Virando bicho - 6º D - Escola Vera Cruz

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6º ano d virando bicho

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Trabalho desenvolvido, em 2013, pelos alunos do 6º ano D, da Escola Vera Cruz, para as disciplinas de Língua Portuguesa e Informática, ministradas pelas professoras Cláudia Godinho Peria, Clara Rimkus Devus e Maria José Godoy Pereira.

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6º ano d

virandobicho

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6º ano D

Professoras:

Cláudia Godinho PeriaClara Rimkus Devus

São Paulo - Junho de 2013

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sumário

Coelho de guarda – Alan Braga Kon...................................................8

A vida de Budweiser – André Coelho Teixeira da Costa......................... 11

Aqueles moleques – Antonio Mattos Levorin.................. .....................13

Dias de cão – Bruno Iezzi de Queiroz.................................................16

O dia em que andei de bicicleta – Enzo Canepa Tosi............................19

As memórias de Ronaldo – Fábio Adorno Constantino.........................21

Vários companheiros – Felipe Ito Asbahr..........................................24

Meu dia a dia – Fernando Quelhas Garcia Lima...................................27

Minha vida – Gustavo de Almeida Gandolfo.......................................30

A cadela tagarela – Lior Karman......................................................33

O melhor amigo do homem – Lucas Borges Bottino............................36

Fugindo da gaiola – Matheus Paulelli Gandolfo...................................39

Miaaaau – Pedro Oliveira e Telles.....................................................42

Vida do Iscuby – Rafael Azevedo Peixoto Camargo...............................44

A vida de uma gata – Rodrigo Oliveira Toscano de Melo.......................46

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Um dia magnífico – Rodrigo Ricca Humberg......................................49

Luma, a vira-lata – Carolina Cardoso Birsztein..................................52

Mel, uma Shi-tzu animada! – Claudia Braizat....................................55

Eu, a maltês dorminhoca – Elisa Humberg........................................58

O dia da minha fuga – Isabel Grinover Borgneth..................................61

A vida de um cão apaixonado – Laís Haddad Caldas...........................64

Vivendo no mato – Luiza Ferraz Costa Furtado...................................67

Eu, o gato esfomeado! – Margarida Moraes Camargo..........................70

Vida de bagunceiro – Maria Clara Berni Fernandes.............................73

Quando achei minha família – Mariana Pereira das Candeias...............76

Meu irmão já me mordeu!!! – Mariana Santiago de Castro e Paula.........79

A vida de Faísca – Marina Nader de Arruda Sampaio...........................82

Ele sabia mesmo como dançar – Paula Brzostek Muller.......................85

Minhas unhas poderosas – Vera Pizzo de Almeida..............................88

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Quem nunca parou para observar um animal doméstico? Geralmente, esses bichos tão amados são considerados verdadeiros integrantes de uma família.

Imaginem o que esses seres falariam se pudessem se comunicar usando o código dos humanos?

Foi exatamente esse o exercício proposto para o 6º ano D. Lemos histórias como essas para inspirar nossos jovens escritores. Conversamos sobre as ideias que surgiram e como transformá-las em texto. No laboratório de informática, os alunos puderam escrever pelo menos três versões, considerando nossos comentários. Finalmente, ilustraram suas produções com fotos e desenhos.

O resultado está registrado neste livro, que contou também com a colaboração da professora de informática, Zezé.

Esperamos que apreciem a leitura!

Maio de 2013Claudia e Clara

APRESENTACÃO

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coelhode guarda

Poing e Alan Kon

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Olá, eu sou o Poing, me deram esse nome não sei o porquê... Talvez seja pelo barulho causado pelos pulos dos coelhos na caixa em que minha dona vê as novelas em que repetem “oi, oi, oi” na música. Sou branco, forte, lindo, genial, orelhudo e quase perfeito. Minha família é alegre e vivem puxando minhas bochechas super atraentes e minhas gordurinhas das costas, me dão cenouras e água bem gelada para eu me alimentar. Tenho um lugarzinho só para mim na cozinha, onde tenho meus brinquedos de borracha imaginários e minha casa gigante imaginária. Adoro minha vida!!!

Um dia, quando meus donos foram embora para o sítio, entrou em casa um homem com um pano na cara. Vai ver que ele era feio e não queria que ninguém visse as verrugas, manchas, pintas, olheiras, rugas e outras coisas estranhas que os humanos têm no rosto. Ele estava segurando um “L” de metal, não sei o que era, mas sei que era perigoso, então pulei o cercado e roí a perna dele como nunca tinha roído qualquer cenoura. Ele me chutou, então um dos meus olhos se feriu gravemente, mas como sou valente, não desisti e voltei a brigar! Saltei na mão do homem e dei uma cabeçada no “L” de metal, que caiu no chão. Empurrei o objeto para debaixo do sofá, e então o homem feio tentou me chutar novamente, mas fui mais rápido; me joguei na cara dele e ele ficou se batendo tentando me acertar. Depois de várias tentativas do covarde me machucar, ele conseguiu e acertou meu dente. Ele disse:

— Macacos me mordam!

Sendo que sou um coelho e não um macaco, pensei comigo mesmo: “ele é feio, covarde e não sabe a diferença entre um coelho e um macaco”. O moço caiu no chão e começou a chorar dizendo: “eu me rendo!!! Você me deu uma lição!!! Desisto !!!”, (tadinho dele, quando Joaquim, meu dono, recebe uma lição de casa, fica todo frustrado, que dó...). Coitadinho, o humano saiu da casa

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deixando como presente seu “L” de metal, que eu deixei no tapete para enfeitar.

Quando minha família voltou, me abraçaram muito e acharam um bilhete do homem embaixo do retângulo de madeira que fica na entrada dizendo que eu fui valente, forte e que dei uma lição para ele. Até agora estou com pena... Meus donos gostaram tanto da minha decoração com o “L” de metal que deram para um homem que vestia um chapeuzinho azul, tinha uma estrela no peito e algo peludo parecido com um esquilo entre o nariz e a boca.

Essa foi a semana que mais me diverti, porque teve presentes, lutas emocionantes com um homem feio, tive a chance de enfeitar a casa e a única coisa que não gostei foi a lição de casa que dei para o homem. Digo que não gostei porque, como já disse, meu dono fica entediado quando tem algum dever para fazer.

Isso foi um pouco de minha vida e a partir de agora meu nome é Poing, o coelho de guarda.

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A vida deBudweiser

Budweiser e André Costa

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Olá, meus caros leitores! Meu nome é Budweiser e gosto de ser chamado de Bud.

Como vocês estão vendo, eu sou muito intelectual e sou também um cão muito atraente. Sou da raça Maltês; tenho pelo branco e sou muito astuto. O meu pensamento em relação à fama é ser um grande astro de Hollywood ou ser um ditador supermagnata (talvez consiga fazer tudo isso com apenas 8 anos).

Adoro conviver com a minha dona Rosane, com o seu sobrinho André e com outros humanos, com exceção das sobrinhas da minha dona, Emiliana e Ana Tereza, que ficam montadas em mim o dia todo.

O que eu acho mais prazeroso na minha vida é comer minha deliciosa ração e beber do mais gelado galão. Adoro fazer uma caminhada matinal, no começo fico muito empolgado, mas no final fico empacado e ninguém mais me tira de onde estou, só saio do lugar quando a minha dona me carrega no colo. Como todos, adoro ser carregado, pois aprecio a vista sem nem mesmo andar ou me esforçar.

Outra coisa sobre mim é que eu adoro andar naquele veículo motorizado que tem o nome de carro. Sabe quando vem aquela brisa deliciosa que bate nos pelos dos cães e fazem a pelugem ir para trás? Bem, eu adoro isso!!!

Afinal, o que eu gosto mesmo é de um bom carinho, mas tem que ser realmente bom e de preferência na barriga.

Gosto de ver o meu tricolor paulista jogar (só de falar me deixa empolgado), vejo todos os campeonatos e quando o São Paulo faz o gol saio latindo feito doido para toda a vizinhança.

Bem, isso é praticamente tudo da minha boa e humilde vida de cão maltês.

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aquelesmoleques

Pepe e Antônio

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Olá, meu nome é Pepe. Eu sou um cachorro que dizem ser um Golden Retriver, mas eu não sei que bobagem é essa. Tenho 5 anos de idade, moro em um lugar grande, cheio de grama e espaços para correr. Lá eu corro, furo bolas, como, durmo o dia inteiro e brinco de montão. Eu tenho uma amiga aqui. Ela se chama Pipoca, que é muito brincalhona, e é da mesma raça que eu. É fofa, do meu tamanho, mas um pouco mais nova (tem apenas 4 anos de idade). Meus donos chamam esse lugar de “fazenda”, mas primeiro acho melhor dizer quem são eles.

Eles são bichos estranhos que andam em duas pernas. Um deles se chama Marcelo, ele me dá comida todos os dias e às vezes me dá banho também. Ah... esqueci dos meninos. Eles vêm aqui às vezes. São três garotos: um maior e mais forte (se chama Pedro), um menor (o João) e o mais novo (Antônio). Eles adoram aprontar!

De manhã, eles saem de casa em umas coisas estranhas de metal, com rodas. Eu sempre quero ir junto, mas eles não deixam, pois acham que eu vou fugir.

