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WorkshopdeConsulta:
“DesafioseOportunidadesparaIntensificaçãoAgrícolaSustentávelnosSistemasdeCultivoMilho–leguminosasemMoçambique”
26abril,IIAM,Maputo
AGENDA9h00–ProIntensAfrica(AnaPortugalMelo,ISA-ULisboa)
9h15–SIMLESA(NascimentoNhantumbo,ISPM-DivAG)
09h30–EstudodeCaso: “Identificaçãodeviaspara intensificação sustentávelnos
sistemasdecultivodemilho-leguminosascombaixousodeNitrogénioExterno–Os
casosdeMoçambiqueeTanzânia”(NascimentoNhantumbo,ISPM-DivAG)
10h15–Pausaparacafé
10h30–PossíveisSinergias–PalavraaosParceiros
11h15–Gruposdetrabalho(NascimentoePetronella,ARC-LNR)
12h00–Discussãoeconclusõesemplenário
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LISTADEPARTICIPANTESNome Entidade
RafaelMassinga ISPM
FelisbertoDimande FAO
RicardoM.Maria IIAM/Solos
ItáliaCossa IIAM/Transferênciatecnologia
IsabelSitoeCachomba IIAM/CESE
ElsaAdéliaTimana DPMAS/DS
EugénioMacamo FAO
IvanMaússe DINEA
PaulaPimentel USAID
DomingosCossa DINEA
MadalenaTeles INOVISA
AnaC.Henriques ISA-ULisboa
PetronellaChaminuka ARC-Pretoria
NascimentoNhantumbo DivAG/ISPM
AnaPortugalMelo ISA-ULisboa
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Relatóriodoworkshopdeconsulta“DesafioseOportunidades
para Intensificação Agrícola Sustentável nos Sistemas de
CultivoMilho–leguminosasemMoçambique”
Índice
1.PROINTENSAFRICA 3
2.DESAFIOSPARAINTENSIFICAÇÃOAGRÍCOLASUSTENTÁVELEMMOÇAMBIQUE5
3.POSSÍVEISSINERGIAS–PALAVRAAOSPARCEIROS(ASSUASACTIVIDADESDEIAS) 7
4.GRUPOSDETRABALHO:DESAFIOSPARAIASEMMOÇAMBIQUE 9PARTEA:PERCEPÇÕESSOBREIAEIAS 10PARTEB:GRUPOSDETRABALHO–DESAFIOSPARAIAS 11
5.CONCLUSÕES 13
ANEXOI–FOTOGRAFIAS 14
OworkshopfoiabertoporAnaPortugalMelo,queagradeceuapresençadetodosos
participanteseapresentouaequipapromotora.Frisouaimportânciadacontribuição
dasinstituiçõespresentesediferentesperspectivasemtornodomesmoassunto:a
intensificação sustentável da agricultura, através do sistema de cultivo
milho/leguminosas.
1.ProIntensAfrica
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Ana Melo apresentou o projecto ProIntensAfrica (Vias para a intensificação
sustentável do sistema agroalimentar em África). Trata-se de uma parceria entre
instituições europeias e africanas, de acordo com os objectivos estabelecidos do
H2020 para a ciência, tecnologia e inovação. Os seus objectivos principais são
fortalecer a segurança alimentar e melhorar as condições de vida dos pequenos
agricultores.Paraisso,estáorganizadoemdiferentesgruposdetrabalho,umdeles
que se debruça sobre a elaboração de uma agenda científica para abordar esta
temática.
1. SIMLESAemMoçambique
NascimentoNhantumbo,apresentouoprojectoSIMLESA(Intensificaçãosustentável
dossistemasdecultivodemilho-leguminosasparaasegurançaalimentarnaÁfrica
Oriental e Austral). O projecto SIMLESA é financiado pelo Australian Centre for
International Agricultural Research (ACIAR) e comissionado ao CIMMYT Southern
AfricaOfficequeoimplementaemparceriacomosCentrosdeInvestigaçãoAgrária
(NAR’s)deMoçambique,Quénia,Tanzania,MalawieEtiópia.
ReferiuasduasfasesdoSIMLESA,estandoasegundaadecorreraté2018.Principais
focos:1)Componentesocioeconómicaqueestaviradaaanálisededinâmicassociais
eeconómicasqueinfluenciamaadopçãodenovastecnologias(p.ex.agriculturade
conservaçãoemelhoramentodesementes),2)Melhoriadaperformanceagronómica
nossistemasdecultivomilho-leguminosas;3)Melhoramentoelibertaçãodenovas
variedades;4)Plataformasdeinovação;5)CapacitaçãoInstitucional.Asactividades
doSIMLESAemMoçambiqueestãoconcentradasaolongodasregiõesagro-ecológica
R4,R5eR10nasprovínciasdeManicaeTeteecentram-senaconduçãodeensaios
exploratóriosnaplataformadeagriculturadeconservação juntoasassociaçõesde
produtores.
