USO DO CONCRETO ROLADO - PROJETO CAPANDA DO CONCRETO... · apto para use como agregado para...
Transcript of USO DO CONCRETO ROLADO - PROJETO CAPANDA DO CONCRETO... · apto para use como agregado para...
USO DO CONCRETO ROLADO - PROJETO CAPANDA(ANGOLA) - ENSAIOS ESPECIAIS
Eng° Jose Augusto BragaEng° Mario Raul Zanella
Eng° Juarez Moraes Zaleski
ITAIPU Binacional
Eng° F.R. Andriolo
Consultor
RESUMO
0 Irabalho apresenta um amplo conjunto de informag6es obtidas de escudosefetuados com concretos convencionais e rolado para a obra de Capanda -Angola.Atraves desses estudos, pode-se comparar com nitidez, concrelos -convencionais e rolados - produzidos com os mesmos materiais.Evidencia-se o desempenho analogo de ambos os lipos de concreto.As vantagens tecnicas e economicas do concreto rolado sao atrativas e devemser consideradas como alternativas nos estudos de barramento, como se aplicouno Aproveitamento Hidroeletrico de Capanda - Angola.
1. APRESENTAQAO
Varias foram as alternativas estudadas para o tipo de barramento do Aproveitamento Hidroeletrico de Capan-da.
As decisoes convergiram para a execucao do barramento em concreto gravidade, alraves da metodologiado concreto rolado.
Essa opcao mostra vantagens de custo e tempo na construcao da obra, como de maneira geral tern seobservado em outras obras onde a metodologia do concreto rolado tem sido adotada. Uma outra vantagemobservada nesta alternativa e a otimizacao da mao de obra para os trabalhos de construcao.
As entidades envolvidas no empreendimento do Projeto Capanda, contando com a colaboracao doLaborat6rio de Concreto da Itaipu Binacional, elaboraram um amplo programa de estudos e ensaios visandoconhecer detalhadamente as caracteristicas e propriedades dos materiais disponiveis e dos concretos - con-vencionais e rolado - para use na construcao da obra.
Este trabalho apresenta entao um amplo conjunto de resultados dos ensaios executados.
Ha uma clara comparacao das propriedades do concreto rolado e demais concretos, convencionais,elaborados corn os mesmos materiais.
A titulo de comparacao sao apresentados, tambem, dados de propriedades de concretos rolados usados emoutras obras e/ou aplicacoes.
2. APROVEITAMENTO HIDROELETRICO DE CAPANDA
0 Aproveitamento Hidroeletrico de Capanda a um empreendimento energetico em construg5o pelo Governode Angola atraves do Ministerio de Energia e Petr6leos, representado pelo GAMEK (Gabinete deAproveitamento do Medio Kwanza).
Brasil e Uniao Sovietica sao respectivamente representados pela Construtora Norberto Odebrecht S/A. -CNO (encarregada de todas as obras cfvis e de infraestrutura) e Technopromexport - TPE (encarregada dosestudos geol6gicos, projetos, fornecimento e montagern dos equipamentos de geragao).0 Projeto Capanda (Figura 1), constitufdo por um barramento gravidade, basicamente em concreto rolado,tem as seguintes caracteristicas principais:
Altura maxima do barramento = 110m
Volume do reservat6rio = 4.795.000 m3
Area do reservat6rio = 164 km2
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 353 -
Potencia - (4 unidades Francis de 130 Mw). = 530 MW
Volume de concretos - rolado: = 764.000 m3- convencionais = 290.000 m3
- total = 1.054.000 m3
FIGURA 1 - Vista gerai do Aproveitamento Hidroeletrlco de Ca panda.
3. PLANEJAMENTO E PROGRAM DOS ESTUDOS
O planejamento dos estudos foi feito no segundo semestre de 1987 , sendo que a programagao estabelecida6 a que se vA , simplificadamente , na Figura 2.
- 354 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
DE1987 1988 1989
ATIVIDA29 SEMESTRE 19 SEMESTRE 22 SEMESTRE 19 SEMESTRE 29 SEMESTRE
PLANEAMENTO DOS ESTUDOS : ff=
MATERIALS BASICOS :
REMESSAS DE MATERIALS
AGREGADOS
CLINKER
CIMENTO
PO DE PEDRA
ADITIVOS:
CONVOCACAC DOS FORNECEDORES
ENSAIOS
CONCRETOS CONVE14CIONAIS
-MASSA E ESTRUTURAL:ACERTOS DAS MISTURAS
RESISTENCIAS E MOOULOS
AOIABATICAS
T ERMICOS
CAPACIDADE DE ALONGAMENTO
FLUENCIA
ABRASAO IESCOAM HIDRAULICOI
PERMEABI, IDADE
CONCRETOS ROLADOS E CONCRETOS
DE FACE E BER^O :ACERTOS DAS MISTURAS
RESISTENCIAS E MODULOS 03TRIAXIAIS
ADIABATICAS
TERMICOS
CAPACIDADE DF ALONGAMENTO
FLUENCIA
PERMEABILIDADE
REVIBRA;AO
MANTA DE PVC
ESTUDOS E ENSAIOS DE DESENVOLVIMENTO
INICO OAS CONSTRUcOES DE CONCRETO
FIGURA 2 - Plane/amento a programacao dos estudos a ensalosDurante o planejamento dos estudos foram consideradas as seguintes premissas:
* Cimento: condigoes de log(stica de suprimento a obra, distante 450 km da fabrica, em Luanda, capitalde Angola;
* Material Pozolanico: inexistancia de material pozolanico nas proximidades da obra;* Areia Natural: jazidas esparsas e de pouca quantidade, com baixo modulo de finura;* Rocha para Agregado: meta-arenito, denso e sao, cimentado por hodrbxidos e/ou bxidos de ferro
(cimento ferruginoso).
Tendo em vista essas premissas foram estabelecidos os seguintes objetivos:Avaliar as condigoes de otimizagao do cimento a ser usado na obra;
- Avaliar as caracteristicas de sanidade e compatibdidade dos agregados quanto a presenga dosAlcalis do cimento. Avaliar a real necessidade de use de materials pozolanicos;
- Reduzir ao m(nimo o consumo de cimento;
- Explorar ao mAximo os recursos de usar areia artificial obtida pela britagem do meta -arenito; e,
- Explorar a possibilidade de use do "pb de pedra" (1) corn beneficios de redugao das expansoesdecorrentes da reagao alcalis-agregados e da meihoria das resistancias e de impermeatAidade.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - _355-
Dessa forma, no transcorrer dos estudos e ensaios a programagao sofreu alguns ajustes, objetivando dosaros concretos com baixo teor de cimento, sem materials pozolanicos, com maximo teor de areia artificial(britada) e a incorporagao de "p6 de pedra" (subproduto da britagern).
4. MATERIALS
4.1 AgregadosOs parametros obtidos atrav6s dos ensaios de caracterizacao dos agregados sao mostrados na Figura 3 [2].Atrav6s da Figura 3, nota-se que a areia natural, enviada na segunda remessa, era Tina, com modulo de finurade 1,66.
A areia artificial obtida pela britagern do meta-arenito apresentou uma satisfat6ria quantidade de finos, quan-do comparada com uma areia artificial (a usada em Itaipu) tamb6m obtida por britagem.
A massa especifica dos agregados britados e areia natural apresentou-se entre 2,62 t/m3 e 2,64 t/m3.
A absorcao situou-se entre 0,5% e 1,3°x.
0 agregado graudo, quando submetido aos ensaios de abrasao (Los Angeles) e de ciclagens (natural, artifi-cial, acelerada ao etileno-glicol, acelerada ao sulfato de s6dio), apresentou resultados mostrando que omaterial 6 resistente.
TIPO DE ROCHA A R E N I T 0ARE IA
AREIA MISTURA
(SRITADA+NATURAL)
(%)
NATURAL ARENITO100% 75+251 50+50 25+75
DIAMETRO MAXIMO (mm) 4,8 38 1,2 4,8
2"
1 1/2" 5
1" 15
3/4" 27
GRANULOMETRIAPENEIRAS
1/2" 74(% RETIDA ACUMULADA) 3/8" 100
N04 4 100 - 5 3.8 2,5 1.2
No 8 23 100 - 41 30,8 20,5 10,2
N° 16 35 100 63 47,2 31,5 15,8
N030 50 100 16 79 63,2 47,5 31,8
NO 50 66 100 61 87 80,4 74,0 67,6
N° 100 83 100 89 92 91.2 90,5 89,8< NO 100 100 100 100 100 100 100 100
MODULO DE FINURA 2,61 7,32 1,66 3,67 3 ,17 2,66 2,16
MASSA ESPECIFICA (g/cm 2 ,62 2.64 2.62 2.62 - - -
ABSORGAO ( % ) 0.8 0,5 0 , 5 1.3 - - -
ABRASAO LOS ANGELES (% desgaste) - 13,8 - - - - -
COEFICIENTE LINEAR DE EXPANSAO TERMICA (10-6/-C) 7, 56 - - -
CALOR ESPECIFICO (cal/g. °C) 0,178 - -
METODORED DA ALCALINIDADE (mmolA ) 18.3 - 18,0 8,7 - -
REATIVIDADECOM ALCALIS OUIMICO SILICIA DISSOLVIDA (mmolf) 11,6 16,3 38,0
DO CIMENTO RESULTADO NO GRAFICO IN6cuo - INOCUO INOCUO -
• CIMANGOLA METODO 3 MESES (% de expans^o ) 0,028 - 0,002• 0,030•1 0,004• 0,022•••• ALTO ALCALIS
FISICO 6 MESES (% de expansao) 0,034 0,005• 0,038*- 0,004• 0,033-
1 ANO (% deexpansao) 0,006• 0,046•• 0,004• 0,046••
MET.ACELERADO 12 DIAS (% de expansao ) - - 0,030• 0,067•• 0,003• 0,0811• - - -
CICLAGEM NATURAL 0,0
CICLAGEM ARTIFICIAL 0,0
CICLAGEM COM ETILENO GLICOL 0,0
11/4 0,00
SANIDADE PENEIRAS 5/8" 0,07
(% DE PERDA 5/16" 0,27DE PESO) CICLAGEM NO 5
COM SULFATODE SODIO
MEDIA PONDERADA 0,34
N° 4 0,05
PENEIRASN08 0.23
N016 0,13
NO 30 0,26
NO 50 0,13
MEDIA PONDERADA 0,80
FIGURA 3 - Parametros de caracterizaccao dos agregados.
