19º DOMINGO DO TEMPO COMUM
11 de agosto de 2013
Aprofundando os textos bíblicos:
Sabedoria 18,6- 9
Salmo 33(32)
Hebreus 11,1-2.8-19
Lucas 12,32-48
Jesus tranquiliza a pequena comunidade dos discípulos
diante da grande missão: Não tenhas medo, pequeno
rebanho. As parábolas mostram a necessidade de permanecer
na vigilância em atitude de fidelidade no serviço e em
atenção aos sinais da salvação de Deus que se manifesta no
cotidiano da vida.
Os servos devem estar sempre prontos para acolher o Senhor
como os que esperam vigilantes a volta do patrão da festa de
casamento: Felizes os servos que o Senhor encontrar
acordados. Os que permanecem fiéis sentam-se à mesa e são servidos pelo Senhor com o dom gratuito da salvação..
A imagem do administrador sensato e fiel (12,42-43) refere-se ao cuidado dos bens confiados por Deus. A responsabilidade é
atribuída aos líderes da comunidade, como indica a
pergunta de Pedro, mas cada pessoa e comunidade que lê o evangelho pode tomar para si esta responsabilidade.
A primeira leitura apresenta-nos as palavras de um “sábio” anónimo, para quem só a
atenção aos valores de Deus gera vida e felicidade. A comunidade israelita –
confrontada com um mundo pagão e imoral, que questiona os valores sobre os quais se
constrói a comunidade do Povo de Deus – deve, portanto, ser uma comunidade “vigilante”,
que consegue discernir entre os valores efêmeros e os valores
duradouros.
A memória do Êxodo e da ação libertadora de Deus sustenta a fé e renova a esperança de salvação. Enquanto aguarda a realização plena das promessas feitas aos
pais, o povo celebra a ceia pascal e entoa hinos.
O autor do “Livro da Sabedoria” descreve a resposta do Povo à ação libertadora de Deus como
celebração, solidariedade, louvor e ação de graças.
Diante do Deus libertador, que todos os dias intervém
na minha vida e que me aponta caminhos de vida
plena e de felicidade, sinto também a vontade de celebrar, de amar, de
comungar, de louvar, como resposta ao amor de Deus?
O salmo ressalta que o olhar do Senhor vigia sobre quem o
teme e espera na sua graça. Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança.
A segunda leitura apresenta Abraão e Sara, modelos de fé para os crentes de todas as épocas. Atentos aos apelos de Deus, empenhados em
responder aos seus desafios, conseguiram descobrir os
bens futuros nas limitações e na caducidade da vida
presente. É essa atitude que o autor da Carta aos Hebreus recomenda aos crentes, em
geral.
Abraão é a grande testemunha de fé, pois abandonou as próprias seguranças
para confiar somente em Deus, não hesitando em sacrificar Isaac à
promessa de uma descendência numerosa .
A nossa tendência vai, tantas vezes, do “oito ao oitenta”, da
euforia ao desânimo total. Num dia, tudo faz sentido; no outro, a tristeza e a dúvida afogam-nos e
deixam-nos mergulhados no mais negro pessimismo…
No entanto, o cristão deve ser o homem da serenidade e da paz;
ele sabe que a sua existência não se conduz ao sabor das marés, mas que o sentido da vida está
para além dos êxitos ou dos fracassos que o dia a dia traz. Guiado pela fé, ele tem sempre
diante dos olhos essas realidades últimas, que dão sentido pleno
àquilo que aqui acontece.
O Evangelho apresenta uma catequese sobre a vigilância.
Propõe aos discípulos de todas as épocas uma atitude de espera serena e atenta do Senhor, que vem ao nosso encontro para nos libertar e
para nos inserir numa dinâmica de comunhão com Deus..
O verdadeiro discípulo é aquele que está sempre preparado
para acolher os dons de Deus, para
responder aos seus apelos e para se
empenhar na construção do
“Reino”
Estou suficientemente atento e disponível para acolher e responder aos apelos que
Deus me faz e aos desafios que Ele me apresenta através
das necessidades dos irmãos?
Estou suficientemente atento e disponível para escutar os
sinais, através dos quais Deus me apresenta as suas
propostas??
ATUALIZANDO
Jesus convida a assumir uma atitude de vigilância no
serviço ao Reino, o tesouro que dá sentido à vida e a missão. Encorajados pelo
Deus da vida e amor, somos impulsionados a manter viva
a esperança, utilizando os bens sem egoísmo e
dominação.
A palavra de Deus na celebração
Neste domingo, Jesus continua a instruir seus discípulos e fala sobre o
verdadeiro tesouro. Como irmãos e irmãs,
demos graças a Deus repartindo entre nós
o pão da vida, sacramento da nossa fé e
tesouro que dá razão à nossa esperança em meio
aos desafios da vida.
OREMOSDeus fiel, desde o tempo de Moisés e dos profetas, o teu povo te dá graças
pela libertação pascal.
Outrora foi pela saída do Egito e a entrada na Terra Prometida.
Hoje, é pela Páscoa de Jesus, a Ressurreição.
Nós Te pedimos pelos pastores das nossas comunidades, pelos
catequistas e pelas equipas litúrgicas, encarregados de reavivar a fé pascal
em cada domingo”.
“Te bendizemos por Abraão, Sara e todas as testemunhas da fé ao
longo dos séculos.
Nós Te damos graças porque Te revelaste a eles, fizeste-Te próximo, anunciaste-lhes e
renovaste as tuas promessas.
Nós Te pedimos para confirmar a fé nas nossas comunidades.
Que o teu Espírito nos guie e nos inspire, quando damos conta da
nossa fé diante dos jovens”.
“Nosso Pai, nós Te bendizemos, porque nos deste o teu Reino.
Ele é para nós o tesouro inesgotável.
Nós Te damos graças pelo teu Filho, nosso Mestre, porque Ele veste a roupa de serviçal
para nos acolher à sua mesa.
Pedimos: pelo teu Espírito, prende os nossos
corações ao teu Reino, que Ele nos mantenha na vigilância, atentos a preparar o teu regresso”.
MarinevesMarina
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