Vida Abundante Setembro 2015
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Transcript of Vida Abundante Setembro 2015
1
IGREJA PRESBITERIANA UNIDA COREANA DE SÃO PAULO 연합교회
vida abundante
09/2015
2
3
Colaboradores (em ordem alfabética):
Tradução:
Bong Yeon Nam Choi
Chang Ho Lee
Cristina Ra
Dahae Kwon
Duk Young Choi
Manuela Kim
Monica Lee
Priscila Chung
Renata Kim
Suk Min Soh
Sung Whan Hong
Tae Hoon Kim
Yoon Ji Kim
Yun Sun Choi (Elina) Este material foi selecionado do devocional "SEM-MUL"
do ano 2014.
4
O nome da liberdade, a lei da liberdade Êxodo 15-21
A célebre frase de Patrick Henry: “Dai-me a liberdade ou a morte”, proferida
no discurso pró-independência dos Estados Unidos durante a Revolução
Americana, mostra que a “liberdade” é uma importante virtude para o
mundo. No entanto, a “liberdade” só é uma virtude valiosa para quem tem a
qualificação e competência para usufruí-la.
Deus libertou os israelitas da escravidão no Egito, mas eles não estavam
preparados para usufruir da liberdade concedida por Deus. Por esse motivo,
Deus ensinou os israelitas a terem a capacidade de viverem como pessoas
livres e, a cada ensino, o “nome de Deus” foi apresentado com relevância.
O povo de Israel queria retornar à
vida de escravidão no Egito toda vez
que se deparava uma dificuldade.
Após dois meses do êxodo, quando
começou a faltar alimento, o povo
esqueceu-se do Mar Vermelho,
Mara e Elim (15:27), mas lembrou-
se da carne e do pão que comia no
Egito (16:3). Apesar de terem
suportado trabalho forçado para
comer carne e pão, diante do medo
da falta de alimento, não havia mais
neles o pensamento sobre o
sofrimento da escravidão.
Deus mudou totalmente a noção dos
israelitas acerca do alimento. O
maná que Deus forneceu era
recolhido de manhã, ou seja, era um
alimento a ser colhido diariamente
com o mínimo de esforço, e esse
esforço também era limitado à
quantidade diária de alimento.
Somente na sexta-feira era possível
recolher o dobro, porque até o
mínimo de esforço, necessário para
recolher o maná, era proibido no
sábado. Os israelitas como
escravos, embora explorados
gravemente, trabalhavam muito e
tentavam guardar o máximo para se
defender do medo do futuro, mas,
agora, vivem com o mínimo de
esforço, fortalecidos pelo poder de
O guerreiro (15:1-21)
Nessa passagem, os israelitas
entoam um cântico que começa e
termina assim: “Lançou ao mar o
cavalo e o seu cavaleiro” (15:1, 21).
Nele, são mencionados vários
nomes de Deus, e dentre eles, o que
se destaca é “guerreiro” (15:3). Essa
palavra significa literalmente “homem
de guerra”, ou seja, é uma confissão
de que Deus detém o poder
suficiente para conceder liberdade
ao seu povo.
Deus fez com que Israel
testemunhasse que Ele é o guerreiro
que luta por eles. Quem pede a Deus
pode se tornar livre das forças
malignas do mundo que querem
escravizá-lo.
Aquele que cura (15:22-17:7)
O nome de Deus apresentado nessa
passagem, que começa e termina
com a reclamação dos israelitas por
causa da falta de água, é “o Senhor
que os cura” (15:26). A liberdade é
boa, porém, às vezes, pode ser
amarga. A água que encontraram
depois de três dias de caminhada no
deserto era amarga. Diante dessa
situação, ao experimentar a
amargura da liberdade (15:23), o
povo começou a reclamar a Moisés.
5
pessoalmente (18:13-16). Isso acontecia porque a autoridade concedida por Deus a Moisés não tinha sido dividida aos outros. Vendo isso, Jetro sugeriu que essa tarefa não fosse executada somente por Moisés, mas dividida entre alguns do povo. Assim, Moisés passou a orientar sobre os decretos e leis de Deus e escolheu, dentre o povo, homens capazes e tementes a Deus e estabeleceu-os chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez para dividir e executar a tarefa segundo esses decretos (18:19-23). Os ensinamentos de Moisés viraram leis e os juízos dos chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez viraram ordens. Dessa forma, Israel tornou-se, de fato, uma comunidade e um exército organizado. Todo o povo de Israel pôde tornar-se um debaixo da bandeira do Senhor Deus, e a autoridade concedida por Deus chegou a todo o povo para que usufruíssem da liberdade debaixo da lei e da ordem.
A conclusão da aliança com Deus (19:1-25)
Após o êxodo, durante três meses, os israelitas experimentaram um Deus que é guerreiro, que cura e que é a bandeira. Eles chegaram ao monte Sinai para concluir a aliança com Deus para que, através dela, Israel se tornasse posse de Deus, um reino de sacerdotes e uma nação santa (19:5-6). Isso significa que Israel, que era escravo do Egito, passou a ser escravo do Senhor Deus. Quando Deus disse: “Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim (...)” não queria apenas repetir os pronomes. Nessa frase, é
Deus que fornece o pão diário. Obviamente, eles tinham o trabalho de se mover seguindo a coluna de nuvem e de fogo e recolher o maná e as codornizes, porém eles foram libertos do medo de morrer de fome se não trabalhassem e da cobiça de predomínio sobre o outro pelo acúmulo da riqueza. No entanto, entre eles, haviam pessoas que não entenderam bem essa liberdade. Para eles terem “uma vida livre da cobiça e medo” era necessário o treinamento (16:20, 27-28). Deus os levou ao deserto para cuidar do sofrimento causado pelo medo e cobiça enraizados em suas vidas.
A bandeira (17:8-18:27)
Na época do êxodo, os israelitas não passavam de um grupo de escravos, por isso, para eles, o exército amalequita deve ter representado um enorme perigo (17:8). Entretanto, Deus fez com que o exército liderado por Josué vencesse enquanto Moisés mantinha as mãos erguidas no alto da colina. Assim, Moisés construiu um altar e chamou-lhe de “o Senhor é a minha bandeira” (Jeová nissi) (17:15). Dessa forma, os israelitas tornaram-se um exército debaixo da bandeira chamada “Senhor Deus”. Para Israel se organizar como exército de Deus eles tiveram ajuda de Jetro, o sogro de Moisés. Jetro soube de tudo que Deus fez através de Moisés para resgatar o seu povo e ele creu que o Senhor é maior do que todos os outros deuses (18:1-12), mas ele viu que a autoridade de Deus não estava sendo transmitida efetivamente ao povo. Moisés, antes de receber a visita do seu sogro, tinha que julgar as questões do povo
6
tomar em vão o nome do Senhor Deus para exaltar a si mesmo ou para dar ordem aos outros (20:7). A Lei de Deus não é para os poucos governantes, mas é totalmente direcionada a todos que foram criados segundo a Sua imagem e semelhança. Isso pode ser notado pelo fato de a Bíblia ter tratado sobre a escravidão (21:1-11) logo após os ensinamentos acerca do holocausto a Deus (20:22-26). As leis do mundo começam normalmente com as regras sobre o líder supremo, todavia, as leis de Deus começam com as regras sobre a administração dos escravos. Deus não aboliu totalmente o sistema de escravidão, no entanto, ordenou para que houvesse respeito aos direitos humanos dos escravos, porque conhecia exatamente a realidade deles. Por conhecer que muitos correriam perigo de vida com a proibição incondicional, Deus reconheceu o sistema e criou leis para minimizar o dano da dignidade do homem criado à imagem de Deus. Após as regras sobre a escravidão, Deus estabeleceu a dignidade da vida humana (21:12-36). Quem matar o outro intencionalmente deveria ser executado, e mesmo que não tivesse sido intencional, teria que receber punições equivalentes à vida por não ter tido o devido cuidado. Assim, o homem livre deve ter como prioridade a vida humana. Deus deu liberdade a nós, que éramos escravos do pecado, tornou-nos escravos da justiça e permitiu-nos a vida eterna. Essa enorme graça é mostrada claramente no processo do êxodo e na Lei de Deus. Oramos para que setembro seja um mês de meditação sobre a liberdade que nos foi concedida por Deus através do Vida Abundante.
repetida a palavra de posse “segulah”, que, em hebraico, significa o mais precioso entre os súditos, ou o segundo em importância, isto é, Deus faria Israel o maior dos reinos do mundo. Deus tornaria Israel um reino de sacerdotes e uma nação santa para que governassem esse mundo com autoridade de Deus. A cerimônia da aliança com Deus aconteceu numa atmosfera solene. Os israelitas não só lavaram as suas vestes e se purificaram, mas tiveram que se afastar das mulheres até o terceiro dia, e foram alertados para não chegar perto do limite estabelecido por Deus (19:10-15). Mesmo quando o Senhor desceu sobre o monte, Ele continuou alertando o povo, através de Moisés, a não ultrapassar os limites. Como o homem pecador só pode perecer ao querer ver Deus, a cerimônia de conclusão da aliança devia ser feita cuidadosamente (19:20-24).
O Deus que deu a lei da liberdade e da vida (20:1-21:36)
A partir do capítulo 20 é descrita a lei que Deus apresentou a Israel. Os dez mandamentos (20:1-17), que são a soma de todas as leis, anunciam a importância da “liberdade” e da “vida” para Israel. No Egito, a religião era um instrumento para sucumbir os dominados ao faraó através de tabus ou maldições religiosas, porém o Deus de Israel era diferente dos deuses estrangeiros. Para celebrar o nome de Deus não poderiam ser feitos ídolos de prata nem de ouro para representá-lO, o altar não poderia ser feito de pedras lavradas e nem ter escadas, só poderia ser feito de terra e de pedras naturais de uma forma bem simples (20:4-6, 22-26). Também foi proibido
7
01 Bendiga o Senhor em várias línguas
ter Êxodo 15:1-10
1 Então Moisés e os israelitas
entoaram este cântico ao Senhor:
Cantarei ao Senhor, pois triunfou
gloriosamente. Lançou ao mar o
cavaloe o seu cavaleiro!
2 O Senhor é a minha força e a
minha canção; ele é a minha
salvação! Ele é o meu Deus e eu o
louvarei, é o Deus de meu pai, e eu
o exaltarei!
3 O Senhor é guerreiro, o seu nome
é Senhor.
4 Ele lançou ao mar os carros de
guerra e o exército do faraó. Os
seus melhores oficiais afogaram-se
no mar Vermelho.
5 Águas profundas os encobriram;
como pedra desceram ao fundo.
6 Senhor, a tua mão direita foi
majestosa em poder. Senhor, a tua
mão direita despedaçou o inimigo.
7 Em teu triunfo grandioso,
derrubaste os teus adversários.
Enviaste o teu furor flamejante, que
os consumiu como palha.
8 Pelo forte sopro das tuas narinas
as águas se amontoaram. As águas
turbulentas firmaram-se como
muralha; as águas profundas
congelaram-se no coração do mar.
9 O inimigo se gloriava: “Eu os
perseguirei e os alcançarei, dividirei o
despojo e os devorarei. Com a
espada na mão, eu os destruirei”.
10 Mas enviaste o teu sopro, e o mar
os encobriu. Afundaram como
chumbo nas águas volumosas.
8
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como os filhos de Israel
descrevem o Senhor Deus,
entoando-lhe cânticos? (vs.2-3)
2. Como é descrita a ruína dos
seus inimigos? (vs.1, 4-7, 10)
4. O que você aprende ao vê-los
confessarem, de tal maneira, a
Deus, que conheceram através
deste episódio?
Estudo e reflexão
3. O que os motiva a expressarem
com tanta riqueza os feitos
gloriosos do Senhor Deus?
Decisão e aplicação
5. De que maneira você confessa os
feitos de Deus na sua vida?
Expresse com detalhes em um
poema, nota ou diário, os feitos de
Deus que se manifestam ainda hoje
na sua vida. Anotação
9
Com o episódio do Mar Vermelho, o povo de Israel libertou-se
completamente do longo jugo egípcio. Diante de tão grande livramento,
Moisés e o povo de Israel entoaram um cântico de adoração como forma
de agradecer a Deus por Sua obra de salvação. O Senhor era para eles, a
força, a canção, a salvação e o guerreiro (vs.2-3), cuja destra da justiça
fizera despedaçar os inimigos, quando as águas profundas os encobriram
e afundaram como pedra. Nesta exuberante declaração a Deus, alegria e
gratidão palpitam em profunda comoção. Louvar a Deus e Suas obras é
um privilégio exclusivo do salvo. Como você tem usufruído deste
privilégio? Diante de um mesmo episódio no Mar Vermelho, os egípcios
calaram-se arrasados pelo poder de Deus. Contudo, o povo de Israel
elevou os mais belos cânticos em adoração ao Senhor. Por acaso você
tem agido com indiferença à graça de Deus ou tem sido omisso em
confessar Deus ao mundo? Reveja sua vida e sinta novamente as mãos
de Deus sobre você.
ORAÇÃO Faça com que eu confesse cada um dos atos
grandiosos de Deus sobre a minha vida.
Anotação
10
02 Da graça do passado à esperança do futuro
qua Êxodo 15:11-18
11 Quem entre os deuses é
semelhante a ti, Senhor? Quem é
semelhante a ti? Majestoso em
santidade, terrível em feitos
gloriosos, autor de maravilhas?
12 Estendes a tua mão direita e a
terra os engole.
13 Com o teu amor conduzes o
povo que resgataste; com a tua
força tu o levas à tua santa
habitação.
14 As nações ouvem e
estremecem; angústia se apodera
do povo da Filístia.
15 Os chefes de Edom ficam
aterrorizados, os poderosos de
Moabe são tomados de tremor, o
povo de Canaã esmorece;
16 terror e medo caem sobre eles;
pelo poder do teu braço ficam
paralisados como pedra, até que
passe o teu povo, ó Senhor, até que
passe o povo que tu compraste.
17 Tu o farás entrar e o plantarás no
monte da tua herança, no lugar, ó
Senhor, que fizeste para a tua
habitação, no santuário, ó Senhor,
que as tuas mãos estabeleceram.
18 O Senhor reinará eternamente.
11
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Moisés descreve Deus?
(v.11)
2. Qual foi a reação das nações
estrangeiras ao ouvirem rumores
sobre o povo de Israel? (vs.14-16)
4. O que você sente ao ver a postura
de Moisés que, baseando-se na
confiança no Deus que os guiou até
hoje, reafirma sua convicção no
futuro longínquo?
Estudo e reflexão
3. Baseado em quê Moisés
mostrou-se convicto do temor das
nações estrangeiras, mesmo
antes de encontrá-las?
Decisão e aplicação
5. O que o abala quando pensa no
futuro?
Que decisão você tomará para não
alimentar falsas expectativas, mas
para depositar plena confiança em
Deus? Anotação
12
Apesar da vitória comovente no Mar Vermelho, a jornada do povo de Israel
estava apenas começando. Ainda teriam que atravessar o deserto
selvagem e lutar contra a barreira das nações inimigas. No entanto, o que
vemos na Palavra não é o medo do porvir, mas, sim, comoção diante dos
feitos e do que havia de ser realizado por Deus. As nações estrangeiras
Filístia, Edom, Moabe e Canaã eram inimigas tradicionais de Israel.
Moisés ainda não os havia encontrado e nem conhecia as suas forças.
Entretanto, com a fé alicerçada no Deus que havia vivenciado, Moisés não
se abalou diante do sofrimento à frente. Cheio de expectativas sobre o
futuro, Moisés permaneceu com os olhos fitos na terra de Canaã, que um
dia viriam a habitar (v.17). A ascensão e o declínio do povo de Israel
dependiam do quanto lembravam do Deus que haviam vivenciado. A
graça do passado deve gerar esperança para o futuro. É esta a esperança
que nos move hoje. O que você deve fazer para encarar os seus
problemas com olhos da fé?
