás natural e insumos para operação de gás (177.702) - - - (177.702)
Serviços de terceiros (f) (145.459) (21.381) (59.939) - (226.779)
Depreciação e amortização (353.047) (24) (19.324) - (372.395)
Provisões e reversões (g) - (65.499) - 146.167 80.668 Recuperação de custos e despesas (h) 35.210 6.282 1.131 21 42.644
Outros custos e despesas (i) (57.570) (235) (30.514) (66.641) (154.960) (2.950.681) (83.352) (330.736) 79.547 (3.285.222)
Despesas Outras
Natureza dos custos e despesas gerais e despesas Total administ. operac. Controladora
2007Administradores (c) (5.621) - (5.621) Plano assistencial (89) - (89)
Material (6) - (6) Serviços de terceiros (f) (5.249) - (5.249) Provisões e reversões (g) - (197.130) (197.130) Recuperação de despesas 196 - 196 Outras despesas (i) (1.281) - (1.281)
(12.050) (197.130) (209.180)
Despesas Despesas Outras
Natureza dos custos e despesas com gerais e despesas Total vendas administ. operac. Controladora
2006Administradores (c) - (5.354) (5.354) Plano assistencial - (73) - (73) Material - (6) - (6) Serviços de terceiros (f) - (8.042) - (8.042) Provisões e reversões (g) (5.408) - 170.956 165.548
Recuperação de despesas - 251 - 251 Outras despesas (i) - (5.752) (183) (5.935)
(5.408) (18.976) 170.773 146.389
a) Energia Elétrica Comprada para Revenda
.
2007 2006
Eletrobrás (Itaipu) 385.359 335.351 Furnas Centrais Elétricas S.A. - leilão 280.608 262.389 Controladora Hidro Elétrica do São Francisco - leilão 256.302 152.604
Cia. de Interconexão Energética - Cien 111.193 227.389 Itiquira Energética S.A. 98.175 87.658 Controladora Energética de São Paulo - leilão 93.949 87.664
Dona Francisca Energética S.A. 51.536 49.638 Câmara de Comercialização de Energia - CCEE 45.100 19.293 Programa de incentivo a novas fontes de energia alternativa - Proinfa 41.363 14.416
Excedente de energia a recuperar - leilão 3.027 6.161 Energia elétrica comprada para revenda - CVA passiva (52.250) 45.204 (-) Repactuação de contratos - Cien (100.862) -
Outras concessionárias - leilão 211.218 145.268 Outras concessionárias 4.699 6.709
1.429.417 1.439.744
Consolidado
b) Encargos de Uso da Rede Elétrica
.
2007 2006Furnas Centrais Elétricas S.A. 106.504 108.352 Cia Transmissora de Energia Elétrica Paulista - Cteep 55.549 51.111
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf 53.814 51.078 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S. A. - Eletronorte 36.490 34.199 Eletrosul Centrais Elétricas S.A. 36.315 34.500
CVA - encargos 22.997 80.142 Encargos dos serviços do sistema - ESS 19.132 10.979
Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig 18.443 19.503 Operador Nacional do Sistema - ONS 17.484 17.140 Novatrans Energia S.A. 17.160 16.985
TSN Transmissora Nordeste Sudeste de Energia S.A. 16.797 16.747 Cia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica S.A. - CEEE 15.188 14.608
Empresa Amazonense de Transmissão de Energia - Eate 14.103 13.815 ATE II Transmissora de Energia S.A. 7.917 - Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A. - Ente 7.474 7.335
Itumbiara Transmissora de Energia Ltda - ITE 7.131 557 Expansion Transmissora de Energia Elétrica S.A. 6.702 6.486
Empresa Transmissora de Energia Oeste Ltda - Eteo 5.942 5.823 STN Sistema de Transmissão Nordeste S.A. 5.926 5.891
Outras concessionárias 47.961 39.529 Parcela ajustes encargos da rede (4.579) -
514.450 534.780
Consolidado
c) Pessoal e Administradores
.
2007 2006 2007 2006
PessoalRemunerações - - 443.906 434.479 Encargos sociais - - 143.115 145.465
- - 587.021 579.944 Auxílio alimentação e educação - - 45.675 42.535
Indenizações trabalhistas - - 8.293 8.063 Participação nos lucros e/ou resultados (1) - - 54.254 52.028
- - 695.243 682.570 (-) Transferências p/ ordens em curso - - (54.174) (49.343)
- - 641.069 633.227 Administradores
Honorários 4.615 4.398 7.250 7.312 Encargos sociais 1.006 956 1.528 1.490
5.621 5.354 8.778 8.802 (-) Transferências p/ ordens em curso - - (130) (144)
5.621 5.354 8.648 8.658
5.621 5.354 649.717 641.885
Controladora Consolidado
1) Participação nos lucros e/ou resultados
Desde 1996 a Companhia implantou o programa de participação dos empregados nos lucros ou
resultados, pago com base em acordo de metas operacionais e financeiras previamente
estabelecidas. O montante dessa participação foi provisionado como segue:
Consolidado
2007 2006
Copel Geração S.A. 13.431 8.791 Copel Transmissão S.A. - 7.844 Copel Distribuição S.A. 37.126 31.903
Copel Telecomunicações S.A. 2.831 2.691 Copel Participações S.A. (consolidado) 866 799
54.254 52.028
Conforme o Ofício Circular CVM/SNC/SEP nº 01/2007, de 14.02.2007, as participações em
resultados não referenciadas nos estatutos devem ser classificadas como custo ou despesa
operacional.
d) Planos Previdenciário e Assistencial
1) Plano de benefício previdenciário
A Companhia e suas controladas patrocinam planos de complementação de aposentadoria e
pensão (Planos Previdenciários I, II e III) e de assistências médicas e odontológicas (Plano
Assistencial) para seus empregados e dependentes legais ativos e pós-emprego.
Os planos previdenciários I e II foram estabelecidos na modalidade de benefício definido (BD)
contributivo e o plano previdenciário III (CV) foi estabelecido na modalidade de contribuição
definida (CV). Na data da aposentadoria o plano de contribuição definida (CV) torna-se uma renda
mensal vitalícia.
As parcelas de custos assumidas pelas patrocinadoras desses planos são registradas de acordo
com avaliação atuarial preparada anualmente por atuários independentes de acordo com as
regras estabelecidas pela Deliberação CVM nº 371/2000. As premissas atuariais e financeiras e
para efeitos da avaliação atuarial são discutidas com os atuários independentes e aprovadas pela
Administração das patrocinadoras.
O fluxo de pagamento das contribuições relativas aos planos previdenciários I e II, até julho de
2007, estava garantido por contrato denominado “Instrumento Particular de Ajuste das Reservas
Matemáticas dos Planos Previdenciários (Básico) e Complementar de Benefícios Previdenciários”,
assinado em 20 de janeiro de 1999. Este contrato possui cláusulas que prevêem a extinção da
obrigação sob determinadas condições. Com base em pareceres legais preparados por
consultores jurídicos externos e internos, a Companhia comunicou à Administração da Fundação
Copel de Previdência e Assistência Social, em 27.07.2007, a cessação dos pagamentos das
contribuições vinculadas a este contrato a partir de agosto de 2007, em face da extinção das
obrigações ali pactuadas.
2) Plano de benefício assistencial
A Companhia e controladas alocam recursos destinados a dar cobertura às despesas de saúde
dos empregados e dependentes, dentro das regras, limites e condições estabelecidas em
regulamentos específicos. Inclui exames médicos periódicos e são estendidos aos aposentados e
pensionistas vitaliciamente.
3) Balanço patrimonial e resultado do exercício
Os valores consolidados reconhecidos no balanço patrimonial na conta de Benefícios Pós-
emprego estão resumidos a seguir:
Plano Plano Total
previdenciário assistencial Consolidado
2007 2006
Plano de benefícios - Planos I e II (BD) - Copel 126.856 361.151 488.007 625.575
Plano de benefícios - Compagas (BD) 241 1.287 1.528 1.193
Subtotal 127.097 362.438 489.535 626.768
Plano de benefícios - Plano III (CV) - empregados 7.162 - 7.162 2.626
134.259 362.438 496.697 629.394
Circulante 42.286 133.635 Não circulante 454.411 495.759
Os valores consolidados reconhecidos no demonstrativo de resultado estão resumidos a seguir:
.
Consolidado
2007 2006
Plano previdenciário - custo periódico pós-emprego (110.345) 29.055
Plano previdenciário (CV) 45.997 23.565
Plano assistencial - pós-emprego 38.746 50.669
Contribuição assistencial 18.330 (24.168) (-) Transferências p/ imobilizado em curso (6.579) (6.111)
(13.851) 73.010
4) Avaliação atuarial de acordo com a Deliberação da CVM nº 371/2000
Premissas atuariais
As premissas atuariais utilizadas para determinação dos valores de obrigações e custos, para
2007 e 2006, são conforme segue:
.
Consolidado
Real Nominal
Econômicas
Inflação - 5,05%Taxa de desconto/retorno esperados 6,00% 11,35%
Crescimento salarial 2,00% 7,15%
Demográficas
Tábua de mortalidade AT - 83
Tábua de mortalidade de inválidos AT - 49Tábua de entrada em invalidez Light
Número de participantes e beneficiários:
Plano Plano
Número de participantes em 2007 previdenciário assistencial
Número de participantes ativos 8.305 8.164
Número de participantes inativos 6.458 6.429
Número de dependentes - 21.319
Total 14.763 35.912
Avaliação atuarial
Plano Plano
Plano de benefícios previdenciário assistencial Consolidado
2007 2006
Obrigações total ou parcialmente cobertas 2.518.605 476.830 2.995.435 2.702.481
Valor justo do plano (3.255.449) (114.392) (3.369.841) (2.927.303)
Subtotal (736.844) 362.438 (374.406) (224.822)
Ganho (perdas) atuariais diferidos 863.941 - 863.941 851.590
Total do passivo líquido 127.097 362.438 489.535 626.768
Total
Na avaliação atuarial dos planos de benefícios definidos é calculado pelo método do crédito
unitário projetado. O ativo líquido do plano de benefícios é avaliado pelos valores de mercado
(marcação a mercado).
