Zineô l Setembro 2013
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Transcript of Zineô l Setembro 2013
Por definição, as zines tratam-se (ou tratavam-se) de publicações impressas para a discussão de um ou mais gêneros culturais. Stephen Duncombe, autor de “Notes From The Underground. Zines and The Politics Of Alternative Culture” ressalta que, diferentemente da ideia comum de zines da cena punk e zines feministas, há diversos temas que podem ser explorados neste formato e ainda pertencerem ao gênero (mesmo que a definição e a classificação dentro de um gênero seja um conceito complexo de ser abordado aqui, por se tratar de uma publicação independente e livre).
Nos anos 70, com acesso ao mimeógrafo (um xerox à manivela), e nos anos 80, com o acesso, agora sim, à fotocópia; a virada do século trouxe novas tecnologias que facilitarm ainda mais a criação e a difusão de publicações (dessa vez, online). Os meios de publicação em larga escala nunca foram tão acessíveis e não é de se surpreender que as zines passaram para o cyberespaço, conectando-se ainda mais com as comunidades. Não mais se restringindo geograficamente, ganharam espaço e reconhecimento mundial.
Algo interessante de um ensaio apresentado no XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação foi a definição dos inúmeros webzines. O que é encontrado na maioria destes fóruns trata-se de “divulgação de cultura alternativa ou underground em oposição ao mainstream.
Zineô Juliana Gomes
O que pouco se lembra é que a maioria dos “bens culturais” online são de livre acesso, tudo é sujeito a ser cultura de massa. Acredito que nada que está online hoje possa ser chamado de underground. E é isso que faz desta uma zine diferente. Nós não somos underground, nós não somos alternativos.
Esta zine tem por objetivo a difusão de assuntos relacionados à Têxtil e Moda. É carregada de referências acadêmicas, relacionando em vários planos assuntos correntes com universitários do universo tecnológico têxtil, da moda, das artes e da administração e curadoria destes. Nós apreciamos a pesquisa que está sendo realizada hoje, que serão as tendências plásticas e tecnológicas de amanhã. Nós queremos saber para onde estamos indo e se estamos ou não convergindo para uma comunidade com linguagem interligada.
Meu espaço dentro desta fanzine está em divulgar pesquisas que estão sendo realizadas por alunos universitários, sejam eles de onde forem. Mas o começo tem que ser pelo que está próximo, por isso mandem seus projetos de pesquisa. Não precisam estar concluídos, contem-nos o porquê de você querer pesquisar isso. Nós precisamos nos comunicar. Criatividade, como disse alguma professora na minha primeira semana de aula, é repertório, bagagem cultural. Vamos analisar nossas próprias tendências e decidir se estamos seguindo para algo inovador e interessante. Mandem seus projetos visuais para ilustrar a coluna e a capa. Todos os créditos serão devidamente dados. Divulgue-se!
Sabe-se que existem variadas formas
de vício e, quando se trata de consumo, a
moda é um dos campos mais afetados.
Uma vítima da moda seria aquele
i nd iv íduo que busca a t r avés da
indumentária, e nela, a construção de uma
identidade tão efêmera quanto a sua
própria indústria. Objetivam-se a possuir
as mais novas tendências, os últimos
lançamentos antes de todos, a fim de
saciarem um âmago ávido pelo que é e o
que será usado.
A “patologia” da vítima da moda seria
de certa maneira a doença dos excessos:
excesso de submissão às últ imas
tendências, excesso de dinheiro investido,
excesso de dependência de auto-
afirmação, excesso de tempo e energia
gastos no processo da tentativa de
construção dessa identidade inalcançável .
Pode-se afirmar, portanto, que no
registro dessa atividade surge uma espécie
de “cronopatia”, uma doença associada ao
tempo. Neste sentido, a moda torna-se
para suas vítimas uma espécie de religião,
em que o mantra “ser a primeira e a mais
notada” é repetido infinitas vezes. O que
leva uma vítima da moda a agir desta
maneira? O que explica essa avidez pelo
novo?
