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Índice
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01. Fonética e Fonologia01.01 Som e Fonema01.02 Fonética e Fonologia01.03 Classificação dos Fonemas01.04 Classificação das Vogais01.05 Encontros Voclicos01.0! Classificação das Consoantes
01.0" Encontros Consonantais01.0# $%grafos01.0& S%la'a01.10 (cento )*nico
02. +rtografia02.01 ,etra e (lfa'eto02.02 -otaçes ,é/icas02.03 Emrego do %fen nos Comostos02.04 Emrego do %fen na refi/ação02.05 egras de (centação
03. Classe estrtra formação e significação das ala6ras03.01 ala6ra e Voc'lo03.02 Classes de ala6ras03.03 Estrtra das ala6ras03.04 Formação de ala6ras03.05 Significação das ala6ras03.0! Fam%lias 7deol8gicas
04. $eri6ação e comosição04.01 $eri6ação refi/al04.02 $eri6ação Sfi/al04.03 $eri6ação arassintética04.04 $eri6ação egressi6a04.05 $eri6ação 7mr8ria04.0! Comosição04.0" Comostos Erditos04.0# i'ridismo04.0& +nomatoéia04.10 ('re6iação Voca'lar 04.11 Siglas
05. ( oração e ses termos05.01 ( Frase e sa Constitição
05.02 +ração e er%odo05.03 )ermos Essenciais da +ração05.04 )ermos 7ntegrantes da +ração05.05 )ermos (cess8rios da +ração05.0! Colocação dos )ermos na +ração
0!. S'stanti6o0!. S'stanti6o0!.01 Classificação dos S'stanti6os0!.02 Fle/es dos S'stanti6os0!.03 S'stanti6os 9niformes0!.04 :radação dos S'stanti6os0!.05 Fnção Sinttica do S'stanti6o
0". (rtigo0".01 (rtigo $efinido e 7ndefinido0".02 Formas do (rtigo
0".03 Valores do (rtigo0".04 Emrego do (rtigo $efinido0".05 Emrego do (rtigo 7ndefinido
0#. (d;eti6o0#. (d;eti6o0#.01 -ome S'stanti6o e -ome (d;eti6o0#.02 ,ocção (d;eti6a0#.03 (d;eti6os trios0#.04 Fle/es dos (d;eti6os0#.05 :radação dos (d;eti6os0#.0! Fnçes Sintticas do (d;eti6o0#.0" Concord
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0&.0! ronomes elati6os0&.0" ronomes 7nterrogati6os0&.0# ronomes 7ndefinidos
10. -merais10.01 Esécies de -merais10.02 Fle/ão dos -merais10.03 =adro dos -merais
11. Ver'o11.01 -oçes reliminares11.02 Fle/es do Ver'o11.03 Classificação do Ver'o11.04 Con;gaçes11.05 )emos Simles11.0! Ver'os (/iliares e o se Emrego11.0" Con;gação dos Ver'os ter >a6er ser e estar 11.0# Formação dos )emos Comostos11.0& Con;gação dos Ver'os 7rreglares11.10 Ver'os de artic%io 7rreglar 11.11 Ver'os ('ndantes11.12 Ver'os 7messoais 9niessoais e $efecti6os11.13 Sinta/e dos ?odos e dos )emos11.14 Concorda6er
12. (d6ér'io12. (d6ér'io12.01 Classificação dos (d6ér'ios12.02 Colocação dos (d6ér'ios12.03 eetição de (d6ér'ios em Amente12.04 :radação dos (d6ér'ios12.05 ala6ras e ,ocçes $enotati6as
13. reosição13.01 Fnção das reosiçes13.02 Forma das reosiçes13.03 Significação das reosiçes13.04 Crase
14. Con;nção14. Con;nção
14.01 Con;nçes Coordenati6as14.02 Con;nçes S'ordinati6as
15. 7nter;eição15. 7nter;eição15.01 Classificação das 7nter;eiçes
1!. + er%odo e sa constrção1!.01 Comosição do er%odo1!.02 Coordenação1!.03 S'ordinação1!.04 +raçes edBidas
1". Figras de estilo1". Figras de estilo1".01 Figras de ala6ras1".02 Figras de Sinta/e1".03 Figras de ensamento
1#. $iscrso direto discrso indireto e discrso indireto li6re1#. $iscrso direto discrso indireto e discrso indireto li6re1#.01 $iscrso $ireto1#.02 $iscrso 7ndireto1#.03 $iscrso 7ndireto ,i6re
1&. ontação1&. ontação1&.01 Sinais e marcam so'retdo a asa1&.02 Sinais e marcam so'retdo a melodia
20. -oçes de 6ersificação20.01 Estrtra do 6erso20.02 )ios de 6erso20.03 ( rima20.04 Estrofação20.05 oemas de forma fi/a
01 Fonética e Fonologia
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Os sons da fala
Os sons da fala resultam quase todos da ação de certos órgãos sobre a corrente de ar vinda dos pulmões.Para a sua produção, três condições se fazem necessárias
• a) a corrente de ar!•
b) um obstáculo encontrado por essa corrente de ar!• c) uma cai"a de resson#ncia.
$stas condições são criadas pelos órgãos da fala, denominados, em seu con%unto, aparelho fonador.
O aparelho fonador
& constitu'do das seguintes partes• a) os pulmões, os brônquios e a traqueia ( órgãos respiratórios que fornecem a corrente de ar, mat)ria*prima
da fonação!• b) a laringe, onde se localizam as cordas vocais, que produzem a energia sonora utilizada na fala!•
c) as cavidades supralaríngeas +faringe, boca, fossas nasais e lbios, que funcionam como cai"as deresson#ncia, sendo que as cavidades bucal e far'ngea podem variar profundamente de forma e de volume, graças aos
movimentos dos órgãos ativos, sobretudo da língua, que, de tão importante na fonação, se tornou sin-nimo de
idioma.
Funcionamento do aparelho fonador
O ar e"pelido dos pulmões, por via dos brônquios, penetra na traqueia e c/ega 0 laringe, onde, ao atravessar a glote,
costuma encontrar o primeiro obstáculo 0 sua passagem.1 glote, que fica na altura do c/amado pomo de adão ou gogó, ) a abertura entre duas pregas musculares das paredes
superiores da laringe, con/ecidas pelo nome de cordas vocais. O flu"o de ar pode encontrá*la fec/ada ou aberta, em
virtude de estarem apro"imados ou afastados os bordos das cordas vocais. 2o primeiro caso, o ar força a passagem
atrav)s das cordas vocais retesadas, fazendo*as vibrar e produzir o som musical caracter'stico das articulaçõessonoras.
2o segundo caso, rela"adas as cordas vocais, o ar escapa sem vibrações lar'ngeas, produzindo as articulações
denominadas surdas.1 distinção entre sonora e surda pode ser claramente percebida na pron3ncia de duas consoantes que no mais se
identificam. 1ssim4 b 4 56 sonoro7 bato 4 p 4 56 surdo7 pato
1o sair da laringe, a corrente e"piratória entra na cavidade faríngea, que termina em uma encruzil/ada, oferecendo
duas vias de acesso ao e"terior ocanal bucal e o nasal. 8uspenso no entrecruzar desses dois canais fica o véu palatino,
que termina na 3vula. $stes, dotados de mobilidade, são capazes de obstruir ou não o ingresso do ar na cavidade
nasal e, consequentemente, de determinar a natureza oral ou nasal de um som.9uando levantado, o véu palatino cola*se 0 parede posterior da faringe, dei"ando livre apenas o conduto bucal. 1s
articulações assim obtidas denominam*se orais +ad%etivo derivado do latim os, oris, a boca. 9uando abai"ado, o véu
palatino dei"a ambas as passagens livres. 1 corrente e"piratória então se divide, e uma parte dela escoa pelas fossas
nasais, onde adquire a resson#ncia caracter'stica das articulações c/amadas nasais. :ompare*se, por e"emplo, a
pron3ncia das vogais
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4 a 4 56 oral7 mato 4 ã 4 56 nasal7 manto
1parel/o fonador +a laringe e as cavidades supralar'ngeas&, por)m, na cavidade bucal que se produzem os movimentos fonadores mais variados, graças, sobretudo, 0 grande
mobilidade da língua e dos lbios.
Capítulo 01-00 - Fonética e fonologia Capítulo 01-01 - Som e fonema >>
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8e, no entanto, observarmos com atenção a pron3ncia da consoante na forma tia, de um lado, e em toa e tua, de
outro, percebemos que o 4t4 da primeira ) emitido, na pron3ncia do Aio de Baneiro, como 5tc/7, 0 semel/ança do som
inicial do vocábulo tcheco, por influência da vogal 4i4.
