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Palestra
Palestrante
NOVAS TECNOLOGIAS PARA ISOLAMENTO TÉRMICO DE
TUBULAÇÕES E DUTOS
Antonio Luís de Campos Mariani
EFEITOS DA UMIDADE NO DESEMPENHO E VIDA ÚTIL DE INSTALAÇÕES HVAC-R
Escola Politécnica da USP - ASHRAE Member
ARMACELL
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PROGRAMA
1. Introdução, motivação e destaques
2. Propriedades físicas, características de isolantes
térmicos e fatores que influenciam variações nestas
3. Migração de vapor d´água e processo de condensação
4. Aplicação a isolantes térmicos
5. Análise em termos energéticos, vida útil de instalação
de condicionamento de ar
6. Resumo e conclusões
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INTRODUÇÃO
Motivação e importância para o uso do isolante térmico
Aspectos técnicos para análise de alternativas para uso de isolantes térmicos
Foco: Aplicação de isolantes térmicos em tubulações e dutos de sistemas de HVAC
Efeitos da presença de umidade nos isolantes térmicos: condensação de vapor d´água
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MOTIVAÇÃO PARA ANÁLISE DE DIMENSIONAMENTO E SELEÇÃO ISOLANTES TÉRMICOS
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
DIMENSIONAMENTO DE ESPESSURA ECONÔMICA
PROTEÇÃO DO USUÁRIO
CONTROLE DE CONDENSAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA
ESTABILIDADE PARA O CONTROLE DE PROCESSOS
CONTROLE DE RUÍDO
SEGURANÇA EM CASO DE INCÊNDIO
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
– Redução no consumo de energia em sistemas
HVAC
– Níveis mínimos de isolamento estão previstos nas
normas ASHRAE 90.1 e 90.2
– Resultado importante para avaliação de Edifícios
Verdes – critérios LEED
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
DIMENSIONAMENTO DE ESPESSURA
ECONÔMICA
– Selecionar a espessura ótima para determinado
isolante
– Avaliar comparativamente tipos de materiais
isolantes para obter determinado nível de
desempenho térmico
– Considerar o melhor “custo de ciclo de vida” para
determinado período
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
DIMENSIONAMENTO
DE ESPESSURA
ECONÔMICA:
A espessura
econômica é
definida para
minimizar o “custo
total do ciclo de vida
do isolante” Figura 1: Determinação da
espessura econômica do
isolamento térmico. (ASHRAE Fundamentals, 2013)
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
CONTROLE DE CONDENSAÇÃO DE VAPOR
D´ÁGUA
– É muito importante para sistemas que conduzem fluidos com
temperatura abaixo da ambiente !!
– Dois objetivos importantes:
EVITAR CONDENSAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA SOBRE A
SUPERFÍCIE EXTERNA DE DUTOS E OUTROS ACESSÓRIOS
DO SISTEMA
MINIMIZAR OU CONTROLAR A INTRUSÃO DE VAPOR
D´ÁGUA NO ISOLANTE TÉRMICO
– ATENÇÃO PARA O CLIMA TROPICAL ÚMIDO !
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
CONDENSAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA SOBRE A SUPERFÍCIE EXTERNA DE DUTOS, TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS: – Gotejamento de água sobre objetos abaixo dos
dutos.
– Evitar crescimento de microorganismos (fungos, mofos) que requerem umidade para evoluir.
– Evitar deterioração da “barreira de vapor” e de acessórios da rede de dutos (p. ex.: suportes, etc.)
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
CONDENSAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA SOBRE A SUPERFÍCIE
EXTERNA DE DUTOS, TUBULAÇÕES E ACESSÓRIOS:
Figura 2:Condensação de vapor d´água.(ASHRAE IAQ GUIDE - capítulo 4)
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
Espessura mínima para Eficiência Energética
para isolantes térmicos
Figura 3: Isolamento mínimo para eficiência energética (ASHRAE Handbook
of Fundamentals 2013, cap. 23)
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
Espessura mínima para evitar condensação
para isolante genérico (k=0,043 W/(m•K)):
Figura 4: Isolamento
mínimo para evitar
condensação de vapor
d´água (ASHRAE
Handbook of
Fundamentals 2013,
cap. 23)
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
Espessura mínima para evitar condensação:
Exemplo de Charlotte (1200 horas/ano > 90%)
Figura 5: Umidade Relativa em Charlotte, Carolina do Norte, USA (ASHRAE
Handbook of Fundamentals 2013, cap. 23)
Nota: 1 ano tem
8760 horas
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
Espessura mínima para evitar condensação:
Exemplo Porto Alegre (RS) em 03/2014
Figura 6: Umidade Relativa em Porto Alegre em março de 2014 às 12horas.
