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Unidade
Objetivos:
• CompreendercomoasteoriaspedagógicasfundamentamoprocessodeensinoeaprendizagemnaEducaçãoaDistância(EaD).
• DiscutirosaspectosmetodológicosnapráticadaEaD.• AnalisarasdiferentesabordagenspedagogicasutilizadasnaEaDeidentificarsuas
vantagensedesvantagens,evidenciandoosbenefícioseriscosdaEaD.
Teorias Pedagógicas daEducação a Distância
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33INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Capítulo 1Teorias pedagógicas da educação a distância
IntroduçãoNestaunidadedeestudosãopropostasasdiferentesteoriaspedagó-
gicasparaEducaçãoaDistância (EaD),compreendendoosaspectosme-todológicos,vantagensedesvantagens,osbenefícioseriscosdaEAD.Asteoriaspedagógicasdaeducaçãosãoestruturadasnasideiasdenaturezahumanauniversal,deautonomiadosujeitodaeducabilidadeeemancipa-çãohumanapelarazãodelibertaçãodabuscadosaber.
As teoriasabordadasnessecapítuloestãoorganizadasem:Aborda-genspedagógicasnaEaD,EducaçãoaDistância:opçõesmetodológicas;eEducaçãoaDistância:vantagensedesvantagens.
Essasdiscussõesvisam,fundamentalmente,analisarasteoriaspe-dagógicasnoprocessodeensinoeaprendizagemdaEducaçãoaDistância.
1.1. Abordagens pedagógicas na EADOusodocomputadornaeducaçãotrouxeàtonadivergentesposições
teóricas.Algunsteóricoscríticos,comoChesneaux(1995)eSchaff(1993),defendemaposiçãodequeessatecnologiarepresentaumdomíniosempre-cedentesdohomemsobreouniverso,emseusaspectosgenéticos,micro-eletrônicos,comgravesrepercussõesnavidasocial,econômica,políticaeculturaldospovos.Coggiola(2001,p.64)alertaparaofatode“[...]oprimei-rousodaInformáticaforadocampoespecificamentemilitarfoinocampopolicial”,comoinstrumentoderepressãocontraostrabalhadores.
Morais (2002) indica que os argumentos de teóricos críticos, comoMandel (1997)eYves (1987),emoposiçãoaousodatecnologianaeduca-ção, decorremda sua origem centrada no complexo industrial-militar ouseudesenvolvimento,atendendointeressesnasáreasdeatividadesligadasàsatisfaçãoeaobem-estardasclassesprivilegiadaseconomicamente.Paraessesteóricos,aeducaçãocomasTICsestáligadaàexploraçãodotrabalha-dor.Emcontextomaisamplodasrelaçõessociais,consideramaescolacomoinstânciaideológicareprodutivistadasclassesdominantes,quecriam,or-ganizamedifundemseuspadrõeséticos,científicos,nointuitodearticularumaculturaqueatendaseusprópriosinteresses(LIBÂNEO,2002).
Existem também pesquisadores, como Leonhardt (1986), que de-fendemanecessidadeurgentedainserçãodastecnologiasnaeducaçãoeanunciamqueascrianças,comoauxíliodocomputador,poderiamcons-truirsuasestruturascognitivas,dispensandoaintervençãodoprofessor,aquemcaberiasomenteopapeldemostrarasatividades.Defende,ainda,quedessaformaoprofessorperderiaseufalsopoder.Esteéoargumentoquerejeitamos,poisacreditamoshaopiniãodequemesmocomousodasTICsoprofessornãoperdesuaimportânciacomomediadordoprocessodeensinoeaprendizagem.
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ParaGates(1995),aeducação,apesardenãoserumarespostatotalaosdesafioscriadospela“EradaInformação”,poderepresentarum“nive-ladordasociedade”,equalizadoradeoportunidades.
OutrosteóricosapresentamposiçõescríticasaousodasTICsnaedu-cação,apesardereconheceremsuaimportância.Seuusoexigeanecessi-dadedemudançasnapráticapedagógicaenoprofessor,quedeveassumirposturacríticaereflexiva.Identificamnaeducaçãoummisterderecons-truçãosocial,oensinocomoumaatividadecrítica(ZEICHNER,2002)eaescolacomoinstânciadetransformaçãosocial.
Compreendemqueaescola,aointroduzirocomputadorcomomeiodeaprendizagem,nãodevedeixarqueelesetorneartigodeluxo,aocontrário,devebuscar,comessatecnologia,desenvolveralunosmaiscríticoseinde-pendentes(CYSNEIROS,1998),oquesignificarepensaropapeldaescolaanteasdemandasdasociedadecontemporânea.
Essesteóricosconsideramocomputadorcomoinstrumento,umre-curso pedagógico para o ensino, que possibilita desenvolver habilidadesintelectuais,cognitivas,quepermitemoalunodesenvolversuaspotencia-lidades,criatividadeeinventividade.ConformeFreire(2001),aescolapre-cisaformareducandosautônomos,queaprendamporsimesmos,porqueaprenderamaaprendermedianteabusca,ainvestigação,adescobertaeainvençãodaleituradomundo,comsuascontradições,naintençãolegítimadetransformaçãosocial.
