V 2 n 2 o Estado Islamico
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V. 2, n. 2 - Abril de 2015
BREVE RETOMADA HISTÓRICA
Em 29 de junho de 2014, o grupofundamentalista sunita Estado Islâ-mico (EI), declarou o estabelecimen-to do califado islâmico que designouIbrahim ibn Awad, mais conhecidocomo Abu Al-Bagdhadi, como cali-fa da região situada ao noroeste doIraque e em parte da região centralda Síria. A história desse grupo jiha-dista2, porém, está relacionada comoutro processo histórico mais antigo,do início do século VII. Logo após amorte de Maomé, profeta fundadordo islamismo e responsável por seulivro sagrado, o Corão, seus seguido-res concordaram com a criação deum califado, que consistiria em umasucessão do governo maometanocom um novo sistema de governo. Ocalifa seria literalmente um sucessordo profeta como chefe da nação elíder político, religioso e militar dacomunidade muçulmana, com poderpara aplicar a Lei Islâmica (Sharia).
Apesar do consenso sobre a existên-cia de um governo baseado na reli-gião, no momento de decidir quemocuparia a posição de principal líderhouve uma ruptura principalmente
entre duas vertentes: a dos sunitase a dos xiitas. Os xiitas defendiamque o sucessor fosse da família deMaomé, porém como o profeta nãohavia tido lhos homens, o preten-dido pelo grupo seria seu genro Aliibn Abi Talib, casado com sua lha
Fátima. Os sunitas, grupo majoritá-rio, ao qual pertencem cerca de 90%total dos muçulmanos3, por sua vez,acreditavam que como o profeta nãopossuía herdeiro legítimo, qualquer
el poderia se candidatar à sucessão,desde que a comunidade aceitasse ocandidato por consenso.
Devido à necessidade de escolherum sucessor o quanto antes e sob a
justicativa de que Ali seria jovem
e inexperiente demais para o cargo,Abu Bakr, grande amigo do profeta,se tornou califa, apesar das queixasdos xiitas. Antes de morrer, Abu in-dicou seu sucessor que, por sua vez,
O ESTADO ISLÂMICOBianca Vince Lauria
Henrique Roder Silva
Poliana Garcia Ribeiro1
Emblema do EIIL
I s l a mi c S t a t e i nI r a
q a n d t h e L e v a n t
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Série Conflitos Internacionais
criou um conselho para decisão dopróximo califa. O indicado por esseconselho foi Uthman ibn Affan, o
que acabou por acirrar os conitos, jáque era membro de uma família ricae considerado possuidor de privilé-gios que Maomé havia combatido.A crise teve como consequência oassassinato de Uthman por rebeldese a abertura para que Ali se tornas-se califa, conforme a vontade dosxiitas. Naquele contexto, a divisãoentre as vertentes já estava muito
profunda e, cinco anos mais tarde,Ali também foi assassinado por umopositor. O próximo califa foi nova-mente o de preferência dos sunitase desde então inúmeros conitosforam travados e sub-vertentes sur-giram dentro da complexidade queé a comunidade islâmica.4
Apesar dessa diferença em relação
à liderança entre sunitas e xiitas, ocalifado tem características comunsimportantes que podem explicar aconduta do Estado Islâmico. A ex-
pansão do território do Islã semprerepresentou um importante papel docalifado e o sistema de governo foi
considerado um símbolo da unida-de islâmica. No campo político, ossunitas sempre se mostraram maisradicais, utilizando atentados comoforma de protesto, visibilidade e im-posição de autoridade.
Após os atentados de 11 de setem-bro de 2001 (praticados por mem-bros da organização sunita Al-Qae-
da), os Estados Unidos da América(EUA) invadiram o Iraque em 2003e, sob o pretexto de combater oterrorismo, derrubaram o ditadorSaddam Hussein e declararam seupartido – Baath - ilegal, marginali-zando os sunitas como um todo. Avertente foi também reprimida porgovernos xiitas que se revezaram nopoder, especialmente o do premiê
Nouri al-Maliki.
