v16n5-pt

81
Dental Press International Edição Especial ISSN 2176-9451 Volume 16, Number 5, September / October 2011

description

Revista Dental Press Journal Of Ortodontics - PT

Transcript of v16n5-pt

ISSN 2176-9451Dental Press J Orthod. 2011 September/October;16(5):1-208

v. 16, no. 5 September/October 2011

Dental Press International

Edição Especial

ISSN 2176-9451

Volume 16, Number 5, September / October 2011

ISSN 2176-9451Dental Press J Orthod. 2011 September/October;16(5):1-208

v. 16, no. 5 September/October 2011

EDITOR CHEFE

Jorge Faber UnB - DF - Brasil

EDITORA ASSOCIADA

Telma Martins de Araújo UFBA - BA - Brasil

EDITORES ADJUNTOS

(artigos online)

Daniela Gamba Garib HRAC/FOB-USP - SP - Brasil

Fernanda Angelieri USP - SP - Brasil

Matheus Melo Pithon UESB - BA - Brasil

EDITOR ADJUNTO

(Odontologia baseada em evidências)

David Normando UFPA - PA - Brasil

EDITORA ADJUNTA

(revisão língua inglesa)

Flávia Artese UERJ - RJ - Brasil

PUBLISHER

Laurindo Z. Furquim UEM - PR - Brasil

CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO

Adilson Luiz Ramos UEM - PR - Brasil

Danilo Furquim Siqueira UNICID - SP - Brasil

Maria F. Martins-Ortiz ACOPEM - SP - Brasil

CONSULTORES EDITORIAIS

Ortodontia

Adriana C. da Silveira Univ. de Illinois - Chicago - EUA

Adriana de Alcântara Cury-Saramago UFF - RJ - Brasil

Adriano de Castro UCB - DF - Brasil

Aldrieli Regina Ambrósio SOEPAR - PR - Brasil

Alexandre Trindade Motta UFF - RJ - Brasil

Ana Carla R. Nahás Scocate UNICID - SP - Brasil

Ana Maria Bolognese UFRJ - RJ - Brasil

Andre Wilson Machado UFBA - BA - Brasil

Antônio C. O. Ruellas UFRJ - RJ - Brasil

Armando Yukio Saga ABO - PR - Brasil

Arno Locks UFSC - SC - Brasil

Ary dos Santos-Pinto FOAR/UNESP - SP - Brasil

Björn U. Zachrisson Univ. de Oslo - Noruega

Bruno D'Aurea Furquim Clín. Partic. - PR - Brasil

Camila Alessandra Pazzini UFMG - MG - Brasil

Camilo Aquino Melgaço UFMG - MG - Brasil

Carla D'Agostini Derech UFSC - SC - Brasil

Carla Karina S. Carvalho ABO - DF - Brasil

Carlos A. Estevanel Tavares ABO - RS - Brasil

Carlos Martins Coelho UFMA - MA - Brasil

Cauby Maia Chaves Junior UFC - CE - Brasil

Célia Regina Maio Pinzan Vercelino FOB-USP - SP - Brasil

Christian Viezzer UFRGS - RS - Brasil

Clarice Nishio Univ. de Montreal - Canadá

Cristiane Canavarro UERJ - RJ - Brasil

Eduardo C. Almada Santos FOA/UNESP - SP - Brasil

Eduardo Franzotti Sant'Anna UFRJ - RJ - Brasil

Eduardo Lenza Clín. Partic. - GO - Brasil

Eduardo Silveira Ferreira UFRGS - RS - Brasil

Enio Tonani Mazzieiro PUC-MG - MG - Brasil

Eustáquio Araújo Univ. de Saint Louis - EUA

Fabrício Pinelli Valarelli UNINGÁ - PR - Brasil

Fernando César Torres UMESP - SP - Brasil

Giovana Rembowski Casaccia Clín. Partic. - RS - Brasil

Gisele Moraes Abrahão UERJ - RJ - Brasil

Glaucio Serra Guimarães UFF - RJ - Brasil

Guilherme Janson FOB-USP - SP - Brasil

Guilherme Pessôa Cerveira ULBRA-Torres - RS - Brasil

Gustavo Hauber Gameiro UFRGS - RS - Brasil

Haroldo R. Albuquerque Jr. UNIFOR - CE - Brasil

Helio Scavone Júnior UNICID - SP - Brasil

Henri Menezes Kobayashi UNICID - SP - Brasil

Hiroshi Maruo PUC-PR - PR - Brasil

Hugo Cesar P. M. Caracas UNB - DF - Brasil

Jesús Fernández Sánchez Univ. de Madrid - Madrid - Espanha

Jonas Capelli Junior UERJ - RJ - Brasil

José Antônio Bósio Univ. de Marquette - Milwaukee - EUA

José Augusto Mendes Miguel UERJ - RJ - Brasil

José Fernando Castanha Henriques FOB-USP - SP - Brasil

José Nelson Mucha UFF - RJ - Brasil

José Renato Prietsch UFRGS - RS - Brasil

José Vinicius B. Maciel PUC-PR - PR - Brasil

Julia Cristina de Andrade Vitral Clín. Partic. - SP - Brasil

Júlia Harfin Univ. de Maimonides - Buenos Aires - Argentina

Júlio de Araújo Gurgel FOB-USP - SP - Brasil

Julio Pedra e Cal Neto UFF - RJ - Brasil

Jüri Kurol Universidade de Gotemburgo - Suécia

Karina Maria S. de Freitas UNINGÁ - PR - Brasil

Larry White AAO - Dallas - EUA

Leandro Silva Marques UNINCOR - MG - Brasil

Leniana Santos Neves UFVJM - MG - Brasil

Leopoldino Capelozza Filho HRAC/USP - SP - Brasil

Liliana Ávila Maltagliati USC - SP - Brasil

Lívia Barbosa Loriato PUC-MG - MG - Brasil

Luciana Abrão Malta Clín. Partic. - SP - Brasil

Luciana Baptista Pereira Abi-Ramia UERJ - RJ - Brasil

Luciana Rougemont Squeff UFRJ - RJ - Brasil

Luciane M. de Menezes PUC-RS - RS - Brasil

Luís Antônio de Arruda Aidar UNISANTA - SP - Brasil

Luiz Filiphe Canuto FOB-USP - SP - Brasil

Luiz G. Gandini Jr. FOAR-UNESP - SP - Brasil

Luiz Sérgio Carreiro UEL - PR - Brasil

Marcelo Bichat P. de Arruda UFMS - MS - Brasil

Marcelo Reis Fraga UFJF - MG - Brasil

Márcio Rodrigues de Almeida UNIMEP - SP - Brasil

Marco Antônio de O. Almeida UERJ - RJ - Brasil

Marcos Alan V. Bittencourt UFBA - BA - Brasil

Marcos Augusto Lenza UFG-GO - Brasil

Maria C. Thomé Pacheco UFES - ES - Brasil

Maria Carolina Bandeira Macena FOP-UPE - PB - Brasil

Maria Perpétua Mota Freitas ULBRA - RS - Brasil

Marília Teixeira Costa UFG - GO - Brasil

Marinho Del Santo Jr. Clín. Partic. - SP - Brasil

Maristela S. Inoue Arai Univ. Médica e Odontológica de Tokyo - Japão

Mônica T. de Souza Araújo UFRJ - RJ - Brasil

Orlando M. Tanaka PUC-PR - PR - Brasil

Oswaldo V. Vilella UFF - RJ - Brasil

Patrícia Medeiros Berto Clín. Partic. - DF - Brasil

O Dental Press Journal of Orthodontics (ISSN 2176-9451) é uma publicação bimestral da Dental Press International. Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá / PR - Fone/Fax: (0xx44) 3031-9818 - www.dentalpress.com.br - [email protected].

O Dental Press Journal of Orthodontics (ISSN 2176-9451) é continuação da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial (ISSN 1415-5419).

Diretora: Teresa R. D'Aurea Furquim - Diretor eDitorial: Bruno D’Aurea Furquim - Diretor De marketing: Fernando Marson - analista Da in-formação: Carlos Alexandre Venancio - ProDUtor eDitorial: Júnior Bianco - Diagramação: Fernando Truculo Evangelista - Gildásio Oliveira Reis Júnior - Tatia-ne Comochena - revisão/CoPYDesk: Ronis Furquim Siqueira - tratamento De imagens: Andrés Se-bastián - BiBlioteCa/normaliZação: Simone Lima Lopes Rafael - BanCo De DaDos: Adriana Azevedo Vasconcelos - sUBmissão De artigos: Simone Lima Lopes Rafael - CUrsos e eventos: Ana Claudia da Silva - Rachel Furquim Scattolin - finanCeiro: Roseli Martins - ComerCial: Roseneide Martins Garcia - eXPe-Dição: Diego Moraes - seCretaria: Rosane Aparecida Albino. JORNALISMO: Beatriz Lemes.

Patricia Valeria Milanezi Alves Clín. Partic. - RS - Brasil

Pedro Paulo Gondim UFPE - PE - Brasil

Renata C. F. R. de Castro UMESP - SP - Brasil

Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin CORA - SP - Brasil

Ricardo Machado Cruz UNIP - DF - Brasil

Ricardo Moresca UFPR - PR - Brasil

Robert W. Farinazzo Vitral UFJF - MG - Brasil

Roberto Justus Univ. Tecn. do México - México

Roberto Rocha UFSC - SC - Brasil

Rodrigo César Santiago UFJF - MG - Brasil

Rodrigo Hermont Cançado UNINGÁ - PR - Brasil

Rolf M. Faltin Clín. Partic. - SP - Brasil

Sávio R. Lemos Prado UFPA - PA - Brasil

Sérgio Estelita FOB-USP - SP - Brasil

Tarcila Triviño UMESP - SP - Brasil

Weber José da Silva Ursi FOSJC/UNESP - SP - Brasil

Wellington Pacheco PUC-MG - MG - Brasil

Biologia e Patologia Bucal

Alberto Consolaro FOB-USP - SP - Brasil

Edvaldo Antonio R. Rosa PUC - PR - Brasil

Victor Elias Arana-Chavez USP - SP - Brasil

Bioquímica e Cariologia

Marília Afonso Rabelo Buzalaf FOB-USP - SP - Brasil

Cirurgia Ortognática

Eduardo Sant’Ana FOB/USP - SP - Brasil

Laudimar Alves de Oliveira UNIP - DF - Brasil

Liogi Iwaki Filho UEM - PR - Brasil

Rogério Zambonato Clín. Partic. - DF - Brasil

Waldemar Daudt Polido Clín. Partic. - RS - Brasil

Dentística

Maria Fidela L. Navarro FOB-USP - SP - Brasil

Disfunção da ATM

José Luiz Villaça Avoglio CTA - SP - Brasil

Paulo César Conti FOB-USP - SP - Brasil

Fonoaudiologia

Esther M. G. Bianchini CEFAC-FCMSC - SP - Brasil

Implantologia

Carlos E. Francischone FOB-USP - SP - Brasil

Ortopedia Dentofacial

Dayse Urias Clín. Partic. - PR - Brasil

Kurt Faltin Jr. UNIP - SP - Brasil

Periodontia

Maurício G. Araújo UEM - PR - Brasil

Prótese

Marco Antonio Bottino UNESP-SJC - SP - Brasil

Sidney Kina Clín. Partic. - PR - Brasil

Radiologia

Rejane Faria Ribeiro-Rotta UFG - GO - Brasil

COLABORADORES CIENTÍFICOS

Adriana C. P. Sant’Ana FOB-USP - SP - Brasil

Ana Carla J. Pereira UNICOR - MG - Brasil

Luiz Roberto Capella CRO - SP - Brasil

Mário Taba Jr. FORP - USP - Brasil

Dental Press Journal of Orthodontics v. 1, n. 1 (set./out. 1996) - . -- Maringá : Dental Press International, 1996 - Bimestral ISSN 2176-9451

1. Ortodontia - Periódico. I. Dental Press International. CDD 617.643005

Indexação:

desde 1998 desde 2005

BBOdesde 1998

desde 2002 desde 2008 desde 2009

desde 1999

desde 2008

desde 1998

desde 2008

desde 2011

6 Editorial

17 O que há de novo na Odontologia / What’s new in Dentistry

20 Insight Ortodôntico / Orthodontic Insight

30 Entrevista com Stephen Yen / Interview

S u m á r i o

Artigos Online / Online Articles

37 Avaliação da influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso

An evaluation of the influence of gingival display level in the smile esthetics

Larissa Suzuki, Andre Wilson Machado, Marcos Alan Vieira Bittencourt

40 Alterações dentoesqueléticas decorrentes do tratamento com aparelho ortopédico funcional Twin Block em pacientes portadores de má oclusão de Classe II esquelética

Dentoskeletal changes in Class II malocclusion patients after treatment with the Twin Block functional appliance

Ione Helena Vieira Portella Brunharo, Cátia Abdo Quintão, Marco Antonio de Oliveira Almeida, Alexandre Motta, Sunny Yamaguche Nogueira Barreto

43 Recidiva do apinhamento anterossuperior nas más oclusões de Classe I e Classe II tratadas ortodonticamente sem extrações

Relapse of maxillary anterior crowding in Class I and Class II malocclusion treated orthodontically without extractions

Willian J. G. Guirro, Karina Maria Salvatore de Freitas, Marcos Roberto de Freitas, José Fernando Castanha Henriques, Guilherme Janson, Luiz Filiphe Gonçalves Canuto

46 Tratamento de más oclusões de Classe II graves com aparelhos funcionais removíveis e ortodônticos sequenciais: um caso para a avaliação do MOrthRCSEd

Management of severe Class II malocclusion with sequential removable functional and orthodontic appliances: a case for MOrthRCSEd examination

Larry Ching Fan Li, Ricky Wing Kit Wong

Artigos Inéditos / Original Articles

48 Um método para o retratamento da recidiva do desalinhamento dentário

A method to re-treat the relapse of dental misalignment

David Normando, Leopoldino Capelozza Filho

54 Análise eletromiográfica do músculo orbicular da boca em jovens com Classe II, 1ª divisão, e jovens com oclusão normal

Electromyographic analysis of the orbicularis oris muscle in youngsters with Class II, division 1 and normal occlusion

Vania Célia Vieira de Siqueira, Meire Alves de Sousa, Fausto Bérzin, Cézar Augusto Souza Casarini

62 Estudo comparativo cefalométrico dos padrões dentofaciais de indivíduos portadores de oclusão normal e de más oclusões de Angle

Comparative cephalometric study of dentofacial patterns of individuals with normal occlusion and Angle malocclusions

Julio César Mota Pereira, Henrique Manoel Lederman, Hélio Kiitiro Yamashita, Dayliz Quinto Pereira, Luís Antônio de Arruda Aidar

74 Efeitos dos fios de nivelamento de níquel-titânio e de aço inoxidável na posição dos incisivos inferiores

Effects of nickel-titanium and stainless steel leveling wires on the position of mandibular incisors

Ricardo Moresca, Alexandre Moro, Gladys Cristina Dominguez, Julio Wilson Vigorito

82 Análise cefalométrica das vias aéreas superiores de pacientes Classe III submetidos a tratamento ortocirúrgico

Cephalometric analysis of the upper airways of Class III patients subjected to orthosurgical treatment

Camila Gornic, Paula Paiva do Nascimento, Camilo Aquino Melgaço, Antonio Carlos de O. Ruellas, Paulo José D’Albuquerque Medeiros, Eduardo Franzotti Sant’Anna

89 Distribuição de tensões em modelo fotoelástico decorrente da intrusão dos incisivos inferiores por meio do arco base de Ricketts

Stress distribution in a photoelastic model resulting from intrusion of mandibular incisors using Ricketts utility arch

Cristiane Aparecida de Assis Claro, Jorge Abrão, Sílvia Augusta Braga Reis, Dalva Cruz Laganá

98 Guias clínicos e radiográficos utilizados para a predição do surto de crescimento puberal

Clinical and radiographic guidelines to predict pubertal growth spurt

Monica Tirre de Souza Araujo, Adriana de Alcantara Cury-Saramago, Andréa Fonseca Jardim da Motta

104 Resistência ao cisalhamento da colagem com compósitos utilizando potencializador de adesão

Shear bond strength of composites using an adhesion booster

Edivaldo de Morais, Fábio Lourenço Romano, Lourenço Correr Sobrinho, Américo Bortolazzo Correr, Maria Beatriz Borges de Araújo Magnani

111 Influência da exposição gengival na estética do sorriso

Influence of gingival exposure on the smile aesthetics

Milene Brum Dutra, Daltro Enéas Ritter, Adriano Borgatto, Carla D’Agostine Derech, Roberto Rocha

119 Análise comparativa da expansão maxilar com três marcas de parafusos com limitador posterior: ensaio laboratorial em Typodont

Comparative analysis of rapid maxillary expansion using three brands of fan-type expander screw: laboratory trial using typodont

Ricardo Damo Meneguzzi, Luciane Macedo de Menezes, Susana Maria Deon Rizzatto

127 Avaliação do perfil dos profissionais da área de Ortodontia quanto às condutas legais

Profile evaluation of orthodontics professionals as for their legal actions

Luiz Renato Paranhos, Marcio Salazar, Fernando César Torres, Antônio Carlos Pereira, Rhonan Ferreira da Silva, Adilson Luiz Ramos

135 Programa de extrações seriadas: variáveis relacionadas com a extração de pré-molares

Serial extraction: variables associated to the extraction of premolars

Tulio Silva Lara, Cibelle Cristina Oliveira dos Santos, Omar Gabriel da Silva Filho, Daniela Gamba Garib, Francisco Antônio Bertoz

146 Avaliação dos efeitos de três métodos de remoção da resina remanescente do braquete na superfície do esmalte

Effects evaluation of remaining resin removal (three modes) on enamel surface after bracket debonding

Karine Macieski, Roberto Rocha, Arno Locks, Gerson Ulema Ribeiro

155 Avaliação comparativa do espaçamento anterior em nipo-brasileiros e leucodermas, na dentição decídua

Comparative assessment of anterior spacing in Japanese-Brazilian and white children in the primary dentition

Evandro Eloy Marcone Ferreira, Eduardo Cardoso Pastori, Rívea Inês Ferreira, Helio Scavone Junior, Karyna Martins do Valle-Corotti

163 Caso Clínico BBO / BBO Case Report

Tratamento conservador de uma má oclusão Classe I de Angle, com atresia maxilar e apinhamento anterior

The conservative treatment of Class I malocclusion with maxillary transverse deficiency and anterior teeth crowding

Lincoln I. Nojima

172 Tópico Especial / Special Article

Perfuração do esmalte para o tracionamento de caninos: vantagens, desvantagens, descrição da técnica cirúrgica e biomecânica

Enamel perforation for canine traction: Advantages, disadvantages, surgical technique description and biomechanics

Leopoldino Capelozza Filho, Alberto Consolaro, Mauricio de Almeida Cardoso, Danilo Furquim Siqueira

206 Normas para publicação / Information for authors

Dental Press J Orthod 6 2011 Sept-Oct;16(5):6-7

artigos, sites ou livros. onde obter a informação necessária?

E d i t o r i a l

Onde devemos ler a informação que dese-jamos para tomar uma decisão de tratamento: artigo, site ou livro? É curioso, mas isso não é tão claro quanto pode parecer para a grande maioria dos profissionais, e mais confuso ainda para os leigos. Então, arregacemos as mangas.

O artigo científico é a fonte mais preciosa de informação que possuímos. Ele apresenta aquilo que há de mais atual e, ao analisar o desenho de um estudo, podemos compreender onde aquele estudo em particular se encontra na pirâmide de evidência. Ou seja, com algum conhecimento de Odontologia baseada em evidências, um leitor pode compreender exatamente a força que um artigo tem e sua relevância para a prática clínica. Além disso, um artigo percorre um caminho de publicação durante o qual ele é sabatinado antes e depois de encontrar as páginas de uma revista. Assim, a informação é esmerilhada e polida antes de ser entregue ao leitor. A limi-tação do artigo científico é que ele é destinado ao profissional, e não ao leigo.

Os sites oferecem a vantagem de tornar acessível a informação para o leigo. Entretanto, talvez sejam os locais mais polêmicos para se obter conhecimento. Dentre eles, há de tudo: dos ótimos aos péssimos. Eles deram origem ao mais famoso e consultado doutor da atua-lidade: o Dr. Google. Esse doutor desperta as mais polarizadas sensações. Às vezes, ficamos felizes ao ver o Dr. Google ajudando alguém a escapar de um tratamento inadequado. Em

outros momentos, ele fala atrocidades para os pacientes, e somos obrigados a gastar um enorme volume de saliva para explicar o por-quê dele estar errado. Nunca é demais avisar que o Dr. Google não é uma fonte plenamente confiável de informação, e profissionais devem se valer dele com muita cautela.

O problema da informação na Internet é que os sites aceitam qualquer informação que lá seja escrita. Por isso existe tanto desconhe-cimento sendo propagado na rede. Todavia, há fantásticas iniciativas de esclarecimento, como a Colaboração Cochrane1. Nesse espaço na rede, leitores poderão ler aquilo que de melhor há disponível sobre diferentes assuntos na área da saúde. A Colaboração Cochrane já foi citada como um empreendimento que rivaliza com o Projeto Genoma Humano, nas suas implica-ções potenciais para os tratamentos de saúde modernos. Essa é uma fonte tanto para leigos quanto para profissionais.

É curioso que os livros, apesar de estarem entre nós há séculos, são muito mal compre-endidos pelas pessoas em geral. Existe um adágio popular que diz que, para uma pessoa estar plenamente realizada, ela precisa plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Entretanto, quando vamos às livrarias, vemos centenas — talvez milhares — de livros de bai-xa qualidade. Como podemos separar o joio do trigo na área da saúde? Simples. Entendamos como funciona um livro em nossa área.

Dental Press J Orthod 7 2011 Sept-Oct;16(5):6-7

Editorial

1. The Cochrane Collaboration. Available from: www.cochrane.org.2. Consolaro A, Consolaro MFM-O. Controvérsias na

Ortodontia e Atlas de biologia da movimentação dentária. Maringá: Dental Press; 2008.

RefeRências

Livros aceitam qualquer qualidade de infor-mação em suas páginas. Assim, os bons livros são, na verdade, o fechamento de um ou vários assuntos por um autor, sempre de temas que ele tenha tratado em artigos. Ou seja: o autor pu-blicou diversos artigos; essas informações foram testadas pela comunidade científica e, após certo momento, ele dá a necessária coesão e contex-tualização daquele assunto aos leitores. Quase sempre, aos olhos externos, aqueles artigos não possuem um alinhamento, uma coerência, que é óbvia ao autor e que é explicada em um livro. Assim, esse tipo de fonte permite uma visão geral única sobre o trabalho de alguém ou de um grupo.

Exatamente pela facilidade, leitura agradável e coerência é que livros são muito utilizados com alunos de graduação. O objetivo é tornar a infor-mação mais simples e didática e, assim, ideal para o momento inicial da formação do profissional.

Um ótimo exemplo disso é o livro Contro-vérsias na Ortodontia e Atlas de Biologia da Movimentação Dentária, de Alberto Consolaro e colaboradores2. Nesse livro, os autores amar-ram as informações apresentadas inicialmente por meio de artigos — os quais passaram pelo crivo da comunidade odontológica —, fornecendo um incrível panorama geral da visão dos autores sobre diferentes problemas enfrentados no dia a dia clínico.

Dessa forma, há artigos e artigos, sites e sites, e livros e livros. Escolha sua fonte com sabedoria.

Boa leitura.

Jorge [email protected]

10 | 11 | 12 | NOV | 2011 | CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA | PORTUGAL

GOLD SPONSORS PATROCINADORES OFICIAIS

JORGE FABER | BR ORTODONTIA

CONFERENCISTA CONVIDADO

www.congressoabor2011.com.br

ApoioRealização Patrocínio Organização Agência Oficial

8º CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL

BELO HORIZONTE - 12 A 15 DE OUTUBRO DE 2011

EXPANDINDO HORIZONTES

Palestrantes Nacionais CONFIRMADOSAlberto ConsolaroAlexandre Fortes DrummondAlexandre ViannaAntônio BritoAntônio Carlos RuellasAry dos Santos PintoBernardo Quiroga SoukiBruno GribelCarlo MarassiCarlos Alberto MundstockCarlos Alexandre L. Peersen CamaraCarlos Martins Coelho FilhoCelso TinocoDario F. Lopes NetoDauro Douglas OliveiraDavid NormandoEdela PuricelliEduardo Sant´Ana

Ênio Tonani MazzieiroErtty SilvaEuflásio Girotto Jr.Flávia ArteseGerson Luiz Ulema RibeiroGiselle NabackGuilherme de Araujo AlmeidaGuilherme dos Reis P. JansonGustavo Tirado RodriguesHenrique VilelaHugo CaracasIngrid NunesIsabela PordeusIvana Ardenghi VargasJairo CuradoJorge FaberJosé Alfredo MendonçaJosé Augusto Mendes Miguel

Julio BrantKurt Faltin Jr.Lincoln NojimaLuis Henrique Moreira MarinhoLuiz Fernando EtoMarcelo MarigoMarcelo MoraesMarco Antônio de Oliveira AlmeidaMarco Antônio SchroederMarco Aurelio BonfimMarcos Gabriel do Lago PrietoMarcos JansonMaria Aparecida SobreiroMaurício AccorsiMêrian Lucena de MouraNelson MuchaOtávio FerrazPaulo Eduardo Guedes Carvalho

Paulo Renato Carvalho RibeiroRaimunda LimaRicardo CruzRobert Willer Farinazzo VitralRoberto CaproniRoberto Carlos Bodart BrandãoRoberto M. A. Lima FilhoRonaldo da Veiga JardimRosa Helena Wanderley LacerdaRosário Casalenuovo JuniorRowdley Robert Rossi FerreiraStenyo W. TavaresTarcísio Junqueira PereiraTelma Martins de AraujoValter Ossamu ArimaWeber José da Silva UrsiWellington Pacheco

Veja no site oficial do Congresso ABOR 2011 as programações CIENTÍFICA e SOCIAL completas,inclusive informações sobre os CURSOS PARALELOS que ocorrerão durante o evento. Participe!

Albino TriacaAlemanha

Eustáquio AraújoEstados Unidos

Giuseppe ScuzzoItália

James McNamaraEstados Unidos

Marco RosaItália

Martim PalomoEstados Unidos

Rolf BehrentsEstados Unidos

Stephen YenEstados Unidos

Leena PalomoEstados Unidos

abor abormg twitter.com/abormg Comunidade ABOR 2011

Palestrantes Internacionais CONFIRMADOS

Dental Press J Orthod 17 2011 Sept-Oct;16(5):17-9

roberto rocha*

o q u E h á d E n o v o n a o d o n t o l o g i a

fronteiras terapêuticas em expansão: engenharia de tecidos e células-tronco

Na última década, a pesquisa em Odontologia tem avançado de forma expressiva no campo da engenharia de tecidos. A busca por formas de per-mitir a reparação tecidual, e até mesmo a forma-ção de tecidos novos, tem como objetivo ampliar de forma drástica as possibilidades terapêuticas nas diferentes áreas. A engenharia de tecidos é uma possibilidade bastante promissora para forne-cer tecido para reparos craniofaciais5. Somando-se a incidência das fissuras pré-forame incisivo, que envolvem o rebordo alveolar, com as fissuras do tipo transforame incisivo, a presença da fenda al-veolar, parcial ou completa, atinge cerca de 70% dos pacientes portadores de fissura labiopalatal.

Sob a óptica do tratamento ortodôntico, a presença da fenda alveolar é o ponto de maior complexidade terapêutica, pois impõe limites à movimentação dentária na área adjacente à fen-da. É crítica a atenção para a limitação que essa circunstância impõe à reabilitação do pacien-te1,2,11,12. Com intuito de fazer frente a essa di-ficuldade, a utilização do enxerto ósseo alveolar secundário tem sido o protocolo de eleição. Não obstante sua eficácia esteja fartamente registrada na literatura e na prática clínica, é um procedi-mento que envolve aspectos de complexidade como o custo, envolvendo anestesia geral, neces-sidade de ortopedista quando o sítio doador é a crista ilíaca, e sua morbidade, entre outros. Novas descobertas estão sinalizando na direção do de-senvolvimento de estratégias menos invasivas e tão eficazes quanto. A Associação Americana de

Cirurgiões Ortopedistas sugere que, em face da elevada demanda de enxertias, seja estimulado o desenvolvimento e oferta de “substitutos aos en-xertos ósseos convencionais”. Em recente estudo5, células-tronco embrionárias foram diferenciadas em cartilagem e, então, implantadas em defeitos ósseos cranianos produzidos artificialmente. Na comparação com o grupo controle, o grupo que recebeu o tecido implantado teve uma resposta de reparo significativamente mais rápida.

A biologia das células-tronco tem se tornado uma importante área de conhecimento para en-tender o processo da regeneração tecidual. Para a bioengenharia é essencial uma tríade composta por células-tronco, ou progenitoras, uma matriz que funcione como arcabouço e proteínas sina-lizadoras, denominadas fatores de crescimento, como estímulo para diferenciação celular10. Em geral, as células-tronco apresentam duas grandes características: têm a capacidade de autorrenova-ção e, quando se multiplicam, podem permane-cer com as características de células-tronco ou se diferenciar em uma gama de outros tipos celula-res6,7. A polpa dentária figura entre os tecidos mais ricos em células-tronco mesenquimais, as quais têm enorme potencial de aplicação na engenharia de tecidos. Isso devido ao fato de que esse tipo de célula-tronco proveniente da polpa dentária é multipotente e tem elevada taxa de proliferação, dando a esse sítio doador destacado valor como importante fonte de células-tronco mesenquimais para utilização em reparação tecidual3.

* Mestre e Doutor em Ortodontia pela UFRJ. Professor Adjunto de Ortodontia na UFSC. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial.

Como citar este artigo: Rocha R. Fronteiras terapêuticas em expansão: engenharia de tecidos e células-tronco. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):17-9.

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e com-panhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 19 2011 Sept-Oct;16(5):17-9

Rocha R

1. Abyholm F, Bergland O, Semb G. Secondary bone grafting of alveolar clefts. Scand J Plast Reconstr Surg. 1981;15:127-40.

2. Boyne PJ, Sands NR. Combined orthodontic-surgical management of residual palato-alveolar cleft defects. Am J Orthod. 1976;70(1):20-37.

3. Casagrande L, Cordeiro MM, Nör SA, Nör JE. Dental pulp stem cells in regenerative dentistry. Odontology. 2011;99(1):1-7. Epub 2011 Jan 27.

4. Cordeiro MM, Dong Z, Kaneko T, Zhang Z, Miyazawa M, Shi S, et al. Dental pulp tissue engineering with stem cells from exfoliated deciduous teeth. J Endod. 2008;34(8):962-9.

5. Doan L, Connor K, Heather L, English J, Gomez H, Johnson E, et al. Engineered cartilage heals skull defects. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;137(2):162.e1-9.

6. Huang GT, Sonoyama W, Liu Y, Liu H, Wang S, Shi S. The hidden treasure in apical papilla: the potential role in pulp/dentin regeneration and bioroot engineering. J Endod. 2008;34(6):645-51.

7. Huang GT. A paradigm shift in endodontic management of immature teeth: conservation of stem cells for regeneration. J Dent. 2008;36(6):379-86.

RefeRências

endereço para correspondênciaroberto rochaDuarte schutel 306 – 6º andar, CentroCeP: 88.015-640 – florianópolis / sCe-mail: [email protected]

8. Sakai VT, Cordeiro MM, Dong Z, Zhang Z, Zeitlin BD, Nör JE. Tooth slice/scaffold model of dental pulp tissue engineering. Adv Dent Res. 2011;23(3):325-32.

