Você Sabe o Bastante Sobre Obesidade - Dr José Carlos Brasil Peixoto, Homeopata

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Você sabe o bastante sobre obesidade?

Dr. José Carlos Brasil PeixotoMédico homeopata

(20-12-2008) 

Quando o assunto é obesidade os números são efetivamente bem pesados. Num país como os Estados Unidos o percentual de obesos deve envolver mais de 20% da população. O crescimento mais que dobrou em anos recentes, qualquer período que fique em torno dos últimos 30 anos. Por algum motivo as coisas pioraram muito após os anos setenta. O que mais aflige quem estuda a obesidade é perceber que o número aumenta muito entre as crianças, e que a tendência, se nenhuma atitude for tomada, é que as coisas só possam piorar a medida que o tempo passa. Algo tem que ser feito. Agora!

 

Os culpados habituais Evidentemente qualquer que seja a estratégia, o primeiro

passo é entender o que está acontecendo. Não há dúvida que o acesso aos alimentos é base fundamental para o sobrepeso, basta ver como fica a “silhueta” dos indivíduos de comunidades confinadas em locais de guerra ou pobreza absoluta, como certas regiões da África, por exemplo.

Isso já coloca os fatores ambientais na linha de frente das causas da obesidade, mas de forma exatamente isso interage com o comum das pessoas?

Quando a gente vê na televisão ou lê em revistas semanais reportagens sobre o tema parece que as coisas estão acontecendo pelo andar normal das coisas: vida sedentária, alimentação do tipo “fast-food”, rotina de trabalho e etc.

Uma reportagem que me chamou a atenção falava do excesso de gordura na alimentação rotineira dos adultos ou do tipo de alimento que as crianças ingeriam por conta de pais tão espezinhados pela demanda de trabalho, que seria difícil cuidar desse “detalhe” da vida de suas crianças. A análise de forte reputação redundante esbarra na inépcia no uso de

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termos vulgares – mas imprecisos, e na incapacidade de dar ao meio ambiente a sua devida relevância, visto que nunca uma reportagem de TV vai dizer de forma explícita: “O estilo de vida atual vai nos levar todos à morte!” Dessa forma culpa de forma elementar certos personagens pra lá de batidos nessas análises, mas não culpa o enredo, o script, enfim: a história total que a rigor não se trata de uma opção consensual de seus integrantes. Estamos enrascados à força!

 O que é gordura? Vamos analisar melhor uma questão de semântica muito

importante: a história da gordura em excesso que qualquer artigo vulgar imputa alta culpabilidade no tema da obesidade e diabete. A palavra GORDURA tem na língua brasileira uma sinistra sombra cognitiva. É um termo que unifica coisas de pouca relação entre si. Isso pode se dar pela maldição do termo em inglês: “OIL”. Essa palavra – a inglesa - pode significar petróleo, óleo vegetal, gordura vegetal, banha, azeite, lipídios em geral. Quando textos em inglês exibem tal termo o tradutor pode ser levado a certa confusão, ou pior passar para o leitor a sensação de que tudo é a mesma coisa ou muito parecido. Mas isso não é verdade. Por exemplo: o consumo de gordura vegetal aumentou astronomicamente após a segunda guerra mundial (visto que antes era quase zero %). E o consumo de gordura animal diminui vertiginosamente no mesmo período. Isso se deve a criminalização da gordura animal na gênese da doença cardíaca. Basta observar que praticamente não se utiliza mais banha para qualquer fritura em qualquer lanchonete ou restaurante. Somente a GVH (gordura vegetal hidrogenada) ou óleos vegetais são utilizados para fritura, e a manteiga perdeu formidável espaço para a margarina. Essa questão é fundamental, pois estamos diante de uma imposição da indústria alimentar – as margarinas e a GVH não existem na natureza! E a maioria absoluta dos óleos vegetais jamais seria consumida desse jeito em ambientes naturais. Não haveria como produzi-los!

Essa análise superficial já nos coloca diante de um aspecto importante: se de fato as gorduras teriam alguma responsabilidade na obesidade, a indústria é fator decisivo.