A ocupação do Iraque não foi pacícae os norte-americanos enfrentaram
uma grande resistência de diversosgrupos militares iraquianos, dentreeles o Jama’at al-Tawhid wal-Jihadu-
ma, que existia desde 1999 e era lide-rado pelo jordaniano Abu Musab al-Zarqawi. Em 2000, o grupo rmoualiança com Osama Bin Laden, mu-dando seu nome para Tanzim Qaidatal-Jihad Bilad al-Radayn, ou AlQaeda do Iraque (AQI). Em mea-dos de 2006, o líder al-Zarqawi foimorto por um ataque aéreo promo-vido pelos EUA, levando Abu Omar
al-Baghdadi ao comando do grupo.5
Em 2011, a AQI recebeu apoio -nanceiro do Ocidente para entrar naguerra civil síria ao lado dos rebel-des. No mesmo ano, os EUA retira-ram parte de suas tropas do Iraque.Apesar da elaboração de uma novaconstituição e da transformação dopaís em uma república parlamenta-
rista, os ataques na região continua-ram, abrindo espaço para a estrutu-ração de um novo grupo. Em 2013,Abu Bakr Al-Baghdadi anunciou a
Combatentes do EIIL
D a y D o n a
l d s o n / C C
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unicação das forças do Iraque e daSíria (Frente Al-Nusra) numa só or-ganização, o Estado Islâmico do Ira-que e do Levante (EIIL, ou ISIS, siglaem inglês). A Frente Al-Nusra, noentanto, se negou a aderir ao grupo.Os dois grupos agiram separadamen-
te até janeiro de 2014, quando se ins-taurou um conito entre eles. Nessemomento de ampliação das açõespara a Síria, o EIIL rompeu seus la-ços com a Al-Qaeda, contestando aautoridade de seu líder e rejeitandoseu pedido para que permanecesseno Iraque, deixando a Síria sob con-trole das ações da Al-Nusra.6 Após asofensivas que levaram o grupo a con-
quistar dezenas de cidades, em junhode 2014 foi declarado o califado doEstado Islâmico.
FORÇA, PATROCÍNIOE ABRANGÊNCIA
Aproveitando-se da circunstancialfragilidade política e insatisfação po-pular nas áreas de atuação, o Estado
Islâmico ganhou terreno rapidamen-te junto à comunidade sunita, coma incorporação de outros grupos,aliança com comandantes militaresde Saddam Hussein e funcionáriosdo Partido Baath, expulsos de seuscargos após a invasão. Posteriormen-te, o EI se beneciou da entrada dedinheiro e da adesão de combatentesvindos de diversas partes do mundo.
A principal fonte de nanciamentodo Estado Islâmico é o petróleo ira-quiano. O grupo controla, desde ju-nho de 2014, uma parte importanteda indústria de petróleo do Iraque,no norte do país, e exerce controlesobre o campo de gás de Shaar e Bai-
ji, onde está situada a maior rena-ria iraquiana. Segundo pesquisas daBloomberg, o EI consegue aproxima-
damente dois milhões de dólares pordia só com a venda de petróleo, queocorre por intermediários na Síriae na Turquia, em mercados negros
com o preço muito inferior ao domercado internacional.7
Além da riqueza proveniente dessasfontes energéticas, segundo o jorna-lista Cockburn, outra fonte de apoionanceiro vem da Arábia Saudita e
de países do Golfo que já teriam for-necido milhões de dólares para quecombatessem os xiitas e seus aliados.Ironicamente, alguns dos países queapoiaram nanceiramente o grupohá alguns anos, hoje fazem parte dacoalizão contrária a eles. O EI tam-bém apreendeu grandes quantida-des de armas do exército iraquianoe grupos armados sírios contra os
quais luta. Outras formas de arreca-dação do grupo são atividades ilegaiscomo roubos a bancos, contrabandode carros e armas, bloqueio de estra-das, sequestros e venda de antiguida-des saqueadas no mercado negro, eo sistema de impostos instalado nasáreas conquistadas. Na Síria, o grupochegou, inclusive, a desmantelar fá-bricas inteiras e vender suas estrutu-
ras na Turquia.8
