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Revista Clínica

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ISSN 1676-6849Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):1-112

Dental Press

volume 9, número 5, outubro - novembro 2010

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44 A utilização do arco segmentado na correção de transposição de caninoThe use of the segmented arch technique in the correction of canine transpositionFernando R. Manhães, Milton Santamaria Júnior, Silvia Vedovello,Heloisa Valdrighi, Viviane Degan

22 Infraoclusão de molares decíduos: prognóstico influenciado pela agenesia do pré-molar sucessorInfraocclusion of deciduous molars: Prognosis influenced by agenesis of the permanent premolarOmar Gabriel da Silva Filho, Regina Aparecida Cardoso Alves da Costa, Gustavo Augusto Grossi de Oliveira, Vanessa Silva Grossi, Francisco Antônio Bertoz

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50 Correção da mordida aberta anterior mediante extração de molares: relato de caso clínicoCorrection of anterior open bite through molars extraction: Report of a clinical caseEduardo Prado, Pedro Andrade Junior, Aline Martins Gonçalves, Daniela Danni Piccinini

60 Tratamento da má oclusão do Padrão II, protrusão de maxila, com o aparelho HerbstTreatment of Pattern II malocclusion with maxillary protrusion using Herbst applianceMauricio de Almeida Cardoso, Tien Li An, Omar Gabriel da Silva Filho, Leopoldino Capelozza Filho

77 Aparelho de protração mandibular assimétrico como ancoragem para mesialização de molares inferioresAsymmetric mandibular protraction appliance as anchorage for mesialization of mandibular molarsGraziane Olímpio Pereira, Marden Oliveira Bastos

86 Correção da mordida cruzada anterior na dentadura mista com aparelhos fixosCorrection of anterior crossbite in the mixed dentition with fixed applianceRenato Rodrigues de Almeida, Giovani Fidelis de Oliveira, Marcio Rodrigues de Almeida, Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti, Ricardo de Lima Navarro, Paula Vanessa Pedron Oltramari-Navarro

Dental Press

volume 9, número 5, outubro / novembro 2010

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Editorial ................................................ 5

Pergunte a um Expert ........................... 8

Dica Clínica ......................................... 14

Domínio Conexo ................................ 22

Eventos ............................................... 36

Acontecimentos ................................. 37

Arquitetura ......................................... 38

Marketing ........................................... 40

Ortodontia Forense ............................ 42

Abstracts ........................................... 101

Controvérsias .................................... 105

Instruções aos autores ...................... 111

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. – v. 1, n. 1 (fev./mar. 2002). – Maringá : Dental Press International, 2002-.

Bimestral. ISSN 1676-6849.

1. Ortodontia – Periódicos. I. Dental Press International.

CDD 21.ed. 617.643005

EDITOR Omar Gabriel da Silva Filho HRAC-USP EDITOR ASSISTENTE Danilo Furquim Siqueira UNICID-SP Rosely Suguino CESUMAR-PR

PUBLISHER Laurindo Furquim UEM-PR

CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO Adilson Luiz Ramos UEM-PR Hélio Hissashi Terada UEM-PR CONSULTORES INTERNACIONAIS Björn U. Zachrisson Universidade de Oslo / Noruega Jeffrey P. Okeson Universidade de Kentucky / Estados Unidos Jesús Fernández Sánchez Universidade de Madrid / Espanha Júlia Harfin Universidade de Maimonides / Buenos Aires - Argentina Larry White AAO Dallas / EUA Lorenzo Franchi Universidade de Florença / Itália Ravindra Nanda University of Connecticut - EUA Roberto Justus Universidade Tecnológica do México / Cidade do México - México Tiziano Baccetti Universidade de Florença / Itália Vincent G. Kokich Universidade de Washington / EUA

CONSULTORES CIENTÍFICOS Ortodontia Ademir Roberto Brunetto UFPR-PR Arno Locks UFSC-SC Ary dos Santos-Pinto UNESP-SP Carlo Marassi CPO SLMANDIC-SP Cristina Feijó Ortolani UNIP-SP Daniela Gamba Garib HRAC-USP-SP David Normando UFPA/ABO-PA Eduardo Dainesi USC-SP Fábio Bibancos Clínica particular-SP Francisco Ajalmar Maia UFRN-RN Henrique Mascarenhas Villela ABO-BA José Fernando C. Henriques FOB-USP-SP José Nelson Mucha UFF-RJ Julio de Araújo Gurgel FOB-USP-SP Jurandir Antonio Barbosa ACDC-SP Leopoldino Capelozza Filho HRAC-USP-SP Luciano da Silva Carvalho APCD-SP Marcio Rodrigues de Almeida UNOPAR-PR Marden Bastos EAP-ABO-MG Ricardo Nakama Clínica particular-PR Roberto Hideo Shimizu UTP-PR Sebastião Interlandi USP-SP Weber José da Silva Ursi FOSJC/UNESP-SP

Cirurgia Ortognática Eduardo Sant’Ana FOB-USP-SP

Oclusão Paulo Cesar Rodrigues Conti FOB-USP-SP

Patologia Alberto Consolaro FOB-USP-SP

DIRETORATeresa Rodrigues D'Aurea Furquim

ANALISTA DA INFORMAÇÃOCarlos Alexandre Venancio

PRODUTOR EDITORIALJúnior Bianchi

PRODUÇÃO GRáFICA E ELETRôNICA Andrés Sebastián Pereira de Jesus Diego Ricardo Pinaffo Fernando Truculo Evangelista Gildásio Oliveira Reis Júnior Tatiane Comochena

SUBMISSÃO DE ARTIGOS Roberta Baltazar de Oliveira

REVISÃO/COPyDESKRonis Furquim Siqueira

JORNALISMO Renata Mastromauro

BANCO DE DADOSAdriana Azevedo Vasconcelos

E-COMMERCESoraia Pelloi

WEBMASTER Edmar Baladeli

DEPARTAMENTO DE CURSOS E EVENTOSAna Claudia da Silva Rachel Furquim Scattolin

DEPARTAMENTO COMERCIAL Roseneide Martins Garcia

BIBLIOTECAMarisa Helena Brito

NORMALIZAÇÃOMarlene Gonçalves Curty

EXPEDIÇÃO Diego Moraes

GERENTE COMERCIAL Rodrigo Baldassarre

DEPARTAMENTO FINANCEIRORoseli Martins Márcia Cristina Plonkóski Maranha

SECRETARIAAna Cláudia R. Limonta

A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press (ISSN 1676-6849) é

uma publicação bimestral (seis edições por ano), com tiragem de

4.000 exemplares, da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av.

Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá

- Paraná - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva

responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas

não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista.

Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos

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Assinaturas: [email protected]

ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

INDEXAÇÃO:

Revista Clínica de Ortodontia Dental Press

é indexada pela BIREME, nas bases

BBO e LILACS - 2003.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):5 5

editorial

Licença para um pedido amigo

Convidado a ocupar o nobre espaço do editorial desta edição da Revista Clínica de Ortodontia Dental Press — pu-blicação que ganhou a credibilidade de toda a comunida-de ortodôntica e que hoje já leva informações sobre a rica produção científica brasileira para fora dos muros de nosso país —, tomo a liberdade e peço licença aos amigos leitores para deixar os protocolos científicos de lado e traçar linhas testemunhais sobre aquele que, de fato, assinaria este edi-torial se não fosse uma fatalidade que o hospitalizou des-de agosto. Falo do brilhante ortodontista Omar Gabriel da Silva Filho. Inicialmente, falaria dos artigos que enobrecem esta edição, falaria de programas de prevenção que têm se destacado na área odontológica, mas penso que neste momento, em que um amigo de todos nós passa por uma situação delicada, faria melhor uso de minhas palavras re-gistrando aqui um pedido especial: peço uma corrente de solidariedade e de boas vibrações para esse cientista que já demonstrou em incontáveis situações seu potencial, seu talento e seu incondicional amor pela Odontologia, pela Pesquisa e, em especial, pelos alunos e pacientes que o ro-deiam. Não é difícil pontuar a importância desse profissio-nal. Até porque tive o privilégio de acompanhar seus pas-sos, tão bem medidos, tão bem desenhados. Equilibrado, destemido, incansável e apaixonado pelo trabalho, é co-mum nossa equipe encontrá-lo entre o consultório, a biblio-teca e a sala de aula, sempre apressado a concluir alguma atividade. Com mais de 200 artigos publicados, uma pro-dução técnica também próxima de 200 títulos, Omar tem uma trajetória irretocável em atividades clínicas e científicas na área odontológica do Hospital Centrinho-USP (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universida-de de São Paulo), na clínica odontológica da Sociedade de Promoção Social do Fissurado Labiopalatal (Profis/Bauru) e nos programas de Ortodontia implantados nas subsedes Centrinho-USP-Funcraf (Fundação para o Estudo e Trata-mento das Deformidades Crânio-Faciais) localizadas na re-gião de Sorocaba/SP, no grande ABC Paulista (em São Ber-nardo do Campo) e no estado do Mato Grosso do Sul (em Campo Grande), sem contar suas experiências nacionais e

internacionais ao ministrar aulas e palestras. Sua constante preocupação em ensinar com qualidade, dosando conhe-cimento científico com prática profissional humanizada, faz do nosso querido Omar um pesquisador nato e que, sem sombra de dúvidas, ajudou o Brasil a se destacar nacional e internacionalmente na área de Ortodontia Preventiva e Interceptiva. Poderia discorrer muitas e muitas linhas sobre as ações desse pesquisador-modelo, que tanto fez por nos-sos milhares de pacientes — hoje, só na área de fissura la-biopalatina, são mais de 56 mil brasileiros matriculados no Centrinho-USP —, mas meu propósito aqui é tão somente pedir a você, caro leitor, alguns minutos de reflexão. Até mesmo sobre como você cuida de sua saúde. Infelizmente, há pesquisas que apontam índices alarmantes de profissio-nais da saúde que adoecem porque, ao cuidar dos outros, acabam esquecendo-se de ir regularmente ao médico, de fazer check-ups, enfim, de levar uma vida com mais qualida-de. E, como homem que dedicou mais de 50 anos da vida à área da saúde, posso afirmar que sempre há tempo para a vida. Depende de nós e do quanto a valorizamos. É por isso que quero registrar aqui o quanto me é importante a vida desse amigo de anos a fio. De valor inestimável. É por isso que mais uma vez lhes peço: vamos torcer pela vida do doutor Omar Gabriel, o Omarzinho, como é chamado entre os amigos. Vamos voltar o pensamento para ele e para tudo o que pude aqui discorrer sobre seus passos na pesquisa, na docência e na prestação de serviços. Afinal, para viver bem e para exercer qualquer profissão, especialmente na área da saúde, a própria Ciência recomenda o exercício da solidariedade, da compaixão e do amor ao próximo.