INMET
Verifica-se: 8 dias em
31 registros com
UR 90%
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DESTACANDO PONTOS IMPORTANTES
SEGURANÇA EM CASO DE INCÊNDIO
– Propriedades do isolante térmico a avaliar:
Propagação de chamas
Emissão de fumaça, gases tóxicos
– Normas e legislações locais e internacionais
apresentam índices:
NFPA
ASTM
ABNT
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS
Temperatura de trabalho
Condutividade térmica
Resistência à compressão
Permeabilidade ao vapor d´água (ou fator de
resistência à difusão de vapor d´água)
Absorção de água
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS - Detalhando grandezas
Faixa de temperaturas de trabalho:
– Máxima:
Avaliada conforme norma ASTM C411
Testes em superfícies aquecidas verificando até que
temperatura não há mudança em suas características
– Mínima:
Não há norma para sua determinação
Verifica-se qual a temperatura mínima em que mantem
integridade física e propriedades físicas
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS
Condutividade térmica (k):
– Equação da condução de calor:
q = -k (dT/dx)
– Unidade no SI: W/(m•K)
– É função da temperatura (usual t=24ºC)
– Ensaio para determinação:
Normas: exemplos ASTM C177; ASTM C518; ASTM C335
– Diferente de resistência térmica (RT =e/k)
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS
Resistência à compressão
– É importante nos locais onde os dutos devem suportar carga
sem esmagar o isolamento;
por exemplo: isolamento instalado em seções onde há suportes
ou tirantes para fixação
– Há normas ASTM para medir a resistência à compressão:
Para materiais fibrosos: C165
Para materiais plásticos: D1621
– Atenção para alteração na espessura de projeto do
isolamento térmico
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS
Permeabilidade ao vapor d´água ():
– Avalia o fluxo de vapor d´água através do isolante produzido por determinado gradiente de pressão de vapor.
– Unidade no SI (isolantes térmicos): ng/(Pa•s•m)
– Unidade alternativa: kg/(m•h•Pa)
– Em aplicações para tubulações e dutos com fluidos em temperaturas abaixo do ambiente é preciso cuidar para minimizar o fluxo de vapor d´água em direção à superfície fria.
– Usualmente utiliza-se barreira de vapor sobre o isolante térmico para manter fluxo de vapor abaixo de determinado limite
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS
Permeabilidade ao vapor d´água (continuação): – ISOLANTES Flexíveis com células fechadas tem
sido usado com sucesso sem barreira de vapor independente (ASHRAE Fundamentals).
