Voz da Igreja - Abril/2016

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Foto: dici.org Ecumenismo: um caminho para chegar à unidade cristã?

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Revista da Arquidiocese de Curitiba - abril de 2016. Neste mês de abril, a revista Voz da Igreja traz como tema central o empenho ecumênico na vida e na missão eclesial, além de uma série de artigos.

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Foto

: dic

i.org

Ecumenismo:um caminho para

chegar à unidade cristã?

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Ação Evangelizadora Agenda Mensal dos Bispos

• Reunião do Setor Santa Felicidade• Crisma na Paróquia Nossa Senhora

da Conceição, na Vila Fanny• Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Auxiliadora• Missa no Santuário da Divina Misericórdia• Crisma na Paróquia São José, em Santa Felicidade• 54º Assembleia da CNBB – Aparecida – SP• Assembleia Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa• Crisma na Paróquia Santa Margarida• Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Conceição,

em Campo Magro• Crisma na Catedral • Expediente na Cúria• Missa na Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho• Crisma na Paróquia São Grato• Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Conceição,

no Butiatuvinha• Crisma na Paróquia São Pedro, no Umbará• Crismas na Paróquia Nossa Senhora da Piedade,

em Campo Largo• Visita no Seminário São José• Reunião do Conselho Presbiteral, na Cúria• Reunião do Setor Portão• Visita no Seminário Bom Pastor• Expediente na Cúria• Visita no Seminário Rainha dos Apóstolos• Reunião do Setor Campo Largo, na Paróquia Bom

Jesus, em Balsa Nova• Visita no Seminário Propedêutico• Reunião do Setor Almirante Tamandaré• Reunião do Formadores no Seminário São José• Crisma na Paróquia São Sebastião, na Rondinha• Reunião com o Setor Juventude, na Cúria • Crisma na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões

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• Reunião do Setor santa Felicidade• Reunião da Equipe Missionária, na Cúria• Crisma na Paróquia Santana, no Abranches• Missa na Assembleia das Capelinhas, na Paróquia • São Marcos• Crisma na Paróquia Nossa Senhora das Vitórias• Crisma no Santuário Santa Rita• Crisma na Paróquia Santo Agostinho• Crisma na Paróquia São José, na Vila Oficinas• 54º Assembleia da CNBB – Aparecida – SP• Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Visitação• Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração• Crisma na Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos• Crisma na Paróquia São Pedro e São Paulo, no Tingui• Crisma na Paróquia São Pedro• Expediente na Cúria• Missa na Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho• Crisma na Paróquia Santa Cândida• Crisma na Paróquia Imaculada Conceição, no Atuba• Crisma na Paróquia Santa Isabel• Crisma na Paróquia São João Batista, no Tingui• Crisma no Santuário Cristo Rei• Reunião do Conselho Presbiteral, na Cúria• Reunião do Setor Portão• Crisma na Paróquia Santa Madalena Sofia• Crisma na Paróquia Santíssima Trindade• Reunião do Setor Colombo, na Paróquia Nossa Senhora

do Rosário• Reunião do Setor Almirante Tamandaré, na Paróquia

Nossa Senhora da Conceição• Reunião do Formadores no Seminário São José• Crisma na Paróquia Santa Cândida• Crisma no Santuário da Divina Misericórdia• Crisma na Paróquia São Miguel

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Caro Leitor,

Quando o Papa Francisco nos convoca para o cultivo da cultura do encontro, quer ele também reforçar a importância do diálogo e a cooperação entre as Igrejas cristãs.

Neste mês de abril, a revista Voz da Igreja traz como tema central o empenho ecumênico na vida e na missão eclesial. Pe. Elias Wolff, em parceria com a Ir. Raquel de Fátima Colet, FC, convidam-nos a mergulharmos neste tema: o que é o ecumenismo? Qual o papel fundamental do ecumenismo em nossa Arquidiocese? Apresentam-nos também o MOVEC – Movimento Ecumênico de Curitiba – em suas linhas gerais de organização.

Seguindo a mesma temática, a Dimensão Social nos apresenta o texto: “Missão e ecumenismo, onde ser ecumênico é a missão e ser Cristão é ser ecumênico”. O Arcebispo de Curitiba, Dom José Peruzzo, traz em seu texto a explicação de como é o Ecumenismo. Na mesma seara o COMIDI mostra a face ecumênica da missão, que se revela quando visitamos pessoas de outras confissões cristãs. E a Comissão Litúrgica explica-nos um pouco sobre a organização das celebrações ecumênicas.

Além dos textos que giram sobre tema central deste mês, temos outras matérias importantes: O Setor Juventude apresenta os temas: “A escola de formação de juventude” e projeto “Lectionautas”; já a Comissão Família e Vida traz um belíssimo texto sobre as “Famílias Feridas”; a Comissão Bíblico-Catequética reflete sobre a “Missão e a iniciação da vida cristã”; e a PASCOM apresenta o curso para Lideranças da Vida Consagrada da Conferência dos Religiosos do Brasil, que aconteceu em nossa Arquidiocese.

Nossa revista também apresenta sugestões sobre como combater o mosquito Aedes Aegypti, transmissor de diversas doenças, aderindo à convocação da Defesa Civil e da Prefeitura Municipal de Curitiba.

Esperamos que o caro leitor aproveite estas páginas e possa, em especial, refletir sobre o ecumenismo, que é, acima de tudo, o encontro fraterno de pessoas que, em Cristo Senhor e Salvador, se reconhecem como irmãos e irmãs. Afinal, o Senhor, em sua última ceia, implorou ao Pai: “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti” (Jo 17, 21).

Marlon Roza

Pe. AlexsAndeR CoRdeiRo loPes / MARlon RozA

Coordenação da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Curitiba

igreja em diálogo, a cultura do encontro!

dom José MárioBispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

Região Episcopal Norte

dom José Antônio PeruzzoArcebispo da Arquidiocese de CuritibaA

br.

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A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de ComunicaçãoCONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispo da Arquidiocese deCuritiba: Dom José Mário Angonese | Chanceler: Élio José Dall'Agnol | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Rivael de JesusNacimento | Jornalista responsável: Teodoro Travagin | Assessoria de Comunicação: Sintática Comunicação | Revisão:Aline Tozo | Revisão Teológica: Gilberto Bordini | Colaboração voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral | Projeto gráfico: Editora Exceuni | Diagramação: Sintática Cominucação | Impressão: Gráfica Infante - Tiragem: 10 mil exemplares.

AssessoRiA de CoMUniCAÇÃo

Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco80510-010 - Curitiba (PR)

Responsável: Teodoro Travagin – 5531 (DRT-PR)

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Palavra do Arcebispo doM José Antônio PeRUzzoArcebispo da Arquidiocese de Curitiba

A configuração religiosa da sociedade atual é eminentemente plural. Nela situam-se as religiões mais antigas da humanidade e as novas expressões de religiosidade características do mundo moderno e pós-moderno. O cristianismo mesmo é sempre mais plural em nosso tempo, com as igrejas consideradas históricas, e as novas comunidades eclesiais de caráter pentecostal.

Nesse contexto de diversidade, há elementos positivos na expressão das diferentes formas de crer. Afirma-se a importância da religião e da fé, a necessidade de crer em algo mais que o humano, Deus. Nesse sentido, as diversas expressões de fé fazem frente a uma postura de indiferentismo religioso presente na cultura atual secularizada.

Mas, infelizmente, nem tudo é positivo no contexto religioso plural. Há também tensões e conflitos entre as diferentes crenças. Há posturas de intolerância religiosa, de fundamentalismos e práticas proselitistas que agridem pessoas e comunidades que não pertencem à própria comunidade religiosa, violam o direito à liberdade religiosa e dificultam uma interação positiva entre as diferentes expressões de fé. Quando isso acontece, a diferença que poderia ser um enriquecimento na compreensão do projeto de Deus para a humanidade, torna-se divergência. E as igrejas e religiões se distanciam umas das outras e tornam-se concorrentes na busca de adeptos às suas doutrinas.

É nesse contexto que urge recuperar o ensino do Concílio Vaticano II sobre a importância do diálogo ecumênico e inter-religioso. Ensina o concílio que “a Igreja reprova, como contrária à vontade de Cristo, qualquer espécie de discriminação entre as pessoas ou de perseguição perpetrada por motivos de raça ou de cor, de condição social ou de religião” (Nostra aetate, 5). Como cristãos católicos, nós não somos concorrentes com outras igrejas e outras religiões. Somos “peregrinos e peregrinamos juntos” (Evangelii gaudium, 244) para Deus. Por isso é importante desenvolver a atitude de “companheiro de estrada sem medos nem desconfianças e olhar primariamente para o que procuramos: a paz no rosto do único Deus” (Evangelii gaudium, 244).

