VALlDAC;:AO DE PROTOCOLO FISIOTERAplCO EM HERNIA DE...

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ALEXANDER RIBEIRO NORONHA VALlDAC;:AO DE PROTOCOLO FISIOTERAplCO EM HERNIA DE DISCO LOMBAR Monografia apresentada como requisito parcial a obten930 do grau de Especialisla em Fisioterapia, Curso de Pes Gradua<;:ao em Traumata Ortopedica e Oesporliva do Selor de Ciencias da Salide da Universidade Tuiuli do Parana. Orientadora: Prof. (Mestre) Renata Rothenbuhler. Co-orientadora: Prof. (Mestre) Auristela Moser CURITIBA 2000

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ALEXANDER RIBEIRO NORONHA

VALlDAC;:AO DE PROTOCOLO FISIOTERAplCO EM HERNIA DE

DISCO LOMBAR

Monografia apresentada como requisito parcial aobten930 do grau de Especialisla em Fisioterapia,Curso de Pes Gradua<;:ao em Traumata Ortopedicae Oesporliva do Selor de Ciencias da Salide daUniversidade Tuiuli do Parana.Orientadora: Prof. (Mestre) Renata Rothenbuhler.Co-orientadora: Prof. (Mestre) Auristela Moser

CURITIBA

2000

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RESUMO

VAlIDAc;:AO DE PROTOCOLO FISIOTERAplCO EM HERNIA DE DISCO LOMBAR

Autor: Alexander Ribeiro NoronhaOrientadora: Renata Rothanbulher

Esta pesquisa visa validar protocolo fisioterapico em hernia de disco [am barem individuos diagnosticados com a referida patologia, tern par objetivD validarprotocolo fisioterapico em hernia de disco [am bar em individuos na faixa etaria dos18 aos 40 anos de idade, do sexo masculino e feminin~, classificar a biomecanica dacoluna [amber, definir a hernia de disco [ambar, especificar abordagens terapeuticas,aplicar 0 protocol0 fisioterapico em hernia de disco lam bar, analisar as dadosreferentes a pesquisa de campo, verificar a efic,3cia do protocolo de tratamentoatraves da aplicayao em uma populacao dos 18 aos 40 anas de idade, levantar naliteratura existente os principais protocol os referentes a hernia de disco lombar, paraestudo comparativo. Fo! utilizada uma amostra de 10 pacientes do sexo masculino efeminin~, media de faixa eta ria de 42 anos, da cidade de Panta Para, no Centro deReabilitagao Fisiopan, foram avaliados atraves de uma ficha de avaliac;ao, contendodados pessoais, anamnese, avalia.;:ao postural, com 0 individuo na postura bipede,observa-se anteriormente, lado esquerdo, posteriormente e lado direito, testesespecificos como Milgram, Lasegue, Sinal das pontas, Val salva e Neuromeningeo,teste de reflexo do Aquileu, testes de sensibilidade tactH, doloroso e termico dodermatomo S1 e LS, testes de comprimento muscular dos isquiotibiais, flexores doquadril, flexores plantar, testes de for~ muscular dos isquiotibiais, eretores dacoluna, quadriceps, triceps sural e reto abdominal, logo ap6s foi utilizado a protocoloconstituido por tres fases, realizado em 10 sessoes, sendo a primeira fasecomposta por tres sessoes, utilizando alongamento dos isquiotibiais, paravertebraislombares, flexores do quadril, musculo grande dorsal, toraco 10mbar, cadeiaposterior, estimula9ao nervosa eletrica transcutimea e massagem relaxante, asegunda fase e composta por quatro sessoes, utilizando diatermia par ondas curtas,alongamento dos musculos isquiotibiais, flexores do quadril, cadeia posterior,paravertebrais lombares e fortalecimento do musculo reto abdominal, na terceirafase foi eomposta por tn2!s sessoes, utilizando alongamento dos museu losisquiotibiais, paravertebrais, cadeia posterior e fortalecimento do reto abdominal, osresultados da avalia9aO foram analisados atraves de graficos percentuais e aeficacia do tratamento atraves de grafico de escala de dor. Os resultados obbdosatraves da avalia9ao, as profissoes foram diversas, as queixas relacionadas alombalgia e eiatalgia, na avaliac;ao postural todos as pacientes possuiamhiperlordose, as testes especificos de Lasegue, Sinal das Pontas, Valsalva eNeuromeningeo foram positivos em 60% dos casos, portanto os mais fidedignos, eo

teste de Milgram foi positiv~ em 40% dos casos, sendo menos fidedigno, 0 teste dereflexo de aquileu 50% possuiam normoreflexia, nos testes de sensibilidade foiobservado alterac;oes em todos, nos testes de comprimento muscular foi encontradona maioria das vezes encurtamentos, e nos testes de forya 0 principal musculo comfraqueza muscular foi 0 rete abdominal, e os resultados do protocolo, foi analisadoatraves de grafico da escala de dor, onde com total sucesso na penultima sessao amedia dos pacientes referia escala de dor zero, ou seja, sem algias.

vi

ABSTRACT

HAVE IN THE PHYSIOTERAPIC PROTOCOL IN LUMBAR HERNIA

Author: Alexander Ribeiro NoronhaThe Guide: Renata Rothenbuhler

This research have in to validate the physioterapic protocol in lumbar hernia inpeople diagnosed with the pathology above menlioned, have the objective to validatethe physioterapic protocol in people from eigtheen up to forty years old, male andfemale, to classificate the biomechanical of lumbar column, to define the lumbarhernia, to specifier abordages therapeutics, to aply the physioterapic protocol inlumbar hernia, to analyse the data about a research area, to verificate the eficiency oftratament protocol through the aplication in population from 18 up to 40 years old, tofind in literature existing the principals protocols about lumbar hernia for comparativestudies. It was utilized a sample of 10 patients, men and women, at about 42 yearsold in Ponta Para city, at Reabilitation Center FisioPan, they were areaiable throughan areaiable card, containing personal data, anamnese, posture evalution with theperson in biped posture, prereiously observe the left side and then the right side,specifics tests like Milgram, Lasegue, Sinal das Pontas, Valsalva andNeuromeningeo, reflex tests of Aquileu, tests of lactile sensibility, painful and thermicdermatomo 81 and L5, tests of isquiotibiais muscular length, hip flexors, plantarflexors, tests of isquiotibiais strength muscular, column erectives, quadriceps, tricepssural and abdominal rectum after it was utilized the protocol with three phases, madein 10 sessions. The first phase was composed with three sessions, using theisquiotibiais lengthening, lumbar paravertebrais, hip flexors, the big dorsal muscle,lumbar thorax, posterior series, stimulation electrical nervous transcutaneous andrelax massage, the second phase was made of 4 sessions, utilizing diathermy withshart waves, the lengthenig of the isquiotibiais muscles, hip flexors, posterior chain,lumbars paravertebrais and the strengthening of rectum abdominal muscle, in thethird phase was composed for three sessions, utilizing the lengthening of musclesisquiotibiais, paravertebrais, posterior chain, and strengthening of abdominal rectum,the results of arealiation were be analysed through the per cents graphics and theefficieny of the treatment through the grafic of pain scale. The results obtainedthrough the arealiaton, the professions were several, the protests about thelombalgia and ciatalgia in the postural evaluation, all the patients had hiper1ordase,the specifics tests of Lasegue, Sinal das Pontas, Valsalva and Neuromeningeo werepositive in 60% of the cases, consequently the more reliable, and the Milgram testwas positive in 40% af the cases, and were less creditable, the reflex test of Aquileu50% had normoreflexia, in sensibility tests were observed the alterations in all ofthen, in muscle lenght, was founded shortening, in the majouty, and in the strengthtest the principal muscle with muscular weaknen of the abdominal rectum, the

vii

protocol results were analysed through the graphic of pain scale, where the totalsucess at the penultimate session, the patients refered about the scale pain zero,that means, without pain, on an areerage.

viii

SUMARIO

RESUMO ...

ABSTRACT ...

... iv

.. vi

INTRODUCAO .. . 1

1. EMBASAMENTO TEORICO ....

1.1 Definil'ao de hernia de disco 10mbar ..

1.2 A biomecanica da coluna lombar.. ...4

.. 3

1.2.1 Estrutura ossea.. ...4

1.2.2 Segmento movel anterior e posterior.. .. 5

1.2.3 Ligamentos.. .. 5

1.2.4 Disco intervertebral.. .. ..7

1.2.5 Linhas de forya 8

1.3 Musculos da coluna lombar.. .. 10

1.3.1 A<;oes musculares da cadeia posterior da coluna lombar 12

1.4 Recursos terapeuticos ..

1.4.1 Diatermia por ondas curtas ....

. 16

.. 16

1.4.1.1 Dosimetria ..

1.4.1.2 Tempo de aplicayao ..

1.4.2 T.E.N.s. (estimulayao nervosa eletrica transcutanea) ..

1.4.2.1 Intensidade e tempo de estimula~ao .

1.4.3 Alongamento muscular ..

1.4.4 Massoterapia ....

1.4.4.1 Efeitos fisiol6gicos da massagem ....

1.4.5 Fortalecimento muscular. ..

1.4.5.1 Tipos de fibras musculares ...

1.4.5.2 Subdivisao das fibras tipo II..

2. MATERIAL E METODO ..

2.1 Metodologia ..

2.1.1 Etapas da ficha de avaliayao ..

2.1.1.1 Dados pessoais ..

ix

..... 17

. 18

...18

...19

. 19

. .22

. 24

... 25

..26

.... 29

. 33

. 33

. 34

. 34

2.1.1.2Anamnese 34

. 34

. 35

2.1.1.3 Avaliayao Postural..

2.1.1.4 Testes especificos ..

2.1.1.5 Testes de comprimento muscular .

2.1.1.6 Testes de for~a muscular .. . 38

. 37

x

2.1.2 Protocolo fisioterapico em hernia de disco 10mbar. 40

2.1.2.1 Fases do protocolo... .. 41

3. APRESENTACAo DOS DADOS .. . 46

4. INTERPRETACAo DOS RESULTADOS .. .. 56

5. CONCLUsAo .. .. 61

ANEXO ... ....63

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .. .. 70

INTRODUGii.O

o presente trabalho pretende validar 0 protocolo fisioterapico em hernia de disco

10mbar em individuos que apresentem como diagnostico hernia de disco 10mbar.

A importancia da pesquisa se dt! pela oportunidade de realizar urna anamnese,

avaliayao postural, teste especificos para a hernia de disco lombaretestes musculares, para

analisar a eficac1a do protocolo.

Atualmente a hernia de disco lombare considerada urna das causas de doem;:as

incapacitantes devido a sua complexidade, pois a cotuna e a que mais comumente lesada leva

o paciente a se deparar com 0 dilema se deve au naD se submeter a cirurgia para obter alivio

da dor.

Os objetivos desta pesquisa estao em classificar a biornecanica da cotuna lombar,

linhas de forc;as, anatomia assea, muscular e ligamentar, definir hernia de disco 10mbar

sind rome on de 0 nucleo pulposo do disco intervertebral hernia pela ruptura de seu anel

fibroso, sendo a mais frequente a hernia de disco lombar, manifestando-se porsindrome

datica, especificar abordagens terapeuticas, massoterapia, cinesioterapia, eletrotermoterapia e

eletroterapia, aplicar protocolo fisioterapico em hernia de disco lombar, analisaro dados

referentes a pesquisa de campo, verificar a eficacia do protocolo de tratamento atraves da

aplicayao em uma populayao des 18 aos 40 anos de idade, e levantarna literatura existente os

principais protocolos referentes a hernia de disco lam bar, para estudo comparativo.

Sera abordado 0 efeito de alguns recursos fisioterapicos, a fisiologia da massagem,

fortalecimento e alongamento muscular, T.E.N.S. Ondas Curtas, tipos de fibras musculares.

Abordado tambem os resultados obtidos atraves de coleta de dados, das avaliay6es e do

tratamento, a metodologia utilizada na pesquisa, analise percentual e escala de dor,

comprovando se ha ou nao eficacia no protocolo de hernia de disco 10mbar.

1. EMBASAMENTO TEORICO

1.1 Oefinic;ao de hernia de disco 10mbar

Segundo DEMARIS. PARlER e POUX (1993), e uma sindrome devida a

hernia do nucleo pulposo, de urn disco intervertebral per ruptura de seu anel fibrosa.

A forma mais freqOente e a hernia discal lam bar, que se manifesta por sindrame

ciatica.

De acordo com KISNER e COLBY (1992), qualquer perda de integridade do

disco devido a infecc;ao, doenc;:a, herniaC;:<3oou falha na placa terminal torna-se urn

estimulo para alterac;:oes degenerativas no disco. A degeneraC;:8o e caracterizada par

alterac;:Oes fibrosas progressivas no nucleo, perda da organizayao dos aneis do anel

fibrosa, e perda das placas-terminais cat1ilaginosas. Lesao ou degenerayao do disco

afeta a mecanica da coluna em gera!. A herniac;:c3odo disco e classificada em tres

tipos: Prolapso, Extrusao, e SeqOestra livre.