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o semifec/adaso fec/adas
c) quanto ao papel das cavidades bucal e nasalo oraiso nasais
Lona de articulação
1s vogais são os sons que se pronunciam com a via bucal livre. 2ão se deve concluir desta afirmação que se%a
indiferente para a distinção das vogais o movimento dos diversos órgãos articulatórios. Pelo contrário. ?asta
avançarmos a l'ngua progressivamente em direção 0 parte anterior da cavidade bucal ou recuarmo*la em direção 0
parte posterior dessa cavidade, ou ainda mantê*la numa posição intermediária, para termos s)ries de vogais diferentes.2o primeiro caso, produzimos a s)rie das vogais anteriores +ou palatais /é/, /ê/, /i/, / /, / /.2o segundo caso, a das vogais posteriores +ou velares 4ó4, 4-4, 4u4, 4õ4, 4 4.$ no terceiro, as vogais centrais 4a4, 4ã4.
Mrau de abertura
Io ponto de vista articulatório, o grau de abertura ) dado pelo movimento de elevação gradual da l'ngua na cavidade
bucal, partindo da posição bai"a, em direção ao palato duro ou em direção ao palato mole +v)u palatino.$sses movimentos da l'ngua resultam nos diversos timbres vocálicos que dependem, essencialmente, das formas
tomadas pelas cavidades far'ngea e bucal, que funcionam como tubo de resson#ncia.1 maior largura do tubo de resson#ncia, provocada pela l'ngua em posição bai"a, produz as vogais c/amadas abertas
4a4 e 4ã4.1 pequena elevação da l'ngua em direção ao palato +quer duro, quer mole produz as vogais c/amadas semiabertas
4)4, 4ó4.1 elevação um pouco maior da l'ngua em direção ao palato, duro ou mole, produz as vogais c/amadas semifechadas
4ê4, 4-4, 4 4, 4õ4.
1 elevação má"ima da l'ngua, permitida para a realização de uma vogal, em direção ao palato, produz as vogaisc/amadas fechadas 4i4, 4u4, 4 4, 4 4.
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Hogais orais e vogais nasais
1l)m das sete vogais orais que e"aminamos ( emitidas todas com o v)u palatino levantado contra a parede posterior
da faringe 4a4, 4)4, 4ê4, 4i4, 4ó4, 4-4, 4u4 (, possui a nossa l'ngua cinco vogais nasais, em cu%a articulação o v)u
palatino, abai"ado, permite que uma parte da corrente e"piratória ressoe na cavidade nasal
/ã/ / / / / /õ/ / /
$m português, as vogais nasais podem empregar*se com fins distintivos. :omparem*se estas palavras
lã senda linda bomba mundo
lá seda lida boba mudo
Nntensidade e acento
$m sílaba tônica, distinguimos as sete vogais orais, como atesta a sequência vocabular
saco seco seco sico soco soco suco
/a/ /é/ /ê/ /i/ /ó/ /ô/ /u/
$m sílaba tona, anula*se a distinção entre 4)4 ( 4ê4, 4ó4 ( 4-4, do que resulta um sistema de cinco vogais, mais
estável em s'laba pretônica.
lavar pesar pisar corar curar
/a/ /ê/ /i/ /ô/ /u/
$m s'laba tona final, o vocalismo tende a simplificar*se ainda mais pela identificação do timbre das vogais finais 4e4
( 4i4 e 4o4 ( 4u4. 1s palavras tarde e povo, por e"emplo, soam efetivamente 4tardi4 e 4povu4.
9uadro de classificação das vogais
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$m português apenas os decrescentes são ditongos estáveis. 2a linguagem coloquial os ditongos crescentes só
apresentam estabilidade quando a semivogal 5@7 vem precedida de 4S4 +grafado q, ou de 4g4
Quase sequela enaguar
lingueta quota tranquilo
Iitongos orais e nasais
:omo as vogais, os ditongos podem ser orais e nasais, segundo a natureza oral ou nasal dos seus elementos.8ão os seguintes os ditongos orais decrescentes
Tá os seguintes ditongos nasais decrescentes
Observa#ão$
2ão se assinala na escrita a nasalidade do ditongo 5 J7 como na palavra muito.
>ritongos
Ienomina*se tritongo o encontro formado de semivogal R vogal R semivogal.
Ie acordo com a natureza +oral ou nasal de sua vogal, os tritongos se classificam tamb)m em orais e nasais.
8ão tritongos orais
8ão tritongos nasais
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Tiatos
Iá*se o nome de hiato ao encontro de duas vogais.
1ssim, comparando*se as palavras pais +plural de pai e país +região, verifica*se
• a) na primeira, o encontro ai soa apenas numa s'laba pais!• b) na segunda, o a pertence a uma s'laba e o i a outra país.
:onclui*se, portanto, que em pais /á ditongo! em país, hiato.
Observa#ão$
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9uando átonos finais, os encontros -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -ue e -uo são normalmente ditongos crescentes gló*ria, cá*
rie, vá*rio, má* goa, á* gua, tê*nue, ár*duo. Podem, no entanto, ser emitidos com separação dos dois elementos,
formando assim um /iato gló*ri-a, cá*ri-e, vá*ri-o, etc. Aessalte*se, por)m, que na escrita, em /ipótese alguma, os
elementos desses encontros vocálicos se separam no fim da lin/a, como salientamos no :ap'tulo C.
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;F.;Q 8ignificação das Palavras
9uanto 0 significa#ão, as palavras podem ser
• a) sinônimas, quando apresentam uma semel/ança geral de sentido,
como eli! e ditoso, achar e encontrar , perto e pró"imo!• b) antônimas, quando têm significação contrária, como eli! e ineli!, bonito e eio, amor e ódio!• c) homônimas, quando se escrevem ou se pronunciam de modo idêntico, mas diferem pelo sentido,
como são +6 verbo, são +6 sadio, são +6 santo! vês +6 verbo, ve! +6 substantivo.
$ntre os homônimos distinguem*se os homógrafos dos homófonos.%omógrafos são os que têm a mesma grafia são +6verbo, são +6sadio, são+6santo, embora possam distinguir*se pelo
timbre da vogal t-nica gelo +subst. e gelo +verbo, almoço +subst. e almoço +verbo.%omófonos são os que têm a mesma pron3ncia, mas grafia diferente vês+6verbo, ve! +6substantivo.
d) parônimas, quando se assemel/am na forma, sem que ten/am qualquer parentesco significativo,
como descri#ão e discri#ão, inligir e inringir , intimorato e intemerato, etc.
Observa#ão$&entido figurado' ) o sentido em que se toma uma palavra quando apresenta ideia diversa da que normalmente
e"prime. $stá em sentido figurado, por e"emplo, o verbo morrer neste passo de :asimiro de 1breu
1 glória e o nome português morreramV
;F.;U =am'lias Ndeológicas
Himos que as palavras podem irmanar*se por um radical comum. 2este caso, o parentesco se funda essencialmente
numa comunidade de origem. Was podem agrupar*se tamb)m, independentemente de sua formação, pela comunidade
de sentido. >emos, então, s)ries sinon'micas, fam'lias ideológicas, cu%os componentes se relacionam por uma noção
comum fundamental. Por e"emplo
• a) casa, domic'lio, /abitação, lar, mansão, morada, residência, teto, vivenda!• b) mar, oceano, pego, p)lago, ponto.
O estudo sistemático da significação das palavras, bem como o das fam'lias ideológicas, ) de import#ncia capital para a
aquisição e o dom'nio do vocabulário da l'ngua.
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;K.;< Ierivação Prefi"al
Os prefi"os que aparecem nas palavras portuguesas são de origem latina ou grega, embora normalmente não se%am
sentidos como tais.1lguns sofrem apreciáveis alterações em contato com a vogal e, principalmente, com a consoante inicial da palavra
derivante. 1ssim, o prefi"o grego an-, que indica privação +an*-nimo, assume a forma a- antes de consoante a-
patia! in-, o seu correspondente latino, toma a forma i- antes de le m in-feliz, in-ativo! mas i-legal, i-moral.2ão se devem confundir tais alterações com as formas vernáculas, oriundas de evolução normal de certos prefi"os
latinos. 1ssim a-, de ad- +a-doçar! em-ou en-, de in-+em-barcar, en-terrar.2a lista a seguir, colocaremos em c/ave as formas que pode assumir o mesmo prefi"o em primeiro lugar, daremos a
forma originária! em 3ltimo, a vernácula, quando /ouver.