Sobressair-se do grupo, custe o que
custar. Além disso, poderia ser o receio de
tornar-se um “clone”?
Vivemos em uma civilização na qual
impera a globalização indiferenciada, em
que reinam os substantivos coletivos.
D e s t e m o d o , a v í t i m a d a m o d a
experimenta o risco de não ser distinguida
no meio da totalidade, não se destacar da
massa e, em sua linha de raciocínio, não
ter valor algum. O perigo do “clone” jaz
no temor de alguém possuir antes dela
algo que ainda não tenha sido usado, ou
seja, de possuir uma novidade antes dela
e , desse modo, ser submet ida a
comparações. Ter uma peça ou acessório
primeiro que todos é uma necessidade.
Moda PatológicaPe!o Gonçalves
Definir e apontar uma vítima da moda torna-
se ímprobo, sendo preciso ir além do vínculo entre
valor pessoal e aparência; é necessário, neste caso,
de um elemento fundamenta l para sua
identificação: o que há de mais novo deve ser
adquirido e ostentado sem o menor atraso. O
objeto inacessível para o outro se torna, para a
vítima da moda (que o consegue antes de todos)
um objeto-fetiche.
“Quando uma mulher muda seu
visual com muita frequência, a
cada estação, ela se torna uma
fashion victim” – Giorgio Armani
“[...] Meu credo: seja bela e consumista”.
Esta citação encontra-se na contracapa do livro
“Hell (Paris – 75016)”. Escrito por Lolita Pille
(2003), a narrativa discorre sobre o cotidiano de
Ella (que adota o pseudônimo Hell), um garota
parisiense de 17 anos. Extremamente rica, passa
seus dias em busca de diversão no mais alto
círculo social da França. Ávida por consumo,
exige roupas das mais novas coleções, não admite
nada que já tenha sido usado por outra pessoa.
Este romance ilustra claramente como funciona a
mente de uma vítima da moda e nos leva a uma
série de reflexões sociais.
Embora dissertar sobre o assunto não vá
curar ninguém, é de suma importância sempre nos
questionarmos acerca de nossos hábitos. Para
Navarri (2010), “ser a primeira, nova e a mais
fashion, torna-se eventualmente possível por meio
da moda”, mas essa “terapia” mostra seu limite
pelo fato de que deve ser constantemente
renovada.
Na indústria da moda há muito pouca proteção de
propriedade intelectual. Há proteção da marca registrada, mas
não há proteção de direito autoral, e nem proteção de
patente. Tudo que eles têm é a “trademark protection” que
apenas impossibilita copiar a etiqueta da marca registrada
dentro da peça de vestuário. É por isso que você vê logos
espalhados por todas as partes nos produtos, se torna muito
mais difícil para os artistas imitadores copiarem esses
desenhos por não poderem.
O motivo pelo qual a indústria da moda não tem proteção
de direito autoral é porque a justiça decidiu que vestuário é
muito utilitário para se qualificar na proteção de direito
autoral. Eles não queriam que alguns designers fossem donos
dos blocos produtivos de nossas roupas.
Mas muito utilitário? É isso que você acha da moda? Não.
Achamos isso muito bobo e talvez muito desnecessário.
Aqueles que são familiarizados com a lógica por detrás de
direitos autorais, que sem incentivos não há motivos para
inovar, poderão se surpreender muito com o sucesso crítico e
econômico da indústria da moda.
Desenhistas de moda na verdade elevaram o desenho
utilitário, antes em coisas para cobrir nossos corpos nus, em
algo que consideramos arte. Há uma criatividade bem aberta.
Ao contrário de seus colegas que são escultores, fotógrafos,
cineastas ou músicos, fashion designers podem pegar qualquer
elemento de qualquer peça da história da moda e incorporar
em seu próprio design. São também conhecidos por pegar
emprestado o espírito de época.