Quando eles voltam, vou correndo para o que eles chamam de “piscina”, que é um grande buraco com água dentro onde eles adoram entrar e se refrescar. Sempre que eu estou com sede, tomo um pouquinho dessa água. Eu já caí lá dentro algumas vezes, consegui nadar sozinho, mas os meninos tiveram que me ajudar para sair.

Depois de irem à piscina, eles comem. Após a refeição, eles pegam uma bola e vão brincar em um gramado enorme com umas coisas grandes de ferro. Eles não me deixam entrar nesse gramado nem pegar a bola. Por não ser um lugar fechado, eles morrem de medo que eu fuja e não me deixam ir junto, então eu fico dentro de casa passando vontade.

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Alguns dias, os meninos saem andando pela estrada de terra das redondezas e, um tempo depois, eu sempre ouço barulhos muito altos, fico apavorado e com vontade de me matar de tanto medo. Os garotos voltam rindo, pois estouraram “bombinhas”, colocaram-nas na terra ou em uma telha velha. Eles fazem isso para se divertir ou até para espantar outros cachorros e animais invasores.

Eu gosto daqueles garotos, mas sempre grito “seus moleques!” e é como se eles não entendessem... É estranho...

De qualquer jeito, esta é a minha vida. Ah, esqueci de dizer:

— Seus moleques!!!

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Nick e Bruno

diasde cão

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Meu nome é Nick, sou um belo cão marrom e grande com longas patas e um apetite voraz, eu tenho um ótimo olfato. Eu adoro correr, brincar e comer principalmente o que cai dos pratos, moro em Três Pontas, uma pequena cidade em Minas, com Eduardo, a Ângela e seus pais, Fernando e Maria Luisa.

Eu e o Eduardo adoramos brincar, eu sempre fico no quintal tomando sol enquanto ele e Ângela estão na escola. Eduardo é muito divertido, brincalhão e adora Star Wars e Senhor dos Anéis, ele tem 7 anos e adora jogar Atari com o garoto do final da rua, provavelmente irá mexer com eletrônicos quando crescer. Eduardo sempre passa as férias com seus primos, Ricardo e Felipe, em algum lugar chamado Rio de Janeiro, e quer muito visitar outro primo, Alexandre, em Salvador, que também não faço a menor ideia de onde fica.

Ele adora jogar um galho longe, e eu que sou educado, pego e trago de volta, e ele joga de novo!!!

Ângela é mais tranquila que Eduardo, ele adora atazaná-la usando pegadinhas, e os dois juntos adoram enganar Maria Luisa. A Ângela é muito mais desorganizada que o Eduardo. Ela adora arte e teatro.

Todos nessa família adoram ler, como já disse. Com 7 anos, Eduardo está lendo Senhor dos Anéis (que é um livro para uns 10 anos), mas eu não leio e sou o único nessa casa que aparentemente não sabe ler. E, provavelmente, não quero aprender, em parte porque não alcanço os livros, mas principalmente porque quero saber o gosto dos livros!

Eu adoro ficar com Eduardo, mesmo quando ele não quer brincar. Eles sempre quiseram saber qual é a minha raça, mas eu não ligo para isso.

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Acho que tenho 10 anos, mas não tenho como saber, pois 7 anos de cão é igual a 1 ano humano, e não sei qual dos dois eu sigo, pois tenho 10 anos humanos, e só Deus sabe o quanto é isso em anos caninos.

Um dia eu vi uma linda cadela e fui atrás dela, ela atravessou a rua e eu também. Um carro vinha vindo em minha direção e eu acho que ele não me viu e...

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Kelly e Enzo

o dia em queandei de bicicleta

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Olá, meu nome é Kelly, sou um Beagle e tenho 5 meses. Eu me considero um cachorro pequeno, tenho pelo branco com pintas marrons. Gosto de brincar com bolas, principalmente quando brinco com meu dono Enzo e com o irmão dele, o Bruno. Enzo é alto, divertido e legal. Eu adoro brincar com ele, porque eu gosto de correr, latir e nadar. Gosto também de brincar com outros cachorros. Gosto de passear no sítio porque lá tem uma piscina, um campo de futebol, uma quadra de tênis, um refeitório e uma casa muito grande que nunca me deixam entrar, pois acham que eu vou fazer bagunça, porque fico andando, pulando em todos os cantos da casa. É muito bom brincar lá dentro, tem uns animais estranhos que andam sobre duas pernas que me dão água, comida e tudo o que eu quiser.

Eu nunca vou me esquecer do dia em que andei de bicicleta.

Estava andando pela praça quando vi uma “bicicleta”, ela estava apoiada em uma árvore. Quando eu subi nela, coloquei o pé em uma coisa que os humanos chamam de “pedal” e comecei a andar tão rápido, mas tão rápido, que eu alcancei aproximadamente 2 km/h, o vento batia na minha cara quando a bicicleta caiu no chão e caí junto, mas por sorte eu não me machuquei muito, é por isso que eu nunca vou esquecer esse dia, porque foi uma data marcante.

Agradecimentos de Kelly e seu dono Enzo.

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Ronaldo e Fabio

as memóriasde ronaldo

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Oi, sou Ronaldo, um jabuti. Meu dono é o Fabio e a irmã dele, a Carol, que gosta de me chamar de “príncipe”. Eu moro numa jaula bem espaçosa, só para mim. Eu sou pequeno, inteligente, tenho 1 ano e além de ser bem sortudo por conseguir ter uma família como a minha.

Meus donos são bem grandes, acho que a Carol tem 2 metros de altura. O Fabio é tranquilo e o que mais brinca comigo, ele me dá a ração todo dia. A Carol é o oposto do Fabio, ela fala muito alto e é bem esquisita, mas ela é muito legal. Talvez eles sejam tartarugas mutantes, mas cuidam muito bem de mim.

Todo dia eles me dão uma gororoba dura que chamam de ração e que tem um gosto horrível. O que eu mais gosto em casa é de ficar na cama relaxando, ver TV com meus donos e comer alface, porque não gosto de ficar sozinho naquela gaiola.

Minha vida é bem livre, faço o que quero. Às vezes eles me tiram da jaula e me esquecem de botar de volta. Ah, que vida boa! Faço minhas necessidades no tapete, mordo os pés das empregadas, me escondo e no final fico de castigo e volto para jaula, que injusto!

Sou tão especial que eles até me levaram à casa de praia deles, numa caixa mágica com rodas, que anda. Mas não gostei muito da praia porque uma cachorra esquisita me pegou pelo casco e me mordeu duas vezes. Lá, por ter sido mordido, eu ficava numa cerca para me proteger daquela cachorra psicopata. Mas o lado bom de ir à casa de praia foi poder ver o mar. É muito bonito!

Coitado de mim, porque antes de me comprarem, meus donos já tinham dois pássaros irritantes, que só sabem reclamar. Eles ficam o dia inteiro reclamando “vi viiii vii”, quem merece isso???

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Mas o pior de tudo é ficar com a Carol. Tartarugas me mordam! Ela me pega, me sufoca com os braços e me faz beijar as bonecas dela, gritando “sapo vira príncipe”!

Mas, apesar disso tudo, sei que eles me amam, por isso me acho a tartaruga mais feliz de todas.

Biografia: Ronaldo morreu em sua gaiola, não sei direito o que aconteceu, sei apenas que ele caiu e ficou de cabeça para baixo durante um dia. Ele faleceu com 1 ano de idade, em 2007. Em memória de Ronaldo.

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Luke e Felipe

várioscompanheiros

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Eu me chamo Luke, mas podem me chamar de Luke, o supercão, inspirado no filme Bolt – o supercão, eu sou pequeno e branquinho, sou um maltês. Tenho apenas 3 meses, sou ansioso, muito curioso e às vezes obediente. Há duas semanas moro na casa do Fernando e da Ligia, os filhos deles são Felipe e Pedro, os meus amigos preferidos, já que são crianças brincalhonas como eu. Mas também gosto da Ligia e do Fernando, já que são adultos, passo menos tempo com eles do que com as crianças.

Quando fico na casa da senhora Neuza, avó das crianças, ela faz um carinho delicioso, suas calças e seus sapatos são saborosos, adoro mordê-los...

Minha refeição é ração de frango com arroz e água, tapete e outros objetos que não posso comer... Droga!

Ainda não posso andar na rua, pois ainda sou um bebê. Para saírem na ruas, os cachorros devem tomar uma vacina específica, que eu ainda não tomei.

Um dia, nunca me senti tão assustado, estava com Pedro e Felipe, quando vi um cachorro pequeno que fazia os mesmos movimentos que eu e latia ao mesmo tempo. Depois de certo tempo, descobri que estava diante de um vidro espelhado e, assim, entendi que era a minha própria imagem e não de outro companheiro. Ufa!

Sempre faço minhas necessidades no lugar errado, mas quando acerto, ganho um ossinho para roer. Quando faço algo errado e levo bronca da Ligia, dependendo do caso, me escondo atrás do Pedro, a pessoa com a qual me sinto mais segura.

Quando fui pela primeira vez ao veterinário, tomei uma injeção, meu corpo ficou cheio de água de tanto chorar, nunca

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tinha sentido tanta dor por causa daquela agulha afiada e pontuda. Quando saí da sala da injeção, também conhecida como sala da tortura, andei para o colo de Felipe. Fui para casa de Felipe e Pedro, onde conheci a nova empregada da casa chamada Diana, que faz comidas deliciosas, adoro ficar deitado na minha caminha, para sentir o delicioso cheiro da sua comida.

