Usina de Aimorés ganha parque botânico. Pág. 5s ãodaCem ig:A tuarnosetorde energ iacomrentab...
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Ano XXXII - Nº 05
Junho 2009
Viagem pelo Velho Chico
EFICIÊNCIAEnergia do Bem favoreceentidades mineiras. Pág. 9
DISTRIBUIÇÃOProjetos estruturantes para
a Copa do Mundo. Pág. 12
GERAÇÃOUsina de Aimorés ganha
parque botânico. Pág. 5
Viagem pelo Velho Chico
Semana do Meio Ambiente evidencia a Bacia do São Francisco
Semana do Meio Ambiente evidencia a Bacia do São Francisco
MissãodaCemig:Atuarnosetorde
energiacomrentabilidade,qualidadee
responsabilidadesocial
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De 28 a 30 de maio, analistas e pro-
fissionais do mercado financeiro se reu-
niram em Uberlândia, no Triângulo Mi-
neiro, para um encontro frente-a-frente
com diretores, superintendentes e ge-
rentes da Cemig. Durante o 14o Encon-
tro Anual Cemig-Apimec, os dirigentes
tiveram oportunidade de apresentar in-
formações sobre a Empresa em todas
as suas áreas de atuação e tirar dúvi-
das sobre as expectativas dos investi-
dores com relação aos próximos pas-
sos da Cemig.
Um dos temas mais abordados foi
a recente aquisição da Terna, que posi-
cionou a Cemig como uma das três
maiores transmissoras do País. “É um
negócio que tem um bom retorno, é al-
go que nós já sabemos fazer bem e que
nos ajuda a ligar o mundo da geração,
que é o Norte do Brasil, com o mundo
do consumo, que é o Sudeste”, adian-
tou o presidente do Conselho de Admi-
nistração, Sérgio Barroso, em entrevista
coletiva. Segundo ele, a Empresa está
tendo o bom senso de saber a hora cer-
ta para agir na aquisição de empresas.
A abertura aconteceu na quinta-fei-
ra (29), com um jantar para os convida-
dos, com a presença de diretores. O
dia seguinte foi dedicado às apresenta-
ções para os acionistas e investidores.
O final da manhã foi reservado para a
mesa redonda da diretoria. Após a
mensagem de Sérgio Barroso, o presi-
dente Djalma Bastos de Morais coman-
dou a mesa-redonda, que contou com
as apresentações do vice-presidente
Arlindo Porto e dos diretores Fernando
Schuffner (Distribuição e Comercializa-
ção), Luiz Henrique de Castro Carvalho
(Geração e Transmissão), José Carlos
de Mattos (Novos Negócios e Gás),
Marco Antonio Rodrigues (Gestão Em-
presarial), Bernardo de Alvarenga (Co-
mercial) e Luiz Fernando Rolla (Finan-
ças, Participações e Relações com In-
vestidores).
Depois das apresentações, foi
aberta a seção de perguntas e respos-
tas, mediada pela comentarista de TV
Rita Mundim. À tarde, além de pales-
tras e informações detalhadas, os con-
vidados puderam fazer um test drive no
veículo elétrico, desenvolvido pela
Cemig em parceria com a Fiat e Itaipu.
No sábado, os participantes visitaram a
Usina Miranda, localizada no Rio Ara-
guari.
Uberlândia sedia 14º Encontro Cemig-Apimec
CemigNotíciasl Junho l 20092
COMERCIALIZAÇÃO
CemigNotíciasl Junho l 2009 3
Nos dias 12 e 13 de maio aconteceu a
3a Bienal da Energia, no Centro de Con-
venções e Feiras do Expominas, Belo Ho-
rizonte. O evento abriu espaço para pales-
tras e debates que abordaram os desafios
enfrentados pelo setor de energia elétrica
no Brasil e no exterior.
O vice-presidente do Banco Interame-
ricano de Desenvolvimento (BID), Roberto
Vellutini, ministrou a primeira palestra, so-
bre as Tendências da Economia Mundial.
Na ocasião, ele alertou sobre a importân-
cia de inovar e investir em infraestrutura,
para que as nações possam continuar se
desenvolvendo em tempos de crise.