Um dos efeitos colaterais mágicos de ter uma cultura de
copiar, o que isso realmente é, é o estabelecimento de
tendências. Como acontece? Bem, é porque é legal um copiar
o outro. Alguns acreditam que há poucas pessoas no topo da
cadeia alimentar da moda que ditam o que iremos usar. Mas se
falar com qualquer designer em qualquer nível, eles sempre
falam que suas maiores inspirações vêm das ruas, onde as
pessoas como você e eu combinam e misturam nossas
próprias versões da moda e é justamente aí que eles
conseguem muito de sua inspiração.
Nota-se que a cadeia funciona tanto de cima para baixo
como de baixo para cima nessa indústria. Agora, os gigantes
fast fashion têm se beneficiado ainda mais, provavelmente pela
falta de proteção de direitos autorais na indústria da moda.
Estes são conhecidos por copiarem designs de luxo e
venderem por preços baixos. E estão respondendo muitos
processos, mas raramente perdem. A justiça sempre repete
que não há necessidade de proteção autoral.
Moda Criativa
e a Proteção Autoral
Mariana Rossetto
Você pode olhar as cópias e até imaginar: como as
marcas de alto luxo se mantém nos negócios? Podendo-se
pagar 200, porque pagar 1000? Tom Ford, que havia acabado
de sair de uma temporada de sucesso como o principal
designer de Gucci, questionado sobre isso disse: “E
descobrimos depois de muita pesquisa, na verdade nem tanta
assim, que os clientes que compram falsificados, não eram nossos
clientes.”
É um grupo demográfico bem diferente. E sabemos que
um falsificado nunca é o mesmo que um original de alto
luxo, pelo menos em termos de matéria-prima, pois sempre
são feitos de materiais mais baratos. Mas às vezes até
mesmo versões mais baratas podem ter aspectos
charmosos, podem dar um pouco mais de vida a uma
tendência que está morrendo. Há muita virtude em copiar.
Muitos críticos apontam que agora temos uma maior
variedade de escolhas de design que jamais tivemos. E isso é
por causa da rápida indústria da moda. Isso é bom,
precisamos de muitas opções. Moda, caso goste ou não,
ajuda a te projetar no mundo. Por causa dessa rapidez na
moda, tendências globais são estabelecidas muito mais
rapidamente que antes.
Para os que não querem usar o que todos usam e
querem passar para a próxima tendência o mais rápido
possível, não há descanso no mundo da moda. A cada
temporada, os designers têm de lutar para conseguir uma
nova e fabulosa ideia que todos irão amar. E claro, há muitos
efeitos que essa cultura de copiar tem no processo criativo.
Existe muita reclamação sobre as cópias, mas devemos
concordar que isso força os estilistas a melhorarem. Eles
têm de ter novas ideias que seriam difíceis de copiar. E é
isso que eles estão fazendo o tempo todo. Estão tentando
desenvolver um visual assinado, uma estética que reflete
quem são. Quando outros copiam todos sabem, porque
foram eles que colocaram esse look na passarela e no seu
contexto é uma estética coerente.
Não é diferente no mundo da comédia. Piadas também
não podem ser protegidas por direitos autorais. Então
quando uma piada fica popular, todos a roubam. Mas agora,
temos um novo tipo de comédia. Eles desenvolvem um
personagem, um estilo, bem parecido com os fashion
designers e suas criações que somente funcionam dentro
daquela estética. Se alguém roubar uma piada, não será
engraçado.
Outra coisa que os estilistas têm feito para sobreviverem
nessa cultura de copiar é aprender a como copiar a si próprios.
Eles fazem acordos com as grandes redes de fast fashion da
moda, e chegam a uma forma de vender seus produtos a um
grupo demográfico distinto.
Diane Von Furstenberg, responsável pelo Conselho de
Fashion Designers da América disse para seu eleitorado que ela
conseguiria proteção de direitos autorais. Os varejistas
praticamente anularam esta noção pois essa legislação
provavelmente não chegue a lugar algum. Eles descobriram a
dificuldade em apontar a diferença entre um design pirateado e
algo que é parte de uma tendência global. “Quem é dono do
look?” é uma pergunta difícil de responder. Precisa-se de muitos
advogados e muito tempo de fórum.