- 356 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
A areia natural e o material britado foram submetidos a trds tipos de ensaios para avaliar a reatividade poten-cial com os filcalis do cimento.
Pela observagao do material sob a agao do matodo qufmico de exposigao (ASTM-C-289 ) nota-se um com-portamento inbcuo , como evidenciado pelas Figuras 3 e 4.
DETERMINAcAO AGREGADOS AREIA NATURAL AREIA ARTIFICIAL
SILICA DISSOLVIDA (mmol/l) t t, 6 1 6, 3 8.7
REDUCAO DA ALCALINIDADE (mmol/t ) 18,3 18,0 38,0L E G E N D A ................. -_____
1
I
a?
1 I1
ADOS INOCU
TERIOS
DOS CONSIDERADOS DELETERIOS
_r
'.L tYY.•1.• •14LL i Y L ^^+
2 3 4 5 6 7 8 910 20 30 40 50 60 80 100
SILICA DISSOLVIDA = Sr (mmol A)
FIGURA 4 - Valores dos ensalos de reatividade potenclal -mitodo quimlco.
A avaliagao sob o matodo ffsico (ASTM -C-227), feita sobre os materials , mostrou expansoes de pequenaordem , quer sob a agao do cimento de elevado teor de alcalis (equivalente alcalino = 0,94%), quer seja soba agao do cimento Cimangola (produzido em Luanda -Angola), como se evidencia pelas Figuras 3 e 5.O meta-arenito foi submetido ainda a um ensaio acelerado para avaliar a reatividade potencial com os alcalisdo cimento , desenvolvido pelo "National Building Research Institute " - Acelerated Test . Observa -se, pelaFigura 5, que os materials ensaiados (areia natural e areia artificial do meta-arenito ) apresentaram expansi esinferiores ao limite de 0 , 11%, estipulado no matodo para classificar um agregado reativo com os alcalis.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - -357-
0,12
0, 1 1
0, 10
0,09
0,08
0,07
0,06
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
0,08
0,09
0,10
0,11
0,12
EXPANSAO (%)PRISMAS P'aI"x10" (ASTM - C-227)
LIMITE PARA 3 MESES
LIMITE PARA 0,5 ANO
v
AREIA NATURAL E CIMENTO ALTO A(,CALIS:: AREIA ARTIFICIAL E CIMENTO ALTO ALCALIS
^^ ^_..r-•• ROCHA( 19REMESSA )E CIMENTO ALTO ALCALISr•
HA (19 REMESSA )E CIMENTO CIMANGOLA
3---4s+S + ^ + 8^ 9«10^ -11 CIA NATURAL E OMENTO CIMANGOLA^/' +-••^-•• ^^ ,AREIA ARTIFICIAL E CIMENTO CIMANGOLA (MESES )
I DADE
EQUIVALENTE ALCALINO DO CIMENTO :
CIMENTO ALTO ALCALIS 0,94%
CIMENTO C3MANGOLA ( 14 REMESSA) 0,71 %
CIMENTO CIMANGOLA (2%REMESSA) 0, 50 %
PRISMA I ' I" a 10"
EXPANSAO (%)
DIAS )
AREIA ARTIFICIAL E CIMENTO CIMANGOLA
AREIA NATURAL E CIMENTO ALTO ALCALIS
FIGURA 5 - Valores dos ensalos de reatlvldade potenclal - metodo ffsico a acelerado.
Os testemunhos de sondagens do meta-arenito mostram:
* Resistancia a compressao axial = 1632 kgf/cm2;
* Modulo de (elasticidade) deformagdo = 591.000 kgf/ cm2; e,
* Coeficiente linear de expansao tarmica = 7,56,u strain/°C.
Confrontando os diversos valores obtidos nota-se que o meta-arenito disponfvel na regiao de Capanda aapto para use como agregado para concretos.A utilizarao do "po de pedra" (fracao inferior as malhas no 100 - 0,15 mm e no 200 - 0,075 mm) tem mostrado[11 vantagens de resistancias e de impermeabilizacao.
Em 1985, para a obra de Urugua-I, na Argentina, cujos estudos do concreto foram realizados em conjuntocom o Laboratorio de Concreto da Itaipu Binacional, procurou-se utilizar como fino um material denominado"Limo-Silte", encontrado na regiao da obra, para melhorar as caracterfsticas do concreto rolado. Os resul-tados obtidos foram satisfatorios. Poram, verificou-se que o material utilizado apresentava alto Indice depelotizarao (aglutinagdo das particulas e higroscopico), mesmo quando estocado ao abrigo da umidade.Entao, o Laboratorio de Concreto sugeriu a utilizacao, no lugar do "Limo", do subproduto da britagem dobasalto (po de pedra), urn material fino e sem coesao que foi utilizado na construcao de Urugua-I.
Tambom atravas de estudos no Laboratorio de ltaipu, em conjunto com Dr. Albert Osipov, do Scientific Re-search Centre Hydroproject Institute de Moscou, e a area tacnica da Odebrecht, procurou se avaliar maisprofundamente os efeitos do material fino proveniente da britagem de rochas nas propriedades do concreto,
- 358 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
devido a capacidade dos finos recem britados de absorver a cal liberada na hidratagao do cimento, se com-portando entao como um aglutinante . Os ensaios executados comprovam esse concefto.Dentro dos diversos estudos realizados, avaliou-se a fixacao da cal (Ca[OH]2), nas areias , com varias idadesapbs a britagem . Isso teve objetivo de verificar a necessidade de adequagao operacional no sistema debeneficiamento de agregado na obra. Os resultados sao vistos na Figura 6.
Pelos valores obtidos nota -se que , mesmo apbs 6 (seis ) meses do beneficiamento , a areia artificial com ometa-arenito de Capanda apresentou poder de fixagao da cal superior a 30 mg/100 g de areia (consideradocomo valor m(nimo), aos 28 dias na solugao de (Ca[0H]2).
Verificou -se tambem a fixagao da cal (Ca[OH12) em areias artificials de meta -arenito com vArios teores dematerial inferior a 0,075 mm, como se ve na Figura 7.
Comparou-se ainda a areia artificial do meta-arenito com outros materiais, como se ve nas Figuras 8 e 9.
Nota-se que areia artificial do meta-arenito apresenta uma certa e satisfatbria atividade pozolAnica, como seconfirma atraves da Figura 10.
Nota-se, pelos valores da Figura 8, que o silte apresenta uma menor fixagao de Ca(OH)2.
Fez-se tambem a avaliagao de desempenho do "pb de pedra" no combate a reagao alcalis- sfica , utilizandocomo metodologia a do ensaio rapido (Acelerated Test - National Building Research Institute), sendo que osresultados mostrados na Figura 11, evidenciam a agao benefica do aumento do teor de finos ( <_ 0,075 mm)no combate a reagao alcalis-sfica.
MATERIALS COM DIFERENTES IDADES DE BRITAGEM (FRAc o < 0,075 mm = 10%)
h
hL E G E N D A:A.A1.: AREIA ARTIFICIAL DE ITAIPUA A C = AREIA ARTIFICIAL DE CAPANDAA.A.I. 0 - 6 MESES APOS BRITAGEM
1. b - 3 MESES APOS BRITAGEM
f
bbe
9
u C - 1 MES APOS BRITAGEM
d- RECEM BRITADA
A. A. C.e - 6 MESES APOS BRITAGE M
f - 3 MESES APOS BRITAGE M
g- I MES APOS BRITAGEM
h- RECEM BRITADA
28 IDADE (DIAS)
Ca(OH)2 NA SOL ucAO (mg) Ca(OH)2 FIXADO ( mg/1008 AREIA)AMOSTRA
7 DIAS 14 DIAS 28 DIAS 7 DIAS 14 DIAS 28 DIAS
BRANCA 68 68 68 - - -
RECEM BRITADA 57 56 55 55 60 65
A.A.C. 1 MES APES BRITAGEM 60 60 59 40 40 45
3 MESES APES BRITAGEM 60 61 61 40 35 35
6 MESES APES BRITAGEM 62 62 61 30 30 35
RECEM BRITADA 58 58 56 50 50 60
A.A.I. 1 MES APES BRITAGEM 61 61 60 35 35 40
3 MESES APOS BRITAGEM 62 62 61 30 30 35
6 MESES APOS BRITAGEM 62 62 62 30 30 30
Figura 6 - FlxacAo da cal em arelas artiticials A dlversas Idades ap6s o banellclamento.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 359 -
an MATERIALS COM DIFERENTES TEORES DE FINDS (FRACAO < 0,075 mm )
4
W50
4
00 45
0E 40
004 35x
U.30
s
25
20
1S
b
acd
b
ad
a b d c
Cee e
fIf
14 28 IDADE (DIAS) 90
LEGENDA:
a-9%
b - 8 %
C - 7 %
d - 6 %
e- 4%
If - 2 %
9 - 0 %
Ca(OH)2 NA SOLUCAO (mg) Ca (OH)2 FIXADO (mg/100g AREIA)AMOSTRA
7 DIAS 14 DIAS 28 DIAS 90 DIAS 7 DIAS 14 DIAS 28 DIAS 90 DIAS
BRANCA 69 70 69 70 - - - -
0 % 65 65 64 64 20 25 25 30
2 % 64 64 63 64 25 30 30 30
TEOR DE FINO 4 % 63 63 63 63 30 35 30 35(< 0,075 mm)
6 % 63 62 61 60 30 40 40 50
7 % 63 63 61 60 30 35 40 50
8 % 63 62 60 59 30 40 45 55
9 % 63 62 61 60 30 40 40 50
FIGURA 7 - Fixagao da cal pela arela artificial do meta-arenito de Capanda com dlversosteores de linos
A M O S T R A Ca(OH)2 NA SOLUCrAO - 28 DIAS Ca (OH)2 FIXADO (mg/100g arela) 28 DIAS
BRANCA 69 -
FINOS DE AREIA ARTIFICIAL DE CAPANDA 53 80
SILTE DE CAPANDA 67 10
CINZA VOLANTE - BLAINE - 3000 cm2/g 16 265
FIGURA 8 - Flxag6o do cal pelos materials de Capanda comparatlvamente com um material pozolBnlco.