Jean-Claude Larreche, professor da
Insead-França, uma das melhores escolas
de negócios do mundo, alertou que orien-
tar o cliente é primordial para criar novos
valores no momento de crise. “O dinheiro
vale menos que cérebro e imaginação. As
empresas devem conhecer os clientes
melhor do que eles mesmos. Só assim
elas encontrarão alternativas que satisfa-
çam a necessidade do mercado.”
A inserção dos países em ascensão
na dinâmica da economia mundial, com-
parando oportunidades, desafios e riscos
de cada um, foi abordada na palestra Fu-
turo dos Países Emergentes, do economis-
ta norte-americano Antoine Van Agtmael.
Hoje, o mercado emergente comporta
85% da população mundial e representa
25% da economia global. “Nos próximos
10 anos, o grupo de países conhecido co-
mo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China)
também passará a fazer parte do grupo
que discute e promove soluções para a
economia, como o atual G7. Além disso,
os mercados emergentes deverão repre-
sentar 50% da economia global”, prevê o
economista.
Competitividade
O presidente da Associação Brasileira
dos Agentes Comercializadores de Ener-
gia Elétrica (Abraceel), Paulo Pedrosa, fa-
lou sobre Energia e Competitividade no
Brasil. “A transparência e liberdade de es-
colha são vitais para o desenvolvimento
do setor elétrico brasileiro de forma efi-
ciente e competitiva.”
O Crescimento e Competitividade do
Setor Produtivo Brasileiro foi abordado pe-
lo diretor de Planejamento do Banco Na-
cional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), João Carlos Ferraz. Ele
reforçou que o País pode sair ainda mais
forte depois da crise, caso haja uma apos-
ta firme no mercado interno, nos investi-
mentos em infraestrutura, inovação tecno-
lógica e busca da eficiência.
Nelson Hübner, presidente da Agên-
cia Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
tratou das Soluções Energéticas para o
Brasil. Para ele, a regulamentação do se-
tor energético, a necessidade de enfrentar
o debate “meio ambiente versus desen-
volvimento” e a política tarifária para o de-
senvolvimento homogêneo são os princi-
pais desafios enfrentados pelo País.
Hübner defende a agregação de no-
vas alternativas energéticas no Brasil. “O
País se destaca com a geração de energia
através do etanol e gás natural. Além dis-
so, possui a sexta maior reserva de urânio
do mundo e pode ser um dos mais impor-
tantes geradores de energia nuclear”.
Bienal da Energia discute o setor elétrico brasileiro
No dia 28 de maio, o Programa Especial de Manejo Integrado
de Árvores e Redes (Premiar) iniciou mais uma ação: a adequação
ambiental das redes elétricas com a arborização existente. Em Be-
lo Horizonte, serão atendidos 11 bairros. Neste ano, serão execu-
tadas 25 obras no valor de R$ 1,2 milhão, com recursos da Cemig.
As maiores reformas serão realizadas na Avenida Contorno (bairro
Floresta), na Avenida Prudente de Morais (Cidade Jardim) e na
Rua Soares Nogueira (Camargos).
A adequação ambiental realizada pelo Premiar consiste na
substituição de redes convencionais por redes protegidas e
isoladas, que permitem melhor convivência com a copa das
árvores. Essas obras ocorrem para prevenir e sanar conflitos
envolvendo árvores protegidas por lei e imunes a corte e rein-
cidência de interrupções de energia elétrica, entre outras si-
tuações.
Região Centro-Sul
O Premiar iniciou ainda, no dia 8 de maio, o plantio de mudas
nos bairros da região Centro-Sul da capital. Ao todo, serão plan-
tadas 310 mudas, além da retirada de tocos. Dentre as espécies
que serão plantadas na região estão flamboyant, ipê-amarelo,
ipê-branco, ipê-roxo e quaresmeira. Para marcar o início dessa
etapa, uma muda de ipê-amarelo foi plantada no passeio da Ave-
nida João Pinheiro, 164, no Centro de Belo Horizonte.
COMUNIDADE
Premiar inicia adequação de rede com a arborização
A Cemig promoveu, entre os dias 25 e
29 de maio, a edição 2009 da Campanha
Externa de Prevenção de Acidentes com a
População (Cepap). Durante o período,
em todo o Estado, foram entregues 2 mi-
lhões de cartilhas, além de distribuição de
DVDs com o material da campanha, blitze
no trânsito e panfletagem em vias públi-
cas. O objetivo é orientar e conscientizar a
população sobre os riscos associados à
energia elétrica nas proximidades de insta-
lações elétricas.