Se falarmos com pessoas da indústria da moda e eles dirão
que é constrangedor roubar designs uns dos outros. Mas quer
saber, é revolucionário e é um modelo que diversas outras
indústrias poderão começar a pensar, porque as indústrias com
muita proteção de direitos autorais estão operando em uma
atmosfera como se não tivessem nenhuma proteção. E não
sabem o que fazer.
Existem dois principais tipos opostos dentre a lógica dos
direitos autorais. Primeiro: algo é um objeto artístico? Então
precisa de proteção. É um objeto utilitário? Então não, não
merece proteção.
A outra é: é uma ideia? É algo que precisa circular
livremente na sociedade sem proteção? Ou é uma expressão ou
ideia fisicamente presa, algo que alguém fez, e merecem ter isso
por um tempo para ganharem dinheiro.?
O problema é que a tecnologia digital transformou a lógica
desta expressão fisicamente presa e o conceito da ideia. Hoje
em dia não reconhecemos um livro como algo que fica na
estante ou música como um CD. É um arquivo digital. Não está
preso fisicamente, porque podemos copiar e transmitir
facilmente. Na verdade circulam em nossa cultura muito mais
como ideias do que como objetos físicos.
Os temas conceituais são verdadeiramente complicados
quando se fala sobre criatividade e propriedade. Precisa-se de
uma equipe pensando nisso, tentando descobrir que tipo de
modelo de propriedade em um mundo digital irá nos levar a
maior inovação. E minha sugestão é que a moda pode e deve
ser um bom lugar para começar a procurar esse modelo para
indústrias criativas no futuro.
CiRcULa! A VoLTa e mEiA dO tRiCô
O Coletivo Feito A Mão, por sua vez, apropriou-se das inconstâncias da vida contemporânea, caracterizadas pela perda da manualidade e das relações sociais, hoje intermediadas por celulares e internet, para resgatar as quase esquecidas técnicas tradicionais de tricô, crochê e bordado, “capazes de trazer calor e irmandade entre nós”, como relata a figurinista Flavia Lhacer, integrante do coletivo. E o que antes era uma troca de conhecimento entre um número limitado de pessoas, hoje é responsável por encontros mensais e abertos para incentivar as habilidades manuais de quem aparecer por lá. O coletivo ainda realiza intervenções na cidade de São Paulo e ministra aulas de tricô no Novelaria, uma loja que vende lãs no bairro de Pinheiros e, na minha opinião, um excelente lugar para conhecer o toque diferente de cada lã, um ótimo complemento para as aulas de Física Têxtil.
Nas aulas de Português aprendemos que os coletivos são substantivos que
representam coleções e agrupamentos. Longe de se caracterizarem em
palavras quadradas com seus significados quadrados, os coletivos urbanos são pessoas que se juntam
para discutir, desenvolver e disseminar suas ideias sobre o tema que os uniu. De acordo com o pesquisador Cezar
Migliorin, um coletivo é um organismo aberto e poroso em relação a outros coletivos, o que o difere de grupos e
blocos sociais. Um centro de convergência de pessoas, grupos,
atividades, trocas e mudanças. Por unir os mesmos interesses, a mesma
inquietação e a mesma necessidade de trocar conhecimento com o resto da
comunidade e não só entre si, as pessoas aderem à todas essas
experiências proporcionadas pelo coletivo, com suas intensidades e
inconstâncias.
Luiza Fabiani Medeiros
Como muitos trabalhos manuais (e também muitas coisas na vida), o tricô,
crochê e bordado frequentemente passam por uma alta e baixa
popularidade ao longo do tempo. Presenciamos hoje uma volta do tricô, que pode ser estritamente relacionada
às crises econômicas internacionais, afinal, nos tempos de hoje pode valer
muito mais a pena consertar um buraco num suéter do que comprar outro.
