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CARMEN DE JESUS SAMÚDIO
CONTRIBUIÇÃO DAS PRINCIPAIS EDITORAS UNIVERSITÁRIAS PÚBLICAS DE MATO GROSSO DO SUL (BRASIL), PARAGUAI E
BOLÍVIA NA TEMÁTICA FRONTEIRIÇA
CAMPO GRANDE
2012
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CARMEN DE JESUS SAMÚDIO
CONTRIBUIÇÃO DAS PRINCIPAIS EDITORAS UNIVERSITÁRIAS PÚBLICAS DE MATO GROSSO DO SUL (BRASIL), PARAGUAI E
BOLÍVIA NA TEMÁTICA FRONTEIRIÇA
Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Estudos Fronteiriços da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, para obtenção do título de Mestre, sob orientação do Prof. Dr. Milton Pasquoto Mariani.
CAMPO GRANDE
2012
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FOLHA DE APROVAÇÃO
CARMEN DE JESUS SAMUDIO
CONTRIBUIÇÃO DAS PRINCIPAIS EDITORAS UNIVERSITÁRIAS PÚBLICAS DE MATO GROSSO DO SUL (BRASIL), PARAGUAI E BOLÍVIA NA TEMÁTICA
FRONTEIRIÇA
Resultado __________________________
Corumbá (MS), _____ de _________________ de __________
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Prof. Dr. Milton Pasquoto Mariani - Presidente Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
_________________________________________________
Prof. Dr. Antonio Firmino de Oliveira Neto - Membro Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
_________________________________________________
Prof. Dr. Marcelo Vicente Cancio Soares - Membro Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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"Dos diversos instrumentos do homem,
o mais assombroso é, sem dúvida o livro.
Os demais são extensão do seu corpo...
Mas o livro é outra coisa, o livro é uma
extensão da memória e da imaginação."
Jorge Luís Borges - El Libro
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Assir e Marciano, não
representa observação da filha, mas o
reconhecimento pela grande dedicação e sacrifício
de suas vidas.
Aos meus queridos irmãos, Mirian e Helio, pelo amor que nos une e o companheirismo em todos os momentos.
Ao Tomás e Camila Tainá que, muitas vezes, mesmo privados de minha companhia, com amor, estímulo e apoio permitiram que eu vencesse mais esta etapa.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, principal motivo de tudo que alcancei. Graças ao seu amor incondicional,
compreendi a grandeza da sua presença na minha vida – desde os pequenos aos
grandes acontecimentos – fortalecendo, direcionando e acrescentando paz ao meu
caminho... sempre.
A Nossa Senhora, “PORTO SEGURO” nos momentos de grandes angústias.
A Magnífica Reitora, Professora Doutora Célia Maria e Professor Doutor Dercir
Pedro pela condução da Pós-Graduação na Universidade Federal de Mato Grosso
do Sul.
A Professora Doutora Maria Lúcia Ivo, que sempre me motivou em todas as etapas
dessa conquista, por meio de incentivos, auxílio nos trabalhos, pelo privilégio de
contar com a sua amizade, compreensão e encorajamento afetuoso em
muitos momentos.
Ao Professor Doutor Marco Aurélio Machado de Oliveira, pela colaboração imprescindível, pelos ensinamentos dispensados e pelo seu apoio entusiástico durante este estudo.
Aos queridos Victor Echague, Genara e Victor Manuel pelo incentivo e apoio sem
limites em todos os momentos.
Aos amigos especiais, Jaqueline e José Francisco, pela participação inesquecível em minha vida.
Ao Programa de Pós-graduação em Estudos Fronteiriços, por meio de todos os
professores, funcionários técnico-administrativos.
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Aos colegas da Editora UFMS... Mirian, Lennon, Anderson, Felipe, Magno, Inácia, Vanessa, Marcelo Brown, Brayan, Nilton, Renzzo, Carlos Alexandre, Normandi, Jeovan, Fabio, Waldir, Rosa e Marcelo.
Finalmente, do fundo do meu coração, ao meu querido orientador Professor Doutor Milton Pasquoto Mariani que, além de professor, mostrou-se um amigo generoso, compreensivo, pelas oportunidades concedidas e, sobretudo, por ter “acreditado em mim”, serei eternamente grata e guardarei admiração.
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RESUMO
SAMÚDIO, CARMEN DE JESUS. Contribuição das principais Editoras Universitárias Públicas de Mato Grosso do Sul (Brasil), Paraguai e Bolívia na temática fronteiriça. Campo Grande; 2012. [Dissertação – Programa de Pós-graduação em Estudos Fronteiriços da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul].
Incrementar cooperações das principais editoras de Mato Grosso do Sul para com estudiosos e pesquisadores do Paraguai e Bolívia, que atuem sobre a temática fronteiriça é importante para integração e fortalecimento da pesquisa. O objetivo geral foi analisar a contribuição das principais editoras universitárias públicas do MS (Brasil), Paraguai e Bolívia na temática fronteiriça. Trata-se de estudo descritivo com abordagem quali-quantitativa, exploratória. Foi desenvolvido com responsáveis indicados pelas cinco universidades públicas da região de fronteira do Mato Grosso do Sul (Brasil) com Paraguai e Bolívia, entre 2011-2012. A entrevista estruturada foi aplicada pela própria pesquisadora. Para análise e tratamento, foi usada a estatística descritiva, nos dados quantitativos e, nos qualitativos, a análise documental, sendo eleitas categorias conforme áreas temáticas história, saúde; geografia, turismo, educação, fronteira, comunicação, economia e antropologia. Nos resultados, verificou-se a inexistência de editoras universitárias públicas na Bolívia e no Paraguai, que utilizam, para suas publicações, empresas contratadas. Identificou-se que as três universidades brasileiras possuem editoras. Do total de 31 livros produzidos sobre a temática fronteiriça, 27 são da UFMS e quatro da UFGD. Destacou-se, com maior número de publicações de títulos, o ano de 2009, com o predomínio da área temática fronteira 26%, geografia 23% e história com 19%. Conclui-se que, na temática fronteiriça, as editoras universitárias públicas que fazem fronteiras com países do MERCOSUL e com a Bolívia, se agrupadas, possuem potencial para desenvolver uma proposta de criação de uma Série que contemple publicações desses pesquisadores, aumentando a visibilidade às pesquisas.
Palavras-chave: fronteira, editoras universitárias públicas, integração.
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ABSTRACT
SAMÚDIO, CARMEN DE JESUS. Contribution of the main public University publishers from Mato Grosso do Sul (Brazil), border theme Paraguay and Bolivia. Campo Grande; 2012. [Dissertação – Programa de Pós-graduação em Estudos Fronteiriços da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul].
To increase cooperation from the main Mato Grosso do Sul publishers with the scholars and researchers from Paraguay and Bolivia, who act on the border issue. This is important for the integration and research strengthening. The overall objective was to analyze the contribution of the mainpublic university publishers from MS (Brazil), Paraguay and Bolivia border issue. It is a descriptive study with qualitative, quantitative and exploratory approach. It was developed with officials responsible appointed by five public universities at Mato Grosso do Sul border region (Brazil), Paraguay and Bolivia from 2011-2012. A structured interview was applied by the researcher. For data analysis and processing the descriptive statistics was used for quantitative data and for the qualitative ones the documental analysis. Thematic categories were chosen such as: history, health, geography, tourism, education, border, communication, economics, and anthropology. In the results, there was a lack of public university publishers in Bolivia and Paraguay, which have used outsourced companies for their publications. It was found that the three Brazilian public universities have their own publishers. Of the total of 31 books produced about the border theme, 27 are from UFMS and four from UFGD. The year 2009 was stood out as the highest number of title publications, with the predominant of the border area 26%, 23% geography and history with 19%. It was concluded that, in the border issue, the public university publishers which border MERCOSUR and Bolivia countries, if they are grouped together, have the potential to develop a creation proposal for a Series which include publications by these researchers, increasing visibility to the researches.
Keywords: border, public university publishers, integration.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Caracterização da produção editorial em relação ao total de títulos
publicados .................................................................................................... 50
Tabela 2 – Distribuição do número de títulos em relação a área temática .................... 57
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Categorias e subcategorias das publicações ........................................... 47
Figura 2 – Mapa com localização das Universidades pesquisadas .......................... 49
Figura 3 – Fluxo do processo de publicação das editoras ........................................ 51
Figura 4 – Universidad Nacional de Asunción ........................................................... 52
Figura 5 – Universidad Autônoma Gabriel René Moreno .......................................... 54
Figura 6 – Distribuição do número de títulos em relação a área temática ................. 56
Figura 7 – Títulos publicados Série Fronteiras .......................................................... 66
Figura 8 – Mapa das editoras públicas das Universidades dos estados do MS, PR,
SC e RS ................................................................................................... 66
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
UFMS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
UFGD UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
UEMS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
UNA UNIVERSIDAD NACIONAL DE ASUNCIÓN
UAGRM UNIVERSIDAD AUTONOMA GABRIEL RENE MORENO
UNESCO ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E CULTURA
IES INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
PROEDI PROGRAMA DE ESTÍMULO A EDITORAÇÃO DO TRABALHO
INTELECTUAL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
MEC MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
UFRGS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
UNB UNIVERSIDADE NACIONAL DE BRASÍLIA
UE UNIÃO EUROPÉIA
MERCOSUL MERCADO COMUM DO SUL
UFSM UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
ISBN INTERNATIONAL STANDERT BOOK NUMBER
SIS SISTEMA INTEGRADO DE SAÚDE DAS FRONTEIRAS
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15
CAPÍTULO 1 - DEBATENDO AS FRONTEIRAS ..................................................... 18 1.1 Diferentes leituras do conceito de fronteira ......................................................... 18
1.2 Fronteiras em movimento .................................................................................... 22
CAPÍTULO 2 - AS EDITORAS E SEU PAPEL NOS ESTUDOS DE
FRONTEIRA ...................................................................................... 26 2.1 A indústria editorial .............................................................................................. 26
2.2 Política Editorial ................................................................................................... 27
2.3 Editoras Universitárias......................................................................................... 30
2.4 A importância das editoras nas universidades .................................................... 32
2.5 Editoras no espaço fronteiriço ............................................................................. 34
2.5.1 Editora UFMS ................................................................................................... 35
2.5.2 Editora UFGD ................................................................................................... 38
2.5.3 Editora UEMS ................................................................................................... 43
CAPÍTULO 3 - DELINEAMENTO DA PESQUISA .................................................... 44
3.1 Local e período .................................................................................................... 44
3.2 Sujeitos da pesquisa ........................................................................................... 45
3.3 Procedimento de Coleta de Dados ............................................................ 45
3.4 Análise e Tratamento dos dados ............................................................... 46
3.4.1 Organização da análise documental ................................................................ 46
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS/DISCUSSÃO .......................................................... 49
4.1 Universidades, Editoras e Fronteira: Brasil, Paraguai e Bolívia .......................... 49
4.1.1 Brasil ................................................................................................................ 49
4.1.2 Paraguai ........................................................................................................... 51
4.1.3 Bolívia ............................................................................................................... 53
4.2 Caracterização da Produção Editorial com a Temática Fronteiriça ..................... 56
4.3 Proposta de Integração ....................................................................................... 67
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CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 69
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 72 APÊNDICE ................................................................................................................ 77
ANEXO ...................................................................................................................... 99
15
INTRODUÇÃO
A motivação que despertou o interesse em investigar sobre estudos
fronteiriços foi decorrente da prática em uma editora universitária de Mato Grosso do
Sul, quando começaram a ser observadas produções frequentes sobre o assunto.
Identificar, organizar e canalizar a produção editorial na região fronteiriça passou a
representar um grande desafio, como, por exemplo, responder a questões que se
encontram na ordem do dia: como fazer a integração desse espaço? Onde, quando
e como grandes obras literárias foram realizadas por pessoas com histórias tão
semelhantes?
Nesse sentido, importante categorizar a ideia de integração como um
elemento que faz referência a uma projeção, que almeja expandir potencialidades e
recursos das nações envolvidas que passam a agregar uma unidade
dimensionalmente ampliada. Vale destacar que "integrar não deve significar perda
de identidade nacional, e sim, contato com outras identidades nacionais" (PADRÓS,
1994, p. 66, apud MULLER, 2005).
Raffestin ressalta que a função legal, presente na fronteira, constitui uma
informação lato sensu imprescindível a qualquer ação. Como informação, está
organizada numa dimensão que se faz presente, participando de todo plano
econômico, político ou social de um Estado.
A fronteira é informação porque são os homens, as sociedades que lhe atribuem essa função. Delega-se às fronteiras o papel de informar – para controlar – ao conjunto da sociedade o que pertence e o que não pertence a um dado espaço. (RAFFESTIN, apud CATAIA, 2007, 17).
Cataia (2007, p. 73) complementa ao afirmar que “é nesse contexto que se
pode entender que a fronteira continuará sempre ali, onde pode, a qualquer
momento, congregar uma nova informação e transmiti-la, anunciando uma ordem
dentro e fora [...]”. E, como integradora, ela não constitui somente um somatório de
possibilidades, mas a criação de um novo espaço de interação e negociação
(MULLER, 2005).
16
Seguindo esses cuidados, ressalta-se que a integração ocorre em
decorrência de uma negociação, por vezes, tranquila, dependendo, para isso, da
existência da vontade política de todos os envolvidos. É nesse aspecto que a vida
na fronteira se torna peça chave, podendo auxiliar na composição de mudanças que
levem à existência de um elemento novo, integrado de fato e de direito.
Somado a isso, é importante destacar que o Programa de Mestrado em
Estudos Fronteiriços, entre outros programas, dispõe de poucas pesquisas com
enfoque na produção editorial como integradora da informação e divulgadora do
conhecimento. Lembramos, ainda, que os cursos de graduação e pós-graduação
estão em constante crescimento, sobretudo nas regiões de fronteira, devido ao
mercado efervescente que necessita, cada dia mais, de mão-de-obra qualificada e
capacitada que possa atender às empresas e instituições inseridas no processo de
globalização mundial. Convém acrescentar também que, hoje, as instituições têm
ampliado seus cursos, atendendo na modalidade a distância, visando alcançar as
localidades mais remotas, necessitando, portanto, dos serviços das editoras
universitárias para difusão desse conhecimento.
O objetivo geral desta Dissertação é analisar a contribuição das principais
Editoras Universitárias Públicas de Mato Grosso do Sul (Brasil), Paraguai e Bolívia
na temática fronteiriça. O ponto de partida desse estudo foi a Editora da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, onde desempenhamos nossas
atividades desde 2008. Assim, identificar o perfil das principais Editoras Públicas de
Mato Grosso do Sul (Brasil), Paraguai e Bolívia, passou a se caracterizar como um
passo inicial de extrema importância, porém, que nos impôs severas dificuldades,
uma vez que as editoras daqueles países poucas informações nos foram
disponibilizadas. A produção editorial nesses países é outro elemento de análise,
principalmente as que abordam a temática fronteiriça. Nesse sentido, qualquer
tentativa de propor a integralização da produção editorial cuja temática seja
Fronteiras no Brasil, Bolívia e Paraguai requer uma apreensão da realidade vivida
pelos vizinhos, algo que se mostrou demasiadamente duro.
Foi nossa pretensão, então, realizar um trabalho investigativo que viesse
fortalecer as políticas editoriais e maximizar a visibilidade das pesquisas, por meio
das editoras universitárias, contribuindo para que os autores obtenham prestígio nas
agências de fomento e nas instituições de ensino e pesquisa, além de divulgar os
resultados das descobertas acadêmicas para a sociedade em geral.
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Esta dissertação está dividida em 4 (quatro) capítulos. No primeiro, traçamos
diálogos com diversos autores que se dedicam à temática fronteiriça. Orientamos
nossos estudos no sentido de ressaltar a importância dessa temática, tanto no
sentido histórico quanto nos tempos contemporâneos. No segundo, abordamos as
editoras universitárias públicas e seu papel nos estudos de fronteira, suas
importâncias para a disseminação do saber. No terceiro, descrevemos o
delineamento da Pesquisa. No quarto capítulo, foram apresentado os resultados e a
discussão em atendimento aos objetivos.
Nesse último capítulo, avaliamos, ainda, as possibilidades de instalação de
redes de cooperação entre as editoras universitárias públicas do estado e
estudiosos e pesquisadores daqueles países. Na sequência, tecemos as
considerações finais seguidas pelas referências dos autores utilizados para
fundamentar este texto.
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CAPÍTULO 1 - DEBATENDO AS FRONTEIRAS
1.1 Diferentes leituras do conceito de fronteira
No mundo contemporâneo (princípios do século XXI), as fronteiras
converteram-se em importante tema para os estados-nação, isso se deve a
mudanças e disfuncionalizações que ocorrem nos territórios fronteiriços, em alguns
casos, contrários aos interesses dos governos nacionais (MACHADO, 2000).
Etimologicamente, o termo “fronteira”,
[...] tal como os substantivos correspondentes nas línguas espanhola (frontera), francesa (frontière) e inglesa (frontier), derivam de frons/frontis, que indicava a parte do território situada in fronte, ou seja, nas margens de um território (ZIENTARA, 1989, p. 306).
Esses espaços, desde a Antiguidade, mostram-se importantes em seus
respectivos contextos. A visão de fronteira, que se traduz como de espaço
militarizado de combate e proteção, originou-se de disputas pelo domínio territorial,
ocorridas nos diferentes períodos da história mundial. Além disso, as fronteiras
também apresentam um caráter contraditório, simbolizam o limite, mas
proporcionam a interação, sendo esse um dos pontos “chave” desta pesquisa.
Cabe destacar que o conceito de fronteira tem, geralmente, uma interpretação
geográfica, considerando-se como a demarcação do limite entre países (ou
Estados). Uma linha física, arbitrária ou natural que dá à espacialidade uma
intenção, uma separação entre o eu e o outro, o próprio e o alheio. Além do aspecto
físico da fronteira, existe uma dimensão simbólica que trabalha para dar sentido à
experiência do eu e do outro. A fronteira simbólica reordena, então, as condições da
vida para mostrar como se vive o tempo, o espaço, os comportamentos, os desejos.
De acordo com Certeau (1994), a fronteira constituiria o local de interação,
divisa de espaço e mobilidade, seria "um dos dois", enquanto separação dos
diferentes espaços, ela os une, assumindo o papel de mediadora. Tal interpretação
cultural da fronteira nos permite prescindir das habituais geográficas, econômicas,
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demográficas e políticas para enfatizar as representações, nos sentidos da vida, do
mundo, de nós e dos outros.
É importante frisar, entretanto, que fronteira não é o mesmo que limite, pois
esse é a linha que separa dois territórios sujeitos a soberanias diferentes; e a
fronteira é algo mais que essa linha, é a zona que a rodeia por ambos os lados.
Nessa zona, produz-se uma interação entre seus habitantes, pois esses povos
assimilaram uma multicultura, isto é, uma mistura da cultura de cada um. Tal relação
de vizinhança tem contribuído para o intercâmbio de informações, influenciando no
espaço urbano. Existe um comércio, relações sociais e familiares e, inclusive,
econômicas, que dão vida própria à fronteira, e, para isso, tiveram que superá-la
expondo-se a constantes e diversos perigos, porque o que denominamos fronteiras
naturais tem sido sempre muito mais fácil de salvar que os limites políticos.
Essa interação e integração entre os habitantes das fronteiras, de distintos
países, criaram uma rede social entre eles e um espaço próprio e diferenciado do
resto das pessoas do interior dos Estados.
Para Martins, o termo fronteira não se resume a fronteira geográfica, se
configurando de várias maneiras diferentes, à primeira vista é
[...] o lugar do encontro dos que por diferentes razões são diferentes entre si, como os índios de um lado e os civilizados do outro; como os grandes proprietários de terra, de um lado, e os camponeses pobres, de outro. Mas o conflito faz com que a fronteira seja essencialmente, a um só tempo, um lugar de descoberta do outro e de desencontro. Não só o desencontro e o conflito decorrentes das diferentes concepções de vida e visões de mundo de cada um desses grupos humanos. O desencontro na fronteira é o desencontro de temporalidades históricas, pois cada um desses grupos está situado diversamente no tempo da História (MARTINS, 1997, p. 58).
Como já dito, as fronteiras mudaram constantemente ao longo da história e
por diversos motivos, transformaram-se, também, as relações e os intercâmbios
entre os habitantes das fronteiras por distintos motivos ou causas. Assim, percebe-
se que cada fronteira tem seus dois lados, seus habitantes e suas relações, seu
tempo social, seu espaço e todos os fatores que podem dar lugar a variações;
entretanto, em cada uma delas, esses fatores podem ser combinados de maneiras
distintas para resultar outra fronteira que, inclusive, nunca se moveu de onde estava.
Dessa forma, analisando as diferentes percepções de fronteira, e percebendo
como o conceito vem evoluindo, pode-se dizer que a maneira de pensar sobre esses
espaços está relacionada às circunstâncias de uma época. Além disso, a partir de
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uma abordagem de fronteira política, e levando em consideração essa tendência à
interação social, bem como o atual processo de integração política e econômica que
vem evoluindo, entende-se que essa integração não é um processo exclusivamente
econômico, o que evidencia que se devem conhecer as particularidades urbanísticas
e culturais, de cada uma das formações, para que se alcance a pretendida
integração em seus completos objetivos (MARTINS, 1997). Sabe-se que há nesses
espaços uma dinâmica individual, devendo ser observado caso a caso.