José Alberto de Souza Freitas*

*José Alberto de Souza Freitas, cirurgião-dentista, fundador e superintendente do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP, conhecido como Centrinho-USP).E-mail: [email protected]

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pergunte a um expert

A contaminação de pessoal auxiliar e técnico laboratorial

devido ao manuseio de moldagens e aparelhos protéticos é

responsabilidade do ortodontista?

O uso de um protocolo como forma de prevenção da contaminação cruzada!

Sérgio Sábio*

Paulo Afonso FranciSconi**

Anderson Pinheiro de FreitaS***

Leonardo Cézar coSta****

A importância da consciência quanto à gravidade da con-taminação durante vários procedimentos executados na ca-vidade bucal aumentou bastante nas últimas décadas devido ao aparecimento da AIDS e a possibilidade de óbito envol-vida nessa doença. O aumento da incidência de hepatite B e as campanhas públicas de conscientização também contri-buíram para que o cirurgião-dentista e o paciente desenvol-vessem maior preocupação sobre o risco dessas patologias. No entanto, pouco tem sido feito com relação à desinfecção de moldagens e próteses, ao risco envolvido durante esses procedimentos e os cuidados a serem tomados para se evitar a contaminação cruzada entre os profissionais da área.

Apesar da contaminação pelo vírus da AIDS estimular a utili-zação de meios de prevenção pelo cirurgião-dentista, é na pos-sibilidade de contaminação pelo vírus da hepatite B que deve ser centralizada a atenção. A hepatite B é considerada um mo-delo de doença infecciosa, pois muitas outras doenças seguem o mesmo curso de contaminação10. Enquanto se detecta 100 vírus da AIDS por mililitro de sangue, pode-se observar 100 mi-lhões de partículas virais de hepatite B por mililitro de sangue. Dessa forma, a execução de um protocolo adequado de pre-cauções durante o tratamento dos pacientes torna-se possível, pois, se toda saliva ou sangue for considerada como infectada, é improvável que ocorra a contaminação8.

A maioria dos casos de contaminação cruzada entre as pessoas envolvidas com o tratamento odontológico pro-vavelmente não é notificada aos órgãos competentes. Em consequência disso, existem poucos estudos sobre o assun-to que mostram a realidade do quadro no Brasil. Não seria

surpresa, no entanto, se o quadro fosse mais alarmante que em outros países mais desenvolvidos, onde a consciência sobre as implicações e os cuidados com a prevenção são maiores. Calcula-se que em torno de 250 pacientes por-tadores de algum tipo de contaminação sejam tratados, a cada dia, por cirurgiões-dentistas na Inglaterra, a ponto de Owen e Goolam10 afirmarem que a prática da prótese apresenta o maior obstáculo para a prevenção da contami-nação cruzada em seu país. Nos Estados Unidos, calcula-se que 0,7% da população apresente o vírus da hepatite B: considerando-se que um consultório trata em torno de 20 pacientes por dia, existe a probabilidade de atender um paciente portador do vírus a cada sete dias18.

O principal meio em potencial de transmissão de patolo-gias, do paciente para o técnico laboratorial e pessoal auxiliar, ocorre com moldagens e aparelhos protéticos contaminados8. A literatura tem demonstrado, experimentalmente em labora-tório, que microrganismos podem ser transmitidos por meio de modelos obtidos a partir de moldagens contaminadas11,13. O risco de contaminação é maior durante o manuseio da mol-dagem ou do modelo sem luvas ou pela inalação de partículas que ficam em suspensão após o desgaste do gesso para exe-cutar a troquelização, nos trabalhos de prótese. Dessa forma, a contaminação do técnico de laboratório ou do auxiliar respon-sável pela confecção do modelo de trabalho ocorrerá a partir de um procedimento realizado pelo cirurgião-dentista6.

A British Dental Association recomenda que o único meio seguro de rotina de tratamento é acreditar que todo paciente pode carregar um agente infeccioso e, dessa forma, orienta

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Sábio S, Francisconi PA, Freitas AP, Costa LC

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):8-13 13

Sérgio Sábio

• Professor de Prótese pela Universidade Estadual deMaringá e Doutor emDentísticaextensãoMateriaisDentáriospelaFOB-USP.

Paulo Afonso Francisconi

• Professor Doutor do Departamento de Dentística, Endodontia e MateriaisDentáriosdaFaculdadedeOdontologiadeBauru-USP.

Anderson Pinheiro de Freitas

• DoutoremDentísticaextensãoMateriaisDentáriospelaFOB-USP.

Leonardo Cézar Costa

• DoutorandoemDentísticapelaFOB-USP.

RefeRências

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sérgio sábio E-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):14-814

*MestreemOrtodontiapelaPUCMinas,BeloHorizonte/MG.

**MestreemOrtodontiapelaUFRJ.DiplomadopeloBoardBrasileirodeOrtodontia.ProfessorAdjuntodo

MestradoemOrtodontiadaPUC-MG.

***MestreemOrtodontiapelaMarquetteUniversity,Milwaukee,EUA.DoutoremOrtodontiapelaUFRJ.

CoordenadordoMestradoemOrtodontiadaPUCMinas.

Orthodontic bonding of posterior teeth: Optimization with the Dri-Angles

A colagem ortodôntica em den-tes posteriores pode representar um grande desafio ao ortodontista, pois em muitas situações impõe dificuldades de visão, acesso e iso-lamento da superfície vestibular de pré-molares e, principalmente, dos molares, mesmo com a utilização

Palavras-chave:

Colagem ortodôntica. Dentes posteriores. Isolamento relativo. Dri-Angle.

Resumo Abstract

Keywords:

Orthodontic bonding. Posterior teeth. Relative isolation. Dri-Angle.

Orthodontic bonding of posterior teeth may be a challenging task to most orthodontists because it often imposes limited access to the buccal surface of the premolar and molars, compromising adequate isolation of the field and appropriate tube po-sitioning, even when conventional

dos afastadores convencionais de lábios e bochechas. Diante desse problema, este artigo tem o objetivo de demonstrar como a utilização de triângulos de celulose, chamados de Dri-Angle, pode facilitar significa-tivamente a colagem de acessórios ortodônticos nos dentes posteriores.

cheek retractors are used. There-fore, the purpose of this paper is to demonstrate how the use of a cellu-lose triangle, called Dri-Angle may facilitate bonding procedures in the posterior teeth.

Klinger de Castro Marinho*

Helio Henrique de Araújo brito**

Dauro Douglas oliveira***

colagem ortodôntica em dentes posteriores facilitada

pelo uso dos dri-Angles

diCa ClÍniCa

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diCa ClÍniCa Colagem ortodôntica em dentes posteriores facilitada pelo uso dos Dri-Angles

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):14-818

concLusão

A técnica de colagem direta de tubos ou braquetes em molares com o auxílio do Dri-Angle® melhora o aces-so à região posterior da cavidade bucal, sem a interfe-rência física que ocorre com um afastador convencional, facilitando o correto posicionamento dos acessórios à su-perfície vestibular desses dentes. O Dri-Angle® também

ajuda a prevenir a contaminação da superfície de cola-gem pela saliva, devido ao seu alto poder de absorção, bem como pela sua capacidade de redirecionar a saliva que sai do ducto da parótida para o fundo da cavidade bucal. Dessa forma, aumenta-se a chance de sucesso da colagem em dentes posteriores, o que pode trazer maior conforto para o paciente e melhores condições de traba-lho para os ortodontistas.

RefeRências

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Klinger de castro MarinhoE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):22-3522

A infraoclusão de molares decídu-os na dentadura decídua e mista evolui com prognóstico favorável quando o sucessor permanente se faz presente, a despeito do seu caráter progressivo. Porém, na au-sência de discrepância dente-osso negativa, essa condição acarreta

Palavras-chave:

Anquilose. Infraoclusão. Anomalias dentárias. Má oclusão.

Dentição decídua.

Resumo Abstract

Keywords:

Ankylosis. Infraocclusion. Dental anomalies. Malocclusion. Primary dentition.