Segundo THOMSON, SKINNER e PIERCY (1994), a dor da hernia de disco

lam bar, e inicialmente fraca e nao se constitui um problema, ate que apes alguns

meses se torna constante, sendo precipitada por dor na regiao [om bar, podendo a

mesma irradiar-se para um membro ou nao, devido a irrita9ao da raiz nervosa,

atraves do disco herniado.

A hernia de disco 10mbar e uma afeC(;ao que acomete os individuos nas mais

diferentes idades, por causa de movimentos bruscos e mas posturas, que afetam a

biomecanica da regiao 10mbar, trazendo como sintomas lombalgia e ou

lombociatalgia, porem as vezes pode ser assintomatico devido 0 disco intervertebral

ser aneural, sendo diagnosticada a hernia de disco atraves de exames

complementares.

1.2 A biomecanica da coluna 10mbar

A biomecanica da col una 10mbar envolve todas as estruturas nela contlda,

como as vertebras, 0 disco intervertebral, os ligamentos e os musculos, sendo uma

reglao com muita mobilidade, semelhante a coluna cervical, por este motivo

suscetivel a les6es como a hernia de disco.

Segundo BRUNNSTROM (1997), as fun~6es biomecanicas dos corpos

vertebrais incluem a resist€mcia as foryas compressivas do peso superposto;

contrayoes musculares; e cargas externas que ocorrem com 0 levantar; 0 puxar e 0

empurrar.

1.2.1 Estrutura 6ssea

As caracteristicas do tecido 6sseo sao fundamentais, pOis 0 osso e forte e

suas estruturas sao rigidas, devido a sua combinar;ao de elementos inarg£micos e

organicos. Os minerais, calcio e fosfato, junto com 0 colageno, constituem 0

elementp organico do ossa sendo responsaveis por aproximadamente 60 a 70% do

tecido 6sseo. A agua representa cerca de 25 a 30% do peso do tecido osseo.

A coluna 10mbar e farmada por cinco vertebras lombares, apresentando a

corpo da vertebra maior e mais largo no sentido transversal, e urn pouco mais

espesso ventralmente, sendo a mesrna retiHnea e simetrica em relayao a linha das

ap6fises espinhosas.

o pediculo vertebral e a por~ao ossea que reune 0 arco posterior do corpo

vertebral, implantando-se sobre a face posterior do corpo vertebral no seu angulo

supera-externo.

o forame vertebral encontra-se delimitado entre a face posterior do corpo

vertebral e 0 arco posterior.

A apofise articular superior eleva-se no bordo superior da lamina, na sua

por~o com 0 pediculo, plano obliquo para tras e para fora. Apresenta uma faceta

articular incrustada de cartilagens.

A apofise articular inferior, fica no bordo inferior do arco posterior, perto da

junyc30 da lamina espinhosa, apresentando uma faceta articular incrustada com a

cartilagem.

1.2.2 Segmento movel anterior e posterior

A por~o anterior do segmento movel e constituido pelos corpos vertebra is, 0

disco intervertebral e os ligamentos longitudinais anterior e posterior.

A poryao posterior do segmento movel e canstituido pelo forame vertebral,

arcas neurais, articulayoes intervertebrais, processo transverso, processo espinhoso,

ligamento supra-espinhal, ligamento interespinhoso e ligamento amarelo.

1.2.3 Ugamentos

o ligamento vertebral longitudinal anterior estende-se da apofise basilar do

occipital ate 0 sacra, sobre a superficie anterior da coluna vertebral. Durante 0

movimento de flexao do corpo vertebral ocorre a separayao dos processos

espinhosos e a vertebra superior desliza para frente, 0 que faz diminuir a espessura

do disco na sua parte anterior e aumentar na sua parte posterior. 0 disco

intervertebral assume uma forma de cunha com base posterior, e 0 nucleo pulposo e

empurrado para tras, aumentando a pressao sobre as fibras posteriores do anel

fibroso. Esse ligamento limita a hiperextensao, e tambem mantem uma carga

con stante na coluna vertebral suportando a porC;8o anterior do disco durante um

levantamento.

o ligamento vertebral longitudinal posterior forma uma banda estendida desde

a apoflse ate 0 canal sacral. Durante 0 movimento de extensao do corpo vertebral,

ocorr.e a aproximat;ao de dois processos espinhosos au a sua superposiyao. 0

nucleo pulposo e deslocado para frente, fazendo a anel fibrosa entrar ern ten sao.

Esse ligamenta oferece resistencia na flexao da coluna.

De acordo com BRUNNSTROM (1997), a cor amarela do ligamento Havus ou

amarelo, reflete a alto conteudo elastica, a que contribui para a pre-ten sao do disco

e resistencia ao encurvamento para a frente.

o ligamenta amarelo ou flavus, reune fibras desde 0 axis ate a primeiro

segmento sacral, sendo melhor visualizado no interior do canal vertebral. Na coluna

[om bar 0 ligamenta amarelo e mais espesso, e devido a sua espessura e a

elasticidade serve para manter a postura na posit;ao vertical e limitar a flexao.

o ligamento supra espinhal e uma corda fibrosa que passa longitudinalmente,

pelos processos espinhosos desde a setima vertebra cervical ate a sacro, sendo

esta mais espessa na coluna lombar, limitando a flexao de tranco e resistindo a forc;;a

de cisalhamento posterior sobre a coluna.

De acordo com GRAY (1988), as ligamentos interespinhosos sao interpostos

entre as processos transversos, e na regiao 10mbar eles sao mais finos e

membranosos.

o ligamenta interespinhoso, atua limitando a Hexao de tronco e a Hexao

lateral.

1.2.4 Disco intervertebral

De acordo com BRUNNSTROM (1997), cada disco e composto de tres partes:

a anel fibrosa, uma serie de aneis cartilaginosos fibroelasticos que encerram a

nucleo pulposo, um gel com um conteudo de agua de 80% au mais; e duas placas

cartilaginosas, que separam a nucleo e a anel dos corpos vertebra is.

o nucleo purposo e um mecanismo de absoryao de choque. E a parte central

gelatinosa do disco intervertebral, rodeado de varias camadas de laminas

cartilaginosas. 0 disco e tanto avascular quanta aneural, devido a isso, a

cicatrizayao de um disco lesado e imprevisivel e nao muito promissora. 0 nucleo

comeya a se desidratar a partir dos 30 anos de idade ficando menos elastica e

suscetivel a traumatismo. Os discos sao responsaveis por cerca de uma quarto do

comprimento da coluna vertebral. Eles sao mais finos na regiao toracica e mais

espessos na regiao [ombar, onde tambem as desordens discais sao mais comuns.

Os discos lombares e cervicais sao mais espessos anterior que posteriormente e,

assim, contribuem para as curvas secundarias destas regioes.

De acordo com HAMILL e KNUTZEN (1999), a pressaa no disco aumenta

linearmente quando as cargas compressivas aumentam, sendo que a pressao e 30

a 50% maior que a carga aplicada por unidade de area. A maior mudanc;a na

pressao do disco ocorre com a compressao. Durante a compressao, 0 disco perde

liquido e 0 angulo das fibras aumenta. 0 disco e muito resistente aos efeitos de uma

forc;a compressiva e raramente falha sob compressao. 0 osso esponjoso do corpo

vertebral cede a fratura antes que ocorra dano ao disco.

1.2.5 Linhas de forl'a

De acordo com FRAN<;:OIS RICARD e JEAN-LUC SALLE (1996), a coluna

vertebral e percorrida por varia lin has de forc;a que determinam a estatica e 0

equilibrio vertebral. As lin has de forc;as sao divididas em: linha antero-posterior; linha

p6stero-anterior e a linha da gravidade.

A linha antero-posterior tem sua origem ao nivel do forame mag no do

occipital, passando atraves do corpo de T11-T12, atravessando 0 processo articular

posterior de L4-L5 e corpo de S1. Terminando sobre 0 c6ccix. Seu papel e de dar

uma unidade a mecanica espinhal.

A linha p6stero-anterior tem sua origem na borda posterior do magno do

OCCipital, passa pela borda anterior de L2-L3 e termina dividindo-se nos acetabulos.

Seu papel e completar a linha antero-posterior.

A linha de gravidade tern sua origem no terc;o posterior do cranio, passa no

processo odont6ide, nos processos transversos de C3, C4, C5, C6, e na frente de

T4, atraves dos corpos de L1, L2, L3, L4, do promont6rio sacra. Ela se divide em

duas medialmente, atravessando os quadris e os joelhos, para terminar na

articula980 astragalonavicular. 0 centro de gravidade e a resultante das forc;as de

ten sao do conjunto do corpo.

A mobilidade da col una 10mbar permite movimentos simples como: extensao

(45'), flexao (50'), lateraflexao (20') e rota9iio (5').

A fiexao e a separac;;ao entre os processos espinhosos (processos articulares

se separam ao maximo). Durante esse movimento existe urn deslizarnento

divergente no plano frontal e 0 nucleo desliza para tras. 0 movimento e limitado pela

ten sao capsuloligamentar e pelo ligamento longitudinal posterior, mas sobretudo

pelos ligamentos interespinhais e supra-espinhal, sendo que esses ligamentos

permitem diminuir as pressoes intradiscais na fiexEio. Essas tensoes evitam 0

achatamento discal.

o ato de fletir a corpo faz com que as forc;:as compressivas se apliquem na

parte c6ncava e as distensivas, na parte convexa, com deslocamento do nucleo,

podendo esse ato, conforme a peso levantado, produzir a herniac;:ao do nucleo

pulposo. A forc;;ade fiexao e uma das mais agressivas ao disco.

A extensa.o e a aproximac;:ao dos processos espinhosos au a sua

superposic;:ao. Nesse movimento as facetas se imbricam, existe um deslizamento

convergente no plano sagital e a nucleo se desloca para frente. 0 movimento elimitado pelas tensoes capsula res, pelo ligamenta longitudinal anterior, e sobretudo

pelo encontro dos processos espinhosos.

A rotayao e 0 movimento ern torno de urn eixo que passa pelo meio do corpo

vertebral. Nesse movimento a processo espinhoso se desloca para 0 lado oposto da

rotac;ao e a altura do disco diminui, existe urn cisalhamento ao nivel do anel, a

pressao sobre 0 nucleo aumenta. 0 movimento e limitado pelas fibras do disco,

pelos processos articulares posteriores e pelo ligamento intertransversal. Quando

IO

urna rotayao e aplicada ao disco, metade das fibras fiearn tensionadas, enquanto as

fibras que correm na outra direc;:8.o sao afrouxadas.

A lateroflexao e 0 movimento da vertebra, em urna flexao lateral para a direita

au para a esquerda. Nesse movimento 0 processo transversa 5e aproxima do

processo transversa da vertebra subjacente do lado da laterofiexao e se afasta do

transversa subjacente do lado oposto ao da laterofiexao. 0 movimento e limitado

pel a tensao do ligamenta intertransversal.

o pivo (eixo) mais importante da caluna vertebral e 0 L3, pois a resultante das

linhas de foryas antero-posterior e p6stero-anterior atravessam 0 corpo de L3, que eportanto 0 centro de gravidade corpo.

1.3 Musculos da col una 10mbar

Na musculatura posterior da coluna 10mbar, existem muitos musculos,

contudo, eles podem ser divididos em dois grupos musculares, 0 dos eretores da

espinha (musculo iliocostal, longuissimo e espinhal) e os musculos paravertebrais

(intertransversais, interespinhais e multifido).

As fibras lombares do musculo iliocostal se originam a partir da crista do

sacra, se inserindo na borda inferior da seis ultimas costelas, tendo como ayao a

extensao da coluna vertebral, e sua inerva9ao pelos ramos dorsais de C4 a L3.

Estas fibras lombares estao dispostas em quatro laminas, uma surgindo da ponta de

cada urn dos processos transversos de L1 a L4. As fibras mais mediais do musculo

iliocostal 10mbar ganham uma liga9ao a superficie lateral da aponeurose

11

intermuscular [am bar, mas esta ligac;:ao nada mais e do que urn pequeno

componente das inseryaes do iHacostal.

o musculo longuissimo tern sua origem a partir do tendao comum do Hiocostal

tambar e as processos transversos das vertebras lombares, se inserindo nos

processos transversos de T1 - T12, e as ultimas dez costelas mais inferiores entre

as tuberculos e as angulos, e tendo como ayao a extensao da cotuna vertebral. Par

sinal a sua inervac;ao e feita pelos ramos dorsais de C4 - L1.

o rnusculo espinhal origina-se a partir dos processos espinhosos de L3 - T1 0,

e se insere par tend6es separados par processos espinhosos das vertebras

toracicas superiores, cujo numero varia de quatro a oito. A sua 89aO e de manter a

cotuna ereta, e a invervac;ao e realizada pelos ramos dorsais de C2 - T10.

De acordo com GRAY (1988), os musculos intertranversarios sao pequenos

musculos colocados entre as processos transversos das vertebras. Na regiao 10mbar

estao dispostos em pares, de cada lado da coluna vertebral, um grupo ocupando

todo 0 espayo entre as processos transversos das vertebras lombares, os

intertransversarios latera is, e outro grupe, as intertransversarios mediais,

caminhando do processo acess6rio de uma vertebra para 0 processo mamilar da

vertebra abaixo. A sua ayao e de inclinar lateralmente a coluna vertebral, e a

inverva9ao e dada pelos ramos das divisoes primarias ventrais dos nervos espinhais,

os mediais, pelos ramos das divisoes primarias dorsais.