Quando fico na casa da Neuza, e Pedro e Felipe vão me visitar, toca a campainha, saio correndo em direção à porta chorando de alegria. Eu adoro vê-los!

No final do mês de março, já ganhei três brinquedos, como sou brincalhão! Vou contar quais são: uma bolinha verde, um arco que faz barulho de choro de cachorro e o peixe Nemo, de brinquedo.

Fiquei muito triste ao perder meu pai, mas adorei receber novos companheiros: Neuza, Diana, Ligia, Fernando e principalmente os meus melhores amigos, Felipe e Pedro.

É assim a minha nova e longa vida, com desafios, dores e muito mais.

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Dafini e Fernando

meudia a dia

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Oi, pessoal, eu sou Dafini, sou da raça Lhasa. Na verdade não sei o porquê me deram esse nome. Mas só sei que me chamam de “Fini”. Eu tenho uma “irmã” que se chama Aicha, que é deficiente física, minha dona se chama Maria Nasaré, meu dono, José, e a pessoa que mais brinca comigo é o Fernando (são todos humanos).

A minha dona não me leva para passear, pois acha que vou pegar carrapatos. Quando preciso fazer necessidades, vou a um tapete específico e lá me alivio, mas às vezes erro a mira e acabo fazendo no chão do apartamento mesmo.

Quando chega alguma visita, fico latindo, esperando que ela chegue ao segundo andar (que é onde costumo ficar). Eu gosto quando meu dono leva minha caminha para a sala, tem vezes que o Nando põe a cabeça nela e não dá para deitar! Então deito do lado dele e, quando ele sai, corro para a cama rapidamente.

Meu dia a dia é assim: levanto cedo, vou para a cozinha, minha dona dá para mim e para minha irmã uma coisa chamada “requeijão”, que é uma delícia, meu dono nos dá uma coisa chamada “torrada”, é crocante e também gostoso. Depois, faço as minhas necessidades e o meu dono me solta da cozinha, essa hora eu fico mais no andar debaixo do apartamento. Quando o Fernando sobe para o segundo andar, eu subo também, mas a minha “irmã” fica no andar debaixo pois é deficiente física e não consegue subir as escadas.

Mas voltando ao assunto, quando eu subo, o “portãozinho” da escada está sempre fechado e ainda por cima minha dona não deixa eu entrar porque essa hora ela está arrumando as camas. O Fernando abre o portão, eu entro e fico lá brincando com ele. Uma vez ele fez isso só que, invés de ficar brincando com ele, eu fui para o quarto que minha dona estava arrumando e deitei na cama. O Fernando foi lá e me tirou.

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Depois de um tempo, vem a hora do almoço, aí todo mundo desce para a cozinha e minha “irmã” continua lá desde a hora do café da manhã. Todo mundo come alimentos diferentes e eu tenho sempre que comer a mesma ração, eu não acho isso nada justo.

Quando o Fernando fica em casa, eu me enfio debaixo da mesa e a comida que ele deixa cair, eu pego em menos de 1 segundo. Depois eles comem a sobremesa (que eu também não como). Depois da hora do almoço, Fernando leva minha “irmã” para o segundo andar e eu subo junto.

Quando chego lá, deito em qualquer canto e durmo assim como o meu dono (que deita no sofá) e o Fernando assiste ao Globo Esporte, um programa que passa na TV em um canal chamado Globo e às vezes ele também dorme (raramente).

Depois, o Fernando sempre pega um lanchinho, eu fico na frente dele fazendo cara de coitada, mas mesmo assim ele não me dá nenhum pedacinho.

Em seguida, ele vai jogar video game, eu o sigo, subo na cama e fico encostado nele. Eu acho muito gostoso ficar assim com ele no quarto.

Mais tarde, eu como mais ração e o Fernando come uma comida diferente de novo!!! Eu, Fernando, minha “irmã”, meu dono, minha dona assistimos às novelas, depois o Fernando e minha dona vão para um quarto, eu e meu dono vamos para um quarto e no dia seguinte começa tudo de novo.

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Maia e Gustavo

minhavida

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Meu nome é Maia, sou uma cachorra da raça Beagle, sou brincalhona e divertida. Tenho 4 meses, sou pequena e agitada, sou tricolor (preta, marrom e branca) e gosto de brincar de morder os brinquedos que meus donos me dão: bolinhas, ossos etc. Antes, eu morava em um lugar cheio de cachorros iguais a mim, eu gostava bastante de lá e também do moço que cuidava de nós, ele se chamava Alex.

Acho que lá chamava canil e nesse tal de canil tinha comida e outras coisas, mas lá não é tão legal como a casa que eu estou agora. Aqui tem um menino chamado Gustavo, ele é muito legal, pois sempre brinca comigo, além disso, eu também o levo para passear. Ah, não posso me esquecer da irmã, do pai e da mãe dele que também são muito legais! Mas uma pessoa que também não posso me esquecer é uma moça que me alimenta e fica lá todos os dias, a Neide.

Acho que já apresentei as pessoas mais importantes na minha vida, vamos logo para as histórias.

Um dia eu entrei na minha casinha e me colocaram no carro. Eu vomitei na minha casinha inteira, mas até que valeu a pena esperar aqueles 40 minutos porque, quando chegamos ao destino, eu adorei! Fomos para um lugar cheio de mata, com vários animais como vaca, ganso, galinha, cavalo. Ah, não posso me esquecer de uma cachorra muito legal que tinha lá, parece que ela se chamava Celi. Quando fomos embora, fiquei com muita saudade dos animais daquela espécie de fazenda.

Bom, esse dia que eu fui à fazenda foi o melhor de todos. Já o segundo melhor foi quando eu pude passear. Você deve estar achando estranho o que eu falei, vou explicar melhor. É porque eu era muito pequena e ainda sou, mas vou crescer e por isso eu ainda

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não podia tomar as vacinas para sair de casa. Eu acho frescura dos meus donos isso, eles ficam falando que sem elas eu vou pegar alguma doença.

Além desses, também teve um dia que meus donos me levaram para a casa da avó do meu dono, e lá, na casa dela, tinha uma cachorra muito alta, era da raça Dog Alemão, que ficava correndo atrás de mim para me pegar. Ainda bem que nós fomos embora. Esse dia foi uma grande aventura para mim.

Isso é só um pouco da minha vida, até mais!

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a cadelatagarela

Teco e Lior

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Oi, meu nome é Teco. Não foi minha mãe quem escolheu esse nome, e sim meu dono. Eu gosto desse nome porque é diferente dos outros. Eu moro com meus cinco humanos: Caubi, Lior, Erico e seus pais. Falam que eu sou vira-lata, mas não tenho o poder de me transformar em lata. Sou um cachorro preto, pequeno e incrivelmente forte para meu tamanho, tenho 7 anos. Nós moramos em um apartamento, então tenho que ficar no menor lugar da casa: a varanda, o que é muito injusto.

Um dia, estava procurando o que fazer, quando vi os humanos latindo e alguém tentando falar:

— Vamo blinca? Quando? Quelo blinca agola!

Então abriram a minha porta e puseram do meu lado uma cadela bebê (ao menos foi o que disseram, porque ela era bem grande). A raça dela, disseram que era Pastor Canadense, era grande, como eu já disse, branca e tinha um rabo bem grande (eu, nem rabo tenho). Gostei bastante, não só porque teria uma companhia nova, mas também porque sempre quis ir ao Canadá para saber como era pastorear ovelhas.

Fiz carinho nos meus humanos e quando eles foram embora comecei a interrogar a cachorra.

Não deu tempo de dar um “au” e ela começou a falar:

— Vamo blinca? Agola! Quel blinca do quê? Pega-pega? Esconde- esconde? Qual é o seu nome? Meu nome é Lulu!...

Quando ela finalmente ficou quieta, fiz as perguntas que queria, mas em vez de responder, ela começou de novo a falar. Já ia dar uma mordida no focinho dela, quando abriram a porta e os humanos entraram, colocaram as cordas “antifuga” no nosso pescoço e nos levaram para o carro.

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Quando saímos, depois de um longo tempo, estávamos no sítio!

Eu adoro quando vamos para lá porque tem grama, terra e bastante espaço. Aquela tal de Lulu ficou me fazendo meio milhão de perguntas, então mostrei tudo para ela só que ela só pensava em uma coisa: brincar. Então me rendi, fiz tudo o que a cadela queria, e depois quando ela se cansou, falei-lhe as regras de casa:

1 - Não comer as plantas.

2 - Não pular nas visitas.

3 - PARAR DE ME IRRITAR.

Agora, sempre que ela faz alguma dessas coisas, lhe dou um belo tapa no focinho.

Vamos nos mudar, então eu e a “Lulu” estamos sozinhos no velho apartamento, mas qualquer novidade eu aviso.

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Milu e Lucas

o melhor amigodo homem

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Oi, tudo bem? Chamam-me de Milu e eu moro na casa dos Bottino. Colocaram-me esse nome por causa do Tintin, pois o nome do cachorro dele é Milu, e meus donos me disseram que o Milu é esperto igual a mim. Eu tenho 2 anos, sou da raça Maltês e sou muito bravo, mas meus donos falam que não ofereço perigo porque meus dentes são muito pequenos. Gosto de passear, mas tenho meu próprio jardim e prefiro mil vezes brincar nele. Apesar de ser muito pequeno, as pessoas que me conheceram falam que sou invocado.