Tal é o que nos ensina o papa Francisco, em seu esforço de praticar as orientações do Vaticano II tanto para a prática do ecumenismo (Decreto Unitatis redintegratio), quanto do diálogo inter-religioso (Declaração Nostra aetate). Como cristãos católicos, sabemos que o diálogo não é apenas meio da evangelização, mas é também seu conteúdo (Ecclesiam suam). E nesse sentido promovemos o ecumenismo não como algo “a mais” da nossa ação pastoral, mas como uma dimensão da ação evangelizadora da Igreja. Como bem ensinou o papa João Paulo II, o ecumenismo não é “apêndice” ou algo “paralelo” à Igreja, mas é algo essencial ao ser e agir da Igreja (Ut unum sint, 9). Cremos que o ecumenismo é “o caminho da Igreja” (Ut unum sint, 7). É porque a Igreja tem uma natureza de comunhão em sua essência, como realidade trinitária (Lumen gentium, 2-4), que ela precisa se expressar na comunhão entre “todos” os que crêem em Cristo. Foi Jesus mesmo quem pediu isso: “Que todos sejam um” (Jo 17,24). E esta é a finalidade do ecumenismo: contribuir para realizar o desejo de unidade que Cristo quer para os seus discípulos. Por isso trabalhamos para que as diferentes Igrejas cheguem ao necessário consenso sobre os elementos da doutrina cristã que nos separam. Esperamos, um dia, professar juntos a mesma fé, celebrar os mesmos sacramentos e sermos orientados pelos mesmos pastores. O trabalho é árduo, mas é o Espírito Santo quem impulsiona e guia a causa ecumênica (Unitatis redintegratio, 1, 4).

Outra é a finalidade diálogo inter-religioso. Aqui, não buscamos a unidade na fé, mas a convivência pacífica entre as diferentes religiões e o respeito pelos seus credos, de modo a podermos juntos contribuir por uma sociedade justa, solidária e fraterna (Nostra aetate,5).

Em nossa arquidiocese de Curitiba, temos consciência do ensino do magistério eclesial sobre o ecumenismo e o diálogo das religiões. E nos dedicamos para isso. Essa missão não é apenas de alguns que “gostam” ou “optam” pelo ecumenismo e pelo diálogo das religiões. Ensina o Vaticano II que “a solicitude na restauração da unidade dos cristãos vale para toda a Igreja, tanto para os fiéis como para os pastores” (Unitatis redintegratio, 6). O mesmo pode-se dizer sobre as relações e a cooperação entre as religiões. Portanto, nenhum cristão católico, fiel ao Evangelho e ao ensino do Vaticano II, pode se eximir da responsabilidade de promover o diálogo ecumênico e inter-religioso em nosso meio.

Para isso, é fundamental que em nossas paróquias, comunidades, pastorais e movimentos, tenhamos presente a importância de viver as orientações do vaticano II na relação com as diferentes Igrejas e religiões. O concílio exorta às atitudes que favorecem para isso: a conversão do coração no espírito “da humildade e mansidão no serviço, e da fraterna generosidade para com os outros”; a oração entendida como “a alma de todo o movimento ecumênico”; o conhecimento mútuo que ajuda para um diálogo esclarecido, sem negar a própria identidade de fé e sem desvalorizar a fé do outro (Unitatis redintegratio, 7-9).

Mas não há prática do diálogo sem formação para o diálogo. Por isso o Vaticano II diz: “Importa que os futuros pastores e sacerdotes conheçam bem a teologia cuidadosamente elaborada neste sentido (de diálogo) e não polemicamente (Unitatis redintegratio, 10). Muitos cristãos católicos não são ecumênicos ou porque lhes falta conhecimento das orientações da Igreja ou lhes falta aprofundamento dessas orientações. Sonho o dia no qual todos os agentes de pastoral da nossa Arquidiocese, ordenados e leigos, possam ter a oportunidade de aprofundar o ensino da Igreja sobre o ecumenismo e o diálogo das religiões. É apenas com uma sólida formação que na relação com as diferentes igrejas e religiões teremos condições de “proceder com amor pela verdade, com caridade e humildade” (Unitatis redintegratio, 11) e desenvolver “uma visão da unidade que tenha em conta todas as exigências da verdade” (UUS 79).

E já estamos dando passos nessa caminhada. Como membro do Movimento Ecumênico de Curitiba (MOVEC) a nossa Arquidiocese se empenha na promoção de iniciativas ecumênicas e inter-religiosas, como as Campanhas da Fraternidade Ecumênicas , a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, a parceria com o Núcleo Ecumênico e Inter-religioso da PUCPR, entre outras. E temos certeza de que os frutos começam a aparecer, quando colocamos a nossa disposição de dialogar no coração de Deus, para que sob o influxo da Sua graça, possamos testemunhar o mesmo Evangelho com as outras Igrejas, e trabalhar pela fraternidade universal com todos os povos e as religiões. Afinal, nesse caminho “Não bastam as manifestações de bons sentimentos. Fazem falta gestos concretos que penetrem nos espíritos e sacudam as consciências, impulsionando cada um à conversão interior, que é o fundamento de todo progresso no caminho do ecumenismo” (Bento XVI. In: Documento de Aparecida, 234).

A promoção do diálogo ecumênico e inter-religioso na missão da igreja

3Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016

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A RESSURREIÇÃO DE CRISTO, TESTEMUNHO DE ESPERANÇA HOJE

Devemos entender que a Ressurreição de Cristo é o teste-munho de esperança.

Antes, porém, devemos acreditar que Jesus Cristo real-mente ressuscitou.

São Lucas é o único que usa a palavra ressuscitou real-mente (Lc 24,34).

A Ressurreição de Cristo prova-se em primeiro lugar histo-ricamente pelas suas aparições a Cefas, Pedro, o primeiro papa escolhido pelo mesmo Cristo, aos Apóstolos, inclusi-ve Tomé, que só acreditaria, se com suas mãos tocassem as Chagas de Cristo, aos Discípulos de Emaús, a Maria Madalena, a 500 pessoas, ao Apóstolo Paulo, em últi-mo lugar, afirmando que muitas destas pessoas viviam, quando escreveu a Carta aos Coríntios (1 Cor 15, 1 – 8).

Nenhum historiador profano menciona a Ressurreição de Cristo. Tanto os judeus como os pagãos de seu tempo reconhecem historicamente a vida e morte de Cristo em Jerusalém, mas escrever sobre sua Ressurreição não lhes interessava, porque não acreditaram nela.

As testemunhas históricas da Ressurreição não presencia-ram o momento em que Cristo ressuscitou. Nem mesmo os soldados que guardavam rigorosamente o túmulo, viram o momento da Ressurreição e foram pagos pelos sumos sa-cerdotes para mentirem que, enquanto dormiam, seus dis-cípulos tiraram o corpo de Jesus e o levaram embora.

O segundo testemunho da Ressurreição é a fé daqueles aos quais Cristo apareceu e de todos que deram a vida com o martírio, acreditando firmemente nesta verdade de fé, ensinada por Santo Agostinho.

O terceiro argumento com as palavras de Jesus “Estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28,20), é a Eucaristia, mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

O quarto argumento é a própria Igreja que subsistirá até o fim do mundo, com o Papa, Bispos, Presbíteros, Diáco-nos, Religiosos, Religiosas e mais de um milhão e duzen-tos mil leigos católicos.

A mensagem de Esperança

A Ressurreição de Cristo é a esperança de um mundo re-novado.

Mas que esperança nos traz Cristo Ressuscitado, se a te-levisão no mundo inteiro e os jornais de manhã noticiam ódio, violências, sofrimentos, divisão, pecados?

É o Papa Francisco que anima neste Ano Santo da Miseri-córdia a todos confiar na Misericórdia de Deus que é sinal de esperança.

Mas como é esta esperança? O grande pregador, até do Retiro ao Papa e aos da Cúria Romana, Frei Raniero Cantalamessa, cita São Paulo que escreve aos Coríntios: “Se esperássemos algo de Cristo somente para esta vida, seríamos os mais dignos de compaixão de todos os ho-mens (1 Cor 15, 19). Mas seríamos dignos de compaixão também se esperássemos somente para a outra vida”. Novamente São Paulo - escrevendo aos Romanos, é que nos diz “Spe Gaudentes” - alegrai-vos na esperança (Rom 12, 12), mesmo nas aflições desta vida.

É ainda Frei Cantalamessa que diz: “Ser testemunhas da esperança é hoje talvez o dom mais lindo que o cristão pode oferecer ao mundo, mesmo vivendo com os sinto-mas mais alarmantes das drogas e violências, gerando a falta de esperança”.

As palavras de Cristo aos Apóstolos, no dia da Ascensão aos céus, “sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Judéia e Samaria até os confins da terra” (At 1, 8), continu-am válidas até hoje.

Que cada um de nós seja testemunha de esperança e não descrente, pessimista, indiferente, acomodado.