AMOSTRA - MATERIAL APENAS Ca (OH)2 NA SOLU4;AO (mg) Ca(OH)2 FIXADO (mg/100g )INFERIOR A 0,075 mm
7 DIAS 14 DIAS 28 DIAS 7 DIAS 14 DIAS 28 DIAS
BRANCA 69 69 69 - - -
AREIA ARTIFICIAL DE CAPANDA3000 cm 2
/g53 50 48 80 - 95 115
METARENITO 6000 cm2/g 49 43 19 100 130 250
8670 cme/g 41 15 7 140 270 310
FIGURA 9 - Influ6ncla de flnura (em cm2/g) do material passanto no p.nelra 200 (0,075 mm) em relag6o Aflxagio do cal.
- 360 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
% AQUA REQUERIDA (%) ATIVIDADE COM CIMENTO (%)DE
AREIA ADIgAO REPO "FILLER" "FILLER"
SICAO CINZA
VOLANTE RECEM 3 MESES 6 MESESVOLANTE
CINZARECtM 3 MESES 6 MESES
BRITADO DE bE BRITADO DE DEBRITADO BRITADO BRITADO BRITADO
CINZA10 103,9 92,0
VOLANTE 25 108,6 74,9AREIA DO RIO
PARANA 35 111,8 68,9
10 100,6 100,6 100 , 5 86,7 88,7 85,7"FILLER"
25 102 ,6 100,6 100 ,6 66,9 71,6 68,0
35 103,9 101,3 100,8 51,3 52,1 50,9
CINZA10 103,1 90,7
AREIA ARTIFI- VOLANTE 25 106,2 76,4
CIAL DE 35 109 , 4 71,5CAPANDA
10 100,0 100,6 100,5 80,5 81,4 79,9"FILLER" 25 100 , 0 100 ,6 100,6 64,2 56,3 56,0
35 100,0 101,3 101 ,0 44,7 45,2 43,9
LEGENDA
11FILLER" - MATERIAL <# 200 PROVENIENTE DA BRITAGEM DO META-ARENITO DE CAPANDA
REPOSIc40 - EM VOLUME ASSOLUTO
•
ARGAMASSA COM AREIA ARTIFICIAL DE CAPANDA
I 90
0/0
R E P 0 S I AO (%)
FIGURA 10 - Ativldades pozolanlcas com cimento.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
ASTM-C-618
CLASSE F
A VALOR MINIMO
Q VALOR MINIMO
ASTM-C-618
CLASSE N
ASTM-C-618
CLASSE N
Q VALOR MINIMO
35
-361.
EXPANSAO (%)MADE(DIAS)
TEOR DE FINO (s 0,075 mm) NA AREIA ARTIFICIAL0 % 5% 10 % 20% 40%
1 DIA 0,010 0,012 0,015 0,017 0,018
2 DIAS 0,020 0,026 0,029 0,033 0,034
3 DIAS 0,034 0,042 0,045 0,049 0,046
7 DIAS 0,137 0,133 0,133 0,125 0,091
9 DIAS 0, 185 0 ,173 0,164 0,150 0,104
12 DIAS 0,230 0 ,213 0,198 0,177 0,126
LEGEND A o 0 ----- -- 0........ 0 0 .._.. o
GRANULOMETRIA DA AREIA
PENEIRA N° % RETIRADA4 1,1 1,0 1,0 0,9 0,7
8 31,5 29 , 9 28,4 25,2 18,9
16 19,1 18 ,1 17,2 15,3 11,5
30 14 ,6 13,9 13 , 1 11,7 8,8
50 11 ,2 10,6 10 , 1 9,0 6,7
100 11,2 10,6 10,1 9,0 6,7
F200 11 , 2 10,6 10 . 1 9,0 6,7
<200 0 ,0 5 10 20 40
0,24
0,22
0,20
0,18
0,16
0,14
0,12
A
' d.
• /./•
CIMENTO ALTO ALCALIS
TEOR DE EQUIVALENTS
ALCALINO = 0,94 %
VVALOR MAXIMO DEEXPANSAO RECOMEN-
DADO PELO " NO RI"
PARA A IDADE DE
12 DIAS
.j
IDAD E IOIAS)
FIGURA 11 -1nllu6ncla do quantidade do fins no ar.ia com rolagao A reatttvidado com os Alcalls do clmonto.
.362- - XD(SEMINARIO NACIONAL DE ORANDES BARRAOENS -
4.2 Cimento
As amostras do cimento Portland Cimangola, produzidos em Luanda (Angola), se comportaram com valoresnos intervalos mostrados na Figura 12.
PENEIRA N2 200 (0,075 mm) (% RETIDA) 3,4-14,6
FINURAPENEIRA N2 325 (0,044 mm) (% RETIDA ) 21,8-41.1
SUP. ESPECIFICA (BLAINE) ( cm2/g ) 2857 - 4050
SUP. ESPECIFICA (WAGNER) ( cm2/g ) -
DENSiDADEAPARENTE ( g/cm3
ABSOLUTA ( g/cm3 ) 3,06-3,14
AGUA DE CONSISTENCIA ( g ) -PASTA
( % ) 22,4-23,4
INICIO DE PEGA ( h : mim.) 1:35 - 2:50
EXPANSAO EM AUTOCLAVE ( % ) 0,03-0,40
CONSISTENCIA DE ARGAMASSA gA/C ) 0,48
RESISTENCIA A FLOW ( mm ) -
COMPRESSAO DATA DA MOLDAGEM ( ) -
3 DIAS ( kg/cm2 ) 134 - 274
TENSAO 7 DIAS ( kg/cm2) 190 - 371
28 DIAS ( kg/cm2 ) 316 - 399
90 DIAS ( kg/cm2 ) 339 -447
CALOR DE HIDRATAcAO7 DIAS ( cal/g ) 56 ,0-78,2
28 DIAS ( cal/g ) 70,0-90,0
PERDA AO FOGO ( % ) 1,22-3,02
INSOLUVEIS ( % ) 0,20-0,71
SiO2 ( % ) 19,03-20,6
Fe203 ( % ) 3,34-4,46
ANALISE QUIMICA AI203 ( % ) 3,72-5,05
CaO ( % ) 62,6-65,2
MgO ( % ) 0 , 43-1,92
S03 ( % ) 1,22-2,51
Na20 ( % ) 0.20-0,42
K20 ( % ) 0,54-0,70
EQUIV. ALCALINO EM Na20 ( % ) 0,58-0,81
CAL LIVRE EM CaO ( % ) 1,12-2,74
C3S ( % ) 40,0-68,6
COMPOSTOS DE BOGUE C2S ( % ) 14,2-26,0
C3A ( % ) 4.3-11,9
C4AF ( % ) 4,3-12,8
FIGUIIA 12 - Cimentos Cimangola usados nos estudos de concreto estrutural, massa a rolado.
4.3 Clinquer
Com intuito de se avaliar uma eventual otimizag o na qualidade do cimento dispon(vel, foi executado um es-tudo de finura variavel utilizando o clinquer Cimangola com adicao de gesso (3%). Os valores sao mostradosna Figura 13.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 363 -
A M O S T R A CLINQUER E GESSO MOIDOS
RESIDUO RETIDOPENEIRA N2 200 (0,075 mm) ( % ) 13,2 8,0 4,8 3,2
FINURA PENEIRA N° 325 (0,044 mm) ( % ) 35,5 26,2 17,8 13,1
SUP. ESPECIFICA (BLAINE) (cm2/g) 2540 3080 3590 4050
MASSA ESPECIFICA (g/cm3 ) 3,14 3,12 3,12 3,12
AGUA DE CONSISTENCIA ( % ) 22,8 23,2 23,4 23,6
PASTA TEMPO DE INICIO DE PEGA ( minutos ) 220 200 145 135
EXPANSAO EM AUTOCLAVE ( % ) 0,26 0,18 0,17 0,15
RELACAO A/C ( ) 0,48 0,48 0,48 0,48
ARGAMASSA 3 DIAS (kg/cm2 ) 150 175 193 200(A B N T) TENSAO DE COMPRESSAO 7 DIAS (kg/cm2) 221 269 275 310
28 DIAS (kg/cm2) 316 360 371 392
90 DIAS (kg/cm2) 340 390 406 390
3 DIAS ( cal/g ) 45 48 54 54
CALOR DE HIDRATAQAO 7 DIAS ( cal/g ) 66 68 75 76
15 DIAS ( cal/g ) 72 75 77 78
28 DIAS ( cal/g ) 83 82 87 87
PERDAAOFOGO ( % ) 1,54
RESIDUO INSOLUVEL EM HCL ( % ) 0,37
SiO2 ( % ) 21,6
Fe203 ( % ) 3,08QUIMIIC A
UIM AI203 % 5,62
CaO ( % ) 63,9
MgO ( % ) 1,53
SO3 ( % ) 1,56
Na20 ( % ) 0,33
K20 ( % ) 0,62
CAL LIVRE ( % ) 1,79
EQUIV. ALCALINO EM Na20 ( % ) 0,74
C3S ( % ) 41,8COMPOS-TOS DE C2S ( % ) 40,5
BOGUE C3A ( % ) 9,68
C4AF ( % ) 9,4
Figura 13 - Ensalo sobre clinquer - finura variavel.
4.4 Aditivos
Os estudos de aditivos [3] para concreto foram efetuados com intuito de caracterizar tecnica e economica-mente os diversos aditivos disponfveis no mercado brasileiro. Entretanto, nao propiciam interesse major paraapresentacao neste texto.
4.5 Manta de PVC
Os estudos para desenvolvimento de uma manta de P.V.C. sao amplamente descritos na referencia [4].
5. CONCRETOS - CONVENCIONAIS E ROLADO
5.1 Proporcionamentos
Os estudos objetivando a otimizagdo da dosagem dos concretos convencionais foram executados de acor-do com o metodo adotado no Laboratorio de Itaipu, baseado no matodo SP-46-6 do American ConcreteInstitute.
A combinacao dos agregados graudos foi efetuada atraves do critario preconizado pela U.S. Army - Corps ofEngineers, de modo a apresentar a menor porcentagem de vazios e, consequentemente, a menor quan-tidade de argamassa.
Apbs determinada a melhor combinagAo dos agregados graudos, efetuaram-se as dosagens experimentaispara verificagao das quantidades de agua e agregado miudo para atender aos parametros basicos (Figura
14).
- 364 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
MISTURA 0 MAX (mm) SLUMP (cm) AR (%) TEMPERATURA(C) CIMENTO (kg/m3 ) INCORPORADOR RETARD PLAST.