– Norma ASTM
E96: medida da
permeabilidade
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS
Outra grandeza para medir a permeabilidade ao vapor d´água é:
– Fator de resistência à difusão de vapor d´água (), adimensional;
Relação entre a permeabilidade do ar (ar) em condições de referência (0ºC) e a permeabilidade (m) do material:
– Na NBR 16401: isolação de dutos e tubulações sem barreira de vapor para 2500
)( material no dadepermeabili
)( ar no dadepermeabili
mat
ar
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS
Absorção de água (% em volume)
– Medida em amostra do isolante térmico inserido em
meio que mantém uma pressão de vapor
especificada por determinado período de tempo;
– É avaliada em termos porcentuais de volume;
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS – VALORES TÍPICOS (ASHRAE/ASTM)
Figura 7: Propriedades de isolantes térmicos. ASHRAE
Handbook of Fundamentals, 2013
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MIGRAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA E PROCESSO DE CONDENSAÇÃO EM SUPERFÍCIES
Modelando o ar úmido: ar seco +vapor d´água:
– Comportam-se como substâncias isoladas e atuam
de forma independente;
– Lei de Dalton:
Ocupam o mesmo volume (V)
Estão à mesma temperatura (T)
Possuem pressões próprias de cada componente (Pa e Pv):
Pressão Total da mistura: P
P = Pa + Pv
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MIGRAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA E PROCESSO DE CONDENSAÇÃO EM SUPERFÍCIES
Sentido do Fluxo do Vapor d´água:
– Migração (Fluxo) do vapor d´água: Pvmaior Pvmenor
Independente da Pressão Total da mistura (P)
ESTUDO DE CASO: – Instalação industrial
– Ambientes vizinhos (A) e (B)com umidades absolutas muito diferentes: A << B
– Migração de vapor pelo duto de retorno comum
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MIGRAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA ESTUDO DE CASO
Ambiente A Ambiente B
retorno por duto comum
A B
A << B
Tratamento 2º estagio (A) Tratamento 1º estagio (B)
P o r t a
LEGENDA
vapor d´agua
ar seco
ar umido
NOTA: modelo
esquematico
vedaçao na porta (ineficaz)
duto de retorno
dutos de insuflaçao
A1 A2 A3 A4 A5
Figura 8: Migração de vapor em instalação industrial. Bolliger Jr e Mariani, 1997
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MIGRAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA ESTUDO DE CASO
SOLUÇÃO: implantação de divisão no duto de retorno (vermelho)
Aumento do “caminho a ser percorrido pelo vapor d´água” (“depth of travel” - Bryant)
Ambiente A Ambiente B
retorno por duto comum
A B
A << B
Tratamento 2º estagio (A) Tratamento 1º estagio (B)
P o r t a
LEGENDA
vapor d´agua
ar seco
ar umido
NOTA: modelo
esquematico
dutos de insuflaçao duto de retorno
Figura 9: Migração de vapor em instalação industrial. Bolliger Jr e Mariani, 1997
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MIGRAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA ESTUDO DE CASO
Sentido do Fluxo do Vapor d´água:
Recomendação de manuais de ar condicionado:
– Em redes de dutos de instalações em que o ar é
tratado para condições de baixa umidade
– Mesmo dutos de insuflação (pressão positiva)
– Junções dos dutos devem ser soldadas para evitar
migração de vapor d´água para dentro do duto.
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MIGRAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA - APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Processo de migração de vapor em pontos em que a barreira de
vapor não cumpre sua função, ou que não há barreira de vapor;
Condensação intersticial x barreira de vapor:
Figura 10: Migração de vapor d´água
e condensação intersticial
duto ou tubulação
meio externo TEXT=20ºC a 32ºC
temperatura do fluido: TF= 4ºC a 12ºC
isolamento térmico
ar úmido = ar seco + vapor d´água
vapor d´água
condensação intersticial
gradiente de temperatura e de Pv
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MIGRAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA - APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Barreira de vapor ou material isolante com baixa permeabilidade
(alta resistência à difusão de vapor d´água)
Figura 11: Barreira de
vapor ou baixa
permeabilidade à migração
de vapor d´água
duto ou tubulação
meio externo TEXT=20ºC a 32ºC
temperatura do fluido: TF= 4ºC a 12ºC
isolamento térmico
ar úmido = ar seco + vapor d´água
barreira contra vapor d´água ou baixa permeabilidade
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MIGRAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Isolantes térmicos aplicados sobre a superfície externa de dutos, tubulações e acessórios:
Processo de migração de vapor para o interior do isolante
Ocorre:
• Em pontos em que a barreira de vapor não cumpre sua função, ou que não há barreira de vapor
•Entre camadas do material
isolante térmico em que há
permeabilidade ao vapor
d´água
Não ocorre:
• Onde há barreira de vapor
•Isolantes térmicos tem alto
fator de resistência à difusão
de vapor; células resistentes e
fechadas
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MIGRAÇÃO DE VAPOR D´ÁGUA E PROCESSO DE CONDENSAÇÃO EM SUPERFÍCIES
Processo de condensação do vapor d´água:
– Análise psicrométrica caracterizando a temperatura
de ponto de orvalho (ou Ponto de Orvalho).
Figura 12: Carta Psicrométrica.