Vale comentar que a fronteira constitui o limite entre duas nações, estando,
portanto, sujeita à ordem nacional desses países. Por se tratar de região delicada,
onde são encontradas diversas culturas, a fronteira se caracteriza como um local
que dá margens a interpretações distintas, que se modificam de acordo com as
intenções de quem por ali vive, instigado com a aparente situação de caos com que
se apresenta o espaço fronteiriço.
Como bem nos lembra Nogueira (2007), procura-se dar ênfase ao sujeito
fronteiriço considerando a sua relação com o lugar. Isso significa que a fronteira
deve ser interpretada a partir da compreensão que seus habitantes têm dela e de
como e quando eles se relacionam com seus vizinhos e mesmo com seus
compatriotas das regiões mais centralizadas em cada território. Segundo esse autor,
a fronteira busca compreender o cotidiano do lugar nos seus mais variados
aspectos: lazer, trabalho, contravenção, consumo, defesa, disputas, reconhecendo,
ainda, que o outro lado tem suas próprias leis e que elas podem ser diferentes em
cada território. Pode-se afirmar, então, que a fronteira é um espaço capaz de refletir
o grau de interação ou ruptura entre sociedades distintas.
Fronteira, na concepção tradicional, é “uma barreira, limite, corte,
descontinuidade”, mas essa visão, consoante as mudanças mundiais em curso,
torna-se muito restrita, sendo necessário encontrar novos referenciais para esse
tema (MÜLLER, 2005, p. 576).
Raffestin (1993, p. 65), bem nos lembra que “fronteira é zona de contato e
limite, é uma linha de separação definida”. Daí que se fala, com um sentido similar
de fronteiras, do conhecimento, da tecnologia etc. A fronteira é, enfim, o extremo de
algo, a separação, ou seja, a palavra fronteira envolve, historicamente, o que sua
etimologia indica – o que está na frente.
Sarquis (1996, apud MULLER, 2005, p. 577) conceitua esse espaço com um
olhar que se volta mais para a realidade e o define, como:
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Amplas franjas territoriais de um lado e de outro das linhas de demarcação geográfico políticas, no qual convivem populações com particularidades próprias que as diferenciam de outras partes dos territórios nacionais.
Ressalta-se que Nogueira (apud COSTA, 2009, p. 68) enumerou três formas
de se ver a fronteira: 1) a fronteira controlada, vista pelo Estado e alimentada pelo
controle de quem entra e quem sai, pela vigilância civil e militar do território; 2)
fronteira percebida, própria da sociedade do interior, bastante motivada pela
ideologia do Estado-Nação, de como ele percebe a fronteira; 3) fronteira vivida, com
significado para a sociedade que está na fronteira.
Pode-se dizer, assim, que fronteira é tudo que desemboca em um processo
cuja sequência pode ser resumida, como cita Raffestin (2005), em quatro momentos:
diferenciação, tradução, relação e regulação. A partir do reconhecimento da
importância do fortalecimento da cooperação através dos blocos regionais,
[...] as fronteiras passaram a desempenhar papel estratégico para o desenvolvimento sustentável nacional, dado que, em função de características comuns e necessidades de desenvolvimento articulado, configuram-se como pontos estratégicos para catalisação e fortalecimento da integração dos países (GADELHA; COSTA, 2005, p. 25).
Autores observam e corroboram que a partir do momento em que os
municípios fronteiriços se propuserem a pensar o desenvolvimento territorial de
forma integrada e perceberem a fronteira como oportunidade, as chances de
modificações em benefício mútuo serão, provavelmente bem maiores.
Nesse sentido, importante observar que, para Roy,
[…] las fronteras, desde el punto de vista de las diferencias y de su porosidad, han comenzado a clasificarse como espacios de coexistencia o separación, incluyente o excluyentes, compartidas o no compartidas, dependiendo más del grado o niveles de la interacción económica presentes en el límite. Desde estos puntos de vistas pareciera que el nuevo rol y función de la frontera debe ser el facilitador del proceso de integración y cooperación transfronteriza en el marco de un proyecto de integración regional o supranacional, como el caso de la Unión Europea (ROY, 2004, p. 259.).
Tais considerações permitem afirmar que a experiência em curso na Europa,
para integrar, de forma pacífica e voluntária, nações anteriormente soberanas em
uma única organização transnacional, a União Européia (UE), até hoje, constitui a
tentativa mais significativa e importante feita em matéria de coexistência de regiões
distintas, como é o caso das zonas fronteiriças.
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É bom lembrar, também, que o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL),
depois da UE, é o projeto de integração regional que alcançou maior
desenvolvimento. Formalmente, o MERCOSUL aspira tornar-se um mercado
comum, ainda que manifeste o compromisso de fomentar também uma eventual
integração política. Acrescenta-se que, nos últimos tempos, as palavras tendem a
distanciar-se dos fatos no que se denomina um caso de “dissonância cognitiva”, e
uma das razões desse fenômeno é a insuficiente compreensão da experiência de
integração européia (MALAMUD; SOUZA, 2005).
Por outro lado, convém comentar que a fronteira é uma realidade complexa,
na qual existe uma multiplicidade de atores, que estabelecem relações dinâmicas de
índoles diversas, e que, portanto, para determinar seu espaço se deve considerar,
entre outros elementos, sua transitoriedade, a cotidianidade de suas ações, e a
heterogeneidade de situações que nela se constatam, pelo qual se conclui que esse
é um conceito em permanente evolução no espaço e no tempo.
Oliveira (2005, p. 379) acrescenta que a linha que divide um país de outro, a
faixa que separa (ou une, mas não mistura) uma cultura de outra, conspira contra a
organização compacta e isofórmica do território. Então, a dimensão na vida da
fronteira é “bipolar e multiforme”, por se constituir em um “local onde o limite se
estabelece como quase necessidade de ser transposto”.
1.2 Fronteiras em movimento
Sabe-se que as fronteiras entre países mudam com mais frequência do que
se possa observar. Basta ver que, com o colapso da União Soviética, surgiram
novas repúblicas, embora de existência curta, que haviam sido subjugadas pelo
império russo ou pelo soviético. A antiga Iugoslávia também se desintegrou. A
Checoslováquia deixou de existir para se dividir em duas.
Machado (2004, p. 101) contribui acrescentando que os estados:
[...] são formas territoriais de organização política. Caracterizar as noções de fronteira e limite no contexto da teoria do estado moderno é muito difícil quando sabemos que passaram por muitas evoluções e que são usados numa variedade de sentido.
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Albuquerque (2009, p. 138) argumenta que os amplos deslocamentos e
circulação de pessoas nos territórios fronteiriços possibilitam novas reflexões sobre a
polissemia de sentido do termo “fronteira”.
Diante disso, pode-se afirmar que as fronteiras se caracterizam como
fenômenos complexos, não se limitando apenas a divisas, limites, tratados
diplomáticos, ou mesmo locais onde se realizam o contrabando ou tráfico de drogas.
Definem-se as fronteiras como sendo criações humanas, demarcadas e delimitadas
sucessivamente nos processos demográficos, econômicos, políticos e culturais, ou
mesmo de ocupação militar, que acontecem nos territórios limítrofes.
Entende-se hoje, que as fronteiras se caracterizam como expressões de
realidades múltiplas, pois em uma fronteira podem se encontrar várias, porque se
trata da confluência de situações assimétricas e heterogêneas. Elas não apresentam
apenas diferenças marcantes em relação aos outros, mas também uma
multiplicidade de arestas a serem redefinidas, como, econômicas, políticas, sociais e
culturais. Assim, as políticas que são projetadas devem seguir essa lógica plural que
ofereça uma proposta para todos e que não seja elaborada de maneira distante da
fronteira e com desconhecimento dela. Também, é importante colocar, que o intenso
contato entre os grupos étnicos e nacionais não dissolve as diferenças culturais.
Pelo contrário, as identificações são fortalecidas nas zonas de fronteira (BARTH,
1998).
As fronteiras são concebidas como espaços humanos, habitados por duas
comunidades de dois países, com características muito particulares, assinaladas
pelo dinamismo, a integralidade e a interculturalidade. Portanto, a integração é parte
do cotidiano e como produto desse encontro surge uma cultura criada e recriada por
seus habitantes. Isso mostra, então, que não surtirão efeito sobre as fronteiras
somente as assimetrias econômicas, mas, também, sua cultura, seu bilinguismo,
seus costumes, entre outros, por serem fatores limitantes do processo de integração.
Nesse contexto, pode-se dizer que existem, pelo menos, duas dimensões da
diferenciação que é preciso ressaltar: por um lado, uma realidade que vem da
condição nacional do encontro dos dois países, destacando a importância de uma
proposta de segurança nacional e do outro o local onde ela vai se realizar.
Segundo Chiappini (2005, p. 455), as relações entre:
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[...] poder e identidade nas fronteiras, e entre as fronteiras e seus estados respectivos, são problemáticas, precisamente porque o Estado não pode controlar sempre as estruturas políticas que estabelece em suas extremidades. Condensando espaços socioculturais, as fronteiras separam e unem material e simbolicamente.
Diante de tais argumentações, vale lembrar, como já posto anteriormente, que
a preocupação gira em torno de três componentes: a soberania nacional assumida
pelas forças armadas, as relações diplomáticas e o controle do fluxo econômico
como competência de seus respectivos ministérios. E, por outro, considerando a
existência de uma realidade que nasce na qualidade local da vida cotidiana dos
habitantes, dos atores e das instituições localizadas na zona fronteiriça (COSTA,
2009).
Nesse caso, o que existe é uma demanda que objetiva constituir-se em uma
proposta explícita, devido à velocidade da dinâmica fronteiriça, à heterogeneidade
das realidades, à fragmentação social e às deficiências do quadro institucional.
Tampouco, deve-se descartar o fato de que existe um déficit de desenvolvimento e
uma presença precária do estado nas fronteiras, que a torna presa fácil das práticas
ilegais que ali se desenvolvem (intimidação, corrupção), minando a possibilidade de
construir um projeto coletivo para a região.
Isso mostra, portanto, que as fronteiras não são estáticas, por estarem em
movimento constante de negociação e redefinição, podendo ser vistas como marcos
de distintas culturas e espaços de contato e de trocas simbólicas e materiais.
Segundo Claudet Courlet (1988), para um bom número de economistas, a
fronteira é vista como um corte, um limite de um sistema, impedindo um
desenvolvimento harmônico. Para a teoria ortodoxa, a fronteira impede a realização
de um ótimo econômico. Ela perturba a lógica "natural" das localizações (GIERSCH,
1949, PONSARD, 1961/1962).
Para a teoria da polarização e da integração, segundo Beboud (1971), a
fronteira bloqueia a difusão dos efeitos de impulsão do desenvolvimento além dos
seus limites. Os espaços contíguos à fronteira encontram-se desarticulados e
constituem zonas de desenvolvimento bloqueado, pólos incompletos de
desenvolvimento. Essa concepção gera certo número de problemas, pois, de um
lado, a fronteira não é simplesmente um corte, ela é também costura.
Na verdade, Courlet (1988) argumenta que ela pode cumprir, ao mesmo
tempo, esses dois papéis. Resgatando a expressão de Claude Raffestin (1986), a
25
fronteira age à maneira de um comutador que se acende ou se apaga, permite ou
proíbe. A fronteira é a expansão da economia mundo. Mas, antes de tudo, a fronteira
é um limite que desloca, à sua maneira, o modo de produção capitalista.
Braudel (1984) mostrou que toda economia-mundo tem seus limites
econômicos: eles se situam exatamente onde começa outra economia-mundo, isto
é, ao longo de uma linha, ou melhor, de uma zona, cujos lados contíguos não
mostram interesse, economicamente falando, de transpor, salvo em casos
excepcionais. Apesar desses limites, as economias-mundo estabelecem-se,
crescem, persistem e evoluem. É preciso vencer o espaço para dominar. A
economia-mundo desloca, então, seus limites para incorporar novas zonas que se
mantiveram fora de sua.
Conforme Padrós (1994, p. 69) as fronteiras vivas, nas quais podemos
identificar a região de Mato Grosso do Sul, são denominadas pela seguinte
caracterização:
Permeáveis, caracterizadas por zonas isoladas e afastadas dos centros dinâmicos nacionais, com escasso e desigual desenvolvimento econômico com relação ao país, sem autonomia para tomar decisões locais, mas que têm recursos naturais pouco explorados e pouco conhecidos. Possuem deficientes vias de comunicação e acesso e estão próximas de áreas de países vizinhos de conformação humana e geográfica semelhantes.
O estudo dos fenômenos de fronteira permite, assim, colocar uma série de
questões daí decorrentes, tanto teóricas como práticas, e mesmo de alcance mais
geral. De um lado, a acumulação capitalista, em determinado espaço, resulta de
processos históricos, complexos e interativos, que se desenvolvem em um longo
período. A tentativa de abreviar esse processo, transpondo certos traços
característicos das regiões centrais para a periferia, provoca efeitos perversos e é
mesmo causa da violência que caracteriza algumas regiões de fronteira dos países
em desenvolvimento (AUBERTIN; LENA, 1986).
26
CAPÍTULO 2 - AS EDITORAS E SEU PAPEL NOS ESTUDOS DE FRONTEIRA 2.1 A indústria editorial
Refletir sobre o tema da editora universitária como empresa cultural é
procurar entender quais as resistências enfrentadas, interna e externamente, à
universidade, ao amadurecimento dessa perspectiva emancipadora do trabalho
editorial universitário.
As editoras universitárias têm sua origem na natureza mesma da instituição
Universidade, denominação criada nas universidades de Bolonha e Pádua e que,
durante os séculos XII, XIII e XIV, constituíram os principais centros da cultura da
época e do saber universal de então, alcançado sob o princípio de que a
universidade era, como se chamava, ajuntamento de mestres e de alunos, o que
deu lugar a um verdadeiro fórum universitário, conforme informam Ullmann e
Bohnen (1994).
Sabe-se que, no mundo universitário, local onde prosperam todas as ideias,
as doutrinas da cultura, da ciência, da técnica, era compreensível que surgisse a
necessidade de reproduzi-las para difusão, no âmbito interno, cumprindo as funções
próprias do ensino; e, no plano externo, para assumir seu dever de contribuir para o
desenvolvimento harmônico da comunidade que o sustenta, elevando seu nível
intelectual geral, em correspondência com o avanço das disciplinas que integram os
programas docentes.
Contudo, os mesmos autores citam que, a Universidade, hoje, deve
recontextualizar sua missão e funções com base na globalização do setor
econômico, político e cultural em que o mundo vive e, nesse sentido, ela tem estado
imersa no projeto da modernização educacional. Assim, a Organização das Nações
Unidas para a Educação,Ciência e Cultura (UNESCO), vem convidando todos os
Estados, instituições e a sociedade, em geral, ao debate, à reflexão e à consulta
sobre a educação superior e seu papel social, através de diferentes eventos
regionais, entre outras ações.
Todavia, no que se refere às editoras, universitárias ou não, nem tudo
constitui vantagens para elas; seus próprios objetivos de extensão cultural geram
27
complexidades das mais diversas índoles, cuja análise excede a magnitude e
propósitos dessas instituições. É nesse contexto que se destaca o editor
universitário, que deve observar o conteúdo da obra a ser publicada, visto que esse
influi no projeto editorial que será avaliado. Tudo isso constitui uma fonte natural das
opções do editor no crescente número de pesquisas na graduação, assim como
aquelas das categorias científicas, docentes e dos diversos estudos acadêmicos que
integram o sistema educacional. Se somarmos a esses pesquisadores e equipes de
pesquisa os numerosos centros científicos do país, compreenderíamos quão
extensa é a produção autoral nas editoras universitárias (CADERNOS ADENAUER,
2001).
2.2 Política Editorial
O surgimento das universidades na Europa (final do século XII, início do
século XIII) contribuiu para o
[...] aparecimento de um público leitor: professores necessitando de textos, obras de referência. A introdução da imprensa na Europa do século XV faz aumentar rapidamente a disponibilidade de textos impressos para atender à demanda das universidades. No Brasil, as editoras universitárias surgem no final dos anos 50. Não havia, no entanto, uma política editorial universitária e um perfil de atuação definido, já que as Instituições possuíam organização e peculiaridades diferentes. Muitas editoras funcionavam juntamente com as gráficas universitárias, responsáveis pela produção de impressos diversos, reforçando, assim, o papel secundário da atividade editorial. Após um período de estagnação (1960 a 1970), há uma retomada do processo de criação das editoras universitárias brasileiras. O início da consolidação aconteceu nos anos 80, culminando com a criação, em 1987, da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (CATÁLOGO EDUFBA, 2010, p. 103).
Segundo Travancas (2001) na década de 90 o Brasil passou por um período
de grandes transformações políticas e economicas que afetaram o mercado editorial
brasileiro, inúmeros projetos foram inviabilizados e as editoras obtiveram queda no
consumo de livros como resultado da recessão, obrigando a diminuição das tiragens
e redução no número de lançamentos. Por outro lado esse período também foi
marcado em termos de crescimento da segmentação,especialização e
profissionalização do setor.
28
Apesar de existirem algumas iniciativas editoriais que foram mantidas ao
longo do tempo, elas são poucas, havendo necessidade, então, de evitar um
enfoque que desconheça essa situação (KUCHENBECKER, 1998).
Entretanto, é preciso que as editoras universitárias, sobretudo, nas zonas de
fronteira, pensem conjuntamente sobre os instrumentos de publicação e difusão
necessários para cumprir as funções de docência, pesquisa, extensão e gestão
acadêmico-administrativa .
Abre-se um parêntese, para lembrar que, ao se falar de fronteira, é muito
comum pensar apenas na região geográfica que termina ou começa na demarcação
política que distingue territorialmente um país do outro. Assim, também é comum
encontrar estudos e mapas que falam da problemática da região fronteiriça como se
a realidade social, econômica e cultural terminasse nessa fronteira.
Entretanto, na realidade, ela é um local onde ocorrem diversos processos de
interação de indivíduos e instituições, cujo âmbito ultrapassa a fronteira e imbricando
pessoas de distintas culturas, embora com as mesmas necessidades de inserção no
mundo globalizado. Esse âmbito de interação participa, certamente, das
características que definem as relações internacionais entre os países em suas
diversas dimensões. Em decorrência, as pesquisas acadêmicas, com número cada
vez mais crescente, precisam ser divulgadas para que a população, em geral, se
beneficie com as descobertas. Esse papel cabe às editoras, sobretudo, as
universitárias (MARQUES NETO, 2000).
Essa política supõe, portanto, entender as distintas funções e instrumentos
que ela comporta, desde o apoio às atividades de docência de graduação e de pós-
graduação, pesquisa, extensão e gestão. Em cada um desses planos, e em suas
inter-relações, devem-se identificar os instrumentos mais adequados. A docência
requer materiais de apoio, impressos e virtuais: informação, documentação, livros
didáticos, exercícios, sistematização de experiências, orientação bibliográfica e
documental, difusão das normas e recomendações para os alunos, cursos a
distância, entre outros.
Para isso, é preciso dispor de distintos canais que sejam acessíveis ao
mundo acadêmico, tanto da educação presencial como da educação a distância ou
suas modalidades mistas. A pesquisa é a causa da atividade universitária de
produção, difusão e processamento do conhecimento. Seus enfoques, projetos e
resultados devem ser conhecidos pela comunidade acadêmica e pela sociedade.
29
Segundo Marques Neto (2000), sendo o ato de publicação e difusão uma
atividade extensionista, essa última abrange um âmbito muito maior, ou seja, a
interface da universidade com seu entorno, onde ela transmite à sociedade seus
conhecimentos e habilidades, não somente mediante a comunicação, mas, também,
por meio de múltiplas atividades acadêmicas, comerciais, de ação social, cultural e
esportiva.
Nesse terreno multidimensional da relação da universidade com a sociedade,
não somente transmite seus conhecimentos, capacidades e habilidades, mas, da
mesma maneira, está sob sua responsabilidade divulgar os resultados e enfoques
da própria atividade de extensão a diferentes públicos. Bufrem (2001) comenta que
a universidade também tem que realizar atividades de gestão acadêmico-
administrativa, pois sua própria comunidade é destinatária de informação e análise
de suas atividades. Ela deve estar ciente de suas regras de publicação e difusão,
atividades e realizações e, como toda organização, deve conhecer e analisar suas
atividades para otimizar seu desempenho.
A melhoria contínua da qualidade, transparência na gestão e na informação
são requisitos em uma instituição democrática e meritocrática como uma editora
universitária. Para isso, devem existir instrumentos que mantenham a comunidade
universitária com a informação necessária e oportuna dos resultados das
investigações de seus pesquisadores.
Esse quadro de grandes exigências indica que a atividade das editoras e de
difusão vem atender a todos esses planos, com modalidades e instrumentos
adequados a cada um e nas inter-relações entre eles. Assim, em termos de política
editorial isso supõe entender a complexidade da tarefa. Nenhum dos instrumentos é
exclusivo de algum âmbito, mesmo que predominem alguns em cada terreno
(BUFREM, 2001).
Pode-se, então, analisar primeiramente os instrumentos, para, em seguida,
centrar nas temáticas. No caso dos instrumentos, é permitido identificar os
seguintes: livros, folhetos, periódicos, meios digitais, páginas da web, meios
audiovisuais. Cada um desses casos pode servir de veículo de transmissão de
informações ou para refletir o resultado de uma atividade acadêmica, mesmo com
públicos variados.
A continuidade da política editorial é exigente do ponto de vista dos recursos
econômicos. Isso significa, localizar os itens necessários no orçamento da
30
universidade e na busca de recursos adicionais, sem os quais não será possível
desenvolver um programa editorial que atenda aos acadêmicos, profissionais e,
portanto, à sociedade.