Então,nessaperspectiva,asTICssãoconsideradascomoferramentasdetrabalho,quepodemsetornaremancipadoras,desdequeasociedadelheconfiraessepapel.Enfatizamosanecessidadedecrianças,jovens,adultoseidososdominaremessatecnologia,utilizadasparadiminuirsuasativida-desrotineirasemecânicas,enquantoohomemficaresponsávelpelostra-balhosmaiscriativos,semperderdevistaareflexãocríticadessecomplexocontextocontemporâneo.
Oatode ensinar leva oprofessor a fazer opçõespedagógicas entredistintasabordagensconceituais.NocasodaEaD,ondeocorreousodasTecnologiasdeInformaçãoeComunicação(TICs),nãoédiferente.AssinalaValente(1997)queaspráticaspedagógicas,comousodasTICs,serealizamoscilandoentreduasabordagens:ainstrucionistaeaconstrucionista.
Apresentamosessasabordagensaseguir,procurandocaracterizá-las,afimdesituarcomoseconfiguraapráticadoprofessoremcadaabordagem.
Aabordagem instrucionista estábaseadanotrabalhodeBurrhusFredericSkinner,consideradoumdosmaisimportantespsicólogosbeha-vioristaseiniciadordosistemadecondicionamentooperante.Suaobraéaexpressãomaisconhecidadobehaviorismo.
Elesededicouàanálise funcionaldocomportamentoemsituaçõescriadasem laboratório, coma intençãodedescrever e controlaros fenô-menosobserváveis.Propôs,combasenocondicionamentoclássicorespon-dente(S)propostoporPavlov,ocondicionamentooperanteouinstrumental(R),definidoporelecomooestímuloquepermiterespostasobserváveisemedidas.Formulouumapropostametodológica,conhecidacomoInstruçãoProgramadaouAprendizagemProgramada,medianteautilizaçãodeváriosinstrumentos,incluídaa“máquinadeensinar”.
A InstruçãoProgramada éummétodode ensino individual no qualo aluno aprende sem a intervenção direta do professor. ConformeBarros(1991),asetapasdessemétodosão:apresentaçãodamatériaaseraprendidaempequenaspartes,seguidadaproposiçãodeumaatividadecomapenas
Para você, em que mo-mento e como o uso dastecnologiasajudanopro-cesso de ensino e apren-dizagem?
Você conhece a Teoria Behaviorista? Essa Te-oria influenciou váriastendências sobre o pen-samentocientíficoesobreo processo de aprendiza-gem.
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umarespostacorretaimediatamenteverificável.Seoalunoacertar,receberáreforço(parabéns,muitobemetc.)epassaráparaaquestãoseguinte;senãoacertar,deverárepetiratéconseguirepassar,então,àpróximaquestão.
OprimeiroempregodaInstruçãoProgramada,apontaAlmeida(2000),definiaoconteúdoaserensinado,subdivididoemmódulos,estruturadossobalógicadequemplanejoueelaborouomaterialinstrucional.Aofinaldecadamódulo,oalunoprecisavaresponderaumaperguntadeformacorretaparateracessoaomóduloseguinte.Casocontrário,oalunodeve-riapermanecernomóduloatéobtersucesso.
OsProgramasdo tipo InstruçãoAuxiliadaporComputador (Compu-terAidedInstruction–CAI)surgiramfundamentadosnosprincípiosdateo-riacomportamentalista.Nessesprogramas,osalunossãoconduzidospelasmesmasregras,recebemasmesmasinformaçõessobreosconteúdosespe-cíficosorganizadosemunidadeselementares.Aessescabeestabelecerasso-ciaçõesentreosestímulosapresentadosnasatividadeseasrespostaspro-gramadas,quesãoreforçadasacadaerroouacerto.Nãosãoconsideradasporessesprogramasascaracterísticasdoserrosqueosalunoscometem.Depois, surgiramos softwaresdo tipo Instrução InteligenteAuxiliadaporComputador (Intelligent Computer Aided Instruction – ICAI), elaborados apartirderecursosdainteligênciaartificial,tambémbaseadosnosprincípioscomportamentalistas.Nosdoistiposdesoftwares,osconteúdossãocriadosporespecialistas,cabendoaprofessoresealunossomentesuaaplicação.
OsProgramasICAI,segundoMartí(1992),incorporamtrêstipos:a)modelodeexpert–estratégiaseconhecimentosempregadospeloespecialis-tapararesolverdeterminadoproblema;b)modelodediagnóstico–comparaasrespostasdadaspeloalunocomasrespostasdoespecialista;ec)modelodetutor– fornece informaçõessobreoconteúdoemestudoeorientaçõessobre o programa emuso.O papel do professor se reduz a selecionar osoftwarequeabrangeoconteúdodesejadoeaacompanharoalunonasuaexploração.Almeida(2000,p.26)lembraque:
paraqueoprofessordescubraoqueoeducandopensaemrelaçãoaotema e possa intervir para provocar reflexões significativas, é precisoqueeleacompanhetodosospassosdaexploraçãoequestioneexausti-vamenteoaluno.[...]amaioriadelesconduzaumaatividademecânicaerepetitiva,quedespertaapenasmomentaneamenteamotivaçãoedeixaparaoprofessorotrabalhodeprovocarareflexãonoseducandos.
