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XI Congresso Cincias do Desporto e Educao Fsica dos pases de lngua portuguesa 086 A AUTONOMIA PSICOSSOCIAL E FUNCIONAL DO IDOSO:UM ESTUDO COMPARATIVO LUZ DA DANA DE SALO

087 A BUSCA DA QUALIDADE DE VIDA NA PERSPECTIVA DA DANA DE SALOCleuza Almeida, Cleverton Jos Farias de Souza, Marcio Donizete Rocha [email protected] PUC-Campinas; ESEF Jundia; UEAM

No mbito da Educao Fsica, o interesse pela autonomia do idoso apresenta-se como um determinante medida que aumenta a expectativa de vida. A maioria dos idosos brasileiros encontra-se desassistida, situao agravada pela inatividade fsica que faz com que os mesmos percam a sua autonomia. O foco desse estudo residiu na tentativa de investigar se a dana de salo eficaz para a autonomia do idoso, uma vez que pode ser adaptada a qualquer idade, beneficiando-o como um todo na busca de um estilo de vida saudvel. Recorreu-se a uma abordagem descritiva, quantiqualitativa-comparativa, de campo em Recife-Pernambuco-Brasil. Fizeram parte do estudo 40 indivduos de ambos os gneros, de 60 a 80 anos, dos quais 20 eram praticantes da Dana no Clube das Ps e no Clube da SUDENE, e 20, sedentrios. Os instrumentos utilizados foram um questionrio para a avaliao dos aspectos psicossociais e da sade e a escala de Rikle e Jones para a avaliao funcional. A grelha de leitura possibilitou inferir que 83,3% dos idosos solteiros e 92,8% dos vivos eram mulheres. Os idosos ativos investiam mais em lazer, enquanto os sedentrios, nas despesas de casa. Os ativos estavam melhores com relao satisfao pessoal e convivncia familiar. Fumavam menos, porm bebiam mais que os sedentrios. Para a proporo peso/altura, os resultados dos idosos ativos foram positivos. 60,0% indicaram vida sexual tima e boa, para 20,0% dos sedentrios. Verificou-se apenas o aparecimento da hipertenso e depresso nos ativos, enquanto que, alm da hipertenso e depresso, os sedentrios eram acometidos pela hipertenso, depresso, hipotenso, diabete, hipotireoidismo, osteoporose, artrose, cardiopatia e cncer. Quanto capacidade funcional, os ativos estavam bem melhores. 90,0% podiam andar de 6 a 7 quarteires para 35,0% dos no ativos; 55,0% dos ativos podiam levantar e carregar 13 kg para 10,0% dos idosos no ativos. 65,0% dos ativos podiam efetuar atividades vigorosas, enquanto nenhum sedentrio podia realizar. O estudo concluiu que a dana de salo beneficia o idoso nos aspectos funcionais e psicossociais, contribuindo para sua autonomia ao tempo que sugere que esta atividade seja includa nos programas e projetos scio-educativos para idosos como uma grande aliada ao bem-estar e qualidade de vida, por ser uma modalidade que rene benefcios nos aspectos scio-afetivo, psicolgico e motor do indivduo na terceira idade.

Este artigo apresenta o estudo realizado com os participantes de dana de salo em algumas academias da cidade de Campinas, com o objetivo de identificar quais os sentimentos que levam as pessoas a buscar esta prtica. A dana uma forma de linguagem composta por outras linguagens artsticas (msica, teatro, literatura e artes plsticas), que dependendo do espetculo apresentado, ou tema encenado, apresenta uma linguagem especfica que os tornam nicos. A dana de salo como atividade fsica uma prtica que vem se firmando pela sua importncia em significar simbolicamente sua concepo de mundo e de sociedade. Neste contexto, um dos aspectos que nos impulsionou a esta investigao, foi o de verificar o perfil dos praticantes, identificar quais fatores motivam as pessoas a procurar uma aula de dana de salo, e analisar os sinais fsicos da presena de emoes no ato de danar, principalmente no que se refere diferenciao dos papeis sociais e a realizao deste objetivo coletivo. O processo da pesquisa teve, inicialmente uma pesquisa bibliogrfica realizada em diversas obras tais como livros, peridicos, canais especializados da internet, e uma pesquisa de campo, junto a um grupo de praticantes de dana de salo de 04 academias da cidade de Campinas, para o qual utilizamos no desenrolar do projeto /processo, um questionrio, observaes diretas e indiretas, filmagens, fotografias e depoimentos.

088 A CONSTRUO DE UM TEMPO NOVO:CONTRIBUTOS DA ACTIVIDADE FSICA NA REFORMA

089 A GERONTOCOREOGRAFIA COMO FORMA DE DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E INCLUSO SOCIALUP Flaviane Cabral, Alessandra Balbi, Rita Maria Puga Barbosa [email protected] UFAM

Margarida Alves [email protected]