Segundo GRAY (1988), as musculos interespinhais sao fasciculo musculares

curtos, colocados em pares entre os processos espinhosos das vertebras contiguas

de cada lado do ligamento interespinhal. Na reglao lombar ha quatro pares nos

intervalos entre as cinco vertebras lombares. Ocasionalmente tambem ha um entre a

12

ultima toracica e a primeira lombar, e urn entre a quinta 10mbar eo sacro. A sua ayao

e de estender a coluna vertebral, e a invervac;ao e realizada pelos ramos das

divisoes primarias dorsais dos nervos espinhais.

De acordo com GRAY (1988), na re9io3o 10m bar 0 musculo multffrdo S8 origina

nos processos mamilares, e a sua inserc;ao S8 da no processo espinhoso de urna

das vertebras, da ultima lornbar ate a axis. A sua aC;ao e de estender a coluna

vertebral e 9ira-8 para 0 lado oposto. A inervayao eo dada pelos ramas das divis6es

primarias dorsais dos nervos espinhais.

1.3.1 Ac;6es museu lares da cadeia posterior da col una 10mbar.

As possiveis ac;6es dos musculos lombares podem ser determinadas pel a

analise geometrica de suas li9a96e5 e pela orientayao. A maioria dos musculos

lombares e orientada obliquamente com respeito a col una vertebral. Um dado

musculo, portanto pode ser capaz de rotar a sua vertebra, empurri'l-ia para baixo,

lateral mente ou para tras, au qualquer combina~o destas ayOes. A tim de se

determinar todas as ayOes possiveis, a forya exercida par um musculo deve ser

analisada em todas as direc;6es possiveis.

Os fasciculos, componentes de cada musculo lombar diferem entre si na sua

rota~o. As ac;6es de um componente muscular, nao sao, portanto, necessariamente

compartHhadas pelo demais. Portanto, devem ser determinadas as ac;6es de cad a

fasciculo isolado.

Alem das ac;6es que qualquer musculo possa ter na vertebra a qual esta

ligada, ele ira tambem exercer um efeito em quaisquer vertebras interpostas entre as

suas inserc;6es. Isto e bem claro no caso dos musculos que possuam varios

13

segmentos e que atravessam a lordose [ambar. Ao rompimento de sua vertebra de

origem, eles tenderao a acentuar a lordose. Como 0 efeilo de uma corda de arco.

Os museu los intertransversarios e interespinhais sao bern posicionados para

agirem como flexores laterals dos segmentos de movimento isolado. A fOfC;8

mecimica proporcionada pelos processos transversos compensam a tamanho

relativamente pequeno destes museu los.

Os intertransversarios mediais tambem passam atras do eixo de extensao,

estando assim dispostos para agir como roladores 5a9itai5 negativos do segmento

de movimento, mas a seu tamanho relativamente pequeno e sua proximidade ao

eixo de movimenlo comprometem a sua capacidade de 8gir significativamente com

extensor da coluna 10mbar.

Ja os interespinhais, sao pequenos, mas dotados de niveis razoavelmente

grandes na forma do processo espinhoso, e pela sua disposiyao, agem como

rotadores sagitais negativos de movimento.

o musculo multifido, pela orientayao rostrocaudal, apresenta apenas, urn

pequeno componente de suas a90es, em 89;30 rotat6ria, e qualquer que seja 0 efeito

rotat6rio gerado, este, seria bloqueado pelo fechamento das articula¢es laterais

14

zigapofisarias. Qutros rotadores da caluna caJuna lam bar superam 0 efeito,

exercendo urn efeito de participayao nos discos intervertebrais, auxiliados em seus

esfon;os pela for9Cl mecimcia proporcionada pelos processes lombares transversos.

Portanto, as fibras laminares do multifido naD possuem urna alavanca suficiente para

participar desta ac;ao. Consequentemente, a 8980 principal das fibras "Iaminares" do

mulHfido e em direc;:ao rostrocaudal, ande elas agem em harmonia com as Qutras

fibras daquele museu 10.

A partir de cada processo espinhoso, as fasciculos do multffido assumem

virtualmente urna orientayao vertical e se situam atn3s do eixo da rotavao sagital.

Usanda 0 processo espinhoso como alavanca, estes fasciculos causariam urna

rotac;ao sagital negativa da sua vertebra de origem. Notadamente, devido a sua

propria orientac;ao vertical, eles nao poderiam exercer qualquer ac;ao translat6ria

posterior. Etes contribuem, assim, 56 como componentes basculantes de extensao.

Sendo os fasc[culos do musculo multifido, polissegmentares, eles exercern

tambem urn efeito indireto nas vertebras interpostas entre as suas ligac;6es. Tendo

as suas vertebras de origem sido estendidas ao maximo a ac;ao continua de

qualquer fasciculo, iria aumentar 0 esforC;o na estrutura ligamentosa, amarrando as

vertebras interpostas, e assim, tend en do a acentuar qualquer curvatura lord6tica da

cotuna 10mbar. A ac;ao longitudinal do musculo multifido tam bern aumenta a carga de

compressao nas vertebras lembares inferiores.

As fibras do muscule illecostal lombar se irradiam desde a crista iliaca, e suas

ac;6es podem ser determinadas em vetores verticais e horizontals. Assim como 0

musculo longuissimo, os vetores verticais agem como rotadores sagitais negatives,

podendo tambem exereer urn efeito de corda de areo sobre quaisquer vertebras

15

interpostas. Os vetores horizontais complementam aqueles do musculo longuissimo,

exercendo urna translac;ao anterior, das vertebras lombares. Quanta a rotac;ao, 0

musculo i!iocosta] lombar e melhor disposto do que 0 musculo longuissimo, pois ao

se inserif as extremidas do processos transversos, as suas laminas levam total

vantagem desta alavanca, sen do, portanto, as rnais fortes rotadores lombares

intrinsecos. A forc;a mecimica proporcionada pelos processos transversos capacita

tambem a ar;aD do musculo iliocostal, unilateralmente, como urn flexor lateral,

complementando a a9ao do musculo quadrado lombar e do intertransversario.

As fibras dos musculo longuissimo estao destinadas a agir nas vertebras

toracicas e costelas a partir de uma base distante no processo espinhoso lombar

sacral. 0 musculo longuissimo produz uma rota9ao sagital negativa de sua vertebra,

para tras. Com respeito a coluna lombar, estas fibras iriam exereer urn efeito de

corda de area sabre quaisquer vertebras interpostas, mas nern todas as fibras

toracicas do musculo longu[ssimo iriam agir sabre cada nivellombar. Aquelas da 2a

costela atingem s6 ate a vertebra de L2, e apenas aquelas da 9 a a 123 cruzam toda

a regiao 10mbar, portanto, somente uma propon;;ao do musculo longuissimo age em

todas as vertebras lombares.

Oevido a sua obliqOidade, as fibras toracicas do musculo longuissimo sao

capazes de inclinar a torax lateral mente. Oeste modo sao capazes de inclinar

indiretamente a eoluna 10mbar, lateralmente.

16

1.4 Recursos terapeuticos

Existem muitas tecnicas eficientes para 0 tratamento fisioterapico em hernia

de disco lambar, porem sabe-se, que Diatermia por Ondas Curtas, T.E.N.S.,

Massoterapia e Cinesioterapia sao tecnicas que permitem bons resultados, sendo

que estes recursos terapeuticos toram utilizados para a realizayao deste trabatho, a

fim de possibilitar urna methor evolut;ao do quadro clinico.

1.4.1 Diatermia par cndas curtas

De acordo com DOS SANTOS (1995), 0 dialermia por ondas curtas e um

aparelho de corrente de alta frequencia, com frequElncia de (27 MHz), com urn

comprimento de cnda eletromagnetica de 11 metros.

Segundo MACHADO (1991), a dialemnia por ondas curtas, e uma forma de

termoterapia em que usa mas urna corrente de alta freqOencia (27M Hz). Seu

funcionamento e como 0 de urn pemdulo, pOis as etetrons ora se movern para urn

lado, ora para outro. A polaridade rnuda de posi((Ao tao rapidamente que nao chega

a estimular os nervos motores.

a ondas curtas continuo e de efeito termico, sendo urn equiparnento que

emite uma corrente de alta frequencia, produzindo urn aquecirnento nos tecidos sem

causar contrac;6es musculares dolorosas. Esse tipo de aquecimento terapeutico por

correntes de alta frequencia penetra profundamente nos tecidos, permitindo que os

rnusculos e nervos se aquec;am, e que 0 tecido gorduroso (que nao interessa)

permaneya menos aquecido.

17

A diatermia par andas curtas continuo gera urna calor profundo, promovendo

a dilatayao das arterias e capilares sangOineos, resultando no aumento do fluxo

sanguineo para a area afetada. Como consequemcia , ha um maior suprimento de

Qxig€mio, bern como de anticorpos e celulas sangOineas brancas, pelo seu efeito

antitlogistico (defesa). Adicionalmente, ocorre um etelto analgesico devido ao

aumento do limiar de excitabilidade das fibras nervosas sensitivas, produzindo urn

relaxamento muscular pela diminuiyao da dar, devido ao aumento do limiar das

fibras nervosas motoras. 0 calor produz urna desagrega9ao muscular, isto para

poder perder calor para 0 meio externa, que atraves da vasodilatayao e aumento da

circulac;ao dissipa este calor para outra regioes. Com 0 aquecimento a fibra muscular

tem a sua extensibilidade e contratibilidade facilitada.

1.4.1.1 Dosimetria

Segundo MACHADO (1991), a dosimetria depende da sensac;ao de calor

referida pelo paciente; da fase em que se encontra a patologia (aguda, sub-aguda

ou cronica).

A dosagem e de importancia vital para as efeitos fisiologicos da terapia

continua de ondas curtas.

A dosagem dependerc3 muito da tolerancia do paciente, pois e ele que referira

a tolerancia de calor. A dosimetria pode ser baseada na escala de Schliepake nos

seguintes parametros: dose 1 calor imperceptivel, dose 2 calor perceptivel, dose 3

forte toleravel, dose 4 forte.

18

1.4.1.2 Tempo de aplica<;ao

o tempo de aplicac;ao dependera, em qual fase S8 en contra a patologia

(aguda e ou croniea). Caso a patologia se encontre na fase aguda 0 tempo de

aplicaC;ao sera de 5 a 10 minutos, e a fase croniea sera de 15 a 20 minutos.

1.4.2 T.E.N.S. (estimulac;ao nervasa eletrica transcutanea)

A T.E.N.S. e urn aparelho de baixa freqCu§ncia, de le-cniea naD invasiva,

utilizado de forma analgesica, aliviando dores agudas e cr6nicas. Trala-s8 de urn

pulsa el61rico que proporciona urna descarga eletrica para as nervos, inibindo a

passagem do influxo doloroso a medura, portanto, sendo urna estimulayao eletrica

suave em areas corporais afetadas pela dor.

A tentativa de interpretayao e alivio da dar e tao antiga quanta a propria

presen~ dos fen6menos dolorosos que afetam 0 hornem. De concreto podernos

afirmar que em todas as experi€mcias dolorosas hi!. urn componente emocional,

portanto, a dar e urn fen6rneno sensitiva, reacianal muita particular que varia de

individuo para individuo.

A avaliac;ao da dar torna-se urna tarefa muito dificil, pois naa ha nenhuma

maneira de mensura-Ia com precisao.

o principia de ac;ao do I.E.N.S. baseia-se na Tearia da Porta da dor (the gate

control Theory of Pain), desenvolvida por Nelzack e Wall em 1965, segundo a qual

estirnulos de determinada frequEmcia e forma, atraves de urn mecanismo de

concorrt'1mcia, seriarn capazes de bloquear a passagem de estimulos nociceptivos

para os centros de integrayao superior atraves da medula.

19

A T.E.N.S. e urna opc;:ao importante no tratamento da dar par ser naD

invasivD, e contribuindo decisivamente na supressao da dor, no retorno as atividades

produtivas e na modificaC;:80 do comportamento do paciente.

1.4.2.1 Intensidade e tempo de estimulal'ao

A velocidade de alcance do efeito analgesico em dares agudas tern que ser

rapid 0, utilizando alta frequemcia (10 a 200 Hz). e baixa intensidade dependendo da

sensibilidade do paciente.

A velocidade de alcance do efeito analgesico em dares cr6nicas nao

necessita ser tao rapido, utilizando baixa freqG€mcia (1 a 10 Hz), e alta intensidade

dependendo da sensibilidade do paciente.

o tempo de aplicayao considen3vel e de 20 a 30 minutes, au por estimulayao

limiar por longo tempo (0 dia todo)

1.4.3 Alongamento muscular

Segundo KISNER e COLBY (1992), 0 alongamento muscular e um termo

usado para descrever qualquer manobra terapeutica elaborada para aumentar 0

comprimento de (alongar) estruturas de tecidos moles patologicamente encurtadas e

desse modo aumentar a amplitude de movimento.

o alongamento muscular e muito praticado, porem na maioria das vezes, e

feito de maneira incorreta.