A partir do exercício findo em 31.12.2006, a Companhia optou por deixar de diferir os ganhos e
perdas atuariais futuros apurados no plano assistencial, passando a reconhecê-los imediatamente
no resultado do exercício.
Em 31.12.2007, o saldo dos valores acumulados do plano de contribuição variável (CV) monta em
R$ 1.044.835 (R$ 746.459, em 31.12.2006).
Movimentação do passivo atuarial – plano previdenciário
.
Consolidado
2007 2006Valor presente da obrigação atuarial total líquida em 31.12.2006 2.239.135 2.051.510
Custo de serviço 14.279 7.256
Custo dos juros 243.846 369.367
Benefícios pagos (186.308) (172.682)
Ganhos / (perdas) atuariais 207.653 (16.316)
Valor presente da obrigação atuarial total líquida em 31.12.2007 2.518.605 2.239.135
Movimentação do ativo atuarial – plano previdenciário
.
Consolidado
2007 2006Valor justo do ativo do plano em 31.12.2006 2.906.979 2.408.686
Retorno esperado dos ativos 324.401 320.678
Contribuições e aportes 46.645 76.288
Benefícios pagos (186.308) (172.671)
Ganhos (perdas) atuariais 163.732 273.998
Valor justo do ativo do plano em 31.12.2007 3.255.449 2.906.979
Despesa estimada
Os custos (receitas) estimados para 2008 segundo critérios atuariais da Deliberação CVM nº
371/2000, para cada plano, estão demonstrados a seguir:
Plano Plano
previdenciário assistencial Consolidado
2008
Custo do serviço corrente 15.989 1.492 17.481
Custo estimado dos juros 282.252 52.527 334.779 Rendimento esperado do ativo do plano (363.364) (12.372) (375.736) Reduções / liquidações antecipadas 81.558 - 81.558
Contribuições estimadas dos empregados (326) - (326) Amortização de ganhos e perdas (43.097) - (43.097)
(26.988) 41.647 14.659
e) Material
.
2007 2006
Combustíveis e peças para veículos 24.663 24.525 Material para o sistema elétrico 12.892 21.870
Material para cantina 4.315 3.571 Material de expediente 3.318 2.474 Material de construção civil 2.920 2.380 Material de informática 2.527 3.126
Material de segurança 1.973 1.896 Ferramental 1.550 1.312 Material para hotéis e hospedarias 1.446 1.230
Vestuário e uniforme 918 971 Lubrificantes para veículos e equipamentos automotivos 872 820 Outros materiais 5.824 3.683
63.218 67.858
Consolidado
f) Serviços de Terceiros
.
2007 2006 2007 2006Manutenção do sistema elétrico - - 40.841 22.328
Consultoria técnica, científica e administrativa 722 1.861 19.841 26.556
Agentes autorizados e credenciados - - 19.563 18.386 Postais e telegráficos 1 1 18.997 18.796 Processamento e transmissão de dados - - 16.730 21.637
Serviços de apoio administrativo - - 15.164 12.469 Telefone - - 12.757 11.250 Vigilância - - 9.996 8.638
Viagens 146 167 9.866 10.423 Leitura e entrega de faturas - - 7.350 7.175 Treinamentos - 1 6.321 6.271
Atendimento a consumidores - - 5.699 6.165 Serviços em área verde - - 5.427 4.671 Serviços de manutenção civil - - 4.976 7.355
Acesso à comunicação por satélite - - 4.650 - Fretes e carretos - - 4.521 2.945 Limpeza de faixa de servidão - - 4.337 4.108
Poda de árvores - - 4.080 2.907 Manutenção e conservação de veículos - - 4.006 3.795 Auditoria 2.611 2.430 3.391 3.300
Telefonista - - 2.768 2.749 Despesas jurídicas 1.080 3.337 2.202 3.488 Outros serviços 689 245 17.459 21.367
5.249 8.042 240.942 226.779
Controladora Consolidado
g) Provisões e Reversões
.
Controladora Consolidado
2007 2006 2007 2006Provisões para contingências 197.130 (170.956) 246.334 (146.167) PCLD - consumidores e revendedores (NE nº 7) - - (6.275) 58.461 PCLD - serviços de terceiros e outros créditos - 5.408 2.376 7.038
197.130 (165.548) 242.435 (80.668)
h) Recuperação de Custos e Despesas
.
Consolidado
2007 2006Combustíveis p/ prod. energia elétrica - CCC (16.867) (17.359) Custos administrativos (9.599) (8.909)
Arrecadação de faturas baixadas contra PCLD (7.346) (6.282) Consumo próprio de energia (5.609) (5.804) Material elétrico (4.784) (1.512) Encargos de uso do sistema de transmissão (5.328) - Recuperação de custos e despesas diversos (3.663) (2.778)
(53.196) (42.644)
i) Outros Custos e Despesas Operacionais
.
Controladora Consolidado
2007 2006 2007 2006
Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos - - 73.938 39.377 Encargo da concessão - outorga Aneel - - 33.497 26.423 Taxa de fiscalização da Aneel - - 17.246 16.013 Arrendamentos e aluguéis (1) 96 110 10.765 14.802
Créditos incobráveis - RTE (NE nº 6.b) - - 14.169 - Seguros 2 2 7.693 8.940 Doações - lei Rouanet e fundo dos direitos da criança e do adolescente - FIA - - 7.176 11.181 Tributos 35 1.761 7.448 7.351 Energia elétrica - consumo próprio - - 5.596 5.804 Propaganda e publicidade 770 3.484 2.384 12.929
Custos e despesas gerais 378 578 15.981 12.140
1.281 5.935 195.893 154.960
1) Arrendamentos e Aluguéis
.
Consolidado
2007 2006
Imóveis 5.235 5.062 Fotocopiadora 3.447 7.682
Diversos equipamentos 1.523 1.471 Outros 560 587
10.765 14.802
A estimativa de gastos para o exercício de 2008 é basicamente a mesma de 2007, acrescendo-se
apenas os índices de correção contratualmente assumidos, não existindo riscos com relação à
rescisão contratual.
32 RESULTADO FINANCEIRO
.
2007 2006 2007 2006
Receitas financeirasRenda de aplicações financeiras 21.930 18.355 144.357 146.173 Variação monetária sobre repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná (NE nº 9) - - 91.464 43.639
Renda sobre repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná (NE nº 9) - - 76.062 75.397 Acréscimos moratórios sobre faturas de energia - - 46.477 71.867
Juros sobre impostos a compensar 4.664 3.856 15.612 25.633 Remuneração selic - CVA - - 10.553 33.900 Juros e comissões sobre contratos de mútuo 63.718 - - -
Rendimentos s/ oper. com derivativos - 22.423 - 22.423 Descontos obtidos - - - 283.198 Outras receitas financeiras 579 587 11.492 26.973
90.891 45.221 396.017 729.203 (-) Despesas financeiras
Encargos de dívidas 152.370 120.773 230.203 289.101
CPMF 2.317 4.994 42.684 43.109 PIS/Pasep - Cofins s/ juros s/ capital próprio 30.930 34.904 31.132 35.090 Remuneração selic - CVA - - 21.969 24.835
IOF 6.223 2.995 14.831 3.015 Juros sobre P&D e PEE - - 11.269 10.740 Variações monetárias e cambiais 6 1.322 8.431 51.559
Outras despesas financeiras 1.960 9.469 15.255 31.737 193.806 174.457 375.774 489.186
(102.915) (129.236) 20.243 240.017
Controladora Consolidado
33 RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
2007 2006 2007 2006
Equivalência patrimonialCopel Geração e Transmissão S.A. 379.229 74.449 - - Copel Transmissão S.A. 109.105 96.923 - -
Copel Distribuição S.A. 470.744 166.856 - - Copel Telecomunicações S.A. 3.288 4.729 - - Copel Participações S.A. 49.564 7.265 - -
Cia. Paranaense de Gás - Compagas - - 1.347 - Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - - 2.022 - Coligadas (a) - - (5.119) (6.177)
. 1.011.930 350.222 (1.750) (6.177) Dividendos
Copel Geração S.A. - 586.911 - -
Copel Participações S.A. - 2.893 - - Coligadas (a) - - 8.370 3.049
. - 589.804 8.370 3.049
Juros sobre capital próprioCopel Geração e Transmissão S.A. 163.222 188.832 - - Copel Transmissão S.A. 43.711 70.604 - -
Copel Distribuição S.A. 110.716 117.823 - - Copel Participações S.A. 16.543 - - - Coligadas (a) - - 2.175 2.010
. 334.192 377.259 2.175 2.010 Amortização de ágio
Sercomtel S.A. Telecomunicações - - (4.228) (4.228)
Sercomtel Celular S.A. - - (580) (580) Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - - (754) (566) Copel Empreendimentos Ltda. - - (2.346) -
- - (7.908) (5.374) .
. 1.346.122 1.317.285 887 (6.492)
.