Meus donos me deram uma casa gigante, mas onde eu gosto de dormir é na minha cesta e no meu tapete. Aliás, eu adoro comer ossos apesar de minha boca ser pequena demais para eles. Meus donos já tentaram me ensinar a jogar video game, mas não deu muito certo, eu quase comi o controle!

Dentro de casa é quente e aconchegante, mas o cômodo que eu realmente gosto é o jardim, que é grande, cheio de plantas e árvores. Meus donos gostam muito de mim e me protegem muito, mas eu sei me defender e se eu tivesse a oportunidade, nem Rotweiller me passava! Eu faria de tudo para proteger minha família, até já matei uns pássaros!

Ah, e uma coisa que me esqueci de falar... Eu sou caipira! E com orgulho, sô! É que eu ainda pequenininho, minha família me adotou em Santa Rita do Passa Quatro, eu senti saudades da minha mãe, mas em compensação ganhei outra família!

Ultimamente, eu participei de um trabalho de Ciências da escola do Lucas porque ele estava estudando observação de seres vivos. Eu fui observado por vários grupos de colegas dele e conheci um monte de pessoas... Mas quando eu cheguei lá, fui sufocado por alunos querendo me segurar e fazer carinho porque sou muito fofo. Eu mal consegui respirar e dei graças ao Cachorro

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Todo Poderoso quando cheguei em casa, mas foi bom conhecer novas pessoas. Só fui me acalmar com meu jacaré de pelúcia. Só ele para me deixar tranquilo...

Bom, essa foi uma parte da minha vida. Au, au!

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Ismigou e Matheus

fugindoda gaiola

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Meu nome é Ismigou, eu sou um hamster pequenininho e bem fofo, sou marrom e branco. Adoro comer pepino e semente de tomate, gosto de andar na bolinha que meu dono Matheus comprou. Tenho 7 meses e moro em uma gaiola bem grande e colorida e eu nunca deixo os meus donos entrar nela, pois lá há tubos escorregadores onde eles não caberiam. Se eles tentarem entrar, vão quebrar a minha casa e eu vou ter que morar em uma caixa até eles comprarem uma nova.

Um dia eu estava tão gordinho que eu entalei no cano e eles tiveram que cortá-lo para me tirar de lá, eu fiquei com muito medo porque a qualquer momento eles poderiam me picar em vários pedaços e isso acabaria com a minha vida. Sorte que nada disso aconteceu porque na hora de cortar, eles foram bem cuidadosos!

Sabe, é um tédio ficar aqui preso! Eu gostaria de ficar passeando livremente na casa, poder ir a qualquer lugar quando bem entender. O meu sonho é viajar para alguma praia, conhecer o mar e me deliciar com a grandeza daquele lugar!

Meu irmão morreu na semana passada. O nome dele era Pintado, morreu de frio porque Matheus, meu dono, esqueceu a janela da varanda aberta quando os humanos viajaram, e ele não aguentou. Eu já estava ficando assustado, então eu abri a gaiola e fui para o armário do Matheus, que estava bem quentinho. Chegando lá, eu percebi que estava com fome e sede, então eu voltei para a gaiola e peguei toda a ração que eu consegui. Voltei lá mais umas três vezes, até que eu consegui construir um ninho que era pequeno e quentinho feito de coco e ração.

Quando o Matheus voltou de sua viagem, ele estava superpreocupado porque eu não estava mais na gaiola, mas quando ele foi trocar de roupa, me viu enroladinho em um canto do armário e foi o maior alívio!

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Ele nunca mais me deixou sozinho. Quando ele viaja, vou com ele e tudo fica bem, quando nós estamos viajando, fico lembrando daquele dia em que eu fiz um ninho no guarda-roupa do Matheus para ficar quentinho e confortável.

E essas são algumas histórias que tenho para contar, quando eu tiver mais, eu aviso! Espero que tenham gostado.

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Panqueca e Pedro

miaaaau

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Eu me chamo Panqueca, embora quisesse me chamar Margaret. Bom, não vou questionar meu nome agora, mas sempre me pergunto: por que Panqueca? Esse nome foi dado por meus humanos, o Pedro e o Bento (os humanos menores), porque também tem os humanos maiores que deram nome à minha irmã Odara, hum... Queria me chamar Odara, é melhor do que Panqueca.

Os humanos maiores cuidam mais de mim e da minha irmã. Eles põem comida para mim e escovam meu pelo, o Pedro às vezes também faz isso só que contra a vontade dele. Bom, pelo menos ele faz. Já o Bento nada faz, eu mio, mio, mio (sou muito tagarela, sabe!) e às vezes nada adianta. Acho que um dia vou morrer de fome...

As coisas que mais gosto de fazer são: comer, dormir e miar para irritar meus humanos, uma vingança básica perto do que o Bento faz comigo. Quando estou dormindo tranquilamente, ele se aproxima de mim e, achando que eu não o vi, só porque eu não me mexi não significa que eu não vi, gosto de ficar quietinho, sabia?! Ele vai lá e me agarra. Ainda bem que sou rápida e esperta senão já teria sido empalhada.

Já sei até que rumo profissional vou seguir, vou ser maratonista de obstáculos, eu treino muito em casa, principalmente quando tem visitas. Quando a sirene toca, é um alarme para mim. Os meus humanos chamam “sirene” de campainha, mas eu prefiro chamar “sirene” de sirene, pois quando ela soa começa minha corrida contra o tempo, momento em que desvio de cadeiras e mesas, objetos e pernas humanas. Na grande maioria das vezes consigo pular da janela para ir para fora passear um pouco.

Outra coisa que eu e minha irmã gostamos é de brincar de esconde-esconde, principalmente quando nos escondemos em lugares que não podemos ficar e ficamos quase sempre a tarde toda...

Bom, essa é minha rotina normal. Agora me despeço porque meu humano chegou e vou irritá-lo.

Um miado da Panqueca (Margaret).

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Iscuby e Rafael

vida doiscuby

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Chamo-me Iscuby, tenho 5 anos, minha raça é Vizsla, sou um cão húngaro, sou marrom e gosto de brincar. Meu dono Rafael me deu este nome por causa de um desenho da televisão, sobre um cachorro chamado Iscuby Doo. Durante o dia eu brinco muito, adoro correr no quintal com meu dono, fico o dia inteiro com ele menos quando ele vai para escola. No meu dia a dia, eu começo tomando café, depois eu tomo sol e vou correr um pouco. Quando eu já estou cansado, vou comer, não gosto muito da minha comida, pois ela tem gosto de ração de animal. Bom, já contei um pouco da minha história para vocês me conhecerem.Vou contar pra vocês a história do pior dia da minha vida ou dos piores dias da minha vida.

Um dia, estava tomando sol no deque de madeira, quando percebi algo de estranho nos meus donos. Eles estavam se arrumando para ir em algum lugar que eu não sabia onde era. Horas se passaram, quando de repente levei um susto! Percebi que eles estavam indo embora, porque os vi com malas e fechando a casa. Corri até o portão que fica fechado para o meu dono não fugir de casa, mas, quando vi, já era tarde demais. Eles já tinham ido. Parece que anos se passaram e eu fiquei lá, sozinho.

Um dia ouvi o barulho do portão abrindo. Eram meus donos e a minha primeira reação foi pular de alegria, estava muito feliz, pois eles haviam voltado. Quando de repente, vi uma cadela estranha, que eu não conhecia, saindo da máquina gigante com rodas que tenho medo de entrar. Era uma cachorra igual a mim, era marrom e parecia ter uns 2 meses, fiquei irritado pois ela ficava pulando em cima de mim só para me provocar. De noite, tive minha chance de dar uma bela patada nela, ela rolou, rolou e rolou até o outro lado do quintal, a mãe do meu dono ficou furiosa comigo. Conforme os dias passavam, fui me acostumando com ela, e hoje já estamos nos divertindo. Isso não quer dizer que nós não brigamos, pois toda vez que estou descansando, ela vem me provocar e, ainda que eu tenha um pouco de medo, dou-lhe umas patadas para me defender.

Essa foi a minha história. Espero que tenham gostado.

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Mia e Rodrigo

a vidade uma gata

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Meu nome é Mia, me deram esse nome porque eu nunca paro de miar, eu sou uma gata pequena, preta e com algumas manchas brancas, também sou um pouco gordinha, tenho olhos verdes. Eu gosto de brincar com praticamente qualquer coisa: papéis, almofadas, insetos e até poeira.

Tenho 5 meses de vida, nasci em dezembro, e fui dada de presente de natal para Lígia, minha dona.

Eu tenho uma vida boa, todo dia eu pulo da janela de casa e vou para a garagem, onde fico brincando, olhando os passarinhos, tentando pegar insetos e aproveitando a brisa. Mas quando eu quero voltar para casa, não consigo pular de volta para dentro, então fico miando na frente da porta até alguém me deixar entrar.

Na hora de comer, geralmente prefiro a comida da cachorra do que a minha comida, e estou sempre comendo.

Na hora de dormir, simplesmente me aconchego no colo de um dos humanos e caio no sono facilmente.

No dia em que cheguei em casa pela primeira vez, eu estava com medo dos humanos. Então fui me esconder debaixo do armário, fiquei entalada lá e levou um tempão para eu sair, pois tiveram de me puxar.