De acordo com SCHNEIDER; SPRING E TRISCHLER (1995), 0 alongamento

dinamico e 0 metodo atualmente mais praticado atraves da ginastica esportiva. Os

movimentos de saito, balan90 e de recha90 representam uma tentativa de alongar os

20

musculos correspondentes na medlda do passivel, assim como de aumentar a

amplitude dos movimentos ao nivel das articula90es. Por Dutro lado, 0 alongamento

brusco do musculo e capaz de ativar a reflexo de estiramento. Este reflexo leva acontrac;ao imediata do musculo, impedindo 0 alongamento excessivo. Portanto, este

mecanisme neurofisiol6gico e desfavoravel ao alongamento ideal da musculatura.

A falta de prolong ada de alongamento muscular e traumatismos leva ao

enfraquecimento dos museu los fasicos, que possivelmente levari:! a urna artrose,

sindromes vertebrais, s[ndroma espondilogenica, sindrome radicular e instabilidade

articular, estas patologias consequentemente trazem dor e distensao ou solicitayao

exagerada e inadequada dos musculos, tendees, ligamentos, discos ou articulag6es,

que faz com que ocorra a encurtamenta dos musculos t6nicos, que par sua vez

causa enfraquecimento dos musculos fasicos, tornando-se assim um cicio vicioso.

Pode-se notar que a encurtamento da musculatura pode gerar alterag6es

importantes.

Porem 0 alongamento deve ser realizado da seguinte forma:

• Sempre realizar movimento lento e suave, em toda a sua amplitude, evitanda 0

reflexa de estiramento.

Realizar a alongamento no sentido cantrario da ayao da musculatura

trabalhada.

• Repetir cada movimento entre 5 a 10 vezes. Manter cada posiyao de

alongamento durante 30 segundos a 2minutos, de acordo com 0

condicionamento da musculatura e necessidade, evitar movimentos balisticos

durante a alongamento.

21

A fisiologia desta tecnica e fadl de entender atraves da Lei de Frank -

Starling, relac;ao de aproximac;ao da actina e miasina, que durante a contrayao

muscular ocorre 0 encaixe da cabec;:a da miosina na actina, porem no relaxamento

esse encaixe se desfaz, se 0 alongamento for excessivo ocorre ineficiemcia na

contrayao muscular, au seja fraqueza muscular, porem se 0 musculo estiver

encurtado tambem acorre a fraqueza muscular. Oai a importfmcia do comprimento

normal da musculatura

as elementos contn3.teis do musculo: 0 musculo e composto de fibras

musculares, urna (mica fibra muscular e composta de miofibrilas, e urna miofibrila por

sua vez e composta de sarcomeros, que e a unidade contratil, composto de pontes

transversas de actina e miosina que se superp6em, sendo elas proteinas. 0

sarcomere e considerado a unidade contratil do musculo, pais ele da a capacidade

ao rnusculo de contrair e relaxar, quando um musculo se contrai, como ja foi dito, as

filamentos de actina e miosina deslizarn juntos e 0 musculo se encurta, e quando urn

rnusculo relaxa, as pontes transversas se separam levemente, e 0 rnusculo retorna

ao seu comprimento inicial de repouso.

o fuso muscular e 0 principal orgao sensitiv~ do rnusculo, e e composto de

fibras intrafusais microscopicas que ficam paralelas a fibra extrafusal. 0 fuso

muscular monitora a velocidade e durac;:ao do alongamento, quando urn rnusculo ealongado as fibras intrafusais e extrafusais do musculo sao alongadas, as fibras do

fuso muscular sao sensiveis a rapidez com a qual urn musculo e along ado, a

explicac;:ao de realizar-se 0 alongamento lentamente observa-se atraves da res posta

neurofisiol6gica do fuso muscular, quando urn rnusculo e alongado muito

rapidamente, a fuso muscular se contrai, 0 que por sua vez estimula as fibras

22

aferentes primarias que levarn a fibra extrafusal a disparar, e aumentar a ten sao no

museu 1o, a issa da-se 0 nome de reflexo de estiramento.

o Orgao tendinosa de 9019i (OTG), enrola-se ao redor das extremidades das

fibras extrafusais de urn musculo, sendo sensivel a tensao no musculo causada

tanto pelo alongamento passivo quando pela contraC;:8o muscular, quando aplica-se

urna Fory8 de alongamento lenta em urn musculo, 0 OTG dispara e inibe a tensao no

musculo, permitindo que 0 componente elastica em paralelo do musculo se alongue,

a res posta de urn alongamento lento sera a facilitayao deste alongamento.

Todos as alongamentos sao adequados para diminuir 0 encurtamento

muscular, fazendo com que a musculatura retorne no seu comprimento adequado,

porem a alongamento dina mica, e brusco de alta intensidade e durayao muito curta,

e uma forma muito inapropriada de alongar a musculo, pais a alongamento balistico

alonga rapidamente a fuso muscular e facima a reflexo de estiramento, sendo

portanto mais susceptlveis a microtraumas.

o alongamento manti do, au 0 de facilita980 neuromuscular sao excelentes

para serem realizados, com otimos resultados.

1.4.4 Massoterapia

Processo de estimula9ao mecanica dos tecidos com finalidade terapeutica de

interagir nos sistemas: nervoso, muscular, Iinfatico, circulatorio e orgaos intemos.

Esta terapia e realizada com as maos e au aparelhos adequados.

A massagem terapeutica tern par objetivo aliviar au curar urn processo

patologico.

23

Para se realizar a massoterapia basta ter alguns cuidados especiais como:

boa iluminayao, assepsia local, ventila<;ao, preservar a intimidade do padente,

temperatura agradavel e boa acustica. 0 terapeuta devera realizar uma boa

assepsia das maDS (unhas cortadas e limpas, maDS macias, nao usar aneis au

rel6gios e lavar as maDS antes da terapia), calyados sem barulhos e preparo

psicol6gico.

Inicialmente, realizar-se-a urn deslizamento superficial com 0 objetivo de

produzir urna 8yaO reflexa atraves de movimentos leves, suaves e ritmicos. A

pressao deve ser imperceptivel e uniforme. As 8<;oes geradas por este deslizamento

proporcionam a limpeza da pele e agem diretamente nas termina<;6es nervosas

sensitivas (analgesia). 0 tempo de massagem e de aproximadamente de 6 minutos.

Logo apos, ao deslizamento superficial, 0 terapeuta realizara 0 deslizamento

profunda, que apresenta as mesmas caracteristicas do anterior, send a porem

executados com maior pressao e atingindo as tres camadas da pele e a subcutimeo.

Os efeitos gerados por este deslizamento proporcionam uma maior limpeza da pele,

agem sabre as terminat;foes nervosas sensitivas (analgesia), agem sabre a

circulac;ao linfatica e venosa de retorno e sobre 0 tecido adiposo. 0 tempo da

massagem e de aproximadamente 6 minutos.

A massagem pode variar de 5 minutos a 1 h~ra, dependendo da idade do

paciente, regiao massageada, numero de manobras, efeitos desejados e tipo de

afea;ao.

Durante a massoterapia, sao utilizadas algumas substancias para dirninuir 0

atrito da mao do terapeuta com a pele do paciente. A substancia nonnalmente

utilizada sao as cremes, pais eles funcionam como urn excelente deslizante. A unica

24

desvantagem com 0 creme e 0 preQo, mas ha outras alternativas alam do creme,

que funcionam como urn born deslizante, como par exemplo (talco, vaselina e

pomadas medicamentosas).

1.4.4.1 Efeitos fisiol6gicos da massagem

o efeito puramente medinico faz com que se elimine as celulas mortas, e as

restas de secreyaes das glandulas cutaneas, ficando as camadas superficiais do

epitelio da epiderme mais nutridas, moles, maleaveis e resistentes. Sabe-se que as

gl€mdulas sebaceas e sudoriparas sao mais abertas e limpas, mas e urn erro julgar

que pela massagem possam ser removidos localmente as depositos de gordura

acumulados abaixo da epiderme. 0 simples efeito mecanico tambem pertence a

atuayao sabre cicatrizes e ader€mcias. A fricyao produz calor, e a temperatura da

pele aumenta cerca de 2 a 3 grau.

A primeira reayao da massagem e observada atraves da circula9c3o, 0 efeito

vasomotor manifesta-se na palidez da pele devido ao esvaziamento das veias, isto

e, de baixo para cima, ou seja, de caudal para cranial. 0 refluxo e impossibilitado

devido a presenc;a de valvulas nas veias. Segue-se 0 rubor da pele devido a SUC980

nos capilares arteriais, os quais dilatando-se levarn it hiperemia local, que conduz 0

methor f1uxo do ventriculo esquerdo do corayao. Por isso, e devido ao esvaziamento

dos acumulos nos intersticios do tecido conjuntivo, sintomas de estagnac;ao,

edemas, cianose, arritmias e etc ... sao influenciados no sentido da cura.

Ha porem, maior eliminayao de substancias nocivas acumuladas no organismo

devido it fadiga. Todo 0 processo do metabolismo anab6lico e catab6lico

(assimilatorio e desassimilatorio) e estimulado de forma, que 0 trabalho de todos os

25

orgaos sejam ativados. A circulayao, respirayao, movimentos peristalticos dos

intestin~s, contrac;ao cardiaca, composic;ao sangUinea, eliminayao de urina,

excrec;ao das glandulas de secrec;ao externa e interna, parotida, pancreas e ffgado,

etc .. sao bastante melhoradas.

o paciente ap6s a massagem sente boa disposiC;ao fisica e psiquica. As

pessoas hiper-excitadas fieam mais ealmas, a sensibilidade decresce, e come98m a

dormir mais prolongadamente e profundamente.

1.4.5 Fortalecimento muscular

Segundo HAMILL e KNUTZEN (1999), a for"" muscular e definida como a

quantidade maxima de esforc;;o produzido por urn musculo ou grupo muscular no

local da inserc;;ao no esqueleto. Mecanicamente, forc;;ae igual ao torque isometrico

maximo que pode ser gerado em um angulo especifico. Contudo, for98 e geralmente

medida pela movimentac;;ao da carga externa mais pesada possivel por uma

repetiyao de uma amplitude de movimento especifiea.

Existem muitas variaveis que influenciam na medida da for98. Algumas

dessas incluem a a9;30 muscular (excentrica, concentriea, isometrical e a velocidade

de movimento do membro.

o treino isometrico sobrecarrega 0 rnusculo em uma posi9ao articular de

modo que 0 torque rnovimentador equivale ao torque de resistencia resultando em

ausencia de movimento.

Ja em urn levantamento isotonico, a carga inicial ou resistencia e vencida e

entao movimentada, urn movimento isotonico pode ser produzido com uma ac;ao

muscular excentrica ou concentrica, exemplo do exercfcio de agachamento, na

26

subida 0 individuo realiza a ayao do grupo muscular quadriceps, que e extensao de

joelho, na descida 0 quadrfceps tambem trabalha, em bora naD esteja mais

realizando a sua ayao, ele trabalha excentricamente, controlando 0 Dutro

movimento, no exemplo do abdominal, ao realizar a 8yaO muscular, que e 45° de

f1exao do tranco, e realizado contra9c30 concentrica, na volta do movimento, ao

realizar a extensao do tronCD, 0 abdominal naD esta realizando sua 8<;:80, ponem

trabalha de forma excentrica, controlando a volta do movimento.

o treinamento do musculo para forc;a enfoca 0 desenvolvimento de uma maior

area de secyao transversa no musculo assim como 0 desenvolvimento de mais

tensao par unidade de area de secyao transversa. IS50 e va lido para todas as

pessoas, jovens ou idosas. A maior secyao transversa ou hipertrofia, associada com

treino de peso, e devido a um aumento no tamanho real das fibras musculares e

mais capilarizat;ao do musculo, criando maior media de area de fibras no musculo. 0

aumento de tamanho e atribuido ao aumento no tamanho das proprias miofibrilas ou

a separar;ao das miofibrilas. Existe tambem alguma especulac;:ao de que as proprias

fibras musculares podem se dividir, mas isso nao foi comprovado experimental mente

em humanos. 0 aumento de tensao por unidade de secyao transversa refiete a

infiuencia neural no desenvolvimento de fort;a.

1.4.5.1 Tipos de fibras musculares

Segundo MCARDLE, KATCH e KATCH (1998), existem dois tipos de fibras

musculares:

- Fibra tipo I, tonica ou de contrat;ao lenta.

- Fibra tipo II, fasica ou de contrayao rapida; Possui subdivisoes: Tipo Ila, lib e

lie.

27

Fibra tipo I:

De acordo com MCARDLE, KATCH e KATCH (1998), passu; ATPase

miosfnica baixa; Urna tecnica comum para estabelecer 0 tipo espedfico de fibra

muscular, S9 baseia na sensibilidade diferencial a um PH alterado da enzima

miosina ATPase. Sao as diferentes caracteristicas dessas enzimas que determinam

em grande parte a velocidade de encurtamento do sarcomero; Nesse tipo de fibra a

atividade da enzima e alta em um PH acido e inativada em um meio alealino.

Func;ao de contragao lenta, postural.

Cor vermelha.

Densidade capilar elevada.

Anatomicamente pequenos, diametro das fibras pequeno.