Outro quesito que tem chamado aatenção de pesquisadores e da mí-dia como um todo, é a quantidadede combatentes que o grupo temconseguido reunir, vindos de diver-sos países do mundo. Alguns pes-quisadores, como o alemão JochenMüller, que estuda o islamismo e é
especializado em jovens imigrantes,apontam como fatores que colabo-ram para a atração de muitos jovenspara servirem como combatentes: odiscurso veemente e acalorado rea-lizado pelo Estado Islâmico; a faltade perspectivas de futuro; situaçõessociais de não aceitação, por exem-plo, o preconceito em relação à etniaárabe e à religião islâmica, acirrado
desde os atentados de 11 de setem-bro; e carência de um sentimento depertencimento a uma comunidadeque lhes represente.9
Quanto à quantidade de combaten-tes lutando pelo EI, os números sãoimprecisos e se alteram dependendoda fonte consultada. O 16º relatórioda equipe designada pelo Conselhode Segurança da ONU (CSNU) parao monitoramento da Al-Qaeda con-
tabilizou que, no ano de 2014, maisde 15 mil estrangeiros viajaram paraa Síria e o Iraque a m de lutar aolado do Estado Islâmico e outros gru-pos extremistas.10 Já o Observatóriode Direitos Humanos da Síria armaque o exército do Estado Islâmicopossui 50 mil homens somente na Sí-ria, dos quais 20 mil são estrangeiros.No Iraque o próprio grupo arma ter
um total de 30 mil membros.11
As nacionalidades dos estrangeirosque se juntaram ao Estado Islâmi-co também são difíceis de precisar.Segundo o relatório do Comitê doCSNU, os estrangeiros viriam demais ou menos 80 países diferentes.De acordo com um relatório elabo-rado pelo Soufan Group12, a estima-
tiva é de que existam 800 russos,700 franceses, 400 britânicos e aomenos 70 estado-unidenses lutandopelo Estado Islâmico. Entre outrospaíses de origem estão a Austrália,Alemanha, Bélgica, Marrocos, Ar-gélia e Tunísia.13
Em relação ao alcance territorial dogrupo, o califado declarado pelo Es-
tado Islâmico tem um caráter expan-sionista e não reconhece as fronteiraspolíticas instaladas no Oriente Mé-dio. O grupo realiza sucessivos ata-ques em diversas cidades na Síria eno Iraque, sempre visando aumentarsua extensão territorial e ignorandoos governos já implantados nessasregiões. Em novembro de 2014, o ca-lifa Abu Al-Baghdadi divulgou uma
gravação na qual dizia que o EstadoIslâmico nunca cessará sua luta eque o califado ainda irá se estenderpela Arábia Saudita, Iêmen, Argélia,
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Território sob domínio do Estado Islâmico
N e r i k a \ C C
Líbia e Egito.14 Atualmente, contro-lam grande parte do Iraque (predo-minantemente o noroeste do país) eda Síria (região central), incluindocidades relevantes estrategicamentedevido aos recursos naturais nelasencontrados, como Raqqa, na Síria e
Mossul, no Iraque.15
AÇÕES E REAÇÕES
Uma característica especíca do Es-tado Islâmico é mostrar sua superio-ridade frente a outros grupos islâ-micos existentes e também chocar oOcidente (e os opositores de regiõesmais próximas) com suas ações. As
execuções praticadas pelo grupo ex-tremista são pontuais e planejadas,divulgadas principalmente via inter-net. O Estado Islâmico se utiliza dedecapitações de opositores em praçaspúblicas. A decapitação dos jornalis-tas norte-americanos e de um agentehumanitário britânico, por exemplo,foi acompanhada de discursos con-tendo ameaças (ao governo dos EUA
e seus aliados) e todo o processo foilmado e disponibilizado online . Ogrupo utiliza outros métodos de ex-trema violência como crucicações,apedrejamentos, sepultamento depessoas ainda vivas e diversos outroscrimes contra a humanidade como
execuções em massa, limpeza étnica,perseguição de minorias religiosas,abusos sexuais e destruição de patri-mônio cultural da humanidade.