AprimeirafasedoSIMLESA(2011-2014)identificouosseguintesconstrangimentos:
1) Fraco nível de conhecimento e ausencia de meios de trabalho a nível da
extensãoagrárianosdistritosalvo;
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2) Fracoacessoequalidadedesementeanível localqueéempartedevidoa
fracacapacidadedemonitoriadaqualidadedesementeaolongodacadeiade
produçãoedistribuiçãodesemente;
3) Fracaligaçãodoprodutoramercadosdeinsumos(fertilizantesesementes)e
excedentesagrícolas;
4) Recomendações de fertilizantes desajustadas a realidade do pequeno
produtor rural. Como alternativa, o projecto prevê para a segunda fase
incorporaracomponenteanimalqueéumaparteessencialdossistemasde
cultivolocal.ComainclusãodacomponenteanimaldoSIMLESA2,espera-se
poder optimizar o uso de esterco como alternativa e/ou complemento aos
fertilizantesinorgânicos.
Na segunda fase do SIMLESA (2015-2018), que está mais virada a massificação
(scallingout)dasmelhoresopçõestecnológicasdesenvolvidasduranteoSIMLESA1,
nosentidodecobrirmaisprodutores.NestafasedoSIMLESAoenfoqueserádadoa
a subcontratação de serviços com vista amelhorar o desenho de plataformas de
inovação que possam ajudar a expandir o impacto das atividades do SIMLESA. O
desenvolvimentodeparceriaspúblico-privadasefectivasequepossammelhorar a
ligaçãoentreosdiferentesactores–produtor,prestadoresdeserviçoseligaçãocom
mercados, e aomesmo tempo ajudar a melhorar o acesso a informação agrícola
relevante por via do aumento da cobertura e relevância dos serviços de extensão
comoformademanterointeressedoprodutornaIASétidacomofundamentalpara
aviabilizaçãodoSIMLESA2.
2.DesafiosparaIntensificaçãoAgrícolaSustentávelemMoçambique
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Duranteestaapresentação,osseguintespontosdeatençãoparaviabilizaçãodeuma
estratégianacionalparaIASforamlevantados:
a) Existe uma necessidade de entender as percepções dos diferentes atores
sobreIASeoquãoeladiferedameranecessidadedeintensificaraagricultura
(IA).Referiu-seaimportânciadealiaraIASedatricotomiaPessoas–Planeta
–Produção(3P’s),i.e.,garantirumaumentodaproduçãocomvistaamelhorar
asegurançaalimentar,socialefinanceiradosagregadosfamiliares,semcom
isso comprometer a funcionalidade ecológica dos ecossistemas. No caso
específico deMoçambique, Tanzania e da África Sub-Sahariana o principal
desafioestáemcomoatingirumbalançoentreos3P’sdemodoaajustaresta
tricotomia as diferentes realidades socioeconómicas e agro-ecológicas dos
intervenientes–oprodutorfamiliarnestecaso.Paraisso,énecessáriosaber
quais os sistemas que necessitam de maiores inputs para uma melhor
adequaçãoàrealidadelocal.
b) NocasodeMoçambique,ondeodesafioaindaéaindaaumentaraprodução
eprodutividadeagrícolaporviadaintensificaçãoagrícola(IA),aintensificação
agrícolasustentável(IAS)vemlevantaroutraquestão:emquesistemaoperar
ecomoseráfeitaestamigração?
c) A viabilização da IAS, deve tomar em consideração a diversidade agro-
ecológica,diversidadedesistemasdecultivoedeexploraçõesagrícolassendo
esta muito importante. A heterogeneidade entre explorações agrícolas
pressupõediferentesestratégiasdesobrevivênciaadoptadasqueporsuavez
afectaossistemasdecultivoeestratégiasdegestãoderecursosaníveldo
agregado (casa) e sua unidade de produção. Por conta destas dinâmicas
acredita-senãoexistirumasoluçãogeneralizadahavendoporissonecessidade
deajustarospacotesde IASasnecessidadesdecadagrupotomandocomo
ponto de partida as suas circunstancias socioeconómicas e realidade agro-
ecológica.
d) ComoajustaraIA(s)arealidadedopequenoprodutorrural?Existeumareceita
únicaeválidaparatodos?Silothinkingvs.Silobusting
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3.PossíveisSinergias–PalavraaosParceiros(AssuasactividadesdeIAS)
USAID-Moçambique-PaulaPimentel
AUSAID-Moçambiqueestánomomentoatrabalharemdoisprogramasprincipaisno
âmbitodoFeedtheFuture.Os“Innovationlabs”atravésdoqualtemvindoafinanciar
parcerias entre Universidades Norte-Americanas e Instituições nacionais para
melhorar o acesso a informação agrícola por via do uso de TIC’s. Também tem o
programadecombateasaflatoxinas.NomomentoaUSAIDoperanasprovínciasde
Manica, Zambezia e Sofala. Enfatizou tem novos programas virados para a em
agriculturasustentáveleosnovosprojetosparaseremelegíveisparafinanciamento,
têmdeserClimateSmart.
Em termos de constrangimentos, a USAID encontra os mesmos reportados no
SIMLESA,nomeadamente:
- Acessoasementemelhorada:asementespré-básicaserproduzidaaumcusto
muito elevado, o que dificulta a sua distribuição a um preço acessível ao
pequenoprodutor.Poroutroexistemproblemas sérios relacionados coma
fiscalizaçãoegarantiadaqualidadedasementequechegaaoprodutoroque
dificultaaadoçãodenovasvariedades.
- AníveldaExtensãoedifusãodeTecnologias:háumanecessidadedeiralém
dosCamposdeDemostraçãodeResultados(CDR’s–Demoplost)edesenhar
plataformasquepossamenvolvereestimularmaisprodutoressatestareme
implementaremastecnologiaspromovidas;
- AcessoaInsumosaníveldosprojetos:osprojetosdevemmelhoraraligação
doprodutoramercadosdeinsumoseoutputsenãodarinsumosaoprodutor
sem nenhuma contrapartida financeira porque esta abordagem torna o
produtor dependente dos projetos e dificilmente investem em insumos
ficandosempreaesperadosprojetos;
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- Aoníveldosinsumosgrátis(fertilizantes):oexcessivousodefertilizantesnos
camposdedemonstraçãomascaraorealpotencialtecnológicoeseupotencial
de adopção pelo pequeno produtor uma vez que os níveis aplicados estão
muitoaquémdascapacidadesdoprodutor.
Será importante mudar as abordagens em termos de parcerias para melhorar a
eficiênciadoscamposdedemonstração,bemcomoaexistênciadesementesdebaixa
qualidade.Serátambémnecessáriorastrearassementesparaaferirasuaorigemem
casos de semente de baixa qualidade ser fornecida para utilização. No entanto, a
responsabilidademonitorar a qualidadede sementee informar aquemdedireito
sobreaorigemdoslotescabeatodosnãosóaoServiçoNacionaldeSemente
InstitutodeInvestigaçãoAgráriadeMoçambique(IIAM)-RicardoMaria
Referiu-se a projectos no âmbito de sistemas de cultivo milho-leguminosas
implementadosnaperspectivademaneiointegradodafertilidadedossolos(ISFM)e
agriculturadeconservação.Aquiousodevídeosparadisseminarinformaçãoprática
aoprodutorèaprincipalestratégiadeligaçãocomoprodutornosentidodfacilitar
acessoainformaçãoagricolarelevante.OIIAMtambémestaatrabalharemparceria
com a Universidade do Hawai e parcerias Africanos no âmbito do Projecto OFRA
(OptmizingFertilizerRecommendationsinAfrica)quevisadesenvolverprotocolosde
adubaçãoeanálisedascurvasderespostaparadiferentesculturaseagroecologiasdo
CentroeNortedeMoçambique.AsculturasdeeleiçãodoOFRAsãoomilho,feijão
comumefeijãoboer.
FAO-Moçambique-FelisbertoDimandeeEugénioMacamo:
A FAO vem trabalhando directamente com oMinistério da Agricultura através da
Direção Nacional de Agricultura e Silvicultura (DINAS) e a Direção Nacional de
ExtensãoAgrária(DNEA)atravésdoprogramaFarmerFieldSchools(FFS)enoreforço
da cadeia de sementes locais e conservação pós-colheita. Estas atividades são
implementadas através de programas de acessória as Direções Provinciais de
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AgriculturaemManica,Sofala,Tete,NampulaeZambeziaem15distritos.AFAOtem
umprojectoemGazanoâmbitodamelhoriadarespostaasalteraçõesclimáticase
medidasdeminimizaçãonosetoragricola.NesteâmbitoaFAOvaiimplementaum
programaquevisareforçaracapacidadedasinstituiçõeslocaisatravésdainstalação
delaboratóriosdesolosparaadequarasrecomendaçõesdeadubaçãoemaneioda
cultura em campo. A FAO irá tambem trabalhar com os Serviços nacionais de
Meteorologiaparamelhoraracoletaeusodedadosmeteorológicosparamelhoraro
desenhodesistemasdeproduçãoclimaticamenteresilientes(CSA)emMoçambique.
Têm outros projectos baseados na promoção da igualdade do género, o apoio a
professores e, emarticulação comasdiretrizesdaUNICEFeOMS,na temáticada
nutriçãoalimentar.
DirecçãoNacionaldeExtensãoAgrária(DINEA)-IvaneMausse
ADINEAtemvindoaimplementarnomomentooPRONEA-PSP,ProgramaNacional
deApoioaExtensãoAgráriaqueéfinanciadopeloIFAD,temcomoprincipalobjetivo
melhorar a efetividade e cobertura dos Serviços Nacionais de Extensão Agraria. A
estratégia do PRONEA-PSP centra-se na subcontratação de serviços de extensão
agraria como plataforma para aumentar a cobertura dos programas e reduzir a
pressãodosextensionistasdaredepublica.Esteprogramacentra-senopressuposto
decriarumaextensãoorientadaaprocura.ADINEAtambémvempromovendoações
deformaçãoaextensionistasepequenosagricultoresparaasalteraçõesclimáticas.
TemtambémtrabalhadocomaFAOnoâmbitodoProgramaPTTA.
4.GruposdeTrabalho:DesafiosparaIASemMoçambique
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ParteA:PercepçõessobreIAeIAS
AsrespostasdosparticipantesforamdispostasdeacordocomIAouIAS,demostrando
adiferençadeopiniõesnadefiniçãodoconceitoIAS,nomeadamenteainclusãoda
sustentabilidadenaintensificaçãodaagricultura.
ConceitodeIAS
- -Garantiroaumentodaproduçãoeprodutividade,olhandooactualcontextodas
mudançasclimáticas
- - Produção agrícola com mínimo de degradação do ecossistema. Exploração de
recursoslocalmentedisponíveis.
- -Maiorproduçãoporunidadedeárea;eficiêncianousodeágua,reduçãodedanos
ambientaisp.exerosão
- - Produzir culturas especializadas numa determinada área tendo em conta as
condiçõesagro-ecológicas,ambienteeoconhecimentolocal
- -Éaintensificaçãodaproduçãodealimentostendoemcontaousosustentáveldos
recursosambientais;aumentodaproduçãoeprodutividadeagrícolaemcondições
ambientalmente saudáveis como garantia da segurança, produção alimentar e
nutricional
- -Produçãoaumentadanamesmaunidadedeáreacomusodetecnologiasquenão
alteremessaproduçãoenãodanifiquemoambiente.
- - Uso de recursos para satisfazer as necessidades actuais, sem comprometer as
necessidadesdasgeraçõesfuturas;usoderecursosfeitodeformaintensiva
- - Preservação dos ecossistemas, sustentabilidade é um critério básico, agricultura
verde,gestãoracionaldosrecursos
Percepçõesmistas:IA+IAS
- Aumentodaprodutividadecombaseemtécnicasetecnologiasdecultivoe
maneio,quemelhoramepreservamaeficiênciaeeficáciadousodosrecursos
naturais.
- Exercerumaproduçãointensivapensandonadisponibilidadenofuturo.
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ConceitodeIA- Usodenovastecnologiasdeprodução:sementesmelhoradas,boaspráticas,
fertilizantes(inorgânicaseorgânicas).
ParteB:GruposdeTrabalho–DesafiosparaIAS
Organizaram-setrêsgruposdetrabalho,comparticipantesdediferentesentidades,
pararesponderàsseguintesquestões:
1) oportunidadesedesafiosdosprogramasdetransferênciatecnológica;
2) papeldaextensãonaIAS;
3) viasparaatingirumaintensificaçãosustentáveldaagriculturaeforamexpostas
paraosrestantesparticipantes.