Eu odeio a Pitty, aquela cachorra que mora comigo! Toda vez que ela chega perto de mim eu arranho a cara dela, e depois a cachorra fica me perseguindo.

Ontem, me meti em uma confusão gigante! Estava subindo nas árvores do quintal, consegui ir no muro da casa, pulei para o outro lado por causa da minha curiosidade, fui parar na casa do vizinho, tentaram me tirar de lá com uma cesta, mas eu não quis. Fiquei

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lá até anoitecer, então pulei o muro sozinha de novo e voltei para casa, só porque estava com fome e queria comer.

Minha família vai se mudar e estou muito chateada, porque eles decidiram comprar uma nova casa justo quando eu me acostumei com a minha casa antiga. Mas por outro lado, estou muito curiosa para saber como o mundo é fora da minha rua, então talvez acabe sendo legal, posso até conhecer outros gatos e fazer amigos. Não sei como vai ser, acho que vou ter que esperar para ver.

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Chimbica e Rodrigo

um diamagnífico

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Eu me chamo Pinga, mas na verdade meu dono Rodrigo me chama de Chimbica. Sou branca, uma Beagle com algumas manchas pretas, de tamanho mediano, sou muito bem comportada, bem esperta, mas quando encontro alguma pessoa desconhecida, solto os latidos.

Adoro ficar correndo pelo apartamento todo e quando canso gosto de ficar no colo das pessoas. Adoro lamber os conhecidos!

O dia mais feliz da minha vida foi o dia que meus donos Rodrigo, que o chamo de Rô, e a Laura, que a chamo de Lala, foram me adotar. Antes disso, ficava vagando pelas ruas, sem rumo, até que umas pessoas me levaram para um lugar bem mais confortável. Se me lembro bem, depois de 3 semanas, o Rô e a Lala me acharam e eu vivi o melhor dia da minha vida, eles me levaram até “o meu doce, doce lar”. Até hoje não acredito na sorte que tive e que muitos outros não tiveram.

Meu dia a dia é muito gostoso: eu brinco com o Rô, corro pelo apartamento inteiro, jogo um pouco de bolinha, uma que é rosinha, depois durmo na varanda com o solzinho para eu conseguir repor minhas energias, prefiro dormir com o sol porque com o calorzinho me sinto mais relaxado.

Adoro minha comida, e acho melhor ainda quando sobra o restinho do pão do café da manhã. De noite, gosto de ver com meus donos televisão, mas o que gosto mesmo é quando o Rô ou a Lala fazem carinho em mim!

A parte da comida, do carinho e do soninho é a que mais gosto no meu dia a dia.

A primeira vez que fui para o sítio com o Rô foi incrível! Lá é

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gigante, cheio de grama para eu me rolar toda, é uma delícia! Eu me espreguicei, rolei, comi, corri e dormi bastante no sítio.

Bom, já contei um pedaço da minha vida, agora estou me despedindo.

Lambidinhas,

Pinga

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Luma e Carol

lumaa vira-lata

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Oi! Meu nome é Luma e tenho 6 anos, sou uma vira-lata grande, branca acinzentada e sou bem gordinha, mas nem sempre fui assim. Morro de medo de fogos de artifício, adoro brincar de correr atrás da bolinha e meu sonho é ter um osso gigante! Bem, vou contar minha história...

Eu era uma cadela que morava na rua, magra e não tinha o que comer. Eu não tinha uma só casa, eu morava nas calçadas e nos parques, tinha olhos sonolentos e tristes... Um dia, estava atravessando a rua e um carro (acho que é assim que se fala) quase passou por cima de mim! Ainda bem que a moça que estava dirigindo parou, saiu do carro e me viu. Ela me pôs dentro do carro e me levou para um veterinário. Os médicos me levaram para uma sala toda branca e me deram bastante comida, tomei algumas vacinas e doeu muito!

Depois disso, a moça que quase me atropelou me pôs de novo naquele carro e me levou para a sua casa. A casa era enorme e tinha 4 andares, eu não podia subir ou descer pros outros andares, pois lá ficavam os quartos, e, como sou bagunceira, nunca os conheci. Ficava apenas na cozinha e no quintal com outra vira-lata que se chama Susi.

A Susi é muito legal, brincamos o dia inteiro no quintal com uma bolinha que ela acha que é dela, mas na verdade é minha... Na casa, tinha também um jabuti, acho que ele não tinha nome, pois nunca me falou qual era... Depois, ganhamos uma gatinha chamada Vic. Só ela podia subir para os quartos porque ela era pequena e não bagunçava tanto quanto nós cachorros. Só sei disso porque um dia ela me contou que, às vezes, dormia em uma cama enorme e bem quentinha.

Nessa casa tinha outras quatro pessoas: a Paula, que me socorreu, a Helena e o Gabriel, que são seus filhos, e o Carlos Eduardo, seu

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marido. Quando eu cheguei, as crianças só brigavam, mas agora com a minha presença, eles se entendem e são bons amigos.

Quando cheguei na casa da Paula, eu tinha 3 anos, a Helena tinha 13 e o Gabriel, 15. Hoje, o Gabriel está com 18 anos, a Helena com 16 e eu, que fui maltratada e magricela, estou bem gordinha e feliz!

Todo dia saio para passear com a Neusa, a empregada da família. Ela é muito legal, nós caminhamos em volta da casa e às vezes andamos mais que um quarteirão. Antes, quando morávamos em um condomínio, eu estava acostumada a passear por lá mesmo, mas agora sinto que nossas saídas são mais legais e mais longas.

Tchau! Agora preciso ir, estou com fome e a Neusa já colocou meu almoço na mesa!

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Mel e Cláudia

meluma shi-tzu animada

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Oi! Chamam-me de Mel, quer dizer, a Claudia e o Luca me chamam assim, a mãe deles me chama de Praguinha, mas mesmo assim, ela gosta muito de mim. Tenho pelo cor de mel e sou gordinha! Sou uma Shi-tzu de 5 anos, bastante folgada, posso ser bem bagunceira, mas sou muito carinhosa!

Moro em Perdizes há 2 anos, tem muitos animais legais por aqui: cachorros, gatos, papagaios etc.

Minha dona favorita é a Claudia, ela é engraçada, bagunceira e criativa, igual a mim, se bem que eu adoro os meus outros donos também... A Claudia tem amigas muito esquisitas e diferentes... Tem uma pequena e loira, uma alta, loira e piradona, uma toda arrumadinha e chique, uma maluca, uma risonha... Mas todas têm uma coisa em comum: ADORAM ME FAZER CARINHO!

Minha família adora ver filmes de todos os tipos, mas os filmes favoritos de toda a família são os do Senhor dos Anéis, nós os curtimos muito!!!

Uma vez, a Claudia deu uma festa para mim, com bolo, presentes, amigos... Até uma tartaruga, eu ganhei!!! O estranho é que uma das amigas da Claudia levou meu presente embora, e eu nunca mais o vi...

Eu tenho três MAAPS (Melhores Amigos Animais Para Sempre): a Channel, o Tubarão e o Billy! Eu os adoro muito! A Claudia adora também suas donas (a Mari S. e a Carol).

Todos os dias, antes de sair pra escola, a Claudia me leva para passear e, quando voltamos, ela pergunta se eu gostei do passeio, e eu olho para ela com uma cara de:

— O que você acha de ser puxada pelo pescoço toda vez que for cheirar um bebê?

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Mas eu só sorrio para ela. Quando ela sai, oh, que tristeza! A casa fica quieta e sem alegria, pois o pai dela só acorda às 11 horas.

Às 12h45, quando ela chega, acaba a tristeza! Ela faz a lição de casa e fica brincando comigo, a tarde inteirinha! Começo a pular em cima dela sem parar! É muito divertido!

Resumindo, eu adoro MUITO minha família, adoro a Claudia, o Luca, a Monica e o Eric. Agora estou indo pular em cima da Claudia. FUI!!!

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Mel e Claudia

eua maltês dorminhoca

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Sou a Millie. Sou uma cadelinha Mini Maltês e tenho 2 anos. Moro em um apartamento bem grande junto com a minha dona Lili, os pais e o irmão dela. Eles me adoram e eu os adoro.

Minha rotina é assim: acordo ás 6h30 (porque eu durmo na cama da Lili), mas eu continuo na cama até ela terminar de tomar banho e se trocar e aproveito para dar uma cochiladinha, depois vou tomar café. No café, meus donos não me deixam ficar com eles, então eu fico na cozinha junto com a cozinheira e a Luci, a empregada. Eu adoro a Luci! De café da manhã, eu tenho que comer uma ração bem ruim, ao contrário dos meus donos, que comem um montão de alimentos bons e nem dão pra mim! É muito injusto. Eu faço bastante xixi, mas parece que meus donos não gostam muito disso. Toda vez que eu faço xixi eles brigam comigo. Só que quando eu faço em um tapete, eles me dão biscoitinhos. Eu acho que é o lugar certo, mas é muito perto da minha caminha, então se eu faço cocô lá, a caminha fica com cheiro ruim.

Eu adoro passear, mas minha dona não pode passear sozinha comigo, a Luci tem muita coisa para fazer e os pais da minha dona trabalham. Então fica difícil. Só passeio nos finais de semana e quando vou tomar banho, porque é pertinho de casa.