Mesmoossoftwaresconsiderados“inteligentes”nãoatendemascon-diçõesdeanálisesdasdificuldadessubjetivasdealunosreais,nemverificaquaisassuntosrepresentamparaelesmaiorsignificaçãonoprocessodeen-sino-aprendizagem.ComoAlmeida(2000,p.38),percebemosque,naAbor-dagemInstrucionista,“asinteraçõesdosprogramasenfatizamosoftwareeohardware(amáquina),comaintençãode'ensinar'oalunoemvezdeprovo-carconflitoscognitivoseasatividadessãorealizadaspeloalunodeformain-dividual”.Alémdelimitaroprofessoràfunçãodeinstrutor,condicionaoalu-noarespostasprontas,idealizadaspelosespecialistasqueosconstruíram.
EmoposiçãoàAbordagemInstrucionista,surge,nadécadade60doséculoXX,oConstrucionism,quesegundoPapert(2002),propõe-seestu-dareexplicaraconstruçãodoconhecimentoemfunçãodaaçãofísicaoumentaldoaprendiz,naconstruçãodeobjetosdeseuinteresse,eminteraçãocomobjetosdeseumeioatravésdocomputador.ParaoConstrucionismoéimportante,também,otipodeambienteondeoaprendizinsere-se.
A máquina de ensinar de Skinner se apresenta devárias formas,mas todasatendem aos princípiosnos quais as respostascorretas seguem passosem uma ordem cuidado-samenteprescrita.
SoftwareÉuma sequência de ins-truçõesaseremseguidase/ou executadas, nama-nipulação, redireciona-mento oumodificação deum dado/informação ouacontecimento.
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Dessa forma,na abordagemConstrucionista, ousodo computadorestávoltadoparaoalunoresolverproblemassignificativos.Nessaanálise,asseveraAlmeida(2000),ocomputadornãoéodetentordoconhecimento,masumaferramentatutoradapeloalunoequelhepermitebuscarinfor-maçõesemredesdecomunicaçãoadistância,navegardeformanão-linear,trabalharnodesenvolvimentodeprogramaselaboradosemlinguagemdeprogramação,utilizarprogramasaplicativospararepresentarseusconhe-cimentos,seguindoseuestilocognitivoeseuinteressemomentâneo.
Nesseenfoque,oalunoutilizaprogramasaplicativospararepresen-tar,nocomputador,oprocessohumanodebuscarsoluçãoparaproblemasreais.Comoessessoftwarespermitemquesedescrevamtodosospassos,propiciamaoalunoencontrarumasolução/sequêncialógicadeações,utili-zandoocomputadoraseufavor,paraaresoluçãodeproblemas.
ConformeMartí(1992,p.27),“oalunodescreveasoperaçõesnecessá-riasparaatingircertoobjetivo,sendonecessáriotransformarseusconhe-cimentosemprocedimentos”.Osprocedimentossãoconjuntosdeoperaçõescujaexecuçãolevaaumresultado.
Oconhecimentonãoéapresentadoaoalunoparaqueestedêumarespostapronta;aocontrário,éoalunoquem“coloca”oconhecimentonocomputadoreindicaasoperaçõesqueprecisamserrealizadasparaencon-trarrespostaintencionada.Oprofessoréquempromove“ainteraçãodosu-jeito,mas,sobretudo,possibilitaaaprendizagemativa,ouseja,permiteaosujeitocriarmodelosapartirdeexperiênciasanteriores,associandoonovocomovelho”.(PAPERT,2002,p.52).Noensinocomaperspectivaativa,amediaçãoéestabelecidaentreasaçõesdoalunoeasrespostasdocompu-tador(ALMEIDA,2000).
Papert,queestudouduranteosanos1960doséculoXX,noCentrode EpistemologiaGenética, com Jean Piaget, de quem incorporoumuitodasideiasdopensadorsuíço,tevesemprecomopreocupaçãooestudodosprocessosdeaprendizagem.Esseautor criouoLogo,uma linguagemdeprogramaçãodesenvolvidaporvoltade1968,noMassachusetssInstituteofTecnology(MIT),emBoston,nosE.U.A.,porumaequipedepesquisadoreslideradosporele.
A linguagemLogo,criadaporSeymourPapert,éumdosprincipaisexemplosdesoftwarenaabordagemconstrucionista.Éassimconsideradaporpermitiracriaçãodesituaçõesdeaprendizagemeserbaseadanarela-çãoentreoconcretoeoformal,desdeumaperspectivadialética,àmedidaquepode,comoferramenta,“intensificaropensamentoconcreto”(PAPERT,2002,p.130).