9. Sonoyama W, Liu Y, Yamaza T, Tuan RS, Wang S, Shi S, et al. Characterization of the apical papilla and its residing stem cells from human immature permanent teeth: a pilot study. J Endod. 2008;34(2):166-71.

10. Soares AP, Knop LAH, Jesus AA, Araújo TM. Células-tronco em odontologia. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2007;12(1):33-40.

11. Stellmach RK. Bone grafting of the alveolus followed by orthopaedic alignment of the alveolar arch in infants with complete CLP. Oral Surg. 1963;16(8):897-912.

12. Turvey TA, Vig K, Moriaty J, Hoke J. Delayed bone grafting in the cleft maxilla and palate. A retrospective multidisciplinary analysis. Am J Orthod. 1984;86(3):244-56.

Enviado em: 11 de julho de 2011Revisado e aceito: 20 de agosto de 2011

Dental Press J Orthod 20 2011 Sept-Oct;16(5):20-9

i n S i g h t o r t o d ô n t i c o

mecânica intrusiva gera forças de inclinação e estímulos ortopédicos com reposicionamento

dentário e remodelação óssea simultâneosoU

Na mecânica intrusiva não se aplica forças de intrusão, mas obtém-se o efeito intrusivo

alberto Consolaro*, laurindo furquim**

A intrusão frequentemente é citada como uma causa de grande risco para a reabsorção radicular apical e na região inter-radicular nas bifurcações2. Esse risco seria muito maior do que em outros tipos de movimentos dentários. Embora sugira--se que a reabsorção radicular apical depende

da intensidade dos movimentos ortodônticos10, muitos estudos revelam que não há relação en-tre as reabsorções dentárias e a intrusão3,5,6,7,11,12. Carrillo et al.2, em 2007, aplicaram aparelhos específicos, com ancoragem absoluta por placas e implantes osseointegrados, em dentes de cães

* Professor Titular da Faculdade de Odontologia de Bauru e da Pós-graduação da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP. ** Professor Doutor da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

As agressões de baixa intensidade e longa duração no periósteo induzem a formação de novas cama-das e podem aumentar o volume do osso e mudar sua forma. Nas mecânicas intrusivas, a inclinação natural das raízes propicia que os movimentos dentários sejam de inclinação. Ao mesmo tempo que promove forças de compressão do ligamento periodontal dos dentes submetidos a esse tipo de mecânica, em outras áreas ocorrem forças de tensão com deflexão. Esses efeitos também envolvem as superfícies externas, visto que a espessura do osso no processo alveolar é pequena e pode levar à formação de novas camadas, incluindo a parte mais cervical da crista óssea alveolar. Nas mecânicas intrusivas, ocorre uma remodelação alveolar de natureza ortodôntica associada a uma modificação da estrutura óssea interna e externa, atendendo a demandas de forças com características ortopédicas. O efeito intrusivo nas mecânicas ditas intrusivas pode ser o resultado da remodelação alveolar induzida pelas forças de inclinação e da modificação do volume ósseo decorrente da formação óssea subpe-riosteal na parte externa do processo alveolar. Provavelmente, estudos imaginológicos apurados, com tomografias computadorizadas de alta precisão, poderão captar esses fenômenos subperiosteais em futuros trabalhos envolvendo pacientes antes e depois da aplicação das mecânicas intrusivas.

Resumo

Palavras-chave: Intrusão. Ortodontia. Ortopedia. Periósteo.

Como citar este artigo: Consolaro A, Furquim L. Mecânica intrusiva gera forças de inclinação e estímulos ortopédicos com reposicionamento dentário e remode-lação óssea simultâneos. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):20-9.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Consolaro A, Furquim L

Dental Press J Orthod 29 2011 Sept-Oct;16(5):20-9

1. Andreoli FAM. Retração e intrusão anterior utilizando a técnica do arco segmentado [monografia]. Piracicaba (SP): Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas; 2006.

2. Carrillo R, Rossouw PE, Franco PF, Opperman LA, Buschange PH. Intrusion of multiradicular teeth and related root resorption with mini-screw implant anchorage: a radiographic evaluation. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2007;132(5):647-55.

3. Costopoulos G, Nanda R. An evaluation of root resorption incident to orthodontic intrusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1996;109(5):543-8.

4. Daimaruya T, Nagasaka H, Umemori M, Sugawara J, Mitani H. The influences of molar intrusion on the inferior alveolar neurovascular bundle and root using the skeletal anchorage system in dogs. Angle Orthod. 2001;71(1):60-70.

5. Dellinger EL. A histologic and cephalometric investigation of premolar intrusion in the Macaca speciosa monkey. Am J Orthod. 1967;53(5):325-55.

6. Dermaut LR, Munk A. Apical root resorption of upper incisors caused by intrusive tooth movement: a radiographic study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1986;90:321-6.

7. DeShields RW. A study of root resorption in treated Class II, division 1 malocclusions. Am J Orthod. 1969;39(4):231-44.

8. Moon CH, Wee JU, Lee HS. Intrusion of overerupted molars by corticotomy and orthodontic skeletal anchorage. Angle Orthod. 2007;77(6):119-25.

RefeRências

endereço para correspondênciaalberto Consolaroe-mail: [email protected]

intrusive mechanics generates inclination forces and orthopedic stimuli with den-tal repositioning and simultaneous bone remodeling

or in intrusive mechanics intrusion forces are not applied, but the intrusive effect is obtained

abstract

The low intensity and long duration aggressions in the periosteum induces the formation of new layers and can increase the volume of the bone and change its shape. In intrusive mechanics, the natural inclination of the roots provides the tooth inclination movement. At the same time that promotes compression forces on the periodontal ligament of teeth subjected to this kind of mechanics, in other areas, tension forces with deflection occurs. These effects also involve the outer surfaces, since the thickness of the bone in the alveolar process is thin and can lead to the formation of new layers, including the cervical part of the alveolar bone crest. In intrusive mechanics, there is an alveolar remodeling with orthodontic nature associated to a modification of bone internal and external structure, sat-isfying the demand for forces with orthopedic features. The intrusive effect on the so called intrusive mechanics may be the result of alveolar remodeling induced by the inclination forces, and of the modification of bone volume due to subperiosteal bone formation on the outer part of the alveolar process. Probably accurate imaging studies, with high precision CT, will be able to detect these subperiosteal phenomena in future studies involving patients before and after application of intrusive mechanics.

Keywords: Intrusion. Orthodontics. Orthopedics. Periosteum.

9. Ohmae M, Saito S, Morohashi T, Seki K, Qu H, Kanomi R, et al. A clinical and histological evaluation of titanium mini-implants as anchors for orthodontic intrusion in the beagle dog. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;119(5):489-97.

10. Parker RJ, Harris EF. Directions of orthodontic tooth movements associated with external apical root resorption of maxillary central incisor. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1998;114(6):677-83.

11. Phillips JR. Apical root resorption under orthodontic therapy. Angle Orthod. 1955;25:1-22.

12. Sameshima GT, Sinclair PM. Predicting and preventing root resorption: part II. Treatment factors. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;119(5):511-5.

Enviado em: 26 de julho de 2011Revisado e aceito: 15 de agosto de 2011

Dental Press J Orthod 30 2011 Sept-Oct;16(5):30-6

E n t r E v i S t a

uma entrevista com stephen Yen

O Dr. Stephen Yen nasceu em Boston e residiu em diversas regiões da Ásia durante a infância. Sua mãe, Chin-Ho Yu Yen, era médica e o pai, Peter Kai-Jen Yen, um ortodontista que lecionou em Harvard durante 25 anos. Os pais lhe transmitiram valores como família, fé e trabalho durante os períodos em que atuaram como missionários cristãos em Taiwan e Hong Kong. O pai do Dr. Yen foi um pioneiro no campo da Ortodontia, tendo fundado departamentos em Taipei, Hong Kong, Xian, Chengdu, Xangai, Pequim e Guangzhou. O Dr. Yen se formou na Faculdade de Medicina Dentária de Harvard, e concluiu a residência em Ortodontia na Universidade do Sul da Califórnia (USC). Ao concluir o doutorado no Centro de Biologia Molecular Craniofacial, onde atualmente realiza pesquisas, Dr. Yen trabalhou por dois anos com Bill Shaw no Children’s Hospital Los Angeles, onde posteriormente passou a atender os pacientes craniofa-ciais. Na USC, leciona a disciplina de Cirurgia Ortognática aos residentes em Cirurgia Bucomaxilofacial e participa dos seminários realizados conjuntamente pelos Departamentos de Ortodontia e Cirurgia Oral. Atua um dia por semana no Los Angeles County Hospital/USC, tratando de pacientes adultos que necessitam de cirurgias reconstrutivas devido a traumas. Dirige o programa de residência (Fellowship) em Ortodontia Craniofacial. Interessa-se por pesquisa nas áreas de tratamentos ortocirúrgicos em pacientes com fissura labiopalatal e determinantes moleculares do crescimento facial. É casado com Christine Kuida e tem três filhos: Leia, Daniel e Lauren. São eles os responsáveis pelo afeto, humor e imprevisibilidade de seu cotidiano.

Luciane Macedo de Menezes

• Bacharel em Biologia pela Universidade de Harvard.• Doutor em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária de Harvard.• Especialização em Ortodontia pela Universidade do Sul da Califórnia (USC).• Doutor em Biologia Craniofacial pela Universidade do Sul da Califórnia.• Professor Associado em Ortodontia, Cirurgia Bucomaxilofacial e Ciências Básicas,

Faculdade Ostrow de Odontologia da Universidade do Sul da Califórnia.• Pesquisador do Centro de Biologia Molecular Craniofacial.• Diretor do Programa de Residência (Fellowship) em Ortodontia Craniofacial do

Children’s Hospital Los Angeles.• Ortodontista do quadro do Los Angeles County Hospital/USC.• Diplomado pelo American Board of Orthodontics (ABO).

Como citar esta seção: Yen S. Entrevista. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):30-6.

Dental Press J Orthod 36 2011 Sept-Oct;16(5):30-6

Entrevista

1. S Yen. Protocols for late maxillary protraction in cleft lip and palate patients at Children’s Hospital Los Angeles. Semin Orthod. 2011;17(2):138-48.

2. Lypka M, Hammoudeh J, Yen S. Correcting vector problems with bilateral internal maxillary distractors by using rapid palatal expanders. J Craniofac Surg. 2011. In press.

3. Lee W, Karapetyan G, Moats R, Yamashita DD, Moon HB, Ferguson DJ, et al. Osteotomy/corticotomy-assisted tooth movement microCts Differ. J Dent Res. 2008;87(9):861-7.

4. Wang L, Lee W, Lei DL, Liu YP, Yamashita DD, Yen S. Tissue responses in osteotomy and corticotomy-assisted tooth movement in rats: histology and immunostaining. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2009;136(6):770.e1-11.

5. Yen S, Gross J, Wang P, Yamashita DD. Closure of a large alveolar cleft by bony transport of a posterior segment using orthodontic archwires attached to bone. J Oral Maxillofac Surg. 2001;59(6):688-91.

6. Yen S, Yamashita DD, Kim TH, Baek SH, Yen S. Closure of an unusually large anterior palatal fistula by bony transport and corticotomy-assisted tooth movement. J Oral Maxillofac Surg. 2001;61:1346.

7. Yen S, Yamashita DD, Gross J, Meara J, Yamazaki K, Kim TH, et al. Combining orthodontic tooth movement with distraction osteogenesis to close spaces and improve arch form in cleft lip and palate patients. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;127(2):224-32.

RefeRências

carlos alberto estevanell tavares

- graduação em odontologia pela Universidade federal do rio grande do sul.

- mestrado e Doutorado em odontologia (ortodontia) pela Universidade federal do rio de Janeiro.

- Professor do Curso de especialização em ortodontia da associação Brasileira de odontologia do rio grande do sul.

- Diplomado no Board Brasileiro de ortodontia e ortopedia facial.

eduardo franzotti sant’anna

- graduação em odontologia pela Universidade federal fluminense.

- mestrado e Doutorado em odontologia (ortodontia) pela Universidade federal do rio de Janeiro.

- atuou como clínico e professor visitante no rush Craniofacial Center, Chicago/eUa.

- Professor adjunto da Disciplina de ortodontia da faculdade de odontologia da Universidade federal do rio de Janeiro.

Roberto Rocha

- graduação em odontologia pela Universidade federal de santa Catarina.

- residência em ortodontia Preventiva e interceptativa no HPrllP UsP-Bauru.

- mestrado e Doutorado em odontologia (ortodontia) pela Universidade federal do rio de Janeiro.

- Diplomado no Board Brasileiro de ortodontia e ortopedia facial.

- Professor adjunto da Universidade federal de santa Catarina.

Luciane macedo de menezes

- graduação em odontologia pela Universidade federal do rio grande do sul.

- mestrado e Doutorado em odontologia (ortodontia) pela Universidade federal do rio de Janeiro.

- Professora da Disciplina de ortodontia da faculdade de odontologia da Pontifícia Universidade Católica do rio grande do sul.

- Coordenadora do Curso de especialização em ortodontia da associação Brasileira de odontologia do rio grande do sul.

8. Yen S, Gross J, Yamashita DD, Kim TH, McAndrew J, Shuler C, et al. Correcting an open bite side effect during distraction with spring forces. Plast Reconstr Surg. 2002;110(6):1476-84.

9. Yen S, Shang W, Shuler C, Yamashita DD. Orthodontic spring guidance in bilateral mandibular distraction in rabbits. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;120(4):435-42.

10. Yen S, Shang W, Shuler C, Yamashita DD. Bending the distraction site during mandibular distraction osteogenesis: a model for studying segment control and side effects. J Oral Maxillofac Surg. 2001;59(7):779-88.

11. Vachiramon A, Urata M, Kyung HM, Yamashita DD, Yen S. Clinical applications of microimplants in craniofacial patients. Cleft Palate Craniofac J. 2009;46(2):136-46. Epub 2008 Jun 3.

12. Lypka M, Afshar A, Pham D, Fortman K, Yamashita D, Yen S. Implant-supported distraction osteogenesis: a technique to advance anterior maxilla. J Craniofac Surg. 2009;20(2):525-7.

13. Vachiramon A, Yen S, Lypka M, Bindignavale VJ, Hammoudeh J, Reinisch J, et al. A novel model surgery method for LeFort III Advancement. J Craniofac Surg. 2007;18(5):1230-5.

14. Shang W, Scadeng M, Yamashita DD, Pollack H, Faridi O, Tran B, et al. Manipulating the mandibular distraction site at different stages of consolidation. J Oral Maxillofac Surg. 2007;65(5):840-6.

endereço para correspondênciastephen Yene-mail: [email protected]

Enviado em: 10 de junho de 2011Revisado e aceito: 26 de agosto de 2011

a r t i g o o n l i n E *

Dental Press J Orthod 37 2011 Sept-Oct;16(5):37-9

* acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

Resumo do editor O sorriso representa um aspecto fundamental

na composição da beleza do ser humano. Por isso, percebe-se a crescente busca da sociedade moderna por sorrisos bonitos e saudáveis. Há vários parâme-tros para a avaliação estética do sorriso, como a linha média, o corredor bucal, a proporção entre largura e altura dos incisivos, a inclinação da coroa dos in-cisivos, o contorno gengival e a quantidade de ex-posição gengival. Na última década, os ortodontistas vêm demonstrando marcante tendência em tratar seus pacientes objetivando o aprimoramento da es-tética do sorriso. Contudo, embora a literatura cite

avaliação da influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso

larissa suzuki**, andre Wilson machado***, marcos alan vieira Bittencourt****

Objetivo: o objetivo desse trabalho foi avaliar a influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso. métodos: foram utilizadas duas fotografias do sorriso (uma facial e outra apro-ximada) e uma intrabucal frontal de quatro indivíduos (um homem e uma mulher negros, e um homem e uma mulher brancos). As fotografias foram manipuladas no computador e cinco imagens foram criadas para cada fotografia original, com diferentes graus de exposição gengival: 0mm, 1mm, 3mm, 5mm e 7mm. Em seguida, as imagens foram submetidas à avaliação de 60 indivíduos que aferiram, em uma escala visual analógica, uma nota de zero a dez para cada imagem. Resultados e conclusões: a análise estatística e os resultados encontrados demonstraram que os níveis de exposi-ção gengival de 0mm e 1mm apresentaram as maiores notas médias, com valores de 6,6 e 6,2, respec-tivamente, e não apresentaram diferenças estatísticas entre si (p<0,05). As exposições gengivais de 3mm, 5mm e 7mm receberam notas menores e decrescentes de 5,0; 3,5 e 2,9, respectivamente, sem diferença estatística entre os níveis de 5mm e 7mm (p<0,05). Além disso, o uso de fotos do sorriso aproximado ou da face frontal sorrindo não demonstrou qualquer diferença estatística (p>0,05).

Resumo

Palavras-chave: Estética dentária. Gengiva. Ortodontia. Sorriso.

** Aluna do curso de especialização em Ortodontia da UFBA. *** Mestre em Ortodontia pela PUC/Minas. Doutorando em Ortodontia pela UNESP/Araraquara - UCLA/EUA. Professor visitante do Mestrado em Ortodontia

da UCLA/EUA. Professor da especialização em Ortodontia da UFBA. **** Doutor em Ortodontia - UFRJ. Professor de Ortodontia da UFBA.

diversas opiniões clínicas sobre qual seria o grau de exposição gengival ideal ou aceitável, grande parte delas não possui embasamento científico. Na verda-de, poucos trabalhos avaliaram e compararam os di-ferentes graus de exposição gengival. Dessa forma, o objetivo dos autores foi avaliar e comparar o grau de aceitação estética de cinco níveis de exposição gen-gival no sorriso, além de pesquisar se existe diferen-ça, nessa avaliação, quanto à utilização de fotografias extrabucais faciais frontais do sorriso e fotografias do sorriso aproximado. Para tal, foram utilizadas duas fotografias extrabucais (uma do sorriso aproximado, Fig. 1; e outra facial frontal do sorriso, Fig. 2) e uma

Como citar este artigo: Suzuki L, Machado AW, Bittencourt MAV. Avalia-ção da influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):37-9.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 39 2011 Sept-Oct;16(5):37-9

Suzuki L, Machado AW, Bittencourt MAV

endereço para correspondênciaandre Wilson machadorua eduardo José dos santos, 147, salas 810/811, ed. fernando filgueiras, garibaldi – salvador/BaCeP: 41.940-455 – e-mail: [email protected]

olhos de quem vê” influenciou nos valores absolutos; porém, não influenciou nas comparações entre as imagens, objetivo principal do trabalho.

2) Houve divergência na avaliação entre leigos, ortodontistas e cirurgiões?

A percepção variou segundo os diferentes ní-veis de exposição gengival. Os resultados encontra-dos demonstraram que, nas exposições gengivais de 0mm e 1mm, não houve diferença estatística signi-ficativa entre os avaliadores, mostrando que a per-cepção estética foi semelhante (p>0,05). Nas expo-sições de 3mm, 5mm e 7mm, o comportamento dos cirurgiões foi estatisticamente semelhante ao dos ortodontistas; enquanto o grupo dos leigos diferiu estatisticamente, tendo aferido maiores notas que os ortodontistas, em todos essas situações (p<0,05).

Além disso, em geral, os leigos atribuíram as maio-res notas e os ortodontistas, mais “rigorosos” nas ava-liações, as menores. Tais diferenças, bem como o com-portamento dos avaliadores, encontram-se mais bem elucidadas em outra publicação3.

3) a exposição gengival de 3mm poderia ser considerada o limite entre os tratamentos sem e com cirurgia ortognática?

Semelhante ao que foi explicado anteriormen-te, o fator “belo” é bastante subjetivo. Por isso, o valor de 3mm de exposição gengival não deve ser considerado como mandatório na decisão clínica entre os tratamentos sem e com cirurgia ortogná-tica. Se o leitor parar um pouco para refletir, pode-rá se questionar: “Quantas são as belas modelos e atrizes que possuem 3mm, ou mais, de exposição gengival durante o sorriso?”

Alguns adjetivos utilizados na literatura, como “ideal”, “aceitável” e “agradável”, são difíceis de ser interpretados. A exemplo disso, a exposição de 3mm de gengiva apresentou nota média de 5,028, ou seja, 50%. É claro que, como já mencionado, o valor ab-soluto da nota 5,0 não é suficiente para qualificar a exposição gengival de 3mm. Porém, alguns autores encontraram resultados em que a exposição gengival

de até 3mm, ou mesmo 4mm, é considerada aceitá-vel4,5. O ponto-chave, mais uma vez, é a comparação entre os diferentes níveis de exposição gengival, e não os valores absolutos. Devido às diferenças exis-tentes entre as notas médias de 0mm e 1mm e a nota de 3mm, e entre essa e as notas de 5mm e 7mm, pode-se afirmar que a exposição gengival de 3mm ocupa uma posição intermediária, sendo os grupos iniciais superiores e os últimos, inferiores.

Assim sendo, é difícil afirmar que a exposição de 3mm, ou até mesmo a de 5mm e 7mm, é antiesté-tica, pois a qualificação de um sorriso como estético, ou não, depende de inúmeros outros fatores. Isso ex-plica porque alguns modelos de beleza nacionais e internacionais expõem gengiva ao sorrir e, nem por isso, seus sorrisos são considerados antiestéticos.

Combinado a esses aspectos, outros dois fatores são fundamentais para a decisão clínica por trata-mentos ortocirúrgicos ou não: 1) a etiologia do sor-riso gengival e 2) a queixa principal dos pacientes, pois todos os esforços devem ser implantados para que os resultados ortodônticos estejam em sintonia com as expectativas dos pacientes.

1. Langlois JH, Kalakanis L, Rubenstein AJ, Larson A, Hallam M, Smoot M. Maxims or myths of beauty? A meta-analytic and theoretical review. Psychol Bull. 2000;126(3):390-423.

2. McLeod C, Fields HW, Hechter F, Wiltshire W, Rody W Jr, Christensen J. Esthetics and smile characteristics evaluated by laypersons. Angle Orthod. 2011;81(2):198-205.

3. Suzuki L, Machado AW, Bittencourt MAV. Perceptions of gingival display aesthetics among orthodontists, maxillofacial surgeons and laypersons. Rev Odonto Ciênc. 2009;24(4):367-71.

4. Kokich VO, Kiyak HA, Shapiro PA. Comparing the perception of dentists and lay people to altered dental esthetics. J Esthet Dent. 1999;11(6):311-24.

5. Kokich VO, Kokich VG, Kiyak HA. Perceptions of dental professionals and laypersons to altered dental esthetics: asymmetric and symmetric situations. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;130(2):141-51.

RefeRências

Enviado em: 21 de agosto de 2008Revisado e aceito: 24 de novembro de 2008

a r t i g o o n l i n E *

Dental Press J Orthod 37 2011 Sept-Oct;16(5):37-9

* acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

Resumo do editor O sorriso representa um aspecto fundamental

na composição da beleza do ser humano. Por isso, percebe-se a crescente busca da sociedade moderna por sorrisos bonitos e saudáveis. Há vários parâme-tros para a avaliação estética do sorriso, como a linha média, o corredor bucal, a proporção entre largura e altura dos incisivos, a inclinação da coroa dos in-cisivos, o contorno gengival e a quantidade de ex-posição gengival. Na última década, os ortodontistas vêm demonstrando marcante tendência em tratar seus pacientes objetivando o aprimoramento da es-tética do sorriso. Contudo, embora a literatura cite

avaliação da influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso

larissa suzuki**, andre Wilson machado***, marcos alan vieira Bittencourt****

Objetivo: o objetivo desse trabalho foi avaliar a influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso. métodos: foram utilizadas duas fotografias do sorriso (uma facial e outra apro-ximada) e uma intrabucal frontal de quatro indivíduos (um homem e uma mulher negros, e um homem e uma mulher brancos). As fotografias foram manipuladas no computador e cinco imagens foram criadas para cada fotografia original, com diferentes graus de exposição gengival: 0mm, 1mm, 3mm, 5mm e 7mm. Em seguida, as imagens foram submetidas à avaliação de 60 indivíduos que aferiram, em uma escala visual analógica, uma nota de zero a dez para cada imagem. Resultados e conclusões: a análise estatística e os resultados encontrados demonstraram que os níveis de exposi-ção gengival de 0mm e 1mm apresentaram as maiores notas médias, com valores de 6,6 e 6,2, respec-tivamente, e não apresentaram diferenças estatísticas entre si (p<0,05). As exposições gengivais de 3mm, 5mm e 7mm receberam notas menores e decrescentes de 5,0; 3,5 e 2,9, respectivamente, sem diferença estatística entre os níveis de 5mm e 7mm (p<0,05). Além disso, o uso de fotos do sorriso aproximado ou da face frontal sorrindo não demonstrou qualquer diferença estatística (p>0,05).

Resumo

Palavras-chave: Estética dentária. Gengiva. Ortodontia. Sorriso.

** Aluna do curso de especialização em Ortodontia da UFBA. *** Mestre em Ortodontia pela PUC/Minas. Doutorando em Ortodontia pela UNESP/Araraquara - UCLA/EUA. Professor visitante do Mestrado em Ortodontia

da UCLA/EUA. Professor da especialização em Ortodontia da UFBA. **** Doutor em Ortodontia - UFRJ. Professor de Ortodontia da UFBA.

diversas opiniões clínicas sobre qual seria o grau de exposição gengival ideal ou aceitável, grande parte delas não possui embasamento científico. Na verda-de, poucos trabalhos avaliaram e compararam os di-ferentes graus de exposição gengival. Dessa forma, o objetivo dos autores foi avaliar e comparar o grau de aceitação estética de cinco níveis de exposição gen-gival no sorriso, além de pesquisar se existe diferen-ça, nessa avaliação, quanto à utilização de fotografias extrabucais faciais frontais do sorriso e fotografias do sorriso aproximado. Para tal, foram utilizadas duas fotografias extrabucais (uma do sorriso aproximado, Fig. 1; e outra facial frontal do sorriso, Fig. 2) e uma

Como citar este artigo: Suzuki L, Machado AW, Bittencourt MAV. Avalia-ção da influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):37-9.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 38 2011 Sept-Oct;16(5):37-9

Avaliação da influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso

Questões aos autores

1) O que os autores consideram ter causado os baixos escores atribuídos às fotografias, de uma maneira geral? acreditam que isso possa ter influenciado nos resultados obtidos?

Nesse tipo de estudo, o fator relevante não são os valores absolutos, mas, sim, a comparação dos esco-res atribuídos para a variável pesquisada (quantidade de exposição gengival), bem como para os diferentes grupos de avaliadores. Sendo assim, acreditamos que os “baixos” valores não influenciaram nos resultados.

As maiores notas médias encontradas nesse tra-balho foram 6,6 e 6,2, para os grupos sem exposição gengival e com 1mm de exposição, respectivamente. Em uma escala de 0 a 10, percebe-se que esses va-lores não foram altos, demonstrando que as imagens utilizadas não obtiveram elevado valor do ponto de vista estético. Dentre os fatores atribuídos ao valor baixo das notas, destaca-se: o nível de atratividade dos indivíduos utilizados para as tomadas fotográfi-cas; o tipo de manipulação de imagens utilizada; os diferentes grupos de avaliadores; a influência cultu-ral nas normas estéticas1,2; e, principalmente, o fator subjetivo inerente à avaliação estética. De fato, a fa-mosa e antiga expressão popular “a beleza está nos

intrabucal frontal de quatro indivíduos, dois negros (um homem e uma mulher) e dois brancos (um homem e uma mulher). As fotografias foram mani-puladas no programa Adobe® Photoshop®, criando diferentes níveis de exposição gengival (0, 1, 3, 5 e 7mm). As imagens foram montadas em páginas de forma aleatória, impressas em papel fotográfico e agrupadas em um álbum. Solicitou-se a 60 indiví-duos (ortodontistas, cirurgiões bucomaxilofaciais e leigos) que avaliassem as imagens. Juntamente com o álbum, cada examinador recebeu um formulário contendo uma simulação impressa de uma régua (escala visual analógica) para cada imagem. Solicitou que marcassem nessas réguas, com um “X”, o grau de qualidade estética associado a cada uma das imagens. Os resultados encontrados demonstraram que os ní-veis de exposição gengival de 0mm e 1mm apresen-taram as maiores notas médias, com valores de 6,6 e 6,2, respectivamente; e não apresentaram diferenças estatísticas entre si (p<0,05). As exposições gengivais de 3mm, 5mm e 7mm receberam notas menores e decrescentes de 5,0; 3,5 e 2,9, respectivamente, sem diferença estatística entre os níveis de 5mm e 7mm (p<0,05). Além disso, o uso de fotos do sorriso apro-ximado ou da face frontal sorrindo não demonstrou qualquer diferença estatística (p > 0,05).

FIGURA 1 - Exemplo da disposição das imagens manipuladas do sorriso aproximado.

FIGURA 2 - Exemplo da disposição das imagens manipuladas da face sorrindo.

Dental Press J Orthod 39 2011 Sept-Oct;16(5):37-9

Suzuki L, Machado AW, Bittencourt MAV

endereço para correspondênciaandre Wilson machadorua eduardo José dos santos, 147, salas 810/811, ed. fernando filgueiras, garibaldi – salvador/BaCeP: 41.940-455 – e-mail: [email protected]

olhos de quem vê” influenciou nos valores absolutos; porém, não influenciou nas comparações entre as imagens, objetivo principal do trabalho.

2) Houve divergência na avaliação entre leigos, ortodontistas e cirurgiões?

A percepção variou segundo os diferentes ní-veis de exposição gengival. Os resultados encontra-dos demonstraram que, nas exposições gengivais de 0mm e 1mm, não houve diferença estatística signi-ficativa entre os avaliadores, mostrando que a per-cepção estética foi semelhante (p>0,05). Nas expo-sições de 3mm, 5mm e 7mm, o comportamento dos cirurgiões foi estatisticamente semelhante ao dos ortodontistas; enquanto o grupo dos leigos diferiu estatisticamente, tendo aferido maiores notas que os ortodontistas, em todos essas situações (p<0,05).

Além disso, em geral, os leigos atribuíram as maio-res notas e os ortodontistas, mais “rigorosos” nas ava-liações, as menores. Tais diferenças, bem como o com-portamento dos avaliadores, encontram-se mais bem elucidadas em outra publicação3.

3) a exposição gengival de 3mm poderia ser considerada o limite entre os tratamentos sem e com cirurgia ortognática?

Semelhante ao que foi explicado anteriormen-te, o fator “belo” é bastante subjetivo. Por isso, o valor de 3mm de exposição gengival não deve ser considerado como mandatório na decisão clínica entre os tratamentos sem e com cirurgia ortogná-tica. Se o leitor parar um pouco para refletir, pode-rá se questionar: “Quantas são as belas modelos e atrizes que possuem 3mm, ou mais, de exposição gengival durante o sorriso?”

Alguns adjetivos utilizados na literatura, como “ideal”, “aceitável” e “agradável”, são difíceis de ser interpretados. A exemplo disso, a exposição de 3mm de gengiva apresentou nota média de 5,028, ou seja, 50%. É claro que, como já mencionado, o valor ab-soluto da nota 5,0 não é suficiente para qualificar a exposição gengival de 3mm. Porém, alguns autores encontraram resultados em que a exposição gengival

de até 3mm, ou mesmo 4mm, é considerada aceitá-vel4,5. O ponto-chave, mais uma vez, é a comparação entre os diferentes níveis de exposição gengival, e não os valores absolutos. Devido às diferenças exis-tentes entre as notas médias de 0mm e 1mm e a nota de 3mm, e entre essa e as notas de 5mm e 7mm, pode-se afirmar que a exposição gengival de 3mm ocupa uma posição intermediária, sendo os grupos iniciais superiores e os últimos, inferiores.