Prefi"os de origem latina
(refi)o &entido *)emplifica#ão
-ab
-abs
-a
afastamento,
separação
abdicar, ab%urar,
abster, abstrair,
amov'vel, aversão
ada-
$ar-, as-)
apro"imação,
direção
ad%unto, advent'cio, abeirar,
arribar, assentir
ante- anterioridade antebraço, antepor
circum-
$circun-)
movimento
em torno
circum*ad%acente,
circunvagar
cis- posição aqu)m cisalpino, cisplatino
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(refi)o &entido *)emplifica#ão
com- $con-)
co $cor-)
contiguidade,
compan/ia
compor, conter,
cooperar, corroborar
contra-
oposição,
ação con%unta
contradizer,
contrasselar
de- movimento de cimapara bai"o decair, decrescer
des-
separação,
ação contrária desviar, desfazer
dis-
di- $dir-)
separação,movimento para
diversos lados, negação
dissidente,distender
dilacerar,dirimir
e"-
es-
e-
movimento para fora,
estado anterior
e"portar, e"trair
escorrer, estender
emigrar, evadir
e"tra- posição e"terior +fora de e"traoficial, e"traviar
in-% $im-)
i- $ir-)
em- $en-)movimento para dentro
ingerir, impedir
imigrar, irromper
embarcar, enterrar
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(refi)o &entido *)emplifica#ão
in-& $im-)
i- $ir-) negação, privação
inativo, impermeável
ilegal, irrestrito
inter-
entre-
posição
intermediária
internacional,
entreabrir, entrelin/a
intra- posição interior
intradorso!
intravenoso
intro- movimento para dentro introduzir, intrometer
justa- posição ao lado
%ustapor,
%ustalinear
ob-
o-
posição em frente,
oposição
ob%eto, obstáculo
ocorrer, opor
per- movimento atrav)s percorrer, perfurar
pos- posterioridade pospor, post-nico
pre- anterioridade prefácio, pret-nico
http://www.aulete.com.br/gram/cap01-07-encontros_consonantaishttp://www.aulete.com.br/gram/cap01-06-classificacao_das_consoanteshttp://www.aulete.com.br/gram/cap01-08-digrafoshttp://www.aulete.com.br/gram/cap01-07-encontros_consonantaishttp://www.aulete.com.br/gram/cap01-09-silaba
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(refi)o &entido *)emplifica#ão
tresloucado, tresnoitado
ultra- posição al)m do limite ultrapassar, ultrassom
vice-
vis- $vi!o-) substituição, em lugar de
vice*reitor, vice*c-nsul
visconde, vizo*rei
Prefi"os de origem grega
$is os principais prefi"os de origem grega com as formas que assumem em português.
(refi)o &entido *)emplifica#ão
an- $a-) privação, negação anarquia, ateu
ana-
ação ou movimento inverso,
repetição anagrama, anáfora
ani- de um e outro lado, em torno anf'bio, anfiteatro
anti- oposição, ação contrária antia)reo, ant'poda
apó- afastamento, separação apogeu, apóstata
arqui- $arc-)
arque- $arce-) superioridade
arquiduque, arcan%o
arqu)tipo, arcebispo
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(refi)o &entido *)emplifica#ão
catá- movimento de cima para bai"o catadupa, catacrese
diá- $di-)
movimento atrav)s de,
afastamento diagnóstico, diocese
dis- dificuldade, mau estado dispn)ia, disenteria
ec- $e"-) movimento para fora eclipse, ê"odo
en- $em-, e-) posição interior
enc)falo, emplastro,
elipse
endo- $end-)
posição interior, movimento para
dentro endot)rmico, endosmose
epi-
posição superior, movimento
para,
posterioridade epiderme, ep'logo
eu- $ev-) bem, bom eufonia, evangel/o
hiper- posição superior, e"cesso /ip)rbole, /ipertensão
hipó- posição inferior, escassez
/ipod)rmico,
/ipotensão
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(refi)o &entido *)emplifica#ão
metá- $met-) posterioridade, mudança metacarpo, metátese
pará- $par-) pro"imidade, ao lado de paradigma, parasita
peri- posição ou movimento em torno per'metro, per'frase
pró- posição em frente, anterior prólogo, prognóstico
sin-
$sim-, si-) simultaneidade, compan/ia
sinfonia, simpatia,
s'laba
:orrespondência entre os prefi"os latinos e gregos
(refi)os
+atinos *)emplifica#ão
(refi)os
,regos *)emplifica#ão
ab-, abs-, a- abdicar, abster, aversão apó- apogeu
ad-, a- ad%unto, aposto pará- paradigma
circum- circunvagar peri- per'metro
contra- contradizer anti- antia)reo
com-, co- compor, cooperar sin- sinfonia
e"-, es-, e- e"portar, escorrer, emigrar ec-, e"- eclipse, e"-do
i-, in-, des- ilegal, inativo, desfazer an-, a- anarquia, ateu
in-, i-, em- ingerir, imigrar, embarcar en- enc)falo
intra- intravenoso endo- endot)rmico
sub- subalterno hipo- /ipotensão
super- superpovoado epi-, hiper
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&ufi)o *)emplifica#ão &ufi)o *)emplifica#ão
-a#a barbaça, barcaça -astro medicastro, poetastro
-a#o animalaço, ricaço -a! lobaz, roaz
-á!io copázio, gatázio -alha! facal/az
-u#a dentuça, carduça -arra! pratarraz
Observa#ões$
•
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&ufi)o *)emplifica#ão &ufi)o *)emplifica#ão
-ela ruela, viela -ola fazendola, rapazola
Observa#ões$
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Sufxo Sentido Exemplifcação
-ada
a) multidão"coleção
b) porção contida num ob#eto
c) marca feita com um instrumento
d) ferimento ou golpe
e) produto alimentar" bebida
f) duração prolongada
g) ato ou movimento enérgico
boiada" papelada
bocada" col$erada
penada" pincelada
dentada" facada
bananada" laran#ada
invernada" temporada
cartada" saraivada
-ado
a) territ%rio subordinado a titular
b) instituição" titulatura
bispado" condado
almirantado"doutorado
-ato
a) instituição" titulatura
b) na nomenclatura qu&mica ' sal
baronato" cardinalato
carbonato" sulfato
-agem
a) noção coletiva
b) ato ou estado
fol$agem" plumagem
aprendiagem" ladroagem
-al
a) idéia de relação" pertinncia
b) cultura de vegetais
c) noção coletiva ou de quantidade
dedal" portal
arroal" cafeal
areal" pombal
-alha coletivo*pe#orativo canal$a" gental$a
-ama noção coletiva e de quantidade din$eirama" mourama
-ame noção coletiva e de quantidade vasil$ame" velame
-aria
a) atividade" ramo de neg%cio
b) noção coletiva
c) ação de certos indiv&duos
carpintaria" livraria
gritaria" pedraria
patifaria" pirataria
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Sufxo Sentido Exemplifcação
-ário
a) ocupação" of&cio" pro+ssão
b) lugar onde se guarda algo
operário" secretário
$erbário" vestiário
-edo
a) lugar onde crescem vegetais
b) noção coletiva
olivedo" vin$edo
la#edo" passaredo
-eiro (-
a)
a) ocupação" of&cio" pro+ssão
b) lugar onde se guarda algo
c) árvore e arbusto
d) ideia de intensidade" aumento
e) ob#eto de uso
f) noção coletiva
barbeiro" copeira
galin$eiro" tinteiro
laran#eira" craveiro
nevoeiro" poeira
perneira" pulseira
berreiro" formigueiro
-ia
a) pro+ssão" titulatura
b) lugar onde se eerce uma
atividade
c) noção coletiva
advocacia" baronia
delegacia" reitoria
cavalaria" clereia
-io noção coletiva" de reunião gentio" mul$erio
-ite in,amação bronquite" gastrite
-ugem semel$ança (pe#orativo) ferrugem" penugem
-ume noção coletiva e de quantidade cardume" negrume
C. =ormam substantivos de ad%etivos• Os substantivos derivados, geralmente nomes abstratos, indicam qualidade, propriedade, estado ou modo de
ser
Sufxo Exemplifcação Sufxo Exemplifcação
-dade crueldade" dignidade -ice tolice" vel$ice
-(i)dão gratidão" mansidão -ície calv&cie" imund&cie
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Sufxo Exemplifcação Sufxo Exemplifcação
-ez altive" $onrade -or alvor" amargor
-eza belea" riquea -(i)tude altitude" magnitude
-ia alegria" valentia -ura alvura" doçura
• Observa#ão$ 1ntes de receberem o sufi"o -dade, os ad%etivos terminados em -a!, -i!, -o! e -vel retomam a
forma latina em -ac$i), -ic$i), -oc$i) e bil$i)o sagaz G sagacidade
o feroz G ferocidade
o
o feliz G felicidade
o amável G amabilidade
F. =ormam substantivos de substantivos e de ad%etivos
Sufxo Sentido Exemplifcação
-ismo
a) doutrinas ou
sistemas
art&sticos
+los%+cos
pol&ticos
religiosos
realismo" simbolismo
!antismo" positivismo
federalismo" fascismo
budismo" calvinismo
b) modo de proceder ou
pensar $ero&smo" servilismo
c) forma peculiar da l&ngua galicismo" neologismo
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Sufxo Sentido Exemplifcação
d) na terminologia cient&+ca daltonismo" reumatismo
• K. =ormam substantivos e ad%etivos de outros substantivos e ad%etivos
•
• Observa#ão$ 2em todos os designativos de sectários ou partidários de doutrinas ou sistemas em -ismo se
formam com o sufi"o -ista. Por e"emplo
a protestantismo corresponde protestante!a maometismo corresponde maometano!
a islamismo corresponde islamita.
Q. =ormam substantivos de verbos
Prefx
o Sentido Exemplifcação
-ança
-ncia
-ença
-ência
ação ou o resultado dela" estado
lembrança" vingança
observ-ncia" toler-ncia
descrença" diferença
anuncia" concorrncia
-ante
-ente
-inte
agente
estudante" navegante
a,uente" combatente
ouvinte" pedinte
-(d)or
-(t)or
-(s)or
agente" instrumento da ação #ogador" regador
inspetor" interruptor
agressor" ascensor
-ção
-sso
ação ou o resultado dela nomeação" traição
agressão" etensão
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Prefx
o Sentido Exemplifcação
-douro
-tório
lugar ou instrumento da ação bebedouro" suadouro
lavat%rio" vomit%rio
-(d)ura
-(t)ura
-(s)ura
resultado ou instrumento da
ação"
noção coletiva
pintura" atadura
formatura" magistratura
clausura" tonsura
-mento
a) ação ou resultado dela
b) instrumento da ação
c) noção coletiva
acol$imento" ferimento
ornamento" instrumento
armamento" fardamento
• U. =ormam ad%etivos e substantivos
Prefx
o Sentido Exemplifcação
-aco estado &ntimo" pertinncia" origem man&aco" austr&aco
-ado
a) provido ou c$eio de
b) que tem o caráter de
barbado" denteado
adamado" amarelado
-aico referncia" pertinncia #udaico" prosaico
-al
-ar relação" pertinncia
campal" con#ugal
escolar" familiar
-ano
a) provenincia" origem"
pertenç.a
b) sectário ou partidário de
c) semel$ante ou comparável a
romano" serrano
luterano" parnasiano
bilaquiano" mac$adiano
-(d)ura
-(t)ura
-(s)ura
resultado ou instrumento da ação"
noção coletiva
pintura" atadura
formatura" magistratura
clausura" tonsura
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Prefx
o Sentido Exemplifcação
-ão provenincia" origem alemão" beirão
-ário
-eiro relação" posse" origem
diário" fracionário
caseiro" mineiro
-engo relação" pertinncia" posse mul$erengo" solarengo
-enho semel$ança" procedncia" origem ferren$o" estremen$o
-eno referncia" origem terreno" c$ileno
-ense
-ês relação" procedncia" origem
forense" parisiense
corts" noruegus
-(l)ento a) provido ou c$eio de
b) que tem o caráter de
ciumento" corpulento
rabugento" morrin$ento
-eo relação" semel$ança" matéria r%seo" férreo
-esco
-isco referncia" semel$ança
burlesco" dantesco
levantisco" mourisco
-este relação agreste" celeste
-estre relação campestre" terrestre
-eu relação" procedncia" origem europeu" $ebreu
-ício referncia aliment&cio" natal&cio
-ico participação" referncia
geométrico"
melanc%lico
-il referncia" semel$ança febril" sen$oril
-ino relação" origem" naturea londrino" cristalino
-ita pertinncia" origem ismaelita" israelita
-onho propriedade" $ábito constante enfadon$o" rison$o
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Prefx
o Sentido Exemplifcação
-oso provido ou c$eio de brioso" venenoso
-tico relação aromático" rstico
-udo provido ou c$eio de pontudo" barbudo
• Observa#ão$ 1lguns desses sufi"os servem tamb)m para formar ad%etivos de outros ad%etivos. Por e"emploo -al, %unta*se a angélico, formando angelicalo -onho, acrescenta*se a triste, produzindo tristonho.
Z. =ormam ad%etivos de verbos
Prefxo Sentido Exemplifcação
-ante
-ente
-inte
ação" qualidade" estado
semel$ante"
tolerante
doente" resistente
constituinte"
seguinte
-(á)!el-(í)!el possibilidade de praticar ou sofrer uma
ação
durável" louvávelperec&vel" pun&vel
-io
-(t)i!o ação" referncia" modo de ser
fugidio" tardio
a+rmativo"
pensativo
-(d)iço
-(t)ício
possibilidade de praticar ou sofrer uma
ação" referncia
movediço"
quebradiço
acomodat&cio"
fact&cio
-
(d)our
o
-
ação" pertinncia
duradouro"
vindouro
preparat%rio"
satisfat%rio
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$m verdade, -ecer $ou -escer) não ) sufi"o. Iecompõe*se esta terminação em sufi)o +-esc- R vogal temtica +-e
R sufi)o+-r .
8ufi"o adverbial
O 3nico sufi"o adverbial que e"iste em português ) -mente, oriundo do substantivo latino mens, mentis, a mente, o
esp'rito, o intento. :om o sentido de intenção e, depois, com o de maneira, passou a aglutinar*se a ad%etivos para
indicar circunst#ncias, especialmente a de modo. 1ssimboamente 6 com boa intenção, de maneira boa.:omo o substantivo latino mens era feminino +compare*se o português a mente, %unta*se o sufi"o 0 forma feminina do
ad%etivo bondosa-mente, fraca-mente, etc.Iesta norma e"cetuam*se os adv)rbios que se derivam de ad%etivos terminados em -ês burguês-mente,português-
mente, etc. Was o fato tem e"plicação /istórica tais ad%etivos eram outrora uniformes, uniformidade que alguns deles,
como pedrês e montês, ainda /o%e conservam. 1ssim um galo pedrês, uma galinha pedrês, um cabrito montês, uma
cabra montês. 1 formação adverbial continua a seguir o antigo modelo.
;K.;F Ierivação Parassint)tica
2uma análise morfológica do ad%etivo desalmado e do verbo repatriar , verificamos imediatamente que
a o primeiro ) constitu'do do prefi)o des- R o radical alm$a) R o sufi)o -ado!b o segundo ) formado do prefi)o re- R o radical pátri$a) R o sufi)o -ar .
[m e"ame mais cuidadoso nos mostra, por)m, que, nos dois casos, o prefi"o e o sufi"o se aglutinaram a um sótempo aos radicais alm$a) e pátri$a), pois que não e"istem ( e não e"istiram nunca ( os
substantivos desalma e repátria, nem tampouco o ad%etivo almado e o verbo patriar .Os vocábulos formados pela agregação simult#nea de prefi"o e sufi"o a determinado radical c/amam*
se parassintéticos, palavra derivada do grego para +6 %ustaposição, posição ao lado de e s.nthetiós +6 que compõe,
que %unta, que combina.1 parass'ntese ) particularmente produtiva nos verbos, e a principal função dos prefi"os vernáculos a- e em-
$en-) ) a de participar desse tipo especial de derivação
abotoar aman/ecer
embain/ar ensurdecer
;K.;K Ierivação Aegressiva
2os tipos de derivação at) aqui estudados, a palavra nova resulta sempre do acr)scimo
de afi)os +prefi)os e sufi)os a determinado radical. 2eles /á, pois, uma constante a palavra derivada amplia a
primitiva.
$"iste, por)m, um processo de criação vocabular e"atamente contrário. & a c/amada deriva#ão regressiva,que consiste na redução da palavra derivante por uma falsa análise da sua estrutura.
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1 deriva#ão regressiva tem import#ncia maior na criação dos substantivos deverbais ou pósverbais,
formados pela %unção de uma das vogais -o, -a ou +e ao radical do verbo. $"emplos
erbo -everbo erbo -everbo erbo -everbo
abalar abalo amostrar amostra alcançar alcance
amparar amparo caçar caça atacar ataque
sustentar sustento vender venda sacar saque
Observa#ão$2em sempre ) fácil saber se o substantivo se deriva do verbo ou se este se origina do substantivo. Tá um crit)rio
prático para a distinção, sugerido pelo filólogo Wário ?arretose o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva! mas se o nome denota algum ob%eto
ou subst#ncia, se verificará o contrário.1ssim dan#a, ataque e amparo, denotadores, respectivamente, das ações de dançar, atacar e amparar ( são formas
derivadas! 0ncora, a!eite e escudo, ao contrário, são as formas primitivas, que dão origem aos verbos ancorar, azeitar e
escudar.
;K.;Q Ierivação Nmprópria
1s palavras podem mudar de classe gramatical sem sofrer modificação na forma. ?asta, por e"emplo, antepor*
se o artigo a qualquer vocábulo da l'ngua para que ele se torne um substantivo.1 este processo de enriquecimento vocabular pela mudança de classe das palavras dá*se o nome de deriva#ão
imprópria, e por ele se e"plica a passagem
a de substantivos próprios a comuns damasco, qui"ote!b de substantivos comuns a próprios :oel/o, eão, Pereira!c de ad%etivos a substantivos capital, circular, veneziana!d de substantivos a ad%etivos burro, col)gio*modelo, caf)*concerto!e de substantivos, ad%etivos e verbos a inter%eições silêncioV, bravoV, vivaV!f de verbos a substantivos afazer, %antar, prazer!g de verbos e adv)rbios a con%unções quer...quer, %á...%á!/ de partic'pios presentes e passados a preposições mediante, salvo!i de partic'pios passados a substantivos e ad%etivos conte3do, absoluto, resoluto.
;K.;U :omposição
1 composi#ão consiste em formar uma nova palavra pela união de dois ou mais radicais. 1 palavra composta
representa sempre uma ideia 3nica e aut-noma, muitas vezes dissociada das noções e"pressas pelos seus componentes.
1ssim, bem-me-quer ) o nome de uma flor amarela nativa do ?rasil! mil-olhas, o de um doce! vitória-régia, o de uma
planta.
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>ipos de composição
• 1. 9uanto 0 forma, os elementos de uma palavra composta podem estaro a simplesmente %ustapostos, conservando cada qual a sua integridade
segunda*feira c$apéu*de*sol (árvore) passatempo
o b intimamente unidos, por se ter perdido a ideia da composição, caso em que se subordinam a um
3nico acento t-nico e sofrem perda de sua integridade silábicaaguardente (água 0 ardente) embora (em 0 boa 0 $ora)
• Ia' distinguir*se a composi#ão por /ustaposi#ão da composi#ão por aglutina#ão, diferença que a escrita
procura refletir, pois que na /ustaposi#ão os elementos componentes vêm, em geral, ligados por /'fen, ao passo que
na aglutina#ãoeles se %untam num só vocábulo gráfico.
• Observa#ão$
• Aeitere*se que o emprego do /'fen ) uma simples convenção ortográfica. 2em sempre os elementos
%ustapostos vêm ligados por ele. Tá os que se escrevem unidos paraquedas, varapau, etc.! como /á outros que
conservam a sua autonomia gráfica pai de amília, 1dade 2édia, etc.
• !. 9uanto ao sentido, distingue*se numa palavra composta o elemento determinado, que cont)m a ideia
geral, do determinante, que encerra a noção particular. 1ssim, em escola-modelo, o termo escola ) o determinado, e
modelo o determinante. $m mãe-pátria, ao inverso, mãe ) o determinante, e pátria o determinado.
• 2os compostos tipicamente portugueses, o determinado, de regra, precede o determinante, mas naqueles
que entraram por via erudita, ou se formaram pelo modelo da composição latina, observa*se e"atamente o contrário (
o primeiro elemento ) o que e"prime a noção espec'fica, e o segundo a geral. 1ssim agricultura +6 cultivo do
campo, suaviloquência +6 linguagem suave, etc.
• 2. 9uanto 0 classe gramatical dos seus elementos, uma palavra composta pode ser constitu'da de
o
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bei#a*,or guarda*roupa passatempo
o \X verbo R verbocorre*corre perde*gan$a vaivém
o ]X advérbio R ad/etivo
bem*bom mal*agradecido sempre*viva
o
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Forma Origem +atina &entido *)emplifica#ão
igni- ignis, *is fogo ign'vomo
morti- mors, mortis morte mort'fero
multi- multus, *a, *um muitos muliforme
oni- omnis, *e todo onipotente
pisci- piscis, *is pei"e pscicultor
pluri- plus, pluris muitos, vários pluriforme
quadri-quadru-
quattuor quatro
quadrimotorquadr3pede
reti- rectus, *a, *um reto retil'nio
semi- semi* metade semic'rculo
sesqui- sesqui* um e meio sesquicentenário
tri- tres, tria três tricolor
uni- unus, *a, *um um un'ssono
!. :omo segundo elemento da composição, empregam*se
Forma &entido *)emplifica#ão
-cida que mata regicida, suicida
-cola que cultiva, ou /abita vit'cola, arbor'cola
-ero que cont)m, ou produz aur'fero, flam'fero
-ico que faz, ou produz ben)fico, frigor'fico
-orme que tem forma de cuneiforme, uniforme
-ugo que foge, ou faz fugir centr'fugo, febr'fugo
-gero que cont)m, ou produz arm'gero, bel'gero
-paro que produz mult'paro, ov'paro
-sono que soa /orr'ssono, un'ssono
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Forma &entido *)emplifica#ão
aero- ar aerofagia, aeronave
antropo- /omem antropófago, antropologia
arqueo- antigo arqueografia, arqueologia
auto- de si mesmo autobiografia, autógrafo
biblio- livro bibliografia, biblioteca
bio- vida biografia, biologia
caco- mau cacofonia, cacografia
cali- belo califasia, caligrafia
cosmo- mundo cosmógrafo, cosmologia
crono- tempo cronologia, cron-metro
dáctilo- dedo datilografia, datiloscopia
deca- dez decaedro, decalitro
demo- povo democracia, demagogo
di- dois dip)talo, diss'labo
enea- nove eneágono, eneass'labo
ilo- amigo filologia, filosofia
ono- voz, som fonógrafo, fonologia
geo- terra geografia, geologia
hemo-
hema-
sangue
/emoglobina, /emorragia,
/ematócrito
hepta- sete /eptágono, /eptass'labo
he"a- seis /e"ágono, /e"#metro
hidro- água /idrogênio, /idrografia
hipo- cavalo /ipódromo, /ipopótamo
macro- grande, longo macróbio, macrodáctilo
melo- canto melodia, melopeia
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!' =uncionam, preferentemente, como segundo elemento da composição estes radicais gregos
Forma &entido *)emplifica#ão
-agogo que conduz demagogo, pedagogo,
-algia dor cefalalgia, nevralgia
-arca que comanda /eresiarca, monarca
-arquia comando, governo autarquia, monarquia
-astenia debilidade neurastenia, psicastenia
-céalo cabeça dolicoc)falo, microc)falo
-cracia poder democracia, plutocracia
-do"o que opina /eterodo"o, ortodo"o
-dromo lugar para correr autódromo, /ipódromo
-edro base, face pentaedro, poliedro
-agia ato de comer aerofagia, antropofagia
-ago que come antropófago, necrófago
-ilia amizade bibliofilia, lusofilia
-obia inimizade, ódio, temor fotofobia, /idrofobia
-obo que odeia, inimigo "enófobo, zoófobo
-gamia casamento monogamia, poligamia
-gêneo que gera /eterogêneo, /omogêneo
-glota-glossa
l'ngua poliglota, isoglossa
-gono #ngulo pantágono, pol'gono
-graia escrita, descrição ortografia, geografia
-grao que escreve cal'grafo, pol'grafo
-grama escrito, peso telegrama, quilograma
-logia discurso, tratado, ciência arqueologia, filologia
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Forma &entido *)emplifica#ão
-logo que fala ou trata diálogo, teólogo
-mania loucura, tendência megalomania, monogamia
-mano louco, inclinado biblli-mano, mit-mano
-maquia combate logomaquia, tauromaquia
-metria medida antropometria, biometria
-metro que mede /idr-metro, pant#metro
-moro que tem a forma antropomorfo, polimorfo
-nomia lei, regra agronomia, astronomia
-nomo que regula aut-nomo, metr-nomo
-peia ato de fazer melopeia, onomatopeia
-pólis-pole cidade Petrópolis, metrópole
-ptero asa d'ptero, /elicóptero
-scópio instrumento para ver microscópio, telescópio
-soia sabedoria filosofia, teosofia
-stico verso d'stico, monóstico
-teca lugar onde se guarda biblioteca, discoteca
-terapia cura fisioterapia, /idroterapia
-tomia corte, divisão docotomia, nevrotomia
-tono tensão, tom bar'tono, monótono
;K.;\ Tibridismo
8ão palavras híbridas, ou hibridismos, aquelas que se formam de elementos tirados de l'nguas diferentes.
1ssim, em automóvel o primeiro radical ) grego$auto) e o segundo latino $móvel)! em sociologia, ao contrário, oprimeiro ) latino$sócio) e o segundo grego $logia).
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1s formações /'bridas são em geral condenadas pelos gramáticos, mas e"istem algumas tão enraizadas no
idioma que seria pueril pretender eliminá*las. & o caso das palavras mencionadas e de outras,
como neolatino, bicicleta, decímetro,burocracia e monocultura.
;K.;] Onomatopeia
1s onomatopeias são palavras imitativas, isto ), que procuram reproduzir, apro"imadamente, certos sons ou
ru'dos
tique-taque, !ás-trás, !um-!um, etc.
$m geral, os verbos e os substantivos denotadores de vozes de animais têm origem onomatopeica.
:iciar cicio +da cigarra
:oa"ar coa"o +da rã, do sapo
;K.
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1?:I 6 8anto 1ndr), 8ão ?ernardo do :ampo, 8ão :aetano do 8ul e Iiadema, munic'pios da Mrande 8ão Paulo
1?N 6 1ssociação ?rasileira de Nmprensa
1? 6 1cademia ?rasileira de etras
121>$ 6 1gência 2acional de >elecomunicações
12$$ 6 1gência 2acional de $nergia $l)trica
1H: 6 1cidente Hascular :erebral ?? 6 ?anco do ?rasil
?2I$8 6 ?anco 2acional de Iesenvolvimento $con-mico e 8ocial
:?= 6 :onfederação ?rasileira de =utebol
:I 6 :ompact Iisc
:$= 6 :ai"a $con-mica =ederal
:$P 6 :ódigo de $ndereçamento Postal
:2?? 6 :onferência 2acional dos ?ispos do ?rasil
:P= 6 :adastro de Pessoa ='sica
III 6 Iiscagem Iireta a Iist#nciaIIN 6 Iiscagem Iireta Nnternacional
IHI 6 Iigital Hideo Iisc
$:> 6 $mpresa ?rasileira de :orreios e >el)grafos
$mbratel 6 $mpresa ?rasileira de >elecomunicações
$nem 6 $"ame 2acional do $nsino W)dio
=M>8 6 =undo de Marantia por >empo de 8erviço
=MH 6 =undação Met3lio Hargas
N?M$ 6 =undação Nnstituto ?rasileiro de Meografia e $stat'stica
Nnep 6 Nnstituto 2acional de $studos e Pesquisas $ducacionais
O$1 6 Organização dos $stados 1mericanos
O2[ 6 Organização das 2ações [nidas
P: 6 Personal :omputer
Petrobras 6 Petróleo ?rasileiro 8.1.
P[: 6 Pontif'cia [niversidade :atólica
8enac 6 8erviço 2acional de 1prendizagem :omercial
8>= 6 8upremo >ribunal =ederal
>:[ 6 >ribunal de :ontas da [nião
[=AB 6 [niversidade =ederal do Aio de Baneiro
;Q. 1 oração e seus termos
;Q.;< 1 frase e sua constituição
9uando e"pressamos os nossos pensamentos e sentimentos, servimo*nos de frases, que são as enunciações de sentidocompleto, as verdadeiras unidades da fala.
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1s frases podem ser formadas
• a) de uma só palavra
4hove' 5ten#ão6 7ilêncio6
• b) de várias palavras, entre as quais se inclui ou não um verbo
4ai a chuva lentamente' 8ue triste!a6
1 parte da gramática que descreve as regras segundo as quais as palavras se combinam para formar frases denomina*
se sinta)e.
1 frase ) sempre acompan/ada de uma melodia, de uma entoação particular. 9uando a frase não possui verbo,
a melodia ) a 3nica marca por que podemos recon/ecê*la. 8em ela, frases como
5ten#ão6 8ue triste!a6 9oite linda6
seriam simples vocábulos, unidades l)"icas sem função, sem valor gramatical.
=rase e Oração
>oda declaração que se faz por meio de um verbo, claro ou oculto, ) uma ora#ão.
1 frase pode conter uma ou mais orações.
• alvez aquilo tivesse sido eito por gente. +M. Aamos
• CX :ont)m mais de uma oração, quando nela /á mais de um verbo +se%a na forma simples, se%a na locução
verbal, claro ou oculto
:oliciou, / saneou, / morali!ou' +$. da :un/a
O 2egrin/o come#ou a chorar , 4 enquanto os cavalos iam pastando. +8. opes 2eto
Poeta sou! 4 pai, pouco! 4 irmão, mais. +W. ?andeira
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;Q.;C Oração e per'odo
(eríodo ) a frase organizada em uma ou mais orações.
Pode ser
• a) simples, quando constitu'do de uma só oração
O casarão todo dormia. +M. 1mado
• b) composto, quando formado de duas ou mais orações
O sen/or sabe, 4 são moças, 4 querem divertir*se. +A. :outo
O período termina sempre por uma pausa bem definida, que se marca na escrita com ponto, ponto de e"clamação,
ponto de interrogação, reticências e, algumas vezes, com dois*pontos.
Observa#ão$
2o per'odo simples, a oração se c/ama absoluta.
;Q.;F >ermos $ssenciais da Oração
8u%eito e predicado
1. 8ão termos essenciais da oração o su/eito e o predicado.
&u/eito ) o ser sobre o qual se faz uma declaração.
(redicado ) tudo aquilo que se diz do su/eito.
1ssim, na oração
O galo vel/o ol/ou de novo o c)u. +W. Palm)rio
temos
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su/eito$ ; galo velho
predicado$ olhou de novo o céu'
!. 1pesar de serem termos essenciais da oração, o su/eito e o predicado não precisam vir materialmente e"pressos.
1ssim, nos e"emplos
1dormeci num grande des#nimo. +1. =. 8c/midt
2o c)u azul, dois fiapos de nuvens. +1. =. 8c/midt
o su%eito de adormeci ) eu, indicado apenas pela desinência verbal. 2o segundo e"emplo, ) o verbo da oração que está
subentendido.
Iiz*se, conforme o caso, que o su/eito ou o predicado estão elípticos ou ocultos.
O su%eito
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• e) uma palavra ou uma e"pressão substantivada
O humilde não teme %ulgamento al/eio. +M. 1mado
O por a!er ) só com Ieus. +=. Pessoa
• ) uma oração
& provável que ela case outra ve!. +W. de 1ssis
7ujeito simples
9uando o su%eito tem apenas um n3cleo, isto ), quando o verbo se refere a um só substantivo, ou a um só pronome, ou
a um só numeral, ou a uma só palavra substantivada, ou a uma só oração substantiva, o su/eito ) simples. $sse o caso
dos su%eitos atrás mencionados.
7ujeito composto
& composto o su%eito que tem mais de um n3cleo, ou se%a, o su%eito constitu'do de
• a) mais de um substantivo
?o!es, risos e palmas vieram lá de bai"o. +$. Her'ssimo
• b mais de um pronome
$ assim galgamos ele e eu o roc/edo. +B. Aibeiro
• c) mais de uma palavra ou e"pressão substantivada
=alam por mim os abandonados de justi#a, os simples de cora#ão. +:. I. de 1ndrade
• d) mais de um numeral
Passavam devagar, em fila, seis ou sete. +M. 1mado
• e) mais de uma oração
$ra mel/or esquecer o nó / e pensar numa cama igual @ de seu Aomás da bolandeira . +M. Aamos
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7ujeito oculto $determinado)
& aquele que não está materialmente e"presso na oração, mas pode ser identificado
•
a) pela desinência verbal
Bosto de c/uva, Pedro. +. Bardim
• O su%eito de gosto, indicado pela desinência -o, ) o pronome eu.
• b) pela presença do su%eito em outra oração do mesmo per'odo ou de per'odo cont'guo
; uncionário riu com esforço, e despediu*se eno%ado. $ntrou numa livraria. +1. W. Wac/ado
• O su%eito de riu e despediu-se ) o uncionário, mencionado apenas na primeira oração, antes de riu. $ )
tamb)m o su%eito do verbo entrou, pertencente ao per'odo seguinte.