The infraocclusion of deciduous molars in deciduous and mixed dentition develops with a favorable prognosis when the permanent suc-cessor is present, despite its pro-gressive nature. However, in the absence of tooth-bone negative gap, this condition leads to important

sequelas periodontais importantes quando associada à agenesia do pré-molar correspondente. O pre-sente artigo revisa os aspectos que acercam a infraoclusão de molares decíduos e ressalta a condição pe-riodontal deflagrada pela agenesia do sucessor permanente.

periodontal sequelae when associat-ed with agenesis of the correspond-ing pre-molar. This article reviews the issues that surrounds the infra-occlusion of deciduous molars and emphasizes the periodontal condi-tion triggered by agenesis of the permanent successor.

* ProfessordocursodeespecializaçãodoHospitaldeAnomaliasCraniofaciaisdaUniversidadedeSãoPaulo–

Bauru.CoordenadordocursodeOrtodontiapreventivadaProfis–Bauru.

** AlunadocursodeespecializaçãoemOrtodontiapelaProfis (SociedadedePromoçãoSocialdoFissurado

Labiopalatal),emBauru.

*** AlunodocursodemestradoemCirurgiaeTraumatologiaBucomaxilofacialpelaFaculdadedeOdontologia

deRibeirãoPreto-USP.

**** AlunadocursodemestradoemOrtodontiapelaFaculdadedeOdontologiadeAraraquara-UNESP.

***** ProfessortitulardadisciplinadeOrtodontiaPreventivaeprofessordepós-graduaçãoemOrtodontianaFa-

culdadedeOdontologiadeAraçatuba-UNESP.

Infraocclusion of deciduous molars: Prognosis influenced by agenesis of the permanent premolar

Omar Gabriel da Silva Filho*

Regina Aparecida Cardoso Alves da coSta**

Gustavo Augusto Grossi de oliveira***

Vanessa Silva GroSSi****

Francisco Antônio bertoz*****

infraoclusão de molares decíduos: prognóstico

influenciado pela agenesia do pré-molar sucessor

domÍnio Conexo

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Silva OG Filho, Costa RACA, Oliveira GAG, Grossi VS, Bertoz FA

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):22-35 35

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omar Gabriel da silva filhoRua Silvio Marchione, 3-20 – 17.012-900 – Bauru / SPE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):3636

1st internAtionAL meeting - erosionDAtA: 20, 21 e 22 de outubro de 2010

LOCAL: Bauru / SP

INFORmAÇõEs: [email protected] www.fob.usp.br/erosion2010

42º encontro do gruPo brAsiLeiro de Professores de ortodontiA e odontoPediAtriADAtA: 9 a 11 de junho de 2011

LOCAL: Tropical Hotel Tambaú - João Pessoa / PB

INFORmAÇõEs: http://grupo.odo.br/site2010

congresso AAo 2011DAtA: 13 a 17 de maio de 2011

LOCAL: Chicago / EUA

INFORmAÇõEs: www.aaomembers.org/mtgs/2011-AAO-Annual-Session.cfm

congresso internAcionAL de odontoLogiA do centenário dA APcdDAtA: 29 de janeiro a 1 de fevereiro de 2011

LOCAL: Expo Center Norte - São Paulo / SP

INFORmAÇõEs: www.apcd.org.br/centenario [email protected]

ortodontiA A bordo 1º meeting internacional de ortodontia com braquetes AutoligadosDAtA: 13 a 16 de março de 2011

LOCAL: Navio Costa Serena (trajeto Búzios, Ilha Bela, Santos, Rio de Janeiro)

INFORmAÇõEs: (21) 2717-2901 / 7841-1927 www.ortodontiaabordo.com

Pré-curso - 24º cob (congresso odontoLógico de bAuru)DAtA: 20 de novembro de 2010

LOCAL: Teatro Universitário da FOB/USP - Bauru / SP

INFORmAÇõEs: [email protected]

eventos

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):37 37

aConteCimentos

27ª reunião AnuAL dA sbPqo

Entre os dias 9 e 12 de setembro, a cidade de águas de Lindoia/SP recebeu a 27ª Reunião da Sociedade Bra-sileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO). O congresso, considerado o mais importante em pesquisa na área de Odontologia no Brasil, reuniu cerca de cinco mil pes-quisadores de todo o país. Os inscritos puderam parti-cipar de Simpósios Interativos, Atividades de Imersão,

Consultório Científico, Apresentação de Painéis, Prêmio Hatton, Fórum Científico e apresentação de Projetos de Pesquisa (POAC e PIO).

As atividades de imersão programadas foram Treina-mento para redação de resumos, Metodologia em Pes-quisa Clínica, Reunião de Pós-graduação e Reunião dos editores de revistas científicas de Odontologia.

Ana Cecília Diniz.Frank yekda. Andréia Traína e Leandro Marques.

Maria Gisette e Antônio Guedes Pinto. Paula O. Navarro e Ricardo de Lima Navarro. Carolina e Cleusa Andolfatto.

Manoel Souza Neto, Altair Cury, Saul Martins de Paiva, Maria Fidela de Lima Navarro e Sigmar de Mello Rode.

Patrícia D. M. Angst, Carlos Moreira e Anelise Montagner.

Osmar Cuoghi, Isabela Pordeus, Orlando Ayr-ton de Toledo, Teresa Furquim e Ana Cristina de Toledo.

Elque Prata de Queir e Tainá Bezerra. Juliano Alves.Rafael Steca Barbosa e Jurandir Barbosa.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):38-938

A influência das cores nos ambientes

Maria Augusta Paes de Mello*

arquitetura

PinceLAdAs de cor

De acordo com Gurgel1,2, a cor é um dos principais fatores determinantes da forma como nos relacionamos com o ambien-te e o que ele nos transmite; exerce forte influência sobre o nosso estado de ânimo, possuindo notáveis efeitos psicológicos. De-vemos usá-la como ferramenta de projeto, buscando influenciar seus usuários, visto que passamos cerca de dois terços de nosso dia em ambientes fechados. Escolhas inadequadas podem in-fluenciar negativamente no rendimento do trabalho.

Conforme Naressi4, estudos indicam que o profissional que trabalha em ambientes cromaticamente concebidos pode ren-der cerca de 7% a mais, assim como 9% a mais de recuperação dos pacientes nos tratamentos realizados.

As cores são classificadas basicamente como quentes (verme-lha, amarela e laranja) e frias (violeta, azul e verde) (Fig. 1).

Ainda conforme Barros3, a maneira mais eficaz de coorde-nar as cores consiste em separar grandes áreas de tons sua-ves por meio de superfícies pequenas de cores fortes, ou seja, colocar móveis com cores mais fortes contra paredes de co-res claras, podendo com isso incorporar à decoração de sua clínica cores que quase sempre são consideradas proibidas, como vermelho-escuro, laranja e verde-escuro. Lembrando que deve-se ter cuidado para que essas cores se harmonizem, devemos sempre seguir o princípio recomendado de que a cor suave seja derivada de uma forte.

Na sala de espera, pode-se usar cores fortes, mas sem exces-sos, quando a especialidade, como a Ortodontia, e os procedi-mentos que ali serão realizados não causam ansiedade ao pa-ciente. Mas somente em uma parede ou parte dela, em objetos de decoração e quadros, alguns detalhes que tornarão o ambien-te mais alegre (Fig. 2). Já quando falamos de uma sala de espera onde o paciente possa sentir certa apreensão ao procedimento ao qual será submetido, por exemplo na Cirurgia ou Endodontia, as cores escolhidas deverão ser as mais relaxantes, tranquilizantes e agradáveis possíveis, como as cores frias azul e verde.

As cores também podem ser usadas na concepção espacial de um projeto, alterando visualmente suas dimensões e formas (Fig. 3). Dessa forma, deve-se levar em consideração o tamanho do ambiente, pois algumas cores dão a sensação de aumen-to de espaço, enquanto outras dão a sensação de diminuição. Cores pálidas e frias dão a impressão de afastamento, fazendo com que pareça que as paredes estão mais afastadas e, assim,

Figura 1 Círculo cromático: cores frias e cores quentes1.

Figura 2 Ambiente com cores escuras em contraste com cores claras. Quadro com moldura clara sobre parede em tom escuro.

Para Barros3, algumas considerações são importantes na seleção das cores, como proporcionar variedade de tons, pois o bem-estar psíquico só pode ser mantido em ambientes com cores variadas e diversificadas, isso relacionado não somente à sala clínica, mas ao consultório como um todo. Os planos de pintura deverão proporcionar certa variedade de tons e os vários ambientes deverão estar pintados com diferentes cores básicas, de acordo com a função desempenhada em cada um deles. Deve-se empregar combinações suaves e harmoniosas, e não berrantes, nem agressivas. Quando bem iluminadas e feitas de forma correta, as combinações de cores têm como resultado efeitos orgânicos e psíquicos positivos.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):40-140

Ricardo nakaMa*

marketing

monitorando seu desempenho através de indicadores

Imagine que você vai sair de carro, mas não tem nenhum destino determinado. Esse carro não tem a marcha a ré, po-dendo apenas rodar para frente, com os vidros da frente e das laterais pintados de preto. E, ainda, todos os instrumen-tos do painel desligados, com nada funcionando: nem o mar-cador de combustível, nem o odômetro, nem o velocímetro, nada. Você teria apenas a imagem do retrovisor, ou seja, veria apenas o que já passou. Seria um desafio bem interessan-te realizar qualquer tipo de manobra, por mais simples que fosse. O risco de sair alguma coisa errada seria muito grande, não é mesmo?!!