ASHRAE Handbook of Fundamentals,
2013
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS PARA TUBULAÇÕES E DUTOS DE SISTEMAS HVAC
ISOLANTES TÍPICAMENTE UTILIZADOS:
– Poliestireno expandido;
– Poliuretano expandido;
– Lã de fibra de vidro;
– Espuma elastomérica
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PROPRIEDADES FÍSICAS DE ISOLANTES TÉRMICOS – VALORES TÍPICOS (ASHRAE/ASTM)
Figura 7 (repetição): ASHRAE Handbook of Fundamentals, 2013
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS PARA TUBULAÇÕES E DUTOS DE SISTEMAS HVAC
CARACTERÍSTICAS DOS ISOLANTE
TÍPICAMENTE:
– Poliestireno expandido:
Exige barreira de vapor
Condutividade térmica típica (seco): 0,037 W/m•K
Permeabilidade à migração de vapor: 2,2 ng/(Pa•s •m)
Risco de variação da condutividade térmica por acúmulo
de vapor d´água condensado
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS PARA TUBULAÇÕES E DUTOS DE SISTEMAS HVAC
CARACTERÍSTICAS DOS ISOLANTE TÍPICAMENTE:
– Poliuretano expandido:
Exige barreira de vapor
Condutividade térmica típica (seco): 0,026 a 0,030 W/m•K
Permeabilidade à migração de vapor: 5,8 ng/(Pa•s •m)
Risco de variação da condutividade térmica por acúmulo
de vapor d´água condensado.
Dificuldade de fechamento da barreira de vapor (execução
na obra)
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS PARA TUBULAÇÕES E DUTOS DE SISTEMAS HVAC
CARACTERÍSTICAS DOS ISOLANTE
TÍPICAMENTE:
– Lã de fibra de vidro :
Exige barreira de vapor
Condutividade térmica típica (seco): 0,035 W/m•K
Permeabilidade à migração de vapor: N/A
Risco de variação da condutividade térmica por acúmulo
de vapor d´água condensado.
Boa velocidade de instalação
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS PARA TUBULAÇÕES E DUTOS DE SISTEMAS HVAC
CARACTERÍSTICAS DOS ISOLANTE
TÍPICAMENTE:
– Espuma elastomérica
Não exige barreira de vapor
Condutividade térmica típica (seco): 0,036 a 0,040 W/m•K
Permeabilidade à migração de vapor: 0,15 ng/(Pa•s •m)
Material células fechadas, evita acúmulo de vapor d´água
condensado.
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS PARA TUBULAÇÕES E DUTOS DE SISTEMAS HVAC
ANÁLISE COMPARATIVA DE MATERIAIS (resumo):
– Considerar o conjunto de variáveis
– Atenção para risco de variação da condutivade térmica com o
acúmulo de vapor d´água
Isolante Térmico Condutividade (seco) W/m•K
Permeabilidade ng/(Pa•s •m)
Barreira de Vapor
Poliestireno expandido 0,037 2,2 Obrigatória
Poliuretano expandido 0,026 a 0,030 5,8 Obrigatória
Lã de fibra de vidro 0,035 N/A Obrigatória
Espuma elastomérica 0,036 a 0,040 0,15 Facultativa
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Estudo de desempenho de isolamento térmico
em tubulações
– Projeto de pesquisa da
ASHRAE – Research Project
RP 1356
– Prof. Lorenzo Cresmaschi,
Shanshan Cai e Kasey
Wortinghton
– Universidade de Oklahoma
Figura 13: Capa
do relatório do
Projeto de
pesquisa,
ASHRAE RP1356,
2013
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Estudo de desempenho de isolamento térmico em tubulações – determinação da condutividade térmica
– Trechos de tubos (dT = 75 mm) com fluido em baixa temperatura: 4,7ºC
– Isoladas termicamente apenas com isolamento, sem barreira de vapor (propositalmente), espessura do isolamento: e = 50 mm
– Ensaios em duas fases:
Fase 1: Ensaio “seco”, sem condensação de vapor
Fase 2: Ensaio “úmido” por determinado período em ambiente com alta umidade (>80% a 35ºC)
– Períodos diferentes / não comparativo entre si
– Destaque na variação da condutividade térmica
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Aparato para ensaios em câmara climática
Figura 14: Foto aparato usado nos ensaios. ASHRAE RP 1356, Lorenzo
Cresmaschi et al, 2012
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Resultados ensaios:
– Fase 1: ensaio “seco” sem condensação de vapor
Figura 15: Propriedades de isolantes térmicos. Obtidos através do Projeto
RP1356 e publicados no ASHRAE Handbook of Fundamentals, 2013
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Fase 2 (ensaio úmido):
– Resultados comparativos com o mesmo isolante em
ensaio “seco” (sem condensação= Fase 1)
– Avaliação da condutividade com acúmulo de vapor
d´água condensado
– Dois isolamentos testados (risco variação de k por
acúmulo de água):
Lã de fibra de vidro
Poliuretano (tipo fenólico)
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
LÃ DE FIBRA DE VIDRO
Figura 16: Foto do protótipo testado com isolamento com lã de fibra de vidro.