1.300-A 19 6 ± 0,5 1 ± 0,5 16 a 17 300 NAO SIM
1-100-B 19 6 ± 0,5 1 ± 0,5 16 a 17 400 NAO SIM
11-300-A 38 5 ± 0,5 1 ± 0 ,5 16 a 17 300 NAO SIM
11100-A 38 5 ± 0,5 1 ± 0,5 16 a 17 400 NAO SIM
11-170-C 38 5 ± 0,5 4 ± 0 , 5 16 a 17 170 SIM SIM
11-250-D 38 5 ± 0,5 4 ± 0,5 16 a 17 250 SIM SIM
111.150-A 76 4 ± 0,5 6 ± 0,5 16 a 17 150 SIM SIM
111-200-B 76 4 ± 0,5 6 ± 0 , 5 16 a 17 200 SIM SIM
IV-100-A 152 4 ± 0,5 7 ± 0 , 5 16 a 17 100 SIM SIM
IV-150-B 152 4 ± 0,5 7 ± 0 , 5 16 a 17 150 SIM SIM
FIGURA 14 - Parametros basicos para estudo de dosagem e caracterizacao das misturas de concretos conven-cionais para o Projeto Capanda.
Para a composig5o dos agregados do concreto rolado, as gamas granulometricas foram proporcionadaspara atender uma curva tipo P = x 100%, sendo :
Amax)
0 = Dimensao do agregado;
95 max = Tamanho maximo do agregado = 76 mm; e,P = Percentual passante (peso).
As extremidades da curva foram ajustadas para o teor de finos (menor que 0,075 mm) adequado a mistura epara 0 max = 76 mm, em teor que nao proporcionasse segregag5o.
Os parametros basicos para o concreto rolado estao na Figura 15.
NOMENCLATURA CONSUMO DE CIMENTO (kg/m3) q5 MAX. DO AGREGADO TEMPERATURA (°C)
RC - 60 60 76 23 ± 1
RC - 100 100 76 23 ± 1
FIGURA 15 - Parametros basicos para concreto rolado.
5.2 Resistencia a Compressao Axial Simples
Na realizacao desses ensaios foi utilizado o metodo ASTM-C-39. Foram moldados corpos de provacilindricos, com concretos convencionais integrals e peneirados, para cada mistura e idade de ensaio. 0adensamento foi feito com vibrador eletrico de imersao.
Para os concretos integrals com diametro maximo de 19 e 38 mm, 76 mm e 152 mm, utilizou-se especimescilindricos com dimensoes (diametro x altura) de 15x30 cm, 25x50 cm e 45x90 cm, respectivamente.
Para determinacao do fator de forma (ou peneiramento), fator "q", os concretos com diametro maximo de 76mm e 152 mm foram peneirados na malha de 38 mm e moldados em fdrmas cilindricas de 15x30 cm(diametro x altura). 0 valor do fator de forma -"q"- e a relag5o entre a tensao de ruptura de concretopeneirado e a tensao de ruptura obtida com o concreto integral (sem peneiramento). Foram tambem mol-dados pares de corpos de prova prismaticos (cubos) nas dimensoes de 15x15x15 cm, 20x2Ox2Ocm e30x3Ox30 cm, com concretos integrals de 19 e 38 mm, 76 mm, 152 mm, respectivamente, para determinacaoda resistencia a ruptura e da relag5o entre as resistencias de corpos de prova cilindricos e prismaticos.
Apos as moldagens, todos os corpos de prova foram mantidos na sala de dosagem (temperatura de 23 ±2°C) por 48 horas, devidamente protegidos contra perda de umidade. A sequir foram deformados e es-tocados na camara umida do Laboratbrio, com temperatura controlada de 23 ± 2°C e umidade relativa de100%, ate a idade de ensaio.
A moldagern do concreto compactado a rolo foi realizada em quatro camadas, utilizando um compactadorpneumatico e um perfodo de compactacao de aproximadamente 50 segundos em cada camada. A Figura 16mostra a moldagem de uma serie de corpos de prova com concreto compactado a rolo.
Os resultados obtidos sao vistos na Figura 17.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 365 -
I
FIGURA 16 - Moidagem do corpos do prove(o 25x50 cm ) do concreto rolado (CCR), utilizando corn-pactador pneumatico , pare determinecao da resistencia
a compressao axial.
A Figura 18 mostra os parametros de rendimento obtidos para os concretos massa (corpos de prova0 25x50 cm - concreto integral 0 max 76 mm) e o concreto rolado (corpos de prova 0 25x50, concretorolado de 0 max 76 mm), em comparando com rendimentos obtidos para diversas outras obras (concretorolado e massa convencionais) [5]. [6]. [7].
Por rendimento "n" entende-se o quociente da resistencia pelo consumo de aglomerantes (kgf/cm2/kg/m3).
f kgf/cm2
1\ kg/m3
2,4
2,2
2,0
I , 8
1,6
I,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
7 /
/•• 23
19
it, to-
2214
CONCRETO ROLADO1 - TAMAGAWA2 - SAKAIGAWA3 - YOGOSLAVIA4 -URUGUA-1'5 - WILLOW CREEK6 - WINCHESTER7 -MIDDLE FORK8 - GALESVILLE9 - MONKSVILLE
10 - UPPER STILL WATER1 1 - NORTH LOOP12 - CEDAR FALLS1 3 - LOWER CHASE1 4 - COPPERFIELD15 - CRAIGBOURNE16 - BUCCAWEIR17 - MISTRALt 8 - ZAAIHOEK19 - OLIVETTES20 - RWEDAT21 -ITAIPU22 - NOVA OLINDA23 - TUCURUI*24 - CAPANDA
CONCRET0 MASSA CONVENCIONAL
A - ITAIPUB- ILHA SOLTEIRAC - TUCURUI'0 - UPPERSTILLWATER - CONVENCDNALE - URUGUA -1F- CAPANDA
A
0
t0
FIGURA 18 - Valores do rendimentos pare o concreto rolado a concrotos masse convencionais [5].
5.3 Resistencia a Tragao por Compressao Diametral
A resistencia a tracao dos concretos convencionais e compactados a rolo foi determinada pelo "metodobrasileiro", ou ASTM-C-496, atraves da ruptura por compressao diametral de pares de corpos de provacilindrfcos.
Os valores obtidos sao vistos na Figura 17.
A Figura 19 correlaciona, em termos percentuais, a resistencia a tracao por compressao diametral ecompressao axial simples dos concretos rolados, comparando os valores com os obtidos para outrasaplicacoes de concreto rolado [5].
- 366 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
° o0
w
w'd o
vLL iO CO a Si
Y a O O
n 0 80
n nN 0) N N
NQ
O()
ynN
N0)
N0)
paDN
N[' )
V )N
NC) 0)
t1DN
°0)
N-N
N (p^m
tfpp0)
pnN 0
V
N N
nN
N
N
O
N
(pp tYp^
N(C^pN
0W
0
oW
_ n tppc7
cyON
,(pV/7
(py
N
cps
N
n
N
dN
.N N
n!)
c
v)R 0nN
0
N
N0)N
s O R N
mNfV
O_) V U_) N0)
OO
(0 vo
N t0a
w N •- .- .- .- 0 - .-.
.- - r
n Q: '- (0 0 O 10 z N 10 O
0 0 0 0 0 .- 0 .-
0)On
0p i0
(00
n0
a0
IN)0
ti
QN
. N^
O
- --n .
Nc7
c0
O
N m0
00
$0
N)0a
'^ WO
N0 O 0 G
I)
n0)co
0) Nn
00(D
O .- O O
v n
0 0
aaO
cliN N
'-N O N
N
oOf
c')NO
NnIn
NN
0)V
OV)
n 0p0)
O1
O_)
c')
t0VN
O_c")
C)NN
nN
0N
t^ppc') v N d
8J) " N n
0
N
cNp
N N -((^^N
flyN
w
n (0 N 0 NN e
0 N a a0 )f) N "n t7 0)N d N (7 a 0) N N N
c9ON
0) nrn
NCU c) .
.0 cl:(n U
a: zLLI
xn n `^n
Xn n`
Xn n _n x" n x
NX
Rx" x" k
e^
LLO R S 6 . 0 . 6 R S. S S. 6 6 .6
O
cQ8 m Q no 0 0 Q co pQ (D
Nth
O S O in S S iA
> >
a
E
0)
Q W
CJw Q
0Z
00
u W
Z wo a
U OW0 wO crU
E)E) OZ Uu) Oa z
0 wzQ
0 OLLI -JO U
a. wU 0
O
QOZ Uw 0
(n w&5 Q N
2 ZU) W O)Q F Y
w¢ (n w
Z a 00w Q QO w 0
gZwW aJ
cc. O 2
Q U
W QW
cc
O Q OO w <0 WQ Z) W
awcc w
O0U U
0 00 Z0 Q31
Z 0Q o
Q a O
O w O
U ZQ u WLL W -
N C') a K) CO I GD
Q
0z
wO
0
U
E
W 01
oowD0-O
2
Q0
w0a0
O_
w0aO
aN
FU)ao_W0a0
ti
N N
tl^
WIT
NIIN
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 367 -
OKRA / ENT,DADE 5 10 15 20 111 /f c (%) 2
MIDDLE FORK
CEDAR FALLS
GIBRALTAR 777PAMO
LES OLLIVETTES
SHIMAJIGAWA
MONKSVILLE
UPPER STILLWATER
WILLOW CREEK
ELK CREEK o
URUGUA-I
ITAIPU
ESTUDO BUREC
CAPANDA ( ROLADO)
SFi;,! ', YFCA
FIGURA 19 - Relaceo antra a reslstancla a trageo por compress6o diametral a resistencla a compresseo axialsimples.
5.4 M6dulo de (Elasticidade ) Deformagio
Com os mesmos corpos de prova cilindricos do ensaio de compresseo axial, e momento antes desse ensaio,fol determinado o modulo de elasticidade, seguindo o mbtodo ASTM-C-469.
Para determinagao das deformagoes longitudinais foi utilizado um equipamento mecenico (hastes metalicase dois rel6gios comparadores com precisao de 1 u). 0 comprimento efetivo de cada linha de medida foisempre major que tras vezes o diametro maximo do agregado e menor que 2/3 da altura do corpo de prova.
Os resultados do modulo de elasticidade obtidos com os concretos convencionais integrals e peneirados,bern Como a relagao (K) entre esses valores, estao sendo apresentados na Figura 17, onde tambam sao vis-tos os valores de modulo de elasticidade dos concretos rolados.
