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João Costa João Costa janeiro.2012janeiro.2012
Resumo Este documento resume os princípios
essenciais de prevenção e segurança que devem ser tidos em conta na prática do mergulho livre.
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Prevenção e Segurança Definição:
A segurança de uma atividade é definida por um conjunto de práticas que favorecem a sua realização com o mínimo de risco possível.
Objetivos:
Prevenir situações de risco.
Saber atuar em caso de emergência.
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Prevenção e Segurança Como?
Conhecer os Fatores de Risco
Respeitar as Medidas de Prevenção
Utilizar Sistemas de Segurança
Saber aplicar Procedimentos de Salvamento
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Fatores de Risco Pessoais:
Apneia
Hiperventilação
Profundidade
Lastro
Externos:
Temperatura da Água
Visibilidade no Mar
Corrente Marítima
Ambiente Subaquático
Presença Humana
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Apneia
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Apneia Definição:
A apneia é o estado que ocorre sempre que o ciclo respiratório é suspenso.
A apneia pode ser voluntária ou involuntária.
Este estado pode ser prolongado durante algum tempo sem qualquer risco para o organismo, pois ao nível celular as trocas gasosas continuam a se efetuar.
No entanto, mais cedo ou mais tarde, a respiração tem de ser retomada, pois tanto o cérebro como o coração precisam de um fornecimento contínuo de oxigénio para funcionarem corretamente.
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Apneia Efeitos:
À medida que o tempo de apneia aumenta, os níveis de oxigénio no organismo diminuem enquanto que os de dióxido de carbono aumentam, podendo se atingir os estados de hipóxia e hipercapnia, respetivamente.
Durante o estado de hipercapnia, surge uma necessidade involuntária de retomar a respiração geralmente acompanhada por contrações diafragmáticas.
Durante o estado de hipóxia, o organismo pode ser forçado a “desligar” certas partes do organismo de forma a proteger o cérebro e o coração.
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Apneia Riscos:
Samba
Perda de controlo motor
Blackout
Perda de consciência
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Samba Sintomas:
Durante um samba, a vítima permanece consciente, mas perde o controlo muscular do corpo, manifestando-se sobre a forma de espasmos musculares involuntários e por vezes intensos nos membros superiores e inferiores.
Procedimento:
A vítima apenas necessita que as suas vias respiratórias não estejam submersas para que a sua respiração seja retomada voluntariamente.
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Blackout Sintomas:
Durante um blackout, a vítima permanece inconsciente, manifestando-se sobre a forma de rigidez muscular, sendo que o maxilar inferior fica contraído contra o superior e os lábios cerrados.
Procedimento:
A vítima necessita que a auxiliem a retomar a respiração, falando ou soprando para a face, podendo ser necessário aplicar procedimentos de suporte básico de vida ou administração de oxigénio.
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Hiperventilação
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Hiperventilação Definição:
A hiperventilação significa respirar várias vezes consecutivas de forma mais profunda e rápida que o normal.
Objetivos:
Diminuir a saturação de CO2 na corrente sanguínea.
Prolongar a apneia por inibição das contrações diafragmáticas.
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Hiperventilação Efeitos:
A saturação de CO2 na corrente sanguínea diminui.
A saturação de O2 não aumenta consideravelmente.
O batimento cardíaco aumenta.
A pressão sanguínea aumenta.
Riscos:
Possibilidade de desmaiar (blackout) sem aviso prévio.
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Hiperventilação Sintomas:
A hiperventilação manifesta-se de diferentes formas, desde uma sensação de formigueiro nas mãos e/ou nos pés, podendo também causar tonturas ou até mesmo um desmaio antes de iniciar o mergulho.
Procedimento:
A hiperventilação deve ser evitada através da adoção de uma respiração mais lenta e profunda que o normal.
Mergulhar apenas quando os sintomas associados à hiperventilação tiverem claramente desaparecido.
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Profundidade
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Profundidade Definição:
À superfície do mar, o nível médio da pressão atmosférica é de 1atm.
Dentro de água, a pressão hidrostática aumenta 1atm a cada 10m de profundidade.
Aos 10m de profundidade a pressão total existente é de 2atm.
Sendo o ar compressível com a pressão, o volume de ar ocupado aos 10m de profundidade é igual a metade do volume inicial. Aos 20m = 1/3, aos 30m 1/4 e assim sucessivamente:
VolProfX = 1 / (ProfX/10 + 1) * VolInicial
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Profundidade Efeitos:
Como o ar é compressível com a pressão, todas as regiões ocupadas por ar, tais como: ouvido interno, traqueia, pulmões e até mesmo o óculo de mergulho, vão estar sujeitas a uma pressão conforme a profundidade a que estiver o mergulhador.