Volume mitocondrial alto, quantidade e tamanho alto, altos niveis de

mioglobina.

Capacidade de manipular 0 calcio baixa.

Metabolismo, capacidade oxidativa alta, alta concentrac;ao de enzimas

mitocondriais necessarias para alimentar 0 metabolismo aerobio.

Grau de fatigabilidade lenta, velocidade de contrayao lenta, velocidade de

relaxamento lento e capacidade de gerar forc;a baixo.

Inervayao: Neuronio motor alfa 2.

Segundo GUYTON (1992), cada musculo do corpo e formado p~r combinac;ao

das chamadas fibras musculares rapidas e lentas, existindo outras fibras com

caracteristicas intermediarias entre esses dois extremos. As diferenc;as entre esses

dois tipos de fibras sao as seguintes:

Fibras lentas:

Fibras menores.

Tambem inervado per fibras nervosas mais finas.

Vascularizayao bern mais extensa, com muitos capilares para fornecimento

de quantidades adicionais de oxigenio.

Numero muito grande de mitocondria, permitindo a manutenyao de alto nivel

do metabolismo oxidativo.

As fibras contem grande quanti dade de mioglobina, proteina contendo ferro,

semelhante a hemoglobina das hemacias.

28

A mioglobina se combina com 0 oxigenio, armazenando-o ate que seja

necessaria, e acelere de muito 0 transporte de oxigenio para as mitocondrias.

A mioglobina da ao musGulo lento urna colorayao avermelhada, razao desses

musculos serem chamados de museu los vermelhos, enquanto sua falta, nos

museu los rapidos, as faz serem chamados de museu los brancos.

Fibras lipo II:

De acordo com MCARDLE, KATCH e KATCH (1998), possui ATPase

miosinica f<3pida; inativada em urn PH acido, porem estavel com urn PH na variayao

alcalina.

Func;ao de contrac;ao rapida, vigorosa, explosiva, patencia muscular.

Cor branc8.

Oensidade capilar baixa.

Anatomicamente maiores, diametro das fibras grande.

Volume rnitocondrial baixo.

Nivel rapido de liberac;ao e captayao de calcio pelo reticulo sarcoplasmatico,

alta capacidade para a transmissao eletroquimica dos potenciais de a9ao,

caracteristicas estas de produzir contray6es rapidas.

Metabolismo, capacidade glicolltica alta, ricos em fosfato de alta energia,

glicogemio e enzimas necessarias para produ9ao de energia anaer6bica.

Grau de fatigabilidade alto, velocidade de contrayao r<3pida, velocidade de

relaxamento rapida e capacidade de gerar forya alto.

Inerva980: Neuronio motor alfa 1.

Ambas as fibras musculares sao ativadas quando uma pessoa se exercita

com niveis aer6bicos e anaer6bicos quase maximos, como na corrida de meia

distancia ou na natayao ou nos desportos tipo basquete, hoquei de campo ou

futebol, que exigem uma mistura de um alto nivel de transfere!ncia de energia

aer6bia e anaer6bia.

De acordo com GUYTON (1992), fibras rapidas:

Fibras muito maiores para uma maior for9a de contrayao.

Reticulo sarcoplasmatico extenso, para a liberayao rapida de ions calcio, para

desencadear a contra980.

29

Grande quantidade de enzimas gHcoHticas para a libera9ao rapida de energia

pelo processo gticoHtico.

Vascularizac;ao pOUCDextensa, pela importancia secundaria do metabolismo

oxidativo.

Pequeno numero de mitacondrias, igualmente por ser 0 metabolismo

oxidativo secunda rio.

A partir dessas descric;oes, pade-se ver que as fibras rapidas sao adaptadas

para contrac;oes museu lares muito rapidas e fortes, como as que ocorrem nos salt05

e na corrida curta. As fibras lentas sao adaptadas para a atividade muscular

prolong ada e continua, como a de sustentac;ao do corpo contra gravidade e

atividades esportivas de long8 durac;ao, como a maratona.

1.4.5.2 Subdivisao das fibras tipo II:

De acordo com MCARDLE, KATCH e KATCH (1998):

Fibra tipo lIa: e considerada intermediaria por sua capacidade ser

desenvolvida para a transferencia de energia tanto aer6bica (alto nivel de enzimas),

quanto anaer6bica (alto nivel de enzimas).

Fibra tipo lib: possui maior potencial anaer6bico, a verdadeira fibra fasica.

Fibra tipo Ilc: normalmente e uma fibra rara e indiferenciada que pode

participar da reinervay80 au da transformayao das unidades motoras.

Diferenyas entre grupos:

De acordo com MCARDLE, KATCH e KATCH (1998), niio existe diferenc;a de

predominancia de fibras entre a homem e a mulher, a principal diferenya sexual na

composiyao dos musculos e de fibras musculares maiores nos atletas masculinos.

Nos atletas de maratona, por exemplo, passu em a percentual mais alto de

fibras de contrayao lenta, ja levantadores de peso tendem a possuir mais fibras de

contrayao rapida, porem a sucesso au nao do individuo no esporte depende nao s6

da composic;:ao em termos de fibras, mas de sistemas de apoio fisiologicos, como

bioquimicos, neurologicos e biomecanicos.

o treinarnento de potencia e de forc;a induz urn aumento definido no aparelho

contratil da fibra, os levantadores de peso mostram um aumento nas fibras

musculares, ja 0 volume muscular dos atletas de endurance e normal.

QUADRO 1- Par exemplo, e apresentado a seguir as percentagens defibras de contrayao rapida versus de contra<;ao lenta nos quadriceps dediferentes tipos de atletas:

Modalidade Fibra de contrayao rapida Fibra de contra<;ao lenta %

%

Maratonistas 18

Nadadores 26

Hornem comum 55

Levantadores de peso 55

Velocistas 63

Saltadores 63

Fonte: GUYTON (1992).

Segundo GUYTON (1992), algumas pessoas possuem quanti dade

consideravelmente maior de fibras de contra<;ao rapida do que de contra<;ao lenta,

enquanto outras exibem mais fibras de contrac;ao lenta. Esse aspecto e determinado

quase totalmente pela heranc;a genetiea e ajuda, por sua vez, a determinar qual a

area do atletisma rna is apropriada para cada individuo. Algumas pessaas nascem

para ser corredores de maratona, outras, para serem velocistas e saltadores.

A modifieayao do tipa de fibra:

Segundo MCARDLE, KATCH e KATCH (1998), as caracteristicas de

distribui<;ao dos tipos de fibras sao determinadas essencialmente pelo c6digo

genetico. Entretanto, parece que alguma transformac;ao no tipo de fibras musculares

e passivel com 0 treinamento.

30

82

74

45

45

37

37

31

Por exemplo, urna fibra de contra~o rapida antes do treinamento continuara

sendo urna fibra de contrac;:.3o rapida apas 0 treinamento, porem ha possibilidades

de mudanyas nas propriedades bioquimicas-fisiol6gicas das fibras musculares.

Com urn treinamento apropriado, as fibras museu lares de contrac;ao rapida e

de contrayao lenta podem aprimorar acentuadamente sua capacidade metab6lica.

Urn treinamento aerobic de endurance, acompanha aumento de tamanho e numero

das mitocondrias, aumento na quantidade de enzimas do cicio de Krebs e do

transporte de eletrons.

A idade nao constitui urna barreira para as adaptac;:oes nas fibras musculares

induzidas pelo treinamento.

Segundo GUYTON (1992), 0 lipo de fibra muscular predominante, poderia

determinar, ate certa ponto, as capacidades atleticas de diferentes individuos.

Infelizmente, nao foi possivel mostrar que a treinamento atieHico tenha a capacidade

de modificar as proporyaes relativas das fibras de eontrac;ao rapida e de contrac;ao

lenta, par mais que a atleta desejasse desenvolver mais um tipo de destreza atletica

em relayao a outro.

Processo de reerutamento das fibras:

As fibras museu lares como ja foi dito, possui dois tipos basicos fibras

vermelhas, lenta oxidativa ou tipo I e as fibras brancas, rapidas, glieoliticas ou do tipo

II, sendo dois sub-tipos de fibras brancas, as mais importantes do ponto de vista

funeional. As fibras II-A sao chamadas fibras intermediarias, porque passu em

metabolismo glicolitico e oxidativo, enquanto que as fibras 11-6 sao apenas

glicoliticas.

Normalmente as pessoas passu em maior quantidade de fibras II-A, mas

pessoas fisicamente ativas aumentam a sua quantidade. Isto se deve a que a

atividade fisica, tanto aer6bia quanta anaer6bia (que apresenta ativayao aer6bia

paralela), induz 0 acumulo de enzimas oxidativas nas fibras 11-6. Outro aspecto

importante e que nas atividades mais comuns, as fibras musculares sao solicitadas

para contrayao em uma seqOencia progressiva de volume celular, as menores sao

ativadas antes das maiores. Os menores diametros ao corte transversal sao os das

fibras vermelhas. Considerando a faixa de variay80 normal de volume entre as fibras

32

muscu[ares, as fibras II-A apresentam urn diametro media. A maior parte das fibras

11-8tambem possuem diametros medias, mas algumas possuem grandes volumes,

mesma entre pessoas sedentarias.

No casa do treinamento com pesos, exercfcios com pequenas cargas, que

ativarn poucas unidades motoras, utilizam apenas fibras vermelhas. Exercicios com

cargas maiores mas ainda pequenas, ativarn maior quantidade de fibras, mas todas

vermelhas. Cargas maiores do que as necessarias para ativar todas as fibras

vermelhas, comec;arao a solicitar as fibras brancas. Normalmente cargas em niveis

de treinamento para hipertrofia, entre 70 e 90% de carga maxima, ativarn todas as

fibras vermelhas e a maior parte das fibras brancas. Na ativayao muscular voluntaria

nunca e possivel ativar simultaneamente todas as fibras musculares, e no caso do

treinamento para hipertrofia, as fibras que permanecem em repouso sao as fibras lI-

B de tamanho maior. Essas fibras sao ativadas apenas em situaQao de esforQo

maximo, para uma unica repetiQao do movimento, ou em movimentos repetidos

quando a maioria das outras fibras ja estao em fadiga. Devido a sua participaQao

nos esferQos per tempo muito curto, mesmo em treinamento com pesos, as fibras lI-

B nao acumulam enzimas oxidativas. Assim sendo, apenas as fibras II-B de tamanho

medio tendem a serem transformadas em II-A. 0 processo de hipertrofia dos

musculos esqueleticos caracteriza-se p~r aumento de volume celular que pade ser

predominantemente de fibras brancas, ou tanto de brancas quanto de vermelhas.

Em situaQoes de movimentos muito rapidos ou de ferQ8 maxima, parece haver uma

inibiQao de fibras vermelhas em favor das fibras brancas de todos as tamanhos,

Provavelmente p~r esse mecanismo, atletas de movimentos explosivos e

levantadores de peso apresentam hipertrofia seletiva de fibras brancas. 0treinamento com pesos para hipertrofia, tal como realizado na musculaQao esportiva

e em reabilitaQao, estimula aumento de volume tanto nas fibras brancas quanto nas

fibras vermelhas. Como as fibras brancas dos sedentarios sao maiores do que as

vermelhas, nos individuos treinados permanece um diferencial de volume em favor

das fibras bran cas.

Neste protocolo de tratamento para hernia de disco 10mbar foi realizado

fortalecimento muscular abdominal.

2. MATERIAL E METODO

2.1 Metodologia

Este estudo caracteriza-se como forma de validac;ao , pais tern como objetivo

validar a protocol a fisioterapico em hernia de disco lam bar, que fa; realizado no

Centro de Reabilitac;:c3o Fisiopan, na cidade de Ponta Para-MS, situada a rua

Cal6geras n.o 1154, em individuos que possuem a patologia hernia de disco lam bar,

do sexo masculino e feminin~, na faixa etaria dos 18 aos 40 anos de idade,

A amostra e constituida em no minima 10 individuos e no maximo 15

individuos, sendo a seleC;:8oda amostra realizada de maneira acidental, pais fcram

utilizados pacientes, que procuraram atendimento fisioterapico no Centro de

Reabilitayao FisioPan.

Antes do inicio do protocolo de tratamento fisioterapico em hernia de disco

!ombar, e realizado uma minuciosa avaliar;ao, atraves de uma ficha de avaliar;ao,

sendo esta Feita em seis etapas, que segue em anexo 1.

o protoco!o fisioterapico em hernia de disco !ombar, e realizado em tres fases

distintas, sendo a primeira fase composta par tres sessoes, a segunda fase

composta par quatro sess6es e a terce ira fase composta par tres sessoes, que

segue em anexo 2.

E orientado ao paciente como prevenir dares na coluna e como tamar

algumas precau90es durante a dia a dia, sendo que a mesmo deve seguir

rigorosamente as orientayaes recomendadas a fim de evitar dares na coluna. Segue

em anexo 3.

34

2.1.1 Etapas da ficha de Avalia9iio

2.1.1.1 Oadas Pessoais

Na primeira etapa da avaliavao e coletado as dados pertinentes ao paciente,

com 0 nome, data de nascimento, sexo, naturalidade, rac;a, profissao, enderec;o,

telefone residencial e camercial, cidade, estado, constanda ainda a data da

avaliayao.