A Figura 20 mostra, comparativamente, os valores de m6dulos de deformageo de concretos convencionais erolados de varias obras [5].
0
o e i ^N
131\
A ,1S
\
12\
7
^`
101 7 ^
IDADE ( D1AS 1
LEGENDA.CONVENCIONALA - ITAIPUB - AGUA VERMELHAC - ILHA SOLTEIRAD - TUCURUIE - CAPANDA
ROLADO
1 - MIDOLE FORK2 - PAMO3 - UPPER STILLWATER4 -LOWER CREEK5 - LES OLIVETTES6 - ITAIPU7- URUGUAX8 - RWEDAT9 - MONKSVILLE
10 - WILLOW CREEK11 - ELK CREEK12 - SERRA DA MESA13 - CAPANDA
7
FIGURA 20 - Corralageo do valoros do modulo de daformaceo , de concretos convanclonals a rolado, obtidospar. a obra do Capanda a de outras obras.
5.5 CompressSo Triaxial
Os ensaios de compresseo triaxial tem o objetivo de determinar a coesao e o angulo de atrito intemo do con-creto.O procedimento desse ensalo, baseado no mbtodo ASTM-D-2664 e nos matodos CRD-C-93 e CRD-C-147,do Corps of Engineers, consiste, basicarnente, em submeter um corpo de prova, revestido por umamembrana impem>eavel e flexfvel, a urea pressao confinante constante e urna carga axial ate a ruptura. AFigura 21, esquematiza o ensaio.
- 366 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
ESPF:^ME
P = CARGA AXIAL APLICADA ( tq f )
A- AREA DA SEcNO TRANSVERSAL DO ESPECIME (cm21
0'=P/A = TENSAO AXIAL APLICADA ( tqf/cm2 )
P3=PRESSAO CONFINANTE n MENOR TENSAO PRINCIPAL (tqf/cu.2)
4' = 4` + = MAIOR TENSAO PRINCIPAL
FIGURA 21 - Esquema de car egamento do um corpo de prove submetldo ao ensaio decompres"o triaxial.
Com as tensOes principals (Ui ) de ruptura , para cada tensao confinante ( Q3 ), determina -se graficamente oconjunto de circulos de Mohr e , posteriormente, a envoitbria , obtendo-se a coesao (C) e o angulo de atrito in-terno (q5 ) do concreto, como mostra a Figura 22.
r r -s rr-,
190 _
=
LO',2-(E; )2
C • c- - tq f
C = COESAO
• n NUMERO DE ENSA10
O = ANGULO DE ATRITO INTERNO
FIGURA 22 - Envolt6rla de Mohr a parSmetros de clsalhamento.
Os ensaios foram executados corn corpos de prova cilfndricos de 15x30 cm. Para os concretos de diametromaximo 76 mm, os corpos de prova para ensaio foram extrafdos dos corpos de prova de 25x30 cm. Os cor-pos de prova foram regularizados com chaps de madeira e receberarn urn revestimento, para protef fao eimpermeabilizarao, constitufdo de:
- 10 camadas de plastico (vita-film) no sentido topo/base;
- 20 camadas de plastico (vita-film) no sentido longitudinal; e,
- 5 camadas de fita crepe.Para realizag o do ensaio de compressao triaxial foram utilizados os equipamentos mostrados na Figura 23.A camara triaxial utilizada 6 mostrada, esquematicamente, na Figura 24.
FIGURA 23 - Ciman trtaxlal poslclonada no prensa pare cargo axial, sendo a cargo conllnanto apllcada porbomba manual. A c`lula de cargo , entr• o topo do c&mara a o prato do prensa, mode a cargo axial.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - .369-
I
CAR GA
MAN6METR0
VALVULA P/SANGRAR
VALVULA OE SEGURAN^A
SAIOA P/ MEDIDOR DE DEFORMASAO
CABEC,A 00 PIS TAO
PIS TAO
ANEIS DE VEDACAO
ENTRADA DE OLEO
AP010 ROTULADO
MEMBRANA FLEXIVEL
ANEL DE VEDAcAO
VEDASAO P/SANGRIA
PLACA DE BASE
FIXAW DA BASE
Figure 24 - Esquema da cimara usada no ensalo de compressao triaxial-
IDADE 5 MAX CONSUMO DE PARAMETROS OBTIDOSCONCRETO
(D AS)1
(mAGLOMERANTE
(kg/m3)C= COESAO
k /cm2= ANGULO DE
ATRITO
28 76 180 44,3 4328 76 140 36,5 42
CONVENCIONAL 28 19 250 59,6 4028 38 140 29,9 4328 38 180 38,5 4128 76 100 31,7 42
ROLADO 90 76 60 15,7 4990 76 100 38,3 46
FIGURA 25 - Resultados dos ensalos de compressao triaxial.
A figura 26 apresenta os valores de coesao e Angulo de atrito , em comparacao aos de outras obras , obtidospor ensaios e cisalhamento multiaxial, em laboratbrio e "in situ".
5.6 MASSA ESPEC IFICA E ABSORCAO
A massa especffica e absorrao dos concretos estudados foram determinadas sobre corpos de prova de con-creto endurecido e seguindo o procedimento preconizado pelo matodo ASTM-C-642. Os valores obtidos saotambem mostrados na Figura 17.
As Figuras 27 e 28 mostram correlag6es entre as massas especificas de concretos (rolados e convencionais)com diversos agregados de varias obras.
- 370 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
CONSUMOOE PARAMETROSIDENTIFtCAq,AO
OBRATIPO DE
CONCRETOAGLOMERANTE
W.)
CONDI(,AO C COESAO
PICO
(kgt/cm2)
95PICO
(°C)
C' COESAOAPARENTE
(k9r/cm2)
APARENTE
(°C)1 TAMAGAWA ROLADO 130 JUNTA TRATADA 30 49 -
2 130 MONOLITICO 33 52 -
3 UPPER STILLWATER 253 JUNTA SEM TRATAR 34 64 2,5 47
4 253 MONOLITICO 21 57 2,3 44
5 COPPERFIELD 110 CONJUNTO 0.2-1,5 46 - 51 - -
6 GALESVILLE 106 JUNTAS SEM BERQO 7,8 67 5,6 407 106 JUNTAS COM BERq, O 23,3 52 4,9 43
8 106 MONOLITICO 26,8 33 6,7 45
9 ELK- CREEK 106 JUNTAS SEM TRATAR 1.1 41 - -
10 106 JUNTAS SEMTRATAR E CON ARGAM 6,0 62 - -
11 106 JUNTA LAVADA E CON ARGAMASSA 4,0 56 - -
12 106 MONOLITICO 8,5 67 - -
13 URUGUA-I 60 JUNTAS COM BERQO 3.8-4,6 54 - 59 3,2 - 3.6 40 - 47
14 60 280 °CXH-SEMBERQO 2 .9-3,1 40.44 3,3-3,4 36-40
15 60 500 °CXH - SEM BERGO 4.2-4.4 33 - 37 3 .6-3.9 30 - 36
16 60 780 °CXH - SEM BERCO 2.5-2,7 39 - 42 3.6-3.7 32 - 37
17 60 MONOLITICO 24.6 48 - -
18 SERRA DA MESA " 200 MONOLITICO 22,0 58 - -
19-1 CAPANDA 100 MONOLRICO 31,7 42 - -
19-2 60 MONOLITICO 15,7 49 - -
19-3 100 MONOOTICO 38,3 46 - -
A•1 CAPANDA OONAICONaL 140 MONOLITICO 36,5 42 - -
A-2 140 MONOLITICO 29.9 43 - -
A-3 180 MONOLITICO 38,5 41 - -
B 1 ILHA SOLTEIRA 200 A 350 MONOLITICO 55 - 70 31 - 44 - -
B 2 109 JUNTA SEM TRATAR 5.5 67 - -
C-1 ITAIPU 100 A 350 MONOLITICO 22 - 96 40 - 42 - -
FIGURA 26 - Valores de coesao a Bngulo de atrito-
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 371 -
I I I I ''I'
APLICAcAO AGREGADO MASSA ESPECIFICA (kg/m3)
OU ESTUDOTIPO MASSA ESPECF1CA fgkn3) CONCRETO ROLADO CONCRETO CONVENCI0NAL
ITAIPU * BASALTO 2900 - 2950 2507 - 2625 2605
URUGUA-l * BASALTO 2900 - 2950 2632 - 2694 2450
SACO NOVA OLINDA * GRANITO-GNEISS 2744 2295 - 2365 2252 - 2350
CAPANDA * * METARENITO 2620 - 2640 2438 - 2450 2420 - 2445
TUCURUI METASSEDIMENTO 2730 - 2760 2400 -
SERRA DA MESA * * GRANITO 2640 2325 - 2475 -
BOCAINA * * QUARTZITO 2950 - 3000 2418 - 2609 -
• ENSAIOS DURANTE A EXECU(;AO •• ENSAIOS DE LABORAT6RIO
FIGURA 27 - Massa especIflca do agregados a concretos.
6
BOCAINA **
X4
URUGUA -1 * ITAIPU *n
SACO NOVA OLINDA t I T UCURUI **
SERRA DA MESA ** CAPANDA *
*URUGUA-I*
LEGENDA:
• CONCRETO CONVENCIONAL
#• CONCRETO ROLADO
r-012401) 2500 2600 2700
MASSA ESPECI FICA DO CONCRETO (kg /m3)
FIGURA 28 - Corrolagho ontre massa especIflca do agregados a de concretos rolados a convenclonals
produzidos com asses agregados.
5.7 Capacidade de Alongamento A Tragho
Na determinagao da resistancia a tragao na flex.o e capackiade de alongamento a *tragao dos concretosconvenclorials fol adotado o m6tod0 CRD-C-16, do Corps of Engineers.
Para as mnedidas de deformagaes especificas na (ace tracionada , foi instalado em cada viga um deformimetrc.elatrico, tipo strain-meter , modelo X-10 da Carlson . 0 jxtens6metro foi instalado na face lateral da forma,devido a melhor qualidade da superffcie do concreto nesta regiao . Posteriormente , atravas de urn giro de 900da viga desmoldada , o aparelho instalado ficou na posigao de ensaio . Os extens6metros elatricos forampreviamente calibrados (tarmica e mecdnica ) e firmemente fixados as fBrrr/as atravas de fios , de modo quodurante a moldagem nao se deslocassem de sl.as posigoes (ver Figura 29).