Todavia, diante das restrições orçamentárias atuais, impõe-se racionalizar ao
máximo a utilização dos recursos disponíveis e os que se possam obter de
diferentes fontes. A coordenação da atividade editorial pode servir de instrumento
nesse sentido, estabelecendo uma estreita colaboração entre as distintas unidades
da entidade com funções editoriais, mas, também, tendo o cuidado de usar formatos
que tenham qualidade de conteúdo, sejam viáveis do ponto de vista econômico e
acessíveis ao mercado potencial.
Da mesma forma, deve-se empreender uma campanha para diversificar as
fontes de recursos com fins editoriais, explorando mais intensamente uma
diversidade de instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, incorporar
aos convênios, previsão de recursos para a difusão dos resultados da atividade
acadêmica, atendendo, ainda, os projetos de pesquisa e extensão.
Essas exigências têm promovido uma ação mais efetiva da publicação de
trabalhos e pesquisas acadêmicas, além de evidenciar uma preocupação com as
ações institucionais voltadas à produção de conhecimento científico. As Instituições
de Ensino Superior (IES) procuram seguir os caminhos abertos historicamente pelas
universidades federais de maior prestígio, visando implementar políticas eficazes
para divulgação e difusão de sua produção científica (BUFREM, 2001). .
Segundo Guimarães (2003), o ponto de partida para tais pretensões poderia
ser a definição de um programa de publicações que defina metas precisas e viáveis,
e que estabeleça as necessidades de recursos financeiros e as possíveis fontes de
recursos para definir um plano de ação conjunto no terreno editorial das distintas
unidades acadêmico-administrativas da universidade.
2.3 Editoras Universitárias
Sabe-se, citando Bufrem (2001, p. 366) que a instituição universitária tem
“entre seus objetivos, a socialização do saber”. A mesma autora complementa que
31
um dos seus instrumentos para cumprir essa missão “é a editora universitária, que,
por sua opção cultural, o difunde”.
Também, ao nos referirmos às editoras universitárias, é importante esclarecer
que a contribuição editorial universitária
[...] revela e expõe ao crivo da crítica os progressos ocorridos na evolução do conhecimento, estimula a produção de novos trabalhos e pesquisas, divulga conhecimentos recém-adquiridos, enfim, democratiza as oportunidades de participação no saber (BUFREM, 2001, p. 367).
Diante disso, ressalta-se que a produção acadêmica inclui todas as
modalidades de expressão que admitem proteção e a editora deve garantir o
exercício do direito do autor no âmbito de sua competência. Aqui os problemas se
referem, na maior parte dos casos, à determinação justa das questões de
titularidade nas teses e trabalhos de graduação, mesmo quando existe a vontade
generalizada de transferir os direitos do autor à Universidade, omitindo o tempo de
vigência dessa concessão do titular originário da instituição.
Outra área sensível localiza-se nos projetos de pesquisa financiados total ou
parcialmente pela universidade, centros de pesquisa e outros órgãos. Em algumas
ocasiões, percebe-se que os projetos de pesquisa são subsidiados por várias
instituições, às quais correspondem os direitos patrimoniais proporcionais à sua
contribuição e os morais aos professores e pesquisadores. No sentido geral, as
divergências surgem no momento da publicação do estudo e sua solução amigável
terá que ser concluída pela editora, que aplica as legislações atuais, ainda
incompletas, sobretudo nos temas de titularidade, como informa Nadal (2002).
As editoras universitárias, nas zonas fronteiriças ou próximas delas,
enfrentam ainda o intercâmbio internacional com suas homólogas em outros países
que desfrutam de regimes especiais para a literatura acadêmica e docente superior,
o que obriga a tratar cada caso de forma criativa e cautelosa, procurando sempre
extrair o melhor das diferentes experiências.
Convém lembrar que, hoje, as editoras universitárias têm o compromisso de
publicar principalmente os resultados de pesquisas acadêmicas, contribuindo, dessa
forma, com a divulgação dos resultados das investigações pela comunidade
acadêmica. Assim, é necessário que essas instituições se conscientizem do papel
que representam como divulgadores e gestores do conhecimento. O produto
32
editorial deverá ter ampla abrangência temática, envolvendo as diversas áreas de
conhecimentos e de formação profissional, levando-se em conta os diferentes
cenários, as influências recíprocas e as responsabilidades sociais assumidas.
Nas últimas décadas, a indústria editorial tem-se diversificado com o fim de
satisfazer demandas sociais cada vez mais complexas e diferenciadas. As edições
infantis, os livros, as publicações específicas, os livros de literatura, em geral,
indicam claramente distintos níveis de demandas de saberes diferenciados. Nessas
categorias editoriais, os livros técnicos e científicos anunciavam a produção de livros
relacionados como processo educacional fundamentalmente em âmbito terciário.
Desse modo, mostravam, também, o peso da indústria editorial e dos aparatos
universitários, como sua própria relevância como insumo dos processos educativos
mediante o grau de diferenciação das disciplinas (GUEDES, 2000).
2.4 A importância das editoras nas universidades
É precisamente nas instituições de educação superior que se gera, se difunde
e se transfere o conhecimento. As rápidas mudanças sociais, políticas, econômicas
e culturais, a competitividade instalada no mundo, os avanços científico-
tecnológicos, as novas tecnologias da informação e comunicação impõem às
universidades uma permanente revisão e adequação de suas ações, missão e visão,
frente a um cenário mundial em contínua transformação (GUEDES, 2000).
Nesse contexto, quando uma universidade desenvolve um projeto editorial, o
propósito vai muito além do trabalho de fazer livros e/ou reproduzi-los em
quantidades necessárias para que sejam conhecidos e estejam ao alcance daqueles
que considera como seu público-alvo.
O compromisso da edição universitária tem como componente fundamental a
consideração que a obra que difunde ou publica converta-se em um produto cultural.
Por um lado, isso representa o reconhecimento da existência de um trabalho que
merece ser publicado e, por outro, o de mostrar o conhecimento que a universidade
produz. Sua responsabilidade e compromisso social são grandes, pois o que ela
publica, em seu sentido mais amplo, é o que considera valioso, necessário e bom
para a sociedade.
33
A profissionalização da editora universitária adquire, dessa forma, conforme
cita Marques Neto (2000), um papel de liderança, porque cada uma das fases do
processo editorial deve ser realizada com o cuidado e os critérios de validação
pertinentes para que a obra cumpra sua função. As estratégias de fortalecimento de
uma cultura da escrita na instituição (docentes, pesquisadores e comunidade
universitária), o processo feito pelo próprio autor na redação de sua obra, as
orientações de colegas e especialistas em cada tema, os processos de avaliação e
arbitragem internos e externos, a correspondência e pertinência que possam
contribuir com um campo específico, o cuidado com os assuntos de gramática e
estilo, a configuração de uma linha editorial própria, o projeto e a diagramação são
apenas alguns dos componentes que fazem parte do processo editorial e que
indicam a importância de que se pode fazer com as técnicas editoriais.
Sobre a formação, o surgimento e o desenvolvimento das editoras, Guedes
(2000) informa que as editoras universitárias foram instaladas no centro da ditadura,
originada na imprensa oficial, sendo sua expansão resultado da confluência de
interesses dos diretores das gráficas de universidades federais. Esses se reuniam
desde 1976 para debater temas como padronização dos impressos, custos, melhor
aproveitamento dos equipamentos e do Ministério da Educação e Cultura (MEC),
que, em 1981, criou um programa especial, o PROEDI - Programa de Estímulo à
Editoração do Trabalho Intelectual das Instituições de Ensino Superior Federais,
para estimular a publicação da produção científica e intelectual das IES, tanto para
fomentar o debate crítico como para dar o imprescindível apoio ao avanço do
desenvolvimento científico e tecnológico nacional.
É necessário esclarecer que as primeiras editoras universitárias brasileiras
foram a da Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade de São Paulo (USP),
criadas, respectivamente, em 1961 e 1962. No período de 1963 a 1970, não foram
criadas editoras nas IES brasileiras. A partir de 1971, “com a criação da Editora da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ocorreu uma reativação que,
de 1982 em diante, ganharam intensidade” (BUFREM, 2001, p. 20).
A editora universitária no Brasil está tomando cada vez mais o lugar já ocupado por centenárias experiências de universidades européias: ser um forte elo entre a produção acadêmica e sociedade. Não estamos mais dialogando apenas pares acadêmicos, até porque não é necessário, em tempos em que impera a comunicação virtual, a universidade ter uma editora para isso. Além da circulação de idéias entre a comunidade científica, a editora universitária hoje dialoga com uma imensa gama de
34
leitores que buscam no saber acadêmico a fonte para suas profissões e, porque não, para entender melhor o mundo contemporâneo (MARQUES NETO, 2000, p. 167).
Kuchenbecker (1998, p. 11) acrescenta que a “editora universitária faz parte
da engrenagem acadêmica e é um dos elos fundamentais de uma universidade”. Por
essa razão, é essencial estar em total sintonia com todos os setores dessa
instituição, especialmente com a realidade acadêmica.
Nesse sentido, é preciso identificar e conhecer a relação existente entre o
tripé que sustenta a academia (ensino, pesquisa e extensão). Sobre o ensino, tem-
se o aluno e o professor em sala de aula, realizando trocas múltiplas de
conhecimento para a reelaboração desse. Para Marques Neto (2000), essa
experiência levanta questionamentos e desafios que levam à pesquisa diferentes
formas e estágios. A atividade dessa pesquisa, por sua vez, resulta em atividades
extensionistas na comunidade local para a melhoria da sociedade em geral.
Naturalmente, todo esse processo precisa ser transferido e compartilhado, daí o
motivo da existência de uma editora universitária.
Pode-se dizer, então, que a diferença substancial entre as editoras de cunho
privado e as universitárias está na sua missão. As primeiras produzem livros para a
venda em um amplo mercado e as universitárias o fazem para atender às demandas
acadêmicas. Essa diferença se manifesta nas Feiras de Livros, locais em que as
editoras privadas vendem muito mais que as editoras universitárias.
É conveniente lembrar que a Universidade, como parte de sua missão e de
suas funções, deve difundir o conhecimento científico, humanístico e tecnológico,
tanto o que produz, como o de caráter universal em toda sua diversidade. Uma
difusão que compreende público distinto, desde a comunidade acadêmica até a
sociedade e meios diversos, impressos e eletrônicos.
2.5 Editoras no espaço fronteiriço
A investigação, no Paraguai e na Bolívia, não ocorreu em editoras
universitárias públicas, devido à inexistência dessas. Então, esta pesquisa se deu
somente nas universidades públicas, localizadas nas cidades de Assunção e Pedro
35
Juan Caballero – Universidad Nacional de Asuncion (UNA) e, na Bolívia, nas cidades
de Santa Cruz de la Sierra e Porto Quijarro na Universidad Autônoma Gabriel René
Moreno(UAGRM).
No Brasil (MS), foi realizada nas Editoras Universitárias das Universidades
Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade da Grande Dourados (UFGD)
e Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
2.5.1 Editora UFMS
Estrutura Organizacional
Em 1993, a Editora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foi criada
com a missão de registrar em livro parte do conhecimento gerado dentro da
Universidade. Desde o início, sua missão foi universalizada, atendendo todos os
segmentos da comunidade acadêmica, sem distinção de áreas do saber.
A Editora UFMS é o órgão responsável pela coordenação, orientação e
acompanhamento das atividades editoriais e serviços gráficos da Universidade.
Encontra-se inserida, na estrutura da Universidade, como Coordenação, vinculada à
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, estando internamente organizada com
os seguintes setores: Conselho Editorial, Administração-Divulgação e Distribuição,
Produção Editorial (Arte/Edição), Produção Industrial (Gráfica).
Em seu Regimento, constam os seguintes objetivos:
I - incentivar e apoiar a produção e publicação de trabalhos técnico-científicos,
didáticos e culturais;
II - editar ou promover a edição de periódicos, livros, trabalhos técnico-
científicos e de pesquisa, textos didáticos e culturais;
III - atuar como instrumento de apoio às atividades de ensino, pesquisa e
extensão da UFMS e, se possível, assessorar ou prestar serviços à
comunidade em geral;
IV - promover a divulgação, distribuição e comercialização das publicações da
UFMS;
36
V - promover e criar projetos de publicações que atendam aos anseios da
comunidade onde a UFMS está inserida e apoiar os da própria comunidade
universitária;
VI - promover intercâmbio com outras instituições de ensino, de pesquisa,
bibliotecas e entidades congêneres;
VII - atuar, mediante convênios e acordos, visando à caracterização de seus
objetivos;
VIII - promover a difusão do conhecimento técnico-científico, artístico e
cultural.
Damos destaque aos itens V, VI e VII, em face ao que será proposto no
capítulo 4 desta Dissertação, ou seja, formação de redes editoriais, observando as
possibilidades regimentais que esta Editora credencia.
A Editora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul tem, em sua
composição, desde sua criação:
I - Conselho Editorial;
II - Gabinete da Chefia;
III - Seção de Administração, Marketing e Distribuição;
IV - Seção de Produção Editorial;
V - Seção de Produção Gráfica.
O Conselho Editorial é um órgão normativo e deliberativo. Dentre as
atribuições que lhe são inerentes, as principais são: receber os originais de livros e
artigos; realizar serviços de protocolo, abertura de processos, mantendo o controle
do andamento dos mesmos; assessorar o Chefe da Editora; elaborar as pautas das
reuniões do Conselho, redigir as correspondências oriundas das reuniões do
Conselho; coordenar a manutenção do arquivo e do acervo; atender as solicitações
das Câmaras ou do Conselho; executar outras atribuições que venham a ser
conferidas pelo Chefe da Editora ou por decisão do Conselho Editorial; desenvolver
outras atividades dentro de sua área de atuação, definir e estimular políticas
editoriais fazem parte do escopo do Conselho.
Ao Gabinete, cabe coordenar, orientar e supervisionar as atividades
administrativas e de distribuição dos produtos editoriais da Editora; auxiliar o Chefe
da Editora na elaboração do plano anual e no orçamentário; providenciar e fiscalizar
a execução de serviços de manutenção e reparos no âmbito da Editora;
responsabilizar-se pelas atividades de apropriação de custos de serviços. Suas
37
atribuições extrapolam o administrativo da Editora, ampliando suas funções no
sentido de articulações com outras editoras, concluindo o circuito inaugurado pelo
Regimento, ou seja, sustentado pelas possibilidades oferecidas pelo mesmo, e pela
autonomia que o Gabinete possui.
Compete à Seção de Administração, marketing e distribuição:
I - coordenar, orientar e supervisionar as atividades administrativas e de
distribuição dos produtos editoriais da Editora;
II - auxiliar o Chefe da Editora na elaboração do plano anual e no
orçamentário;
III - providenciar e fiscalizar a execução de serviços de manutenção e reparos
no âmbito da Editora;
IV - responsabilizar-se pelas atividades de apropriação de custos de serviços;
V - propor à Chefia, elaboração de normas administrativas que visem o bom
desempenho das atividades gerais desenvolvidas nas livrarias e na Editora;
VI - programar o plano de férias e controlar a freqüência dos servidores
lotados na Editora;
VII - efetuar pedidos de materiais e controlar estoques;
VIII - elaborar relatório geral de atividades;
IX - exercer controle disciplinar sobre os servidores técnico-administrativos da
Editora;
X - elaborar os estudos sobre custos e preços dos produtos editoriais para
deliberação do Conselho Diretor;
XI - controlar e preservar o material permanente;
XII - viabilizar promoções, convênios, parcerias, quando necessário;
XIII - solicitar o material de consumo e permanente necessários ao
funcionamento do setor;
XIV - divulgar e distribuir as publicações;
XV - controlar os estoques de livros consignados e distribuídos;
XVI - promover ações e eventos que auxiliem na consecução dos objetivos da
Editora;
XVII - dar conhecimento dos títulos distribuídos aos demais membros do
Conselho;
XVIII - programar lançamentos das obras editadas pela Editora;
XVIV - elaborar relatórios gerenciais;
38
XX - desenvolver outras atividades dentro de sua área de atuação.
XX - desenvolver outras atividades dentro de sua área de atuação.
Compete à Seção de Produção Editorial:
Estabelecer a linha e os programas editoriais, com base em informações
fornecidas pelo Conselho; auxiliar o Chefe da Editora na elaboração do plano anual
de editoração e no orçamento da Editora; planejar, coordenar, organizar e controlar
o fluxo das obras em edição; fazer cumprir as normas de publicação; executar outras
atribuições destinadas pelo Coordenador da Editora ou por decisão do Conselho
Editorial; elaborar relatórios gerenciais e desenvolver outras atividades dentro de sua
área de atuação.
Compete à Seção de Produção Gráfica:
Atender às necessidades de serviços gráficos e de outras publicações;
responsabilizar-se pelas atividades de apropriação de custos de serviços; coordenar,
orientar e acompanhar a execução dos serviços de fotolito, impressão e
acabamento; coordenar e controlar os serviços prestados mediante registros das
solicitações atendidas; elaborar relatórios gerenciais; desenvolver outras atividades
dentro de sua área de atuação.
Ao aproximar o leitor da produção de conhecimento gerado pela comunidade
técnica e científica de Mato Grosso do Sul, a Editora UFMS vem se transformando,
no decorrer dos últimos anos, numa alternativa complementar às editoras
comerciais, ao viabilizar, também, a publicação de obras de cunho regional e de
temas universais de autores de fora do meio acadêmico.
2.5.2 Editora UFGD
A Editora da Universidade Federal da Grande Dourados, criada pela
Resolução Nº 001/2006, possui seu Regimento aprovado pela Resolução Nº
014/2006 de 22 de novembro de 2006, atua como elo entre o conhecimento
produzido na própria UFGD e o público.