O aumento da pressão é também responsável pela possível entrada na corrente sanguínea de outros gases, tais como o azoto (nitrogénio).
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Profundidade Riscos:
Rutura do Tímpano
Compressão Ocular
Distensão da Traqueia
Barotrauma Pulmonar
Narcose
Doença Descompressiva
Síncope dos 7 metros
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Rutura do Tímpano Sintomas:
A rutura do tímpano manifesta-se sobre a forma de uma dor intensa no ouvido e acontece quando a membrana do tímpano é rompida devido ao aumento da pressão hidrostática. É provável perder a noção de equilíbrio e ter vertigens.
Procedimento:
A rutura do tímpano pode ser evitada desde que sejam realizadas as devidas compensações ao longo da descida.
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Compressão Ocular Sintomas:
A compressão ocular manifesta-se sobre a forma de dores nos olhos devido à compressão do óculo de mergulho contra a face à medida que a profundidade aumenta.
Procedimento:
A compressão ocular pode ser evitada desde que seja expelido pelo nariz algum ar para compensar o óculo de mergulho ao longo da descida.
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Distensão da Traqueia Sintomas:
A distensão da traqueia manifesta-se sobre a forma de tosse e rouquidão na zona da garganta e acontece geralmente após a hiperextensão do pescoço para trás durante a descida ao olhar para o fundo.
Procedimento:
A distensão da traqueia pode ser evitada mantendo o pescoço sempre alinhado com o resto do corpo durante a descida. Para olhar para o fundo deve-se inclinar o tronco/corpo para trás.
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Barotrauma Pulmonar Sintomas:
O barotrauma pulmonar manifesta-se sobre a forma de dores na zona do tórax e/ou dificuldades na respiração e acontece quando os limites da flexibilidade da caixa torácica ou compressibilidade dos pulmões foram ultrapassados.
Procedimento:
O barotrauma pulmonar pode ser evitado através de uma adaptação gradual do organismo à profundidade e com a realização regular de alongamentos na zona torácica.
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Narcose Sintomas:
A narcose manifesta-se de diferentes formas consoante a profundidade e da condição física e mental do mergulhador, podendo começar por um estado de euforia, pode evoluir para faltas discernimento e orientação e até crises de pânico.
Procedimento:
A narcose pode ser evitada parando a descida e subindo alguns metros até a sensação desaparecer. É possível gerir a narcose através do treino.
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Doença Descompressiva Sintomas:
A doença descompressiva manifesta-se sobre a forma de dores nas articulações, náuseas, alterações visuais e paralisias ou fraquezas nos membros superiores e/ou inferiores, devido a acumulação de azoto nessas regiões.
Procedimento:
A doença descompressiva pode ser evitada desde que sejam respeitados os tempos de superfície entre mergulhos. No mínimo, o tempo de superfície deve ser 3x superior ao tempo do mergulho anterior. Devendo ser maior consoante a profundidade.
Em mergulhos muito profundos, abaixo dos 80m, recomenda-se, após o mergulho, efetuar um patamar de descompressão, respirando oxigénio durante 5 a 10 minutos, a 5 metros de profundidade.
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Síncope dos 7 metros Sintomas:
A síncope dos 7 metros manifesta-se quando, à chegada à superfície, a taxa de oxigénio no sangue arterial diminui bruscamente, provocando um desmaio sem aviso prévio.
Procedimento:
A síncope dos 7 metros pode ser evitada desde que nos últimos metros não se acelere à chegada à superfície, conservando energia e deixando o organismo se adaptar às diferenças de pressão nos pulmões, de forma a que as trocas gasosas se efetuem maior normalidade.
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Lastro Definição:
Peso extra que auxilia a vencer a impulsão da água.
Riscos:
A velocidade de descida/subida pode ser demasiado elevada/lenta, podendo acentuar os riscos associados à profundidade/apneia respetivamente.
Procedimento:
O peso do lastro ideal deve garantir uma flutuabilidade positiva pelo menos aos 10m de profundidade.
Obs: A flutuabilidade depende de vários fatores, sendo os principais: volume de ar inspirado, gordura corporal, espessura do fato e a densidade da água.
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Temperatura da Água
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Temperatura da Água Definição:
Dentro de água, o calor dispersa-se 25 vezes mais depressa.
Riscos:
Hipotermia (<35º) e Perigo de Vida (<32º).
Procedimento:
Utilizar proteção corporal adequada consoante a temperatura da água: fato, luvas, meias.
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Visibilidade no Mar
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Visibilidade no Mar Definição:
Dentro de água, os objetos parecem 25% mais próximos e 33% maiores.