ORAÇÃO Conceda-me discernimento espiritual para que,
em meio ao passado e o presente, encontre
esperança para o futuro.
Anotação
13
03 Louvor e glória ao Senhor pela Sua graça
qui Êxodo 15:19-21
19 Quando os cavalos, os carros de
guerra e os cavaleiros do faraó
entraram no mar, o Senhor fez que
as águas do mar se voltassem
sobre eles, mas os israelitas
atravessaram o mar pisando em
terra seca.
20 Então Miriã, a profetisa, irmã de
Arão, pegou um tamborim e todas as
mulheres a seguiram, tocando
tamborins e dançando.
21 E Miriã lhes respondia, cantando:
“Cantem ao Senhor, pois triunfou
gloriosamente. Lançou ao mar o
cavalo e o seu cavaleiro”.
14
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como o Senhor agiu em favor
do povo de Israel? (v.19)
2. De que maneira Miriã e as
mulheres celebraram a graça de
Deus? (v.20)
4. O que você sente ao ver Miriã e
todas as mulheres cantarem ao
Senhor pela graça da salvação?
Estudo e reflexão
3. De onde veio a força para a já
idosa Miriã liderar o cântico,
tocando tamborins e dançando
com todas as mulheres?
Decisão e aplicação
5. Você vive consciente de pertencer
ao povo separado deste mundo por
Deus?
O que você colocará em prática para
expressar gratidão por esta graça e
anunciá-la ao mundo? Anotação
15
O povo de Israel e o exército egípcio entraram no mesmo mar, mas seus
destinos foram opostos. Ao final deste cântico de louvor sintetiza-se o
milagre realizado no Mar Vermelho, enfatizando claramente a veracidade
do episódio. Este cântico não foi entoado somente por Moisés e algumas
autoridades, mas espalhou-se por todo povo de Israel. Na época, Miriã
estava com aproximadamente 90 anos de idade, pois tinha idade
suficiente para apresentar sua mãe como ama de leite à filha do faraó, que
encontrou o bebê Moisés com apenas três meses de idade (2:2-7). A
idosa Miriã pegou um tamborim e liderou todas as mulheres cantando e
dançando, numa clara demonstração de espanto e comoção diante da
graça da salvação. O cântico que se iniciou no v.1, entoando “cantarei ao
Senhor”, chega ao fim no v.21 exaltando a todos que “cantem ao Senhor”,
mostrando, assim, que o cântico não foi entoado por uma pessoa
somente, mas que uniu-se melodiosamente a uma multidão de vozes,
espalhando-se por todo Israel. O que você pode fazer hoje para espalhar a
comoção por esta graça?
ORAÇÃO Faça com que eu louve o Deus que nos guiou
pelo caminho da salvação neste mundo sem
esperanças.
Anotação
16
04 Razão pela qual Deus permite as dificuldades
sex Êxodo 15:22-27
22 Depois Moisés conduziu Israel
desde o mar Vermelho até o
deserto de Sur. Durante três dias
caminharam no deserto sem
encontrar água.
23 Então chegaram a Mara, mas
não puderam beber das águas de lá
porque eram amargas. Esta é a
razão porque o lugar chama-se
Mara.
24 E o povo começou a reclamar a
Moisés, dizendo: “Que
beberemos?”
25 Moisés clamou ao Senhor, e
este lhe indicou um arbusto. Ele o
lançou na água, e esta se tornou
boa. Em Mara o Senhor lhes deu leis
e ordenanças, e os colocou à prova,
26 dizendo-lhes: “Se vocês derem
atenção ao Senhor, o seu Deus, e
fizerem o que ele aprova, se derem
ouvidos aos seus mandamentos e
obedecerem a todos os seus
decretos, não trarei sobre vocês
nenhuma das doenças que eu trouxe
sobre os egípcios, pois eu sou o
Senhor que os cura”.
27 Depois chegaram a Elim, onde
havia doze fontes de água e setenta
palmeiras; e acamparam junto
àquelas águas.
17
Análise do conteúdo
Percepção
1. Por que o povo de Israel
começou a reclamar para Moisés
três dias depois de tê-lo louvado
junto a Deus pela salvação?
(vs.22-24)
2. Como Deus se apresenta em
Mara? (v.26)
4. O que você percebe ao ver o
Senhor, que cura o Seu povo, pô-los
à prova?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus realiza vários
milagres ao povo e os põe à
prova?
Decisão e aplicação
5. Que situação no seu dia a dia
recente foi amarga como a água de
Mara?
Qual deve ser a sua reação ao
reconhecer esse ocorrido como uma
prova de Deus para a sua cura? Anotação
18
O povo de Israel vivenciou no mar Vermelho a emoção da salvação,
porém, diante de uma nova situação, caíram por completo. O povo andou
por três dias sem conseguir água para beber e, quando com muita
dificuldade chegou a Mara, a água estava amarga, impossível de ser
bebida (vs.22-23). Os israelitas reclamaram a Moisés (v.24). O povo de
Israel já havia agido de forma semelhante antes (14:11-12). Passados
apenas três dias da travessia do mar Vermelho, novamente,
demonstraram ressentimentos. Deus ouviu o clamor de Moisés e, então,
jogou um arbusto que transformou aquela água em água doce e anunciou
o Seu plano. Deus traria a ‘cura’ ao povo de Israel. Os israelitas haviam se
libertado do Egito, mas ainda restava neles a sua natureza escrava. Por
isso, Deus proclamou que seria o Senhor que os curaria. Deus testou o
povo de Israel através de repetidas provações e realizou milagres para
que o povo obedecesse e praticasse a justiça. Foi desta maneira que
Deus curou por completo a natureza escrava do povo de Israel. Mesmo
nós, que recebemos a salvação, precisamos vivenciar as mãos de Deus
para a cura da nossa natureza corrompida, que ainda resta no âmago do
nosso espírito.
ORAÇÃO Que eu possa receber o guiar da Palavra e
confiar na liderança e no plano de Deus, que é
maior do que qualquer situação.
Anotação
19
05 Posto à prova pelo pão de cada dia
sáb Êxodo 16:1-5
1 Toda a comunidade de Israel
partiu de Elim e chegou ao deserto
de Sim, que fica entre Elim e o
Sinai. Foi no décimo quinto dia do
segundo mês, depois que saíram
do Egito.
2 No deserto, toda a comunidade
de Israel reclamou a Moisés e Arão.
3 Disseram-lhes os israelitas:
“Quem dera a mão do Senhor nos
tivesse matado no Egito! Lá nos
sentávamos ao redor das panelas
de carne e comíamos pão à
vontade, mas vocês nos trouxeram a
este deserto para fazer morrer de
fome toda esta multidão!”
4 Disse, porém, o Senhor a Moisés:
Eu lhes farei chover pão do céu. O
povo sairá e recolherá diariamente a
porção necessária para aquele dia.
Com isso os porei à prova para ver
se seguem ou não as minhas
instruções.
5 No sexto dia trarão para ser
preparado o dobro do que recolhem
nos outros dias.
20
Análise do conteúdo
Percepção
1. Por qual motivo o povo de
Israel reclamou novamente a
Moisés e Arão? (v.3)
2. O que Deus irá pôr à prova ao
fornecer o pão de cada dia? (v.4)
4. O que você sente ao ver Deus,
que põe Seu povo à prova, por meio
do pão de cada dia?
Estudo e reflexão
3. Como o pão de cada dia porá à
prova o povo de Israel para ver se
segue ou não as instruções de
Deus? (vide Dt 8:3)
Decisão e aplicação
5. O que você e as pessoas ao seu
redor devem decidir para vencer
esta provação do pão de cada dia?
O que você deve parar, mas
também renovar neste momento?
Anotação
21
“Quem dera a mão do Senhor nos tivesse matado no Egito!” (v.3): revela o coração perverso dos israelitas, que preferiram ter morrido com os egípcios durante a décima praga. Dt 8:3: “Assim, ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná, que nem vocês nem os seus antepassados conheciam, para mostrar a vocês que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor.”
Quarenta e cinco dias depois de saírem do Egito, os israelitas experimentam a fome por falta de alimento. Queixam-se contra Moisés e Arão dizendo que eles querem “fazer morrer de fome toda esta multidão” e referindo-se à escravidão no Egito como o tempo em que, ao menos, sentavam “ao redor das panelas de carne e comíamos pão à vontade” (v.3). Argumentavam com isso que, na escravidão do Egito, podiam ao menos comer à vontade. Nesse momento, Deus diz para Moisés “Eu lhes farei chover pão do céu. O povo sairá e recolherá diariamente a porção necessária para aquele dia”. Com isso, Deus iria pô-los à prova para ver se seguem ou não as Suas instruções. (v.4). Ou seja, Deus provaria se a fiel obediência dos israelitas à Palavra de Deus estava no alimento de cada dia ou se, mesmo tendo alimento, eles continuariam desobedecendo a Deus por causa da natureza escrava enraizada neles. Você confia e obedece a Palavra de Deus, que supre as nossas necessidades diariamente? Ou ainda não conseguiu abandonar a sua antiga natureza, a de escravo do pecado?
ORAÇÃO Que possamos acreditar na palavra de Deus e
que vençamos na prova do pão de cada dia.
Anotação
22
06 A benção que recebemos quando obedecemos à Palavra
dom Culto no Lar - Êxodo 15:22-27
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
22 Depois Moisés conduziu Israel
desde o mar Vermelho até o
deserto de Sur. Durante três dias
caminharam no deserto sem
encontrar água.
23 Então chegaram a Mara, mas
não puderam beber das águas de
lá porque eram amargas. Esta é a
razão porque o lugar chama-se
Mara.
24 E o povo começou a reclamar a
Moisés, dizendo: “Que
beberemos?”
25 Moisés clamou ao Senhor, e
este lhe indicou um arbusto. Ele o
lançou na água, e esta se tornou
boa. Em Mara o Senhor lhes deu
leis e ordenanças, e os colocou à
prova,
26 dizendo-lhes: “Se vocês derem
atenção ao Senhor, o seu Deus, e
fizerem o que ele aprova, se derem
ouvidos aos seus mandamentos e
obedecerem a todos os seus
decretos, não trarei sobre vocês
nenhuma das doenças que eu
trouxe sobre os egípcios, pois eu
sou o Senhor que os cura”.
27 Depois chegaram a Elim, onde
havia doze fontes de água e setenta
palmeiras; e acamparam junto
àquelas águas.
23
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
A alegria de encontrar a liberdade
depois de atravessar o mar
Vermelho foi bem curta para o povo
de Israel, pois, após entrarem no
deserto de Sur, andaram por quatro
dias, mas não conseguiram
encontrar água e, quando a
encontraram, não puderam beber a
água de lá porque era amarga
(v.23). A sede que os queimava e o
cansaço físico acumulado durante
esses dias fez com que se
esquecessem do notável milagre da
salvação vivenciado quatro dias
atrás e começassem a reclamar
(v.24).
Moisés, frente à reclamação do
povo, clamou ao Senhor, que lhe
indicou um arbusto. Moisés o
lançou na água amarga e esta se
tornou doce (v.25). Isso ocorreu
para demonstrar o poderoso
milagre de Deus, pois a árvore em
si não causou efeito algum sobre a
água.
Naquele lugar, o Senhor deu leis e
ordenanças e também a seguinte
ordem: “Se vocês derem atenção ao
Senhor, o seu Deus, e fizerem o que
ele aprova, se derem ouvidos aos
seus mandamentos e obedecerem a
todos os seus decretos não trarei
sobre vocês nenhuma das doenças
que eu trouxe sobre os egípcios, pois
eu sou o Senhor que os cura” (v.26).
Através do episódio da água amarga
de Mara, podemos verificar que
Deus continua a guiar o povo de
Israel e aquele que obedece à Sua
Palavra está seguro em qualquer
situação de perigo ou dificuldade.
Deus revelou até mesmo o Seu
plano de corrigir esse
descontentamento que reinava entre
eles. Vivenciemos o direcionamento
de Deus no nosso dia a dia e
usufruamos da bênção que Ele nos
dá quando obedecemos à Sua
Palavra.
24
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família irá compartilhar em uma oração a palavra de
hoje.
2. O que você sente ao refletir sobre Deus (v.25), que mostra um notável
milagre para um Israel repleto de reclamações?
3. Compartilhe o devocional da semana passada que você tenha aplicado e praticado nestes dias. E aproveite o dia para encorajar seus familiares a adotar na prática uma vida de obediência à Palavra.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Desejamos nos arrepender totalmente com o sentimento de estar
rasgando os corações. Senhor, encha-nos da Sua graça e de
misericórdia.
25
07 O motivo de Deus revelar Sua glória
seg Êxodo 16:6-12
6 Assim Moisés e Arão disseram a
todos os israelitas: Ao entardecer,
vocês saberão que foi o Senhor
quem os tirou do Egito,
7 e amanhã cedo verão a glória do
Senhor, porque o Senhor ouviu a
queixa de vocês contra ele. Quem
somos nós para que vocês
reclamem a nós?
8 Disse ainda Moisés: “O Senhor
lhes dará carne para comer ao
entardecer e pão à vontade pela
manhã, porque ele ouviu as suas
queixas contra ele. Quem somos
nós? Vocês não estão reclamando
de nós, mas do Senhor”.
9 Disse Moisés a Arão: “Diga a toda
a comunidade de Israel que se
apresente ao Senhor, pois ele ouviu
as suas queixas”.
10 Enquanto Arão falava a toda a
comunidade, todos olharam em
direção ao deserto, e a glória do
Senhor apareceu na nuvem.
11 E o Senhor disse a Moisés:
12 “Ouvi as queixas dos israelitas.
Responda-lhes que ao pôr-do-sol
vocês comerão carne, e ao
amanhecer se fartarão de pão. Assim
saberão que eu sou o Senhor, o seu
Deus”.
26
Estudo e Reflexão Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
27
Orientações Deus, o fiel provedor
Êxodo 16:6-12
Análise do conteúdo
Aos israelitas que reclamavam de que morreriam de fome no deserto, Moisés e Arão disseram: “Ao entardecer, vocês saberão que foi o Senhor quem os tirou do Egito, e amanhã cedo verão a glória do Senhor”. Então, a glória do Senhor apareceu na nuvem e disse que “dará carne para comer ao entardecer e pão à vontade pela manhã” e que “assim saberão que eu sou o Senhor seu Deus”.
Estudo e Reflexão
1. Por que Moisés disse a toda a comunidade para se apresentar ao Senhor?
- Moisés sabia que as queixas do povo não eram direcionadas a ele, mas sim ao Senhor, assim, esperava que eles se arrependessem da sua falta de fé antes de receber o pão do Senhor. Moisés também sabia claramente que o pão que eles estavam para recolher pela frente viria do Senhor. Desta forma, ele esperava que toda a comunidade de Israel olhasse para o Senhor Deus, o provedor, e não para o pão em si. Foi por este motivo que Moisés disse para eles se apresentarem a Deus.
2. Apesar das queixas dos israelitas a Deus, por que Ele os proveu com pão, dia e noite?
- Foi para mostrar que o fundamento da graça de Deus não estava no povo de Israel, mas na fidelidade de Deus. Não somente isso, o Senhor desejava que eles olhassem e dependessem somente dEle. Deus esperava que Israel não se esquecesse das Suas provisões e vivesse verdadeiramente como
Seu povo.
Percepção
Louvo a Deus que nos concede a graça com fidelidade, apesar das nossas queixas e reclamações. Ao ver o povo de Israel, que mesmo tendo vivenciado o milagre de Deus reclama novamente dizendo que morrerão de fome, não acreditei, no começo, como eles puderam esquecer tão rápido da graça de Deus e reclamar.
Porém, mesmo agradecido pela graça da salvação e por toda a graça que Deus me concede no dia a dia, ao me sentir sufocado pelos problemas, vejo-me questionando se “és mesmo um Deus fiel?”. Logo percebo que a atitude absurda deles é exatamente a mesma que a minha. Por outro lado, ao ver que a reclamação do povo de Israel a Moisés e Arão tornou-se uma reclamação contra Deus, percebi que reclamar de uma pessoa ou de uma situação pode ser uma reclamação contra Deus. Sendo assim, pensarei antes de falar ou agir.
Decisão e aplicação
1. No meu dia a dia, quando surgir alguma insatisfação por uma situação ou pessoa, antes de lançar palavras de queixas e reclamações, verei primeiro se isso não está direcionado a Deus, apresentando-me diante dEle para encontrar a restauração e a solução.
2. Vou sugerir para minha irmã mais velha que ela confie e dependa de Deus, falando a ela sobre Deus, que apesar das nossas fraquezas e imperfeições, conhece as nossas necessidades e provê o nosso sustento com fidelidade.
28
Análise do conteúdo
Percepção
1. A quem estão direcionadas,
realmente, as reclamações do
povo de Israel a Moisés e Arão?
(v.8)
2. O que Deus revela para esse
queixoso povo de Israel?
(vs.7a,10)
4. O que você percebe ao ver Deus,
que promete pão e carne ao
queixoso povo de Israel, e que, por
meio dessa glória, revela a Si
mesmo como Salvador?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus revelou a Sua
glória para o povo de Israel?
Decisão e aplicação
5. Qual foi sua atitude ao se deparar
com uma situação difícil que você ou
seu acompanhante provocou?
O que você deve fazer para agir
como alguém que crê em Deus
como seu Salvador e que aguarda
pela manifestação da Sua glória?
Anotação
29
“Assim saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus” (v.12): este foi o propósito e a
conclusão da obra de salvação de Deus ao realizar o milagre em favor do povo de
Israel.
Deus ouve as reclamações do povo de Israel contra Moisés e Arão. Este
fato aparece nesse curto trecho quatro vezes (vs. 7-9, 12). Porque Moisés
obedeceu à Palavra de Deus e liderou o povo de Israel até o deserto, as
reclamações do povo de Israel não eram, na realidade, direcionadas a
eles, mas, sim, a Deus. Mas Deus não reprimiu os israelitas, prometeu a
eles pão e carne de necessidade imediata, manifestando a Sua glória.
Deus queria que o povo de Israel compreendesse que foi Deus quem
guiou o povo para fora do Egito por meio de milagres (v.12). Apesar das
inúmeras queixas dos israelitas, Deus concedeu-lhes uma graça contínua
e esperou que eles a reconhecessem. O que você sente sobre essa graça
de Deus para com o povo de Israel? Se há alguma palavra ou algum
objeto de queixa que você deve abandonar neste momento, qual seria?
Da mesma maneira, como você pode declarar às pessoas ao seu redor
sobre o Deus Salvador?
ORAÇÃO Que eu possa abandonar palavras de queixa e
louve em agradecimento, exaltando a salvação
do Senhor.
Anotação
30
08 Maná, o pão que desceu dos céus
ter Êxodo 16:13-20
13 No final da tarde, apareceram
codornizes que cobriram o lugar
onde estavam acampados; ao
amanhecer havia uma camada de
orvalho ao redor do acampamento.
14 Depois que o orvalho secou,
flocos finos semelhantes a geada
estavam sobre a superfície do
deserto.
15 Quando os israelitas viram
aquilo, começaram a perguntar uns
aos outros: “Que é isso?”, pois não
sabiam do que se tratava. Disse-
lhes Moisés: “Este é o pão que o
Senhor lhes deu para comer.
16 Assim ordenou o Senhor: “Cada
chefe de família recolha quanto
precisar: um jarro para cada pessoa
da sua tenda”.
17 Os israelitas fizeram como lhes
fora dito; alguns recolheram mais,
outros menos.
18 Quando mediram com o jarro,
quem tinha recolhido muito não teve
demais, e não faltou a quem tinha
recolhido pouco. Cada um recolheu
quanto precisava.
19 “Ninguém deve guardar nada para
a manhã seguinte”, ordenou-lhes
Moisés.
20 Todavia, alguns deles não deram
atenção a Moisés e guardaram um
pouco até a manhã seguinte, mas
aquilo criou bicho e começou a
cheirar mal. Por isso Moisés irou-se
contra eles.
31
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Moisés explica o maná
ao povo de Israel, que o viu pela
primeira vez? (v.15)
2. Quais são os princípios
ordenados por Deus para o
recolhimento do maná? (v.19)
4. O que você sente ao ver o maná
estragado por causa da
desobediência?
Estudo e reflexão
3. Qual é o motivo de Deus ter
permitido recolher somente uma
determinada quantidade de maná
por dia?
Decisão e aplicação
5. Quais são as graças de Deus que
você vivencia todos os dias?
O que você pode fazer para não ter
uma vida de ressentimentos, mas,
sim, de agradecimentos? Anotação
32
Deus deu codornizes e maná ao povo de Israel que reclamava a Moisés
por causa da fome. (vs. 13-14). “Maná” era algo que as pessoas nunca
tinham visto, originário da interrogativa hebraica “man” que significa “o
quê?”. Esta é a comida que Deus enviou do céu para alimentar o povo de
Israel (v.15). Deus permitiu que cada pessoa pegasse somente a
quantidade necessária para passar o dia. Isso foi para que, através do
maná, o povo de Israel vivenciasse renovadamente a graça, o amor e o
cuidado de Deus, presente em todos os momentos. Também foi para que
o povo vivesse uma vida de gratidão e submissão sincera. Assim como o
povo de Israel que estava vagando pelo deserto comeu maná e
sobreviveu, somente através de Jesus Cristo, o símbolo do pão da vida
(Jo 3:31-35), podemos obter a verdadeira salvação e ser conduzidos à
eternidade. Você está tendo uma vida plena em Jesus Cristo, o pão da
vida?
ORAÇÃO Faça com que conheçamos profundamente e
de forma renovada a graça do Senhor que vem
por meio de Jesus Cristo.
Anotação
33
09 Felicidade diferenciada
qua Êxodo 16:21-30
21 Cada manhã todos recolhiam
quanto precisavam, pois, quando o
sol esquentava, aquilo se derretia.
22 No sexto dia recolheram o
dobro: dois jarros para cada
pessoa; e os líderes da comunidade
foram contar isso a Moisés,
23 que lhes explicou: “Foi isto que o
Senhor ordenou: “Amanhã será dia
de descanso, sábado consagrado
ao Senhor. Assem e cozinhem o
que quiserem. Guardem o que
sobrar até a manhã seguinte””.
24 E eles o guardaram até a manhã
seguinte, como Moisés tinha
ordenado, e não cheirou mal nem
criou bicho.
25 “Comam-no hoje”, disse Moisés,
“pois hoje é o sábado do Senhor.
Hoje, vocês não o encontrarão no
terreno.
26 Durante seis dias vocês podem
recolhê-lo, mas, no sétimo dia, o
sábado, nada acharão.
27 Apesar disso, alguns deles saíram
no sétimo dia para recolhê-lo, mas
não encontraram nada.
28 Então o Senhor disse a Moisés:
Até quando vocês se recusarão a
obedecer aos meus mandamentos e
às minhas instruções?
29 Vejam que o Senhor lhes deu o
sábado; e por isso, no sexto dia, ele
lhes dá pão para dois dias. No sétimo
dia, fiquem todos onde estiverem;
ninguém deve sair.
30 Então o povo descansou no
sétimo dia.
34
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como o maná deve ser
recolhido no dia anterior ao dia de
descanso? (vs. 22-23)
2. O que diferencia o maná do dia
de descanso do de outros dias?
(vs. 24-25)
4. Que sentimento evoca em você
ao ver Deus dar instruções
detalhadas sobre o maná do dia de
descanso?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus fez com que o
maná recolhido no dia anterior ao
dia de descanso não estragasse?
Decisão e aplicação
5. De que maneira sua vida revela
que você é um membro do povo de
Deus?
O que você pode fazer hoje para
que sinta a alegria de usufruir da
graça de Deus? Anotação
35
O povo de Israel recolheu o maná que Deus deu somente na quantidade
que cada pessoa comeria no dia. Mas, no sexto dia, recolheu o dobro
dessa quantidade. Os líderes da comunidade contaram isso a Moisés, que
lhes instruiu sobre as regras para o dia de descanso (vs. 23, 25-26) e
ordenou que as cumprissem (vs. 27-29). O maná guardado até o dia de
descanso não estragou nem criou bicho e, nesse dia, não encontraram
maná no terreno. Através deste decreto para o dia de descanso, Deus faz
saber que, apesar da importância de comer e viver, não devemos nos
esquecer de guardar um dia e nele descansar de bom grado para dar
glória e adorar a Deus. Além disso, faz-nos perceber que, sem a graça de
Deus que vem céu, não podemos viver um dia sequer. Acima de tudo, por
meio desse decreto, Deus testa se você está se submetendo ou não à Sua
Palavra (Gn 16:4). O único meio de passar nessa provação é submeter-se
a Deus e separar um dia para entrar no Seu descanso.
ORAÇÃO Faça com que confie na providência de Deus e
viva em completa submissão a Ti.
Anotação
36
10 Lembrando-se do testemunho da graça
qui Êxodo 16: 31-36
31 O povo de Israel chamou maná
àquele pão. Era branco como
semente de coentro e tinha gosto
de bolo de mel.
32 Disse Moisés: “O Senhor
ordenou-lhes que recolham um jarro
de maná e que o guardem para as
futuras gerações, para que vejam o
pão que lhes dei no deserto,
quando os tirei do Egito”.
33 Então Moisés disse a Arão:
“Ponha numa vasilha a medida de
um jarro de maná, e coloque-a
diante do Senhor, para que seja
conservado para as futuras
gerações”.
34 Em obediência ao que o Senhor
tinha ordenado a Moisés, Arão
colocou o maná junto às tábuas da
aliança, para ali ser guardado.
35 Os israelitas comeram maná
durante quarenta anos, até chegarem
a uma terra habitável; comeram
maná até chegarem às fronteiras de
Canaã.
36 (O jarro é a décima parte de uma
arroba.)
37
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como Moisés e Arão
obedeceram ao mandamento de
Deus de conservar o maná para
as futuras gerações? (vs. 33-34)
2. Até quando o povo israelita se
alimentou do maná? (v.35)
4. O que você sente ao ver os
israelitas serem alimentados por
Deus enquanto estavam no deserto?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus fez com que os
israelitas guardassem o maná
para as futuras gerações como
prova de sua graça?
Decisão e aplicação
5. Como posso saber se, em minha
vida, estou obedecendo e confiando
em Deus?
O que devo fazer hoje para preparar
“meu próprio jarro” e lembrar-me da
graça de Deus?
Anotação
38
1Tm 2:5: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o
homem Cristo Jesus.”
Por quarenta anos, Deus conduziu os israelitas à terra prometida,
alimentando-os de maneira milagrosa. O maná era a prova da graça e da
salvação de Deus no deserto. Juntamente com a travessia do Mar
Vermelho, essa verdade deveria ser lembrada e comemorada pelos
descendentes do povo israelita. Por esse motivo, Deus ordenou que
conservassem o maná em um jarro (vs. 32-33) e que colocassem o maná
junto às tábuas da aliança (v.34). Deus desejava que o povo se lembrasse
da graça e da salvação. Através disso, Deus queria deixar uma prova da
qual ninguém pudesse duvidar da aliança que Ele fez com o Seu povo.
Ainda hoje, Deus continua nos sustentando com maná, que é justamente o
corpo de Cristo, o pão da vida (vide 1Tm 2:5). Por meio do milagre dos
cinco pães e dois peixes e ao andar sobre as águas, Jesus mostrou que
foi Deus quem dividiu o mar vermelho e enviou o maná aos israelitas (Jo
6:1-21). Desejo que a sua vida seja conduzida pela fé em Jesus e pela
confiança nas suas promessas.
ORAÇÃO Que nunca me esqueça da graça de Deus e
que a minha vida seja usada para anunciar
essa graça.
Anotação
39
11 O Senhor está entre nós?
sex Êxodo 17:1-7
1 Toda a comunidade de Israel
partiu do deserto de Sim, andando
de um lugar para outro, conforme a
ordem do Senhor. Acamparam em
Refidim, mas lá não havia água
para beber.
2 Por essa razão queixaram-se a
Moisés e exigiram: “Dê-nos água
para beber”. Ele respondeu: “Por
que se queixam a mim? Por que
colocam o Senhor à prova?”
3 Mas o povo estava sedento e
reclamou a Moisés: “Por que você
nos tirou do Egito? Foi para matar
de sede a nós, aos nossos filhos e
aos nossos rebanhos?”
4 Então Moisés clamou ao Senhor:
“Que farei com este povo? Estão a
ponto de apedrejar-me!”
5 Respondeu-lhe o Senhor: Passe à
frente do povo. Leve com você
algumas das autoridades de Israel,
tenha na mão a vara com a qual você
feriu o Nilo e vá adiante.
6 Eu estarei à sua espera no alto da
rocha do monte Horebe. Bata na
rocha, e dela sairá água para o povo
beber. Assim fez Moisés, à vista das
autoridades de Israel.
7 E chamou aquele lugar Massá e
Meribá, porque ali os israelitas
reclamaram e puseram o Senhor à
prova, dizendo: “O Senhor está entre
nós, ou não?”
40
Análise do conteúdo
Percepção
1. Como evoluiu a queixa sobre a falta de água? (v.3)
2. Qual é o significado do nome
“Massá” e “Meribá”, lugar onde
beberam água? (v.7)
4. O que você sente ao ver o povo,
que se queixa a Deus por não ter as
suas necessidades supridas?
Estudo e reflexão
3. O que levou Moisés a chamar o
lugar onde houve a queixa dos
israelitas de Massá e Meribá?
Decisão e aplicação
5. Quando você se queixa a Deus?
Como você deve se disciplinar para
que suas necessidades e
dificuldades não se transformem em
queixas? Anotação
41
“Queixaram-se” (v.2): não estavam satisfeitos com a liderança de Moisés.
Anteriormente, quando faltou água e comida, os israelitas apresentaram
suas preocupações a Moisés. Mas quando essa situação se repetiu,
passando os limites de uma simples preocupação, eles se queixaram
dizendo: ”Por que você nos tirou do Egito? Foi para matar de sede a nós,
aos nossos filhos e aos nossos rebanhos?” (v.3). Ao povo que se
queixava, Moisés respondeu: ”Por que colocam o Senhor à prova?”
esclarecendo que essa queixa não estava sendo feita para ele, mas, sim,
para Deus (v.2). Moisés chamou aquele lugar Massá e Meribá, cujo
significado é “O Senhor está entre nós, ou não”. Em resposta à falta de
confiança dos israelitas, Deus diz a Moisés: “Eu estarei à sua espera no
alto da rocha do Monte Horebe”, mostrando que mais do que nunca,
estaria presente entre eles. Ao enfrentarmos dificuldades no mundo,
devemos nos arrepender da nossa falta de entrega e da desconfiança em
Deus e aprender a confiar que o Senhor está entre nós.
ORAÇÃO Permita-me vivenciar, ó Pai, a graça de sentir
a Tua presença em todos os momentos.
Anotação
42
12 Lute com o poder de Deus
sáb Êxodo 17:8-16
8 Sucedeu que os amalequitas
vieram atacar os israelitas em
Refidim.
9 Então Moisés disse a Josué:
“Escolha alguns dos nossos
homens e lute contra os
amalequitas. Amanhã tomarei
posição no alto da colina, com a
vara de Deus em minhas mãos”.
10 foi então lutar contra os
amalequitas, conforme Moisés tinha
ordenado. Moisés, Arão e Hur,
porém, subiram ao alto da colina.
11 Enquanto Moisés mantinha as
mãos erguidas, os israelitas
venciam; quando, porém, as
abaixava, os amalequitas venciam.
12 Quando as mãos de Moisés já
estavam cansadas, eles pegaram
uma pedra e a colocaram debaixo
dele, para que nela se assentasse.
Arão e Hur mantiveram erguidas as
mãos de Moisés, um de cada lado,
de modo que as mãos
permaneceram firmes até o pôr-do-
sol.
13 E Josué derrotou o exército
amalequita ao fio da espada.
14 Depois o Senhor disse a Moisés:
“Escreva isto num rolo, como
memorial, e declare a Josué que farei
que os amalequitas sejam
esquecidos para sempre debaixo do
céu”.
15 Moisés construiu um altar e
chamou-lhe “o Senhor é minha
bandeira”.
16 E jurou: “Pelo trono do Senhor! O
Senhor fará guerra contra os
amalequitas de geração em
geração”.
43
Análise do conteúdo
Percepção
1. Enquanto os amalequitas e os
israelitas estavam lutando, onde e
o que Moisés estava fazendo?
(v.9)
2. O que Moisés fez após vencer
a batalha? (v.15)
4. O que você sente ao ver Moisés
em oração durante a luta contra os
amalequitas?
Estudo e reflexão
3. O que existe em comum na
atitude de Moisés durante e após
vencer a guerra contra os
amalequitas?
Decisão e aplicação
5. Quais são os inimigos ou
obstáculos, como os amalequitas,
que agem em sua vida?
Como você pode preencher o que
lhe falta para que saia vitorioso na
luta espiritual? Anotação
44
“Se mantiveram erguidas” (v.12): “permaneceram firmes”; indica que os braços de
Moisés foram sustentados.
A passagem mostra a guerra contra os amalequitas e apresenta
brevemente Josué, que está lutando. O ponto ao qual devemos dar a
devida atenção é que Moisés não parecia ter uma participação direta na
luta. Moisés está no topo da montanha segurando o cajado e com as duas
mãos erguidas em oração. Arão e Hur mantiveram erguidas as mãos de
Moisés, um de cada lado, de modo que as mãos permanecessem firmes,
e tudo isso fez com que Israel vencesse a guerra. Isto prova que a luta
não pertence aos homens. Após vencer a guerra, Moisés construiu um
altar e chamou-lhe “o Senhor é minha bandeira”, para revelar que Deus
triunfou e triunfará eternamente e que será a bandeira da vitória em todas
as batalhas. Mesmo que não lute com uma espada na mão, lutar em
oração também não é fácil. Ainda que seja uma pessoa saudável, não é
possível permanecer com as mãos erguidas o tempo todo. A mesma coisa
ocorreu com Moisés. Tendo a ajuda dos companheiros de oração Arão e
Hur, foi possível ver a vitória dos israelitas. Espero que nós também
tenhamos companheiros espirituais de oração para obtermos a vitória.
ORAÇÃO Faça com que eu seja uma pessoa de oração
que intercede pelos companheiros em luta
espiritual.
Anotação
45
13 'Jeová Nissi', o protetor da família
dom Culto no Lar – Êxodo 17:8-16
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
8 Sucedeu que os amalequitas
vieram atacar os israelitas em
Refidim.
9 Então Moisés disse a Josué:
“Escolha alguns dos nossos
homens e lute contra os
amalequitas. Amanhã tomarei
posição no alto da colina, com a
vara de Deus em minhas mãos”.
10 foi então lutar contra os
amalequitas, conforme Moisés tinha
ordenado. Moisés, Arão e Hur,
porém, subiram ao alto da colina.
11 Enquanto Moisés mantinha as
mãos erguidas, os israelitas
venciam; quando, porém, as
abaixava, os amalequitas venciam.
12 Quando as mãos de Moisés já
estavam cansadas, eles pegaram
uma pedra e a colocaram debaixo
dele, para que nela se assentasse.
Arão e Hur mantiveram erguidas as
mãos de Moisés, um de cada lado,
de modo que as mãos
permaneceram firmes até o pôr-do-
sol.
13 E Josué derrotou o exército
amalequita ao fio da espada.
14 Depois o Senhor disse a Moisés:
“Escreva isto num rolo, como
memorial, e declare a Josué que farei
que os amalequitas sejam
esquecidos para sempre debaixo do
céu”.
15 Moisés construiu um altar e
chamou-lhe “o Senhor é minha
bandeira”.
16 E jurou: “Pelo trono do Senhor! O
Senhor fará guerra contra os
amalequitas de geração em
geração”.
46
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
A palavra de hoje começa com a palavra "sucedeu". O acontecimento da palavra de hoje sucedeu o evento em que o povo de Israel chegou a Refidim, mas que, por falta de água potável, reclamou ao Senhor questionando se "o Senhor está entre nós, ou não?" (v.17:7). Foi nesse momento que os amalequitas vieram atacá-los (v.8). Moisés manda Josué escolher aqueles que vão combater os amalequitas. Então, ele mesmo subiu ao alto da colina com Arão e Hur (v.9-10). Nessa batalha, aconteceu algo extraordinário. Enquanto Moisés mantinha as mãos erguidas os israelitas venciam, porém, quando ele as abaixava, os amalequitas venciam (v.11). Quando Moisés não conseguia manter as mãos erguidas, Arão e
Hur seguravam as mãos dele um de
cada lado, de modo que as mãos
permanecessem firmes até o pôr-do-
sol (v.12).
No final, Israel ganhou essa batalha
(v.13). O Senhor ordena Moisés a
escrever num rolo, como memorial,
toda a história relacionada à batalha
contra os amalequitas (v.14). Moisés
construiu um altar e chamou-lhe
'Jeová Nissi', que significa "o Senhor
é minha bandeira".
Provou-se, nesta batalha, que Deus
não somente está com o povo de
Israel, mas também lhe dá a vitória.
Bem como creio que o Senhor dará a
mesma graça àqueles que estão em
meio à batalha espiritual. Desejo que
a nossa amada família tenha fé que
Deus luta no nosso lugar, permitindo-
nos a vitória.
47
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ler, no v.16, que "o Senhor fará guerra contra os
amalequitas de geração em geração", ou seja, que a guerra pertence ao
Senhor?
3. Vamos ler juntos João 16:33. Vamos ter um tempo para orar pelos outros membros da família, crendo que Jesus Cristo é o nosso comandante e que estará conosco para dar-nos a vitória.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos
Faça com que possamos crer que o Senhor luta no nosso lugar, dando-
nos a vitória para avançarmos corajosamente neste mundo.
48
14 Missão e sacrifício
seg Êxodo 18:1-7
1 Jetro, sacerdote de Midiã e sogro
de Moisés, soube de tudo o que
Deus tinha feito por Moisés e pelo
povo de Israel, como o Senhor
havia tirado Israel do Egito.
2 Moisés tinha mandado Zípora,
sua mulher, para a casa de seu
sogro Jetro, que a recebeu
3 com os seus dois filhos. Um deles
chamava-se Gérson, pois Moisés
dissera: “Tornei-me imigrante em
terra estrangeira”;
4 e o outro chamava-se Eliézer,
pois dissera: “O Deus de meu pai
foi o meu ajudador; livrou-me da
espada do faraó”.
5 Jetro, sogro de Moisés, veio com
os filhos e a mulher de Moisés
encontrá-lo no deserto, onde estava
acampado, perto do monte de Deus.
6 E Jetro mandou dizer-lhe: “Eu, seu
sogro Jetro, estou indo encontrá-lo, e
comigo vão sua mulher e seus dois
filhos”.
7 Então Moisés saiu ao encontro do
sogro, curvou-se e beijou-o; trocaram
saudações e depois entraram na
tenda.
49
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
50
Orientações Deus que ainda hoje ajuda-nos igualmente
Êxodo 18:1-7
Análise do conteúdo
Depois de ouvir o que Deus fez para Moisés e o povo de Israel, ou seja, como o Senhor os tirou do Egito, Jetro visita Moisés trazendo Zípora, a mulher do Moisés, e Gérson e Eliézer, os dois filhos dele. Quando ouve esta notícia, Moisés vai ao encontro do sogro.
Estudo e Reflexão
1. Por que Jetro visitou Moisés depois de ouvir sobre o êxodo?
- Mesmo sendo estrangeiro, ele deveria ter desejado ouvir a graça e o milagre de Deus diretamente e alegrar-se com isso. Outro objetivo era unir a família que estava separada por causa da obra. Não está claro quando, mas Moisés deixou a sua família com o sogro e este a protegeu no lugar do Moisés para que ele pudesse se dedicar integralmente à obra.
2. Por qual motivo é explicado detalhadamente o significado dos nomes 'Gérson' e 'Eliézer'?
- Por meio destes nomes podemos perceber a identidade e a fé de Moisés e o que Deus fez para ele. Por meio do nome “Gérson”, Moisés lembrou-se de que não passava de um estrangeiro, apesar de estar morando na outra terra, depois de ter sido abandonado pelo próprio povo. Por meio do nome “Eliézer”, Moisés enxergou, com os olhos voltados para a fé, que Deus salvaria Israel. E Deus cumpriu essa promessa.
Percepção
Percebi que o que a pessoa fala no
dia-a-dia mostra quem ela é
realmente. O pensamento de Moisés
revela-se por meio do nome dos
filhos. Moisés deve ter se lembrado
de Deus toda vez que chamava os
filhos. Eu me lembro de ter soltado
expressões negativas como "o lugar
é ruim" ou "a pessoa é rude". Preciso
tomar cuidado para que as minhas
palavras e ações, revelem Jesus
Cristo em minha vida.
Percebi, igualmente, que é
necessário uma dedicação integral
para a obra e que Deus nos
recompensa por esse sacrifício. Além
do sacrifício do próprio Moisés,
houve também o sacrifício da família
dele. Deus não ignorou esse
sacrifício e fez com que a família se
reencontrasse com alegria após a
missão. Percebi que tento minimizar
o sacrifício, mas exijo o máximo da
recompensa. Eu me arrependi disso
e decidi por uma dedicação integral.
Decisão e aplicação
1. Vou deixar em um lugar bem
visível a declaração de missão para
que eu me lembre claramente sobre
a minha missão no meu trabalho, na
família e na igreja.
2. Verificarei se há coisas que eu
possa fazer a mais pelo
acampamento de verão ao invés de
tentar fazer apenas o mínimo, como
costumava fazer.
51
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jetro fez depois de ouvir
o que o Senhor tem feito para
Moisés e o povo de Israel? (v.2-3)
2. O que significa o nome dos
filhos do Moisés? (v.3-4)
4. O que você pode sentir
comparando os nomes Gérson e
Eliézer com a situação em que o
povo de Israel está?
Estudo e reflexão
3. Por qual motivo o significado do
nome dos filhos de Moisés foi
revelado neste momento?
Decisão e aplicação
5. O quanto você crê que Deus está
sempre o ajudando e guiando?
O que você pode fazer ao crer
nisso? Anotação
52
Na palavra de hoje, Moisés reencontra sua família da qual estava
separado. Não está claro na Bíblia por qual motivo Moisés teria mandado
a sua família de volta para o seu sogro Jetro. Podemos apenas especular
que tenha sido por questão de segurança. Mas depois de saber como
Deus tirou Moisés e o povo de Israel do Egito, Jetro trouxe sua filha Zípora
e dois netos para Moisés (v.1-3). Isso aconteceu porque Jetro, que é um
estrangeiro, confiou no Deus grande que tirou o povo de Israel do Egito. O
nome de um dos filhos, Gérson, significa "tornar imigrante em terra
estrangeira”, e o outro, Eliézer, significa "Deus foi o meu ajudador".
Através destes nomes, podemos perceber que Israel havia se tornado um
imigrante numa terra estrangeira, mas Deus o ajudou e guiou. Assim
sendo, Deus, que ajudou Moisés e o povo de Israel, ainda hoje ajuda você
do mesmo modo. Confie nele integralmente e permaneça firme na fé.
ORAÇÃO Faça com que eu viva com fé confiando na
Sua ajuda.
Anotação
53
15 O Senhor é maior do que todos os outros deuses
ter Êxodo 18:8-12
8 Então Moisés contou ao sogro
tudo quanto o Senhor tinha feito ao
faraó e aos egípcios por amor a
Israel e também todas as
dificuldades que tinham enfrentado
pelo caminho e como o Senhor os
livrara.
9 Jetro alegrou-se ao ouvir todas as
coisas boas que o Senhor tinha
feito a Israel, libertando-o das mãos
dos egípcios.
10 Disse ele: Bendito seja o Senhor
que libertou vocês das mãos dos
egípcios e do faraó; que livrou o povo
das mãos dos egípcios!
11 Agora sei que o Senhor é maior
do que todos os outros deuses, pois
ele os superou exatamente naquilo
de que se vangloriavam.
12 Então Jetro, sogro de Moisés,
ofereceu um holocausto e sacrifícios
a Deus, e Arão veio com todas as
autoridades de Israel para comerem
com o sogro de Moisés na presença
de Deus.
54
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Moisés contou a Jetro?
(v.8)
2. Qual foi a reação e a resposta
de Jetro sobre o que Moisés
contou a ele? (v.9-12)
4. O que você sente com a confissão
do Jetro, um estrangeiro, de que "O
Senhor é maior do que todos os
outros deuses"?
Estudo e reflexão
3. Por qual motivo Jetro, que é um
estrangeiro, alegrou-se com as
coisas que o Senhor tinha feito?
Decisão e aplicação
5. O quanto você canta de alegria e
regozija a Deus por Sua grandiosa
obra?
Que testemunho da grandiosidade
do Senhor você gostaria de
compartilhar com as pessoas? Anotação
55
Jetro ouve atentamente como Deus salvou e guiou Israel do Egito até
aquele momento. Depois disso, ele se alegra e louva a graça e a salvação
que Deus lhes deu. "Agora sei que o Senhor é maior do que todos os
outros deuses, pois ele os superou exatamente naquilo de que se
vangloriavam" (v.11). Pela expressão "agora sei", parece que Jetro tinha
algumas dúvidas em relação a Deus, mas confessa que percebeu como
Deus é grandioso, por meio do Moisés. Os egípcios, incluindo o faraó, não
conseguiram fazer essa confissão de Jetro, mesmo depois de terem
sofrido as dez pragas que Deus mandou. Os amalequitas não perceberam
essa grandiosidade de Deus, atacaram Israel e sofreram uma grande
derrota. Mas, mesmo sendo estrangeiro, Jetro percebeu a grandiosidade
de Deus, elevando-lhe não apenas confissão de alegria e louvor, mas
também lhe oferecendo holocausto e sacrifício. A sua vida também está
cheia de louvor pela grandiosidade do Senhor? Que tipo de confissão e
testemunho você dará para aqueles que não acreditam em Deus?
ORAÇÃO Faça com que eu tenha uma vida que adora e
testemunha a grandeza do Senhor.
Anotação
56
16 A sabedoria da servidão
qua Êxodo 18:13-18
13 No dia seguinte Moisés
assentou-se para julgar as questões
do povo, e este permaneceu em pé
diante dele, desde a manhã até o
cair da tarde.
14 Quando o seu sogro viu tudo o
que ele estava fazendo pelo povo,
disse: “Que é que você está
fazendo? Por que só você se
assenta para julgar, e todo este
povo o espera em pé, desde a
manhã até o cair da tarde?”
15 Moisés lhe respondeu: O povo me
procura para que eu consulte a Deus.
16 Toda vez que alguém tem uma
questão, esta me é trazida, e eu
decido entre as partes, e ensino-lhes
os decretos e leis de Deus.
17 Respondeu o sogro de Moisés: O
que você está fazendo não é bom.
18 Você e o seu povo ficarão
esgotados, pois essa tarefa lhe é
pesada demais. Você não pode
executá-la sozinho.
57
Análise do conteúdo
Percepção
1. Por que o povo permaneceu
em pé diante de Moisés? (vs.15-
16)
2. Como o sogro Jetro avalia o
trabalho de Moisés? (vs.17-18)
4. O que você sente ao ver o povo
cansado juntamente com Moisés por
causa de todo trabalho conferido a
ele?
Estudo e reflexão
3. Por qual razão Moisés se
responsabiliza sozinho, fazendo
com que ele mesmo e o povo se
esgotem?
Decisão e aplicação
5. Em quais momentos do seu
cotidiano você se cansa porque se
responsabiliza por muitas tarefas?
Veja se o seu esforço excedente não
está cansando você e também as
outras pessoas e, através dos
conselhos de veteranos, procure
soluções que podem ser úteis a
todos. Anotação
58
O povo de Israel tinha acabado de sair do Egito e ainda não tinha um
sistema administrativo organizado e, antes de chegar ao monte Sinai, não
tinha recebido os mandamentos, por isso Moisés teve que cuidar, ele
mesmo, até dos pequenos casos. Claro que Moisés era a pessoa mais
apropriada para o trabalho porque conhecia os decretos e as leis de Deus
melhor que qualquer um. Porém, julgar sozinho os casos ocorridos no
meio de dois milhões de israelitas, cansava não só ele, mas também todo
o povo que esperava pelo julgamento. Moisés deve ter se esforçado ao
máximo para se responsabilizar e realizar a missão que lhe foi atribuída.
Mas ele por si só era insuficiente. “O que você está fazendo não é bom”
(v.17), assim seu sogro Jetro aponta para a ineficiência do trabalho de
Moisés. Nós também, de vez em quando, pensamos: “Só eu posso
resolver isso”, e, assim, ficamos atolados de tarefas e cansamos aqueles
que estão ao nosso redor também. Vamos analisar e pensar nas
possibilidades que sejam favoráveis tanto para você quanto para as
pessoas que estão junto de você.
ORAÇÃO Senhor, faça com que eu tenha perspectiva e
sabedoria na hora de servir a comunidade
eclética e, assim, não causar problemas.
Anotação
59
17 O que deve ser verificado sem falta
qui Êxodo 18:19-27
19 Agora, ouça-me! Eu lhe darei um
conselho, e que Deus esteja com
você! Seja você o representante do
povo diante de Deus e leve a Deus
as suas questões.
20 Oriente-os quanto aos decretos
e leis, mostrando-lhes como devem
viver e o que devem fazer.
21 Mas escolha dentre todo o povo
homens capazes, tementes a Deus,
dignos de confiança e inimigos de
ganho desonesto. Estabeleça-os
como chefes de mil, de cem, de
cinqüenta e de dez.
22 Eles estarão sempre à
disposição do povo para julgar as
questões. Trarão a você apenas as
questões difíceis; as mais simples
decidirão sozinhos. Isso tornará
mais leve o seu fardo, porque eles o
dividirão com você.
23 Se você assim fizer, e se assim
Deus ordenar, você será capaz de
suportar as dificuldades, e todo este
povo voltará para casa satisfeito.
24 Moisés aceitou o conselho do
sogro e fez tudo como ele tinha
sugerido.
25 Escolheu homens capazes de
todo o Israel e colocou-os como
líderes do povo: chefes de mil, de
cem, de cinqüenta e de dez.
26 Estes ficaram como juízes
permanentes do povo. As questões
difíceis levavam a Moisés; as mais
simples, porém, eles mesmos
resolviam.
27 Então Moisés e seu sogro se
despediram, e este voltou para a sua
terra.
60
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Jetro aconselha e qual a
reação de Moisés em relação ao
julgamento? (vs.20-22, 24)
2. O que Moisés tem que verificar
antes de executar o conselho de
Jetro? (v.23)
4. O que você sente ao ver Jetro
orientando para que Moisés
verificasse a vontade de Deus e ao
ver Moisés obedecendo a seu sogro
mesmo quando tudo parecia
perfeito?
Estudo e reflexão
3. Por que Jetro mostrou a
solução e, também, o que Moisés
deveria verificar?
Decisão e aplicação
5. Se existe algo que preocupa você
porque parece eficaz mas talvez
seja contra a lei de Deus, o que
seria? De que maneira você
verificaria se está de acordo com os
decretos de Deus? Anotação
61
Jetro apresenta duas soluções a Moisés. A primeira é ensinar as leis e os
decretos ao povo (v.20) fazendo com que o número de casos e de
problemas diminua devido à compreensão do caminho que o povo deve
tomar e a tarefa que deve ser realizada, tendo em vista as leis e os
decretos de Deus. A segunda solução é de selecionar chefes de mil, de
cem, de cinquenta e de dez entre as pessoas para que o fardo de Moisés
seja dividido (vs.21-22). Era um método eficaz, pois Moisés seria
responsável pelas questões difíceis enquanto as mais simples seriam
resolvidas pelos chefes escolhidos. A proposta de Jetro soava ideal e não
aparentava problemática mesmo se fosse implantada logo de cara. Porém,
para Jetro, buscar a vontade de Deus era primordial (v.23). Mais do que
eficácia ou eficiência, a permissão de Deus era a base para ele. Nós
temos que realizar nossas tarefas de forma eficaz, mas, ao seguir a
eficácia à risca, pode ser que agrademos homens e nos orgulhemos disso,
cometendo o erro de negligenciar a vontade de Deus. O mais importante é
a permissão de Deus.
ORAÇÃO Senhor, faça com que eu seja um servo fiel
que obedece as suas maneiras, e não a
sabedoria humana.
Anotação
62
18 O amor extravagante de Deus
sex Êxodo 19:1-6
1 No dia em que se completaram
três meses que os israelitas haviam
saído do Egito, chegaram ao
deserto do Sinai.
2 Depois de saírem de Refidim,
entraram no deserto do Sinai, e
Israel acampou ali, diante do monte.
3 Logo Moisés subiu o monte para
encontrar-se com Deus. E o Senhor
o chamou do monte, dizendo: Diga
o seguinte aos descendentes de
Jacó e declare aos israelitas:
4 Vocês viram o que fiz ao Egito e
como os transportei sobre asas de
águias e os trouxe para junto de mim.
5 Agora, se me obedecerem
fielmente e guardarem a minha
aliança, vocês serão o meu tesouro
pessoal dentre todas as nações.
Embora toda a terra seja minha,
6 vocês serão para mim um reino de
sacerdotes e uma nação santa.
Essas são as palavras que você dirá
aos israelitas.
63
Análise do conteúdo
Percepção
1. A quem Deus ordena que Sua
palavra seja dita? (vs.3, 6)
2. De que maneira Deus guiou o
êxodo dos israelitas do Egito?
(v.4)
4. O que você sente ao ver Deus,
que amou o povo de Israel primeiro
e continuou amando até o fim?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus estendeu a Sua
mão ao povo de Israel primeiro?
Decisão e aplicação
5. Em qual situação você aplica o
amor estendendo, sem esperar algo
em troca, a sua mão primeiro? Para
que você se responsabilize melhor
por esse amor, o que deve ser feito? Anotação
64
“Tesouro pessoal” (v.5): significa ser a vice ou a melhor entre as pequenas nações
inseridas numa grande.
O amor de Deus a Israel é incondicional. Deus não somente fez com que
Israel saísse do Egito, algo que eles nunca iriam conseguir sozinhos, mas
é um Deus de graça que mesmo antes dos israelitas chegarem ao monte
Sinai e pedir qualquer coisa, vai primeiro até eles. Deus dirige a formação
da aliança com Israel. A relação entre Deus e Israel pode ser comparada à
relação entre uma grande nação e uma pequena. O natural seria a nação
pequena chegar para a nação poderosa e fazer um tratado. Mas Deus não
se satisfaria com nenhuma condição de povo escolhido e, se não fosse
pela Sua iniciativa, os israelitas nunca teriam se tornado o povo de Deus.
Essa graça e bênção de Deus são iguais para todos os que creem em
Jesus. A principal razão pela qual nós, que inicialmente estávamos na
transgressão, fomos salvos, é o amor incondicional de Deus que nos
estendeu a mão primeiro. Vamos nos esforçar para que esse amor
extravagante não seja desfrutado só por nós, mas que, por meio de nós,
seja espalhado para outras pessoas.
ORAÇÃO Senhor, faça com que eu seja grato pela graça
do Senhor que me amou primeiro.
Anotação
65
19 Uma vida em preparo
sáb Êxodo 19:7-15
7 Moisés voltou, convocou as
autoridades do povo e lhes expôs
tudo o que o Senhor havia-lhe
mandado falar.
8 O povo todo respondeu unânime:
“Faremos tudo o que o Senhor
ordenou”. E Moisés levou ao
Senhor a resposta do povo.
9 Disse o Senhor a Moisés: “Virei a
você numa densa nuvem, a fim de
que o povo, ouvindo-me falar-lhe,
passe a confiar sempre em você”.
Então Moisés relatou ao Senhor o
que o povo lhe dissera.
10 E o Senhor disse a Moisés: Vá
ao povo e consagre-o hoje e
amanhã. Eles deverão lavar as
suas vestes
11 e estar prontos no terceiro dia,
porque nesse dia o Senhor descerá
sobre o monte Sinai, à vista de todo
o povo.
12 Estabeleça limites em torno do
monte e diga ao povo: Tenham o
cuidado de não subir ao monte e de
não tocar na sua base. Quem tocar
no monte certamente será morto;
13 será apedrejado ou morto a
flechadas. Ninguém deverá tocá-lo
com a mão. Seja homem, seja
animal, não viverá. Somente quando
a corneta soar um toque longo eles
poderão subir ao monte.
14 Tendo Moisés descido do monte,
consagrou o povo; e eles lavaram as
suas vestes.
15 Disse ele então ao povo:
“Preparem-se para o terceiro dia, e
até lá não se acheguem a mulher”.
66
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que o povo de Israel devia
preparar antes de se encontrar
com o Senhor? (vs.10-15)
2. O que acontecia quando os
limites estabelecidos por Deus
eram ultrapassados? (vs.12-13)
4. O que você sente ao ver o povo
de Israel em consagração
(santificação) antes de se
encontrarem com Deus?
Estudo e reflexão
3. Por qual motivo Deus ordena
ao povo que esperassem ao
terceiro dia?
Decisão e aplicação
5. Caso você se encontre com Deus
neste momento, qual parte de você
deve ser consagrada? O que você
pode fazer especificamente para
essa consagração? Anotação
67
Através de Moisés, Deus prepara o povo de Israel para o seu encontro
(vs.10-15). Antes de fazer a aliança com o povo de Israel, Deus dá tempo
para que seu povo se consagre. Deus revela o monte em que iria vir de
encontro e estabelece o limite ao redor do monte, alertando-os de que,
caso alguém ultrapassasse o limite, certamente morreria¬¬¬. Isso mostra
a seriedade e o perigo que existiu no encontro de Deus com o povo de
Israel. É impossível o encontro do Deus santo e o povo pecador, porém
Deus deu a oportunidade do encontro com a condição de o povo estar
preparado. Para os cristãos, os dias vividos nessa terra são como dias de
preparo para o encontro com o Senhor; são tempos de preparo para que
possam participar da glória de Jesus Cristo. Portanto, não devemos
depositar a esperança nessa terra, mas, sim, no Reino de Deus, e
preparar para o dia em que nos encontraremos com Deus. Esperamos que
hoje seja um dia de preparo e consagração na espera do dia em que nos
encontraremos com Deus.
ORAÇÃO Ajude-me a viver dias de consagração em
preparo para o dia em que irei participar da
glória de Cristo.
Anotação
68
20 A missão da sua família
dom Culto no Lar – Êxodo 19:1-6
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
1 No dia em que se completaram
três meses que os israelitas haviam
saído do Egito, chegaram ao
deserto do Sinai.
2 Depois de saírem de Refidim,
entraram no deserto do Sinai, e
Israel acampou ali, diante do
monte.
3 Logo Moisés subiu o monte para
encontrar-se com Deus. E o Senhor
o chamou do monte, dizendo: Diga
o seguinte aos descendentes de
Jacó e declare aos israelitas:
4 Vocês viram o que fiz ao Egito e
como os transportei sobre asas de
águias e os trouxe para junto de
mim.
5 Agora, se me obedecerem
fielmente e guardarem a minha
aliança, vocês serão o meu tesouro
pessoal dentre todas as nações.
Embora toda a terra seja minha,
6 vocês serão para mim um reino de
sacerdotes e uma nação santa.
Essas são as palavras que você dirá
aos israelitas.
69
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Fazia três meses que o povo de Israel havia saído do Egito (v.1). Quando entraram no deserto do Sinai acamparam diante do monte (v.2). E, por um ano, o povo aprendeu a viver um estilo de vida totalmente dependente de Deus. O mesmo Deus que chamou Moisés no monte Horebe, no meio da sarça (3:4), o chamou novamente e fez lembrar que Deus tirou o povo de Israel do Egito como a águia carrega seus filhotes sobre suas asas (v.4). E, através da aliança
feita com o povo de Israel, Deus
chama-os de “meu”, um reino de
sacerdotes e nação santa (vs.5-6).
Deus não disse tudo isso porque o
povo de Israel tinha alguma condição
ou qualificação. Era o desejo de
Deus e a missão do povo escolhido.
Esperamos que, através da
passagem de hoje, nós possamos
entender qual é a nossa missão, e
que a nossa família possa viver esse
dia como discípulos de Cristo, aquele
que transformou o mundo.
70
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que sente ao ver que Deus protege e guia seu povo como a águia
que carrega seus filhotes sob suas asas (v.4)?
3. Reflita sobre o quanto tem cumprido a missão que Deus te confiou. Compartilhe com sua família os pontos fracos que tem observado no cumprir de sua missão e veja qual é a ação que deve tomar.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos Senhor, perdoe todas as nossas falhas e pecados, e que todos os dias,
vivamos olhando para Deus, que é Fiel.
71
21 Não confiar
seg Êxodo 19:16-25
16 Ao amanhecer do terceiro dia
houve trovões e raios, uma densa
nuvem cobriu o monte, e uma
trombeta ressoou fortemente.
Todos no acampamento tremeram
de medo.
17 Moisés levou o povo para fora
do acampamento, para encontrar-
se com Deus, e eles ficaram ao pé
do monte.
18 O monte Sinai estava coberto de
fumaça, pois o Senhor tinha
descido sobre ele em chamas de
fogo. Dele subia fumaça como que
de uma fornalha; todo o monte
tremia violentamente,
19 e o som da trombeta era cada
vez mais forte. Então Moisés falou,
e a voz de Deus lhe respondeu.
20 O Senhor desceu ao topo do
monte Sinai e chamou Moisés para
o alto do monte. Moisés subiu
21 e o Senhor lhe disse: Desça e
alerte o povo que não ultrapasse os
limites, para ver o Senhor, e muitos
deles pereçam.
22 Mesmo os sacerdotes que se
aproximarem do Senhor devem
consagrar-se; senão o Senhor os
fulminará.
23 Moisés disse ao Senhor: “O povo
não pode subir ao monte Sinai, pois
tu mesmo nos avisaste: “Estabeleça
um limite em torno do monte e
declare-o santo””.
24 O Senhor respondeu: “Desça e
depois torne a subir, acompanhado
de Arão. Quanto aos sacerdotes e ao
povo, não devem ultrapassar o limite
para subir ao Senhor; senão, o
Senhor os fulminará”.
25 Então Moisés desceu e avisou o
povo.
72
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
73
Orientações Deus que desceu ao monte Sinai
Êxodo 19:16-25
Análise do conteúdo
O povo de Israel preparou-se durante 4 dias para encontrar-se com Deus. Ao ouvirem os trovões, os raios e verem a densa nuvem, tremeram de medo diante da gloriosa presença de Deus. Deus chamou Moisés como intercessor e estabeleceu o limite para o povo não ultrapassar, alertando-os de morte caso venham tentar se aproximar de Deus. Estudo e Reflexão
1. Por que o povo de Israel tremeu de medo com a presença de Deus?
- Certamente os trovões, raios, a densa nuvem que cobriu o monte e o som da trombeta foram motivos para se assustarem. Mas, o principal motivo, era o pecado existente no povo. Eles haviam desobedecido e culpado Deus e, de repente, Deus aparece de maneira visível. Isso certamente amedrontou o povo de Israel.
2. Por que Deus vem pessoalmente se encontrar com o povo?
- Mesmo vendo todos os milagres realizados no êxodo, Israel culpava e duvidada de Moisés e de Deus. Isso mostra como era impossível o povo estar próximo de Deus. E, vendo o medo que o homem sente pela gloriosa presença de Deus, podemos observar que é impossível o homem se aproximar de Deus. No entanto, Ele, com seu infinito amor, vem primeiro ao encontro do povo de Israel.
Percepção
Ao pensar na minha terceira idade,
no futuro dos meus filhos, no futuro
do meu trabalho e do meu marido,
muitas vezes tenho sido abalada
pelos valores do mundo, esquecendo
o poder dado a mim como filha de
Deus. Sei que isso não mudará por
completo até o fim da minha vida,
mas decido pedir todos os dias a
Deus, senhor da minha vida, para
que me conceda a graça de viver
uma vida digna de ser chamada filha
de Deus em constante santificação.
O povo de Israel precisava de Moisés
para se relacionar com Deus, mas
devo lembrar que eu posso falar
diretamente com Deus pela
maravilhosa obra de Cristo. Mais
uma vez, vejo que preciso do guiar
do Santo Espírito para que eu possa
seguir e viver uma vida santa e
separada.
Decisão e aplicação
1. Agradeço a Deus criador, que fez
tremer todo o monte Sinai, pois
sempre está comigo, e decido
priorizar e aumentar o tempo de
relacionamento com Ele todas as
manhãs.
2. Decido cultuar a Deus com meus
filhos e compartilhar com eles que
devemos tomar cuidado para não
sermos influenciados pelos prazeres
do mundo, sendo tementes a Deus e
levar uma vida digna de filhos de
Deus.
74
Análise do conteúdo
Percepção
1. Sobre o que Deus
continuamente alerta no monte
Sinai? (vs.21-22,24)
2. Qual foi a resposta de Moisés
¬a esse alerta? (v.23)
4. O que você sente ao ver Deus
alertando repetidas vezes e Moisés
respondendo que o povo de Israel
não iria ultrapassar o limite
estabelecido?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus, através de
Moisés, alerta repetidas vezes o
povo de Israel sobre o mesmo
assunto?
Decisão e aplicação
5. Quando você confia em alguém,
por qual limite você mais tem zelo?
O que você deve fazer para ter mais
zelo sobre este limite?
Anotação
75
“Trovão, raios, densa nuvem” (v.6): são acontecimentos sobrenaturais que
simbolizam a presença de Deus com toda sua glória e poder.
Quando Deus desce ao monte Sinai para fazer a aliança com o povo de
Israel, Ele repetidamente diz a Moisés para alertar ao povo que não
subissem nem ultrapassassem o limite estabelecido (v.21). A este alerta,
Moisés responde dizendo que não haveria ninguém que fizesse isso, pois
Deus já havia ordenado (v.23). Moisés confiava no povo, porém Deus
ordena para Moisés descer e subir junto com Arão e, mais uma vez, alerta
o povo para não ultrapassar o limite estabelecido (v.24). O povo de Israel
não era um povo digno de tanta confiança quanto Moisés achava. Na
realidade, não existe ninguém fiel o suficiente para se confiar. Todo
homem é pecador e, a qualquer momento, pode falhar. Deus sabia disso.
Quando você observa ao seu redor, está repleto de motivos para não
confiar. Como um cristão maduro, deve enxergar o ser humano cheio de
fraquezas com os olhos da palavra. Você confiou em alguém e se
decepcionou? Concentre o seu olhar em Cristo e viva um dia de vitória
com o olhar de Cristo.
ORAÇÃO
Faça com que a minha família possa ter a
certeza da sua identidade como filhos de Deus
nesse mundo e, então, fazer o máximo para
cumprir a missão confiada a cada um deles.
Anotação
76
22 A Lei é uma prova do amor
ter Êxodo 20:1-11
1 E Deus falou todas estas palavras:
2 Eu sou o Senhor, o teu Deus, que
te tirou do Egito, da terra da
escravidão.
3 Não terás outros deuses além de
mim.
4 Não farás para ti nenhum ídolo,
nenhuma imagem de qualquer coisa
no céu, na terra, ou nas águas
debaixo da terra.
5 Não te prostrarás diante deles
nem lhes prestarás culto, porque eu,
o Senhor, o teu Deus, sou Deus
zeloso, que castigo os filhos pelos
pecados de seus pais até a terceira
e quarta geração daqueles que me
desprezam,
6 mas trato com bondade até mil
gerações aos que me amam e
obedecem aos meus mandamentos.
7 Não tomarás em vão o nome do
Senhor, o teu Deus, pois o Senhor
não deixará impune quem tomar o
seu nome em vão.
8 Lembra-te do dia de sábado, para
santificá-lo.
9 Trabalharás seis dias e neles farás
todos os teus trabalhos,
10 mas o sétimo dia é o sábado
dedicado ao Senhor, o teu Deus.
Nesse dia não farás trabalho algum,
nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem
teus servos ou servas, nem teus
animais, nem os estrangeiros que
morarem em tuas cidades.
11 Pois em seis dias o Senhor fez os
céus e a terra, o mar e tudo o que
neles existe, mas no sétimo dia
descansou. Portanto, o Senhor
abençoou o sétimo dia e o santificou.
77
Análise do conteúdo
Percepção
1. Dentre os quatro primeiros
mandamentos, quais falam para
‘não fazer’? (vs.3-5a, 7a)
2. O que irá acontecer com aquele
que tomar em vão o nome do
Senhor Deus? (v.7)
4. O que você sente ao ver a
primeira metade dos dez
mandamentos dizendo para amar
somente a Deus?
Estudo e reflexão
3. Por que a diferença entre o
prêmio e o castigo por (não)
cumprir os mandamentos é
grande? (vs.5-6)
Decisão e aplicação
5. O que você está amando mais do
que Deus?
O que deve fazer para deixar isso?
Anotação
78
“Tomar em vão” (v.7): com o sentido de usar o nome de Deus para encobrir o mal ou alguma mentira.
“Mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor, o teu Deus” (v.10): indica que,
nesse dia, deve-se concentrar-se em Deus.
Os dez mandamentos, que podem ser considerados o coração, o núcleo
da Lei judaica, podem ser divididos em duas grandes partes. A primeira
metade, que consiste nos primeiros quatro mandamentos, trata de
assuntos entre Deus e o povo de Israel, e é dividida entre três
mandamentos negativos, que dizem para ‘não fazer’ algo, e um
mandamento positivo, que diz para cumprir (santificar). Popularmente, os
dez mandamentos são conhecidos como regras severas para condenar as
pessoas. No entanto, se observarmos o conteúdo, podemos ver que há
muito amor de Deus envolvido. Deus diz ao povo de Israel para amar
somente a Deus (primeiro mandamento), não criar outro ídolo para amar
(segundo mandamento), chamar o nome de Deus (simboliza a essência e
poder de Deus) com amor sem distorcê-lo (terceiro mandamento), e ter um
tempo fixo para lembrar do amor de Deus (quarto mandamento).
Principalmente ao ver a grande diferença entre o castigo da ‘terceira e
quarta geração’ enquanto as bênçãos são estendidas para até ‘mil
gerações’, é revelado que os dez mandamentos não são rédeas para nos
restringir, mas sim símbolo de amor. Logo, revela o amor de Deus que
quer nos proteger do pecado através da santificação.
ORAÇÃO Faça com que eu ame somente Deus e siga os
mandamentos do Senhor alegremente.
Anotação
79
23 Amor ao próximo, logo, amor a Deus
qua Êxodo 20:12-17
12 Honra teu pai e tua mãe, a fim
de que tenhas vida longa na terra
que o Senhor, o teu Deus, te dá.
13 Não matarás.
14 Não adulterarás.
15 Não furtarás.
16 Não darás falso testemunho
contra o teu próximo.
17 “Não cobiçarás a casa do teu
próximo. Não cobiçarás a mulher do
teu próximo, nem seus servos ou
servas, nem seu boi ou jumento, nem
coisa alguma que lhe pertença”.
80
Análise do conteúdo
Percepção
1. O que Deus ordena para ‘não
fazer’? (vs.13-17)
2. O que não se deve invejar do
próximo? (v.17)
4. O que você sente ao ver a
segunda metade dos mandamentos,
em que se pode encontrar o amor de
Deus na relação com o próximo?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus promete mais
bênçãos no mandamento para
honrar os pais? (v.12)
Decisão e aplicação
5. Em que lugar você pode servir
mais ativamente com amor ao
próximo?
Quem é a pessoa que você deve
servir hoje e como fará isso? Anotação
81
“Honra” (v.12): traduzindo literalmente, significa ‘considere importante’, ‘considere
precioso’.
Pv 3:9: “Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de
todas as suas plantações”.
A segunda parte dos dez mandamentos, a partir do quinto, consiste em
mandamentos que tratam do relacionamento entre ‘eu e meu próximo’. Um
ponto peculiar é que a honra aos pais vem antes da proibição de matar e,
ainda, tem o acréscimo de muitas bênçãos. Isso tem uma profunda
relação com a explicação da Bíblia sobre a relação de ‘Pai e filho’ entre
Deus e o povo de Israel. Logo, Deus coloca a relação com seu povo como
relação entre pais e filhos na terra e, através da honra, ensina que
devemos temer a Deus. Na Bíblia, a palavra ‘honrar’ é usada com o
sentido de ‘temer a Deus’ (vide Pv 3:9). Os outros mandamentos também
tratam da relação com Deus. Deus proíbe matar o homem criado à
imagem de Deus (sexto mandamento), destruir a família formada por Deus
(sétimo mandamento), fazer um outro ficar em situação precária ao roubar
algo que lhe é necessário (oitavo mandamento), destruir a imagem de
Deus dando falso testemunho (nono mandamento), cobiçar além do que
Deus lhe deu (décimo mandamento). Em suma, o amor a Deus e o amor
ao próximo estão interligados.
ORAÇÃO Através do amor ao próximo, faça com que eu
seja uma vida que transmite o amor de Deus.
Anotação
82
24 Verdadeiro exemplo de culto
qui Êxodo 20:18-26
18 Vendo-se o povo diante dos
trovões e dos relâmpagos, e do
som da trombeta e do monte
fumegando, todos tremeram
assustados. Ficaram à distância
19 e disseram a Moisés: “Fala tu
mesmo conosco, e ouviremos. Mas
que Deus não fale conosco, para
que não morramos”.
20 Moisés disse ao povo: “Não
tenham medo! Deus veio prová-los,
para que o temor de Deus esteja
em vocês e os livre de pecar”.
21 Mas o povo permaneceu a
distância, ao passo que Moisés
aproximou-se da nuvem escura em
que Deus se encontrava.
22 O Senhor disse a Moisés: Diga
o seguinte aos israelitas: Vocês
viram por si mesmos que do céu
lhes falei:
23 não façam ídolos de prata nem
de ouro para me representarem.
24 Façam-me um altar de terra e
nele sacrifiquem-me os seus
holocaustos e as suas ofertas de
comunhão, as suas ovelhas e os
seus bois. Onde quer que eu faça
celebrar o meu nome, virei a vocês e
os abençoarei.
25 Se me fizerem um altar de
pedras, não o façam com pedras
lavradas, porque o uso de
ferramentas o profanaria.
26 Não subam por degraus ao meu
altar, para que nele não seja exposta
a sua nudez.
83
Análise do conteúdo
Percepção
1. Após experimentar a presença
de Deus, como Moisés e o povo
reagiram, respectivamente?
(vs.19,21)
2. Como Moisés explica o motivo
da presença de Deus? (v.20)
4. O que você sente com o
mandamento de oferecer um culto
centrado em Deus, e não no esforço
do homem?
Estudo e reflexão
3. Por que Deus ordena para que
se faça um altar com terra ou
pedras não lavradas? (vs.24-25)
Decisão e aplicação
5. Qual é o formato do culto ao qual
você estava preso?
O que você pode fazer a fim de se
concentrar mais nos cultos a serem
oferecidos? Anotação
84
“Nuvem escura” (v.21): indica a densa nuvem de Ex 19:9. Além de representar a
presença de Deus (1Rs 8:10-12), era uma medida para o povo de Israel, que não
era capaz de suportar a glória de Deus.
Gn 3:8: “Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus, que andava
pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor
Deus entre as árvores do jardim.”
Ao experimentar a presença de Deus através de trovões e relâmpagos,
som da trombeta e monte fumegando, o povo de Israel fica preso com
medo da morte. Após o pecado de Adão (vide Gn 3:8), essa é uma reação
óbvia do homem que se tornou pecador. Por isso, pedem para ouvir a
palavra de Deus por meio de Moisés. Nesse momento, Deus fala a Moisés
como se deve cultuar a Deus (vs.23-26). Ele proíbe o povo de fazer ídolos
de prata e ouro, ou construir altar de degraus com pedras elaboradas e
extravagantes feitas pelo homem, da mesma forma que os descendentes
de Canaã faziam. Pelo contrário, fez com que construíssem um altar com
terra e pedras não lavradas. Porque o que faz o culto ser um culto não são
os materiais caros ou o trabalho do homem, mas sim a ‘presença de Deus’
(v.24). Isso nos faz lembrar do que Jesus falou para a mulher samaritana.
Assim como Moisés se tornou mediador e falou sobre o sacrifício correto,
Jesus, que se tornou o mediador da humanidade, ensinou que o
verdadeiro culto não vem de um determinado lugar, mas, sim, do espírito e
da verdade (Jo 4:21-24).
ORAÇÃO Faça com que eu seja um verdadeiro adorador
que se concentra na presença de Deus, e não
em meus próprios pensamentos.
Anotação
85
25 Consideração para com o fraco
sex Êxodo 21:1-6
1 São estas as leis que você
proclamará ao povo:
2 Se você comprar um escravo
hebreu, ele o servirá por seis anos.
Mas no sétimo ano será liberto, sem
precisar pagar nada.
3 Se chegou solteiro, solteiro
receberá liberdade; mas se chegou
casado, sua mulher irá com ele.
4 Se o seu senhor lhe tiver dado
uma mulher, e esta lhe tiver dado
filhos ou filhas, a mulher e os filhos
pertencerão ao senhor; somente o
homem sairá livre.
5 Se, porém, o escravo declarar: “Eu
amo o meu senhor, a minha mulher e
os meus filhos, e não quero sair
livre”,
6 o seu senhor o levará perante os
juízes. Terá que levá-lo à porta ou à
lateral da porta e furar a sua orelha.
Assim, ele será seu escravo por toda
a vida.
86
Análise do conteúdo
Percepção
1. Se um hebreu se tornar
escravo, após quantos anos ele
ficará livre? (v.2)
2. Qual é a regra para se tornar
livre se o seu senhor lhe tiver
dado uma mulher e o que ele
deve fazer, se quiser viver junto
com a família? (vs.4-6)
4. O que podemos sentir ao ver o
coração de Deus, que mostra a
importância da dignidade do ser
humano, modificando os erros na lei
da escravidão?
Estudo e reflexão
3. Qual o motivo de Deus, depois
de ter dado os mandamentos
sobre o culto (20:23-26), logo em
seguida, declarar as leis sobre a
escravidão?
Decisão e aplicação
5. Quais foram nossos erros de
atitude e pontos de vista antes de
conhecer o valor da dignidade do
homem?
O que podemos fazer e como
colocar em prática, agora que
conhecemos o valor de cada alma? Anotação
87
“Furar sua orelha” (v.6): ato de furar orelha demonstra total obediência e
subordinação.
Depois de falar sobre o culto (20:23-26), Deus rapidamente muda o foco
para a classe mais inferior, o escravo. A lei sobre o escravo foi explicada
com muito mais detalhes do que a lei sobre o culto. O homem é a imagem
de Deus e um ser muito precioso, por isso a escravidão é pecado.