Devido a essas ações, diversos paísescomo Reino Unido, Estados Uni-dos da América, Austrália, Canadá,Turquia, Arábia Saudita, Indonésia,Emirados Árabes Unidos, Israel,
Malásia, Egito, Índia e Rússia, e or-ganizações internacionais como aONU, através do Conselho de Segu-rança, e a União Europeia passarama denominar ocialmente o grupocomo terrorista.16
Em setembro de 2014 os EUA en-viaram seu Secretário de Estado aoOriente Médio com o objetivo de
encontrar aliados para a formaçãode uma coalizão contra o grupo.17
Diversos países pró-ocidente garan-tiram apoio, tanto na questão militarquanto no que diz respeito ao con-trole de fronteiras e repressão ao -nanciamento do EI. A coalizão conta
com 30 países - incluindo diversospaíses europeus, o Japão, Coréia doSul, Canadá, Arábia Saudita, Iraque,Síria, entre outros – e vem bombar-deando as regiões ocupadas pelo Es-tado Islâmico desde agosto de 2014no Iraque e desde setembro daque-le ano na Síria.18 Não se tem infor-mações sobre a quantidade exata dealvos do EI que foram destruídos,
mas o Observatório Sírio de DireitosHumanos alerta que apesar de os ata-ques serem dirigidos a membros dogrupo, muitos civis têm morrido.19
Toda a violência gerada pelo coni-to tem como outra consequência odeslocamento, em más condições, demilhões de pessoas. De acordo com oAlto Comissariado das Nações Uni-
das para os Refugiados (ACNUR), até20 de fevereiro de 2015, quase qua-tro milhões de pessoas já deixaram aSíria, tendo como destino principal-mente a Turquia e o Líbano, e apro-ximadamente dois milhões de Ira-quianos tiveram que deixar suas casaspara morar em outras partes do paísou encontrar refúgio em países vizi-nhos.20 Os problemas humanitários
relacionados a esses deslocamentossão inúmeros e o ACNUR tem feitoconstantes campanhas nanceiras,atreladas a reuniões de negociaçõesde cessar-fogo por enviados da ONU,para conseguir que a ajuda humani-tária chegue aos necessitados.
INTERESSES QUE UNEM,COMPLEXIDADES QUE SEPARAM
Apesar dos empenhos da coalizãocontrária ao Estado Islâmico, suasações não têm tido sucesso signica-
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Militante do Estado Islâmico
V oi c e of Am e r i c a / C C
tivo no combate contra o grupo. OEstado Islâmico permanece forte esob o comando das áreas estratégi-cas da Síria e do Iraque, a despeitodas mortes e destruições causadaspelos bombardeios. A coalizão viveum momento de diminuição grada-
tiva do apoio de ações concretas dealguns países. Essa diminuição podeestar relacionada ao maior dilemaenfrentado pela coalizão – algunsdos membros, como a Turquia, osEmirados Árabes Unidos, a ArábiaSaudita, o Catar e os países do Gol-fo, acreditam que a deposição dopresidente sírio Bashar Al-Assad éimprescindível para que se consiga
realmente atingir o Estado Islâmi-co, enquanto outros, como o Ira-que, são contrários à deposição. OsEUA se vêm de certa forma encur-ralados nesta situação, já que, se porum lado acusam o presidente Síriopelas inúmeras mortes da guerracivil síria que já dura quatro anos,por outro, alguns militares britâ-nicos e franceses acreditam que os
EUA podem estar reconhecendo oexército sírio como a força terres-tre cooperante mais ecaz naquelepaís. A importância estratégica doIraque nessa luta, e o apoio do paísao presidente Assad é outro fatorque diculta o consenso sobre o as-sunto dentro da coalizão.21
Percebe-se que os países onde
ocorrem os conitos possuemcomplexidades internas e de rela-cionamento externo que agravamas questões relacionadas ao EstadoIslâmico. Nesse contexto, é rele-vante citar o caso da Turquia, quepossui uma minoria curda impor-tante no país, a qual tem verten-tes separatistas radicais, como é ocaso do Partido dos Trabalhadores
do Curdistão (PKK). Devido a suasações violentas e engajamento emluta armada contra o Estado tur-co, o PKK é considerado uma or-
ganização terrorista por diversosEstados e organizações, incluindoos EUA e a União Europeia. Pelaproximidade do país com os locaisde conito e pelos ataques realiza-dos pelo Estado Islâmico contra aminoria, os curdos entraram pe-
sadamente na luta armada contrao EI. Ao mesmo tempo em que oscurdos se conguram como aliadosimportantes na luta contra o EI,apoiando combatentes peshmer-
gas (termo referente a curdos ar-mados), a situação não é bem vistapelo governo turco, que autoriza oapoio aos peshmergas com a con-dição de que não sejam membros
do PKK, temendo uma posteriorrevolta interna pela formação deum Estado Curdo independente.22
O Estado Islâmico tem aumenta-do suas alianças, que também en-contram diculdades na prática.Recentemente, o grupo jihadistado norte da Nigéria, Boko Haram,
jurou delidade ao califa Al-Bag-
dhadi, do Estado Islâmico.23 O ca-lifa respondeu positivamente ao
juramento de delidade, aceitando
a formação de uma aliança entreeles. A aproximação entre essesdois grupos preocupa a comunida-de internacional pela possibilidadede aumento de forças e da extensãodo território do suposto califado.No entanto, percebem-se diculda-
des da materialização prática dessaunião, pela distância física entre ospaíses e pela diferença dos cenáriosenfrentados por cada um dos gru-pos jihadistas. A aliança pode servista, pelo menos nesse primeiromomento, como uma forma de de-monstrar crescimento e força, pelolado do EI, e um aumento de visi-bilidade para o Boko Haram, tradi-
cionalmente menos divulgado pelamídia internacional. No entanto,tanto essa aliança já consumada,como o esboço de aproximação quevem surgindo de grupos jihadistasno Egito e na Líbia24, por mais quepossam ter um caráter propagan-dístico e possivelmente ocasional,agravam a ameaça que represen-ta o Estado Islâmico para Oriente
Médio e partes da África, com con-sequências para o âmbito maior dasegurança internacional.