Agora, pense no seu consultó-rio. Com que visão e quantos instru-mentos você tem à disposição para dirigir seu consultório? Eis um check list para auxiliá-lo: Você tem uma es-tratégia de negócio? Sabe o quanto ganha, quanto gasta e quanto lucra? Conhece as expectativas de satisfa-ção dos seus clientes? Desenvolve os processos internos de maneira efi-caz? Cuida da aprendizagem própria e da sua equipe? Controlar esses as-pectos é o que diferencia um dentis-ta que dirige seu consultório de ma-neira competitiva daquele que consegue apenas manobrar dentro do próprio quintal.

Os indicadores de desempenho são importantes instru-mentos da administração que servem para planejar, acom-panhar e melhorar os negócios, assim como o velocímetro, o marcador de combustível e o odômetro são importantes para conduzir um automóvel.

Neste artigo, veremos os indicadores essenciais de um consultório, divididos em quatro perspectivas com relação de causa-efeito: financeira, satisfação dos clientes, processos internos e aprendizagem.

Você tem uma estratégia de negócio?

Cuida da aprendizagem própria e da sua equipe?

indicadoRes financeiRos

Os indicadores financeiros são os mais conhecidos e regis-tram a movimentação de dinheiro do consultório. O indicador de receitas deve anotar o valor total de recebimentos de um período. O indicador de despesas anota o valor total de gas-tos. O lucro é o mais importante desses indicadores, e traz o resultado do valor das receitas menos o valor de despesas,

podendo ser positivo ou negativo.Dentro das despesas, é importante

diferenciar aquelas que são variáveis e as fixas. As despesas variáveis estão relacionadas diretamente aos serviços realizados, e existirão apenas quando são realizados os procedimentos. As principais despesas variáveis são o re-passe do dentista, o protético, a dental, e o imposto de renda. Controlar as des-pesas variáveis permite saber a porcen-tagem média que sobra de cada proce-dimento para pagar as despesas fixas, a chamada margem de contribuição.

As despesas fixas são todas aquelas que acontecerão tendo ou não atendi-mento. São exemplos de despesas fixas os salários de funcionários, o aluguel,

IPTU, água, luz, telefone, cursos, propaganda, taxas de entida-des. O ideal é manter as despesas fixas o mais baixo possível.

indicadoR de satisfação do cliente

Esse indicador é levantado aplicando-se uma pesquisa de opinião do cliente em relação ao atendimento da recepção, atendimento telefônico, instalações, atendimento clínico. Outras questões podem ser incluídas dependendo das parti-cularidades de cada consultório.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):42-342

Beatriz Helena Sottile França*

ortodontia forense

20 anos de cdc!

A Defesa do Consumidor brasileiro foi instituída na Constituição Federal do Brasil de 1988 (Título II – DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS – Capítulo I – DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ART. 5º, XXXII – “O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”. E no Tí-tulo VII – DA ORDEM ECONôMICA E FINANCEIRA – Capítulo I – DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDA-DE ECONôMICA – Artigo 170 – “A ordem econômica, fundada na va-lorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, obser-vados os seguintes princípios:

I - “...”; II - “...”;III - “defesa do consumidor”.Desse modo ficou assegura-

do, como princípio constitucional, o respeito à dignidade da pessoa consumidor e, em 1990, foi editada a Lei 8078/90 – Código de Proteção e Defesa do Consumidor, trazendo as regras obrigatórias da relação consumerista.

Interessante que, na ocasião de sua promulgação, se pensou tratar-se de uma lei muito “adiantada” para a sociedade brasi-leira, legislação própria de países muito desenvolvidos e, portanto, estaria fadada a não ”pegar”.

Equivocadamente, pensou-se, também, que para os profissionais da área da saúde, aqui o cirurgião-dentista, nada havia mudado devido ao que dispõe a lei no § 4º do artigo 14 – “A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa”.

Numa visão simplista, em verdade, não havia ocorrido nenhu-ma mudança, só haveria responsabi-lidade do profissional se verificada a culpa (negligência, imprudência e imperícia) no seu atuar, como já de-terminava o velho Código Civil Bra-sileiro (CCB) (na época, em vigência o de 1916), já revogado pelo CCB de 2002, com a mesma exigência.

Mas, com o passar do tempo e com a divulgação da mídia, mais atentamente foi se observando os ar-tigos referentes aos direitos básicos do consumidor: “a informação ade-quada e clara”; “a proteção contra a publicidade enganosa”; “a inversão do ônus da prova...” (Capítulo III, Art. 6º). Também, quanto às determina-ções sobre a oferta e apresentação do serviço: “devendo assegurar in-formações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características” [...], “pre-

ço”, ...”bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança do consumidor” (Capítulo V, Seção I). O mes-mo sobre as práticas abusivas: “prevalecer-se da fraqueza

A realidade é que a lei “pegou” e ninguém

pode alegar o seu desconhecimento. Resta, então, aos profissionais

adequar seus comportamentos às exigências da lei.

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França BHS

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):42-3 43

*ProfessoradoutoraemOdontologiaLegaleDeontologia/FOPUNICAMP.Professoratitularda

graduaçãoepós-graduaçãodaPUCPR.ProfessoraadjuntadoutoradaUFPR.

Beatriz Helena sottile françaRua Professor Arnaldo Alves de Araújo, 31 – Seminário80.740-430 – Curitiba/PRE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe” [...] “seus serviços”; “executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consu-midor...” (Seção IV, art. 39), dentre muitos outros.

Depois de um curto prazo, entendeu-se que todos os profissionais de saúde, de acordo com a nova lei, trata-vam-se de “prestadores de serviços”, sendo o cirurgião-dentista prestador de serviços odontológicos e, como tal, adstrito aos dispositivos do Código.

De lá para cá, as orientações legais para o exercício clínico da Odontologia têm sido fundamentadas nesse documento legal porque já está pacificado que a relação

paciente/profissional é uma relação de consumo.São vinte anos de vigência do Código de Defesa do Con-

sumidor e, infelizmente, há ocasiões em que as orientações sobre os comportamentos exigidos do profissional, no exer-cício clínico da Odontologia, para o atendimento da norma, são, ainda, consideradas “exageros”, “radicais” e, até mes-mo, pelos que desconhecem a lei, “muito acadêmicas”.

A realidade é que a lei “pegou” e ninguém pode ale-gar o seu desconhecimento. Resta, então, aos profissio-nais (mesmo os mais recalcitrantes) adequar seus compor-tamentos às exigências da lei.

São meus votos de que não se leve mais vinte anos para essa adequação!

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):44-844

* MestrandoemOrtodontiadaFaculdadedeOdontologia/CentroUniversitárioHermínioOmetto–UNIARARAS.

** ProfessoresDoutoresdoProgramadeMestradoemOdontologia/CentroUniversitárioHermínioOmetto–

UNIARARAS.

The use of the segmented arch technique in the correction of canine transposition

A correção da transposição represen-ta um grande desafio na mecânica ortodôntica. Este trabalho tem como objetivo apresentar uma alternativa de tratamento na correção da trans-posição entre caninos e primeiros pré-molares por meio de uso do arco segmentado, tanto em casos mais

Palavras-chave:

Ortodontia. Técnica do arco segmentado. Aparelhos fixos.

Transposição dentária.

Resumo Abstract

Keywords:

Orthodontics. Segmented arch technique. Fixed appliances.

Dental transposition.

The correction of transposition repre-sents a great challenge in orthodontic mechanics. This paper aims to present a treatment alternative for correction of transposition between canines and first premolars by using the segment-ed arch, both in the most favorable cases as in cases where the canine is

favoráveis como em casos onde o ca-nino se encontra em completa trans-posição. As mecânicas apresentadas se mostraram efetivas na correção da má oclusão e não houve efeitos inde-sejáveis, como alterações periodon-tais e reabsorções radiculares ligadas ao tratamento ortodôntico.

in complete transposition. The me-chanics outlined are proven effective in the correction of malocclusion and no undesirable effects as periodontal changes and root resorption related to orthodontic treatment were found.

Fernando R. ManhãeS*

Milton SantaMaria Júnior**

Silvia vedovello**

Heloisa valdriGhi**

Viviane deGan**

A utilização do arco segmentado na correção de

transposição de canino

Caso ClÍniCo

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Caso ClÍniCo A utilização do arco segmentado na correção de transposição de canino

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):44-848

Devido ao volume da coroa e ao comprimento da raiz dos caninos, é certa a possibilidade de ocorrer comprome-timento das unidades de ancoragem durante seu traciona-mento e outros movimentos com aparelhos fixos. Quando inserimos apenas um arco de nitinol no slot do canino para tracioná-lo, muitas reações indesejáveis podem ocorrer nos dentes vizinhos, tais como intrusões, inclinações e vestibu-larizações. Para evitar-se, o máximo possível, esses efeitos colaterais, lança-se mão de alguns dispositivos da técnica do arco segmentado durante a mecânica de transposição do ca-nino, possibilitando a utilização de um sistema de forças com maior controle dos movimentos. Para realização da mecânica de reposicionamento do canino com cantiléver, necessita-se de um sistema de ancoragem, como fio 0,019”x 0,025” se possível até o segundo molar, com desvio na região do ca-nino, e barra transpalatina ligando os molares superiores15.

Os cantiléveres podem ser definidos como um segmen-to de fio ortodôntico no qual uma extremidade é inserida num braquete ou tubo, enquanto a outra extremidade é amarrada em outra unidade por apenas um ponto de con-tato. Com o cantiléver consegue-se estimar o sistema de forças presente em ambas as unidades, prevendo os resul-tados clínicos e minimizando os efeitos colaterais16.