A entrada na reforma (aposentadoria) representa a construo de uma nova realidade, com poucos modelos de referncia, e, deste modo, sob o risco de se transformar num vazio social. As pessoas, perante esta situao, so frequentemente obrigadas a fazerem face a uma das maiores reconverses das suas existncias, com uma alterao radical das suas prticas e rotinas. Tal impese, considerando que normalmente esto de boa sade, com todas as suas capacidades fsicas e mentais, que dispem de uma esperana de vida considervel e, fundamentalmente, que necessitam de encher o seu dia-a-dia com actividades repletas de sentidos para as suas vidas. Este estudo pretendeu ser, assim, um testemunho da realidade sociocultural de um grupo de pessoas reformadas e em que procurmos compreender, atravs do olhar das cincias sociais, os sentidos que permeiam as suas prticas quotidianas, nomeadamente o papel das actividades fsicas na construo de um tempo novo aps o abandono do trabalho. Utilizmos uma metodologia de cariz etnogrfico que se baseou no reconhecimento de que a compreenso do outro, e dos sentidos das suas prticas, exige uma participao na realidade estudada, interagindo e experimentando o modo de vida quotidiano dos sujeitos investigados. Salientamos como principais instrumentos a observao participante e a entrevista semi-estruturada e, como terreno da pesquisa, o contexto de uma universidade da terceira idade. A anlise interpretativa permitiu-nos concluir que os sujeitos no se reconhecem na tradicional representao da categoria de reformados, pelo que o seu quotidiano apresenta rupturas com muitos dos comportamentos at aqui esperados nesta etapa da vida. H uma evidente reflexividade a presidir s suas aces, enquanto forma de determinar e inovar os seus modos de vida. Tal reflexividade evidencia-se na adopo de novas prticas, dentro das quais se inserem as actividades fsicas, que testemunham o sentido da liberdade na construo de um tempo mais pessoal, o sentido da sociabilidade, renovando redes de interaco que em muitos casos tinham sido destrudas pela cessao do trabalho, e o sentido da procura de um corpo ideal, um corpo valorizado socialmente: jovem, saudvel e activo. Deste modo, salientmos a funo estruturante das actividades fsicas na construo de sentidos para este tempo novo de reforma.

O trabalho foi realizado no ano de 2005 com 60 alunas da disciplina Gerontocoreografia do Programa Idoso Feliz Participa Sempre-Universidade na Terceira Idade Adulta da Universidade Federal do Amazonas (PIFPS-U3IA/UFAM). Formavam duas turmas: T1 (45-59 anos) e T2 (60 em diante). Com objetivo de oportunizar as alunas vivenciar tipos diferentes de danas e ritmos atravs da execuo de combinaes de movimentos ensaiados para apresentaes. A gerontocoreografia a juno do duplo termo (gerontologia + coreografia) associado para descrever a dana coreogrfica executada em grupo ou individual praticada por pessoas idosas Puga BARBOSA (2003). Segundo ROSA (1993), no processo de envelhecimento, o comprometimento no rendimento motor em idosos comum, podendo afetar gradativamente nas atividades dirias. Contudo, a coordenao motora se for exercitada pode amenizar os danos causados no envelhecimento. Cujo pode ser trabalhada com seqncias de movimentos e uma infindvel variedade de combinaes (VAN NORMAN apud SILVA, 1998). Com isso, a dana, torna-se uma tima opo por oportunizar aos seus praticantes desenvolver a capacidade coordenativa. Permitindo assim, maior mobilidade e independncia CARLI (2000). As aulas tinham durao de uma hora, realizadas duas vezes por semana. Durante o aquecimento eram utilizados padres de movimentos da vida diria. Segundo PIRET e BZIERS (1992) essa maneira mais fcil de desenvolver os movimentos coordenativos nos idosos. As coreografias eram trabalhadas por partes, com variaes de ritmos, direes e na medida do possvel de planos. Por ser uma dana coreogrfica o trabalho em grupo e a coordenao dos movimentos essencial para que a apresentao seja um sucesso. Devido isso, a repetio de movimentos e dedicao das aulas so importantes. Pois, segundo VAN NORMAN (apud SILVA, 1998), transformar um acontecimento consciente em um processo de evoluo inconsciente, resultando em maior preciso de movimento. Contudo podemos considerar que no ano de 2005 as idosas das turmas de gerontocoreografia T1 e T2 do PIFPS-U3IA/UFAM obtiveram uma visvel melhora no desenvolvimento psicomotor, comprovado nas coreografias apresentadas. Alm de promover um timo trabalho em grupo o que favoreceu a sua incluso social. Coreografias desenvolvidas: Mozinha: colgio Dom Bosco; PIFPS; T1 e T2. Maria: PIFPS; T1 e T2. Country: FFATIAM; T1. Sol de Vero: FEIMAP; T1. Xote: FFATIAM; T2. Louca Tempestade: FEIMAP; T2.

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Atividade Fsica na Terceira Idade e Relaes Intergerocionais

Clara Maria Silvestre Monteiro de Freitas, Maria Almira Barros Leite [email protected] UPE

XI Congresso Cincias do Desporto e Educao Fsica dos pases de lngua portuguesa 090 A IMPORTNCIA DO CONHECIMENTOSOBRE OS BENEFCIOS DA ATIVIDADE FSICA

091 A INFLUNCIA DA HIDROGINSTICA NO BEM-ESTAR DO IDOSOUNISANTANNA; USP Marina de Castro Gino, Allana Kelly Cerqueira Lima, Fabiana Rodrigues de Sousa, Ana Patrcia da Silva [email protected] UECE; UFRJ

Tiemi Okimura, Silene Sumire Okuma [email protected]