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Série Conflitos Internacionais
2 O termo árabe jihad significa “luta”, “esorço” e é considerado um dos pilaresda é islâmica, no sentido de que é necessário um empenho para o crescimentoespiritual de cada praticante e também pela busca de uma humanidade melhor,através da diusão do islamismo. No ocidente, o termo é comumente traduzido
como “guerra santa” e, apesar de original e etimologicamente não ter esse sentido,é utilizado para designar grupos que travam guerras ou realizam atos violentosem nome da diusão da religião islâmica.
3 MAPPING the Global Muslim Population. Pew Research Center. 7 out. 2009.Disponível em: <http://www.peworum.org/2009/10/07/mapping-the-global-muslim-population/>. Acesso em: 18 março 2015.
4 MUNIZ, Mônica. As origens do Islamismo. Disponível em: <http://www.historianet.com.br/conteudo/deault.aspx?codigo=225>. Acesso em: 12 abr.2015; SOUZA, Rainer. Xiitas X Sunitas. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/historiag/xiitas-x-sunitas.htm>. Acesso em: 12 abril 2015.
5 ASSIS, Bruno. 7 coisas que você precisa entender sobre o Estado Islâmico.Super Interessante. 8 out. 2014. Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/tag/estado-islamico/>. Acesso em: 14 março 2015.
6 ENTENDA as dierenças e semelhanças entre Al-Qaeda e Estado Islâmico.G1. São Paulo, 16 jan. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/entenda-dierencas-e-semelhancas-entre-al-qaeda-e-estado-islamico.html>. Acesso em: 16 abril 2015.
7 POLSON, James. Islamic State Earns $800 Million a Year From Oil Sales.Bloomberg . 20 out. 2014. Disponível em: <http://www.bloomberg.com/news/articles/2014-10-20/islamic-state-earns-800-million-a-year-rom-oil-sales>,Acesso em: 18 março 2015.
8 COCKBURN, Patrick. Te Jihadis Return: ISIS and the New Sunni Uprising. Londres/Nova Iorque: Or Books, 2014.
9 TAUBE, Friedel. Religião é só um pretexto para jovens se radicalizarem, diz
especialista. DW . 23 set. 2014. Disponível em: < http://dw.de/p/1DHP9 > .Acesso em: 18 março 2015.
10 UNITED NATIONS. Security Council. S/2014/770. Sixteenth Report ofthe Analytical Support and Sanctions Monitoring eam submitted pursuantto resolution 2161 (2014) concerning Al-Qaida and associated individualsand entities. Disponível em: <http://www.un.org/en/ga/search/ view_doc.asp?symbol=S/2014/770>. Acesso em: 18 mar. 2015.
11 ISLAMIC state ‘has 50,000 fighters in Syria’. Aljazeera. 19 ago. 2014. Disponívelem: <http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2014/08/islamic-state-50000-fighters-syria-201481918425 8421392.html>. Acesso em: 18 mar. 2015.