AlinguagemLogo,evocaAlmeida(2000,p.01),éconstrucionistapor-queocomputadoré“umaferramentatutoradapeloaluno,queoensinaa'fazer',cabendoaoalunoafunçãode‘saberfazer-fazer'“.NoambienteLogo,pensaréincidirsobreoconteúdocomobjetivodeinvestigação,envolvendodistintasáreasdoconhecimento (pensar-sobre)ouoprópriopensamento–metacognição(pensar-sobre-o-pensar).Éestabelecidaumarelaçãodialé-ticaentrepensar-sobreeopensar-sobre-o-pensar.
Naabordagem Construcionista,aaprendizagemdecadaindivíduopossibilitaareflexãosobreoseuatodeaprender,comafinalidadedecom-preendê-loedepurá-lo.Representatransformaçãonoprocessodeensino-aprendizagem,principalmenteporqueconfere“ênfasenaaprendizagememvezdecolocarnoensino;naconstruçãodoconhecimentoenãonainstru-ção...”(VALENTE,1997,p.20).
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Quanto se trata daEaD, essas abordagens, para Prado eValente(2002),sãodetrêstipos:broadcast,virtualizaçãodasaladeaulapresencialouestarjuntovirtual.Notipobroadcast,asTICssãoutilizadasparaapre-sentarinformaçõesaoaluno,assimcomoacontecenastecnologiastradicio-nais,casosdorádioetelevisão.NaabordagemondeosrecursosdasTICssãoutilizadosdamesmaformaqueasaladeaulapresencial,oespaço–tem-podaaulaearelaçãoentreprofessorealunosocorrempormeiovirtual.Otipoestarjuntovirtualouaprendizagemassistidaporcomputador(AAC),exploraapotencialidadeinterativadasTICspormeiodacomunicaçãomul-tidimensional,aproximandoosemissoreseosreceptoresdoscursosparaqueocorraumaaprendizagemcolaborativa.
Entretanto,nãobastacolocaroalunodiantedeambientesdigitaisegarantirqueocorraaaprendizagememEaD.Éprecisobuscarcondiçõesmetodológicasadequadasparaqueocorraminteraçõessignificativas.(AL-MEIDA,2002).
1.2. Educação a Distância: opções metodológicasParaessadiscussãosobreaeducaçãoadistância,consideramosfun-
damentalacompreensãodosignificadodamediaçãonapráticadoprofessor.Vygotsky(1999)defendequeodesenvolvimentohumanoocorreemdoisní-veis:ododesenvolvimentoreal,representadopelasatividadesqueseconse-guerealizarsozinho;eododesenvolvimentopotencial,representadopelasetapasposterioresaodesenvolvimentoreal,nasquaisas interferênciasdeoutraspessoasafetamdeformasignificativanoresultadodaaçãoindividual.
Nesse intervalodonível dedesenvolvimento realparaodesenvolvi-mentopotencial,identificamosazonadedesenvolvimentoproximal(ZDP),definidacomoazonadasatividadesqueoindivíduonãopodedesenvolversozinho,mascomaajudadeoutraspessoasmaismadurasquepossuemsaberesmaiselaborados.(VYGOTSKY,1999).Oautoraindaquedestaca,porconseguinte,aimportânciadamediaçãodoprofessornapráticaescolarnoprocessodeensinareaaprender.
Compreendemos, com base na Teoria Sócio-Histórica defendia porVygotsky,queaZDPpoderepresentarespaçodeaçãodoeducador,comacriaçãodesituaçõesdeensinoquetomemoconhecimentodeformaarticu-lada,epistemológicaemetodologicamente,conformeoníveldedesenvolvi-mentodoaluno;inclusivereconhecendoossignos,entrelaçadosnarelaçãodessealunocomomundosocialondeseencontra.
Esses signos são elementos da atividade humana que representamouexpressamoutrosobjetosesituações(VYGOTSKY,1999).Paraoautor,"ousodesignosconduzossereshumanosaumaestruturaespecíficadecomportamentoquesedestacadodesenvolvimentobiológicoecrianovasformasdeprocessopsicológicosenraizadosnacultura"(VYGOTSKY,1999,p.54),ouseja,funcionamcomomeiosauxiliaresparasolucionarumdadoproblema(lembrar,compararcoisas,relatar,escolheretc.).Ossignosagemcomoinstrumentodaatividadepsicológicademaneiraanálogaaopapeldeuminstrumentodetrabalho.
Àmedidaqueahumanidadeeos indivíduosevoluem,ocorremduasmudançasqualitativasnousodossignos.Aprimeiraérelativaàinternaliza-çãodasmarcasexternasviamediação;asegunda,nodesenvolvimentodossistemassimbólicos,referenteàorganizaçãodossignos,queganhamestru-turascadavezmaiscomplexasemaisarticuladas.(VYGOTSKY,ibdem).
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Coma revolução tecnológica, esses signos se tornaramaindamaiscomplexos,oqueprovocadiscussõessobreopapeldaeducação,expandin-dooconceitodeensinoaopontodetransporodomíniodoconteúdo(CAS-TELLS,2003).