Eu gosto muito do pai da minha dona. Também gosto muito da minha dona, nós passamos quase o dia inteiro juntas, menos durante a manhã, e o pai da minha dona eu só vejo antes das 9h da manhã e depois das 18h30 ou das 19h da noite.

Agora vou falar mais um pouco sobre mim. Eu adoro biscoitos de ossinho da marca “Pedigree” e também adoro passear, mas odeio tomar banho e pôr lacinhos na cabeça ou coisas assim. Eu adoro brincar com o meu bichinho de pelúcia e tirar o algodão de dentro dele.

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Meus donos têm uma casa em um condomínio em Itu, chamado Vila Real. Eu adoro ir para lá porque a casa é grande e dá para correr bastante. Eu sou o que pode se chamar “cão de guarda” porque sempre lato para as pessoas que não conheço. Os cães grandes se assustam ou ficam com medo de mim, apesar do meu tamanho pequeno. Eu tenho medo de algumas coisas bem assustadoras, como bichinhos, que quando aperto fazem barulhinhos, e bonecas. Ah, admitam! Essas coisas dão muito medo mesmo.

Quando a minha dona vai para as atividades dela, uma das coisas que eu mais gosto de fazer é dormir.

Sempre quando meus donos viajam, eu fico na casa dos meus primos, o Pingo e o Zeca. Eles são dois Schnauzers e eu os adoro! Nós corremos, brincamos e nos divertimos muito lá!

Uma lambida para todos que leram minha autobiografia.

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Zeca e Isabel

o diada minha fuga

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Meu nome é Zeca, sou um Beagle de 2 anos e 4 meses, tenho o pelo marrom claro, com um pouco de branco e uma manchinha de nascença do lado do meu nariz que quando a mãe de minha dona veio me escolher no canil, ela achou muito fofo e por causa dela que vim parar nesta família. Amo passear com minha dona, comer meia e dormir. Moro na Rua Bernarda Luis, junto com minha dona Bel e nossa família.

Vou contar uma história que é de chorar de rir. Foi assim: a empregada que trabalhava lá em casa foi abrir a porta para o professor de música entrar, mas ele ficou enrolando com o portão aberto e a empregada não conseguiu me segurar. Não perdi tempo, saí correndo e FUPT! Passei o portão e o Mario, pai da Bel, logo saiu correndo atrás de mim. Toda a vez que eu parava para descansar, ele fazia o mesmo:

— Vem, Zequinha, vem!

Quando eu disparava, ele vinha atrás. Fomos de rua em rua: todos que passavam e viam a cena, olhavam para nós com uma cara estranha e com medo também. Chegando perto da praça, que nós sempre passeávamos, havia uma mulher que estava andando com uma Beagle muito bonita. Mas não era só uma cadela muito bonita, era a Beagle mais linda, maravilhosa, cheirosa e doce que eu já tinha visto em minha vida toda! Parei ali onde ela estava e comecei a cheirá-la. Quando vi, o Mario já estava se aproximando. Eu queria correr, mas... O cheiro dela era tão bom que eu não consegui sair dali e Mario gritou:

— Moça! Moça! Segure o cachorro, por favor!

Ela me agarrou e, infelizmente, o Mario conseguiu me pegar.

Quando me pegou, me agarrou tão forte que eu até tremi. Mario

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não tinha nenhuma coleira com ele, pois, quando eu fugi, não deu tempo para ele pegar. Subindo a ladeira de casa, Mario, que já tinha um problema na coluna, ficou morrendo de dor. Mas, para a sorte dele, quando passamos em frente ao pet shop, o moço do balcão viu a situação e ofereceu a Mario uma coleira. Mas ele não tinha dinheiro para pagar e contou isso ao vendedor. O moço disse:

— Não tem problema, depois o senhor me paga.

Então Mario pegou a coleira, pôs em mim e fomos para casa.

Quando chegamos em casa, ele me deixou de castigo uma semana inteirinha. Tive que ficar sem meu osso predileto!

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Luke e Laís

a vida DEum cão apaixonado

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Olá, meu nome é Luke, meus donos são a Laís e o Tomas. Eu me chamo assim porque meus donos gostavam muito de Star Wars e meu nome é em homenagem ao personagem Luke Skywalker.

Quando me ganharam, eu era um anjinho de filhote, eu tinha pelos brancos e beges e media mais ou menos 60 centímetros. A história que vou relatar aconteceu um pouco tempo depois do dia em que cheguei na casa dos meus donos.

Um dia eu fui para Búzios: uma praia. Quando cheguei, senti cheiro de comida e corri para a casa. Lá havia alguns amigos dos primos de meus donos que estavam na piscina comendo carne assada. Não resisti ao cheiro e pulei na piscina, porque o cara estava com um pedaço de carne na boca, com muita vontade, pulei em cima de um cara que nem eu, nem a Laís, nem o Tomas conhecíamos. Ele ficou bem, pois eu não tinha machucado-o, mas tenho certeza de que ficou assustado. É uma pena que meus pais estejam mortos, porque iriam ficar orgulhosos de mim, pois eu tinha pulado num homem, o que era de se esperar de um labrador.

Tenho outras duas histórias para contar: uma é que me apaixonei por uma cadela, em Gonçalves, e outra que aconteceu em casa, em São Paulo.

Um dia, fui para Gonçalves com o Tomas, irmão da Laís, a Laís e a mãe deles, a Luciana. O pai não foi, pois estava dando plantão. Então fui espiar as outras casas, mas quando vi aquela cadela fiquei babando, parado com cara de bobo. Minha família estava me procurando, então fui para a casa. No dia seguinte, fui para a casa da cadelinha de novo, mas ela já não estava mais lá, procurei-a por toda parte, mas não a encontrei de jeito nenhum, fui embora todo triste de volta para a casa de São Paulo.

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Depois de uma semana, meu vizinho tinha comprado uma cadelinha toda bonitinha, que tinha um cheirinho de groselha. Um dia a família dela viajou, pulei o muro, fiz xixi na garagem e fiquei babando de novo. Acho que ela ficou sem graça! Meus donos me chamaram, mas eu fiquei parado, então foram para o terraço e eles me viram. Pegaram uma toalha e me puxaram, disse adeus e fui brincar com minha bolinha, comer minha comida gostosinha, beber minha água e dormir na minha caminha quentinha.

Tchau, pessoal, isso é só. Espero que tenham gostado.

Luke

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vivendono matoCatira e Luiza

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Oi, sou a Catira, tenho 2 anos e sou uma vira-lata, preta e marrom, sou grande, bem grande. Sou muito agitada e amo brincar com meus donos. Eu gosto dos ossinhos que sobram do churrasco e também do meu cobertorzinho. Todos discutem qual é a minha raça, se sou Labrador ou Pitbull.

Moro em Gonçalves, Minas Gerais. Lá no sítio tem três casas: a que eu durmo, a que recebo carinho e outra onde como gordurinha de churrasco. Amo essa minha vida, não uso coleira, brinco no mato e corro atrás de galinhas. Só brinco, o dia inteirinho...

Tenho vários donos, seis deles são crianças: a Raquel, a Susana, o João, a Flora, a Luiza e o Martim. E outros oito são adultos: a Márcia, o João, o Marcelo, a Thais, a Vera, o Zé, a Rosa e o Geraldo. Às vezes, a Sônia e o Elias também vêm para o sítio.

Todos me amam. Eu gosto muito da Susana e principalmente do seu crocs. Já comi dois, aquela coisa colorida e mole! Poxa, quem resiste? Quando vou me divertir com ela e eu a mordo de brincadeira, ela sai correndo e vem sua mãe com aquela latinha medonha que faz um barulho ameaçador, tudo isso só para me afastar. Eu morro de medo, né?! Então, sua mãe vem toda brava e começa a falar assim: “NNNÃO!!!”. Só sei que é para parar, mas logo depois ela começa a fazer carinho em mim!

Vou falar uma coisa: NUNCA ENTENDI OS HUMANOS. A Luiza tem medo de mim só porque eu brinco com as pessoas e as machuco sem querer, só depois de um tempo é que ela começa a fazer carinho em mim. Eu nem posso mais chegar perto das galinhas, que os adultos acham que eu vou atacá-las, que bobos!

Na Páscoa, a Luiza, o Marcelo e a Thais estavam no sítio. E também a Márcia, a Susana, a Raquel e o João. Eles brincaram no gramadão de handebol e vieram com uma bola azul, jogando-a para

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o alto. Eu quis pegá-la, obviamente. Quando a peguei, os adultos começaram a brigar comigo. Por isso repito: NUNCA ENTENDI OS HUMANOS, eles querem ou não que eu participe da brincadeira?!

Depois de nos divertirmos muito no gramadão, fomos ao Kalevala, uma pousada que fica ao lado da casa. Foi um dia muito legal, pois encontrei com o Athos e ficamos brincando de pega- pega. Uma pena que não encontrei Billi, o meu amigo que mora perto de casa, pois seria muito divertido.

Bom, vou encerrar por aqui, pois tenho que comer mais um crocs da Susana, caminhar e tomar banho de sol, tchau! Foi um prazer contar minhas histórias.

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Branquinho e Margarida

euo gato esfomeado

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Gente, que raiva! Está chegando um gato atrás do outro em casa, já estão quase me expulsando, eu quase não entro lá. Já basta, a minha irmã fica reclamando comigo só porque eu como a comida dela. Eu sou um gato esfomeado!!!