39
REGIMENTO DA EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS CAPÍTULO I DAS FINALIDADES Artigo 1° - A Editora da Universidade Federal da Grande Dourados (EDUFGD), órgão suplementar vinculado à Reitoria, tem por finalidade incentivar, apoiar e promover a produção, publicação e divulgação de obras de interesse às atividades de ensino, pesquisa e extensão. Artigo 2° - O presente Regimento tem por objetivo fixar a estrutura administrativa e disciplinar o funcionamento da EDUFGD. CAPÍTULO II DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA Artigo 3° - Compõem a estrutura administrativa da EDUFGD: I – Conselho Editorial; II – Coordenadoria Editorial; III – Secretaria; IV - Divisão de Administração e Finanças; V – Divisão de Editoração; VI – Divisão de Distribuição e Vendas. CAPÍTULO III DO CONSELHO EDITORIAL Artigo 4° - O Conselho Editorial, órgão normativo e deliberativo da EDUFGD, será composto da seguinte maneira: I – Coordenador Editorial, seu Presidente, designado pelo Reitor; II – Vice-Reitor; III – um representante pertencente a um colegiado de curso de pós-graduação, indicado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP); IV – um representante pertencente a um colegiado de curso de graduação, indicado pela Pró-Reitoria de Graduação (PRAD); V – um representante da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis (PROEX), indicado pela mesma; VI – um representante do Conselho Universitário (COUNI), indicado pelo mesmo; VII – um representante da comunidade externa, de reconhecida competência científica ou expressão cultural, indicado pelo Reitor. § 1° - O mandato dos representantes será de dois anos, permitida a recondução. § 2° - Os representantes terão suplentes, com mandatos vinculados, os quais substituirão os efetivos em suas faltas e impedimentos eventuais; § 3° - Os membros representantes indicados pela PROPP, PRAD, PROEX e COUNI deverão ser doutores, ter pelo menos três anos de exercício em instituição de ensino superior e/ou pesquisa e comprovada participação em publicações didáticas ou técnicocientíficas. Artigo 5° - O Conselho Editorial reunir-se-á, ordinariamente, uma vez a cada bimestre e, extraordinariamente, quando convocado com 48 horas de antecedência pelo Presidente ou pela metade de seus membros. § 1° - Nos casos de ausência ou impedimento do Presidente, o Conselho Editorial será presidido pelo Vice-Reitor e, na ausência deste, pelo conselheiro docente com maior tempo de exercício no magistério da UFGD. § 2° - Perderá o mandato o conselheiro que faltar a três reuniões consecutivas ou a cinco alternadas, sem motivo justo. Artigo 6° - As deliberações do Conselho Editorial serão tomadas por maioria simples, presentes, no mínimo, a metade mais um dos conselheiros, cabendo ao Presidente apenas o voto de qualidade. Artigo 7° - As reuniões do Conselho Editorial serão secretariadas pela Secretária que também será a responsável pela redação de suas atas, as quais, se aprovadas, serão assinadas pelo Presidente e por todos os conselheiros presentes à sua leitura. Artigo 8° - Compete ao Conselho Editorial:
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I – definir a política editorial da UFGD e fixar critérios para sua execução, estabelecendo prioridades; II – aprovar o plano de atividades e a proposta de orçamento anual de acordo com o orçamento geral da UFGD; III – deliberar sobre a publicação de obras encaminhadas à EDUFGD e propostas de coedição recebidas de editoras públicas ou privadas; IV – propor linhas e estratégias de atuação editorial, a partir da detecção de carências e oportunidades identificadas por seus membros; V – aprovar normas e procedimentos editoriais para as modalidades de publicação da EDUFGD; VI – opinar sobre acordos ou convênios a serem firmados com instituições públicas ou privadas que se proponham a financiar serviços editoriais; VII – aprovar as atas de suas reuniões; VIII – funcionar como órgão de consulta da UFGD em matéria editorial; IX – opinar sobre a participação da EDUFGD em congressos, simpósios e demais eventos científicos e culturais. CAPÍTULO IV DOS CONSELHEIROS Artigo 9° - Compete aos Conselheiros: I – comparecer às reuniões e participar dos trabalhos do Conselho Editorial; II – votar nas deliberações sobre pareceres dos relatores e demais matérias de competência do Conselho Editorial; III – emitir, quando designado relator, parecer fundamentado sobre trabalhos que deve relatar; IV – manter sigilo sobre a distribuição dos originais de obras encaminhadas aos conselheiros, bem como dos pareceres lidos em reuniões do Conselho Editorial; V – solicitar, quando julgar conveniente, a designação de especialista para apreciação de trabalho que deve relatar; VI – propor medidas destinadas ao aprimoramento da EDUFGD; § 1° - Será assegurada aos conselheiros da comunidade interna, para realização de suas funções junto ao Conselho Editorial, a utilização de cinco horas de sua carga semanal na UFGD. § 2° - Ficará impedido de votar o conselheiro cujo trabalho em discussão for de sua autoria. CAPÍTULO V DA COORDENADORIA EDITORIAL Artigo 10 - Compete ao Coordenador Editorial: I – cumprir e fazer cumprir as decisões da UFGD e do Conselho Editorial; II – representar a EDUFGD em todas as instâncias da UFGD e fora dela; III – promover os necessários entendimentos com os membros do Conselho Editorial para o bom andamento dos trabalhos da EDUFGD; IV – determinar e orientar a preparação das pautas das reuniões do Conselho Editorial e a elaboração de suas atas; V – submeter ao Conselho Editorial o plano de atividades e a proposta de orçamento anual a ser definido de acordo com o orçamento geral da UFGD; VI – promover entendimentos com editores, distribuidores de livros e livreiros, para o fortalecimento de obras em consignação destinadas à venda; VII – autorizar a concessão e o recebimento de consignações; VIII – adotar as providências necessárias, por meios dos órgãos competentes da EDUFGD e da Reitoria, para a execução dos serviços editoriais; IX – promover todas as gestões necessárias perante as editoras públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, para co-edição de obras de interesse da UFGD; X – promover exposições no país e no exterior e a venda de suas edições em congressos, simpósios e demais eventos científicos e culturais;
41
XI – negociar a aquisição de direitos autorais de obras nacionais ou estrangeiras, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Editorial; XII – elaborar o relatório anual das atividades da EDUFGD, a ser submetido ao Conselho Editorial e, posteriormente, ao Reitor; XIII – exercer o poder disciplinar no âmbito da EDUFGD; XIV – autorizar doações e permutas de publicações, observadas as normas legais aplicáveis à UFGD; XV – aprovar a escala de férias dos servidores da EDUFGD; XVI – indicar assessores, membros ou não do Conselho Editorial, docentes da UFGD ou especialistas de notório saber de outras Instituições, para análise e emissão de pareceres das obras encaminhadas para o Conselho Editorial; XVII – executar todos os atos necessários para o fiel cumprimento de suas funções. CAPÍTULO VI DA SECRETARIA Artigo 11 - Compete à Secretária: I – cumprir e fazer cumprir as determinações do Coordenador Editorial; II – estabelecer, juntamente com o Coordenador Editorial, o plano geral de serviços da Secretaria e responsabilizar-se pela sua execução; III – organizar a agenda de trabalho do Coordenador Editorial; IV – organizar e redigir as pautas das reuniões do Conselho Editorial, encaminhando-as aos conselheiros; V – secretariar as reuniões do Conselho Editorial, redigindo suas atas; VI - receber os originais de livros e outros trabalhos encaminhados ao Conselho Editorial; VII – realizar serviços de protocolo e abertura de processos, mantendo o controle do andamento dos mesmos; VIII – coordenar a manutenção do arquivo da EDUFGD; IX – solicitar aos consultores, às Câmaras e às Comissões Especiais a devolução dos originais cujo prazo de análise esteja esgotado; X – verificar e comunicar a freqüência dos conselheiros ao Presidente; XI – registrar a movimentação dos expedientes internos e externos; XII – acompanhar os processos de interesse da EDUFGD; XIII – redigir memorandos, ofícios, circulares e certidões, necessários à rotina administrativa da EDUFGD; XIV – elaborar relatórios gerenciais; XV – executar todos os atos necessários ao fiel cumprimento de suas funções. CAPÍTULO VII DA DIVISÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS Artigo 12 - Compete à Divisão de Administração e Finanças: I – cumprir e fazer cumprir as determinações do Coordenador Editorial; II – estabelecer, em conjunto com o Coordenador Editorial, o plano geral de racionalização administrativa e financeira da EDUFGD, bem como realizar o acompanhamento e a avaliação dos resultados de sua implantação; III – redigir e emitir contratos de edição e co-edição; IV – realizar periodicamente o levantamento e os pagamentos relativos aos direitos autorais; V – manter atualizados os registros e o expediente relativos à vida funcional dos servidores da EDUFGD; VI – exercer o controle da freqüência e da escala de férias dos servidores da EDUFGD; VII – controlar o almoxarifado e os materiais permanentes da EDUFGD; VIII – viabilizar promoções, convênios e parcerias, quando necessários; IX – elaborar relatórios gerenciais; X – executar todos os atos necessários ao fiel cumprimento de suas funções. CAPÍTULO VIII DA DIVISÃO EDITORIAL
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Artigo 13 - Compete à Divisão de Editoração: I – cumprir e fazer cumprir as determinações do Coordenador Editorial; II – estabelecer, juntamente com o Coordenador Editorial, o plano geral das obras a serem publicadas pela EDUFGD; III – desenvolver projetos gráficos e de capa para as obras publicadas pela EDUFGD; IV – planejar e proceder à preparação e revisão lingüística dos textos das publicações; V – providenciar o registro das obras da EDUFGD junto às agências da International Standard Book Number (ISBN) e da International Standard Serial Number (ISSN); VI – controlar o andamento dos serviços de produção gráfica, zelando pelo cumprimento dos cronogramas de publicação; VII – solicitar o material de consumo e permanente necessários para o funcionamento da Divisão; VIII – opinar sobre licitação e concorrência referente à aquisição de material destinado à execução de serviços de editoração; IX – elaborar relatórios gerenciais; X – executar todos os atos necessários ao fiel cumprimento de suas funções. CAPÍTULO IX DA DIVISÃO DE DISTRIBUIÇÃO E VENDAS Artigo 14 - Compete à Divisão de Distribuição e Vendas I – cumprir e fazer cumprir as determinações do Coordenador Editorial; II – estabelecer, juntamente com o Coordenador Editorial, o plano geral de comercialização de livros editados pela EDUFGD, bem como dos livros em consignação de outras editoras, acompanhando a avaliação dos resultados de sua implantação; II – elaborar e controlar o cronograma de lançamentos; III – divulgar novos títulos junto à imprensa escrita e falada; IV – planejar o visual da livraria da EDUFGD; V – vender materiais e livros editados e consignados; VI – estabelecer e manter contatos com livreiros e distribuidores; VII – programar promoções anuais; VIII – controlar a participação da EDUFGD em feiras e demais eventos científicos e culturais, nacionais e internacionais; IX – controlar e zelar pelo correto armazenamento de produtos próprios ou consignados; X – elaborar e manter atualizados os mapas do estoque de livros armazenados; XI – realizar o controle de distribuição interna e externa, nacional e internacional; XII – efetuar compras por reembolso e pela Internet; XIII – elaborar e manter atualizados os mapas de vendas; XIV – atualizar periodicamente, a partir de um cronograma definido com o Coordenador Editorial, o sítio eletrônico da EDUFGD; XV – elaborar relatórios gerenciais; XVI – executar todos os atos necessários para o fiel cumprimento de suas funções. CAPÍTULO X DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 15 - A EDUFGD será mantida por: I – dotações orçamentárias destinadas da UFGD para a EDUFGD; II – recursos alocados nas unidades da UFGD para a publicação de livros e periódicos; III – fundos de créditos especiais; IV – arrecadações próprias; V – recursos provenientes de convênios e doações. Artigo 16 - Qualquer proposta de alteração deste Regimento Interno será encaminhada pelo Coordenador Editorial para o COUNI, após aprovação do Conselho Editorial. Artigo 17 - Os casos omissos neste Regimento Interno serão resolvidos pela Coordenadoria Editorial e pelo Conselho Editorial, em consonância com o ordenamento superior da UFGD.
43
Artigo 18 - Este Regimento Interno entrará em vigor após a aprovação pelo Conselho Universitário e sua respectiva publicação. Artigo 19 - Revogam-se as disposições em contrário.
Observa-se os itens IX, X em face o que será proposto no Capítulo 4.
2.5.3 Editora UEMS
A Editora da Universidade Estadual de Mato Grosso do SUL – UEMS foi
criada pela Resolução COUNI/UEMS nº 229, em 4 de abril de 2003. Entre seus
principais objetivos, estão o incentivo e apoio à produção e à publicação de
trabalhos técnicos/científicos, livros, textos resultantes de pesquisa, além de textos
didáticos e culturais. Composta por três colaboradores está passando por
reestruturação e não possui Regimento em vigor.
44
CAPITULO 3 - DELINEAMENTO DA PESQUISA
A metodologia na pesquisa se situa no plano da prática e indica os métodos
efetivamente usados. Método é entendido como um conjunto de decisões e opções
que são feitas no processo de investigação (LOPES, 2003).
Convém esclarecer que a pesquisa é aplicada do ponto de vista da sua
natureza, pois objetiva gerar conhecimentos para a prática e se dirige à solução de
problemas específicos, envolvendo verdades e interesses locais.
Assim, do ponto de vista de abordagem do problema e para alcançar os
objetivos propostos, o método seguido para o desenvolvimento desta pesquisa foi o
de natureza qualitativa com algumas técnicas quantitativas
A pesquisa qualitativa “reconhece as pessoas como sujeitos que elaboram
conhecimentos e produzem práticas adequadas para intervir nos problemas que
identificam”. Ela é, ainda, considerada essencialmente de campo, por estar
relacionada a fenômenos de grupos ou sociedades, razão pela qual o investigador
deve atuar onde se desenvolve o objeto de estudo (GIL, 2002, p. 45-46). A pesquisa
quantitativa é utilizada para observar a relação estatística entre os respondentes e
as variáveis medidas (OLIVEIRA, 1999)
Sob a ótica dos objetivos, a pesquisa caracteriza-se como exploratória e
descritiva. Exploratória porque foram realizados levantamentos bibliográficos em
livros, revistas, jornais e demais publicações referentes ao assunto abordado.
Descritiva por permitir ao pesquisador descrever o fenômeno observado (LAKATOS;
MARCONI, 2007).
3.1 Local e período
A área pesquisada correspondeu à fronteira de Mato Grosso do Sul (Brasil),
Paraguai e Bolívia, precisamente nos municípios de Campo Grande, Dourados,
Assunção, Ponta Porã, Pedro Juan Caballero, Corumbá, Santa Cruz de La Sierra,
Porto Quijarro, no período de fevereiro de 2011 a julho de 2012.
45
3.2 Sujeitos da pesquisa Responsáveis indicados por cada Universidade e ou Editoras pesquisadas.
3.3 Procedimento de Coleta de Dados
Para a coleta de dados realizamos visitas agendadas em cada país e
aplicamos a entrevista. A entrevista é uma comunicação verbal entre duas ou mais
pessoas, com um grau de estruturação previamente definido, cuja finalidade é a
obtenção de informações de pesquisa. Na entrevista, é o pesquisador que formula
as perguntas e anota ou grava as respostas (DENCKER, 2002).
O formulário usado para a entrevista (Apêndice A) constituiu de três partes:
primeira e segunda adaptado de Sagastizábal (2006); e a última de Ursi (2005),
sendo preenchido pela pesquisadora.
Para identificação do perfil das principais editoras universitárias públicas de
Mato Grosso do Sul (Brasil), Paraguai e Bolívia, foram investigadas variáveis que
constam na primeira parte: estrutura editorial e administrativa, presença de Conselho
Editorial, existência de política editorial, grau de autonomia editorial, administrativa e
financeira, contratação de funcionários; editoras que gerenciam gráficas, livrarias e
distribuidoras; Política de direitos autorais.
Na caracterização da produção editorial das principais editoras universitárias
públicas de Mato Grosso do Sul (Brasil), Paraguai e Bolívia, foram pesquisadas
variáveis que constam na segunda parte: número de títulos publicados, número de
títulos publicados por área temática, títulos publicados em relação às línguas, títulos
publicados em outro suporte além do papel, títulos publicados em regime de co-
edição, títulos publicados referente a temática fronteiriça, registro das publicações,
processo editorial, processo de publicação e processo de divulgação.
Na caracterização da produção editorial que aborda a temática fronteiriça das
principais editoras universitárias públicas de Mato Grosso do Sul (Brasil), Paraguai e
Bolívia, foram investigadas variáveis que constam da terceira parte: identificação,
título, autores/organizadores, país, idioma, ano, edição, volume, número, editora,
Instituição sede do estudo, tipo de publicação por área temática, características
46
metodológicas do estudo (tipo de publicação, registro das publicações, pesquisa,
objetivo ou questão de investigação e conclusão).
3.4 Análise e Tratamento dos dados
Para os dados quantitativos, foi utilizada a estatística descritiva sistematizada
por mio do programa excel, sendo apresentados em tabelas e gráficos. Enquanto,
para os qualitativos realizamos análise documental do material publicado, para
selecionar os que envolviam a temática fronteiriça como apresentado no (Apêndice
B).
A análise documental compreende:
uma operação ou um conjunto de operações visando representar o conteúdo de um documento sob uma forma diferente da original, a fim de facilitar, num estado ulterior, a sua consulta e referenciação.
(CHAUMIER apud BARDIN, 2009, p. 47).
O Objetivo da análise documental é dar forma conveniente e representar a
informação, por intermédio de procedimentos de transformação. Portanto, a análise
documental tem como finalidade armazenar informações de modo a facilitar o seu
acesso para obtenção do máximo de informação (aspecto quantitativo), com o
máximo de pertinência (aspecto qualitativo) (BARDIN, 2001).
3.4.1 Organização da análise documental
Seleção do material
Realizou-se uma primeira leitura aos catálogos e sites das Editoras, total de
300 livros, sendo agrupados aqueles que mostrassem algum indicio do assunto
“fronteira”.
Localização e separação do Material
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Fez-se uma segunda leitura com o objetivo de confirmar a temática. Após,
ocorreu análise de cada livro e registro no Instrumento de Coleta de Dados.
Exploração do material
A terceira leitura teve o propósito de eleger categorias e subcategorias. As
publicações foram agrupadas de acordo com as áreas temáticas e as subcategorias
foram surgindo das mensagens reveladas durante as leituras, como registrados na
Figura 1.
FIGURA 1 - Categorais e Subcategoria das publicações
Categorias Sub-categorias
1. História Formação histórica do sul do Mato Grosso x Cenário religioso
Trabalhador ervateiro x história
História do sul do Mato Grosso x movimento operário
Mato Grosso x Conflitos de Posse
História x Território de Fronteira
Imigração x Cidadania
2. Saúde Acesso da população fronteiriça ao SIS
3. Geografia Desenvolvimento territorial da América Platina x Integração
Desenvolvimento territorial da América Platina x Educação e Integração
História de Corumbá x Crescimento
Aquidauana x Entendimento do Cotidiano
Desenvolvimento regional x Integração
Fronteiras x espaços de Contraste
Relações de Poder x Limites Políticos
4.Turismo Turismo na Região x Antropologia
Cenário Turístico x Corumbá
Turismo x Desconstrução Social
5. Educação Interdisciplinaridade de Cultura x Língua
6.Comunicação Comunicação x fronteira
7. Economia Aspectos geoeconômicos x Corumbá
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Globalização x Racionalização
8. Antropologia Identidade Transacionais x Antropologia
Terra Kaiowa x Conflitos
9.Fronteira Fronteira x Fronteiriços
Fronteiras x Interlocutores
Fronteiras x Disseminação de Idéias
Fronteiras x Políticas Públicas
Mato Grosso x Perspectiva Histórica
Imigração x Fronteira
Tríplice Fronteira x Identidade
Papel da Universidade x Fronteiras
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CAPITULO 4 - RESULTADOS/DISCUSSÃO
4.1 UNIVERSIDADES, EDITORAS E FRONTEIRA: BRASIL, PARAGUAI E
BOLÍVIA
As Universidades públicas pesquisadas, (FIGURA 2) três se localizam no
Brasil (MS), uma em Campo Grande e duas em Dourados. Em território boliviano
uma em Santa Cruz de La Sierra e Puerto Quijarro, e no Paraguai uma com dois
cursos em Pedro Juan Caballero.
FIGURA 2 - Mapa com localização das universidades pesquisadas
Fonte: SAMÚDIO,2012
4.1.1 BRASIL
No Mato Grosso do Sul (Brasil) identifica-se as Editoras Universitárias da
Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), da Grande Dourados (UFGD) e
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Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), onde verificamos que todas
possuem editora.
As editoras de Mato Grosso do Sul (Brasil), em relação à estrutura editorial e
administrativa, estão ligadas: a UFGD, à Reitoria; a UFMS, à Pró-Reitoria de
Pesquisa e Pós-Graduação; a UEMS, à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos
Comunitários. Elas possuem Conselho e política editorial, autonomia editorial e
administrativa, exceto autonomia financeira. O sistema de contratação de recursos
humanos é realizado por meio de Concurso Público e ou contratação de
terceirizados.
A Editora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul é a única que
dispõe de um parque gráfico próprio. As Editoras UFMS e UEMS têm livraria, mas
nenhuma conta com uma distribuidora de livros. No que concerne à política de
direitos autorais, nas Editoras UFMS e UFGD, os autores recebem uma quantidade
específica de livros definidos por contrato entre editora e autores. A UEMS não
informou.
TABELA 1 - Caracterização da produção editorial em relação ao total de títulos publicados.
EDITORAS Frequência %
UFMS 492 73,22
UFGD 123 18,30
UEMS 57 8,48
TOTAL 672 100
Quanto aos títulos publicados (Tabela 1), a UFMS mostra maior produção
(73,22%). Comparada às outras universidades, a média de títulos publicados
editora/ano foi: UFMS, 40, UFGD, 20 e UEMS 3.
Com relação ao número de títulos publicados por área temática, a UFGD e a
UEMS não informaram. A UFMS conta com 42 áreas (Apêndice C), dentre essas
apresenta uma publicação em português/inglês. A UEMS informou ter uma
publicação em português/guarani. Todas têm títulos publicados em regime de co-
edição. Os registros das publicações ocorrem por meio de registro ISBN
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International Standert Book Number na Biblioteca Nacional. Somente a UEMS
publicou em outro suporte além do papel.
FIGURA 3 – Fluxo do processo de publicação das Editoras.
UFMS UFGD
Entrega do original Processo ocorre por meio de Edital
Aprovação pelo corpo de pareceristas
Aprovação pelo corpo de pareceristas ad hoc/externos da editora UFGD
Aprovação pelo Conselho editorial
Aprovação pelo Conselho editorial
Revisão pelas normas (ABNT), e ortográfica, pelo autor.
Revisão pelas normas (ABNT) e ortográfica, pela editora.
Diagramação Diagramação
Envio da prova (boneco) para aprovação dos autores.
Envio da prova (boneco) para aprovação dos autores.
Envio para impressão Envio para impressão
O processo de publicação nas editoras está demonstrado na (Figura 3).Na
UFMS não acontece por edital público, tem início com a entrega dos originais a
Coordenação da Editora e o de divulgação pelo site e catálogo.
Na UFGD o processo de publicação é realizado por meio de Edital e o de
divulgação pelo site da universidade e imprensa local, sendo a distribuição dos livros
gratuita pelo site da editora e ou por meio de catálogo digital. UEMS não informou.
4.1.2 PARAGUAI
Foram realizadas duas incursões, ao Paraguai, para coleta de dados, uma em
Assunção e outra em Pedro Juan Caballero. O objetivo consistiu em conhecer a
realidade do âmbito de estudos sobre fronteira, constatar a existência ou não de
editoras universitárias públicas e as demandas de publicações.
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FIGURA 4 – Imagem Universidad Nacional de Asunción
Fonte: Anuário La universidad, hoy
Em novembro de 2011, em Assunção, foram realizados levantamentos na
Universidad Nacional de Asunción (UNA), local em que registramos a inexistência de
editora universitária. Percebeu-se, pelas informações que, em sua Unidade Central,
localizada nessa capital, os livros são editados por empresas contratadas, 20
livros/ano e duas revistas com periodicidade semestral. Os trabalhos são submetidos
a coordenações das faculdades que os avalia e remete a Reitoria obedecendo a
normas divulgadas em Editais, que depois de aprovados são editados e financiados
pela própria Universidade e/ou parceiros como a Fundação de Cultura, Itaipu,
Instituto Sul Americano Agrícola entre outros. Os serviços gráficos também são
realizados por empresas licitantes.
Com relação à temática fronteiriça não há publicação. Estas abordam temas
na área da Saúde, Química, Botânica, Medicina, Ciências Agrárias, entre outras, que
permitem a divulgação, de parte do material produzido, limitando-se a pesquisadores
em suas áreas específicas.
Em junho de 2012, realizou-se o levantamento nas duas filias da UNA em
Pedro Juan Caballero: Faculdade de Direito e Ciências Sociais e Faculdade de
Ciências Agrárias. Fomos informados que não contam com uma editora universitária.
E, para publicação de suas pesquisas, concorrem a Editais da UNA, recorrem a
gráficas particulares ou aguardam a divulgação em Anais de eventos (Congressos,
Encontros, Seminários, dentre outros).