2.1.1.2 Anamnese

Na etapa de anamnese consta urna conversa do fisioterapeuta com 0

paciente, cnde e objetivado a pesquisa da historia pregressa e atual, da queixa

principal, como a existencia de algia, local, tipo aguda e au irradiada, e se

proporciona alguma incapacidade ao paciente. Tambem e perguntado 0 habito de

tabagismo, a existencia de diabetes e alterac;6es cardiacas. A existencia de

diagnostico clinica, nome do medico responsavel, utilizac;oes de medicamentos e

antecedentes cirurgicos.

2.1.1.3 Avaliac;ao Postural

E realizada uma avatiac;ao postural, 0 avatiado deve manter-se na posic;ao

ortostatica, com os pes paralelos um ao outro, tevemente afastados e descahyos,

vestindo apenas roupa de banho, 0 individuo de costas a uma parede branca, sob a

vista anterior, lateral esquerda, direita e posterior para 0 avaliador visualizar

quaisquer attera90es posturais.

35

2.1.1.4 Testes Especfficos

Teste de Milgram: Segundo HOPPENFELD (1997), 0 paciente em decubito

dorsal (D. D.) com as membros inferiores (M.M.!.!.) retificados, pede-se para elevar

as M.M.!.!. cerca de cinco centimetres. 0 paciente deve manter-se nesta posigao a

maximo de tempo possivei. Esta manobra estira a musculo ileopsoas e as musculos

do abdomen, aumentando a pressao intratecal. Se a paciente for capaz de manter-

se nesta posir;ao por trinta segundos sem queixar-se de dar, as patologias

intratecais podem ser afastadas. No entanto se 0 teste for positivo, isto e, se 0

paciente nao for capaz de sustentar a posigao de elevar as M.M.!.!., au mesmo

queixar-se de dar ao tentar a manobra, pode haver patologias intra au extratecais

(hernias de disco) au excesso de pressaa sobre a teca (envolt6rio medular).

Teste de Valsalva: De acordo com HOPPENFELD (1997), e solicitado ao

paciente a fazer esforc;o como se quisesse evacuar, estando a paciente sentado.

Esta manobra aumenta a pressao intratecal. Se ela far capaz de causar dor nas

costas au dar que se irradie ao longo das pernas, provavelmente havera alguma

patologia, que estara aumentando a pressao intratecal ou acometendo a teca

diretamente.

Teste Sinal das Pontas: E realizado com a paciente na pasi~o ortastatica,

pedindo-Ihe que caminhe nas pontas dos pes, caso nao consiga realizar a

movimento e sentir dar indicara sobrecarga nos discos LS-S1, au seja

camprametimento motor S1, e logo apes que caminhe sobre as calcanhares, e caso

nao 0 consiga indicara sobrecarga nos discos L4-L5, au seja comprometimento

motor L5.

36

Teste de Lasegue: Paciente deve estar em decubito dorsal, com 0 membra

inferior que e avaliado retificado, 0 fisioterapeuta deve segurar no ponto chave

tornozelo elevando 0 mesma a 30° I com extensao de joelho e fiexao de coxofemural,

se a paciente referir dar 0 teste sera positiv~, case contra rio negativo.

Teste Neuromeningeo: Padente sentado na maca, com as membros

inferiores pendentes, 0 terapeuta salicita ao paciente que f1exione a cabe«;:a e 0

troncD, e va enrolando 0 tronce ate 0 nivel do joelho, com 0 terapeuta auxiliando 0

movimento com uma das maos sabre a cabeya, e logo ap6s 0 terapeuta solicita ao

paciente que comece a estender a cabeQa eo membra inferior que e analisado sem

estender 0 troncD, realizando uma dorsifiexao plantar com 0 terapeuta apoiando a

mao no pe, auxilianda ao movimento de dorsiflexao plantar. 0 teste e positiva se a

perna analisada hiperextender, resultando em deficit neuromeningeo, caso a perna

analisada nao hiperextenda e considerado deficit muscular.

Reftexo Aquileu: Segundo HOPPENFELD (1997), 0 reftexo aquileu e urn

reflexo profunda, mediado pelo gastrocnemio. Para testa-Io, pede-se ao paciente

para dorsifletir 0 pe de modo a tensionar 0 tendao de Aquiles, em seguida a

fisioterapeuta percuti 0 tendao, 0 que resulta em flexeo plantar subita e involuntaria.

Testes de sensibilidade: 0 dermatomo de L5 cobre a face lateral do femur e a

dorso do pe, a crista iliaca representa a linha divisoria entre as dermatomas de L4 e

L5. 0 dermatomo de S1 cobre 0 maleolo lateral e a face lateral da superficie plantar

do pe. Os testes de sensibilidade sao realizados nos dermatomos respectivos. E

utilizado a martelo de Buckmam contendo nele um penacho macio, urn metal de

forma circular e um material pontiagudo, sendo que e utilizado a material pontiagudo

de calibre fino e grosso para testar altera!;oes de sensibilidade tacteis, a paciente

37

deve estar sentado e com as elhos fechados, tendo que discriminar se 0 material

pontiagudo, que e encostado na pele pelo fisioterapeuta, e de calibre fino ou grosso,

casa a discriminay80 seja err6nea verifiea-se alterac;oes sensitivas tacteis. Logo em

seguida e utilizado a penacho macio e urna lixa na pele do paciente, para verificar

se existe au naD a discriminac;ao entre made e aspero, testando as alterac;6es de

sensibilidade tactil. Em seguida e utilizado 0 mesma material pontiagudo

pressionando a pele estimulando a dar, case refira dor nao verifica-se alterac;::ao de

sensibilidade dolarosa, isto e negativo, casa contrariD positive. Tambem e utilizado a

metal de forma circular, no qual a fisioterapeuta caloca sabre a pele do paciente

(dermatomo respective), se ele referir que e metal e frio nae existe altera<;Slo termica,

ou seja teste negativ~, logo ap6s 0 fisioterapeuta esfrega 0 metal contra a sua

propria pele com 0 objetivo de esquenta-Ie, e em seguida celoca 0 metal aquecido

sobre a pele de paciente, case refira a sensayao cerreta mente, teste negativ~, caso

centrarie positive.

2.1.1.5 Testes de Comprimento Muscular

Musculos isquiotibiais: Segundo KENDALL, MCCREARY e PROVANCE

(1995), e realizado a elevayao do membro inferior estendido com 0 individuo em

decubito dorsal, coluna lombar e sacro sobre a maca e 0 outro membro inferior

estendido e mantido em baixo. E feito um angulo de aproximadamente 800 entre a

maca e 0 membro inferior levantado, se for possivel conseguir esta angulayao e

considerado amplitude normal de comprimento dos isquiotibiais, caso contrario econsiderado encurtamento dos isquiotibiais.

38

Musculos flexores do quadril: De acordo com KENDALL, MCCREARY e

PROVANCE (1995), 0 paciente deve estar em decubito dorsal com 0 membro

inferior testado fora da maca a nivel da articulayao do joelho, 0 Dutro membra deve

estar com fiexao de coxofemural e joelho, mantido pelo proprio paciente, se a coxa

do membra inferior testado manter-se encostado na maca, e considerado

comprimento normal de flexores de quadril, casa contrario encurtamento da

musculatura, Qutra observa98o e feita no musculo biarticular (retofemural), se a

perna estender e considerado encurtamento do reto femural, se manter a fiexao de

joelho, para fora da maca, e considerado comprimento normal do musculo

biarticular.

Flexores Plantares: Segundo KENDALL, MCCREARY e PROVANCE (1995),

o paciente deve estar em decubito dorsal com a joelho em extens80 e realizar a

dorsiflexaa do tornozel0, e considerado normal amplitude de aproximadamente 10°,

caso a amplitude seja menor que 10° e considerado encurtado os flexores plantares

(gastrocnemio e soleo).

2.1.1.6 Testes de Forc;a Muscular

Musculos Isquiotibiais: Segundo KENDALL, MCCREARY e PROVANCE

(1995), 0 paciente encontra-se em decubito ventral com os membros inferiores

estendidos, no qual 0 fisioterapeuta, pede ao paciente que realize uma contrac;ao

isometrica da musculatura isquiotibial , au seja sem movimento, depois que realize

uma flexao de joelho vencendo a gravidade, logo apos 0 fisioterapeuta coloca uma

de suas maos a nivel da articulayao do tomozelo do membro inferior testado, onde e

graduado tres niveis de forc;a (grande, media e pequena resistencia), caso 0

39

paciente consiga somente realizar a contrayao isometrica, e considerado grau 1 OU

20 % da capacidade da musculatura, casa nae consiga nenhuma contrayao, econsiderado grau 0 au seja 0 % da capacidade do muscu!o, S9 conseguir veneer a

fortya da gravidade e considerado grau 2 ou 40 % da capacidade, S9 veneer apenas

a pequena resistemcia, e considerado grau 3 au 60% da capacidade, S9 conseguir

veneer somente ate a media resistemcia, e considerado grau 4 au 80% da

capacidade, e S9 0 paciente conseguir veneer a grande resistEmcia e considerado

grau 5 au 100 % da capacidade do musculo. Casa a fisioterapeuta perceber que 0

paciente passu; urn certa grau de contrac;:ao, atraves da propria marcha, carney8 0

teste au pela pequena, media au grande resistencia. Mesmo que 0 paciente cons;ga

realizar a movimento, porem ja com fadiga (tremor da musculatura), e considerado 1

grau abaixo do teste realizado.

Milsculos Eretores da coluna: Segundo KENDALL, MCCREARY e

PROVANCE (1995), 0 paciente deve estar em decubito ventral com as maos

tranc;adas atras da cabec;:a (regiao cervical), a fisioterapeuta estabiliza os membros

inferiores firmemente na maca, e 0 paciente deve realizar a extensao do tronco ou

seja a elevac;ao do mesmo em relac;a,o a maca. A habilidade de completar a

movimento e manter a posir;ao atras da cabec;a pode ser considerada forc;a normal e

a inabilidade de manter-se nesta posi9aO indica fraqueza muscular, podendo ser

descrita como fraqueza leve, moderada au acentuada para fins de graduac;a,o, com

base no julgamento do fisioterapeuta.

Musculo Quadriceps: 0 paciente deve estar sentado na maca, com as

membros inferiores fora da mesma, onde e observado os graus 0, 1 e 2, e logo apes

o fisioterapeuta, com uma das maos acima do tornozelo, aplica as fort;as respectivas

40

aos graus 3, 4 e 5, pedindo 80 paciente que realize a extensao do joelho, ande ja foi

descrito acima no teste de forya do musculo isquiotibial.

Musculo Triceps Sural: Segundo KENDALL, MCCREARY e PROVANCE

(1995), 0 paciente deve estar em pe, cnde estabiliza com uma mao sabre a maca,

porem naD deve depositar peso algum nesta mao, a paciente eleva-se sabre 0

antepe, empurrando a peso do corpo diretamente para cima, cnde inclinar 0 corpo

para frente e flexionar a joelho constitui evidemcia de fraqueza.

Musculo Reta Abdominal: 0 paciente deve estar em decubito dorsal, com as

membros inferiores fletidos (flexaD de coxofemural e joelho), 0 paciente deve realizar

a f1exao do troneD de aproximadamente 45°, primeiro e pedido ao paciente que

realize a flexao do tronco com os membros superiores estendidos, caso consiga

realizar este movimento e sem fadiga, e considerado musculatura com for<;a fraca,

em seguida 0 paciente deve realizar a flexao do tronco com os membros superiores

cruzados a nivel do peito, caso consiga realizar este movimento e sem fadiga, econsiderado musculatura com for<;a moderada, logo apas 0 paciente realiza a flexao

do tranco com os membros superiores apoiados na regiao cervical, caso consiga

realizar este movimento e sem fadiga, e considerado musculatura forte. Se 0

paciente nao conseguir realizar 0 movimento do teste ou ocorra fadiga da

musculatura (tremor), e considerado um grau abaixo do teste realizado.

2.1.2 Protocolo Fisioterapico em Hernia de Disco Lombar.

Os procedimentos do protocolo fisioterapico em hernia de disco 10mbar sao

realizados em tres fases, sendo a primeira fase composta de tres sessoes, a

41

segunda fase composta de quatro sess6es e a terceira composta de tres sessoes,

que seguira em aneXQ 2.

2.1.2.1 Fases do protocolo:

Na primeira fase e utilizado cinesioterapia, efetroterapia e massoterapia.

Alongamento dos rnusculos isquiotibiais: 0 paciente deve estar em decubito

dorsal sabre a maca com as membros inferiores estendidos, a fisioterapeuta deve

estar na posic;ao de indio, ao lado da maca com urn dos membros inferiores

ajoelhado, colocando a tornozelo do membra inferior do paciente, que e alongado

no ombro do fisioterapeuta, ande 0 mesmo realiza a elevac;ao do membra inferior

com extensao de joelho e flexeD de quadril ate a limite do paciente, porem

objetivando a aicance dos 80°, simultaneamente a fisioterapeuta com urna das maDS

realiza a dorsiflexao do tomozelo e com a outra mao estabiliza a outro membra

inferior que deve estar estendido na maca. E mantida esta posiyao por tnnta

segundos repetindo duas vezes ern cada membra inferior.

Alongamento dos musculos paravertebrais lombares: 0 paciente deve estar

em decubito dorsal, com os membros inferiores fletidos e apoiados na maca,

partindo desta posic;ao a fisioterapeuta pede ao paciente que traga um dos membros

inferiores fletido em direc;:ao ao tronco, abrac;:ando~o com as membros superiores,

mantendo esta posic;:ao durante trinta segundos repetindo cinco vezes, logo apos

realiza a mesmo com outro membra inferior. Partindo da posiyao inicial, e solicitado

ao paciente que traga os membros inferiores fletidos em direC;80 ao tronco,

abrac;:ando~os com os membros superiores, mantendo esta posic;:ao par trinta

segundos repetindo cinco vezes.

42

Alongamento dos museu los flexores de quadril: 0 paciente deve estar em

decubito dorsal sabre a maca, com as membros inferiores para fora da maca ate a

nivel do joelho, a fisioterapeuta com urna das maos flexiona urn dos membros

inferiores, e com a Qutra mao realiza 0 alongamento do outro membro inferior,

pressionando para baixo a nivel de joelho ate 0 limite do paciente, logo apas realiza

o alongamento com Dutro membro inferior. Mantendo esta POSiC;:BOpar trinta

segundos, repetindo duas vezes.

Alongamento do musculo grande dorsal: 0 paciente deve estar sentado sabre

as calcanhares nurn tatame de chao, partindo desta posiyao realiza a fiexao do

tronco em direyao ao solo, com as membros superiores em extensao de cotDvelo e

f1exao de ombro, deslizando-os ao solo, ate 0 limite do paciente, no final do

movimento 0 paciente deve realizar a supina9aO dos punhos. Mantendo esta

posi9ao por trinta segundos e repetindo-a tres vezes.

Alongamento da musculatura toraco-Iombar: 0 paciente deve estar em

decubito dorsal sobre a maca, com os membros inferiores semiflexionados e

apoiados na maca, 0 fisioterapeuta realiza a inclina.;:ao dos membros inferiores para

o lado esquerdo do paciente com uma das maos, estando os membros superiores

ao longo do corpo e a cabe9a rodada para 0 lado direito e com a outra mao 0

fisioterapeuta estabiliza a cintura escapular, logo apos realiza 0 mesmo movimento

porem invertendo os lados para alongar a musculatura toraco-Iombar contralateral.

Mantendo esta posi.;:c3.opor trinta segundos e repetindo duas vezes cada lado.

Alongamento das musculaturas de cadeia posterior: 0 paciente deve estar em

pe, a frente da barra de ling, partindo desta posiyao fiexiona 0 tronco em direyao a

43

barra de ling, com as membros superiores estendidos, segurando na barra,

mantendo esta posiyao par trinta segundos, repetindo-o tres vezes.

Estimulayao Eletrica Nervosa Transcutanea 0 paciente deve estar em

decubito ventral sobre a maca, com urn travesseiro embaixo do abdomen (alinhando

a cal una lambar), e utilizado quatro eletrodos de tamanho media auto colantes, de

acordo com as pontes de dar referido pelo paciente. A dura9ao, 0 repousa, a

intensidade e a freqOencia e-determinada segundo a velocidade de alcance de efeito

analgesico, em dares agudas a velocidade de alcance do efeito analgesico tern que

ser r<3pido, utilizando alta frequencia (de 100 HZ no aparelho neurodyn III) da marca

Ibramed, e baixa intensidade dependendo da sensibilidade do paciente, e em dares

cronicas a velocidade de alcance do efeito analgesico nao necessita ser tao rapido,

baixa freqGencia (de 50 HZ no aparelho neurodyn III) da marca Ibramed, e alta

intensidade dependendo da sensibilidade do paciente. E utilizado durante vinte

minutos.

Massagem relaxante: a paciente deve estar em decubito ventral sabre a

maca, com urn travesseiro embaixo do abdomem (alinhando cojuna 10mbar), 0

fisioterapeuta realiza inicialmente deslizamento superficial, lento e ritmico em toda a

regiao 10mbar e na coxa ao nlvel da irradiac;:ao durante cinco minutos, em seguida

realiza urn deslizamento profunda, lento e ritmico em tada a regiao lombar e ao nivel

da coxa durante cinco minutos, logo apes realiza novamente 0 deslizamento

superficial durante dais minutos. E utilizado creme para corpo.

Na Segunda fase e utilizado cinesioterapia e eletrotermoterapia.

Diatermia por Ondas Curtas Continuo: 0 paciente deve estar em decubito

ventral sabre a maca, com urn travesseiro embaixo do abdomen (alinhando a coluna

44

lambar), e utilizado dais eletrodos do tipo placas (almofadas), cnde urn dos eletrodos

e colocado sabre a regiao lombar (8 nivel da hernia de disco), e 0 outro sabre 0 nivel

da irradia9Ao da dor na coxa. E utilizado eletrocto do tipo almofada, e dosimetria de

acordo com a tolerancia do paciente, ande na dose 1 a calor e imperceptivel, dose 2

perceptivel, dose 3 forte toleri'IVel e dose 4 forte, usado de forma continua para

promoc;ao de calor profunda, durante vinte minutos.

Alongamento dos musculos isquiotibiais: descrito e salientado na primeira

fase.

Alongamento dos musculos f1exores do quadril: descrito e salientado na

primeira fase.

Alongamento das musculaturas da cadeia posterior: descrito e salientado na

primeira fase.

Alongamento dos musculos paravertebrais lombares: descrito e salientado na

primeira fase.

Fortalec;mento do musculo reto abdominal: 0 paciente deve estar em

decubito dorsal, com as membros inferiores semiflexionados, de acordo com nivel de

forc;a do musculo as membras superiores estao estendidos (fraco), tranc;:ados sabre

a tranco (moderado), e apoiados na regiao cervical (forte). Partindo desta posic;:ao a

paciente realiza a flexao do tronco de apraximadamente 45°, realizando este

exercicio com duas series de dez vezes.

Na terceira fase e utilizado cinesioterapia.

Alongamento dos musculos isquiotibiais: descrito e salientado na primeira

fase.

45

Alongamento dos musculos paravertebrais: descrito e salientado na primeira

fase.

Alongamento da musculatura da cadeia posterior: descrito e salientado na

primeira fase.

Fortalecimento do musculo reta abdominal: descrito e salientado na segunda

fase

3 APRESENTA9AO DOS DADOS

A pesquisa foj realizada no Centro de Reabilitac;:ao Fisiopan com 10

avaliac;ao fisioterapica. A media da idade foi de 42 anos.

pacientes, todos com patologia diagnosticada hernia de disco lombar, atraves de

Profissoes

OPiscineiro10%

• Funileiro10%

o PlOfessor 30%

OCopeiro 10"1.• Molorisla30"10

ODo Lar 10%

participaram do protocolo.

GrafieD 1: Este gn3.fico contern as profiss6es dos pacientes avaliados que

Sintomatologia

[J Dor Lombar 60%

IlDor Lomoor com irradi3lf30 p;lr<lMMII30%

DOor Lombar com irradlac;tlo pararcglioglutea10"J.

da queixa principa1.

Grafico 2: Este grafico cantem as sintomatologias detectadas na avaliac;:ao atraves

47

Alterac;:6es Posturais

D Hiperlordose Lombar 90"10• Lew Hiperlordose Lombar 1 0"/.

Gratico 3: Alterac;6es Posturais observadas na avaliac;ao postural.

Teste de Milgram

Gratico 4: Este grafico contem 0 resultado do teste especifico para Hernia de disco

Lombar.

48

Teste de Lasegue

GrafieD 5: Este grafieD contem 0 resultado do teste especifico para Hernia de disco

Lombar.

Teste Sinal das Pontas

Grafico 6: Este grafico contem 0 resultado do teste especifico para Hernia de disco

Lombar.

Teste de Valsalva

Grafico 7: Este grafico mostra 0 resuUado do teste de Val salva.

Teste Neuromeningeo

49

Grafico 8: Este grafico contem 0 resultado do teste especifico para Hernia de disco

Lombar.

50

Teste de Reflexo Aquileu

Grafico 9: Este grafico contem 0 resultado do teste de reflexo.

Teste de sensibilidade tactil

Dermatomo 81 Dermatomo L5

Grafico 10: Este gr;3fico contem resultado

do teste de sensibilidade no dermatomo 81.

Grafico 11: Este grafico contem a

resultado do teste de sensibilldade

no dermatomo LS.

51

Dermatomo 51

Teste de sensibilidade doloroso

Dermatomo L5

Grafico 12: Este grafico contem a fesultado

do teste de sensibilidade no dermatomo 51.

Grafico 13: Este grafico contem 0

resultado do teste de sensibilidade

no dermatomo L5

Teste de sensibilidade termico

Dermatomo 51 Dermatomo LS

Gratico 14: Este grafico contem 0 resultado Gratico 15: Este grafico contem 0

do teste de sensibilidade termico no resultado do teste de sensibilidade

dermatomo 51. termico no dermatomo L5.

52

Musculatura Isquiotibial

Teste de Comprimento muscular Teste de Fory8 Muscular

Grafico 16: Resultado do teste de compri- G",fico 17: Resultado do teste de

mento da musculatura Isquiotibial. forya da musculatura Isquiotibial.

Teste de Comprimento Muscular dos Flexores do Quadril

Grafico 18: Este grafico apresenta 0 resultado do teste de comprimento muscular da

musculatura Flexora do Quadril.

Teste de comprimento muscular dos Flexores Plantares

53

Grafico 19: Este grafico demonstra 0 resultado percentual do teste de comprimento

muscular da musculatura Flexora Plantar.

Teste de Forya Muscular dos Eretores da Col una

Grafico 20: Este grafico demonstra 0 resultado percentual do teste de forc;a muscular

da musculatura Eretora da Coluna.

54

Teste de forc;:amuscular do Quadriceps

GraJico 21: Este grafteo apresenta 0 resultado do teste de forc;a muscular da

musculatura do Quadriceps.

Teste de forya da musculatura Triceps Sural

Grafico 22: Este grafieo contem a resultado percentual do teste de forya muscular da

musculatura Triceps Sural.

55

Teste de forya muscular do Reta Abdominal

10Fraco 100%1

Grafico 23: Este gratico apresenta resultado percentual do teste de forya muscular

do rnusculo Reta Abdominal.

Escala de Dor

12

"""\

"- ~ "--

I-+- Dor x Sess6es I

10

8

6

4

o3 4 5 6 8 9 10

Grafico 24: Este grafico representa a media dos resultados da Valida~o de

protocolo de hernia de disco lam bar, realizado em 10 pacientes. A linha horizontal

representa a n.o de sessoes realizadas, sendo no total 10 sess6es. A linha vertical

corresponde it escala de dar cnde 0 (sem algia). e 10 ( maximo de algia), esta

escala de 0 it 10 e referida pelo proprio paciente it cada sessao realizada.

4 INTERPRETA9AO DE DADOS

Nesta pesquisa de validayao de protocolo fisioterapico em hernia disco

10mbar, fcram avaliados 10 individuos, atraves de testes especificos e musculares,

diagnosticando hernia de disco lombar em todos as casas, sendo usado 0 protocolo,

com objetivo de validar 0 tratamento, sendo este composto de varias recursos

fisioterapicos.

o protocolo e constitufdo de 10 sessoes fisioterapicas, realizadas em tresfases. De acordo com as resultados do GRAFICO 1, cnde demostra que dos 10

pacientes submetidos ao tratamento 10% piscineiro, 10% funileiro, 30% professor,

10% copeira, 10%do lar, e 30% motorista, esses resultados mostram que estas

profissoes alteram e afetarn a biomecancia da coluna 10mbar.

De acordo com 0 GRAFICO 2, as sintomatologias se diferem pela sua

localizac;:ao, sen do que os resultados mostram que 10% possuiam dor 10mbar com

irradiac;:ao para regiao glutea (ciatalgia), 30% dor lombar com irradiac;:ao para

membros inferiores (Iombociatalgia) e 60 % dar lombar (Iombalgia). Segundo SALLE

(1996), ciatalgia e quando existe exteriorizac;:ao do fragmento nuclear, existe hernia

discal e a raiz nervosa esta irritada de maneira cr6nica pelos fatores mecfmicos (a

pressao), 0 paciente apresenta dor referida mais na regiao glutea. A caracteristica

da 10mbociatalgia e a protusao no forame intervertebral, 0 paciente apresenta uma

dor 10mbar aumentada com irradiac;:ao para alguns dos membros inferiores. Na

lombalgia ocorre a irritac;:ao das fibras do anel, pOis a pressao exercida pelo nucleo etransmitida horizontalmente e 0 paciente apresenta uma dor referida e localizada.

57

De acordo com 0 GRAF1CO 3, a avaliacao postural demostra que 90% dos

pacientes apresentavam hiperlordose lambar acentuada, que se caracteriza par urna

curvatura fisiol6gica alem do normal, ja as 10% restantes apresentavam urna leve

hiperlordose.