Participação em outras sociedades 714 305 714 305
1.346.836 1.317.590 1.601 (6.187)
Controladora Consolidado
a) Coligadas
Lucro líquido / Partic. Juros s/
(prejuízo) Copel Equivalência Dividendos cap. próprio Total
2007 (%) 2007
ColigadasSercomtel S.A. - Telecomunicações 8.773 45,00 (1.310) - - (1.310) Sercomtel Celular S.A. (2.879) 45,00 (3.610) - - (3.610)
Dominó Holdings S.A. 55.221 15,00 (1.367) - 2.175 808 Escoelectric Ltda. 214 40,00 (3.304) - - (3.304) Copel Amec S/C Ltda. 44 48,00 23 - - 23
Dona Francisca Energética S.A. 16.970 23,03 3.908 - - 3.908 Carbocampel S.A. (589) 49,00 (288) - - (288) Braspower International -
Engineering S/C Ltda. 1 49,00 - - - - Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (1) 407 30,00 122 - - 122 Foz do Chopim Energética Ltda. 23.602 35,77 707 8.370 - 9.077
(5.119) 8.370 2.175 5.426 (1) Lucro até 31.08.2007, anterior à aquisição do controle pela Copel Geração.
Lucro líquido / Partic. Juros s/
(prejuízo) Copel Equivalência Dividendos cap. próprio Total
2006 (%) 2006
Coligadas
Sercomtel S.A. - Telecomunicações (6.060) 45,00 (11.712) - - (11.712) Sercomtel Celular S.A. (3.666) 45,00 (2.721) - - (2.721)
Dominó Holdings S.A. 58.980 15,00 6.837 - 2.010 8.847
Escoelectric Ltda. (2.689) 40,00 - - - -
Copel Amec S/C Ltda. 83 48,00 40 - - 40
Dona Francisca Energética S.A. 13.538 23,03 2.023 - - 2.023
Carbocampel S.A. (39) 49,00 (19) - - (19)
Braspower International -
Engineering S/C Ltda. (70) 49,00 - - - -
Centrais Eólicas do Paraná Ltda. (2.077) 30,00 (625) - - (625)
Foz do Chopim Energética Ltda. 8.581 35,77 - 3.049 - 3.049
(6.177) 3.049 2.010 (1.118)
A Companhia vem contabilizando o resultado da avaliação dos investimentos pela equivalência
patrimonial, limitada ao valor de sua participação no investimento.
34 RESULTADO NÃO OPERACIONAL
Controladora
2007 2006 2007 2006
Receitas
Ganhos na alienação de bens e direitos - - 737 770 Ganhos na desativação de bens e direitos - - - 3.585 Outras receitas não operacionais 121 395 128 490
121 395 865 4.845
(-) Despesas
Perdas em estudos e projetos (a) - - 29.878 - Perdas na desativação de bens e direitos - - 13.972 10.083
Equivalência patrimonial - UEG Araucária - - - 16.364 (-) Reversão de provisão para desvalorização de incentivos fiscais (NE nº 17.d) (12.789) - (12.789) - Outras despesas não operacionais - - 913 1.375
(12.789) - 31.974 27.822
12.910 395 (31.109) (22.977)
Consolidado
a) Perdas em estudos e projetos
O saldo de R$ 29.878 refere-se a gastos com estudos de inventários de rios e de viabilidade de
usinas hidrelétricas que não foram aprovados pela Aneel. Conforme estabelece na legislação,
somente os gastos de estudos e projetos aprovados por auditoria técnica da Aneel são passíveis
de ressarcimento.
35 CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA –
CCEE
O MAE foi extinto e suas atividades, seus ativos e passivos foram, em 12.11.2004, absorvidos
pela CCEE, que foi constituída sob forma de pessoa jurídica de direito privado, sob regulação e
fiscalização da Aneel.
Os dados de comercialização de energia elétrica da Copel Distribuição, considerados na
contabilização do MAE, atualmente CCEE, não foram reconhecidos pela Companhia como
efetivos e definitivos para os exercícios de 2000, 2001 e primeiro trimestre de 2002. Esses dados
foram calculados através de critérios e valores que levaram em conta decisões da Agência
Reguladora, sendo objeto de contestação, e tendo a Companhia já encaminhado, pelas vias
administrativas e judiciais, providências contra aquelas decisões.
O pleito da Companhia está embasado substancialmente no fato de a mesma ter efetuado
transações de venda de energia, as quais não deveriam servir de base de cálculo efetuado pelo
Órgão Regulador, para cumprir exclusivamente com contratos com clientes localizados no
mercado da região sudeste. O montante estimado relativo às diferenças de cálculo é de
aproximadamente R$ 860.000 (valor atualizado em 31.12.2007), não reconhecido pela Companhia
no passivo de energia a pagar.
A Administração, suportada por opinião de seus assessores jurídicos, considera como possíveis
as chances de êxito quando da decisão final desses processos judiciais.
a) Renegociação - Contrato Cien
Atendendo prontamente à solicitação do Ministério de Minas e Energia, a Copel comprometeu-se,
em mediação com a presidência da Aneel, a dispensar os 400 MW contratados com a Cien e
dessa forma participar do leilão A-1, a fim de repor a energia liberada. Deste total contratado,
ainda em 2007 será mantido o contrato de Cien com o montante reduzido para 170,625 Mwmed.
A oferta de energia neste leilão foi mínima, de modo que do total declarado, somente 40% da
necessidade informada foi atendida.
Para substituir totalmente o contrato de Cien e ajustar o nível de contratação de janeiro a junho de
2007, a Copel participou dos Mecanismos de Compensação de Sobras e Déficits - MCSD,
declarando déficit, adquirindo o total de 32,625 Mwmed (1).
Para complementação dos contratos para 2008, a Copel participou do leilão de ajuste ocorrido em
setembro de 2007, adquirindo o montante de 23,5 Mwmed (1).
b) Transações correntes no âmbito da CCEE (1)
Os saldos relativos às transações realizadas pela Companhia são os seguintes:
Copel Copel Copel
Geração Distribuição Participações
2007 2006
Ativo circulante (NE nº 6)
Até dezembro de 2006 - - 105 105 29.521
De julho a setembro de 2007 19 - - 19 -
De outubro a dezembro de 2007 2.000 4.743 291 7.034 -
2.019 4.743 396 7.158 29.521
Passivo circulante (NE nº 22)
Até dezembro de 2006 - - - - 1.248
De outubro a dezembro de 2007 787 - 442 1.229 - 787 - 442 1.229 1.248
Consolidado
A movimentação dos valores de energia de curto prazo (CCEE) no exercício de 2007 é
apresentada a seguir:
Valores Valores
a liquidar Liquidação Apropriação a liquidar
2006 2007
Ativo circulanteAté dezembro de 2006 29.521 (28.541) (875) 105
De janeiro a março de 2007 - (3.284) 3.284 - De abril a junho de 2007 - (35.229) 35.229 -
De julho a setembro de 2007 - (22.154) 22.173 19
De outubro a dezembro de 2007 - (358) 7.392 7.034
29.521 (89.566) 67.203 7.158
(-) Passivo circulanteAté dezembro de 2006 1.248 (1.925) 677 -
De janeiro a março de 2007 - (13.950) 13.950 - De abril a junho de 2007 - (31.814) 31.814 -
De julho a setembro de 2007 - (5.307) 5.307 -
De outubro a dezembro de 2007 - (427) 1.656 1.229
1.248 (53.423) 53.404 1.229
Total líquido 28.273 (36.143) 13.799 5.929
(1) Informação não auditada pelos auditores independentes.
36 CONCILIAÇÃO DA PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
A conciliação da provisão para o IRPJ e da CSLL, calculados pela alíquota fiscal, com os valores
constantes da demonstração do resultado é a seguinte:
.
2007 2006 2007 2006
Lucro antes do IRPJ e CSLL 1.047.651 1.335.138 1.598.015 1.814.246 IRPJ e CSLL (34%) (356.201) (453.947) (543.325) (616.844)
Efeitos fiscais sobre:Juros sobre o capital próprio 68.000 41.820 68.000 41.820 Dividendos 243 104 3.088 1.140 Equivalência patrimonial 344.056 319.610 (595) (10.075) Excesso de contribuição previdenciária privada - - - (2.066) Ajustes de exercícios anteriores referentes aos planos previdenciário e assistencial - - - 9.937 Incentivos fiscais 3.197 - 7.932 7.407 Ajuste a valor presente - Compagas - - (736) 2.527 Reversão ativo regulatório - - - 6.922 Outros (336) (45) 5.321 1.554
Efeitos fiscais sobre:
IRPJ e CSLL correntes (2.619) (20.075) (536.168) (499.727) IRPJ e CSLL diferidos 61.578 (72.383) 75.853 (57.951)
Controladora Consolidado
37 INSTRUMENTOS FINANCEIROS
a) Considerações gerais
A utilização de instrumentos financeiros pela Companhia está restrita a Disponibilidades,
Consumidores e revendedores, Contas a Receber de entidades governamentais, Repasse CRC
ao Governo do Estado do Paraná, Empréstimos e financiamentos e Debêntures.
b) Valor de Mercado dos Instrumentos Financeiros
Em 31.12.2007, os valores de mercado dos principais instrumentos financeiros da Companhia
aproximam-se dos valores contábeis, destacando-se:
.
Instrumentos Financeiros
2007 2006
Numerário disponível 1.540.871 1.468.716
Contas a receber de entidades governamentais 303.839 218.805
Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná 1.250.362 1.194.103
Empréstimos e financiamentos 927.952 694.458 Debêntures 1.174.501 1.967.585
Consolidado
c) Fatores de Risco
1) Risco de crédito
O risco de crédito da concessionária surge da possibilidade de perda em que se incorre quando da
incapacidade de pagamento de faturas da venda de energia elétrica. Este risco está intimamente
relacionado com fatores internos e externos à Copel. Para reduzir esse tipo de risco a Companhia
atua na gerência das contas a receber, detectando as classes de consumidores com maior
possibilidade de inadimplência, suspendendo o fornecimento de energia e implementando políticas
específicas de cobrança.