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Em entrevista com o professor responsável pela Faculdade de Ciências
Agrárias, o mesmo afirmou:
En la mayoría de las facultades se realizan trabajos de investigación y por no contar con recursos de publicación, se pierden interesantes investigaciones, bien sabemos que las investigaciones ayudan el desarrollo de un país, dado que la producción de conocimientos hace posible las profundas transformaciones que apuntan a posibles soluciones.
Nesse sentido, registra-se que a falta de editora na UNA se deva, além da
questão orçamentária, a ausência de política editorial, que efetive a publicação dos
resultados alcançados pelos pesquisadores.
Obeteve-se alguns dados de professores que cursam a pós-graduação stricto
sensu, inclusive no Brasil. Eles apontam, como fatores facilitadores para o
desenvolvimento de pesquisas, a concessão de bolsas, que viabiliza a formação do
pesquisador, incluindo-se aí a divulgação dos resultados da pesquisa. Todavia,
alertaram, que a falta de uma política de editoração no país, coloca-os em
desvantagem com os demais concorrentes, nos processos seletivos para pós-
graduação, devido à falta de publicações em seu currículo.
A situação dos docentes de Pedro Juan Caballero difere de Assunção, que,
facilitada pela condição fronteiriça, tem ampliado suas redes de contatos. Devido a
essa necessidade, mencionaram participações conjuntas com a Universidade
Federal da Grande Dourados (UFGD) e Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM), por meio de mini-cursos e oficinas. Como fator positivo, entretanto,
observa-se a localização, para uma proposta de articulação entre as instituições, no
intuito de garantir publicações de estudos e pesquisas sobre a temática fronteiriça.
4.1.3 BOLÍVIA
Nas duas (2) incursões em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, com visitas
Universidade Autônoma Gabriel Rene Moreno (UAGRM), sendo, a primeira, em
fevereiro de 2011 e, a segunda, em julho de 2012. Dessas viagens, percebeu-se que
pouca, ou quase nenhuma, diferença substancial foi observada, comparativamente à
54
visitação de Assunção. Neste sentido, iremos abordar o que aquela Universidade
diferencia-se da visitada no Paraguai.
FIGURA 5 - Universidade Autônoma Gabriel Rene Moreno - UAGRM
Fonte: http://www.uagrm.edu.bo/
Na UAGRM, não há propriamente uma editora universitária, mas, sim, linhas
de publicações em que o pesquisador submete seus resultados de pesquisa
buscando financiamento, normalmente, ofertado pela própria Universidade.
Contudo, não há regra definida para que isso aconteça, estando claro apenas
que áreas, como, Economia e Saúde, estão entre as que possuem maiores números
de publicações. Não conseguimos aferir se isso ocorre em função de um prestígio
por parte da administração da Universidade, ou se tais áreas são as que possuem
mais trabalhos concluídos.
Os serviços gráficos são contratados por gráficas, principalmente de diários
de circulação local. Em abordagem à responsável pela seleção dos trabalhos a
serem publicados, nos foi informado o seguinte:
55
Los recursos son de orígenes diversos, dependiendo del investigador y sus contactos, sobre todo en el extranjero. En estos casos, sólo tomó prestado el nombre de la Universidad, ya que todo se ejecuta en nombre de los investigadores y sus fuentes de financiamiento. Hay quienes no tienen fuentes de financiación desde el extranjero, en tales casos, en función de lo que tenemos disponible, podemos colaborar para publicar sus obras.
Perguntada sobre os critérios para eleger o pesquisador que será ajudado,
respondeu:
Nuestra Universidad no cuenta con grandes contribuciones financieras para este fin. Por lo tanto, todas las publicaciones que necesitan apoyo financiero tendrán que estar directamente en línea con las decisiones de la administración central.
O que tange as publicações, não há política de editoração na UAGRM.
Faltaram elementos para afirmar a existência de favorecimentos na escolha dos
autores, a serem contemplados com auxílio financeiro, para custear suas
publicações.
Na cidade de Puerto Quijarro, na zona de fronteira com o Brasil, que inclui a
cidade de Corumbá, identificou-se duas unidades de universidades bolivianas, que
oferecem cursos nas áreas de saúde e economia. Nessas unidades não
encontramos nenhum docente que estivesse desenvolvendo pesquisas, portanto,
não constatamos nenhuma demanda de publicações. Outra característica, sublinear
em um primeiro momento, é que essas unidades estão em cidades muito próximas
da sede do Mestrado em Estudos Fronteiriços. Sobre esse aspecto o Coordenador
do Mestrado observou:
Há cerca de 03 (anos) estamos, juntamente com o Consulado do Brasil em Puerto Suarez e o Consulado da Bolívia em Corumbá, fazendo incursões naquelas unidades no intuito de divulgar o Mestrado em Estudos Fronteiriços. Temos buscado, também, estipular junto aos docentes, mecanismos de aproximações nos âmbitos de pesquisa.
Desta forma, observou-se que, mesmo com todas as dificuldades que as
universidades bolivianas enfrentam, há perspectivas de estabelecimento de
cooperação que as insira no campo do debate sobre a temática fronteiriça.
56
Evidenciou-se, ainda, que tanto o Paraguai como a Bolívia enfrentam
problemas estruturais no que diz respeito a políticas editoriais. Não há como analisar
esse problema separadamente pelo fato de ambos os países terem graves
problemas econômicos, também historicamente estruturais. E, seguindo outros
exemplos de cooperação com essas nações, percebe-se a necessidade de elaborar
propostas editoriais conjuntas, em especial nos estudos ligados à temática
fronteiriça. Os resultados do segundo objetivo estão descritos a seguir.
4.2 CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO EDITORIAL COM A TEMÁTICA
FRONTEIRIÇA
Dos 31 livros produzidos com a temática fronteira, sendo 27 da UFMS e 4 da
UFGD (Figura 6), destacamos o ano de 2009, com 7 (sete) produções, seguido por
2011, com 5 (cinco).
FIGURA 6 - Distribuição de livros publicados com a temática fronteiriça, 1998-2012.
Os 12 anos investigados mostram que a produção nessa temática vem
crescendo. O aspecto que vamos enfatizar nessa discussão é como usar o
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potencial, das editoras universitárias públicas na integração das fronteiras Brasil
(MS), Bolívia e Paraguai. As evidências encontradas nesse estudo mostraram a
importância de desenvolver uma proposta conjunta entre as editoras universitárias
públicas para otimizar a publicação, permitir acesso ao pesquisador, trazer inovação
em pesquisa, e dar visibilidade ao tema fronteira.
TABELA 2 - Distribuição do número de títulos em relação à área temática.
Área Temática Frequência %
História 6 19
Saúde 1 3
Geografia 7 23
Turismo 3 10
Educação 1 3
Fronteira 8 26
Comunicação 1 3
Economia 2 7
Antropologia 2 6
Total 31 100
Ao analisar a (Tabela 2), verificou-se que do total de 31 títulos predominaram
as áreas temáticas: Fronteira 8 (oito), Geografia 7 (sete) e História 6 (seis) com
percentuais aproximados (26%, 19% e 23%, respectivamente).
Ao discutir os achados demonstrados neste estudo, observou-se áreas em
desenvolvimento na temática fronteiriça, como, geografia e história, enquanto outras
mostram lacunas, como, educação e saúde. Cabe pontuar que os indicadores
evidenciados podem contribuir com o Programa de Mestrado em Estudos
Fronteiriços mostrando áreas que precisam ser fortalecidas.
Foram discutidos os resultados dos dados qualitativos referentes a cada título
analisado, de acordo com as categorias e subcategorias.
58
CATEGORIA HISTÒRIA
Subcategoria - Formação histórica religiosa do sul do Mato Grosso x Cenário
religioso
Uma análise das singularidades que marcaram o cenário religioso de Mato
Grosso, das manifestações religiosas, das reformas implementadas por cinco
gestões episcopais e das transformações culturais, sociais, políticas e econômicas
da sociedade civil é revelada. As pesquisas arquivistas são associadas à erudição
historiográfica, tornando o estudo consistente e amplo (MARIN, 2009).
Subcategoria – Trabalhador ervateiro x História
A autora transita pela História, pela Antropologia e pela Educação para
compor um texto sobre o trabalhador ervateiro e os processos educacionais nos
quais esteve envolvida. O pano de fundo histórico é a fronteira do Sul de Mato
Grosso, no final do século XIX até o início do século XX, quando a erva-mate foi a
principal atividade econômica, envolvendo o domínio da técnica de elaboração elos
paraguaios que se tornaram herdeiros da tradição guarani (CENTENO, 2008).
Subcategoria – História do sul de Mato Grosso x Movimento Operário
O período de ascendência das organizações e mobilizações dos marítimos
(1917 a 1926) é evidenciado, mas mostra que a região ocupou uma posição de
destaque como campo de batalhas no maior conflito bélico do País (Guerra do
Paraguai, de 1864 a 1870). Nesse período de lutas, a região passou por
transformações tanto nos aspectos econômicos como nos sociais, relacionadas a
trabalhadores portadores de uma experiência histórica pouco retratada (OLIVEIRA
NETO, 2005)
Subcategoria – Mato Grosso x Conflitos de Posse
A história da região é contada, especialmente, os conflitos entre os dois povos
ibéricos que ocuparam a região e que, a princípio, confrontaram-se para manter o
controle da mão-de-obra nativa e, depois, para garantir a posse do território mato-
grossense, rico em metais preciosos (ESSELIN, 2000).
59
Subcategoria – História x Território de Fronteira
O processo histórico na fronteira, no período de 1870-1920, momento
escolhido como foco principal em que o perfil histórico-cultural da região começa a
ser forjado e seu território de fronteira transforma-se com a penetração de modernas
relações capitalistas de produção (CORRÊA, 2012).
Subcategoria – Imigração x Cidadania
A singularidade de experiências em compreender percursos de imigrantes é
realçada, fornecendo ao leitor a rara oportunidade de fazer aproximações “entre
contextos” (JARDIM; OLIVEIRA, 2008).
CATEGORIA SAÚDE
Subcategoria – Acesso da população fronteiriça x SIS
Os aspectos geográficos que influenciam no fluxo de pessoas ou de
mercadorias e na busca de serviços de saúde nos municípios brasileiros, além de
contextualizarem as características sociodemográficas, aspectos organizacionais e
gerenciais dos serviços de saúde locais, fluxos dos sistemas de informação em
saúde e de referência e contrarreferência (GENIOLE; KODJAOGLANIAN; VIEIRA,
2011).
CATEGORIA GEOGRAFIA
Subcategoria – Desenvolvimento territorial da América Platina x Integração
Abrange fatos sociais que se revelam cada momento histórico em locais
diferenciados. Registro das produções científicas de pesquisadores vinculados a
Programas de Pós-Graduação da UFMS e instituições de pesquisa (OSÓRIO;
PEREIRA; OLIVEIRA, 2008).
Subcategoria – Desenvolvimento territorial da América Platina x Educação e
Integração
60
Em tempos de fecundas discussões sobre os caminhos da integração, o livro
é um convite para estudiosos das Ciências Humanas e Sociais, pois traz pesquisas
com bases empíricas sobre o processo integracionista entre o Brasil e países
vizinhos (OSÓRIO; PEREIRA; OLIVEIRA, 2008).
Subcategoria – História de Corumbá x crescimento
A história de Corumbá se mostra nas fases econômicas que marcaram o
Brasil e Mato Grosso, desde a vigília da fronteira, o avanço dos portugueses sobre o
território espanhol, passando pelo livre comércio da Bacia do Prata e a indústria do
charque, até a penetração mais intensa do capitalismo através da ferrovia e,
posteriormente, da rodovia (ITO, 2000).
Subcategoria – Aquidauana x entendimento do cotidiano
A tarefa de buscar o entendimento do cotidiano nos seus aspectos
relacionados com a cidade, educação e cidadania estão presentes nessa coletânea
(NETO OLIVEIRA; BECK, 2011).
Subcategoria - Desenvolvimento regional x Integração
A mudança de perfil de atuação na faixa de fronteira é relatada, a partir de
como se verificou a priorização política de seu desenvolvimento. Os espaços de
atuação dessa política sobre o desenvolvimento pretendido na região são
apontados. As vertentes e linhas de atuação do Programa de Desenvolvimento de
Faixas de Fronteira e a importância de uma atuação articulada, supranacional em
busca dos objetivos preconizados nas políticas internas e externas brasileiras
(OLIVEIRA, 2005).
Sub-categoria - Fronteiras x Espaços de Contraste
A fronteira é um espaço de contrastes; cruzar fronteiras pode ser um ato
agradável como também um ato brutal de violência e destruição, ou mesmo de
usurpação de territórios alheios ou de busca por melhores dias. Para alguns, tem-se
constituído um limite a vencer, a dobrar, a dominar. Entretanto, há necessidade da
utilização de processos visando à integração econômica, social e política entre os
países da região de fronteira (NUÑES, PADOIN, OLIVEIRA, 2010).
61
Subcategoria – Relações de Poder x Limites políticos
A história das relações de poder presentes em uma região marcada pelas
disputas fronteiriças, mesclada por divergências e disputas governamentais e pela
integração e intercâmbio de ideias e interesses regionais/locais, pela mobilidade de
pessoas, pelo mercado e comércio, no qual os benefícios da instabilidade e
indeterminação dos limites políticos estiveram presentes na mentalidade e cultura
regional do espaço fronteiriço (NUÑES, PADOIN, OLIVEIRA, 2010).
CATEGORIA TURISMO
Categoria – Turismo na região x Antropologia
A presença do turismo, na região pantaneira, implica numa série de efeitos
sociais, políticos e culturais para os contextos em que se manifesta e para os
agentes que nele atuam, resultando em mudanças nas relações sociais e de
trabalho, incremento e transformações nos modos de vida (BANDUCCI JÚNIOR,
2006).
Categoria – Cenário Turístico x Corumbá
A obra analisa (ao que o autor denominou de Região Turística Internacional
de Corumbá – RETIC) a fronteira do Brasil com a Bolívia, apreendida como um
subespaço do espaço global, levando em conta seus processos históricos e
econômicos, traz uma contribuição sobre o planejamento regional do turismo em
áreas de fronteira (PAIXÃO, 2006)
Subcategoria – Turismo x Desconstrução social
As contradições e conflitos do Pantanal de Mato Grosso do Sul são descritas,
as transformações dos moradores, o compreender da construção do lugar para o
turismo, são analisados. Leitura indispensável para quem se interessa pelas
transformações (MORETTI, 2006).
62
CATEGORIA EDUCAÇÃO
Subcategoria – Interdisciplinaridade de cultura x língua
Apresenta a integração entre pesquisadores estudantes e órgãos
institucionais do Brasil, Bolívia e Paraguai no que se refere aos aspectos fronteiriços
(SILVA; RIVAS; BARREDA, 2009)
CATEGORIA COMUNICAÇÃO
Subcategoria – Comunicação x Fronteira
As emissoras, duas paraguaias, em Pedro Juan Caballero, e a brasileira
(Rede Global), em Ponta Porã, estão cumprindo a função de interação entre as
comunidades fronteiriças, as do Paraguai começam a se distinguir na conquista do
território televisivo (CANCIO, 2009).
CATEGORIA ECONOMIA
Subcategoria – Aspectos geoeconômicos x Corumbá
A dinâmica do desenvolvimento regional do principal centro urbano do
Pantanal é mostrada, através de uma pesquisa cuidadosa sobre as potencialidades
e os limites do processo de relação histórico-econômica da fronteira política do Brasil
com a Bolívia (OLIVEIRA, 1998).
Subcategoria – Globalização x Racionalização
As contradições do processo de (sub) desenvolvimento e integração da
América Latina são analisadas, desvendando as razões dos fracassos das várias
tentativas integracionistas anteriores, ao tempo em que indica as perspectivas
favoráveis a essa integração na atualidade (MOURA E SILVA; PINTO; SOUZA,
2008).
CATEGORIA ANTROPOLOGIA
Subcategoria – Identidades Transacionais x Antropologia
63
Os assuntos fronteira e territorialidade são imprescindíveis diante da elevada
demanda pela regularização de territórios tradicionais de comunidades indígenas e
quilombolas, e também na construção de relações de fronteiras e de identidades
transnacionais, sobretudo entre os estados brasileiro, boliviano e paraguaio
(AGUIAR; OLIVEIRA; PEREIRA, 2009)
Subcategoria – Terra Kaiowa x Conflitos
O conflito de interesses tem sua origem em atos do próprio Estado Brasileiro,
sobretudo do Estado de Mato Grosso, que colocou à venda terras indígenas não
tituladas como sendo devolutas. Os atuais proprietários da área objeto da perícia
não estiveram diretamente envolvidos no processo de esbulho apontado pelos
indígenas. Além disso, os produtores rurais envolvidos na lide são cidadãos que
produzem alimentos, pagam impostos, geram empregos e contribuem para o
desenvolvimento do País (OLIVEIRA; PEREIRA, 2009).
CATEGORIA FRONTEIRA
Subcategoria – Fronteiras x fronteiriços
A fronteira e o fronteiriço estão presentes nos estudos dos acadêmicos e dos
professores do Mestrado em Estudos Fronteiriços, desvelando a fronteira,
apropriando-se de novas verdades com destino ao coletivo (COSTA; SILVA;
OLIVEIRA, 2009).
Subcategoria – Fronteiras x Interlocutora
Uma “outra fronteira”, muita além daquela que se tornou clássica, voltada
para o severo olhar do Estado é enfatizada nessa coletânea. Essa ambiciona
navegar no sentido oposto de qualquer superstição: um elucidar, um averiguar e
uma pausa para refletir (COSTA; COSTA;OLIVEIRA, 2010).
Subcategoria – Fronteiras x Disseminando ideias
Os debates interdisciplinares, criando um espaço de diálogo entre geógrafos,
geólogos, linguistas, historiadores, sociólogos, antropólogos, juristas e diplomatas,
64
entre outras áreas do conhecimento são descritos (COSTA; COSTA; OLIVEIRA,
2011).
Subcategoria – Fronteiras x Políticas Públicas
A estrutura do Mestrado em Estudos Fronteiriços: profissional, provocativo e
interdisciplinar é reproduzida nessa coletânea. Dando sequência à exteriorização de
trabalhos oriundos de reflexões, ensaios, observações em sala de aula e pesquisas,
bem como, articulações com outros grupos de pesquisa, fundados na temática
fronteiriça (COSTA; OLIVEIRA; SIQUEIRA 2011).
Subcategoria – Mato Grosso x Perspectiva Histórica
Mais uma contribuição para o debate e reflexões sobre a fronteira, visando a
compreensão desse complexo espaço produzido e transformado pela ação do
homem, através de uma perspectiva histórica (CORRÊA, 1999).
Subcategoria – Imigração x Fronteira
As temáticas Guerras e Imigrações se fazem presentes, na obra, como
categorias indissociáveis, porém, em determinados momentos, estudados
isoladamente. Vistos de forma separada, surgem como resultante recíproco, os
temas se apresentam, com conteúdos históricos e atuais, na coerência que somente
a categoria dos autores poderia revelar (OLIVEIRA, 2004).
Subcategoria – Tríplice Fronteira x Identidade
Uma “outra fronteira”, muito além daquela que se tornou clássica, voltada
para o severo olhar do Estado é enfatizada nessa coletânea. Essa ambiciona
navegar no sentido oposto de qualquer superstição: um elucidar, um averiguar e
uma pausa para refletir (COSTA; OLIVEIRA, 2009).
Subcategoria – Papel da Universidade x Fronteiras
Nas regiões de fronteira, as universidades têm oferecido mão-de-obra
qualificada, cuidados com o meio ambiente e informações científicas, subsidiando o
trabalho em empresas públicas e privadas, contribuindo, também, com o
desenvolvimento regional (SOUZA, 2006).
65
Fronteiras em Série
Considerando que não há na literatura uma clara conceituação, e que seja
amplamente aceita, do que se denomina Série, entende-se que, Série constitui
publicações de um mesmo tema, sendo que os assuntos e os autores/organizadores
são ilimitados.
A Editora da UFMS passou a publicar em Série no ano de 1998, com a Série
Fontes Novas. Atualmente, conta com nove Séries: Literatura em Perspectiva; Rede
de Sementes do Pantanal; Estudos em Educação; Série Fontes Novas; Fronteiras;
Linguagens; Pantanal; Programa Escola de Conselhos; Qualificação Rural.
Série Fronteiras
Em 2008, foi implantado o Mestrado em Estudos Fronteiriços, no Campus do
Pantanal, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. A partir de então, passou
a ser permanente o acesso das demandas dos seus docentes e discentes à Editora
UFMS. Por ser interdisciplinar, seu leque de assuntos de estudos é muito amplo, o
que proporciona uma gama muito elevada de dissertações de variados tópicos, bem
como de resultados de pesquisas dos docentes.
Em razão dessas particularidades, em 2009, por iniciativa desta Editora, foi
criada e implantada a Série Fronteiras, com o principal objetivo de exteriorizar
trabalhos oriundos de reflexões, ensaios, observações em salas de aula e pesquisa,
bem como, articulações com outros grupos de pesquisa, fundados na temática
fronteiriça. Atenta às características do Mestrado em Estudos Fronteiriços, a Editora
busca, permanentemente, apoiar as publicações que atendam à coerência das
linhas e projetos de pesquisa, nas disciplinas ofertadas e nos eventos organizados e
apoiados pelo Mestrado, dando-lhes alternativas de publicação.