Devido à sua importância na função e estética, sempre que possível, o canino deve estar em sua posição correta na

RefeRências

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silvia VedovelloAvenida dos Trabalhadores, 2991 – 13.840-170 Mogi Guaçu / SPE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

arcada e o paciente deve estar ciente dos possíveis proble-mas ao final do tratamento, tais como reabsorções radicu-lares e retrações gengivais. No caso 1, a mecânica utilizada foi mais complexa, com a utilização de alças e cantiléveres, devido à angulação acentuada da raiz do canino para distal, diferentemente do caso 2, em que a raiz estava verticaliza-da, sendo necessário um movimento de translação do cani-no com suave mesialização da coroa.

considerAções finAis

A mecânica utilizada na transposição deve ser muito bem planejada para evitar efeitos negativos nas unidades de ancoragem: a técnica do arco segmentado oferece um bom controle e previsibilidade dos movimentos dentários desejados com um mínimo de efeitos colaterais.

Nos casos onde os dentes se encontram mal posicio-nados, pode-se ter problemas como retrações gengivais e reabsorção radicular no canino e primeiro pré-molar, devido ao grande movimento realizado nessas raízes. Esse fato pode ser entendido como o custo biológico da dificuldade que o caso apresenta, com a raiz do canino com excessiva inclinação para distal e próxima à raiz do primeiro molar.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):50-750

*CoordenadordoCursodeEspecializaçãoemOrtodontiadaSOBRACOM.

Especialista,MestreeDoutoremOrtodontiaeOrtopediaFacialpelaFOB-USP.

** ProfessorAssistentedocursodeEspecializaçãoemOrtodontiadaSOBRACOM.

EspecialistaemOrtodontiaeemCirurgiaBucomaxilofacialpelaUNICASTELO.

***AlunadocursodeEspecializaçãoemOrtodontiadaSOBRACOM.

****EspecialistaemOdontopediatriapelaULBRA.EspecialistaemOrtodontiapelaSOBRACOM.

Correction of anterior open bite through molars extraction: Report of a clinical case

Por ser considerada uma má oclu-são de etiologia multifatorial e com grande potencial de recidiva, a mordida aberta anterior apresenta tratamento complexo e de estabi-lidade pós-tratamento duvidosa. O prognóstico de tratamento está re-lacionado ao padrão de crescimen-to esquelético, o qual irá definir a forma de tratamento adotada. A extração de molares pode auxiliar

Palavras-chave:

Mordida aberta. Extração de molar. Tratamento ortodôntico. Estabilidade.

Padrão de crescimento vertical.

Resumo

na correção da mordida aberta anterior, contribuindo para o au-mento do trespasse vertical e para a estabilidade pós-tratamento. O presente artigo ilustra a extração dos primeiros molares permanentes superiores e inferiores para correção de uma mordida aberta anterior es-quelética em uma paciente adulta. O controle de cinco anos pós-tra-tamento mostrou boa estabilidade.

Abstract

Keywords:

Open bite. Molar extraction. Orthodontic treatment. Stability.

Vertical growing pattern.

Since it is considered a malocclusion with multifactorial etiology and great potential for relapse, the anterior open bite presents a complex treat-ment with doubtful stability in the post-treatment. The treatment prog-nosis is related to the pattern of skel-etal growth, that will define which treatment to adopt. The extraction of molars can assist in the correction of anterior open bite, contributing to

the increase of the overbite and to the post-treatment stability. This article illustrates the extraction of upper and lower first permanent molars for the correction of a skeletal anterior open bite in an adult woman. The five years post-treatment control showed good stability.

Eduardo Prado*

Pedro andrade Junior**

Aline Martins GonçalveS***

Daniela Danni Piccinini****

correção da mordida aberta anterior mediante

extração de molares: relato de caso clínico

Caso ClÍniCo

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Caso ClÍniCo Correção da mordida aberta anterior mediante extração de molares: relato de caso clínico

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):50-756

discussão

Alguns autores6,7,10,27 afirmam que, com a extração de pri-meiros molares para correção da mordida aberta anterior, os segmentos posteriores mesializam-se, auxiliando a rotação anti-horária da mandíbula e facilitando a obtenção de uma guia incisal correta. Estudos cefalométricos realizados antes e após a extra-ção de primeiros molares indicam que ocorre apenas uma incli-nação lingual dos incisivos inferiores, o que, consequentemente, provoca um aumento da sobremordida, não alterando, contudo, a altura facial anteroinferior1,11,14. Pela análise dos valores cefalo-métricos obtidos antes e após o tratamento do caso apresenta-do, pode-se observar que não houve uma diminuição da AFAI e, sim, inclinação lingual dos incisivos superiores e inferiores.

Com a extração de primeiros molares, Enacar et al.8 obser-varam um aumento no tempo de tratamento de 6 a 9 meses, quando comparado à terapia ortodôntica realizada com exo-dontia de pré-molares. No entanto, Diaz et al.7 não relatam que a escolha da extração dos molares prolongue o tempo total de tratamento, se comparado aos pré-molares. O trata-mento apresentado nesse estudo teve duração de 28 meses, semelhante a uma terapia com extração de pré-molares.

Um estudo realizado por Lopez-Gavito et al.13, compa-rando a estabilidade da correção da mordida aberta anterior na dentadura permanente em grupos com e sem extração, mostrou um menor índice de recidiva no primeiro grupo.

Os incisivos superiores no grupo com exodontia tiveram maior retração; e os inferiores, retração e inclinação lingual. Também houve menor extrusão no grupo com exodontia. Quanto menor for a extrusão durante o tratamento, maior a estabilidade pós-tratamento13. Na sobreposição dos traçados cefalométricos (Fig. 9), pode-se observar retração dos inci-sivos, inclinação lingual dos incisivos inferiores e pouca ex-trusão dos dentes anteriores para o fechamento da mordida aberta anterior. Esses fatores, isoladamente, não provocariam alterações consideráveis, mas seu somatório seria uma das possíveis explicações para o aumento da sobremordida17.

O aparelho de contenção com impedidor lingual e reco-brimento oclusal utilizado após o tratamento ortodôntico, auxilia na correção postural da língua e pode controlar a extrusão dos molares, contribuindo para a estabilidade em longo prazo pós-tratamento.

concLusão

A extração de molares para tratamento da mordida aber-ta anterior representa uma alternativa de tratamento orto-dôntico. Após o término do tratamento, é importante consi-derar a postura lingual. O tratamento fonoarticulatório e os aparelhos reeducadores linguais são auxiliares importantes na manutenção dos resultados.

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Prado E, Andrade P Junior, Gonçalves AM, Piccinini DD

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):50-7 57

eduardo pradoAv. Protásio Alves, 3182, Petrópolis – 90.410-007 – Porto Alegre/RSE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

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agreg

ar

crescerpara

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):60-7460

* ProfessoresDoutoresdoProgramadeGraduaçãoePós-graduaçãoemníveldeEspecializaçãoeMestrado

emOrtodontiadaUniversidadedoSagradoCoração–Bauru/USC.

** ProfessorDoutorsubstitutodadisciplinadeOrtodontia,DepartamentodeOdontologia,FaculdadedeCiên-

ciasdaSaúde–UniversidadedeBrasília.

Treatment of Pattern II malocclusion with maxillary protrusion using Herbst appliance

O presente caso clínico descreve o tratamento, em duas fases, de uma paciente Padrão II, protrusão maxi-lar associada a uma protrusão den-tária superior e incisivos inferiores bem posicionados, em relação oclu-sal de Classe II, com apinhamento importante na arcada dentária infe-rior. Na primeira fase, procedeu-se à expansão rápida da maxila segui-da do avanço mandibular contínuo

Palavras-chave:

Padrão II. Aparelho Herbst. Extração incisivo inferior.

Resumo Abstract

Keywords:

Pattern II. Herbst appliance. Lower incisor extraction.

The current clinical case describes a two-phase treatment of a Pattern II patient with maxillary protru-sion associated with upper incisors protrusion and lower incisors well positioned sagittally, Class II occlu-sal relationship and severe crowding in the anterior region of lower arch. In the first phase, rapid maxillary ex-pansion was performed followed by continue mandibular advancement

com o aparelho Herbst para corre-ção, respectivamente, das discre-pâncias transversal e sagital. Na se-gunda fase, o aparelho ortodôntico fixo Prescrição II Capelozza em am-bas as arcadas, associado à extração de um incisivo inferior, resolveu o apinhamento anterior inferior. O impacto do tratamento foi signifi-cativo tanto para a face como para a oclusão e o sorriso.

using Herbst appliance for the cor-rection of transversal and sagittal discrepancies. In the second phase, Capelozza Pattern II prescription fixed appliance and the extraction of one lower incisor were indicated for anterior lower crowding alignment. The therapeutic outcome was signifi-cantly pleasant for facial and smile esthetics as well as for the occlusal relationships.

Mauricio de Almeida cardoSo*

Tien li an**

Omar Gabriel da Silva Filho*

Leopoldino caPelozza Filho*

tratamento da má oclusão do Padrão ii, protrusão de

maxila, com o aparelho herbst

Caso ClÍniCo

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Caso ClÍniCo Tratamento da má oclusão do Padrão II, protrusão de maxila, com o aparelho Herbst

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):60-7474

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Mauricio de almeida cardoso Rua Arnaldo de Jesus Carvalho Munhoz 6-100 – 17.018-520 – Bauru / SPE-mail: [email protected]

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):77-83 77

* EspecialistaemOrtodontiapeloInstitutoBrasileirodePós-graduação–Brasília/DF.