Série Conflitos InternacionaiséeditadapeloObservatóriodeConflitosInternacionaisdaFaculdadedeFilosofiaeCiências(FFC)daUniversidadeEstadualPaulistaJuliodeMesquitaFilho(UNESP)-CampusdeMarília–SP
Editor:Prof.Dr.SérgioL.C.AguilarLayout:PaulaSchwambachMoizesISSN:2359-5809Comentáriospara:[email protected]ívelem:www.marilia.unesp.br/#oci
SérieConflitosInternacionaismaisrecentes:
Rússia e Política de InfluênciaV.1,n.1Congo - A atual dinâmica do conflitoe a rendição do M23V.1,n.2Oriente Médio: islamismo e democraciaV.1,n.3
As invasões russas na Geórgia (2008)e na Criméia (2014)V.1,n.4 A Nigéria e o Boko HaramV.1,n.5 A guerra civil síria, o Oriente Médioe o sistema internacionalV.1,n.6Colômbia: as FARC e os diálogos de pazV.2,n.1
12 BARRETT, Richard. Foreign Fighters in Syria. Souan Group. Jun. 2014.Disponível em: <http://souangroup.com/wp-content/uploads/2014/06/TSG-Foreign-Fighters-in-Syria.pd>. Acesso em: 18 mar. 2015.
13 Idem
14 ENTENDA..., op. cit.
15 ISIS’S advance in Iraq. Financial imes. Disponível em: <http://www.f.com/ig/sites/2014/isis-map/> . Acesso em: 26 mar. 2015.
16 Lista disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Isl%C3%A2mico_do_Iraque_e_do_Levante #Designa.C3.A7.C3.A3o_como_organiza.C3.A7.C3.A3o_terrorista>. Acesso em: 25 abril 2015.
17 OBAMA envia Kerry ao Oriente para ormar coalizão contra o Estado Islâmico.G1. São Paulo, 28 ago. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/08/obama-envia-kerry-ao-oriente-para-construir-coalizao-regional-contra-ei.html>. Acesso em 25 abril 2015.
18 COALIZÃO internacional já lançou cinco mil bombas contra o Estado Islâmico.G1. 08 jan. 2015. Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/coalizao-internacional-ja-lancou-5-mil-bombas-contra-estado-islamico.html.Acesso em 25 abril 2015.
19 MORE than 850 killed in 50 days o coalition air strikes. Syrian Observatory
for Human Rights. 12 nov. 2014. Disponível em: <http://www.syriahr.com/en/2014/11/more-than-850-killed-in-50-days-o-coalition-air-strikes/>. Acessoem: 25 abril 2015.
20 BATTLE or Iraq and Syria in maps. BBC . Reino Unido, 24 abr. 2015. Disponívelem: <http://www.bbc.com/news/world-middle-east-27838034>. Acesso em 25abril 2015.
21 URBAN, Mark. A oensiva contra o Estado Islâmico está dando certo? BBC .Reino Unido, 8 ev. 2015. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150208_analise_estado_ islamico_coalizao_balanco_lgb.Acesso em: 25 abril 2015.
22 COMBATENTES curdos iraquianos chegam a Kobani para reorçar luta contraEstado Islâmico. O Globo, 29 out. 2014. Disponível em:<http://oglobo.globo.
com/mundo/combatentes-curdos-iraquianos-chegam-kobani-para-reorcar-luta-contra-estado-islamico-14395371>. Acesso em: 19 abr. 2014.
23 ISIS accepts allegiance o Nigeria jihadists Boko Haram. Al Arabiya News.Bagdá, 13 mar. 2015. Disponível em: <http://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2015/03/13/ISIS-accepts-allegiance-o-Nigeria-jihadists-Boko-Haram.html>. Acesso em: 29 mar. 2015.
24 ISLAMIC State hails Boko Haram allegiance, threatens Jews and Christians,Te imes of Israel. 13 mar. 2015. Disponível em: <http://www.timesofisrael.com/islamic-state-hails-boko-haram-allegiance-threatens-jews-and-christians/>Acesso em: 29 mar. 2015; VENTAS, Leire. Que perigo traz a aliança entre EstadoIslâmico e Boko Haram? BBC Brasil. 17 mar. 2015. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/03/150317_boko_haram_ei_alianca_lgb#orb-banner>. Acesso em: 29 mar. 2015.
1Bianca Vince Lauria, Henrique Roder Silva e Poliana Garcia RibeiroDiscentesdoCursodeRelaçõesInternacionaisdaUniversidadeEstadualPaulistaJúliodeMesquitaFilho(UNESP)-CampusdeMaríliaemembrosdoObservatóriodeConflitosInternacionais(OCI).