A partir daquele ano, foi organizada uma Câmara Editorial, cujos membros
foram sugeridos pelo Colegiado do Mestrado em Estudos Fronteiriços. O passo
seguinte foi a produção do primeiro volume da Série Fronteiras, lançado em 2009,
composto por capítulos assinados por discentes conjuntamente com docentes. O
mesmo padrão pode ser observado no número 4 (quatro), lançado em 2011. Isso
66
evidencia a preocupação do Mestrado em tornar públicos os resultados dos estudos
e da Editora em oportunizar as publicações.
Os números 2 (dois) e 3 (três) apresentam capítulos, cujos autores foram
palestrantes do II e III Seminário de Estudos Fronteiriços, eventos organizados pelo
Mestrado, nos anos 2010 e 2011. Em entrevista com o Professor Marco Aurélio
Machado de Oliveira, Coordenador do Mestrado, ele justificou o formato dessas
coletâneas da seguinte forma:
Nossos interesses não estavam apenas na intenção de trazer pesquisadores de variadas localidades para debatermos a temática fronteiriça. Mas, sim, inserir o Mestrado em Estudos Fronteiriços e a cidade de Corumbá no mapa das pesquisas sobre fronteiras no Brasil. Entendemos que tal “cartografia” dos estudos de fronteira deve conter a interdisciplinaridade, criando espaço de debates entre as mais variadas áreas do saber.
FIGURA 7 – Títulos publicados – Série Fronteira
67
Essas coletâneas possuem outra característica marcante: predominam
capítulos de autores de outras instituições de pesquisa. Além de fortalecer o debate,
devido à multiplicidade de assuntos e opiniões, garante visibilidades tanto da obra
em si, quanto da Editora que a carreia.
4.3 PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO
Os estudos sobre a temática fronteiriça, no Brasil, têm crescido nos últimos
anos. Diversos Programas de Pós-Graduação possuem, em suas linhas de
pesquisa, abordagens diretas ou não sobre o tema. Além das pesquisas dos
docentes, orientações de discentes de Mestrados e Doutorados, Iniciações
Científicas, dentre outras modalidades de pesquisa, vêm acentuando as demandas
de publicações.
As editoras universitárias têm respondido, dentro dos limites que cada uma
possui, a essa procura. Porém, não se constatou, em nenhuma das editoras
universitárias públicas, a existência de Série que seja exclusiva sobre a temática
fronteiriça. Tampouco foi observada editora que mantenha rede de cooperação com
universidades públicas do Paraguai e da Bolívia, com o fim de colaborar nas
publicações e atendimento às demandas daquela temática.
68
Tendo em vista a existência da Série Fronteiras, publicada pela Editora da
UFMS, convém refletir sobre a possibilidade de propor o estabelecimento de um
pool, que congregará editoras universitárias públicas dos estados que fazem
fronteira com países do MERCOSUL e com a Bolívia, no caso: Mato Grosso do Sul,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Para tanto, seriam escolhidas as 03 (três) editoras que possuíssem maior
número de publicação, em cada unidade da Federação. Ou seja, Editoras da UFMS,
UFGD e UEMS, em Mato Grosso do Sul, Editoras da Universidade Estadual de
Londrina, Universidade Estadual de Maringá e Universidade Federal do Paraná, no
Paraná, Editoras da Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Regional
de Blumenau e Universidade do Sul de Santa Catarina, em Santa Catarina, e,
Editoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul e Universidade de Passo Fundo, no Rio
Grande do Sul, (Apêndice D).
FIGURA 8 - Mapa das editoras públicas das universidades dos estados
do MS, PR, SC e RS.
Fonte: Samúdio (2012)
69
Essas 12 (doze) editoras universitárias públicas podem ser responsáveis por
uma inovação de dimensões ainda a serem calculadas. Todavia, como proceder
para estabelecer tais cooperações? Existem meios institucionais que podem abreviar
os processos e encurtar caminhos, normalmente burocraticamente espinhosos. Um
deles seria o estabelecimento de Termos de Cooperações Técnicas, uma
modalidade de convênios que ganha em agilidade e tempo.
Há que se reconhecer que isso apenas não é suficiente. Alguns problemas
necessitam ser solucionados, como o da tradução dos textos originais. Sobre a
tradução brasileira de textos de outras línguas, MacCarthy,1997 assinalou:
Será necessário formar um elenco de tradutores com a experiência e qualificações necessárias para traduzir adequadamente do português para o espanhol. No momento, o processo de tradução entre estas duas línguas-irmãs atrai pouca atenção, porque parece muito simples; na realidade, exige uma atenção constante para as sutilezas lingüísticas. O Brasil dispõe de experiência relevante nesta área, porque é comum "traduzir" do português da Europa para o português do Brasil, um processo que exige ainda mais atenção aos detalhes lingüísticos.
A qualidade das publicações das editoras universitárias públicas, já
mencionadas, é atraente, embora, necessita-se reafirmar que é vital que elas se
aproximem mais, tanto do mercado editorial daqueles países, quanto,
principalmente, dos autores; nesse caso, representados pelos estudiosos em
fronteiras.
As facilidades legais advindas com o MERCOSUL constituem importante
ponto a ser considerado como atraente, uma vez que esse Bloco permite integração
entre as universidades, mobilidade de docentes e discentes, portanto, também, de
ideias, além do estabelecimento de cooperações fundamentadas na solidariedade.
Com a finalização deste estudo, detectou-se, após a análise dos livros, a
necessidade de normalização dessas publicações, seguindo critérios mais uniformes
e objetivos entre as áreas. É imprescindível que os autores busquem cada vez mais
atingir qualidade, lembrando que essa produção acadêmica não é consumida só
pelos pares universitários, mas por um grupo de leitores cada vez mais exigente e
diversificado.
70
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta Dissertação se propôs analisar a contribuição das principais editoras
universitárias públicas de Mato Grosso do Sul (Brasil), Paraguai e Bolívia na
temática fronteiriça. A possibilidade de integralização da produção editorial na
temática fronteiriça entre o Brasil e os países vizinhos pode se estabelecer, por meio
de redes de solidariedade entre editoras públicas para a publicação de Série ligada
a essa temática.
Ao iniciar as discussões, busca-se valorizar essa temática, inserindo-a no
contexto de categoria de análise e, portanto, de pesquisa. Entende-se que a
implantação do Mestrado em Estudos Fronteiriços, em 2008, no Campus do
Pantanal, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, disponibilizou a rotina de
pesquisas a estudiosos e profissionais de diversas áreas que puderam, então,
ampliar o debate e colaborar na elaboração de políticas públicas para essas áreas.
É evidente que a criação da Série Fronteiras, por parte da Editora da UFMS,
em 2009, abriu novos campos e possibilidades de publicações sobre o tema, além
de oportunizar àquele Mestrado aprimoramento de suas relações com outros
programas de pós-graduação que abordam a temática fronteiriça. Entende-se que
esse é um importante ponto de partida para os propósitos desta Dissertação, uma
vez que a Série materializa esse mecanismo de aproximação entre pesquisadores.
Constatou-se, também, a dificuldade encontrada por pesquisadores de
instituições públicas da Bolívia e do Paraguai em efetivar publicações, seja por meio
de periódicos, ou de livros. Conforme se pôde observar, isso ocorre em função das
históricas condições econômicas que ambos os países sofrem, além de um duplo
problema de ordem interna nas suas instituições: inexistência de editoras
universitárias, ao menos nas instituições visitadas, e, por decorrência, ausência de
políticas editorias que possibilite a segurança do pesquisador de que seus
resultados de estudos sejam disponibilizados ao público.
A proposta central desta Dissertação concentrou-se na construção de uma
rede de cooperação com essas instituições, no sentido de proporcionar, aos
pesquisadores e estudiosos daqueles países, meios de publicação sobre a temática
fronteiriça. A viabilidade para tal proposta destaca-se na integração de editoras
71
universitárias públicas que construiriam Série específica para esse fim. Entendemos
que isso é possível, pois, ao longo das fronteiras, em especial das unidades da
federação que fazem fronteiras com países integrantes do MERCOSUL, há editoras
universitárias públicas com larga tradição, além de estarem consolidadas no
mercado editorial.
No corpo da proposta desta investigação acadêmica, as editoras assumiriam,
não apenas o papel de divulgadoras de resultados de pesquisas, mas, sobretudo, de
catalizadoras de oportunidades de publicação. A proposta é, acima de tudo, de
cooperação solidária, o que desoneraria instituições bolivianas e paraguaias, com
notória ausência de recursos financeiros.
Tendo em vista que, nas universidades públicas de Mato Grosso do Sul,
existem estudos sobre a temática fronteiriça, entende-se que suas editoras têm
condições de oferecer importante suporte para a implantação de um processo de
aproximação com os pesquisadores do Paraguai e da Bolívia. Porém, mais que uma
aproximação, a proposta caracteriza-se como de integração de gestões visando à
publicação.
72
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SOUZA, Osmar Ramão Galeano de. O Papel das Universidades na Fronteira. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2006, 156 p.
TRAVANCAS Isabel. O livro no jornal.São Paulo:Ateliê Editorial,2001.
ULLMANN, Reinholdo, BOHNEN, Aloysio. Universidade: das origens à renascença. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 1994.
URSI, E. S. Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da literatura. 2005. 130 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.
ZIENTARA, Benedikt. Fronteira. In: ROMANO, Ruggiero (Org.). Enciclopédia Einaudi. 14. Estado-guerra. Porto: Imprensa Nacional/ Casa da Moeda, 1989. p. 306-317
75
LIVROS: ANÁLISE DE CONTEÚDO
BANDUCCI JÚNIOR, Álvaro. Catadores de Iscas e o Turismo da Pesca no Pantanal Mato-Grossense. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2006, 253 p.
CANCIO, Marcelo. Televisão Fronteiriça: TV e Telejornalismo na Fronteira do Brasil e Paraguai. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2011, 166 p.
CENTENO, Carla Villamaina. Educação e Trabalho na Fronteira de Mato Grosso: Estudo Histórico sobre o Trabalhador Ervateiro (1870-1930). 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2008, 241 p.
CORRÊA, Lúcia Salsa. História e Fronteira: o Sul de Mato Grosso: 1870-1920. 2 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2012, 300 p.
CORRÊA, Valmir Batista. Fronteira Oeste. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 1999, 216 p.
COSTA, Edgar Aparecido da., COSTA, Gustavo Villela Lima da., OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado de (orgs.). Estudos Fronteiriços. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2010, 334 p.
COSTA, Edgar Aparecido da., COSTA, Gustavo Villela Lima da., OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado de (orgs.). Fronteiras em Foco. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2011, 344 p.
COSTA, Edgar Aparecido da., OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado de (orgs.). Seminário de Estudos Fronteiriços, 17 a 19 de março de 2008 – DHL/CPAN/UFMS. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2009, 206 p.
COSTA, Edgar Aparecido da., SILVA, Giane Aparecida Moura da., OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado de (orgs.). Despertar para a Fronteira. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2009, 294 p.
COSTA, Gustavo Villela Lima da., OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado de., SIQUEIRA, Kiase Moraes e (orgs.). Fronteiras: Conflitos, Integração e Políticas Públicas. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2011, 274 p.
ESSELIN, Paulo Marcos. A Gênese de Corumbá: Confluência das Frentes Espanhola e Portuguesa em Mato Grosso: 1536-1778. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2000, 180 p.
GENIOLE, Leika Aparecida Ishiyama., KODJAOGLANIAN, Vera Lúcia., VIEIRA, Cristiano Costa Argemon (orgs.). A Saúde da Família em Populações de Fronteira. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2011, 47 p.
ITO, Claudemira Azevedo. Corumbá: O Espaço da Cidade Através do Tempo. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2000, 104 p.
JARDIM, Denise Fagundes., OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado de (orgs.). Os Árabes e suas Américas. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2008, 247 p.
76
MARIN, Jérri Roberto. A Igreja Católica em Terras que só Deus Conhecia: O Acontecer e “Desacontecer” da Romanização na Fronteira do Brasil com o Paraguai e Bolívia. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2009, 513 p.
MORETTI, Edvaldo César. Paraíso Visível e Real Oculto. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2006, 176 p.
OLIVEIRA NETO, Antônio Firmino de., BECK, Marta Costa (orgs). Cotidiano: Cidade, Educação e Cidadania. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2011, 344 p.
OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado de (org.). Guerras e Imigrações. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2004, 204 p.
OLIVEIRA, Marco Aurélio Machado de (org.). Sobre Humanidades. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2007, 121 p.
OLIVEIRA, Tito Carlos Machado de (org.). Território Sem Limites: Estudos Sobre Fronteiras. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2005, 648 p.
OLIVEIRA, Tito Carlos Machado de. Uma Fronteira para o Pôr-do-Sol. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 1998, 148 p.
OLIVEIRA, Vitor Wagner Neto de. Estrada Móvel, Fronteiras Incertas: Os Trabalhadores do Rio Paraguai (1917-1926). 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2005, 204 p.
OSÓRIO, Antonio Carlos do Nascimento., PEREIRA, Jacira Helena do Valle., OLIVEIRA, Tito Carlos Machado de (orgs.).América Platina: Educação, Integração e Desenvolvimento Territorial: Textos Escolhidos, volume I.1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2008, 250 p.
OSÓRIO, Antonio Carlos do Nascimento., PEREIRA, Jacira Helena do Valle., OLIVEIRA, Tito Carlos Machado de (orgs.). América Platina: Educação, Integração e Desenvolvimento Territorial: Textos Escolhidos, volume II. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2008, 305 p.
PAIXÃO, Roberto Ortiz. Turismo na Fronteira: Identidade e Planejamento de uma Região. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2006, 225 p.
SILVA, Luisa Maria Nunes de Moura e., PINTO, Luiz Fernando Sanná., SOUZA, Nilson Araújo de (orgs.). Relações Internacionais do Brasil e Integração Latino-Americana. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2008, 324 p.
SILVA, Rosangela Villa da., RIVAS, Verônica Elizabeth., BARREDA, Suzana Vinicia Mancilla., GAERTNER, Lívia Galharte (orgs.). Congresso Internacional Brasil-Paraguai-Bolívia [de] Língua, Cultura e Interdisciplinaridade – Anais [do] I Congresso Internacional Brasil-Paraguai-Bolivia [de] Língua, Cultura e Interdisciplinaridade.1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2009, 291 p.
SOUZA, Osmar Ramão Galeano de. O Papel das Universidades na Fronteira. 1 ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2006, 156 p.
78
APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
1ª Parte. Estrutura editorial e administrativa
Com relação à estrutura editorial e administrativa, está ligada a:
( ) reitoria
( ) unidade de ensino
( ) fundação de apoio
( ) outros: _________________________________
Obs: _________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Presença de Conselho Editorial ( ) Sim Não ( )
Existência de política editorial ( ) Sim Não ( )
Grau de autonomia perante a Universidade
Possui autonomia editorial ( ) Sim Não ( )
Descreva: ____________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Possui autonomia administrativa ( ) Sim Não ( )
Descreva: ____________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Possui autonomia financeira ( ) Sim Não ( )
Descreva: ____________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Descreva o sistema de contratação de funcionários de sua Editora ________________
_____________________________________________________________________
Sua editora possui gráfica ( ) Sim Não ( )
Sua editora possui livrarias ( ) Sim Não ( )
Sua editora possui distribuidora ( ) Sim Não ( )
Descreva a Política de direitos autorais de sua Editora _________________________
_____________________________________________________________________
2ª Parte. Caracterização da Produção Editorial
Qual é o Número de títulos publicados/ano por sua Editora
_____________________________________________________________________
Qual é o Número de títulos por área temática
_____________________________________________________________________
79
Possui títulos publicados em outras línguas além do espanhol
Descreva_____________________________________________________________
Possui títulos publicados em outro suporte além do papel
Descreva_____________________________________________________________
Possui títulos publicados em regime de co-edição
Descreva_____________________________________________________________
Qual o número de títulos publicados referente a temática fronteiriça
Descreva_____________________________________________________________
Como ocorre o registro das publicações em sua Editora
Descreva_____________________________________________________________
Como ocorre o processo editorial em sua Editora (fluxo)
Descreva_____________________________________________________________
Como ocorre o processo de publicação em sua Editora (fluxo)
Descreva_____________________________________________________________
Como ocorre o processo de divulgação da produção em sua Editora (fluxo)
Descreva_____________________________________________________________
3ª parte. Caracterização da produção editorial (validado por Ursi, 2005)
A. Identificação
Título do livro: ___________________________________________________
Autores: ________________________________________________________
País: ___________________________________________________________
Idioma: _________________________________________________________
Ano de publicação: _______________________________________________
Edição: _________________________________________________________
Volume: ________________________________________________________
Número: ________________________________________________________
Editora: _________________________________________________________
80
B. Instituição sede do estudo
Universidade: ____________________________________________________
Outras instituições: _______________________________________________
Não identifica o local: ______________________________________________
C. Tipo de publicação por área temática
Área temática: __________________________________________________
Publicação de outra área temática. Qual? _____________________________ D. Características metodológicas do estudo Tipo de publicação Registro das publicações: Série: Sim ( ) Não ( ) Caso positivo, qual? ___________________ Capítulo: Sim ( ) Não ( ) Artigos: Sim ( ) Não ( ) Pesquisa ( ) Abordagem quantitativa ( ) Abordagem qualitativa ( ) Revisão de literatura ( ) Relato de experiência ( ) Outras ______________________________________________________
Objetivo ou questão de investigação
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Conclusão
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Fonte: Adaptado de Sagastizabal (2006) e Ursi (2005).
81
APÉNDICE A - INSTRUMENTO DE RECOLECCIÓN DE DATOS
1. Estructura editorial y administrativa 1.1Con relación a la estrutura editorial y administrativa, está relacionada a: ( ) rectoria ( ) unidad de enseñanza ( ) fundación de apoyo ( ) otros: _________________________________ Obs: ___________________________________________________________ _______________________________________________________________ 1.2 Presencia de Consejo Editorial ( ) Si No ( ) 1.3 Existencia de política editorial ( ) Si No ( ) 1.4 Grado de autonomía imperante en la a Universidad Posee autonomia editorial ( ) Si No ( ) Describa: ______________________________________________________________________________________________________________________________ Posee autonomia administrativa ( ) Si No ( ) Describa: ______________________________________________________________________________________________________________________________ Posee autonomia financiera ( ) Si No ( ) Describa: ______________________________________________________________________________________________________________________________ Describa el sistema de contratación de funcionarios de su editora ______________________________________________________________________________________________________________________________ Su editora posee grafica ( ) Si No ( ) Su editora posee libreria ( ) Si No ( ) Su editora posee distribuidora ( ) Si No ( ) Describa: la Política de derechos autorales de su Editora ______________________________________________________________________________________________________________________________ Caracterización de la Producción Editorial Cuál es el número de títulos publicados/año por su Editora _______________________________________________________________ Cuál es el número de títulos por área temática _______________________________________________________________
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Posee títulos publicados em outras lenguas,además del español Describa _______________________________________________________________ Posee títulos publicados en otro soporte,admás Del papel Describa _______________________________________________________________ Posee títulos publicados em regimen de co-edición Describa _______________________________________________________________ Cuál es número de títulos publicados referentes a temática fronteriza Describa _______________________________________________________________ Como ocurre el registro delas publicaciones em su Editora Describa _______________________________________________________________ Como ocurre el proceso editorial en su Editora (proceso) Describa _______________________________________________________________ Como ocurre el proceso de publicación em su editora (proceso) Describa _______________________________________________________________ Como ocurre el proceso de divulgación de la producción em su editora (proceso) Describa _______________________________________________________________
3ª parte. Caracterización de la Producción Editorial en el tema frontera
A. Identificacion
Título del libro : ____________________________________________
Autores: __________________________________________________
País: ____________________________________________________
Idioma: __________________________________________________
Año de publicacion: _________________________________________
Edicion: __________________________________________________
Volumen: _________________________________________________
Número: _________________________________________________
Editoria: __________________________________________________
83
B. Instituicion sede do estudo
Universidad: ______________________________________________
Otras instituiciones: _________________________________________
No identifica el local: ________________________________________
C. Tipo de publicação por área temática
Área temática: ________________________________________
Publicacion em otra area tematica. Cuál? ___________________ D. Caracterización metodológica del estudio Tipo de publicacion Registro delas publicaciones: Série: Si ( ) No ( ) Caso cierto, cuál? ___________________ Capítulo: Si ( ) No ( ) Artigos: Si ( ) No ( ) Pesquisa ( ) Abordaje quantitativa ( ) Abordaje qualitativa ( ) Revision de la literatura ( ) Informe de la experiência ( ) Otras ____________________________________________
Intención ou question de la investigacion
_________________________________________________________
_________________________________________________________
Conclusion
Fonte: Adaptado de Sagastizabal (2006) e Ursi (2005).
84 APÊNDICE B – ANÁLISE DOCUMENTAL DO CONTEÚDO DOS LIVROS PUBLICADOS
Título do livro Autores Organizadores Ano
Editora Registro das publicações
A Igreja Católica em Terras que só Deus conhecia O Acontecer e “Desacontecer” da Romanização na Fronteira do Brasil com o Paraguai e Bolívia
Jérri Roberto Marin
2009 UFMS
Fronteiras e Fronteiriços: A Formação histórica do Sul de Mato Grosso. A Igreja católica em terras que só Deus conhecia: Erguer cruzes e altares e forjar cristãos. Em busca da Consolidação da Diocese. O avanço da ofensiva romanizante: Impasse e Resistência. O Acontecer e desacontecer da Romanização. A Pastoral do Sertão e do Pantanal. Saída: Caminhos e Descaminhos da Igreja católica nas Terras que só Deus Conhecia.
A Saúde da Família em Populações de Fronteira
Leika Aparecida Ishiyama Geniole, Vera Lúcia Kodjaoglanian, Cristiano Costa Argemon Vieira
2011 UFMS
Diagnóstico da Situação de Saúde dos Municípios Fronteiriços de Mato Grosso do Sul. O Atendimento a Estrangeiros e Brasileiros não Residentes no Brasil constitui um problema para os Serviços de Saúde? A Experiência do SIS-Fronteira em Mato Grosso do Sul e MERCOSUL.
América Platina Educação, Integração e Desenvolvimento Territorial I
Antonio Carlos do Nascimento Osório, Jacira Helena do Valle Pereira, Tito Carlos Machado de Oliveira
2008 UFMS
Algumas considerações sobre a migração internacional transfronteiriça a partir do caso da migração boliviana em Corumbá, Mato Grosso do Sul. A estratégia da diplomacia brasileira no processo de integração regional. Organización económica del territorio paraguayo: integración regional, desintegración nacional. As trocas e a territorialidade na fronteira Ponta Porã (Brasil) e Pedro Juan Caballero (Paraguai). Brasil e Bolívia: entre a negociação e o nacionalismo. A recepção do gênero cyberpunk na América Platina: três casos exemplares. Análise do mercado de trabalho feminino no Brasil e na Bolívia. A “Comissão Rondon” e o controle estatal das fronteiras oeste e noroeste do Brasil. Território e cultura: manifestações da comunidade paraguaia em Dourados. O lugar, cotidiano e sustentabilidade. O custo/aluno/ano de duas escolas da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Condições de conurbação internacional (o caso Corumbá-Puerto Quijarro-Puerto Suárez).
América Platina Educação, Integração e Desenvolvimento Territorial II
Antonio Carlos do Nascimento Osório, Jacira Helena do Valle Pereira, Tito Carlos Machado de Oliveira
2008 UFMS
Práticas culturais em espaços nacionais fronteiriços: ‘leituras’ da mídia local. Telejornalismo de fronteira: um estudo de comunicação na fronteira do Brasil com o Paraguai. Língua e legitimidade: a questão do outro. Português e Espanhol: línguas em contato na fronteira Brasil/Bolívia. Qué es argentino en la frontera patagónica? ¿Qué es chileno en la frontera patagónica? Una discusión en torno a los límites y marcas de la argentinidad y la chilenidad. Escolas de fronteira: espaços de trocas, diálogos e aproximações. Horizontes escolares nos limites da fronteira Uruguai/Brasil: as escolhas escolares dos jovens “locais” e dos “jovens” imigrantes palestinos. América Latina: la integración en la disyuntiva. A
85
constituição do território turístico de Pedro Juan Caballero (Paraguai). Arqueologia educacional no Mercosul. Trabalho, profissionalização e desemprego: disciplina e biopolítica na atualidade. Movimentos Migratórios Fronteiriços: Bolivianos e Paraguaios em Mato Grosso do Sul.
Catadores de Iscas e o Turismo da pesca no pantanal mato-grossense
Álvaro Banducci Júnior 2006 UFMS
O Turismo no Pantanal do Mato Grosso do Sul: A Planície Pantaneira. Dos viajantes aos turistas: as modalidades de visitantes de Corumbá-MS. A implantação da infra-estrutura para o turismo pesqueiro. Os trabalhadores da pesca. O turismo no Rio Miranda. Passo da Lontra. A “Favelinha”. Os acampamentos de “isqueiros”. Os pescadores e as iscas. As técnicas de captura e armazenamento de iscas. O Comércio de iscas. A coleta e o meio ambiente. De pescadores a “piloteiros”. Considerações preliminares. Antropologia e turismo: Turismo nas Ciências Sociais. O turismo na Antropologia. As distintas abordagens do turismo. Antropologia brasileira e turismo. Turismo no Pantanal. Paradigmas da Antropologia do Turismo. Considerações preliminares. Turismo e sustentabilidade: A noção de Desenvolvimento. Globalização e a nova ordem internacional. Efeitos da internacionalização do capital na estrutura sócio econômica do Pantanal. Crise ambiental e as críticas ao modelo capitalista de desenvolvimento. “Sustentabilidade”: novo paradigma do desenvolvimento ou mero clichê? O debate acerca da sustentabilidade do turismo. “Nativos” em trânsito. Pesca e ambiente. Considerações finais: turismo e memória nos rios do Pantanal.
Congresso Internacional Língua, Cultura e Interdisciplinariedade
Rosangela Villa da Silva,Verônica Elizabeth rivas, Suzana Vinicia Mancilla Barreda, Çívia Galharte Gaertner
2009 UFMS
A ausência de marca de plural na fala e na escrita de alunos do Ensino Fundamental A ironia cômica do barril de amontilado de Edgard Alan Poe As metáforas da identidade feminina presente em Bliss de Katherine Mansfield As Representações de / L / E / R / Na Oralidade e na Escrita de Falantes do Ensino Fundamental e Médio (Ensino Regular E Eja) Aprendizagem na fronteira: O Papel da Língua Estrangeira Nesse Complexo Contexto Sociolingüístico Entre a pintura e a literatura: (des)limites entre vida e obra na escritura/pintura clariciana Interdisciplinaridade no Ensino de Ele (Espanhol – Língua Estrangeira) Nas Regiões Fronteiriças Intertextualidade nas Poesias Musa Cabocla e A Bela E A Fera De Waly Salomão La Escritura Diarista en La Obra Hijo de Hombre Mídia na fronteira Brasil/Bolívia - Observações sobre jornal impresso na fronteira Nós e a gente: traços sociolingüísticos no assentamento O aspecto temporal em A dança final, de Plínio Marcos O Coro Polifônico Machadiano: uma Leitura de Entre Santos O Estrangeiro e a Alteridade na Obra de Taunay Pós-Modernismo e Manoel de Barros: O Diálogo com o Inconstante Possibilidades do Turismo: Da concentração de renda à inclusão social Práticas comerciais na Fronteira Brasil-Bolívia Tempo e Identidade em Vondervotteimittiss de Edgar Allan Poe Turismo, arte religiosa e linguagem em Minas Gerais Um militar na fronteira Oeste: Antônio Maria Coelho Um olhar sobre Santa Cruz de La Sierra/Bolívia.
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Corumbá O Espaço da cidade através do tempo
Claudemira Azevedo Ito
2000 UFMS
Corumbá O Espaço da Cidade nos dias de hoje. A distribuição espacial das atividades urbanas. O centro: residências, comércio e serviços. Áreas de comércio atacadista. O espaço histórico de Corumbá: o porto e suas funções. Porto: Porta de entrada da indústria. Crise e euforia na economia corumbaense (1940-1970). Década de 1970: cheias e prejuízos. Do sonho da indústria à realidade. Uma cidade transformando-se por novas funções: turismo e suas necessidades. A paisagem urbana e o turismo. Corumbá. O processo de formação da Cidade. Da fundação à Guerra do Paraguai. Da Guerra do Paraguai ao apogeu do comércio na Bacia do Prata. A decadência do eixo econômico platino: A construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) e da rodovia BR-262. Corumbá. As relações latino-americanas centrais do continente. Corumbá e as cidades bolivianas da fronteira. Corumbá. As perspectivas para o crescimento.
Cotidiano Cidade,Educação e Cidadania
Antônio Firmino de Oliveira Neto, Marta Costa Beck
2011 UFMS
O cotidiano e suas possibilidades. Direito à felicidade: um retrato do cotidiano. Military Discourse: analysis of military dailylife representations produced by the media. Lógica e vida fronteiriças. O cotidiano da sala de aula. O cotidiano de uma sala de tecnologia educacional na perspectiva da psicologia histórico cultural. O ensino fundamental de nove anos e seus cotidianos. Ludicidade no cotidiano das instituições de ensino e suas conexões com o contexto social do educando. Práticas cotidianas na educação. Acadêmicos do curso de pedagogia: o cotidiano nos estudos. A formação dos professores no cotidiano das escolas. Revelando a ‘memória’ da educação especial em Aquidauana: marcos indicadores de uma trajetória. As práticas cotidianas e a construção do espaço urbano. Cidades projetadas: temporalidades e fluidez pós-moderna. A cidade como metáfora do caos: ordenamento urbano e o controle do cotidiano no Brasil da belle èpoque. Fronteiras do cotidiano: turismo e identidade no espaço urbano. A inserção dos artesãos na atividade do turismo: economia solidária como estratégia de desenvolvimento. A cidade e as práticas socioambientais. O cotidiano e as práticas de arborização na área urbana de aquidauana. A vulnerabilidade espacial climática expressa no cotidiano da cidade de Aquidauana. Uma abordagem dos elementos socioambientais e saúde coletiva na cidade de Aquidauana. Extrato urbano.
Educação e Trabalho na Fronteira de Mato Grosso: Estudo Histórico sobre o trabalhador ervateiro (1870-1930)
Carla Villamaina Centeno
2008 UFMS
O Trabalhador ervateiro na historiografia regional. A Historiografia Autodidata. Compêndios. Monografias . A Historiografia Acadêmica. Monografias. Controvérsias. A educação nos Ervais de Mato Grosso. O Saber-fazer do Trabalhador Paraguaio nos Ervais de Mato Grosso. O trabalho como princípio educativo. Eram as escolas responsáveis pela educação do trabalhador ervateiro? A “escola” do trabalhador ervateiro. A organização manufatureira nos ervais de Mato Grosso. A importância do saber para o trabalhador ervateiro. As modificações no processo de trabalho nos ervais: as tendências à expropriação do saber. As relações de trabalho nos ervais: a escravidão por dívidas. Os
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Trabalhadores dos Ervais Mato-grossenses. “Os filhos do clima”: os primeiros trabalhadores da fronteira. A chegada dos imigrantes paraguaios e gaúchos. A imigração gaúcha: ameaça ao monopólio? O Monopólio do Mate em Mato Grosso: A Companhia Matte Laranjeira. O monopólio em disputa. A formação do monopólio: a criação da Companhia Matte Laranjeira.
Estrada Móvel, Fronteiras Incertas Os trabalhadores do Rio Paraguai (1917-1926)
Vitor Wagner Neto de Oliveira
2005 UFMS
A inserção de Mato Grosso na “modernidade” A formação das fronteiras, o desenvolvimento do comércio e a urbanização do Sul de Mato Grosso. A estrada móvel que traz mudanças. Outra guerra e a locomotiva: tempos modernos em Corumbá. Controle e resistência Movimento operário? Controle dos imigrantes. Segurança para quem? Os trabalhadores e suas organizações. Os marítimos em destaque. Para a legalidade, o mutualismo. Para as conquistas, a resistência. As leis, os trabalhadores e as greves. Repressão. Nem tudo está perdido.
Fronteiras Conflitos, Integração e Políticas Públicas
Gustavo Villela Lima da Costa, Marco Aurélio Machado de Oliveira, Kiase Moraes e Siqueira
2011 UFMS
Conflitos e Integrações. Gênero e Violência: Questões sem fronteira. Fronteira: Um lugar de ambiguidade, conflitos e soluções. O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá e a não aplicação de princípios constitucionais. Conflitos e possibilidades a realidade escolar num contexto fronteiriço. Universidade e Editoras Universitárias: Papéis e vínculos. Homens que labutam: um breve panorama sobre os trabalhadores livres na fronteira Oeste do Império do Brasil (1830-1880). O Conceito de fronteira na poética de Manuel de Barros. A criança migrante na fronteira Brasil-Bolívia: desafios e dificuldades. Fronteira e contrabando: A globalização está em casa? Política e Gestão Pública. O turismo e a fronteira, uma breve discussão. Concepções da fronteira: O Olhar sobre programas federais de integração fronteiriça no Brasil do século XXI. Qualidade de água do Rio Paraguai na região de fronteira Brasil-Bolívia. Uma discussão sobre direito de uso do SUS pelo “estrangeiro” da fronteira. Geografia da saúde na região de fronteira brasileira: Um enfoque no Mercosul. Criando bases para o uso sustentável de biomassa do Pantanal para fins energéticos: Avaliação sociocultural e econômica do camalote na planície pantaneira. Cultura e Patrimônio na Perspectiva das Fronteiras.
Despertar para a Fronteira
Edgar Aparecido da Costa, Giane Aparecida Moura da Silva, Marco Aurélio Machado de Oliveira
2009 UFMS
Cultura e Populações. El chaco em transición: de la disponibilidade de tierras de 1990 a los nuevos territórios em 2008. A fronteira e a fronteira Brasil-Bolívia: Um viés histórico. Fronteiras: Imigração e (Pre)conceitos. O imigrante e um destino chamado fronteira. O imigrante – Um estranho fora do ninho. Uma cidade fronteiriça: Duas moedas do mesmo lado. A educação no contexto social fronteiriço. Território, Política e Trabalho. Diálogo e Desenvolvimento territorial. Ordenamento, territorialidade e Qualidade de vida. Fronteira, Criatividade e Desenvolvimento Regional. Saúde e fronteira: A difícil tarefa da gestão pública. Sistema integrado de saúde das fronteiras – O caso de Brasil-Bolívia. A informalidade das relações de trabalho na região fronteiriça Brasil-Bolívia em Corumbá-MS: Um primeiro Olhar.
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Fronteiras em Foco Edgar Aparecido da Costa, Gustavo Lima da Costa, Marco Aurélio Machado de Oliveira
2011 UFMS
Reflexões e Teorias. Uso do território e fronteiras políticas no período da globalização. Lugares de frontera y movilidades comerciales em el sur sudamericano: Uma aproximación multiescalar. Estudos de fronteira: estudos de lógica. Pesquisas em zonas de fronteiras: Contextos, temas e abordagens interdisciplinares. Fronteiras, línguas e sujeitos. Aproximando o Foco. Uruguay frontera y sociedade. Mexe com o que? Vai para onde? Constrangimento de ser fronteiriço Fechar a fronteira: Rituais, estratégias políticas e mobilização social em Arroyo Concepcion/Puerto Quijarro-Bolívia. Relações mediadas pela atividade turística – considerações sobre os pescadores artesanais na fronteira do Brasil com a Bolívia. Expedição Científica Roosevelt – Rondon: Pan-americanismo, fronteira noroeste e consolidação do mito Rondon. Disseminando Idéias. Estados nacionais, Fronteiras e o ensino de Geografia. A Problematização sociedade e natureza do ponto de vista de desastres. Pantanal mato-grossense: Lugar de rios nômades. As contribuições aos estudos fronteiriços pelo Curso de Geografia da UFGD. O curso de geografia do campus de Três Lagoas/UFMS e sua dinâmica territorial.
Estudos Fronteiriços Edgar Aparecido da Costa, Gustavo Vilela Lima da Costa, Marco Aurélio Machado de Oliveira
2010 UFMS
Fronteira: Um tema sem limites. Las regiones fronterizas,las regiones de interior y el surgimento de la “terceira región” em el oriene paraguayo. As fronteiras da identidade em Corumbá-MS: Significados discursos e práticas. A expansão da UFPEL e a Integração regional no Mercosul: A gestão de ações na fronteira Brasil-Uruguai. Unidades, Interações e representações fronteiriças: notas a a partir da tríplice fronteira entre Brasil,Paraguai e Argentina. Terrritorios turísticos na fronteira do Brasil e O Paraguai: Uma regionalização do planejamento. A capitania de São Vicente e o Projeto Assuncenho: Ensaios sobre a atuação de Portugueses e espanhóis na fronteira Brasil-Paraguai. La necesidad e uma crítica cultural de los processo de integracion. Em defesa da fronteira ocidental: O exercito no antigo Mato Grosso (1870-1914). Corumbá e Puerto Suárez, Fronteira e interações a escala humana. A circulação de narrativas orais na fronteira entre argentina,Brasil e Uruguai. Os quilombos afro-amazônicos nas Guianas: Breve notícia das populações “Marrons” do Suriname e da Guiana franacesa. A fronteira, a imigração e o fetiche do trabalho: Significações internacionais.
Fronteira Oeste Valmir Batista Corrêa 1999 UFMS
Mato Grosso do Sul. (A fronteira oeste revisitada). Introdução. Do brilho dos metais à riqueza da terra. Viajantes, comerciantes, mascates e fazendeiros. O controle do Rio Paraguai e o envolvimento de Mato Grosso na guerra da Tríplice Aliança. O papel do homem fronteiriço na luta pela posse da terra. Do comércio de carretas ao grande comerciante. A senhora da fronteira. Os rebeldes da fronteira. Os senhores da fronteira. conclusão (ou como a fronteira ficou brasileira). Pantanal: o enclave das águas. (resistência e conquista) uma trajetória historiográfica sul-mato-grossense.
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Guerras e Imigrações Marco Aurélio Machado de Oliveira
2004 UFMS
Guerras. A Psicanálise na Cultura: do Culto à Razão ao Poder dos Impossíveis. Perpetual Suspects and Permanent Others: Arab Americans and the War on Terrorism. Amor e Crime, Castigo e Redenção na Glória da Cruzada de Reconquista: Afonso VIII de Castela nas Batalhas de Alarcos (1195) e las Navas de Tolosa (1212). O Combate e o Combatente do Terceiro Milênio. Imigrações. Nacionalismos, Conflitos Étnicos e Identidade Palestina na Diáspora. A Presença Árabe-palestina na Mídia Impressa Fronteiriça. Identidade Étnica e Representação Política: Descendentes de Sírios e Libaneses no Parlamento Brasileiro, 1945-1998. Notas Sobre Uma Pesquisa Em Andamento. Imigrantes em Região de Fronteira: Condição Infernal.
História e Fronteira o sul de Mato Grosso 1870-1920
Lúcia Salsa Corrrêa 2012 UFMS
História Regional. A Fronteira. O sul de Mato Grosso: a fronteira das linhas maltraçadas. A fronteira indígena, lusa e castelhana. A fronteira na primeira metade do século XIX. O sul de Mato Grosso: A fase heróica e rebelde da fronteira. A fronteira do pós-guerra com os paraguaios. A conexão fluvial da fronteira com a Bacia do Prata. A inserção da fronteira no mercado mundial. A posse da terra e o boi na fronteira sul. A fronteira da rebeldia e da transgressão.
O Papel das Universidades na Fronteira
Osmar Ramão Galeano de Souza
2009 UFMS
Flexibilização das Fronteiras do Brasil, Paraguai e Bolívia. Propostas Teóricas: dos Tradicionais Limites para Espaço de Cooperação. Fronteira como Espaço de integração. Classificação de Fronteiras. Projetos Marcam História na Fronteira. Necessidades de Controle de Doenças nos Rebanhos Bovinos na Fronteira. Comunicação – estradas, hidrovias, ferrovias,pontes e portos. Investimento n meio ambiente/Pantanal. Ciências Humanas e Sociais subsidiam as relações internacionais na Fronteira. Cenário da Fronteira como Espaço da Cooperação Internacional. Antigas necessidades e novos projetos. Entre novos atores, as Universidades e Corporações Mistas. Questão da Hidrovia Paraguai-Paraná. Fronteiras como espaço internacional e a pressão externa. Uma proposta de pauta para as universidades.
Os árabes e suas Américas
Denise Fagundes Jardim, Marco Aurélio Machado de Oliveira
2007 UFMS
Contested Representations in the Classroom: Divergent Meanings of Arabic as a oreign Language Curriculum. A dimensão nacional do processo imigratório dos sírios e libaneses no Brasil: os patrícios no Nordeste. Os imigrantes sírio-libaneses no Brasil entre 1920 e 1926. Percepção do corpo consular francês. Inmigración, Etnicidad y Experiencias generacionales: el caso de los Sirios y Libaneses en Tucumán (Argentina). Rumo a uma compreensão micro-analítica da migração sírio-libanesa ao Brasil. A Imigração Libanesa para o Brasil e o Projeto de Retorno. Imigrantes palestinos no Estado do Rio Grande do Sul: casamento, política e identidade étnica. Our Roots in the Mezze: The Politics of Food and Arab-American Women Poets. Ethos da mobilidade, performance da nacionalidade e cidadania entre os homens de negócios palestinos do Chile e do Honduras. Os Palestinos no Extremo sul do Brasil e a Evocação da Origem. Existe um jeito Brasileiro de Relacionar-se com Estrangeiros?
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Paraíso Visível e Real Oculto A atividade turística no Pantanal
Edvaldo Cesar Moretti 2006 UFMS
Pantanal: a construção de uma região. A relação entre o local Pantanal e o Global Caracterização do chamado processo de globalização. O lugar Pantanal no contexto da globalização. Gasoduto Bolívia-Brasil. Hidrovia Paraguai-Paraná. Turismo. Construção e desconstrução: o Turismo no Pantanal A gênese do processo de racionalização. O Pantanal construído e consumido para e pelo turismo. A proposta do modelo “desenvolvimento sustentável” ara a atividade turística no Pantanal: o ecoturismo. A atividade turística no Pantanal e a participação do Estado. A participação estatal através de Grandes Projetos Programa Pantanal. Programa de Desenvolvimento Sustentável do Pantanal. Plano de Desenvolvimento Turístico Sustentável de Mato Grosso do Sul – PDTUR. A regulação da atividade turística: a Legislação Estadual. O turismo no Pantanal Mato-Grossense e as transformações no mundo do trabalho. Os trabalhadores do turismo no Pantanal. Os “isqueiros”. Os trabalhadores nos hotéis-pesqueiros. Trabalhadores em barcos-hotéis. Transformações no mundo do trabalho e (des- tradicionalização).
