Volume 1, Edição 1, nº 1 DEZEMBRO DE...
Transcript of Volume 1, Edição 1, nº 1 DEZEMBRO DE...
EDITORIAL Assinalou-se no passado dia 18 de
novembro o 71.º aniversário do
nascimento de Manuel António
Pina, escritor, poeta e jornalista,
Prémio Camões 2011. A sua obra
manifesta uma invulgar criativida-
de, patente nos variados géneros
que cultivou ao longo de anos
dedicados à escrita. A poesia, os
textos dramáticos, os ensaios, as
crónicas, em suma, quase toda a
sua produção escrita reflete valo-
res intemporais, apelando ao senti-
do crítico e à imaginação de crian-
ças, jovens e adultos. Os versos
do poeta “É isto o livro, / esta espé-
cie de coração” condensam aquilo
que poderá ser uma das missões
de uma Biblioteca Escolar, um livro
aberto para consultar por todos,
sempre que for necessário, mas
com algumas páginas por folhear,
completar, escrever, dependendo
da vontade de cada um dos seus
utilizadores, se possível com o
“coração”.
Nascido em Santia-
go do Cacém em
1822, o Padre
António Macedo
seguiu a carreira
eclesiástica e foi
ordenado sacerdote
em Lisboa, em
1846. Com 24 anos de ida-
de iniciou as suas funções
em S. Bartolomeu, trans-
ferindo-se mais tarde para
a Abela. Dois anos antes
da sua morte, em novem-
bro de 1887, fixa-se em
Sines.
Era uma personalidade de
cultura superior e com
uma obra multifacetada.
Demonstrou ser um
homem preocupado com as
gentes, coisas e factos da
sua terra, como ficou
exposto nos Anais do
Município de Santiago do
Cacém. Através desta obra
mergulhamos nas raízes
do que somos hoje até ao
séc. XVII e conhecemos
um homem capaz de uma
análise lúcida sobre os
homens e a sociedade do
seu tempo.
Sendo um sacerdote, não
se coibiu de criticar alguns
comportamentos da Igreja
e foi um opositor do abso-
lutismo e um simpatizante
do liberalismo.
Legenda que descreve a imagem ou
gráfico.
Pontos de interesse
especiais:
Descubra por que é que
o xadrez desperta tanto
interesse
Conheça a nossa funcio-
nária, D. Nascimento
Saiba tudo sobre a nos-
sa Feira do Livro
Leia os textos dos alu-
nos da ESPAM
FEIRA DO LIVRO NA BIBLIOTECA
Entre 24 e 28 de novem-
bro, decorreu na Biblioteca
da ESPAM uma Feira do
Livro, com a colaboração
da Livraria A das Artes
em Sines.
Estiveram expostos livros
de vários géneros literá-
rios ( poesia, contos, cróni-
cas, romances, romances
históricos, B.D,…) que
despertaram o interesse
de alunos, professores e
funcionários.
Tratou-se de uma iniciati-
va que já noutros anos
passou pela Biblioteca, e
que agora foi retomada,
tendo por objetivo a pro-
moção do gosto pela leitu-
ra.
Foi também uma ativida-
de que propiciou uma par-
ceria com o comércio local,
tão necessitado de dinami-
zação.
Durante a Feira do Livro
foi, ainda, possível adqui-
rir para a Biblioteca algu-
mas obras com interesse
didático-pedagógico para
consulta dos alunos.
O nosso patrono 1
A Feira do Livro 2
Da Música às Palavras 2
A palavra aos alunos 3
A origem do Natal 3
Os fãs de xadrez da
ESPAM
3
As personalidades da
ESPAM
4
Nesta edição:
O nosso patrono: Padre António
Macedo
JORNAL DA BIBLIOTECA
ESPAM
DEZEMBRO DE 2014 Volume 1, Edição 1, nº 1
O Agrupamento de Escolas
de Santo André integrou a
Rede Nacional do Projeto
aLeR+, no presente ano
letivo, com o projeto Todos
Podemos Ler+.
No passado dia 28 de
outubro, no âmbito
da comemoração do
mês das bibliotecas
escolares, realizou-
se, na Biblioteca da
ESPAM, a atividade
de promoção da leitu-
ra ”Da música às
palavras”. Durante
alguns momentos,
coexistiram, por um
lado, as palavras de
autores consagrados,
dedicadas à impor-
tância dos livros e,
por outro, vários clássicos
da música francesa, atra-
vés dos sons mágicos do
acordeão da professora
Carla Nunes. Devem desta-
car-se as participações de
alunos e professoras nas
leituras e testemunhos
sobre a forma como os
livros nos acompanham ao
longo da vida. A partir do
pressuposto de que
através da música,
a s p a l a v r a s
ganham vida, des-
cobriram-se passa-
gens de várias obras literárias.