ASHRAE RP 1356, Lorenzo Cresmaschi et al, 2012
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Resultados Fase 2 (ensaio úmido) Lã de Fibra de Vidro :
– Resultados comparativos com o mesmo isolante em ensaio
“seco” (sem condensação= Fase 1):
Figura 17: Resultados com valor relativo de condutividade térmica para lã de
vidro em função do número de dias de ensaio. ASHRAE RP 1356, Lorenzo
Cresmaschi et al, 2012
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Resultados Fase 2 (ensaio úmido) Lã de Fibra de Vidro :
– Condutividade térmica em função da presença de umidade:
Figura 18: Resultados condutividade térmica para lã de vidro em função do
da porcentagem de água acumulada no isolamento térmico. ASHRAE RP
1356, Lorenzo Cresmaschi et al, 2012
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Resumo resultados Fase 2 (ensaio úmido): Isolante Lã de Fibra de Vidro:
– Condutividade térmica aumentou 3,15 vezes
– Absorção de umidade: 11% em volume
Figura 19: Fotos do isolamento testado ao final do ensaio úmido. ASHRAE
RP 1356, Lorenzo Cresmaschi et al, 2012
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
POLIURETANO (tipo fenólico)
Figura 20: Foto do protótipo testado com isolamento de poliuretano. ASHRAE
RP 1356, Lorenzo Cresmaschi et al, 2012
51
APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Resultados Fase 2 (ensaio úmido) Poliuretano :
– Resultados comparativos com o mesmo isolante em ensaio
“seco” (sem condensação= Fase 1):
Figura 21: Resultados com valor relativo de condutividade térmica para
poliuretano em função do número de dias de ensaio. ASHRAE RP 1356,
Lorenzo Cresmaschi et al, 2012
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Resultados Fase 2 (ensaio úmido) Poliuretano :
– Condutividade térmica em função da presença de umidade:
Figura 22: Resultados condutividade térmica para poliuretano em função do
da porcentagem de água acumulada no isolamento térmico. ASHRAE RP
1356, Lorenzo Cresmaschi et al, 2012
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APLICAÇÃO A ISOLANTES TÉRMICOS
Resumo resultados
Fase 2 (ensaio úmido):
– Isolante Poliuretano :
Condutividade
térmica aumentou
1,55 vezes
Absorção de
umidade: 5% em
volume
Figura 23: Fotos do isolamento testado ao final do ensaio úmido. ASHRAE
RP 1356, Lorenzo Cresmaschi et al, 2012
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ANÁLISE EM TERMOS ENERGÉTICOS
ESTUDO DE CASO: Duto de ar condicionado isolado térmicamente atravessando ático: – Alteração na condutividade térmica
Variações por deficiência na instalação e/ou manutenção da barreira de vapor;
Mudanças de condições climáticas ou ambientais podem causar conseqüente deficiência do isolamento térmico (dimensionamento da espessura torna-se insuficiente);
– Aumento de temperatura do ar tratado;
– Variação de carga térmica;
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ANÁLISE EM TERMOS ENERGÉTICOS
ESTUDO DE CASO: Duto de ar condicionado isolado térmicamente com lã de vidro:
– Parâmetros de entrada para simulação:
Vazão de ar tratado: 22 kg/s
Duto retangular (1 x 2) m atravessando 30 m de ático
Isolamento térmico de 25 mm
Variação na condutividade térmica:
– 0,035 para 0,110 W/m•K
– Resultados:
Ampliação da variação de temperatura para o ar tratado: 0,45ºC
Acréscimo na carga térmica: 10,02 kW ( ~2,8 TR)
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ANÁLISE EM TERMOS ENERGÉTICOS