Por outro lado um aspecto mais bizarro que envolve a maldição das gorduras é outro: gordura engorda? Essa pergunta está longe de ser uma bravata. De acordo com T.S.Wiley, antropóloga e pesquisadora médica. a formação do tecido adiposo é totalmente dependente da liberação da

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insulina na corrente sangüínea, para mobilizar os carboidratos no sentido de colocar energia nas células ou ... formar tecido adiposo para reserva estratégica. Só há formação de tecido adiposo se houver a liberação de insulina. Só há liberação de insulina se houver carboidratos. As gorduras da alimentação não podem ser os principais responsáveis na obesidade: na realidade os culpados são os carboidratos! Bem isso não é exatamente uma novidade, mas há sutilezas que não são politicamente muito bem aceitas as se estudar melhor esse assunto.

Mas não se esqueça disso: sem liberação de insulina, sem obesidade.  E mesmo que o seu nutricionista não lhe tenha dito, nem o mesmo o seu endocrinologista: a ingestão de lipídios não libera insulina!

Mas o consumo de lipídios artificiais fragiliza muito a sua saúde. Contamina a formação de todos os componentes corporais que dependem deles para formação corporal (virtualmente todo o corpo). Esse grupo, segundo aquela autora, vai (ou já está) lhe matar. Mas isso não aconteceria se você consumisse gorduras naturais: banha, sebo, gordura de coco, óleo de peixe e no limiar dos óleos vegetais: o azeite (de “azeit”ona, é óbvio). Os lipídios artificiais industrializados podem provocar doença cardíaca e enfermidades na parte do corpo mais dependente de gordura (de boa qualidade, óbvio) o seu cérebro e o sistema nervoso central! Pare para pensar um pouco e tire suas conclusões, sem ter medo (e preconceito) do que vai reconhecer!

 Os carboidratos  Mas vamos aos carboidratos. Na reportagem, é citado

que as crianças consomem muito doce, e isso é difícil de ser evitado pelos pais. A oferta às guloseimas é infinita no meio urbano. A pressão sobre os pais é escravocrata. Não há como evitar. Porém não só os doces são os culpados pelo aumento do consumo de carboidratos pela população. Se o próprio narrador do programa de televisão fosse mais perspicaz, ele iria observar que aquilo que imputa às frituras, se trata na verdade de carboidratos. Afinal, se fritam os... pastéis, ou coisas que vão aos sanduíches. O pão recebe o resultado das frituras. Esse pão inclusive já pode ter GVH na sua elaboração. Uma empada pode ser meio gordurosa. Todos os lanches expostos numa lancheria de beira de estrada podem ser frituras, mas são todos cheios de carboidratos.  Então, mesmo que algum problema pudesse estar nas gorduras (artificiais, como já citamos), como qualquer âncora de reportagem

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televisiva repete enfadonhamente, olhos desavisados já enxergaram a verdade maior: o que é que é frito? 

 O problema é que existe uma premissa de que a

pirâmide alimentar, um desenho que esquadrinha esquematicamente o que um ser humano deve comer, coloca na base, ou seja, na sua parcela maior os carboidratos. Algo completamente infactível no mundo natural, visto que “pão não dá em árvore”. Qualquer análise um pouco mais acurada rapidamente nos mostra que essa pirâmide alimentar é o retrato de uma postura alimentar bem posterior ao início do início da agricultura. Na verdade quase nos garante que é muito mais benéfica a nossa dependência à indústria alimentar – de alimentos processados - do que ao princípio atávico do ser humano de se alimentar com produtos que a natureza nos ofertaria com maior ou menor facilidade.

 

 O fato de existir ácidos graxos essenciais

(gorduras essenciais à vida) e aminoácidos essenciais (proteínas essenciais à vida), mas não haverem

carboidratos essenciais, deve ser uma boa pista de algo está errado com a esquemática pirâmide alimentar.

(Essas substâncias essenciais são obrigatoriamente obtidas de fontes alimentares do

meio ambiente).  