Imite o Papa Francisco que não teve medo de ir á África, apesar do perigo que podia haver, com o Estado Islâ-mico, para levar àquela população sofrida a esperança de Cristo Ressuscitado, Cristo Ressuscitado é nossa esperança.

doM PedRo Antônio MARChetti FedAltoArcebispo Emérito de Curitiba

Palavra de Dom Pedro

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A formação Integral da Juventude

Juventude leonCio sAntiAgoMembro da Coordenação Arquidiocesana da Pastoral da Juventude

Conselheiro Municipal de Juventude de Curitiba

Os bispos da América Latina, reunidos em Puebla em 1968 fizeram duas opções para a igreja latino-americana: A opção preferencial pelos pobres e pela Juventude, afirmando que a “Igreja confia nos(as) jovens, sendo eles(as) sua esperança”. Onze anos depois, reunidos na Conferência de Santo Domingo, reafirmam essa opção pela juventude, não só de modo afetivo, mas, efetivamente: “opção por uma pastoral da juventude orgânica, com acompanhamento, com apoio real, com diálogo, com maiores recursos pessoais e materiais e com dimensão vocacional”¹.

Sem dúvida fazer essa opção é assumir um grande desafio. Fazendo-se necessário pensar um processo formativo, que contribua na formação de novas lideranças juvenis nas comunidades, paróquias, pastorais, movimentos e novas comunidades.

Proporcionar esse processo formativo, requer reconhecer as juventudes como também protagonistas na construção do Reino de Deus, por onde o Divino também age e fala. Sendo necessário também, considerar o/a jovem como um todo; isto é, as suas diferentes formações, de forma a evitar reducionismos que distorcem a proposta de educação na fé, reduzindo-a a uma proposta psicologizante, espiritualista ou politizante².

Para tal é preciso pensar um caminho formativo em sintonia com importantes 5 dimensões, sendo cada qual vista como uma relação que a/o jovem tem com um aspecto da sua vida, respondendo às perguntas de fundo que todo ser humano faz, consciente ou inconscientemente³: É preciso que essas dimensões sejam desenvolvidas de forma equilibrada na vida da juventude, e na construção de seu projeto de vida; considerando que todas elas estão interligadas.

A dimensão Psico-Afetiva: Quem sou eu? dimensão Psico-social: Quem é o outro? dimensão Mística: Quem é Deus? dimensão sócio-política-ecológica: Qual a minha relação com a sociedade ao meu redor? dimensão de Capacitação: Como me organizar através de um consistente projeto pessoal de vida?

Pensando nesse processo a Arquidiocese de Curitiba dará início à Escola da Formação para Jovens Líderes e Assessores. Serão quatro encontros no decorrer do ano em que os jovens e assessores tem a oportunidade de dar um passo efetivo no processo de educação na fé. Participe conosco!

1 Documento 85 da CNBB: Evangelização da Juventude –Desafios e Perspectivas Pastorais, 2007. 90-91.2 Ibdem. 96-97.3 Ibdem. 97.

setoR JUVentUde: [email protected](41) 2105-6364 / 9605 4072 / 2105-6309 / Murilo Martinhak / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior.

exPediente

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Missão e iniciação à Vida Cristã

Animação Bíblico-Catequética

A Comissão da Animação Bíblico-Catequética da Arqui-diocese de Curitiba propôs, gradualmente, nos últimos anos, uma nova mentalidade de iniciação à vida cristã. São longos anos de reflexão e dedicação na consolidação de uma catequese em estilo catecumenal e chave missio-nária. A iniciação à vida cristã em chave missionária fala mais ao coração e conduz à intimidade com Jesus Cristo.

Diante dessa história construída e da perspectiva eclesial de estarmos em estado permanente de missão, quere-mos novamente destacar os elementos e ações essencial-mente missionárias de cada proposta do itinerário global da iniciação à vida cristã da Arquidiocese de Curitiba.

Consolidar essas propostas, implantar essas metodolo-gias significa transformar uma paróquia com pastoral de manutenção, numa paróquia renovada. Significa tam-bém alimentar o ardor missionário no coração de seus agentes, transformando-os primeiro, para depois irem em busca, saírem da cômoda situação de espera, para convidar, anunciar, encantar... Vejamos:

Pe. lUCiAno tokARski Coordenador da Pastoral Catequética

PAstoRAl do BAtisMo - PRePARAÇÃo de PAis e PAdRinhos PARA o BAtisMo de CRiAnÇAs

yy Cuidar das famílias que esperam um bebê: re-alizar visitas, convidar para a Celebração da Vida, promover momentos de oração. Toda a paróquia poderá se envolver nesses convites, nessa busca e encontro...

yy A preparação de pais e padrinhos para o ba-tismo de crianças deve acontecer de forma personalizada: o agente da pastoral do Ba-tismo é, por excelência, missionário. Ele sai das paredes eclesiais, vai às casas. Visita os pais e padrinhos. Realiza com eles os encon-tros catequéticos e celebrativos.

yy Vida missionária pós-sacramento: que os pais e padrinhos recebam a visita dos missionários. Os mi-nistros da benção podem agendar a benção do lar e da família. O agente da pastoral familiar ou da pas-

toral da visitação poderá realizar a leitura orante da Palavra na casa das famílias batizadas. Pode-se reunir todas as fa-

mílias do mesmo setor paroquial para uma celebração de Natal, Via Sacra ou reza do terço. Enfim, a vida eclesial deve começar com o sacramento do Batismo, e não marcar o seu término.

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Os projetos arquidiocesanos da iniciação à vida cristã fo-ram refletidos e construídos em chave missionária. Eles são uma oportunidade pontual para a transformação da comunidade paroquial.

Para ser fiel ao modelo do Mestre é vital que a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, é vital que a vida cris-tã avance, sem medo, sem demora.

A iniciação e a missão são dois polos norteadores para a renovação pastoral e paroquial. Será nas visitas, na es-cuta das pessoas e no encontro com a realidade perifé-rica que descobriremos a catequese no seu significado original.

Que a Virgem Maria, Missionária e Catequista, ajude-nos a sermos audaciosos no anúncio do Evangelho.

yy ir ao encontro das crianças: as crianças que não têm idade para a catequese sistemática também devem ter seu espaço dentro da comunidade paro-quial, porque devem sentir a presença de Jesus Cristo em suas vidas muito antes da busca do sacramento. Daí a importância de serem convidadas a participar da catequese infantil.

CAteQUese inFAntil – inFeRioR A 9 Anos

yy encontros catequéticos e missionários: os encontros de catequese infantil tam-bém podem ser realizados nas casas das famílias. Estes encontros são querigmáti-cos, celebrativos e lúdicos.

yy Catequistas visitadores: sugere-se que regularmente os catequizandos e suas famílias sejam visitados pelos cate-

quistas. Devem ser visitas querigmáti-cas, orantes, de partilhas de vida...

yy Catequizandos em missão: que os catequizandos das mesmas

turmas ou em conjunto por eta-pas realizem visitas missioná-rias no território paroquial ou em outros lugares de missão.

CAteQUese CoM CRiAnÇAs e AdolesCentes

yy Momentos Celebrativos: o itinerário celebrativo também é uma oportunidade missionária porque os convites para as celebrações devem envolver toda a rede familiar e fraterna do catequizando. Parentes e amigos devem estar presentes nas Festas de Entrega, nas celebrações temáticas, etc.

yy Atividades evangélico-transformadoras: a coor-denação de catequese e o grupo de catequistas e ca-tequizandos podem organizar visitas a asilos, hospi-tais, pessoas doentes ou idosos da comunidade. Or-ganizar com os catequizandos atividades missioná-rias ligadas ao tema da Campanha da Fraternidade.

yy Personalização: cuidado personalizado com as famílias dos catequizandos, que devem ser cuida-dosamente visitados, convidados e orientados a participarem da Catequese Familiar, em encontros mensais, orantes e vivenciais, com partilhas de vida e convivência fraterna.

yy Pequenos grupos: motivar e orientar as famílias a iniciarem ou se inserirem em grupos de reflexão nas suas quadras, ou seja, toda a riqueza da comunidade paro-quial, suas atividades mis-sionárias, seus momentos de oração e celebração, etc, devem ser ofertados a essas famílias.

CAteQUese FAMiliAR

yy Ministério de introdutor: é o missionário do Querigma. Aco-lhe, visita, conhece e acompa-nha os catecúmenos e catequi-zandos. Celebra, com a família do adulto, três encontros de for-ma personalizada.

iniCiAÇÃo À VidA CRistà de AdUltos - CAteCUMenAto

yy encontros catequéticos e missionários: os cate-quistas, na medida do possível, adaptem-se aos ho-rários dos adultos. Realizem-se encontros catequé-ticos orantes e celebrativos com chave missionária.

yy Visitação com o grupo de adultos: propor aos adultos, no tempo da mistagogia, momentos de visi-tações nas realidades extremas da paróquia.

exPediente CoMissÃo dA AniMAÇÃo BÍBliCo-CAteQUétiCA: [email protected](41) 2105-6318 / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon.

7Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016

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MissÕes PeRMAnentes ONDE ESTAMOS, PARA ONDE VAMOS?

Missões

8 Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016

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Há pouco mais de um ano nossa Igreja de Curitiba decidiu-se pelas missões. Na teoria este parece ser um passo fácil de se dar. Mas na prática não é simples. É preciso ousadia para iniciar um caminho que não

sabemos direito no que vai resultar. Após um ano de muitos questionamentos – de acertos e erros – nossas comunidades têm encontrado caminhos que as ajudam a se colocar em saída:

1) Como conquistar lideranças para iniciar as mis-sões?Se a comunidade ainda não tem experiências significa-tivas de saída missionária, será preciso dar os primeiros passos: • A primeira atitude será sensiBilizAR os fiéis, a co-

meçar pelo estudo dos documentos no CPP até atin-gir a todos por meio da oração pelas missões nos mo-mentos orantes da comunidade.

• PlAneJAMento: não podemos iniciar as atividades sem um mínimo de organização prévia.Organiza-se pelo CPP, a fim de que todos entendam a urgência e se comprometam com a missão. A setorização do território pode auxiliar muito neste momento.

2) Como vencer o medo de sair?Quando na comunidade já há um grupo de pessoas dis-postas a iniciar, será preciso superar o medo de sair. E só há uma maneira – saindo e iniCiAndo As MissÕes. Em dia previamente marcado, pode-se realizar a primeira ex-periência, que concilia formação, saída para visitas e tes-temunhos no final.

3) Como criar vínculos entre os que foram visitados?Quando temos uma comunidade motivada pela alegria de sair e visitar, muitos se perguntam: o que fazer agora? • QUAliFiCAR As VisitAs MissionÁRiAs: cultivan-

do o espírito orante, desinteressado e livre das visitas constantes dos mesmos missionários nas mesmas casas. O espírito de comunidade surgirá pela via do afeto.

• Quando surge o vínculo entre os visitados, então eles quererão, pelo gosto de ser Igreja, encontrar-se e for-mar uma PeQUenA CoMUnidAde de Fé. Esta é a nossa meta - a Igreja em estado permanente de missão.

Mais do que passos burocráticos de um processo, aqui apresentamos algumas ações de nossas comunidades que brotaram do questionamento central: como fazer a experiência de saída de nossas paróquias? Sejamos fiéis ao mandato do Cristo: anunciarmos o Evangelho a toda criatura (Mt 28,20)!

Veja matéria completa no site: arquidiocesedecuritiba.org.br/noticiasdiocese/missoes-permanentes

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SENSIBILIZAÇÃOComo conquistaras lideranças parainiciar as missões?

Como vencer omedo de sair?

Como criar vínculosentre os visitados?

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PLANEJAMENTO

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INICIANDOAS MISSÕES

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AS VISITASMISSIONÁRIAS

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AS PEQUENASCOMUNIDADES

Por Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Curitiba

9Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016

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JoÃo sAntiAgoTeólogo, Poeta e MilitanteCoordenador da CFE-2016

Missão e Ecumenismo, onde ser Ecumênico é a Missão e ser Cristão é ser Ecumênico.

o século xxi cristão optará pelos excluídos ou não será cristão. o século xxi cristão ou será ecumênico ou não será eclesial.

o século xxi ou será ecológico ou simplesmente não será”.(dom Pedro Casaldáliga)

Dimensão Social

Ser missionário não é apenas uma opção para os cristãos e que a gente pode optar por fazer ou não fazer. Não é uma simples tarefa, mas uma exigência central que decorre do batismo e do mandato de Jesus. Também não é algo que se faz durante determinado tempo: uma semana, um mês, um ano que seja, mas é para toda a vida, porque a missão é a vida do cristão. Igualmente ser missionário não é uma tarefa de uma determinada pastoral, ou restrita a um certo lugar, mas um compromisso de toda a Igreja. Nem mesmo é uma obrigação em que se faça apenas por força da Lei. O mandato de Jesus é um envio explícito e sem arrodeios, “Vão, portanto, e façam que todas as nações se tornem discípulas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19). A missão, assim como o batismo, é trinitária.

Depois do Concílio Vaticano II, com o evento da Igreja Povo de Deus, somos todos missionários e missionárias em diálogo com o mundo. Ser cristão, assim como ser Igreja, significa ser ecumênico. Enquanto não nos tornamos ecumênicos, portanto, não seremos verdadeiramente missionários e cristãos de verdade. O ecumenismo é a comunhão das Igrejas cristãs se reconhecendo mutuamente como irmãs, filhas do mesmo Pai, em busca do mesmo Reino. Assumindo a missão comum que é expressa por Jesus no plural, pela comunidade de Marcos “Vão pelo mundo, proclamem o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15). E esta missão, como se pode notar, é bem mais que cumprir ritos, seguir doutrinas e obedecer às leis. Por vezes, inclusive, é desobedecê-las, é transgredi-las. Ser missionário exige de nós muito mais que ir à missa, que ir à Igreja, pois a missa termina exatamente com um envio para a missão.

A missão para os cristãos e para as cristãs, como seguidores de Cristo, é ecumênica, em primeiro lugar porque, se temos o mesmo Pai, também temos uma única casa comum, dada por este Pai, da qual devemos cuidar. A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 nos lembra desta verdade, ao trazer como tema “Casa Comum, nossa responsabilidade”. Através do profeta Amós, é Deus quem nos diz, no lema da Campanha, qual é o seu desejo. “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”, (Amós 5, 24). Desta palavra decorrem para nós muitos compromissos, como olhar e ver, por exemplo, como estão os nossos rios? O que brota e o que corre neles? “A casa Comum é o maior presente que Deus nos deu, por isso, precisamos urgentemente pensar em ações, estratégias e novas formas de nos relacionarmos com esse bem” (CFE-2016, nº 165).

O Papa Francisco, além de dar o exemplo, dialogando com todas as religiões e assumindo a missão de cuidar da vida; exigindo os Direitos Humanos, mas também denunciando a negação dos direitos de todas as espécies e formas de vida; sendo testemunha eloquente do desejo de Deus manifestado por Amós. É urgente entendermos que não somos, nem de longe, o todo da vida e da criação, antes, somos apenas uma parte e muito dependente das demais. Mesmo os cristãos e também a humanidade, são apenas partes de um todo muito maior! Conforme nos diz Francisco, “há uma interação entre os ecossistemas e entre os diferentes mundos de referência social e, assim, se demonstra mais uma vez que ‘o todo é superior à parte’” (LS, nº 141). Precisamos, diante da oportunidade que a CFE-2016 nos traz, encontrar em nossas diferenças a riqueza da sabedoria que nos faz crescer. Afinal, “diferente não é contrário” (DREHER, 2011, p. 73).

Arquidiocese de Curitiba | Abril 201610 Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016

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O nosso Arcebispo, Dom José Antonio Peruzzo, por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano, deixou uma importante mensagem, na entrevista coletiva. Ao falar da nossa responsabilidade com a Casa Comum, lembrando-nos das ameaças que nos deixam a todos no mesmo perigo, disse-nos ele: “A casa comum, nossa responsabilidade, começa no nosso quintal. Precisamos começar a cuidar desta Casa Comum a partir dele, porque o quintal da gente é como o coração da gente, ninguém entra nele, só a gente entra”. Esta é uma lição importante porque a missão é de todos e de todas, mas ela tem as suas dimensões pessoais. Está na hora de assumirmos com maturidade a mensagem de Jesus de Nazaré, que é universal e a sua misericórdia que é para todos, (João 21, 11). Afinal, como nos diz (DIETRICH, 2013, p. 31), Jesus “procurou mostrar de diversas formas que Deus não é um conjunto de leis, Deus não é um conjunto de rituais, Deus não é uma Igreja, Deus não é nem sequer uma religião: Deus é amor”. E é este amor que nos faz ser missionários e missionárias, e é este amor que chama para sermos ecumênicos.

Bibliografia:

BÍBLIA SAGRADA. Nova Pastoral. São Paulo: Paulus, 2013.

DIETRICH, Luiz José. Violências em nome de Deus – Monoteísmo, Diversidades e Direitos Humanos. São Leopoldo-RS: CEBI, 2013.

DREHER, Carlos A. A Caminho de Emaús – Leitura bíblica e Educação Popular. São Leopoldo-RS: CEBI, 2011.

Papa Francisco. Carta Encíclica LAUDATO SI’ – Sobre o cuidado da Casa Comum. Brasília-DF: edições CNBB, 2015.

CFE-2016. Texto Base da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016. Casa Comum - Nossa Responsabilidade. Brasília-DF: Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC. 2015.

Curitiba, 07 de Março de 2016.

João Santiago. Teólogo, Poeta e Militante.Coordenador da CFE-2016.

exPediente

CoMissÃo dA diMensÃo soCiAl:[email protected] (41) 2105-6326. / Coordenadores: Pe. Antônio Fabris, Diácono Gilberto Félis e Diácono Antônio Carlos Bez.

Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016 11Arquidiocese de Curitiba | Abril 2016

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igreja em diálogo:O empenho ecumênico na vida

e na missão eclesial

Pe. Volnei CARlos de CAMPos

Em tempos do pontificado do Papa Francisco, cujos ges-tos e pronunciamentos estimulam para a “cultura do en-contro”, do diálogo e da cooperação entre Igrejas e Reli-giões, é importante e propício refletirmos sobre nosso empenho ecumênico como Igreja Católica.

E o faremos apresentando brevemente os fundamentos teológico-pastorais que o orientam e as expressões con-cretas deste em nossa Arquidiocese.

o que é ecumenismo

O Concílio Vaticano II (1962-1965) marca de forma irrever-sível o envolvimento e compromisso da Igreja Católica com o movimento ecumênico (ME). No documento Uni-tatis Redintegratio (UR), assumido como a carta magna do ecumenismo católico, o ME é definido como “as ativida-des e iniciativas, que são suscitadas e ordenadas, segundo as várias necessidades da Igreja e oportunidades dos tempos, no

Ecumenismo

sentido de favorecer a unidade dos cristãos” (UR 4). Tais inicia-tivas são valorizadas a partir de quatro aspectos:

1) ela é “suscitada”, não surge e nem acontece ao acaso, mas como impulso da ação do Espírito Santo num con-texto, tempo, lugar e nas circunstâncias que exigem a ação ecumênica;

2) ela acontece de forma organizada, “ordenada” no conjunto da ação eclesial, com objetivos, métodos e fins específicos;

3) trata-se de uma “necessidade da igreja”, ou seja, a igreja precisa do ecumenismo para realizar a sua natureza e vocação à unidade e comunhão - o ecumenismo  é algo constitutivo do ser eclesial;

4) a meta das atividades e iniciativas ecumênicas é a unida-de dos cristãos, a comunhão eclesial. Não se trata de uma aproximação superficial ou unidade parcial; busca a comu-nhão plena na fé, nos sacramentos, nos ministérios, com estruturas eclesiais que lhe deem visibilidade (UR 3).

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dimensões do ecumenismo

O ensinamento conciliar incentiva todo tipo de iniciativa que favoreça à unidade, fortalecendo o ecumenismo em quatro dimensões, intrinsicamente interligadas: a) o ecumenismo como uma atitude, um comportamento dialogante frente às diferentes igrejas, eliminando palavras, juízos e ações que não correspondam à condição destas (UR 4); b) o ecumenismo teológico, para aprofundar a doutrina cristã nas várias tradições eclesiais, distinguindo o “conteúdo” e as “formas” de explicitação das verdades da fé, e compreendendo que existe uma “hierarquia das verdades” católicas, que mostra “o diverso nexo com o fundamento da fé cristã” (UR 9.11); c) o ecumenismo social, que favorece a corresponsabilidade das igrejas em iniciativas pastorais e sociais concretas pela justiça social e ambiental, a promoção humana, a superação da violência, etc. (UR 12); d) o ecumenismo espiritual, considerando a oração “a alma de todo o movimento ecumênico” (UR 8).

A unidade buscada está sintonizada com a unicidade da Igreja: não há várias igrejas, pois “O Cristo Senhor fundou uma só e única Igreja” (UR 1), e ela se mantém “única” (Lumen Gentium – LG 8), “una e única” (LG 23; UR 3.24), como o Povo de Deus “uno e único” (LG 13.32; AG 1.7), o único rebanho de Cristo (LG 15; UR 2; Ad Gentes - AG 6), no qual todos os membros formam um só Corpo de Cristo (LG 7; UR 3; AG 7). A meta dos esforços ecumênicos é a recuperação da visibilidade histórica desta unidade, situada no âmbito espiritual, sacramental, institucional, e que foi perdida nas experiências de desencontros protagonizadas pelos cristãos. Na convicção que a unidade é, primeiramente, dom de Deus, e na atitude penitencial frente as culpas no processo da divisão, aspira-se a “unidade na diversidade”. Esta não corresponde à uniformidade institucional, mas no reconhecimento na caridade dos elementos da Igreja de Cristo presentes em suas diferentes expressões históricas (UR 3).

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Na ciência de que “a solicitude na restauração da união dos cristãos vale para toda a Igreja” (UR 5), essas dimensões não só a comprometem institucionalmente, mas também precisam envolver a vida cotidiana das comunidades eclesiais. O agir da Igreja articulado na sua ação evangelizadora necessita expressar em seus diferentes níveis – local, regional, nacional – os princípios ecumênicos que a constituem.

Da mesma forma, o empenho ecumênico acena para a abertura e envolvimento da comunidade cristã no diálogo inter-religioso, assumido enquanto relação dialógica e colaborativa com outras religiões, em vista do desenvolvimento de bens espirituais e morais por meio dos valores socioculturais presentes na diversidade religiosa (Nostra Aetate – NA, 2).

o ecumenismo em nossa arquidiocese

De acordo com o Diretório para a aplicação dos princípios e normas sobre o ecumenismo, do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos,

as Igrejas particulares são o espaço favorável para o desenvolvimento das iniciativas ecumênicas, tendo em vista as condições de proximidade espiritual, étnica, política e cultural com outras Igrejas e Comunidades Eclesiais (n. 37). Sob indicativos do referido Diretório, cada diocese busca articular e estruturar a caminhada ecumênica a partir da conjuntura e recursos de que dispõe.

Na Arquidiocese de Curitiba, a Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso constitui uma das comissões pastorais arquidiocesanas e integra o Plano da Pastoral de Conjunto da Arquidiocese de Curitiba desde o ano de 2006. Seu objetivo é sensibilizar a Igreja local para o empenho ecumênico, ao mesmo tempo em que dinamiza iniciativas e vivências ecumênicas no campo celebrativo, formativo e de atuação socioeclesial. Presidida por um assessor eclesiástico, a Comissão busca reunir pessoas com sensibilidade ecumênica para serem agentes da unidade junto às comunidades e paróquias, ao mesmo tempo em que estabelecem parcerias com outras igrejas, organismos e iniciativas de cunho ecumênico e inter-religioso.

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o Movimento ecumênico de Curitiba - MoVeC

Caminhando em estreita proximidade com a arquidiocese, o MOVEC tem sido o espaço privilegiado do contributo católico na caminhada ecumênica local. Fruto de diálogos estabelecidos desde a década de 1960, o movimento conta atualmente com a representação efetiva das igrejas Católica Apostólica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) e Igreja Ortodoxa Ucraniana, bem como do Movimento Focolares. Além destes, outras igrejas, e grupos cristãos e inter-religiosos caminham em sintonia com o MOVEC a partir das iniciativas que desenvolve. Merece destaque a cooperação junto ao Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) e ao Núcleo Ecumênico e Inter-religioso da PUCPR (NEIr).

Uma das iniciativas mais expressivas do MOVEC é a dinamização da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC), realizada anualmente na semana que antecede Pentecostes. Além de explicitar a comunhão orante com os cristãos do mundo todo que a celebram, a SOUC possibilita a aproximação entre as comunidades cristãs, permitindo, assim, que a prática ecumênica não se limite às estruturas e lideranças que a articulam, mas que fecunde a vida das pessoas e suas vivências comunitárias.

As Campanhas da Fraternidade Ecumênica (CFEs), este ano em sua quarta edição (2000, 2005, 2010 e 2016), têm sido uma demonstração peculiar do diálogo entre cristãos no Brasil. Envolvidas pela mística do tempo quaresmal e motivada pela CONIC e organismos parceiros, a comunidade cristã é conclamada a trilhar o caminho reconciliador de suas diferenças, ao mesmo tempo em que oferece um testemunho público do compromisso cristão com o bem comum, com a promoção da paz e da justiça ecossocial. Nesta esteira, o MOVEC tem procurado contribuir, assumindo a CFE em seu cronograma de atividades e projetos.

O ecumenismo é, acima de tudo, o encontro fraterno de pessoas que, em Cristo Senhor e Salvador, se reconhecem irmãos e irmãs. É essa base de fé comum que sustenta e impulsiona o compromisso das igrejas com a unidade, que reside no centro da Jesus ao Pai: “Para que todos sejam um” (Jo 17, 21). Sob perspectivas eclesiológicas diferenciadas, as igrejas reconhecem e assumem sua natureza dialógica. Isso pode ser exemplificado pela partilha testemunhal que nos é dada pelas igrejas que integram o MOVEC.