A relao entre o conhecimento sobre os benefcios da atividade fsica (AF) e a adeso sua prtica ainda controversa, porm essas informaes possibilitam o idoso conhecer-se e instrumentalizar-se para potencializar suas capacidades fsicas e funcionais. O objetivo desta pesquisa foi verificar a importncia da aprendizagem dos benficos da AF em idosos. A amostra foi composta por 42 sujeitos, com idade acima de 60 anos, integrantes do Programa Autonomia para Atividade Fsica. Aps 5 meses de ensino sobre os efeitos da atividade fsica nos sistemas nervoso, cardiovascular, articular e msculo-esqueltico, foi realizada uma entrevista semiestruturada para avaliar a aprendizagem sobre a AF. Os resultados indicam que aprender sobre os efeitos do estmulo de cada capacidade fsica (aerbia, flexibilidade, resistncia muscular) ou neuromotora (equilbrio, agilidade, tempo de reao e movimento) favoreceu a atribuio de novos significados prtica da AF vivenciada pelos idosos antes da participao no programa. A experincia com AF anteriores realizadas em academias, clubes ou centros esportivos, denominados de movimentos automticos e realizados aleatoriamente, tiveram seus objetivos compreendidos quanto ativao dos sistemas do corpo. Eles questionaram os procedimentos didticos pautados apenas no fazer AF para manter a sade em detrimento do aprender como e porqu fazer AF. Verifica-se, tambm, que o conhecimento sobre os benefcios da AF permitiu ao sujeitos adaptar-se ou transformar o ambiente de acordo com suas necessidades e aspiraes. Por um lado, saber quais as capacidades fsicas estimuladas num jogo de futebol ou numa aula de yoga, por exemplo, levou uma reflexo sobre a necessidade ou no de complementao com outras AF para se atingir as metas pessoais. Por outro lado, aprender como um exerccio de alongamento ativa o sistema msculo-esqueltico e contribui para uma atividade da vida diria possibilitou uma valorizao dessa atividade. Parece que o conhecimento ensinado no programa foi uma possibilidade de contribuir com a autonomia do idoso ao esclarec-lo sobre a forma de lidar com o processo de envelhecimento atravs da AF. Entretanto, convm ressaltar a necessidade de estudos que aprofundem as melhores estratgias de ensin-lo.

Atualmente, so muito freqentes as notcias que constatam que a populao mundial est envelhecendo. Observa-se que a populao est sofrendo uma transformao, em funo de diversos avanos da medicina e da tecnologia, e isto est gerando um aumento na expectativa de vida do homem. Sendo assim, a prtica de atividades fsicas um fator crucial para um envelhecimento com qualidade de vida. As pessoas j esto cientes da importncia da prtica de atividade fsica em todas as idades e, principalmente, na terceira idade. Esta pesquisa tem como objetivo identificar a influncia da hidroginstica no bem estar de pessoas da terceira idade, visando a compreenso da representao desta atividade no cotidiano dos idosos. Para esta pesquisa exploratria foi aplicado, aos pesquisados, um questionrio semi-estruturado com 7 perguntas abertas e sua anlise foi realizada de forma qualitativa. A pesquisa foi realizada num clube social de classe mdia, na cidade de Fortaleza, com 5 idosos, sem restries de sexo e independente do perodo que a hidroginstica praticada por cada um deles. Os objetivos do estudo esto diretamente relacionados as alteraes decorrentes do processo de envelhecimento, assim as metas associadas prtica de exerccios fsicos, como a hidroginstica, so: melhoria da qualidade de vida, retardamento das alteraes fisiolgicas, melhoria das capacidades motoras e benefcios sociais, psicolgicos e fsicos. No foram verificadas divergncias quanto ao tipo e freqncia semanal recomendada aos programas de exerccios dirigidos aos idosos. Existiu uma abordagem diversificada quanto ao motivo que os levaram a praticar este tipo de atividade fsica, ou seja, a hidroginstica. Contudo, a progresso na melhoria de aspectos tanto fsicos como psicolgicos e sociolgicos foram relatados por todos os pesquisados e isto pode servir de indicativo para explicar o por qu da maioria destes idosos terem comeado a prtica desta atividade e nunca mais terem parado. Enfim, a prtica de atividade fsica para a terceira idade mostra-se de suma importncia, pois pode possibilitar ao idoso sentir-se mais til, independente, com mais esperana e vontade de viver, alm de melhorar sua auto-estima, vitalidade e disposio, possibilitando a eles tornarem-se seres mais saudveis, sociveis e felizes.

092 A INFLUNCIA DA PRTICA DO ORIGAMI NA COORDENAO MOTORA FINA EM ADULTOS E IDOSOSKathia Tiemi Yuri [email protected] UEL

093 A INFLUNCIA DE EXERCCIOS DE ALONGAMENTOS NA MELHORA DA FLEXIBILIDADE E DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE INDIVDUOS IDOSOSFabiana Igncio de Almeida, Daniele Barrionuevo Kallas Batista [email protected] Movere Ncl.Ativ.Esp.; Univ.Presb.Mackenzie