A sombra do vento, de Carlos Ruiz
Zafón apresenta a personagem
Daniel Sempere, que depois da des-
coberta de um livro, altera o rumo da
sua vida, levando o leitor até aos
meandros da cidade de Barcelona,
nos anos quarenta.
A Bibliotecária de Auschwitz, de
Antonio Iturbe, dá a conhecer uma
jovem bibliotecária, Dita, no campo
do horror de Auschwitz-Birkenau.
Esconde vários livros junto ao seu
próprio corpo, tornando-se símbolo
de coragem e resistência.
guntas dos nossos alunos eram estas: “O quê professora, vamos ler este livro todo?” Ou “quantas páginas é que vamos ter de trabalhar?” e “Isto é para quantas aulas?”. Ultrapassado o sobressalto, começou a leitura silenciosa e depois a discussão em grupo dos temas selecionados em torno dos valores éticos e políticos. Com alguma surpresa minha, vi a Ana e a Raquel entu-siasmadas com a sua futura participação na política, o Hugo e o Luís militantes da consciência moral freudiana e a Lara calo-rosamente defendendo a autonomia do pensar e o valor da filosofia. E entre argu-mentos e discussões ficou manifesto que a
Em 2002, a UNESCO instituiu a celebra-ção do Dia Internacional da Filosofia na terceira quinta-feira do mês de Novembro de cada ano, ciente da importância que o questionamento filosófico , onde cada um se deverá sentir livre de participar, em qualquer lugar, contribuindo para a pro-gressiva tomada de consciência da nossa comunidade de condição: a humanidade.
Na nossa escola, os alunos do 10ºano assinalaram este dia com uma aula na Biblioteca da ESPAM visando a divulga-ção, leitura e a análise de obras filosóficas.
Assim que se sentaram nas mesas as per-
Filosofia
não é só um modo de pensar, e no final, é também um modo de existir .
Helena Marques (professora de Filosofia)
“Da música às palavras”
A Escola de Atenas, Rafael
Dia Internacional da Filosofia
modificador do nome apositivo! Que
confusão que está na minha cabeça!
Raramente tenho tempo para ver tele-
visão ou para falar com as minhas ami-
gas que, tal como eu, também têm de
estudar!! Quando tenho cinco minutos
para lanchar, aproveito para ver televi-
são e que aprendo? Nada, só vejo anún-
cios!
E quando, finalmente, vai começar o
programa de que tanto gosto, lá está a
minha mãe a chamar-me para eu vol-
tar ao estudo!
Resumindo e baralhando: não há tem-
po para nada! Mas que vida... Apenas
estudar, estudar... e que mais? Estu-
dar!!!!
Catarina Nogueira 8º D
-O Tempo de descanso está tão reduzi-
do...
Agora que começaram as semanas dos
testes, cá vou eu... ! Passo tardes e tar-
des a estudar, isto para não falar dos
fins-de-semana! É Português... e Histó-
ria... e Francês... Tudo isto numa só
semana?!
Para mim, os verbos já conquistaram
Ceuta, os romanos falam francês, e
"bonjour"? Bem, “bonjour” significa
A PALAVRA AOS ALUNOS
Página 2 JORNAL DA BIBLIOTECA
"
Sara Muriel, 12º A, lendo um excer-
to de Mágoas da Escola de Daniel
Pennac
Muitos costumes associados ao
Natal terão tido uma origem
independente da comemoração
do nascimento de Jesus.
Uma das explicações para a
escolha do dia 25 de Dezembro
como dia de Natal estará no fac-
to de esta data coincidir com a
Saturnália dos romanos e com as
festas germânicas e célticas do
Solstício de inverno. Sendo todas
estas festividades pagãs, a Igreja
viu aqui uma oportunidade de
cristianizar a data.
A árvore de Natal terá também
a mesma origem, sendo uma
adaptação da adoração pagã
das árvores (ramos
verdes).
O Inverno era moti-
vo de preocupa-
ção para todos os
povos, uma vez que
trazia consigo mui-
tas privações.
Como tal, as pes-
soas apelavam aos
deuses para que o
tornasse menos
rigoroso. Este apelo,
entre os nórdicos
era representado
por alguém que eles
vestiam com trajes
simbolizando o Inver-
no. Os ingleses cha-
mavam a esta figura
"Velho Inverno" ou "
Velho Pai Natal".
Davam-lhe comida e
bebida para que
ficasse alegre. Tam-
bém andava de
casa em casa, visi-
tando as pessoas e
participando nas fes-
tas.
jogar xadrez?
GASPAR: Gosto por-
que é um jogo interes-
sante; é preciso ter
paciência e inteligên-
cia.
TIAGO: Como no início
perdia sempre, quando
jogava no computador,
comecei a achar cada
vez mais interessante
competir com o compu-
BE: Desde quando é que jogas
xadrez?