Confira Testemunhos de Igrejas que integram o MOVEC:

“A Igreja Ortodoxa tem o ecumenismo em seu DNA em virtude da sua estrutura administrativa, composta principalmente de 14 igrejas autocéfalas em plena comunhão da fé. Esta estrutura patriarcal e esta unidade da fé fazem com que cada cristão ortodoxo reconheça no outro esta comunhão. Na prática, esta diversidade acaba sendo extensiva a todo cristão, mesmo não sendo ortodoxo. A práxis ortodoxa não é proselitista, ou seja, quando um ortodoxo encon tra-se com outro cristão não-ortodoxo alegra-se imediatamente porque reconhece neste outro a sua mesma essência, os mesmos valores, os mes mos objetivos, evitando a todo custo tocar em pontos que poderiam vir a ser polêmicos. Paradoxalmente, essa aceitação do outro reforça a sua própria fé sem ne nhuma necessidade de absorver os valores teológicos do outro” (Pe. Luís Filidis – Eparquia Ortodoxa Ucraniana).

“A IECLB acredita que mais importante do que fazer um nivelamento das doutrinas é estabelecer um diálogo que permita superar as barreiras humanas. É preciso que as igrejas se respeitem mutuamente e lutem por um só ideal: a divulgação do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Questões de forma, de costumes e de jeitos de celebrar não  podem destruir o que nos une: a fé no mesmo Deus.  A IECLB aposta na caminhada ecumênica de tal forma que o afirma em sua constituição, art 5, parágrafo segundo: "a natureza ecumênica da IECLB se expressa pelo vínculo de fé com as igrejas no mundo que confessam Jesus Cristo como único Senhor e Salvador." (P. Alfredo Jorge Hagsma – IECLB).

“Nossa história é marcada pelo compromisso com o diálogo ecumênico. Fomos fundadores do CONIC, sendo um bispo anglicano seu atual presidente. Em Curitiba trabalhamos em conjunto com a Pastoral do Povo da Rua da Igreja Católica num projeto semanal de acolhida à população de rua, além de fazermos parte do MOVEC” (Emerson R. Silva, secretário diocesano – Diocese Anglicana do Paraná).

Pe. Elias Wolff / Ir. Raquel de Fátima Colet, FC

exPedienteCoMissÃo do eCUMenisMo e diÁlogo inteR-Religioso: Pe. Volnei Carlos de Campos/ Animação Ecumênica e MOVEC – (41) 3085-2827

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Com o aumento de casos das doenças Dengue, Zika e Chi-kungunya, também o número elevado de focos do mos-quito Aedes Aegypti transmissor destas doenças, a Prefei-tura de Curitiba iniciou no dia 22 de fevereiro a Operação Tira Focos do mosquito com os voluntários.

No site da Prefeitura de Curitiba há o cadastro dos interessados em participar da ação como monitor de quadra.

O voluntário estará preferencialmente atuando na qua-dra na qual reside, numa ação que vai além de seus muros na sua residência, propiciando a sensibilização e proteção de seus vizinhos com esta ação preventiva.

A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba nos mostra as seguintes ações:

Como ser um voluntário no trabalho de combate ao Ae-des aegypti? Os interessados devem se cadastrar no site  www.curitiba.pr.gov.br/cadastro-voluntario-aedes/.

Curitiba tem 75 bairros e quase 15 mil quadras. O ob-jetivo é fazer uma visita por semana até o começo do mês  de junho. Nesse momento, o voluntário vai orien-tar moradores e comerciantes sobre a forma correta de combater a proliferação do mosquito, além de verificar a situação do imóvel. Outra ação é a eliminação de si-tuações que facilitem o aparecimento de criadouros do mosquito.

Operação Tira Focos: Curitiba Contra o Aedes

Serviço

se eu achar que fui picado por um mosquito Aedes aegypti, o que devo fazer?Deve prestar atenção a qualquer sintoma que venha apre-sentar, principalmente febre, dores nos olhos e nas articu-lações ou manchas vermelhas na pele. Ao perceber qual-quer um destes sintomas procure um serviço de saúde. Repelentes são essenciais para combater zika, den-gue e chikungunya?Repelentes são importantes auxiliares para combater a zika, dengue e chikungunya. No entanto, eles têm efeito temporário e somente os repelentes que são certificados pela Anvisa são recomendados.

gUARdA MUniCiPAl PedRo RAFAel ioUngBloodPlanejamento da Coordenadoria Técnica de Proteção e Defesa Civil de Curitiba

Articulador de Assistência Religiosa na Guarda Municipal de Curitiba.Membro do Conselho Arquidiocesano de Leigos de Curitiba

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estou grávida e gostaria de saber se o uso de repelen-te pode causar algum risco para o bebê?Os repelentes de uso tópico, aplicados na pele, podem fa-zer parte dos cuidados contra dengue, chikungunya e Zika. A recomendação da Anvisa é clara: não há qualquer impe-dimento para a utilização desses produtos por mulheres grávidas, desde que os repelentes estejam devidamente registrados na agência. As recomendações de uso descri-tas no rótulo de cada produto devem ser seguidas à risca. Alguns cuidados devem ser observados no uso:- Repelentes devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo e por cima da roupa;- A reaplicação deve ser realizada de acordo com indica-ção de cada fabricante;- Para aplicação da forma spray no rosto ou em crianças, o ideal é aplicar primeiro na mão e depois espalhar no corpo, lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão depois da aplicação.- Em caso de contato com os olhos, é importante lavar imediatamente a área com água corrente.  de quanto em quanto tempo é preciso limpar reci-pientes para acabar com eventuais ovos do Aedes?O ciclo evolutivo do mosquito (de ovo até adulto) dura em torno de sete dias. Por isso é importante que os cuidados sejam semanais. Eleja um dia na semana para vistoriar seu quintal e eliminar criadouros.

seja um agente contra a dengue e o zika vírus

Para combater o Aedes aegypti é fundamental eliminar lo-cais ou objetos que sirvam de depósito para água, como tampas, pneus, vasos ou garrafas. Para se prevenir na sua residência e orientar seus familiares e vizinhos, seguem elencadas precauções para a vistoria semanal.

guarda Municipal Pedro Rafael ioungblood

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Terminado o tempo Quaresmal no Domingo de Páscoa, 27 de março, teve início o tempo litúrgico denominado tempo Pascal que se estende por 50 dias, até a Festa de Pentecostes, no domingo, dia 15 de maio, em que celebramos a vinda do Divino Espírito Santo sobre os apóstolos, reunidos no cenáculo e na companhia da Virgem Maria.

Assim sendo, quando já vivenciamos o Ano da Misericórdia instituído pelo Papa Francisco, em 2016 o mês de abril se insere integralmente nesse precioso tempo litúrgico em que devemos por em prática, sempre mais, os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo para cumprirmos a vontade de Deus nosso Criador.

Mensagem da Equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo

Dízimo CloVis VenânCio Membro da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

ABRil: ecumenismo no Ano da Misericórdia e tempo Pascal

É, ainda, dentro deste contexto que a Arquidiocese de Curitiba, que reúne cerca de 140 paróquias numa extensa área geográfica em torno da capital do Paraná, procura enfatizar o esforço de nossa Igreja Católica em praticar o ecumenismo que, concretamente, caracteriza um verdadeiro processo de comunhão fraternal entre os seres humanos, já que todos somos filhos do mesmo Pai.

Diante do exposto, chamamos a atenção do leitor para o fato de que a vivência do conteúdo dos tempos litúrgicos específicos (Advento, Quaresma, Páscoa), dos períodos de tempo especiais (Ano da Fé, Ano da Misericórdia etc.), bem como Movimentos como o ecumenismo e as chamadas Campanhas Especiais, como a Campanha da Fraternidade

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e outras, visam contribuir para o processo de evangelização, principal atribuição de nossa Igreja, e que lhe foi delegada pelo próprio Cristo.

Isso tudo se concretiza através da ação das diversas Pastorais, equipes litúrgicas, de Catequese etc, integradas por bispos, presbíteros, diáconos e leigos, conscientes que visam atingir os objetivos propostos.

Portanto, no que se refere à Pastoral do dízimo, seus integrantes colocam em prática o processo de evangelização, na medida em que, pela vivência da espiritualidade do Dízimo, contribuem para a formação de uma cultura da partilha entre os cristãos, despertando-lhes o espírito fraternal e de solidariedade, o que, em última instância, caracteriza a formação do Corpo de Cristo.

Tratando-se, pois, de um trabalho pastoral, exige, necessariamente, de seus membros, um profundo

conhecimento sobre tudo o que se refere ao dízimo e às ofertas, bem como, implica na necessidade de serem testemunhas vivas, isto é, dizimistas autênticos, portanto, coerentes com aquilo que pregam.

Isto se consegue por meio de muita oração e meditação pessoal, leituras, participação em palestras e “encontros” sobre o assunto, bem como em Seminários específicos, como o que está sendo organizado pela equipe Arquidiocesana da Pastoral do dízimo e que acontecerá no domingo, dia 17 de abril, no “Cenáculo” em anexo à Igreja da Ordem, em Curitiba.