Poroutrolado,adivisãodigital,emcurso,precisaserrefletidaempro-fundidadeeconfrontadanaspropostasdeumaeducaçãoigualitária,demo-cráticaesocialmentejusta,principalmenteseconsiderarmosque,noBra-sil,astecnologiasforamimplementadasmaisamplamentecomaspolíticaspúblicas,comoProgramaNacionaldeInformáticanaEducação(PROINFO),metasdoPlanoNacionaldeEducação(PNE),dentreoutras.
AsTICsprovocamentusiasmonoseducandos,porsetratardeumainovaçãodoseutempohistórico.CompreendemosqueasTICs,comoestra-tégiasdeensino,assumemfunçãosocialnocontextocontemporâneoper-meadopelaconvivênciacomatecnologia.
EssanovapossibilidadepermitecomoanunciaLévi(2003,p.139),que“aescritavirtualizaovirtualda falaeociberespaçovirtualizaovirtualdaescrita”, trazendomudançasna formadeensinar,principalmenteporoportunizarumadiversidadedeestratégiasquesetornariamimpossíveisnaformaimpressa,comoa“[...]interaçãoentreescritoreleitor,entreescri-toretexto,entreleitoretextoeatémesmo,maisamplamente,entreoserhumanoeoconhecimento”.(SOARES,2002,p.7).
Oprofessor,paraensinar,precisasercapazdeelaboraroprópriohi-pertexto e ensinar o aluno a fazê-lo. O hipertexto, segundo Lévy (1993,p.33),é
[...]umconjuntodenósligadosporconexões.Osnóspodemserpalavras,páginas, imagens, gráficasoupartesdegráficos, seqüências sonoras,documentoscomplexosquepodemelesmesmosserhipertextos.Ositensde informaçãonão são ligados linearmente, comoemumacordacomnós,mascadaumdeles,ouamaioria,estendesuasconexõesemes-trela,demodoreticular.Navegaremumhipertextosignifica,portantodesenharumpercursoemumaredequepodesertãocomplicadaquantopossível.Porquecadanópode,porsuavez,conterumaredeinteira.
ParaCoscarelli eRibeiro (2005,p.140), ohipertexto, assimcomootexto,“ficapresoaoambiente('dadostextuais,computadorizadosnumsu-porteeletrônico')eaumanãolinearidadeobscura('quepodemserlidosdediversasmaneiras')”.Vejamosoexemplodejornaiserevistasqueoferecendoindicaçõesqueguiamoleitoràmatériadeseuinteresse,fazendoarelaçãoentreotextoeatecnologia.
Atecnologiafazpartedocontextohistóricocontemporâneo,“mesmoosalunosdascamadasmenosfavorecidastêmcontatocomrecursostec-nológicosnarua,natelevisãoetc.,esuapercepçãosobretaisrecursosédiferentedapercepçãodeumapessoaquecresceunumaépocaemqueoconvíviocomtecnologiaeramuitorestrito”.(ALMEIDA,2000,p.108-109).
Seapráticadocentedeve formarpessoascríticas,autônomas, comhabilidades e competências para enfrentar osdesafiosna sociedade tec-nológica,osprofessoresprecisamser formadosparaousooperacional epedagógicodasTICs.
ComonoslembraNóvoa(1997,p.75),“[...]Oprojetodeumaautonomiaprofissional,exigenteeresponsável,poderecriaraprofissãoprofessorepre-pararumnovociclonahistóriadasescolasedosseusatores”.
39INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Essaformaçãosetornamaisnecessáriaquandoverificamosquenoensinotradicionalparaoqualoprofessorfoiformado,aspráticasocorremem contextos definidos por convenções e regras. Enquanto na educaçãotecnológica,osistemapedagógicovaialémdoespaçofísicoparaoespaçovirtual,oquesetornamaisumdesafioparaoprofessoraoutilizaressesrecursos.
Almeida(2000)lembraque,mesmooprofessorpreparadoparausarocomputadornaproduçãodeconhecimento,precisacompreendereinves-tigarnovostemasouquestõesquesurgemaolongodesuaprática,oqueconfirmaasuanecessidadedeformação.
Corroboramosa ideaçãodeAlonso (1993,p.72)dequeoprofessorprecisa“servistocomoalguémquenãoestápronto,acabado,masemcons-tanteformação”.Odocentesembasesólidanasuaformaçãocultural,cien-tíficaepedagógicanãotemtranqüilidadeefirmezaparaensinarcomosconhecimentosexigidosparaospadrõesdasociedadecontemporânea.
Umaformaçãoaserviçodainclusãodigitaldoprofessordeveconside-raralinguagemcomofenômenosocial,processadanaepelainteraçãodosseusinterlocutores(BAKHTIN,1992),nabuscadeidentificarnosambientesdasmídiasdiversasformasdeinteração,envolvendopalavrasemmaterialescrito,imagens,gráficos,áudioevídeo.
Éimportantequeainclusãodigitaldoprofessorotornecapazde,nasuaaçãodocente,desenvolveratividadescomo,porexemplo,a leituradevídeomusical,queenvolveoprocessamentodeimagens,músicaenarra-tiva,delesexigindomúltiplascompetênciasehabilidadesnomanuseiodevariadasformasestéticas.