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 Uma questão relevante sobre o uso de alimentos

processados - entenda-se: alimentos prontos em geral, é a facilidade de seu uso. A praticidade está associada a pressa do dia a dia. Mais uma vez é preciso que se analise com atenção os ciclos viciosos existente entre o estilo de vida e a alimentação. O estilo de vida urbano exerce uma tremenda pressão sobre as pessoas. Na verdade construímos um modelo tão pérfido, que as atenções ao essencial da qualidade de vida de uma pessoa são sumariamente desrespeitadas na atualidade: tempo para comer, para cuidar dos alimentos dos filhos, para, de preferência preparar alimentos. Há pouco tempo atrás era comum a pessoa irem para casa comer comida caseira (=saudável) feita pela dona da casa (um personagem considerado, na melhor das hipóteses “démodé” pelos sofisticados intelectuais dos tempos modernos). Era relativamente comum terem-se três refeições diárias regulares. O uso de refrigerantes era geralmente nos domingos. Isso não tem mais do que umas três décadas. Mas uma série de hábitos modernos bagunçou esse estilo “careta”. Muitas pessoas acreditam piamente que modernizar é acompanhar cegamente o que a modernidade oferece. No caso dos Estados Unidos, por exemplo, seguir esse caminho tornou a obesidade epidêmica, e no seu rasto uma coleção de enfermidades crônicas, afetando cada vez mais gente e cada vez mais jovens! Então: “Viva a modernidade mortal”...

Esse cenário é instigante. A obesidade é dependente de uma soma de fatores que inclui obviamente a alimentação. Mas o processo é complexo, e pode exigir que se façam reflexões que a maioria das pessoas não está disposta a admitir! É um preço a ser pago pelo tipo de “progresso” que imaginamos estar alcançando. Estávamos com muita pressa e esquecemo-nos de colocar a saúde em primeiro lugar. Que azar. Mas não para a indústria de alimentos e muito menos para a indústria de exames e de medicamentos.

O estranho quando se vê esses programas de televisão abordando esse tipo de problema é a aparente hipocrisia que permeia a retórica da reportagem. Em primeiro lugar são nomeados os culpados. Falam sempre da gordura. A linha de reflexão é rasteira e beira a ingenuidade, (ou seria má fé?).

 A atividade física Outro aspecto sempre falado é a questão da atividade

física. Naturalmente o desgaste calórico pela atividade física é um ponto importante no equilíbrio energético que pode

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equilibrar o peso de um indivíduo. Mas é importante que se diga que o ser humano como unidade biológica, é um tipo de indivíduo “caminhador”. Os primatas de um modo geral são caminhantes. Pode, eventualmente, precisar correr. Mas isso aconteceria em momentos especiais: para caçar uma presa, para fugir de um predador, em momentos de conflito. Mas sempre em situações não ordinárias. Dessa forma, dizer que caminhar é saudável, é simplesmente dizer que estaríamos reproduzindo o comportamento a que fomos projetados. E isso é muito saudável. Não há qualquer ecologia no ato de correr em uma esteira como um hamster em uma gaiola. De qualquer forma isso vai estimular o cortisol e todo o processo de adaptação ao estresse. Seja no remanejo das questões cardio-circulatórias (freqüência cardíaca, pressão arterial) quanto na adequação metabólica. Quem corre indica ao hipotálamo que pode estar em perigo. E o organismo vai se organizar dentro dessa premissa. Por que assim foi projetado nosso organismo. Quem corre demais pode se tornar até mesmo resistente à insulina! Nesse momento até o exercício pode engordar. O cortisol constantemente elevado, seja pela atividade física desmesurada, seja pelo estresse habitual do dia a dia, mantém todo o sistema de manejo da glicose sob alta demanda. Esse cortisol elevado vai também fazer sua vida parecer ainda mais rápida! Mesmo se o câncer não fosse um dos possíveis resultados finais desse processo, a devastação já seria absoluta!

Uma das coisas mais impressionantes hoje em dia é medir a curva de cortisol de pessoas de quaisquer idades, (pela saliva é o melhor método) e verificar o quanto temos de indivíduos com curvas alteradas, alguns com curvas absurdamente alteradas. Jovens caminhando a passo rápido para enfermidades crônicas. É claro, que já estão sentindo o peso de estresse na percepção de sua felicidade.

 A frutose Qualquer profissional que vá começar a orientar alguém

a uma dieta começa falando de frutas e sucos! É uma assertiva tão comum, que parece indiscutível tal prescrição. Mas qualquer um pode descobrir algo meio desconcertante: no mundo natural a oferta de frutas dependeria de vários fatores: localização geográfica e época do ano, pelo menos. E, com certeza, suco de frutas não seria algo muito fácil de ser consumido no mundo “realmente natural”, aliás, é meio patético observar que tomar suco possa ser uma opção natural para matar a sede! É natural no mundo que tem

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liquidificadores! Ou os magníficos “JUICERS”(*) que devem ser mesmo um exemplo da vida natural a que estamos submetidos na esperteza do século XXI.