Os créditos de liquidação duvidosa estão adequadamente cobertos por provisão para fazer face a
eventuais perdas na realização destes.
2) Risco de Moeda Estrangeira
Esse risco decorre da possibilidade da perda por conta de flutuações nas taxas de câmbio, que
reduzam saldos ativos ou aumentem saldos passivos captados no mercado em moeda
estrangeira.
A Companhia não celebrou contratos de derivativos para fazer swap contra este risco, mantendo,
porém, trabalho de monitoramento das taxas cambiais, com o objetivo de avaliar a eventual
necessidade de contratação de derivativos para se proteger dos riscos.
3) Risco de Taxa de Juros
Risco de a Companhia incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros, que
aumentem as despesas financeiras relativas aos passivos captados junto ao mercado.
A Companhia não celebrou contratos de derivativos para cobrir este risco, mas vem monitorando
continuamente as taxas de juros de mercado, a fim de observar eventual necessidade de
contratação.
4) Risco de Vencimento Antecipado
Risco proveniente do descumprimento de cláusulas contratuais restritivas, presentes nos contratos
de empréstimos, financiamentos e debêntures da Companhia, as quais, em geral, requerem a
manutenção de índices econômico-financeiros em determinados níveis (covenants financeiros), os
quais são calculados e analisados periodicamente visando a manutenção dos parâmetros
estipulados nos contratos.
5) Risco quanto à escassez de energia
Risco decorrente de possível período de escassez de chuvas, dado que a matriz energética
brasileira está baseada em fontes hidroelétricas de geração, que dependem do volume de água
em seus reservatórios.
Um período prolongado de escassez de chuvas pode reduzir o volume de água em estoque
nestes reservatórios, podendo impactar em perdas devido à redução de receitas quando da
eventual adoção de racionamento energético.
Por outro lado o risco é calculado mensalmente pelo Operador Nacional de Sistema Elétrico –
ONS que, segundo as informações do Plano Mensal de Operação divulgado mensalmente no site
www.ons.org.br, não prevê programa de racionamento para os próximos 2 anos.
6) Risco de não renovação das concessões
A Companhia detém concessões para exploração dos serviços de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica com a expectativa, pela Administração, de que sejam prorrogadas
pelo Ministério das Minas e Energia com subsídios da Aneel. Caso a prorrogação das concessões
não seja deferida pelo poder concedente ou mesmo ocorra mediante a imposição de custos
adicionais para a Companhia (concessão onerosa), os atuais níveis de rentabilidade e atividade
podem ser alterados.
38 TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
A Copel efetuou transações com partes relacionadas não consolidadas, incluindo a venda de
energia elétrica para consumo, cujas tarifas aplicadas são aquelas aprovadas pela Aneel, não
sendo os valores faturados considerados relevantes para fins de divulgação.
Os principais saldos das transações com partes relacionadas no balanço patrimonial são:
.Parte relacionada Natureza da operação
2007 2006
Ativo circulante .
Governo do Estado do Paraná Consumidores e revendedores 50.163 138.009
Serviços executados para terceiros 8.899 12.000
CRC (NE nº 9) 40.509 35.205 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aluguel da planta da UTE Araucária 14.223 -
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Uso do sistema de transmissão da UTE Araucária 5.327 - .
Ativo não circulante .
Governo do Estado do Paraná Consumidores e revendedores 49.717 -
Serviços executados para terceiros 6.805 -
CRC (NE nº 9) 1.209.853 1.158.898 .
Passivo circulante .
BNDES Financ. de máqs. equips., obras, instalações
e serviços (NE nº 20) 6.328 6.418 Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (NE nº 22) 4.567 4.413
Eletrobrás Financiamentos (NE nº 20) 43.101 47.558
Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (NE nº 22) 74.090 71.874 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aquisição de gás para revenda (NE nº 22) 21.031 37.871 .
Passivo não circulante .
BNDES Financiamento de máqs. equips., obras, instalações e serviços (NE nº 20) 19.029 25.725
Eletrobrás Financiamentos (NE nº 20) 272.831 290.141
Eletrobrás Ações da Elejor a serem recompradas (NE nº 20) 94.709 114.469 Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aquisição de gás p/ revenda - repactuação (NE nº 22) 190.394 170.183 .
Consolidado
Os principais saldos das transações com partes relacionadas na demonstração de resultado são:
.
Parte relacionada Natureza da operação2007 2006
Receita operacional
Governo do Estado do Paraná Fornecimento de energia elétrica 94.284 71.044 Receita de telecomunicações 6.000 6.000
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Aluguel da planta da UTE Araucária 79.144 - . .
Energia elétrica comprada p/ revenda
Dona Francisca Energética S.A. Compra de energia elétrica (NE nº 31.a) 51.536 49.638 Eletrobrás (Itaipu) Compra de energia elétrica (NE nº 31.a) 385.359 335.351 . .
Mat. prima e insumos p/ prod. energia
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Gás natural comprado p/ prod. energia elétrica - repactuação - Petrobras (29.903) (298.115)
Gás natural e insumos p/ oper. gás
Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras Gás natural comprado p/ revenda 132.510 177.459 . .
Receitas financeiras
Governo do Estado do Paraná Receita s/ CRC (NE nº 32) 167.526 119.036 Receita s/ faturas renegociadas 7.501 -
. .Despesas financeiras
BNDES Desp. s/ financ. máqs. equips., obras, instal. e serviços 2.398 3.645
BNDESPAR Debêntures - Elejor 27.378 24.686
Eletrobrás Desp. s/ financiamentos 26.390 30.968 Desp. s/ ações da Elejor a serem readquiridas 19.351 13.672 .
Consolidado
Os saldos decorrentes de transações entre a Companhia e suas subsidiárias integrais estão
demonstrados na NE nº 16.
BNDES - A BNDES Participações S.A. - BNDESPAR detém 26,41% das ações ordinárias da
Companhia e tem o direito de indicar dois membros do Conselho da Administração. A BNDESPAR
é subsidiária integral do BNDES, com o qual a Companhia mantém contratos de financiamentos
conforme descritos na NE nº 20.
Dona Francisca Energética S.A. - A Companhia concedeu avais a sua coligada indireta Dona
Francisca Energética S.A. para empréstimos tomados por esta junto ao BNDES (aval solidário) e
ao Bradesco (aval solidário), respectivamente nos montantes, em 31.12.2007, de R$ 38.382 e
R$ 23.237.
Eletrobrás – A Eletrobrás detém 1,06% das ações ordinárias da Companhia, a qual possui
financiamentos com a Eletrobrás, descritos na NE nº 20.
39 SEGUROS
A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros está
demonstrada a seguir. As informações relativas a seguros não foram auditadas pelos auditores
independentes.
Término Consolidado
Apólice da vigência Importância segurada
Riscos nomeados (a) 24/8/2008 1.645.229
Incêndio - imóveis próprios e locados (b) 24/8/2008 273.143
Responsabilidade civil - Copel (c) 24/8/2008 5.780
Responsabilidade civil - Compagas (c) 30/8/2008 3.000
Engenharia - Copel (d) 24/8/2008 apólice por averbação
Transporte nacional e internacional - exportação e importação (e) 24/8/2008 apólice por averbação
Multirrisco - Centrais Eólicas do Paraná (f) 2/5/2008 5.000
Multirrisco - Compagas (g) 10/8/2008 3.953
Multirrisco - Compagas (g) 20/9/2008 500
Automóveis (h) 20/5/2008 valor de mercado
Riscos diversos (i) 24/8/2008 729
Riscos operacionais - Elejor (j) 26/6/2008 147.770
Riscos operacionais - Elejor (j) 25/7/2008 97.656
Riscos operacionais - UEG Araucária (k) 31/5/2008 478.090
Garantia judicial (l) 5/2/2008 7.200 Garantia - performance bond (m) 29/4/2008 15.470
a) Riscos nomeados
Apólice contratada destaca as subestações e usinas, nomeando os principais equipamentos, com
respectivos valores segurados. Possui cobertura securitária básica como incêndio, queda de raios,
explosão de qualquer natureza e cobertura adicional contra possíveis danos elétricos, riscos
diversos, riscos para equipamentos eletrônicos e informática.
b) Incêndio
Imóveis próprios e locados – cobertura para os imóveis e parte dos seus conteúdos. Garante o
pagamento de indenização ao segurado ou proprietário do imóvel, pelos prejuízos em
conseqüência dos riscos básicos de incêndio, queda de raio e explosão de qualquer natureza,
mais a cobertura adicional de vendaval.
c) Responsabilidade civil
Cobertura às reparações por danos involuntários, corporais e/ou materiais e/ou morais causados a
terceiros, em conseqüência das operações comerciais e/ou industriais da Companhia.
d) Riscos de engenharia - Copel
Cobertura dos riscos de instalação, montagem, desmontagem e testes em equipamentos novos,
principalmente em subestações e usinas. Contratada apólice na modalidade por averbação,
conforme a ocorrência e necessidade para cobertura dos riscos na execução de serviços de
engenharia.
e) Seguro de transporte
Garantia por danos causados às mercadorias transportadas por qualquer meio adequado no
mercado interno e durante as operações de importação ou exportação de mercadorias no
mercado externo. Contratada apólice na modalidade por averbação, sendo basicamente utilizado
para o seguro de transporte de equipamentos elétricos, eletrônicos e de telecomunicações.
f) Multirrisco – Centrais Eólicas do Paraná
Apólice que visa dar cobertura securitária aos bens da Centrais Eólicas do Paraná contra
possíveis danos causados por incêndio, raio, explosão, danos elétricos, tumultos, vendaval e
fumaça, bem como também a cobertura de responsabilidade civil de operações.
g) Multirrisco - Compagas
Apólice onde são relacionados os bens da Compagas. Visa dar cobertura securitária contra
possíveis danos causados por incêndio, raio, explosão, danos elétricos, riscos para equipamentos
eletrônicos, vendaval, fumaça, e roubo ou furto qualificado.
h) Seguro de automóveis
Garante as indenizações dos prejuízos sofridos e das despesas incorridas, decorrentes dos riscos
cobertos e relativos à frota de 16 veículos segurados da Compagas. Possui cobertura básica para
os veículos e cobertura adicional de responsabilidade civil facultativa para os danos materiais,
corporais e morais causados a terceiros. As importâncias seguradas para os danos causados a
terceiros são de R$ 150 para danos materiais e R$ 300 para danos pessoais, para cada veículo.
i) Riscos diversos - Copel
Garante as perdas e danos materiais, causados aos bens descritos na apólice, por quaisquer
acidentes decorrentes de causa externa, incluindo os riscos de transladação.