O trabalho teve como objetivo analisar a influncia da aplicao da tcnica de origami como meio de promover a manuteno ou a melhora da coordenao motora fina em adultos e idosos. Foi selecionado um grupo de idosos da Parquia Nossa Senhora Aparecida da cidade de Londrina PR, que possuem semanalmente aulas de condicionamento/ginstica localizada para realizao desse estudo. A anlise ocorreu atravs de uma pesquisa de campo com aplicao de um pr e ps-teste, baseado em M ATSUDO , S.M.M., um teste de habilidade manual para mensurar a coordenao motora fina que consistia em um painel pendurado em uma parede de superfcie plana, a uma altura de 1,5 metros do solo. Em p, com os membros superiores ao longo do corpo, e posicionado ao centro do painel, ao sinal Ateno J!, o indivduo teve que realizar as seguintes tarefas: encaixar a chave na fechadura, encaixar o plug na tomada, desencaixar a lmpada do soquete e discar o nmero 9 do telefone. Todos os testes foram cronometrados e anotados para que posteriormente fosse comparado a habilidade na realizao do teste. Aps a realizao das aulas de origami os resultados apresentados foram positivos, pois indicaram uma melhora de mais de 60% na coodenao motora fina nos participantes, que era composto por 9 idosos de 64 a 70 anos e 5 adultos de 43 a 54 anos. E foi possvel concluir que as aulas foram benficas, pois foi constatado atravs dos testes que a maiorida das pessoas que participaram das aulas de origami tiveram uma melhora considervel na sua coodenao motora fina, alm de promover a tcnica como meio de socializao, atividade prazerosa e recreativa ao grupo.

Introduo: Com o processo de envelhecimento natural ocorrerem declnios fisiolgicos, no entanto, podemos manter estes declnios em nveis suficientes para a manuteno da vida independente. A prtica regular de exerccios fundamental para a manuteno da vida independente (OKUMA, 1998; SPIRDUSO, 2005). A flexibilidade um fator imprescindvel para a execuo de atividades do cotidiano e para a independncia em relao capacidade funcional de indivduos idosos (ACHOUR JNIOR, 1999). O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos de um treinamento especfico de flexibilidade em relao capacidade funcional de indivduos idosos fisicamente ativos e praticantes regulares de hidroginstica. Material e Mtodo: Este estudo foi realizado atravs de pesquisa experimental. A amostra foi formada por um grupo de 13 sujeitos, acima de 60 anos. A flexibilidade foi avaliada pelo teste de Sentar e alcanar (CARNAVAL, 2002), e a capacidade funcional foi avaliada atravs da Escala de Auto-percepo da Vida Diria, validada por ANDREOTI e OKUMA (1999). Aps a avaliao inicial os sujeitos foram submetidos a aulas de alongamento durante um ms e quinze dias, totalizando 12 sesses de cinqenta minutos, duas vezes na semana. Os resultados do teste de flexibilidade foram analisados pelo teste t-student com nvel de significncia de 0,5%. Resultados: A flexibilidade teve aumento significativo, PR=18,38*7,05cm e PS=19,32*6,74cm. Com relao capacidade funcional, no foram observadas alteraes significativas. Concluses: O grupo estudado j praticava hidroginstica duas vezes por semana, fator que pode ter influenciado a manuteno da percepo da capacidade funcional. Os indivduos j apresentavam no pr-teste uma capacidade funcional classificada como boa ou muito boa. Concluiu-se que a hidroginstica praticada pode no estar atendendo s necessidades de desenvolvimento da flexibilidade e, portanto, torna-se necessrio sugerir atividades paralelas que complementem o programa de atividade fsica destes idosos no intuito de minimizar os declnios fisiolgicos em relao a esta capacidade fsica e a conseqente diminuio da capacidade funcional.

236 Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.20, p.235-62, set. 2006. Suplemento n.5.

XI Congresso Cincias do Desporto e Educao Fsica dos pases de lngua portuguesa 094 A MELHORA DA QUALIDADE DE VIDA DE ALUNOS DE TERCEIRA IDADE PRATICANTES DO MTODO PILATESFabiano Lumertz Sanches [email protected] DeD Pilates

095 A MEMRIA VISUAL E A CAPACIDADE DE REACO NO IDOSOManuel Ferreira da Conceio Botelho [email protected]

O mtodo Pilates vem sendo descoberto pelos estudiosos da atividade fsica como uma forma de treinamento e/ou tratamento/reabilitao extremamente eficaz. Devido a este aspecto, as caractersticas mais importantes e efeitos do treinamento do mtodo necessitam de estudos e pesquisas que venham fundament-lo cientificamente. A motivao inicial para a pesquisa so os constantes depoimentos similares que atribuem ao mtodo melhorias considerveis de qualidade de vida dos praticantes. Portanto, o objetivo desse estudo obter informaes a respeito da melhoria da qualidade de vida em praticantes do mtodo Pilates. O presente estudo buscou coletar os depoimentos dos alunos praticantes do mtodo Pilates em uma academia de Campo Grande RJ. Foram entrevistados 20 alunos, idosos, mulheres e homens, escolhidos aleatoriamente, no determinando um grupo ou perfil especifico pesquisado. Estes alunos relataram as mais variadas evidncias e os benefcios conseguidos aps o incio do treinamento com o mtodo Pilates sejam estes de carter social ou fsico. Os depoimentos apontaram para melhorias de qualidade de vida que proporcionaram a eles um cotidiano mais funcional e eficiente, alm da realizao das tarefas dirias e comuns com maior facilidade. Atravs dos relatos apresentados, podemos concluir que o mtodo Pilates vem a ser uma proposta de treinamento/reabilitao inclusiva e que promove o bem estar e a qualidade de vida dos seus praticantes de forma motivadora e saudvel.