Riscos:
Erro no cálculo de distâncias e possível desorientação.
Procedimento:
Utilizar um cabo-guia com marcas de 5 em 5 metros desde a superfície até à profundidade pretendida com uma placa branca no fundo.
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Corrente Marítima
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Corrente Marítima Definição:
Deslocação contínua de uma massa de água numa determinada direcção.
Riscos:
O ponto de entrada ser diferente do ponto de saída.
Esforço extra para manter um movimento vertical.
Procedimento:
Utilizar um cabo de segurança ligado ao cabo-guia.
Não realizar mergulhos máximos na existência de correntes.
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Ambiente Subaquático
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Ambiente Subaquático Definição:
O ambiente subaquático é composto pelos seres vivos que nele habitam assim como a sua estrutura geológica.
Riscos:
Queimaduras, envenenamento, ataques, grutas, areia.
Procedimento:
Conhecer o meio habitat e potenciais perigos.
Ter um comportamento não invasivo.
Utilizar proteção adequada.
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Presença Humana
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Presença Humana Definição:
Qualquer atividade náutica ou subaquática.
Riscos:
Acidentes à superfície: embarcações, lixo.
Acidentes submersos: material de pesca, naufrágios.
Procedimento:
Utilizar uma boia de sinalização com a bandeira de mergulho.
Estar equipado com uma faca de mergulho.
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Sistemas de Segurança Tipos:
Autorresgate (Self-Rescue)
Duplas (Buddy-System)
Rope-Pull
Lift-bag
Contra-Peso (Counter-weight)
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Sistema de Autorresgate Definição:
O sistema de autorresgate consiste em libertar o próprio lastro em caso de emergência (ex: cãibras).
Objetivos:
Proporcionar uma subida rápida com pouco esforço.
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Sistema de Autorresgate Como?
Calmamente, tirar o lastro.
Segurar o lastro com o(s) braço(s) para baixo.
Continuar a subida e em caso de necessidade soltar o lastro.
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Sistema de Segurança de Duplas Definição:
O sistema de segurança de duplas consiste na realização de mergulhos supervisionados, de preferência por mergulhadores com o mesmo grau de experiência.
Objetivos:
Elevar o nível de segurança.
Promover o sentimento de confiança.
Proporcionar o estado de tranquilidade.
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Sistema de Segurança de Duplas Como?
Procedimentos de Segurança: Segurança em Apneia
Segurança em Distância
Segurança em Profundidade
Procedimentos de Salvamento: Resgate em Profundidade
Socorro à Superfície
Suporte Básico de Vida
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Segurança em Apneia Estática
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Segurança em Apneia Estática O mergulhador de segurança de verificar
periodicamente o estado de consciência do mergulhador, através de um sinal previamente definido, por exemplo:
mergulhador de segurança: toque no ombro do mergulhador.
Mergulhador em apneia: resposta com um dedo da mão.
A periodicidade do sinal deve aumentar com o tempo de apneia. Nos primeiros minutos de 30 em 30 segundos e depois de 15 em 15 segundos.
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Segurança em Apneia Dinâmica
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Segurança em Apneia Dinâmica O mergulhador de segurança deve acompanhar
à superfície o mergulhador em apneia, estando atento a movimentos pouco usuais ou a libertação de bolhas, que poderão indicar a ocorrência de um samba.
Dar especial atenção aos últimos metros da distância que se pretende alcançar, sobretudo porque a tendência é aumentar de velocidade.
Mesmo após o regresso à superfície existe a possibilidade de desmaio, pelo que, deve-se continuar a estar atento ao estado de consciência e respiração do colega, durante pelo menos 15s.
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Segurança em Mergulho Livre
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Segurança em Mergulho Livre O mergulhador de segurança deve estar à
superfície e apenas mergulhar para acompanhar o mergulhador em apneia nos últimos metros da subida, onde o risco é maior.
A subida deve ser feita frente a frente, tentando manter o contacto visual, de forma a avaliar possíveis sinais de stress.
À chegada à superfície, o mergulhador deve realizar o protocolo de superfície ao mergulhador de segurança de forma a confirmar o seu estado de consciência.
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Resgate em Profundidade com um braço
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Resgate em Profundidade com um braço:
retirar os cintos de chumbos (o da vítima é sempre o primeiro);
virar a vítima de lado e passar um braço debaixo da axila;
segurar o queixo com a mão, de forma a que a boca permaneça fechada;
iniciar a subida numa posição perpendicular à vitima e junto ao corpo, de forma a utilizar as barbatanas livremente e evitar ao máximo resistência da água.