Para as escolas foram direcionadas
as cartilhas Energia elétrica com seguran-
ça e Energia elétrica em tudo e, nos can-
teiros de obras da construção civil, foram
entregues as cartilhas Segurança na cons-
trução e Quem avisa amigo é. O conteúdo
das cartilhas aborda temas relacionados
aos riscos para a população, como pipa e
papagaio, vergalhão na construção civil,
trabalho rural e máquinas agrícolas, dentre
outros.
Na Cepap, a Cemig conta com parce-
rias com sindicatos da construção civil,
Secretaria de Estado da Educação, Con-
selho Regional de Engenharia e Arquitetu-
ra (Crea-MG) e com os projetos Cemig na
Praça, Conviver, ambos da própria Empre-
sa, e Procel.
Dentre as principais causas de aciden-
tes com a rede elétrica estão constru-
ção/manutenção predial, com 35,7%, e em
seguida a poda de árvores, com 8,2% do
total de 98 ocorrências.
Campanhas anteriores
A Cemig registrou uma redução de
21% nos acidentes totais de 2007 para
2008, na proporção de 123 para 98 aci-
dentes, e redução de 35,5% de acidentes
fatais, sendo 31 acidentes em 2007 e 20
em 2008.
Como resultado do trabalho realizado,
a Cemig recebeu, no ano passado, a pre-
miação de Melhor Campanha de Seguran-
ça para a População do setor elétrico, con-
cedida pela Associação Brasileira de Con-
cessionárias de Energia Elétrica (ABCE).
Prevenção de acidentes em canteiros de obras e escolas
CemigNotícias l Junho l 20094
Crianças e adultos
foram orientados
sobre os cuidados
com a rede elétrica
Foi inaugurado, no dia 14 de maio, o
Parque Botânico da Usina Hidrelétrica
Aimorés, empresa do consórcio entre
Cemig e Vale. As obras, que tiveram iní-
cio há um ano e meio, foram orçadas em
R$ 2 milhões. Com uma área de 70 hec-
tares, onde funcionava uma antiga fa-
zenda, o espaço recebeu 77 mil mudas
de árvores nativas da mata atlântica.
Além da riquíssima flora, o parque conta
ainda com auditório com capacidade pa-
ra receber 85 pessoas, sala de oficinas,
espaço cultural, teatro de arena, centro
de educação ambiental, sala de leitura,
trilha ecológica, estacionamento, ram-
pas de acesso e elevador. Apenas entre
15 e 29 de maio, 600 pessoas já haviam
visitado o parque.
De acordo com o diretor de Rela-
ções Institucionais da usina, Antônio de
Pádua Matheus, o objetivo da constru-
ção do parque é recriar o ambiente origi-
nal do local, que há dois anos estava em
acelerado processo de degradação de-
vido à cultura de pastagem da região.
“Por isso escolhemos árvores da mata
atlântica que são mais comuns nessa re-
gião”, afirma ele. O objetivo era, tam-
bém, proporcionar às pessoas um am-
biente tranquilo para o lazer. “A idéia é
que nesse espaço a população possa
passear com a família, fazer uma cami-
nhada ou ler um livro com tranquilidade.
Isso tudo em meio a uma flora rica.”
Atividades
Os visitantes são recebidos por es-
pecialistas ambientais e, durante o pas-
seio no interior do parque, têm oportuni-
dade de explorar o Centro de Educação
Ambiental, onde aprendem o conceito
de sub-bacia hidrográfica e a importân-
cia de sua preservação para o meio am-
biente. Os visitantes também recebem
informações a respeito da Bacia Hidro-
gráfica do Rio Doce e seu estado de
conservação, além de serem alertados
para a importância de um Plano de Con-
trole Ambiental (PCA) e terem contato
com os principais objetivos do PCA da
Usina Aimorés.