ESTUDO DE CASO: Duto de ar condicionado isolado termicamente com poliuretano:
– Parâmetros de entrada:
Vazão de ar tratado: 22 kg/s
Duto retangular (1 x 2) m atravessando 30 m de ático
Isolamento térmico de 25 mm
Variação na condutividade térmica:
– 0,035 para 0,054 W/m•K
– Resultados:
Variação de temperatura para o ar tratado: 0,15ºC
Acréscimo na carga térmica: 3,36 kW ( ~ 1 TR)
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CRESCIMENTO MICROBIOLÓGICO
Consequências no isolamento térmico:
– Condensação de vapor d´água
– Crescimento de colônias de microorganismos
Figura 24: Fotos apresentando crescimento de mofo no isolamento testado
ao final do ensaio úmido. ASHRAE RP 1356, Lorenzo Cresmaschi et al, 2012
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CRESCIMENTO MICROBIOLÓGICO
Técnicas de redução e/ou eliminação de
microorganismos nos isolamentos térmicos:
– Evitar condições para crescimento (umidade;
temperatura ; alimento);
– Utilizar agentes bactericidas (eliminam
microorganismos) evitar crescimento de colônias;
Exemplo de produto utilizado em espuma elastomérica:
Microban
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CRESCIMENTO MICROBIOLÓGICO
APLICAÇÕES IMPORTANTES EM QUE DEVE-SE
EVITAR CONTAMINAÇÃO POR
MICROORGANISMOS:
– Áreas hospitalares
– Áreas Industriais
Farmacêutica
Alimentos
Vacinas
Eletrônica - microcomponentes
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RESUMO / CONCLUSÕES
Analisar conjuntamente todos parâmetros para
seleção e dimensionamento de isolamento
térmico:
– Condutividade térmica
– Permeabilidade à migração do vapor d´água
– Condensação do vapor d´água e conseqüências
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RESUMO / CONCLUSÕES
Manutenção da vida útil da instalação por ciclo
desejável requer:
– Reduzir ao mínimo a presença de vapor d´água
condensado no interior do isolamento térmico
– Atenção para riscos de migração de vapor d´água
Vantagem célula fechada
Vantagem barreira de vapor intrínseca.
– Qualidade/facilidade na instalação e manutenção
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RESUMO / CONCLUSÕES
Atenção para riscos de deterioração da
instalação (isolamento, dutos, acessórios, etc)
Crescimento de microorganismos
Aumento no consumo de energia
Risco de prejuízos em processos
Ambientes especiais: antimicrobianos são
vantagem extra.
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RESUMO / CONCLUSÕES
Barreira de vapor mesmo em espumas elastoméricas são vantajosas: – Maior resistência mecânica
– Maior resistência ao fogo
– Facilidade para higienização e limpeza
Solução de aplicação de espuma elastomérica em camadas para bloquear migração de vapor d´água em emendas e frestas. – Exemplo de caso atual: obra premiada pela
SMACNA – Destaques do ano 2013
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PRINCIPAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASHRAE HANDBOOKS:
– Fundamentals, 2013, Chapters 23, 25, 26
– HVAC Applications - 2011
ASHRAE Research Project - RP-1356, Final Report, Cresmaschi, L. et al., 2012
ASHRAE Transactions 2012, vol. 118, Part 1, Measurements of pipe insulation thermal conductivity at below ambient temperatures part 1: Experimental methodology and dry tests. Cresmaschi, L. et al.
Boletim técnico ARMACELL. Especificação técnica para sistemas de isolamento térmico com materiais em espumas elastoméricas.
Departamento de Energia dos USA. Insulation, Moisture Control. www.energy.gov. acesso em ago/2014.