QUEM TEM SEDE TOMA ÁGUA, QUEM TEM FOME TOMA SUCOS! Jamais se esqueça disso, mesmo que o mais expert de todos os experts em saúde da sua cidade não sublinhe isso! Não se preocupe: os experts foram (in)formados pela mesma sociedade que fabrica os benditos Juicers.

Uma dos aspectos mais interessantes da frutose é que ela se transformou num aditivo alimentar vulgar, principalmente na forma do xarope de milho (melhora a umidade, a textura e principalmente o tempo de vida útil numa prateleira de supermercado). De qualquer maneira adicionar mais frutose em uma série de alimentos processados (sejam assados ou fritos) permite que o fabricante diminua a quantia de gordura (qualquer que seja ela) desse produto. Dessa forma ele pode colocar aquela cafajeste advertência na embalagem: reduzido teor de gordura! Um monte de gente fóbica à palavra gordura vai consumir imaginando estar tomando uma atitude saudável! Vai ingerir um aditivo alimentar completamente perverso, um antinutriente, já oficialmente reconhecido como tal em 1973, pelo senado americano.

A ingestão massiva de carboidratos nos tempos atuais é uma afronta a nossa adaptação natural, visto que o ser humano foi acostumado a ingerir alimentos brutos por mais de 130.000 anos, e esses alimentos tinham um baixo teor glicêmico. Quanto maior o teor glicêmico, mais intensa é a reposta à insulina. Por isso qualquer alimento que não seja carboidrato reduz a velocidade de absorção dos mesmos. Adicionar manteiga, nata ou azeite ao seu pão ou pizza é realmente uma boa idéia.

Esses medicamentos ou substâncias similares, tipo o xenical ou quitosana, que reduzem a absorção de gorduras com a finalidade de emagrecer são de fato uma péssima idéia. Podem aumentar a entrada do pior dos alimentos.

Um dos aspectos mais curiosos sobre a frutose é o fato dela ser matéria prima para a formação do colesterol. Na verdade isso pode ser útil. Na natureza na época de frutas, deve ser primavera ou verão. Época de muita atividade, seja ela reprodutiva ou de lutas e fugas... Produzir mais colesterol nessa época é bom para aumentar a produção de hormônios esteróides, muito úteis nessa época, visto que o cortisol e os hormônios sexuais estão em alta nesse momento. Além do mais as qualidades reparadoras do colesterol a todos os tecidos pode ser essencial: acidentes são muito comuns nessa

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época e o colesterol é agente formador de células e tecidos. Mas se a frutose “sobrar”, digamos se houver excedentes, podes ter certeza: toda a frutose vai se acumular como gordura para armazenamento no inverno vindouro! Veja como a existência é curiosa: um monte de gente come um monte de frutas para emagrecer...

 Alguns estudos trazem mais controvérsia sobre à

frutose. Pode haver uma relação entre a elevação do ácido úrico e a frutose. O ácido úrico reduz a disponibilidade de óxido nítrico na camada endotelial das artérias, aspecto considerado facilitador do surgimento da resistência à insulina, além de favorecer ao surgimento de doenças vasculares. A redução do óxido nítrico pode ser uma das chaves do surgimento da síndrome metabólica (síndrome X), mãe de todas as enfermidades que vão fragilizar sua vida, medicalizar sua vida ou mesmo encurtar sua vida! Outros estudos mostram que o fígado de ratos submetidos a dieta rica em frutose se parece com fígado de alcoólatras: cirrótico e esteatótico (gorduroso). Muita gente descobre que o fígado está cheio de gordura em ecografias de rotina e não sabe o porquê. A frutose é 50% do açúcar que está na mesa e na comida de quase todos nós.

 O desejo de doces Muitas pessoas de excepcional boa vontade, e alto zelo

pelo estilo alimentar, crédulas em populares filosofias de comer, e obviamente preocupadas com a ecologia não cedem ao desejo eventual de doces. O zelo pela ecologia não ultrapassa a incapacidade de zelar pela ecologia do próprio corpo. (É aquela história da casa de ferreiro...) A boa intenção pode ser marca registrada de muita gente nesse planeta (e fora dele também), mas doces não são a marca da boa intenção. Pode ser a marca da morte. Da doença crônica, do câncer, ou do uso de adoçantes, que tampouco lhe brindarão com a saúde tão desejada.