Nesta modalidade de seguro são incluídos os equipamentos elétricos móveis e/ou estacionários,
bem como os equipamentos de informática e eletrônicos, quando em operação nas unidades das
empresas ou quando arrendados ou cedidos a terceiros.
j) Riscos operacionais - Elejor
Garante ao segurado Elejor avarias, perdas e danos materiais de origem súbita, imprevista e
acidental a prédios, mercadorias, matérias-primas, produtos em elaboração e acabados,
embalagens, maquinismos, ferramentas, móveis e utensílios, e demais instalações que constituem
o estabelecimento segurado, além de lucros cessantes.
k) Riscos operacionais – UEG Araucária
Apólice contratada tipo all risks (cobertura de todos os riscos legalmente seguráveis), inclusive
quebra de máquinas, para todo o complexo da Usina Termelétrica a Gás de Araucária.
l) Garantia judicial
Garante a liquidação de sentença transitada em julgado de processos judiciais contra a
Compagas. Possui o mesmo respaldo que a caução em processos judiciais, substituindo os
depósitos judiciais em dinheiro, a penhora de bens e a fiança bancária.
m) Garantia - performance bond
Seguro contratado pelo Consórcio Construtor Complexo Jordão, cujo objeto garante ao segurado,
Elejor, exclusivamente a implantação completa e integral do Complexo Energético Fundão-Santa
Clara, localizado no rio Jordão, nos municípios de Candói e Pinhão, no Paraná, composto pela
Usina Hidrelétrica Santa Clara e Usina Hidrelétrica Fundão, ambas com potência instalada mínima
de 119 MW.
O seguro-garantia é destinado às empresas que, na condição de contratadas, estão obrigadas a
garantir a seus clientes que os contratos firmados, no que se refere a preços, prazos e demais
especificações pactuadas, serão rigorosamente cumpridos. Também os órgãos públicos de
administração direta ou indireta, conforme determinam as Leis nºs 8.666/93 e 8.883/94, podem
receber apólices de seguro como garantia de seus fornecedores de bens, serviços, executantes
de obras e licitantes.
Esta modalidade de seguro tem como objetivo garantir o fiel cumprimento de um contrato. O
seguro-garantia não cobre danos e sim responsabilidades, pelo não cumprimento do contrato,
sendo uma opção de garantia contratual prevista na legislação brasileira e que substitui a carta de
fiança bancária, caução em dinheiro ou títulos da dívida pública.
40 EMPRESAS CONTROLADAS
Apresentamos as demonstrações contábeis, reclassificadas para fins de padronização do plano de
contas, em 31.12.2007 e de 2006, das subsidiárias integrais Copel Geração e Transmissão -
Consolidado (GET), Copel Distribuição (DIS), Copel Telecomunicações (TEL) e Copel
Participações - Consolidado (PAR):
ATIVO
2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006
CIRCULANTE
Disponibilidades 873.711 557.355 - 59.698 314.549 132.854 7.204 237 289.221 169.158
Consumidores e revendedores, líquidos 201.857 149.041 - 48.757 833.179 731.734 - - 29.770 76.939
Serviços executados para terceiros, líquidos 780 620 - 116 17 45 10.850 15.465 - -
Dividendos a receber - - - - - - - 2.767 1.975
Serviços em curso 7.448 4.028 - 3.457 43.895 12.322 - - - 231
Repasse CRC ao Governo do Paraná - - - - 40.509 35.205 - - - -
Impostos e contribuições sociais 13.946 18.813 - 3.515 167.393 186.679 1.475 2.860 5.900 4.453
Conta de compensação da "parcela A" - - - - 67.614 90.048 - - - -
Outros ativos regulatórios - - - - 17.186 3.408 - - - -
Cauções e depósitos vinculados 60.447 22.688 - 2.754 24.244 33.714 - - 57.664 9.409
Outros créditos 16.537 7.830 - 3.033 30.336 26.603 571 625 21.154 9.368
Estoques 4.539 138 - 9.870 44.673 32.333 2.468 8.560 515 543
1.179.265 760.513 - 131.200 1.583.595 1.284.945 22.568 27.747 406.991 272.076
NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo
Consumidores e revendedores, líquidos 6.527 27.109 - - 127.121 81.048 - - 21.239 18.901
Serviços executados para terceiros - - - - - - 7.251 9.586 - -
Repasse CRC ao Governo do Paraná - - - - 1.209.853 1.158.898 - - - -
Impostos e contribuições sociais 79.761 47.861 - 38.742 231.980 213.232 10.360 - 14.614 12.006
Conta de compensação da "parcela A" - - - - 25.478 12.273 - - - -
Outros ativos regulatórios - - - - 5.729 - - - - -
Cauções e depósitos vinculados - - - 5.140 22.423 19.490 - - - -
Depósitos judiciais 27.368 8.124 - 16.937 58.186 67.297 369 100 687 561
Coligadas, controladas e controladora - 368.622 - - - - - - - -
Outros créditos 949 4.354 - 56 5.681 5.546 - - 1.820 1.953
114.605 456.070 - 60.875 1.686.451 1.557.784 17.980 9.686 38.360 33.421
Investimentos 8.610 4.150 - 2.257 2.428 419 - - 208.833 218.465
Imobilizado 3.503.318 2.862.926 - 1.195.446 1.870.602 1.157.613 186.175 183.518 1.272.284 1.312.183
Intangível 10.615 853 - 24.366 26.954 13.418 1.698 1.748 73.318 76.413
Diferido - - - - - - - - 5.227 23.204
3.637.148 3.323.999 - 1.282.944 3.586.435 2.729.234 205.853 194.952 1.598.022 1.663.686
TOTAL DO ATIVO 4.816.413 4.084.512 - 1.414.144 5.170.030 4.014.179 228.421 222.699 2.005.013 1.935.762
TEL PAR - ConsolidadoGET - Consolidado TRA DIS
PASSIVO
2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006
CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos 57.964 52.885 - 16.047 15.771 14.802 - - 6.328 6.418
Debêntures - - - - - 637.329 - - 3.228 15.951
Fornecedores 42.796 46.808 - 4.384 321.545 335.237 3.673 4.050 41.349 59.860
Impostos e contribuições sociais 132.196 93.946 - 13.389 171.217 184.127 1.257 1.452 5.415 3.986
Dividendos a pagar 504.687 644.418 - 60.014 178.319 52.913 - - 25.558 11.718
Folha de pagamento e prov. trabalhistas 36.217 22.527 - 19.921 99.788 82.562 7.445 6.869 2.507 2.247
Benefícios pós-emprego 8.748 25.785 - 24.771 31.569 77.143 1.783 5.768 163 153
Conta de compensação da "parcela A" - - - - 143.436 110.498 - - - -
Outros passivos regulatórios 24.711 - - - 21.765 - - - - -
Encargos do consumidor a recolher 3.970 2.795 - 1.144 28.752 47.766 - - - -
Pesquisa e desenvolv. eficiência energética 31.320 28.019 - 10.737 149.987 133.282 - - 3.973 2.278
Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - - - - 27.084 29.489
Outras contas a pagar 17.856 18.105 - 1.511 50.943 25.016 497 659 968 634
860.465 935.288 - 151.918 1.213.092 1.700.675 14.655 18.798 116.573 132.734
NÃO CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos 280.377 301.684 - 63.771 111.553 98.657 - - 113.738 140.194
Debêntures - - - - - - - - 269.314 262.550
Provisões para contingências 155.131 27.080 - 33.899 147.606 133.317 1.903 842 3.213 3.053
Coligadas e controladas - - - 69.217 683.052 - - - 34.847 511.526
Fornecedores 211.633 189.983 - - - 62.863 - - - 267
Impostos e contribuições sociais 53 - - - 24.818 15.126 - - 7.221 8.957
Benefícios pós-emprego 144.084 112.284 - 100.816 290.421 262.202 18.128 18.772 1.778 1.685
Conta de compensação da "parcela A" - - - - 22.330 52.053 - - - -
Outros passivos regulatórios 11.680 - - - 7.255 - - - - -
Outras contas a pagar 6.720 8.960 - - 5.992 - - - - 1
809.678 639.991 - 267.703 1.293.027 624.218 20.031 19.614 430.111 928.233
RESULT. DE EXERCÍCIOS FUTUROS 592 - - - - - - - - -
PART. ACIONISTAS NÃO
CONTROLADORES 1.236 - - - - - - 231.527 205.906
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social 2.947.018 2.338.932 - 772.389 2.171.928 1.607.168 194.054 187.894 1.098.500 586.975
Reservas de capital - - - - - 701 701 - -
Reservas de lucros 197.424 170.301 - 222.134 491.983 82.118 - - 128.302 81.914
Prejuízos acumulados - - - - (1.020) (4.308) - -
3.144.442 2.509.233 - 994.523 2.663.911 1.689.286 193.735 184.287 1.226.802 668.889
TOTAL DO PASSIVO 4.816.413 4.084.512 - 1.414.144 5.170.030 4.014.179 228.421 222.699 2.005.013 1.935.762
DISGET - Consolidado TRA TEL PAR - Consolidado
Visando possibilitar a análise do resultado por natureza de gasto, os custos e despesas
operacionais estão sendo apresentados de forma agregada:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006