7ujeito indeterminado
9uando o verbo não se refere a uma pessoa determinada, ou por se descon/ecer quem e"ecuta a ação, ou por não
/aver interesse no seu con/ecimento, diz*se que o su/eito ) indeterminado. 2estes casos, põe*se o verbo
• a) ou na FY pessoa do plural
5nunciaram que você morreu. +W. ?andeira
• b) ou na FY pessoa do singular, com o pronome se
2ão se alava dele no 1teneu. +A. Pompeia
;ra#ão sem sujeito
2ão deve ser confundido o su/eito indeterminado, que e"iste, mas não se pode ou não se dese%a identificar, com a
ine"istência do su%eito.
$m orações como as seguintes
4hove' 5noitece' =a! rio'
interessa*nos o processo verbal em si, isto ), o predicado, pois este não se refere a nen/um su%eito, %á que não o
atribu'mos a nen/um ser. Iiz*se, então, que o verbo ) impessoal! e o su/eito, ine"istente.
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$is os principais casos de ora#ão sem su/eito
•
a) com verbos ou e"pressões que denotam fen-menos da natureza
Ie noite choveu muito. +B. Wontello
• b) com o verbo haver na acepção de e"istir
Cá flores, vidros, luz e sombra na casa das seis mul/eres. +A. ?raga
• c) com o verbo haver , quando indica tempo decorrido
Bá estou aqui há dois dias. +B. M. Aosa
• d) com os verbos ser , a!er e ir , na indicação de tempo em geral
>ra inverno na certa no alto sertão. +B. . do Aego
1' vai esse poema escrito a! um ano. +W. de 1ndrade
?ai para uns quinze anos escrevi uma cr-nica do :urvelo. +W. ?andeira
Ia atitude do su%eito
4om os verbos de a#ão
9uando o verbo e"prime uma ação, a atitude do su%eito com referência ao processo verbal pode ser de atividade, de
passividade, ou de atividade e passividade ao mesmo tempo.
• 1. 2este e"emplo
7ílvia cobriu os ol/os com as mãos. +O. . Aesende
o su%eito 7ílvia e"ecuta a ação e"pressa pela forma verbal cobriu. O su%eito ), pois, o agente.
• !. 2este e"emplo
5 popula#ão do globo foi aumentada pelos dois em escala razoável. +:. I. de 1ndrade
o su%eito a popula#ão do globo não pratica a ação. O su%eito, no caso, sofre a ação! ) dela o paciente.
• 2. 2este e"emplo
Hestiu*se 0s pressas assobiando trec/os do >rovador. +W. ?andeira
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1 ação ) simultaneamente e"ercida e sofrida pelo su%eito ele, que ), a um tempo, o agente e o paciente dela.
:om os verbos de estado
9uando o verbo evoca um estado, a atitude da pessoa ou da coisa que dele participa ) de neutralidade. O
su%eito, no caso, não ) o agente nem o paciente, mas a sede do processo verbal, o lugar onde ele se desenvolve
A prova ) esta carta. +:. I. de 1ndrade O mar está muito calmo. +A. ?raga Os cai"otes continuam fec/ados. +B. Wontello O gás anda fraqu'ssimo. +:. I. de 1ndrade
O predicado
O predicado pode ser nominal, verbal ou verbonominal.
:redicado nominal
O predicado nominal ) formado por um verbo de liga#ão R predicativo do su/eito.
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?erbos intransitivos
2esta oração
:edo, a noite caía. +B. Wontello
verificamos que a ação está integralmente contida na forma verbal caía. >al verbo ), pois, intransitivo, ou se%a, não
transitivo a ação não vai al)m do verbo.
?erbos transitivos
2estas orações
( 2ão tenho dinheiro. O 8en/or te aben#oe. +W. ?andeira
vemos que as formas verbais tenho e aben#oe e"igem uma palavra para completar*l/es o significado. :omo o processo
verbal não está integralmente contido nelas, mas se transmite a outro elemento +o substantivo dinheiro e o
pronome te, estes verbos se c/amam transitivos.
Os verbos transitivos podem ser diretos5 indiretos, ou diretos e indiretos ao mesmo tempo.
• 1. erbos transitivos diretos.
2estas orações
5brirei o portão. ?erei meu fil/o^ +O. ins
1 ação e"pressa por abrirei e verei se transmite a outros elementos +o portão e meu ilho diretamente, ou se%a, sem o
au"'lio de preposição. Por isso, são c/amados transitivos diretos, e o termo da oração que l/es integra o sentido
recebe o nome de ob/eto direto.
• !. erbos transitivos indiretos.
2estes e"emplos
6 população da Hila assistia ao embarque. +W. Palm)rio
7m poeta, na noite morta, não necessita de sono. +:. Weireles
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a ação e"pressa por assistia e necessita transita para outros elementos da oração +o embarque e sono indiretamente,
isto ), por meio das preposições a e de. >ais verbos são, por conseguinte, transitivos indiretos. O termo da oração que
completa o sentido do verbo transitivo indireto denomina*se ob/eto indireto.
• 2. erbos transitivos diretos e indiretos'
2estes e"emplos
.apitu preeria tudo ao seminário.
4ão l/e arranquei mais nada. +W. de 1ssis
1 ação e"pressa por preeria e arranquei transita para outros elementos da oração, a um tempo, direta e
indiretamente. Por outras palavras estes verbos requerem simultaneamente ob/eto direto e ob/eto indireto para
completar*l/es o sentido.
Observa#ão$
:omo /á verbos que se empregam ora como de ligação, ora como significativos, conv)m atentar sempre no valor que
apresentam em determinado te"to para classificá*los com acerto. :omparem*se, por e"emplo, as frases
4stavas pensativa5 4stavas no colégio5
6ndei muito feli5 6ndei de quil2metros5
7iquei assustado5 7iquei em casa5
8ontinuamos alegres5 8ontinuamos o passeio5
2a primeira coluna, os verbos estar , andar , icar e continuar são verbos de ligação! na segunda, verbos significativos ou
nocionais.
:redicado verbo-nominal
2ão apenas os verbos de ligação se constroem com predicativo do su%eito. >amb)m verbos significativos podem ser
empregados com ele.
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2este e"emplo
1s fisionomias respiram aliviadas''' +. ?arreto
o verbo respirar ) significativo, e aliviadas refere*se a isionomias, de que ) uma qualificação.
1 este predicado misto, que possui dois n3cleos significativos +um verbo e um predicativo, dá*se o nome de verbo
nominal.
?ariabilidade de predica#ão verbal
1 análise da transitividade verbal ) feita de acordo com o te"to e não isoladamente. O mesmo verbo pode
estar empregado ora intransitivamente, ora transitivamente! ora com ob%eto direto, ora com ob%eto indireto.:omparem*se estes e"emplos
Perdoai sempre 89 intransitivo:.
Perdoai as ofensas 89 transitivo direto:.
Perdoai aos inimigos 89 transitivo indireto:.
Perdoai as ofensas aos inimigos 89 transitivo direto e indireto:.