- 372 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
FIGURA 29 - Fixacao do extens6metro eletrlco no centro de uma face lateral do f6nma.
0 carregamento das vigas foi efetuado de forma ascendente, visando minimizar o efelto do peso prbprio nasmedidas de alongamento. Para maior precisao e sensibilidade do carregamento fol utilizada uma calula decarga. A velocidade de aplicagao do carregamento foi constante e Igual a 0 ,2 kg/cm 2/minuto na fibra extematraclonada.
Flgura 30 - Vista geral dos equlpamentos pare o ensalo de tragao por tlexao.
11
Flgurn 31 - Detalhes do ensalo de trageo por flexao.
Observa -se na Figura 31 a protecao do espacime corn plastico , a cl lula de carga posicionada entre o pratoda prensa e o cutelo superior , o suporte de manuselo da viga e o cutelo inferior apiicador do carregamento.
A determinagao da capacidade de alongamento a tragao dos concretos compactado a rolo foi efetuada emcorpos de prova cil(ndricos de 25x50 cm . Os espacimes tiveram seus topos serrados , para meihorar a
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 373 -
planicidade e paralelismo das faces , e a seguir , foram protegidos contra a perda de umidade , atravas do en-volvimento dos mesmos corn plasticos fundente , tipo "Vitafilm". Em segulda, foram coladas , utilizando-secola epoxi , as chapas metalicas para aplicagao do carregamento . Antes da colagem, as topos dos corpus deprova foram secos ao ar e as placas limpas com acetona. A Figura 32 mostra a preparagao de um expo doprova para ensaio de capacidade de defofmagao 8 tragao.Para determinagao das deformagoes de tragao, foram colados 'Wire Strain -Gages", tipo A-9 da BLH (combase de medida de 165 mm ), nas faces diametralmente opostas dos corpos de prova, sendo que a leitura folefetuada por uma ponte Peekel , modelo B-105 , com sensibilidade de l y strain.
FIGUAA 32. Preparec6o de um corpo do prove pare ensalo decapacldade de alongamento. Observa-se a colagem de urnachaps met611ca , a proteg6o contra a perda de umidade a um
extensbmetro eletrico colado.
0 esforgo de tragao foi aplicado axialmente (tragao pura), com incrementos de cargas crescentes ate a rup-tura, a uma velocidade de 0,5 kgf/cm2/s. Para apiicagao do carregamento foi utilizado o sistema mostrado naFigura 33.
FIGURA 33 - Ensalo de capacldade de alongamento a tregio do concreto compactado a rolo. Observe-s•, em
clma da estrutura, o rnacaco hldraullco aclonado por pulmao-bombe equlpado com man8metros de preclseo (a
esquerda). A dlrelta , o conjuto pare lelturas de deformag6o.
A figura 34 mostra os valores de capacidade de alongamento de concretos rolado e convencionais,colocados em correlagao corn os teores de aglomerante e em comparagao corn concretos - rolados e con-vencionais - de outras obras.
- X74 - - XD( SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
a LEGEMDA
o 140-0 - 3 DIAS
eIL
130-
D- 7 DIAS
A - 28 DIAS
0 • - 90 DIAS120-
zw
-CONVENCIONAL
ROL DO1 110- A NOVA
E E 100-
w 40-a
U
O+_
50
AGUA VERMELHA
CAPANDA I
AVANHANDAVA
TAIPU
100 110 120 130 140 150
CONSUMO DE AGLOMERANTE ( kg/m3)
ITAIPU
AGUA VERMELHA
FIGURA 34 - Valores do capacidade do alongamento do concretos - rolado e convenclonals.
5.8 Fluencia a Compressao
A fluencia a compressao consiste, basicamente, na determinacao da deformaCao decorrente de umasolicitacao constante aplicada axialmente e durante um certo periodo de tempo. 0 metodo de ensaio usadoe baseado no CRD-C-54 - Corps of Engineers.
Para determinacao das deformacoes ao longo do tempo, foi instalado em cada corpo de prova dos con-cretos convencionais, tanto no corpo de prova sob carregamento constante quanto no de variacaoautbgena, um extensometro eletrico, tipo strain-meter A-10 de fabricagAo Carlson, previamente aferido(termica e mecanica). As leituras de deformarao foram efetuadas com o indicador digital SDC-3008, daKyowa. A fixacao do aparelho foi efetuada com auxilio de fins de nylon, de uma barra de ago apoiada naslaterais do molde e de uma chapa cilindrica de ago com um furo central, por onde se passa o cabo doextensometro eletrico. Essa chapa cilindrica e a base da forma e, apbs a desforma, continua fixa ao corpo deprova servindo como capeamento.
Para ensaio do concreto convencional foi utilizado um concreto massa de -p max 15' mm e 150 kg/m3 deaglomerante.
FIGURA 35. Moldagem do urn ospeci no pare onsalo do fluencia a compresseo do concroto convenclonal. Ob-serve-se a utilizec6o do um tubo do PVC pare protecao do deformlmotro contra o contata brusco do agregado
graudo elou do vlbrador do Imerseo.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 375 -
I
Para o estudo do concreto rolado foram moldados corpos de prova cilfndricos (de 25x50 cm) do concretocompactado a rolo com consumo de 60 kg de cimento por m3. A pbs a mddagem , os corpos de prova per-maneceram nas respectivas fbrmas metalicas e com a pane superior protegida contra a perda de umidade,utilizando-se sacos de aniagem moihados , por urn perfodo de 48 horas . Entao, os mesmos foram desmol-dados e iniciada a preparagao conforme sequencia a seguir:
- Envolvimento do corpo de prova com varias camadas de filme plastico , tipo "vita -film' ;
- Capeamento do topo do especime atraves da colagem, com resina epoxidica , de urn disco metalicode mesmo diametro do especime, e;
- Protegao em definitivo , atravas de um cilindro de borracha impermeavel , fixado nos discos com colae cintas de ago.
Devido aos procedimentos para moldagem dos corpos de prova de concreto rolado, nao a poss ivel utilizarextensometros embutidos para as medidas de deformagao ao longo do tempo . Como solugao , o Laboratbriode Itaipu utilizou dois sistemas conjuntos para leituras de deformagoes, ambos instalados externamente.Apbs a preparagao , os corpos de prova foram estocados na sala de ensaios de fluencia , que a climatizada ecom temperatura controlada de 23 ± 202 C.Os equipamentos utilizados no ensaio sao constituldos , basicamente , de uma estrutura metalica de reagao,um macaco hidraulico aplicador de carga, uma rbtula e um sistema mantenedor de carga atraves de umoutro macaco hidraulico e peso morto . A Figura 36 mostra , com detaches , os equipamentos acima descritos.
A carga constante aplicada no ensaio correspondente, aproximadamente , a 40% da resistencia acompressao axial do concreto na idade de carregamento . Antes de aplicar o carregamento definitivo saorealizados dois carregamentos preliminares , para verificagao do posicionamento correto da rbtula e domacaco hidraulico . Conclufda a verificagao , a iniciado o ensaio de fluencia a compressao , efetuando-se ocarregamento definitivo instantaneo e executando as leituras dos extensometros instalados nos corpos deprova submetidos a carga constante e nos de variagao autbgena de volume.
PERFIL DE REA^AO SUPERIOR
PESO MORTO(PLACAS)
FIGURA 36 - Esquema do sistema de carregamento do onsalo de fluencla a compresseo.
A fungao de fluancia utilizada a definida pela expressao:
e = E^ + f(k) In (t + 1)
onde:e = Deformagao total especifica por unidade de tensao;
Ei = Modulo de elasticidade obtido logo apbs aplicagoo da carga;
f(k) = Coeficiente que representa a velocidade de fluancia com o tempo; e,
t = Tempo sob carga.As Figuras 39 e 40 apresentam a evolugao da fluancia especifica , acrescida da deformagao elasticainstantanea em relagao a logarftlmo neperiano do tempo sob carga macs um dia , para cada Idade de car-regamento.
PORCAS DE AJUSTE DOS TIRANTES
ROTULAMACACO DE PEQUENO CURSO
•PESAS PASSANTES PARA CABOS
.TIRANTE DE 0 1 1/2" E L= 180 cm
PEQA PARA CAPEAMENTO
C.P 45 X90 cm
MACACO COMPENSADOR
- 376 - - XD( SEMINA RIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
FIGURA 37 - Sala de ensalo de fluencia, onde
pods se observar os corpos de prova sob
cargo (a direita, concreto masse convencional
e, a esquerda , concreto rolado).
FIGURA 38 - Instrumentos utilizados pare determinacaodos defor naf oes longitudinals do um corpo do prova doconcreto rolado submetido a canegamento constants.
IDADE DEC
IDIAS)
105,00
MOb.ELASTICIDADE(kaf/cm2) COEFICIENTE OOEFICIENTE
MECANICO REGftESSAO kUEr I10 cORRE cA0
341.000 339,000 0,394 0,9629
384.000 379.000 0,313 0,9903
408.000 414 0001 0,236 0,9831
408.000 423.000 0,191 0,9800
LEITUkAS DE DEFORMAcA0 ObTIDAS POR
EXTENSOMETROS ELETRICOS EMBUTIDOS
3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6P
LN( t,1)
FIGURA 39 - Curvas do tluencla do concreto massa convenclonal (¢ mAx 152 mm)com 150 kg/ms do aglomerante.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - -377-
I
Figure 40 - Curves de fluencla do concreto rolado ( 0 max 76 mm) com 60 kg/m3 de aglomerante.
UPPER STILLWQER-ROLADO
CAPANDAII k9/m3 )Am6x]S2mmMASSA CONVENCIONAL 1
LEGENDA:
O1 IDADE DE CARREGAMENM 7 DIAS
02 11 .1 28 DIAS
3 u u u 90 DIAS
4 n u n 190 DIAS
0 B S.. LE1R A .S APARELHO MECAMCO
1_ =1/E.F(K )LN(t+1)
F(K) : COEFICIENTE DE FLUENCIA
1 /E = DEFORMAcAO INSTANTANEA
OBTIDA NO ENSAIO DE MODULO
DE ELASTICIDADE
1 = TEMPO SOB CARGA (DIAS )
TUCURUI (107) BRITAS DE METAGRAWAOUE
UPP (111) CASCALHOS QUARTZITO
-TRES IRMAOS (194)BRITAS DE BASALTO
ITAIPU (162 ) BRITAS DE BASALTO
- ITAIPU (189) BRITAS DE BASALTO
CONCRETOS CONVENCIONAIS
( 0 max 76 mm )
UPPER STILLWTER-ROLADO
WILLOW CRREK - ROLADO
IDADE ( 1.1)(DIAS)
- 378 -
TRES IRMAOS ( 194) BRITAS DE BASALTOUPP (111 ) CASCALHOS QUARTZITO
fnNr..RFTO CONVFNCI ONAIS
FIGURA 41 - Dados do pardmetros do flu6ncla do dlversos concretos - rolados e convenclonals.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
i
A Figura 41 coloca os parametros f(k) e E, obtidos para os concretos convencionais e rolados de Capanda,
em comparagao corn esses parametros de concretos de outras obras.