Uma questão primordial é a seguinte: se o desejo de doces for natural, faz-se a seguinte pergunta – na natureza, no mundo real, (não urbano) em que circunstância, em que situação um animal da espécie humana teria desejo de doces? Isso poderia realmente acontecer?

Bem, a despeito de várias interpretações psicológicas, fantasiosas, etc. o desejo de doce poderia ocorrer na natureza.

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Ocorreria se um indivíduo da espécie humana estivesse com demasiada necessidade de energia. Energia rápida e fácil, para suprir demandas urgentes. Isso poderia se processar se esse indivíduo estivesse no limiar de suas forças físicas para manter um luta ou ser eficiente numa fuga! O problema é que na natureza não é tão simples obter-se fontes tão práticas de carboidratos. Se nosso amigo estivesse na dependência deste “plus” para se manter vivo, sua vida estaria sob sério risco! Na verdade, possivelmente estaria condenado ao fim.

O desejo de doces é sinal de que o ponto de equilíbrio já foi ultrapassado! Ë sinal de estresse. E algo, muito além da ingestão de um tablete de chocolate ou de uma (politicamente correta) barra de cereais será necessário para sanear a homeostasia desse indivíduo.

Temos confeitarias demais e amor real de menos. Nossos laços interpessoais estão muito enfraquecidos. Trabalhamos demais e ganhamos para sobreviver. Não temos tempo disponível para nada que genuinamente gostamos. Temos muitas fomes é verdade! Mas poucas serão saciadas com doces e outras guloseimas. Sua ingestão só pode contribuir com uns quilinhos a mais! E muita saúde de menos.

 A fisiologia da obesidade Ao contrário do que muita gente pensa ganhar peso É

UMA FUNÇÃO fisiológica! É atávico! Não há genes que se transformaram nos últimos anos e amaldiçoaram nossa civilização. Mesmo que alguns experts impliquem aos genes as causas do excesso de peso epidêmico dos nossos tempos nenhuma mutação genética aconteceu recentemente! Ganhar peso faz parte de uma lógica muito singela: toda a energia não gasta com a sobrevivência diária é reservada no organismo para tempos futuros difíceis. Na natureza o homem seguiria os ciclos solares de dia e noite e das estações do ano, assim como todos os outros seres vivos! O homem urbano fugiu do mundo natural e se esqueceu de muita coisa (ou quase tudo). Uma das coisas é de que havia tempos de maior abundância de carboidratos – primavera/verão – e tempos como menor acesso alimentar. Para os períodos de frio do inverno nada melhor do que um pouco de gordura para proteger as vísceras dos rigores climáticos. E gordura é um excelente isolante térmico! Além do mais, a gordura armazenada nos tempos de muita luz solar, pode se re-transformada em energia para sobrevivência em tempos mais bicudos. Para isso o organismo se organizou em cima de alguns hormônios que estabilizam o sistema nesse pêndulo da vida. Quando entra leão no ano

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zodiacal ainda é amplo tempo de sol! Por isso, aliás, o signo do leão tem como símbolo o próprio sol! No hemisfério norte é o ápice dos dias longos, que começaram no solstício, na entrada do signo de câncer! Época das maiores liberação de insulina e cortisol no corpo além é claro da testosterona, estradiol e progesterona! Época de luta e de reprodução! Os neuro-trasmissores – um exército de comunicadores químicos do sistema nervoso central são os operários desse sistema – fundamentais, mas amplamente secundários aos donos do campinho: os esteróides e polipetídeos (insulina, leptina, prolactina e a rainha de todas: a melatonina). Quando a luz solar passa a não ser tão preponderante ao chegar o outono, todo os organismo foram projetados para adequar os hormônios ao tempo de exposição à luz solar! Quando a escuridão passa a ser dominante a leptina entra em ação e o individuo tem sua fome saciada pela liberação de suas próprias reservas de gordura. A insulina perde importância! Mas enquanto houver tempos fartos de luz a insulina fica no máximo, tentando guardar toda energia, leia-se carboidrato em gordura! É o preparo para o inverno vai chegar!