Assim sendo, é difícil afirmar que a exposição de 3mm, ou até mesmo a de 5mm e 7mm, é antiesté-tica, pois a qualificação de um sorriso como estético, ou não, depende de inúmeros outros fatores. Isso ex-plica porque alguns modelos de beleza nacionais e internacionais expõem gengiva ao sorrir e, nem por isso, seus sorrisos são considerados antiestéticos.

Combinado a esses aspectos, outros dois fatores são fundamentais para a decisão clínica por trata-mentos ortocirúrgicos ou não: 1) a etiologia do sor-riso gengival e 2) a queixa principal dos pacientes, pois todos os esforços devem ser implantados para que os resultados ortodônticos estejam em sintonia com as expectativas dos pacientes.

1. Langlois JH, Kalakanis L, Rubenstein AJ, Larson A, Hallam M, Smoot M. Maxims or myths of beauty? A meta-analytic and theoretical review. Psychol Bull. 2000;126(3):390-423.

2. McLeod C, Fields HW, Hechter F, Wiltshire W, Rody W Jr, Christensen J. Esthetics and smile characteristics evaluated by laypersons. Angle Orthod. 2011;81(2):198-205.

3. Suzuki L, Machado AW, Bittencourt MAV. Perceptions of gingival display aesthetics among orthodontists, maxillofacial surgeons and laypersons. Rev Odonto Ciênc. 2009;24(4):367-71.

4. Kokich VO, Kiyak HA, Shapiro PA. Comparing the perception of dentists and lay people to altered dental esthetics. J Esthet Dent. 1999;11(6):311-24.

5. Kokich VO, Kokich VG, Kiyak HA. Perceptions of dental professionals and laypersons to altered dental esthetics: asymmetric and symmetric situations. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;130(2):141-51.

RefeRências

Enviado em: 21 de agosto de 2008Revisado e aceito: 24 de novembro de 2008

a r t i g o o n l i n E *

Dental Press J Orthod 40 2011 Sept-Oct;16(5):40-2

* acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

alterações dentoesqueléticas decorrentes do tratamento com aparelho ortopédico funcional twin Block em pacientes portadores de má oclusão de Classe ii esquelética

ione Helena vieira Portella Brunharo**, Cátia abdo Quintão***, marco antonio de oliveira almeida***, alexandre motta****, sunny Yamaguche nogueira Barreto*****

Objetivo: este estudo clínico prospectivo avaliou as alterações dentoesqueléticas em pacientes portadores de más oclusões de Classe II esquelética e dentária, tratados com o aparelho ortopédi-co funcional Twin Block (TB). métodos: a amostra foi dividida em dois grupos de 19 indivíduos cada: o grupo TB, com idade média de 9 anos e 6 meses (d.p. = 10 meses); e o grupo controle, com idade média de 9 anos e 9 meses (d.p. = 13 meses), ambos situados na fase de pré-surto de crescimento puberal. O teste t de Student não paramétrico mostrou que a amostra era homogênea para os valores cefalométricos ao início do estudo. Radiografias cefalométricas ao início do estudo (T1) e ao final dos 12 meses (T2) foram obtidas de todos os pacientes. Os testes de Wilcoxon e Mann Whitney foram utilizados para avaliar as mudanças intragrupos e intergrupos em T1 e T2. Resultados: a relação molar de Classe I foi obtida em 15 indivíduos do grupo tratado, enquanto nenhuma modificação ocorreu no grupo controle. Não foram observadas alterações na maxila e no padrão vertical de crescimento da face. Um aumento significativo do comprimento total man-dibular e um deslocamento anterior da mandíbula ocorreram no grupo tratado (p<0,05), assim como a redução do overjet, influenciado pela significativa retroinclinação do incisivo superior e vestibularização do incisivo inferior (p<0,05). conclusões: o tratamento da Classe II em pacientes brasileiros apresentou efeitos esqueléticos e dentários, incluindo aumento do comprimento man-dibular e compensação dos incisivos, respectivamente.

Resumo

Palavras-chave: Crescimento. Má oclusão de Angle Classe II. Aparelhos ortopédico funcionais.

** Professora Visitante da Disciplina de Ortodontia da UERJ. *** Professor Adjunto de Ortodontia da UERJ. **** Professor Adjunto de Ortodontia da UFF. ***** Especialista em Ortodontia pela ABO-RN.

Como citar este artigo: Brunharo IHVP, Quintão CA, Almeida MAO, Motta A, Barreto SYN. Alterações dentoesqueléticas decorrentes do tratamento com aparelho ortopédico funcional Twin Block em pacientes portadores de má oclu-são de Classe II esquelética. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):40-2.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 42 2011 Sept-Oct;16(5):40-2

Alterações dentoesqueléticas decorrentes do tratamento com aparelho ortopédico funcional Twin Block em pacientes portadores de má oclusão de Classe II esquelética

Questões aos autores

1) na opinião dos autores, sob o ponto de vista metodológico, quais seriam os pontos negativos e positivos do trabalho?

Sob o ponto de vista dos autores, a amostra é consistente em relação ao cálculo amostral, a es-tatística procede, e o principal ponto positivo na metodologia utilizada foi o fato do estudo ter sido prospectivo e randomizado. Em revisões sistemá-ticas sobre o tema, poucos estudos se encaixaram dentro de uma metodologia correta, e a grande crí-tica em relação a eles foi justamente o fato de não terem sido prospectivos nem randomizados. Como em todo estudo clínico, um ponto negativo se rela-ciona à grande dificuldade no acompanhamento da amostra, com perdas de casos durante o trabalho.

2) Os autores acreditam que existiriam dife-renças estatísticas nas medidas cefalométri-cas ao final do tratamento ortodôntico corre-tivo e aos seis meses após a terapia?

Tal avaliação já está sendo realizada com acompanhamento após dez anos do início do tra-tamento. Um estudo piloto nos mostrou não ha-ver diferença estatística entre uma ou duas fases,

ao final do tratamento corretivo, o que corrobora com achados prévios, principalmente com os estu-dos da Universidade da Carolina do Norte.

3) sob o ponto de vista clínico, quais seriam as vantagens em se utilizar o aparelho orto-dôntico funcional Twin Block em vez dos apa-relhos extrabucais?

Inicialmente, o aparelho Twin Block estaria mais indicado para as más oclusões de Classe II por de-ficiência mandibular, enquanto o aparelho extrabu-cal estaria mais indicado para os casos de excesso maxilar. Para pacientes com severas deformidades estéticas decorrentes de má oclusão de Classe II, o aparelho funcional Twin Block possui a vantagem de aumentar a autoestima já durante seu uso, por pro-vocar uma reconstrução de mordida, amenizando o aspecto facial da má oclusão. Clinicamente, obser-vou-se durante o presente estudo uma grande cola-boração no uso do aparelho por parte do paciente, provavelmente devido a esse fator. Além disso, uma característica única do aparelho Twin Block deve ser realçada: pelo fato de ser composto por duas placas separadas (superior e inferior), e não em monobloco, permite correções de assimetrias mandibulares atra-vés da extensão de um dos batentes inferiores.

endereço para correspondênciaione Portella Brunharorua almirante tamandaré, 59/501 – flamengo CeP: 22.210-060 – rio de Janeiro / rJe-mail: [email protected]

Enviado em: 2 de setembro de 2008Revisado e aceito: 9 de março de 2009

a r t i g o o n l i n E *

Dental Press J Orthod 40 2011 Sept-Oct;16(5):40-2

* acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

alterações dentoesqueléticas decorrentes do tratamento com aparelho ortopédico funcional twin Block em pacientes portadores de má oclusão de Classe ii esquelética

ione Helena vieira Portella Brunharo**, Cátia abdo Quintão***, marco antonio de oliveira almeida***, alexandre motta****, sunny Yamaguche nogueira Barreto*****

Objetivo: este estudo clínico prospectivo avaliou as alterações dentoesqueléticas em pacientes portadores de más oclusões de Classe II esquelética e dentária, tratados com o aparelho ortopédi-co funcional Twin Block (TB). métodos: a amostra foi dividida em dois grupos de 19 indivíduos cada: o grupo TB, com idade média de 9 anos e 6 meses (d.p. = 10 meses); e o grupo controle, com idade média de 9 anos e 9 meses (d.p. = 13 meses), ambos situados na fase de pré-surto de crescimento puberal. O teste t de Student não paramétrico mostrou que a amostra era homogênea para os valores cefalométricos ao início do estudo. Radiografias cefalométricas ao início do estudo (T1) e ao final dos 12 meses (T2) foram obtidas de todos os pacientes. Os testes de Wilcoxon e Mann Whitney foram utilizados para avaliar as mudanças intragrupos e intergrupos em T1 e T2. Resultados: a relação molar de Classe I foi obtida em 15 indivíduos do grupo tratado, enquanto nenhuma modificação ocorreu no grupo controle. Não foram observadas alterações na maxila e no padrão vertical de crescimento da face. Um aumento significativo do comprimento total man-dibular e um deslocamento anterior da mandíbula ocorreram no grupo tratado (p<0,05), assim como a redução do overjet, influenciado pela significativa retroinclinação do incisivo superior e vestibularização do incisivo inferior (p<0,05). conclusões: o tratamento da Classe II em pacientes brasileiros apresentou efeitos esqueléticos e dentários, incluindo aumento do comprimento man-dibular e compensação dos incisivos, respectivamente.

Resumo

Palavras-chave: Crescimento. Má oclusão de Angle Classe II. Aparelhos ortopédico funcionais.

** Professora Visitante da Disciplina de Ortodontia da UERJ. *** Professor Adjunto de Ortodontia da UERJ. **** Professor Adjunto de Ortodontia da UFF. ***** Especialista em Ortodontia pela ABO-RN.

Como citar este artigo: Brunharo IHVP, Quintão CA, Almeida MAO, Motta A, Barreto SYN. Alterações dentoesqueléticas decorrentes do tratamento com aparelho ortopédico funcional Twin Block em pacientes portadores de má oclu-são de Classe II esquelética. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):40-2.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 41 2011 Sept-Oct;16(5):40-2

Brunharo IHVP, Quintão CA, Almeida MAO, Motta A, Barreto SYN

FIGURA 1 - Aparelho Twin Block utilizado no estudo.

tratamento ortodôntico prévio. Os indivíduos incluídos estavam na fase anterior ao pico do surto de crescimento pré-puberal. Após obten-ção da amostra, ela foi dividida aleatoriamente em dois grupos: grupo TB, constituído de 12 meninos e 7 meninas; e grupo controle (GC), também constituído de 12 meninos e 7 meni-nas. As radiografias cefalométricas foram obti-das no início do estudo (T1) e depois de 12 me-ses de observação (T2). Os testes de Wilcoxon e Mann Whitney foram utilizados para avaliar as mudanças intragrupos e intergrupos em T1 e T2. Observou-se a correção da relação molar em 80% dos pacientes tratados, enquanto ne-nhuma modificação ocorreu no grupo controle. Não foram constatadas alterações na maxila e no padrão vertical de crescimento da face. Um aumento significativo do comprimento total mandibular e o deslocamento anterior da man-díbula ocorreram no grupo tratado (p<0,05), assim como a redução do overjet, influenciado pela significativa retroinclinação dos incisivos superiores e inclinação vestibular dos incisivos inferiores (p<0,05). Dessa forma os autores concluíram que o tratamento da má oclusão de Classe II em pacientes brasileiros com aparelho ortopédico funcional Twin Block apresentou efeitos esqueléticos e dentários, incluindo au-mento do comprimento mandibular e compen-sação dos incisivos, respectivamente.

Resumo do editor O crescimento dos ossos maxilares influen-

cia diretamente no perfil e na harmonia da face. Caso a maxila e a mandíbula não estejam bem relacionadas entre si, o tratamento ortodôntico realizado no período do surto de crescimento poderá reposicionar e equilibrar essa relação. Dentre os aparelhos que objetivam a mani-pulação ortopédica incluem-se os aparelhos ortopédicos funcionais. Um tipo particular de aparelho ortopédico funcional é o Twin Block (TB), utilizado para promover correção da má oclusão de Classe II por deficiência mandibular. Existem disponíveis na literatura vários artigos que já avaliaram sua efetividade; no entanto, as amostras utilizadas foram de origem europeia e americana. Em virtude disso, perdura a seguin-te pergunta: “Em uma população brasileira, os resultados seriam os mesmos?

Baseado nessa premissa, a proposta dos au-tores com o presente trabalho foi avaliar as mudanças esqueléticas maxilomandibulares e dentoalveolares produzidas pelo tratamen-to com aparelho Twin Block (Fig. 1) em uma amostra brasileira. Para tal, foi realizado um estudo clínico prospectivo randomizado com amostra de 38 indivíduos. A seleção da amos-tra foi baseada nos seguintes critérios de inclu-são: Classe II esquelética (ANB>4º); relação molar de Classe II; overjet > 6mm e nenhum

A B C D

Dental Press J Orthod 42 2011 Sept-Oct;16(5):40-2

Alterações dentoesqueléticas decorrentes do tratamento com aparelho ortopédico funcional Twin Block em pacientes portadores de má oclusão de Classe II esquelética

Questões aos autores

1) na opinião dos autores, sob o ponto de vista metodológico, quais seriam os pontos negativos e positivos do trabalho?

Sob o ponto de vista dos autores, a amostra é consistente em relação ao cálculo amostral, a es-tatística procede, e o principal ponto positivo na metodologia utilizada foi o fato do estudo ter sido prospectivo e randomizado. Em revisões sistemá-ticas sobre o tema, poucos estudos se encaixaram dentro de uma metodologia correta, e a grande crí-tica em relação a eles foi justamente o fato de não terem sido prospectivos nem randomizados. Como em todo estudo clínico, um ponto negativo se rela-ciona à grande dificuldade no acompanhamento da amostra, com perdas de casos durante o trabalho.

2) Os autores acreditam que existiriam dife-renças estatísticas nas medidas cefalométri-cas ao final do tratamento ortodôntico corre-tivo e aos seis meses após a terapia?

Tal avaliação já está sendo realizada com acompanhamento após dez anos do início do tra-tamento. Um estudo piloto nos mostrou não ha-ver diferença estatística entre uma ou duas fases,

ao final do tratamento corretivo, o que corrobora com achados prévios, principalmente com os estu-dos da Universidade da Carolina do Norte.

3) sob o ponto de vista clínico, quais seriam as vantagens em se utilizar o aparelho orto-dôntico funcional Twin Block em vez dos apa-relhos extrabucais?

Inicialmente, o aparelho Twin Block estaria mais indicado para as más oclusões de Classe II por de-ficiência mandibular, enquanto o aparelho extrabu-cal estaria mais indicado para os casos de excesso maxilar. Para pacientes com severas deformidades estéticas decorrentes de má oclusão de Classe II, o aparelho funcional Twin Block possui a vantagem de aumentar a autoestima já durante seu uso, por pro-vocar uma reconstrução de mordida, amenizando o aspecto facial da má oclusão. Clinicamente, obser-vou-se durante o presente estudo uma grande cola-boração no uso do aparelho por parte do paciente, provavelmente devido a esse fator. Além disso, uma característica única do aparelho Twin Block deve ser realçada: pelo fato de ser composto por duas placas separadas (superior e inferior), e não em monobloco, permite correções de assimetrias mandibulares atra-vés da extensão de um dos batentes inferiores.

endereço para correspondênciaione Portella Brunharorua almirante tamandaré, 59/501 – flamengo CeP: 22.210-060 – rio de Janeiro / rJe-mail: [email protected]

Enviado em: 2 de setembro de 2008Revisado e aceito: 9 de março de 2009

a r t i g o o n l i n E *

Dental Press J Orthod 43 2011 Sept-Oct;16(5):43-5

* acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

recidiva do apinhamento anterossuperior nas más oclusões de Classe i e Classe ii tratadas ortodonticamente sem extrações

Willian J. g. guirro**, karina maria salvatore de freitas***, marcos roberto de freitas****, José fernando Castanha Henriques****, guilherme Janson*****, luiz filiphe gonçalves Canuto******

Objetivo: o presente estudo objetivou comparar retrospectivamente a estabilidade pós-contenção do alinhamento dos incisivos anterossuperiores em pacientes Classe I e Classe II. métodos: a amos-tra consistiu de 38 pacientes de ambos os sexos, tratados sem extrações e com mecânica Edgewise, divididos em dois grupos — Grupo 1, constituído por 19 pacientes, com idade inicial média de 13,06 anos, portadores da má oclusão de Classe I com apinhamento anterossuperior inicial maior que 3mm; Grupo 2, constituído por 19 pacientes, com idade inicial de 12,54 anos, portadores da má oclusão de Classe II e, também, com apinhamento anterossuperior inicial maior que 3mm. Foram medidos nos modelos de estudo, das fases pré- e pós-tratamento e pós-contenção, o índice de irregularidade de Little, as distâncias intercaninos e entre os primeiros e segundos pré-molares, a distância intermolares e o comprimento da arcada superior. Para a comparação intragrupo nos 3 tempos de avaliação, utilizou-se os testes ANOVA e Tukey. A comparação intergrupos foi realizada pelo teste t independente. Para verificação da presença de correlação, utilizou-se o teste de cor-relação de Pearson. Resultados: os resultados evidenciaram maior estabilidade do tratamento no grupo 2 (Classe II), pois, durante o período pós-contenção, foi observada recidiva do apinhamento dos dentes anterossuperiores menor no grupo 2 (0,80mm) do que no grupo 1 (1,67mm). conclu-são: concluiu-se que o tratamento do apinhamento dos dentes anterossuperiores é mais estável na má oclusão de Classe II do que na má oclusão de Classe I.

Resumo

Palavras-chave: Recidiva. Apinhamento anterossuperior. Estabilidade pós-tratamento.

** Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. *** Mestre e Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. Coordenadora do Mestrado em Odontologia,

área de concentração Ortodontia, da Faculdade Ingá, Maringá/PR. **** Professor Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. ***** Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. ****** Mestre e Doutor em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

Como citar este artigo: Guirro WJG, Freitas KMS, Freitas MR, Henriques JFC, Janson G, Canuto LFG. Recidiva do apinhamento anterossuperior nas más oclusões de Classe I e Classe II tratadas ortodonticamente sem extrações. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):43-5.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 45 2011 Sept-Oct;16(5):43-5

Guirro WJG, Freitas KMS, Freitas MR, Henriques JFC, Janson G, Canuto LFG

endereço para correspondênciakarina maria salvatore de freitasrua Jamil gebara, 1-25, apto. 111, Jd. PaulistaCeP: 17.017-150 – Bauru/sPe-mail: [email protected]

da finalização e a estabilidade em longo pra-zo4,5,6,7. Os resultados dos testes de correlação do presente estudo tendem a corroborar esses outros estudos. Deve-se ressaltar que ambos os grupos apresentaram, ao final do tratamento, ali-nhamento anterossuperior bastante satisfatório (índices de Little de 0,34mm e 0,00mm para os Grupos 1 e 2, respectivamente). Dessa forma, não foram comparados grupos que podem ser classificados como bem ou mal finalizados.

3) Para vocês, o que mais influenciaria a re-cidiva anterossuperior: a severidade inicial apresentada pelo caso ou a finalização orto-dôntica conseguida?

A opinião dos autores, baseada no presente estudo e em trabalhos relacionados ao tema, é que ambos os fatores não apresentam influência significativa na recidiva anterossuperior. Nota-se que indivíduos com apinhamento inicial acentu-ado tendem a apresentar uma quantidade maior

de irregularidade na fase de pós-contenção, mas esse fato não significa que houve maior recidiva. A avaliação da recidiva deve ser baseada na rela-ção entre a quantidade de correção ortodôntica e a quantidade de recidiva do apinhamento. Por exemplo, uma irregularidade anterossuperior pós-contenção de 1,0mm em um paciente com apinhamento inicial de 3mm implicaria em uma recidiva de 33,3% da correção obtida (se ao fi-nal do tratamento verificarmos um alinhamento dentário perfeito). Por outro lado, há também uma recidiva de 33,3% da correção em um pa-ciente com apinhamento inicial de 6mm e que apresenta 2mm de apinhamento na fase de pós--contenção. Fatores como a tração das fibras pe-riodontais, presença de giroversões na fase ini-cial, função muscular, recidiva do apinhamento na arcada oposta, tempo e protocolo de conten-ção e má oclusão inicial (Classe I ou II) consis-tem em fatores que, efetivamente, influenciam na recidiva anterossuperior.

1. Little RM. The irregularity index: a quantitative score of mandibular anterior alignment. Am J Orthod. 1975 Nov;68(5):554-63.

2. Andrews LF. The six keys to normal occlusion. Am J Orthod. 1972;62(3):296-309.

3. Roth RH. Functional occlusion for the orthodontist. Part III. J Clin Orthod. 1981;15(3):174-9, 182-98.

4. Freitas KM, Janson G, Freitas MR, Pinzan A, Henriques JF, Pinzan-Vercelino CR. Influence of the quality of the finished occlusion on postretention occlusal relapse. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2007;132(4):428.e9-14.

RefeRências

Enviado em: 4 de junho de 2009Revisado e aceito: 13 de abril de 2010

5. Canuto LFG. Avaliação da influência da realização da expansão rápida da maxila sobre a recidiva do apinhamento ântero-superior, em casos tratados ortodonticamente sem extrações [dissertação]. 2006. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 2006.

6. Nett BC, Huang GJ. Long-term posttreatment changes measured by the American Board of Orthodontics objective grading system. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;127(4):444-50.

7. Ormiston JP, Huang GJ, Little RM, Decker JD, Seuk GD. Retrospective analysis of long-term stable and unstable orthodontic treatment outcomes. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;128(5):568-74.

a r t i g o o n l i n E *

Dental Press J Orthod 43 2011 Sept-Oct;16(5):43-5

* acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra.

recidiva do apinhamento anterossuperior nas más oclusões de Classe i e Classe ii tratadas ortodonticamente sem extrações

Willian J. g. guirro**, karina maria salvatore de freitas***, marcos roberto de freitas****, José fernando Castanha Henriques****, guilherme Janson*****, luiz filiphe gonçalves Canuto******

Objetivo: o presente estudo objetivou comparar retrospectivamente a estabilidade pós-contenção do alinhamento dos incisivos anterossuperiores em pacientes Classe I e Classe II. métodos: a amos-tra consistiu de 38 pacientes de ambos os sexos, tratados sem extrações e com mecânica Edgewise, divididos em dois grupos — Grupo 1, constituído por 19 pacientes, com idade inicial média de 13,06 anos, portadores da má oclusão de Classe I com apinhamento anterossuperior inicial maior que 3mm; Grupo 2, constituído por 19 pacientes, com idade inicial de 12,54 anos, portadores da má oclusão de Classe II e, também, com apinhamento anterossuperior inicial maior que 3mm. Foram medidos nos modelos de estudo, das fases pré- e pós-tratamento e pós-contenção, o índice de irregularidade de Little, as distâncias intercaninos e entre os primeiros e segundos pré-molares, a distância intermolares e o comprimento da arcada superior. Para a comparação intragrupo nos 3 tempos de avaliação, utilizou-se os testes ANOVA e Tukey. A comparação intergrupos foi realizada pelo teste t independente. Para verificação da presença de correlação, utilizou-se o teste de cor-relação de Pearson. Resultados: os resultados evidenciaram maior estabilidade do tratamento no grupo 2 (Classe II), pois, durante o período pós-contenção, foi observada recidiva do apinhamento dos dentes anterossuperiores menor no grupo 2 (0,80mm) do que no grupo 1 (1,67mm). conclu-são: concluiu-se que o tratamento do apinhamento dos dentes anterossuperiores é mais estável na má oclusão de Classe II do que na má oclusão de Classe I.

Resumo

Palavras-chave: Recidiva. Apinhamento anterossuperior. Estabilidade pós-tratamento.

** Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. *** Mestre e Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. Coordenadora do Mestrado em Odontologia,

área de concentração Ortodontia, da Faculdade Ingá, Maringá/PR. **** Professor Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. ***** Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. ****** Mestre e Doutor em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo.

Como citar este artigo: Guirro WJG, Freitas KMS, Freitas MR, Henriques JFC, Janson G, Canuto LFG. Recidiva do apinhamento anterossuperior nas más oclusões de Classe I e Classe II tratadas ortodonticamente sem extrações. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):43-5.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 44 2011 Sept-Oct;16(5):43-5

Recidiva do apinhamento anterossuperior nas más oclusões de Classe I e Classe II tratadas ortodonticamente sem extrações

Questões aos autores

1) Baseados nos achados do artigo, vocês indicariam protocolos diferentes, quanto à contenção, em má oclusões de classes i e ii?

Teoricamente, como o tratamento das más oclusões de Classe II apresentou-se menos está-vel em longo prazo, a adoção de um protocolo de contenção mais rígido (prolongar o tempo de contenção removível ou fixa) apresentaria indi-cação nesses casos. Entretanto, observamos que a diferença entre os grupos em relação à quan-tidade de recidiva do apinhamento anterossu-perior foi de 0,87mm: em termos clínicos, uma diferença que tende a ser pouco significativa. O clínico deve ter em mente que, indiferente-mente do tipo de má oclusão inicial, a adoção de protocolos mais restritos de contenção será, na maioria das situações, favorável à estabilida-de em longo prazo dos tratamentos. O paciente

maior ou igual a 3mm, segundo Little1. A amos-tra foi dividida em dois grupos, de acordo com a má oclusão inicial, ou seja: Grupo 1 – pacientes Classe I de Angle; e Grupo 2 – Classe II de An-gle. O tempo médio de avaliação pós-contenção foi de 8,6 anos para o Grupo 1 e 8,04 anos para o Grupo 2. As variáveis avaliadas foram: Índice de irregularidade de Little (modificado); distân-cias intercaninos, interpré-molares, intermolares e comprimento da arcada superior. Os resultados demonstraram maior estabilidade do tratamento da má oclusão de Classe II, haja vista que, durante o período pós-contenção, ocorreu maior recidi-va do apinhamento anterossuperior nos pacien-tes que inicialmente apresentavam má oclusão de Classe I. Com os resultados obtidos, pôde-se concluir que a má oclusão de Classe I tratada sem extração é mais recidivante do que a de Classe II, quando se avalia o apinhamento anterossuperior.

Resumo do editor Dentre as metas a serem alcançadas com a re-

alização do tratamento ortodôntico, a estabilidade talvez seja a mais difícil de ser obtida. A literatura mundial tem se dedicado muito na tentativa de desvendar a etiologia da recidiva do tratamento ortodôntico do apinhamento anteroinferior; en-tretanto, pouca atenção tem sido dada ao apinha-mento anterossuperior. Baseados nessa premissa, os autores do presente trabalho tiveram como ob-jetivo avaliar a recidiva do apinhamento anteros-superior em casos de má oclusão de Classes I e II tratados ortodonticamente sem extrações. Para tal, utilizou-se amostra de 48 documentações orto-dônticas de pacientes tratados sem extrações que apresentavam, inicialmente, más oclusões de Clas-se I ou Classe II. Todos os pacientes foram tratados com aparelho fixo e mecânica Edgewise e tinham, inicialmente, uma irregularidade anterossuperior

que apresenta má oclusão de Classe II também deve ser orientado sobre a importância de sua colaboração quanto ao uso das contenções, de-vido à maior tendência de recidiva.

2) O fato de ter havido maior índice de irre-gularidade de Little do Grupo 1 (classe i) ao final de tratamento não pode estar relacio-nado com os resultados finais conseguidos? Ou seja, casos melhor finalizados teriam me-nor tendência à recidiva?

Acreditamos que não. A relação entre “quali-dade de finalização versus recidiva ortodôntica” consiste em um tópico controverso na literatu-ra. Sugeria-se que, quanto melhor o padrão de qualidade da finalização, maior seria a estabili-dade ortodôntica2,3. Entretanto, estudos recen-tes não observaram correlação entre a qualidade

Dental Press J Orthod 45 2011 Sept-Oct;16(5):43-5

Guirro WJG, Freitas KMS, Freitas MR, Henriques JFC, Janson G, Canuto LFG

endereço para correspondênciakarina maria salvatore de freitasrua Jamil gebara, 1-25, apto. 111, Jd. PaulistaCeP: 17.017-150 – Bauru/sPe-mail: [email protected]

da finalização e a estabilidade em longo pra-zo4,5,6,7. Os resultados dos testes de correlação do presente estudo tendem a corroborar esses outros estudos. Deve-se ressaltar que ambos os grupos apresentaram, ao final do tratamento, ali-nhamento anterossuperior bastante satisfatório (índices de Little de 0,34mm e 0,00mm para os Grupos 1 e 2, respectivamente). Dessa forma, não foram comparados grupos que podem ser classificados como bem ou mal finalizados.

3) Para vocês, o que mais influenciaria a re-cidiva anterossuperior: a severidade inicial apresentada pelo caso ou a finalização orto-dôntica conseguida?

A opinião dos autores, baseada no presente estudo e em trabalhos relacionados ao tema, é que ambos os fatores não apresentam influência significativa na recidiva anterossuperior. Nota-se que indivíduos com apinhamento inicial acentu-ado tendem a apresentar uma quantidade maior

de irregularidade na fase de pós-contenção, mas esse fato não significa que houve maior recidiva. A avaliação da recidiva deve ser baseada na rela-ção entre a quantidade de correção ortodôntica e a quantidade de recidiva do apinhamento. Por exemplo, uma irregularidade anterossuperior pós-contenção de 1,0mm em um paciente com apinhamento inicial de 3mm implicaria em uma recidiva de 33,3% da correção obtida (se ao fi-nal do tratamento verificarmos um alinhamento dentário perfeito). Por outro lado, há também uma recidiva de 33,3% da correção em um pa-ciente com apinhamento inicial de 6mm e que apresenta 2mm de apinhamento na fase de pós--contenção. Fatores como a tração das fibras pe-riodontais, presença de giroversões na fase ini-cial, função muscular, recidiva do apinhamento na arcada oposta, tempo e protocolo de conten-ção e má oclusão inicial (Classe I ou II) consis-tem em fatores que, efetivamente, influenciam na recidiva anterossuperior.

1. Little RM. The irregularity index: a quantitative score of mandibular anterior alignment. Am J Orthod. 1975 Nov;68(5):554-63.

2. Andrews LF. The six keys to normal occlusion. Am J Orthod. 1972;62(3):296-309.

3. Roth RH. Functional occlusion for the orthodontist. Part III. J Clin Orthod. 1981;15(3):174-9, 182-98.

4. Freitas KM, Janson G, Freitas MR, Pinzan A, Henriques JF, Pinzan-Vercelino CR. Influence of the quality of the finished occlusion on postretention occlusal relapse. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2007;132(4):428.e9-14.

RefeRências

Enviado em: 4 de junho de 2009Revisado e aceito: 13 de abril de 2010

5. Canuto LFG. Avaliação da influência da realização da expansão rápida da maxila sobre a recidiva do apinhamento ântero-superior, em casos tratados ortodonticamente sem extrações [dissertação]. 2006. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 2006.

6. Nett BC, Huang GJ. Long-term posttreatment changes measured by the American Board of Orthodontics objective grading system. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;127(4):444-50.

7. Ormiston JP, Huang GJ, Little RM, Decker JD, Seuk GD. Retrospective analysis of long-term stable and unstable orthodontic treatment outcomes. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2005;128(5):568-74.

a r t i g o o n l i n E *

Dental Press J Orthod 46 2011 Sept-Oct;16(5):46-7

* acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra. ** MOrthRCSEd, Membership of Orthodontics Examination of the Royal College of Surgeons of Edinburgh.