A popularidade do tricô o levou a ser ensinado em escolas infantis estado-
unidenses e, segundo a professora Judith Symonds, criadora do programa Knitting Together a Community, mesmo
que muitos estejam afastados dos trabalhos manuais, as crianças do
movimento já percebem o quanto pode ser interessante ter alguma coisa feita
por eles mesmos. Outras observações importantes sobre o resultado desta
ação é que as crianças ensinam umas às outras, tornando a prática mais
democrática, e que alguns alunos que não se davam bem em matérias
convencionais se descobriram muito bem sucedidos no tricô, o que os deu
mais confiança e melhorou seu relacionamento com os estudos.
A apropriação dessas manualidades também pode ser vista em semanas de moda, com estilistas que desfilam coleções inteiras em tricô. O sul-mato-grossense Lucas Nascimento notorizou-se por uma abordagem atípica da técnica, voltada para os aspectos geométricos e para a textura do tricô. Lucas tricota desde os 11 anos, é formado pela University of Arts London e já trabalhou com Sid Bryan, designer que já produziu peças em tricô para Alexander McQueen, Gilles Deacon e Luella.A gaúcha Helen Rödel propõe a desconstrução da ideia que as pessoas tem do tricô e do crochê e trabalha contra a concepção do fast fashion: suas criações são tecidas por seis artesãs e demandam mais tempo para ficarem prontas. Um belo vídeo sobre seu processo criativo foi escolhido pela equipe do Vimeo como um dos melhores do ano e pode ser visto em http://vimeo.com/24927348. O trânsito entre pessoas, ambientes e mídias enriquece os universos das criações manuais e o resgate de tradições por pouco esquecidas. Participe e enriqueça-se também.
viSiTe!Novelariarua mourato coelho, 678de seg. a sáb. das 10 às 18htel (11) 3729-7188
Supondo que boa parte dos jovens e adultos de hoje brincaram com Lego em algum período da infância ou que, pelo menos, conhecem o sistema de encaixe dos blocos, esperançosamente a metáfora fará sentido. A base para o processo criativo requer conteúdo para qualquer que seja o produto gerado, assim como moléculas são formadas pela interação entre átomos.
No século XVIII, o químico francês Antoine Lavoisier afirmou: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”. A transformação em questão não é restrita às reações químicas, é possível vê-la em simples fatos do cotidiano como o exemplo do Lego, com o qual é possível montar inúmeros objetos e formas com um conjunto de peças que se encaixam de diversas maneiras. Em relação a criação, cada peça ou conjunto é proveniente de algum conteúdo observado em exposições, filmes, shows e muitas outras fontes. Portanto, há uma proporção direta entre a quantidade de conteúdo absorvido e de peças adquiridas.
O u t r o f a t o r q u e a u m e n t a o c o n j u n t o é a interdisciplinaridade. Coletar informações de diferentes ramos colabora para uma diversidade de peças com outras cores e tamanhos. Um exemplo bem sucedido dessa colaboração foi a interação entre as oficinas na Bauhaus.
Coleta de blocosCaroline Yngaunis Koch
A escola existente na Alemanha entre 1919 e 1933 tinha o objetivo de unir a arte e a técnica. Nela os alunos de diferentes áreas possuíam uma relação abrangente, tanto em seus estudos como nos momentos fora da sala de aula, como fo i ap resen tado em fo tos na expos i ção “bauhaus.foto.filme” no SESC Pinheiros em São Paulo. Em relação aos trabalhos, alguns departamentos fizeram parcerias, como exemplo há a colaboração entre mobiliário e tecelagem. Essa combinação mostrou que a interação e o conhecimento dos diferentes setores ficam evidentes e seus resultados foram reconhecidos, ou seja, diferentes encaixes que se mostraram excelentes.
As múltiplas combinações colaboram também para a originalidade, uma vez que o resultado de uma mistura com peças das mais diversas origens tende a ser menos provável e conhecido. Este é o momento em que a brincadeira não fica restrita ao Lego e outros brinquedos se juntam, gerando um novo suporte.
Como crianças, pode-se brincar com Lego sozinho, acompanhado, ao ar livre com sol ou em espaços fechados quando chove, sem desculpas. Se isso for transferido e aplicado na coleta de informações sensoriais para a criação, o que era só uma transformação para Lavoisier pode alcançar o aspecto de novo, inédito.