Mas temos luz demais nas nossas casas! O inverno de luz não vai chegar! E certamente ficaremos obesos. Além é claro de ficarmos doentes! Enquanto o inverno (de luz) não chega, a reação crônica do estresse habilitada pela alta circulação do cortisol, pois enquanto há luz há cortisol em circulação, vai reduzindo nossa qualidade de vida a pó. Seja a hipertensão, ou a diabete, ou a depressão ou a ansiedade ou o câncer. A obesidade não é um problema isolado! Não depende só da comida.

Mas será que algum dia vamos querer enfrentar esse drama com honestidade eficiência?

 A fisiologia ainda nos aplica peças. Afinal de contas, certa

resistência, temporária, à leptina (o que é um poderoso fator para a o obesidade) pode ser útil no final da época de muito sol, para que o indivíduo reserve energia extra de proteção ao inverno que está por vir. Por outro lado a resistência à insulina (fase fundamental para o estabelecimento do diabetes) poderia ser útil em manter o sangue doce em frios exacerbados. Literalmente sangue doce não congela. Os sorvetes são cremosos, mesmo conservados em temperaturas abaixo de zero por terem muita gordura ou muito doce, ou ambos...

 Alternativas 

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A obesidade é um grande problema da atualidade, complexo, e eventualmente árduo de ser manejado. Não vai bastar uma mudança no estilo alimentar, mas obviamente se isso não acontecer, qualquer tratamento não dará muito certo. De qualquer forma a maneira mais inteligente de lidar com a questão será através do estabelecimento de uma rotina alimentar, ao estilo do conceito: “reeducação alimentar” (comer como nossos antepassados). Isso quer dizer o seguinte: mudar a forma de comer PARA SEMPRE. Se for para sempre não pode parecer um castigo. É fundamental que essa postura seja plausível, acessível, e que não fira seus brios.

Lembre-se que não há virtualmente nenhum ingrediente que exista nas frutas que não existam nas verduras e hortaliças. Lembre-se de comer menos carboidrato depois que o sol se por, a não ser que você seja um atleta da noite. Tome água, Faça refeições em horários regulares. Coma sempre que possível junto com amigos ou familiares. Procure não deixar a pressa atrapalhar suas refeições.

Não deixe de caminhar.Reflita sobre seu estilo de vida!Não se esqueça de priorizar sua vida afetiva!Esqueça tudo que lhe disseram sobre colesterol e

gordura animal.E principalmente: durma mais! Durma de luz apagada!

Durma sem qualquer led de radio relógio no seu quarto!E se pensas em mudar a alimentação, não há um dia

mais a esperar! Comece hoje! Para falar a verdade: agora!Mas não mude só a alimentação! Não vai ser suficiente! Mude para ser saudável, feliz e instigar mais gente a

seguir esse caminho!  ------------------------------------- Fórmula para o cálculo de massa corporal e

classificação de peso: Índice de massa corporal = IMCIMC = kg / m2 Onde kg é o peso atual e m é altura em metros (por exemplo: 1,70 m, se a

altura for 1 metro e 70 centímetros ou 0,98  se a altura for 98 centímetros)

 Tabela:IMC menor que  18,5 - abaixo do peso ideal

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IMC entre 18,5 e 24,9 - normalIMC entre 25,0 e 29,9 - acima do idealIMC entre 30,0 e 39,9 - obesidadeIMC acima de 40 - obesidade severa ou mórbida

 José Carlos Brasil Peixoto29-12-2008 

  (*) Juicer: eletrodoméstico de pequeno ou médio porte

que tritura vegetais, sendo utilizado para feitura de sucos. O artigo foi inspirado no programa “Viva legal:

Obesidade”, exibido no canal Futura. (Esse artigo faz parte de uma trilogia: Há uma verdade

por trás das dietas? (já publicado) – Você sabe o que é obesidade? – e  O lado oculto do estresse (em breve no site))

 Vários links subsidiam esse artigo, um deles:

http://www.relfe.com/07/fructose_corn_syrup_sugar_comparison.html

 Fontes essenciais nos livros: “The Cholesterol Myths”, “O

livro negro do açúcar” e “Apague a luz!”  Conheça o site www.canibaisereis.com RETORNA À PÁGINA ARTIGOS

Visite o site “Uma Outra Visão”Dr. José Carlos Brasil Peixoto – médico homeopatahttp://www.umaoutravisao.com.br/artigos.htm

Bem vindo ao site uma outra visão. É um espaço reservado para aquelas pessoas que estão buscando informações diferenciadas sobre temas de saúde, alimentação, ecologia entre outros de

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relevante importância. São inúmeros artigos, entre originais e textos traduzidos, que podem se caracterizar pelo tom inusitado.  