Com o passar dos anos, alteraes estruturais e fisiolgicas manifestam-se no nosso corpo, sendo normalmente irreversveis. O processo de envelhecimento, ao qual ningum est imune, provoca tambm alteraes biolgicas que levam a mudanas psicolgicas, emocionais e sociais que requerem adaptao. o caso da capacidade de memria e da velocidade de reaco, que j no so to rpidas e eficazes como outrora. No idoso a capacidade de detectar pequenos movimentos ao nvel das articulaes reduz-se, realando uma diminuio na eficincia dos proprioceptores (GODINHO et al., 1999a). Com este trabalho pretendemos comparar a Memria Visuo-motora (MVm) e a Velocidade de Reaco Manual (VR) numa populao idosa, praticante e no praticante de actividade fsica (AF) nos ltimos cinco anos. Neste estudo participaram 46 idosos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 65 e os 93 anos, organizados em 2 grupos: um que tem praticado a actividade fsica nos ltimos 5 anos e outro de no praticantes de actividade fsica nos ltimos 5 anos. Ambos so constitudos por 23 idosos cada, 8 do sexo masculino e 15 do sexo feminino. A mdia de idades do grupo 1 de 76.4 6.4 e do grupo 2 76.9 6. Os instrumentos utilizados foram o Teste de Memria Visuomotora (TMVm) e o Teste de Reaco Manual de Nelson (TRMN). Da anlise dos resultados destacam-se as seguintes concluses: 1) os idosos praticantes de AF nos ltimos cinco anos apresentam uma melhor MVm que os idosos no praticantes de AF nos ltimos cinco anos; 2) quer no sexo feminino, quer no sexo masculino, apenas foram encontradas diferenas estatisticamente significativas numa das variveis da MVm (o nmero de erros). Contudo, os idosos praticantes de AF nos ltimos cinco anos (mulheres e homens) apresentaram melhores valores de tempo de execuo no teste de MVm que os idosos no praticantes de AF nos ltimos 5 anos. Embora as diferenas encontradas no sejam estatisticamente significativas, face aos valores obtidos, os primeiros apresentam uma melhor MVm que os segundos; 3) apesar da tendncia verificada de os idosos praticantes de AF nos ltimos cinco anos apresentarem melhores resultados de VR que os idosos no praticantes de AF nos ltimos cinco anos, no podemos afirmar que os primeiros tm, efectivamente, melhor VR, pois as diferenas encontradas no so estatisticamente significativas. Resultados idnticos foram obtidos no sexo feminino e no masculino.

096 A RELAO DA EDUCAO FSICA COM A POLTICA NACIONAL DO IDOSOBruno Almeida Teixeira, Marcelo Moreira Antunes, Monica da Silveira Torres, Diego Luz Moura [email protected] UniverCidade

097 ADAPTAES DA PRESSO ARTERIAL APS UMA SESSO DE EXERCCIO DE FORA EM IDOSOSLuiz Humberto Souza, Luciana das Mercs Lima, Ricardo Jac de Oliveira [email protected] UCB

O presente estudo tem por finalidade identificar os direitos da populao idosa presente na legislao Federal, bem como a do Estado e do Municpio do Rio de Janeiro, no que se refere qualidade de vida, esporte e lazer. Trata-se de um estudo que objetiva especificamente analisar essas leis do ponto de vista dos benefcios de manter-se ativo na terceira idade e como essas atividades so implementadas pelo poder pblico. Foi realizada uma reviso de literatura referente qualidade de vida, esporte e lazer para a terceira idade, alm da legislao relacionada a essa populao. Na legislao brasileira recente identificam-se leis que apontam para uma crescente preocupao com o idoso no Pas. Essa preocupao pode ser observada pela criao de novas leis, a exemplo da lei Federal no 10.741/03, intitulada Estatuto do Idoso, que dispe sobre a regulamentao dos direitos assegurados a essa populao. Na anlise da legislao Estadual e Municipal, ficou caracterizada falta de informaes complementares que definissem as aes e polticas pblicas para a implementao dos direitos assegurados ao idoso. Quanto aos benefcios de manter-se ativo, nesta fase da vida, foi identificado no estudo que a atividade fsica considerada importante para a manuteno e aquisio de uma boa qualidade de vida. Os resultados alcanados pelo presente estudo demonstram que h uma concordncia sobre a questo da importncia da atividade fsica para o idoso, porm uma discordncia sobre a definio da faixa etria onde se insere a terceira idade. Indicam ainda que a atual legislao limita-se a regulamentar os direitos dos idosos a qualidade de vida, ao esporte e ao lazer, porm demonstra a necessidade de se definir quais as aes concretas do poder pblico para a real efetivao de acesso do idoso a qualidade de vida, ao esporte e ao lazer, direitos assegurados por lei e de responsabilidade do Estado.

Introduo e objetivo: H consenso de que o nmero absoluto de idosos na populao tende a crescer nas prximas dcadas, o que desperta preocupao acerca das condies de sade e qualidade de vida que esses indivduos estaro submetidos. Em particular, possvel que haja um aumento expressivo de pessoas portadoras de doenas crnico-degenerativas, especialmente hipertenso arterial. Assim, a reduo dos valores pressricos um importante fator para minimizar o risco de doenas cardacas. Para tanto, medidas no-farmacolgicas, que apresentam baixo custo e efeitos colaterais raros, tm sido amplamente empregadas. O exerccio fsico regular contribui para a diminuio da presso arterial (PA) em repouso, podendo ocorrer ps-exerccio ou atravs da resposta crnica. No entanto, a variao da PA logo aps o exerccio contra-resistncia permanece pouco definido na literatura. Assim, este estudo busca investigar a influncia de uma nica sesso de exerccio resistido sobre as alteraes pressricas de idosos. Materiais e Mtodos: Foram selecionadas 34 voluntrias (68,213,93 anos; 65,516,03 kg; 152,356,61 cm) com experincia prvia no treinamento contra-resistncia, no mnimo h 6 meses. As participantes estavam iniciando um programa de treinamento em uma intensidade a 60% de 1RM. Especificamente no dia da avaliao foram treinados, em 3 sries de 10 repeties, os seguintes exerccios na intensidade previamente definida: leg press 180, supino vertical, puxada na frente, abduo de ombro com peso livre, flexo e extenso de cotovelo na polia, cadeira extensora e flexora, flexo plantar. A PA foi mensurada com um esfigmomanmetro de mercrio em dois momentos: antes e aps a interveno. As presses arteriais sistlica (PAS) e diastlica (PAD) foram definidas na fase 1 e 5 Korotkoff, respectivamente. Para comparar as diferenas entre o pr e ps-teste foi utilizado o teste t pareado. O nvel de significncia adotado foi de p = 0,01. Resultados: Os valores mdios, em mmHg, da PAS e PAD obtidos no repouso (r) e ps-exerccio (pe) foram: PAS (r)127,514,16, (pe)116,6813,16; PAD (r)83,1512,9, (pe)71,7612,73. Foram encontradas diferenas significativas entre os valores da PAS (p=0,0014) e PAD (p=0,0004) pr e ps-interveno. Concluso: Uma nica sesso de exerccio resistido a 60% de 1-RM foi suficiente para promover redues significativas dos nveis tensionais.

Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.20, p.235-62, set. 2006. Suplemento n.5. 237

Atividade Fsica na Terceira Idade e Relaes Intergerocionais

UP

XI Congresso Cincias do Desporto e Educao Fsica dos pases de lngua portuguesa 098 ANLISE BIBLIOGRFICA DAS PATOLOGAS MAIS FREQUENTES NA TERCEIRAIDADE E A SUA RELAO COM OS PROGRAMAS DE ACTIVIDADE FSICA

099 ANLISE DO EQUILBRIO EM IDOSOS ATIVOS: APLICAO DO TESTE DE ALCANCE FUNCIONALMaria Fernanda Oliveira [email protected] USP

Victor Arufe, Aida Dominguez [email protected]

Universidade de Vigo; UP

Os hbitos no saudavis de uma grande parte da populao (como o sedentarismo, a m alimentao, o tabaco, o alcool, etc.) producem um aumento do risco de sofrer diversas patologas denominadas crnicas, como so a hiperteno arterial, obesidade, problemas cardiovasculares, psicolgicos, patologas oestoarticulares, trastornos respiratorios, hipercolesterolemia, arteriosclerose, diabetes (BRILL, COL & BLAIR, 1992; MONTOYE, 1992; KOHL, GORDON et al., 1992; BLAIR, 1993; POWELL & PAFFENBARGER, 1985). Este facto indica que a mudana para um estilo de vida sedentrio pode resultar-lhe perjudicial ao indivduo e consequentemente num aumento dos custos para a sociedade. O presente estudo analisa a funo reabilitadora e preventiva do exerccio fsico sobre as patologas mais frequentes na terceira idade, que se tm publicado em revistas cientficas ao longo dos ltimos 15 anos. A pesquisa bibliogrfica tem-se realizado atravs da base de dados Medline. Foi efeituada uma reviso exaustiva da liteiratura cientfica publicada entre os anos 1990 e 2005 com relao a sade em terceira idade. Da mesma, seleccionaram-se 68 artigos que fazem referncia a algum tipo de problemas nestas pessoas. As patologas cardiovasculares so as mis referenciadas, com um 37,3%. Em segundo lugar encontram-se os estudos sobre o cancro com um 16,4% dos casos (o de mama, de pulmo e gastrointestinal abrangem mais do 50% dos estudos) o resto da mostra refere-se fundamentalmente s patologas respiratrias e os problemas psicolgicos. Na sua maiora, as investigaes estudavam a funo reabilitadora (76,5%) do exerccio fsico frente da preventiva. Analisando estas patologas, observamos que o enfarto de miocrdio est no topo da lista de doenas cardiovasculares, seguida das patologias coronrias em pacientes com hemodilise e a hipertenso. Continuando com as patologas respiratrias, a capacidade pulmonar obstruda predomina com uma percentagem de estudos do 86,1%. Nas patologas osteoarticulares e musculares sobressai com mais da metade da amostra, a osteoporose. A destacar tambm a presena de estudos sobre a fibromialgia. Estes estudos mostram que o exercicio fsico actua como principal agente reabilitador em numerosas patologas com grande incidncia na sociedade actual, tais como o cancro, patologas cardiovasculares, respiratrias, obesidade, osteoporose, etc. Devemos promover o...

O envelhecimento est associado ao declnio de diversos sistemas sensoriais como o visual, o vestibular e o somatossensorial que, dentre outros, atuam na manuteno do equilbrio. A perda do equilbrio acaba por afetar no apenas o convvio social do idoso como tambm o desenvolvimento de suas atividades da vida diria (AVDs) e esportivas, que muitas vezes so atrapalhadas pelas freqentes quedas e suas leses associadas. De acordo com PRUDHAM e EVANS (1981) e CAMPBELL et al. (1981) aproximadamente 30% dos idosos com mais de 60 anos e que vivem em comunidade caem ao ano, sendo que essa taxa sobe para 40% em idosos com mais de 80 anos. Inmeros estudos tm apontado a prtica de atividade fsica como um dos fatores envolvidos na melhora e manuteno do equilbrio em idosos (MARIGOLD et al., 2005), associao que se tornou visvel no estudo de CARTER et al. (2001), onde a reviso de literatura mostrou a prtica de atividade fsica como fator influente na preveno de quedas nessa faixa etria. O objetivo deste estudo foi avaliar o equilbrio de idosos ativos atravs da performance dos mesmos no Teste de Alcance Funcional, que mede a distncia mxima atingida quando o indivduo se desloca frente, partindo da posio em p, ao mesmo tempo em que mantm o equilbrio. Quanto maior o alcance atingido, melhor a condio de equilbrio. Os resultados apontaram que a maioria dos idosos (72,8%) apresentou resultados abaixo dos propostos por DUNCAN et al. (1999) divididos por sexo e faixa etria; 18,2% obtiveram valores dentro do esperado e 9,1% acima. A performance da grande maioria dos idosos foi abaixo do esperado e acaba contrariando a literatura, pois por praticarem atividade fsica era esperado que obtivessem pontuao no mnimo dentro dos valores apontados como ideais para a faixa etria e sexo. Pode-se dizer que, na amostra analisada, a prtica de atividade fsica no influenciou de forma positiva o equilbrio em idosos e que estudos posteriores so necessrios, pois o papel da atividade fsica precisa ser ainda muito explorado com relao ao equilbrio em idosos, principalmente na preveno de quedas nessa faixa etria.

100 APTIDO FSICA DE IDOSOS ASSISTIDOS PELO PROGRAMA DE SADE DA FAMLIA (PSF)Lus Gustavo Oliveira de Sousa, Paulo Melo, Washington Rgo, Flvio Souza, Rosalindo Alves, Michelly Cristina SantAna, Marcos Andr Moura [email protected] UNIVERSO

101 ASPECTOS DA IMAGEM CORPORAL DE IDOSAS PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE EDUCAO FSICARenata Matsuo, Marlia Velardi, Maria Luiza de Jesus Miranda, Regina Brando [email protected] USJT

O objetivo deste estudo foi verificar os nveis de aptido fsica de idosos assistidos pelo Programa Sade da Famlia. Participaram 45 mulheres com faixa etria entre 60-85 anos agrupadas em cinco sub-grupos de acordo com as diferentes idades. Foram mensurados: peso, estatura e IMC, e as variveis relacionadas Aptido Funcional, atravs da bateria Furlleton. Os resultados foram analisados e classificados de acordo com os diferentes subgrupos: peso: (G1: 60 a 64: 63,48 + 15,5) - (G2: 65 a 69: 63,7 + 10,1) - (G3: 70 a 74: 54,5 + 8,5) - (G4: 75 a 79: 54,3 + 11,5) - (G5: 80 a 84: 62,6 + 7,4); estatura: (G1: 60 a 64: 151,8 + 5,4) - (G2: 65 a 69: 154,8 + 6,5) - (G3: 70 a 74: 153,2 + 6,8) - (G4: 75 a 79: 146,5 + 3,2) - (G5: 80 a 84: 144 + 4,0); IMC: (G1: 60 a 64: 27,4 + 6,1) - (G2: 65 a 69: 26,6 + 4,1) - (G3: 70 a 74: 23,1 + 2,7) - (G4: 75 a 79: 25,4 + 5,9) - (G5: 80 a 84: 30,3 + 5,2); teste alcanar atrs das costas: (G1: 60 a 64: -6,06 + 10,1) - (G2: 65 a 69: 7,6 + 10) - (G3: 70 a 74: -5,14 + 6,8) - (G4: 75 a 79: -11,71 + 8,4) - (G5: 80 a 84: -4,33 + 9,6); sentar alcanar: (G1: 60 a 64: 0,42 + 6,7) (G2: 65 a 69: -3,95 + 7,4) - (G3: 70 a 74: 3,29 + 5,5) - (G4: 75 a 79: 0,5 + 1,3) - (G5: 80 a 84: -5,67 + 12,4); flexo do antebrao: (G1: 60 a 64: 14,3 + 4,0) (G2: 65 a 69: 14,0 + 4,0) - (G3: 70 a 74: 12,0 + 4,2) - (G4: 75 a 79: 11,0 + 3,2) - (G5: 80 a 84: 12,3 + 6,7); levantar e sentar: (G1: 60 a 64: 9,8 + 2,4) - (G2: 65 a 69: 11,2 + 3,2) - (G3: 70 a 74: 10,4 + 2,8) - (G4: 75 a 79: 9,57 + 3,0) - (G5: 80 a 84: 8,3 + 1,2); ir e vir 2,44m: (G1: 60 a 64: 6,9 + 1,2) - (G2: 65 a 69: 6,5 + 1,0) - (G3: 70 a 74: 8,4 + 1,2) - (G4: 75 a 79: 8,2 + 1,9) - (G5: 80 a 84: 7,8 + 0,4) ; marcha estacionria: (G1: 60 a 64: 71,5 + 16,8) - (G2: 65 a 69: 74,0 + 12,9) (G3: 70 a 74: 69,7 + 12,1) - (G4: 75 a 79: 60,0 + 16,7) - (G5: 80 a 84: 87,0 + 1,7). Os resultados demonstraram uma reduo dos nveis de aptido funcional com o avano da idade que pode ser evidenciado nos valores encontrados em cada varivel. Os grupos encontravam-se com classificaes entre inferior e mdio inferior de aptido funcional. Observou-se uma forte variao interindividual, que pode esta relacionada aos possveis efeitos deletrios do processo...

A imagem corporal ajusta-se gradualmente durante o processo de envelhecimento. Porm esse ajuste pode sofrer alteraes devido a comprometimentos patolgicos ou a problemas motivacionais relacionados ao estigma da velhice, gerando insatisfao com o prprio corpo. Estudos que relacionam imagem corporal e envelhecimento apontam a atividade fsica como aliada nesse reajuste, aumentando a capacidade funcional, melhorando a auto-estima e o reconhecimento do prprio corpo. O objetivo desse estudo verificar avaliao que idosas fazem sobre a sua imagem corporal aps a participao num programa de educao fsica. Participaram do estudo 15 idosas pertencentes ao projeto Snior da Universidade So Judas Tadeu. Foram utilizados dois instrumentos complementares para avaliar os aspectos fsicos, mentais e sociais que envolvem a imagem corporal: escala de silhuetas, Silhouette Matching Task (SORENSEN & STUNKARD, 1993) e o questionrio A minha imagem corporal (RODRIGUES, 1999) adaptado por LOVO (2001). Atravs dos resultados nota-se que 53% das idosas no esto satisfeitas com o seu corpo, dentre as quais 62,5% gostariam de ser mais magras e 37,5% gostariam de aumentar seu peso. Atravs das respostas foi possvel notar que as idosas cuidam da aparncia e se preocupam com a maneira como se vestem. Apesar de algumas declararem sentirse bem com seu corpo, a maioria gostaria de modificar alguma parte e as mais escolhidas para alteraes foram: cabelos, pernas e abdmen. As idosas apresentaram uma percepo positiva da sua condio fsica e habilidades, declarando possuir fora fsica e flexibilidade, alm de uma boa habilidade para tarefas manuais e para danar. Quanto sade, a maioria acredita ter boa sade e estar bem disposto, porm algumas declararam temer a possibilidade de incapacidade e doena. Os resultados indicam que as idosas se preocupam com a aparncia e se percebem bem fisicamente, socialmente e psicologicamente, o que apontado pela literatura como aspectos que contribuem para uma avaliao mais positiva da sua imagem corporal (CASH & PRUZINSKY, 2004; MONTEIRO, 2001). H, ainda, estudos indicando que essa avaliao positiva da imagem corporal parece ser resultado da participao em programas de educao fsica. A participao nessas atividades pode contribuir para uma vida fisicamente ativa durante a velhice, contribuindo para auto-avaliao, autonomia e assim para imagem corporal dos idosos (FEDERICI, 2004; BALESTRA, 2001).

238 Rev. bras. Educ. Fs. Esp., So Paulo, v.20, p.235-62, set. 2006. Suplemento n.5.

XI Congresso Cincias do Desporto e Educao Fsica dos pases de lngua portuguesa 102 ATIVIDADE FSICA E QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADEGustavo Pasqualini de Sousa, Hrica Emilia da Costa Pasqualini, Isabella Tauschek, Christian Rodrigues, Vinicius Damasceno [email protected] Univ. Castelo Branco; UNIVERSO

103 ATIVIDADE FSICA NA TERCEIRA IDADEUFAM Ana Cristina de Souza Teixeira, Rita Maria Puga Barbosa, Simone de Oliveira Trindade [email protected]

Introduo: A atividade fsica auxilia na manuteno da capacidade funcional e da autonomia durante o processo de envelhecimento, contribuindo para uma melhor qualidade de vida nesta faixa etria (CAMPOS, 2005). Objetivo: Avaliar o impacto de um programa de atividade fsica na qualidade de vida em um grupo de idosas, atravs do questionrio SHORT FORM-36 (SF-36). Mtodos: A amostra foi composta por 2 grupos: o grupo A (experimental), composto por 13 idosas, com mdia de 70,92 anos ( 6 anos), e o grupo B (controle), composto por 11 idosas, com mdia de 70,09 anos ( 9 anos) todas assistidas pela instituio Lar Fabiano de Cristo em Juiz de Fora, MG. O grupo experimental foi submetido a um programa de atividade fsica durante 12 semanas, duas vezes por semana, com 50 minutos de durao, de carter predominantemente recreacional, constando de exerccios de aquecimento, alongamento, flexibilidade, capacidade aerbia e fora. As integrantes do grupo controle foram orientadas a no aderirem a nenhum programa de atividade fsica durante o perodo de estudo. Foi utilizado como instrumento de avaliao o questionrio SF-36, que possui um escore de 0 a 100 para cada um dos domnios avaliados (dor, aspectos sociais, aspectos fsicos, aspectos emocionais, vitalidade, estado geral de sade, capacidade funcional e sade mental). O questionrio foi aplicado antes e aps o programa de exerccios, no grupo experimental e aps 12 semanas, no grupo controle. Para a anlise dos resultados, foi utilizado o teste t de student, e o nvel de significncia adotado foi de p