AnunciamValenteeAlmeida(1997)queéprecisoalfabetizardigital-menteoprofessorparaensinar,utilizando-sedainteraçãocomwebsitesoucomCD-Rom.Odocenteprecisaaprenderaesquadrinhartextos,gráficos,imagensemmovimentoe“navegar”emcamposquepossainvestigareex-plorarnaprocuradematerialapropriado.
Devemosatentar,contudo,paraanoçãodequeéimportanterepensaraformaçãoparadigitaldoprofessor,emumadimensãoampla,demodoapermitiraodocenteadquirircompetênciasehabilidadesnecessáriasparaaelaboraçãodeprojetospedagógicosadequadosaosnovosambientescultu-raisesociais(ALMEIDA,2000),principalmenteparaclassificarovaloreaslimitaçõesdossoftwareseducativos,dosrecursosmultimídiaedosdemaismateriaisdeensino,bemcomodosobjetivosdaprópriaeducação.
O professor precisa ser formado para organizar as atividades comseus alunos nos distintos laboratórios (incluindo os de Informática), noacompanhamentodaspráticas,projetos,eexperiênciasqueligamoalunoàrealidade,narelaçãoentreteoriaeprática.Apropostadeinclusãodigi-taldoprofessorsignificacapacitá-loaorganizaregerenciarasatividadesdidáticasem,nomínimo,quatroaçõesdocentes,conformesustentaGomez(2004p.38):
[...]nasaladeaula,queserá,cadavezmais,umpontodepartidaedechegada,umespaçoimportante,masquesecombinacomoutrosespa-çosparaampliaraspossibilidadesdeatividadesdeaprendizagem;nousodeDVDs,CDs;softwaresenaInternet,comsuasdiversasformasdeinteração;comhipertextos,nasatividadesdoalunoqueexigedoprofes-sorodomíniodediversashabilidades.
40 INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Comosercapazdegerenciaressesváriosespaçoseaintegrá-losdeformaaberta,equilibradaeinovadora.Asaladeaulaequipadacomrecur-sosdiversosdevese integrarà idaao laboratório,paradesenvolverativi-dadesdepesquisaequerequeremhabilidadestécnicaepedagógica,comoatividadesàdistância, empregandoambientes virtuaisdeaprendizagem,secomplementamcomatividadesemDVDesoftwaresdeexperimentação(ALMEIDA,2000).
Asformasdecomunicaçãocompreendemaleituraeaescritahiper-textual,acomunicaçãográficaeaudiovisual,exigindodoprofessorhabili-dadesdeinterpretaçãoecrítica.Épreciso,porconseguinte,formaropro-fessorparaentenderque“apsicogênesedaescritanatelanosalertaenosajudaacompreenderoprocessodedesenvolvimentoindividualecoletivodesujeitoapartirdesuahistória.”.(GOMEZ,2004,p.65).
VerificamosqueváriaspesquisastêmcursocomvistaadesvendaraspossibilidadesdeensinarcomousodasTICsnapráticadocente.emsuapesquisasobreaformaçãodeprofessoresparaoletramentodigital,alertamosparaanecessidadedeque,naformaçãodoprofessorsejare-conhecidoofatodequeaeducaçãoédialógica,interativaesocialmentesignificativa.
Essaverdade,revelaserfundamentalconsiderarnaformaçãodopro-fessoraaprendizagemcomo“umaspectonecessárioeuniversaldoproces-sodedesenvolvimentodasfunçõespsicológicasculturalmenteorganizadaseespecificamentehumanas”.(VYGOTSKY,1988,p.52).Principalmentetor-nandooprofessorcapazdefazerousoreflexivoecríticodasTICsnasuapráticadocente.
AofazeropçõesmetodológicasparaousodasTICsnaEaD,oprofes-sorprecisaidentificaracomunicaçãoquepodeocorrerdeformasincrôni-ca,assincrônicaoumista,ondesãoutilizadaasduasformasdecomuni-cação.
ÉimportanteparadefiniçãodametodologianaEaDconsiderarqueacomunicaçãonoambientevirtualdeaprendizagemdeveserativaentretodososparticipantes,fazendocomquetodaainformaçãonecessáriaaodesenvolvimentoeaquisiçãodoconhecimentosejaacessívelatodos.Tam-béméfundamentalqueoambientevirtualpossibilitequestionamentosaoscoordenados,aostutores(professores)permitindoacomunicaçãoentreosalunoseosprofessores.
Alémdacomunicação,éprecisodefinirquetipodemídiaseráutiliza-dacomorecursopedagógico.Esserecursoprecisaseradequadoaoconteú-doaserestudado.AsmídiasmaisutilizadasnoscursosdeEADsão:
Textosimpressos,livros,revistasetextovirtual-permitealeituradetextoscientíficos.