**MestreemOrtodontiapelaSãoLeopoldoMandic–Campinas/SP.EspecialistaemOrtodontiapelaABOde

CampoBelo/MG.ProfessordocursodeExcelênciaemOrtodontiadaDentalPress.Coordenadordocurso

deEspecializaçãodoIBPG-NúcleoBrasíliaeASSELVI-COOCHemSantiagonoChile.

Asymmetric mandibular protraction appliance as anchorage for mesialization of mandibular molars

Não é raro que indivíduos procu-rem o tratamento ortodôntico com más oclusões mutiladas pela perda de molares inferiores. Essa situação leva o ortodontista a pensar sobre a melhor opção de tratamento: fechar o espaço com recursos de ancoragem do seguimento anterior ou abrir es-paços para reabilitação com prótese.

Palavras-chave:

Aparelho de protração mandibular unilateral. APM unilateral.

Mesialização de molares inferiores.

Resumo Abstract

Keywords:

Unilateral mandibular protraction appliance. Unilateral MPA.

Mandibular molars mesialization.

It is not uncommon individuals to seek for orthodontic treatment with malocclusions mutilated by the loss of molars. This situation leads the orthodontist to think about the best treatment option: to close the spaces with resources of anterior anchor-age or open spaces for rehabilitation with prosthesis. The purpose of this

O objetivo do presente artigo é ilus-trar por meio de dois casos clínicos a mesialização unilateral de molares inferiores usando o Aparelho de Protração Mandibular IV (APM IV) como ancoragem. O APM IV assi-métrico mostrou ser um recurso efi-caz na resolução de tais casos, sendo uma solução segura e de baixo custo.

article is to illustrate, by means of two clinical cases, the unilateral me-sialization of mandibular molars us-ing the Mandibular Protraction Ap-pliance IV (MPA IV) as anchorage. The asymmetric MPA IV proved to be an effective resource to resolve such cases, being a safe and non-expensive solution.

Graziane Olímpio Pereira*

Marden Oliveira baStoS**

Aparelho de protração mandibular assimétrico como

ancoragem para mesialização de molares inferiores

Caso ClÍniCo

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Pereira GO, Bastos MO

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):77-83 83

discussão

A demanda de pacientes com perda de primeiros mo-lares permanentes, principalmente em indivíduos adultos, é comum nos consultórios de Ortodontia. O APM IV pode ser considerado uma alternativa nesse tipo de tratamento, pois, além de possibilitar a mesialização dos segundos e terceiros molares inferiores, também corrige caracterís-ticas oclusais geralmente encontradas quando essa má oclusão está presente. Além disso, é um aparelho de baixo custo, que pode ser fabricado pelo próprio ortodontista, independe da colaboração e tem uma boa aceitação por parte dos pacientes.

Algumas controvérsias são colocadas em questão quanto ao uso de aparelhos propulsores em pacientes com ausên-cia de crescimento, em relação à possibilidade de danos à articulação temporomandibular. Não foram encontradas, em nenhum dos pacientes tratados com o APM IV, seja ele utili-zado uni ou bilateralmente, queixas em relação a distúrbios temporomandibulares, corroborando com os estudos de Ruf e Pancherz14.

Outra questão que causa polêmica é quanto ao uso unila-teral ou assimétrico, mas os próprios casos clínicos mostram eficiência com o aparelho empregado das duas formas.

O ortodontista deve estar atento para explicar ao pacien-te e/ou aos pais que ficará com aspecto de “queixo torto e projetado para frente” nos casos onde os pré-molares infe-riores estiverem distalizados pela ausência de um dos mo-lares inferiores, mas que essa situação é temporária e que a ação do aparelho é completamente dentoalveolar. Isso dará ao paciente tranquilidade e credibilidade ao tratamento, principalmente quando questionado por leigos.

concLusão

A mesialização dos molares inferiores pode ser benéfica ao paciente, desde que o clínico tenha controle da ancoragem para alcançar os objetivos finais e o periodonto permita o movimento com alguma previsibilidade periodontal. Se houver um rebordo muito fino e baixa faixa de gengiva inserida, o tratamento deve estar limitado à recuperação do espaço e reabilitação protética.

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Graziane olímpio pereiraAv. Senador Lemos, 443, loja 04, Ed. Village ExecutiveCEP: 66.050-000 – Bairro Umarizal – Belém/PAE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):86-10086

* ProfessorAssociadodeOrtodontiadaFaculdadedeOdontologiadeBauru-USP.ProfessorAdjunto,Curso

deMestrado,ÁreadeOrtodontia,FaculdadedeOdontologiadaUniversidadeNortedoParaná(UNOPAR),

Londrina/PR.

** EspecialistaemOrtodontiapelaFOL,Lins/SP.AlunodeMestradoemOrtodontia,FaculdadedeOdontologia

daUniversidadeNortedoParaná(UNOPAR),Londrina/PR.

***Mestrado,DoutoradoePós-doutoradoemOrtodontiapelaFaculdadedeOdontologiadeBauru–USP.Pro-

fessorAdjunto,CursodeMestrado,ÁreadeOrtodontia,FaculdadedeOdontologiadaUniversidadeNorte

doParaná(UNOPAR),Londrina/PR.

****MestradoeDoutoradoemOrtodontiapelaFaculdadedeOdontologiadeBauru–USP.ProfessorAdjunto,

CursodeMestrado,ÁreadeOrtodontia,FaculdadedeOdontologiadaUniversidadeNortedoParaná(UNO-

PAR),Londrina/PR.

Correction of anterior crossbite in the mixed dentition with fixed appliance

A mordida cruzada anterior apre-senta-se como uma inclinação ves-tibular dos dentes anteroinferiores ou uma inclinação lingual dos den-tes anterossuperiores. Caracteriza-se por não se autocorrigir, o que

Palavras-chave:

Ortodontia preventiva e interceptora. Mordida cruzada anterior.

Dentadura mista.

Resumo Abstract

Keywords:

Preventive and interceptive orthodontics. Anterior crossbite.

Mixed dentition.

The anterior crossbite is an abnor-mal anterior occlusal relationship between superior and inferior teeth in which superior teeth can be posi-tioned lingual or inferior teeth posi-tioned vestibular to its antagonist.

torna importante seu diagnóstico e tratamento precoce. O objetivo principal deste artigo consiste em evidenciar o diagnóstico e a corre-ção precoce por meio de aparelhos fixos com molas digitais.

It cannot correct itself, which evi-dences the importance of early diag-nosis and treatment. Fixed applianc-es were installed and combined with digital springs to prevent the aggrava-tion of initial problems.

Renato Rodrigues de alMeida*

Giovani Fidelis de oliveira**

Marcio Rodrigues de alMeida***

Ana Cláudia de Castro Ferreira conti****

Ricardo de Lima navarro****

Paula Vanessa Pedron oltraMari-navarro****

correção da mordida cruzada anterior na dentadura

mista com aparelhos fixos

Caso ClÍniCo

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Almeida RR, Oliveira GF, Almeida MR, Conti ACCF, Navarro RL, Oltramari-Navarro PVP

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):86-100 99

possível, com o objetivo de se evitar alterações esqueléticas. Para se estabelecer um diagnóstico correto da mordida cru-zada anterior, deve ser considerada a sua etiologia, sendo que o prognóstico está intimamente relacionado ao diagnós-tico precoce e ao plano de tratamento adotado.

A avaliação inicial do número de dentes envolvidos, o padrão facial do paciente, a anamnese detalhada para in-vestigação de envolvimento genético e, por fim, a mani-pulação em relação cêntrica são fatores importantes para o diagnóstico diferencial entre a má oclusão de Classe III verdadeira e a pseudo-Classe III. Uma anamnese detalha-da poderá auxiliar no diagnóstico, através de relatos que confirmem ou descartem o envolvimento esquelético em outros membros da família.

A má oclusão pode apresentar relação com a recessão gengival e comprometer a integridade do periodonto da face vestibular dos incisivos inferiores3,13,21,27, como resultado de oclusão traumática associada à presença de placa bacte-riana. Essas alterações referem-se à migração do tecido gen-gival e à formação de bolsa periodontal na face vestibular do incisivo inferior3,21,27. Após a correção da posição dentária em conjunto com as orientações de higiene bucal, observa-se uma melhora na saúde periodontal, sendo evidente a regres-são da retração gengival.

Os casos expostos demonstraram como o aparelho fixo com molas digitais pode ser um importante recurso ao or-todontista, independentemente da colaboração do pacien-te. É fundamental destacar que o conhecimento dos fatores etiológicos da cronologia de erupção26, da análise das den-taduras decídua e mista16, da oclusão, do crescimento e de-senvolvimento facial16 são fatores preponderantes na escolha do tratamento a ser indicado.

Aparelhos ortopédicos como a mentoneira podem ser usados como auxiliares no tratamento. O caso 3 apresen-tava características de crescimento mandibular exacerba-do (SNB, ANB e Wits), principalmente com tendência ho-rizontal (Sn-GoGn e Sn-Gn), justificando o uso do aparelho

aparelho removível

mola simples

aparelho removível mola dupla

aparelho fixo mola simples

aparelho fixo mola

dupla

espátula de madeira

eschler plano inclinado

protração maxilar

coroa metálica

MCA 1 dente x x x x x

MCA 2 dentes x x

MCA 2 dentes ou mais

x

MCA esquelética x

Quadro 1 Alternativas de tratamento.

na correção da má oclusão. Nesse caso, observava-se uma mordida cruzada anterior com envolvimento de três den-tes (12, 11 e 21), inclinação lingual dos incisivos superiores e inclinação vestibular dos incisivos inferiores. Esqueletica-mente, havia desarmonia das bases ósseas, visualizada na medida ANB (0,5º) e tendência de crescimento horizontal (FMA e SN-GoGn).