Resumo do editor Para o tratamento das más oclusões de Classe II

esqueléticas, devido à retrusão mandibular, indica-se o emprego de aparelhos ortopédicos funcionais, com vistas ao estímulo do crescimento mandibular. O pre-sente estudo trata da apresentação de um caso clínico com má oclusão de Classe II esquelética, tratado por meio do aparelho ortopédico Twin Block associado ao aparelho extrabucal de tração alta, seguido do trata-mento ortodôntico fixo. Uma paciente chinesa, com 10 anos e 10 meses de idade, perfil facial convexo, má oclusão de Classe II, divisão 1, devido à retrusão

tratamento de más oclusões de Classe ii graves com aparelhos funcionais removíveis e ortodônticos sequenciais: um caso para a avaliação do morthrCsed**

larry Ching fan li***, ricky Wing kit Wong****

introdução: o aparelho funcional é uma forma eficaz de tratar as más oclusões de Classe II esque-léticas em crianças e adolescentes. Um protocolo de avanço mandibular progressivo de 12 meses já demonstrou ser capaz de aumentar o crescimento condilar e melhorar o prognatismo mandibular utilizando o aparelho de Herbst. Objetivo: relatar o caso clínico (apresentado como um dos requi-sitos para aprovação no Exame de Ortodontia para Filiação ao Royal College of Surgeons de Edin-burgo**) de uma menina chinesa de 11 anos de idade, com 11mm de sobressaliência, tratada na Fase I da terapia de modificação do crescimento, ao longo de 12 meses, utilizando o aparelho Twin Block com um expansor palatal Hyrax e um extrabucal de puxada alta, em um protocolo de avanço mandibular progressivo, seguido pela Fase II da terapia, com um aparelho Edgewise pré-ajustado.

Resumo

Palavras-chave: Terapia miofuncional. Aparelhos funcionais. Má oclusão de Classe II de Angle.

*** Mestre em Ortodontia. MOrthRCSEd. MRACDS (Membro da Escola Real de Cirurgiões-dentistas da Australásia). **** Professor Adjunto de Ortodontia, Disciplina de Ortodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade de Hong Kong.

mandibular, relação molar de Classe II completa, so-bressaliência de 11mm e sobremordida profunda mo-derada, procurou por tratamento ortodôntico quei-xando-se de apinhamento e protrusão dos incisivos superiores. Por meio da análise das vértebras cervicais, verificou-se que a paciente apresentava-se no estágio CVS3, ou seja, próximo ao pico de crescimento pube-ral. Inicialmente, foi instalado o aparelho Twin Block com parafuso expansor, para uso integral, com avan-ço mandibular inicial de 5mm e abertura vertical de 7mm. Conjuntamente ao Twin Block, instalou-se um aparelho extrabucal, tração alta, com força média de

Como citar este artigo: Li LCF, Wong RWK. Tratamento de más oclusões de Classe II graves com aparelhos funcionais removíveis e ortodônticos sequen-ciais: um caso para a avaliação do MOrthRCSEd. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):46-7.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 47 2011 Sept-Oct;16(5):46-7

Li LCF, Wong RWK

Questões aos autores

1) atualmente, há várias opções de aparelhos para o tratamento ortopédico das más oclusões de classe ii devido à retrusão mandibular. Por que escolheram o Twin Block associado ao apa-relho extrabucal de tração alta?

O aparelho funcional removível foi usado nes-sa paciente porque seus pré-molares ainda não es-tavam totalmente irrompidos quando o tratamen-to foi iniciado. Colaboração favorável também foi um fator decisivo. O uso de aparelhos extrabucais de alta tração durante a fase de aparelho funcio-nal foi para restringir o crescimento maxilar para baixo e para minimizar a rotação para trás e para baixo da mandíbula, o que aumentaria a sobressa-liência e comprometeria os efeitos do tratamento.

2) Vocês afirmam que “a melhora na sobressali-ência de 10mm se deu 70% às custas de estrutu-ras esqueletais e 30% em virtude de alterações dentárias, enquanto a melhora no posicionamen-to dos molares ocorreu 81% em virtude de estru-turas esqueletais e 19% por conta de alterações dentárias”. Quais as razões para a significativa correção esquelética do tratamento realizado?

A correção esquelética é um resultado combi-nado da contenção do crescimento da maxila e do crescimento mandibular reforçado.

redirecionamento do crescimento maxilar, com sua restrição no sentido anterior e considerável crescimen-to mandibular durante a primeira fase do tratamento (ortopédica). Os autores concluíram que esse proto-colo de tratamento ortopédico, com o avanço gradual mandibular durante 12 meses, apresentou-se efetivo para o tratamento da má oclusão de Classe II associada à retrusão mandibular. Contudo, avaliações em longo prazo associadas a estudos envolvendo um maior nú-mero de indivíduos devam ser realizadas, de forma a comprovar cientificamente a eficácia dessa proposta de tratamento ortodôntico/ortopédico.

450g/lado, a ser utilizado de 12 a 14h/dia. Decorridos seis meses, o aparelho Twin Block foi ajustado, de for-ma a proporcionar mais 5mm de avanço mandibular. Após 12 meses, esses aparelhos foram removidos e o aparelho ortodôntico fixo foi empregado para o alinha-mento e nivelamento dentários e finalização do caso. O tempo total de tratamento compreendeu 26 meses. Verificou-se que houve correção da má oclusão inicial, com a obtenção da relação molar normal em ambos os lados, além de uma sobressaliência e sobremordida normais. O perfil facial também melhorou, refletindo a melhora na relação maxilomandibular, devido a um

Vários estudos têm mostrado que o tratamento com aparelho funcional (aparelho Herbst) junto do extrabucal de puxada alta com forma de avanço gradual por 12 meses produz maior melhora esque-lética na correção da Classe II. Nesse caso, a angula-ção dos incisivos inferiores aumentou ligeiramente durante o tratamento com Twin Block e isso tam-bém contribuiu para o elevado percentual de al-terações esqueléticas (menos alterações dentárias).

3) Quais fatores devem ser considerados para a escolha entre o tratamento ortopédico/ortodôn-tico em duas fases em relação àquele realizado em somente uma fase?

Os fatores que devem ser considerados são:» causa da má oclusão de Classe II — dentária ou

óssea —; maxila prognática, mandíbula retrognática ou uma combinação de ambas;

» perfil do paciente;» a idade e a maturidade esquelética do paciente;» preferência dos pacientes, tais como extração de

dentes, duração dos tratamentos esperados, a aceita-ção com os aparelhos funcionais e assim por diante.

endereço para correspondêncialarry Ching fan litan orthodontics, 174 east Boundary road, Bentleigh, victoria 3165, austráliae-mail: [email protected]

Enviado em: 26 de agosto de 2010Revisado e aceito: 29 de dezembro de 2010

a r t i g o o n l i n E *

Dental Press J Orthod 46 2011 Sept-Oct;16(5):46-7

* acesse www.dentalpress.com.br/revistas para ler o artigo na íntegra. ** MOrthRCSEd, Membership of Orthodontics Examination of the Royal College of Surgeons of Edinburgh.

Resumo do editor Para o tratamento das más oclusões de Classe II

esqueléticas, devido à retrusão mandibular, indica-se o emprego de aparelhos ortopédicos funcionais, com vistas ao estímulo do crescimento mandibular. O pre-sente estudo trata da apresentação de um caso clínico com má oclusão de Classe II esquelética, tratado por meio do aparelho ortopédico Twin Block associado ao aparelho extrabucal de tração alta, seguido do trata-mento ortodôntico fixo. Uma paciente chinesa, com 10 anos e 10 meses de idade, perfil facial convexo, má oclusão de Classe II, divisão 1, devido à retrusão

tratamento de más oclusões de Classe ii graves com aparelhos funcionais removíveis e ortodônticos sequenciais: um caso para a avaliação do morthrCsed**

larry Ching fan li***, ricky Wing kit Wong****

introdução: o aparelho funcional é uma forma eficaz de tratar as más oclusões de Classe II esque-léticas em crianças e adolescentes. Um protocolo de avanço mandibular progressivo de 12 meses já demonstrou ser capaz de aumentar o crescimento condilar e melhorar o prognatismo mandibular utilizando o aparelho de Herbst. Objetivo: relatar o caso clínico (apresentado como um dos requi-sitos para aprovação no Exame de Ortodontia para Filiação ao Royal College of Surgeons de Edin-burgo**) de uma menina chinesa de 11 anos de idade, com 11mm de sobressaliência, tratada na Fase I da terapia de modificação do crescimento, ao longo de 12 meses, utilizando o aparelho Twin Block com um expansor palatal Hyrax e um extrabucal de puxada alta, em um protocolo de avanço mandibular progressivo, seguido pela Fase II da terapia, com um aparelho Edgewise pré-ajustado.

Resumo

Palavras-chave: Terapia miofuncional. Aparelhos funcionais. Má oclusão de Classe II de Angle.

*** Mestre em Ortodontia. MOrthRCSEd. MRACDS (Membro da Escola Real de Cirurgiões-dentistas da Australásia). **** Professor Adjunto de Ortodontia, Disciplina de Ortodontia, Faculdade de Odontologia, Universidade de Hong Kong.

mandibular, relação molar de Classe II completa, so-bressaliência de 11mm e sobremordida profunda mo-derada, procurou por tratamento ortodôntico quei-xando-se de apinhamento e protrusão dos incisivos superiores. Por meio da análise das vértebras cervicais, verificou-se que a paciente apresentava-se no estágio CVS3, ou seja, próximo ao pico de crescimento pube-ral. Inicialmente, foi instalado o aparelho Twin Block com parafuso expansor, para uso integral, com avan-ço mandibular inicial de 5mm e abertura vertical de 7mm. Conjuntamente ao Twin Block, instalou-se um aparelho extrabucal, tração alta, com força média de

Como citar este artigo: Li LCF, Wong RWK. Tratamento de más oclusões de Classe II graves com aparelhos funcionais removíveis e ortodônticos sequen-ciais: um caso para a avaliação do MOrthRCSEd. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):46-7.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 47 2011 Sept-Oct;16(5):46-7

Li LCF, Wong RWK

Questões aos autores

1) atualmente, há várias opções de aparelhos para o tratamento ortopédico das más oclusões de classe ii devido à retrusão mandibular. Por que escolheram o Twin Block associado ao apa-relho extrabucal de tração alta?

O aparelho funcional removível foi usado nes-sa paciente porque seus pré-molares ainda não es-tavam totalmente irrompidos quando o tratamen-to foi iniciado. Colaboração favorável também foi um fator decisivo. O uso de aparelhos extrabucais de alta tração durante a fase de aparelho funcio-nal foi para restringir o crescimento maxilar para baixo e para minimizar a rotação para trás e para baixo da mandíbula, o que aumentaria a sobressa-liência e comprometeria os efeitos do tratamento.

2) Vocês afirmam que “a melhora na sobressali-ência de 10mm se deu 70% às custas de estrutu-ras esqueletais e 30% em virtude de alterações dentárias, enquanto a melhora no posicionamen-to dos molares ocorreu 81% em virtude de estru-turas esqueletais e 19% por conta de alterações dentárias”. Quais as razões para a significativa correção esquelética do tratamento realizado?

A correção esquelética é um resultado combi-nado da contenção do crescimento da maxila e do crescimento mandibular reforçado.

redirecionamento do crescimento maxilar, com sua restrição no sentido anterior e considerável crescimen-to mandibular durante a primeira fase do tratamento (ortopédica). Os autores concluíram que esse proto-colo de tratamento ortopédico, com o avanço gradual mandibular durante 12 meses, apresentou-se efetivo para o tratamento da má oclusão de Classe II associada à retrusão mandibular. Contudo, avaliações em longo prazo associadas a estudos envolvendo um maior nú-mero de indivíduos devam ser realizadas, de forma a comprovar cientificamente a eficácia dessa proposta de tratamento ortodôntico/ortopédico.

450g/lado, a ser utilizado de 12 a 14h/dia. Decorridos seis meses, o aparelho Twin Block foi ajustado, de for-ma a proporcionar mais 5mm de avanço mandibular. Após 12 meses, esses aparelhos foram removidos e o aparelho ortodôntico fixo foi empregado para o alinha-mento e nivelamento dentários e finalização do caso. O tempo total de tratamento compreendeu 26 meses. Verificou-se que houve correção da má oclusão inicial, com a obtenção da relação molar normal em ambos os lados, além de uma sobressaliência e sobremordida normais. O perfil facial também melhorou, refletindo a melhora na relação maxilomandibular, devido a um

Vários estudos têm mostrado que o tratamento com aparelho funcional (aparelho Herbst) junto do extrabucal de puxada alta com forma de avanço gradual por 12 meses produz maior melhora esque-lética na correção da Classe II. Nesse caso, a angula-ção dos incisivos inferiores aumentou ligeiramente durante o tratamento com Twin Block e isso tam-bém contribuiu para o elevado percentual de al-terações esqueléticas (menos alterações dentárias).

3) Quais fatores devem ser considerados para a escolha entre o tratamento ortopédico/ortodôn-tico em duas fases em relação àquele realizado em somente uma fase?

Os fatores que devem ser considerados são:» causa da má oclusão de Classe II — dentária ou

óssea —; maxila prognática, mandíbula retrognática ou uma combinação de ambas;

» perfil do paciente;» a idade e a maturidade esquelética do paciente;» preferência dos pacientes, tais como extração de

dentes, duração dos tratamentos esperados, a aceita-ção com os aparelhos funcionais e assim por diante.

endereço para correspondêncialarry Ching fan litan orthodontics, 174 east Boundary road, Bentleigh, victoria 3165, austráliae-mail: [email protected]

Enviado em: 26 de agosto de 2010Revisado e aceito: 29 de dezembro de 2010

Dental Press J Orthod 48 2011 Sept-Oct;16(5):48-53

David normando*, leopoldino Capelozza filho**

r E l a t o d E t é c n i c a

Um método para o retratamento da recidiva do desalinhamento dentário

introdução: o ortodontista clínico deve esperar alguma perda do alinhamento dentário obti-do durante o tratamento ortodôntico nos casos em que a contenção ortodôntica foi suspensa pelo profissional ou perdida pelo paciente. Nessa situação, os pacientes são, frequentemente, relutantes em novamente usar braquetes para retratar o alinhamento dentário perdido após o tratamento. Objetivo: esse artigo descreve o uso de uma técnica simples e eficiente para corrigir pequenas alterações do alinhamento dentário. Esse procedimento, inovador e de baixo custo, produz a resolução da recidiva em poucas semanas. A força usada para realinhar os dentes é obtida através de um fio elastomérico transparente amarrado a uma contenção fixa, de vários filamentos, colada às arcadas superior e inferior.

Resumo

Palavras-chave: Movimentação dentária. Aparelhos ortodônticos. Incisivo. Recidiva.

* Especialista em Ortodontia pela PROFIS-USP/Bauru. Professor da disciplina de Ortodontia da UFPA. Coordenador do curso de especialização em Ortodontia da EAP/ABO-PA. Mestre em Clínica Integrada pela FOUSP. Doutor em Odontologia pela UERJ.

** Professor Doutor da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo/Bauru. Membro do setor de Ortodontia do HRAC-USP/Bauru.

Como citar este artigo: Normando D, Capelozza Filho L. Um método para o retratamento da recidiva do desalinhamento dentário. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):48-53.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Normando D, Capelozza Filho L

Dental Press J Orthod 53 2011 Sept-Oct;16(5):48-53

endereço para correspondênciaDavid normandorua Boaventura da silva, 567, ap. 1201 – Belém / PaCeP: 66.0550-090e-mail: [email protected]

1. Erdinc AE, Nanda RS, Isiksal E. Relapse of anterior crowding in patients treated with extraction and nonextraction of premolars. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;129(6):775-84.

2. Freitas KM, Freitas MR, Henriques JF, Pinzan A, Janson G. Postretention relapse of mandibular anterior crowding in patients treated without mandibular premolar extraction. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004;125(4):480-7.

3. Little RM. Stability and relapse of mandibular anterior alignment: University of Washington studies. Semin Orthod. 1999;5(3):191-204.

4. Maia NG, Normando ADC, Maia FA, Alves MSC, Ferreira MAF. Factors associated with orthodontic stability: a retrospective study of 209 patients. World J Orthod. 2010;11(1):61-6.

5. Maia NG, Normando D, Maia FA, Ferreira MA, Alves SCFM. Factors associated with long-term patient satisfaction. Angle Orthod. 2010;80(6):1155-8.

6. Warunik SP, Strychalski ID, Cunat JJ. Clinical use of silicone elastomer appliances. J Clin Orthod. 1989;23(10):694-700.

7. Sheridan JJ, McMinn R, LeDoux W. Essix thermosealed appliances: various orthodontic uses. J Clin Orthod. 1995;29(2):108-13.

8. Rinchuse DJ, Rinchuse DJ. Active tooth movement with Essix-based appliances. J Clin Orthod. 1997;31(2):109-12.

9. Cureton SL. Correcting maligned mandibular incisors with removable retainers. J Clin Orthod. 1996;30(7):390-5.

10. Bloore JA, Bloore GE. Correction of adult incisor crowding with a new removable appliance. J Clin Orthod. 1998;32(2):111-6.

RefeRências

11. McNamara TG, McNamara T, Sandy JR. A new approach to incisor retention-the lingual spur retainer. Br J Orthod. 1996;23(3):199-201.

12. Liou EJW, Chen LIJ, Huang S. Nickel-titanium mandibular bonded lingual 3-3 retainer: For permanent retention and solving relapse of mandibular anterior crowding. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;119(4):443-9.

13. Årtun J, Spadafora AT, Shapiro PA. A 3-year follow-up study of various types of orthodontic canine-to-canine retainers. Eur J Orthod. 1997;19(5):501-9.

14. Valiathan M, Hughes E. Results of a survey-based study to identify common retention practices in the United States. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2010;137(2):170-7.

15. Singh P, Grammati S, Kirschen R. Orthodontic retention patterns in the United Kingdom. J Orthod. 2009;36(2):115-21.

16. Tacken MP, Cosyn J, De Wilde P, Aerts J, Govaerts E, Vannet BV. Glass fibre reinforced versus multistranded bonded orthodontic retainers: a 2 year prospective multi-centre study. Eur J Orthod. 2010;32(2):117-23.

17. Littlewood SJ, Millett DT, Doubleday B, Bearn DR, Worthington HV. Retention procedures for stabilizing tooth position after treatment with orthodontic braces. Cochrane Database Syst Rev. 2004;(1):CD002283.

18. Zachrisson BU. Clinical experience with direct-bonded orthodontic retainers. Am J Orthod 1977;71(4):440-8.

19. Zachrisson BU. The bonded lingual retainer and multiple spacing of anterior teeth. J Clin Orthod. 1983;17(12):838-44.

20. Katsaros C, Livas C, Renkema AM. Unexpected complications of bonded mandibular lingual retainers. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2007;132(6):838-41.

a method to re-treat the relapse of dental misalignment

abstract

Introduction: The clinician should expect some loss of the dental alignment obtained during orthodontic therapy in the long term in cases in which the orthodontic retainer has been removed by the orthodontist or lost by the patient. In this situation, patients are often reluctant to wear braces again to re-treat anterior misalignment. Objec-tive: This report describes the successful use of a simple and effective technique to correct mild changes in the incisor alignment after orthodontic treatment. An innovative and low cost procedure effectively solved relapse of anterior misalignment in 1-2 months. The force used to realign the teeth is obtained through the use of a clear elastomeric thread tied to multistranded upper and lower retainers.

Keywords: Tooth movement. Orthodontic braces. Incisor. Relapse.

Enviado em: 23 de fevereiro de 2011Revisado e aceito: 3 de maio de 2011

Dental Press J Orthod 54 2011 Sept-Oct;16(5):54-61

vania Célia vieira de siqueira*, meire alves de sousa**, fausto Bérzin***, Cézar augusto souza Casarini****

a r t i g o i n é d i t o

análise eletromiográfica do músculo orbicular da boca em jovens com Classe ii, 1ª divisão, e jovens com oclusão normal

Objetivo: comparar, eletromiograficamente, os potenciais de ação do músculo orbicular da boca, segmentos superior e inferior, bilateralmente, em jovens com Classe II, 1ª divisão, e em jovens com oclusão normal, verificando a ocorrência ou não de diferenças na atividade eletro-miográfica entre os grupos. métodos: a amostra consistiu-se de 50 jovens do sexo feminino, com idades entre 8 e 10 anos, com ausência de tratamento ortodôntico prévio, distribuídas em dois grupos: 25 com Classe II, 1ª divisão; e 25 com oclusão normal. Para a captação dos sinais eletromiográficos, utilizaram-se eletrodos de superfície passivos de Ag/AgCl. Registrou-se a atividade muscular na situação de repouso, na contração isométrica e na contração isotônica, determinando-se o valor da RMS de cada movimento. Submeteu-se os dados coletados à aná-lise estatística de variância e ao teste de Tukey (α=0,05). Resultados: os resultados revelaram que ocorreram diferenças nas atividades eletromiográficas entre as jovens com Classe II, 1ª divisão, e as com oclusão normal. As atividades musculares mostraram-se maiores nas jovens com Classe II, 1ª divisão. conclusão: observou-se uma menor competência do músculo orbi-cular da boca nas jovens do sexo feminino com Classe II, 1ª divisão.

Resumo

Palavras-chave: Eletromiografia. Ortodontia. Classe II, 1ª divisão. Oclusão normal. Músculo orbicular da boca.

* Professora Doutora da disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba UNICAMP. ** Aluna de doutorado em Ortodontia na Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP. *** Professor Titular na disciplina de Anatomia do departamento de Fisiologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP. **** Aluno de doutorado em Anatomia do departamento de Fisiologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP.

intROduçãOA análise eletromiográfica dos músculos da

mastigação constitui-se em um importante ins-trumento complementar no diagnóstico orto-dôntico, pois uma cuidadosa avaliação da ativida-de muscular antes e durante o tratamento orien-ta o profissional na eleição da terapia adequada,

assim como na escolha mais individualizada da contenção, minimizando recidivas22.

A musculatura peribucal e o posicionamento labial constituem-se em fatores determinantes na posição dos dentes e na forma da arcada dentária, em razão de suas atividades moderadas, porém con-tínuas. As forças resultantes da posição de repouso

Como citar este artigo: Siqueira VCV, Sousa MA, Bérzin F, Casarini CAS. Análise eletromiográfica do músculo orbicular da boca em jovens com Classe II, 1ª divisão, e jovens com oclusão normal. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):54-61.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 60 2011 Sept-Oct;16(5):54-61

Análise eletromiográfica do músculo orbicular da boca em jovens com Classe II, 1ª divisão, e jovens com oclusão normal

cOncLusõesApoiando-se na literatura consultada, nas ca-

racterísticas da amostra, na metodologia empre-gada e nos resultados obtidos, concluiu-se que:

1) Ocorreu atividade eletromiográfica dife-

rente entre as jovens com Classe II, 1ª divisão, e as com oclusão normal.

2) Essa atividade apresentou-se maior nas jo-vens com Classe II, 1ª divisão, sugerindo, assim, uma menor competência labial nesse grupo.

electromyographic analysis of the orbicularis oris muscle in youngsters with Class ii, division 1 and normal occlusion

abstract

Objective: The purpose of this study was to compare, electromyographically, the action potential of the orbicularis oris muscle, upper and lower segment, bilaterally, in youngsters with Class II division 1 malocclusion and youngsters with normal occlusion, in order to verify the occurrence or not of the different electromyographic activity for both groups. Methods: The sample consisted of 50 females, ranging from 8 to 10 years old, with no previous orthodontic treatment, divided into two groups: 25 with Class II division 1 malocclusion and 25 with normal occlusion. The elec-tromyographic signals of the orbicularis oris muscle were acquired by Ag/AgCl surface electrodes. Muscle activity was recorded in resting position, in isometric contraction and in isotonic contraction, determining the RMS values of each movement. The data collected was submitted to the statistical analyses of variance and Tukey test (α=0.05). Results: The results showed that there was electromyographic activity difference between the young females with Class II division 1 malocclusion and the ones with normal occlusion. That muscle activity was higher in young females with malocclusion than in young females with normal occlusion. Conclusion: This suggest the smaller competence of the orbicularis oris muscle in the females with Class II, division 1 malocclusion.

Keywords: Electromyography. Orthodontics. Class II, division 1. Normal occlusion. Orbicularis oris muscle.

1. Ahlgren JGA, Ingervall BF, Thilander BL. Muscle activity in normal and postnormal occlusion. Am J Orthod. 1973;64(5):445-56.

2. Baril C, Moyers RE. An electromyographic analysis of the temporalis muscles and certain facial muscles in thumb and finger sucking patients. J Dent Res. 1960;39(3):536-53.

3. Basmajian JV, De Luca CJ. Muscles alive: their function revealed by electromyography. 5th ed. Baltimore: Williams & Wilkins; 1985.

4. Camargo MCF, Azevedo Jr O, Briso MLG. Dispositivo indutor de vedamento labial – DIVEL. J Bras Ortodon Ortop Facial. 2001;6(33):256-61.

5. Essenfelder LRC, Vitti M. Análise eletromiográfica dos músculos orbicularis oris em jovens portadores de oclusão normal. Ortodontia. 1977;10(3):180-91.

6. Gustafsson M, Ahlgren J. Mentalis and orbicularis oris activity in children with incompetent lips. Acta Odontol Scand. 1975;33(6):355-63.

7. Jung MH, Yang WS, Nahm DS. Effects of upper lip closing force on craniofacial structures. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;123(1):58-63.

8. Lehmkuhl DL, Smith KL. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 4ª ed. São Paulo: Manole; 1989.

RefeRências

9. Lowe AA, Johnston WD. Tongue and jaw muscle activity in response to mandibular rotations in a sample of normal and anterior open-bite subjects. Am J Orthod. 1979;76(5):565-76.

10. Lowe AA, Takada K. Associations between anterior temporal, masseter, and orbicularis oris muscle activity and craniofacial morphology in children. Am J Orthod. 1984;86(4):319-30.

11. Lowe AA, Takada K, Taylor LM. Muscle activity during function and its correlation with craniofacial morphology in a sample of subjects with class II, division 1 malocclusions. Am J Orthod. 1983;84(3):204-11.

12. Marchiori SC, Vitti M. Estudo eletromiográfico do músculo orbicular da boca em indivíduos com oclusão normal e maloclusões. RGO: Rev Gaúcha Odontol. 1996;44(6):331-4.

13. Moyers RE. Temporomandibular muscle contraction patterns in Angle Class II, division I malocclusions: an electromyographic analysis. Am J Orthod. 1949;35(11):837-57.

14. Nieberg LG. An electromyographic and cephalometric radiographic investigation of the orofacial muscular complex. Am J Orthod. 1960;46(8):627-8.

15. Portney L. Eletromiografia e testes de velocidade de condução nervosa. In: Sullivan OS, Schmitz JT. Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole; 1993. p. 183-223.

Siqueira VCV, Sousa MA, Bérzin F, Casarini CAS

Dental Press J Orthod 61 2011 Sept-Oct;16(5):54-61

endereço para correspondênciavania C. v. siqueirarua José Corder, 87 – Jardim modeloCeP: 13.419-325 – Piracicaba / sPe-mail: [email protected]

25. Tosello DO, Vitti M, Bérzin F. EMG activity of the orbicularis oris and mentalis muscles in children with malocclusion, incompetent lips and atypical swallowing – part II. J Oral Rehabil. 1999;26(8):644-9.

26. Tulley WJ. Methods of recording patterns of behavior of the oro-facial muscles using the electromyograph. Dent Rec. 1953;73:741-8.

27. Vianna MS. Análise eletromiográfica do músculo orbicular da boca em indivíduos com maloclusão Classe II, divisão 1 de Angle e modo respiratório predominantemente bucal ou nasal [dissertação]. Curitiba (PR): Pontifícia Universidade Católica do Paraná; 2002.

28. Vitti M, Basmajian JV. Muscles of mastication in small children: an electromyographic analysis. Am J Orthod. 1975;68(4):412-9.

29. Vitti M, Basmajian JV, Ouellette PL, Mitchell DL, Eastman WP, Seaborn RD. Electromyographic investigations of the tongue and circumoral muscular sling with fine-wire electrodes. J Dent Res. 1975;54(4):844-9.

30. Zilli AS. Estudo eletromiográfico dos músculos orbiculares da boca, segmentos superior e inferior (região medial), em jovens com maloclusão Classe I de Angle [dissertação]. Piracicaba (SP): Universidade Estadual de Campinas; 1994.

16. Pruzansky S. The application of electromyography to dental research. J Am Dent Assoc. 1952;44(1):49-68.

17. Rasheed SA, Munshi AK. Electromyographic and ultrasonographic evaluation of the circum-oral musculature in children. J Clin Pediatr Dent. 1996;20(4):305-11.

18. Sales RD, Vitti M. Análise eletromiográfica dos músculos orbiculares oris em indivíduos portadores de maloclusão Classe I, antes e após submetidos a tratamento ortodôntico. Rev Assoc Paul Cir Dent. 1979;33(5):399-411.

19. Simpson M. An electromyographic investigation of the perioral musculature in Class II division 1 malocclusion. Br J Orthod. 1977;4(1):17-22.

20. Sodeberg GL, Cook TM. Electromyography in biomechanics. Phys Ther. 1984;64(12):1813-20.

21. Sodeberg GL, Knutson LM. A guide for use and interpretation of kinesiologic eletromyographic data. Phys Ther. 2000;80(5):485-98.

22. Störmer K, Pancherz H. Electromyography of the perioral and masticatory muscles in orthodontic patients with atypical swallowing. J Orofac Orthop. 1999;60(1):13-23.

23. Tomé MC, Marchiori SC. Estudo eletromiográfico dos músculos orbiculares superior e inferior da boca em crianças respiradoras nasais e bucais durante o repouso com e sem contato labial. J Bras Ortodon Ortop Facial. 1998;3(15):59-66.

24. Tosello DO, Vitti M, Bérzin F. EMG activity of the orbicularis oris and mentalis muscles in children with malocclusion, incompetent lips and atypical swallowing – part I. J Oral Rehabil. 1998;25(11):838-46.

Enviado em: 16 de agosto de 2007Revisado e aceito: 6 de agosto de 2009

Dental Press J Orthod 62 2011 Sept-Oct;16(5):62-73

Julio César mota Pereira*, Henrique manoel lederman**, Hélio kiitiro Yamashita***, Dayliz Quinto Pereira****, luís antônio de arruda aidar*****

a r t i g o i n é d i t o

estudo comparativo cefalométrico dos padrões dentofaciais de indivíduos portadores de oclusão normal e de más oclusões de angle

Objetivo: avaliar os padrões dentofaciais de pacientes portadores de oclusão normal e más oclusões de Angle quanto a possíveis diferenças entre as grandezas estudadas, em relação ao sexo, dentro de cada grupo e entre os grupos. métodos: a amostra constou de 200 telerradio-grafias cefalométricas laterais obtidas de jovens brasileiros, de ambos os sexos, na faixa etária de 11 anos e 2 meses a 19 anos e 10 meses, apresentando dentição permanente. O material foi dividido, quanto ao tipo de oclusão, em cinco grupos: um de pacientes portadores de oclusão normal, e quatro de pacientes portadores de más oclusões de Angle, sendo cada grupo dividi-do igualmente quanto ao sexo. Foram avaliadas grandezas cefalométricas angulares e lineares. Resultados: na grande maioria das grandezas, os sexos masculino e feminino não diferiram; entre os grupos, a posição da maxila não mostrou diferença significativa, o retrognatismo man-dibular foi marcante nos grupos de Classe II divisões 1ª e 2ª e foram observados alguns dese-quilíbrios verticais com diferenças significativas; o padrão foi hipodivergente para os grupos de oclusão normal e Classe II, divisão 2ª, e neutro para os grupos de Classe I; Classe II, divisão 1ª; e Classe III; a compensação dentoalveolar foi evidente nos grupos de Classe III e de Classe II, divisão 2ª; o grupo de oclusão normal apresentou perfil mais convexo que os padrões america-nos. conclusão: foi possível configurar, de forma geral, algumas características da morfologia facial para alguns tipos de más oclusões. Entretanto, existe a necessidade de avaliar a face individualmente, pois algumas características permeiam entre os diferentes tipos de oclusão.