5.9 Permeabilidade.
A permeabilidade dos concretos estudados foi determinada atravos do motodo CRD-C-48, do Corps of En-gineers, cujos calculos do coeficiente de permeabilidade (kc) sao baseados na aplicagao da lei de Darcypars um fluxo unidirecional sob pressao constante. A formula de calculo o a seguinte:
K° 0AH
Sendo:Kc = Coeficiente de permeabilidade do concreto (cm/s)
0 = Vazao (cm3/s)
L = Comprimento do corpo de prova (cm)
A = Area da segao transversal do corpo de prova (cm2)
H = Altura da coluna d'agua (cm)
Os ensaios foram executados sobre corpos de prova de concretos moldados conforme descrito no item 4.1.Para os concretos de diametro maximo 19 e 38 mm foram utilizados os corpos de prova de 15x30 cm. Paraos concretos de diametro maximo 76 mm, foram utilizados corpos de prova de 25x24 cm, obtidos pelo corte,ao meio, de corpos de prova de 25x50 cm e identificando as duas metades como parte superior e inferior.
Para execugao do ensaio foi utilizado o equipamento esquematizado na Figura 42. A temperatura da sala deensaio foi mantilla controlada em 23°C ± 2°C.
Os valores obtidos sao vistos na Figura 43, juntamente com dados de ensaios de concretos de varias obras.
1J.^
REGULADOR DE PRESSAO
° ?S" II 7i: /
CAMPANULA PARA
ESPECIMES 1500 cm
RUISTROPURGAD O R PUR^AO
FIGURA 42 - Esquema do slstema par..nsalo de permeabllldade.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 379 -
I
IO 14 & CONCRETO CONVENCIONAL
1012-
10-10-
10 a -
10-6
10-4 -
10 2
IDADE DE ENSAIO 28 DIAS
50 100 150 200 250
CONCRETOS ROLADOS
1- MILTON BROOK UK2-UPPER STILLWATER. USA3-BISHOPS STORTFORD UK4-SHIMAJIGMA JAPAO5-ZAAIH0EK AFRICA 00 SUL6-ST MARTIM DE LONORES FRANCA7-TAMAGAWA JAP O8-DE MIST KRAAL _ AFRICA 00 SUL9-OHKAWA. JAPAO
10-ITAIPU. BRAPILII -COPPERFILD AUSTRALIA12-HOLSEAM WOOD UKI3-TARBELA PAQUISTAO14-TUCURUI' BRASIL15-WILLOW CREEK ( JUNTA) USA16-URUGUA - I' ARGENTINA17-RWEDAT MARROCOS18-SACO NOVA OLINDA BRASIL19-LES OLIVETTES . FRANSA
20-NORTH LOOP USA21-CRAIGBOURNE AFRICA DO SUL22-BUCCA WEIR AFRICA DO SUL
23-BRAAM RANBENHEINER .AFRICA SUL24-1 -SERRA DA MESA-60C+140P BRASIL24-2-SERRA DA MESA -60C+140F BRASIL24-3-SERRADAMESA -60C+140E BRASIL
25-CAPANDA ANGOLA
CONSUMO DE AGLOMERANTE
CIMENTO+ MATERIAL POZOLANICO(ko/m3)
CONCRETOS CONVENCIONAIS
A -ITAIPU BRASILB- AGUA VERMELHA
Cl -CAPANDA (19 mm) ANGOLAC2- „ (38mm).C3- (38mm com30/o Bsnbmla)C4- (38mm) .CS- •. (38mmcom3%BonloMO)C6- (76mm)C7- •. (76mm).CO- (76mmcom3%Bsn1onda)
FIGURA 43 - Dodos do cooficlentes do psrmeabllldado.
5.10 Elevagio Adiabatica da Temperature
0 ensaio de elevagao adiabatica da temperatura permite verificar o desprendimento de calor de urn concretoem condigoes adiabaticas, ou seja, sem que haja troca de calor corn o exterior. Para tanto, o corpo de provado concreto a colocado em urn calor(metro adiabatico corn temperatura constanternente regulada e mantidaigual a temperatura que existe no mesmo Instante no Interior do corpo de prova de concreto.
FIGURA 44 - Palnol do controls a medlgao do temperature docalorlmetro adlab6tko com calxa seletora modelo NSU-22, doKyowa , multlmetro digital modelo 8050 A, do Fluke , a controlesmanual a automadco do sistema do aqueclmento/refrigerarao.
0 calorimetro adiabatico do Laboratbrio de Concreto da Itaipu consiste de duas camaras , urna extern eoutra intern , constru (das corn parades de poliestireno expandido e revestidas corn chapas galvanizadas. Acamara intern , que a o calorimetro propriamente dito, fica localizada no centro da camara externa. Essascamaras estao ligadas tanto a urn sistema de refrigeragao , corno a um sistema de aquecimento, que per-mitem variar a temperatura no Interior das mesmas de 0°C a 70°C . Alum das duas camaras, faz parte docalorimetro adiabatico , urn painel de controle e medigao de temperatura (Figura 44). As temperaturas sao ob-
- 380 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
Was atraves de termOmetros de resistencia eletrica corn sensores de platina. 0 molde original pars o ensaiodo elevarra- o adiabatica da temperatura 6 uma forma ci (ndrica metalica do 700x700 mm (diametro x altura)montada sobre uma plataforma em chapa do ago coin rod (zlo. 0 Isolamento extemo da forma 6 feito corncamadas de poliestireno expandido de 100 mm de espessura , revestido corn chapa galvanizada de 2 mm deespessura . Os valores obtidos para os concretos de Capanda sao mostrados na Figura 45.
20 -
25
1
r01234567991011121314
( DIAS )
FIGURA 45 - Valores do olovagio adlabitlca do concretos masse convonclonal (CMC) • compactado a rolo(CCR).
Esses valores de elevagao adiabatica da temperatura foram transformados em coeficlentes de evolugaounitaria de temperatura ( elevagao adiabatica de temperatura dividida polo consumo de aglomeradop = OC/icg/m) e colocados na Figura 46 em comparagao corn concretos rolados de outras obras.
APLICACAOOU ESTUDO
CONSUMO DE A LO ANTE(kq/m3)
MEDIA DE ISO E 100
60 CMAENTO
60 CIMENTO•60 ESCORIA
60 CIMENTO
60 CIMENTO . 140 ESCORIA
59 CIMENTO +138 CINZA60 CIMENTO+60 CINZA
TIPO DOCONCRETO
MASSAmda.152 mm
ROLADO
ROLADO
ROLADOROLADO
FIGURA 46 - Dados comparatlvos intro ovolugoos unkirlas do temperatun.
5.11 Propriedades Termicas.
5.11.1 Difusividade T6rmica
Difusividade termica e a relativa capacidade que um material possui em deixar trocar calor. A medida dedifusividade do concreto consiste, essencialmente, em determinar a relagao tempo/diferencial detemperatura entre o Interior e a superficle de urn corpo de prova, inicialmente a mesma temperatura, quando
CMC - 0 MAX . 152 mm -CONS.ISO kq/m3(CAPANOA)
CCR -CONS . 100 kq /m3 (CAPANDA )
C C R - CONS 90 kq / 0 (URUGUA-11
CCR -CONS . 60 kq / m3 (CAPANDA )
C CR - CONS . 60 kq/m3 (URUGUA-1)
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 3a1 -
i
se varia a temperatura na superf(cie.
Para medida da temperature sfio usados termbmetros de res istencia eletrica corn sensor de platina conec-tados ao painel de medigio . 0 corpo de prova usado 6 urn especime cillndrico de 24x40 cm (diametro x al-tura), com um furo central de 12 , 5 mm de diametro e que se estende at e a meia altura do corpo de prova,onde a f'Ixado um tubo de cobre pars instalagao do termOmetro. Os corpos de prova ensaiados foramextraldos dos corpos de prova moldados pars os ensalos de elevagao adiabatica. Essa extragao foi feita comuma maquina eletrica pars extragao de testemunhos , utilizando coroa de borda diamantada de 20 cm dediametro , conforme mostra a Figura 47 . Depois de extraldos , os corpos de prova foram cortados na alturaespecificada (40 cm ) em uma maquina elatrica pars corte de testemunhos utilizando disco de ago com bordadiamantada . 0 furo central , para fixagao do tubo de cobre , foi feito tambam com a maquina extratora,utilizando uma broca de ago com ponta de vidia.
FIGURA 47 - Extragao do corpo do prova do concreto rolado pareensalos do difusividade termica.
FIGURA 48 - Corpo de prove de concreto rolado preparado panensalo de dffuslvldade term Ice.
Para calculo da difusividade tarmica do concreto sao empregadas tabelas numaricas calculadas a partir doequagaes matematicas de troca de calor . As dedugoes dessas equagoes, para corpos de prova com alturaigual a dugs vezes o diametro , estao no livro 'Thermal Properties of Concrete" do Bureau of Reclamation. Os
- 382 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
valores de difusividade termica obtidos com as misturas ensaiadas sao mostrados na Figura 49.