Respostas:
1. Oqueestáaacontecernatransferênciadetecnologia:
Desafios:Recursoshumanose financeiros; capacidade técnicanaextensão;
fracaligaçãoinvestigação/extensão;sobrecargadaextensão;estabelecimento
de sinergias funcionais entre as instituições; harmonização de
conceitos/princípios de IAS ao nível das instituições para usarem uma
linguagemcomumcomospequenosprodutores; fazerchegara informação
aospequenosprodutores;envolverospequenosprodutoresnadefiniçãode
prioridades de investigação e desenvolvimento; o rácio
extensionista/produtorébaixo;acapacidadetécnicadosnovoscontratadosé
fraca;osinvestigadoresdeveminteragirmaiscomospequenosprodutores.
Oportunidades: Modelos participativos de T.T (vitrines, FFS); pacotes
tecnológicos; existência de instrumentos orientadores (planos, estratégias,
projetos);existênciadeparceirosdisponíveiseprojetosatrabalharemáreas
semelhantes;AmetadoMASA:225extensionistasem2016;capacitaçãodos
novostécnicosdeextensão;criaçãooupotenciaçãodeplataformasdediálogo
(e.g.AFAAS,PIAT,REPETE).
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2. QualopapeldaextensãonaIAS?
Levaratecnologiageradapelainvestigaçãoaopequenoprodutor;identificar
osproblemasdosprodutoreseestabelecerapontecomos investigadores;
melhorar o fluxo de informação técnica (Triângulo
Investigação/Extensão/Produção); desenvolver as competências técnicas do
pessoaldeextensão;identificarferramentasparaadisseminaçãodaIAS(PIAT,
FarmerFieldSchools,Demoplots)
3. Comopodemosatingirumaintensificaçãosustentável?
Ter em consideração as condições, sócio-económicas-ambientais;
consciencializareengajarosintervenientesdacadeiadeprodução;mobilizar
recursos;capacitaçãodosintervenientes;conhecimentoprévioemdiferentes
componentes (solo, água, mercados - produtos e insumos); Formação
permanente do capital humano (investigadores e extensionistas); passar o
conhecimentoaospequenosprodutores; criaçãodepacotesde tecnologias
sobreIAS.
Resumo
1. Formaçãodecapitalhumano
2. Coordenaçãointer-institucional(sinergias)
3. Harmonizaçãodepacotestecnológicosdeinformaçãoaoníveldainformação
4. Inclusãodepequenosprodutoresnadefiniçãodaagendadepesquisa
5. Tricotomia:Extensão<->pesquisa<->produtores
6. Agronomia->mercado
7. Capacidadetécnicadarededeextensão
8. Adoçãodemodelosparticipativos
9. Existênciadeinstrumentosorientadores
10. Diversidadesócio-económicaeagroecologias
11. Promoverosforajáexistentes:AFAAS,PIAT,REPETE
12. DesenvolverpacotestecnológicosviradosparaaIAS
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5.ConclusõesSendo o milho e leguminosas as principais culturas alimentares produzidas em
Moçambique,ocupandocercade44.3%e35.9%daáreatotalcultivanopaís,aIAS
através damassificação da produção nos sistemas de cultivomilho-leguminosas é
peça fundamental para viabilização do IAS e melhoria do bem-estar social e da
segurançaalimentardopequenoprodutorrural.Noentantoháaconsiderartambém
ofactodossistemasdeproduçãosãomaiscomplexosediversificadosdoqueparecem
enãoseresumemapenasprodução.Noentantoaatualabordagemdegrandeparte
dasintervençõesagrícolascentra-senamelhoriadaperformanceagronómicaanível
da machamba ignorando as dinâmicas socioeconómicas a nível do agregado e o
potencialimpactodestassobreodesenhoegestãodaunidadedeproduçãocomoum
todo.Énecessárioconsideraroagregadofamiliarcomoumtodoeolhá-locomouma
microempresadinâmicaondeaprodução(cereais,hortícolasefruteiras),avendade
excedentes e serviços on farm e off farm, os processos de tomada de decisão e
factoresqueafectamaformacomoaunidadecomoumtodoégerida,sãotambém
componentes do sistema a serem considerados para a IAS nestes sistemas. No
entanto,diversidadedeexploraçõesagrícolas,deveserlevadaemconsideraçãouma
vezqueestatemumpapelnadeterminaçãodopotencialdeadopçãodetecnologias
deIAS.Dadaestaheterogeneidade,nãoexisteumpacotetecnológicocapazdeservir
a todos grupos e por isso deve-se envolver o produtor no planeamento e
desenvolvimento de pacotes tecnológicos adequados a sua realidade biofísica e
socioeconómica.