Receita Operacional
Fornecimento de energia elétrica 164.935 133.822 - - 2.582.762 2.404.441 - - 4.099 24.127
Suprimento de energia elétrica 1.276.484 1.161.336 - - 76.221 105.704 - - 239.708 196.719
Disponibilidade da rede elétrica 18.122 - 387.753 429.906 3.207.601 3.090.093 - - - -
Receita de telecomunicações - - - - - 92.799 88.799 - -
Distribuição de gás canalizado - - - - - - - 246.245 237.172
Arrendamentos e aluguéis 245 264 1.168 1.429 46.220 40.146 - - 79.144 -
Outras receitas operacionais 43.028 7.930 2.070 1.393 16.771 14.938 - - 7.165 120
1.502.814 1.303.352 390.991 432.728 5.929.575 5.655.322 92.799 88.799 576.361 458.138
Deduções da receita operacional (200.774) (184.540) (36.660) (48.587) (2.179.293) (2.215.540) (14.148) (12.185) (67.093) (71.859)
Receita Operacional Líquida 1.302.040 1.118.812 354.331 384.141 3.750.282 3.439.782 78.651 76.614 509.268 386.279
Custos e Despesas Operacionais
Energia elétrica comprada para revenda (59.855) (69.324) - - (1.557.785) (1.538.928) - - (36.595) (4.275)
Encargos de uso da rede elétrica (185.030) (187.154) - - (601.228) (631.850) - - (25.268) (10.365)
Pessoal e administradores (111.744) (101.909) (74.606) (85.514) (416.529) (410.185) (28.716) (27.195) (12.718) (12.019)
Planos previdenciário e assistencial 16.679 (10.823) 245 (9.594) (1.646) (48.534) (226) (2.806) (1.112) (1.180)
Material (8.881) (8.581) (4.665) (3.819) (48.324) (53.688) (950) (1.321) (546) (443)
Matéria-prima e insumos - prod. energia 10.673 270.461 - - - - - - (7.571) -
Gás natural e insumos - operações de gás - - - - - - - - (132.726) (177.702)
Serviços de terceiros (48.135) (51.804) (15.632) (17.291) (185.054) (173.010) (11.263) (6.541) (21.198) (8.787)
Depreciação e amortização (106.102) (103.088) (43.242) (40.987) (171.380) (157.853) (28.243) (26.938) (73.082) (43.529)
Provisões e reversões (2.209) 23.637 (5.286) (14.397) (33.877) (93.337) (3.503) (784) (430) -
Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - - - - - (33.497) (26.423)
Recuperação de custos e despesas 25.348 18.749 383 387 29.449 27.059 38 21 50 58
Outros custos e despesas operacionais (100.711) (58.438) (6.712) (8.653) (39.834) (55.811) (2.416) (3.301) (12.451) (842)
(569.967) (278.274) (149.515) (179.868) (3.026.208) (3.136.137) (75.279) (68.865) (357.144) (285.507)
Resultado das Atividades 732.073 840.538 204.816 204.273 724.074 303.645 3.372 7.749 152.124 100.772
Resultado Financeiro
Receitas financeiras 82.110 395.132 10.649 8.428 256.390 292.835 2.088 923 30.902 17.025
Despesas financeiras (51.639) (64.867) (4.126) (17.708) (148.386) (208.656) (473) (2.745) (54.356) (51.087)
30.471 330.265 6.523 (9.280) 108.004 84.179 1.615 (1.822) (23.454) (34.062)
Resultado de Particip. Societárias - - - - - - - - 950 (6.492)
Resultado Operacional 762.544 1.170.803 211.339 194.993 832.078 387.824 4.987 5.927 129.620 60.218
Resultado Não Operacional (29.805) (319) (2.659) (794) (11.469) (6.201) (81) (64) (5) (15.994)
Lucro antes da Tributação 732.739 1.170.484 208.680 194.199 820.609 381.623 4.906 5.863 129.615 44.224
Imposto de renda e contrib. social (182.592) (321.734) (61.894) (36.869) (246.293) (97.723) (3.140) (965) (39.630) (22.361)
Imposto de renda e contrib. social diferidos (7.633) 1.442 6.030 10.197 7.144 779 1.522 (169) 7.212 2.183
Part. acionistas não controladores (63) - - - - - - - (31.090) (13.888)
Lucro Líquido do Exercício 542.451 850.192 152.816 167.527 581.460 284.679 3.288 4.729 66.107 10.158
TEL PAR - ConsolidadoGET - Consolidado TRA DIS
41 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO SEGREGADO POR EMPRESA
Visando possibilitar a análise do resultado por natureza de gasto, os custos e despesas
operacionais estão sendo apresentados de forma agregada. A demonstração da Holding
representa o resultado de suas atividades, desconsiderando a receita de equivalência patrimonial
das controladas.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO GET PAR
Consolidado ConsolidadoReceita Operacional
Fornecimento de energia elétrica 164.935 - 2.582.762 - 4.099 - (4.116) 2.747.680
Suprimento de energia elétrica 1.276.484 - 76.221 - 239.708 - (224.818) 1.367.595 Disponibilidade da rede elétrica 18.122 387.753 3.207.601 - - - (296.513) 3.316.963 Receita de telecomunicações - - - 92.799 - - (28.906) 63.893
Distribuição de gás canalizado - - - - 246.245 - (2.165) 244.080 Arrendamentos e aluguéis 245 1.168 46.220 - 79.144 - (1.009) 125.768 Outras receitas operacionais 43.028 2.070 16.771 - 7.165 - (14.919) 54.115
1.502.814 390.991 5.929.575 92.799 576.361 - (572.446) 7.920.094
Deduções da receita operacional (200.774) (36.660) (2.179.293) (14.148) (67.093) - - (2.497.968)
Receita Operacional Líquida 1.302.040 354.331 3.750.282 78.651 509.268 - (572.446) 5.422.126
Custos e Despesas Operacionais
Energia elétrica comprada p/ revenda (59.855) - (1.557.785) - (36.595) - 224.818 (1.429.417) Encargos de uso da rede elétrica (185.030) - (601.228) - (25.268) - 297.076 (514.450)
Pessoal e administradores (111.744) (74.606) (416.529) (28.716) (12.718) (5.621) 217 (649.717) Planos previdenciário e assistencial 16.679 245 (1.646) (226) (1.112) (89) - 13.851 Material (8.881) (4.665) (48.324) (950) (546) (6) 154 (63.218)
Matéria-prima e insumos - prod. energia 10.673 - - - (7.571) - 5.852 8.954 Gás natural e insumos - oper. de gás - - - - (132.726) - - (132.726) Serviços de terceiros (48.135) (15.632) (185.054) (11.263) (21.198) (5.249) 45.589 (240.942)
Depreciação e amortização (106.102) (43.242) (171.380) (28.243) (73.082) - - (422.049) Provisões e reversões (2.209) (5.286) (33.877) (3.503) (430) (197.130) - (242.435)
Encargo da concessão - outorga Aneel - - - - (33.497) - - (33.497) Recuperação de custos e despesas 25.348 383 29.449 38 50 196 (2.268) 53.196 Outros custos e despesas operacionais (100.711) (6.712) (39.834) (2.416) (12.451) (1.281) 1.009 (162.396)
(569.967) (149.515) (3.026.208) (75.279) (357.144) (209.180) 572.447 (3.814.846)
Resultado das Atividades 732.073 204.816 724.074 3.372 152.124 (209.180) 1 1.607.280
Resultado Financeiro
Receitas financeiras 82.110 10.649 256.390 2.088 30.902 90.891 (77.013) 396.017 Despesas financeiras (51.639) (4.126) (148.386) (473) (54.356) (193.806) 77.012 (375.774)
30.471 6.523 108.004 1.615 (23.454) (102.915) (1) 20.243
Resultado de Particip. Societárias - - - - 950 714 (63) 1.601
Resultado Operacional 762.544 211.339 832.078 4.987 129.620 (311.381) (63) 1.629.124
Resultado Não Operacional (29.805) (2.659) (11.469) (81) (5) 12.910 - (31.109)
Lucro (Prejuízo) antes da Tributação e Part. Acionistas Não Controladores 732.739 208.680 820.609 4.906 129.615 (298.471) (63) 1.598.015
Imposto de renda e contribuição social (182.592) (61.894) (246.293) (3.140) (39.630) (2.619) - (536.168)
Imp. renda e contrib. social diferidos (7.633) 6.030 7.144 1.522 7.212 61.578 - 75.853 Part. acionistas não controladores (63) - - - (31.090) - 63 (31.090)
Lucro (Prejuízo) Líquido do Período 542.451 152.816 581.460 3.288 66.107 (239.512) - 1.106.610
Eliminações ConsolidadoTEL HoldingTRA DIS
42 ALTERAÇÃO DA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA BRASILEIRA
Em 28.12.2007, foi promulgada a Lei nº 11.638, que altera, revoga e introduz novos dispositivos à
Lei das Sociedades por Ações, notadamente em relação ao capítulo XV, sobre matéria contábil,
que entra em vigor a partir do exercício que se inicia em 1º.01.2008. Essa Lei teve, principalmente,
o objetivo de atualizar a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de
convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas
internacionais de contabilidade (IFRS) e permitir que novas normas e procedimentos contábeis
sejam expedidos pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM em consonância com os padrões
internacionais de contabilidade.