Resumo

Palavras-chave: Cefalometria. Má oclusão. Crescimento.

* Professor Doutor Adjunto da Disciplina de Odontopediatria III do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). ** Professor Titular do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM). *** Professor Doutor do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM). **** Professora Mestre Assistente da Disciplina de Cirurgia do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). ***** Professor Doutor responsável pela disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA).

intROduçãOÉ sabido que a influência da Ortodontia ame-

ricana, inclusive determinando padrões de norma-

lidade e referências, hoje não é compatível com a população brasileira, principalmente em razão da miscigenação racial característica do povo23.

Como citar este artigo: Pereira JCM, Lederman HM, Yamashita HK, Pereira DQ, Aidar LAA. Estudo comparativo cefalométrico dos padrões dentofaciais de indivíduos portadores de oclusão normal e de más oclusões de Angle. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):62-73.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 72 2011 Sept-Oct;16(5):62-73

Estudo comparativo cefalométrico dos padrões dentofaciais de indivíduos portadores de oclusão normal e de más oclusões de Angle

1. Aidar LAA, Scanavini MA. Estudo comparativo cefalométrico radiográfico dos padrões de crescimento facial em pacientes portadores de oclusão normal e maloclusões de Classe I, Classe II, divisão 1, Classe II, divisão 2 e Classe III de Angle de acordo com Siriwat & Jarabak. Ortodontia. 1989;22(2):31-52.

2. Angle EH. Classification of malocclusion. Dent Cosm. 1899;41(2):248-65.

3. Araujo MCM. Contribuição ao estudo dos desvios ântero-posteriores da mandíbula através das radiografias cefalométricas (nos casos de Classe I e Classe II) [tese]. Piracicaba (SP): Universidade Estadual de Campinas; 1964.

4. Araujo MCM. Contribuição para a análise cefalométrica radiográfica dos critérios de classificação de Angle (nos casos de Classe I e Classe II div 1ª) [tese]. Piracicaba (SP): Universidade Estadual de Campinas; 1967.

RefeRências

Comparative cephalometric study of dentofacial patterns of individuals with normal occlusion and angle malocclusions

abstract

Objective: To determine the dentofacial patterns in patients presenting normal occlusion and Angle malocclusions, evaluating the possible differences in the studied measurements, considering the gender, the differences within each group and the differences among the groups. Methods: The sample comprised 200 lateral cephamometric radio-graphs of young Brazilian subjects, from both genders, with average age between 11 years and 2 months and 19 years and 10 months. The sample was classified according to the type of occlusion into five groups: one group with subjects presenting normal malocclusions, and four groups with subjects presenting Angle malocclusions. Each group was equally divided according to the gender of subjects. Angular and linear measurements were evaluated in this study. Results: For most measurements, males and females did not differ; among the groups, the position of the maxilla did not show a significant difference, mandibular retrognathia was notable in the groups with Class II division 1 and 2, with a few vertical imbalances with significant differences were observed; the pattern was hypodivergent for the groups with normal occlusion and Class II division 1; and neutral for Class I, Class II division 1 and Class III groups; dentoalveolar compensation was evident in Class III and Class II division 2 groups; the normal occlusion group had a more convex profile than American standards. Conclusion: It was possible to generally construct a few characteristics of facial morphology for some types of malocclusion. However, there is the need to individually evaluate each face, as some characteristics prevail among the different occlusion types.

Keywords: Cephalometrics. Malocclusion. Growth.

de más oclusões de Classe II, divisões 1ª e 2ª. No grupo de má oclusão de Classe III, em razão do encurtamento da base anterior do crânio, a ava-liação sagital, por meio dos ângulos SNB e SNA, ficou comprometida, embora o tamanho da ma-xila estivesse diminuído pelas grandezas estuda-das (Co-A e ENA-ENP).

3) As maiores compensações dentárias ocor-reram na Classe III e na Classe II, divisão 2ª.

4) O perfil facial no grupo de má oclusão de Classe II, divisão 1ª, apresentou-se mais convexo e o lábio inferior ultrapassou a linha E de Rickets. O grupo de oclusão normal mostrou perfil mais convexo que os padrões norte-americanos.

5. Locks A, Sakima T, Pinto AS, Ritter DER. Estudo cefalométrico das alturas faciais anterior e posterior, em crianças brasileiras, portadoras de má oclusão Classe I de Angle, na fase de dentadura mista. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2005;10(2):87-95.

6. Bishara SE, Jakobsen JR, Vorhies B, Bayati P. Changes in dentofacial structures in untreated Class II division 1 and normal subjects: A longitudinal study. Angle Orthod. 1997;67(1):55-66.

7. Brezniac N, Arad A, Heller M, Dinbar A, Dinte A, Wasserstein A. Pathognomonic cephalometric characteristics of Angle Class II division 2 malocclusion. Angle Orthod. 2002;72(3):251-7.

8. Capelozza Filho L. Diagnóstico em Ortodontia. 1ª ed. Maringá: Dental Press; 2004.

9. Coben SE. The integration of facial skeletal variants. Am J Orthod. 1955;41(6):407-34.

Pereira JCM, Lederman HM, Yamashita HK, Pereira DQ, Aidar LAA

Dental Press J Orthod 73 2011 Sept-Oct;16(5):62-73

endereço para correspondênciaJúlio César mota PereiraBr 116 km 6 – Campus da UefsCeP: 44.100-000 – feira de santana / Bae-mail: [email protected]

21. Martins DR. Estudo comparativo dos valores cefalométricos das análises de Downs e Tweed, com os de adolescentes brasileiros leucodermas, de origem mediterrânea. Ortodontia. 1981;14:67-78.

22. McNamara JA. Component of Class II malocclusion in children 8-10 years of age. Angle Orthod. 1981;51:177-202.

23. Nobuyasu M, Myahara M, Takahashi T, Atizan A, Maruo H, Rino W, et al. Padrões cefalométricos de Ricketts aplicados a indivíduos brasileiros com oclusão excelente. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2007;12(1):125-56.

24. Pancherz H, Zieber K, Hoyer B. Cephalometric characteristics of Class II division 1 and Class II division 2 malocclusions: A comparative study in children. Angle Orthod. 1997;67(2):111-20.

25. Peck S, Peck L, Kataja M. Class II division 2 malocclusion: A heritable pattern of small teeth in well-developed jaws. Angle Orthod. 1998;68(1):9-20.

26. Reis SAB, Capelozza Filho L, Cardoso MA, Scanavini MA. Características cefalométricas dos indivíduos Padrão I. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2005;10(1):67-78.

27. Ricketts RM, Roth RH, Chaconas SJ, Schulhof RJ, Engel GA. Orthodontic diagnosis and treatment planning. Denver, CO: Rock Mountain Orthodontics; 1982. v. 2.

28. Siriwat PP, Jarabak JR. Malocclusion and facial morphology. Is there a relationship? Angle Orthod. 1985;55:127-38.

29. Suguino R, Ramos AL. Componentes estruturais cefalométricos da Classe III em jovens xantodermas. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 1999;4(4):45-53.

30. Vigorito JW, Mitri G. Avaliação de padrões cefalométricos em pacientes brasileiros, leucodermas, portadores de oclusão normal. Ortodontia. 1982;15:40-51.

10. Dongieux J, Sassouni V. The contribution of mandibular positioned variation to facial esthetics. Angle Orthod. 1980;50(4):334-9.

11. Fields HW, Proffit WR, Nixon WL, Phillips C, Stanek E. Facial pattern differences in long-faced children and adult. Am J Orthod. 1984;85(3):217-23.

12. Hopkin GB, Houston WJ, James GA. The cranial base as an aetiological factor in malocclusion. Angle Orthod. 1968;38(3):250-5.

13. Jacobson A, Evans WG, Preston CB, Sadowsky PL. Mandibular prognathism. Am J Orthod. 1974;66(2):140-71.

14. James GA. Cephalometric analysis of 100 Class II division 1 malocclusion with special reference to the cranial base. Dent Pract Dent Rec. 1963;14(1):35-46.

15. Jarabak JR, Fizzell JA. Aparatologia del arco de canto con alambres delgados: técnica y tratamiento. Buenos Aires: Mundi; 1975. v. 1, p. 129-67.

16. Jones BH, Meredith VH. Vertical change in osseous and odontic portions of human face height between the ages of 5 and 15 years. Am J Orthod. 1966;52:902-21.

17. Kern WJS, Lan Ford BS. The variability of some cranio-facial dimensions. Angle Orthod. 1991;61:205-10.

18. Langlade M, Picaud M. Diagnóstico das displasias de Classe II 2. In: Langlade M. Diagnóstico ortodôntico. 1ª ed. São Paulo: Ed. Santos; 1993. p. 665-87.

19. Wallis SF. Integration of certain variants of facial skeleton in Class II, division 2 malocclusion. Angle Orthod. 1963;33(1):60-7.

20. Martin RA. An analysis of normal cases, and Class II division 1 cases by cephalometric evaluation [abstract]. Am J Orthod. 1958;44(2):147.

Enviado em: 29 de fevereiro de 2008Revisado e aceito: 26 de dezembro de 2009

Dental Press J Orthod 74 2011 Sept-Oct;16(5):74-81

a r t i g o i n é d i t o

efeitos dos fios de nivelamento de níquel-titânio e de aço inoxidável na posição dos incisivos inferioresricardo moresca*, alexandre moro**, gladys Cristina Dominguez***, Julio Wilson vigorito****

Objetivo: estudar os efeitos do nivelamento realizado com fios de NiTi termoativado e de aço inoxidável, avaliando-se as possíveis alterações na posição dos incisivos inferiores, em casos com extrações, correlacionando com o tempo de tratamento. métodos: a amostra foi composta de 36 indivíduos, de ambos os sexos, leucodermas brasileiros, com idade média inicial de 15 anos e 5 meses, portadores de más oclusões de Classes I e II, distribuídos em dois grupos. No Grupo 1 (n=17), o nivelamento foi realizado com a sequência 1, utilizan-do-se três fios — 0,016” e 0,019”x0,025” de NiTi termoativado, e 0,019”x0,025” de aço inoxidável. No Grupo 2 (n=19), foi testada a sequência 2, na qual foram utilizados apenas fios de aço inoxidável (0,014”; 0,016”; 0,018”; 0,020” e 0,019”x0,025” com torque passivo nos incisivos inferiores). Os dados foram coletados utilizando-se o método cefalométrico computadorizado e comparados pelo teste t de Student com o nível de significância de 5%. Resultados: no Grupo 1, os incisivos inferiores inclinaram-se para lingual, com movimento significativo apenas da coroa (1,6mm). No Grupo 2, os incisivos inferiores permaneceram estáveis. Não houve alteração vertical em nenhum dos grupos. conclusões: a sequência 2 proporcionou um melhor controle dos incisivos inferiores, não alterando suas posições ini-ciais, enquanto a sequência 1 permitiu a expressão do torque da prescrição utilizada, levan-do a uma inclinação lingual desses dentes. O tempo de tratamento foi menor utilizando-se a sequência 1. As variações biomecânicas estudadas apresentaram vantagens e desvantagens que devem ser conhecidas e ponderadas pelo ortodontista no planejamento do caso.

Resumo

Palavras-chave: Nivelamento. Fios ortodônticos. Biomecânica.

* Doutor em Ortodontia pela FO-USP. Professor Adjunto da UFPR, graduação e pós-graduação em Ortodontia. Professor Titular do Programa de Mestrado em Odontologia Clínica da Universidade Positivo.

** Doutor em Ortodontia pela FOB-USP. Professor Associado da UFPR, graduação e pós-graduação em Ortodontia. Professor Titular do Programa de Mes-trado em Odontologia Clínica da Universidade Positivo.

*** Doutora em Ortodontia pela FO-USP. Professora Associada da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da FO-USP. **** Doutor em Ortodontia pela FO-USP. Professor Titular da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da FO-USP.

Como citar este artigo: Moresca R, Moro A, Dominguez GC, Vigorito JW. Efeitos dos fios de nivelamento de níquel-titânio e de aço inoxidável na posi-ção dos incisivos inferiores. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):74-81.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Moresca R, Moro A, Dominguez GC, Vigorito JW

Dental Press J Orthod 81 2011 Sept-Oct;16(5):74-81

endereço para correspondênciaricardo morescaav. Cândido de abreu, 526, sala 1310-aCeP: 80.530-905 - Centro Cívico - Curitiba / Pre-mail: [email protected]

1. Badran SA, Orr FJ, Stevenson M, Burden DJ. Photo-elastic stress analysis of initial alignment archwires. Eur J Orthod. 2003;25(2):117-25.

2. Burstone CJ, Qin B, Morton JY. Chinese NiTi wire: A new orthodontic alloy. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1985;87(6):445-52.

3. Evans TJW, Jones ML, Newcombe RG. Clinical comparison and performance perspective of three aligning arch wires. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1998;114(1):32-9.

4. Garcia CNF. Estudo das alterações ortodônticas/ortopédicas ocorridas no padrão dento-esquelético-facial em pacientes Classe II, divisão 1ª, tratados pela técnica do arco de canto e o AEB, com e sem extrações de premolares [dissertação]. São Bernardo do Campo (SP): Instituto Metodista de Ensino Superior; 1997.

5. Garrec P, Tavernier B, Jordan L. Evolution of flexural rigidity according the cross-sectional dimension of a superelastic nickel titanium orthodontic wire. Eur J Orthod. 2005;27:402-7.

6. Gurgel JA, Kerr S, Powers JM, LeCrone V. Force-deflection properties of superelastic nicke-titanium archwires. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;120(4):378-82.

7. Hemingway RL, Williams RL, Hunt JA, Rudge SJ. The influence of bracket type on the force delivery of Ni-Ti archwires. Eur J Orthod. 2001;23(3):233-41.

8. Houston WJB. The analysis of errors in orthodontic measurements. Am J Orthod. 1983;83(5):382-90.

9. Interlandi S. Ortodontia: mecânica do arco de canto, introdução à técnica. São Paulo: Sarvier; 1986.

10. Mandall N, Lowe C, Worthington H, Sandler J, Derwent S, Abdi-Oskouei M, et al. Which orthodontic archwire sequence? A randomized clinical trial. Eur J Orthod. 2006;28(6):561-6.

11. McLaughlin RP, Bennett JC, Trevisi HJ. Mecânica sistematizada de tratamento ortodôntico. São Paulo: Artes Médicas; 2002.

12. Mitchell DL, Stewart WL. Documented leveling of the lower arch using metallic implants for reference. Am J Orthod. 1973;63(5):526-32.

RefeRências

13. Nakano H, Satoh K, Norris R, Jin T, Kamegai T, Ishikawa F, et al. Mechanical properties of several nickel-titanium alloy wires in three-point bending tests. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1999;115(4):390-94.

14. Ongkosuwito EM, Katsaros C, van’t Hof MA, Bodegom JC, Kuijpers-Jagtman MA, et al. The reproducibility of cephalometric measurements: a comparison of analogue and digital methods. Eur J Orthod. 2002;24(6):655-65.

15. Parvizi F, Rock WP. The load/deflection characteristics of thermally activated orthodontic archwires. Eur J Orthod. 2003;25(4):417-21.

16. Proffit WR, Fields HW Jr. Ortodontia contemporânea. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 1995.

17. Sakima TS, Dalstra M, Melsen B. How does temperature influence the properties of rectangular nickel-titanium wires? Eur J Orthod. 2005;28(3):282-91.

18. Trpkova B, Major P, Prasad N, Nebbe B. Cephalometrics landmarks identification and reproducibility: a meta analysis. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1997;112(2):165-70.

19. Usmani T, O’Brien KD, Worthington HV, Derwent S, Fox D, Harrison S, et al. A randomized trial to compare the effectiveness of canine lacebacks with reference to canine tip. J Orthod. 2002;29(4):281-6.

20. Vigorito JW. Ortodontia clínica preventiva. 2ª ed. São Paulo: Artes Médicas; 1986.

effects of nickel-titanium and stainless steel leveling wires on the position of mandibular incisors

abstract

Objective: To study the effects of the leveling phase performed with heat activated NiTi and stainless steel archwires evaluating the possible changes in lower incisors position in extraction cases, as well as its correlation with treatment time. Methods: The sample comprised 36 white Brazilians subjects, male and female, mean age of 15 years and 5 months, with Angle Class I and II malocclusion, arranged in two groups. In Group 1 (n=17), the leveling phase was performed with se-quence 1, using three archwires (NiTi heat activated 0.016” and 0.019”x0.025” and stainless steel 0.019”x0.025”). In Group 2 (n=19), sequence 2 was tested, in which only stainless steel archwires were used (0.014”, 0.016”, 0.018”, 0.020” and 0.019”x0.025” with passive torque in lower incisors). The data were collected using the computerized cephalometry and were compared by Student’s t test at significance level of 5%. Results: In Group 1, lower incisors tipped lingually and only the crown presented a lingual movement that was statistically significant (1.6mm). In Group 2, the lower incisors remained unchanged. There was no vertical change in either groups. Conclusions: Sequence 2 showed better control of the lower incisors and no changes in their position were observed whereas sequence 1 allowed torque expression of brackets pre-scription with lingual tip of these teeth. Treatment time was shorter using sequence 1. Both biomechanical variations stud-ied showed advantages and disadvantages that should be known and evaluated by the orthodontist during case planning.

Keywords: Leveling. Archwires. Biomechanics.

Enviado em: 29 de julho de 2008Revisado e aceito: 24 de novembro de 2008

Dental Press J Orthod 82 2011 Sept-Oct;16(5):82-8

Camila gornic*, Paula Paiva do nascimento**, Camilo aquino melgaço***, antonio Carlos de o. ruellas****, Paulo José D’albuquerque medeiros*****, eduardo franzotti sant’anna******

a r t i g o i n é d i t o

análise cefalométrica das vias aéreas superiores de pacientes Classe iii submetidos a tratamento ortocirúrgico

Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar as alterações causadas por cirurgia ortognática de re-cuo mandibular associada ou não à cirurgia maxilar combinada nas vias aéreas superiores (VAS). métodos: foram avaliadas radiografias cefalométricas de perfil pré-cirúrgicas e pós-cirúrgicas imediatas de 17 pacientes com Classe III. Foram realizadas medições do diâmetro do espaço aéreo (EA) no plano sagital, nas regiões correspondentes à hipofaringe e à orofaringe; também foram registradas as alterações na posição do osso hioide. Utilizou-se o teste t pareado e o co-eficiente Pearson, buscando possíveis associações entre as alterações esqueléticas e as ocorridas no EA. Resultados: observou-se redução significativa do EA na região da hipofaringe (média de 3,10mm, p=0,024). O osso hioide sofreu deslocamento inferior e posterior, além de diminuição da distância entre o mesmo e a região anterior da mandíbula. Não foi possível correlacionar, quan-titativamente, a redução anteroposterior do EA com o recuo mandibular. Entretanto, observou-se correlação forte entre o diâmetro inicial do EA e a quantidade de redução observada ao nível da hipofaringe, e moderada em relação à orofaringe. conclusões: o recuo mandibular pode causar estreitamento significativo das VAS, principalmente na porção mais inferior (hipofaringe). Por-tanto, deve-se atentar para sua avaliação durante o plano de tratamento ortocirúrgico, já que não foram descartados possíveis efeitos deletérios dessas alterações nas funções do indivíduo.

Resumo

Palavras-chave: Cirurgia ortognática. Recuo mandibular. Vias aéreas. Orofaringe. Hipofaringe.

* Graduada pela Faculdade de Odontologia da UFRJ. ** Aluna de Mestrado do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFRJ. *** Mestre em Ortodontia pela UFRJ. Aluno de Doutorado do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFRJ. **** Professor associado do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFRJ. ***** Doutorado em Odontologia pela UFRJ. Professor Titular de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. ****** Doutor em Ortodontia pela UFRJ. Professor Adjunto do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFRJ.

intROduçãOA via aérea superior consiste em um tubo que

se estende desde as narinas até a laringe (glote), e tem a faringe como seu componente predominante.

Essa estrutura pode ser didaticamente dividida em: nasofaringe (mais superior, relacionada às coanas), velofaringe (região posterior à úvula), orofaringe (base da língua) e hipofaringe (região mais inferior,

Como citar este artigo: Gornic C, Nascimento PP, Melgaço CA, Ruellas ACO, Medeiros PJD, Sant’Anna EF. Análise cefalométrica das vias aéreas su-periores de pacientes Classe III submetidos a tratamento ortocirúrgico. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):82-8.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 88 2011 Sept-Oct;16(5):82-8

Análise cefalométrica das vias aéreas superiores de pacientes Classe III submetidos a tratamento ortocirúrgico

Cephalometric analysis of the upper airways of Class iii patients subjected to orthosurgical treatment

abstract

Objective: The purpose of this study is to evaluate the alterations caused by mandibular setback surgery combined or not with maxillary surgery in the upper airways. Methods: Preoperative and immediate postoperative lateral cepha-lometric radiographs of 17 Class III patients were evaluated. Measurements of the diameter of air space (AS) in the sagittal plane were performed in regions corresponding to the hypopharynx and oropharynx; changes in the position of the hyoid bone were also registered. The paired t test and Pearson coefficient were used to provide possible asso-ciations between skeletal changes and those occurred in the AS. Results: There was a statistically significant reduction of AS in the hypopharynx region (average of 3.10 mm, p = 0.024). The hyoid bone moved backward and downward after the surgery, and the distance between this bone and the anterior region of mandible decreased. It was not pos-sible to correlate, quantitatively, the anteroposterior reduction of the AS after the mandibular setback. However, there was a strong correlation between the initial diameter of AS and the amount of reduction seen at the hypopharynx; this correlation was found to be moderate at the oropharynx level. Conclusions: The mandibular setback surgery can cause significant narrowing of the upper airways, especially in hypopharynx region. Therefore, it is important to evalu-ate this structure during treatment planning of combined orthodontic and surgical cases. Possible deleterious effects of these changes on individuals’ functions were not yet discarded.

Keywords: Orthognathic surgery. Mandibular setback. Airways. Oropharynx. Hypopharynx.

endereço para correspondênciaeduardo franzotti sant’annaav. Brigadeiro trompowsky, s/nCeP: 21.949-900 - ilha do fundão, rio de Janeiro / rJe-mail: [email protected]

1. Chen F, Terada K, Hua Y, Saito I. Effects of bimaxillary surgery and mandibular setback surgery on pharyngeal airway measurements in patients with Class III skeletal deformities. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2007;131(3):372-7.

2. Eggensperger N, Smolka K, Johner A, Rahal A, Thüer U, Iizuka T. Long-term changes of hyoid bone and pharyngeal airway size following advancement of the mandible. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2005;99(4):404-10.

3. Frohberg U, Naples RJ, Jones DL. Cephalometric comparison of characteristics in chronically snoring patients with and without sleep apnea syndrome. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 1995;80(1):28-33.

4. Gu GM, Gu G, Nagata J, Suto M, Anraku Y, Nakamura K, et al. Hyoid position, pharyngeal airway and head posture in relation to relapse after the mandibular setback in skeletal Class III. Clin Orthod Res. 2000;3(3);67-77.

5. Hochban W, Schürmann R, Brandenburg U. Mandibular setback for surgical correction of mandibular hyperplasia - does it provoke sleep-related breathing disorders? Int J Oral Maxillofac Surg. 1996;25(5):333-8.

6. Jacobson A. Airway changes after orthognathic surgery as assessed by cone-beam computed tomography [abstract]. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2007;132(5):712.

7. Kawamata A, Fujishita M, Ariji Y, Ariji E. Three-dimensional computed tomographic evaluation of morphologic airway changes after mandibular setback osteotomy for prognathism. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2000;89(3):278-87.

8. Liukkonen M, Vähätalo K, Peltomäki T, Tiekso J, Happonen RP. Effect of mandibular setback surgery on the posterior airway size. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg. 2002;17(1):41-6.

9. Lowe AA, Fleetham JA, Adachi S, Ryan CF. Cephalometric and computed tomographic predictors of obstructive sleep apnea severity. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1995;107(6):589-95.

RefeRências

10. Meisami T, Musa M, Keller MA, Cooper R, Clokie CM, Sàndor GK. Magnetic resonance imaging assessment of airway status after orthognathic surgery. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2007;103(4):458-63. Epub 2006 Oct 27.

11. Rajagopal MR, Jerry P. Applied anatomy and physiology of the airway and breathing. Indian J Anaesth. 2005;49(4):251-6.

12. Samman N, Tang SS, Xia J. Cephalometric study of the upper airway in surgically corrected Class III skeletal deformity. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg. 2002;17(3):180-90.

13. Saitoh K. Long-term changes in pharyngeal airway morphology after mandibular setback surgery. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004;125(5):556-61.

14. Silverstein K, Costello BJ, Giannakpoulos H, Hendler B. Genioglossus muscle attachments: an anatomic analysis and the implications for genioglossus advancement. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2000;90(6):686-8.

15. Tselnik M, Pogrel A. Assessment of the pharyngeal airway space after mandibular setback surgery. J Oral Maxillofac Surg. 2000;58(3):282-5.

Enviado em: 20 de agosto de 2008Revisado e aceito: 2 de março de 2009

Dental Press J Orthod 89 2011 Sept-Oct;16(5):89-97

a r t i g o i n é d i t o

Distribuição de tensões em modelo fotoelástico decorrente da intrusão dos incisivos inferiores por meio do arco base de ricketts

Cristiane aparecida de assis Claro*, Jorge abrão**, sílvia augusta Braga reis***, Dalva Cruz laganá****

Objetivo: o presente estudo analisou a distribuição de tensões, em modelo fotoelástico, gerada por arco base de intrusão de incisivos inferiores. Compararam-se as tensões entre os terços ra-diculares de cada incisivo e, ainda, verificou-se a existência de diferenças de concentrações de tensões entre incisivos. métodos: foram confeccionados 15 arcos base de intrusão e a força de ativação foi mensurada em 50gf na região da linha média. O modelo fotoelástico foi observado em polariscópio circular, na configuração de campo escuro, e fotografado. As fotografias frontais foram analisadas e as ordens de franjas em cada região registradas. A análise de Kappa ponderado identificou a repetibilidade do método. A comparação entre as tensões foi realizada pelo teste de Kruskal-Wallis complementado com teste de Dunn com nível alfa de 5%. Resultados e con-clusões: os resultados identificaram que as maiores magnitudes de tensões foram observadas nas regiões cervicais. Ao se comparar as ordens de franjas entre os dentes, as maiores magnitudes de tensões foram observadas nos incisivos centrais. Portanto, a região cervical pode estar mais sujeita a reabsorções, assim como os incisivos centrais, por concentrarem maiores tensões.

Resumo

Palavras-chave: Fotoelasticidade. Intrusão. Biomecânica. Reabsorção radicular.

* Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Professora Assistente Doutora da disciplina de Ortodontia do Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté.

** Professor Livre Docente da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. *** Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Mestre em Ortodontia pela Universidade Metodista de São Paulo. **** Professora Titular da Disciplina de Prótese Parcial Removível da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

intROduçãOO arco utilidade, ou arco base, tem sido des-

crito como recurso para promover intrusão dos incisivos na correção da sobremordida, principal-mente na técnica Bioprogressiva17,21. A efetividade do referido arco na obtenção de intrusão real dos incisivos foi confirmada1,18, entretanto há relatos de que a intrusão é apenas um fator contribuinte,

dentre outros, como a vestibularização dos incisi-vos e a extrusão dos molares, durante a correção da sobremordida com arco base de Ricketts12.

O arco base, geralmente, é construído em liga de cromo-cobalto (Elgiloy®), na têmpera azul, a qual possui propriedades similares às do aço, apre-sentando, entretanto, maior formabilidade. Sua composição é de 40% de cobalto, 20% de cromo,

Como citar este artigo: Claro CAA, Abrão J, Reis SAB, Laganá DC. Distri-buição de tensões em modelo fotoelástico decorrente da intrusão dos inci-sivos inferiores por meio do arco base de Ricketts. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):89-97.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Claro CAA, Abrão J, Reis SAB, Laganá DC

Dental Press J Orthod 97 2011 Sept-Oct;16(5):89-97

endereço para correspondênciaCristiane aparecida de assis Claroav tiradentes, 477, apto 34, CentroCeP: 12.030-180 – taubaté / sPe-mail: [email protected]

1. Amasyali M, Sagdiç D, Olmez H, Akin E, Karaçay S. Intrusive effects of the Connecticut intrusion arch and the utility intrusion arch. Turkish J Medical Sci. 2005;35(6):407-15.

2. Badran SA, Orr JF, Stevenson M, Burden DJ. Photo-elastic stress analysis of initial alignment archwires. Eur J Orthod. 2003;25(2):117-25.

3. Brito AD, Isaacson RJ. Como agem os aparelhos ortodônticos. In: Bishara SE. Ortodontia. 2ª ed. São Paulo: Ed. Santos; 2004. p. 208-31.

4. Burstone CJ. Deep overbite correction by intrusion. Am J Orthod. 1977;72(1):1-22.

5. Burstone CJ. Biomechanics of deep overbite correction. Semin Orthod. 2001;7(1):26-33.

6. Campos A Júnior, Passanezi E, Nahás D, Chiapinotto GA, Lopes ES. A fotoelasticidade em Odontologia: influência da base apical de sustentação. Rev Odontol Univ São Paulo. 1989;3(4):470-5.

7. Clifford PM, Orr JF, Burden DJ. The effects of increasing the reverse curve of Spee in a lower archwire examined using a dynamic photo-elastic gelatine model. Eur J Orthod. 1999;21(3):213-22.

8. Consolaro A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. 2ª ed. Maringá: Dental Press; 2005. p. 353-401.

9. Dake ML, Sinclair PM. A comparison of the Ricketts and tweed-type arch leveling techniques. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1989;95(1):72-8.

10. Fantini SM. Características estáticas e dinâmicas da oclusão ideal. In: Interlandi S. Ortodontia: bases para a Iniciação. 4ª ed. São Paulo: Artes Médicas; 1999. p. 149-200.

11. Geramy A. Initial stress produced in the periodontal membrane by orthodontic loads in the presence of varying loss of alveolar bone: a three-dimensional finite element analysis. Eur J Orthod. 2002;24(1):21-33.

RefeRências

12. Greig DGM. Bioprogressive therapy: overbite reduction with the lower utility arch. Br J Orthod. 1983;10:214-6.

13. Gurgel JA, Ramos AL, Kerr SD. Fios ortodônticos. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2001;6(4):103-14.

14. Hayashi RK, Chaconas SJ, Caputo AA. Effects of force direction on supporting bone during tooth movement. J Am Dent Assoc. 1975;90(5):1012-7.

15. Kapila S, Sachdeva R. Mechanical properties and clinical applications of orthodontic wires. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1989;96(2):100-19.

16. Langlade M. Terapêutica ortodôntica. 1ª ed. São Paulo: Ed. Santos; 1993. p. 122-46.

17. McNamara JA, Brudon WL. Orthodontics and dentofacial Orthopedics. Ann Arbor: Needham; 2001.

18. Melsen B, Agerbaek N, Markenstam G. Intrusion of incisors in adult patients with marginal bone loss. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1989;96(3):232-41.

19. Mota LM. Estudo fotoelástico da intrusão de dentes anteriores na técnica do arco segmentado [dissertação]. Campinas (SP): Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic; 2005.