VALORES DE COEFICIENTE DE EXPANSAO TERMICA LINEAR DE CONCRETO ROLADO E MASSA CONVENCIONAL
MISTURATIPO DE
CONCRETO
CONSUMO DE TIPO DE COEFICIENTE LINEARCIMENTO AGREGADO DE EXPANSAOTERMICA(kg/m') (10 /"C)
OBSERVA QOES
PM - 60 ROLADO 60 BASALTO 7,41 CONCRETO SATURADO
PM - 90 ROLADO 90 BASALTO 8,33 CONCRETO SATURADO
76 - D - 04 MASSA 189 BASALTO 8,00 CONCRETO SATURADO
76 - F - 03 MASSA 162 BASALTO 7,71 CONCRETO SATURADO
VALORES DE CALOR ESPECIFICO DE CONCRETOS ROLADO E MASSA CONVENCIONAL
PROJETO MISTURATIPO DE CONSUMO
TIPO DE CALOR ESPECIFICO
CONCRETODE CIMENTO
(kg / m3) AGREGADO(cal / g °C) C V (%)
URUGUA-IPM-60 ROLADO 60 BASALTO 0,238 1,4
PM-90 ROLADO 90 BASALTO 0,233 1,6
ITAIPU76-H-04 MASSA 140 BASALTO 0,243 1,7
76-F-03 MASSA 162 BASALTO 0,252 2,0
152-150-B MASSA 150 ARENITO 0,221 0,8CAPANDA
152-100-A MASSA 100 ARENITO 0,228 0,9
RC-60 ROLADO 60 ARENITO 0,230 3,1
VALORES DE CONDUTIVIDADE E DIFUSIVIDADE TERMICA
P O O IS-TIPO DE
CONSUMOTIPO DE CONDUTIVIDADE TERMICA DIFUSIVIDADE TERMICA
R JET M TURACONCRETO
DE CIMEN-TO (kg / m) AGREGADO
10-3 (caucros C) CV (%) 10-3(m2/dia) CV (%)
URUGUA-IPM-60 ROLADO 60 BASALTO 4,76 - 0,066 9,3
PM-90 ROLADO 90 BASALTO 4,22 - 0 , 060 6,8
ITAIPU76-H-04 MASSA 140 BASALTO 4,41 1,2 0 ,062 1,8
76-F-03 MASSA 162 BASALTO 4,60 0 , 4 0,063 1,4
152-150 -B MASSA 150 ARENITO 6,0 - 0,093 8,1CAPANDA
152-100-A MASSA 100 ARENITO 7,0 - 0,111 10,0
RC-60 ROLADO 60 ARENITO 7,4 - 0,116 1,2
FIGURA 49 - Propriedades termicas de concretos rolado e convencional.
5.1 1.2 Calor Especffico
Calor especifico e a quantidade de calor necessaria para elevar de um grau a temperatura da massa unitariado material. A determinacao do calor especifico do concreto consiste, essencialmente, em medir a quan-tidade de calor absorvida por um corpo de prova de concreto de massa conhecida, e termicamente isolado,ao qua[ a fornecido uma certa quantidade de calor.
0 calorfinetro utilizado no ensaio consiste, basicamente, de um tanque externo e um recipiente cilfndrico decobre, interno, dentro do qual a colocado o corpo de prova. Entre ambos a usado um material isolante.Fazem parte ainda do aparelho: um agitador acoplado a um motor eletrico, um aquecedor de imersao e umtermometro de resistencia eletrica, com sensor de platina. 0 fornecimento de energia e a medida dessa ener-gia sao feitos atraves de equipamentos (timer e wattimetro) do painel de medicao e controle mostrado, junta-mente com o calorfinetro, na Figura 50. As medidas de temperatura sao feitas atraves do painel de medicaomostrado na Figura 50, ao qual o termometro e conectado. Os valores obtidos sao vistos na Figura 49.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS - - 383 -
FIGURA 50 - Calorfinetro, painst de medlcao a fomeclmento deenergla a corpo de prove pare ensalo.
5.11.3 Coeficiente Linear de Expansao Tarmica
0 coeficiente linear de expansao tarmica a definido como sendo a variarao de um comprimento unitario,causada pela variacao unitaria da temperatura. 0 ensaio para determinagdo dessa caracterfstica do concretoconsiste em medir a variarao de comprimento, causada pela variacao de temperatura, de um corpo de con-creto. Para se obter a variacao de temperatura sao utilizadas duas camaras tarmicas, com temperaturas con-troladas na faixa de 4°C e 38°C, respectivamente.
Os resultados obtidos tambam sao vistos na Figura 49.
5.11.4 Condutividade Tarmica
A condutividade termica e a propriedade que mede a habilidade do material conduzir calor, sendo definidacomo a razao de fluxo de calor para um gradiente de temperatura. A condutividade foi obtida atravas daequacao K = h2. Y. C, sendo :
h2 = Difusividade tarmica (cm2/s)
y = Peso especffico (g/cm3)
C = Calor especffico (cal/g.°C)
6. COMENTARIOS
Os baixos valores de absorrao e de desgaste por abrasao , bern Como a elevada massa especifica,resistencia a compressao , modulo de elasticidade , e o bom comportamento nos ensaios de sanidademostram que o meta -arenito disponivel no sitio da obra a apto para use como agregado.
Os resultados dos ensaios de reatividade com os alcalis dos cimentos nao evidenclaram preocupagoesquanto as expansoes.
Os ensaios demonstraram a validade do emprego do "po de pedra" com finos , visto as vantagens de aumen-to na resistencia e inibirao da reagao alcalis -sfica.As propriedades mecanicas - resistencia a compressao axial, compressao diametral , coesao e cisalhamento- mostram parametros de magnitude semelhantes para os concretos rolado e convencional de Capanda. Ascomparagoes corn valores obtidos para outras obras confirmam tambam essa semelhanga.0 modulo de (elasticidade) deformarao do concreto rolado tem se apresentado pouco inferior ao dos con-cretos convencionais.
Como evidenciado na Figura 41, o concreto rolado apresenta parametros de fluancia (1/E e f(K)) maiselevados que os dos concretos convencionals . Isso se explica pelo baixo valor do modulo de deformagao epelo baixo teor de argamassa.
A capacidade de alongamento sob carregamento rapido , para concretos rolado de baixo consumo , mostrouvalores consistentes e similares aos dos concretos convencionais , como evidenciado na Figura 34.
- 384 - - XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -
Tendo em vista os parametros de fludncia , e os dos ensaios rapidos , e considerando o exposto porHoughton , Carlson e Polivka (8) (9) (10), o de se prever que a capacidade de alongamento sob ensaio lentoseja superior aos equivalentes (mesmo consumo de aglomerante) de concreto massa convenclonals. Issoconstitul reserva adicional quanto a resistancia e absorgao das solicitagoes termicas.
Os valores de elevagao adiabatica de temperatura estao coerentes com o consumo (e tipo) de aglomeranteadotado.
Chama -se atengao polo fato de que a importante considerar, para concretos tipo massa - roiado ou conven-cional - o binomio = propriedades mecanicas e elevagao adiabatica = atingido por concretos de deter-minado consumo de aglomerantes.
A dispersao major observada pelos conjuntos de valores obtidos nos ensalos de difusividade sobre con-cretos rolado, em comparagao aquela observada para os concretos convencionais, deve ser decorrente damaior permeabilidade encontrada para o concreto rolado. Os valores modios mostram semelhanga comaqueles de concretos convencionais.
Os valores observados para o calor especffico , semeihantes aos dos concretos convencionais , nao mostrampontos que fagam jus a um comentario suplementar.
Notou-se semelhanga entre os valores obtidos para o coeficiente linear de expansao tormica do concretorolado e concretos convencionais, confeccionados com materiais de mesmas caracterfsticas.
A permeabilidade do concreto rolado de baixo consumo 6 superior a dos concretos rolados de consumomais elevados e dos concretos convencionais. Deve ser salientado, entretanto, que o use de 'linos" de po depedra, subproduto da britagem, empregado no concreto rolado, mostrou valores meihores (menor coefi-ciente de permeabilidade) que os obtidos para concretos rolado de outras obras de consumo equivalentes.
Salienta-se dessa forma, mais uma vez [11 ] que o concreto rolado assemeiha-se a urn concreto conven-tional produzido com o mesmo tipo de material (agregados ) e mesmo nfvel de consumo de aglomerante.
7. AGRADECIMENTOS
Este trabalho foi elaborado com apoio da Construtora Norberto Odebrecht S/A, representada pela equipe deEngenharia de Capanda:
- Eng° Marcus Tulio Schmitt - Responsavel pela Divisao
- Eng° Fernando Resende - Controle de Qualidade
- Eng° Jin Tien Quin - ProjetosOs autores e colaboradores agradecem ao Gamek - Gabinete de Aproveitamento do Modio Kwanza - pelapublicagao das informagoes contidas neste informe.
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.
[1] Braga , J.A. - Lacerda, S.S. - Duarte, J.D.C. - Rosario, L.C. - "Utilizagao de finos - Sub-produto deBritagem nos Concretos Rolado e Convencional" - XVIII Seminario Nacional de Grandes Barragens- Foz do Iguagu - 1989.
[2] Relatorio - C-11/87 - "Ensaios de Materiais para o Projeto Capanda" - Itaipu Binacional.[3] Relatorio - C-09/89 - Estudos de Aditivos para Concreto - Projeto Capanda (Angola) - Itaipu
Binacional.[4] Braga , J.A. - Rosario, L.C. - Fernandes, F.N. - Schmidt, M.T. - Andriolo, F.R. - "Desenvolvimento de
Mantas de P.V.C. - Opgao Tecnica e Economica para Impermeabilidade" - XIX Seminario Nacionalde Grandes Barragens - Aracaju - 1991.
(5] Andriolo, F.R. - "Contribuigoes para o Conhecimento e Desenvolvimento do Concreto Rolado" -1989.
[6] Relatorio C-08/89 - "Estudos de Concreto Estrutural e Massa para o' Projeto Capanda " - ItaipuBinacional.
[7] Relatorio C-10/89 - "Estudos de Concreto Compactado a Rolo para o Projeto Capanda (Angola)" -Itaipu Binacional.
[8] Houghton, Donald L. - "Determining Tensile Strain Capacity of Mass Concrete" - A.C.I - Journal -75/58 December - 1976.
[9] Houghton, Donald L. - Concrete Strain Capacity Tests:Their Economic Implicatioms" - Proceeding Engineering Foudation - Research Conference onEconomic Construction of Concrete Dams - Asilomar Conference Grounss - California - May/1974.
[10] Carlson, Roy; Houghton, Donald; Polivka, Milos "Causes And Control of Cracking in ReinforcedMass Concrete" ACI - Journal - July/1979.
[11] Zanella , M.R. - Braga , J.A. - Rosario, L.C. - Ayala,A.G.C. - Golik, M. - Andriolo, F.R. - "ConcretoRolado - Ensaios Especiais " - XVIII - Seminario Nacional de Grandes Barragens - Abril - 1990 - Fozdo Iguagu - PR.
- XIX SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS -