Valorização agrícola dos subprodutos dos lagares … – 150 t ha-1 Água-ruça Bagaço...
Transcript of Valorização agrícola dos subprodutos dos lagares … – 150 t ha-1 Água-ruça Bagaço...
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set.
de 2015
Valorização agrícola dos
subprodutos dos lagares de
azeite
Cristina Sempiterno
e Rui Fernandes
INIAV –UEI-SAFSV/ Laboratório Químico Agrícola
Rebelo da Silva
Oeiras, 22 de setembro de 2015
3º Colóquio - Fertilidade do solo
e nutrição das plantas
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Sumário:
O sector oleícola em Portugal
Principais subprodutos gerados
Sistemas de tratamento – valorização agrícola
Legislação aplicável
Resultados de estudos realizados
Considerações finais
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Evolução do número de lagares dos diferentes
sistemas nos últimos 10 anos em Portugal
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
nú
me
ro d
e la
ga
res
Tradicional contínuo duas fases contínuo 3 fases
- 175 lagares prensas
+79 lagares 2 Fases
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
A indústria de extração de azeite em Portugal
e os Subprodutos gerados
79%
Número de lagares, quantidade de azeitona laborada, de azeite produzido e estimativas de bagaço e água-ruça obtidos, por sistema de extracção de azeite em Portugal na campanha de 2014
Sistema de extracção Nº de
lagares*
Azeitona laborada
(t)*
Azeite obtido (hl)*
Estimativa de bagaço obtido (t)
Estimativa de água-
ruça obtida (m3)
Tradicional - prensas 167 15 684 21 283 62 736 9 410
Contínuo de 2 fases 207 370 336 571 534 324 044 44 440
Contínuo de 3 fases 96 45 817 64 440 25 199 50 399
Total 470 431 837 657 257 411 979 104 249
Dados do INE, 2015
36%
44%
20%
87%
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Principais Subprodutos/Resíduos gerados
Água-ruça – Efluente liquido
Prensas
3 Fases
• Água de constituição
• Água de lavagem e adição
• % de elementos sólidos
2 Fases • Essencialmente água de
lavagem
Bagaço – Subproduto/resíduo sólido
Prensas
3 Fases
2 Fases
• Polpa
• Caroço
•Tegumento da azeitona
• Azeite remanescente
+ água de constituição do
fruto
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Grande heterogeneidade (sistema ext.,tipo, condição e origem das azeitonas,
duração e carateristicas do armazenamento)
Elevado teor de MO nos bagaços
Reação ácida
Relativa riqueza em potássio
Presença de compostos fenólicos (carácter bactericida e fitotóxico)
Composição média de águas-ruças e bagaços consoante o sistema de extração de azeite
Água-Ruça Bagaço
Prensas 3 - Fases Prensas 3 - Fases 2 - Fases
Humidade % 87 - 98 93 - 99 25 - 28 48 - 52 55 - 74 MO % 1,3 – 10,5 0,7 – 5,5 69,1 – 81,0 46,7 – 54,7 84,8 – 97,6 C/N 37 40 - 45 56 - 66 52 - 62 25 - 73 pH 4,5 – 5,9 4,6 – 5,9 4,6 – 6,5 CE dS m-1 6,6 – 8,7 3,8 – 5,9 0,88 – 6,10 N % 0,02 – 0,04 0,01 – 0,07 0,70 0,50 0,7 – 2,1 P % 0,02 – 0,05 0,01 – 0,04 0,03 – 0,15 0,02 – 0,12 0,07 – 0,44 K % 0,24 – 0,39 0,09 – 0,38 0,49 – 0,70 0,35 – 0,50 0,80 – 3,00 Ca % 0,02 – 0,04 0,007-0,04 0,43 0,31 0,04 – 1,07 Mg % 0,01 – 0,02 0,005-0,01 0,006 - 0,38 Polifenois % 0,14 – 1,40 0,004-0,70 1,2 0,3 – 1,0 0,03 – 2,40
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Sistemas de tratamento dos subprodutos dos
lagares de azeite
Processos físicos; (Diluição, sedimentação, centrifugação, filtração, …)
Processos térmicos; (Evaporação forçada, secagem, combustão, pirólise,
lagunagem, …)
Processos físico-químicos; (Neutralização, precipitação, oxidação, adsorção, troca
iónica, …)
Processos biológicos; (biodegradação aeróbia/anaeróbia, compostagem,
fitoremediação, aplicação ao solo, …)
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Valorização dos subprodutos dos lagares
mediante aplicação ao solo
Vantagens:
uma forma económica de eliminar e tratar os subprodutos;
uma fonte de nutrientes, em especial de potássio, e de
matéria orgânica.
aumento da estabilidade da estrutura do solo;
aumento de carbono armazenado no solo;
uma fonte alternativa de água para rega (água-ruça).
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Inconvenientes:
a dificuldade de armazenamento dos subprodutos;
a elevada salinidade dos subprodutos, que pode causar danos no solo e nas plantas;
o baixo valor de pH destes efluentes pode causar alguma
preocupação em solos ácidos;
o elevado teor em polifenóis que potencialmente lhes
confere características fitotóxicas .
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Água-ruça
Despacho 626/2000, licenciamento nos
termos do DL 236/98
Folhas e
ramos Biomassa
Aplicação ao solo
Separados da
azeitona previamente
Excluídos do RGGR
(DL178/2006 alterado
pelo DL 73/2011)
Legislação aplicável:
Lamas das lagoas Valorização
de resíduos
Enquadramento no DL 276/2009 – Utilização de lamas
em solos agrícolas.
Aplicação ao solo
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Bagaço
Subproduto Extração de óleo
Aliment. animal
Outros destinos Biorresíduo
Excluídos do RGGR (DL178/2006 alterado pelo DL 73/2011)
Sujeitos ao RGGR*
(DL 178/2006 alterado
pelo DL 73/2011)
Subproduto Art. 44-A do DL
73/2011+ taxa
Legislação aplicável:
Caroço Biorresíduo Sujeito ao RGGR, DL 73/2011 *
* Inscrição no sistema integrado de registo eletrónico de resíduos - SIRER
(Aplicação ao solo) quando não for efetuada pelo produtor dos resíduos (artigo 23º, e) do DL 73/2011)
Reclassificado
Aplicação ao solo
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Águas-ruças -Despacho conjunto n.º626/2000
(MADRP e MAOT)
Estabelece um conjunto de normas de utilização das águas-ruças em solos agrícolas, entre as quais se salientam:
obrigatoriedade de licenciamento;
a necessidade de existir uma lagoa de armazenamento da totalidade da água-ruça produzida na campanha;
a aplicação ao solo deve ser realizada no período de Março a Novembro, devendo ter em conta as condições meteorológicas verificadas nesse ano;
um limite para o volume utilizado que não pode exceder os 80 m3/ha.ano;
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
A necessidade de realização de um pré-tratamento adequado, nomeadamente através da correção do pH;
a limitação da aplicação às culturas arbóreas e arbustivas;
a proibição de espalhamento em áreas de reserva Ecológica Nacional (REN) e áreas protegidas;
o respeito por um conjunto de distâncias de segurança: 50 m para habitações isoladas, 200 m para aglomerados populacionais, 50 m de poços ou furos, 100 m no caso dos poços ou furos se destinarem para consumo humano, 35 m de linhas de água, 100 m do nível de pleno armazenamento de albufeiras.
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Grande parte do bagaço é encaminhado para as indústrias de
extração de óleo, sofrendo previamente um processo de
secagem. Depois de extratado o bagaço é normalmente valorizado como fonte energética para queima em caldeiras.
Bagaço
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Estudos realizados no INIAV
• Ensaios de incubação Ensaios de emergência
Ensaios em vasos Ensaios de campo
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Ensaios de incubação
Objetivo: estudar os efeitos da
aplicação de água-ruça (prensas e 3
fases) e de bagaço de duas fases na
evolução do pH e da condutividade
elétrica, utilisando diferentes tipos de
solos (VReu, CMhu, LVfr, CMca).
T1 – 0 m3 ha-1
T2 – 125 m3 ha-1
T3 – 250 m3 ha-1
T4 – 375 m3 ha-1
T5 – 500 m3 ha-1
Tratamentos experimentais:
T1 – 0 t ha-1
T2 – 15 t ha-1
T3 – 45 t ha-1
T4 – 90 t ha-1
T5 – 150 t ha-1
Água-ruça Bagaço Determinações:
pH(H2O) e condutividade
eléctrica aos: 1, 7, 14, 28, 56
e 112 dias após aplicação
da água-ruça ou bagaço.
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
No início ocorreu uma ligeira acidificação do solo mas rapidamente o solo recuperou (7 dias), com tendência a apresentar valores de pH superiores aos iniciais.
Conclusões dos ensaios de incubação
com águas-ruças e bagaço 2 fases
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91 98 105 112
dias de incubação
pH
(H2
O)
0 m3 125 m3 250 m3 375 m3 500 m3/ha
Água-ruça de prensas (CMca)
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91 98 105 112
dias de incubação
pH
(H2O
)
0 t 15 t 45 t 90 t 150 t/ha
Bagaço 2F (CMca)
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
No ínicio registou-se um acréscimo na CE do solo, mas rápidamente se recuperaram os valores iniciais.
A intensidade das alterações dependeu do solo receptor e da quantidade de água-ruça e bagaço aplicados, no entanto e apesar das elevadas doses utilizadas não se observaram níveis passíveis de causar acidificação nem salinização do solo.
Água-ruça de 3 Fases (CMca)
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91 98 105 112
dias de incubação
CE
(d
S/m
)
0 t 15 t 45 t 90 t 150 t/ha
Bagaço 2F (CMca)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91 98 105 112
dias de incubação
CE
(d
S/m
)
0 m3 125 m3 250 m3 375 m3 500 m3/ha
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Ensaio em vasos com água-ruça, bagaço de
azeitona e um composto
Cultura : cevada (Hordeum vulgare L.
Hexastichon) var. Sereia
Dois solos distintos (CMca e CMdy)
Dois ensaios delineados em blocos
completos casualizados com três repetições e dez tratamentos
experimentais correspondentes a:
0, 80, 160 e 240 m3/ha de água-ruça,
bagaço e composto.
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Produção de grão e palha no solo CMca
a a aab
a a a ab
bccd
d ded e
a
abcab
bcc cd
0
2
4
6
8
10
12
14
16
peso
seco
(g
/vaso
)
0 80AR 160AR 240AR 80B 160B 240B 80C 160C 240C
tratamentos experimentais (m3/ha)
grão
palha
Água-ruça Bagaço Composto
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Efeitos da aplicação de
água-ruça, bagaço e composto sobre o teor de
carbono orgânico do solo
CMca
8,99d7,42d 7,71d 7,42d
8,99d
15,49c
21,46b
27,26a
8,99d
11,31d
15,54c
19,89b
0
5
10
15
20
25
30
0 80 160 240
Quantidade aplicada (m3/ha)
Car
bo
no
org
ânic
o (
g kg
-1)
Água-ruça Bagaço Composto
A aplicação
de composto e
principalmente
de bagaço
levou a
aumentos
significativos
nos teores de C
orgânico do
solo.
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Efeitos da aplicação de
água-ruça, bagaço e composto sobre o teor de
azoto nítrico do solo
12,9d
22,8c
28,9b
35,9a
12,3d
21,8c
26,6b
35,9a 34,6a35,7a34,6a35,9a
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 80 160 240
Quantidade aplicada (m3/ha)
N-N
O3
- (m
g kg
-1)
Água-ruça Bagaço Composto
A aplicação de
quantidades
crescentes de
composto não
conduziu a
decréscimo nos
teores de N
nítrico, ao
contrário do
que aconteceu
com a
aplicação de
AR e bagaço
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Ensaio de campo
com água-ruça de três fases
Olival intensivo (6 x 7m) var. picual e
cobrançosa, com 12 anos localizado no ribatejo num Cambisolo calcário,
com rega subterranea.
Duração do ensaio: 3 anos
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Anualmente espalhou-se no solo diferentes quantidades de água-ruça:
- 0 m3/ha
- 80 m3/ha
- 160 m3/ha
- 240 m3/ha
Ensaio delineado em blocos
completos casualizados com 4
tratamentos e três repetições
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
O ensaio teve como objectivos avaliar os
efeitos da água-ruça sobre:
Produção de azeitona
Fertilidade do solo
Nutrição das plantas
Qualidade do azeite
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Efeitos da aplicação da água-ruça
sobre a produção de azeitona por árvore
Produções mais elevadas com 80 e 160m3 de AR.
Doses mais elevadas de água-ruça poderão conduzir a decréscimos na
produção
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Efeitos da aplicação da
água-ruça sobre o estado de fertilidade do solo
Potássio extraível (Egner-Rhiem) Potássio de troca (acet. de amónio)
Aumento significativo nos teores de K extraível e de troca e ainda de
matéria orgânica, Fe e Mn.
Não se registaram efeitos sobre o pH nem na Condutividade elétrica
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Concentrações foliares de nutrientes
• A aplicação de água-ruça ao solo
tende a melhorar o estado de nutrição
potássica das oliveiras.
Qualidade da massa de azeitona e do azeite
• O teor de gordura e de humidade da azeitona, bem
como a qualidade do azeite (acidez, Ind. Peróxidos,
estab. oxidativa, polifenóis, absorvâncias no UV) não
foram afectadas pela aplicação de água-ruça ao
solo.
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Ensaio de campo
com bagaço de duas fases
Olival intensivo (6x7m) variedade
cobrançosa, com 16 anos localizado
no ribatejo num Cambisolo calcário
Tratamentos experimentais:
0, 60 e 120 t de bagaço ha-1
Ensaio delineado em blocos completos casualizados com três repetições. Blocos com 420m2 e 12 árvores (4 arvores úteis).
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
O ensaio teve como
objectivos avaliar os efeitos
da aplicação de bagaço de
2 fases sobre parâmetros da fertilidade do solo (Matéria
orgânica, N total, N nitrico
C/N e K)
A diferentes profundidades:
0-10cm;
10-20cm;
20-50cm
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
2,0b
4,1b
7,1a
1,6 b
2,2 ab
3,3 a
0,9a 0,9a0,7a
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
Maté
ria o
rgân
ica
(%)
0-10 10-20 20-50
profundidade (cm)
0 60 120 t/ha
0,12c
0,17b
0,23a
0,09a0,08a
0,17a
0,06a 0,06a 0,06a
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
N t
ota
l (%
)
0-10 10-20 20-50
profundidade (cm)
0 60 120 t/ha
Aumento significativo
nos teores de Matéria
orgânica nas camadas
0-10cm e 10-20cm.
Aumento significativo
nos teores de Azoto
total na camada
superficial 0-10cm.
Resultados dos estudos
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
29,0a
22,7b21,1b
25,4a21,9a 21,9a
21,7a 20,9a 20,1a
0
5
10
15
20
25
30
35
N-
NO
3 (
mg
kg
-1)
0-10 10-20 20-50
profundidade (cm)
0 60 120 t/ha
170c
268b
372a
133b150b
227a
94a 97a 100a
0
50
100
150
200
250
300
350
400
K e
xt.
(m
g K
2O
.kg
-1)
0-10 10-20 20-50
profundidade (cm)
0 60 120 t/ha
Decréscimo significativo
nos teores de Azoto
nítrico na camada
superficial 0-10cm.
Aumento significativo
nos teores de potássio
nas camadas 0-10cm e
10-20cm.
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Considerações Finais
A aplicação controlada de águas-ruças e de bagaços de duas fases, ao solo agrícola, poderá ser um adequado
destino para estes produtos, tirando-se partido do seu
potencial valor fertilizante;
Dado o efeito negativo observado na dinâmica do N
recomenda-se que em simultâneo à aplicação destes subprodutos se reforce a adubação azotada.
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Apesar da aplicação de bagaço ao solo não causar
problemas de acidificação nem salinização, devido aos
efeitos negativos sobre a dinâmica do N no solo e às
dificuldades de manuseamento encontradas, considera-se
preferível a valorização agrícola dos bagaços de duas
fases após um processo de compostagem.
Considerações Finais
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
A compostagem é uma
técnica que pode ser
realizada com baixo custo
e simplicidade em termos
tecnológicos, através da
qual se reduz a dificuldade
de manuseamento de um
produto com uma
consistência tão fluida,
eliminam-se os possíveis
efeitos fitotóxicos e
consegue-se obter um
produto estabilizado antes
da sua aplicação ao solo.
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
A actual legislação de utilização das águas-ruças em solos agrícolas (Despacho conjunto 626/2000) deverá sofrer algumas alterações designadamente:
O valor limite das dotações de AR poderá ser superior a 80m3/ha.ano (novo limite deverá depender das caraterísticas do solo e da cultura);
Alargar a possibilidade de aplicação de águas-ruças a algumas culturas anuais herbáceas (sendo conveniente respeitar um intervalo de segurança entre a aplicação e a sementeira);
Dispensar a exigência de pré-correcção do pH das águas-ruças
Considerações Finais
C. Sempiterno - 3º Colóquio do Ano Internacional dos Solos, Oeiras, 22 de Set. de 2015
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. Av. da República, Quinta do Marquês, 2780-157 Oeiras, Portugal Tel: (+ 351) 21 440 35 00 - Fax: (+ 351) 21 440 36 66 www.iniav.pt
Muito obrigada pela
vossa atenção