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Resgate em Profundidade com os dois braços
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Resgate em Profundidade com os dois braços:
retirar os cintos de chumbos (o da vítima é sempre o primeiro);
virar a vítima de costas e colocar as mãos debaixo das axilas;
Esticar os braços e levantar a vítima;
iniciar a subida com os braços esticados para cima, de forma a utilizar as barbatanas livremente.
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Socorro à Superfície
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Socorro à Superfície Objetivos:
Prevenir a entrada de água nas vias respiratórias.
Promover a respiração da vítima.
Deslocar a vítima para solo firme.
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Socorro à Superfície Como?
Segurar e manter o queixo da vítima fora de água com uma mão.
Colocar a cabeça da vítima inclinada para trás sobre o externo ou ombro.
Remover todo o equipamento facial (óculo, snorkel, noseclip) com a outra mão.
Soprar em direção ao nariz e falar ao ouvido da vítima incentivando-a a respirar.
Eliminar qualquer peso supérfluo e deslocar-se para o barco ou solo firme.
(continua)
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Socorro à Superfície(continuação)
Se a respiração espontânea não se iniciar, principiar de imediato respiração artificial, através de insuflações:
boca-a-nariz*
boca-a-tubo**
Expirar a cada 5s, com a boca*/nariz** da vítima fechada/o.
Manter a cabeça da vítima inclinada para trás e o maxilar inferior elevado, pois facilita a respiração.
Continuar a deslocar a vítima o barco ou solo firme, pois só assim os procedimentos de suporte básico de vida podem ser realizados eficazmente.
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Suporte Básico de Vida
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Suporte Básico de Vida Definição:
SBV é um procedimento de emergência que é realizado quando a vítima se encontra num estado de paragem cardiorrespiratório.
Objetivos:
Promover a oxigenação da vítima.
Promover a circulação da vítima.
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Suporte Básico de Vida Como?
1 - Avaliar o estado da vítima
Verificar estado de consciência (reação a estímulos)
Verificar respiração (ver, ouvir e sentir)
2 - Promover a oxigenação da vítima (apenas se não houver respiração)
Executar o método de insuflação, de preferência com uma máscara facial com válvula unilateral (pocket mask).
3 - Promover a circulação da vítima(apenas se não houver pulsação)
Executar a técnica de compressão torácica sobre o esterno.
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Suporte Básico de Vida Tempos:
Após um blackout, a vítima pode ficar inconsciente durante 1 a 2 minutos sem que haja paragem respiratória.
Após uma paragem respiratória, a vítima pode ficar sem respirar durante 3 a 4 minutos sem que haja paragem cardíaca.
Após uma paragem cardíaca, a vítima pode ficar sem pulsação durante 2 a 3 minutos sem que haja danos irreversíveis para o cérebro.
No geral, após um blackout, a vítima tem entre 6 a 9 minutos para ser socorrida.
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Suporte Básico de Vida Observações:
Se mal aplicadas, as manobras de ressuscitação (insuflações e compressões) podem prejudicar gravemente a vítima.
Se há indícios de água nos pulmões, deve-se deslocar a vítima ao Hospital de forma a utilizar um aspirador de secreções, outros meios são perigosos e desnecessários.
A aprendizagem do Suporte Básico de Vida (SBV) deve ser feita através de uma formação especializada para o efeito.
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Suporte Básico de Vida Entidades Formadoras:
CVP (Cruz Vermelha Portuguesa)
INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica)
ISN (Instituto de Socorros a Náufragos)
DAN (Divers Alert Network)
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Medidas de Prevenção1. Permitir a adaptação gradual do organismo à apneia e à profundidade.
2. Ao preparar o mergulho, respirar sem hiperventilar antes da imersão.
3. Ao iniciar a imersão, retirar o snorkel da boca.
4. Na descida, compensar devidamente os ouvidos e o óculo de mergulho.
5. Na viragem no fundo, virar com calma e não olhar para cima.
6. Na subida, evitar acelerar na parte final (usufruir da impulsão).
7. Durante a imersão, não expirar (exceto à chegada à superfície).
8. Ao finalizar a imersão, apoiar-se em algo (cabo/boia/plataforma).
9. Após o mergulho, recuperar adequadamente antes de nova imersão.
10. Ao sentir frio ou fadiga, evitar mergulhar fundo.
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Livros recomendados
“Manual of Freediving – Underwater on a single breath”by Umberto Pelizzari and Stefano Tovaglieri(ISBN: 1928649270)
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Nota Final Para colocar os conhecimentos expressos
neste documento em prática é recomendado participar num curso de mergulho livre com um instrutor devidamente qualificado.
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