Entretanto, se, na época, a escravidão fosse imediatamente revogada,
poderíamos ter outras consequências. Por isso, Deus reformou a lei da
escravidão assegurando os direitos humanos. Primeiro, era possível ter
escravos do mesmo povo hebreu, mas somente durante 6 anos, que
podemos dizer que é mais um contratado do que escravo. Se chegou
sozinho, sozinho deve ir embora; se casou e se tornou escravo, a esposa
também poderá sair livre. Contudo, se chegou sozinho e seu senhor tiver
lhe dado a mulher, a mulher e seus filhos pertencerão ao seu senhor.
Neste momento, se o homem decidir ficar com sua família, tem o direito de
decidir permanecer como escravo, tendo oportunidade de constituir sua
própria família mesmo assim. Desta forma, Deus tem consideração
também pelo escravo, para que se possa manter a dignidade do ser
humano.
ORAÇÃO Permita-nos ter consideração pelos mais
fracos e não fazer distinção entre as pessoas
pela sua situação ou ambiente que as cercam.
Anotação
88
26 Trajetória de uma sábia reforma
sáb Êxodo 21:7-11
7 Se um homem vender sua filha
como escrava, ela não será liberta
como os escravos homens.
8 Se ela não agradar ao seu senhor
que a escolheu, ele deverá permitir
que ela seja resgatada. Não poderá
vendê-la a estrangeiros, pois isso
seria deslealdade para com ela.
9 Se o seu senhor a escolher para
seu filho, lhe dará os direitos de uma
filha.
10 Se o senhor tomar uma segunda
mulher para si, não poderá privar a
primeira de alimento, de roupas e
dos direitos conjugais.
11 Se não lhe garantir essas três
coisas, ela poderá ir embora sem
precisar pagar nada.
89
Análise do conteúdo
Percepção
1. Se o senhor não se agradar de
sua escrava, qual é a regra básica
que se aplica? (vs.7-10)
2. No caso de privar alimento,
roupas e os direitos conjugais à
primeira mulher, qual é a regra a
ser cumprida? (v.11)
4. O que podemos sentir ao ver
Deus consertar os maus costumes,
transformando-os gradualmente?
Estudo e reflexão
3. Qual é o motivo de Deus
permitir que se tenha uma
escrava, mas colocar leis rígidas a
serem aplicadas nestes casos?
Decisão e aplicação
5. Se temos vivido aceitando os
maus costumes deste mundo, quais
seriam? O que e de que maneira
podemos mudá-los? Anotação
90
Antigamente, existiam casos de pais venderem suas filhas para outras
famílias por motivo de pobreza ou dívida. O destino da filha vendida é se
tornar escrava ou concubina, entretanto, mesmo que tenham sido
compradas por dinheiro, baseado na Lei, Deus não permitia que
maltratassem a escrava. Primeiro, não poderiam vender a escrava para
países estrangeiros. Se seu senhor a escolher para seu filho, deverá ser
tratada como parte da família, isto é, como filha ou nora (v.9). Mesmo que
o senhor tenha outra mulher, não poderia faltar com responsabilidade de
prover comida, roupas e direitos conjugais (v.10). Se não fosse assim, o
pai da escrava poderia resgatá-la sem pagar nada (v.11). Este é o coração
detalhista do amor de Deus, para que a mulher pudesse receber proteção
da sociedade. A lei da escravidão não é correta, mas podemos descobrir a
sabedoria de Deus, que gradualmente estava reformando-a, pois, com a
mudança repentina da cultura e dos costumes, poderia haver um grande
choque. E esta consideração de Deus pelos homens, escravos do pecado,
mas libertos pela graça da cruz, mostra claramente o amor de Deus.
ORAÇÃO Conceda-nos sabedoria para discernir a
cultura mundana e permita-nos viver como
verdadeiros cristãos.
Anotação
91
27 A família que teme a Deus
dom Culto no Lar – Êxodo 20:18-21
Família à mesa. Reúna a sua família à mesa e compartilhe a comida e as percepções e aplicações do sermão do dia.
Leitura bíblica
18 Vendo-se o povo diante dos
trovões e dos relâmpagos, e do
som da trombeta e do monte
fumegando, todos tremeram
assustados. Ficaram à distância
19 e disseram a Moisés: “Fala tu
mesmo conosco, e ouviremos. Mas
que Deus não fale conosco, para
que não morramos”.
20 Moisés disse ao povo: “Não
tenham medo! Deus veio prová-los,
para que o temor de Deus esteja em
vocês e os livre de pecar”.
21 Mas o povo permaneceu a
distância, ao passo que Moisés
aproximou-se da nuvem escura em
que Deus se encontrava.
92
CULTO NO LAR
Desvendando a palavra
Deus deu a Moises todo o conteúdo considerado núcleo da lei através dos Dez Mandamentos. No momento que os Dez Mandamentos eram passados a Moises, todo o arredor do monte foi tomado por trovões e relâmpagos e som da trombeta e de fumaça (v.18). O fato não foi um simples fenômeno da natureza, mas simbolizou a presença de Deus. O povo israelita que presenciou este espetáculo tremeu de medo, pois, até esse momento, eles não tinham presenciado esse tipo de manifestação de Deus. Depois desse fato, os israelitas apelaram a Moises: “Fala tu mesmo conosco, e ouviremos. Mas que Deus não fale conosco, para que não morramos” (v.19). O povo israelita estava tomado por medo intenso, e Moises acalmou-os: “Não tenham medo” (v.20). Então Moises explicou ao povo que
a presença de Deus não era para
julgá-los e, sim, para que temam a
Deus e não cometam mais pecados.
Ao verificarmos a vida dos israelitas
até esse momento, talvez sejam
aceitáveis as suas reações diante da
manifestação divina. Se sempre
tivessem vivido de acordo com a
palavra de Deus, teriam feito da Sua
presença oportunidade de se
aproximarem mais profunda e
intimamente dele, entretanto, eles
não puderam fazer isso.
Ao ouvir as necessidades do povo,
Moises se aproximou mais uma vez
das nuvens escuras em que Deus
encontrava (v.21).
Desejamos que sejamos uma família
que crê que a vida com a presença
de Deus (Coram Deo) e temor a Ele
faz com que fiquemos longe dos
pecados e nos aproximemos mais de
Deus.
93
CULTO NO LAR
Compartilhando a graça 1. Cada membro da família deve tentar resumir em uma frase a palavra
de hoje.
2. O que você sente ao ver o povo israelita morrer de medo na presença
de Deus, dizendo: “Nós iremos morrer” (v.19)?
3. Vamos ter, frequentemente, momentos de arrependimento por não ter vivido na presença de Deus e com temor a Ele. Vamos pensar junto com a família quais decisões precisamos tomar para termos um relacionamento mais íntimo com Deus.
Compartilhando agradecimentos 1. Relembrando a vida que teve durante a semana, vamos falar sobre o
que teve para agradecer, para confessar e pedir perdão diante de Deus e
da família.
2. Vamos fazer oferta como a expressão de gratidão, de arrependimento
e de amor pelos próximos.
Orando juntos
Faça com que, a cada dia, possamos nos aproximar mais profunda e
intimamente de Ti e que vivamos a nossa vida com temor a Ti.
94
28 A preciosa imagem de Deus
seg Êxodo 21:12-21
12 Quem ferir um homem e o matar
terá que ser executado.
13 Todavia, se não o fez
intencionalmente, mas Deus o
permitiu, designei um lugar para
onde poderá fugir.
14 Mas se alguém tiver planejado
matar outro deliberadamente, tire-o
até mesmo do meu altar e mate-o.
15 Quem agredir o próprio pai ou a
própria mãe terá que ser executado.
16 Aquele que seqüestrar alguém e
vendê-lo ou for apanhado com ele
em seu poder, terá que ser
executado.
17 Quem amaldiçoar seu pai ou sua
mãe terá que ser executado.
18 Se dois homens brigarem e um
deles ferir o outro com uma pedra ou
com o punho e o outro não morrer,
mas cair de cama,
19 aquele que o feriu será absolvido,
se o outro se levantar e caminhar
com o auxílio de uma bengala;
todavia, ele terá que indenizar o
homem ferido pelo tempo que este
perdeu e responsabilizar-se por sua
completa recuperação.
20 Se alguém ferir seu escravo ou
escrava com um pedaço de pau, e
como resultado o escravo morrer,
será punido;
21 mas se o escravo sobreviver um
ou dois dias, não será punido, visto
que é sua propriedade.
95
Estudo e Reflexão
Decisão e Aplicação
Análise do conteúdo
Percepção
96
Orientações A dignidade do homem que é a imagem de Deus
Êxodo 21:12-21
Análise do conteúdo
Aquele que matasse propositalmente deve ser morto, mesmo estando no altar de Deus, mas se não fez intencionalmente, podia fugir para um lugar designado por Deus. Aquele que sequestrasse alguém ou amaldiçoasse o próprio pai ou a mãe teria que ser executado; se dois homens brigassem e um for ferido e cair de cama, deveria ser indenizado até a recuperação; no caso de ferir o escravo e este morrer, deveria ser punido, mas se o escravo sobrevivesse por dois ou três dias, não seria punido.
Estudo e Reflexão
1. No caso de matar propositalmente, por que deve ser executado, sem exceção?
- Como o homem é a imagem de Deus, matar um homem é a maior das desobediências à lei de Deus. Podemos ver pela palavra da verdade que, no caso de matar premeditadamente, este homem deveria ser morto, mesmo que tirado do altar de Deus, pois não era digno de prestar culto a Deus. Considerar preciosa a vida do homem é prioridade acima de tudo.
2. Quando dois homens brigassem e o ferido não morresse, por qual motivo o agressor não seria punido, mas bastaria indenizar o ferido?
- Para lembrar-nos da importância da vida, Deus mandava executar o homem que matasse propositalmente, mas como isso também é um tipo de assassinato,
Ele nos ensina que a punição não
deve ser exagerada em ser
proporcional à lesão e, assim, Deus
impede o círculo vicioso de vingança
gerar vingança.
Percepção
Jesus falou no sermão do monte que,
quando odiamos ou criticamos
alguém, cometemos assassinato
também. É lógico que odiar ou criticar
não é pecado para execução,
entretanto, não podemos negar que
Deus fica muito irado com este
pecado, que menospreza o precioso
valor do homem, que foi criado
conforme a imagem e semelhança de
Deus. Se ainda estiver, com certeza,
odiando aquela pessoa e sem poder
perdoar, tenho de admitir que é “
deliberado”. Não que eu tenha
matado de verdade, mas se estou
odiando propositalmente é porque
não estou admitindo a verdade de
que ele também é imagem de Deus.
Penso que esteja recebendo a
repreensão de Deus e devo me
arrepender e resolver este problema.
Decisão e Aplicação
1. Acho que meu coração deve
mudar primeiro para que possa
abençoar aquela pessoa que ainda
não consigo perdoar. Até agora,
nunca orei por aquela pessoa e hoje
orarei abençoando.
2. Vou compartilhar com a pessoa
que encontrarei hoje sobre o ódio
que havia em meu coração, tentando
compreender, um pouco que seja, a
posição dela ao conversarmos.
97
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual é a punição a quem
comete o pecado de assassinato?
(vs.12-14)
2. Que pecado recebe a pena de
morte, fora o assassinato? (vs.15-
17)
4. O que sentimos vendo que agredir
a vida do homem é destruir a
imagem de Deus?
Estudo e reflexão
3. Por qual razão Deus
acrescenta a palavra “terá” à lei
da pena de morte?
Decisão e aplicação
5. Geralmente, que tipo de pessoas
não conseguimos respeitar? Que
atitudes devemos eliminar para
respeitar o homem, independente da
sua situação e aparência? Anotação
98
“Amaldiçoar” (v.17): significa o desprezo pela graça e autoridade dos pais e palavras impróprias; demonstra como Deus dá importância à autoridade e respeito aos pais.
Mt 5:21-22: “Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não matarás’ e
‘quem matar estará sujeito a julgamento’. Mas eu lhes digo que qualquer que se
irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento...”
O texto está tratando do pecado com pena de morte (vs 12-17), do pecado
a ser indenizado o prejuízo (vs. 18-21). A regra estabelecida para o
pecado com pena de morte é o assassinato premeditado (vs.12-14),
sequestro (v.16), agredir e amaldiçoar os pais (vs.15,17). Também está
nos Dez Mandamentos (quinto e sexto mandamento). A razão de executar
incondicionalmente o assassinato premeditado é o homem ser a imagem
de Deus. Isto é, assassinato é blasfêmia contra Deus. Atualmente, causar
dano à imagem, foto ou busto do rosto de alguém é interpretado como
violação à imagem da pessoa; assim também, aquele que matar o
homem, que é a imagem de Deus, terá de ser executado por blasfemar a
Deus, sem direito à diminuição da pena. Com certeza, o homem que é a
imagem de Deus, deve ser respeitado, independente da sua situação ou
aparência. Na época do Novo Testamento, Jesus classificou como pecado
de assassinato irar-se ou maldizer seu irmão (vide Mt 5:21-22). Temos
respeitado as pessoas toda vez que nos deparamos com elas, conscientes
de que são a imagem de Deus?
ORAÇÃO
Permita-nos um coração que reconheça a
imagem de Deus em qualquer pessoa,
compreendendo e tendo consideração por
elas.
Anotação
99
29 O pecado de causar sofrimento e ferida
ter Êxodo 21:22-27
22 Se homens brigarem e ferirem
uma mulher grávida, e ela der à luz
prematuramente, não havendo,
porém, nenhum dano sério, o
ofensor pagará a indenização que o
marido daquela mulher exigir,
conforme a determinação dos
juízes.
23 Mas, se houver danos graves, a
pena será vida por vida,
24 olho por olho, dente por dente,
mão por mão, pé por pé,
25 queimadura por queimadura,
ferida por ferida, contusão por
contusão.
26 Se alguém ferir o seu escravo ou
sua escrava no olho e o cegar, terá
que libertar o escravo como
compensação pelo olho.
27 Se quebrar um dente de um
escravo ou de uma escrava, terá que
libertar o escravo como
compensação pelo dente.
100
Análise do conteúdo
Percepção
1. Qual será a punição para
aqueles que causarem danos
sérios à mulher grávida? (vs.22-
25)
2. Como deverá ser compensado
o escravo que sofrer danos físicos
permanentes do seu dono?
(vs.26-27)
4. O que você sente ao saber que
causar sofrimento e dor ao próximo
é considerado pecado grave aos
olhos de Deus?
Estudo e reflexão
3. Por que causar danos físicos
permanentes é considerado
pecado grave?
Decisão e aplicação
5. O que deve fazer para compensar
uma pessoa que foi magoada e
ferida pelos seus atos? Quais são os
cuidados que deve ter para não ferir
o seu próximo com suas palavras e
ações? Anotação
101
O contexto refere-se às regras da lei para aqueles que feriram e fizeram
alguém sofrer. Trata-se de danos causados à mulher grávida (vs.22-25) e
ao escravo (vs.26-27). Se, ao brigar com uma mulher grávida, ela vier a
abortar, o agressor terá de indenizá-la. Apesar da regra dizer que não é
considerado assassinato a morte do feto, o fato de ter causado danos
corporais à grávida fará com que seja aplicada a lei de retaliação ("lex
talionis", lei de talião). Essa lei diz que a vítima poderá se vingar do autor
do crime da mesma forma como sofreu agressão. É uma forma de impedir
que o agressor volte a repetir o mesmo tipo de crime e também para que a
vingança não seja mais violenta do que sofrida. Se o escravo sofrer
agressão física do dono, ele deverá receber a liberdade como
recompensa. Intencional ou não, provocar uma ferida difícil de ser curada
a uma pessoa da semelhança de Deus é considerado pecado grave aos
olhos de Deus. Verifique se você não causou uma ferida ou sofrimento,
seja com palavras ou ações, ao seu colega de trabalho ou alguém da sua
família. Caso tenha causado, que possa refletir e, com arrependimento,
pedir perdão.