05.04 Termos Integrantes da Oração
Examinemos as partes marcadas nas orações abaixo
9ouve" ap%s" o assalto aos aparelhos5 (:5 Pompeia)
Pereirin$a estava ciente de tudo5 (;5 Palmério)
"ostei de #aria $ora% (;5 de 6ssis)
&elati!amente ao seu pedido" nada ten$o que comunicar5 (65 3ascentes)
!o primeiro exemplo" o substanti#o aparelhos est$ relacionado com o substanti#o assalto por meio da preposiç%o a& no segundo" o
pronome tudo se relaciona com o ad'eti#o ciente atra#és da preposiç%o de& no terceiro" o substanti#o Maria Cora integra o sentido da
forma #erbal gostei por meio da preposiç%o de& no (uarto" o seu pedido prende-se ao ad#érbio relativamente por intermédio da preposiç%o a)
*emos" pois" (ue +$ pala#ras (ue completam o sentido de substanti#os" de ad'eti#os" de #erbos e de ad#érbios) ,s (ue se ligam por
preposiç%o a substanti#o" ad'eti#o ou ad#érbio c+amam-se complementos nominais) enominam-se complementos verbais as (ue
integram o sentido do #erbo)
8omplemento nominal
. complemento nominal #em" como dissemos" ligado por preposiç%o ao substanti#o" ao ad'eti#o ou ao ad#érbio cu'o sentido integra
ou limita)
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/ode ser representado por
• a) substantivo (acompan$ado ou não de seus modi+cadores)<
6 not&cia do rebate 'also espal$ou*se depressa5 (;5 Palmério) 7iquei indiferente a todos os seus agrados% (=5 >5 do :ego)
• b) pronome<
Seria no'o de mim 2) 3ardim4
• c) numeral<
Foi ele o in#entor dos e das dez mais) 5) 6andeira4
• d) palavra ou epressão substantivada<
E #oc7 tem medo daquela maluca 2) 3ardim4
• e) oração<
8en+o certe9a de que gosta de mim) c) dos ,n'os4
Observações:
• 1! ? complemento nominal pode estar integrando o su#eito" o predicativo" o ob#eto direto" o
ob#eto indireto" o agente da passiva" o ad#unto adverbial" o aposto e o vocativo5• "! 8onvém ter presente que o nome cu#o sentido o complemento nominal integra corresponde"
geralmente" a um verbo transitivo de radical semel$ante<amor da pátria amar a pátria
%dio aos inustos odiar os inustos
8omplementos verbais
beto direto
Objeto direto é o complemento de um #erbo transiti#o direto" ou se'a" o complemento (ue normalmente #em ligado ao #erbo sem preposiç%o e indica o ser para o (ual se dirige a aç%o #erbal)
/ode ser representado por
• a) substantivo<
/assageiros e motoristas atiram moedas) ,) 5) 5ac+ado4
• b) pronome (substantivo)
.s 'ornais nada publicaram) C) ) de ,ndrade4
• c) numeral
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, moça da repartiç%o gan+a 450) :) 6raga4
• d) palavra substantivada<
8em um quê de inexplic$#el) ;) ias4
• e) oração<
5eu pai di9ia que os amigos são para as ocasiões) C) ) de ,ndrade4
beto direto preposicionado• 15 ? o#$eto direto costuma vir regido da preposição a nos seguintes casos<o a) com os verbos que eprimem sentimentos<
!%o amo a ninguém" /edro) C) dos ,n'os4
o b) para evitar ambiguidade<
5am%e bem sabe (ue ele o estima e respeita como a um pai< ,) ,9e#edo4
o c) quando vem antecipado" como no provérbio<
A homem pobre ninguém roube)
• "5 ? o#$eto direto é obrigatoriamente preposicionado quando epresso por<o a) pronome pessoal obl&quo t2nico<
3o%o" o po#o" na noite imensa" feste'a a ti) :) 6raga4
o b) pronome relativo *uem<
, pessoa a quem amo est$ ausente)
beto direto pleonástico• 15 Quando se quer c$amar a atenção para o o#$eto direto que precede o verbo" costuma*se
repeti*lo5 @ o que se c$ama o#$eto direto pleon%stico5 3ele" uma das formas é sempre um pronomepessoal átono<
As minhas liões as toma#a em casa um professor particular) 3) 2) do :ego4
• "5 ? o#$eto direto pleon%stico pode também ser constitu&do de um pronome átono e de umaforma pronominal t2nica preposicionada<
=m dia es(uecera!a" a ela " d) ris" no teatro e recol+era descuidado a /aissandu) /) !a#a4
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beto indireto
. objeto indireto é o complemento de um #erbo transiti#o indireto" isto é" o complemento (ue se liga ao #erbo por meio de
preposiç%o)
/ode ser representado por
• a) substantivo<
Falamos de #$rios assuntos inconfess$#eis) :) 6raga4
• b) pronome (substantivo)<
8ambém dialoga#a com elas) 5) 2obato4
•
c) numeral5 do :ego)
beto indireto pleonástico 8om a +nalidade de realçá*lo" costuma*se repetir o o#$eto indireto5 3este caso" umadas formas é obrigatoriamente um pronome pessoal átono<
Bm dia a nós nos coube participar da pantomima como desinteressados pal$aços5 (;5:ebelo)
,redicati!o do obeto• 15 Aanto o o#$eto direto como o indireto podem ser modi+cados por predicati&o5
? predicati&o do o#$eto s% aparece no predicado &er#o'nominal5 Podem ser epressos por
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o a) substantivo<
=ns a nomeiam primavera) Eu lhe c+amo estado de esp"rito) C) ) de ,ndrade4
!a 1@ oraç%o" o substanti#o primavera é o predicati#o do ob'eto direto a& na A@" estado de esp"rito é predicati#o do ob'eto indireto lhe)
o b) ad#etivo<
,c+ei-a bonita com as duas l$grimas escorrendo pelas faces) 2) 3ardim4
• "5 8omo o predicati&o do su$eito" o do o#$eto pode vir antecedido de preposição<
?s #ornais c$amam*na de tradicional5 (;5 ;ota) ? vigário #á escol$eu o 6ntonin$o Pio" +l$o do coronel" como candidato a ,re'eito% (?5 >5 :esende)
gente da passi!a
Agente da passiva é o complemento (ue" na #o9 passi#a com auxiliar" designa o ser (ue pratica a aç%o sofrida ou recebida pelo
su'eito)
Este complemento #erbal ? normalmente introdu9ido pela preposiç%o por ou per 4 e" algumas #e9es" por de ? pode ser representado
por
• a) substantivo ou palavra substantivada<
,ntes de deixar a cidade foi #isto por um amigo madrugador) 5) 2obato4
• b) pronome<
Foi cercado por todos) 5) de ,ssis4
• c) numeral<
8udo (uanto os leitores sabem de um e de outro foi ali exposto por ambos) 5) de ,ssis4
• d) oração<
. elenco era formado por quem soubesse ao menos ler as "partes", velhos, moços, crianças) ;) ,mado4
.rans'ormação de oração ati!a em passi!a• 15 Quando uma oração contém um verbo constitu&do com ob#eto direto" ela pode assumir a forma
passiva" mediante as seguintes transformações<
o a) o ob#eto direto passa a ser su#eito.
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o b) o verbo passa C forma passiva anal&tica do mesmo tempo e modo.o c) o su#eito converte*se em agente da passiva5 Aomando*se como eemplo a seguinte
oração da vo ativa<
, lua domina o mar) :) 6raga4
/oderíamos coloc$-la no es(uema
Con#ertida na #o9 passi#a" teríamos
. mar é dominado pela lua)
. seu es(uema seria ent%o
• "5 Se numa oração da vo ativa o verbo estiver na DE pessoa do plural para indicar aindeterminação do su#eito" na transformação passiva cala*se o agente5 6ssim<
&o( ati&a &o( passi&a
Festru&ram o carta Festru&ram os cartaes
? carta foi destru&do ?s cartaes foram destru&dos
Observações:
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o GE) 8umpre não esquecer que" na passagem de uma oração da vo ativa para a passiva" oagente e o paciente continuam os mesmos. apenas desempen$am função sintática diferente5
o HE) Somente orações com ob#eto direto podem ser apassivadas5
voz ativa: .u#imos gritos)
voz passiva: #ritos foram ou#idos por nBs)
o DE) 3a vo ativa" o termo que representa o agente é o su$eito do verbo. o que representao paciente é o o#$eto direto5 3a vo passiva" o o#$eto (paciente) torna*se o su$eito do verbo5
o KY Omite*se o agente da passiva quando este ) ignorado, ou não interessa declará*lo. >al omissãocorresponde, na ativa, ao su%eito indeterminado. 2a voz passiva pronominal, não se emprega o agente
Ouviram*se gritos.
;Q.;Q >ermos acessórios da oração
:/amam*se acessórios os termos que se %untam a um nome ou a um verbo para precisar*l/es o significado.
$mbora tragam um dado novo 0 oração, os termos acessórios não são indispensáveis ao entendimento do enunciado.
Ia' a sua denominação.
8ão termos acessórios$
• a) o ad/unto adnominal!
• b) o ad/unto adverbial!
•
c) o aposto!
1d%unto adnominal
6d/unto adnominal ) o termo de valor ad%etivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um
substantivo, qualquer que se%a a função deste.
O ad/unto adnominal pode vir e"presso por
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• a) ad%etivo
1 festa inaugural esteve animada. +A. Pompeia
• b) locução ad%etiva
>in/a uma memória de prodígio. +B. . do Aego
• c) artigo +definido ou indefinido
:essaram as vozes. +M. 1ran/a
_s vezes, um galo canta. +:. Weireles
• d) pronome ad%etivo
8ofia nunca l/e contou este meu palpite^ +W. de 1ssis
• e) numeral
Os dois /omens estavam fascinados. +:. I. de 1ndrade
• ) oração
O caso que vos citei ) e"pressivo. +$. da :un/a
1d%unto adverbial
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Ontem 1fonsina te escreveu. +1. de Muimaraens
1posto
6posto ) o termo de caráter nominal que se %unta a um substantivo, a um pronome, ou a um equivalente destes, a
t'tulo de e"plicação ou de apreciação.
•
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