A mordida cruzada foi corrigida com a vestibularização dos incisivos superiores. Além desse efeito, pôde-se observar a extrusão dos incisivos e molares, e também a mesialização dos últimos. Notou-se deslocamento anterior com aposição óssea na região posterior do ramo mandibular e reabsorção anterior devido ao desenvolvimento fisiológico desse osso. Através de diminuição do ângulo SN-GoGn, é notória a rota-ção mandibular no sentido anti-horário, denotando um efei-to colateral da mecânica com mentoneira.

Nesse caso específico, houve a manutenção de desen-volvimento mandibular no sentido anti-horário, comprovado pela sobreposição mandibular, mesmo com o uso da men-toneira, levando à reflexão de que, se essa terapia não fos-se indicada, a rotação poderia apresentar-se em maior grau, comprometendo a correção do trespasse horizontal.

O Quadro 1 demonstra as diversas alternativas de trata-mento, englobando desde os procedimentos mais simples até aqueles que envolvem a correção da mordida cruzada anterior com maior severidade.

concLusão

Muitos aparelhos são descritos na vasta literatura para a correção da mordida cruzada anterior. Cabe ao profissional a escolha do aparelho mais indicado. O aparelho fixo com molas digitais se apresenta como uma das alternativas para o tratamento dessa má oclusão. Esse aparelho não depende da colaboração do paciente, é de fácil manejo e confecção, além da previsibilidade dos resultados.

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Caso ClÍniCo Correção da mordida cruzada anterior na dentadura mista com aparelhos fixos

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):86-100100

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Marcio Rodrigues de almeidaRua Jose Vicente Aiello, 7 – 17.053-011 – Vila Serrão – Bauru/SPE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):101-3 101

Resumos, em Português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica.

Literatura ortodôntica mundial

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abstraCts

AgenesiA de incisivos LAterAis suPeriores e AnomALiAs dentáriAs AssociAdAs

Agenesis of maxillary lateral incisors and associated dental anomalies

Garib DG, Alencar BM, Lauris JRP, Baccetti TAm J Orthod Dentofacial Orthop. 2010 Jun;137(6):732.e1-6

Introdução: os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalência de anomalias dentárias em pacientes com agenesia de incisivos la-terais superiores e comparar os resultados com a prevalência des-sas anomalias na população em geral. métodos: uma amostra de 126 pacientes, com idades entre 7 e 35 anos, com agenesia de pelo menos um incisivo lateral superior, foi selecionada. Radiografias panorâmicas e periapicais e modelos de gesso foram usados para avaliar outras anomalias dentárias associadas, incluindo agenesia de outro dente permanente, ectopia ou dente permanente não irrompido, microdontia de incisivos laterais superiores e dentes su-pranumerários. A ocorrência dessas anomalias foi comparada com os dados da prevalência da população geral publicados previamen-te. Testes estatísticos foram realizados com o Teste Qui-Quadrado (P<0,05). Resultados: os pacientes com agenesia de incisivo lateral superior tiveram um aumento significativo na taxa de prevalência de agenesia de dentes permanentes (18,2%), excluindo os terceiros molares. A ocorrência de agenesia de terceiros molares no subgru-po com idade de 14 anos ou mais (n=76) foi de 35,5%. A frequência de agenesia de segundo pré-molar superior (10,3%), agenesia de segundo pré-molar inferior (7,9%), microdontia de incisivo lateral superior (38,8%) e distoangulação dos segundos pré-molares infe-riores (3,9%) foi significativamente maior em nossa amostra quando comparada com a população geral. Em um subgrupo de pacientes com 10 anos ou mais (n=15), a prevalência de caninos mal posicio-nados por palatino estava aumentada (5,2%). A prevalência de me-sioangulação dos segundos pré-molares inferiores e dentes supra-numerários não estava maior na amostra. Conclusões: agenesia de dentes permanentes, microdontia de incisivos laterais superiores, caninos mal posicionados por palatino e distoangulação de segun-dos pré-molares inferiores estão frequentemente associados com agenesia de incisivo lateral.

Tradução: Fabiana Hirata e Louise Resti Calil.

reAbsorção rAdicuLAr APicAL em PAcientes ortodônticos com retrAção Anterior suPerior em gruPo e intrusão com mini-imPLAntes

Apical root resorption in orthodontic patients with en-masse maxillary anterior retraction and intrusion with miniscrews

Liou EJW, Chang PMHAm J Orthod Dentofacial Orthop. 2010 Feb;137(2):207-12

Introdução: o objetivo do presente estudo retrospectivo consis-tiu em investigar a reabsorção radicular apical de incisivos supe-riores em pacientes ortodônticos com retração anterior superior em grupo e intrusão com mini-implantes, e identificar os fatores que predispõem um paciente à reabsorção radicular apical. mé-todos: cinquenta pacientes adultos com protrusão maxilar foram incluídos na amostra; trinta foram tratados com mini-implantes e extração dos primeiros pré-molares superiores (grupo I), e vinte fo-ram tratados com a extração dos primeiros pré-molares superiores (grupo II). Para cada paciente, foram tomadas radiografias peria-picais dos incisivos superiores e telerradiografias laterais antes e após o tratamento, para avaliar a reabsorção radicular apical, assim como as medidas cefalométricas. As diferenças entre os grupos foram analisadas pelo teste t de Student e as correlações entre a reabsorção radicular apical e as medidas cefalométricas foram analisadas pelo teste de correlação de Pearson. Resultados: os va-lores da reabsorção radicular apical estavam entre 16,0% e 20,0% (2,5–2,8mm) do comprimento radicular original no grupo I e entre 13,4% e 14,4% (2,1–2,3mm) no grupo II. O grupo I teve uma Classe II significativamente mais severa (ANB, 7,1± 1,9°) do que o grupo II (ANB, 3,2± 2,9°). A quantidade de retração anterior superior em grupo (8,2 ± 2,4mm), a duração do tratamento (28,3 ± 7,3 meses) e a reabsorção radicular apical dos incisivos laterais superiores foram significativamente maiores no grupo I do que no grupo II. A reab-sorção radicular apical dos incisivos centrais superiores foi significa-tivamente correlacionada com a duração do tratamento, mas não com a quantidade de retração em grupo, intrusão ou inclinação palatina dos incisivos superiores. Conclusões: a ancoragem com mini-implantes permite uma maior retração anterior superior em grupo em pacientes com casos graves de Classe II. Porém, o tempo necessário para uma maior quantidade de retração anterior supe-rior em grupo é mais longo e pode predispor o paciente a maior reabsorção radicular apical.

Tradução: Louise Resti Calil e Fabiana Hirata.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):105-10 105

* ProfessorTitulardaFOB-USPeProfessordePós-GraduaçãonaFORP-USP.

** ProfessorDoutordoProgramadePós-GraduaçãoemOrtodontiadaUNIARARAS-SP.

*** ProfessoraDoutoraSubstitutadaFaculdadedeOdontologiadeAraçatuba-UNESP.

**** ProfessoraDoutoradaUniversidadeSagradoCoração(USC)–Bauru/SP.

Alberto conSolaro*

Milton SantaMaria Jr.**

Renata bianco conSolaro***

Leda FranciSchone****

Controvérsias

movimento ortodôntico, disjunção palatina e

metamorfose cálcica da polpa:

um exemplo clínico de uma relação de coincidência

A Metamorfose Cálcica da Polpa cada vez mais é diag-nosticada com precocidade e precisão nos casos de oblite-ração pulpar. São situações clínicas em que o dente apre-senta-se com velamento e fechamento do espaço pulpar coronário e/ou radicular, sem qualquer vestígio de suas paredes laterais, mesmo quando várias radiografias peria-picais e interproximais são obtidas. Há um “apagamento” gradual dos limites do espaço pulpar.

Na mesma medida, também aumentaram os casos de con-fusão e equívocos nas citações em textos de livros e artigos referentes ao assunto. Quase sempre, o equívoco refere-se ao uso do termo Calcificação Pulpar como sinônimo de Metamor-fose Cálcica da Polpa1,2.

Para colaborar com a elucidação e precisão terminológi-ca nos diagnósticos dessa situação pulpar, propusemo-nos a rever alguns conceitos e exemplificar sua aplicação em caso clínico com história e evolução muito elucidativos.

metAmorfose cáLcicA nA PoLPA: o Que é, QuAndo e como ocorre

A Metamorfose Cálcica da Polpa representa uma metapla-sia do tecido conjuntivo pulpar e também é referida como Me-taplasia Cálcica da Polpa. A metaplasia representa a transfor-mação de um tecido adulto em outro tecido igualmente adul-to e da mesma linhagem embrionária. A metaplasia representa

um mecanismo tecidual para responder e se adaptar a novas exigências e demandas funcionais. O organismo precisa que os tecidos tenham capacidades, habilidades e mecanismos para adaptar-se a novas situações ambientais.

O exemplo mais clássico é o epitélio respiratório da tra-queia, do tipo pseudoestratificado, cilíndrico e ciliado, perme-ado por células mucosas em suas camadas mais superficiais. Nos fumantes, os cílios e as células mucosas desaparecem e o epitélio assume uma estratificação e até uma queratinização semelhantes às da mucosa faringiana e bucal.