Esta consciência sobre o real significado do Dízimo em nossos tempos implica igualmente que entendamos sua prática de forma coerente com os bons princípios de planejamento e organização. Para isso se inserem, até mesmo as modernas técnicas de marketing na sensibilização e conscientização da comunidade.

exPediente CoMissÃo dA diMensÃo eConôMiCA e dÍziMo: Padre Referencial: Anderson Bonin / Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho / Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon.

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Nós, missionários e missionárias, somos convidados a ser uma Igreja em saída, anunciar a palavra do Senhor, ajudar os que precisam, ir ao encontro daqueles que se sentem isolados na sociedade, consolar os aflitos e en-fermos. Não importa a religião, cremos em um único Deus, isso nos faz irmãos e irmãs, muitas vezes enfren-taremos obstáculos, mas os superamos e seguimos com o nosso instinto missionário, levar a boa nova a todos os povos.

Quando alguém começa a motivar a experiência da visita missionária, normalmente algumas pessoas se sentem motivadas a participar e com alegria se colocam a dispo-sição dessa experiência. Na atitude de sermos missioná-rios em saída há um misto de sentimentos que começam a brotar, para alguns com um pouco mais de experiência essa é uma atitude tranquila e quase natural como nos diz a missionária Silvia Ferreira Neto: “mas eu não tenho medo... só de cachorro bravo”.

Dimensão Missionária

Missão e Ecumenismo

PAtRiCk MAdeiRA COMIDI

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No entanto, é muito comum ouvirmos atitudes receo-sas, de inseguranças ou até medos mesmo como relata: Edilson de Souza Junior: “meu maior medo é de não ser recebido na casa das famílias, de não poder nem ao me-nos dizer um olá ou coisa parecida. Tenho medo também como leigo de confundir algumas leituras e até mesmo as palavras saírem erradas ou na expressão distorcida”. Como nos diz Joseane Simões: “Medo de ser mal recebida, medo de ser discriminada, medo de encontrar uma pes-soa desequilibrada, medo de não conseguir atender às necessidades/expectativas das pessoas que visitamos...”

Muito comum é ouvirmos expressões como: “meu medo é de não estar preparado aos desafios que irei encontrar pelo caminho, principalmente quando chegamos a casa de ex-católicos, aí onde vem o medo do desafio já que a grande maioria diz ter encontrado o verdadeiro (Deus) e vem nos afrontar com textos já decorados. Esse é o medo, de não saber a resposta correta para aquele momento sem revidar com ignorância e sim com humildade e amor de Deus. Também ao afronto a Nossa Mãe Nossa Senho-ra, medo de não poder ajudar aqueles que precisam, prin-cipalmente através da palavra de Deus...” (Luiz Melo)

Sentimentos esses que infelizmente por vezes acabam por ser empecilhos para a realização da experiência mis-sionária. No entanto, muitas partilhas bonitas de experi-ências muito significativas ouvimos quando os missioná-rios e missionárias se propõe a fazer a experiência da vi-sita missionária; “Felicidade enorme em saber que somos apenas instrumentos e que Deus sempre realiza a obra da melhor forma!”; “..o medo é só de início porque ao longo da caminhada vamos nos fortalecendo com a graça de Deus e o amor de Maria nos conduzindo... pois há mo-mentos maravilhosos, pessoas maravilhosas até mesmo de outras religiões que incentivam nosso trabalho e até nos orientam na questão que iremos encontrar pedras pelo caminho, mas também muitas rosas, e que jamais devemos desistir da nossa caminhada de missão”.

Em diversos momentos em nossa Igreja somos desa-fiados a sermos ecumênicos e junto com esse desafio surgem outros tantos medos e ainda outros tantos pre-conceitos. Mas podemos constatar que quando nos colo-camos em saída a experiência do ecumenismo acontece na prática, sem termos “esquemas ecumênicos” pré-es-tabelecidos, como podemos perceber no relato que nos apresenta a Sra. Marluce Bély: “Nossa melhor experiência ecumênica é a alegria e a força que levamos no coração e

que nos encoraja a dialogar com qualquer pessoa, de dife-rentes denominações religiosas e dizer: Deus é um Pai de amor e em Seu coração somos uma só família!”

Vamos encontrando situações como a que nos relatam os missionários do Santuário Nossa Senhora da Salette: "Fomos acolhidos em uma família em que a esposa é ca-tólica e o esposo é adventista. Tinham uma realidade de dor na família e a Palavra de Deus nos uniu. De mãos da-das rezamos naquela intenção, pois o Evangelho dizia: ‘se dois de vós concordarem acerca de um pedido, isso lhes será feito por meu Pai... porque onde dois ou mais estive-rem reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.’”

Os missionários do Santuário Nossa senhora de Lourdes – Botânico também partilham: “Durante nossas missões ocorreram duas situações em que foi possível experimen-tar a celebração ecumênica do amor e da palavra de Deus. Uma de nossas missionárias, Sra. Edilma, nos conta que na visita a um sindicato próximo da paróquia encontrou um irmão protestante que a recebeu muito bem, ouvin-do e celebrando junto com a equipe missionária, parabe-nizando-a pelo trabalho de sair em busca do irmão o que tem se mostrado bastante gratificante na nossa paróquia.

Um segundo grupo, em uma visita à residência, encon-trou irmãos evangélicos, relataram que foram recebidos e que conversaram de temas comuns aos cristãos, que é o amor ao próximo e a palavra de Deus. Nesse ambiente propício e em torno dessa palavra, até mesmo a menção à Maria não foi refutada, uma vez que o enfoque foi sua missão missionária, onde ela foi a primeira a guardar em si a palavra de Deus. A casa que nos acolheu conversou sobre as dificuldades e alegrias de sair em missão termi-nando com uma oração e a Ave Maria.”

O ecumenismo nos leva a compartilhar, a conviver com as diferenças, a exemplo do samaritano, que mesmo com celebrações distintas das nossas estende sua mão. Nossos irmãos evangélicos abrem as portas porque esses também saem em missão e conhecem as dificuldades e alegrias desse ministério onde o risco de portas e caras fechadas é muito alto e a alegria de ser atendido por um irmão é reconfortante.

A partilha dessas experiências nos leva a reafirmar com o papa Francisco: “Queridos irmãos e irmãs, somos chama-dos por Deus a anunciar o Evangelho e a promover com alegria a cultura do encontro.”

exPediente

CoMissÃo diMensÃo MissionÁRiA: [email protected] (41) 2105-6375 – Ir. Patrícia / Patryck (41) 2105-6376

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PASCOM

Cardeal brasileiro dom João Braz de Aviz ministrou curso para lideranças

da Vida Consagrada em Curitiba

Curitiba mais uma vez recebeu de braços abertos o Cardeal brasileiro e Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida   Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz. Ele esteve entre os dias 02 e 03 de março para ministrar o curso “Vida Consagrada: Encarnação da Misericórdia do Pai no Mundo”, para mais de 520 líderes de diversos carismas e representantes de institutos seculares de todo o Paraná, além de participantes vindos de outros estados e até mesmo de congregações com sedes no exterior.

O evento aconteceu no Santuário da Divina Misericórdia, no bairro Umbará e foi organizado e preparado da melhor forma possível pela CRB Paraná - Conferência dos Religiosos do Brasil - Regional Paraná.

O Arcebispo Metropolitano Dom José Antônio Peruzzo participou na abertura dando as boas vindas ao Cardeal, à Presidente Nacional da CRB, Ir. Maria Inês Vieira Ribeiro,MAD e ao Teólogo Padre Marcial Maçaneiro,SCJ, lembrando que o religioso é o rosto de Deus nas mais diversas atividades realizadas nas comunidades. “Se a vida consagrada

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for a encarnação da misericórdia de Deus, então lá onde estiverem os religiosos, Deus será lembrado mais por sua bondade do que por outra função Dele mesmo”, afirmou o Arcebispo.

Vida Fraterna em comunidade, formação contínua e inicial, a experiência do poder e o uso do dinheiro e das propriedades foram os diferentes temas abordados por Dom João Braz nas três palestras que ministrou ao longo do evento, deixando expresso o amor de Deus por nós. “Lembremos sempre que é no amor de Deus que encontramos a identidade do homem e da mulher. E é recorrendo sempre à Palavra que descobrimos esse Deus que se apaixonou por nós e entregou seu único filho”.

Fazendo os balanços do Ano da Vida Consagrada e os andamentos do Ano da Misericórdia, o Cardeal lembrou das fragilidades humanas. "Uma mentalidade capitalista pode muito bem ter entrado em muitas de nossas comunidades a ponto de acharmos que sem o dinheiro ou os bens não podemos evangelizar. Nesse caso será necessário rever as instruções que Jesus mesmo dá aos seus discípulos para que possam partir para a missão".