20. Oyama K, Motoyoshi M, Hirabayashi M, Hosoi K, Shimizu N. Effects of root morphology on stress distribution at the root apex. Eur J Orthod. 2007;29(2):113-7.

21. Ricketts R. Bioprogressive therapy as an answer to orthodontic needs. Part II. Am J Orthod. 1976;70(4):241-68.

22. Reitan K, Rygh P. Princípios e reações biomecânicas. In: Graber TM, Vanarsdall RL Jr. Ortodontia: princípios e técnicas atuais. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996. p. 88-174.

23. Wilson AN, Middleton J, Jones ML, McGuinness NJ. The finite element analysis of stress in the periodontal ligament when subject to vertical orthodontic forces. Br J Orthod. 1994;21(2):161-7.

Enviado em: 7 de maio de 2008Revisado e aceito: 22 de agosto de 2009

Dental Press J Orthod 98 2011 Sept-Oct;16(5):98-103

monica tirre de souza araujo*, adriana de alcantara Cury-saramago**, andréa fonseca Jardim da motta**

a r t i g o i n é d i t o

guias clínicos e radiográficos utilizados para a predição do surto de crescimento puberal

Objetivo: o objetivo desse artigo é chamar a atenção para a organização das informações dispo-níveis nos exames e durante o tratamento ortodôntico de indivíduos em crescimento, as quais servem como guias para a predição do estágio do surto de crescimento puberal. conclusão: tais informações fornecem oportunidades de acréscimos no diagnóstico e prognóstico dos casos e na tomada de decisões do planejamento, evolução do tratamento e da fase de contenção, principal-mente daqueles pacientes que apresentam más oclusões associadas a desarmonias esqueléticas.

Resumo

Palavras-chave: Crescimento. Predição. Diagnóstico. Prognóstico. Más oclusões.

* Chefe do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da UFRJ. ** Doutora em Ortodontia (UFRJ). Professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense.

intROduçãOA utilização de guias clínicos e radiográficos,

na tentativa de predizer o nível da maturação es-quelética em que se encontram os pacientes, cons-titui rotina para os profissionais da área de saúde que examinam os indivíduos de forma integrada. Pode-se, assim, avaliar a condição do surto de cres-cimento puberal, ou adolescente, ser iminente, presente ou completo4,28.

A importância desse conhecimento torna-se presente quando da indicação de pacientes para tratamento ortodôntico, principalmente porque a fase do surto de crescimento puberal pode bene-ficiar o tratamento de determinadas más oclusões associadas a desarmonias esqueléticas17.

No entanto, a identificação desse período em cada indivíduo é complicada, pois o surto de cresci-mento puberal ocorre em diferentes idades cronoló-gicas18. A predição do surto de crescimento puberal,

com ao menos um ano de antecedência pode ser fundamental quando se deseja tirar proveito do mesmo durante o tratamento ortodôntico17,20,24.

A aplicação clínica direta dessa predição, quando realizada antes do tratamento ortodôn-tico, complementa o diagnóstico, planejamento e prognóstico ortodônticos2,23, sobretudo porque os incrementos de crescimento estão maximizados nessa fase2. Portanto, em casos específicos, a quan-tidade de movimentação dentária requerida tende a diminuir e o crescimento poderá ser um aliado; enquanto em outras condições clínicas a movi-mentação dentária terá papel preponderante no resultado do tratamento20, e o crescimento deverá ser controlado ou até redirecionado, dependendo do padrão favorável ou desfavorável24.

O período do surto de crescimento puberal ocorre em todos os indivíduos; contudo, existem di-ferenças particulares relacionadas ao início, duração,

Como citar este artigo: Araujo MTS, Cury-Saramago AA, Motta AFJ. Guias clínicos e radiográficos utilizados para a predição do surto de crescimento puberal. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):98-103.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Araujo MTS, Cury-Saramago AA, Motta AFJ

Dental Press J Orthod 103 2011 Sept-Oct;16(5):98-103

endereço para correspondênciamonica tirre de souza araujoCidade Universitária – ilha do fundãoCeP: 21.941-590 – rio de Janeiro/rJe-mail: [email protected]

1. Bergersen EO. The male adolescent facial growth spurt: its prediction and relation to skeletal maturation. Angle Orthod. 1972;42(4):319-38.

2. Burtone CJ. Process of maturation and growth prediction. Am J Orthod. 1963;49:907-19.

3. Chapman SM. Ossification of the adductor sesamoid and the adolescent growth spurt. Angle Orthod. 1972;42(3):236-44.

4. Chertkow S. Tooth mineralization as an indicator of the pubertal growth spurt. Am J Orthod. 1980;77(1):79-91.

5. Coutinho S, Buschang PH, Miranda F. Relationships between mandibular canine calcification stages and skeletal maturity. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1993;104(3):262-8.

6. Demirjian A, Goldstein H, Tanner JM. A new system of dental age assessment. Hum Biol. 1973;45(2):211-27.

7. Demirjian A, Buschang PH, Tanguay R, Patterson DK. Interrelationships among measures of somatic, skeletal, dental, and sexual maturity. Am J Orthod. 1985;88(5):433-8.

8. Eklöf O, Ringertz HA. A method for assessment of skeletal maturity. Ann Radiol. 1967;10:330-6.

9. Fishman LS. Maturational patterns and prediction during adolescence. Angle Orthod. 1987;57(3):178-93.

10. Flores-Mir C, Nebbe B, Major PW. Use of skeletal maturation based on hand-wrist radiographic analysis as a predictor of facial growth: a systematic review. Angle Orthod. 2004;74(1):118-24.

11. Garn SM, Rohmann CG, Silverman FN. Radiographic standards for postnatal ossification and tooth calcification. Med Radiogr Photogr. 1967;43(2):45-66.

12. Girgis RFA. A maturational comparison of racial groups during adolescence. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1994;105(6):617.

13. Goto S, Kondo T, Negoro T, Boyd RL, Nielsen IL, Lizuka T. Ossification of the distal phalanx of the first digit as a maturity indicator for initiation of orthodontic treatment of Class III malocclusion in Japanese women. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1996;110(5):490-501.

14. Greulich WW, Pyle SI. Radiographic atlas of skeletal development of the hand and wrist. Standford: Stanford University Press; 1970.

15. Hagg U, Taranger J. Maturation indicators and the pubertal growth spurt. Am J Orthod. 1982;82(4):299-309.

16. Haiter-Neto F, Kurita LM, Menezes AV, Casanova MS. Skeletal age assessment: a comparison of 3 methods. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;130(4):435.e15-20.

17. Houston WJ, Miller JC, Tanner JM. Prediction of the timing of the adolescent growth spurt from ossification events in hand-wrist films. Br J Orthod. 1979;6(3):145-52.

18. Hunter WS, Baumrind S, Popovich F, Jorgensen G. Forecasting the timing of peak mandibular growth in males by using skeletal age. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2007;131(3):327-33.

19. Mito T, Sato K, Mitani H. Cervical vertebral bone age in girls. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;122(4):380-5.

RefeRências

20. Mucha JN. As limitações do tratamento ortodôntico não cirúrgico. In: Medeiros PJDA, Medeiros PPD, editores. Cirurgia ortognática para o ortodontista. São Paulo: Ed. Santos; 2004. v. 1, p. 29-56.

21. Nolla CM. The development of permanent teeth. J Dent Child. 1960;27:254-66.

22. Pollard LE, Mamandras AH. Male postpubertal facial growth in Class II malocclusions. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1995;108(1):62-8.

23. Ruf S, Pancherz H. Frontal sinus development as an indicator for somatic maturity at puberty? Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1996;110(5):476-82.

24. Sadowsky PL. Introduction. Semin Orthod. 2005;11(3):111.25. Sato K, Mito T, Mitani H. An accurate method of predicting

mandibular growth potential based on bone maturity. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;120(3):286-93.

26. Shumaker DB. A comparison of chronologic age and physiologic age as predictors of tooth eruption. Am J Orthod. 1974;66(1):50-7.

27. Sierra AM. Assessment of dental and skeletal maturity. A new approach. Angle Orthod. 1987;57(3):194-208.

28. Silva GCH. Avaliação do surto de crescimento puberal através do exame clínico (radiográfico) dos estágios de calcificação do segundo pré-molar inferior [tese]. Rio de Janeiro (RJ): Universidade Federal do Rio de Janeiro; 1992.

29. Silveira AM, Fishman LS, Subtelny JD, Kassebaum DK. Facial growth during adolescence in early, average and late maturers. Angle Orthod. 1992;62(3):185-90.

30. Tibério S, Vigorito JW. O estudo da maturação esquelética de crianças brasileiras de 08 a 15 anos, em referência à ossificação dos ossos psiforme, ganchoso, falanges média e proximal dos dedos 2 e 3. Ortodontia. 1989;22(2):4-19.

Clinical and radiographic guidelines to predict pubertal growth spurt

abstract

Objective: The aim of this paper is to draw attention to the organization of information available on exams and during orth-odontic treatment in growing patients, which serve as guides for predicting the stage of pubertal growth spurt. Conclusion: these data provide opportunities for increments in diagnosis and prognosis of cases and decisions in the planning, evolu-tion of treatment and contention phase, especially those patients with malocclusion associated with skeletal disharmonies.

Keywords: Growth. Prediction. Diagnostic. Prognostic. Malocclusion.

Enviado em: 11 de setembro de 2008Revisado e aceito: 22 de outubro de 2008

Dental Press J Orthod 104 2011 Sept-Oct;16(5):104-10

edivaldo de morais*, fábio lourenço romano**, lourenço Correr sobrinho***, américo Bortolazzo Correr****, maria Beatriz Borges de araújo magnani*****

a r t i g o i n é d i t o

resistência ao cisalhamento da colagem com compósitos utilizando potencializador de adesão

Objetivo: avaliar a resistência ao cisalhamento dos compósitos Transbond XT e Concise Ortodôn-tico utilizando o potencializador de adesão Ortho Primer. métodos: a amostra consistiu de 90 incisivos bovinos divididos em seis grupos (n=15). Todos os dentes receberam profilaxia com pedra--pomes e condicionamento do esmalte com ácido fosfórico. No Grupo I, utilizou-se Transbond XT de maneira convencional. O Grupo II foi semelhante ao I, porém, aplicou-se o Ortho Primer ao invés do XT Primer. No Grupo III, após condicionamento, o esmalte foi contaminado com saliva, aplicou-se o Ortho Primer e colagem com Transbond XT. No Grupo IV, utilizou-se o Concise Orto-dôntico de maneira convencional. O Grupo V foi semelhante ao IV, porém, utilizou-se o Ortho Pri-mer ao invés da resina fluida. No Grupo VI, após condicionamento, o esmalte foi contaminado com saliva, aplicou-se o Ortho Primer e colagem com Concise. Os corpos de prova foram armazenados em água destilada em estufa a 37ºC por 24h e submetidos ao ensaio de resistência ao cisalhamento. Os dados foram submetidos à ANOVA e ao teste de Tukey (5%). Resultados: a resistência da cola-gem no Grupo IV foi estatisticamente superior à dos Grupos II, III e VI (p<0,05). Entre os Grupos I, IV e V; e entre os Grupos I, II, III e VI não foram encontradas diferenças estatísticas significativas (p>0,05). O Transbond XT e o Concise utilizados convencionalmente obtiveram os maiores valores adesivos. O Ortho Primer em esmalte seco atuou efetivamente como agente de união dos compó-sitos avaliados. Em esmalte contaminado, a colagem com Concise obteve baixa resistência adesiva.

Resumo

Palavras-chave: Braquetes ortodônticos. Resistência ao cisalhamento. Ortodontia.

* Especialista em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. ** Professor Doutor do Departamento de Clínica Infantil, Odontologia Preventiva e Social, área de Ortodontia, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão

Preto, Universidade de São Paulo - USP. *** Professor titular da área de Materiais da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. **** Doutor em Materiais Dentários pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. ***** Professora Doutora da área de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.

intROduçãODurante muitos anos o tratamento ortodôntico

foi realizado com a confecção de bandas ortodônti-cas em todos os dentes. Esse procedimento era tra-balhoso, promovia grande desconforto ao paciente,

dificultava a higienização, apresentava estética des-favorável e espaços remanescentes entre os dentes após a retirada do aparelho ortodôntico3,30.

A mudança do procedimento de bandagem pelo uso de acessórios colados diretamente ao

Como citar este artigo: Morais E, Romano FL, Correr Sobrinho L, Correr AB, Magnani MBBA. Resistência ao cisalhamento da colagem com compósi-tos utilizando potencializador de adesão. Dental Press J Orthod. 2011 Sept--Oct;16(5):104-10.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 110 2011 Sept-Oct;16(5):104-10

Resistência ao cisalhamento da colagem com compósitos utilizando potencializador de adesão

endereço para correspondênciafábio lourenço romano av. engenheiro José Hebert faleiros, 600 casa 78CeP: 14.098-780 – ribeirão Preto/sPe-mail: [email protected]

1. Aasrum E, Ng’ang’a PM, Dahm S, Ogaard B. Tensile bond strength of orthodontic brackets bonded with a fluoride-releasing light-curing adhesive. An in vitro comparative study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1993;104(1):48-50.

2. Arnold RW, Combe EC, Warford JH Jr. Bonding of stainless steel brackets to enamel with a new self-etching primer. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;122(3):274-6.

3. Bishara SE, Khowassah MA, Oesterle LJ. Effect of humidity and temperature changes on orthodontic direct-bonding adhesive systems. J Dent Res. 1975;54(4):751-8.

4. Bishara SE, Olsen ME, Damon P, Jakobsen JR. Evaluation of a new light-cured orthodontic bonding adhesive. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1998;114(1):80-7.

5. Bishara SE, Gordan VV, VonWald L, Jakobsen JR. Shear bond strength of composite, glass ionomer, and acidic primer adhesive systems. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1999;115(1):24-8.

6. Bishara SE, VonWald L, Laffoon JF, Warren JJ. Effect of a self-etch primer/adhesive on the shear bond strength of orthodontic brackets. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;119(6):621-4.

7. Bishara SE, Laffoon JF, Vonwald L, Warren JJ. The effect of repeated bonding on the shear bond strength of different orthodontic adhesives. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;121(5):521-5.

8. Buonocore MG. A simple method of increasing the adhesion of acrylic filling materials to enamel surfaces. J Dent Res. 1955;34(6):849-53.

9. Buyukyilmaz T, Usumez S, Karaman AI. Effect of self-etching primers on bond strength: are they reliable? Angle Orthod. 2003;73(1):64-70.

10. Cacciafesta V, Sfondrini MF, De Angelis M, Scribante A, Klersy C. Effect of water and saliva contamination on shear bond strength of brackets bonded with conventional, hydrophilic, and self-etching primers. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;123(6):633-40.

11. Caputo MC, Nouer PRA, Arsati YBOL, Almeida RC, Almeida MHZ. Avaliação in vitro da resistência ao cisalhamento na colagem de bráquetes com adesivos resinosos e um potencializador de adesão. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2004;9(2 Supl):45-56.

12. Crane MD. Effect of moisture contamination on bracket bond strength of hydrophilic bond materials [abstract 3237]. J Dent Res. 2000;548.

13. David VA, Staley RN, Bigelow HF, Jakobsen JR. Remnant amount and cleanup for 3 adhesives after debracketing. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;121(3):291-6.

14. Domingues-Rodrigues GC, Carvalho PAL, Horliana RF, Bonfim RA, Vigorito JW. Avaliação “in vitro” da resistência à tração de braquetes metálicos colados com o novo sistema adesivo “Self etching primer” (SEP). Ortodontia. 2002;35(2):28-34.

15. Grandhi RK, Combe EC, Speidel TM. Shear bond strength of stainless steel orthodontic brackets with a moisture-insensitive primer. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;119(3):251-5.

RefeRências

16. Kula KS, Nash TD, Purk JH. Shear-peel bond strength of orthodontic primers in wet conditions. Orthod Craniofacial Res. 2003;6(2):96-100.

17. Meehan MP, Foley TF, Mamandras AH. A comparison of the shear bond strengths of two glass ionomer cements. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1999;115(2):125-32.

18. Miller RA. Laboratory and clinical evaluation of a self-etching primer. J Clin Orthod. 2001;35(1):42-5.

19. Newman G. Epoxy adhesives for orthodontics attachments: progress report. Am J Orthod. 1965;51(12):901-12.

20. Reynolds IR. A review of direct orthodontic bonding. Br J Orthod. 1975;2(3):171-8.

21. Romano FL, Ruellas ACO. Estudo comparativo in vitro da resistência ao cisalhamento da colagem e do índice de remanescente resinoso entre os compósitos Concise e Superbond. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2003;8(1):69-75.

22. Romano FL, Tavares SW, Ramalli EL, Magnani MBBA, Nouer DF. Análise in vitro da resistência ao cisalhamento de bráquetes metálicos colados em incisivos bovinos e humanos. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2004;9(6):63-9.

23. Romano FL, Tavares SW, Nouer DF, Consani S, Magnani MBBA. Shear bond strength of metallic orthodontic brackets bonded to enamel prepared with self-etching primer. Angle Orthod. 2005;75(5):849-53.

24. Romano FL. Shear bond strength of metallic brackets bonded under various enamel conditions. Braz Oral Res. 2006;20(1):28-33.

25. Santos PCF, Santos JFF, Chaves CM Junior, Campos BGP, Santos HMG. Colagem em ambiente úmido: avaliação da capacidade de resistência à tração de braquetes metálicos. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2000;5(6):33-43.

26. Schaneveldt S, Foley TF. Bond strength comparison of moisture-insensitive primers. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;122(3):267-73.

27. Surmont P, Dermaut L, Martens L, Moors M. Comparison in shear bond strength of orthodontic brackets between five bonding systems related to different etching times: an in vitro study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1992;101(5):414-9.

28. Tortamano A, Vigorito JW, Nauff F, Garone GM, Santos RSC. Avaliação da resistência à tração de agentes cimentantes para bráquetes ortodônticos. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2002;56(4):259-63.

29. Webster MJ, Nanda RS, Duncanson MG Jr, Khajotia SS, Sinha PK. The effect of saliva on shear bond strengths of hydrophilic bonding systems. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;119(1):54-8.

30. Zachrisson BU, Buyukyilmaz T. Recent advances in bonding to gold, amalgam, and porcelain. J Clin Orthod. 1993;27(2):75-81.

Enviado em: 12 de setembro de 2008Revisado e aceito: 24 de novembro de 2008

Dental Press J Orthod 111 2011 Sept-Oct;16(5):111-8

milene Brum Dutra**, Daltro enéas ritter***, adriano Borgatto****, Carla D’agostine Derech*****, roberto rocha******

a r t i g o i n é d i t o

influência da exposição gengival na estética do sorriso*

Objetivo: este estudo se propôs a avaliar a influência da quantidade de exposição gengival na estética do sorriso para os sexos feminino e masculino, e se existe diferença de opinião entre ortodontistas, clínicos gerais e pessoas leigas. métodos: utilizaram-se fotografias da face durante o sorriso de um indivíduo do sexo feminino e de um indivíduo do sexo mas-culino. As fotos foram alteradas digitalmente para produzir cinco diferentes níveis de ex-posição gengival, que variaram de exposição gengival de 4mm até a cobertura dos incisivos superiores pelo lábio superior em 4mm. As fotografias foram impressas em tamanho real da face, dispostas aleatoriamente em um álbum e foram classificadas por 30 ortodontistas, 30 clínicos gerais e 30 leigos, quanto à atratividade do sorriso, em péssimo, ruim, regular, bom ou ótimo. Resultados: o sorriso mais estético para o indivíduo do sexo feminino, tanto para ortodontistas, clínicos gerais e leigos, foi aquele em que o lábio superior repousa na mar-gem cervical dos incisivos superiores, mostrando toda a coroa dos incisivos (p≤0,05). Para o indivíduo do sexo masculino, o sorriso mais estético, para pessoas leigas, foi com o lábio na altura da margem cervical dos incisivos superiores (p≤0,05), sendo que ortodontistas e clí-nicos gerais consideraram tanto o lábio na altura da margem cervical como o lábio superior cobrindo os incisivos superiores em 2mm como os mais estéticos (p≤0,05). conclusões: a estética do sorriso para mulheres e homens foi influenciada pela quantidade de exposição gengival, havendo diferença de opinião entre ortodontistas, clínicos gerais e leigos.

Resumo

Palavras-chave: Estética. Sorriso. Exposição gengival.

** Especialista em Ortodontia pela UFSC. *** Professor Doutor do curso de Especialização em Ortodontia da UFSC. **** Doutor em Estatística pela USP e professor de Estatística da UFSC. ***** Professora Doutora do curso de Especialização em Ortodontia da UFSC. ****** Professor Doutor do curso de Especialização em Ortodontia da UFSC.

Como citar este artigo: Dutra MB, Ritter DE, Borgatto A, Derech CDA, Ro-cha R. Influência da exposição gengival na estética do sorriso. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):111-8.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

* Monografia apresentada como parte do requisito para obtenção do título de Especialista na UFSC.

Dental Press J Orthod 118 2011 Sept-Oct;16(5):111-8

Influência da exposição gengival na estética do sorriso

cOncLusõesA atratividade do sorriso é influenciada pela

quantidade de exposição gengival, na opinião tan-to de ortodontistas como clínicos gerais e leigos. Para o indivíduo do sexo feminino, o sorriso mais atrativo foi aquele em que o lábio superior tocava a margem cervical dos incisivos superiores — na opinião das três categorias de avaliadores. Já para o

indivíduo do sexo masculino, leigos consideraram o sorriso mais estético o sorriso em que o lábio superior tocava a margem cervical dos incisivos superiores, e ortodontistas e clínicos gerais con-sideraram os sorrisos mais estéticos tanto aquele em que o lábio superior tocava a margem cervical como aquele em que o lábio superior cobria os incisivos superiores em 2mm.

influence of gingival exposure on the smile aesthetics

abstract

Objective: The purpose of this study is to evaluate the gingival exposition influence on the smile esthetics and if exists different opinions about it between orthodontists, clinical dentists and lay person. Methods: Photographs of male and female smiling faces were manipulated on the computer with different gingival exposition levels, which ranges from 4 mm gingival exposition to 4 mm upper lip incisor coverage. The photos were printed on a real face size, placed unordered to be analyzed by 30 orthodontists, 30 clinical dentists and 30 lay person. They had to rate between very bad, bad, regular, good and very good judging on smile attractiveness. Results: The more attractive smile for the female individuals judged by the orthodontists, clinical dentists and lay person were the one in which the upper lip rest on the cervical edge on the upper incisor, showing all the incisor crown (p≤0.05). For the male individual, the best smile for the lay person was the one with the upper lip on the cervical crown of the upper incisor, and the orthodontists and clinical dentists considered the most esthetics the upper lip on the cervical crown of the upper incisor or 2 mm upper lip incisor coverage (p≤0.05). Conclusion: The attractive smile is influenced by the gingival exposition, having different opinions between orthodontists, clinical dentists and lay person.

Keywords: Esthetics. Smile. Gingival exposition.

1. Chiche GL, Pinault A. Esthetics of anterior fixed prosthodontics. Chicago: Quintessence; 1994.

2. Geron S, Atalia W. Influence of sex on the perception of oral and smile esthetics with different gingival display and incisal plane inclination. Angle Orthod. 2005;75(5):778-84.

3. Hulsey CM. An esthetic evaluation of lip-teeth relationship present in the smile. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1970;57(2):132-44.

4. Hunt O, Johnston C, Hepper P, Burden D, Stevenson M. The influence of maxillary gingival exposure on dental attractiveness ratings. Eur J Orthod. 2002;24(2):199-204.

5. Kokich VO Jr, Kiyak H, Shapiro PA. Comparing the perception of dentists and lay people to altered dental esthetics. J Esthet Dent. 1999;11(6):311-24.

6. Kokich VO, Kokich VG, Kiyak HA. Perceptions of dental esthetics: asymmetric and symmetric situations. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;130(2):141-51.

7. Janzen EK. A balanced smile: a most important treatment objective. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1977;72(4):359-72.

8. Mackley RJ. An evaluation of smiles before and after orthodontic treatment. Angle Orthod. 1993;63(3):183-90.

9. Peck S, Peck H. The aesthetically pleasing face: an orthodontic myth. Trans Eur Orthod Soc. 1971:175-84.

10. Peck S, Peck L, Kataja M. The gingival smile line. Angle Orthod. 1992;62(2):91-100.

11. Peck S, Peck L, Kataja M. Some vertical lineaments of lip position. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1992;101(6):519-24.

RefeRências

12. Peck S, Peck L. Selected aspects of the art and science of facial esthetics. Semin Orthod. 1995;1(2):105-26.

13. Sabri R. The eight components of a balanced smile. J Clin Orthod. 2005;34(3):155-67.

14. Sarver DM, Ackerman MB. Dynamic smile visualization and quantification: part 2, smile analysis and treatment strategies. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;124(2):116-27.

15. Tjan AHL, Miller GD, The JGP. Some esthetic factors in a smile. J Prosthet Dent. 1984;51(1):24-8.

16. Vig RG, Brundo GC. The kinetics of anterior tooth display. J Prosthet Dent. 1978;39(5):502-4.

17. Zachrisson BU. Esthetic factors involved in anterior tooth display and the smile: vertical dimension. J Clin Orthod. 1998;32(7):432-45.

endereço para correspondênciamilene Brum Dutrarua Capitão américo, n. 103, ap. 604 Bl. B, Córrego grande CeP: 88.037-060 - florianópolis/sCe-mail: [email protected]

Enviado em: 7 de agosto de 2007Revisado e aceito: 4 de fevereiro de 2009

ricardo Damo meneguzzi*, luciane macedo de menezes**, susana maria Deon rizzatto***

a r t i g o i n é d i t o

Dental Press J Orthod 119 2011 Sept-Oct;16(5):119-26

análise comparativa da expansão maxilar com três marcas de parafusos com limitador posterior: ensaio laboratorial em typodont

introdução: nos pacientes com fissura labiopalatina, observa-se, usualmente, uma severa atresia da maxila, especialmente na região anterior da arcada, cujo tratamento envolve expansão maxilar. Objetivo: o propósito desse estudo foi avaliar o padrão de expansão de três marcas de parafusos com limitador posterior na correção da deficiência transversa. métodos: foram realizadas 18 expansões em Typodont, com 6 simulações para cada gru-po: G1 – parafuso Dentaurum®, G2 – parafuso Leone®, e G3 – parafuso Morelli®. Foram realizadas, para cada ensaio, 13 ativações de 2/4 de volta, totalizando 5,2mm de abertura do parafuso. Definiram-se os momentos das medições em inicial (T1), metade das ativa-ções (T2) e final (T3). Com o auxílio de um paquímetro, foram medidas as seguintes dis-tâncias: interprimeiros pré-molares (IP1), interssegundos pré-molares (IP2), intermolares (IM) e comprimento da arcada (CA). Os dados obtidos foram submetidos aos testes de Kolmogorov-Smirnov, de Tukey, de Friedman e ANOVA. Resultados: observou-se que to-dos os grupos apresentaram um padrão de abertura em forma de “V” com maior expansão na região anterior da arcada, sendo mais expressivo no grupo G3 (29,58% em IP1 e 9,73% em IM). O aumento na medida CA foi semelhante para os grupos G1 e G3 (+12,65% e +12,13%, respectivamente), com menor valor para o G2 (+8,23%). conclusões: concluiu--se que todos os parafusos com limitador posterior utilizados nesse estudo podem ser empregados no tratamento da deficiência transversa da arcada. Entretanto, o parafuso Morelli® apresentou maior abertura na região anterior em relação à posterior, caracterís-tica importante no tratamento de pacientes com fissura labiopalatina. Recomenda-se a realização de estudos clínicos para confirmação desses achados.

Resumo

Palavras-chave: Fissura labiopalatina. Parafuso expansor. Expansão rápida da maxila.

* Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial da PUCRS. ** Mestre e Doutora em Ortodontia e Ortopedia Facial pela UFRJ. Professora dos Cursos de Pós-graduação em Ortodontia e Ortopedia Facial da

PUCRS. Coordenadora do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da ABO/RS. *** Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial pela PUCRS. Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela UFRGS. Professora dos Cursos de

Pós-graduação em Ortodontia e Ortopedia Facial da PUCRS e da ABO/RS.

Como citar este artigo: Meneguzzi RD, Menezes LM, Rizzatto SMD. Análise comparativa da expansão maxilar com três marcas de parafusos com limitador posterior: ensaio laboratorial em Typodont. Dental Press J Orthod. 2011 Sept--Oct;16(5):119-26.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Análise comparativa da expansão maxilar com três marcas de parafusos com limitador posterior: ensaio laboratorial em Typodont

Dental Press J Orthod 126 2011 Sept-Oct;16(5):119-26

endereço para correspondêncialuciane macedo de menezesav. ipiranga, 6681 – faculdade de odontologia da PUCrsCeP: 90.619-900 – Porto alegre/rse-mail: [email protected]

1. Adkins MD, Nanda RS, Currier GF. Arch perimeter changes on rapid palatal expansion. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1999;97(3):194-9.

2. Baccetti T, Franchi L, Cameron CG, McNamara JA Jr. Timing treatment for rapid maxillary expansion. Angle Orthod. 2001;71(5):345-50.

3. Bishara SE, Stanley RN. Maxillary expansion: clinical implications. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1987;91(3):3-14.

4. Capelozza Filho L, Martins DR, Mazzottini R. Análise do diâmetro transverso do maxilar superior de portadores de fissura transforame incisivo unilateral. Ars Curandi Odont. 1979;6:42-51.

5. Capelozza Filho L, Mazzottini R, Abdo RC. Expansão rápida da maxila em fissurados adultos. Ars Curandi Odont. 1980;7(5):209-24.

6. Capelozza Filho L, Almeida AM, Ursi WJS. Rapid maxillary expansion in cleft lip and palate patients. J Clin Orthod. 1994;28(1):34-9.

7. Capelozza Filho L, Cardoso Neto J, Silva Filho OG, Ursi WJS. Non-surgically assisted rapid maxillary expansion in adults. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg. 1996;11(1):57-66.

8. Capelozza Filho L, Silva Filho OG. Expansão rápida da maxila: considerações gerais e aplicação clínica. Parte II. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 1997;2(4):86-108.

9. Cavassan AO, Albuquerque MD, Capelozza Filho L. Rapid maxillary expansion after secondary alveolar bone graft in a patient with bilateral cleft lip and palate. Cleft Palate Craniofac J. 2004;41(3):332-9.

10. Cozza P, Giancotti A, Petrosino A. Butterfly expander for use in the mixed dentition. J Clin Orthod. 1999;33(10):583-7.

11. Dibiase AT, Dibiase DD, Hay NJ, Sommerlad BC. The relationship between arch dimensions and the 5-year index in the primary dentition of patients with complete UCLP. Cleft Palate Craniofac J. 2002;39(6):635-9.

12. Doruk C, Bicakci AA, Basciftci FA, Agar U, Babacan H. A comparison of the effects of rapid maxillary expansion and fan-type rapid maxillary expansion on dentofacial structures. Angle Orthod. 2004;74(2):184-94.

13. Haas AJ. Rapid expansion of the maxillary dental arch and nasal cavity by opening the midpalatal suture. Angle Orthod. 1961;31(2):73-90.

14. Haas AJ. The treatment of maxillary deficiency by opening the midpalatal suture. Angle Orthod. 1965;35(3):200-17.

15. Haas AJ. Palatal expansion: Just the beginning of dentofacial orthopedics. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1970;5(3):219-55.

RefeRências

16. Handelman CS. Nonsurgical rapid maxillary alveolar expansion in adults: a clinical evaluation. Angle Orthod. 1997;67(4):291-305.

17. Handelman CS, Wang L, Begole EA, Haas AJ. Nonsurgical rapid maxillary expansion in adults: report on 47 cases using the Haas expander. Angle Orthod. 2000;70(2):129-44.

18. Heidbuchel KLWM, Kuijpers-Jagtman AM, Kramer GJC, Prahl-Andersen B. Maxillary arch dimensions in bilateral cleft lip and palate from birth until four years of age in boys. Cleft Palate Craniofac J. 1998;35(3):239-53.

19. Isaacson RJ, Murphy TD. Some effects of rapid maxillary expansion in cleft lip and palate patients. Angle Orthod. 1964;34(3):143-54.

20. Lamparski DG, Rinchuse DJ, Close JM, Sciote JJ. Comparison of skeletal and dental changes between 2-point and 4-point rapid palatal expanders. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;123(3):321-8.

21. Lagravère MO, Heo G, Major PW, Flores-Mir C. Meta-analysis of immediate changes with rapid maxillary expansion treatment. J Am Dent Assoc. 2006;137(1):44-53.

22. Marcusson A, Paulin G. Changes in occlusion and maxillary dental arch dimensions in adults with treated unilateral complete cleft lip and palate: a follow-up study. Eur J Orthod. 2004;26(4):385-90.

23. McNamara JA Jr, Baccetti T, Franchi L, Herberger TA. Rapid maxillary expansion followed by fixed appliances: a long-term evaluation of changes in arch dimensions. Angle Orthod. 2003;73(4):344-52.

24. Rego MVNN, Thiesen G, Rizzatto SMD, Menezes LM. Fissura bilateral completa de lábio e palato: alterações morfológicas encontradas. Rev Odonto Ciênc. 2003;18(42):309-22.

25. Rizzatto SMD, Costa NP, Marchioro EM, Saffer M. Avaliação do efeito da expansão rápida da maxila na resistência nasal por rinomanometria ativa anterior em crianças. Ortodon Gaúch. 1998;2(2):79-85.

26. Schultes G, Gaggl A, Kärcher H. A comparison of growth impairment and orthodontic results in adult patients with clefts of palate and unilateral clefts of lip, palate and alveolus. Br J Oral Maxillofac Surg. 2000;38(1):26-32.

27. Semb G. A study of facial growth in patients with bilateral cleft lip and palate treated by the Oslo CLP team. Cleft Palate Craniofac J. 1991;28(1):22-39.

28. Silva Filho OG, Capelozza Filho L, Werneck VA, Freitas JAS. Abordagem ortodôntica ao paciente com fissura unilateral completa de lábio e palato. Ortodontia. 1998;31(3):32-44.

29. Silva Filho OG, Freitas JAS, Okada T. Fissuras labiopalatais: diagnóstico e uma filosofia interdisciplinar de tratamento. In: Pinto VG. Saúde bucal coletiva. 4ª ed. São Paulo: Ed. Santos; 1999. p. 480-527.

Enviado em: 12 de setembro de 2007Revisado e aceito: 21 de novembro de 2008

Dental Press J Orthod 127 2011 Sept-Oct;16(5):127-34

luiz renato Paranhos*, marcio salazar**, fernando César torres***, antônio Carlos Pereira****, rhonan ferreira da silva*****, adilson luiz ramos******

a r t i g o i n é d i t o

avaliação do perfil dos profissionais da área de ortodontia quanto às condutas legais

Objetivo: avaliar as condutas legais e o comportamento na relação profissional/paciente utilizadas pelos cirurgiões-dentistas atuantes na área de Ortodontia. métodos: a popula-ção objeto do presente estudo foi constituída de 525 profissionais com cadastro na Editora Dental Press (Maringá/PR). A pesquisa foi realizada por meio de um questionário contendo 17 perguntas dirigidas a esses profissionais. Resultados e conclusões: a maioria da popu-lação consultada é especialista em Ortodontia; 75% dos profissionais utilizam algum tipo de contrato no consultório e/ou clínica; 73,7% dos profissionais solicitam periodicamente radiografias de controle; grande parte dos profissionais (58,9%) arquiva a documentação do paciente por toda a vida. Os profissionais consultados apresentam um bom conhecimento do Código de Ética Odontológica, principalmente do Capítulo XIV – da Comunicação.

Resumo

Palavras-chave: Exercício profissional. Responsabilidade legal. Ortodontia. Normas jurídicas.

* Doutor em Biologia Buco-Dental - FOP/UNICAMP/Piracicaba. Professor Titular do Programa de Pós-graduação em Odontologia, área de concen-tração Ortodontia, da UMESP/São Bernardo do Campo.

** Especialista em Ortodontia – UEM/Maringá. Doutorando em Ortodontia - UNESP/Araçatuba. *** Doutor em Ortodontia - FOB/USP/Bauru. Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, área de concentração - Ortodontia da

UMESP/São Bernardo do Campo. **** Livre-docente em Saúde Coletiva – FOP/UNICAMP/Piracicaba. Professor Titular do Programa de Pós-graduação em Odontologia da FOP/UNI-

CAMP/Piracicaba. ***** Mestre em Odontologia Legal FOP/UNICAMP. Doutor em Biologia Buco-Dental – FOP/UNICAMP/Piracicaba. Professor de Odontologia Legal UNIP

(GO). Perito Criminal Oficial da Polícia Técnico-Científica (GO). ****** Doutor em Ortodontia e Ortopedia Facial – UNESP/Araraquara. Coordenador do Programa de Pós-graduação, Mestrado em Odontologia, da

UEM/Maringá.

intROduçãOApós a promulgação da Lei 8.078/901 (Có-

digo de Defesa do Consumidor), os pacien-tes passaram a reivindicar direitos na justiça, fazendo com que o cirurgião-dentista (CD) passasse a se resguardar cada vez mais quan-to a eventuais processos. Então, para minimi-zar esse problema jurídico, torna-se necessário elaborar e manter um prontuário odontológico

completo, que contenha todos os documentos e informações do paciente.

Esses documentos são um conjunto de decla-rações firmadas pelo profissional, no decorrer do tratamento, que servem como prova, podendo ser utilizados com finalidade jurídica, pericial2,3 e administrativa; sendo compostos de anamnese, contrato de prestação de serviços odontológicos, consentimento esclarecido, evolução clínica do

Como citar este artigo: Paranhos LR, Salazar M, Torres FC, Pereira AC, Silva RF, Ramos AL. Avaliação do perfil dos profissionais da área de Ortodontia quanto às condutas legais. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):127-34.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 134 2011 Sept-Oct;16(5):127-34

Avaliação do perfil dos profissionais da área de Ortodontia quanto às condutas legais

endereço para correspondêncialuiz renato Paranhosrua Padre roque, 958 - CentroCeP: 13.800-033 - mogi mirim / sPe-mail: [email protected]

1. Brasil. Lei no 8.078/90. Código de Defesa do Consumidor. Diário Oficial da União, 11 mar 1991.

2. Silva M. Compêndio de Odontologia Legal. Rio de Janeiro: Medsi; 1997.

3. Soares ES, Carvalho AS, Barbosa JA. Relação comercial do ortodontista brasileiro com o seu paciente, natureza obrigacional dos serviços prestados e riscos do tratamento ortodôntico. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2007;12(1):94-101.

4. Paranhos LR, Salazar M, Ramos AL, Siqueira DF. Orientações legais aos cirurgiões-dentistas. Odonto. 2007;15(30):55-62.

5. Acquaviva MC. Dicionário básico de direito Acquaviva. São Paulo: Rideel; 2008.

6. Melani RFH, Silva RD. A relação profissional-paciente. O entendimento e implicações legais que se estabelecem durante o tratamento ortodôntico. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006;11(6):104-13.

7. Koubik R, Feres MAL. Aspectos legais da Ortodontia. Ortodontia. 1995;28(2):64-70.

8. Rodrigues CK, Shintcousk RL, Tanaka O, França BHS, Hebling E. Responsabilidade civil do ortodontista. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006;11(2):120-7.

9. Garbin CAS, Garbin AJI, Lelis RT. Verificação das atitudes de cirurgiões-dentistas quanto à documentação de seus pacientes. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2006;60(6):442-5.

10. Kliemann A, Calvielli ITP. Os contratos de prestação de serviços odontológicos à luz da atual teoria dos contratos. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2007;61(2):111-4.

RefeRências

11. França BHS, Ribas MO, Lima AAS. Orientações legais aos ortodontistas. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2002;2(2):25-31.

12. Barros OB. Como o cirurgião-dentista deve organizar-se para evitar processos. São Paulo: Raízes; 1998.

13. França BS. Aspectos legais na Ortodontia. Rev Clín Ortod Dental Press. 2002;1(2):5-8.

14. Conselho Federal de Odontologia (BR). Código de Ética Odontológica. Rio de Janeiro; 2006. [Citado 2007 maio 7]. Disponível em: http://www.cfo.org.br.

15. Antunes FCM, Daruge E, Duz S. Reabsorções radiculares internas. Relato de um caso. Aspectos ortodônticos, clínicos e ético-legais. JBO: J Bras Ortodon Ortop Maxilar. 1998;3(13):48-59.

16. Brasil. Novo Código Civil: Lei no 10.406/2002. Diário Oficial da União, 10 jan 2002.

17. Brasil. Lei nº 869 de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil Brasileiro. Brasília (DF); 1973.

18. Conselho Federal de Odontologia (BR). Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia. Rio de Janeiro; 2005. [Citado 2007 maio 7]. Disponível em: http://www.cfo.org.br.

19. Rosa FB. Dentista x paciente ortodôntico: levantamento de problemas jurídicos nas últimas três décadas. JBO: J Bras Ortodon Ortop Maxilar. 1998;3(13):60-76.

20. Junqueira CL, Ramos DLP, Rode SM. Considerações sobre o mercado de trabalho em Odontologia. Rev Paul Odontol. 2005;26(4):24-7.

Profile evaluation of orthodontics professionals as for their legal actions

abstract

Objective: to evaluate the legal actions and behavior in the doctor/patient relationship, as used by Dental Surgeons practicing Orthodontics. Methods: the population sample of the present study consisted of dental surgeons, active in the area of Orthodontics, and registered with Editora Dental Press – Maringá/PR, with a total sample size of 525 professionals. The research was conducted using a 17-question survey geared to these professionals. Results and Conclusions: the majority of participants in our study are specialized in Orthodontics; 75% of professionals use some sort of contract at the office/clinic; 73.7% of professionals periodically request maintenance x-rays; a large percentage of professionals (58.9%) keep patient records on file for life. The surveyed professionals demonstrate good knowl-edge of the Code of Ethics in Orthodontics, especially of Chapter XIV – on Communication.

Keywords: Professional practice. Liability, legal. Orthodontics. Enacted statutes.

Enviado em: 18 de novembro de 2008Revisado e aceito: 23 de novembro de 2009

Dental Press J Orthod 135 2011 Sept-Oct;16(5):135-45

tulio silva lara*, Cibelle Cristina oliveira dos santos**, omar gabriel da silva filho***, Daniela gamba garib****, francisco antônio Bertoz*****

a r t i g o i n é d i t o

Programa de extrações seriadas: variáveis relacionadas com a extração de pré-molares

Objetivo: verificar o percentual de pacientes que necessitaram extração de dentes perma-nentes, pré-molares, dentre aqueles tratados com extração de dentes decíduos para correção do apinhamento primário na dentição mista, bem como analisar as possíveis variáveis rela-cionadas. métodos: a amostra foi composta por documentações ortodônticas de 70 pacien-tes na dentição permanente, cujo tratamento iniciou-se na dentição mista com planejamen-to de um programa de extrações seriadas (PES). Todos os prontuários foram analisados por um único examinador, no intuito de verificar se o PES havia sido cumprido com a extra-ção de dentes permanentes ou se havia sido realizada apenas extração de dentes decíduos. Verificou-se a associação entre a extração de dentes permanentes e as variáveis padrão fa-cial; relação sagital entre as arcadas dentárias; IMPA; proporção tamanho do segundo molar permanente inferior/espaço retromolar; mecânica de controle de espaço e discrepância de modelo (teste exato de Fisher para as variáveis categóricas e modelo de regressão logística para as variáveis numéricas). Os resultados foram considerados para p<0,05. Resultados: dos pacientes que haviam sido tratados com extração de dentes decíduos para a correção do apinhamento na dentição mista, 70% necessitaram de extração de dentes permanentes. A análise estatística não mostrou associação significativa entre as variáveis estudadas e a neces-sidade de extração de dentes permanentes, com exceção da variável discrepância de modelo. conclusão: a discrepância de modelo representou a principal determinante de extração de pré-molares no PES.

Resumo

Palavras-chave: Dentição mista. Má oclusão. Extração Seriada.

* Doutor em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. Professor do curso de Ortodontia Preventiva no PROFIS. Ortodontista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – USP/FUNCRAF.

** Aperfeiçoamento em Ortodontia Preventiva e Interceptiva da PROFIS. Especialista em Ortodontia pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Cra-niofaciais – USP.

*** Coordenador do curso de Ortodontia Preventiva e Interceptiva da PROFIS. Ortodontista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – USP. Professor do curso de especialização em Ortodontia da PROFIS.

**** Professora Doutora do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Disciplina de Ortodontia, do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais e Faculdade de Odontologia de Bauru-USP.

***** Livre-docente e Professor titular da disciplina de Ortodontia preventiva da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP. Professor do programa de pós-graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP.

Como citar este artigo: Lara TS, Santos CCO, Silva Filho OG, Garib DG, Ber-toz FA. Programa de extrações seriadas: variáveis relacionadas com a extração de pré-molares. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):135-45.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 145 2011 Sept-Oct;16(5):135-45

Lara TS, Santos CCO, Silva Filho OG, Garib DG, Bertoz FA

endereço para correspondênciatulio silva lararua rio Branco, 20-81 – altos da CidadeCeP: 17.014-037 – Bauru/sPe-mail: [email protected]

1. Agresti A. Categorical Data Analysis. New York: Wiley; 1990. 2. Baumrind S, Korn EL, Boyd RL, Maxwell R. The decision

to extract: part 1 - interclinician agreement. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1996;109(3):297-309.

3. Bishara SE, Cummins DM, Zaher AR. Treatment and post-treatment changes in patients with Class II division 1 malocclusion after extraction and nonextraction treatment. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1997;111(1):18-27.

4. Boley JC. Serial extraction revisited: 30 years in retrospect. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;121(6):575-7.

5. Brennan MM, Gianelly AA. The use of the lingual arch in the mixed dentition to resolve incisor crowding. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2000;117(1):81-5.

6. Bronzi E, Ramalli EL, Pugliesi E, Paulin RF. Extração seriada: uma alternativa. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2002;7(5):65-72.

7. Dale JG. Serial extraction… nobody does that anymore! Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2000;117(5):564-6.

8. Gianelly AA. Crowding: timing of treatment. Angle Orthod. 1994;64(6):415-8.

9. Gianelly AA. Treatment of crowding in the mixed dentition. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;121(6):569-71.

10. Hosmer DR, Lemeshow S. Applied logistic regression. New York: John Wiley & Sons; 1989.

11. Howe RP, McNamara JA Jr, O`Connor KA. An examination of dental crowding and its relationship to tooth size and arch dimension. Am J Orthod. 1983;83(5):363-73.

12. Isic F, Sayinsu K, Nalbantgil D, Arun T. A comparative study of dental arch widths: extraction and non-extraction treatment. Eur J Orthod. 2005;27(6):585-9.

13. McNamara JA. Maxillary transverse deficiency. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2000;117(5):567-70.

14. Silva Filho OG, Freitas SF, Cavassan AO. Prevalência de oclusão normal e má oclusão em escolares da cidade de Bauru (São Paulo). Parte I: relação sagital. Rev Odontol Univ São Paulo. 1990;4(2):130-7.

15. Silva Filho OG, Garib DG, Freire-Maia BA, Ozawa TO. Apinhamento primário temporário e definitivo: diagnóstico diferencial. Rev Assoc Paul Cir Dent. 1998;52(1):75-81.

RefeRências

16. Silva Filho OG, Ozawa TO, Almeida AM, Freitas PZ. Programa de extrações seriadas: uma visão ortodôntica contemporânea. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2001;6(2):91-108.

17. Silva Filho OG, Garib DG. Apinhamento: diagnóstico e tratamento na dentadura mista. In: Lubiana NF, Silva Filho OG, Garib DG. PRO-ODONTO/Ortodontia Programa de Atualização em Ortodontia. Ciclo 1 módulo 3. Porto Alegre: Artmed; 2007. p. 9-56.

18. Silva Filho OG, Ferrari FM Junior, Ozawa TO. Dental arch dimensions in Class II division 1 malocclusions with mandibular deficiency. Angle Orthod. 2008;78(3):466-74.

19. Tanaka MM, Johnston LE. The prediction of the size of unerupted canines and premolars in a contemporary orthodontic population. J Am Dent Assoc. 1974;88(4):798-801.

20. Wagner M, Berg R. Serial extraction or premolar extraction in the permanent dentition? J Orofac Orthop. 2000;61(3):207-16.

21. Yoshihara T, Matsumoto Y, Suzuki J, Sato N, Oguchi H. Effect of serial extraction alone on crowding: Spontaneous changes in dentition after serial extraction. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2000;118(6):611-6.

serial extraction: variables associated to the extraction of premolars

abstract

Objective: To verify the amount of patients who had to undergo extraction of permanent teeth (premolars) in a popu-lation of patients treated with extraction of deciduous teeth for correction of incisor crowding in the mixed dentition, as well as to analyze the possibly related variables. Methods: The sample was composed of orthodontic records of 70 patients in the permanent dentition whose treatment included the serial extraction program (SEP) in the mixed dentition. All records were analyzed by a single examiner in order to verify whether the SEP had been carried out with extraction of either permanent teeth or deciduous teeth only. The association between extraction of permanent teeth and the variables lateral facial pattern, sagittal relationship between the dental arches, IMPA, proportion between size of the mandibular second molar/retromolar space, mechanics for spacing control and tooth-arch size discrepancy (exact test of Fisher for categorical variables and logistic regression for numeric variables, p<0.05) were investigated. Results: Of the patients treated with extraction of deciduous teeth, 70% also needed extraction of the permanent teeth. The statistical analysis did not show any significant correlation between the variables analyzed and the need for extraction of permanent teeth, except for tooth-arch size discrepancy. Conclusion: Tooth-arch size discrepancy represented the main factor that determined premolar extraction in the SEP.

Keywords: Dentition. Mixed. Malocclusion. Serial extraction.

Enviado em: 18 de novembro de 2008Revisado e aceito: 13 de março de 2009

Dental Press J Orthod 146 2011 Sept-Oct;16(5):146-54

karine macieski*, roberto rocha**, arno locks***, gerson Ulema ribeiro****

a r t i g o i n é d i t o

avaliação dos efeitos de três métodos de remoção da resina remanescente do braquete na superfície do esmalte

introdução: é fundamental, para alcançar a correta técnica de descolagem, a seleção adequada do instrumental para remover o braquete e a resina remanescente. Objetivo: avaliar a super-fície do esmalte com Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) após a utilização de três métodos de remoção da resina remanescente da descolagem do braquete. métodos: foram selecionados 18 incisivos bovinos, divididos em três grupos (A, B e C), contendo 6 dentes cada. Previamente à colagem do braquete, os dentes foram moldados com silicone de adição e preenchidos com resina epóxi, para o registro das características do esmalte, assim formando o Grupo Controle. Os métodos de remoção da resina remanescente utilizados foram: Grupo A — Soflex granulações grossa e média; Grupo B — broca Carbide em baixa rotação; Grupo C — broca Carbide em alta rotação. Polimento com Soflex granulações fina e ultrafina no Grupo A, pontas de borracha nos grupos B e C, e pasta de polimento para esmalte nos três grupos. Após cada etapa de remoção da resina remanescente e polimento, os dentes foram novamente moldados, duplicados e as réplicas analisadas em MEV. Foram, então, compara-das as características do esmalte inicial (Grupo Controle) com o aspecto do esmalte após as etapas de remoção de resina, assim possibilitando avaliar o método que gerou menor abrasão ao esmalte. Resultados e conclusão: a remoção do remanescente adesivo com broca Carbide multilaminada em baixa rotação, polimento com pontas de borracha, e polimento final com pasta de polimento é o procedimento que ocasiona menor dano ao esmalte.

Resumo

Palavras-chave: Esmalte dentário. Braquetes. Descolagem dentária.

* Especialista em Ortodontia pela Universidade Federal de Santa Catarina. ** Mestre em Ortodontia pela UFRJ. Doutor em Ortodontia pela UFRJ. Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia da UFSC. *** Mestre em Ortodontia pela UFRJ. Doutor em Ortodontia pela UNESP. Pós-doutorado em Ortodontia pela Universidade de Aarhus, Dina-

marca. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da UFSC. **** Mestre em Ortodontia pela UFRJ. Doutor em Ortodontia pela UFRJ. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da UFSC.

intROduçãOInicialmente, a fixação de acessórios ortodôn-

ticos às coroas dentárias era realizada através de bandas em todos os dentes. Esse procedimento

acarretava maior complexidade e morosidade de execução clínica, comprometimento estético, desconforto ao paciente, aumento do perímetro da arcada, entre outros. Com a introdução da

Como citar este artigo: Macieski K, Rocha R, Locks A, Ribeiro GU. Avaliação dos efeitos de três métodos de remoção da resina remanescente do braquete na superfície do esmalte. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):146-54.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Dental Press J Orthod 154 2011 Sept-Oct;16(5):146-54

Avaliação dos efeitos de três métodos de remoção da resina remanescente do braquete na superfície do esmalte

endereço para correspondênciakarine macieski rua governador Jorge lacerda, 1817 – Centro CeP: 88.750-000 – Braço do norte / sCe-mail: [email protected]

1. Arcuri MR, Strung RA, Clancy JM. Scanning electron microscope analysis of tooth enamel treated with rotary instruments and abrasives. J Prosthet Dent. 1993;69(5):483-90.

2. Bishara SE, Ajlouni R, Laffoon JF. Effect of thermocycling on shear bond strength of acyanoacrylate orthodontic adhesive. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;123(1):21-4.

3. Bishara SE, Ajlouni R, Laffoon J, Warren J. Effects of modifying the adhesive composition on the bond strength of orthodontic brackets. Angle Orthod. 2002;72(5):464-67.

4. Brown CRL, David CW. Enamel loss during orthodontic bonding and subsequent loss during removal of filled and unfilled adhesives. Am J Orthod. 1978;74(6):663-71.

5. Buonocore MG. A simple method of increasing the adhesion of acrylic filling materials to enamel surfaces. J Dent Res. 1955;34(6):849-53.

6. Campbell PM. Enamel surfaces after orthodontic bracket debonding. Angle Orthod. 1995;65(2):103-10.

7. Chanda RA, Stein E. Time-related bond strength of light-cured and chemically cured bonding systems: an in vitro study. Am Orthod Dentofacial Orthop. 1996;110(4):378-82.

8. Diedrich P. Enamel alterations from bracket bonding and debonding: a study with the scanning electron microscope. Am J Orthod. 1981;79(5):500-22.

9. Eliades T, Gioka C, Eliades G, Makou M. Enamel surface roughness following debonding using two resin grinding methods. Eur J Orthod. 2004;26(3):333-8.

10. Fitizpatrick DA, David CW. The effects of wear, acid etching, and bond removal on human enamel. Am J Orthod. 1977;72(6):671-81.

11. Gwinnett AJ, Gorelick L. Microscopic evaluation of enamel after debonding: clinical application. Am J Orthod. 1977;71(6):651-65.

12. Hosein I, Sherriff M, Ireland AJ. Enamel loss during bonding, debonding, and cleanup with use of a self-etching primer. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004;126(6):717-24.

13. Ireland AJ, Hosein I, Sherriff M. Enamel loss at bond-up, debond and clean-up following the use of a conventional light-cured composite and a resin-modified glass polyalkenoate cement. Eur J Orthod. 2005;27(4):413-9.

14. Katona TR. Stresses developed during clinical debonding of stainless steel orthodontic brackets. Angle Orthod. 1997;67(1):39-46.

15. Kinch AP, Taylor H, Waritier R, Oliver RG, Newcombre RG. A clinical study of amount of adhesive remaining on enamel after debonding, comparing etch times of 15 and 60 seconds. Am J Orthod. 1989;95(5):415-21.

RefeRências

16. Krell KV, Courey MJ, Bishara SE. Orthodontic bracket removal using conventional and ultrasonic debonding techniques, enamel loss, and time requirements. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1993;103(3):258-66.

17. Oesterle LJ, Shellhart WC, Belanger GK. The use of bovine enamel in bonding studies. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1998;114(5):514-9.

18. Oliver RG. The effect of different methods of bracket removal on the amount of residual adhesive. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1988;93(3):196-200.

19. Osorio R, Toledano M, Garcia GF. Bracket bonding with 15- or 60-second etching and adhesive remaining on enamel after debonding. Angle Orthod. 1999;69(1):45-8.

20. Owens SE Jr, Miller BH. A comparison of shear bond strengths of three visible light-cured orthodontic adhesives. Angle Orthod. 2000;70(5):352-6.

21. Pus MD, Way DC. Enamel loss due to orthodontic bonding with filled and unfilled resins using various clean-up techniques. Am J Orthod. 1980;77(3):269-83.

22. Ritief DH, Denys FR. Finishing of enamel surfaces after debonding of orthodontic attachments. Angle Orthod. 1979;49(1):1-10.

23. Rouleau BD, Marshall GW, Cooley RO. Enamel surface evaluations after clinical treatment and removal of orthodontic brackets. Am J Orthod. 1982;81(5):423-6.

24. Sória ML, Menezes LM. Resistência de união ao esmalte bovino: avaliação de três cimentos de ionômero de vidro. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2003;9(6):89-97.

25. Waes H, Matter T, Krejci I. Three-dimensional measurement of enamel loss caused by bonding and debonding of orthodontic brackets. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1997;112(6):666-9.

26. Zachrisson BU, Arthur J. Enamel surface appearance after various debonding techniques. Am J Orthod. 1979;75(2):121-37.

27. Zachrisson BU, Skogan O, Höymyhr S. Enamel cracks in debonded, debanded, and orthodontically untreated teeth. Am J Orthod. 1980;77(3):307-19.

28. Zarrinnia K, Eid NM, Kehoe MJ. The effect of different debonding techniques on the enamel surface: an in vitro qualitative study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1995;108(3):284-93.

Enviado em: 3 de novembro de 2008Revisado e aceito: 24 de maio de 2009

Dental Press J Orthod 155 2011 Sept-Oct;16(5):155-62

evandro eloy marcone ferreira*, eduardo Cardoso Pastori**, rívea inês ferreira***, Helio scavone Junior***, karyna martins do valle-Corotti***

a r t i g o i n é d i t o

avaliação comparativa do espaçamento anterior em nipo-brasileiros e leucodermas, na dentição decídua

Objetivo: avaliar comparativamente a prevalência das características de espaçamento anterior em nipo-brasileiros e leucodermas, na dentição decídua. métodos: duas amostras de crianças com 2 a 6 anos de idade foram selecionadas: 405 nipo-brasileiros de 36 escolas do estado de São Paulo e 510 leucodermas de 11 instituições públicas da cidade de São Paulo. As variantes oclusais foram classificadas em quatro categorias, nas arcadas superior e inferior: espaçamento generalizado; somente espaços primatas; ausência de espaços; e apinhamento. Foi aplicada re-gressão logística para análise do efeito dos fatores idade, sexo e grupo étnico sobre a prevalên-cia das características oclusais (α = 0,05). Resultados: em nipo-brasileiros, o espaçamento ge-neralizado foi a característica mais prevalente nas arcadas superior (46,2%) e inferior (53,3%). A frequência dos espaços primatas foi maior na arcada superior (28,2% versus 15,3%). Para a ausência de espaços (21,7–26,4%) e o apinhamento (4,0–4,9%), a variação entre as arcadas foi relativamente pequena. Em leucodermas, a ausência de espaços e a presença exclusiva dos primatas evidenciaram distribuição similar à observada nos nipo-brasileiros. O espaçamento generalizado foi diagnosticado em aproximadamente 50% das arcadas. A prevalência de api-nhamento foi maior na arcada inferior (12,8% versus 3,9%). O único modelo de regressão logística que apresentou algum fator significativo foi o ajustado para a prevalência de apinha-mento. Apenas o fator racial foi significativo (p < 0,001). conclusão: sugere-se que as caracte-rísticas de espaçamento anterior, na dentição decídua, não estariam condicionadas à idade ou ao sexo. Contudo, leucodermas teriam chances 2,8 vezes maiores de apresentar apinhamento na arcada inferior, em comparação aos nipo-brasileiros.

Resumo

Palavras-chave: Oclusão dentária. Diastema. Dentição primária.

* Mestre em Ortodontia pela UNICID. ** Acadêmico de Odontologia da UNICID. *** Professor Associado do Programa de Mestrado em Ortodontia da UNICID.

Como citar este artigo: Ferreira EEM, Pastori EC, Ferreira RI, Scavone Junior H, Valle-Corotti KM. Avaliação comparativa do espaçamento anterior em nipo--brasileiros e leucodermas, na dentição decídua. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):155-62.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Ferreira EEM, Pastori EC, Ferreira RI, Scavone Junior H, Valle-Corotti KM

Dental Press J Orthod 161 2011 Sept-Oct;16(5):155-62

Todavia, a prevalência de apinhamento foi mais elevada na arcada inferior.

» Em ambas as amostras sob estudo, não houve diferenças significativas entre os grupos etários (2–4 anos e 5–6 anos), nem tampouco dimorfismo entre os sexos mas-culino e feminino.

» As crianças leucodermas, se comparadas às nipo-brasileiras, demonstraram uma razão de chances 2,8 vezes maior para o desenvol-vimento de apinhamento na arcada inferior.

Comparative assessment of anterior spacing in Japanese-Brazilian and white children in the primary dentition

abstract

Objective: To carry out a comparative evaluation of the prevalence of anterior spacing characteristics in Japanese-Brazilian and white children in primary dentition. Methods: Two selected samples of children aged 2-6 years were: 405 Japanese-Brazilians from 36 schools in the State of São Paulo and 510 white children from 11 public institutions in São Paulo city. The spacing features in the maxillary and mandibular arches were assigned to four categories: gen-eralized spacing; only primate spaces; no spacing; and crowding. Logistic regression was used to analyze the effect of age, gender and ethnic group on the prevalence of the occlusal characteristics (α=0.05). Results: In Japanese-Brazilians, generalized spacing was the most prevalent trait in the maxillary (46.2%) and mandibular (53.3%) arches. The frequency of primate spaces was higher in the maxillary arch (28.2% versus 15.3%). Concerning no spacing (21.7–26.4%) and crowding (4.0–4.9%), the variation between arches was relatively small. In white children, no spac-ing and exclusive presence of primate spaces showed distributions similar to that observed in Japanese-Brazilians. Generalized spacing was diagnosed in approximately 50% of the arches. Crowding prevalence was higher in the mandibular arch (12.8% versus 3.9%). The regression model adjusted for crowding prevalence was the only significant one. Only racial factor was significant (p<0.001). Conclusion: It may be suggested that anterior spacing features in primary dentition would not be influenced by age or gender. Nevertheless, white children would have 2.8 times more chances of presenting crowding in the mandibular arch, in comparison with Japanese-Brazilians.

Keywords: Dental occlusion. Diastema. Dentition. Primary.

1. Abu Alhaija ESJ, Qudeimat MA. Occlusion and tooth/arch dimensions in the primary dentition of preschool Jordanian children. Int J Paediatr Dent. 2003;13(4):230-9.

2. Alexander S, Prabhu NT. Profiles, occlusal plane relationships and spacing of teeth in the dentitions of 3 to 4 year old children. J Clin Pediatr Dent. 1998;22(4):329-34.