Um outro exemplo de metaplasia corresponde à trans-formação de tecido conjuntivo fibroso em tecido ósseo. Os fibroblastos jovens desdiferenciam-se e, juntamente com as células indiferenciadas do tecido conjuntivo, podem modificar seus fenótipos e assumir morfologia e função de osteoblastos, produzindo trabéculas ósseas normais, pois têm a mesma li-nhagem embrionária mesodérmica.

Quando o tecido pulpar sofre restrição da irrigação san-guínea pode ser “obrigado” a se transformar em outro tecido igualmente adulto com menor taxa metabólica para sobrevi-ver ou se adaptar a uma nova situação ambiental. Essa res-trição ocorre quando o feixe vascular é parcialmente lesado, especialmente nos traumatismos do tipo concussão e sublu-xação4,5,6,18-21. Ou essa adaptação ocorre ou o tecido pulpar necrosa-se. A Metamorfose Cálcica da Polpa ocorre principal-mente nos traumatismos caracterizados como subluxação em 45,8%, e como concussão em 31,6% dos casos17.

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Consolaro A, Santamaria M Jr., Consolaro RB, Francischone L

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):105-10 109

se detecte a necrose pulpar e a lesão periapical crônica em fase inicial e providencie-se a cirurgia paraendodôntica.

Em dentes com traumatismos dentários recentes, o con-trole imaginológico a cada 3 meses durante um ano se faz necessário para detectar precocemente a Metamorfose Cálcica da Polpa. Se depois de um ano não houver manifes-tação de obliteração pulpar, pode-se afirmar que o trauma-tismo dentário relatado não teve ação lesiva sobre o feixe vascular pulpar.

No caso de, entre três meses a um ano, se detectar o iní-cio do processo de obliteração pulpar, o tratamento endo-dôntico deve ser providenciado para evitar escurecimentos e obliteração do espaço pulpar, que podem ser seguidos de necrose pulpar e lesão periapical crônica. Mas a Odonto-logia ainda requer protocolos de condutas uniformes para os casos de Metamorfose Cálcica da Polpa, pois as condu-tas preventivas e terapêuticas ainda são muito diferentes entre os vários grupos de clínicos e escolas, inclusive nos seus critérios de diagnóstico24,25,26.

A Metamorfose Cálcica da Polpa, assim como a Necrose Pulpar Asséptica, são muito frequentes e afetam um ou dois dentes hígidos isoladamente na arcada dentária, especial-mente os incisivos, pela sua maior exposição aos traumatis-mos dentários18-21.

Na análise de 168 dentes anteriores escurecidos e trau-matizados, sem tratamento endodôntico, encontrou-se 47,6% e 31,6% com Metamorfose Cálcica da Polpa total e parcial, respectivamente. Os 20,8% restantes estavam com Necrose Pulpar17. Os casos com Metamorfose Cálcica da Polpa apresentavam histórico de traumatismo dentário por concussão ou subluxação, principalmente na primeira

e segunda décadas de vida. Nos casos de necrose pulpar, os traumatismos ocorreram predominantemente na terceira década e com fratura dos dentes afetados.

considerAção finAL

O tratamento ortodôntico e ortopédico do tipo disjun-ção palatina para expansão da maxila não promove Meta-morfose Cálcica da Polpa, assim como não induz Necrose Pulpar Asséptica7,13,22,27. Não temos bases biológicas e fun-damentos anatômicos que justifiquem necrose pulpar du-rante o tratamento ortodôntico.

Quando o escurecimento de dentes hígidos for detec-tado durante o tratamento ortodôntico e ortopédico, deve-se resgatar a história de traumatismos dentários como os acidentais, assim como os decorrentes de procedimentos cirúrgicos como remoção de dentes supranumerários, ba-tidas por laringoscópios utilizados em procedimentos de intubação para anestesias gerais3,8-12,15,23 e apoios de alavan-cas em remoção de dentes vizinhos.

O caso clínico relatado exemplifica uma situação de identificação equivocada da causa de Metamorfose Cálcica da Polpa atribuída ao movimento ortodôntico e disjunção palatina. Na região dos incisivos centrais, os procedimentos cirúrgicos para a remoção de dente supranumerário mesio-dens realizados 30 dias antes foram os mais prováveis indu-tores da Metamorfose Cálcica da Polpa. Mas, como o es-curecimento transcorreu durante o período de tratamento ortodôntico, o mesmo foi apontado como causa, mas essa relação foi apenas de coincidência.

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Controvérsias Movimento ortodôntico, disjunção palatina e metamorfose cálcica da polpa: um exemplo clínico de uma relação de coincidência

Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):105-10110

alberto consolaroE-mail: [email protected]

endeReço paRa coRRespondência

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24. Schindler WG, Gullickson DC. Rationale for the management of calcific metamorphosis secondary to traumatic injuries. J Endod. 1988 Aug;14(8):408-12.

25. Smith JW. Calcific metamorphosis: a treatment dilemma. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1982 Oct;54(4):441-4.

26. Stalhane I, Hedegard B. Traumatized permanent teeth in children aged 7-15 years. Part II. Swed Dent J. 1975;68:157-69.

27. Valadares J Neto. Análise microscópica do complexo dentinopulpar e da superfície radicular externa após a expansão rápida da maxila em adolescentes. [dissertação]. Goiânia (GO): Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás; 2000.

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):111-2 111

— A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de ca-sos clínicos e de técnicas, artigos de interesse da classe ortodôn-tica, comunicações breves e atualidades.

— Os artigos serão submetidos ao parecer do Corpo Editorial da Revista, que decidirá sobre a conveniência ou não da publicação, avaliando como favorável, indicando correções e/ou sugerindo modificações. A REVISTA, ao receber os artigos, não assume o compromisso de publicá-los.

orientAções PArA submissão de mAnuscritos— Submeta os artigos através do site www.dentalpressjournals.com.

Organize sua apresentação como descrito a seguir:

1. Página de título— deve conter título em português e inglês, resumo e abstract, pa-

lavras-chave e keywords. — coloque todas as informações relativas aos autores em uma pá-

gina separada, incluindo: nomes completos dos autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e cargos administrativos. Ainda, deve-se identificar o autor correspondente e incluir seu endereço, números de telefone e e-mail. Essa informação não es-tará disponível para os revisores.

2. resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de 250 palavras

ou menos são os preferidos. — os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 palavras-chave, ou

descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS.

3. texto— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluin-

do legendas das figuras, resumo, abstract e referências.— envie figuras e tabelas em arquivos separados (ver abaixo). — também insira as legendas das figuras no corpo do texto, para

orientar a montagem final do artigo.

4. figuras— as imagens digitais devem ser no formato JPG ou TIF, em CMyK

ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução.

— as imagens devem ser enviadas em arquivos independentes. — se uma figura já foi publicada anteriormente, sua legenda deve

dar todo o crédito à fonte original. — confira se todas as figuras foram citadas no texto.

5. gráficos e traçados cefalométricos— devem ser enviados os arquivos contendo as versões originais

dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção.

— não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável).

— os desenhos enviados podem ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

6. tabelas— as tabelas devem ser autoexplicativas e devem complementar, e

não duplicar, o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na ordem em

que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma.

— se uma tabela tiver sido publicada anteriormente, inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original.

— apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo) e não como elemento gráfico (imagem não editável).

7. referências— todos os artigos citados no texto devem ser referenciados. — todas as referências listadas devem ser citadas no texto.— com o objetivo de facilitar a leitura, as referências serão citadas

no texto apenas indicando a sua numeração.— as referências devem ser identificadas no texto por números

arábicos sobrescritos e numeradas na ordem em que são cita-das no texto.

— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normaliza-das de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.

— a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação.

— as referências devem ser apresentadas no final do texto obede-cendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uni-form_requirements.html).

— não devem ultrapassar o limite de 30.— utilize os exemplos a seguir:

• Artigos com até seis autoresSterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal clinical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.

• Artigos com mais de seis autoresDe Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.

• capítulo de livroKina S. Preparos dentários com finalidade protética. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.

• capítulo de livro com editorBreedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent pregnancy. 2ª ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (Ny): March of Dimes Education Services; 2001.

• dissertação, tese e trabalho de conclusão de curso Beltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em laboratórios por testes de tração, cisalhamento e torção. [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990.

• formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso em: 2008 jun 12]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

— outros tipos de correspondência poderão ser enviados para:Revista Clínica de Ortodontia Dental PressAv. Euclides da Cunha 1718, Zona 5 - CEP: 87.015-180, Maringá/PRTel. (44) 3031-9818 - E-mail: [email protected]

instruções aos autores

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Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 out-nov;9(5):111-2112

Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de com-paração de causa/efeito entre os grupos estudados e que, poten-cialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser noti-ficados e registrados antes de serem iniciados.

O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respecti-vos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a coope-ração de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da so-ciedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos.

Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as re-vistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da Saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem pú-blicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLI-NE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da Saúde.

Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exi-jam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam vali-dados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS.

Portal para divulgação e registro dos ensaios

A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Re-gistros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clini-cal Trial Search Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index.html), com interface que permite a busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resul-tado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de exe-cução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente.

A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS.

A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identifi-cação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dú-vidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, crité-rios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho da amostra pretendido, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias.

Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias:

- Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal;

- Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal, somente através de parceria com um dos Registros Primários;

- Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal.

Posicionamento da revista clínica de ortodontia dental Press

A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clí-nicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabeleci-dos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo.

Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

registro de ensaios ClÍniCos