Ele foi enfático ao dizer que sendo religiosos ou leigos, continuaremos a vida inteira pecadores. “O ser humano é bom mas é frágil. Cada pessoa consagrada e cada comunidade de consagrados são, hoje, chamados a fundamentar sua vida no mistério e na missão de Deus-Trindade, isto é, no Amor. Então precisamos aproveitar esta oportunidade que Deus nos dá para nos perdoar e viver da melhor maneira possível o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, tão aclamado pelo Papa Francisco”.

Além das celebrações, palestras, partilhas e passagem pela porta santa, os religiosos tiveram a graça de se confessar e assim voltarem renovados para suas congregações. “O falso acreditar de que nós enquanto religiosos não precisamos nos confessar é a plena certeza que não estamos em sintonia com Deus. A diversidade entre nós é o que nos une ao mesmo Deus. Precisamos acompanhar e respeitar as diferenças culturais”, finalizou o Cardeal.

O evento foi documentado em DVD com as palestras de Dom João Braz de Aviz e com as intervenções da Irmã Maria Inês e Pe. Marcial Maçaneiro. Os interessados poderão adquirir pelo e-mail: [email protected].

Aline Vonsovicz, voluntária da PASCOM da Arquidiocese de Curitiba

exPediente

PAstoRAl dA CoMUniCAÇÃo: [email protected] / (41) 9999 - 0121 / Coordenador: Antonio Kayser.

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Neste ano santo da Misericórdia a Paróquia São José de Vila Oficinas completou 50 anos de história. E preparando as comemorações deste ano Jubilar podemos constatar que a Misericórdia de Deus esteve presente em todos esses anos. Os pioneiros tiveram muito trabalho, pois os tempos eram outros. No entanto, as sementes por eles plantadas deram e continuam dando os frutos. Muitos destes pioneiros ou mesmo seus filhos contam a história com muito orgulho, falando das procissões, festas e dos mutirões para construir a nova Igreja. Certamente esta igreja plantada nesta vila de gente trabalhadora é o símbolo de outra igreja mais impor-tante ainda, que é a Igreja povo de Deus.

Nossa Paróquia não tem casa Paroquial, pois o Pároco sempre morou no Seminário Mãe do Divino Amor, ou Se-minário Palotino, e assim acumula sempre a função de vi-ce-reitor do Seminário. A casa de formação dos Palotinos é anterior ao início da Paróquia, e neste ano comemora 55 anos. Os Seminaristas Palotinos sempre estiveram presentes na vida Pastoral da Paróquia, fazendo desta forma um estágio Pastoral durante o tempo dos estudos de filosofia e Teologia. Sendo assim, a grande maioria dos Padres e Irmãos Palotinos tem um carinho bastante espe-cial por esta Paróquia, pois conviveram vários anos com nossos fiéis.

Paróquia em Destaque Pe. ClÁUdio PeReiRA dos sAntos Paróquia São José – Vila Oficinas

Paróquia são José – Vila oficinas completou 50 anos dia 19 de março

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Hoje nossa Paróquia é composta de quatro Comunida-des. A matriz São José e as Comunidades: São Vicente Pallotti, Mãe do Divino Amor e São Tiago.

São 30 Pastorais e Movimentos, sem contar aquelas que se repetem nas quatro Comunidades. Temos muitos de-safios e algumas dificuldades, no entanto contando com nossas lideranças e todos os que estão engajados nas di-versas Pastorais e Movimentos, constatamos sempre nos CCPs e Assembleias de cada ano que as alegrias sempre foram muito maiores.

Começamos no ano de 2014 a preparação e formação para realizarmos em 2015 as Missões Populares. Marcamos o último domingo de cada mês como dia de missão. Sendo assim, neste dia não é marcada nenhuma outra atividade Pastoral. Sei que poderíamos ter muito mais gente engaja-da neste projeto, mas mesmo assim o número de missio-nários de cada domingo de missão sempre foi satisfatório. Conseguimos em 2015 visitar boa parte das casas das três comunidades, deixando para este ano a Comunidade Ma-triz. Vamos retomar depois da festa da Páscoa as missões de Ano. Sobre frutos e algumas dificuldades poderemos compartilhar em outro momento.

Mas, garanto a todos que a experiência está sendo maravi-lhosa e que os verdadeiros frutos vêm somente com o tem-po. Missão não é só para um tempo, deve ser para sempre, embora sua dinâmica deva ser sempre renovada.

Tudo isso acontece porque alguns começaram, acredita-ram, e os frutos estão sendo colhidos, como diz a letra do nosso hino jubilar.

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Vista do terreno onde se fez a primeira construção e hoje está a comunidade matriz

Vista frontal da primeira construção

Vista lateral da primeira construção

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Com imensa alegria divulgamos o lançamento da 1ª edição do Relatório Final do Sínodo dos Bispos ao San-to Padre Francisco, com o título “A Vocação e a Missão da Família na Igreja e no Mundo contemporâneo”. Trata-se de um presente para a família cristã, um retrato da reali-dade familiar no mundo atual.

Com clareza e sabedoria, um olhar profundo da igreja foi lançado sobre a família cristã. Com amor maternal, entende e mergulha, de forma tão sublime e amorosa na dor de seus filhos e doa ao seu povo luz para enfren-tar, com fé e esperança, as dificuldades familiares.

MARA lúCiA AVelino e MARCelo h. do CARMo AVelinoCoordenadores da SOS Família

“Famílias Feridas” Ação Missionária

Vida e família

Fiel à Palavra de Deus e às suas promessas sobre nós, os temas nos direcionam para a verdade sobre a famí-lia, segundo o Evangelho. “Famílias feridas”, “Corações feridos”, “situações que ferem os filhos” são expressões que dilatam a nossa alma e que nos convocam, como filhos do mesmo Pai, a abrir os nossos corações para acolher os que sofrem.

Neste contexto, somos chamados a viver, de forma profunda, nossa missão familiar, segundo a Escola da Sagrada Família de Nazaré. A gerar, abrigar, educar e, principalmente, ali em casa, na “Igreja doméstica”, transmitir a fé aos filhos. Dando testemunho de Deus, através da reciprocidade do amor.

Em contato com estes temas, nos sentimos imensa-mente amados por Deus que, conhecendo todos os nossos problemas, entregou seu filho Jesus, para cami-nhar conosco e curar as nossas feridas. Nasceu, então, em nós o desejo de nos aprofundarmos ainda mais na vivência da Palavra para anunciar o Reino de Deus.

E como só amamos o que conhecemos aproveitamos este momento para lançar um convite aos casais que desejam aprofundar temas referentes à família, a fim de servir e ajudar os que sofrem. A Arquidiocese de Curitiba oferece um curso de formação para casais, o SOS Família, dando subsídios às paróquias que dese-jam formar casais para acolher as famílias que buscam ajuda. Esta formação terá início em abril, e para maio-res informações acessar o site da Cúria Metropolita-na. Estamos no ano da misericórdia, que Deus abra o nosso coração para que possamos vivenciar e acolher a Misericórdia de Deus.

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Painel do Leitor

A tradicional Festa de São José, que aconteceu no dia 19 de março, foi ainda mais especial neste ano. Além de celebrar o Padroeiro do Seminário e Patrono Universal da Igreja, a data ganhou destaque em razão das comemorações dos 120 anos de fundação do Seminário São José. A celebração da Santa Missa foi presidida por Dom Pedro Fedalto.

Com a realização da Missa do Lava-pés, na Catedral Basílica de Curitiba, na noite de quinta-fei-ra Santa, o Arcebispo Dom José abriu as celebrações do Tríduo Pascal na Arquidiocese. Relem-brando o ato de humildade de Nosso Senhor durante a ceia que institui a sagrada Eucaristia, Dom José lavou os pés de 12 fiéis que representavam os apóstolos.

No dia 24 de março, quinta-feira santa, o arcebispo de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo realizou a Missa dos Santos Óleos na Cate-dral Basílica de Curitiba. A missa reuniu o clero da Arquidiocese e re-presentantes das comunidades pa-roquiais. Esta é a missa em que os sacerdotes presentes renovam as promessas sacerdotais e dão ação de graças a Deus pela instituição do Ministério Sacerdotal na Igreja.

Um dos momentos de maior emoção da Semana Santa foi a Procissão do Senhor Morto e a sua acolhida na Catedral Basílica de Curitiba. Cerca de 6 mil pessoas estiveram presentes no momento da acolhida da procissão na Catedral, acompanhando as imagens de Nossa Senhora das Dores e de Jesus Morto. A Vigília Pascal, no Sábado, reuniu fiéis celebrando a Ressurreição de Cristo e no Domingo houve grande movimentação nas missas de Páscoa.

seminário são José comemora 120 anos

Celebrações de PáscoaA Igreja Católica comemora na Semana Santa os Mistérios da Paixão – Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. O ponto de início foi o Domingo de Ramos, celebrado neste ano em 20 de março. As celebrações continuaram nas diversas paró-quias ao longo da semana.

Missa dos santos Óleos

Missa do lava-Pés

A Procissão do senhor Morto, Vigília Pascal e Celebrações de Páscoa

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