2019 Semana 1306 a 10 de Mai
Extensivo ENEM
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Biologia
Respiração celular
Resumo
O objetivo da respiração celular aeróbica é a obtenção de energia a partir da quebra de glicose, na presença
do gás oxigênio (O2).
Equação geral da respiração: C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O
A energia formada estará na forma de ATP, adenosina trifosfato, uma molécula fundamental para o
metabolismo do corpo, já que o rompimento das ligações fosfato (formando ADP, adenosina difosfato) libera
energia para a execução de funções vitais. A respiração celular pode ser dividida em três etapas: Glicólise,
Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória.
Glicólise
A quebra da glicose (glicólise) consiste na quebra de uma molécula de glicose (C6H12O6) em duas moléculas
de piruvato (C3H4O3), sendo quatro H captados por 2 NADs (moléculas carreadoras de hidrogênio). É um
processo anaeróbico e ocorre no citosol.
A glicólise produz saldo de 2 ATPs, pois produz 4, mas consome 2 para ser realizada. É uma etapa comum
aos fermentadores e aos aeróbicos.
Entre a Glicólise e o Ciclo de Krebs, há uma fase preparatória, na qual o piruvato perde um CO2, dois H que
são captados pelo NAD e se torna um acetil, que se combina a Coenzima A (CoA) e entra, por fim, no ciclo.
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Biologia
Ciclo de Krebs:
Uma série de reações que modificam o piruvato em diversas moléculas, liberando 2 GTP (uma molécula
similar ao ATP), CO2, NAD2H e FAD2H (outros carreadores de Hidrogênio, como NAD, porém com menor
rendimento energético). O CO2 é descartado, enquanto o NAD2H e o FAD2H são usados na Cadeia
Respiratória. O Ciclo de Krebs ocorre na matriz mitocondrial.
Cadeia Respiratória:
Os NAD2H e FAD2H passam a transportadores encontrados nas cristas mitocondriais (citocromos) e são
transportados um a um por eles, liberando elétrons, o que rende energia para o bombeamento de H+ para o
espaço intermembrana. Ao chegar no último transportador, o elétron vai para o último aceptor de elétrons, o
oxigênio.
Os H+ são bombeados através de uma enzima que funciona como um canal de H+, conhecida como ATP-
sintase. Isso faz com que os H+ voltem ao espaço interno da mitocôndria, a matriz mitocondrial. A ATP-
sintase então produz ATP em massa conforme há passagem de H+ por ela, produzindo então uma alta
quantidade de ATP.
O papel do oxigênio é combinar-se com estes H+, impedindo a acidose da célula, formando então água.
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Biologia
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Biologia
Exercícios
1. Uma organela citoplasmática realiza a importante função de fornecer energia à célula por meio da
respiração celular. Esse processo compreende duas fases, a anaeróbia e a aeróbia, denominadas,
respectivamente:
a) Fosforilação Oxidativa e Acetil Coenzima A.
b) Fosforilação Oxidativa e Glicólise.
c) Acetil Coenzima A e Fermentação.
d) Fermentação e Glicólise.
e) Glicólise e Fosforilação Oxidativa.
2. A obtenção de energia para a realização das diversas atividades celulares ocorre, na maioria dos seres
vivos, a partir da reação esquematizada a seguir.
Essa reação representa o processo de:
a) Respiração.
b) Fotossíntese.
c) Quimiossíntese.
d) Fermentação lática.
e) Fermentação alcoólica.
3. A glicólise é um processo que compreende dez reações químicas, cada uma delas com a participação
de uma enzima específica. Assinale a alternativa corretaem relação à glicólise anaeróbica.
a) É o processo responsável pela quebra da glicose, transformando-a em piruvato ou ácido pirúvico.
b) É realizada apenas em células animais e procariontes heterotróficos.
c) Promove a quebra da glicose no interior da mitocôndria.
d) Libera energia na forma de 38 ATPs.
e) Transforma ácido lático em ácido pirúvico.
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Biologia
4. Ao se relacionarem os processos bioenergéticos com a estrutura da mitocôndria, constata-se que:
a) O transporte de elétrons se faz por complexos proteicos da membrana mitocondrial externa.
b) O ATP é sintetizado em um complexo proteico da membrana mitocondrial interna.
c) O ciclo de Krebs ocorre no citoplasma e fornece piruvato para a matriz mitocondrial.
d) Os elétrons fluem da matriz mitocondrial para o citoplasma por canais iônicos.
e) As enzimas que participam da glicólise se localizam na matriz mitocondrial.
5. O crescente aumento da temperatura ambiental traz como uma de suas consequências a redução do
O2 dissolvido na água. Em temperaturas mais altas os seres aquáticos, em sua maioria pecilotérmicos
(ou de sangue frio), se aquecem e têm sua taxa metabólica aumentada. Esse conjunto de efeitos se
torna um problema porque o aumento do metabolismo torna esses seres aquáticos:
a) Menos ativos, exigindo menos energia e menor consumo de O2 na respiração.
b) Mais ativos, exigindo mais energia e menor consumo de O2 na respiração.
c) Mais ativos, exigindo mais energia e maior consumo de O2 na respiração.
d) Menos ativos, exigindo menos energia e maior consumo de O2 na respiração.
e) Mais ativos, exigindo menos energia e maior consumo de O2 na respiração.
6. Relativo ao processo de “produção” de energia nas células é incorreto afirmar que
a) A sequência das etapas da respiração celular e: glicólise no citosol, ciclo de Krebs na matriz
mitocondrial e fosforilação oxidativa no citosol.
b) A glicólise e uma etapa metabólica que ocorre tanto no processo de fermentação quanto no
processo de respiração celular.
c) A síntese da maior parte das moléculas de ATP esta acoplada a reoxidaçâo das moleculas de
NAD+ e FAD.
d) O ciclo de Krebs se inicia com uma reação entre a molécula de coenzima A e uma molécula de
acido oxalacético.
e) A reação que converte o ácido pirúvico em acido láctico produz menos energia (ATP) que a
fosforilação oxidativa.
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Biologia
7. O processo de respiração celular ocorre em três etapas: Glicólise, Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória.
Marque a alternativa correta com relação a essas etapas.
a) O ciclo de Krebs e a glicólise ocorrem na matriz mitocondrial.
b) No ciclo de Krebs, uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico.
c) Nas cristas mitocondriais, há transferência dos hidrogênios transportados pelo NAD e pelo FAD
através da cadeia respiratória, levando à formação de água.
d) A utilização de O2 se dá nas cristas mitocondriais, durante o ciclo de Krebs.
e) A via glicolítica ocorre somente nos processos anaeróbios, enquanto o ciclo de Krebs ocorre nos
processos aeróbios.
8. Normalmente, as células do organismo humano realizam a respiração aeróbica, na qual o consumo de
uma molécula de glicose gera moléculas de ATP. Contudo em condições anaeróbicas, o consumo de
uma molécula de glicose pelas células é capaz de gerar apenas duas moléculas de ATP.
Qual curva representa o perfil de consumo de glicose, para manutenção da homeostase de uma célula
que inicialmente está em uma condição anaeróbica e é submetida a um aumento gradual de
concentração de oxigênio?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
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Biologia
9. Ao beber uma solução de glicose (C6H12O6), um corta-cana ingere uma substância
a) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o
corpo.
b) inflamável que, queimada pelo organismo, produz água para manter a hidratação das células.
c) que eleva a taxa de açúcar no sangue e é armazenada na célula, o que restabelece o teor de
oxigênio no organismo.
d) insolúvel em água, o que aumenta a retenção de líquidos pelo organismo.
e) de sabor adocicado que, utilizada na respiração celular, fornece CO2 para manter estável a taxa
de carbono na atmosfera..
10. A produção de adenosina trifosfato (ATP) nas células eucarióticas animais acontece, essencialmente,
nas cristas mitocondriais, em função de uma cadeia de proteínas transportadoras de elétrons, a cadeia
respiratória. O número de moléculas de ATP produzidas nas mitocôndrias é diretamente proporcional
ao número de moléculas de
a) glicose e gás oxigênio que atravessam as membranas mitocondriais.
b) gás oxigênio consumido no ciclo de Krebs, etapa anterior à cadeia respiratória.
c) glicose oxidada no citoplasma celular, na etapa da glicólise.
d) gás carbônico produzido na cadeia transportadora de elétrons.
e) água produzida a partir do consumo de gás oxigênio.
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Biologia
Gabarito
1. E
A glicólise é um processo anaeróbico ocorrido no citosol, enquanto a fosforilação oxidativa é aeróbica e
ocorre nas cristas mitocondriais.
2. A
A imagem representa a reação de quebra da glicose na presença de oxigênio para obtenção de energia,
com subprodutos sendo o CO2 e H2O. Esse processo é denominado respiração celular.
3. A
A glicólise é o processo de quebra da glicose em duas moléculas de piruvato, composto também
conhecido como ácido pirúvico.
4. B
A síntese de ATP ocorre em um complexo de proteínas nas cristas mitocondriais durante a fosforilação
oxidativa, havendo destaque para a enzima ATP-sintase.
5. C
Em temperaturas elevadas, o metabolismo destes animais acelera, exigindo assim maior consumo de
oxigênio para produção de ATP, oxigênio este que estará em falta devido a menor solubilidade do gás no
líquido quente.
6. A
A fosforilação oxidativa ocorre nas cristas mitocondriais, não no citosol.
7. C
Os hidrogênios removidos do NAD e do FAD, seus carreadores intermediários, passam pela cadeia
respiratória e são doados, ao final do processo, ao oxigênio, seu aceptor final, formando água.
8. E
O metabolismo anaeróbico gera menos ATP por glicose consumida, então o consumo de glicose em
condições anaeróbicas é alto. Conforme a célula recebe oxigênio e passa ao metabolismo aeróbico, a
taxa de consumo de glicose para a formação de ATP diminui.
9. A
A glicose é utilizada no metabolismo energético celular, sendo degradada na glicólise para formação do
piruvato, que irá participar do ciclo de Krebs. No final detodos os processos da respiração celular, gera-
se energia na forma de ATP.
10. C
O número total de ATP formado vai depender de quanta glicose está disponível para célula. A cada
molécula de glicose, formam-se 38 ATP, 10 moléculas de glicose, 380 ATP, e assim por diante.
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Biologia
Especiação
Resumo
A especiação é a formação de novas espécies. O conceito de espécie mais utilizado é o conceito biológico,
que diz que indivíduos são da mesma espécie quando conseguem se reproduzir e ter prole fértil.
A especiação pode ocorrer de forma linear, como na anagênese, ou se bifurcando e formando grupos irmãos,
como na cladogênese.
Ela também pode ser:
• Alopátrica: É a mais comum, onde uma população, antes unida, é dividida por uma barreira geográfica, e
ocorre seleções independentes nas duas novas populações. Mesmo que a barreira seja removida, as
populações são de espécies diferentes.
• Parapátrica: Duas populações de uma mesma espécie ocupam áreas próximas, porém distintas e sem
barreira geográfica. Com o tempo sofrem diferentes pressões de seleção e ocorre a especiação. Pode
haver uma zona com intercruzamentos entre as áreas, chamada de zona híbrida.
• Simpátrica: Uma população em determinada área pára de se reproduzir com alguns dos indivíduos da
espécie (seja por motivo comportamental ou alterações genéticas), sem a presença de barreiras
geográficas, e com isso há uma especiação.
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Biologia
Exercícios
1. Em algumas regiões brasileiras, existem exemplares de Euphorbia heterophylla, uma planta daninha
bastante prejudicial à lavoura de soja e que pode ser resistente a herbicidas. Se, após alguns anos, não
existir mais o fluxo de genes entre as plantas susceptíveis e resistentes a herbicidas dessa espécie,
então ocorrerá:
a) seleção natural.
b) irradiação adaptativa.
c) isolamento geográfico.
d) recombinação gênica.
e) isolamento reprodutivo.
2. Algumas raças de cães domésticos não conseguem copular entre si devido à grande diferença em seus
tamanhos corporais. Ainda assim, tal dificuldade reprodutiva não ocasiona a formação de novas
espécies (especiação).
Essa especiação não ocorre devido ao(à)
a) oscilação genética das raças.
b) convergência adaptativa das raças.
c) isolamento geográfico entre as raças.
d) seleção natural que ocorre entre as raças.
e) manutenção do fluxo gênico entre as raças.
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Biologia
3. Embora os cangurus sejam originários da Austrália, no início dos anos 80, o biólogo norte-americano
James Lazell chamou a atenção para a única espécie de cangurus existente na ilha de Oahu, no Havaí.
A espécie é composta por uma população de várias centenas de animais, todos eles descendentes de
um único casal australiano que havia sido levado para um zoológico havaiano, e do qual fugiram em
1916. Sessenta gerações depois, os descendentes deste casal compunham uma nova espécie,
exclusiva da ilha Oahu. Os cangurus havaianos diferem dos australianos em cor, tamanho, e são
capazes de se alimentar de plantas que seriam tóxicas às espécies australianas.
Sobre a origem desta nova espécie de cangurus, é mais provável que:
a) após a fuga, um dos filhos do casal apresentou uma mutação que lhe alterou a cor, tamanho e
hábitos alimentares. Esse animal deu origem à espécie havaiana, que difere das espécies
australianas devido a esta mutação adaptativa.
b) após a fuga, o casal adquiriu adaptações que lhe permitiram explorar o novo ambiente, adaptações
essas transmitidas aos seus descendentes.
c) os animais atuais não difiram geneticamente do casal que fugiu do zoológico. As diferenças em
cor, tamanho e alimentação não seriam determinadas geneticamente, mas devidas à ação do
ambiente.
d) o isolamento geográfico e diferentes pressões seletivas permitiram que a população do Havaí
divergisse em características anatômicas e fisiológicas de seus ancestrais australianos.
e) ambientes e pressões seletivas semelhantes na Austrália e no Havaí permitiram que uma
população de mamíferos havaianos desenvolvesse características anatômicas e fisiológicas
análogas às dos cangurus australianos, processo este conhecido por convergência adaptativa.
4. Vários conceitos são utilizados para definir uma espécie. De maneira geral podemos dizer que uma
espécie representa um conjunto de indivíduos com potencial, em condições naturais, de cruzarem entre
si e gerarem descendentes férteis. Vários fatores podem produzir novas espécies, ou especiação. Isso
se dá quando uma espécie deriva-se de outra reprodutivamente isolada, podendo esta nova espécie
manter ou não relações geográficas com seu ancestral. Assinale a alternativa que representa um
processo que pode favorecer a especiação:
a) Populações que vivem no mesmo ambiente e que se reproduzem em épocas diferentes
apresentam um isolamento estacional.
b) Populações com parceiros em potencial copulam, porém a fecundação não ocorre devido à
ausência de transferência de espermatozoides, já que eles morrem, favorecendo o mecanismo de
isolamento pré-copulatório.
c) Populações com parceiros em potencial encontram-se, mas não copulam, favorecendo o
mecanismo de isolamento mecânico.
d) Populações que escolhem seus parceiros avaliando seus comportamentos apresentam um
isolamento temporal.
e) Populações que vivem no mesmo ambiente e que se reproduzem em épocas diferentes
apresentam um isolamento gamético.
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Biologia
5. Foi o naturalista inglês Charles Darwin (18091882), em sua obra intitulada A Origem das Espécies, que
sugeriu que a evolução é um processo de divergência, onde espécies semelhantes seriam
descendentes de uma única espécie que teria existido no passado, a partir de um ancestral comum.
Podemos afirmar corretamente que a especiação, no geral, inicia-se quando:
a) Acontece a troca de genes entre duas espécies diferentes ocupantes de um mesmo espaço, não
isoladas geograficamente.
b) Não ocorre a troca de genes entre duas espécies, mesmo que não haja isolamento geográfico.
c) Ocorre a troca de genes entre duas populações que coexistem em um mesmo espaço, não
isoladas geograficamente.
d) A troca de genes entre duas espécies torna-se restrita em virtude do isolamento geográfico das
mesmas.
6. O processo de formação de uma nova espécie é chamado de especiação e pode ocorrer de várias
maneiras. Quando a especiação acontece em decorrência do surgimento de uma barreira geográfica,
ela é denominada de:
a) Especiação simpátrica.
b) Especiação disruptiva.
c) Especiação parapátrica.
d) Especiação alopátrica.
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Biologia
7. O processo de formação de novas espécies é lento e repleto de nuances e estágios intermediários,
havendo uma diminuição da viabilidade entre cruzamentos. Assim, plantas originalmente de uma
mesma espécie que não cruzam mais entre si podem ser consideradas como uma espécie se
diferenciando. Um pesquisador realizou cruzamentos entre nove populações — denominadas de
acordo com a localização onde são encontradas — de uma espécie de orquídea (Epidendrum
denticulatum). No diagrama estão os resultados dos cruzamentos entre as populações.
Considere que o doador fornece o pólen para o receptor FIORAVANTI, C. Os primeiros passos de novas espécies: plantas e animais se diferenciam por meio de mecanismos
surpreendentes. Pesquisa Fapesp, out. 2013 (adaptado).
Em populações de quais localidades se observa um processo de especiação evidente?
a) Bertioga e Marambaia; Alcobaça e Olivença.
b) Itirapina e Itapeva; Marambaia e Massambaba.
c) c) Itirapina e Marambaia; Alcobaça e Itirapina.
d) Itirapina e Peti; Alcobaça e Marambaia.
e) Itirapina e Olivença; Marambaia e Peti.
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Biologia
8. No processo de evolução biológica, ao longo das gerações, ocorrem alterações nas moléculas que
contêm carbono. A imagem abaixo ilustra duas espécies de peixes, separadas pelo Istmo do Panamá.
Ambas surgiram a partir de uma única população, existente no local antes da elevação geológica da
América Central.
O processo evolutivo que deu origem a essas duas espécies é denominado:
a) anagênese
b) ortogênese
c) cladogênese
d) morfogênese
9. A organização de indivíduos e populações em espécies evita a degradação de genótipos maduros, bem-
sucedidos, que ocorreria caso se misturassem com genótipos incompatíveis. A hibridação, quando
possível, costuma produzir indivíduos inferiores, muitas vezes estéreis, isso demonstra que os
genótipos, por serem sistemas harmoniosos e bem ajustados, devem ser similares para que um
cruzamento seja bem-sucedido. MAYR, 2009, p. 202.
Considerando-se as etapas necessárias para o estabelecimento da especiação a partir de populações
originais e a importância desse processo evolutivo na diversidade da vida, é possível afirmar:
a) Genótipos incompatíveis se expressam inexoravelmente na formação de híbridos inferiores ou
estéreis.
b) A hibridação produz indivíduos inferiores devido à baixa estatura provocada pelo nascimento
precoce das crias.
c) Na especiação simpátrica, o distanciamento genético que provoca a incompatibilidade entre os
indivíduos se estabelece apesar da interação persistente entre os grupos.
d) Organismos capazes de produzir descendentes não devem apresentar diferenças significativas no
seu conjunto gênico que justifiquem algum tipo de progresso especiativo.
e) O isolamento geográfico em populações alopátricas favorece uma aproximação do conjunto
gênico durante o processo de especiação.
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Biologia
10. Num contexto de isolamento geográfico, as raças podem originar espécies (especiação) distintas ou, após a eliminação da barreira geográfica, confluir para formar populações com maior variabilidade. Populações e espécies também estão sujeitas à extinção. Ao longo da evolução, as taxas de especiação e extinção têm variado principalmente em função de alterações no meio ambiente. Mas, nos últimos tempos, devido à ação humana, as extinções têm superado em muito as taxas de surgimento de novas espécies. A esse respeito, assinale a afirmação incorreta.
a) Na especiação natural, um mesmo gene alelo pode ter diferentes valores adaptativos em
diferentes ambientes.
b) A fragmentação de um ecossistema pode favorecer a oscilação gênica contribuindo para a
extinção de determinadas espécies.
c) A seleção natural aumenta a variabilidade genética de uma determinada população isolada de
outras populações.
d) Espécies muito diferentes podem convergir para se tornar mais semelhantes devido à seleção de
características adaptativas em um determina o ambiente.
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Biologia
Gabarito
1. E A ausência de fluxo gênico entre as plantas eventualmente gera um isolamento reprodutivo, impedindo
que elas reproduzam entre si, fenômeno importante para o processo de especiação.
2. E Através do cruzamento entre diferenças raças, há uma manutenção do fluxo gênico entre raças muito
diferentes, impedindo assim o processo de especiação, já que o isolamento reprodutivo não é completo.
3. D O isolamento geográfico força o isolamento reprodutivo e gera novas pressões seletivas no ambiente, modificando assim a população que foi separada. Esse processo é chamado especiação alopátrica.
4. A
A estação reprodutiva em diferentes épocas do ano é um mecanismo de isolamento pré-zigótico
conhecido como isolamento estacional.
5. D O isolamento geográfico é um mecanismo que impede o fluxo gênico entre partes da população, e pode levar a uma especiação alopátrica.
6. D
A especiação com barreira geográfica é chamada alopátrica.
7. D De acordo com o conceito biológico de espécie, a interrupção do fluxo gênico caracteriza a formação de
novas espécies. A polinização inviável ou nula entre Itirapina e Peti, e entre Alcobaça e Marambaia
indicam que fluxo gênico foi interrompido e o processo de especiação ocorreu.
8. C
Trata-se de um caso de cladogênese, onde uma população ancestral gerou ao longo do processo duas espécies.
9. C
Na especiação simpátrica, apesar de não haver isolamento geográfico entre os grupos, ainda assim surge um isolamento reprodutivo entre partes da população.
10. C
A seleção natural é um mecanismo que diminui a variabilidade genética, não aumenta.
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Filosofia/Sociologia
Descartes e o racionalismo
Resumo
Ambiente filosófico (século XVII): diante da série de conflitos econômicos, sociais, científicos e
religiosos que permeavam a Europa, vários filósofos passaram a defender o ceticismo, isto é, a doutrina
filosófica segundo a qual não é possível obter nenhum conhecimento seguro a respeito do que quer que seja.
No fim das contas, tudo é relativo e só nos resta a dúvida.
Projeto cartesiano: refutar o ceticismo, estabelecendo as bases fundamentais de um conhecimento
absolutamente seguro e, garantindo, assim nossa possibilidade de compreender a realidade com segurança.
Método cartesiano (método da dúvida): devo tomar seriamente para mim o propósito de, ao menos uma vez
na vida, pôr todas, absolutamente todas as minhas convicções em dúvida (dúvida hiperbólica). Aquelas
crenças que sobreviverem à dúvida mais radical mostrarão ser firmes e inabaláveis, sendo, portanto, seguras.
Etapas do Método:
• 1ª dúvida (argumento dos sentidos): Já fui mais de uma vez enganado por minha sensibilidade.
Ora, se os sentidos já me enganaram uma vez, que garantia tenho eu de que não me enganarão
novamente? O que sobrevive: as impressões sensíveis mais fortes (de minha própria existência,
por exemplo)
• 2ª dúvida (argumento do sonho): Já tive a experiência, inúmeras vezes, de sonhos intensos, que
me pareciam profundamente reais. Ora, se já estive dormindo e cria estar dormindo, o que me
garante que não estou dormindo agora? O que sobrevive: os elementos básicos da percepção
sensível (cor, tamanho, textura, tempo, etc.) e as verdades matemáticas
• 3ª dúvida (argumento do gênio maligno): Ora, e se houver uma ser todo-poderoso que me engana
a cada vez em que eu julgo possuir um conhecimento verdadeiro? É possível concebê-lo, portanto
é razoável duvidar. O que sobrevive: aparentemente nada
1ª verdade encontrada (argumento do “cogito” -> “Penso, logo existo = “Cogito, ergo sum”): O método
da dúvida me garante ao menos uma coisa – que estou duvidando. Ora, se estou duvidando, então penso. Se
penso, logo existo Certeza adquirida: própria existência
A partir desta primeira certeza indubitável, base de todo saber, Descartes passa a deduzir uma série de
outras certezas. Nessa reconstrução do edifício do conhecimento, só que agora sob bases seguras, as mais
importantes verdades que Descartes acreditou provar foram:
Se é através da minha capacidade de pensar que posso garantir a minha própria existência, mesmo
que eu ainda não saiba de qualquer outra coisa (nem se tenho corpo), portanto, é esta capacidade de me
pensar que define: minha essência é a racionalidade, é a capacidade de pensar.
Dentre todas as ideias que possuo, ainda sem saber se existe algo além de mim, há uma ideia diferente
de todas as outras: é a ideia de Deus. Esta ideia se diferencia por não dizer respeito a um ser finito, como as
outras, mas sim a um ser infinito. Ora, de onde pode me ter vindo esta ideia? Ela não pode ter vindo de mim,
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Filosofia/Sociologia
pois eu sou um ser finito, enquanto esta ideia é infinita. Como o menor não pode dar origem ao maior, então
o finito não pode gerar o infinito. Assim, essa ideia não pode ter sido gerada por mim. Há, portanto, um Ser
infinito que pôs esta ideia em mim. A este ser chama-se Deus. Sendo infinito, Deus possui necessariamente
todas as perfeições, tanto de poder, quanto morais.
Prosseguindo, se há um Deus perfeitamente poderoso e bom, então o mundo à nossa volta também
existe de fato, pois um Deus assim não permitiria que eu me enganasse tão radicalmente a respeito da
realidade. É compatível com a bondade infinita de um ser todo-poderoso permitir que eu me engane às vezes,
mas não que eu me engane sempre. Graças a Deus, portanto, pode-se dizer com certeza absoluta que o
mundo exterior à minha mente é real.
Por fim, se foi a descoberta do cogito, isto é, se foi a descoberta de minha capacidade racional que
legitimou todo o meu saber obtido de modo seguro, e, ao contrário, tudo o que eu percebia pelos sentidos era
desconfiável, então não há dúvida de que a razão é o fundamento último do conhecimento humano e que só
ela nos dá segurança na busca da verdade. Os sentidos, ao contrário, só têm valor sob o comando da razão.
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Filosofia/Sociologia
Exercícios
1. Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as
demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de
problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem
poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido,
não ciências, mas histórias. DESCARTES. R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como
resultado da
a) investigação de natureza empírica.
b) retomada da tradição intelectual.
c) imposição de valores ortodoxos.
d) autonomia do sujeito pensante.
e) liberdade do agente moral.
2. É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo
o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma
gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente
varridas por essa mesma dúvida. SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter
positivo por contribuir para o(a)
a) dissolução do saber científico.
b) recuperação dos antigos juízos.
c) exaltação do pensamento clássico.
d) surgimento do conhecimento inabalável.
e) fortalecimento dos preconceitos religiosos.
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Filosofia/Sociologia
3. Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta
foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia
dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores
como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um
mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e
culturalmente. CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques, Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a
ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse
contexto, a investigação científica consiste em
a) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.
b) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da
filosofia.
c) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.
d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e
religiosos.
e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates
acadêmicos.
4. TEXTO I
Há já de algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas
opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados
não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida,
desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de
estabelecer um saber firme e inabalável. DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
TEXTO II
É de caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo
o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma
gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente
varridas por essa mesma dúvida. SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do
conhecimento, deve-se
a) retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.
b) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.
c) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.
d) buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados.
e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.
5
Filosofia/Sociologia
5. TEXTO I
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar
inteiramente em quem já nos enganou uma vez. DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
TEXTO II
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum
significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for
impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A
comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume
a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo.
b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e
crítica.
c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.
d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos.
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.
6. O conhecimento é uma ferramenta essencial para a sobrevivência humana. Os principais filósofos
modernos argumentaram que nosso conhecimento do mundo seria muito limitado se não pudéssemos
ultrapassar as informações que a percepção sensível oferece. No período moderno, qual processo
cognitivo foi ressaltado como fundamental, pois permitia obter conhecimento direto, novo e capaz de
antecipar acontecimentos do mundo físico e também do comportamento social?
a) Dedução.
b) Indução.
c) Memorização.
d) Testemunho.
e) Oratória e retórica.
6
Filosofia/Sociologia
7. A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste
comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo conhecimento, que
passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da
Filosofia. Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.
A partir do texto, é correto afirmar que:
a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes.
b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor
metodológico.
c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são
coincidentes.
d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do pensamento
filosófico moderno.
8. Ao analisar o cogito ergo sum – penso, logo existo, de René Descartes, conclui-se que
a) o pensamento é algo mais certo que a própria matéria corporal.
b) a subjetividade científica só pode ser pensada a partir da aceitação de uma relação empírica
fundada em valores concretos.
c) o eu cartesiano é uma ideia emblemática e representativa da ética que insurgia já no século XVI.
d) Descartes consegue infirmar todos os sistemas científicos e filosóficos ao lançar a dúvida
sistemático-indutiva respaldada pelas ideias iluministas e métodos incipientes da revolução
científica.
9. Analise a seguinte afirmação:
“Uma prática pela qual conhecendo a força e as ações do fogo, da água, dos astros, dos céus e de todos
os outros corpos que nos cercam, tão distintamente como conhecemos os diferentes misteres de
nossos artesãos, pudéssemos aplicá-los pela mesma forma a todos os usos para os quais são próprios,
e tornando-nos assim como senhores e possuidores do Universo”.
Essa afirmação refere-se
a) à alusão de Descartes acerca do conhecimento que se configura como domínio do Homem sobre
a realidade.
b) à manipulação conceitual por meio da qual se originam todas as operações lógicas com a
finalidade de alcançar o conhecimento.
c) à famosa questão dos “universais” que agitou e, dada a posição central que ocupa, atualizou em
boa parte, durante séculos, o melhor do pensamento filosófico.
d) ao objeto de que se ocupam os pensadores que levam em consideração o conhecimento, que
deriva da metafísica aristotélica.
7
Filosofia/Sociologia
10. O principal problema de Descartes pode ser formulado do seguinte modo: “Como poderemos garantir
que o nosso conhecimento é absolutamente seguro?” Como o cético, ele parte da dúvida; mas, ao
contrário do cético, não permanece nela. Na Meditação Terceira, Descartes afirma: “[...] engane-me
quem puder, ainda assim jamais poderá fazer que eu nada seja enquanto eu pensar que sou algo; ou
que algum dia seja verdade eu não tenha jamais existido, sendo verdade agora que eu existo [...]” DESCARTES. René. “Meditações Metafísicas”. Meditação Terceira, São Paulo: Nova Cultural, 1991. p. 182. Coleção Os
Pensadores.