GASPAR: Desde há algum tem-
po atrás. Há cerca de 4 anos.
Um amigo do meu pai ensinou-
me a jogar.
TIAGO: Jogo xadrez desde os 6
anos, comecei a jogar no com-
putador do meu pai, mas perdia
sempre.
BE: Porque é que gostas de
tador. Quando vim para a ESPAM
comecei a gostar de jogar xadrez
“ao vivo”.
BE: O que é para ti um bom parcei-
ro para jogar xadrez?
GASPAR: Um bom parceiro é aque-
le que me dá “dicas” quando não sei
como hei de jogar.
TIAGO: Um bom parceiro é aquele
que não faz batota, que sabe perder
e que não comenta as jogadas.
A ORIGEM DO NATAL
OS FÃS DE XADREZ DA ESPAM: Gaspar Moura e Tiago Gamito
Legenda que descreve a ima-
gem ou gráfico.
Vês a calma do céu num dia claro,
Vês a explosão da sexta cor do arco-
íris
Que te invade como um bárbaro
Invade Paris.
Sou como um camaleão
Que altera a sua cor
Para fugir do leão.
O verde do meu olhar
É como o verde desta floresta molhada.
Não encontrarás verde mais seco
Nem que procures
Numa, de papagaios, ninhada.
Sou eu o meu olhar
Verde ou azul
Sou assim.
Se queres saber qual a verdade
Aproxima-te,
E descobre
O meu olhar.
Francisco Carrapatoso (12º A)
"O meu olhar"
O meu olhar é a montra da minha
alma.
Não existe olhar mais belo
E o meu olhar não é mais belo do
que qualquer outro,
Porque qualquer outro olhar não é o
meu olhar.
No meu olhar
Vês a revolta do oceano azul,
A PALAVRA AOS ALUNOS
Volume 1, Edição 1, nº 1 Página 3
Visita o nosso blog em
http://biblioteca-
santoandre.blogspot.pt/
faz, diariamente, impressão de
documentos para alunos e pro-
fessores.
Gosta do seu trabalho, pois
está sempre ocupada. A Biblio-
teca tem muitos recursos e a
D. Nascimento considera que
eles são muito importantes
para as variadas aprendiza-
gens dos alunos.
D. NASCIMENTO
Assistente Operacional na
Biblioteca
A D. Nascimento é uma figura
bem conhecida por todos os
que passam, ou já passaram
nos últimos anos pela ESPAM.
Trabalha na escola desde 1991
e na Biblioteca, desde 06-01-
2003. Aqui desenvolve várias
tarefas, entre as quais, o aten-
dimento de professores e alu-
nos. Também dá entrada dos
novos livros e revistas e regis-
ta todo o material
(calculadoras, dicionários) que
é requisitado pela população
escolar da ESPAM. Dedica-se
ainda à catalogação de livros e
Relaciona-se bem com a popu-
lação estudantil da escola,
embora pense que é mais difí-
cil lidar com os alunos que
chegam de novo à ESPAM.
Com estes, é necessário fazer
um trabalho de transmissão
das regras de funcionamento
da Biblioteca.
Fora da escola, nos seus
momentos livres, gosta de
fazer jardinagem e trabalhos
manuais, como por exemplo,
tricot, arraiolos e crochet.
Para além de tudo isto, a D.
Nascimento é uma avó
“babada” de duas netas que
adora.
Estamos também no Facebook
em
https://www.facebook.com/
biblioteca.espam?fref=ts
Equipa BE
Ana Nunes, Saudade Mestre, Helena Inverno, Carla
Nunes, Margarida Malaquias, Nascimento Salvador
PERSONALIDADES DA ESPAM
MENSAGEM DA DIRETORA Que dizer de novo numa quadra como esta, repleta de mensagens, das mais variadas origens e dos mais varia-dos estilos?
Estou muito satisfeita com o trabalho realizado por todos (alunos, professores e funcionários) neste 1º perío-do letivo. De uma forma geral, todos se esforçaram por dar o seu melhor, com empenho e dedicação. Mas não posso deixar de sublinhar, por tão fantástica que tem sido, a colaboração da comunidade educativa nas obras de recuperação da ESPAM. As palavras de Pessoa ”Deus quer, o homem sonha, a obra nasce” confirmam a neces-sidade de nos guiarmos por alguma utopia. Assim sendo, para o ano de 2015 que se avizinha, desejo a todos que realizem os seus sonhos e que não esmore-çam perante as dificuldades. “Haja ou não haja frutos, pelo sonho é que vamos”, como dizia Sebastião da Gama..
Manuela Teixeira, Diretora do Agrupamento de Escolas de Santo André
TIRAGEM: 30 EXEMPLARES
- NÚMERO GRATUITO-
"O livro é uma extensão da memória e da imaginação." Jorge Luís Borges
ESPAM