Vamos conhecer Michael Pollan e seus pontos de vista sobre a alimentação tradicional. Saiba um pouco mais sobre como as multinacionais lucram com a fome. Se você acreditava que o sol é a  causa de câncer de pele e que é bom utilizar protetores solares veja nosso artigo sobre esse surpreendente tópico. Estamos retornando ao tema da saúde do coração. Você deve ser alguém que acredita que o infarto é causado pela obstrução das artérias coronárias. Após ler o artigo sobre a teoria miogênica você possivelmente vai revisar seus conceitos. Outro artigo sobre colesterol poderá lhe dar mais informações que poderão lhe fazer pensar de maneira muito diferente sobre a existência de algum colesterol ruim.

Surpreenda-se com nossos originais artigos sobre temas variados, como a FRAUDE do leite de soja, ou  os artigos que falam sobre os problemas dos tratamentos medicamentosos para reduzir o colesterol e as eventuais virtudes das taxas elevadas do colesterol.   A seção sobre flúor foi ampliada e há novos links na seção de sugestões para pesquisa e leitura!

Leia, comente com amigos e colegas de trabalho, critique, tire suas conclusões e envie suas opiniões! e-mail: [email protected]

Novo livro sobre menopausa – No final de 2004 foi publicado o livro A Menopausa e os Segredos dos Hormônios Femininos, do médico gaúcho José Carlos Brasil Peixoto. O autor, que compartilha da linha clínica e filosófica do falecido Dr. John R. Lee, apresenta "uma visão à luz da ecologia humana", como ele

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próprio descreve a obra em seu subtítulo. Pedidos: diretamente ao autor ([email protected]). Uma leitura imperdível. O livro também se encontra à venda na livraria Bamboletras do Shopping Guion Center e na farmácia Amplo Espectro ([email protected]), de Porto Alegre.

A Menopausa e os Segredos dos Hormônios Femininos - 104 páginas, ISBN 85-87455-54-0  (comentário do site: www.novatrh.cjb.net) O livro pode ser solicitado para remessa para qualquer local do Brasil, pelo correio, pelo preço de capa de R$ 22,00, mais taxas de remessa, R$ 5,00, com entrega como carta registrada.

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LIGHTS OUT

Se você acredita mesmo que o sol só dá câncer de pele, não esqueça: é ele

que dá o princípio da vida!

Um livro quase sarcástico a respeito das fragilidades, inconsistências, e outros deslizes fundamentais sobre a saúde do ser humano.

As suas idéias sobre  o conhecimento médico ordinário é levado a uma das maiores críticas até agora demonstrada: a medicina está construída sobre premissas erradas, pois a própria ciência não passa de uma mera soma de equívocos, se não propositais, lastreados em desconhecimento da mais básica noção de fisiologia aplicada à uma lógica (criminosamente) esquecida: o ser humano não passa de um ser vivo dependente da sua plena integração com o meio ambiente, e como todos os demais entes terrestres totalmente dependente das variações naturais da exposição à luz solar.

Um livro fundamental, que poderá parecer extremamente desagradável aos dietocratas e outros "experts"  modernos que conseguiram transformar todo ser humano num reles paciente... aliás esse deve ser o motivo pelo qual estamos, por exemplo mais preocupados em tratamentos mágicos contra o câncer, mas jamais, nunca, ninguém, nem o mais sábio dos naturebas "new ages"  pensam, falam ou divulgam a mais singela informação: como NÃO TER CÂNCER!

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T.S WILEY desmoraliza todos esses cúmplices, sejam os habituais aliados do consumismo aplicado à medicina, sejam aqueles que em tese estariam do outro lado da fronteira. Mas na verdade são os dois lados da mesma moeda.

O conhecimento da antropologia aplicada à saúde deixa todos nus e sugere novos caminhos!

Não deixe de ler:

  APAGUE A LUZ!

(tradução do livro: Lights out! de T.S.Wiley e Bent Formby)

377 páginas.

Editora campus

Fonte: http://www.umaoutravisao.com.br/index.html