Algumas alterações devem ser aplicadas a partir do início do próximo exercício, enquanto outras
dependem de regulamentação por parte dos órgãos reguladores.
As principais modificações que poderão afetar a Companhia podem ser sumariadas como segue:
1) Substituição da demonstração das origens e aplicações de recursos pela demonstração dos
fluxos de caixa.
2) Criação de um novo subgrupo de contas, denominado ajustes de avaliação patrimonial, no
patrimônio líquido, para permitir o registro de determinadas avaliações de ativos a preços de
mercado, principalmente instrumentos financeiros; o registro de variação cambial sobre
investimentos societários no exterior avaliados pelo método de equivalência patrimonial (até
31 de dezembro de 2007 essa variação cambial era registrada no resultado do exercício); e os
ajustes dos ativos e passivos a valor de mercado, em razão de fusão e incorporação ocorrida
entre partes não relacionadas que estiverem vinculadas à efetiva transferência de controle.
3) Revogação da possibilidade de registrar doações e subvenções para investimento (incluindo
incentivos fiscais) diretamente como reservas de capital em conta de patrimônio líquido. Isso
significa que as doações e as subvenções para investimento passarão a ser registradas no
resultado do exercício. Para evitar a distribuição como dividendos, o montante das doações e
subvenções poderá ser destinado, após transitar pelo resultado, para reserva de incentivos
fiscais.
4) Requerimento de que os ativos e passivos da Companhia a ser incorporada, decorrentes de
transações que envolvam incorporação, fusão ou cisão entre partes independentes e
vinculadas à efetiva transferência de controle, sejam contabilizados pelo seu valor de
mercado.
Em razão de essas alterações terem sido recentemente promulgadas e algumas ainda
dependerem de regulamentação por parte dos órgãos reguladores para serem aplicadas, a
Administração da Companhia ainda não conseguiu avaliar todos os efeitos que referidas
alterações poderiam resultar em suas demonstrações financeiras e nos resultados dos exercícios
seguintes.
43 EVENTO SUBSEQÜENTE
Em 14.01.2008, a Companhia, através de sua Subsidiaria Integral Copel Participações S.A.,
passou a deter 45% de capital social da Dominó Holdings S.A., ao adquirir os 30% que pertenciam
à Sanedo Participações Ltda, pagando a esta, a quantia de R$ 110.226, gerando um deságio
aproximado de R$ 71.350. O fundamento econômico da aquisição é a perspectiva do resultado
futuro do negócio.
ANEXO I - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
2007 2006 2007 2006
Fluxos de caixa das atividades operacionaisLucro líquido do exercício 1.106.610 1.242.680 1.106.610 1.242.680
Ajustes para a reconciliação do lucro líquido do exercício com a geração de caixa das atividades operacionais:
Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa - - (4.353) 65.607 Depreciação e amortização - - 422.049 372.395 Variações monetárias e cambiais não realizadas - líquidas 66.461 219.316 81.919 227.854 Equivalência patrimonial (1.346.122) (1.317.285) 1.750 1.118 Imposto de renda e contribuição social diferidos (61.578) 82.245 (75.853) 123.079 Parcela de ajustes de encargos da rede - líquidos - - 42.496 - Variações na conta de compensação da "parcela A" - líquidas - - 797 40.962 Repactuação de contratos - Cien - - (62.862) - Reversão de provisão para desvalorização de incentivos fiscais (12.789) - (12.789) - Provisões (reversões) no passivo não circulante 197.992 (170.956) 248.385 (46.837) Baixas de ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - - 46.226 Baixas de investimentos - - 2.240 - Resultado e baixa na alienação de bens do imobilizado, intangível e diferido - - (737) - Baixas de imobilizado - líquidas - - 29.878 14.721 Baixas de intangível e diferido - líquidas - - 13.972 126 Baixas de outros ativos não circulantes - - - 84 Amortização de ágio em investimentos e intangíveis - - 7.908 5.374 Participação de acionistas não controladores - - 31.090 13.888
Redução (aumento) dos ativosConsumidores e revendedores - - (77.696) (145.109) Serviços executados para terceiros, líquidos - - (5.066) (6.400) Dividendos recebidos 429.857 413.933 9.797 15.376 Serviços em curso - 1.060 (31.305) (7.906) Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná - - 111.267 31.038 Impostos e contribuições sociais (10.063) (7.561) 74.441 (81.466) Conta de compensação da "parcela A" - - - 63.259 Ativo regulatório - PIS/Pasep e Cofins - - 3.408 (9.432) Outros ativos regulatórios - - - 47.283 Cauções e depósitos vinculados 32.482 (35.288) (41.308) (60.107) Depósitos judiciais (3.693) (9.768) (9.900) (30.778) Estoques - - (751) (14.854) Outros créditos (6) 39.706 (21.860) 29.953
Aumento (redução) dos passivosEmpréstimos e financiamentos - juros incorridos e pagos - - (75.260) (75.451) Debêntures - juros incorridos e pagos (196.207) (161.554) (229.544) (201.245) Fornecedores 566 286 (25.976) (725.037) Impostos e contribuições sociais (15.901) (62.426) (52.618) (70.895) Folha de pagamento e provisões trabalhistas 70 (4) 11.901 25.892 Benefícios pós-emprego 8 13 (125.425) (126.745) Conta de compensação da "parcela A" - - - 177 Encargos do consumidor a recolher - - (18.983) 33.960 Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética - - 10.964 35.339 Outras contas a pagar - (36.460) (17.151) 12.350 Participação de acionistas não controladores - - (5.469) 113.703
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 187.687 197.937 1.315.966 960.182 (continua)
Controladora Consolidado
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
(continuação)
2007 2006 2007 2006Fluxos de caixa das atividades de investimento
Empréstimos concedidos a partes relacionadas - (13.006) - - Aquisição do controle da UEG Araucária - líquida do caixa adquirido - - - (426.306) Aquisição do controle da Centrais Eólicas do Paraná - líquida do caixa adquirido - - (1.393) - Adições em participações societárias e outros investimentos (5.836) (604.743) (12.953) (108.240) Adições no imobilizado - - (516.142) (567.778) Participação financeira do consumidor - - 48.580 43.489 Adições no intangível - - (4.406) (5.747) Adições no diferido - - (341) (145) Venda de bens do ativo imobilizado - - 6.652 -
Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (5.836) (617.749) (480.003) (1.064.727)
Fluxos de caixa das atividades de financiamentoEmpréstimos e financiamentos obtidos 329.600 - 346.592 16.937 Debêntures - emissões - 600.000 - 600.000 Empréstimos obtidos junto a partes relacionadas 5.382 476.565 - - Amortizações de principal de empréstimos e financiamentos - - (99.853) (57.445) Amortizações de principal de debêntures (717.738) - (717.738) - Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos (292.323) (122.922) (292.809) (117.997)
Caixa líquido gerado (utilizado) pelas atividades de financiamento (675.079) 953.643 (763.808) 441.495
TOTAL DOS EFEITOS NO CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA (493.228) 533.831 72.155 336.950
Saldo inicial de caixa e equivalentes a caixa 549.414 15.583 1.468.716 1.131.766 Saldo final de caixa e equivalentes a caixa 56.186 549.414 1.540.871 1.468.716
Variação no caixa e equivalentes a caixa (493.228) 533.831 72.155 336.950
Controladora Consolidado
ANEXO II - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
NE
2007 2006 2007 2006
Receitas Venda de energia, serviços e outras receitas 29 - - 7.920.094 7.421.326 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 31-g - (5.408) (3.899) (65.499) Resultado não operacional 34 12.910 395 (31.109) (22.977)
Total 12.910 (5.013) 7.885.086 7.332.850
( - ) Insumos adquiridos de terceiros Energia elétrica comprada para revenda 31-a - - 1.429.417 1.439.744 Encargos de uso da rede elétrica ( - ) ESS 31-b - - 495.318 523.801 Material, insumos e serviços de terceiros 5.255 8.048 295.206 14.058 Gás natural e insumos para oper. gás - - 132.726 177.702 Encargos de capacidade emergencial e Proinfa 30 - - 256 1.097 Outros insumos 198.084 (167.143) 271.836 (111.394)
Total 203.339 (159.095) 2.624.759 2.045.008
( = ) VALOR ADICIONADO BRUTO (190.429) 154.082 5.260.327 5.287.842
( - ) Depreciação e amortização - - 422.049 372.395
( = ) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (190.429) 154.082 4.838.278 4.915.447
( + ) Valor adicionado transferidoReceitas financeiras 32 90.891 45.221 396.017 729.203 Resultado de participações societárias 33 1.346.836 1.317.590 1.601 (6.187)
Total 1.437.727 1.362.811 397.618 723.016
VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 1.247.298 1.516.893 5.235.896 5.638.463
Controladora Consolidado
Demonstração do Valor Adicionado
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006
(Valores expressos em milhares de reais)
(continuação)
NE
2007 % 2006 % 2007 % 2006 %
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO :
Pessoal Remunerações e honorários 31-c 4.615 4.398 451.156 441.791 Planos previdenciário e assistencial 31-d 89 73 (13.851) 73.010 Auxílio alimentação e educação 31-c - - 45.675 42.535 Encargos sociais - FGTS 234 213 31.994 33.614 Indenizações trabalhistas 31-c - - 8.293 8.063 Participação nos lucros e/ou resultados 31-c - - 54.254 52.028 Transferências para imobilizado em curso 31-c - - (54.304) (49.487)
Total 4.938 0,4 4.684 0,3 523.217 10,0 601.554 10,7
Governo Federal (49.613) 102.854 1.729.045 1.887.272 Estadual 1 97 1.513.380 1.432.512 Municipal - - 3.530 2.693
Total (49.612) (4,0) 102.951 6,8 3.245.955 62,0 3.322.477 58,9
Financiadores Juros e multas 185.266 166.468 318.259 443.062 Arrendamentos e aluguéis 31-i 96 110 10.765 14.802
Total 185.362 14,9 166.578 11,0 329.024 6,3 457.864 8,1
Acionistas Part.de acionistas não controladores - - 31.090 13.888 Remuneração do capital próprio 28-c 200.000 123.000 200.000 123.000 Dividendos propostos 28-c 67.750 157.951 67.750 157.951 Lucros retidos na empresa * 838.860 961.729 838.860 961.729
Total 1.106.610 88,7 1.242.680 81,9 1.137.700 21,7 1.256.568 22,3
1.247.298 100,0 1.516.893 100,0 5.235.896 100,0 5.638.463 100,0
* Destinados para as reservas do ano (Legal e de Retenção de lucros p/ investimentos) e ajuste de exercícios anteriores, conforme DMPL.