3. Anderson AA. The dentition and occlusal development in children of African American descent. Angle Orthod. 2007;77(3):421-9.

4. Baume LJ. Physiological tooth migration and its significance for the development of occlusion: I. The biogenetic course of the deciduous dentition. J Dent Res. 1950;29(2):123-32.

RefeRências

5. Bishara SE, Jakobsen JR. Individual variation in tooth-size/arch-length changes from the primary to permanent dentitions. World J Orthod. 2006;7(2):145-53.

6. Carvalho KL, Valença AMG. Prevalência das características normais da oclusão decídua em crianças de 2 a 6 anos. Pesqui Bras Odontopediatria Clín Integr. 2004;4(2):113-20.

7. Dinelli TCS, Martins LP, Pinto AS. Mudanças dimensionais dos arcos dentários em crianças entre 3 e 6 anos de idade. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2004;9(4):60-7.

8. El-Nofely A, Sadek L, Soliman N. Spacing in the human deciduous dentition in relation to tooth size and dental arch size. Arch Oral Biol. 1989;34(6):437-41.

Dental Press J Orthod 162 2011 Sept-Oct;16(5):155-62

Avaliação comparativa do espaçamento anterior em nipo-brasileiros e leucodermas, na dentição decídua

endereço para correspondênciarívea inês ferreirarua Cesário galeno, 448 – Bloco aCeP: 03.071-000 – tatuapé / sPe-mail: [email protected]

9. Ferreira RI, Scavone-Jr H, Castro RG, Nascimento MAS, Romero CC. Assessment of interdental spacing in the anterior segment of deciduous arches. Rev Odontol Univ Cid São Paulo. 2005;17(2):101-10.

10. Foster TD, Hamilton MC. Occlusion in the primary dentition. Study of children at 2 ½ to 3 years of age. Br Dent J. 1969;126(2):76-9.

11. Ito C, Sato VCB, Scavone-Junior H, Garib DG, Ferreira RI. Associação entre hábitos de sucção não nutritivos e as relações oclusais ântero-posteriores em crianças nipo-brasileiras. Ciênc Odontol Bras. 2008;11(1):19-26.

12. Joshi MR, Makhija PG. Some observations on spacing in the normal deciduous dentition of 100 Indian children from Gujarat. Br J Orthod. 1984;11(2):75-9.

13. Kabue MM, Moracha JK, Ng’ang’a PM. Malocclusion in children aged 3-6 years in Nairobi, Kenya. East Afr Med J. 1995;72(4):210-2.

14. Kerosuo H. Occlusion in the primary and early mixed dentitions in a group of Tanzanian and Finnish children. ASDC J Dent Child. 1990;57(4):293-8.

15. Kharbanda OP, Sidhu SS, Shukla DK, Sundaram KR. A study of the etiological factors associated with the development of malocclusion. J Clin Pediatr Dent. 1994;18(2):95-8.

16. Leighton BC. The early signs of malocclusion. Eur J Orthod. 2007;29(1):189-95.

17. Moorrees CFA, Chadha JM. Available space for the incisors during dental development: a growth study based on physiologic age. Angle Orthod. 1965;35(1):12-22.

18. Onyeaso CO. Occlusion in the primary dentition. Part 1: a preliminary report on comparison of antero-posterior relationships and spacing among children of the major Nigerian ethnic groups. Odontostomatol Trop. 2006;29(114):9-14.

19. Otuyemi OD, Sote EO, Isiekwe MC, Jones SP. Occlusal relationships and spacing or crowding of teeth in the dentitions of 3-4-year-old Nigerian children. Int J Paediatr Dent. 1997;7(3):155-60.

20. Rossato C, Martins DR. Alterações dimensionais e cefalométricas em jovens leucodermas brasileiros, com e sem espaçamento anterior na dentadura decídua. Estudo longitudinal da dentadura decídua à permanente. Ortodontia. 1994;27(2):19-30.

21. Rossato C, Martins DR. Espaçamento anterior na dentadura decídua e sua relação com o apinhamento na dentadura permanente. Estudo longitudinal. Ortodontia. 1993;26(2):81-7.

22. Silva Filho OG, Rego MVNN, Silva PRB, Silva FPL, Ozawa TO. Relação intra-arco na dentadura decídua normal: diastemas, ausência de diastemas e apinhamento. J Bras Ortodon Ortop Facial. 2002;7(42):501-9.

23. Soviero VLM, Bastos EPS, Souza IPR. Dentição decídua: estudo da prevalência dos espaços interproximais em crianças brasileiras. Rev Odontol Univ São Paulo. 1999;3(2):159-65.

24. Thomaz EBAF, Ely MR, Lira CC, Moraes ES, Valença AMG. Prevalência de protrusão dos incisivos superiores, sobremordida profunda, perda prematura de elementos dentários e apinhamento na dentição decídua. JBP: J Bras Odontopediatr Odontol Bebê. 2002;5(26):276-82.

25. Thomaz EBAF, Valença AMG. Prevalência de má-oclusão e fatores relacionados à sua ocorrência em pré-escolares da cidade de São Luís - MA - Brasil. RPG: Rev Pós-Grad. 2005;12(2):212-21.

Enviado em: 8 de outubro de 2008Revisado e aceito: 9 de março de 2009

Dental Press J Orthod 163 2011 Sept-Oct;16(5):163-71

lincoln i. nojima*

c a S o c l í n i c o B B o

tratamento conservador de uma má oclusão Classe i de angle, com atresia maxilar e apinhamento anterior

Este artigo relata o tratamento de uma paciente do sexo feminino, com 15 anos de idade, má oclusão Classe I de Angle, severo apinhamento anterossuperior, desvio da linha média superior para o lado esquerdo e atresia maxilar, associada à mordida cruzada posterior. Os procedimen-tos executados envolveram a expansão maxilar com disjuntor palatino do tipo Haas modifica-do e montagem de aparelho fixo com sistema Edgewise standard. Foram realizados desgastes proximais nos incisivos e caninos inferiores para o alinhamento anterior, bem como redução da discrepância de Bolton com excesso inferior. Esse caso foi apresentado à diretoria do Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO), representando a categoria livre escolha, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Diplomado pelo BBO.

Resumo

Palavras-chave: Classe I de Angle. Atresia. Disjunção. Apinhamento.

* Mestre e Doutor em Ortodontia pela UFRJ. Professor Adjunto de Ortodontia da UFRJ. Visiting Associate Professor - Case Western Re-serve University, Cleveland/Ohio. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia.

HistóRia e etiOLOgiaPaciente do sexo feminino, com 15 anos de idade e

bom estado geral de saúde. A queixa principal da pa-ciente estava relacionada com o mau posicionamento do canino superior do lado esquerdo. Na anamnese, os responsáveis relataram que as adenoides não haviam sido removidas e constatou-se que as tonsilas palati-nas apresentavam tamanho normal. A paciente apre-sentava respiração nasal, higiene bucal satisfatória e ausência de comprometimentos periodontais graves.

diagnósticOAo exame facial, não apresentava assimetrias

evidentes e mostrava terço inferior da face leve-mente aumentado. O perfil facial era reto; o ân-gulo nasolabial, obtuso; e o lábio superior, posicio-nado posteriormente à linha S de Steiner (-1mm). Ao sorriso, mostrava linha média superior com desvio para o lado esquerdo e um sorriso desagra-dável, em função da vestibuloversão do dente 23 e palatoversão do 22 (Fig. 1).

Como citar este artigo: Nojima LI. Tratamento conservador de uma má oclusão Classe I de Angle, com atresia maxilar e apinhamento anterior. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):163-71.

» O autor declara não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e compa-nhias descritos nesse artigo.

Nojima LI

Dental Press J Orthod 171 2011 Sept-Oct;16(5):163-71

the conservative treatment of Class i malocclusion with maxillary transverse deficiency and anterior teeth crowding

abstract

This article reports the treatment of a 15-years-old female patient, with Class I malocclusion, severe upper anterior crowding, midline deviation to the left side and maxillary transverse deficiency associated with posterior crossbite. The procedures involved rapid maxillary expansion with modified Haas appliance and the use of Edgewise standard system. Proximal wear were performed to the alignment of mandibular incisors, as well as to reduce the Bolton discrepancy. This case was presented to the Brazilian Board of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics (BBO), representative of category free, as partial fulfillment of the requirements for obtaining the title of BBO Diplomate.

Keywords: Maxillary transverse deficiency. Crowding. Rapid maxillary expansion. Class I malocclusion.

1. Tweed CH. A philosophy of orthodontic treatment. Am J Orthod Oral Surg. 1945;31:74.

2. Burstone CJ. Lip posture and its significance in treatment planning. Am J Orthod. 1967;53(4):262-84.

3. Baratieri C, Nojima LI, Alves M Jr, Souza MMG, Nojima MCG. Transverse effects of rapid maxillary expansion in Class II malocclusion patients: a Cone-Beam Computed Tomography study. Dental Press J Orthod. 2010;15(5):89-97.

4. Kokish VG, Nappen DL, Shapiro PA. Gingival contour and clinical crown length: their effect on the esthetic appearance of maxillary anterior teeth. Am J Orthod. 1984;86(2):89-94.

5. Rickets RM, Bench RW, Gugino CF, Hilgers JJ, Schulof RJ, Bioprogressive therapy. Denver, CO: Rocky Mountain Orthodontics; 1979.

6. Burstone CJ. Deep overbite correction by intrusion. Am J Orthod. 1977;72(1):1-22.

7. Tuverson DL. Anterior interocclusal relations. Part II. Am J Orthod. 1980;78(4):371-93.

8. Ramfjord A. Oclusion. 4th ed. Philadelphia: WB Saunders; 1995.

RefeRências

endereço para correspondêncialincoln i. nojimaav Professor rodolpho Paulo rocco, 325 CeP: 21.941-617 – ilha do fundão – rio de Janeiro / rJ e-mail: [email protected]

superior para a esquerda. Para o alinhamento e nivelamento dos dentes 22 e 23, foi realizada a expansão superior, associada à projeção dos incisi-vos e à mecânica de elásticos com vetor de Classe II do lado esquerdo. Para o apinhamento inferior de -4mm, foram realizados desgastes interproxi-mais de 2mm nas faces proximais dos dentes 33 ao 43, associados a uma leve projeção dos incisivos

inferiores (Fig. 8, 9, 10, Tab. 1). A sobreposição total (Fig. 10A) revelou giro da mandíbula no sentido horário; e as sobreposições parciais (Fig. 10B), movimento distal do 26 e projeção dos inci-sivos superiores e inferiores. Devido à presença de expansão do folículo do terceiro molar superior (18), recomendou-se à paciente exodontia desse elemento dentário.

Enviado em: 2 de agosto de 2011Revisado e aceito: 26 de agosto de 2011

t ó p i c o E S p E c i a l

Dental Press J Orthod 172 2011 Sept-Oct;16(5):172-205

Perfuração do esmalte para o tracionamento de caninos: vantagens, desvantagens, descrição da técnica cirúrgica e biomecânica

leopoldino Capelozza filho*, alberto Consolaro**, mauricio de almeida Cardoso*, Danilo furquim siqueira*

introdução: a tração de dentes não irrompidos sempre foi considerada um procedimento de risco na prática ortodôntica. Com essa perspectiva, é indispensável a busca por eficiência nos procedimentos adotados para esse mister, o que justifica a proposta do presente artigo. Ao perfurar, vazamos uma estrutura natural, cuja restauração com material artificial é uma ação que está no escopo da área de maior evolução da Odontologia, não havendo justificativa para se evocar procedimentos de maior risco, como a colagem ou laçada com fios. Objetivo: este artigo objetiva apresentar protocolos para a Perfuração do Esmalte para o Tracionamento de Caninos (PETC), especificamente os caninos superiores, mais acometidos pelas anomalias de posicionamento, também denominadas disgenesias. Serão abordadas as vantagens e desvanta-gens da PETC em relação à Colagem de Acessório para o Tracionamento de Caninos (CATC), apresentando-se casos clínicos de diferentes níveis de complexidade, tendo como ponto de partida a literatura e a experiência clínica de 30 anos com elevado índice de sucesso.

Resumo

Palavras-chave: Impacção de canino. Tracionamento dentário. Mecânica segmentada.

* Professores Doutores do Programa de Graduação e Pós-graduação em nível de Especialização e Mestrado em Ortodontia da Universidade Sagrado Coração (USC).

** Professor Titular da Faculdade de Odontologia de Bauru e da Pós-graduação da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP.

intROduçãOA ausência mais frequente de dentes na ar-

cada dentária envolve os caninos permanentes, desconsiderando-se os terceiros molares21,28,36. Em amostras aleatórias, a frequência de caninos não irrompidos é de 1,5 a 2% na maxila, e 0,3% na mandíbula8,10,20,22,23,26,30,35. Em contraparti-da, a frequência é alta (23,5%) em amostras

previamente selecionadas para tratamento or-todôntico3,24,37. Nos pacientes do sexo femini-no, os caninos não irrompidos (1,17%) são o dobro em relação aos do masculino (0,51%)2 e ocorrem por palatino duas a três vezes mais do que por vestibular1,33.

Embora a hereditariedade33 pareça desempe-nhar um papel na etiopatogenia dos dentes não

Como citar este artigo: Capelozza Filho L, Consolaro A, Cardoso MA, Siqueira DF. Perfuração do esmalte para o tracionamento de caninos: van-tagens, desvantagens, descrição da técnica cirúrgica e biomecânica. Dental Press J Orthod. 2011 Sept-Oct;16(5):172-205.

» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-dade ou financeiros que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.

Perfuração do esmalte para o tracionamento de caninos: vantagens, desvantagens, descrição da técnica cirúrgica e biomecânica

Dental Press J Orthod 204 2011 Sept-Oct;16(5):172-205

enamel perforation for canine traction: advantages, disadvantages, surgical technique description and biomechanics

abstract

Introduction: The management of unerupted teeth has always been considered as a challenging procedure in orth-odontic practice. Within this perspective, the search for effectiveness in the adopted procedures for the management of unerupted teeth is essential, which explains the purpose of the present paper. When perforation is performed, a natural structure is transfixed, which may be restored with composite material and may dispense from risky proce-dures such as bonding attachment technique and lasso wire technique. Objective: The present paper aims to present protocols for enamel perforation for canine traction (EPCT), specifically for maxillary canines, the most frequent teeth showing tooth position anomalies. In this paper, clinical cases with different degrees of complexities were illustrated, and, based upon the literature review and the 30 years of expertise with high rate of clinical success, advantages and disadvantages are discussed comparing EPCT and bonding attachment technique for canine traction (BACT).

Keywords: Unerupted maxillary canines. Tooth traction. Segmented mechanics.

1. Berglund L, Kurol J, Kvint S. Orthodontic pretreatment prior to auto-transplantation of palatally impacted canines: case reports on a new approach. Eur J Orthod. 1996;18:449-56.

2. Bishara SE. Impacted maxillary canines: a review. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1992;101(2):159-71.

3. Bishara SE. Clinical management of impacted maxillary canines. Semin Orthod. 1998;4(2):87-98.

4. Bishara SE, Kommer DD, McNeil MH. Management of impacted canines. Am J Orthod. 1976;80:173-90.

5. Capelozza Filho L. Diagnóstico em Ortodontia. Maringá: Dental Press; 2004.

6. Capelozza Filho L. Metas terapêuticas individualizadas. Maringá: Dental Press; 2011.

7. Capelozza Filho L, Reis SAB, Cardoso Neto J. Uma variação no desenho do aparelho expansor rápido da maxila no tratamento da dentadura decídua ou mista precoce. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 1999;4(1):69-74.

8. Cardoso MA, Silva SLA, Capelozza Filho L, Consolaro A, Siqueira DF. Tracionamento de canino permanente superior: relato de caso clínico. Rev Clín Ortod Dental Press. 2011;10(4):108-21.

RefeRências

cOnsideRações finaisCom base na experiência clínica, a análise da

relação custo-benefício e do nível de risco no tracionamento de caninos permanentes não ir-rompidos nos levou a considerar o protocolo de PETC como mais apropriado quando compara-do ao protocolo de CATC.

agRadecimentOsAgradecemos ao Prof. Dr. Reinaldo Mazzot-

tini, cirurgião responsável pelo procedimento de PETC dos casos desse artigo; à Profa. Dra. Daniela Garib, pela cessão do caso clínico de CATC na ar-cada inferior; e ao Dr. Evandro Borgo, pela monta-gem dos cortes tomográficos e reconstruções 3D.

9. Chambas C. Canine maxillaire incluse et thérapeutique orthodontique. Rev Orthop Dento Faciale. 1993;27:9-28.

10. Clark CA. A method of ascertaining the relative position of the unerupted teeth by means of film radiographs. Proc R Soc Med. 1910;3(Odontol Sect):87-90.

11. Conley RS, Boyd SB, Legan HL, Jernigan CC, Starling C, Potts C. Treatment of a patient with multiple impacted teeth. Angle Orthod. 2007;77(4):735-41.

12. Consolaro A. Tracionamento dentário: mitos, coincidências e fatos - Parte I. Reabsorção interna e reabsorção cervical externa. Rev Clín Ortod Dental Press. 2003;2(5):100.

13. Consolaro A. Tracionamento dentário: mitos, coincidências e fatos - Parte II. Este procedimento provoca anquilose alveolodentária? Rev Clín Ortod Dental Press. 2003 dez-2004 jan;2(6):100.

14. Consolaro A. O folículo pericoronário e suas implicações clínicas nos tracionamentos dos caninos. Rev Clín Ortod Dental Press. 2010;9(3):105-10.

15. Consolaro A. Tracionamento ortodôntico: possíveis consequências nos caninos superiores e dentes adjacentes – Parte I: reabsorção radicular nos incisivos laterais e pré-molares. Dental Press J Orthod. 2010;15(4):15-23.

Capelozza Filho L, Consolaro A, Cardoso MA, Siqueira DF

Dental Press J Orthod 205 2011 Sept-Oct;16(5):172-205

endereço para correspondêncialeopoldino Capelozza filhorua Padre João, nº 14-71 CeP: 17.012-020 – Bauru / sPe-mail: [email protected]

27. Gurgel JA, Ramos AL, Kerr SD. Fios ortodônticos. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2001;6(4):103-14.

28. Kramer RM, William SAC. The incidence of impacted teeth. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1970;29(2):237-41.

29. Lindauer SJ, Isaacson RJ. One-couple orthodontic appliance systems. Semin Orthod. 1995;1(1):12-24.

30. Lindauer SJ, Rubenstein LK, Hang WM, Andersen WC, Isaacson RJ. Canine impaction identified early with panoramic radiographs. J Am Dent Assoc. 1992;123(3):91-2, 95-7.

31. Martins DR, Kawakami RY, Henriques JFC, Janson GRP. Impacção dentária: condutas clínicas. Apresentação de casos clínicos. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 1998;3(1):12-22.

32. McDonald F, Yap WL. The surgical exposure and application of direct traction of unerupted teeth. Am J Orthod. 1986;89(4):331-40.

33. Peck S, Peck L, Kataja M. The palatally displaced canine as a dental anomaly of genetic origin. Angle Orthod. 1994;64(4):249-56.

34. Rebellato J, Schabel B. Treatment of a patient with an impacted transmigrant mandibular canine and a palatally impacted maxillary canine. Angle Orthod. 2003;73(3):328-36.

35. Schubert M, Baumert U. Alignment of impacted maxillary canines: critical analysis of eruption path and treatment time. J Orofac Orthop. 2009;70(3):200-12.

36. Silva Filho OG, Fugio N, Capelozza Filho L, Cavassan AO. Irrupção ectópica dos caninos permanentes superiores: soluções terapêuticas. Ortodontia. 1994;27(3):50-66.

37. Warford JH Jr, Grandhi RK, Tira DE. Prediction of maxillary canine impaction using sectors and angular measurement. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2003;124(6):651-5.

38. Zuccati G, Ghobadlu J, Nieri M, Clauser C. Factors associated with the duration of forced eruption of impacted maxillary canines. A retrospective study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2006;130(3):349-56.

Enviado em: 16 de agosto de 2011Revisado e aceito: 30 de agosto de 2011

16. Consolaro A. O tracionamento ortodôntico representa um movimento dentário induzido! Os 4 pontos cardeais da prevenção de problemas durante o tracionamento ortodôntico. Rev Clín Ortod Dental Press. 2010;9(4):105-10.

17. Consolaro A. Tracionamento ortodôntico: possíveis consequências nos caninos superiores e dentes adjacentes – Parte II: reabsorção cervical externa nos caninos tracionados. Dental Press J Orthod. 2010;15(5):23-30.

18. Consolaro A. Consequências e cuidados na luxação cirúrgica de caninos seguida de tracionamento ortodôntico. O ortodontista deve necessariamente ser comunicado! Rev Clín Ortod Dental Press. 2010 dez-2011 jan;9(6):106-9.

19. Consolaro A, Consolaro RB, Francischone LA. Tracionamento ortodôntico: possíveis consequências nos caninos superiores e dentes adjacentes - Parte III: anquilose alveolodentária, reabsorção dentária por substituição, metamorfose cálcica da polpa e necrose pulpar asséptica. Dental Press J Orthod. 2010;15(6):18-24.

20. Dachi SF, Howell FV. A survey of 3,874 routine full-mouth radiographs. II. A study of impacted teeth. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1961;14:1165-9.

21. Erdinc AME. Orthodontic and surgical approach to the treatment of bilaterally impacted maxillary canines: a case report. Quintessence Int. 2008;39(7):587-92.

22. Ericson S, Kurol J. Radiographic assessment of maxillary canine eruption in children with clinical signs of eruption disturbance. Eur J Orthod. 1986;8(3):133-40.

23. Ericson S, Kurol J. Longitudinal study and analysis of clinical supervision of maxillary canine eruption. Community Dent Oral Epidemiol. 1986;14(3):172-6.

24. Ferguson JW. Management of the unerupted maxillary canine. Br Dent J. 1990;169(1):11-7.

25. Graber TM, Vanarsdal RL. Ortodontia: princípios e técnicas atuais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002.

26. Grover PS, Lorton L. The incidence of unerupted permanent teeth and related clinical cases. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1985;59:420-5.

Dental Press J Orthod 206 2011 Sept-Oct;16(5):206-8

normaS dE aprESEntação dE originaiS

— O Dental Press Journal of Orthodontics publica arti-gos de investigação científica, revisões significativas, relatos de casos clínicos e de técnicas, comunicações breves e outros materiais relacionados à Ortodontia e Ortopedia Facial.

— O Dental Press Journal of Orthodontics utiliza o Sistema de Gestão de Publicação, um sistema on-line de submissão e avaliação de trabalhos. Para sub-meter novos trabalhos visite o site:

www.dentalpressjournals.com

— Outros tipos de correspondência poderão ser envia-dos para:

Dental Press International Av. Euclides da Cunha 1718, Zona 5 CEP: 87.015-180, Maringá/PR Tel.: (44) 3031-9818 E-mail: [email protected]

— As declarações e opiniões expressas pelo(s) autor(es) não necessariamente correspondem às do(s) editor(es) ou publisher, os quais não assumirão qualquer respon-sabilidade pelas mesmas. Nem o(s) editor(es) nem o publisher garantem ou endossam qualquer produto ou serviço anunciado nesta publicação ou alegação feita por seus respectivos fabricantes. Cada leitor deve de-terminar se deve agir conforme as informações con-tidas nesta publicação. A Revista ou as empresas pa-trocinadoras não serão responsáveis por qualquer dano advindo da publicação de informações errôneas.

— Os trabalhos apresentados devem ser inéditos e não publicados ou submetidos para publicação em outra revista. Os manuscritos serão analisados pelo editor e consultores, e estão sujeitos a revisão editorial. Os autores devem seguir as orientações descritas adiante.

ORIENTAÇÕES PARA SUBMISSÃO DOS MANUSCRITOS

— Os trabalhos devem, preferencialmente, ser escritos em língua inglesa.

— Apesar de ser oficialmente publicado em inglês, o Dental Press Journal of Orthodontics conta ainda com sua versão em língua portuguesa. Por isso serão aceitas, também, submissões de artigos em português.

— Nesse caso, após terem sido avaliados e aprovados, os autores deverão enviar a versão em inglês de seus trabalhos.

— Essa versão será submetida à aprovação do Conselho Editorial e deverá apresentar adequada qualidade vernacular.

FORMATAÇÃO DOS MANUSCRITOS

— Submeta os artigos através do site: www.dentalpressjournals.com — Organize sua apresentação como descrito a seguir:

1. Página de título— deve conter título em português e inglês, resumo e

abstract, palavras-chave e keywords. — não inclua informações relativas aos autores, por

exemplo: nomes completos dos autores, títulos aca-dêmicos, afiliações institucionais e/ou cargos admi-nistrativos. Elas deverão ser incluídas apenas nos campos específicos no site de submissão de artigos. Assim, essas informações não estarão disponíveis para os revisores.

2. Resumo/Abstract — os resumos estruturados, em português e inglês, de

250 palavras ou menos são os preferidos. — os resumos estruturados devem conter as seções:

INTRODUÇÃO, com a proposição do estudo; MÉ-TODOS, descrevendo como o mesmo foi realizado; RESULTADOS, descrevendo os resultados primários; e CONCLUSÕES, relatando o que os autores con-cluíram dos resultados, além das implicações clínicas.

— os resumos devem ser acompanhados de 3 a 5 pala-vras-chave, ou descritores, também em português e em inglês, as quais devem ser adequadas conforme o MeSH/DeCS.

3. Texto— o texto deve ser organizado nas seguintes seções:

Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discus-são, Conclusões, Referências, e Legendas das figuras.

— os textos devem ter o número máximo de 4.000 palavras, incluindo legendas das figuras, resumo, abs-tract e referências.

— envie as figuras em arquivos separados (ver logo abaixo).

— também insira as legendas das figuras no corpo do texto, para orientar a montagem final do artigo.

4. Figuras— as imagens digitais devem ser no formato JPG ou

TIF, em CMYK ou tons de cinza, com pelo menos 7 cm de largura e 300 dpis de resolução.

— as imagens devem ser enviadas em arquivos inde-pendentes.

— se uma figura já foi publicada anteriormente, sua le-genda deve dar todo o crédito à fonte original.

— todas as figuras devem ser citadas no texto.

Dental Press J Orthod 207 2011 Sept-Oct;16(5):206-8

normaS dE aprESEntação dE originaiS

5. Gráficosetraçadoscefalométricos— devem ser enviados os arquivos contendo as versões

originais dos gráficos e traçados, nos programas que foram utilizados para sua confecção.

— não é recomendado o envio dos mesmos apenas em formato de imagem bitmap (não editável).

— os desenhos enviados podem ser melhorados ou re-desenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

6. Tabelas— as tabelas devem ser autoexplicativas e devem com-

plementar, e não duplicar o texto. — devem ser numeradas com algarismos arábicos, na

ordem em que são mencionadas no texto. — forneça um breve título para cada uma. — se uma tabela tiver sido publicada anteriormente,

inclua uma nota de rodapé dando crédito à fonte original.

— apresente as tabelas como arquivo de texto (Word ou Excel, por exemplo), e não como elemento gráfi-co (imagem não editável).

7. Comitês de Ética— Os artigos devem, se aplicável, fazer referência a pa-

receres de Comitês de Ética.

8. Referências— todos os artigos citados no texto devem constar na

lista de referências. — todas as referências listadas devem ser citadas no

texto.— com o objetivo de facilitar a leitura do texto, as refe-

rências serão citadas no texto apenas indicando a sua numeração.

— as referências devem ser identificadas no texto por números arábicos sobrescritos e numeradas na or-dem em que são citadas no texto.

— as abreviações dos títulos dos periódicos devem ser normalizadas de acordo com as publicações “Index Medicus” e “Index to Dental Literature”.

— a exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados ne-cessários à sua identificação.

— as referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às Normas Vancouver (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html).

— utilize os exemplos a seguir:

Artigos com até seis autoresSterrett JD, Oliver T, Robinson F, Fortson W, Knaak B, Russell CM. Width/length ratios of normal cli-nical crowns of the maxillary anterior dentition in man. J Clin Periodontol. 1999 Mar;26(3):153-7.

Artigos com mais de seis autoresDe Munck J, Van Landuyt K, Peumans M, Poitevin A, Lambrechts P, Braem M, et al. A critical review of the durability of adhesion to tooth tissue: methods and results. J Dent Res. 2005 Feb;84(2):118-32.

Capítulo de livroKina S. Preparos dentários com finalidade protéti-ca. In: Kina S, Brugnera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. cap. 6, p. 223-301.

Capítulo de livro com editorBreedlove GK, Schorfheide AM. Adolescent preg-nancy. 2nd ed. Wieczorek RR, editor. White Plains (NY): March of Dimes Education Services; 2001.

Dissertação, tese e trabalho de conclusão de cursoBeltrami LER. Braquetes com sulcos retentivos na base, colados clinicamente e removidos em labo-ratórios por testes de tração, cisalhamento e torção [dissertação]. Bauru (SP): Universidade de São Paulo; 1990.

Formato eletrônico Câmara CALP. Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Fa-ciais (DREF). Rev Dental Press Ortod Ortop Facial. 2006 nov-dez;11(6):130-56. [Acesso 2008 Jun 12]. Disponível em: www.scielo.br/pdf/dpress/v11n6/a15v11n6.pdf.

* Para submeter novos trabalhos acesse o site: www.dentalpressjournals.com

Dental Press J Orthod 208 2011 Sept-Oct;16(5):206-8

1. O registro de ensaios clínicos

Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências

para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo pro-

jeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista

intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de

causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter

interferência sobre a saúde dos envolvidos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clí-

nicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados

e registrados antes de serem iniciados.

O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de

identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos

resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas cien-

tíficas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como

pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de

instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com

interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite

reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas,

observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas

nos assuntos.

Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revis-

tas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões inter-

nacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas

científicas da área da saúde indexadas na Scientific Library Electronic

Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Ca-

ribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas

exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram in-

cluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de

registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área

da saúde.

Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Jour-

nal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que

exijam dos autores o número de registro no momento da submissão

de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos

Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos en-

dereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados,

os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios

estabelecidos pela OMS.

2. Portal para divulgação e registro dos ensaios

A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros

de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Se-

arch Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/index.html), com

interface que permite busca simultânea em diversas bases. A pesquisa,

nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clí-

nicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os

ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para

a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos corres-

pondente.

A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pe-

los produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que integram a rede

recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical

Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores

dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e

controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros

primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical

Trials Registry), www.clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (Internatio-

nal Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRC-

TN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possí-

vel, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para

os recomendados pela OMS.

A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem

ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação,

data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financia-

mento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinado-

res, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas,

título público do estudo, título científico, países de recrutamento, pro-

blemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e ex-

clusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário,

tamanho pretendido da amostra, status do recrutamento e medidas de

resultados primárias e secundárias.

Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três

categorias:

- Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e

contribuem para o Portal;

- Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas

enviam os dados para o Portal somente através de parceria com

um dos Registros Primários;

- Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria

do Portal, ainda não contribuem para o Portal.

3. Posicionamento do Dental Press Journal of Orthodontics

O DENTAL PRESS JOURNAL OF ORTHODONTICS apoia

as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial

da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International

Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http://www.wame.

org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/clin_trialup.htm),

reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divul-

gação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso

aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS

para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão

aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham

recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios

Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE,

cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje.

org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final

do resumo.

Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o

registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.

Atenciosamente,

Jorge Faber, CD, MS, Dr

Editor do Dental Press Journal of Orthodontics

ISSN 2176-9451

E-mail: [email protected]

comunicado aoS autorES E conSultorES - rEgiStro dE EnSaioS clínicoS