De acordo com a GRAFleO 4, 0 resultado doTeste de Milgram demonstra a

sua eficaci8 em apenas 40% dos casas, naD sendo totalmente fidedigno, e as Qutros

60% nao sendo passivel diagnosticar as sinais apresentados par esse teste.

De acordo com 0 GRAFleO 5, 0 resultado do Teste de Lasegue mestra-se

eficaz em 60% dos casos apresentados, portanto nesta pesquisa cientifica pode-se

observar que este teste especifico. foi fidedigno.

Em relaryao ao GRAFICO 6, observou-se que 60% dos pacientes obtiveram 0

Teste do Sinal das Pontas positiv~, e somente 40% teste negativ~, mostrando a

eficacia desse teste especifico para hernia de disco 10mbar.

Em relay80 ao GRAFICO 7, observou-se que 60% dos pacientes obtiveram 0

Teste de Valsalva positivo, sendo 0 mesmo de grande importancia e eficacia, e

apenas 40% dos casos obtiveram 0 resultado do teste negativo.

De acordo com 0 GRAFICO 8, observou-se que 60% dos pacientes obtiveram

o Teste Neuromenigeo positiv~, portanto 0 mesma apresentou grande eficacia, e

apenas 40% das casas abtiveram 0 resultada do teste negativo.

Em relay80 ao GRAFICO 9, 0 resultado do Teste de Reflexo de Aqulleu

apresentou 50% dos casos normoreflexia, 30% hiperreflexia e 20% hiporeflexia. A

narmoreflexia carateriza-se por um reflexo nao alterado, ja a hiperreflexia candiz par

uma aumenta de tanicidade alteranda 0 reflexa e a hiporeflexia par uma diminuiyao

da tonicidade alterando 0 reflexo.

58

Nos testes de sensibilidade tactil do dermatomo 81 e LS, respectivamente

GRAF1COS 10 e 11, observou-se maior alterac;ao de sensibilidade no dermatomo L5

sendo de 60%, e no dermatomo 81 somente 50% dos casas obtiveram alterayao.

Nos testes de sensibilidade doloroso do dermatomo 81 e L5, respectivamente

GRAFICOS 12 e 13, observou-se tambem maior alterac;ao de sensibilidade no

dermatomo L5 sendo de 60% e no dermatome 81 somente 50% dos casas

obtiveram alterac;:ao.

Nos testes de sensibilidade termico, ocorreu que 60% dos cases obtiveram

alterayao tanto no dermatomo 51, quanta no dermatome L5, de acordo com as

GRAFICOS 14 e 15.

Notou-se que no dermatomo de L5 ocorreram as maiores alterac;6es de

sensibilidade tanto tactil, doloroso e termico, observando maior incidencia de hernia

de disco na raiz nervosa de L5, pOis a origem do nervo ciatico se da nessa raiz.

E de suma importancia para a eficacia do protocolo, que fosse realizado

testes de comprimento e de fonya muscular, pais a estabilidade da biomecanica se

faz presente atraves do equilibria muscular, este s6 e possivel com a musculatura

alongada e fortalecida. Nesta pesquisa verificou-se, que nos casos envolvidos 0

maior percentual foi de fraqueza e encurtamento muscular.

No caso da musculatura isquiotibial, as resultados mostraram que 50% dos

avaliados com comprimento muscular normal e 50% encurtado, analisado no

GRAFICO 16, ja no GRAFICO 17 observou-se que 20% dos avaliados obliveram

grau 2 de forya no musculo isquiotibial, 20% grau 3, 20% grau 4 e 40% grau 5.

59

De acordo com 0 comprimento dos f1exores do quadril 80% dos pacientes

possuiam a musculatura encurtada e 20% comprimento muscular normal, analisado

no GRAFICO 18.

Em rela,ao ao GRAFICO 19, 80% dos casos possuiam encurtamento dos

f1exores plantares e 20% comprimento muscular normal.

De acordo com 0 GRAFleO 20, 50% dos pacientes mostraram fraqueza nos

museu los eretores da col una e 50% de fon;:a normal, segundo a avaliac;ao realizada.

Em relavao ao GRAFICO 21, que demonstra 0 percentual da forya da

musculatura quadriciptal, cnde observou-se que 40% dos avaliados possuiam grau

3 de fon;:a, 30% grau 4 e 30% grau 5.

De acordo com 0 GRAFteO 22, 50% dos pacientes apresentaram fon;;a

normal da musculatura do triceps sural e 50% restantes apresentaram fraqueza

muscular.

Em relayao ao GRAFICO 23, onde demonstra a forc;:a do musculo reto

abdominal, observou-se em 100% dos casos fraqueza abdominal. Sendo este

musculo um dos principais estabilizadores da curvatura fisiologica da coluna 10mbar,

pais quando este musculo encontra-se fraco, ocorre aumento da possibilidade de se

instalar uma hiperlordose 10mbar, facilitando possivelmente uma herniayao discal.

De acordo com 0 GRAFICO 24, on de demonstra a media dos resultados

obtidos, verificou-se atraves da escala de dor, que durante a primeira sessao 0 nivel

de dor expressado pelos pacientes foram de 10 (maxima dor), pois a escala refere-

se de 0 a 10 como utilizac;ao de parametro para avaliayao da dor. Ja a partir da

terceira sessao notou-se grande diferenc;a, pois a media ficou na escala de 5 na

avaliac;ao da dar, e da quarta sessao ate a oitava sessao 0 nivel de dor decaiu de 4

60

na escala de dor para 0,5. E a partir da nona sessao ate a decima foi natado que a

eseala de dor era de 0 (sem dor). Os para metros para utiliza9c3o da eseata de dor

foram as seguintes: escala de 10 (maxima dor) e eseala de 0 (sem dor) e a cada

sessao as pacientes referiam melhoras ou nae, utilizando esta e5eata dando a

devida nota.

Portanto notou-se que atraves deste protocolo fisioterapico em hernia de

disco 10mbar, a eficacia foi de 100%, porem com essa pequena gama de pacientes

(10), deu-se pela dificuldade de encontrar tal patologi8. Sabe-s9 que e necessaria

urna gama maior de pacientes para se validar com maior certeza a eficacia de 100%

do protocolo.

5CONCLUSAO

A presente pesquisa compreendeu a validayao do protocolo fisioterapico em

hernia de disco lombar, entre individuos na faixa etaria dos 18 aos 40 anos de idade,

sem distinyao de sexo, sendo realizado no Centro de Reabilitayao Fisiopan. Tendo

como diagn6stico hernia de disco 10mbar e como objetivos verifiear a eficacia do

protocolo de tratamento atraves da aplicacao do mesma.

A classificac;:;ao da biomecimica da coluna lombar foi de grande valia, pOis

para que urn tratamento de resuttado e importante 0 conhecimento da fisica

humana, a definic;:ao da hernia de disco 10mbar e dada pel a irritac;:;aonervosa da raiz

atraves do disco herniado, classificada como prolapso, extrusao e sequestra livre.

Neste protocolo foi realizado inicialmente uma avalia~o minuciosa, sendo 0 mesmo

dividido em tres fases, na prime ira utilizado massoterapia, eletroterapia e

cinesioterapia, na segunda fase foi utilizado cinesioterapia e eletrotermaterapia, na

terceira fase somente cinesioterapia.

a resultado desta pesquisa foi muito satisfatorio, sendo que atraves da escala

de dar comprovou-se que esse pratacalo possui 100% de eficacia, mesmo com 0

pouco numero de pacientes, pais a dificuldade de se encontrar tal patologia foi

grande. Mesma assim, 0 processo de validayao do protocolo fisioterapico em hernia

de disco 10mbar foi eficaz e satisfatorio, portanto pacientes que possivelmente

possam apresentar esta patologia, podem-se utilizar de tal tratamento e recurso com

muita seguranc;a para abter excelentes resultados no final.

Urn dos objetivos especificos desta pesquisa foi de levantar na literatura

existente a principais protocolos referentes a hernia de disco lombar, para estudo

62

comparativD, porem a mesma nao foi passivel pela inexisiEmcia de protocolos desta

area, pois existem as tratamentos, mas nao a montagem de protocolos no pais.

Para que sempre acorra perspectiva de bans resultados, faz-se necessaria a

continuidade do trabalho atraves de muita pesquisa e determinac;ao, e de orientar

aos individuos com tal patologia a procurarem tratamento especializado para

erradicar esta patologia.

Oiante disso conclui-se que a protocolo de valida9ao fisioterapico em hernia

de disco [ambar, mostrou-se eficaz e de grande valia aos profissionais ligados a area

da saude (fisioterapeutas), portanto disponcto de mais urn recurso a ser utilizado.

ANEXO

64

Anexo 1

FICHA DE AVALIAGAOHERNIA DE DISCO

DADOS PESSOAIS:

Endere,o: _

Data da avalia9i"!o: _

Nome: _

Data de Nascimento: Sexo: _

Naturalidade: Ra~:. _

Profissao: _

Telefone residencial: Comercial: _

Cidade: ,Estado: _

ANAMNESE:

Fumante:Diab,\tico (a):Cardiaco (a):

Hist6ria Pregressa: _

Hist6riaAtual: _

Queixa principal: _

Diagnostico Clfnico: _

Medico responsavel: _

Medicamentos: _

Antecedentes Cirurgi.::co~s~:====================

65

-----Anterior

--- ~--- Posterior ~ ---LateralCabe\,a

Coluna Cervical

IOmbro

Escapula

I Coluna Toracica

I-Co'una Lombar

Quadril

I Joelho

I Pes

AVALIACAO POSTURAL:

ITestes M~L E~ M~L D~

rMilgram

Lasegue

18inal das Pontas

TESTES ESPECiFICOS'

Teste -- -- -,-----. ~E. ----r-~--M~--

Valsalva

Neuromen[ngeo

Hiporeflexia Hiperreflexia

Testes de sensibilidade Dermatoma S1 Dennatoma LS

Tacti!

Dolarosa

Termico

66

TESTES DE COMPRIMENTO MUSCULAR

fMDSCu,OS-- -- -,-- ~. E-.-- -~--M. 1.-0-. - -

Iisquiotibiais

Flexores plantar

Flexores de quadril

TESTES DE FORt;A MUSCULAR

fMUSCU'~-- - -- MlY""" -- -- ~.O-.- -

llsquiotibiaiS

Eretores da coluna

I Quadriceps

I Triceps sural

I Reto abdominal

Diagn6stico Fisioterapico: _

67

ANEXO 2

Protocolo de Tratamento:

Protocolo de atendimento: indicado para pacientes com hernia de disco

lam bar nas fases aguda e cr6nica.

Fase 1: a durayao de tratamento sera composta par tres sess6es diarias,

tendo como objetivo analgesia, relaxamento muscular e alongamento muscular. 0

tempo da sessao sera aproximadamente de 50 minutos.

}.- T.E.N.S.(Estimulayao eh~trica nervosa transcutanea): tempo de 20 minutos,

utilizando alta freqOencia (de 100 HZ no aparelho neurodyn III) da marca Ibramed

em dares agudas e de baixa intensidade dependendo da sensibilidade do

paciente, e em dares cr6nicas de baixa freqOemcia (de 50 HZ no aparelho

neurodyn III) da marea Ibramed e alta intensidade dependendo da sensibilidade

do padente.

,. Cinesioterapia.

,. Massagem relaxante: tempo aproximadamente de 12 minutos, realizando

deslizamento superficial e profunda.

Fase 2: a durayao de tratamento sera composta par 4 sessoes diarias, tendo

como objetivo analgesia, alongamento muscular e fortalecimento muscular. 0 tempo

da sessao sera aproximadamente de 40 minutos.

~ D.O.C. (Diatermia par ondas curtas) continuo: tempo aproximadamente de 20

minutos, com tecnica coplanar aplicado na regiao 10mbar, sendo que a dosimetria

dependera da tolerancia do paciente em relayao as ondas de calor, e na fase em

que se encontra a patologia (aguda e au cronica).

);. Cinesioterapia: tempo aproximadamente de 20 minutos.

68

Fase 3: a durayao de tratamento sera composta per 3 sess6es diarias, tendo

como objetivo alongamento e fortalecimento muscular. 0 tempo da sessao sera de

20 minutos.

,. Cinesioterapia: tempo aproximadamente de 20 minutos.

Durante as tres fases fcram realizadas nurn total de 10 sess6es fisioterapicas.

69

ANEXO 3

Orientac;:oes para PrevenC;;Bo de dares na Cotuna:

~ Acostumar-se a urna boa postura.

}.- Manter boa postura 80 sentar-se.

).- Colocar urna alrnofada de apaia para as costas no carro, quando estiverdirigindo.

).. Nao inclinar a cotuna demais e nem mante-Ias curvadas quando estivertrabalhando.

). Calc;:ar sapatos confortaveis, pois a salta tira 0 corpo de seu equilibria e causatens6es muscuiares na cotuna.

;... Controle do peso, pois a obesidade impoe urn fardo excessivo na coluna.

;,.. Ao levantar objetos do chao, abaixe-se devagar, dobre as pernas e mantenha acotuna ereta.

).- Manter sempre urn born alongamento.

;. Evitar cruzar as pernas.

>- Ao dormir de bruc;:o, colocar travesseiro abaixo do abdomen, pois ali via e alinha acol una lam bar.

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