Valor adicionado ( médio ) por empregado 629 706 Taxa de contribuição do patrimônio líquido - % 72,4 88,4 Taxa de geração de riqueza - % 42,4 47,2 Taxa de retenção de riqueza - % 16,6 17,3
Controladora Consolidado
As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações contábeis.
199
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos
Administradores da
Companhia Paranaense de Energia – COPEL
Curitiba – PR
1. Examinamos os balanços patrimoniais, individual (controladora) e consolidado, da
Companhia Paranaense de Energia - COPEL e controladas, levantados em 31 de dezembro de
2007 e de 2006, e as respectivas demonstrações, individuais e consolidadas, do resultado,
individual e consolidada, e das mutações do patrimônio líquido (controladora) e das origens e
aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a
responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião
sobre essas demonstrações contábeis.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e
compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o
volume das transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e
controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam
os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas
contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e controladas, bem
como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira individual e
consolidada da Companhia Paranaense de Energia – COPEL em 31 de dezembro de 2007 e de
2006, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido (controladora) e as
origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitir parecer sobre as
demonstrações contábeis básicas tomadas em conjunto. As demonstrações individuais e
consolidadas do fluxo de caixa e do valor adicionado contidas, respectivamente, nos Anexos I e II,
são apresentadas para propiciar informações suplementares sobre a Companhia e controladas, e
Deloitte Touche Tohmatsu
não são requeridas como parte integrante das demonstrações contábeis básicas, de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações dos fluxos de caixa e do valor
adicionado foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos no parágrafo 2 e,
em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os aspectos relevantes, em
relação às demonstrações contábeis básicas dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e
de 2006, tomadas em conjunto.
Curitiba, 13 de março de 2008
DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Iara Pasian
Auditores Independentes Contadora
CRC nº 2 SP 011609/O-8 F-PR CRC nº 1 SP 121517/O-3 S/PR
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
201
RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA
O Comitê de Auditoria da Companhia Paranaense de Energia – Copel, de acordo com calendário
anual de reuniões, previamente discutido e aprovado por seus membros, realizou reuniões
ordinárias bimestrais; reuniões trimestrais e conjuntas com o Conselho Fiscal, para análise das
demonstrações financeiras da Companhia; e mensais com as diretorias, auditores independentes
e a auditoria interna para abordagem de assuntos no seu âmbito de atuação e para análise de
outros assuntos de sua competência.
A atuação do Comitê no ano de 2007 foi focada na avaliação dos sistemas controles internos e
administração de riscos; na análise dos trabalhos da Auditoria Externa - Deloitte Touche
Tohmatsu, quanto aos seus resultados e quanto às demonstrações contábeis e relatórios
financeiros; na análise dos aspectos que envolvem o processo de preparação dos balancetes e
balanços, das notas explicativas e dos relatórios financeiros publicados em conjunto com as
demonstrações contábeis consolidadas; no exame das práticas relevantes utilizadas pela Copel na
elaboração das demonstrações contábeis; e na análise e acompanhamento dos trabalhos da
Auditoria Interna, com a finalidade de aperfeiçoamento de seu desempenho.
No exercício de suas atividades regulamentares, dentre outras, destacaram-se:
a) Apreciação e aprovação dos resultados e das informações financeiras relativas ao
primeiro, segundo, terceiro e quarto trimestres de 2007;
b) Acompanhamento da evolução do orçamento da Companhia, com a verificação das
flutuações de maior relevo;
c) Revisão das demonstrações financeiras e da sua forma de elaboração e de apresentação;
d) Acompanhamento da contratação de empresa para prestação de serviços de auditoria
independente e da contratação de empresa para prestação de serviços relativos a consultoria em
contabilidade nos padrões do USGAAP;
e) Acompanhamento e supervisão do trabalho da Auditoria Interna da Companhia;
f) Acompanhamento da revisão dos métodos alternativos de tratamento contábil, relativos a
informações contábeis e financeiras;
g) Acompanhamento da revisão das políticas de avaliação e administração de riscos da
Companhia;
h) Análise e apreciação do Balanço Patrimonial relativo ao exercício de 2006;
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
i) Aprovação da proposta da Diretoria para aumento do Capital Social mediante a
incorporação de reservas;
j) Apreciação das principais atividades da Presidência e das Diretorias de Gestão
Corporativa, de Distribuição, Jurídica, de Finanças e de Relações com Investidores; e de Geração
e Transmissão de Energia e de Telecomunicações;
k) Análise e discussão sobre os questionamentos ou fiscalizações relevantes de autoridades
governamentais ou regulamentares;
l) Análise, acompanhamento e aprovação do Regimento Interno da Auditoria Interna e de
seu Planejamento para o ano de 2007;
m) Acompanhamento das denúncias realizadas à Ouvidoria através do Canal de
Comunicação Confidencial, bem como acompanhamento das ações realizadas pela Ouvidoria
com relação à automatização e divulgação desse Canal;
n) Acompanhamento das negociações do dissídio salarial e do Acordo da PLR - Participação
nos Lucros ou Resultados;
o) Aprovação do Relatório 20-F;
p) Análise e acompanhamento de relatórios oriundos dos trabalhos da Auditoria,
q) Acompanhamento dos trabalhos da Auditoria Independente;
r) Verificação das recomendações feitas pela empresa de Auditoria Independente e pela
Auditoria Interna da Copel e, também, das feitas pelo próprio Comitê de Auditoria;
s) Acompanhamento dos resultados das avaliações do processo de melhoria dos controles
internos para atendimento dos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley, apresentados pela Auditoria
Externa;
t) Realização de reuniões, da Presidenta com os Diretores, para tratar e/ou esclarecer
diversos assuntos, e acompanhamento dos demais membros nas reuniões nas quais foram
solicitados para tal; e
u) Aprovação da agenda e pautas de reuniões para o ano de 2008.
Na apreciação do Comitê, a forma e as ações adotadas para monitorar os sistemas de controles
internos e administração de riscos, em seus aspectos relevantes, estão bem estabelecidos e
adequadamente direcionados, não tendo sido detectadas exceções relevantes que possam
impactar sua efetividade. Foram detectadas apenas exceções de menor relevância, sendo que as
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
mesmas estão sendo trabalhadas, buscando melhoria da qualidade das informações contábeis,
eliminação de riscos e fortalecimento do sistema de controle interno como um todo.
Com base nos exames e nas informações fornecidas pela Deloitte, o Comitê atesta a objetividade
e a independência dos Auditores Externos, vez que não identificou situações que pudessem afetá-
las e avalia como adequadas as estruturas da Auditoria Interna da Companhia, assim como a
qualidade de seu corpo técnico e gerencial e os resultados apresentados por seus trabalhos.
Não houve o registro de qualquer denúncia de descumprimento de normas, ausência de controles,
ato ou omissão por parte da Administração da Empresa que apontasse a existência ou evidência
de fraudes, falhas ou erros que colocassem em risco a continuidade da Copel ou a credibilidade
de suas demonstrações contábeis e financeiras.
Considerando os sistemas de controles internos existentes, a abrangência e a eficácia dos
trabalhos realizados pelos auditores independentes, assim como seu respectivo parecer, este
Comitê de Auditoria entendeu que as demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2007
apresentam adequadamente a posição financeira e patrimonial da Companhia Paranaense de
Energia – Copel em relação às práticas contábeis adotadas no Brasil, a legislação societária
brasileira, as normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM e as normas editadas pela
Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel e Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel,
e recomenda ao Conselho de Administração sua aprovação.
Curitiba, 13 de março de 2008.
Laurita Costa Rosa
Presidenta
Jorge Michel Lepeltier
Rogério de Paula Quadros
COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA COPEL
PARECER DO CONSELHO FISCAL SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007
Os membros do Conselho Fiscal da COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL, abaixo
assinados, dentro de suas atribuições e responsabilidades legais, procederam ao exame das
Demonstrações Financeiras, do Relatório Anual da Administração e da Proposta da Administração
para Destinação do Lucro Líquido, referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2007
e, com base em análises efetuadas e esclarecimentos adicionais prestados pela Administração,
considerando, ainda, o Parecer dos Auditores Independentes, Deloitte Touche Tohmatsu, datado
de 13 de março de 2008, de que os trabalhos requeridos pela Lei Sarbanes-Oxley encontram-se
em andamento e não evidenciam efeitos relevantes nas Demonstrações Financeiras do exercício
de 2007, concluíram que os documentos analisados, em todos os seus aspectos relevantes, estão
adequadamente apresentados, motivo pelo qual opinam favoravelmente ao seu encaminhamento
para deliberação da Assembléia-Geral de Acionistas.
Curitiba, 13 de março de 2008.
ANTONIO RYCHETA ARTEN
Presidente
ALEXANDRE MAGALHÃES DA SILVEIRA
HERON ARZUA
MÁRCIO LUCIANO MANCINI
NELSON PESSUTI
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