ORAÇÃO Pai, edifique-me com boas palavras e boas
ações para que eu não seja causador de
sofrimento e dor ao meu próximo.
Anotação
102
30 Cuidados mínimos para com o próximo
qua Êxodo 21:28-36
28 Se um boi chifrar um homem ou
uma mulher, causando-lhe a morte,
o boi terá que ser apedrejado até a
morte, e a sua carne não poderá
ser comida. Mas o dono do boi será
absolvido.
29 Se, todavia, o boi costumava
chifrar e o dono, ainda que alertado,
não o manteve preso, e o boi matar
um homem ou uma mulher, o boi
será apedrejado e o dono também
terá que ser morto.
30 Caso, porém, lhe peçam um
pagamento, poderá resgatar a sua
vida pagando o que for exigido.
31 Esta sentença também se aplica
no caso de um boi chifrar um
menino ou uma menina.
32 Se o boi chifrar um escravo ou
escrava, o dono do animal terá que
pagar trezentos e sessenta gramas
de prata ao dono do escravo, e o boi
será apedrejado.
33 Se alguém abrir ou deixar aberta
uma cisterna, não tendo o cuidado de
tampá-la, e um jumento ou um boi
nela cair,
34 o dono da cisterna terá que pagar
o prejuízo, indenizando o dono do
animal, e ficará com o animal morto.
35 Se o boi de alguém ferir o boi de
outro e o matar, venderão o boi vivo
e dividirão em partes iguais, tanto o
valor do boi vivo como o animal
morto.
36 Contudo, se o boi costumava
chifrar, e o dono não o manteve
preso, este terá que pagar boi por
boi, e ficará com o que morreu.
103
Análise do conteúdo
Percepção
1. Se um boi matar uma pessoa,
qual será punição adequada para
o boi e o dono? (vs.28-32)
2. Se algum animal da fazenda
morrer pelo erro de uma pessoa,
como deve ser recompensado o
dono do animal? (vs.33-36)
4. O que você sente perante a
advertência de que a sua riqueza
(propriedade) não deve causar
prejuízo ao seu próximo?
Estudo e reflexão
3. Se o boi matar uma pessoa
pelo descuido do dono e esse fato
for comprovado, qual será o
critério para condenar o dono?
Decisão e aplicação
5. Qual é a possibilidade de
provocar prejuízo ao próximo por
seu descuido? Em que deve
melhorar nos seus hábitos para não
provocar feridas ao próximo?
Anotação
104
“Originalmente” (vs.29): desde tempos antigos.
“Até Jesus Cristo foi vendido pelos 33 gramas de prata” (vs.32): era preço de um
escravo.
No texto, estão regulamentadas a punição (vs.28-32) ao dono e ao boi, se
o boi matar uma pessoa, e a recompensa (vs.33-36) para o dono quando
uma pessoa provocar morte de um boi ou burro. Se o boi matasse uma
pessoa, certamente o boi seria apedrejado até a morte, mas se o boi
matar uma pessoa pelo descuido do dono, o dono também seria
condenado à morte. Porém, se o ato não foi intencional, dependendo da
decisão do juiz, o dono poderia pagar indenização e se livrar da pena de
morte. Portanto, o mandamento nos ensina a ter cuidado em relação ao
bem-estar do próximo. Na época, para os israelitas, que eram agricultores
e nômades, os bois eram propriedades de muito valor e meios de
produção, portanto, a morte e acidentes relacionados com os bois e
pessoas são como acidentes de carros que acontecem nos tempos de
hoje. Deus está nos dando esse regulamento para que cuidemos das
nossas propriedades com mais atenção para não provocar prejuízo ao
próximo. E você, será que ao administrar seu carro e outros bens em
geral, está tendo o cuidado necessário?
ORAÇÃO
Pai, corrija os meus maus hábitos e faça com
que eu viva uma vida de benevolência. Faça
com que eu possa ser portador não de dor,
mas de ajuda efetiva ao meu próximo. Amém.
Anotação
105
Estudo Bíblico da Fazenda
1 semana
O que beberemos?
Êxodo 15:19-27
Abrindo o coração
Todos os cristãos já passaram por uma experiência de fé marcante,
confirmando a presença e direção de Deus e lembrando-se das bênçãos
de Deus. Por outro lado, existem momentos como deserto, onde não é
possível reconhecer a presença da mão de Deus. Aquele sentimento, que
tivemos ao confessar nosso amor a Deus, desaparece como a névoa da
manhã quando deparamos com um vazio sombrio. Por que os santos, de
tempos em tempos, experimentam estes sofrimentos de fé? E o que estes
momentos significam para nós? Iremos refletir nos acontecimentos
durante os três dias após o povo de Israel ter cruzado o Mar Vermelho.
Vamos refletir qual foi a reação dos israelitas nas dificuldades que
enfrentaram após o milagre, bem como o plano de Deus. Vamos rever o
significado do sofrimento que ocorre em nossas vidas.
Semeando a palavra
1. Qual foi a reação do povo de Deus diante dos eventos acontecidos na
travessia do Mar Vermelho depois de terem saído do Egito (v.19)? (vs.20-
21, vide 15:1-18)
2. Em que lugar chegaram após a travessia do Mar Vermelho e o que
aconteceu neste lugar? (vs. 22-23)
3. O povo de Israel hostiliza Moisés quando descobrem, após terem
andado durante três dias no deserto, que a água encontrada não era
potável, pois era amarga. Que sentimento nos vem ao vermos este tipo
de reação? Se passássemos pela mesma situação, que sentimento
teríamos?
106
4. Moisés clama a Deus da mesma forma que o fez diante do Mar
Vermelho. Diante disso, como foi a resposta de Deus? (v. 25)
5. Como Deus se dirige ao povo de Israel ao transformar a água amarga
em potável? (v.26) O que você acha que Deus quis ensinar ao povo de
Israel, através deste acontecimento?
6. Deus, que resgatou o povo de Israel do Mar Vermelho, é o mesmo que
estendeu a sua mão salvadora no deserto. No entanto, Deus permite que
passem sede durante os três dias no deserto. E o povo de Israel, por
meio desta situação, tem a sua fé por este Deus transformada em uma fé
madura. Vamos meditar sobre os julgamentos ou provações que
passamos em nossas vidas e qual o significado e plano de Deus com
tudo isso.
Colhendo os frutos da vida
Mesmo conhecendo que a salvação é pela graça, com certeza teríamos
uma agitação emocional grande se descobríssemos que, após termos
caminhado pelo deserto árido durante três dias, a água encontrada não é
potável por ser amarga. Deus certamente estava consciente disso. E
Deus, que dividiu o Mar Vermelho, podia suficientemente guiá-los para
um ambiente favorável de sobrevivência, porém Ele não o fez. Deus
queria que o povo de Israel fosse capaz de enfrentar as circunstâncias
com uma visão de fé. Assim, Deus estava provando seus corações. Não
era uma provação para que tropeçassem, mas para que pudessem
despertar de sua situação atual. Passaremos também, em nossas vidas,
sede, após um Mar Vermelho. Por vezes, haverá momentos onde
teremos impressão de que Deus não está presente, todavia, precisamos
ter fé de que Deus estará sempre conosco. Esperamos que todos
experimentem este Deus que cura e fortalece os nossos corações através
destas situações.
107
Estudo Bíblico da Fazenda
2 semana
Exatamente o quanto cada um precisava Êxodo 16:13-20
Abrindo o coração
“Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” é a súplica pelas necessidades
básicas de um cristão e faz parte da oração dominical. Nos tempos de hoje,
em que poupar e investir parecem ser a decisão mais sábia para o futuro
incerto, esse tipo de súplica pode ser facilmente menosprezado. Engana-se
de que consegue suprir as necessidades básicas mesmo sem depender de
Deus. No entanto, a escritura define o nosso relacionamento para com
Deus baseado no sustento diário, e o texto de hoje trata exatamente do
modelo intrínseco do Deus provedor. O povo de Israel está no deserto,
onde não há nenhuma infraestrutura que garanta a sua sobrevivência. É
nesse deserto que Deus ensina o seu povo que Ele é o único provedor de
vida. Que possamos refletir através do texto de hoje.
Semeando a palavra
1. Qual foi a reclamação do povo de Israel? (vs.16:2-3; vide v.8)
2. Qual foi o alimento que Deus ofereceu pela manhã e ao entardecer? De
onde veio isso? (vs.13-15)
3. Moisés ordenou o povo a recolher maná pela manhã apenas o suficiente
para o dia. O que o povo aprendeu ao obedecer esta ordem? (vs.17-18)
108
4. Qual foi a ordem de Moisés sobre o maná recolhido? Qual foi a reação
do povo e qual foi o resultado disso? (vs. 19-20)
5. Por que Moisés ficou irado diante da atitudes do povo? O que Deus
queria que o povo entendesse ao proibi-lo de guardar o maná para outro
dia, ao mesmo tempo que lhe entregava o maná e codornizes todos os
dias? (vide Dt 8:3)
6. Reflita o que significa viver confiando na provisão diária de Deus,
segundo Sua vontade, que entrega o sustento exato de cada dia.
Compartilhe qual a área da sua vida que precisa abrir mão dos planos e
contramedidas, confiando completamente na provisão e na condução de
Deus.
Colhendo os frutos da vida
Maná era o sustento diário proveniente de Deus, e esse alimento era
abundante e suficiente para a necessidade de cada um. No entanto, o
povo de Israel tentou armazenar o maná. Para eles, fazer planos de
sobrevivência com o armazenamento do alimento palpável era mais
importante do que confiar na palavra do Deus invisível. O motivo da ira
de Moisés estava na desobediência do povo confirmada através do
simples ato de armazenar o alimento. Eles tentaram viver sem Deus,
armazenando o único alimento disponível que, na verdade, veio dele. Por
causa desta desconfiança eles não conseguiam esperar por Deus,
reclamando e culpando-o constantemente. Hoje, passamos pelo mesmo
desafio. Mesmo vivendo no mundo totalmente materialista, você é capaz
de confessar que Deus é tudo e que todas as coisas vêm dele? Reflita
em que âmbito da sua vida você deixa de admitir a soberania de Deus e
confie que é Ele quem dá a graça necessária na sua vida.
109
Estudo Bíblico da Fazenda
3 semana
A correta liderança da igreja Êxodo 18:13-26
Abrindo o coração
Os cristãos precisam se unir e formar a igreja naturalmente, porém a igreja
não significa apenas um agrupamento de pessoas que creem em Jesus.
Para que haja um aprimoramento e o exercer influências no mundo, a
união é primordial numa igreja. E, para que haja a união, é necessária uma
liderança que pode ser compartilhada por todos. Até a sua chegada ao
monte Sinai, o povo que saiu do Egito não dispunha de uma liderança
consistente e compartilhada, não passando de uma grande multidão que
seguia o líder Moisés. Antes de pactuar alianças no monte Sinai, Deus
enviou Jetro, o sogro de Moisés, a fim de estruturar o seu povo como um
exército e como uma nação. Vejamos, através do texto de hoje, como
podemos ser um ao mesmo tempo que compartilhamos da liderança.
Semeando a palavra
1. Qual o motivo pelo qual o povo estava em pé ao lado de Moisés desde
manhã até ao entardecer? (vs.15-16)
2. Como Jetro, o sogro de Moisés, avaliou esta situação? E por quê?
(vs.17-18)
3. Qual foi a solução proposta pelo sogro de Moisés (vs.19-22)? Dessa
forma, quais consequências são esperadas, além da redução do desgaste
de Moisés?
110
4. Por que você acha que Deus está estruturando Israel, através de Jetro,
logo antes de fazer a aliança no monte Sinai? (vide Ex. cap.19)
5. Se você estivesse se encarregando de todos os ministérios da igreja
sozinho sem dividir com outros membros, ou se um membro estivesse
concentrando todas as tarefas nele e você não quisesse compartilhar essas
tarefas, o que aconteceria com a sua igreja?
6. O que você acha que pode fazer para que sua igreja se beneficie da
correta liderança compartilhada? Verifique se não há irmãos
sobrecarregados como Moisés e discuta como poderia dividir as tarefas.
Ore para que sua igreja possa se tornar uma unidade diante de Deus.
Colhendo os frutos da vida
A igreja é formada pelo povo de Deus e, ao mesmo tempo, é o exército que
executa as batalhas espirituais. Por isso, Jesus é a cabeça da igreja e a
união dos membros é essencial. Isso não significa que a igreja deve
obedecer à liderança obrigatoriamente individual. Pelo contrário, a palavra e
a liderança de Jesus precisam ser compartilhadas por vários líderes
pertencentes a ela. Da mesma forma que os chefes de mil, de cem, de
cinquenta e de dez lideraram o povo usando a autoridade proveniente de
Deus, a liderança compartilhada é primordial dentro da igreja. Segundo a
palavra de hoje, devemos refletir se a liderança que ensina a palavra e
serve aos outros está corretamente estabelecida e se esforçando para que
a igreja possa crescer de forma saudável.
111
Estudo Bíblico da Fazenda
4 semana
O adorador diante da presença de Deus Êxodo 20:18-24
Abrindo o coração
O povo israelita, que saiu do Egito guiado pela poderosa mão de Deus,
está no monte Sinai recebendo a palavra de Deus. Os dez mandamentos
e as leis que recebera no monte Sinai eram as regras estabelecidas entre
Deus e seu povo e, ao mesmo tempo, são os regimentos do povo do reino
de Deus. Os israelitas, que tiveram longos contatos com idolatrias do
Egito, começaram a conhecer o Senhor Deus e ser treinados como o
digno povo de Deus através dos dez mandamentos e as leis recebidas. O
texto de hoje consiste no primeiro mandamento, que trata do
relacionamento entre Deus e seu povo. Vejamos, através da escritura, o
que Deus quer que façamos.
Semeando a palavra
1. Por que o povo israelita estava tremendo assustado? (vs.18-19)
2. Por que Deus se fez presente no meio do povo? (v.20) E por qual
motivo Ele prova o seu povo? (vide Ex 16:4; Dt 8:2)
3. O que Deus está proibindo e o que Ele está recomendando ao povo
israelita? Qual o resultado disso? (vs.23-24)
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4. Deus, que se fez presente de forma tão poderosa a ponto de o povo
tremer assustado, proibiu de adorá-lo com ouro e prata, orientando para
que fizessem o altar dele apenas com terra. O que você sentiu diante
desse fato?
5. Deus ordenou para que o seu povo não seguisse a idolatria antes
praticada no Egito. Ensinou-lhes a não fazer outro Deus além dele, e
disse que testará se o povo obedece ou não à sua palavra. Verifique se
você não teve o pensamento errôneo de que pode servir ao Senhor
através de ouro e prata, isto é, de sucessos e de realizações materiais.
6. Deus não só prova, mas também promete bênçãos aos que entram na
sua presença. Como pecadores, temos naturalmente o temor a Deus.
Mesmo assim, se confiarmos e entrarmos na sua presença com
coragem, receberemos a graça. Compartilhe a graça que recebeu ao
confiar e entrar na sua presença, rejeitando os valores mundanos.
Colhendo os frutos da vida
O povo israelita se assusta com a presença de Deus e se distancia dele,
mas Deus promete de forma presencial que abençoará aquele que vier a
adorá-lO. Ele corrige os rituais religiosos errados que o povo adquiriu no
Egito no meio da idolatria, e prova a sua fé através de leis e
mandamentos. Nós, que somos separados do mundo, devemos também
deixar os valores e costumes mundanos adquiridos de maneira errada.
Devemos, através de provas, ser treinados a viver de forma digna do
evangelho, confiando apenas em Deus. Nós vivemos no mundo, mas
não pertencemos ao mundo. Oremos para que possamos chegar
corajosamente diante do trono da graça como o digno povo pertencente
ao reino de Deus deve fazer, rejeitando o velho homem pelo poder do
sangue de Jesus.
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