Eu sou um gato peludo, gordo, branco, com um olho marrom e o outro azul e verde. Dizem que eu pareço um coelho.

Eu não contei para vocês, mas teve uma vez que fiquei preso em um bueiro, porque dois cachorros tontos me assustaram, e eu caí lá dentro e fiquei preso por três dias sem comer. O Gatolino, sempre acreditem nele, rezem por ele que ele vai nos acudir, pois é o deus dos gatos, apareceu e avisou ao seu Justino que eu estava no bueiro e ele me libertou, acho que isso me deixou mais esfomeado ainda. Minha dona vive dizendo que tenho bem mais de sete vidas e que eu roubei as vidas dos gatos que já passaram por aqui (e que já morreram). Eu não roubo de ninguém! É que eu sou “cabra macho”. Gosto muito de passear pela rua, porque acham que eu sou abandonado, ganho mais comida. Hum, delícia!

Quando fui levado para minha casa nova, achavam que eu era uma gata, mas depois disseram para eles que eu era um gato (finalmente!). Logo depois fui para casa de uns vizinhos e eles também acharam que eu era uma gata (de novo!). Quem me chamar de gata eu mato! Gente, não dá, né? Vou dar uma dica para vocês: vá na casa de seus vizinhos, eles te dão muita comida!

Eu moro do lado de uma escola e todos me dão comida e carinho, vocês já experimentaram ficar se esfregando nas pernas das pessoas?

Uma vez, uma gata muito velha me contou que há muito tempo, os gatos eram superiores aos humanos e que os humanos eram os escravos, mas uma noite todos eles sonharam que eram superiores

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e foi o que aconteceu. Ela disse que era para eu sonhar todas as noites que nós somos a superioridade. Se você é um gato, também faça isso.

Quem está falando é o Branquinho e a minha dona (que qualquer dia pode virar minha escrava, há-há), que se chama Margarida, que está do meu lado e que se eu colocar que o nome dela é Margarida ela me mata. Adeus, mundo cruel!

Até breve,

Branquinho

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Thaz e Maria Clara

vidade bagunCeiro

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Meu nome é Thaz, tenho 4 anos, minha raça é Pointer, sou bem grande e minha cor é marrom e branco, sou muito animado porque sou de uma raça caçadora, acho que é por isso que já matei 13 passarinhos e 11 ratos. Amo minha dona, a Clara, mas o Felipe, o Nercio e a Denise também cuidam de mim. Eu sou bem bagunceiro, por isso a Denise vive brava comigo! Mas eu sei que eles me amam muito porque no primeiro dia que eles me conheceram eu fui dar uma dormidinha no armário e eles choraram o dia todo achando que eu tinha fugido!

Já fiz tantas besteiras, como aquelas vezes que comi o sofá, o sapato da Denise, a mesa de sinuca, ou quando enterrei o celular da Ilka, e ele tocou debaixo da terra! Quando cavei seis buracos em uma semana no quintal, e nunca esquecerei do dia que estavam tirando o jet ski da garagem para colocar no mar e saí em disparada pelo deque, mas quando olhei para frente já estava bem no final, então dei um salto e TIBUMMM!!! Caí na água, comecei a ficar desesperado e bater as patas para todos os lados, graças a Deus que a Clara pulou na água de roupa e tudo (quase com o celular) e me ajudou, foi um pesadelo aquele dia...

Continuando, eu moro em uma casa na Rua Evangelista Rodrigues, da qual eu gosto muito porque tenho um quintal enorme onde eu brinco e caço passarinhos o dia todo! Tenho um irmão, o Chico (um gato) que mora comigo. Eu sempre brinco com ele, só não sei se ele sabe que é brincadeira, porque sempre começa a rosnar e tentar me arranhar! Tenho dois amigos, o Beethoven e a Mel (os dois são cachorros). Eu adoro brincar com a Mel, ela é muito legal e bonita, a gente corre o dia todo porque ela é da minha rua. O Beethoven é o meu vizinho, por isso sempre nos encontramos quando vamos passear.

Eu adoro carinho, principalmente quando estou cansado e a Clara me leva até meu colchão, isso mesmo, sou um cachorro e

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tenho um colchão só pra mim, e me faz carinho até eu adormecer. É muito bom!

Eu tenho minha própria ração, mas o que eu gosto mesmo é da ração do Chico. Mas eu só como escondido, porque a Denise briga comigo quando eu como.

Muitas vezes, a gente vai para Ilha Bela, mas por mais que eu seja bagunceiro, naquela coisa que chama “carro” eu fico quietinho, porque eu acho tão relaxante! Lá na Ilha eu corro muito, pois a casa e o quintal são muito grandes. Às vezes, eu também vou para o píer que tem na frente da casa, principalmente quando meus donos vão sair de barco. E, às vezes, também vou para a praia onde todo mundo me conhece.

Quando minha família vai viajar para um lugar muito longe, eles me levam para um lugar que chama hotel para cachorros. Lá é muito divertido, eu tenho milhares de amigos e nós bagunçamos muito. Lá eles também me ensinam como me comportar melhor, mesmo não dando certo...

E essa é minha vida de bagunceiro, mas ainda vão ter muitas surpresas por vir. Bom, tomara...

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quandoachei minha família

Bruna e Mariana Candeiase

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Eu, Bruna, uma gata malhada entre cinza e preto, gosto de brincar com bolas de lã e tomar leite. Passeava faminta e com frio pelas ruas de São Paulo, quando uma menina me viu e ficou com dó de mim. Eu achei que ela me levaria para a casa dela, mas não, ela foi embora. Uns dez minutos depois ela voltou com Renata, sua mãe. A menina era alta, tinha cabelo enrolado e comprido, o tom de sua pele era claro e seus olhos eram castanhos. A sua mãe era loira e seu cabelo era liso, tinha olhos castanhos e era alta.

Foi aí que eu ouvi, e então descobri que a menina se chamava Julia. Colocaram-me em uma gaiolinha, dentro de um carro, em que fiz uma linda viagem até um lugar que parecia ser um consultório de um veterinário.

Lá, fiquei esperando numa sala com muitos latidos e conversas até que uma hora me levaram para um lugar mais calmo, todo branco e bem mais bonito do que o outro. Deram-me uma coisa que se chama injeção e aí PUFT, apaguei! Alguns minutos depois, acordei e estava em um lugar diferente que não sabia onde era, mas sabia que era barulhento e só havia animais. Uma moça me pegou no colo e me levou para uma salinha mais calma, onde iriam tirar sangue e me alimentar. Comi tudo e bebi todo o leite. Ela me deu um bichinho de pelúcia por ter comido tudo. Tiraram o tal de sangue, que por sinal não doeu nada, me deram mais leite, quente desta vez, me levaram para a minha dona e disseram que poderíamos ir embora, mas que teríamos que voltar na semana seguinte para ver os meus antigos exames e fazer novos.

Colocaram-me na gaiolinha de novo e me puseram no carro, fiz outra viagem até o prédio onde seria a minha nova casa. Após uma semana, que fiquei na casa com a Júlia brincando muito, voltamos para o veterinário. Renata e Julia viram os exames e ficaram felizes por eu não ter nada, me levaram para aquela sala que já havia

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estado uma vez, e fiquei 10 minutos, colocaram-me um remédio que me fez dormir por mais ou menos 30 minutos e nesse tempo fizeram o exame para ver se eu era fêmea ou macho. Levaram-me para uma sala diferente onde tinha camas e comida, me colocaram em uma dessas camas onde fiquei por 40 minutos, enquanto o exame ficava pronto. Deram-me um pouco de comida e leite e de repente minha dona entrou e me pegou no colo, disse que de agora em diante meu nome seria Bruna. Ela me levou para a sala de espera onde sua mãe e outra menininha estavam, ela me disse que aquela menina, Amanda, era sua irmã, que era muito fofa e carinhosa e que seria minha dona também. Essa tal Amanda me pegou no colo e me acariciou. Fui, a viagem inteira, no colo dela. Chegamos em casa e, finalmente, me apresentaram para o pai delas.

E foi assim que achei a minha família.

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Chanel e Mariana Santiago

meu irmãojá me mordeu

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Meu nome é Chanel e sou uma hamster chinesa. Meus pelos são brancos e cinzas, meus olhos são pretos e sou bem pequenininha. Esta aí da foto não sou eu, é que eu não paro quieta, sou bem agitada e a minha dona não consegue tirar uma foto decente de mim.

Fui adotada no dia 17 de fevereiro de 2013, junto com o meu irmão, o Tubarão.

Em fevereiro, ainda éramos muito pequenos, então o moço que cuidava da gente não conseguia identificar o nosso sexo e, às vezes, se confundia. No dia em que os meus donos estavam na pet shop pensando qual animal iriam escolher, o moço falou que o Tubarão era fêmea. Isso fez com que ele fosse chamado de Tubaína durante muito tempo.

A minha dona, a Mari, é irmã do Johnny (que é dono do Tubarão). Mas ele é da mesma ninhada que eu. O Tutu (Tubarão) é bem agressivo! Quando fomos pra casa dos nossos donos, eles compraram uma “SUPERGAIOLA” para morarmos juntos, e eu pensei: “Não tem problema! Tinha que morar com ele e com os meus outros irmãos, o que pode dar errado?”. Eu pensava isso até o dia em que ele começou a me morder!

Desde então, moramos separados. Cada uma tem um duplex que o André (pai da Mari) comprou pra gente.

Um dia, bem cedo, antes da Mari ir pra um lugar chamado escola, ela pegou minha gaiola e me levou até um carro (eu já sei o que é carro, porque eu já tinha andado em um antes) e fomos para um prédio laranja e cinza que deveria ser a escola. Então ela subiu comigo até um lugar onde tinha um monte de crianças que começaram a ir pra cima de mim. Lá, ela me deixou em cima de uma bancada e outras crianças se sentaram e começaram a me descrever como cientistas. Eu também vi uma porquinha-da-índia,

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chamada Laurinha, e um cachorro, chamado Milu; parece que os donos deles eram da classe da Mari.

No final da manhã, a Mari veio me buscar naquele lugar onde ela tinha me deixado no começo do dia e ouvi um sino tocar bem alto nos meus ouvidos.

Outra vez, eu estava com um monte de comida nas minhas bolsas laterais que ficam nas bochechas e o André me pegou na mão, eu fiquei assustada e devolvi tudo na mão dele, foi meio nojento porque a comida estava meio branca!!!

Bom, gente, é só. Espero que tenham gostado.

Beijinhos, Chanel

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Faísca e Marina

a vidade faísca

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Chamo-me Faísca e tenho 5 anos. Eu sou um Boxer marrom com o peito branco, sou pequena para minha raça, agitada e muito brincalhona! Minha dona se chama Marietta, que é também a dona do sítio em que moro. Ela tem muitos netos, mas os que eu mais vejo são a Ana, a Rosa, a Marina e o Antônio. Quem cuida de mim são os caseiros do sítio, eles se chamam Luzia e Norival.

Todos eles são superlegais. As crianças adoram brincar comigo, principalmente o Antônio, que é o mais novo deles e é muito bagunceiro!

Na primeira vez que vi um humano, quase morri de susto! Eles não têm pelos, têm só duas pernas, são muito altos e diferentes de nós (os cachorros), apesar disso são muito carinhosos e agora já estou acostumada com sua aparência esquisita.

Aqui no sítio moram também outros dois cachorros, o Gut e a Frida. Eles são irmãos e são Pastores Alemães. Nós brincamos muito o dia inteiro, às vezes, sozinhos e, às vezes, com as crianças. Corremos pelo sítio, entramos no bambuzal, jogamos futebol com o Antônio e ficamos juntos com eles quando estão pescando. As crianças também jogam bolas ou gravetos para nós buscarmos, mas eu não gosto desta brincadeira, apenas o Gut e a Frida gostam. Entre nós, cachorros, gostamos de lutar apenas como diversão.

A Frida e o Gut vieram morar aqui há pouco tempo, pois o Biro e a Voi-là, os antigos cachorros, morreram. Eu gostava muito dos dois e fico muito triste quando me lembro deles, por isso não vou falar desses amigos senão o sítio inteiro vai alagar de tantas lágrimas.

Como eu sou a mais velha entre os cachorros e a que mora aqui há mais tempo, eu sou a “chefe” deles. A Frida é muito bobinha e magricela, mas, coitadinha! Ela ainda é muito nova e em seu antigo

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sítio, onde ela morou por pouco tempo, não tinha quem cuidasse dela porque sua antiga dona não ia muito para lá.

O Gut veio pra cá quando ainda tinha tamanho para passar por debaixo das minhas pernas, mas agora já está forte e bem maior do que eu.

Aqui no sítio tem muito espaço para a gente correr, brincar, rolar e saltar; tenho muita dó daqueles animais que ficam o dia inteiro em uma gaiola sozinhos, pois não me imagino sem ter espaço para brincar.

Essa é a minha história.

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Otávio e Paula

ele sabiamesmo como dancar

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Olá, meu nome é Otávio e eu sou uma arara, mas não sou uma arara qualquer, eu sou especial, sei falar, e o melhor de tudo: também sei dançar, mas isso vou contar daqui a pouco. Sou uma arara brasileira e minhas penas são das cores da bandeira do Brasil, verde, amarelo, azul e branco. Não sou uma arara grande, meus donos dizem que eu sou muito pequeno. Eu amo pepino, mas meus donos não compram para mim porque o chato do veterinário disse que pepino não faz bem para as araras.

Meus donos são os donos mais legais do mundo!!! Mas, às vezes, me dão umas broncas... Mesmo sem eu ter feito nada, ou quando eu sou educado. Meu dono, Fernão, sai para o trabalho bem cedinho e como ele não escuta muito bem, dou um “BOM DIA” em alto e bom tom! Ele fica uma fera além de falar coisas como: “agora você as acordou!!!” e “eu estava me esforçando para não acordá-las e agora você que as acorda!!!”. Acho que quando ele diz “elas”, está se referindo a sua mulher e sua filha. Mas mesmo com essas broncas sem sentido, todos eles me amam e são muito carinhosos comigo.

O que eu vou contar agora é de quando aprendi a dançar. Tudo começou assim:

Meus donos, Fernão e Fofô, convidaram dois amigos deles, chamados Sofia e Noêmio, para lanchar em casa. A campainha tocou e eles entraram, Sofia passou reto por mim e foi direto cumprimentar meus donos, já Noêmio parou, olhou-me em minha gaiola. Ele me parecia simpático e começou a dançar. Ele sabia mesmo como dançar, era o melhor dançarino da história, movia-se de um lado para o outro com as pernas fixas no chão, e como se não bastasse, ele também cantava. Sim, é isso mesmo, ele cantava!!! Cantava “Lá, lá, lá, lá, lá...” enquanto ia de um lado para o outro. Então parou e foi cumprimentar meus donos. Assim imitando Noêmio, eu aprendi a dança e depois do Noêmio ir embora comecei a praticar, dia e noite.

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Uns três meses depois, o casal voltou, Noêmio chegou até mim e eu na mesma hora comecei a dançar como tinha treinado antes. Acho que ele ficou feliz, porque ele sorriu e fez uns sons estranhos com a boca, algo como “há, há, há, há, há, há, há” e começou a dançar junto comigo.

Até hoje, quando Noêmio vem em casa, eu mostro minha dança para ele, cada vez mais perfeita e melhor ensaiada.

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Minhasunhas poderosas

Dialo e Vera

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Oi, meu nome é Dialo. Eu moro num lugar bonito e simpático que minha dona chama de fazenda. Lá é muito grande, tem muitas árvores, é cheio de lagos e um ofurô, onde não nado, pois é muito quente. Sou um Labrador de cor dourada. Tenho olhos castanhos, focinho rosa e tenho unhas muito afiadas. Eu passo o dia inteirinho brincando com meus 20 amigos que moram junto comigo na fazenda.

Um dia, eu estava brincando na estradinha de terra lá de São Bento de Sapucaí, quando, de repente, veio um homem estranho que me colocou dentro de um saco. Ele falou que eu era um cachorro nojento e que nunca ia conseguir escapar daquela armadilha. Ouvindo isso, quis provar que não era aquele tipo de cachorro que o bandido pensava que eu era e com as minhas unhas poderosas abri o saco e fugi para meu lindo lar. Minha dona, Vera, estava muito preocupada comigo. Então, para acalmá-la, eu lati querendo dizer:

— Eu não sou bobo não, pois consegui fugir e estou bem. Não se preocupe.

Eu a abracei e lati dizendo que a amava. No dia seguinte, a gente foi nadar no meu lago favorito, que fica embaixo de casa, ele é cheio de lama no fundo e a Vera ficou nadando comigo e jogando graveto para mim. Quando voltamos para casa, já anoitecendo, fizemos uma fogueira e comemos muito. Quando acordamos, ficamos sabendo que o bandido que me sequestrou era por incrível que pareça o antigo caseiro daquela fazenda. Ele foi preso e o delegado disse que depois de termos demitido-o por ter batido na cozinheira, ele se mudou para Camburi, e virou traficante de cachorros. Nós ficamos muito surpresos com aquela notícia, mas fiquei bem feliz que o prenderam. Ele era todo rabugento e MUITO nojento, nunca tomava banho e raramente limpava o celeiro que estava sempre sujo e imundo.

Depois desse grande susto, nunca mais vi o danado do caseiro e todos viveram em paz e tranquilidade.

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Créditos

Diretor ExecutivoMaria Stella Galli Mercadante

CoordenaçãoVera Lúcia Telles Cretella Conn

Assessoria PedagógicaPortuguêsMárcia das Dores Leite InformáticaMaria José Godoy Pereira

OrientadoraMaria do Carmo G. Kopp Silva

ProfessoresLuciana Fabri Rietmann – 6º ano AAna Cláudia Martoni Moraes – 6º ano BCristina Maria Coin de Carvalho – 6º ano CCláudia Godinho Peria – 6º ano DMaria Luiza Gabriel da Silva – 6º ano E

AuxiliaresAline Borrely Ataíde – 6º ano BClara Rimkus Devus – 6º ano D e EPaula Monteiro de Camargo – 6º ano A e C

Gráfica – Editoração Vera Cruz Giselda Beatriz Bueno do PradoJuliana Gonçalves Lopes Kiki MillanLéa Klein

Maria Angélica Lopes da Silva

CopideskArthur Tahan Miguel Torres

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