1. Ilustrações(figuras)–enfatizam,exemplificam.2. Animações em áudio e vídeo–permitemumamelhorobservação
darealidade,ajudamacompreensão,motivamoestudo.3. Softwares –permitem interatividade,acessoaleatório, integrale
criativo(ex:CdRom,jogoseducativos).4. Hipermídia–instigaapesquisa,permitindooacessoaleatórioa
outrossiteseoutrasmídias.AnunciaSangrá(2000)queosrecursosmetodológicosemEaDpodem
serclassificadosemseisgrupos:1)Proporcionamaaplicaçãodeaprendiza-gem(estudosdecasos,jogosesimulações),2)Osgruposdediscussão(chats,
Comunicação sincrônica:Osmembrosdogrupopo-demconversarsimultane-amente,empresença,po-dendo trocar informaçõesreceber e enviar mensa-gensinstantaneamente.
Mídia é o nomeutilizadopara definir o local ondese armazenam dados,imagens,sons,vídeos.Asmídiaspodemser:Dis-quetes,CDs,DVDs,ZIPs,Cartõesdememóriaetc.
41INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
fóruns),3)Osrecursoscomperguntasabertas(questionários),4)Comper-guntasfechadas(provascommúltiplaescolha,ordenação),5)Recursosqueapresentaminformações(leituras,gráficos),6)Recursoscomsíntese(glos-sários,resumos).
Massabemosqueessamodalidadedeensinoadistância,apesardepropormetodologia interativaecriativa,apresentasuasvantagensedes-vantagens.
1.3. Educação a Distância: vantagens e desvantagens
ParainiciaradiscussãosobreasvantagensedesvantagensdaEaD,consideramosfundamentalapresentarasespecificidadesdaEaD.Umadasprincipaiscaracterísticasestárelacionadacomaadministraçãodotempopeloaluno,àautonomiapararealizarsuasatividades,momentoquecon-sidereadequado,respeitadasaslimitaçõesdetempodeterminadasparaoandamentodasatividadesdocurso.
OutrapeculiaridadedaEaDéodiálogoentreosalunosparaatrocade informaçõeseodesenvolvimentodeproduçõesemcolaboração.Assim,opapeldoprofessoréacompanharoalunocomoarticuladordoprocesso,semaintervençãodiretaparanãocriardependênciadoalunonaEaD.OusodaEducaçãoaDistância,comomodalidadedeensino,érecente,masjáépossíveldeenumeraralgumasvantagensedesvantagensnoseuuso,comoapresentamosnoquadroaseguir.
QUADRO 1: VANTAGENS E DESVANTAGENS COM O USO DA EAD
VANTAGENS DESVANTAGENSPermite a autonomia do aluno e rit-mo de estudos diferenciados.
Não proporciona uma relação alu-nos/professor presencial.
Elimina barreiras de espaço e tem-po, possibilitando a formação de pessoas que tenham dificuldades de deslocamento ou de agenda para estudarem.
Não gera reações imprevistas na ação docente.
O conteúdo dos cursos passa a ser mais atraente, especialmente pelo uso da multimídia.
Exige elevados investimentos ini-ciais, criação dos conteúdos dos cursos, para produtos /suportes em formato multimídia.
Estimula a autoaprendizagem do aluno e sua autonomia.
Deve ser utilizada para cursos mais generalistas e com menor compo-nente prático.
Possibilita a aquisição cotínua de novos conhecimentos.
Exige equipes multidisciplinares, conceituadas e muitas vezes caras, quer ao aspecto pedagógico, quer ao aspecto tecnológico.
Dá origem a métodos e formatos de trabalho mais abertos, que envol-vem a partilha de experiências.
Dificulta a automotivação.
AEaD,emsuaformaem-pírica, é conhecidadesdeo século XIX. Entretan-to, somente nas últimasdécadas passou a fazerparte das atenções peda-gógicas.
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NessaunidadediscutimossobreasteoriaspedagógicasdaEaD,ressaltan-doasabordagensteóricasdaaprendizagemqueserviramdefundamen-taçãoparaousodasTCIs.Assim,pudemoscompreenderqueasteoriasde aprendizagembuscam reconhecer a dinâmica envolvidanos atos deensinareaprender.Segundoalgunspsicólogos,aaprendizagemnãose-riaapenasinteligênciaeconstruçãodeconhecimento,mas,basicamente,identificaçãopessoalerelaçãoatravésdainteraçãoentreaspessoas.AsteoriaspedagógicasdaEADcompreendemfatorespertinentesàmediaçãohumanaatravésdatecnologiaquetêmemcomumofatodeassumiremqueindivíduossãoagentesativosnabuscaeconstruçãodeconhecimento.Estudamostambémsobreasopçõesmetodológicas,vantagensedesvan-tagensdaEaD.Paraconcluir,podemosconsiderarqueasvantagensparaousodaEaDcompreendemumuniversomaior,poisoprocessodeensinoeaprendizagemsetornamaisdemocráticoàmedidaemquerompebar-reirasdemográficas,sociaiseculturais.