Relações Internacionais do Brasil e Integração Latino-americana
Luisa Maria Nunes de Moura e Silva,Luiz Fernando Sanná Pinto,Nilson Araújo de Souza
2008 UFMS
AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS CONTEMPORÂNEAS E A AMÉRICA LATINA 1. Hegemonia e reestruturação do Sistema Mundial Capitalista. 1.1 A divisão do mundo e o expansionismo estadunidense. 1.2 A hegemonia dos EUA na ordem econômica internacional de pós-guerra . 1.3 Começa o declínio dos EUA. 1.4 A tentativa de “exportar” a crise e a “detente”. 1.5 O agravamento da crise e a estratégia da Trilateral. 1.6 Reaganomics:ou a economia política do terror neoliberalismo e Warfare State. 1.7 Faltava sustentabilidade à recuperação estadunidense. 1.8 Bush (filho) tenta impor “nova ordem mundial” através das armas. 1.9 Reação da periferia: a união faz a força. 2. A dialética das integrações na América Latina. 2.1 Ocupação, exploração e escravidão na América Latina. 2.2 Emancipação e projeto de integração na América Latina. 2.3 Derrota da primeira vaga integracionista. 2.4 Doutrina Monroe: “A América para os americanos”. 2.5 Crise do modelo dependente e Pacto ABC. 2.6 A Grande Depressão e a segunda onda de integração. 2.7 Doutrina da Contra-Insurgência x Integração da América Latina. 2.8 Ditaduras subordinadas aos EUA bloqueiam projeto integracionista. 2.9 Esgotamento da ordem econômica de Bretton Woods e nova tentativa de integração da América Latina. 2.10 A crise da dívida, a redemocratização e a nova onda. 2.11 “Consenso de Washington”, “Nova Ordem Mundial” e “Iniciativa para as Américas”. 3. A crise do neoliberalismo e o novo contexto latinoamericano. 3.1 A crise dos EUA e o “Consenso de Washington”. 3.2 A crise do neoliberalismo. 3.3 A Conjuntura Política Latino-Americana: o caso
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do Brasil. 3.4 A Conjuntura Política Latino-Americana: o caso da Argentina. 3.5 A Conjuntura Política Latino-Americana: o caso da Venezuela. 3.6 A Conjuntura Política Latino-Americana: o caso da Bolívia. 3.7 A ascensão de um novo modelo de integração na América do Sul? OS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO NA AMÉRICA LATINA. 4. Integração e desenvolvimento na América Latina. 4.1 A integração da América Latina: alguns fatos históricos. 4.2 O desenvolvimento da América Latina e a integração. 4.3 A integração da América Latina e a Paz. 4.4 Perspectivas de Integração Latino-Americana. 5. O Mercosul e a Integração Latino-Americana. 5.1 Globalização e regionalização da economia: crise do capitalismo central. 5.2 A regionalização na América Latina. O CONFLITO ENTRE DUAS ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA REGIONAL. 6. O projeto de integração dos EUA e a América do Sul. 6.1 ALCA expressa interesse estratégico dos EUA. 6.2 Contexto em que nasceu projeto da ALCA. 6.3 A proposta dos EUA para a ALCA. 6.4 EUA pregam livre comércio, mas intensificam o protecionismo. 6.5 Integração econômica e desníveis regionais. 7. A estratégia brasileira para a integração regional. 7.1 Governo Fernando Henrique aceita projeto da ALCA, mas reduz ritmo. 7.2 Governo Lula muda orientação acerca da ALCA. 7.3 Limites externos à integração sul-americana. 7.4 Limites internos à integração sul-americana. 7.5 Possibilidades da integração sul-americana. 7.6 Ou ALCA ou Unasu
Seminário de Estudos Fronteiriços
Edgar Aparecido da Costa, Marco Aurélio Machado de Oliveira
2009 UFMS
Fronteira: Um tema sem limites. Las regiones fronterizas,las regiones de interior y el surgimento de la “terceira región” em el oriene paraguayo. As fronteiras da identidade em Corumbá-MS:Significados,discursos e práticas. A expansão da UFPEL e a Integração regional no Mercosul: A gestão de ações na fronteira Brasil-Uruguai. Unidades,Interações e representações fronteiriças:notas a a partir da tríplice fronteira entre Brasil,Paraguai e Argentina. Terrritorios turísticos na fronteira do Brasil e O Paraguai:Uma regionalização do planejamento. A capitania de São Vicente e o Projeto Assuncenho: Ensaios sobre a atuação de Portugueses e espanhois na fronteira Brasil-Paraguai. La necesidad e uma crítica cultural de los processo de integracion. Em defesa da fronteira ocidental: O exercito no antigo mato Grosso (1870-1914). Corumbá e Puerto Suárez,Fronteira e interações a escala humana. A circulação de narrativas orais na fronteira entre argentina,Brasil e Uruguai. Os quilombos afro-amazônicos nas Guianas: Breve notícia das populações “Marrons” do Suriname e da Guiana frnacesa. A fronteira, A Imigração e o fetiche do trabalho: Significações internacionais
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Televisão Fronteiriça TV e jornalismo na fornteira do Brasil e Paraguai
Marcelo Cancio 2011 UFMS
1 – Territórios, Fronteiras e Cidades. 2 – Identidades, Jornalismo e Comunicação na fronteira. 3 – Comunicação, Local e TV fronteiriça. 4 - A televisão na fronteira do Brasil com o Paraguai. 5 - A fronteira na TV.
Território Sem Limites Tito Carlos Machado de Oliveira
2005 UFMS
A ordem e a desordem ou os paradoxos da fronteira l’ordre et le desordre ou les paradoxesde la frontiere. A política nacional de integração e desenvolvimento das fronteiras: o programa de desenvolvimento da faixa de fronteira – pdff. Território, movimento e desenvolvimento. Migrações brasileiras no paraguai. O desenvolvimento da faixa de fronteira: uma proposta conceitual-metodológica, las regiones de frontera: espacios complejos de la resistencia global, las reconfiguraciones territoriales del chaco paraguayo: entre espacio nacional y espacio mundial, cooperación y competencia internacional de regiones: hacia nuevas formas de gestión de desarrollo regional binacional, regionalismo fronteiriço e o “acordo para os nacionais fronteiriços brasileiros uruguaios”, descentralización ‘‘desde abajo’’ direitos trabalhistas aplicáveis ao trabalhador da fronteira vecindad e interacciones fronterizas en la región tijuana-san diego desarrollo económico regional en la frontera paraguai-brasil: estudio exploratório del alto paraná. Tempo, fronteira e imigrante: um lugar e suas ‘inexistências’. Integración transfronteriza en servicios personales de salud. Tendencias en la región norte de méxico y el sur de estados unidos. Tipologia das relações fronteiriças: elementos para o debate teórico-práticos. La frontera norte de méxico: población, migración y empleo. Território, identidade e cultura. Cultura fronteiriça do mercosul: poderes dos sem poder. El estado-nación y las literaturas nacionales:sus fronteras y límites, educação em mato grosso do sul: limitações da escola brasileira numa divisa sem limites na fronteira brasil-paraguai, culto aos mortos na fronteira entre brasil e paraguai: os rituais da sexta-feira santa em pedro juan caballero. Travessias e fronteiras: história, literaturae identidade gaúcha em barbosa lessa ericardo güiraldes, espaços de fronteiras nacionais, pólos de integração, la literatura gauchesca argentina y uruguaya en los siglos xix y xx, un esbozo. O pampa revisitado: em dia com alcides maya. A imagem desconhece fronteiras: será que o berço do cinema latino-americano é situado no pampa? Serra versus pampa: o rio grande do sul na obra de vianna moog
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Turismo na Fronteira: Identidade e Planejamento de uma Região
Roberto Ortiz Paixão 2006 UFMS
O PÓS-GUERRA E A CONSTRUÇÃO DE UM CENÁRIO TURÍSTICO GLOBALIZADO: UMA LEITURA GEOGRÁFICA Pós-Guerra, Guerra-Fria e Turismo. Pós-guerra, a questão ambiental e o turismo na perspectiva geográfica. Outros elementos para uma análise geográfica do turismo: o contexto da globalização. AS FRONTEIRAS E O TURISMO NO PÓS-GUERRA Fronteiras e limites no mundo globalizado: da noção à metamorfose conceitual. Megablocos, integração fronteiriça e turismo. As especificidades do turismo em áreas fronteiriças e o turismo de fronteira. O turismo pela fronteira. O turismo na fronteira. O Turismo de fronteira. PLANEJAMENTO REGIONAL DO TURISMO EM ÁREAS DE FRONTEIRAS. (Re)visitando o conceito de região: as regiões de fronteira e o turismo. Algumas experiências brasileiras de planejamento regional em áreas de fronteiras. A FORMAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA E A IDENTIDADE REGIONAL. A Região de Corumbá: localização, conurbação e identidade fisiográfica. A formação da região de Corumbá. A região no final do séc. XIX: a função militar. Da defesa territorial ao comércio. A pecuária no contexto regional. O início da integração Brasil-Bolívia no âmbito regional. A sociedade regional e suas inquietudes desenvolvimentistas: a mineração, a industrialização, a pecuária e o turismo. Na inércia industrial e na crise da pecuária: a abertura ao turismo. A REGIÃO TURÍSTICA FRONTEIRIÇA DE CORUMBÁ: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS. As políticas públicas e o turismo regional. A história do turismo na região de Corumbá. O turismo de pesca. O turismo no meio rural. O turismo de mochileiros ou “backpackers”. A panacéia da turistificação brasileira: o turismo de eventos e religioso na Região de Corumbá. O turismo nos municípios bolivianos. Excursionismo e turismo de compras na fronteira Brasil-Bolívia. Outras modalidades de turismo na província de German Busch – Bolívia. AS PERSPECTIVAS DE COOPERAÇÃO E/OU INTEGRAÇÃO DA REGIÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS: À GUISA DE CONCLUSÃ
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Uma Fronteira para o Pôr do Sol
Tito Carlos Machado de Oliveira
1998 UFMS
Abastecimento e Preços. O processo de abastecimento. Do centro dinâmico da economia brasileira. Da produção regional. Dos produtos “bolivianos”. O balé dos preços. Produção Industrial e Turismo. Industrialização pretérita. Industrialização presente. Turismo incerto. A participação da fronteira. Comércio e Serviços. A atividade comercial de Corumbá. Os serviços. Aspectos Urbanos, a Condição da Cidade. e a Relação Social Com a Fronteira.. O papel regional de Corumbá: novos parâmetros e novo rumo. Movimento e estrutura urbana. Relações sociais com a fronteira
A Gênese de Corumbá Confluência das Frentes Espanhola e Portuguesa em Mato Grosso 1536-1778
Paulo Marcos Esselin 2000 UFMS
CAPÍTULO 1 O PROCESSO DE OCUPAÇÃO DO PARAGUAI E O MOVIMENTO DE EXPANSÃO EM DIREÇÃO A MATO GROSSO O Avanço Espanhol e a Fundação de Santiago de Xerez, Primeiro Núcleo Populacional de Mato Grosso A Chegada dos Jesuítas e os Desdobramentos do Trabalho Missionário em Mato Grosso CAPÍTULO 2 O AVANÇO PORTUGUÊS E A DESCOBERTA DAS MINAS DE OURO DE CUIABÁ Desbravamento, Fixação, Povoamento de Mato Grosso e os Choques com os Pólos de Colonização Espanhola A Consolidação do Território e o Avanço ao Sul da Capitania CONSIDERAÇÕES FINAIS
Arqueologia, Etnologia e Etno-história em Iberoamérica: Fronteiras • Cosmologia • Antropologia em Aplicação
Rodrigo Luiz Simas de Aguiar, Jorge Eremites de Oliveira, Levi Marques Pereira
2010 UFGD
1. Como as pessoas e as coisas se fazem entender. 2. Penitência e flagelação no século XXI: Cariri cearense e ‘picaos’ riojanos. 3. Carnaval-semana santa: rituales ibéricos e iberoamericanos. 4. Paisagem, sociedades tradicionais agropastoris e patrimônio cultural: uma análise comparativa entre os ganaderos das dehesas salmantinas e os boiadeiros sul-mato-grossenses. 5. Apontamentos para uma etno-história da Ilha de Santa Catarina, 6. Mitología y saber tradicional en la franja norte de la Península Ibérica. 7. La territorialización de las redes de pertenencia social: un caso de religiosidad popular en Nativitas, Tlaxcala. 8. Cultura material e identidade étnica Guarani. 9. Reconhecimento de territórios indígenas e quilombolas em Mato Grosso do Sul: desafios para a antropologia social e a arqueologia em ambientes colonialistas. 10. Cemitérios oitocentistas: nas fronteiras entre Antropologia e História. 11.El candire de Condori. El saypurú y la “teirra sin mal. 12. Aproximaciones arqueologicas a la violencia. 13. Aplicaciones de la Etnoarqueología para interpretar el registro arqueologico de los cazadores-recolectores del pasado. Tres ejemplos de America del Sur. 14. Fragmentação da informação arqueológica no Estado da Paraíba: situação atual e perspectivas
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Dilemas e Diálogos Platinos: Fronteiras
Ângel Núñes, Maria Medianeira Padoin, Tito Carlos Machado de Oliveira
2009 UFGD
1. El jaguar y el cóndor: continuidad y cambio en lãs relaciones bilaterales brasileño-chilenas durante los primeros años del siglo XXI . Carlos Federico Domínguez Ávila. 2. O papel dos rios internacionais no diálogo regional os casos do reno e do saint-laurent. Paul Claval. 3. Cidades na Fronteira Internacional: conceitos e tipologia. Lia Osorio Machado. 4. Una fronteira singular. La vida cotidiana en ciudades gemelas: Rivera (Uruguay) y Sant’Ana do Livramento (Brasil). Gladys Bentancor. 5. A história das fronteiras guarani na província de MT (1749-1910). Antônio Brand, Neimar Machado de Sousa, Eva Maria Luiz Ferreira, Rosa Sebastiana Colman, Fernando A. Azambuja Almeida. 6. A alteração das relações de vizinhança entre Brasil e Paraguai: a aproximação cultural como política (1950-1970). Daniele Reiter Chedid. 7. A televisão na fronteira. Marcelo Vicente Cancio Soares . 8. Comunicação e práticas socioculturais fronteiriças: a mídia local de Corumbá (BR)-Puerto Quijarro (BO). Karla M. Muller, Vera L. S. Raddatz. 9. Revolución urbana en el Chaco: Las nuevas ciudades mundializadas del Paraguay. Fabrício Vasquez. 10. História e memória na fronteira de Mato Grosso com o Paraguai. Carla Villamaina Centeno. 11. O Déficit Institucional na resolução de conflitos transfronteiras: O Conflito pela Construção de um moinho de polpa perto do Rio Uruguai. Luigi Alberto Di Martino. 12. Mercociudades: La construcción del desarrollo y la institucionalización del trabajo en red. Carlos Nahuel Oddone. 13. Carta a Betancourt: referência à fronteira e imbricamento dos discursos geopolítico e jornalístico. Angela Maria Zamin. 14. Nuevos modelos de integración regional en amércia latina? Una respuesta desde la teoría de la autonomía. Leonardo Granato. 15. Economia do conhecimento e do aprendizado – sugestões de acréscimos para a agenda de regiões de fronteira da América Platina Arlindo Villaschi . 16. Desafios para uma cooperação técnica institucional de apoio às micro e pequenas empresas brasileiras na integração regional fronteiriça. Vinicius Nobre Lages.
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Dilemas e Diálogos Platinos: Relações e Práticas Socioculturais
Ângel Núñes, Maria Medianeira Padoin, Tito Carlos Machado de Oliveira
2010 UFGD
1. El frente extractivo de yerba mate y madera. Una actividad socioeconômica transnacional de la triple frontera. Roberto Carlos Abínzano 2. Linguagem, identidade nacional e a importância da perspectiva geopolítica. Kanavillil Rajagopalan. 3. Naturaleza, economia y territorio: consideraciones contra el colapso. Jorge Rodrigo Yaitul Stormansan. 4. El yaciyateré de Horacio Quiroga e o saci-pererê brasileiro: um diálogo entre mitos latino-americanos. Alice Signorini Feldens. 5. Complejidad, ecologia política y filosofia intercultural. Aproximaciones al problema de los dilemas ambientales en pensamientos socioculturales latinoamericanos contemporâneos. Nelson Vergara Muñoz. 6. Índio e “identidade cultural” em Mato Grosso do Sul: o discurso do Movimento Guaicuru. Gilberto Luiz Alves. 7. Desafios epistemológicos emergentes na relação intercultural. Reinaldo Matias Fleuri. 8. Políticas de lenguaje en el mercosur: una contraposición entre la ley federal brasileña y las disposiciones del bloque. Suzana Mancilla Barreda. 9. Crisis y transformación de la identidad-acción colectiva en México. Josè G. Vargas-Hernàndez. 10. Gaspar Silveira Martins, a fronteira platina e o federalismo. Maria Medianeira Padoin. 11. Extrañamiento y transtierro de los misioneros argentinos en 1817. Ángel Núñez. 12. La gobernabilidad de los sistemas metropolitanos. Una propuesta de indicadores. Mabel Causarano. 13. Ilusões, duras realidades e espírito de iniciativa na constituição do oeste platino. Tito Carlos Machado de Oliveira e Paulo Marcos Esselim. 14. Desarrollo local, cotidiano y participación popular en una perspectiva territorial. Sérgio Ricardo Oliveira Martins. 15. Campo Grande na Rota da Marcha para Oeste. Carlos Martins Junior e Carlos Alexandre Barros Trubiliano.
Ñande Ru Marangatu: laudo antropológico e histórico sobre uma terra kaiowa na fronteira do Brasil com o Paraguai, município de Antônio João, Mato Grosso do Sul
Jorge Eremites de Oliveira, Levi Marques Pereira
2009 UFGD
1 Quesitos da união/funai. 2 Quesitos do ministério público federa.l 3 Quesitos apresentados pelos autores. 4 Informações complementares.
97 APENDICE C – NÚMERO DE TÍTULOS PUBLICADOS DA EDITORA UFMS POR ÁREA TEMÁTICA
Número de títulos - Editora UFMS por área temática
Área Total
Administração 2
Arqueologia 7
Antropologia 3
Arquitetura e Urbanismo 3
Artes 2
Biotecnologia 2
Ciência Política 9
Ciências Biológicas 25
Ciências Contábeis 1
Ciências da Computação 3
Ciências sociais 4
Direito 6
Ecologia 7
Econôma 13
Educação 123
Educação Física 2
Enfermagem 4
Engenharia 1
Filosofia 4
Física 6
Geografia 30
História 67
Jornalismo 3
Letras 54
Lingüística 38
Matemática 23
Medicina 2
Medicina Veterinária 9
Pedagogia 3
Probabilidade e Estatística 2
Psicologia 5
Química 3
Turismo 5
Total 471
98 APENDICE D – EDITORAS UNIVERSITÁRIAS PÚBLICAS DOS ESTADOS DE MS,PR,SC,RS
Editoras universitárias públicas dos Estados de MS, PR, SC e RS
Editora Sigla Cidade Estado Editora da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
EDITORA UEMS Dourados MS
Editora da Universidade Federal da Grande Dourados
EDUFGD Dourados MS
Editora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
EDITORA UFMS Campo Grande MS
Editora Cultura em Movimento da Fundação Cultural de Blumenau
ECM Blumenau SC
Editora da Universidade da Região de Joinville UNIVILLE Joinville SC
Editora da Universidade Regional de Blumenau EDIFURB Blumenau SC Editora Unesc EDIUNESC Criciúma SC
Editora Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina
EDITORAUNISUL Palhoça SC
Fundação das Escolas Unidas do Planalto Catarinense
EDUNIPLAC Lages SC
Editora da Universidade Federal de Santa Catarina
EDITORA UFSC Florianópolis SC
Editora da Universidade Estadual de Londrina EDUEL Londrina PR Editora da Universidade Estadual de Maringá EDUEM Maringá PR
Editora da Universidade Estadual de Ponta Grossa
EDUEPG Ponta Grossa PR
Editora da Universidade Estadual do Centro Oeste
UNICENTRO Guarapuava PR
Editora da Universidade Federal do Paraná EDITORAUFPR Curitiba PR Editora e Gráfica Universitária EDUNIOESTE Cascavel PR
Editora da FURG EDITFURG Rio Grande RS
Editora da Univ. Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
EDITORAUNIJUI Ijuí RS
Editora da Universidade Católica de Pelotas EDUCAT Pelotas RS Editora da Universidade de Caxias do Sul EDUCS Caxias do Sul RS
Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul EDUNISC Santa Cruz do Sul RS Editora da Universidade Federal de Santa Maria
EDUFSM Santa Maria RS
Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
EDUFRGS Porto Alegre RS
Editora Universitária - FAU - Projeto Editora e Gráfica - UFPel
UFPEL Pelotas RS
UPF Editora - Fundação Universidade de Passo Fundo
UPF EDITORA Passo Fundo RS
100
AUTORIZAÇÃO PARA APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO
De: Carmen de Jesus Samúdio Para: Assunto: Projeto de Mestrado Prezado Senhor (a)
Tendo em vista o desenvolvimento da pesquisa de Mestrado “Contribuição das principais editoras universitárias de Mato Grosso do Sul (Brasil), Paraguai e Bolívia na temática fronteiriça”, sob orientação Professor Doutor Milton Pasquoto Mariani, solicito a Vossa Senhoria autorização para aplicação de questionário aos responsáveis pela Editora dessa Instituição.
Atenciosamente,
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Carmen de Jesus Samúdio Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
EDITORAS PÚBLICAS MS/SC/PR/RS
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