Com base no enunciado e considerando o itinerário seguido por Descartes para fundamentar o
conhecimento, é correto afirmar:
a) Todas as coisas se equivalem, não podendo ser discerníveis pelos sentidos nem pela razão, já que
ambos são falhos e limitados, portanto o conhecimento seguro detém-se nas opiniões que se
apresentam certas e indubitáveis.
b) O conhecimento seguro que resiste à dúvida apresenta-se como algo relativo, tanto ao sujeito
como às próprias coisas que são percebidas de acordo com as circunstâncias em que ocorrem
os fenômenos observados.
c) Pela dúvida metódica, reconhece-se a contingência do conhecimento, uma vez que somente as
coisas percebidas por meio da experiência sensível possuem existência real.
d) A dúvida manifesta a infinita confusão de opiniões que se pode observar no debate perpétuo e
universal sobre o conhecimento das coisas, sendo a existência de Deus a única certeza que se
pode alcançar.
e) A condição necessária para alcançar o conhecimento seguro consiste em submetê-lo
sistematicamente a todas as possibilidades de erro, de modo que ele resista à dúvida mais
obstinada.
Questão contexto
Ser ateu é um modo de estar no mundo. Antes de ser implicação com a existência de divindades, o
ateísmo é um desdobramento da reflexão filosófica sobre os limites entre o sentido da existência e o
absurdo da existência.
Disponível em: http://www.paulopes.com.br/2017/04/como-nao-existem-deuses-temos-de-dar-conta-de-nos-
mesmos.html#.WOUwWojyvIU
Construa um parágrafo utilizando o argumento cartesiano para existência de Deus.
8
Filosofia/Sociologia
Gabarito
1. D
Descartes é o principal filósofo racionalista. Assim sendo, para ele, o conhecimento é resultado de
investigações do ser pensante, único capaz de chegar a conceitos verdadeiros.
2. D
A dúvida radical conduz o pensador à conclusão de que pensa, o cogito. Esta é, para Descartes, o
conhecimento inabalável, princípio de todas as certezas. Sendo assim, somente a alternativa [D] está
correta.
3. C
Em geral, a ciência estabelece um método de pesquisa racional que busca a construção coletiva de
conhecimentos refletidos e seguros sobre a variedade da natureza, e, também, de conhecimentos
esclarecedores sobre os fenômenos que nos parecem familiares. Sendo assim, a ciência possui uma
base racional fundante a qual todo homem pode ter acesso e, desse modo, todos podem participar. Ela
possui, além disso, como objeto de pesquisa a perplexidade do homem perante a variância de alguns
fenômenos naturais e a permanência de outros, e como objetivo da pesquisa harmonizar estas
diferenças em equilíbrios dinâmicos através de conceitos e sistemas de conceitos justificados da melhor
maneira possível, isto é, pela construção de experimentos controlados e avaliações imparciais.
4. B
Como exemplo da radicalidade indicada pelo prof. Franklin Leopoldo e Silva, vale mencionar que
Descartes inicia a segunda meditação com a metáfora de um homem submerso, ele diz: “a meditação
que fiz ontem encheu-me de tantas dúvidas, que doravante não está mais em meu alcance esquecê-las.
E, no entanto, não vejo de que maneira poderia resolvê-las; e, como se de súbito tivesse caído em águas
muito profundas, estou de tal modo surpreso que não posso nem firmar meus pés no fundo, nem nadar
para me manter à tona”. Essa metáfora expõe um homem de mãos atadas; voltar para a situação anterior
é impossível, porém manter-se no meio do caminho também. A única opção é manter-se trilhando o
caminho da dúvida sistemática e generalizada, esperando desse modo alcançar algum ponto firme o
suficiente para ser possível apoiar os pés, e nadar de volta para a superfície. Mantendo-se nesse
caminho, o filósofo busca o ponto que irá inaugurar uma cadeia de razões da qual ele não poderá duvidar.
O chão desse mar no qual o filósofo está submerso é esta única coisa da qual ele não pode duvidar,
mesmo se o gênio maligno estiver operando. Tal certeza radical é a certeza sobre o fato de que se o
gênio maligno perverte meus pensamentos, ele nunca poderia perverter o próprio fato de que eu devo
estar pensando para que ele me engane. Penso, existo é a nova raiz que nutre a modernidade.
5. E
Da dúvida sistemática e generalizada das experiências sensíveis, Descartes espera começar a busca por
algum ponto firme o suficiente para ser possível se apoiar e não duvidar. O chão deste mar de dúvidas
no qual o filósofo está submerso é esta única coisa da qual ele não pode duvidar, mesmo se o gênio
maligno estiver operando. Esta certeza é a certeza sobre o fato de que se o gênio maligno perverte meus
pensamentos, ele nunca poderia perverter o próprio fato de que eu devo estar pensando para que ele me
engane. Então, se penso, existo.David Hume (1711-1776), influenciado pela filosofia de John Locke
(1632-1704), parte de uma noção da mente humana segundo a qual o homem não possui ideias inatas,
porém todas elas provêm da experiência sensível para compor o conhecimento. Sendo assim, o homem
conhece a partir das impressões e das ideias que concebe a partir da experiência. De experiências
9
Filosofia/Sociologia
habituais ele constrói conhecimentos baseados em matérias de fato e relações entre ideias. Os
conhecimentos sobre matérias de fato são empíricos, portanto, apenas mais ou menos prováveis, já os
conhecimentos sobre relações de ideias são puros, portanto, sempre certos sem, todavia, se referir a
qualquer realidade sensível.
6. B
Na época moderna foram estruturadas as bases para o conhecimento científico que avançou até o
período contemporâneo. O objetivo perseguido era compreender os fenômenos do mundo físico. A busca
por uma previsão ou antecipação destes fenômenos foi perseguida por pensadores que buscam
estabelecer princípios para a formulação de leis gerais que pudessem garantir segurança e
confiabilidade no desenvolvimento de tais teorias. Os principais pensadores que forneceram estas bases
foram Francis Bacon e René Descartes. Bacon criou a “Teoria dos Ídolos” a fim de purificar a mente, de
livrá-la de impressões errôneas que impedissem a observação clara e experimentação precisa dos
fenômenos naturais. Seu método era indutivo, pois propunha que por meio de uma série de observações
realizadas com rigor, era possível estabelecer princípios para formular leis gerais. Descartes é quem vai
estruturar as bases do método científico moderno. Por meio de sua obra: “Discurso do Método”,
Descartes propõe o uso da razão como instrumento para tornar claro as informações que nossos
sentidos captam. Após o esclarecimento dos conceitos, por meio da observação e comparação
utilizando o rigor da matemática na análise e formulação das teorias, seria possível formular leis gerais
dos fenômenos observados. Ambos os autores deixam de lado a visão e do método dedutivo, proposto
por Aristóteles que predominava até então.
7. D
O período moderno da filosofia se caracterizou por dois movimentos, a saber, a dúvida e o método. A
dúvida colocou em questão aquilo que se tinha por conhecimento – vale ressaltar que a filosofia
moderna tem seu início geralmente demarcado no século XVII – e o método buscou reconstruir o
conhecimento de modo que não se pudesse dele duvidar. Porém, esta ausência de dúvida não significa
dogmatismo, mas sim o esforço da dedicação à filosofia, ao estudo da sabedoria, ao bem aplicar o
espírito.
“Este é o método que segui, e que tu, se te aprouver, poderás utilizar. Pois não te recomendo o meu,
apenas o proponho. Contudo, qualquer que seja o método que empregares, gostaria muito de
recomendar-te a filosofia, isto é, o estudo da sabedoria, por falta do qual todos sofremos recentemente
muitos males”. T. Hobbes. Do Corpo – Cálculo ou Lógica. Campinas: Editora Unicamp, 2009, 15.
“O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada, pois cada qual pensa estar tão bem provido dele,
que mesmo os que são mais difíceis de contentar em qualquer outra coisa não costumam desejar tê-lo
mais do que o têm. E não é verossímil que todos se enganem a tal respeito; mas isso antes testemunha
que o poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o
bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade de nossas
opiniões não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos
nossos pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não é suficiente
ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, e os
que só andam muito lentamente podem avançar muito mais, se seguirem sempre o caminho reto, do que
aqueles que correm e dele se distanciam”. R. Descartes. Discurso do método. In Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 29.
10
Filosofia/Sociologia
8. A
Uma vez que as sensações são fonte de engano, Descartes deduz a sua existência, enquanto ser, a partir
do ato de pensar, e não da matéria corporal. Sendo assim, somente a alternativa [A] é correta.
9. A
A única alternativa plausível é a [A]. Essa referência feita a Descartes provém do texto de Caio Prado
Júnior, O que é filosofia. Segundo Caio Prado, essa citação serve para demonstrar como a filosofia
moderna constitui o conhecimento como um problema filosófico.
10. E
Descartes tem como ponto de partida a busca de uma verdade que não pode ser colocada em dúvida,
por isso, começa duvidando de tudo, começando pelas afirmações do senso comum, passando pelas
autoridades, do testemunho dos sentidos, até do mundo exterior, inclusive da realidade do seu corpo, no
entanto, só interrompe essa cadeia de dúvidas diante do seu próprio ser, do seu próprio intelecto que
duvida, pois não pode duvidar de que está duvidando, daí, a célebre máxima cartesiana: “penso, logo,
existo”.
1
Física
Exercícios sobre lançamento vertical e queda livre
Resumo
Lançamento Vertical: movimento realizado na vertical com velocidade inicial diferente de zero. Pode ser
lançamento para cima ou para baixo.
Queda Livre: movimento realizado na vertical com velocidade inicial sempre igual a zero. Apenas movimentos
para baixo (queda).
Como trata-se de um MUV, as equações que regem tal movimento são:
Equação da posição:
Equação da velocidade:
Torricelli:
Altura máxima:
Algumas coisas mudaram em relação ao MUV: H é a altura que o corpo está, g é a aceleração da gravidade e
o ± indica se a gravidade está a favor ou contra o movimento.
Lembre-se de sempre adotar um referencial antes de começar a resolver as questões. É interessante usar
tudo que está para cima positivo e tudo que está para baixo negativo.
2
Física
A altura máxima é atingida quando o corpo não consegue mais subir. Nessa situação, a velocidade do corpo
é igual a zero.
A gravidade tem o valor aproximado g=9,81m/s², mas para algumas questões é possível utilizar g=10m/s² (a
própria questão vai informar isso).
Gráficos
Lançamento Vertical para cima (g contra o movimento)
Lançamento Vertical para baixo (g a favor do movimento)
Queda Livre (g a favor do movimento)
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3
Física
Exercícios
1. Deixa-se cair uma bola e ela desce com uma aceleração de 10 m/s².
Se a mesma bola é jogada para cima, na vertical, no instante em que ela atinge a máxima altura, a sua
aceleração é
a) zero
b) igual a 10 m/s²
c) maior que 10 m/s²
d) menor que 10 m/s²
2. Em uma experiência de cinemática, estudantes analisaram o movimento de um objeto que foi lançado
verticalmente para cima e a partir do solo. Eles verificaram que o objeto passa por um determinado
ponto 0,5 s depois do lançamento, subindo, e passa pelo mesmo ponto 3,5 s depois do lançamento,
descendo. Considerando que essa experiência foi realizada em um local onde a aceleração da
gravidade é igual a 10 m/s² e que foram desprezadas quaisquer formas de atrito no movimento do
objeto, os estudantes determinaram que a velocidade de lançamento e altura máxima atingida pelo
objeto em relação ao solo são, respectivamente, iguais a:
a) 20 m/s e 10 m
b) 20 m/s e 20 m
c) 15 m/s e 11,25 m
d) 15 m/s e 22,50 m
3. Quando estava no alto de sua escada, Arlindo deixou cair seu capacete, a partir do repouso. Considere
que, em seu movimento de queda, o capacete tenha demorado 2 segundos para tocar o solo horizontal.
Supondo desprezível a resistência do ar e adotando g = 10 m/s², a altura h de onde o capacete caiu e a
velocidade com que ele chegou ao solo valem, respectivamente,
a) 20 m e 20 m/s
b) 20 m e 10 m/s
c) 20 m e 5 m/s
d) 10 m e 20 m/s
e) 10 m e 5 m/s
4
Física
4. Uma esfera de dimensões desprezíveis é largada, a partir do repouso, de uma altura igual a 80 m do
solo considerado horizontal e plano. Desprezando-se a resistência do ar e considerando-se a
aceleração da gravidade constante e igual a 10 m/s², é correto afirmar que a distância percorrida pela
esfera, no último segundo de queda, vale
a) 20 m
b) 35 m
c) 40 m
d) 45 m
e) 55 m
5. O edifício mais alto do Brasil ainda é o Mirante do Vale com 51 andares e uma altura de 170 metros. Se
as gotas de água caíssem em queda livre do último andar desse edifício, elas chegariam ao solo com
uma velocidade de aproximadamente 200 km/h e poderiam causar danos a objetos e pessoas. Por
outro lado, gotas de chuva caem de alturas muito maiores e atingem o solo sem ferir as pessoas ou
danificar objetos. Isso ocorro porque:
a) quando caem das nuvens, as gotas de água se dividem em partículas de massas desprezíveis.
b) embora atinjam o solo com velocidades muito altas, as gotas não causam danos por serem
líquidas.
c) as gotas de água chegam ao solo com baixas velocidades, pois não caem em queda livre devido
ao atrito com o ar.
d) as gotas de água têm massas muito pequenas e a aceleração da gravidade praticamente não afeta
seus movimentos verticais.
6. Cecília e Rita querem descobrir a altura de um mirante em relação ao nível do mar. Para isso, lembram-
se de suas aulas de física básica e resolvem soltar uma moeda do alto do mirante e cronometrar o
tempo de queda até a água do mar. Cecília solta a moeda e Rita lá embaixo cronometra 6 s.
Considerando-se g = 10 m/s2, é correto afirmar que a altura desse mirante será de aproximadamente:
a) 180 m.
b) 150 m.
c) 30 m.
d) 80 m.
e) 100 m.
5
Física
7. Dois objetos de massas m1 e m2 (=2m1) encontram-se na borda de uma mesa de altura h em relação
ao solo, conforme representa a figura abaixo.
O objeto 1 é lentamente deslocado até começar a cair verticalmente. No instante em que o objeto 1
começa a cair, o objeto 2 é lançado horizontalmente com velocidade V0. A resistência do ar é
desprezível.
Assinale a alternativa que melhor representa os gráficos de posição vertical dos objetos 1 e 2, em
função do tempo. Nos gráficos, 𝑡𝑞1 representa o tempo de queda do objeto 1. Em cada alternativa, o
gráfico da esquerda representa o objeto 1 e o da direita representa o objeto 2.
6
Física
8. Dois corpos A e B de massas mA = 1,0 kg e mB = 1,0.10³ kg, respectivamente, são abandonados de uma
mesma altura h, no interior de um tubo vertical onde existe o vácuo. Para percorrer a altura h,
a) o tempo de queda do corpo A é igual que o do corpo B.
b) o tempo de queda do corpo A é maior que o do corpo B.
c) o tempo de queda do corpo A é menor que o do corpo B.
d) o tempo de queda depende do volume dos corpos A e B.
e) o tempo de queda depende da forma geométrica dos corpos A e B.
9. Um atleta pratica salto ornamental, fazendo uso de uma plataforma situada a 5m do nível da água da
piscina. Se o atleta saltar desta plataforma, a partir do repouso, com que velocidade se chocará com a
água?
Obs.: despreze a resistência do ar e considere o módulo da aceleração da gravidade 2g 10 m s .=
a) 10 m s.
b) 20 m s.
c) 30 m s.
d) 50 m s.
10. Sobre um rio, há uma ponte de 20 metros de altura de onde um pescador deixa cair um anzol ligado a
um peso de chumbo. Esse anzol, que cai a partir do repouso e em linha reta, atinge uma lancha que se
deslocava com velocidade constante de 20 m s por esse rio. Nessas condições, desprezando a
resistência do ar e admitindo que a aceleração gravitacional seja 210 m s , pode-se afirmar que no
exato momento do início da queda do anzol a lancha estava a uma distância do vertical da queda, em
metros, de:
a) 80
b) 100
c) 40
d) 20
e) 60
7
Física
Gabarito
1. B
2. B
3. A
4. B
5. C
8
Física
6. A
Dados: g = 10 m/s2 ; t = 6 s. Para a queda livre:
2 21 1h g t (10)(6)
2 2= = = 5 (36) h = 180 m.
7. A
8. A
9. A
Aplicando a equação de Torricelli, obtemos:
2 20
2
2
v v 2a s
v 0 2 10 5
v 100
v 10 m s
Δ= +
= +
=
=
10. C
O tempo de queda do anzol é idêntico ao gasto pela lancha para chegar imediatamente abaixo do
lançamento, considerando a lancha um ponto material. Assim, a posição inicial da lancha no momento
do lançamento é determinada.
Tempo de queda:
2
2
g 2hh t t
2 g
2 20 mt t 2 s
10 m s
= =
= =
Deslocamento da lancha:
Considerando que a lancha estava passando na origem das posições no momento da queda do anzol,
então, seu deslocamento em MRU é:
x v t x 20 m s 2 s
x 40 m
= =
=
1
Física
Lançamento horizontal
Resumo
Lançamento Horizontal O lançamento horizontal é aquele que ocorre quando a velocidade do objeto é horizontal e a partir daí ele fica
sob ação exclusiva da gravidade.
Os casos comuns são aqueles em que um avião lança uma bomba, uma bola rola sobre uma mesa e cai ou
semelhantes.
Para resolver um problema de lançamento horizontal é preciso entender que o movimento é o resultado de
dois movimentos:
No eixo horizontal o objeto não possui nenhuma aceleração, fazendo, portanto, um movimento uniforme (e
usando as equações de MU).
No eixo vertical o corpo executa uma queda livre sob ação da gravidade (usa-se, portanto, as equações
contraídas de MUV – equações da queda livre).
Um detalhe importante é perceber que (sem resistência do ar) um objeto abandonado em movimento por
outro, continua exatamente abaixo dele. É o caso do avião que solta uma bomba. A velocidade horizontal da
bomba será a mesma do avião, a diferença é que ela se afastará da linha horizontal que foi largada em queda
livre.
Os vetores velocidade horizontal e velocidade vertical são ilustrados na figura a seguir.
Veja que a velocidade horizontal V0x fica constante todo o tempo de queda, enquanto a velocidade vertical
inicia-se no zero e vai aumentando. A velocidade do objeto é a soma vetorial das componentes e ficará
tangente à trajetória.
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2
Física
Exercícios
1. Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com velocidade constante, de módulo igual a 10,8
km/h, em trajetória retilínea, numa quadra plana e horizontal.
Num certo instante, a menina, com o braço esticado horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o
seu estado de movimento, solta a bola, que leva 0,5 s para atingir o solo. As distâncias sm e sb
percorridas, respectivamente, pela menina e pela bola, na direção horizontal, entre o instante em que a
menina soltou a bola (t = 0 s) e o instante t = 0,5 s, valem:
Note e adote: Desconsiderar efeitos dissipativos.
a) sm = 1,25 m e sb = 0 m.
b) sm = 1,25 m e sb = 1,50 m.
c) sm = 1,50 m e sb = 0 m.
d) sm = 1,50 m e sb = 1,25 m.
e) sm = 1,50 m e sb = 1,50 m.
2. Em um campeonato recente de voo de precisão, os pilotos de avião deveriam "atirar" um saco de areia
dentro de um alvo localizado no solo. Supondo que o avião voe horizontalmente a 500 m de altitude
com uma velocidade de 144 km/h e que o saco é deixado cair do avião, ou seja, no instante do "tiro" a
componente vertical do vetor velocidade é zero, podemos afirmar que: Considere a aceleração da
gravidade g=10m/s2 e despreze a resistência do ar)
a) o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a 100 m do alvo;
b) o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a 200 m do alvo;
c) o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a 300 m do alvo;
d) o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a 400 m do alvo;
e) o saco deve ser lançado quando o avião se encontra a 500 m do alvo.
3
Física
3. Duas mesas de 0,80 m de altura estão apoiadas sobre um piso horizontal, como mostra a figura a
seguir. Duas pequenas esferas iniciam o seu movimento simultaneamente do topo da mesa: 1) a
primeira, da mesa esquerda, é lançada com velocidade 0V na direção horizontal, apontando para a
outra esfera, com módulo igual a 4m/s; 2) a segunda, da mesa da direita, cai em queda livre.
Sabendo que elas se chocam no momento em que tocam o chão, determine:
a) o tempo de queda das esferas;
b) a distância x horizontal entre os pontos iniciais do movimento.
4. Na figura, estão representadas as trajetórias de dois projéteis, A e B, no campo gravitacional terrestre.
O projétil A é solto da borda de uma mesa horizontal de altura H e cai verticalmente; o projétil B é
lançado da borda dessa mesa com velocidade horizontal de 1,5 m/s.
(O efeito do ar é desprezível no movimento desses projéteis.)
Se o projétil A leva 0,4s para atingir o solo, qual será o valor do alcance horizontal X do projétil B?
a) 0,2 m.
b) 0,4 m.
c) 0,6 m.
d) 0,8 m.
e) 1,0 m.
Três bolas − X, Y e Z − são lançadas da borda de uma mesa, com velocidades iniciais paralelas ao solo e mesma direção e sentido. A tabela abaixo mostra as magnitudes das massas e das velocidades iniciais das bolas.
Bolas Massa
(g)
Velocidade inicial
(m/s)
X 5 20
Y 5 10
Z 10 8
4
Física
5. As relações entre os respectivos tempos de queda xt , yt e zt das bolas X, Y e Z estão apresentadas
em:
a) xt < yt < zt
b) yt < zt < xt
c) zt < yt < xt
d) yt = xt = zt
6. As relações entre os respectivos alcances horizontais xA , yA e zA das bolas X, Y e Z, com relação à
borda da mesa, estão apresentadas em:
a) xA < yA < zA
b) yA = xA = zA
c) zA < yA < xA
d) yA < zA < xA
7. Para um salto no Grand Canyon usando motos, dois paraquedistas vão utilizar uma moto cada, sendo
que uma delas possui massa três vezes maior. Foram construídas duas pistas idênticas até a beira do
precipício, de forma que no momento do salto as motos deixem a pista horizontalmente e ao mesmo
tempo. No instante em que saltam, os paraquedistas abandonam suas motos e elas caem praticamente
sem resistência do ar.
As motos atingem o solo simultaneamente porque
a) possuem a mesma inércia.
b) estão sujeitas à mesma força resultante.
c) têm a mesma quantidade de movimento inicial.
d) adquirem a mesma aceleração durante a queda.
e) são lançadas com a mesma velocidade horizontal.
5
Física
8. Três pedras são atiradas horizontalmente, do alto de um edifício, tendo suas trajetórias representadas
a seguir.
Admitindo-se a resistência do ar desprezível, é correto afirmar que, durante a queda, as pedras possuem
a) acelerações diferentes.
b) tempos de queda diferentes.
c) componentes horizontais das velocidades constantes.
d) componentes verticais das velocidades diferentes, a uma mesma altura.
9. Uma esfera é lançada com velocidade horizontal constante de módulo v=5 m/s da borda de uma mesa
horizontal. Ela atinge o solo num ponto situado a 5 m do pé da mesa conforme o desenho abaixo.
Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade com que a esfera atinge o solo é de: Dado: Aceleração da gravidade: g=10 m/s2
a) 4 m / s
b) 5 m / s
c) 5 2 m / s
d) 6 2 m / s
e) 5 5 m / s
6
Física
10. Um bloco de massa m preso a uma mola de constante elástica k, ao ser pendurado verticalmente,
atinge o equilíbrio quando a mola sofre uma elongação ex . Em seguida, o bloco é desacoplado da mola
e esse arranjo é montado sobre uma mesa horizontal sem atrito, conforme a figura apresentada a
seguir.
Nessa situação, a mola com o bloco é comprimida de mx e depois solta. O bloco de massa m colide
com o bloco de massa M, que se encontra em repouso na extremidade da mesa, e fica preso a ele. Os
dois blocos caem a uma distância x da extremidade da mesa. Sabe-se que a razão eh x 200,= que
M m 3= e que 2g 10 m / s .= Considerando o exposto, determine:
O valor de ex , em metros, para um tempo de queda de 1,0 s, e a razão m / k.
7
Física
Gabarito
1. E Dados: vx = 10,8 km/h = 3 m/s, tqueda = 0,5 s.
Durante a queda, a velocidade horizontal da bola é igual à velocidade da menina. Portanto:
sm = sb = vx tqueda = 3 (0,5) = 1,5 m.
2. D O tempo de queda do saco de areia será:
h = gt2/2 → 500 = 10.t2/2 → t2 = 100 → t = 10 s
Isto significa que o saco deve ser abandonado 10 s antes do avião sobrevoar do alvo. Como o avião está
a 144 km/h ou 40 m/s, o saco deverá ser abandonado a 40.10 = 400 m antes do alvo.
3.
a) 2 21S gt 0,8 5t t 0,4s
2 = → = → =
b) S V.t S 4 0,4 1,6m = → = =
4. C Como a componente horizontal da velocidade se mantém constante e o tempo de queda é o mesmo para
dos dois projéteis, temos:
xx v t 1,5 0,4 x 0,6 m.= = =
5. D O movimento de queda das bolas é acelerado com a gravidade. Os tempos de queda são iguais.
6. C Os movimentos horizontais são uniformes. Portanto, o maior alcance será o da bola com maior
velocidade inicial.
7. D Sendo desprezível a resistência do ar, durante a queda as duas motos adquirem a mesma aceleração,
que é a aceleração da gravidade ( )a g .=
8. C O lançamento horizontal de uma pedra, sem resistência do ar, pode ser desmembrado em dois
movimentos:
- movimento uniforme na horizontal.
- queda livre a partir do repouso na vertical.
9. E 1ª Solução:
O tempo de queda da esfera é igual ao tempo para ela avançar 5 m com velocidade horizontal constante
de v0 = 5 m/s.
8
Física
0
x 5t 1 s.
v 5= = =
A componente vertical da velocidade é:
( )y 0y y yv v g t v 0 10 1 v 10 m/s.= + = + =
Compondo as velocidades horizontal e vertical no ponto de chegada:
2 2 2 2 20 yv v v v 5 10 v 125
v 5 5 m/s.
= + = + =
=
2ª Solução:
Calculando a altura de queda:
( )221
h g t h 5 1 h 5 m.2
= = =
Pela conservação da energia mecânica:
( )( )22
2 200
m vm vm g h v v 2 g h v 5 2 10 5 125
2 2
v 5 5 m/s.
= + = + = + =
=
10. Valor de ex
Dados: 2
e
ht 1s; 200; g 10 m/s .
x= = =
Aplicando a equação do tempo de queda para o lançamento horizontal:
2 2 1 1h gt h 10 1 h 5m.
2 2= = =
Aplicando esse resultado na expressão dada:
2e e
e
h h 5200 x x 2,5 10 m.
x 200 200
−= = = =
- A razão m k.
Para a situação de equilíbrio, com o bloco de massa m suspenso:
23 2e
e 2
xm m 2,5 10 m mP F mg k x 2,5 10 s .
k g k 10 km/s
−−
= = = = =
1
Geografia
População: crescimento e estrutura
Resumo
Crescimento e distribuição da população mundial Atualmente, existem 7 bilhões de pessoas no mundo e uma diversidade de idiomas, culturas, tradições, etnias
e religiões. A maior parte dessa população está concentrada na Ásia, específicamente na região abaixo:
Existem mais pessoas vivendo dentro desse círculo do que fora dele.
Distribuição da população Em termos de distribuição, pode-se afirmar que a densidade demográfica mundial (número de habitantes por
quilômetro quadrado) é concentrada e desigual. Nesse sentido, é importante diferenciar país populoso de
país povoado.
• Populoso: conceito relacionado à população absoluta de um país. Em números absolutos, corresponde
a quantos habitantes vivem em determinado lugar. Nesse sentido, quando a população absoluta é
bastante expressiva, fala-se em país populoso, cidade populosa.
• Povoado: conceito que expressa a relação entre o número total de habitantes e sua distribuição no
território por quilômetro quadrado. Essa relação corresponde à divisão da população absoluta de um
país pela área desse mesmo território. Essa informação constitui o dado denominado densidade
demográfica (hab./km²).
No caso do Brasil, o país possui uma população absoluta de, aproximadamente, 200 milhões de habitantes e
uma área de, aproximadamente, 8,5 milhões de quilômetros quadrados. Nesse sentido, sua densidade
demográfica é em torno de 23,5 hab./km² (total de habitantes dividido pela área do território). Desse modo,
2
Geografia
pode-se afirmar que o Brasil é um país populoso e pouco povoado, pois possui uma elevada população
absoluta e uma baixa densidade demográfica.
Para a compreensão do crescimento da população mundial, é necessária uma análise estatística através de
dados demográficos encontrados, por exemplo, em censos demográficos, como aqueles realizados pelo
IBGE, além de uma análise histórica e geográfica dessas populações. Após esse conjunto de procedimentos,
é possível identificar e compreender os padrões de crescimento da população, que estão associados, por
exemplo, à queda da mortalidade, ao aumento da expectativa de vida, entre outros.
Hoje, o ritmo de crescimento populacional vem diminuindo a cada ano. Esse crescimento é medido através
do chamado crescimento vegetativo, que consiste na diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de
mortalidade e que, geralmente, é expresso em porcentagem.
• Crescimento vegetativo positivo: quando o número de nascimentos é maior que o número de mortes.
• Crescimento vegetativo negativo: quando o número de mortes supera o número de nascimentos.
O crescimento demográfico é outro dado utilizado para se entender o comportamento da população de um
país. É calculado a partir do somatório do crescimento vegetativo e do saldo migratório (população que entra
e sai).
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3
Geografia
Exercícios
1. A proporção entre a população e a superfície territorial e um dos elementos que define a relação entre
sociedade e espaço. Observe os dados informados abaixo:
De acordo com a tabela, o país mais povoado e a:
a) China
b) França
c) Holanda
d) Argentina
e) Brasil
2. A taxa de dependência total corresponde ao percentual do conjunto da população jovem (menores de
15 anos) e idosa (com 60 anos ou mais) em relação à população total. Ela expressa a proporção da
população sustentada pela população economicamente ativa.
Adaptado de veja.abril.com.br, 28/11/2012
A manutenção da tendência apresentada no gráfico pode favorecer o seguinte impacto sobre as
despesas governamentais nas próximas duas décadas:
a) redução do déficit da previdência social
b) diminuição das verbas para a rede de saúde
c) elevação dos investimentos na educação infantil
d) ampliação dos recursos com seguro-desemprego
e) diminuição dos investimentos em saneamento básico
4
Geografia
3. Em cerca de quarenta anos, o Brasil passou da iminente ameaça de explosão demográfica para a
perspectiva de redução da população, caso continuem nascendo relativamente tão poucas crianças e
não haja um processo de imigração internacional que compense a diminuição dos nascimentos. Hoje
a população brasileira continua crescendo, mas em ritmo cada vez menor.
LÚCIO, C. et al. As mudanças da população brasileira. Le Monde Diplomatique Brasil. São Paulo, ano 6, n. 71, jun. 2013. p.26.
O atual padrão demográfico do Brasil apresenta como tendência a(o)
a) aceleração do crescimento vegetativo
b) progressão do envelhecimento
c) estagnação da emigração internacional
d) aumento da taxa de mortalidade infantil
e) elevação da taxa de fecundidade
4.
IBGE. Censo demográfico 2010: resultados gerais da amostra. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br. Acesso em: 12 mar. 2013.
O processo registrado no gráfico gerou a seguinte consequência demográfica:
a) Decréscimo da população absoluta.
b) Redução do crescimento vegetativo.
c) Diminuição da proporção de adultos.
d) Expansão de políticas de controle da natalidade.
e) Aumento da renovação da população economicamente ativa.
5
Geografia
5. Ao longo do século XX, as características da população brasileira mudaram muito. Os gráficos
mostram as alterações na distribuição da população da cidade e do campo e na taxa de fecundidade
(número de filhos por mulher) no período entre 1940 e 2000.
IBGE
Comparando-se os dados dos gráficos, pode-se concluir que
a) o aumento relativo da população rural é acompanhado pela redução da taxa de fecundidade.
b) quando predominava a população rural, as mulheres tinham em média três vezes menos filhos do
que hoje.
c) a diminuição relativa da população rural coincide com o aumento do número de filhos por mulher.
d) quanto mais aumenta o número de pessoas morando em cidades, maior passa a ser a taxa de
fecundidade.
e) com a intensificação do processo de urbanização, o número de filhos por mulher tende a ser
menor.
6. De acordo com reportagem sobre resultados recentes de estudos populacionais,
“... a população mundial deverá ser de 9,3 bilhões de pessoas em 2050. Ou seja, será 50% maior que os
6,1 bilhões de meados do ano 2000.(...) Essas são as principais conclusões do relatório Perspectivas
da População Mundial – Revisão 2000, preparado pela Organização das Nações Unidas (ONU). (...)
Apenas seis países respondem por quase metade desse aumento: Índia (21%), China (12%), Paquistão
(5%), Nigéria (4%), Bangladesh (4%) e Indonésia (3%).
Esses elevados índices de expansão contrastam com os dos países mais desenvolvidos. Em 2000, por
exemplo, a população da União Européia teve um aumento de 343 mil pessoas, enquanto a Índia
alcançou esse mesmo crescimento na primeira semana de 2001. (...)
Os Estados Unidos serão uma exceção no grupo dos países desenvolvidos. O país se tornará o único
desenvolvido entre os 20 mais populosos do mundo.” O Estado de S. Paulo, 03 de março de 2001.
Considerando as causas determinantes de crescimento populacional, pode-se afirmar que,
a) na Europa, altas taxas de crescimento vegetativo explicam o seu crescimento populacional em
2000.
b) nos países citados, baixas taxas de mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida são as
responsáveis pela tendência de crescimento populacional.
c) nos Estados Unidos, a atração migratória representa um importante fator que poderá colocá-lo
entre os países mais populosos do mundo.
d) nos países citados, altos índices de desenvolvimento humano explicam suas altas taxas de
natalidade.
6
Geografia
e) nos países asiáticos e africanos, as condições de vida favorecem a reprodução humana.
7. A distribuição da População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil variou muito ao longo do século XX. O gráfico representa a distribuição por setores de atividades (em %) da PEA brasileira em diferentes décadas.
As transformações socioeconômicas ocorridas ao longo do século XX, no Brasil, mudaram a
distribuição dos postos de trabalho do setor
a) agropecuário para o industrial, em virtude da queda acentuada na produção agrícola.
b) industrial para o agropecuário, como consequência do aumento do subemprego nos centros
urbanos.
c) comercial e de serviços para o industrial, como consequência do desemprego estrutural.
d) agropecuário para o industrial e para o de comércio e serviços, por conta da urbanização e do
avanço tecnológico.
e) comercial e de serviços para o agropecuário, em virtude do crescimento da produção destinada à
exportação.
8. Em 2011 o IBGE divulgou a Sinopse do Censo Demográfico 2010. Observe alguns dados:
De acordo com os dados é possível afirmar:
a) o Brasil passa a apresentar um processo de envelhecimento a partir das décadas de 1950 e 1960.
b) a diminuição da população brasileira é observada a partir das duas últimas décadas devido a
queda da fecundidade.
c) a queda da taxa de fecundidade na metade do século XX e o processo de urbanização, que se
seguiu a partir desse período, ajudam a compreender o crescimento vegetativo.
7
Geografia
d) a queda da taxa de mortalidade que provocou a desaceleração do crescimento vegetativo nos
anos 1950, está relacionada à evolução da medicina e à melhoria das condições sanitárias.
e) a população brasileira segue aumentando apesar da desaceleração do crescimento.
9. Observe os seguintes mapas do Brasil.
Os mapas representam, respectivamente, os temas:
a) Natalidade – Mortalidade infantil – IDH
b) Mortalidade infantil – Alfabetização – Trabalho infantil
c) Alfabetização – Trabalho infantil – IDH
d) Natalidade – IDH – Trabalho infantil
e) Alfabetização – Mortalidade infantil – Natalidade
10. O professor Paulo Saldiva pedala 6 km em 22 minutos de casa para o trabalho, todos os dias. Nunca foi
atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima diária do trânsito de São Paulo: a cada minuto sobre a
bicicleta, seus pulmões são envenenados com 3,3 microgramas de poluição particulada – poeira,
fumaça, fuligem, partículas de metal em suspensão, sulfatos, nitratos, carbono, compostos orgânicos e
outras substâncias nocivas. ESCOBAR, H. Sem Ar. O Estado de São Paulo. Ago. 2008.
A população de uma metrópole brasileira que vive nas mesmas condições socioambientais das do
professor citado no texto apresentará uma tendência de
a) ampliação da taxa de fecundidade
b) diminuição da expectativa de vida.
c) elevação do crescimento vegetativo.
d) aumento na participação relativa de idosos.
e) redução na proporção de jovens na sociedade.
8
Geografia
Questão contexto
TEXTO I
O Partido Comunista da China anunciou nesta quinta-feira (29) o fim da política do filho único,
permitindo que agora cada casal tenha até dois filhos. O anúncio foi feito na reunião anual do partido.
Todos os casais do país poderão agora ter dois filhos, uma reforma que põe fim a mais de 30 anos da
política que limitava os nascimentos no país. Desde o fim de 2013 a China já adota medidas de
relaxamento do controle de natalidade. Apesar das mudanças, pesquisas mostraram que o número de
chineses que querem ter o segundo filho ficou abaixo do esperado.
Adaptado de G1. Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/10/china-acaba-com-politica-do-filho-unico-e-
permitira-dois-filhos-por-casal.html.
TEXTO II
A diminuição acentuada dos habitantes de alguns países europeus é uma experiência nova, que debilita
fortemente suas economias e infraestrutura. É preciso ter mão de obra suficiente para levantar prédios,
pontes e hospitais e também, no capitalismo moderno, produzir manufaturados em condições
competitivas com países que possuem uma grande reserva de trabalhadores (o que deprecia seus
salários e derruba os preços das mercadorias). Atrair imigrantes poderia ser um caminho, mas não é a
opção mais desejada pelos Estados, por conta de motivos xenófobos e preocupações com o
surgimento de conflitos com a mistura de “nacionalismos”.
Adaptado de Jornal GGN. Disponível em: http://jornalggn.com.br/noticia/os-riscos-do-crescimento-demografico-negativo-
na-europa
Os dois textos relatam transformações demográficas em curso na China e no continente europeu.
Comente e diferencie as transformações demográficas pelas quais esses países estão passando.
9
Geografia
Gabarito
1. C
O termo povoado caracteriza a densidade demográfica de um país, cujo cálculo é feito através da divisão
da população absoluta pela área. Dessa forma, a densidade demográfica da China é de 137 hab./km2, da
França é de 112 hab./km2, da Holanda é de 392 hab./km2 e da Argentina é de 13 hab./km2. Portanto, a
Holanda é o país mais povoado.
2. A
O sistema previdenciário é capitalizado através da arrecadação de valores da PEA (População
Economicamente Ativa) e transformado em aposentadoria para a população idosa, por exemplo. Com a
redução da taxa de dependência, que representa o número de idosos e jovens, consequentemente, haverá
um menor número de idosos requerendo aposentadoria e haverá uma redução do déficit da previdência
social.
3. B
No Brasil, verifica-se um progressivo número de idosos, decorrente da associação de dois processos:
queda da taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida.
4. B
A taxa de fecundidade refere-se ao número de filhos por mulher. Quando essa taxa entra em declínio,
como mostrado no gráfico, consequentemente, há uma redução do crescimento vegetativo (diferença
entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade).
5. E
Ao se analisarem os gráficos, percebe-se que, a partir da década de 1970, a população urbana passa a
crescer mais do que a população rural, que começa a decrescer (urbanização). Observa-se também que,
a partir da mesma década, há uma queda da taxa de fecundidade (número de filhos por mulher). Isso
permite concluir que, com a intensificação do processo de urbanização, o número de filhos por mulher
tende a ser menor.
6. C
É abordado o conceito de crescimento demográfico, que considera dois aspectos: o crescimento
vegetativo e a taxa de migração. No caso citado, os Estados Unidos é uma exceção entre os países
desenvolvidos, isso porque o número de pessoas no país acaba aumentando devido ao número elevado
de imigrantes.
7. D
A questão ajuda a elucidar a importância de um percentual consideravel da população sendo a PEA
direcionada economicamente de acordo com os postos de serviço disponíveis. Com o crescimento das
atividades industriais nas cidades e o processo de modernização da agricultura em curso, a urbanização
se intensificou e impactou também os setores econômicos, ocorrendo, assim, o crescimento dos setores
secundário e terciário.
8. E
O gráfico mostra um decrescimento no quantitativo populacional geral, o que não indica ausência de
crescimento, apenas uma mudança de ritmo.
10
Geografia
9. C
Os mapas revelam as disparidades regionais no Brasil: as Regiões Sudeste e Sul apresentam indicadores
sociais superiores à média nacional; entretanto, na Região Nordeste, concentram-se os piores indicadores
sociais, como revela o mapa referente ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O IDH varia de 0 a 1:
quanto mais próximo de zero, pior é esse indicador. Nenhum dos mapas revela a mortalidade infantil.
10. B
Os problemas apontados no texto impactam sensivelmente a qualidade de vida e contribuem para a
diminuição da expectativa de vida.
Questão Contexto
Em outubro de 2015, o governo chinês alterou a política do filho único e passou a permitir dois filhos por
casal. Essa mudança na política de controle de natalidade revela uma preocupação do governo chinês
com o envelhecimento da população e a diminuição da população em idade ativa. Outros fatores que
ajudam a explicar esse ajuste na política do filho único podem ser associados aos escândalos de abortos,
casos de infanticídio e abandono de crianças. Já os baixos índices de natalidade do continente europeu
foram fruto de um processo natural, como a urbanização e o novo posicionamento da mulher na
sociedade, que, associado à baixa mortalidade, acarretou um crescimento vegetativo negativo, o que
levou a um quadro de mais idosos do que jovens e adultos. Tal contexto tem como desdobramento uma
possível crise previdenciária e a sobrecarga da saúde pública, principalmente do setor geriátrico.
1
Geografia
Transição demográfica e seus desafios
Resumo
Fases da transição demográfica
Disponível em: http://www.geografiaopinativa.com.br/wp-content/uploads/2016/12/cresc.pop_.2.png
Primeira fase: Crescimento vegetativo baixo, resultante das altas taxas de natalidade e mortalidade. Nenhum
país encontra-se nessa fase.
Segunda fase: Crescimento vegetativo muito alto, devido à alta taxa de natalidade e à queda da taxa de
mortalidade. Período também denominado explosão demográfica ou “Baby boom”. Alguns países africanos
encontram-se nessa fase.
Terceira fase: Crescimento vegetativo começa a retrair, devido à queda da taxa de natalidade e à manutenção
da baixa taxa de mortalidade. A maior parte dos países emergentes e subdesenvolvidos encontra-se nessa
fase.
Quarta fase: Crescimento vegetativo baixo, resultante das baixas taxas de natalidade e mortalidade. Fase
relacionada ao envelhecimento da população. A maioria dos países desenvolvidos encontra-se nessa fase.
Quinta fase: Crescimento vegetativo negativo, resultante da taxa de natalidade muito baixa e da taxa de
mortalidade baixa, causando o encolhimento da população absoluta. Alemanha e Rússia são exemplos de
países que apresentaram redução da população absoluta em períodos recentes. Atenção para não considerar
os países em guerra como pertencentes a essa fase.
2
Geografia
Mesmo que seja muito comum tentar associar uma data ou período a essas fases, é necessário um cuidado
maior. Como são associadas às dinâmicas demográficas dos países e eles transitam por essas fases em
períodos diferentes, não há, portanto, uma data certa para quando esses períodos ocorreram. Porém, pode-
se dizer que o fim da primeira fase ocorreu com a Revolução Industrial na Europa e, desde então, podem-se
observar essas diferentes fases nos países.
Disponível em: https://4.bp.blogspot.com/-vYKMjP9otSM/WFxq9f91q4I/AAAAAAAADhM/5Mh23JrmSfcxqpoo-
NNCZ_h3yPtStmDmwCLcB/s1600/Llinha_de_tempo.PNG
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3
Geografia
Exercícios
1. Considere o gráfico abaixo:
Fonte: IBGE, Séries Históricas e Estatísticas. População e Demografia, 1881-2007
A partir do gráfico e de seus conhecimentos sobre população, é possível afirmar que:
a) A queda das taxas de natalidade e mortalidade indica a diminuição da participação dos idosos e a
redução da participação de crianças e jovens na população brasileira.
b) A década de 2000 é caracterizada pela contínua queda da taxa de natalidade e aumento da taxa
de mortalidade, que resultam na redução do crescimento populacional.
c) A primeira fase do ciclo demográfico, caracterizada por baixo crescimento populacional derivado
de alta taxa de natalidade e baixa taxa de mortalidade, foi ultrapassado pelo Brasil ainda no século
XX.
d) O Brasil vive uma fase de “transição demográfica” em seu ciclo evolutivo da população, com queda
na taxa de natalidade e mortalidade e, consequente redução do ritmo de crescimento populacional.
e) O intervalo entre as décadas de 1940 e 1980 destacou-se pelo baixo crescimento populacional
brasileiro, resultado da combinação entre a queda acentuada da mortalidade e a aumento da
natalidade.
2. Os países industriais adotaram uma concepção diferente das relações familiares e do lugar da
fecundidade na vida familiar e social. A preocupação de garantir uma transmissão integral das
vantagens econômicas e sociais adquiridas tem como resultado uma ação voluntária de limitação do
número de nascimentos. GEORGE, P Panorama do mundo atual. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1968 (adaptado).
Em meados do século XX, o fenômeno social descrito contribuiu para o processo europeu de
a) estabilização da pirâmide etária.
b) conclusão da transição demográfica.
c) contenção da entrada de imigrantes.
d) elevação do crescimento vegetativo.
e) formação de espaços superpovoados.
4
Geografia
3.
CALDINI, V.; ÍSOLA, L. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2009 (adaptado).
O padrão da pirâmide etária ilustrada apresenta demanda de investimentos socioeconômicos para a
a) redução da mortalidade infantil.
b) promoção da saúde dos idosos.
c) resolução do déficit habitacional.
d) garantia da segurança alimentar.
e) universalização da educação básica.
4. De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a população de idosos no Brasil
chegará a 20 milhões até 2030, o dobro da população atual. Além disso, o Brasil será o quarto país com
maior crescimento no número de idosos até 2030, perdendo apenas para a China, Índia e Estados
Unidos.
Os motivos para o crescimento da população idosa podem ser atribuídos:
a) ao aumento da População Economicamente Ativa (PEA).
b) ao aumento da taxa de natalidade e à redução da taxa de mortalidade.
c) à queda da taxa de natalidade e ao aumento da expectativa de vida.
d) à melhora da qualidade de vida no país e ao alargamento da base da pirâmide etária brasileira.
e) ao aumento da taxa de fecundidade e à redução da mortalidade infantil.
5
Geografia
5.
A transição demográfica que ocorre no Brasil gera diferenças socioespaciais entre as macrorregiões
do país. De acordo com os mapas, as menores proporções de população em idade ativa são
encontradas na seguinte macrorregião brasileira:
a) Sul
b) Norte
c) Sudeste
d) Nordeste
e) Centro-Oeste
6. O declínio da fertilidade no mundo é surpreendente. Em 1970, o índice de fertilidade total era de 4,45 e
a família típica no mundo tinha quatro ou cinco filhos. Hoje é de 2,435 em todo o mundo, e menor em
alguns lugares surpreendentes. O índice de Bangladesh é de 2,16, uma queda de 50% em 20 anos. A
fertilidade no Irã caiu de 7, em 1984, para 1,9, em 2006. Grande parte da Europa e do Extremo Oriente
tem índices de fertilidade abaixo dos níveis de reposição. Carta Capital, 02.11.2011
A queda da fertilidade em um país é responsável por novos arranjos demográficos, dentre eles
a) o forte aumento das taxas de urbanização.
b) a emergência de padrões de vida mais elevados.
c) a mudança na composição etária da população.
d) o aumento da expectativa de vida.
e) a estabilização da densidade demográfica.
6
Geografia
7. Observe a figura a seguir.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) está realizando o Censo da população brasileira
em 2010. Com 80% da população brasileira já recenseada, os dados preliminares do Censo 2010
indicam que a pirâmide etária brasileira se alterou na última década. Em 2000, as crianças de até 4
anos de idade representavam 9,64% da população brasileira; hoje, são 7,17%. As de 5 a 9 eram 9,74%,
percentual que caiu para 7,79%. A população com até 24 anos somava 49,68% dos brasileiros há 10
anos; hoje, constituem 41,95%.
Sobre os dados do Censo 2010, é correto afirmar que
a) os resultados apontam para um aumento da base da pirâmide etária, uma vez que a população
jovem diminuiu.
b) a queda da taxa de fecundidade aliada a uma maior expectativa de vida são fatores que podem
explicar as mudanças ocorridas na estrutura da população brasileira.
c) a diminuição da população jovem no Brasil é decorrente do aumento da taxa de mortalidade
verificada no país em função das diversas epidemias que ocorreram na década analisada, tais
como a “gripe suína” ou H1N1.
d) o envelhecimento da população brasileira era totalmente inesperado neste Censo, haja vista os
grandes investimentos sociais que foram feitos para a melhoria de vida da população jovem.
e) a diminuição da base da pirâmide etária brasileira é ruim, pois evidencia que o número de mortos
na juventude está influenciando diretamente a estrutura da população.
8. O envelhecimento da população está mudando radicalmente as características da população da Europa,
onde o número de pessoas com mais de 60 anos deverá chegar nas próximas décadas a 30% da
população total. Graças aos avanços da medicina e da ciência, a população está cada vez mais velha.
Isso ocorre em função do:
a) Declínio da taxa de natalidade e aumento da longevidade.
b) Aumento da natalidade e diminuição da longevidade.
c) Crescimento vegetativo e aumento da taxa de natalidade.
d) Aumento da longevidade e do crescimento vegetativo.
e) Declínio da taxa de mortalidade e diminuição da longevidade.
7
Geografia
9. O descompasso temporal com que se deu a transição demográfica no bloco dos países com
economias desenvolvidas e que vem se dando no das economias em desenvolvimento, coloca no
mundo contemporâneo uma situação pelo menos paradoxal. O primeiro bloco, que concentra os
maiores PIBs do mundo, enfrenta sérias dificuldades quanto ao declínio populacional. Já o segundo
bloco, com grandes contingentes de população em idade produtiva, enfrenta sérias dificuldades de
trabalho e emprego. BERQUÓ, Elza. Migrações internacionais – contribuições para políticas. Brasília: Comissão Nacional de População e
Desenvolvimento, 2001. (adaptado)
No contexto da dinâmica populacional recente, uma das estratégias praticadas pelos países
desenvolvidos para a minimização dos efeitos do paradoxo identificado no texto é a(o)
a) concessão de vantagens trabalhistas para incentivar a natalidade.
b) transferência do processo produtivo para os países em desenvolvimento.
c) regularização dos imigrantes ilegais para seu ingresso na economia formal.
d) difusão generalizada de políticas para incentivo à migração de reposição.
e) criminalização da prática demissional para controle da concorrência entre trabalhadores.
10.
Assinale a interpretação correta para o cartograma acima.
a) As taxas de mortalidade infantil no continente africano são elevadíssimas.
b) O continente africano é o que possui a menor expectativa de vida do mundo.
c) A África é um continente com baixa presença de mão de obra infanto-juvenil.
d) O fluxo migratório interno do continente africano é limitado à sua faixa central.
e) A natalidade nos extremos sul e norte da África é menor do que a da sua região central.
8
Geografia
Questão contexto
Observe os gráficos abaixo, que representam a composição da população brasileira, por sexo e idade.
Na atualidade, o Brasil encontra-se no período denominado “janela demográfica”. Caracterize esse
período e analise a pirâmide etária de 2050, citando duas medidas que poderão ser adotadas pelo
governo para garantir o bem-estar da população nesse contexto demográfico.
9
Geografia
Gabarito
1. D
A cada ano, o Brasil passa por uma redução do número de nascimentos, isso porque o número de filhos
por mulher vem decaindo devido a diversos fatores, tais como o planejamento familiar e o adiamento da
maternidade. Soma-se a isso a queda da mortalidade devido às pesquisas científicas associadas ao setor
farmacêutico e à medicina. Esse quadro traduz-se em uma redução do ritmo de crescimento populacional.
2. B
A transição demográfica é uma teoria que explica que todos os países irão passar por diferentes fases,
em que os indicadores comportam-se de determinada maneira. A última fase é caracterizada por uma
baixa natalidade e mortalidade, representando um pequeno crescimento vegetativo. A diminuição da
natalidade na Europa, pelo alto custo de vida e a vontade de transmitir o padrão econômico para gerações
futuras, iniciou o encaminhamento do continente para a última fase (IV) desse processo.
3. B
A pirâmide etária apresentada evidencia um alargamento do topo, que se refere à população idosa.
Portanto, futuramente, haverá a necessidade de investimentos em setores que atendam às necessidades
desse grupo social, como a medicina geriátrica.
4. C
O Brasil está passando pela janela demográfica, marcada por uma queda na natalidade, uma alta
proporção da População Econômicamente Ativa (PEA) e um envelhecimento da população, resultante da
melhora da qualidade de vida.
5. B
Com base na leitura do mapa, é possível concluir que menores proporções de população em idade ativa
são encontradas na Região Norte.
6. C
A queda da fertilidade é consequencia do custo dos filhos e inserção da mulher no mercado competitivo.
Esse momento do desenvolvimento marca um processo de envelhecimento da população.
7. B
O dados do Censo 2010 evidenciam que o Brasil encontra-se em um período denominado janela
demográfica. Esse período é marcado por uma maior proporção da População Economicamente Ativa
(PEA), se comparada à população economicamente dependente (idosos e jovens).
8. A
O crescente número de idosos é decorrente da queda de nascimentos e do aumento da longevidade dos
indivíduos.
9. A
Os baixos índices de natalidade do continente europeu foram fruto de um processo natural, como a
urbanização e o novo posicionamento da mulher na sociedade, que, associado à baixa mortalidade,
acarretou um crescimento vegetativo negativo, o que leva a um quadro de mais idosos do que jovens e
adultos, tendo como desdobramento uma possível crise previdenciária e a sobrecarga da saúde pública.
10
Geografia
A solução encontrada pelos governos dos países desenvolvidos foi a adoção de uma série de benefícios
trabalhistas visando a incentivar a natalidade.
10. E
Os países destacados em branco no cartograma (África do Sul, Marrocos, Tunísia e Turquia), localizados
nos extremos sul e norte, são apontados como estando na 2ª fase da transição demográfica. Já os países
localizados no centro (Sudão, Congo, Nigéria e outros) são apontados como ainda passando pelo início
da transição demográfica. Isso indica que estão em etapas distintas, em que a natalidade nos extremos
sul e norte da África é menor do que a da sua região central.
Questão Contexto
O Brasil vive um momento conhecido como janela demográfica, situação caracterizada por uma
expansão da população adulta e redução da população jovem, promovendo vantagens em termos de
mão de obra disponível e gerando desafios futuros com o aumento da população idosa. De acordo com
as pirâmides, percebe-se um aumento considerável no número de idosos. Tal fato leva a redefinições em
políticas públicas voltadas à saúde da população idosa e estímulo à previdência privada no sentido de
garantir a seguridade social.
1
Guia do Estudo Perfeito
Como estudar Linguagens
Resumo
Cada área do conhecimento possui suas peculiaridades e adotar uma estratégia de estudos específica
para cada uma é um diferencial e tanto para mandar bem na prova do Enem. A prova de Linguagens é realizada
no primeiro dia do Enem, com a prova de Ciências Humanas e a Redação. São 45 questões, subdividas em
Língua Portuguesa, Literatura e Língua Estrangeira. Somando com as questões de Humanas, você precisa
responder, ao todo, 90 questões, além de escrever uma redação. São 5h30m de duração de prova e, portanto,
um dia extremamente cansativo. Assim, é necessário que você já esteja se preparando para essa condição.
Então, fique ligado nas dicas abaixo para obter uma produtividade maior na hora de estudar Linguagens.
Detalhe o enunciado
Na hora de resolver exercícios de Linguagens e Humanas, busque destrinchar o enunciado,
interpretando parte por parte do texto. Faça isso já na primeira leitura, evitando que você, constantemente,
retorne à questão. Isso irá te ajudar a melhor entender o conteúdo do texto e o que está sendo cobrado.
Descubra as ideias centrais do texto
Antes de propriamente ir para o enunciado, busque sintetizar as ideias centrais do texto. Qual é o contexto,
quem é o autor, personagens, o que está sendo proposto, denunciado ou revelado? Fazer uma leitura ativa do
texto irá te ajudar a entender melhor o conteúdo, descartando a necessidade de releitura. Lembre-se de que a
prova do Enem é extremamente cansativa e ficar relendo as questões definitivamente não é a melhor
estratégia!!
Elimine as opções absurdas
Continuando nessa lógica de não se cansar em vão durante a prova, hachurar as alternativas absurdas
ou aquela que você tem certeza que não é o gabarito evita que, ao retornar à questão, você as leia
desnecessariamente. Então, pode gastar a tinta da caneta sem dó!!
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2
Guia do Estudo Perfeito
Estude o que mais cai
Não tenha dúvida naqueles conteúdos que sempre caem no Enem. Essa estratégia é melhor ainda para
aqueles que possuem um período de tempo restrito. É necessário ter foco e concentração e não deixar restar
dúvida nos temas mais comuns. Para isso, conheça os top cinco temas de Linguagens que mais caem na prova
do Enem. Além disso, clicando na imagem abaixo, você terá acesso ao Kit volta às aulas Descomplica, com
muito conteúdo preparado exclusivamente para você.
Redação é prática
Redação é a única parte da prova na qual o Enem não faz uso do sistema de TRI. Isso significa que ela é
corrigida por professores e sua nota pode chegar a 1000. Portanto, fazer uma excelente prova de redação é
garantia de sucesso.
Redação nota
1000
• Leia redações exemplares.
• Aprenda as técnicas de como fazer uma introdução,
como argumentar e como fazer uma conclusão.
• Assista às aulas sobre discussão de tema.
• Pratique, pelo menos, uma vez por semana.
• Conheça os últimos temas cobrados
3
Guia do Estudo Perfeito
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4
Guia do Estudo Perfeito
Exercício
Tal como foi proposto na aula passada, vamos fazer o mesmo com Linguagens.
1. Identifique, entre os temas que mais caem, aqueles que você já estudou, mas ainda não entendeu bem.
2. Busque resolver 50 exercícios ou quantos você conseguir encontrar de cada um desses temas.
3. Monitore e registre as questões que você acertou e errou, usando as tabelas abaixo.
5
Guia do Estudo Perfeito
Resolução dos exercícios dos temas que
mais caem em Linguagens Funções da Linguagem
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
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16 17 18 19 20
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26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
Semântica dos Verbos
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
21 22 23 24 25
26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
Variações Linguísticas
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
21 22 23 24 25
26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
Gêneros Textuais
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
21 22 23 24 25
26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
Uso Coesivo dos Pron. e Conj.
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
21 22 23 24 25
26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
Vanguardas Europeias
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
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26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
Tendências Contemp. (Poesia)
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6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
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26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
Pós-Modernismo (Prosa)
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
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26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
Modernismo - 1a Fase
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
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26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
Pré-Modernismo
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
21 22 23 24 25
26 27 28 29 30
31 32 33 34 35
36 37 38 39 40
41 42 43 44 45
46 47 48 49 50
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História
O período Joanino (1808-1821)
Resumo
A presença da corte no Brasil foi fundamental para a emancipação política brasileira, apesar da
intenção de D. João não ser a independência, a presença dos Bragança na colônia deu as condições
necessárias para que processo de emancipação se iniciasse.
Com a invasão napoleônica a Portugal, a família real transferiu-se para a capital da colônia, escoltados
pelos ingleses. O príncipe regente D. João, sua esposa Carlota Joaquina e sua mãe a rainha D. Maria I
embarcaram de Belém para o Rio de Janeiro, acompanhado de nobres, empregados, servos e militares. Havia,
ainda, uma biblioteca a bordo com mais de 60.000 livros.
A família real chegaria em 1808, assinando a abertura dos portos às nações amigas, o que significou
o fim do pacto colonial. Outra medida aprovada foi a revogação do alvará de 1785, que proibia a criação de
indústrias e manufaturas, feito pela Rainha D. Maria I. A revogação vinha em um sentido de modernização do
Brasil, assim como para aumentar a receita do império. Mesmo com a revogação, a indústria foi incipiente no
Brasil até o meio do século XX, já que os produtos ingleses entravam no Brasil com apenas 15% de impostos,
devido ao Tratado de Comércio e Navegação, assinado em 1810. Enquanto a Inglaterra pagava apenas os
15%, os produtos portugueses que pagavam 16% e os de outros países que pagavam 24%, ou seja, inglesas
de fato tinham vantagens alfandegárias.
Com a chegada da corte, a cidade do Rio de Janeiro viveu uma série de transformações, muito embora
as estruturas sociais tenham se mantido intactas. Ocorreram desapropriações dos melhores imóveis no Rio
de Janeiro para abrigar os nobres vindos de Portugal, as inscrições “P.R.” eram colocados nas portas
significando Príncipe Regente, e popularmente foram ressignificadas como “Ponha-se na Rua”.
Outras importantes medidas ocorridas nesse contexto, foram: instalação de sistemas administrativos
e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de tribunais e ministérios; a estruturação econômica, com a
fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda; os investimentos nas áreas de educação e cultura. Nestas
duas áreas, podemos destacar a criação de escolas de Medicina, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, da
Academia Real de Belas Artes e da Imprensa Real.
Nesse contexto, ainda, Dom João VI incorporou novamente a região de Colônia do Sacramento.
Posteriormente o território foi nomeado como Província da Cisplatina.
Em 1815, devido as determinações do Congresso de Viena que, através do princípio de legitimidade,
determinavam o retorno das antigas dinastias ao poder, D. João elevou o Brasil a Reino Unido de Portugal e
Algarve. Em 1820, iniciou-se em Portugal a Revolução Liberal do Porto, muito importante para a compreensão
da independência do Brasil.
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2
História
Exercícios
1. Leia o texto: “Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará virem: que desejando promover e adiantar
a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou servido abolir e
revogar toda e qualquer proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil”. Alvará de liberdade para as indústrias 1º de Abril de 1808. In: Bonavides, P.; Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil.
Vol. 1. Brasília: Senado Federal, 2002, adaptado.
O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará, não se concretizou. Que
características desse período explicam esse fato?
a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturas portuguesas.
b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio industrial inglês sobre suas redes de
comércio.
c) A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da família real portuguesa.
d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Portugal no comércio
internacional.
e) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as indústrias portuguesas.
2. A invasão da Península Ibérica pelas forças de Napoleão Bonaparte levou a Coroa portuguesa, apoiada
pela Inglaterra, a deixar Lisboa e instalar-se no Rio de Janeiro. Tal decisão teve desdobramentos
notáveis para o Brasil. Entre eles:
a) a chegada ao Brasil do futuro líder da independência, a extinção do tráfico negreiro e a criação das
primeiras escolas primárias.
b) o surgimento das primeiras indústrias, muitas transformações arquitetônicas no Rio de Janeiro e
a primeira constituição do Brasil.
c) o fim dos privilégios mercantilistas portugueses, o nascimento das universidades e algumas
mudanças nas relações entre senhores e escravos.
d) a abertura dos portos brasileiros a outras nações, a assinatura de acordos comerciais favoráveis
aos ingleses e a instalação da Imprensa Régia.
e) a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, a abertura de estradas de ferro ligando o litoral
fluminense ao porto do Rio e a introdução do plantio do café.
3. Durante o período em que a Corte esteve instalada no Rio de Janeiro, a Coroa Portuguesa concentrou
sua política externa na região da Prata, daí resultando:
a) A constituição da Tríplice Aliança que levaria à Guerra do Paraguai.
b) a incorporação da Banda Oriental ao Brasil, com o nome de Província Cisplatina.
c) a formação das Províncias Unidas do Rio da Prata, com destaque para a Argentina.
d) o fortalecimento das tendências republicanas no Rio Grande do Sul, dando origem à Guerra dos
Farrapos.
e) a coalizão contra Juan Manuel de Rosas que foi obrigado a abdicar de pretensões sobre Uruguai.
3
História
4. A produção sistemática de obras sobre o Brasil, no século XIX, escritas por viajantes estrangeiros, tais
como Saint-Hilaire, Gardner, Von Martius e Spix, entre outros, tinha, entre seus objetivos, o de
a) detratar a flora e a fauna do país, bem como sua população, com vistas a garantir espaço para a
catequização católica e/ou protestante.
b) impedir a expansão de interesses pela ocupação dos territórios interioranos do país, por meio da
divulgação das dificuldades neles existentes.
c) estimular o interesse dos latifundiários pela ocupação das áreas de fronteira, com vistas a deter o
avanço espanhol nesses territórios.
d) contribuir para estimular os investimentos, no país, de capitais externos, notadamente europeus,
por meio da propaganda das potencialidades da terra
5. A região fazia parte do território brasileiro como Província Cisplatina. Em 1825, Lavalleja, à frente de
um exército de guerrilheiros, tomou a região e a proclamou independente do Brasil anunciando
publicamente sua ligação com a Argentina. Em dezembro desse ano, o Brasil e a Argentina entraram
em uma guerra que se prolongou até 1828, quando acabaram reconhecendo a formação de um novo
país independente, a República Oriental do Uruguai. (Antonio Pedro. História do Brasil)
Originalmente localizada em área colonizada pela Espanha, a Cisplatina havia sido incorporada ao
Reino Unido de Portugal e Brasil:
a) quando foi conquistada pela política expansionista de D. João VI;
b) quando foi conquistada pela ação dos bandeirantes;
c) graças ao Tratado do Pardo, de 1750, e a ação de Alexandre de Gusmão;
d) graças a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso;
e) como resultado das seguidas intervenções brasileiras na região platina durante o governo de D.
Pedro I.
6. A família real e sua corte chegaram ao Brasil em 1808, trazendo a dependência econômica e dívidas
com a Inglaterra. A “abertura dos portos a todas as nações amigas” significou o comércio irrestrito dos
produtos vindos de Manchester, Londres e Liverpool para o Brasil. Com relação à transferência da corte
de D. João, é correto afirmar:
a) Instalou no Brasil a estrutura do Estado português, reforçando a autonomia e unidade da colônia.
b) Reforçou a dependência econômica do Brasil em relação a Portugal.
c) Resultou na abertura dos portos brasileiros à França, o que extinguiu os privilégios do monopólio
comercial português sobre o Brasil.
d) Introduziu o liberalismo econômico e político, apoiando as rebeliões dos colonos.
e) Deveu-se à adesão de Portugal ao Bloqueio Continental.
4
História
7. Nas primeiras décadas do século XIX, ocorreu uma verdadeira “redescoberta do Brasil”, como
identificou Mary Pratt, graças à ação de inúmeros Viajantes europeus, bem como às Missões Artísticas
e Científicas que percorreram o território, colhendo diversas informações sobre o que aqui existia.
Foram registrados os diversos grupos humanos encontrados, legando-nos um retrato de diversos tipos
sociais. Rica e fundamental foi a descrição que fizeram da Natureza, revelando ao mundo diferenciadas
flora e fauna. Entretanto, até o início dos oitocentos, os estrangeiros foram proibidos de percorrer as
terras brasileiras, e eram quase sempre vistos como espiões e agentes de outros países. O grande
afluxo de artistas e cientistas estrangeiros ao Brasil está ligado:
a) À política joanina, no sentido de modernizar o Rio de Janeiro, inclusive com o projeto de criar uma
escola de ciências, artes e ofícios;
b) À pressão exercida pela Inglaterra, para que o governo de D. João permitisse a entrada de
cientistas e artistas no Brasil;
c) À transferência da capital do Império Português de Salvador para o Rio de Janeiro, modificando o
eixo econômico da Colônia;
d) À reafirmação do pacto colonial, em função das proposições liberais da Revolução do Porto;
e) À política de vários países europeus, que buscavam ampliar o conhecimento geral sobre o mundo,
na esteira do humanismo platônico.
8. Assinale a alternativa que apresenta uma transformação decorrente da vinda da família real para o
Brasil.
a) Fechamento cultural, devido às Guerras Napoleônicas, provocado pela dificuldade de intercâmbio
com a França, país que era então berço da cultura iluminista ocidental.
b) Diminuição da produção de gêneros para abastecimento do mercado interno, devido ao aumento
significativo das exportações provocado pela Abertura dos Portos.
c) Mudança nas formas de sociabilidade, especialmente nos núcleos urbanos da região centro-sul,
devido aos novos costumes trazidos pela Corte e imitados pela população.
d) Formação de novos parceiros comerciais, em situação de equilíbrio, decorrente da aplicação das
novas taxas alfandegárias estabelecidas nos Tratados de Amizade e Comércio.
9. A vinda da família real para o Brasil, possibilitou uma série de mudanças na colônia que, de certa forma,
contribuiu para a posterior independência do Brasil. Assinale a alternativa correta.
a) Abertura dos Portos, com entrada maciça de produtos ingleses na colônia.
b) Fortalecimento das manufaturas existentes e criação de novas fábricas na colônia.
c) Favorecimento do comércio com os franceses, colaborando, assim, com a política de Napoleão.
d) Recuperação da economia açucareira, através das novas tarifas alfandegárias.
e) Todas as alternativas estão corretas.
5
História
10. A corte e a presença do soberano constituirão um ponto de referência e atração que centraliza no Rio
de Janeiro a vida política, administrativa e financeira da monarquia.
Caio Prado
Podem ser consideradas consequências dessa conjuntura para a História brasileira:
a) A não intervenção do governo de D. João VI nas questões platinas, em virtude do isolamento
adotado pela Corte.
b) A preservação das condições coloniais, sobretudo o monopólio e a proibição de produção de
manufaturas no Brasil.
c) A inversão brasileira, já que, com a Abertura de Portos, a imprensa, o ensino superior, a circulação
de ideias e a liberdade industrial, encaminhava-se o Brasil para a independência, enquanto a
metrópole declinava, mergulhada na crise econômica e política.
d) O movimento liberal em Portugal favorável à independência brasileira.
e) Um período absolutamente tranquilo, sem nenhuma revolta interna ou diferenças entre lusos e
brasileiros.
6
História
Gabarito
1. B
Apesar da permissão às indústrias, a entrada de mercadorias inglesas dificultou o desenvolvimento da
indústria nacional.
2. D
A instalação dessas mudanças foi primordial para o surgimento do estado brasileiro que necessitava de
infraestrutura.
3. B
A anexação da Banda Oriental foi uma afirmação do poder da monarquia lusa.
4. D
A chegada de cientistas e artistas trouxe investimentos para a então colônia, uma vez que tinham o efeito
propagandístico.
5. A
A política marca é um indício do que podemos chamar de “Imperialismo brasileiro”.
6. A
A elevação do Brasil a categoria de Reino Unido e a revogação do alvará que proibia manufaturas tinha
a intenção de garantir mais autonomia e incentivar o desenvolvimento econômico.
7. A
D. João foi um entusiasta da ciência e das artes e desejava modernizar a colônia, para isso recebeu
inúmeras missões estrangeiras.
8. C
Essa transformações, no entanto, foram excludentes, já que a grande maioria da população não foi
contemplada por elas. Ex: escravos.
9. A
A entrada de produtos industrializados da Inglaterra dificultou o desenvolvimento de manufaturas locais.
10. C
A capital do império português no Rio de Janeiro e a autonomia dada ao Brasil possibilitou uma maior
infraestrutura material e ideológica para a independência.
1
História
O processo de independência do Brasil e o Primeiro Reinado (1822-1831)
Resumo
José Bonifácio, patrono da independência.
A independência do Brasil ocorreu no contexto da Revolução Liberal do Porto, deflagrada em Portugal.
Com as exigências da população portuguesa pelo retorno D. João VI e a recolonização do ‘Brasil’, este acaba
por retornar à Lisboa. Como não era de interesse das elites brasileiras o retorno da dominação colonial,
ocorreu uma aliança com D. Pedro para a Proclamação da Independência.
Após o ano de 1822, D. Pedro teve uma grande dificuldade em consolidar a independência do Brasil, já
que sofria grande oposição interna. O período de 1822 à 1831 foi marcado por uma grande turbulência política
e social que marcou o Primeiro Reinado no Brasil. As revoltas contra a independência do Brasil começaram
antes mesmo do 7 de setembro. No Norte e Nordeste, militares, políticos e civis portugueses não reconheciam
o governo independente chegando ao enfrentamento armado nas províncias do Grão Pará, Maranhão, Piauí e
Bahia.
Não bastava, no entanto, solucionar os desentendimentos provinciais. Para que o Brasil tivesse
condições de estabelecer um Estado autônomo e soberano, era fundamental que outras importantes nações
reconhecessem a sua independência. Em 1824, buscando cumprir sua política de aproximação com as outras
nações americanas, os Estados Unidos reconheceram a independência do Brasil.
Era fundamental, além disso, que Portugal, na condição de antiga metrópole, reconhecesse o
surgimento da nova nação. Nessa conjuntura, a Inglaterra apareceu como intermediadora diplomática que
viabilizou a assinatura de um acordo. Para tal, o Brasil assumiu o pagamento de uma indenização de dois
2
História
milhões de libras esterlinas para Portugal. Na prática, a dívida lusa com a Inglaterra foi transferida para o
Brasil.
Em 1823, convocou-se a Assembleia Constituinte para a elaboração de uma constituição. Descontente
com o projeto constitucional elaborado – que limitava seus poderes - o recém-coroado Imperador dissolveu
o plenário e convocou dez conselheiros próximos para a confecção da constituição. Esta foi outorgada, ou
seja, imposta, em 25 de março de 1824.
A constituição era autoritária. Além dos três poderes (legislativo, judiciário e executivo), D. Pedro I criou
um quarto poder, o Moderador, onde ele poderia intervir em todos os outros poderes e em qualquer esfera.
Esta constituição inseriu também o voto censitário: somente homens, maiores de vinte e cinco anos,
alfabetizados e livres. Para ser candidato à senador ou deputado era necessária a comprovação de renda
(400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis para senador). Os cargos de deputados eram
temporários e os de Senador e Conselheiros de Estado eram vitalícios. A constituição, além disso, instituía
o Catolicismo como religião oficial (tolerava os outros cultos desde que domésticos ou em templos
descaracterizados) e o padroado dava direito de o imperador nomear cargos eclesiásticos.
Em 1824, eclodiu a Confederação do Equador, um movimento republicano separatista entre as
províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, profundamente insatisfeitas com as
políticas centralizadoras do imperador. O movimento era composto pela classe média urbana e pelos
fazendeiros locais, mas com o desenrolar dos eventos ganhou apoio popular. O movimento foi rapidamente
sufocado pelas tropas imperiais.
Na Guerra da Cisplatina D. Pedro teve uma derrota militar que, não bastasse isso, onerou os cofres do
país recém independente. A região reivindicava a sua autonomia, mas enfrentava a resistência do imperador.
D. Pedro I enviou tropas para a região, mas, sem sucesso, cedeu a independência em 1828.
Esse cenário – somado a crise econômica, com o declínio da economia açucareira - desgastou imagem
do imperador. Somado a isso, um dos grandes opositores do governo – o jornalista Libero Badaró – foi
assassinado, gerando desconfianças em relação a D. Pedro I. Além disso, a morte de D. João VI em Portugal
iniciou uma crise sucessória, visto que D. Pedro seria o herdeiro do trono. No retorno de uma viagem a Minas
Gerais para conseguir apoio dos fazendeiros, o imperador foi recebido por seus partidários portugueses com
uma festa no Palácio, os brasileiros insatisfeitos, iniciaram protestos violentos e chegaram a arremessar
garrafas contra D. Pedro. Esse episódio ficou conhecida como “Noite da Garrafadas”, o estopim de crise
política que levou a abdicação.
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História
Simbologia da Bandeira Imperial do Brasil.
Sem nenhuma condição de continuar no trono devido ao desgaste de seus atos, o imperador abdicou
do governo, em 7 de abril de 1831 deixando seu filho Pedro de Alcântara como sucessor do trono Este,
contudo, tinha somente cinco anos, o que levou a nomeação de regentes para a administração do império
inaugurando o Período Regencial.
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História
Exercícios
1. A respeito da independência do Brasil, pode-se afirmar que:
a) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do Equador.
b) instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de amplo movimento popular.
c) propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas, a extinção do tráfico de escravos,
contrariando os interesses da Inglaterra.
d) provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações na estruturas econômicas
e sociais do País.
e) implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos
proprietários de terras e de escravos.
2. A organização do Estado brasileiro que se seguiu à Independência resultou no projeto do grupo:
a) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime
centralizado.
b) maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da
escravidão.
c) liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembleia Constituinte, a igualdade de direitos
políticos e a manutenção da estrutura social.
d) cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo
econômico.
e) liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.
3. “O Poder Moderador pode chamar a quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição,
porque há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis aí o sistema representativo do nosso país” Nabuco de Araújo, 1868.
Com base no discurso de Nabuco de Araújo, é possível apontar como importantes características do
sistema político do Império do Brasil:
a) a harmonia e a independência existente entre os poderes Legislativo, Executivo e Moderador;
b) o papel central exercido pelo Imperador, por intermédio do Poder Moderador, para a formação do
governo;
c) a adoção de um regime parlamentarista clássico, no qual a formação do governo advém
exclusivamente da vontade da maioria do Parlamento;
d) o estabelecimento de relações políticas com base no pacto definido no texto constitucional entre
o poder central e os estados federados;
e) a adoção de um sistema eleitoral baseado no princípio do sufrágio universal, o que fez com que
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História
4. A situação econômica e social do Brasil, após o movimento de independência, em 1822, pode ser
descrita da seguinte forma:
a) O país passou da dependência econômica em relação a Portugal à subordinação em relação aos
EUA e sofreu profundas mudanças na estrutura social.
b) O país manteve a dependência econômica em relação a Portugal, adquirindo liberdade política e
social.
c) O país passou da dependência econômica em relação a Portugal à subordinação em relação à
Inglaterra, não alterando sua estrutura social colonial.
d) O país passou da dependência econômica em relação a Portugal à subordinação em relação à
França, alterando sua estrutura social colonial.
e) O país manteve a dependência econômica em relação a Portugal e não modificou sua estrutura
social colonial.
5. Ao proclamarem a sua independência, as colônias espanholas da América optaram pelo regime
republicano, seguindo o modelo norte-americano. O Brasil optou pelo regime monárquico:
a) pela grande popularidade desse sistema de governo entre os brasileiros.
b) porque a República traria forçosamente a abolição da escravidão, como ocorrera quando da
proclamação da independência dos Estados Unidos.
c) como consequência do processo político desencadeado pela instalação da corte portuguesa na
colônia.
d) pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica exerciam sobre os colonos.
e) em oposição ao regime republicano português implantado pelas cortes.
6. O reconhecimento da independência brasileira por Portugal foi devido principalmente:
a) à mediação da França e dos Estados Unidos e à atribuição do título de Imperador Perpétuo do
Brasil a D. João VI.
b) à mediação da Espanha e à renovação dos acordos comerciais de 1810 com a Inglaterra.
c) à mediação de Lord Strangford e ao fechamento das Cortes Portuguesas.
d) à mediação da Inglaterra e à transferência para o Brasil de dívida em libras contraída por Portugal
no Reino Unido.
e) à mediação da Santa Aliança e ao pagamento à Inglaterra de indenização pelas invasões
napoleônicas.
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História
7. A primeira Constituição Brasileira, outorgada em 1824, apresentava uma novidade em relação às
monarquias constitucionais existentes no Ocidente: a existência de um quarto poder, o Poder
Moderador, idealizado pelo pensador liberal suíço Henri-Benjamim Constant de Rebecque, mas que na
prática funcionava de maneira oposta à que ele havia concebido. Sobre as características do Poder
Moderador criado pela Constituição de 1824, é CORRETO afirmar que ele assegurava:
a) a liberdade de imprensa no país.
b) o equilíbrio entre os demais poderes.
c) a participação do povo nas eleições.
d) o controle dos órgãos do Estado pelo Imperador.
e) a igualdade de todos perante as leis.
8. Qual o papel conferido ao Imperador pela Constituição de 1824?
a) Subordinação ao poder legislativo.
b) Instrumento da descentralização político e administrativa.
c) Chave de toda a organização política.
d) Articulador da extinção do Padroado.
e) Liderança do Partido Liberal.
9. A Confederação do Equador, movimento que eclodiu em Pernambuco em julho de 1824, caracterizou-
se por:
a) ser um movimento contrário às medidas da Corte Portuguesa, que visava favorecer o monopólio
do comércio.
b) uma oposição a medidas centralizadoras e absolutistas do Primeiro Reinado, sendo um
movimento republicano.
c) garantir a integridade do território brasileiro e a centralização administrativa.
d) ser um movimento contrário à maçonaria, clero e demais associações absolutistas.
e) levar seu principal líder, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, à liderança da Constituinte de 1824.
7
História
10. Teve razão Otoni ao afirmar que o 7 de abril fora uma ‘jornada dos logrados’. Sim, logrado foi o povo,
são as massas vendo que tinham lutado para os outros, constatando que as reformas por que
aspiravam continuavam no mesmo lugar: esquecidas depois da vitória como antes dela. Caio Prado Jr. Evolução Política do Brasil e outros estudos
Devemos relacionar o texto com:
a) A Inconfidência Mineira.
b) A Independência do Brasil.
c) A Abdicação de D. Pedro I.
d) A Proclamação da República.
e) A Revolução de 1930.
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História
Gabarito
1. E
Como grupo que patrocinou e se movimentou para a independência, a ordem escravista e monárquica
foi mantida. A independência não causou grandes transformações sociais.
2. A
O projeto centralizador e unitário foi mantido, muito embora ganhasse uma roupagem liberal, com a
manutenção, por exemplo, dos três poderes (que na prática eram reprimidos pelo poder moderador).
3. B
O poder moderador vai ser motivação de grande insatisfação, já que justificava os arbítrios de D. Pedro I.
4. C
A esfera de dominação em cima do Brasil mudou de Portugal para a Inglaterra, esse cenário vinha sendo
montado desde a abertura dos portos em 1808.
5. C
A escolha pela monarquia deveu-se primeiramente ao príncipe regente ter declarado a independência,
como outros fatores a elite dominante do Sudeste desejava manter a ordem escravocrata, centralizadora
e unitária.
6. D
A mediação da Inglaterra foi essencial para a independência pacífica, que detinham interesses
econômicos no Brasil.
7. D
A criação do Poder Moderador não era nada liberal, já que D. Pedro poderia intervir nos poderes anulando
a interdependência entre eles.
8. C
O poder moderador conferia ao imperador uma liberdade de intervenção nos outros poderes, ou seja, foi
uma medida centralizadora e autoritária.
9. B
A insatisfação com a falta de autonomia provincial foi um dos principais motivos do movimento, assim
como com o autoritarismo de D. Pedro II, que dissolveu a constituinte de 1823.
10. C
A abdicação D. Pedro I teria sido, segundo Caio Prado, uma vitória contra o autoritarismo e em favor dos
anseios populares.
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Literatura
Romantismo: prosa
Resumo
O romantismo O Romantismo é, sem dúvidas, um dos maiores movimentos literários do século XIX. Baseado em
características como a subjetividade, a idealização amorosa, a fuga à realidade e o nacionalismo, suas
influências marcaram não só a arte, como a cultura e os costumes daquele momento, que retratavam os
valores burgueses da época. Diferente da poesia, a prosa é uma modelo de texto escrito em parágrafos,
narrando os acontecimentos de um enredo junto a um grande aspecto descritivo.
Disponível em: http://www.estudofacil.com.br/wp-content/uploads/2015/02/romantismo-caracteristicas-artes-e-como-era-no-
brasil.jpg
A prosa romântica, em especial, se subdivide em quatro tipos de romance: o regionalista, o indianista, o urbano
e o histórico. A valorização da individualidade permitiu que inúmeros autores retratassem as diferentes
características do Brasil, que estava marcado tanto pelas diversidades locais pelo país (língua, cultura e
valores regionais) quanto pelo cenário urbano que atendia às necessidades da burguesia. Além disso, é
importante dizer que, na prosa, não há a divisão entre gerações (como ocorre na poesia), pois muitas obras
eram publicadas quase que, simultaneamente, e, o maior nome da prosa romântica é o escritor José de
Alencar.
2
Literatura
Contexto histórico
Os principais acontecimentos e influências que marcaram esse período são:
• Instalação da Corte Portuguesa no Brasil (1808);
• Independência do Brasil (1822);
• Abertura dos Portos;
• Chegadas das missões estrangeiras (científicas e culturais);
• Surgimento da imprensa nacional;
• Revolução Industrial;
• Era Napoleônica;
• Revolução Francesa.
O romance indianista
No romance indianista, é comum vermos a construção da imagem de índio de forma heróica, como o salvador
da nação a fim de implantar um sentimento de amor à pátria. Sua imagem é aproximada a de um cavaleiro
medieval, ideal propagado na Europa durante a Idade Média. Além disso, a natureza não atua como plano de
fundo e ganha vitalidade, força, fazendo com que muitas das vezes haja uma noção de personificação do
ambiente natural, como também a associação ao meio selvagem.
O choque cultural entre colonizadores e índios sempre será apresentado nas prosas indianistas, tal como a
apresentação de suas diferenças, como costumes, linguagens, hábitos, entre outros. Algumas obras de
destaque são “O Guarani”, “Iracema” e “Ubirajara”, todas de José de Alencar.
O romance regionalista
O romance regional foi primordial para o incentivo de uma literatura que abordasse acerca das diversidades
locais. Entre suas características, há a valorização de aspectos étnicos, linguísticos, sociais e culturais sobre
várias regiões do país. Ademais, as principais regiões abordadas foram o Rio de Janeiro (que era a capital do
Brasil naquele período) e as regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste.
O contraste de valores e costumes será abordado nos romances, em geral, propagados por personagens que
passam a conviver recentemente em um mesmo ambiente, mostrando determinadas distinções entre o meio
urbano e o meio rural. Entre as principais obras, temos “Inocência”, de Visconde de Tauany, “O gaúcho”, de
José de Alencar, e “O Cabeleira”, de Franklin Távora.
O romance urbano
O romance urbano foi o que melhor atendeu às necessidades da burguesia, pois retratava sobre a vida
cotidiana e seus costumes, pondo em discussão os valores morais vividos na época, entre eles, o casamento
promovido de acordo com a classe social.
3
Literatura
Entre as obras, podemos destacar: “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, “Memórias de um sargento
de milícias”; de Manuel Antônio de Almeida e “Lucíola” e “Senhora”, de José de Alencar. Além disso, o autor
Álvares de Azevedo também teve papel importantíssimo na prosa, e desenvolveu as obras “O Macário” e
“Noites na Taverna”.
O romance histórico
O romance histórico, como o própria nome já nos ajuda a explicar, marcava em sua narrativa os principais
acontecimentos históricos do século XIX no Brasil. A composição da narrativa é feita a partir de relatos e
documentos informativos sobre uma determinada época ou movimento social.
Há dois romances de destaque: “As Minas de Prata” e “Guerra dos Mascates”, ambos de José de Alencar.
Textos de apoio
TEXTO 1
Senhora (fragmento)
— O senhor não retribuiu meu amor e nem o compreendeu. Supôs que eu lhe dava apenas a preferência entre
outros namorados, e o escolhia para herói dos meus romances, até aparecer algum casamento, que o senhor
moço, honesto, estimaria para colher à sombra o fruto de suas flores poéticas. Bem vê que eu o distingo dos
outros, que ofereciam brutalmente mas com franqueza e sem rebuço, a perdição e a verganha.
Seixas abaixou a cabeça.
— Conheci que não amava-me, como eu desejava e merecia ser amada. Mas não era sua a culpa e só minha
que não soube inspirar-lhe a paixão, que eu sentia. Mais tarde, o senhor retirou-me essa mesma afeição com
que me consolava e transportou-a para outra, em quem não podia encontrar o que eu lhe dera, um coração
virgem e cheio de paixão com que o adorava. Entretanto, ainda tive forças para perdoar-lhe e amá-lo.
A moça agitou então a fronte com uma vibração altiva:
— Mas o senhor não me abandonou pelo amor de Adelaide e sim pelo seu dote, um mesquinho dote de trinta
contos! Eis o que não tinha o direito de fazer, e que jamais lhe podia perdoar! Desprezasse-me embora, mas
não descesse da altura em que o havia colocado dentro de minha alma. Eu tinha um ídolo; o senhor abateu-o
de seu pedestal, e atirou-o no pó. Essa degradação do homem a quem eu adorava, eis o seu crime; a sociedade
não tem leis para puni-lo, mas há um remorso para ele. Não se assassina assim um coração que Deus criou
para amar, incutindo-lhe a descrença e o ódio.
Seixas que tinha curvado a fronte, ergueu-a de novo, e fitou os olhos da moça. Conservava ainda as feições
contraídas e gotas de suor borbulhavam na raiz dos seus belos cabelos negros.
— A riqueza que Deus me consedeu chegou já tarde; nem ao menos permitiu-me o prazer da ilusão, que têm
as mulheres enganadas. Quando a recebi, já conhecia o mundo e suas misérias; já sabia que a moça rica é
um arranjo e não uma esposa; pois bem, disse eu, essa riqueza servirá para dar-me a única satisfação que
4
Literatura
ainda posso ter neste mundo. Mostrar a esse homem que não soube me compreender, que a mulher o amava,
e que alma perdeu. Entretanto ainda eu afagava uma esperança. Se ele recusa nobremente a proposta
aviltante, eu irei lançar-me a seus pés. Suplicar-lhe-ei que aceite a minha riqueza, que a dissipe se quiser;
consinta-me que eu o ame. Esta última consolação, o senhor a arrebatou. Que me restava? Outrora atava-se
o cadáver ao homicida, para expiação da culpa; o senhor matou-me o coração; era justo que o prendesse ao
despojo de sua vítima. Mas não desespere, o suplício não pode ser longo: este constante martírio a que
estamos condenados acabará por extinguir-me o último alento; o senhor ficará livre e rico.
ALENCAR, José de. Senhora. 23 ed. São Paulo: Ática, 1992
TEXTO 2
O Guarani (fragmento)
O braço de Loredano estendeu-se sobre o leito; porém a mão que se adiantava e ia tocar o corpo de
Cecília estacou no meio do movimento, e subitamente impelida foi bater de encontro à parede.
Uma seta, que não se podia saber de onde vinha, atravessara o espaço com a rapidez de um raio, e
antes que se ouvisse o sibilo forte e agudo pregara a mão do italiano ao muro do aposento.
O aventureiro vacilou e abateu-se por detrás da cama; era tempo, porque uma segunda seta, despedida
com a mesma força e a mesma rapidez, cravava-se no lugar onde há pouco se projetava a sombra de sua
cabeça.
Passou se então, ao redor da inocente menina adormecida na isenção de sua alma pura, uma cena
horrível, porem silenciosa.
Loredano nos transes da dor por que passava, compreendera o que sucedia; tinha adivinhado naquela
seta que o ferira a mão de Peri; e sem ver, sentia o índio aproximar se terrível de ódio, de vingança, de cólera
e desespero pela ofensa que acabava de sofrer sua senhora.
Então o réprobo teve medo; erguendo-se sobre os joelhos arrancou convulsivamente com os dentes a
seta que pregava sua mão à parede, e precipitou-se para o jardim, cego, louco e delirante.
Nesse mesmo instante, dois segundos talvez depois que a última flecha caíra no aposento, a folhagem
do óleo que ficava fronteiro à janela de Cecília agitou-se e um vulto embalançando-se sobre o abismo,
suspenso por um frágil galho da árvore, veio cair sobre o peitoril.
Aí agarrando-se à ombreira saltou dentro do aposento com uma agilidade extraordinária; a luz dando
em cheio sobre ele desenhou o seu corpo flexível e as suas formas esbeltas.
Era Peri.
O índio avançou-se para o leito, e vendo sua senhora salva respirou; com efeito a menina, a meio
despertada pelo rumor da fugida de Loredano, voltara-se do outro lado e continuara o sono forte e reparador
como é sempre o sono da juventude e da inocência.
Peri quis seguir o italiano e matá-lo, como já tinha feito aos seus dois cúmplices; mas resolveu não
deixar a menina exposta a um novo insulto, como o que acabava de sofrer, e tratou antes de velar sobre sua
segurança e sossego.
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Literatura
O primeiro cuidado do índio foi apagar a vela, depois fechando os olhos aproximou-se do leito e com
uma delicadeza extrema puxou a colcha de damasco azul até ao colo da menina.
Parecia-lhe uma profanação que seus olhos admirassem as graças e os encantos que o pudor de
Cecília trazia sempre vendados; pensava que o homem que uma vez tivesse visto tanta beleza, nunca mais
devia ver a luz do dia.
Depois desse primeiro desvelo, o índio restabeleceu a ordem no aposento; deitou a roupa na cômoda,
fechou a gelosia e as abas da janela, lavou as nódoas de sangue que ficaram impressas na parede e no soalho;
e tudo isto com tanta solicitude, tão sutilmente, que não perturbou o sono da menina.
Quando acabou o seu trabalho, aproximou-se de novo do leito, e à luz frouxa da lamparina contemplou
as feições mimosas e encantadoras de Cecília.
Estava tão alegre, tão satisfeito de ter chegado a tempo de salvá-la de uma ofensa e talvez de um crime;
era tão feliz de vê-la tranquila e risonha sem ter sofrido o menor susto, o mais leve abalo, que sentiu a
necessidade de exprimir-lhe por algum modo a sua ventura.
Nisto seus olhos abaixando-se descobriram sobre o tapete da cama dois pantufos mimosos forrados
de cetim e tão pequeninos que pareciam feitos para os pés de uma criança; ajoelhou e beijou-os com respeito,
como se foram relíquia sagrada.
Eram então perto de quatro horas; pouco tardava para amanhecer; as estrelas já iam se apagando a
uma e uma; e a noite começava a perder o silêncio profundo da natureza quando dorme.
O índio fechou por fora a porta do quarto que dava para o jardim, e metendo a chave na cintura, sentou-
se na soleira como cão fiel que guarda a casa de seu senhor, resolvido a não deixar ninguém aproximar-se.
Aí refletiu sobre o que acabava de passar; e acusava-se a si mesmo de ter deixado o italiano penetrar
no aposento de sua senhora: Peri porem caluniava-se, porque só a Providência podia ter feito nessa noite
mais do que ele; porque tudo quanto era possível à inteligência, à coragem, à sagacidade e à força do homem,
o índio havia realizado.
ALENCAR, José de. O guarani. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000135.pdf.
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Literatura
Exercícios
1. O sertão e o sertanejo “Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz das cores, o capim
crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em vicejante tapete de relva, quando lavra o
incêndio que algum tropeiro, por acaso ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu isqueiro.
Minando à surda na touceira, queda a vívida centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por débil
que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a contemplar medrosa e vacilante
os espaços imensos que se alongam diante dela. O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir com
mais lentidão algum estorvo, vai aos poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como sinal
da avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte
melancolia; de todos os lados tétricas perspectivas. É cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece
que uma varinha de fada andou por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados
e nunca vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade.”
TAUNAY, Visconde de. Inocência.
O romance romântico teve fundamental importância na formação da ideia de nação. Considerando o
trecho acima, é possível reconhecer que uma das principais e permanentes contribuições do
Romantismo para construção da identidade da nação é a:
a) possibilidade de apresentar uma dimensão desconhecida da natureza nacional, marcada pelo
subdesenvolvimento e pela falta de perspectiva de renovação.
b) consciência da exploração da terra pelos colonizadores e pela classe dominante local, o que
coibiu a exploração desenfreada das riquezas naturais do país.
c) construção, em linguagem simples, realista e documental, sem fantasia ou exaltação, de uma
imagem da terra que revelou o quanto é grandiosa a natureza brasileira.
d) expansão dos limites geográficos da terra, que promoveu o sentimento de unidade do território
nacional e deu a conhecer os lugares mais distantes do Brasil aos brasileiros.
e) valorização da vida urbana e do progresso, em detrimento do interior do Brasil, formulando um
conceito de nação centrado nos modelos da nascente burguesia brasileira.
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Literatura
2. Assinale a alternativa correta sobre a prosa romântica no Brasil.
a) Retrata uma série de transformações econômicas, científicas e ideológicas, decorrentes de uma
nova revolução industrial.
b) Tem como principais características o racionalismo, a imitação dos clássicos, o bucolismo e o
pastoralismo.
c) Iniciou em meados do século XVI e caracteriza-se pela fluidez do tempo, que coloca o homem
diante de um dilema: viver a vida ou preparar-se para a morte?
d) Há o predomínio da objetividade, da observação, da verossimilhança e, principalmente, de uma
visão cientificista da existência.
e) Tem em José de Alencar um dos seus autores mais expressivos e também nomes como Joaquim
Manoel de Macedo e Bernardo Guimarães, entre outros.
3. “Vocês mulheres têm isso de comum com as flores, que umas são filhas da sombra e abrem com a
noite, e outras são filhas da luz e carecem do Sol. Aurélia é como estas; nasceu para a riqueza. Quando
admirava a sua formosura naquela salinha térrea de Santa Tereza, parecia-me que ela vivia ali exilada.
Faltava o diadema, o trono, as galas, a multidão submissa; mas a rainha ali estava em todo o seu
esplendor. Deus a destinara à opulência.”
Do texto depreende-se que:
a) romances românticos regionalistas, como Senhora, exaltam a beleza natural feminina.
b) os romances realistas de Aluísio Azevedo denunciam o artificialismo da beleza feminina.
c) as obras modernistas têm, entre outros, o objetivo de criticar a submissão da mulher à riqueza
material.
d) a linguagem descritiva dos escritores naturalistas caracteriza a sensualidade e a espiritualidade
da mulher.
e) a personagem feminina foi caracterizada sob a perspectiva idealizadora típica dos autores
românticos.
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Literatura
4. “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “ um romancista que
colecionava desafetos azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era JOSÉ DE Alencar
(1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de
criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também
folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da
Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de
seu acervo inédito será digitalizada. História Viva, n.99,2011.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra,
depreende-se que
a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária
com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância
para a história do Brasil imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória
linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.
5. Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas
praias ensombradas de coqueiros;
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa para que o barco aventureiro manso
resvale à flor das águas.
Esse trecho é o início do romance Iracema, de José de Alencar. Dele, como um todo, é possível afirmar
que:
a) Iracema é uma lenda criada por Alencar para explicar poeticamente as origens das raças indígenas
da América.
b) as personagens Iracema, Martim e Moacir participam da luta fratricida entre os Tabajaras e os
Potiguaras.
c) o romance, elaborado com recursos de linguagem figurada, é considerado o exemplar mais
perfeito da prosa poética na ficção romântica brasileira.
d) o nome da personagem-título é anagrama de América e essa relação caracteriza a obra como um
romance histórico.
e) a palavra Iracema é o resultado da aglutinação de duas outras da língua guarani e significa “lábios
de fel”.
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Literatura
6. Examine as proposições a seguir e assinale a alternativa INCORRETA.
a) A relevância da obra de José de Alencar no contexto romântico decorre, em grande parte, da
idealização dos elementos considerados como genuinamente brasileiros, notadamente a natureza
e o índio. Essa atitude impulsionou o nacionalismo nascente, por ser uma forma de reação política,
social e literária contra Portugal.
b) Ao lado de O guarani e Ubirajara, Iracema representa um mito de fundação do Brasil. Nessas obras,
a descrição da natureza brasileira possui inúmeras funções, com destaque para a "cor local", isto
é, o elemento particular que o escritor imprimia à literatura, acreditando contribuir para a sua
nacionalização.
c) Embora tendo sido escrito no período romântico, Iracema apresenta traços da ficção naturalista
tanto na criação das personagens quanto na tematização dos problemas do país.
d) A leitura de Iracema revela a importância do índio na literatura romântica. Entretanto, sabe-se que
a presença do índio não se restringiu a esse contexto literário, tendo desembocado inclusive no
Modernismo, por intermédio de escritores como Mário de Andrade e Oswald de Andrade.
e) O contraponto poético da prosa indianista de Alencar é constituído pela lírica de Gonçalves Dias.
Indiscutivelmente, em "O canto do guerreiro" e em "O canto do piaga", dentre outros poemas, o
índio é apresentado de maneira idealizada, numa perpetuação da imagem heróica e sublime
adequada aos ideais românticos.
7. "Então passou-se sobre este vasto deserto d'água e céu uma cena estupenda, heroica, sobre-humana;
um espetáculo grandioso, uma sublime loucura.
Peri alucinado suspendeu-se aos cipós que se entrelaçavam pelos ramos das árvores já cobertas
d'água, e com esforço desesperado cingindo o tronco da palmeira nos seus braços hirtos, abalou-os
até as raízes." O Guarani – José de Alencar
O texto acima exemplifica uma característica romântica de José de Alencar, que é a:
a) imaginação criadora.
b) consciência da solidão.
c) ânsia de glória.
d) idealização do personagem.
e) valorização da natureza
10
Literatura
8. Nos romances “Senhora” e “Lucíola”, José de Alencar dá um passo em relação à crítica dos valores da
sociedade burguesa, na medida em que coloca como protagonistas personagens que se deixam
corromper por dinheiro.
Entretanto, essa crítica se dilui e ele se reafirma como escritor romântico, nessas obras, porque:
a) pune os protagonistas no final, levando-os a um casamento infeliz.
b) justifica o conflito dos protagonistas com a sociedade pela diferença de raça: uns, índios
idealizados; outros, brasileiros com maneiras europeias.
c) confirma os valores burgueses, condenando os protagonistas à morte.
d) resolve a contradição entre o dinheiro e valores morais tornando os protagonistas ricos e
poderosos.
e) permite aos protagonistas recuperarem sua dignidade pela força do amor.
9. Iracema “Além, muito além daquela serra que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos
lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de
palmeira. O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu
hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava
sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde
pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.” José de Alencar
Ao caracterizar Iracema, José de Alencar relaciona-a a elementos da natureza, pondo aquela em
relação a esta em uma posição de:
a) equilíbrio
b) dependência
c) complementaridade
d) vantagem
11
Literatura
10. Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas
praias ensombradas de coqueiros; Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa para que o barco aventureiro manso
resvale à flor das águas. O trecho acima integra o romance Iracema, sobre o qual Machado de Assis se referiu como um
verdadeiro poema em prosa. Indique, nas alternativas abaixo, aquela que se mostra ERRADA quanto ao
texto em pauta.
a) Evidencia um proposital trabalho de linguagem, marcada por significativo uso de figuras de estilo,
entre as quais se põe a comparação.
b) Apresenta musicalidade, ritmo e cadência que o aproximam da poesia metrificada de extração
popular.
c) Faz aflorar no tecido poético a força da função conativa como apelo para abrandar os elementos
e as forças da natureza.
d) Utiliza apenas a construção anafórica para dar força ao texto, não se valendo de outras figuras
que poderiam potencializar sua dimensão poética.
12
Literatura
Gabarito
1. D Uma das características do romance regional é a descrever locais mais afastados da capital,
contribuindo para a expansão e conhecimento de regiões que até então, não eram exploradas no âmbito
literário, como também a possibilidade de conhecer e valorizar o cenário brasileiro e suas enormes
diversidades regionais, como percebe-se no trecho da obra “Inocência”.
2. E A alternativa se sustenta como correta, porque é a única a falar somente sobre o Romantismo. As demais
misturam características de outros movimentos literários.
3. E A idealização da mulher é uma característica dos românticos. O texto da questão elucida esse aspecto
marcante desse estilo literário.
4. D O texto defende eu a ideia de que “para ajudar na descoberta das múltiplas facetas” de José de Alencar,
sua obra será digitalizada. Por isso a alternativa D, ao defender a importância do ato, é a resposta correta.
5. C Iracema foi classificada como poema em prosa por Machado de Assis devido a sua grande
expressividade e presença de recursos de estilo, como as figuras de linguagem.
6. C Não há traços da ficção naturalista, porque não temos a questão das patologias e animalização ou
retorno ao primitivo dos personagens.
7. D Peri é descrito com características sobre-humanas. Logo, há uma idealização e exaltação exagerada do
personagem.
8. E É comum nos romances de Alencar que os personagens sejam salvos, sublimados pelo amor. Ao final
das duas narrativas, as personagens encontram suas redenções em sacrifícios em nome do amor.
9. D Nessa questão, é preciso observar que os elementos da natureza nunca chegam perto da excelência de
Iracema. A adjetivação da personagem a coloca sempre acima das demais criaturas e elementos da
natureza.
10. A
Por ser um movimento de caráter subjetivo, o conteúdo se sobrepõe a forma.
1
Matemática
Inequação produto e inequação quociente
Resumo
Inequação produto
É toda inequação na qual há um produto de termos.
Ex: Resolva a inequação ( 2)(3 4) 0x x− −
Para resolver essa desigualdade, devemos olhar para as funções x -2 e 3x – 4 separadamente e fazer o estudo
de sinais de ambas as funções.
Tirando as raízes das funções e fazendo o estudo de sinais temos:
x – 2 = 0 3x – 4 = 0
x = 2 x = 4/3
Como a inequação precisa ser menor que zero, as raízes não entram no nosso conjunto solução, pois elas
zeram as funções.
Agora, podemos montar nosso quadro:
Assim, nossa inequação ( 2)(3 4) 0x x− − tem como solução 4
23
x .
Inequação quociente
É toda inequação na qual há uma divisão de termos.
Ex: Resolva a inequação 1
05
x
x
−
−.
2
Matemática
Tirando as raízes das funções e fazendo o estudo de sinais temos:
x – 1 = 0 x – 5 = 0
x = 1 x = 5
Como a inequação precisa ser menor que zero, as raízes não entram no nosso conjunto solução, pois elas
zeram as funções.
Agora, podemos montar nosso quadro:
Assim, nossa inequação 1
05
x
x
−
− tem como solução ( ,1) (5, )− + .
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3
Matemática
Exercícios
1. A desigualdade ² 4 3
0² 7 10
x x
x x
− +
− + se verifica para todos os números reais x tais que:
a) 1 ou 3 2 ou 5x x x− − − −
b) 1 ou 2 3 ou 5x x x
c) 1 2 ou 3 5 x x
d) 1 ou 2 5 x x
e) 1 3 ou 2 5 x x
2. O sistema de inequações abaixo admite k soluções inteiras:
² 2 143
12
x x
x
x
− −
Pode se afirmar que:
a) 0 2k
b) 2 4k
c) 4 6k
d) 6 8k
e) 8k
3. O conjunto solução S, nos reais, da inequação ( )4 2 1 1 03
xx
− − −
é
a) /1 2S x x=
b) 1
/ 32
S x x
=
c) / 1 ou 2S x x x=
d) 1
/ ou 32
S x x x
=
4
Matemática
4. A soma das soluções da inequação 3
02 1
x
x
− +
−, onde x pertence ao conjunto dos naturais é:
a) 3
b) 4
c) 5
d) 6
e) 8
5. A soma de todos os números inteiros que satisfazem simultaneamente a inequação-produto
( )( )3 7 4 0x x− + e a inequação-quociente 2 1
05
x
x
+
−é
a) 3.
b) 5.
c) 6.
d) 7.
e) 8.
6. O conjunto solução S da inequação ( )( )5 ² 6 8 2 2 0x x x− − − é
a) 4
, 2 ,15
S
= − −
b) 4
2, ,15
S
= + −
c) 4
, 2 1,5
S
= − +
d) 4
, 1, 25
S
= − −
e) 4
,1 2,5
S
= − +
7. O número de soluções inteiras da inequação 2 6
014 2
x
x
+
− é:
a) 8
b) 9
c) 10
d) 11
e) infinito
5
Matemática
8. A função 9 ²
( )² 2
xf x
x x
−=
+ − tem como domínio o conjunto solução
a) / 3 2 ou 1 3S x x x= − −
b) / 3 2 ou 1 3S x x x= − −
c) / 3 2 ou 1 3S x x x= − −
d) / 2 1 ou 1 3S x x x= −
e) / 2 1 ou 1 3S x x x= − −
9. Sobre a inequação-produto ( )( )4 ² 2 1 ² 6 8 0x x x x− + − − + , nos reais, é correto afirmar que
a) Não existe solução nos reais.
b) O conjunto admite infinitas soluções nos reais.
c) O conjuntos solução é / 2 4S x x=
d) O conjuntos solução é / 2 ou 4S x x x=
10. Tem-se (x+2).(x - 1) < 0 se e somente se:
a) x < 1
b) x > - 2
c) - 2 < x < 0
d) x ≠ 2 e x = 1
e) - 2 < x < 1
6
Matemática
Gabarito
1. B
2. D
3. B
7
Matemática
4. A
5. A
6. E
8
Matemática
7. C
8. B
9. C
10. E
A função x + 2 é positiva quando x > -2. Já a função x – 1 é positiva quando x > 1. Fazendo o quadro,
temos:
Ou seja, como queremos que (x + 2)(x – 1) seja menor que zero, temos que -2 < x < 1.
1
Matemática
Inequações dos 1º e 2º graus
Resumo
Nós sabemos que muitos de vocês não sabem a diferença entre equação e função, certo? Então, vamos
começar aprendendo essa diferença.
Equações
O conceito de equação é toda sentença que apresenta uma igualdade (=). Por exemplo, 3x + 2 = 5, em que x
= 1 é a solução da equação, ou seja, esse é o valor que torna a sentença verdadeira.
Já função é uma relação específica entre dois números x e y. Por exemplo, y = x + 1 é uma função, mas, se
fixarmos um valor para x ou y, teremos uma equação. Ou seja:
1y x→ = + é uma função.
2 1x→ = + é uma equação.
Inequações As inequações se destacam por possuir os sinais > (maior que), < (menor que), ≥ (maior ou igual que) e ≤
(menor ou igual que) e diferentemente das equações, a solução é um intervalo. Em outras palavras, toda
inequação possui infinitas soluções.
Por exemplo, lembra que falamos que 2 = x + 1 era uma equação? Agora, 2 > x + 1 é uma inequação! Quais
valores de x fazem essa sentença ser verdadeira?
2 1
2 1
1
1
x
x
x
x
+
−
Ou seja, a sentença é verdadeira desde que x seja menor do que 1. Faça o teste!
Obs: Repare que a inequação nos pede somente que x + 1 seja MENOR que 2, ou seja, x = 1 faz a x + 1 ser
exatamente IGUAL a 2, o que não é o caso pedido, então x = 1 não é uma resposta para a inequação. Se a
inequação tive pedido que x + 1 fosse MENOR OU IGUAL a 2, então x = 1 seria uma resposta. Fique ligado
nisso!
Inequação do 1º grau Resolvemos inequações do primeiro grau muito parecidamente com equações do primeiro grau, como vimos
no exemplo anterior.
2
Matemática
Inequações do 2º grau Para resolvermos inequações do segundo grau, precisamos fazer um esboço da função quadrática fazer o
estudo dos sinais, ou seja, analisar onde a função é positiva, negativa ou igual a 0.
Na análise dos sinais da função quadrática, são as raízes que delimitam os intervalos nos quais a função é
positiva ou negativa. Então, o primeiro passo é encontrar as raízes! A partir daí, de acordo com os sinais de ∆
e de a, escolhe-se o esquema adequado para descrever o sinal da função.
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3
Matemática
Exercícios
1. Assinale a menor solução inteira da inequação 4 10 2x−
a) 2
b) 3
c) 4
d) 12
e) 60
2. A capacidade de um reservatório de água é maior que 250 litros e menor que 300 litros. O número x de
litros que há nesse reservatório satisfaz à inequação 1 1272
x+ .
Assinale a alternativa que apresenta quantos litros de água há nesse reservatório.
a) 250
b) 251
c) 252
d) 253
e) 255
3. O gerente de um estacionamento, próximo a um grande aeroporto, sabe que um passageiro que utiliza
seu carro nos traslados casa-aeroporto-casa gasta cerca de R$ 10,00 em combustível nesse trajeto.
Ele sabe, também, que um passageiro que não utiliza seu carro nos traslados casa-aeroporto-casa
gasta cerca de R$ 80,00 com transporte.
Suponha que os passageiros que utilizam seus próprios veículos deixem seus carros nesse
estacionamento por um período de dois dias.
Para tornar atrativo a esses passageiros o uso do estacionamento, o valor, em real, cobrado por dia de
estacionamento deve ser, no máximo, de
a) 35,00.
b) 40,00.
c) 45,00.
d) 70,00.
e) 90,00.
4
Matemática
4. No universo dos números reais a equação ( )( )² 13 40 ² 13 42
0² 12 35
x x x x
x x
− + − +=
− + é satisfeita por apenas
a) três números.
b) dois números.
c) um número.
d) quatro números.
e) cinco números.
5. O número de soluções inteiras da inequação 1 3 5 2 1x x x− − + é
a) 4.
b) 3.
c) 2.
d) 1.
e) 0.
6. Tomando-se o conjunto dos números reais como universo, a inequação 3 ² 3 ² 4
27 7 5
x xx
− +
tem
como solução
a)
7/
5S x x
= −
b)
7/
5S x x
=
c)
5/
2S x x
= −
d)
2/
5S x x
= −
e)
2/
5S x x
= −
7. A soma dos valores inteiros que satisfazem a desigualdade ² 6 8x x+ − é:
a) −9
b) −6
c) 0
d) 4
e) 9
5
Matemática
8. A função f é tal que ( ) ( )f x g x= . Se o gráfico da função g é a parábola a seguir, o domínio de f é o
conjunto:
a) / 0S x x=
b) / 2 ou 2S x x x= −
c) / 0 2S x x=
d) / 2 2S x x= −
9. Os gráficos cartesianos das funções f e g, de R em R interceptam-se num ponto do 1º quadrante. Se
f(x) = x+7 e g(x) = -2x + k, onde k é constante, então k satisfaz a condição.
a) k > 7
b) 1 < k ≤ 7
c) 0 < k ≤ 7
d) -1 < k ≤ 0
e) -7 < k ≤ -1
10. Para que o domínio da função ( ) ( ) 1f x x x k= − + seja todo o conjunto dos reais, deve-se ter:
a) 0k
b) 1k −
c) 1 1k−
d) 2 2k−
e) 1 3k−
6
Matemática
Gabarito
1. C
2. B
3. A
4. C
5. B
7
Matemática
6. E
7. A
8. D
9. A
Note que f(x) é uma função crescente que intercepta o eixo y no ponto (0, 7), e g(x) é uma função
decrescente que intercepta o eixo y no ponto (0, k). Portanto, a única forma das duas funções se
interceptarem no primeiro quadrante, devemos ter o valor de k maior que 7.
8
Matemática
10. D
1
Matemática
Equações trigonométricas
Resumo
Equação trigonométrica
As equações trigonométricas são equações contendo uma ou mais funções trigonométricas da variável
trigonométrica. Resolver a equação significa encontrar os valores dos arcos cujas funções trigonométricas
tornam a equação verdadeira.
Exemplo: 3
( )2
sen x =
Sabemos que o seno de 60° é justamente 3
2, sendo, assim, uma das soluções. Porém o seno de 120°
também vale 3
2. Repare que existem infinitos valores de x que satisfazem a equação, visto que podemos
dar infinitas voltas no ciclo trigonométrico. Por isso, que, geralmente, restringimos o intervalo das respostas
em uma única volta, ou seja 0 < x < 2π.
Não existe um método único para resolver todas as equações trigonométricas. No entanto, a maioria delas
pode ser transformada em outras mais simples, porém equivalentes, ou seja, de mesma solução.
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2
Matemática
Exercícios
1. Se p e q são duas soluções da equação 2 ² 2 1 0sen x senx− + = tais que ( ) ( )sen p sen q , então o
valor da expressão ² cos ²sen p q− é igual a:
a) 0.
b) 0,25.
c) 0,50.
d) 1.
2. Seja x real tal que cos x = tg x. O valor de sen x é:
a) 3 1
2
−
b) 1 3
2
−
c) 5 1
2
−
d) 1 5
2
−
3. Quantas soluções a equação ( )cos 2 1 0x− = tem no intervalo [0,5]? (Lembre-se que π = 3,14).
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 0
3
Matemática
4. Sendo 1
cos5
senx x+ = , determine os possíveis valores de senx .
a) 3 4
ou 5 5
b) 3 4
ou 5 5
−
c) 3 4
ou 5 5
− −
d) 3 4
ou 5 5
−
e) 3 5
ou 5 4
−
5. Resolva em a equação cossec( ) cot ( ) 2 ( )x g x sen x− = .
a) 2
/ 23
S x x k
= = +
b) 2
/3
S x x
= =
c) / 2 2S x x k = = +
d) / 26
S x x k
= = +
e) / 23
S x x k
= = +
6. Seja x tal que sen x + cos x = 1. Determine todos os valores possíveis para sen 2x + cos 2x.
a) 0
b) 1
c) -1
d) 1 e -1
e) 0 e -1
4
Matemática
7. Resolva a equação sen(x) - sen³(x) = 0.
a) , kx k=
b) , k2
x k
= +
c) ou , k2
x k x k
= = +
d) ou , k4
x k x k
= = +
e) ou , k6
x k x k
= = +
8. A quantidade de soluções que a equação trigonométrica 4 4 1
cos2
sen x x− = admite no intervalo
0,3 é
a) 0
b) 2
c) 4
d) 6
e) 8
9. A soma das soluções da equação trigonométricas cos2 3cos 2x x+ = − , no intervalo 0,2 é
a)
b)
c)
d)
e)
5
Matemática
10. Sabendo-se que ² 3 cos 2cos² 0sen x senx x x− + = e que cos 0x , temos que os
possíveis valores para tg(x) são:
a) 0 e -1
b) 0 e 1
c) 1 e 2
d) -1 e -2
e) -2 e 0
6
Matemática
Gabarito
1. B
Observe:
2. C
Observe:
3. C
Observe:
- A função tem período π.
- o primeiro zero é em π /4+1/2 = 1,29
Assim:
1,29
1,29+ π /2=2,86
2,86+ π /2=4,43
4,43+ π /2=6
3 soluções.
7
Matemática
4. B
Observe:
5. A
Observe:
6. D
Observe:
7. C
Observe:
8
Matemática
8. D
9. C
10. C
Dividindo toda a equação por cos²x, temos:
Ou seja, caímos em uma equação de segundo grau cujas raízes são 1 e 2.
1
Matemática
Inequações trigonométricas
Resumo
Inequação Trigonométrica
Uma inequação trigonométrica é uma desigualdade, em cujas incógnitas aparecem funções trigonométricas.
Exemplo: sen(x) < 1/2
Ao trabalhar com esse tipo de inequação, normalmente é possível reduzi-la a alguma inequação conhecida,
que é chamada de inequação trigonométrica fundamental. Dá uma olhada em 6 inequações fundamentais:
I. sen x > n (sen x ≥ n):
Seja n o seno de um arco y qualquer, tal que 0 ≤ n < 1. Se sen x > n, então todo x entre y e π – y é solução
da inequação, assim como podemos ver na parte destacada de verde na figura a seguir:
A solução dessa inequação pode ser dada, no intervalo de uma só volta, como:
S = { x 𝛜 ℝ | y < x < π – y}. Para estender essa solução para o conjunto dos reais, podemos afirmar que
S = { x 𝛜 ℝ | y + 2kπ < x < π – y + 2kπ, k 𝛜 ℤ } ou S = { x | y + 2kπ < x < (2k + 1)π – y, k 𝛜 ℤ }
II. sen x < n (sen x ≤ n)
Se sen x < n, então a solução é dada por dois intervalos. A figura a seguir representa essa situação:
Na primeira volta do ciclo, a solução pode ser dada como S = { x 𝛜 ℝ | 0 ≤ x ≤ y ou π – y ≤ x ≤ 2π} . No
conjunto dos reais, podemos afirmar que
S = { x 𝛜 ℝ | 2kπ ≤ x < y + 2kπ ou π – y + 2kπ ≤ x ≤ (k + 1).2π, k 𝛜 ℤ }.
2
Matemática
III. cos x > n (cos x ≥ n) Seja n o cosseno de um arco y, tal que – 1 < n < 1. A solução deve ser dada a partir de dois intervalos: 0 ≤ n < 1 ou – 1 < n ≤ 0. Veja a figura a seguir:
Para que a solução dessa inequação esteja na primeira volta do ciclo trigonométrico, devemos
apresentar
S = { x 𝛜 ℝ | 0 ≤ x < y ou 2π – y ≤ x < 2π }. Para estender essa solução para o conjunto dos reais, podemos
dizer que S = { x 𝛜 ℝ | 2kπ ≤ x < π + 2kπ ou 2π – y + 2kπ < x < (k + 1).2π, k 𝛜 ℤ }.
IV. cos x < n (cos x ≤ n)
Nesses casos, há apenas um intervalo e uma única solução. Observe a figura a seguir:
Na primeira volta do ciclo, a solução é S = { x 𝛜 ℝ | y < x < 2π – y}. No conjunto dos reais, a solução é
S = { x 𝛜 ℝ | y + 2kπ < x < 2π – y + 2kπ, k 𝛜 ℤ }.
3
Matemática
V. tg x > n (tg x ≥ n)
Seja n a tangente de um arco y qualquer, tal que n > 0. Se tg x > n, há duas soluções como podemos ver
na figura:
A solução dessa inequação pode ser dada no conjunto dos reais como S = { x 𝛜 ℝ | y + 2kπ < x < π/2 +
2kπ ou y + π + 2kπ < x < 3π/2 + 2kπ}. Na primeira volta do ciclo, temos: S = { x 𝛜 ℝ | y < x < π/2 ou y + π < x
< 3π/2, k 𝛜 ℤ }.
VI. tg x < n (tg x ≤ n)
Esse caso é semelhante ao anterior. Se n > 0, temos:
Na primeira volta do ciclo, temos como solução: S = { x 𝛜 ℝ | 0 ≤ x < y ou π/2 < x < y + π ou 3π/2 < x < 2π}.
No conjunto dos reais a solução é S = { x 𝛜 ℝ | kπ ≤ x < y + kπ ou π/2 + kπ < x < (k + 1).π, k 𝛜 ℤ }.
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4
Matemática
Exercícios
1. O conjunto solução da inequação 3
( )2
sen x , x ∈ [0, 2π], é:
a)
20 ou 2
3 3x x
b)
20 ou 2
3 3x x
c) 0
3x
d)
22
3x
2. Se x ϵ [0, 2π], então 1
cos( )2
x se, e somente se, x satisfazer à condição:
a)
5
3 3x
b) 3 2x
c) 2x
d)
3 5 ou 2
2 2 3x x
e)
50 ou 2
3 3x x
5
Matemática
3. A inequação ( ) 1tg x tem como conjunto solução:
a) ,4 2
b) ,4 2
c) 5 3
, ,4 2 4 2
d) 5 3
, ,4 2 4 2
e) 5 3
, ,4 2 4 2
k k k k
+ + + +
, para k
4. O conjunto solução (S) para a inequação 2cos ² cos(2 ) 2x x+ em que 0 x π é dado por:
a)
5(0, ) | 0 ou
6 6S x x x
=
b)
2(0, ) |
3 3S x x
=
c)
2(0, ) | 0 ou
3 3S x x x
=
d)
5(0, ) |
6 6S x x
=
e) (0, )S x =
6
Matemática
5. O conjunto solução da inequação 2 ² cos 1 0sen x x− − , no intervalo ]0, 2 ] é
a) 2 4
,3 3
b) 5
,3 6
c) 5
,3 3
d) 2 4 5
, ,3 3 3 3
e) 5 7 10
, ,6 6 6 6
6. A inequação ( ) cos( ) 0sen x x , no intervalo [0, 2 ] e x real, possui conjunto solução
a) 3
, , 22 2
b) 3
0, ,2 2
c) 3 5 7
, ,4 4 4 4
d) 3 5 7
, , 24 4 4
e) 2
0, ,3 3
7
Matemática
7. A solução da inequação 2 ² 2
0 11
sen x sen x
tgx
+
+, para 0,
2x
, é o conjunto
a) 0,4
b) 0,4
c) 0,2
d) 0,2
e) ,4 2
8. Sendo 0,2x , a interpretação gráfica no ciclo trigonométrico para o conjunto solução da
inequação 48 10 ² 3 0sen x sen x− + − é dada por
a) c)
b) d)
8
Matemática
9. O conjunto dos valores reais de x que tornam verdadeiras a desigualdade
( )cos ² x −
a) ( , −
b) , −
c)
d)
10. Resolva a inequação 1 2
cos .4 2
x senx , em que 0,x .
a) ,12 6
b) 5
,12 3
c) 5 5
,12 6
d) 5
,12 12
9
Matemática
Gabarito
1. A
Observe:
Assim, temos que que S = { x 𝛜 ℝ | 0 ≤ x ≤ π/3 ou 2 π/3 ≤ x ≤ 2π }
2. Sabemos que cos(π/3) = ½, sendo assim, observe:
Por isso, temos que o gabarito é a letra e.
3. E
10
Matemática
4. A
Observe:
5. C
11
Matemática
6. A
7. B
12
Matemática
8. B
13
Matemática
9. D
14
Matemática
10. D
1
Português
Funções sintáticas: complementos verbais
Resumo
Complemento verbal
Os complementos verbais, como o próprio nome já diz, completam o sentido de verbos transitivos. Eles
podem ser diretos, quando se ligam ao verbo sem necessidade de preposição; e indiretos, quando se
conectam ao verbo com o auxílio de preposição.
Objeto direto: Completa um verbo transitivo (sem preposição obrigatória).
Semanticamente, o objeto direto pode representar:
• Quem sofre ou recebe a ação do verbo: O diretor elogiou o professor.
• O resultado da ação: Ele executou a obra.
• Aquilo para onde se dirige um sentimento: Ela ama o companheiro.
• O espaço percorrido ou o objetivo final: Atravessei o lago. Subi a montanha.
Objeto indireto: Complemento preposicionado de um verbo.
• O que recebe a ação: Responder à questão.
• A pessoa ou coisa em cujo benefício ou não se pratica a ação: Trabalho para o aluno.
Dica: Sempre pergunte ao verbo, que ele irá te dizer se seu complemento precisa ou não de preposição.
Exemplo 1: Gosto de escrever. Verbo: Gostar. Pergunta: Quem gosta, gosta de? Notou a preposição “de”?
Temos um VTI (verbo transitivo indireto) e um OI (objeto indireto).
Exemplo 2: A menina trouxe água. Verbo: Trazer. Pergunta: Quem traz, traz alguma coisa? Notou que a
preposição não se fez necessária? Temos um VTD (verbo transitivo direto) e um OD (objeto direto).
Função do objeto pleonástico
“Eu aprecio a garota. A garota, eu a aprecio.”
Sempre que haja necessidade expressiva de reforço, de ênfase, pode um termo vir repetido. Essa reiteração
recebe o nome de pleonasmo, e ocorre principalmente com o objeto direto, o objeto indireto e o predicativo
do sujeito.
Para que isso aconteça, duas condições precisam ser respeitadas:
1. O termo que se tornará pleonástico ficará no início da frase.
2. A seguir, repete-se o termo sob forma de pronome pessoal (no objeto direto ou indireto) e sob forma de
pronome demonstrativo se for predicativo do sujeito com verbo de ligação.
2
Português
Observe:
Este carro comprei hoje. / Este carro comprei-o hoje.
Não obedeço ao professor. / Ao professor não lhe obedeço.
Ele não me viu. / A mim ele não me viu.
O menino que veio comigo / mandei-o voltar.
Razões para o objeto direto preposicionado
“Ao bom homem a gurizada ama”.
Às vezes, preposiciona-se o objeto direto, seja por clareza, por eufonia (evitar sons desagradáveis ao ouvido)
ou por ênfase.
Por clareza, ou seja, para evitar confusão de sentido:
a. Ao Palmeiras o Guarani venceu: evitar confundir o sujeito com o O.D.
Ordem direta: O Guarani venceu o Palmeiras.
b. Estimo-o como a um pai. (em expressões comparativas)
Por ênfase,
a. Estimo a meus alunos b. Estranhamos a todos. Atingi a ambos. Castiguei a Marcio.
Outros casos:
a. Com o pronome relativo quem: Refiro-me à pessoa a quem conheces.
b. Com pronome oblíquo tônico: Nem ela entende a mim, nem eu a ela.
c. Com sujeito indeterminado: Adora-se às mulheres.
d. Nas expressões de reciprocidade “um ao outro” e “uns aos outros”: Eles se prezam uns aos outros.
Adaptado- fonte: RIBEIRO, Manoel P. Nova Gramática Aplicada da Língua Portuguesa.
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3
Português
Exercícios
1. Em:
“… principiou a segunda volta do terço”;
“Carrocinhas de padeiro derrapavam nos paralelepípedos”;
“Passavam cestas para o Largo do Arouche”;
“Garoava na madrugada roxa”
Os verbos são, respectivamente:
a) transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto, intransitivo
b) intransitivo, transitivo indireto, transitivo direto, intransitivo
c) transitivo direto, intransitivo, transitivo direto, intransitivo
d) transitivo direto, intransitivo, intransitivo, intransitivo-impessoal
e) transitivo indireto, intransitivo, transitivo indireto, transitivo indireto
2. Analise a predicação dos verbos em negrito no texto e assinale a alternativa correta.
"Calem-se todos!" - Gritou ele autoritário. - Pergunto-me, então: calam as palavras?... Não! Louco, quem
assim pensa. Fecham-se os lábios, isto sim. Mas o pensamento... ah! ... este voa.
a) Os quatro verbos em negrito são intransitivos.
b) "Perguntar" é transitivo direto e indireto; os demais são intransitivos;
c) "Perguntar" é intransitivo; "pensar" e "voar" são transitivos diretos e "fechar" é transitivo indireto;
d) "Pensar" é intransitivo", os três outros são transitivos diretos;
e) "Fechar" é transitivo direto; os demais são transitivos indiretos.
3. Quanto a função sintática, os termos sublinhados nos trechos, são, respectivamente:
"...eu não sentia necessidade dos meus brinquedos."
"O seu destino fora cruel."
"Gritava, dizia tanta coisa..."
"...eu fico a pintar o retrato dessa mãe angélica."
a) objeto direto - predicativo - objeto indireto - complemento nominal;
b) complemento nominal - objeto direto - sujeito - adjunto adnominal;
c) adjunto adnominal - sujeito - objeto indireto - complemento nominal;
d) complemento nominal - predicativo - objeto direto - adjunto adnominal;
e) objeto direto - predicativo - complemento nominal - adjunto adnominal.
4
Português
4. "Quando amainar a chuva, veremos quantos bois sobreviveram às inundações de janeiro."
Na frase acima, os termos grifados exercem a função sintática, respectivamente, de:
a) objeto direto, objeto direto e adjunto adverbial;
b) objeto direto, objeto direto e adjunto adnominal;
c) objeto direto, sujeito e adjunto adverbial;
d) sujeito, sujeito e adjunto adnominal;
e) Sujeito, objeto direto e adjunto adverbial.
5. "O homem está imerso num mundo ao qual percebe ..." A palavra em negrito é:
a) objeto direto preposicionado
b) objeto indireto
c) adjunto adverbial
d) agente da passiva
e) adjunto adnominal.
6. Assinale a análise do termo destacado: "A terra era povoada de selvagens."
a) objeto direto
b) objeto indireto
c) agente da passiva
d) complemento nominal
e) adjunto adverbial
7. Assinale o “que” objeto indireto:
a) A casa que você viu é minha.
b) O homem que trabalha vence na vida.
c) Que aconteceu com você?
d) O cargo a que aspiras é nobre.
e) O rapaz que chegou é meu conhecido.
5
Português
8. Assinale a alternativa que contém um complemento verbal pleonástico.
a) Assistimos à missa e à festa.
b) As moedas, ele as trazia no fundo do bolso.
c) Deste modo, prejudica-te e a ela.
d) Atentou contra a própria vida e dos passageiros.
e) Técnica e habilidade sobram-lhe aos adversários.
9. A Ilha Grande não merecia ser um presídio. Desde as casas brancas dos pescadores que foram ficando
para trás, lá embaixo, no Abraão, até os caminhos sinuosos que vão cortando as montanhas, tudo
parece um cenário de liberdade. Olho para baixo e lá está o azul para se mergulhar, aquela faixa
molhada da praia onde costumamos caminhar para refrescar os pés, o toque da brisa. Além do mais
há mato, vegetação, verde. Tudo aqui é tão selvagem, tão natural, como é que poderiam ter imaginado
um presídio nesta Ilha? Teria sido um requinte de crueldade, deixar que os punidos se lembrem
diariamente da água, da areia, da brisa e do mato? Quando chegamos, todos os presos que tinham vista
para a entrada estavam colados nas grades das celas. Queriam ver as novas caras. A Ilha seria o
presídio de muitos anos, o lugar onde ficaríamos, talvez para sempre. Íamos olhando todo aquele
cenário curioso, mas também com uma certa calma de quem vai reencontrá-lo muitas vezes.
Passamos a guarda na entrada, penetramos no prédio branco, ganhamos uniformes e fomos
introduzidos na galeria dos presos políticos. Gabeira, Fernando. O que é isso, companheiro? Rio de Janeiro: Codecri, 1979, p. 181.
Assinale a alternativa correta em relação à obra “O que é isso, companheiro?”, Fernando Gabeira:
a) Em “os caminhos sinuosos que vão cortando as montanhas” há antítese.
b) No período “Olho para baixo e lá está o azul para se mergulhar”, os verbos destacados, quanto à
transitividade, são classificados, na sequência, como verbo transitivo direto e verbo de ligação.
c) Em “Além do mais há mato, vegetação, verde” tem-se uma oração sem sujeito e as palavras
destacadas são, sintaticamente, objeto direto.
d) A obra é narrada em 3ª pessoa com interferência do próprio autor, que relata também sua trajetória
como militante político, durante o período da ditadura militar no Brasil.
e) No período “Passamos a guarda na entrada, penetramos no prédio branco, ganhamos uniformes
e fomos introduzidos na galeria dos presos políticos” há cinco orações coordenadas, sendo a
última coordenada sindética aditiva.
6
Português
10. Marte é o Futuro
O pouso na Lua não foi só o ápice da corrida espacial. Foi também o passo inicial do turbocapitalismo
que dominaria as três décadas seguintes. Dependente, porém, de matérias-primas do século 19: aço,
carvão, óleo. Lançar-se ao espaço implicava algum reconhecimento dos limites da Terra. Ela era azul,
mas finita. Com o império da tecnociência, ascendeu também sua nêmese, o movimento ambiental.
Fixar Marte como objetivo para dentro de 20 ou 30 anos, hoje, parece tão louco quanto chegar à Lua
em dez, como determinou John F. Kennedy. Não há um imperialismo visionário como ele à vista, e isso
é bom. A ISS (estação espacial internacional) representa a prova viva de que certas metas só podem
ser alcançadas pela humanidade como um todo, não por nações forjadas no tempo das caravelas.
Marte é o futuro da humanidade. Ele nos fornecerá a experiência vívida e a imagem perturbadora de um
planeta devastado, inabitável. Destino certo da Terra em vários milhões de anos. Ou, mais provável, em
poucas décadas, se prosseguir o saque a descoberto da energia fóssil pelo hipercapitalismo
globalizado, inflando a bolha ambiental.
Adaptado de: LEITE, M. Caderno Mais!. Folha de São Paulo. São Paulo, domingo, 26 jul. 2009. p. 3.
Quanto à predicação verbal, é correto afirmar:
a) Em “Lançar-se ao espaço implicava algum reconhecimento” (linha 3), o verbo implicar, nesse
contexto, é um verbo transitivo direto, por isso seu complemento não exige preposição.
b) Em “Não há um imperialismo visionário como ele à vista” (linha 6), o verbo haver é considerado
um verbo de ligação, pois estabelece relação entre sujeito e seu predicativo.
c) Em “A ISS (estação espacial internacional) representa a prova viva” (linhas 6 e 7), o verbo
representar é intransitivo, portanto, não necessita complemento.
d) Em “Marte é o futuro da humanidade” (linha 8), o verbo ser é classificado como verbo transitivo
direto e indireto, ou seja, possui um complemento precedido de preposição e outro não.
e) Em “Ele nos fornecerá a experiência vívida e a imagem” (linhas 8 e 9), o verbo fornecer é
classificado como verbo defectivo, pois não apresenta a conjugação completa.
7
Português
Gabarito
1. C
“Principiou” [a segunda volta do terço], o termo destacado entre colchetes é objeto direto; o verbo é
transitivo direto.
“Derrapavam” é verbo intransitivo, isto é, não requer complemento verbal.
“Passavam” requer complemento verbal não preposicionado, isto é, é transitivo direto.
“Garoava” é verbo intransitivo e indica ação da natureza.
2. B
Quem pergunta, pergunta algo a alguém. Sendo assim, o verbo “perguntar” é transitivo direto e indireto,
pois requer dois complementos verbais: um preposicionado e outro não.
3. D
I. Complemento nominal completando o sentido de “necessidade”.
II. Termo no predicado que caracteriza o sujeito: predicativo.
III. “Tanta coisa” é complemento verbal de “dizer”, logo, é objeto direto.
IV. “Dessa mãe angélica." Introduz informação acessória, portanto, é adjunto adnominal.
4. E
“Chuva” é sujeito de “amainar”, que significa “estiar”, “acalmar”. “Quantos bois” é objeto direto do verbo transitivo direto “ver”. “De janeiro” expressa circunstância temporal, logo, é adjunto adverbial.
5. A Não existe necessidade de preposição entre o verbo e o seu objeto, pois quem percebe, percebe algo.
Assim, a frase poderia ser “num mundo o qual percebe” (com objeto direto), mas o autor preferiu utilizar
uma preposição para enfatizar: “ao qual”. Isso caracteriza o objeto direto preposicionado.
6. C Há a presença do verbo “ser” + verbo principal em forma nominal; “povoar é verbo transitivo direto. Por
esses motivos, concluímos que a oração está construída na voz passiva e “de selvagens" é seu agente
da passiva.
7. D Devemos entender que há duas orações nesse período: 1 – o cargo é nobre.; 2 – Tu aspiras ao cargo. O
pronome relativo “que” foi utilizado para evitar a repetição de “cargo”, mas, como percebemos, a
preposição se faz necessária. Deste modo, temos um “que” objeto indireto na alternativa “D”.
8. B Em “As moedas, ele as trazia no fundo do bolso”, há um objeto direto pleonástico, pois tanto “as moedas”
quanto “as” desempenham a mesma função, a de objeto direto.
9. C Tem-se uma oração sem sujeito, pois o verbo “haver” está em terceira pessoa com sentido de “existir”.
As palavras destacadas são objetos diretos.
8
Português
10. A As opções [B], [C], [D] e [E] são incorretas, pois, nas frases citadas, o verbo “haver” é impessoal no sentido
de existir, o verbo “representar” é transitivo com “prova viva” como seu objeto direto, o verbo “ser” é verbo
de ligação entre o sujeito “Marte” e o seu predicativo “o futuro da humanidade” e o verbo “fornecer” é um
verbo regular, apresentando conjugação completa. É correta a opção [A], pois o verbo implicar, no
contexto, é um verbo transitivo com objeto direto, “algum reconhecimento”, por isso sem preposição.
1
Português
Funções sintáticas: predicado e predicativo
Resumo
O predicado é a parte da oração que traz informações sobre o sujeito, podendo ser classificado como verbal,
nominal ou verbo-nominal. Observe o exemplo abaixo:
“Eu enfrentava os batalhões,
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock para as matinês.”
Chico Buarque
No fragmento da canção de Chico Buarque, a frase “Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões”
pode ser dividida em duas partes: O termo “enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões” determina
o sujeito “Eu”, sendo assim o predicado da oração.
Normalmente, o predicado mostra o que o sujeito faz. Às vezes, a declaração contida no predicado não se
refere a nenhum sujeito: “Adiante há uma casa”.
Tipos de Predicado
Os predicados podem ser:
Verbal: O núcleo é um verbo transitivo ou intransitivo.
Exemplo: Uns brincam na relva - Predicado: brincam na relva.
Núcleo: brincam (verbo intransitivo)
No predicado verbal, não aparece o predicativo.
Nominal: O núcleo é o predicativo do sujeito (substantivo, adjetivo ou pronome) e o verbo é de ligação.
Exemplo: Ele está bobo. O núcleo é bobo (adjetivo na função de predicativo do sujeito).
Observe que o predicativo atribui algo ao sujeito.
Costumam aparecer como verbos de ligação: ser, estar, parecer, continuar, andar, parecer. No entanto, se
não houver predicativo, esses verbos não serão de ligação.
Ex.: Permaneceremos tranquilos. (pred. do sujeito) - Verbo de ligação. Permaneceremos nessa casa.
(adjunto adverbial) - verbo intransitivo.
Verbo-nominal: Há dois núcleos. Primeiro: verbo intransitivo ou transitivo. Segundo: predicativo do sujeito, do
objeto direto ou do objeto indireto.
Exemplos:
1. Os alunos cantaram emocionados aquela canção.
Predicado: cantaram emocionados aquela canção
Núcleo verbal: cantaram
2
Português
Núcleo nominal: emocionados (predicativo do sujeito)
2. Vi as crianças, alegres.
Predicado: Vi as crianças, alegres
Núcleo verbal: Vi
Núcleo nominal: alegres (predicativo do objeto direto)
3. Chamei-lhe egoísta.
Núcleo verbal: Chamei
Núcleo nominal: egoísta
Predicativo
Há dois tipos de predicativo:
Predicativo do sujeito: termo que exprime um atributo, um estado, um modo de ser do sujeito, ao qual se
conecta por um verbo de ligação, no predicado nominal.
Ex: A bandeira é o símbolo da Pátria.
Predicativo do objeto: termo que se refere ao objeto de um verbo transitivo.
Ex: O juiz declarou o réu INOCENTE.
O deslocamento do predicativo e a vírgula
Assim como outros termos deslocados, algumas vezes o predicativo pode precisar ser destacado por vírgulas.
Isso acontecerá porque ele não seguirá a ordem direta da oração. Observe o exemplo abaixo para melhor
entendimento:
Animado, André correu para seus pais.
André, animado, correu para seus pais.
Mais um uso das vírgulas em relação aos termos essenciais da oração é para omitir um verbo que já foi citado
no contexto.
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3
Português
Exercícios
1. Meu lugar
O meu lugar
é caminho de Ogum e Iansã
lá tem samba até de manhã
uma ginga em cada andar
O meu lugar
é cercado de luta e suor
esperança num mundo melhor dançar
e cerveja pra comemorar
O meu lugar
tem seus mitos e seres de luz
é bem perto de Osvaldo Cruz
Cascadura, Vaz Lobo e Irajá
O meu lugar
é sorriso, é paz e prazer
o seu nome é doce dizer
Madureira
Ah, que lugar
a saudade me faz relembrar
os amores que eu tive por lá
é difícil esquecer
Doce lugar
que é eterno no meu coração
e aos poetas traz inspiração
pra cantar e escrever
Ai, meu lugar
quem não viu Tia Eulália dançar
vó Maria o terreiro benzer
e ainda tem jongo à luz do luar
Ai, que lugar
Tem mil coisas pra gente dizer
O difícil é saber terminar
Madureira, lá laiá
Compositores: Arlindo Domingos Da Cruz Filhi / Jose
Mauro Diniz
Em português, o verbo “ser” pode formar predicados nominais, qualificando o sujeito, ou predicados
verbais. Assinale a opção em que o verbo “ser” forma um predicado verbal:
a) “é bem perto de Oswaldo Cruz” (v.11)
b) “é eterno no meu coração” (v.22)
c) “é difícil de esquecer” (v.20)
d) “é doce dizer” (v.15)
4
Português
2. Assinale a alternativa que classifica corretamente a sequência de predicados das orações abaixo:
− Soa um toque áspero de trompa.
− Os estudantes saem das aulas cansados.
− Toda aquela dedicação deixava-o insensível.
− Em Iporanga existem belíssimas grutas.
− Devido às chuvas, os rios estavam cheios.
− Eram sólidos e bons os móveis.
a) verbal; verbo-nominal; verbo-nominal; verbal; nominal; nominal.
b) verbal; verbal; verbo-nominal; nominal; verbo-nominal; nominal.
c) nominal; verbal; verbo-nominal; verbal; nominal; verbo-nominal.
d) verbo-nominal; verbal; nominal; verbal; verbo-nominal; nominal.
e) nominal; verbal; verbal; nominal; nominal; verbo-nominal.
3. Relacione as colunas e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
I. Predicado Verbal
II. Predicado Nominal
III. Predicado Verbo-nominal
( ) Receava que eu me tornasse rancorosa.
( ) As irmãs saíram da missa assustadas.
( ) Da janela da igreja, os padres assistiam à cena.
a) II – I – III
b) III – I – II
c) I – III – II
d) II – III – I
5
Português
4. Leia a anedota de Ziraldo e indique a opção que corresponde aos tipos de predicado presentes na fala
atribuída à professora, obedecendo à ordem em que eles aparecem no texto.
A inspetora da escola visitando todas as turmas quando o Juquinha levou um tombo no corredor e
berrou todos os palavrões que conhecia.
Escandalizada, a inspetora perguntou:
− Onde essa criança aprendeu tanto palavrão?
E a professora, muito sem graça:
− Aprendeu nada! Isso é dom natural.
a) nominal e verbal.
b) verbal e nominal.
c) verbal e verbo-nominal.
d) verbo-nominal e verbal.
e) verbo-nominal e nominal.
5. Considerando que o verbo “estar” pode ser interpretado como sendo verbo de ligação, se indica apenas
um estado, ou verbo intransitivo, se a estada em determinado local, assinale a opção em que, no par
de sentenças, o verbo “estar” seja verbo de ligação na primeira sentença e verbo intransitivo na segunda.
a) Astrogildo estava em casa. Ele estava cansado.
b) Astrogildo estava cansado. Por isso ele estava em casa.
c) Adalgiza está cansada. Ela está doente.
d) Astrogildo está em casa. Ele está em Maceió.
e) Astrogildo está no sítio do tio. Ele está em Rio Largo.
6. A reinvindicação do massacre na Charlie Hebdo pela facção da al-Qaeda na Península Arábica
recoloca em primeiro plano um movimento afastado da mídia pelos sucessos militares da
Organização do Estado Islâmico.
Le Monde Diplomatique, 04.02.2016
Das afirmações abaixo sobre o uso da vírgula, assinale a única correta:
a) o segmento “pela facção da al-Qaeda na Península Arábica” é um adjunto adnominal e deveria
estar entre vírgulas.
b) poderia haver uma vírgula após o sujeito “A reivindicação do massacre na Charlie Hebdo”.
c) deveria haver uma vírgula após o sujeito “A reivindicação do massacre na Charlie Hebdo”.
d) deveria haver uma vírgula após a forma verbal “recoloca”.
e) o segmento “em primeiro plano” é um adjunto adverbial intercalado e poderia estar entre vírgulas.
6
Português
7. A invasão
A divisão ciência/humanismo se reflete na maneira como as pessoas, hoje, encaram o computador.
Resiste-se ao computador, e a toda a cultura cibernética, como uma forma de ser fiel ao livro e à palavra
impressa. Mas o computador não eliminará o papel. Ao contrário do que se pensava há alguns anos, o
computador não salvará as florestas. Aumentou o uso do papel em todo o mundo, e não apenas porque
a cada novidade eletrônica lançada no mercado corresponde um manual de instrução, sem falar numa
embalagem de papelão e num embrulho para presente. O computador estimula as pessoas a
escreverem e imprimirem o que escrevem. Como hoje qualquer um pode ser seu próprio editor,
paginador e ilustrador sem largar o mouse, a tentação de passar sua obra para o papel é quase
irresistível. O Estado de S. Paulo, 31.05.2015.
Os termos “o uso do papel” e “um manual de instrução” se identificam sintaticamente por exercerem
nas respectivas orações a função de:
a) objeto direto.
b) predicativo do sujeito.
c) objeto indireto.
d) complemento nominal.
e) sujeito
8. Analise as frases a seguir:
“O sol entra cada dia mais tarde, pálido, fraco, oblíquo.”
“O sol brilhou um pouquinho pela manhã”.
Pela ordem, os predicados das orações acima classificam-se como:
a) nominal e verbo-nominal
b) verbal e nominal
c) verbal e verbo-nominal
d) verbo-nominal e nominal
e) verbo-nominal e verbal
9.
I. Paulo está adoentado.
II. Paulo está no hospital.
a) O predicado é verbal em I e II.
b) O predicado é nominal em I e II.
c) O predicado é verbo-nominal em I e II.
d) O predicado é verbal em I e nominal em II.
e) O predicado é nominal em I e verbal em II.
7
Português
10. Leia o texto abaixo e responda a questão a seguir:
Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da pátria nos traz.
trecho do Hino à Bandeira – letra de Olavo Bilac – música de Francisco Braga
Glossário:
Pendão: bandeira, flâmula
Augusto: nobre
O trecho “Tua nobre presença”, no contexto em que se insere, do ponto de vista sintático, se classifica
como
a) predicativo do sujeito.
b) sujeito simples.
c) objeto indireto.
d) aposto.
8
Português
Gabarito
1. A
Nas alternativas [B], [C] e [D], o verbo “ser” forma um predicado nominal, pois une-se às palavras “eterno”,
“difícil” e “doce”, respectivamente, para caracterizar o sujeito. No caso de [A], por outro lado, não vemos
predicado nominal qualificados do sujeito, mas sim um predicado verbal.
2. A
As alternativas são, respectivamente: verbo intransitivo (predicado verbal); verbo intransitivo + nome
predicativo do sujeito (predicado verbo-nominal); verbo transitivo direto + predicativo do objeto
(predicado verbo-nominal); verbo intransitivo (predicado verbal); verbo de ligação + nome predicativo do
sujeito (predicado nominal); verbo de ligação + nome predicativo do sujeito (predicado nominal).
3. D
Em “Receava que eu me tornasse rancorosa”, há o verbo de ligação “tornar-se” e predicativo do sujeito
“rancorosa”. Assim, tem-se predicado verbal. Em “As irmãs saíram da missa assustadas”, há um verbo
intransitivo “sair” e um predicativo do sujeito “assustadas”; portanto, predicado verbo-nominal.
Finalmente, em “Da janela da igreja, os padres assistiam à cena”, há verbo transitivo indireto “assistir” e
objeto direto “à cena”. Temos então um predicado verbal.
4. B
“Aprendeu nada!”, o núcleo do predicado é o verbo, uma vez que o foco está na ação representada por
ele “aprender”. Tem-se, portanto, um predicado verbal. “Isso [é um dom natural]” – o termo entre
colchetes é o predicado nominal, uma vez que o núcleo é um nome, que caracteriza um sujeito “isso”,
ligando-se a ele a partir do verbo de ligação “é”.
5. B
Na oração “Astrogildo estava cansado”, o verbo “estar” ligar o estado de “cansado” ao Astrogildo, sendo
assim um verbo de ligação. Já na oração “Por isso ele estava e casa”, o verbo “estar” indica a estada de
Astrogildo em um local, sendo assim um verbo intransitivo.
6. E
Adjuntos adverbiais não devem ser separados por vírgula; Não deve haver vírgula entre sujeito e
predicado; Não deve haver vírgula após “um movimento afastado”, já que o que vem a seguir é parte,
ainda, do objeto direto – “um movimento afastado da mídia pelos sucessos militares da Organização do
Estado Islâmico”; Não pode haver vírgula entre o verbo e seu objeto direto.
7. E
“O uso do papel” é sujeito do verbo aumentar; já “um manual de instrução”, do verbo corresponder.
8. E
Primeira oração: Entra: núcleo verbal. Tarde, pálido, fraco, oblíquo: predicativo do sujeito. Segunda
oração: brilhou: núcleo verbal do predicado.
9
Português
9. E
Em “Paulo está adoentado”, há um verbo de ligação e um predicativo do sujeito (adoentado), que é o
núcleo do predicado, portanto, trata-se de um predicado nominal. Em “Paulo está no hospital”, está é o
núcleo do predicado, portanto, trata-se de um predicado verbal.
10. B
Ao considerar o trecho (“Tua nobre presença à lembrança; A grandeza da pátria nos traz”), percebe-se
que o verbo, conjugado na 3ª pessoa do singular, deve apresentar como sujeito uma expressão que
concorde com ele. Dentre as possibilidades, tanto “tua nobre presença” quanto “a grandeza da pátria”
poderiam desempenhar as funções de sujeito simples, porém “Tua nobre presença” vem no início da
oração.
1
Química
Estequiometria simples
Resumo
Cálculo estequiométrico ou estequiometria é o cálculo das quantidades de reagentes e/ou produtos das
reações químicas baseados nas leis ponderais e proporções químicas.
Na estequiometria temos que estar cientes das informações quantitativas que uma reação química pode
representar, por exemplo:
De acordo com as leis das reações, as proporções acima são constantes, e isso permite que eu monte uma
regra de três para calcular as quantidades envolvidas numa reação genérica. Por exemplo:
N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g)
1 mol de N2 reage com 3 mol de H2 produzindo 2 mol de NH3
Sendo assim, caso eu queira saber quantos mol de amônia eu produzo com 10 mol de N2 basta eu montar
uma regra de simples partindo da reação dada e relacionando o dado da questão(10 mol) com o X.
Portanto, se eu sei que 1 mol de N2 produzem 2 mol de NH3 eu posso chegar a conclusão que com 10 mol
de N2 eu produzo 20 mol de NH3 .
Analogamente podemos utilizar qualquer uma das unidades apresentadas como dados ta questão, por
exemplo usando a massa:
2
Química
Como 1 mol de N2 equivale a 28g e produzem 34g de NH3, com uma regra de três simples consigo descobrir
quanto de NH3 eu consigo produzir utilizando apensas 10g de N2.
Resumindo:
I. Escrever a equação química mencionada no problema.
II. Balancear ou acertar os coeficientes dessa equação (lembre-se de que os coeficientes indicam a
proporção em mols existente entre os participantes da reação).
III. Estabelecer uma regra de três entre o dado e a pergunta do problema, obedecendo aos coeficientes da
equação, que poderá ser escrita em massa, ou em volume, ou em mols, conforme as conveniências do
problema.
Casos gerais
1.1) Quando o dado e a pergunta são expressos em massa
Calcular a massa de amônia (NH3) obtida a partir de 3,5 g de nitrogênio gasoso(N2) (massas atômicas: N =
14; H = 1).
Resolução:
1 N2(g) + 3 H2(g) → 2 NH3(g)
1 mol de N2 = 28g
2 mol de NH3 = 2x17g(14+3) = 34g , logo...
28g de N2 _________ 34g de NH3
3,5g de N2 ______
X de NH3
X = 4,25g de NH3
Neste exemplo, a regra de três obtida da equação foi montada em massa (gramas), pois tanto o dado como
a pergunta do problema estão expressos em massa.
1.2) Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em volume(ou vice-versa)
Calcular o volume de gás carbônico obtido, nas condições normais de pressão e temperatura, utilizando de
290 g de gás butano (massas atômicas: C = 12; O = 16; H = 1).
Resolução:
C4H10(g) + 13 O2(g) → 4 CO2(g) + 5 H2O(g)
2
Lembrando a definição de Condições Normais de Temperatura e Pressão(P =1 atm ; T = 0ºC):
1 mol de qualquer gás na CNTP ocupam 22,4L.
3
Química
58g de C4H10 __________ 4 x 22,4L de CO2
290g de C4H10 _______
X
X = 448L de CO2 (Nas CNTP)
Agora a regra de três é, “de um lado”, em massa (porque o dado foi fornecido em massa) e, “do outro lado”,
em volume (porque a pergunta foi feita em volume).
1.3) Quando o dado e a pergunta são expressos em volume
Um volume de 15 L de hidrogênio(H2), medido a 15 ° C e 720 mmHg, reage completamente com cloro. Qual é
o volume de gás clorídrico(HCl) produzido na mesma temperatura e pressão?
Resolução:
H2(g) + Cl2(g) → 2 HCl(g)
1 volume de H2 ____produz____ 2 volumes de HCl
1L de H2 ________
2L de HCl
15 de H2 ________
V de HCl
V = 30L de HCl (a 15 ° C e 720 mmHg, ou seja, fora das CNTP)
O cálculo estequiométrico entre volumes de gases é um cálculo simples e direto, desde que os
gases(reagente e produto) estejam nas mesmas condições de pressão e temperatura.
1.4) Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em mols (ou vice-versa)
Quantos mols de gás oxigênio são necessários para produzir 0,45 gramas de água?
(Massas atômicas: H = 1; O = 16)
Resolução:
H2(g) + O2(g) → 2 H2O(g)
1 mol de O2 ________
2 x 18g de H2O
X mol de O2 ________
0,45g de H2O
X = 0,0125 mol de O2 ou 1,25 x 10² mol de O2
4
Química
1.5) Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em número de partículas(ou vice-versa)
Quantas moléculas de gás carbônico podem ser obtidas pela queima completa de 4,8 g de carbono puro?
(Massa atômica: C = 12)
Resolução:
C + O2 → CO2
12g de C _______ 6,02 x 10²³ moléculas de CO2
4,8g de C _______ X moléculas de CO2
X = 2,4 x 10²³ moléculas de CO2
1.6) Havendo duas ou mais perguntas
(Neste caso, teremos uma resolução para cada uma das perguntas feitas)
Quais são as massas de ácido sulfúrico e hidróxido de sódio necessárias para preparar 28,4 g de sulfato de
sódio? (Massas atômicas: H = 1; O = 16; Na = 23; S = 32)
Para a massa do ácido sulfúrico(H2SO4):
H2SO4(aq) + 2 NaOH(aq) → Na2SO4(aq) +2 H2O(liq)
98g de H2SO4 _____ 142g de Na2SO4
X de H2SO4 _____ 28,4g de Na2SO4
X = 196g de de H2SO4
Para a massa do Hidróxido de sódio(NaOH):
2 x 40g de NaOH ______ 142g de Na2SO4
Y de NaOH ______ 28,4g de Na2SO4
Y = 16g de NaOH
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5
Química
Exercícios
1. Dada a reação não balanceada 2 2 2H O H O,+ → é correto afirmar-se que a massa de água produzida
na queima de 40 kg de hidrogênio e a massa de oxigênio consumidos na reação são, respectivamente,
Dados: 1 161 8H; O
a) 320 kg e 360 kg.
b) 360 kg e 320 kg.
c) 360 kg e 80 kg.
d) 320 kg e 80 kg.
e) 160 kg e 80 kg.
2. Jaques A. C. Charles, químico famoso por seus experimentos com balões, foi o responsável pelo
segundo voo tripulado. Para gerar o gás hidrogênio, com o qual o balão foi enchido, ele utilizou ferro
metálico e ácido, conforme a seguinte reação:
Fe(s) + H2SO4 (aq) → FeSO4 (aq) + H2 (g )
Supondo que tenham sido utilizados 448 kg de ferro metálico, o volume, em litros, de gás hidrogênio
obtido nas CNTP (0 °C e 1 atm) foi de:
a) 89,6
b) 179,2
c) 268,8
d) 89 600
e) 179 200
3. O hipoclorito de sódio tem propriedades bactericida e alvejante, sendo utilizado para cloração de
piscinas, e é vendido no mercado consumidor em solução como Água Sanitária, Cândida, Q-Boa, etc.
Para fabricá-lo, reage-se gás cloro com soda cáustica:
CL2 (g) + 2 NaOH(aq) → NaCl(aq) + NaClO(aq) + H2O(l)
A massa de soda cáustica, NaOH(aq), necessária para obter 149 kg de hipoclorito de sódio, NaCLO(aq),
é: Dados: H = 1 u; O = 16 u; Na = 23 u; CL = 35,5 u
a) 40 kg
b) 80 kg
c) 120 kg
d) 160 kg
e) 200 kg
6
Química
4. O carbonato de cálcio é um calcário usado como matéria-prima na obtenção da cal, de acordo com a
reação CaCO3 (s) → CaO(s) + CO2 (g). A massa de cal produzida na calcinação de 200 kg de carbonato
é:
a) 112 kg
b) 56 kg
c) 28 kg
d) 100 kg
e) 200 kg
5. O alumínio (Al) reage com o oxigênio (O2 ) de acordo com a equação química balanceada a seguir:
4 Al (s) + 3 O2 (g) → 2 Al2O3 (s)
A massa, em gramas, de óxido de alumínio (Al2O3) produzida pela reação de 9,0 g de alumínio com
excesso de oxigênio é:
a) 17
b) 34
c) 8,5
d) 9,0
e) 27
6. Acompanhando a evolução dos transportes aéreos, as modernas caixas-pretas registram centenas de
parâmetros a cada segundo, constituindo recurso fundamental na determinação das causas de
acidentes aeronáuticos. Esses equipamentos devem suportar ações destrutivas e o titânio, metal duro
e resistente, pode ser usado para revesti-los externamente. O titânio é um elemento possível de ser
obtido a partir do tetracloreto de titânio por meio da reação não-balanceada:
TiCl4 (g) + Mg (s) → MgCl2 (l) + Ti (s)
Considere que essa reação foi iniciada com 9,5 g de TiCl4 (g). Supondo-se que tal reação seja total, a
massa de titânio obtida será, aproximadamente:
a) 1,2 g
b) 2,4 g
c) 3,6 g
d) 4,8 g
e) 7,2 g
7
Química
7. Numa estação espacial, emprega-se óxido de lítio para remover o CO2 no processo de renovação do ar
de respiração, segundo a equação:
Li2O + CO2 → Li2CO3
Dados: C = 12; O = 16; Li = 7.
Sabendo-se que são utilizadas unidades de absorção contendo 1,8 kg de Li2O, o volume máximo de
CO2, medido nas CNPT, que cada uma delas pode absorver, é:
a) 1.800 L
b) 1.344 L
c) 1.120 L
d) 980 L
e) 672 L
8. Antiácido estomacal, preparado à base de bicarbonato de sódio (NaHCO3 ), reduz a acidez estomacal
provocada pelo excesso de ácido clorídrico segundo a reação:
HCl (aq) + NaHCO3 (aq) → NaCl (aq) + H2O (l) + CO2 (g)
Dados: massa molar NaHCO3 = 84 g/mol; volume molar = 22,4 L/mol a 0 °C e 1 atm.
Para cada 1,87 g de bicarbonato de sódio, o volume de gás carbônico liberado a 0 °C e 1 atm é de aproximadamente:
a) 900 mL
b) 778 mL
c) 645 mL
d) 493 mL
e) 224 mL
9. Um ser humano adulto sedentário libera, ao respirar, em média, 0,880 mol de CO2 por hora. A massa de
CO2 pode ser calculada, medindo-se a quantidade de BaCO3 (s), produzida pela reação:
Ba(OH)2 (aq) + CO2 (g) → BaCO3 (s) + H2O (l)
Suponha que a liberação de CO2 (g) seja uniforme nos períodos de sono e de vigília. A alternativa que
indica a massa de carbonato de bário que seria formada pela reação do hidróxido de bário com o CO2
(g), produzido durante 30 minutos, é aproximadamente:
a) 197 g
b) 173 g
c) 112 g
d) 86,7 g
e) 0,440 g
8
Química
10. Uma das transformações que acontecem no interior dos “catalisadores” dos automóveis modernos é
a conversão do CO em CO2, segundo a reação
CO + 1
2 O2 → CO2 .
Admitindo-se que um motor tenha liberado 1.120 L de CO (medido nas CNPT), o volume de O2 (medido
nas CNPT) necessário para converter todo o CO em CO2 é, em litros, igual a:
a) 2.240
b) 1.120
c) 560
d) 448
e) 336
9
Química
Gabarito
1. B
2 2 22H O 2H O
4g
+ →
36g
40 kg
2 2 2
x
x 360 kg de água
2H O 2H O
4 g
=
+ →
32 g
40 kg y
y 320 kg=
2. E
Fe + H2SO4 → FeSO4 + H2
3. D
CL2 (g) + 2 NaOH(aq) → NaCL(aq) + NaCLO(aq) + H2O(L)
4. A
CaCO3 (s) → CaO(s) + CO2 (g)
5. A
MM(Al203) = 102g/mol
4 x 27g Al ------- 2 x 102g Al2O3
9g Al ------- m
𝒎 =𝟗 𝒙 𝟐 𝒙 𝟏𝟎𝟐
𝟒 𝒙 𝟐𝟕
m = 17g Al2O3
10
Química
6. B
MM(TiCl4) = 47,9 +4 x 35,5 = 189,9 g/mol
189,9g TiCl4 ------- 47,9g Ti
9,5g TiCl4 ------- m
m = 2,4g Ti
7. B
I. MM(Li2O) = 2 x 7 + 16 = 30 g/mol
II. 𝒏 =𝟏,𝟖 .𝟏𝟎𝟑 𝒈
𝟑𝟎 𝒈
𝒎𝒐𝒍
= 𝟔𝟎 𝒎𝒐𝒍 𝑳𝒊𝟐𝑶
III. 1 mol CO2 -------- 1 mol Li2O → 𝑛𝐶𝑂2= 60𝑚𝑜𝑙
IV. 22,4 L ------- 1mol
V ------- 60 mol → 𝑉 = 1344 𝐿
8. D
I. 𝒏 =𝟏,𝟖𝟕𝒈
𝟖𝟒𝒈
𝒎𝒐𝒍
= 𝟎, 𝟎𝟐𝟐 𝒎𝒐𝒍 𝑵𝒂𝑯𝑪𝑶𝟑
II. 1 mol NaHCO3 ------ 1 MOL CO2
𝒏𝑪𝑶𝟐= 𝟎, 𝟎𝟐𝟐 𝒎𝒐𝒍 𝑪𝑶𝟐
III. PV = nRT
1 x V = 0,022 x 0,082 x 273 → V = 0,4925L → V = 493 mL
9. D
I. 1h --------- 0,88 mol CO2
0,5 h ----- n
n = 0,44 mol CO2
II. 1 mol BaCO3 ------- 1 mol CO2
→ 𝑛𝐵𝑎𝐶𝑂3=0,44 𝑚𝑜𝑙 𝐶𝑂2= 0,44 𝑚𝑜𝑙 𝐵𝑎𝐶𝑂3
III. MM(𝐵𝑎𝐶𝑂3) = 197 g/mol
𝒎𝑩𝒂𝑪𝑶𝟑= 𝟎, 𝟒𝟒 𝒙 𝟏𝟗𝟕 = 𝟖𝟔, 𝟔𝟖 ~ 𝟖𝟔, 𝟕𝒈
10. C
Sabe-se que 𝑛 =𝑃
𝑅𝑇 𝑉 → 𝑛 ~ 𝑉
Então,
1 mol CO ------- ½ mol O2 →
1 L CO ---- ½ L O2
1120 L CO --- v
Logo, V = 560 L O2
1
Física
Exercícios sobre estequiometria simples
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Exercícios
1. O Óxido de lítio pode ser preparado segundo a reação expressa pela seguinte equação química:
(s) 2(g) 2 (s)4Li O 2Li O+ →
Qual será a quantidade de 2Li O produzida em gramas partindo-se de 14 g de lítio sólido?
a) 30
b) 20
c) 16
d) 10
e) 26
2. O gás metano 4(CH ) pode ser produzido em aterros sanitários através de uma decomposição
anaeróbia da matéria orgânica.
Qual o volume ocupado por 2 kg de gás metano nas condições normais de temperatura e pressão?
a) 700 L
b) 1400 L
c) 2800 L
d) 5600 L
e) 11200 L
3. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária — ANVISA — recomenda a ingestão diária de, no máximo,
3 mg do íon fluoreto, para prevenir cáries. Doses mais elevadas podem acarretar enfraquecimento dos
ossos, comprometimento dos rins, danos nos cromossomos, dentre outros males. Para atender à
recomendação da ANVISA, o composto utilizado para introduzir o flúor é o fluoreto de sódio, cuja massa
é
Dados: Na 23; F 19.= =
a) 5,82 mg
b) 4,63 mg
c) 6,63 mg
d) 3,42 mg
e) 1,71 mg
2
Física
4. A hemoglobina é uma proteína de elevada massa molar, responsável pelo transporte de oxigênio na
corrente sanguínea. Esse transporte pode ser representado pela equação química abaixo, em que HB
corresponde à hemoglobina.
2 2 4HB 4 O HB(O )+ →
Em um experimento, constatou-se que 1g de hemoglobina é capaz de transportar 42,24 10 L− de
oxigênio molecular com comportamento ideal, nas CNTP.
A massa molar, em g mol, da hemoglobina utilizada no experimento é igual a:
a) 1 x 105
b) 2 x 105
c) 3 x 105
d) 4 x 105
e) 5 x 105
5. O cloreto de cobalto(II) anidro, 2CoC , é um sal de cor azul, que pode ser utilizado como indicador de
umidade, pois torna-se rosa em presença de água. Obtém-se esse sal pelo aquecimento do cloreto de
cobalto(II) hexa-hidratado, 2 2CoC 6 H O, de cor rosa, com liberação de vapor de água.
aquecimento
sal hexa-hidratado (rosa) sal anidro (azul) vapor de água⎯⎯⎯⎯⎯⎯→ +
A massa de sal anidro obtida pela desidratação completa de 0,1mol de sal hidratado é,
aproximadamente,
Dados: Co 58,9; C 35,5.= =
a) 11g.
b) 13 g.
c) 24 g
d) 130 g.
e) 240 g.
3
Física
6. O GNV (Gás Natural Veicular) é composto principalmente de metano. A reação de combustão do
metano pode ser descrita como
4(g) 2(g) 2(g) 2 ( )CH 2O CO 2H O+ → +
Na combustão de 160 g de metano
a) são consumidos 640 L de oxigênio nas CNTP.
b) são formados 36 g de água.
c) são formados 440 g de 2CO .
d) são liberados na atmosfera 44 litros de 2CO .
e) a massa total de produtos formados será de 224 g.
7. No jornal Folha de São Paulo, de 14 de junho de 2013, foi publicada uma reportagem sobre o ataque
com armas químicas na Síria “[...] O gás sarin é inodoro e invisível. Além da inalação, o simples contato
com a pele deste gás organofosforado afeta o sistema nervoso e provoca a morte por parada
cardiorrespiratória. A dose letal para um adulto é de meio miligrama. […]”.
Baseado nas informações fornecidas e nos conceitos químicos, quantas moléculas aproximadamente
existem em uma dose letal de gás sarin aproximadamente?
Dado: Considere que a massa molar do gás sarin seja 140 g/mol. Constante de Avogadro: 236 10
entidades.
a) 1,68 . 1026 moléculas.
b) 3,00 . 1023 moléculas.
c) 2,14 . 1021 moléculas.
d) 2,14 . 1018 moléculas.
e) 1,68 . 1018 moléculas.
4
Física
8. A adição de biodiesel ao diesel tradicional é uma medida voltada para a diminuição das emissões de
gases poluentes. Segundo um estudo da FIPE, graças a um aumento no uso de biodiesel no Brasil, entre
2008 e 2011, evitou-se a emissão de 11 milhões de toneladas de 2CO (gás carbônico).
Adaptado de Guilherme Profeta, “Da cozinha para o seu carro: cúrcuma utilizada como aditivo de biodiesel”. Cruzeiro do Sul, 10/04/2018.
Dados de massas molares em 1g mol :− H 1, C 12, O 16.= = =
Considerando as informações dadas e levando em conta que o diesel pode ser caracterizado pela
fórmula mínima n 2n(C H ), é correto afirmar que entre 2008 e 2011 o biodiesel substituiu
aproximadamente
a) 3,5 milhões de toneladas de diesel.
b) 11 milhões de toneladas de diesel.
c) 22 milhões de toneladas de diesel.
d) 35 milhões de toneladas de diesel.
e) 40 milhões de toneladas de diesel.
9. O metal manganês, empregado na obtenção de ligas metálicas, pode ser obtido no estado líquido, a
partir do mineral pirolusita, MnO2, pela reação representada por:
( ) ( ) ( ) ( )
2 2 33MnO s 4 A s 3Mn 2A O s+ → +
Considerando que o rendimento da reação seja de 100%, a massa de alumínio, em quilogramas, que
deve reagir completamente para a obtenção de 165 kg de manganês, é
Massas molares em g/mol: A 27;= Mn 55;= O 16.=
a) 54.
b) 108.
c) 192.
d) 221.
e) 310.
5
Física
10. Uma das grandes preocupações da mídia, dos governantes e da sociedade em geral com o meio-
ambiente diz respeito à emissão de gás carbônico, um dos responsáveis pelo efeito estufa causador
do aquecimento global. Dentre as várias formas de emissão do gás carbônico, encontra-se a que é
realizada pelo corpo humano no processo respiratório, em que o gás oxigênio é inspirado e o gás
carbônico é expirado. Para determinar a quantidade de 2CO expirado por um ser humano adulto, foi
realizado um teste reagindo-se esse gás com o hidróxido de bário, em que se observou, em 20 minutos,
a produção de 59,1g de carbonato de bário. Usando-se a equação dessa reação química para
determinar o volume desse gás, nas CNTP, que uma pessoa adulta libera, é correto afirmar que em 1
hora, o volume de 2CO liberado é de aproximadamente
Dados: Ba 137,3; C 12; O 16.= = =
a) 15 litros.
b) 20 litros.
c) 25 litros.
d) 30 litros.
e) 35 litros.
6
Física
Gabarito
1. A
(s) 2(g) 2 (s)4 Li O 2 Li O
(4 7) g
+ →
2 (14 16)
14 g
+
x
x 30 g=
2. C
416 g de CH 22,4 L
2000 g x
x 2800 L=
3. C
NaF 23 19 42 (fluoreto de sódio)
1NaF está para 1 F.
Então :
42 g
= + =
NaF
19 g
m
NaF
NaF
3 mg
42 g 3 mgm
19 g
m 6,63 mg
=
=
4. D
2 2 4
HB
HB 4 O HB(O )
M
+ ⎯⎯→
14 22,4 L mol
1 g
−
4
1
HB 4
4 1 5 1HB
5HB
2,24 10 L
1g 4 22,4 L molM
2,24 10 L
M 40 10 g mol 4 10 g mol
M 4 10 g mol
−
−
−
− −
=
= =
=
5. B
2 2 2 2
2
aquecimento
CoC 6 H O CoC H O
2
CoC
2 2 2 2
sal hexa-hidratado (rosa) sal anidro (azul) vapor de água
CoC 58,9 2 35,5 129,9
M 129,9 g mol
CoC 6 H O CoC 6 H O
1mol
Δ
⎯⎯⎯⎯⎯⎯→ +
= + =
=
⎯⎯→ +
129,9 g
0,1mol2
2
2
CoC
CoC
CoC
m
0,1mol 129,9 gm
1mol
m 12,99 g 13 g
=
=
7
Física
6. C
4 2
4(g) 2(g) 2(g) 2 ( )
CH 16; CO 44.
CH 2O CO 2H O
16 g
= =
+ → +
44g
160 g 440g
7. D
140g de gás sarin 23
3
6 10 moléculas
0,5 10 g
−
−
18
x
x 2,14 10 moléculas.=
8. A
( )
2
n 2n 2 2 2
CO 12 2 16 44
3n1C H O n CO nH O
2
12n 2n g
= + =
+ ⎯⎯→ +
+
n 2nC H
44 n g
m
n 2n
n 2n
6
6
C H
6C H
11 10 t
14 n g 11 10 tm
44 n g
m 3,5 10 t
=
=
9. B
De acordo com a equação: ( ) ( ) ( ) ( )2 2 33MnO s 4 A s 3Mn 2A O s+ → +
produzem
4 mols de A ———— 3 mols de Mn
Assim:
4 mols 3 mols
108 g de A ———— 165 g de Mn
m ————165000 g
m 108000 g ou 108 kg=
10. B
20 minutos 359,1 g de BaCO
60 minutos
= + + =
+ ⎯⎯→
3
3
2 2 3
3 59,1 g de BaCO
BaCO 137,3 12 3 16 197,3
Ba(OH) (aq) CO (g) BaCO (s)
22,4 L
2CO
197,3 g
V
=
2
2
CO
CO
3 59,1 g
22,4 L 3 59,1 gV 20,13 L
197,3 g
V 20 L
1
Redação
Análise da banca do ENEM
Resumo
Agora que já conhecemos a estrutura e alguns detalhes importantes sobre a produção textual, cabe analisar,
de maneira bem aprofundada, a banca do maior exame que vamos enfrentar, neste ano: o ENEM. Um
conhecimento completo de cada um dos critérios e suas especificidades é essencial para uma produção
coerente com o que o corretor precisa ver no seu texto e, por isso, é importantíssimo entender cada uma das
competências analisadas pela banca. Vamos lá?
Os critérios de correção do ENEM
Critério 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
No primeiro critério, verifica-se, basicamente, correção gramatical e escolha de registro no texto. Isso
significa que, na produção, é importante que haja uma revisão atenta do texto, de forma que você, aluno, evite
problemas de acentuação, pontuação, construção dos períodos, ortografia e, é claro, as famosas letras e
palavras "comidas". Na mesma análise, é crucial que a redação mantenha um mesmo registro, um mesmo
nível de linguagem - que, no caso do ENEM, será necessariamente o culto -, evitando misturas e desvios.
Observação: Como já falamos na aula de planejamento textual, é essencial que separe um tempinho para
uma revisão atenta dos erros que você mais cometeu durante o ano. Como a nossa leitura fica, de certa
maneira, viciada depois de algumas repetições, o ideal é voltar ao texto, para a revisão, depois de algumas
questões objetivas. Isso, certamente, facilitará o foco e, consequentemente, a identificação de erros.
Critério 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para
desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
Aqui, os objetivos são três: em primeiro lugar, é importante que o leitor, na sua redação, deixe claro o
entendimento do tema e seus comandos. Isso leva em consideração, é claro, a interpretação dos textos
motivadores. Além disso, espera-se que o texto esteja dentro dos limites da dissertação argumentativa - com
introdução, desenvolvimento e conclusão, além de, é claro, a defesa de uma tese clara. Por fim, a utilização
de outras áreas do conhecimento - como aquelas que você aprende no Ensino Médio - é bem interessante,
aqui, e dá os pontos necessários para chegar ao 1000.
Critério 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa
de um ponto de vista.
A ideia aqui é, basicamente, trabalhar a argumentação do texto. Isso envolve, é claro, a coerência, o sentido
que as informações passam - tanto com relação à própria construção do texto quanto o mundo em que ele
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Redação
está inserido. É essencial, então, trabalhar bastante a comprovação das ideias, da tese, com exemplos, dados
estatísticos, argumentos de autoridade, explicações, saindo sempre do senso-comum - ou seja, trazendo
referências e argumentos além dos apresentados nos textos motivadores (configurando a famosa autoria).
Critério 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da
argumentação.
O foco, nesta competência, está em duas ideias: evitar repetições e trabalhar ligações no texto. Isso significa
que este é o momento de investir em sinônimos, hipônimos, hiperônimos, pronomes demonstrativos,
advérbios e outras ferramentas, a fim de evitar repetir palavras na redação e trabalhar referências, além de
variar o uso de conectivos e de ganchos no texto, trabalhando a conexão entre as orações, períodos e
parágrafos. É importante lembrar que a construção dos períodos também é muito avaliada aqui. Isso significa
que frases muito longas não são bem-vindas no seu texto!
Critério 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
A última competência ataca, basicamente, a produção de propostas de intervenção. Isso significa que, na
redação do ENEM, criar medidas para resolver um problema é uma exigência. Portanto, não deixe de
apresentá-las, ok? Essas soluções precisam ter três características importantes: em primeiro lugar, é
importante que estejam ligadas ao tema, ou seja, que falem sobre a temática apresentada pela prova, levando
em consideração todas as suas especificidades. Além disso, precisam estar ligadas à discussão apresentada
na redação - suas causas, consequências, argumentos apresentados. Por fim, é essencial que sejam
detalhadas, ou seja, que falem não só do que pode ser feito, mas de como as medidas podem ser tomadas e,
é claro, quem pode colocar isso em prática.
Como as partes do texto são avaliadas na prova?
Na introdução, a contextualização dá ao aluno a chance de utilizar outras áreas do conhecimento na
construção do parágrafo. Isso significa que a competência três, de coerência argumentativa, é diretamente
impactada aqui. Além disso, a apresentação de uma tese clara e consistente - bem defendida, é claro - é
essencial para que haja boas notas nos critérios de tema/tipo de texto e coerência, também.
O desenvolvimento, por trabalhar a parte argumentativa, tem influência direta na competência três. Porém,
por indicar a produção de uma dissertação, também tem impacto no critério dois e por sua construção formal,
na quarta competência (referente a coesão textual). O uso de argumentos de autoridade e referências
externas ao texto, resultantes do seu conhecimento de mundo, podem ajudar, também, na construção da
autoria exigida no critério três.
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Redação
A conclusão, por retomar a tese, trabalha diretamente a coesão textual, avaliada na competência quatro, e a
coerência interna - uma vez que mantém o mesmo raciocínio durante todo o texto -, presente no critério três.
Além disso, por tratar de propostas, tem consequência direta na competência cinco, que trata apenas dessas
intervenções.
Resumindo as competências cobradas pelo ENEM:
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Redação
Exercícios
Texto para as questões de 1 a 6.
Tema: Desastres ambientais: qual o preço do desenvolvimento?
José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e entender a relação
do índio com a natureza: subsistência, exploração saudável e freada, cooperação. Esse modo de se utilizar
da fauna e da flora, no entanto, não é mais o que prevalece no mundo, já que o homem, desde muito antes de
essas histórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento e lucro. A fim de
satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando, desenfreada e irresponsavelmente, o meio
ambiente, sem pensar que – um dia – a humanidade pode ser engolida por essas ações, como recentes
acontecimentos vêm sugerindo.
Primeiramente, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de bens naturais.
Constantemente retiramos do meio ambiente muito mais do que necessitamos, do que o imprescindível para
a vida, isso porque nosso modo de viver está intimamente associado ao que é supérfluo. Exemplo disso são
as queimadas e desmatamento da Floresta Amazônica que cresceram cerca de 20% desde 2008 devido à
exploração ilegal de madeira e cortes de árvores para formação de pasto somados à falta de investimento
para fiscalizar e combater essa extração e sem a preocupação do reflorestamento das áreas devastadas.
Essas são, então, explorações totalmente irresponsáveis.
Nada disso, porém, seria tão prejudicial se tivéssemos consciência e o mínimo de preocupação com
a prevenção de desastres. Falta-nos entender que a natureza não é totalmente autor renovável e que, mesmo
se fosse, ela não teria uma força de regeneração diretamente proporcional à nossa capacidade de degradação.
Precisamos extrair menos, de forma consciente, para ajudar esse processo natural e agir ativamente para
reparar os danos que fazemos. Além disso, é necessário que tenhamos discernimento e que sejamos
consequentes ao nos utilizarmos do meio ambiente, para que verdadeiras tragédias, como o recente
rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, não voltem a acontecer.
Isso é possível com um planejamento de prevenção.
Fica evidente, portanto, que o jeito com que conduzimos as coisas até agora precisa ser mudado. Já
que o caminho mais certo – o de mudar nosso modo de vida e, por consequência, de consumo – é, também,
o mais árduo e demorado, deveríamos, pelo menos, nos preocupar com a extração consciente e com preparo
contra desastres. Para isso, instituições internacionais, como a ONU, deveriam, juntamente a organizações
como a União Europeia e os BRICS, pensar em políticas públicas de regulamentação sobre a utilização dos
recursos naturais, além de desenvolver medidas punitivas aplicáveis a empresas ou Estados responsáveis
por acidentes. A responsabilidade é a palavra-chave que, de fato, devemos seguir.
1. O autor procura um mecanismo para chamar a atenção do corretor à leitura, essencial para apresentar o tema e as ideias seguintes. Qual seria? Exemplificar.
2. É evidente que esta contextualização, mencionada no exercício 1, promove ao texto um encaminhamento para a tese. Apresentar esse recorte temático importantíssimo para o desenvolvimento restante da redação.
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3. O autor, no segundo parágrafo, utiliza uma forma de reforçar sua argumentação seguinte (encontrada no terceiro parágrafo), qual seria ela?
4. Por que o autor utilizou os termos sublinhados em azul no terceiro parágrafo? Qual competência no ENEM ele contemplou?
5. Quanto à argumentação de um modo geral, como podemos observar que o autor atingiu às expectativas da banca?
6. Finalizando o texto e, assim, a conclusão, sabemos que é esperada uma proposta de intervenção clara e que não infrinja os direitos humanos. O autor contemplou esta competência? De que forma?
Texto para as questões 7, 8 e 9.
a) Tema: A importância da humanização no atendimento ao paciente no Brasil
Com o avanço tecnológico ao longo dos anos, as relações interpessoais têm se tornado cada vez
mais líquidas. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, vivemos em uma época de artificialidade nas
relações humanas e dessa forma, a lógica do imediatismo atinge até mesmo a questão da saúde. Com essa
falta de empatia pelo outro, a desumanização no atendimento médico de pacientes tanto de redes públicas
quanto particulares tem se tornado frequente.
Em primeiro lugar, cabe ressaltar a perda dos médicos ditos da “família”. Em grandes clássicos da
literatura nacional e estrangeira, o exercício da medicina era retratado e reconhecido não só pelo seu “status”
social, mas também pelo cuidado e atenção que o profissional tinha com as pessoas que precisavam de
assistência e as respectivas famílias, tanto por analisar o contexto do enfermo quanto pela cura de sua
doença, por exemplo, o marido de Madame Bovary na obra de Flaubert.
A medicina, porém, tomou um caminho técnico e frio. À medida que os recursos avançam no
tratamento de doenças, os pacientes são cada vez mais tratados apenas como registros de identificação. A
atenção individual que os profissionais dedicavam foi perdida ao acompanhar o ritmo da sociedade que busca
rapidez e soluções impacientes. Logo, o médico deve saber aproveitar as altas tecnologias, mas também não
se esquecer dos valores humanísticos e filosóficos da profissão.
Fica claro, portanto, que se deve investir em recuperar valores passados nos quais o paciente era
tratado de forma mais humana, cuidar dele como uma vida única e respeitá-lo como um todo para poder tratar
sua doença, também analisando o contexto de vida, cultural, psicológico e religioso em que aquela pessoa
está inserida. O governo, dessa forma, aliado à iniciativa privada, pode trabalhar novas formas de abordagem
e atendimento tanto no setor público quanto no privado, refletindo, diretamente, o que a mídia mostra como
essencial - e resolvendo os problemas denunciados. Só assim, pode-se trazer de volta a visão de que médicos
lidam com vidas e mostrar a Bauman que podemos recuperar valores perdidos no passado.
7. Quanto à Competência 1 da banca de redação do ENEM, como pode ser avaliado o texto?
8. Através da análise e da compreensão do texto, se torna mais fácil para o vestibulando entender o que se pede na hora da prova. Quanto à utilização dos conhecimentos gerais para trazer mais comprovação dos argumentos, qual foi a abordagem do autor? Dê exemplos.
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Redação
9. Em um texto dissertativo-argumentativo, o objetivo principal é defender um ponto de vista, de modo a organizar suas ideias, fato que compreende a competência 3. O autor atingiu a meta? Como pode ser exemplificado?
b) Tema: A imparcialidade da imprensa brasileira em discussão no século XXI
Com a invenção da imprensa no século XV e o advento do rádio e da televisão no XX, a comunicação
e a divulgação de ideias foram amplamente facilitadas. Graças a isso, hoje podemos saber das notícias em
tempo real e estar sempre informados sobre o mundo. A mídia é, então, detentora de uma grande função na
sociedade moderna. No entanto, seu papel principal, que é o de informar, vem sendo realizado sem a
responsabilidade devida, negando, muitas vezes, seus próprios preceitos.
Em primeiro lugar, é importante destacar o problema da parcialidade midiática no Brasil. O quarto
poder, no nosso país, não está longe dessa realidade alarmante. Assim como no resto do mundo, a imprensa
vem exercendo um papel bastante contrário ao original, mostrando-se extremamente tendenciosa e
manipuladora. Exemplo disso foi a cobertura jornalística das manifestações contra o aumento das passagens
em 2013, em que muito pouco se via a real situação das ruas pelo Brasil, o que foi uma clara tentativa de
esconder a repressão vivida pelos manifestantes.
Nesse panorama, cabe avaliar de que maneira essa parcialidade se dá na sociedade brasileira e sua
respectiva consequência. É comum que liguemos a televisão ou abramos um jornal e vejamos somente um
lado da moeda, principalmente quando a notícia ou reportagem é de cunho político. Isso gera não só uma
população desinformada, mas acrítica e manipulada. Por isso, é importante refletir que, embora a
imparcialidade seja difícil de ser alcançada, deve ser amplamente buscada, especialmente por aqueles que
assumem a grande responsabilidade desse papel social.
É preciso, portanto, que encaremos que temos um grande problema nas mãos que, principalmente
em um período político instável, precisa ser resolvido. Para tanto, o governo e a população em geral devem
agir em conjunto, aquele promovendo o projeto regulamentação da mídia, que não só estabeleceria regras de
ação, como punições para possíveis descumprimentos, esta denunciando massivamente tudo aquilo que
considerar um desvio. A escola, com palestras e debates, além de aulas de análise do discurso, pode investir
em um olhar diferente por parte de seus alunos, de forma que, ainda que existam produções parciais, o
indivíduo saiba interpretar e se posicionar com relação ao que foi apresentado. Dessa forma, a teórica
imparcialidade ficará um pouco mais próxima da prática, e a informação será, com verdade, um serviço de
utilidade pública.
10. O texto compreende de uma estrutura textual de introdução-desenvolvimentos-conclusão. Descrever a utilização do autor em mecanismos para garantir a progressão textual e de ideias (Apresentar exemplos).
11. Para escrever um texto, não é suficiente apenas uma argumentação, por isso a competência 4 compreende os mecanismos linguísticos para a efetivação dos argumentos. O autor atingiu este objetivo? Apresentar exemplos. Obs: lembre-se dos chamados “ganchos temáticos” visto na aula de coesão e coerência
12. Finalizando as competências, é imprescindível que o autor garanta ao texto uma síntese com proposta de intervenção clara e objetiva. Na redação acima, analisar se há ou não a compreensão total desta competência.
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Redação
As questões 13, 14 e 15 contemplam de fragmentos de uma mesma redação, cujo tema é a exposição
exagerada no ambiente virtual.
13. Analisar a introdução em relação a promover no leitor o interesse da leitura e os mecanismos necessários para contextualizar o tema. Ademais, apresentar a tese.
Com o advento da World Wide Web – a Internet –, a vida das pessoas foi extremamente impactada e
sofreu inúmeras mudanças. A principal delas talvez seja o fato de que, hoje, tudo – ou quase tudo – o que
fazemos seja online. Nossos álbuns de fotos, blocos de anotações e até diários, neste século, são abertos a
visitação em nome da nossa busca desenfreada por visibilidade. Nessa conjuntura, cabe refletirmos sobre o
comportamento do ser humano no meio virtual que, tendo virado um escravo de “likes”, pouco se importa com
as consequências de seus atos.
14. O desenvolvimento, geralmente, é contemplado por dois ou três parágrafos. Tais estruturações complementam a ideia principal gerada pela tese. A seguir, analise o desenvolvimento do texto em relação aos “ganchos temáticos” e comprovação de argumentos.
Em primeiro lugar, é preciso entender a problemática da exposição online. Temos uma gama de sites
e aplicativos em que o único objetivo parece ser o de exibir nossas figuras – e fazemos isso com maestria.
Postamos, diariamente, tudo aquilo que fazemos, comemos, pensamos. Isso gera um grande impacto coletivo,
já que o rumo que estamos tomando é o de ser cada vez mais uma sociedade de espetáculo, em que cada
indivíduo busca ser motivo de aplausos. Além disso, muitos problemas pessoais podem surgir, já que nossa
individualidade e privacidade estão cada vez mais em risco.
Além da auto-exposição, estamos à mercê de outro perigo na internet, que é a exposição por parte de
terceiros. É muito comum, por exemplo, vermos uma notícia de que alguém teve um vídeo íntimo divulgado,
caso que aconteceu com a atriz Carolina Dieckmann. Isso revela que o meio virtual é encarado como um
ambiente sem leis, em que se pode fazer o que quiser, sem punição. No entanto, é necessário que se tenha
consciência de que essa tentativa de ganhar seguidores, curtidas e fama na internet não é uma atitude
inocente, mas um crime passível de graves punições.
É importante, no entanto, destacar que o problema não é a ferramenta tecnológica em si, mas o mau
uso que fazemos dela. A internet e as redes sociais vieram para facilitar nossas vidas. Por meio delas,
podemos nos comunicar instantaneamente, debater, expor ideias e até mesmo realizar atividades básicas do
dia a dia, como pagamento de contas e compras diversas. Porém, a simples e útil ferramenta de comunicação
vira uma arma perigosa quando a utilizamos para mostrar de nós e dos outros muito mais do que deveríamos.
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Redação
15. Como visto anteriormente, a conclusão para o vestibular do ENEM, deve possuir uma síntese dos argumentos apresentados e uma solução clara e objetiva para a problemática. Aponte, com exemplos do texto, quais foram os mecanismos utilizados pelo autor para contemplar –ou não- esta competência.
Fica evidente, portanto, que o problema está na falta de responsabilidade das pessoas ao usar as
redes. Assim, é preciso que haja uma reeducação para o uso dessa tecnologia, além do estabelecimento de
punições para o crime de exposição de terceiros. Para tanto, as escolas, em parceria com o governo, poderiam
divulgar cartilhas que incentivassem o bom uso da internet para crianças e adultos. Além disso, uma boa
medida para facilitar a punição dos criminosos virtuais poderia ser a obrigatoriedade de registro com CPF em
redes sociais e sites afins.
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Redação
Gabarito
1. O autor utiliza de um conhecimento geral, sendo este o resumo de um livro, para conectar o corretor com
a contextualização do tema, aproximando o que irá ser dito. “José de Alencar e outros autores do romance
indianista nos fizeram conhecer e entender a relação do índio com a natureza: subsistência, exploração
saudável e freada, cooperação.”
2. Após a contextualização do livro com a utilização da fauna e flora, o autor introduz a sua tese, levando
em consideração de que o ser humano não possui essa mesma visão indianista sobre a natureza, mas
sim uma visão lucrativa.
3. O autor aborda seu argumento no segundo parágrafo e, posteriormente utiliza de dados estatísticos para
comprovar o que ele está trabalhando, reforçando sua ideia.
4. O autor utilizou os termos sublinhados em azul no terceiro parágrafo para ser o que chamamos de
“gancho de ideias” entre os parágrafos, contemplando a competência de coesão textual, os argumentos
entre os dois parágrafos fazem uma conexão sobre o texto.
5. É imprescindível que, ao trabalhar um texto, os exemplos trazidos, tanto da coletânea quanto de autoria,
devem haver uma relação entre si. Dessa forma, a utilização dos dados estatísticos com o acontecimento
da atualidade sobre Mariana, culminam para um entendimento de que o ser humano está utilizando de
modo exacerbado a sua força sobre a natureza em prol do lucro.
6. Para um bom desenvolvimento textual, é necessário que a síntese possua uma conclusão final do
problema em prol de uma proposta de solução, assim, vemos que o autor propõe uma regulamentação
das questões em prol da natureza muito bem exemplificados e caracterizados com suas determinadas
organizações.
7. Quanto à competência 1, o autor não possui desvios gramaticais e erros de concordância.
8. O vestibulando trabalha com conhecimentos gerais como a teoria de Bauman e Madame Bovary para
aprofundar as relações mais líquidas e efêmeras, caracterizando a falta de humanização nos
atendimentos do Brasil.
9. O autor contempla a competência 3 por trazer a comprovação de ideias a partir de exemplos trazidos pelo
próprio vestibulando. Além disso, é importante ressaltar o entendimento do tema e a seleção dos
argumentos de modo linear, relacionando os parágrafos de desenvolvimento.
10. A progressão textual pode ser vista através de uma linearidade histórica nos parágrafos, iniciando com o
advento da imprensa na introdução e com os exemplos da atualidade como as manifestações contra o
aumento das passagens em 2013, valorizando o poder da imprensa.
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11. Os ganchos temáticos podem ser observados com os termos “nesse panorama”, “em primeiro lugar”, “é
preciso”, pois eles conectam as ideias entre os argumentos mencionados em cada texto e finalizam as
ideias com o parágrafo conclusivo.
12. A redação consegue descrever com ampla excelência a conclusão ao trabalhar todos os agentes da
problemática no texto, como mídia e escola e, além disso, desenvolver minuciosamente as atividades a
serem feitas.
13. A introdução contextualiza o tema ao descrever o mundo da internet e como pode haver as problemáticas
de uma exposição exacerbada.
14. Os ganchos temáticos vistos nos parágrafos de desenvolvimento são “Em primeiro lugar, além de, é
importante”, termos que conseguem relacionar as ideias dos parágrafos anteriores com o que está sendo
dito. Além disso, o desenvolvimento contempla de autoria argumentativa na comprovação de ideias ao
trazer casos da atualidade como da atriz Carolina Dickmann.
15. A conclusão e a proposta de intervenção abrangem uma autoria na solução a partir do momento em que
é trabalhado, detalhadamente, onde ocorrerão os agentes transformadores e, a partir disso uma inovação
trazida ao delimitar uma possibilidade de requisição de CPF para todos os cadastros de site.
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Filosofia/Sociologia
Identidade e alteridade
Resumo
Identidade é o conjunto de caracteres próprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar
pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades,
quer ante seus semelhantes.
Sua conceituação interessa a vários ramos do conhecimento (história, sociologia, antropologia, direito,
etc.), e tem portanto diversas definições, conforme o enfoque que se lhe dê, podendo ainda haver uma
identidade individual ou coletiva, falsa ou verdadeira, presumida ou ideal, perdida ou resgatada. Identidade
ainda pode ser uma construção legal, e portanto traduzida em sinais e documentos, que acompanham o
indivíduo.
“Identidade” é também um conceito importante em matemática; constitui o seu pilar principal através
do 'Princípio da Identidade': o axioma fundamental da matemática.
Alteridade (ou outridade) é a concepção que parte do pressuposto básico de que todo o homem social
interage e interdepende de outros indivíduos. Assim, como muitos antropólogos e cientistas sociais afirmam,
a existência do "eu-individual" só é permitida mediante um contato com o outro (que em uma visão expandida
se torna o Outro - a própria sociedade diferente do indivíduo). Dessa forma eu apenas existo a partir do outro,
da visão do outro, o que me permite também compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado, partindo
tanto do diferente quanto de mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência do contato.
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Filosofia/Sociologia
Exercícios
1.
Elaborada em 1969, a releitura contida na Figura 2 revela aspectos de uma trajetória e obra dedicada à
a) valorização de uma representação tradicional da mulher.
b) descaracterização de referências do folclore nordestino.
c) fusão de elementos brasileiros à moda da Europa.
d) massificação do consumo de uma arte local.
e) criação de uma estética de resistência.
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Filosofia/Sociologia
2. A nação, a nacionalidade e a identidade nacional são construções sócio-históricas, portanto são
resultado da ação de vários agentes sociais. O intelectual é um dos agentes sociais envolvidos na
construção das ideias de nação, de nacionalidade e de identidade nacional. Para o caso brasileiro, no
que diz respeito à criação da identidade nacional, um intelectual central foi Gilberto Freyre (1900-1987).
Em suas obras, Freyre sistematizou, divulgou e ajudou a sedimentar a ideia do Brasil como país mestiço,
atrelando a identidade nacional brasileira à miscigenação, à mestiçagem.
Sobre a identidade nacional brasileira assentada na miscigenação e na mestiçagem, é incorreto
afirmar:
a) A identidade nacional brasileira assentada nos ideais da mestiçagem e da miscigenação busca
conciliar discursivamente uma sociedade altamente estratificada onde o racismo é um operador
social importante.
b) A construção da identidade nacional brasileira favoreceu a expropriação do patrimônio cultural da
população negra, uma vez que elementos da cultura negra foram transformados em cultura
nacional, situação que colaborou para fortalecer a ideia da ausência de uma cultura da população
negra no Brasil.
c) A identidade nacional alicerçada nos ideais da miscigenação e da mestiçagem é algo que foi e
ainda é utilizado para encobrir o racismo existente no Brasil.
d) A construção da identidade nacional em torno do ideal da miscigenação e da mestiçagem
favoreceu o desenvolvimento do mito da democracia racial e da ausência de racismo no Brasil.
e) A identidade nacional calcada nos ideais da miscigenação e da mestiçagem favoreceu o
surgimento de conflito racial explícito no Brasil.
3. Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é importante
promover e proteger monumentos, sítios históricos e paisagens culturais. Mas não só de aspectos
físicos se constitui a cultura de um povo. As tradições, o folclore, os saberes, as línguas, as festas e
diversos outros aspectos e manifestações devem ser levados em consideração. Os afro-brasileiros
contribuíram e ainda contribuem fortemente na formação do patrimônio imaterial do Brasil, que
concentra o segundo contingente de população negra do mundo, ficando atrás apenas da Nigéria. MENEZES, S. A força da cultura negra: Iphan reconhece manifestações como patrimônio imaterial. Disponível em:
www.ipea.gov.br. Acesso em: 29 set. 2015.
Considerando a abordagem do texto, os bens imateriais enfatizam a importância das representações
culturais para a
a) construção da identidade nacional.
b) elaboração do sentimento religioso.
c) dicotomia do conhecimento prático.
d) reprodução do trabalho coletivo.
e) reprodução do saber tradicional.
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Filosofia/Sociologia
4. (...) Uma opinião diversa da minha, um modo de se comportar oposto ao meu, obriga-me a refletir. Eu
me questiono, o que enriquece minha maneira de ver, de pensar e de agir. Enfim, o outro me faz
progredir e ajuda-me na construção de minha personalidade. Não se trata de aceitar, sem refletir, os
modismos ou de ser um cata-vento girando aos quatro ventos. Trata-se, somente, de se abrir ao mundo
exterior, de ficar atento aos outros; ou seja, de estar pronto a compreender, reagir, construir. O racismo
somente será vencido quando nós soubermos dizer ao outro um “muito obrigado”, tanto maior quanto
maiores forem as diferenças entre nós. JACQUARD, Albert. Todos semelhantes, todos diferentes. São Paulo: Augustos, 1993.
Os seres humanos se percebem na relação social com o outro e esse outro, dentro de um possível, nos
leva a refletir sobre o nosso modo de ser, de pensar e de agir. Na relação do eu – outro constrói-se
a) idiolatricidade.
b) identidade.
c) igualdade.
d) idealidade.
e) idealismo.
5. A identidade e a diferença se traduzem em declarações sobre quem pertence e sobre quem não
pertence, sobre quem está incluído e quem está excluído. “Afirmar a identidade significa demarcar
fronteiras, significa fazer distinções entre o que fica dentro e o que fica fora. A identidade está sempre
ligada a uma forte separação entre ‘nós’ e ‘eles’. Essa demarcação de fronteiras, essa separação e
distinção, supõem e, ao mesmo tempo, afirmam e reafirmam relações de poder.” SILVA, T. “A produção social da identidade e da diferença”. In: SILVA, T. (org.) Identidade e diferença: a perspectiva dos
Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 82.
Considerando o trecho citado e os estudos sociológicos sobre cultura, assinale o que for incorreto.
a) Dividir o mundo entre “nós” e “eles”, “iguais” e “diferentes”, “incluídos” e “excluídos” etc., significa
classificar culturalmente as relações sociais a partir de sistemas de significação.
b) A identidade é um fenômeno individual e autônomo no mundo moderno, pois as instituições
sociais, ao longo do século XX, deixaram de exercer qualquer pressão sobre as pessoas.
c) As identidades de gênero não são determinadas naturalmente no nascimento dos indivíduos.
d) Eleger arbitrariamente uma identidade como o parâmetro para se avaliarem outras identidades
significa hierarquizar as diferenças culturais, gerando desigualdades sociais.
e) A afirmação da identidade ou da diferença traduz declarações sobre quem pertence e sobre quem
não pertence a determinado grupo, sobre quem está incluído e quem está excluído dele.
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Filosofia/Sociologia
6. Na sociedade contemporânea, onde as relações sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas, a
imagem de um indivíduo, principalmente na indústria do espetáculo, pode agregar valor econômico na
medida de seu incremento técnico: amplitude do espelhamento e da atenção pública. Aparecer é então
mais do que ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, a lógica circulatória do mercado,
ao mesmo tempo que acena democraticamente para as massas com os supostos “ganhos
distributivos” (a informação ilimitada, a quebra das supostas hierarquias culturais), afeta a velha cultura
disseminada na esfera pública. A participação nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e
ser falado quanto ser visto são índices do desejo de “espelhamento”. SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado).
A crítica contida no texto sobre a sociedade contemporânea enfatiza
a) a prática identitária autorreferente.
b) a dinâmica política democratizante.
c) a produção instantânea de notícias.
d) os processos difusores de informações.
e) os mecanismos de convergência tecnológica.
7. Leia o texto a seguir.
A sociedade, com sua regularidade, não é nada externa aos indivíduos; tampouco é simplesmente um
“objeto oposto” ao indivíduo; ela é aquilo que todo indivíduo quer dizer quando diz “nós”. Mas esse “nós”
não passa a existir porque um grande número de pessoas isoladas que dizem “eu” a si mesmas
posteriormente se une e resolve formar uma associação. As funções e as relações interpessoais que
expressamos com partículas gramaticais como “eu”, “você”, “ele” e “ela”, “nós” e “eles” são
interdependentes. Nenhuma delas existe sem as outras e a função do “nós” inclui todas as demais.
Comparado àquilo a que ela se refere, tudo o que podemos chamar “eu”, ou até “você”, é apenas parte. ELIAS, N. A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p.57.
O modo como as diferentes perspectivas teóricas tratam da noção de identidade vincula-se à clássica
preocupação das Ciências Sociais com a questão da relação entre indivíduo e sociedade.
Com base no texto e nos conhecimentos da sociologia histórica, de Norbert Elias, assinale a alternativa
que apresenta, corretamente, a noção de origem do indivíduo e da sociedade.
a) O indivíduo forma-se em seu “eu” interior e todos os outros são externos a ele, seguindo cada um
deles o seu caminho autonomamente.
b) A origem do indivíduo encontra-se na racionalidade, conforme a perspectiva cartesiana, segundo
a qual “penso, logo existo”.
c) A sociedade origina-se do resultado diretamente perceptível das concepções, planejamentos e
criações do somatório de indivíduos ou organismos.
d) A sociedade forma-se a partir da livre decisão de muitos indivíduos, quando racional e
deliberadamente decide-se pela elaboração de um contrato social.
e) A sociedade é formada por redes de funções que as pessoas desempenham umas em relação às
outras por meio de sucessivos elos.
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Filosofia/Sociologia
8. Leia o texto a seguir:
A identidade cultural é um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos historicamente
compartilhados, que estabelece a comunhão de determinados valores entre os membros de uma
sociedade. Sendo um conceito de trânsito intenso e tamanha complexidade, podemos compreender a
constituição de uma identidade em manifestações que podem envolver um amplo número de situações
que vão desde a fala até a participação em certos eventos. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia
A Sociologia tem grande interesse pelo assunto discutido no texto, pois, na vida social, os indivíduos
compartilham a mesma cultura, e isso os caracteriza como membros do grupo social.
Sobre esse tema, assinale a alternativa INCORRETA.
a) As discussões sobre desigualdade de gênero e diversidade sexual são importantes para se
compreender a identidade cultural de um grupo social.
b) A cultura tem um papel importante na compreensão das personalidades, nos padrões de conduta
e nas características próprias de cada indivíduo ou grupo.
c) A cultura como mercadoria é um elemento importante para a formação da identidade cultural de
um indivíduo ou grupo, pois diferencia os que possuem e os que não possuem cultura por meio do
acúmulo intelectual.
d) A identidade cultural contribui para que o indivíduo possa se adaptar à organização de seu grupo
social, e isso permite um equilíbrio entre o mundo sociocultural e os indivíduos que vivem nele.
e) A capacidade de um indivíduo se identificar com sua cultura não pode ser compreendida como
um fenômeno composto por valores morais fixos, pois estes devem ser associados às
transformações históricas do grupo.
9. Quando falamos em identidade, logo pensamos em quem somos. A construção de identidades como:
“ser brasileiro”, “ser português”, “ser cigano”, “ser gremista”, “ser homem”, “ser mulher” é um processo
sociocultural pelo qual se marca as fronteiras de pertencimento social e/ou cultural. Tendo por base o
anúncio transcrito acima, é correto afirmar que
a) as identidades são estáticas, é algo natural, ela nos acompanha por toda a vida.
b) as identidades são construídas nas relações sociais, são situacionais, relacionais e constroem-se
na relação entre o “nós” e os “outros”, cria um nós coletivo.
c) identidades surgem através de um determinismo geográfico que molda o nosso modo de ser e
agir.
d) identidades são produtos de marketing e geram vínculos entre os indivíduos.
e) identidades são heranças genéticas.
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Filosofia/Sociologia
10. Como eu me sinto quando… digo que sou brasileiro.
Disponível em: <http://comoeumesintoquando.tumblr.com/post/29412716917/digo-que-sou-brasileiro> Acesso em 25 ago.
2012.
O post acima, retirado de um blog de humor, faz uma brincadeira acerca de como a identidade nacional
é percebida de forma diversa por pessoas e países diferentes. Tendo em consideração seus
conhecimentos de sociologia, assinale a alternativa incorreta.
a) A visão que pessoas de um país possuem sobre as pessoas de outro país é, geralmente, baseada
em estereótipos.
b) Muitas vezes, a forma como os “outros” nos veem é diversa da forma como nós próprios nos
vemos.
c) A tendência de julgar os outros povos pelos critérios que temos do nosso próprio povo se chama
etnocentrismo.
d) Toda cultura cria imagens de si mesma e imagens das outras culturas.
e) Os aspectos econômicos pouco importam na formação da identidade nacional de um povo.
Como eu me vejo:
Como os gringos me veem:
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Filosofia/Sociologia
Gabarito
1. E
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia]
Zuzu Angel foi mundialmente conhecida por seu estilo de moda que buscava valorizar aspectos naturais
e culturais do Brasil. Além disso, sua atuação política esteve fortemente marcada por sua busca
incessante por informações de seu filho, Stuart Jones, perseguido e considerado desaparecido pela
ditadura. Assim, seu trabalho reflete muito de sua ação política de resistência.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
Zuzu Angel inspirou-se no Cangaço para produzir uma coleção que delineava clara resistência ao Regime
Militar Brasileiro. Stuart Edgard, filho de Zuzu, era militante de esquerda na época da Ditadura e, devido
a isso, desapareceu. Esse fato contribuiu para a oposição de Zuzu ao Regime Militar.
2. E
A afirmativa E é a única incorreta. As ideias de miscigenação acabaram por ocultar os conflitos raciais
que já existiam no Brasil e que perduram até hoje.
3. A
A identidade nacional é uma construção que se utiliza de diversos símbolos materiais e simbólicos. A
identidade brasileira não foge à essa regra, com especial ênfase ao patrimônio imaterial de origem
africana em nosso país.
4. B
A relação com o outro permite ao indivíduo criar para si uma identidade, tanto coletiva (na sua relação
com o grupo), tanto individual (daquilo que ele considera como sendo ele mesmo).
5. B
A afirmativa B está incorreta. A identidade é construída socialmente, e não segundo fatores puramente
individuais ou biológicos.
6. A
Esse “espelhamento” ao qual a questão faz referência é expressão de uma sociedade que possibilita e
valoriza, no indivíduo, a prática de uma identidade autorreferente. Ainda que sempre em relação aos
outros, essa identidade tem mais vínculo com uma afirmação do “eu” do que com alguma característica
compartilhada coletivamente.
7. E
O texto do enunciado auxilia bastante o estudante a responder de forma correta. Para Elias, a sociedade
não está acima do indivíduo, tampouco este existe independentemente da sociedade. Segundo ele, o que
há são elos sucessivos de pessoas, umas em relação às outras, justamente como afirma a alternativa
[E].
8. C
A alternativa [C] é a única incorreta. Em todas as outras, a cultura é compreendida como algo que todos
os indivíduos possuem, na medida em que vivem em sociedade. Já o conceito de cultura como
mercadoria não corresponde a esse mesmo significado, sendo um signo de distinção.
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Filosofia/Sociologia
9. B
Não existe sociedade humana sem que haja identidade. Nesse sentido, pode-se dizer que é próprio da
cultura humana desenvolver esse tipo de identificação e pertencimento, que é transmitido através de
processos de socialização e relação entre indivíduos.
10. E
Muitas vezes, os aspectos econômicos são preponderantes no processo de construção da identidade
nacional de um povo. Um povo rico tende a considerar-se poderoso e superior aos povos mais pobres.
Não por acaso, muitas vezes os brasileiros assumem a alcunha de “país de terceiro mundo” em oposição
aos “civilizados” e “desenvolvidos” europeus.
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