1. OquevocêentendeporEducaçãoaDistância?
2. VocêjáconheciaasteoriaspedagógicasdaEducação?Citeecomentealgumasdelas.
3. ExpliqueefaçaumaanálisecríticasobraasabordagenspedagógicasdaEaD:ainstrucionistaeaconstrucionista.
4. ComentesobreasopçõesmetodológicasnaEaD.
5. Paravocê,quaisasvantagensedesvantagensdaEaD?
6.Façaaleituradotextoeexpliquecomopretendeorganizarsuasativi-dadesdeestudo:
O Professor como mediador no EAD
Nesse processo de aprendizagem, assim como no ensino regu-lar o orientador ou o tutor da aprendizagem atua como "mediador", isto é, aquele que estabelece uma rede de comunicação e apren-dizagem multidirecional, através de diferentes meios e recursos da tecnologia da comunicação, não podendo assim, se desvincular do sistema educacional e deixar de cumprir funções pedagógicas no que se refere à construção da ambiência de aprendizagem. Esta mediação tem a tarefa adicional de vencer a distância física entre educador e o educando. O qual, deverá ser autodisciplinado e auto-motivado, para que possa superar os desafios e as dificuldades que surgirem durante o processo de ensino-aprendizagem.
Hoje, se tem uma educação diferenciada como: presencial, semipresencial e educação a distância. A presencial são os cursos regulares onde professores e alunos se encontram sempre numa ins-
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tituição de ensino. A semipresencial, acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, utilizando tecnologia da informação.
As pessoas se deparam a cada dia, com novos recursos tra-zidos por esta tecnologia, que evolui rapidamente, atingindo os ra-mos das instituições de ensino. Falar de educação, hoje, tem uma abrangência muito maior, e fica impossível não falar na educação sem nos remetermos à educação a distância, com todos os avanços tecnológicos proporcionando maior interatividade entre as pessoas. Utilizando os meios tecnológicos a EaD veio para derrubar tabus e iniciar uma nova era em termo de educação.
Esse tipo de aprendizagem não é mais uma alternativa para quem não disponibiliza da educação formal, mas se tornou uma mo-dalidade de ensino de qualidade que possibilita a aprendizagem de um número maior de pessoas. Antes, a EaD não tinha credibilidade, era um assunto polêmico e provocava muitas divergências, mas hoje esse tipo de ensino vem conquistando o seu espaço. Porém, não é a modalidade de ensino que determina o aprendizado, seja ele presencial ou à distância. Aprendizagem se tornou hoje sinôni-mo de esforço e dedicação de cada um.
Texto retirado:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia
Como usar e-mail com elegânciaO e-mail já faz parte da vida da maioria das pessoas, que utilizam a
ferramenta como o principal meio de comunicação profissional e também pes-soal. Mas você realmente sabe usá-lo de forma adequada? A etiqueta virtual recomenda algumas regras. Veja as dicas dos especialistas.
“Um simples deslize em uma mensagem pode colocar por água abaixo uma importante negociação ou, até mesmo, provocar desentendimentos entre amigos”, explica uma das diretoras do CLIV Solution Group e especialista em gestão de talentos, Angela Sardelli.
De acordo com Angela, por mais que já faça parte da nossa rotina, a co-municação virtual deve seguir regras da chamada “etiqueta virtual”. Uma das normas é evitar mensagens longas e grandes blocos de textos comprimidos, o que dificulta a leitura do destinatário.
O ideal é dividir o texto em pequenos parágrafos, utilizando espaços en-tre eles e separando os assuntos. Apesar da correria do dia-a-dia e da aparen-te informalidade do e-mail, é essencial ficar atento à linguagem e à gramática, para evitar erros de português e garantir a credibilidade ao emissor.
Cuidados na grafia também são importantes. “Os profissionais devem evitar ainda, a todo custo, o uso de letras maiúsculas, o recurso soa como autoritarismo e falta de educação”, orienta Celina Beatriz Gazeti, também di-retora do CLIV Solution Group.
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Cuidado com as cópias: As profissionais indicam que os campos de có-pias abertas (Cc) devem ser utilizados com prudência e ética, somente sendo copiados aqueles realmente envolvidos no assunto. “Caso contrário, é passada a imagem de que a pessoa quer se promover com superiores ou denegrir a imagem de colegas”, destaca Celina.
A hierarquia da empresa precisa ser respeitada também na comunica-ção virtual: coloca-se o nome do chefe primeiro na cópia e, em seguida, dos demais, em ordem alfabética.
No campo “assunto”, a dica é ser sintético e usar a palavra “Urgente” somente quando for realmente necessário. Antes de encaminhar piadas, his-torinhas e correntes, o profissional deve pensar dez vezes, porque, além de incomodar quem as recebe, elas lotam as caixas de e-mails.
Para Angela, outro erro comum é os profissionais se esquecerem de criar uma nova mensagem quando o assunto não for mais compatível com o tema. E não custa reforçar que as mensagens virtuais podem ser utilizadas como documentos e provas.
Portanto, cuidado. “É preciso ser cauteloso. E-mail é passível de fraudes e alterações antes, durante ou depois de seu envio e recebimento, sendo vul-nerável enquanto prova ou documento. De qualquer modo, já existem certifi-cações que garantem sua autenticidade”, explica Celina.
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