Outra atividade é a apresentação de
um histórico da ocupação da Bacia do
Rio Doce, em que o ano de 1992 é enfa-
tizado para que os visitantes possam
perceber a importância da ECO-92 (Con-
ferência Mundial que reuniu 192 países
para discutirem a questão ambiental em
todo o mundo). Na sequência é ressalta-
da a importância da conservação da Ma-
ta Atlântica. Os visitantes recebem infor-
mações e se divertem com o painel ilus-
trado e as fotografias do Centro de Edu-
cação Ambiental. Além da apresentação
de todas as etapas para recuperar uma
área degrada e a importância dessa re-
cuperação, outro atrativo do parque é a
caminhada pela Trilha Interpretativa, on-
de os visitantes aprendem mais sobre a
mata atlântica, mata ciliar, corredores
ecológicos, fauna e flora, ressaltando a
importância da preservação dos cursos
d’água tanto para a biodiversidade do
local preservado quanto para a melhoria
da qualidade de vida das pessoas.
CemigNotíciasl Junho l 2009 5
Parque botânico é inaugurado em Aimorés
GERAÇÃO
Casa Verde, onde
funciona a sede
do parque (foto
maior e a primeira
em sentido
anti-horário),
o teatro arena
(foto central),
espaço cultural
e centro de
educação
ambiental
Arq
uivo
da
Usi
na A
imor
és
VisitasO parque fica a cerca de seis quilômetros do centro da cidade, na Fa-
zenda Viçosa, no distrito de Santo Antônio do Rio Doce. Os interessados em
visitar o local, de terça a sexta-feira, devem agendar pelo telefone (27) 3732-
1903, pelo e-mail [email protected] ou pessoalmente no
endereço: Fazenda Viçosa, s/no, Aimorés.
Grupos pequenos, de aproximadamente cinco pessoas, podem visitar
sem o agendamento, sendo recebidos por um orientador ambiental, recep-
cionista ou gestora. Aos sábados e domingos o parque é aberto ao público,
também sem agendamento. A entrada é gratuita.
as a fala do pescador pode-
ria simbolizar o objetivo da
edição 2009 da Semana do
Meio Ambiente da Cemig. O evento, rea-
lizado entre os dias 25 e 30 de maio,
trouxe uma mensagem que passa pela
vida do pescador: a necessidade de um
esforço conjunto para a preservação da
cultura e das bacias hidrográficas minei-
ras, de acordo com os princípios da sus-
tentabilidade.
A abertura oficial da semana aconte-
ceu no dia 26 de maio e contou com a
presença de pescadores de todas as co-
lônias do São Francisco que falaram pa-
ra o público durante o evento. A progra-
mação da semana, que teve como tema
Bacia do São Francisco. O rio e o ho-
mem. A história e a esperança, incluiu
apresentações teatrais, mostras técni-
cas, exposição de fotos e o lançamento
do Guia do Pescador.
A peça teatral “Os Olhos do Surubim
Rei”, cujo roteiro foi cuidadosamente
criado para a Semana do Meio Ambien-
te, foi apresentada para alunos de 44 es-
colas da rede pública de Belo Horizonte.
A peça narra a história de um pescador e
seu neto, que descem o São Francisco
com um objetivo: olhar nos olhos do su-
rubim rei e descobrir os mistérios do rio
nessa jornada, tendo como cenário as
barrancas do Velho Chico.
Segundo o superintendente de Sus-
tentabilidade (SE), Luiz Augusto Barcelos
de Almeida, esses espetáculos de edu-
cação ambiental facilitam a conscientiza-
ção dos jovens, que passam a dar mais
importância à preservação do meio am-
biente.
Além das apresentações culturais, um
corredor com dez painéis técnicos conti-
nha informações sobre pesquisas e pro-
gramas de conservação desenvolvidos
nos rios mineiros pelo Programa Peixe Vi-
vo. O programa foi criado para a preser-
vação dos peixes nativos e das bacias
hidrográficas onde a Cemig atua, e pro-
move diversas ações para favorecer as
comunidades que utilizam os recursos
hídricos como fator de desenvolvimento.
Os temas abordados nos painéis téc-
nicos durante a Semana do Meio Ambien-
te foram mata ciliar, qualidade da água,
diversidade de peixes, avaliação de inte-
gridade biótica, procedimentos de resga-
te de peixes, estudos de barreiras com-
portamentais, monitoramento, capacida-
de natatória de espécies nativas, história
de vida inicial do jaú e o Centro de Exce-
lência em Ictiologia de Volta Grande.
A mesma programação da Semana
do Meio Ambiente realizada no edifício-
sede da Cemig se repetiu em Três Ma-
rias, de 19 a 26 de junho, atendendo
mais de 2 mil alunos do município.
Guia do Pescador
Uma equipe formada por um jornalis-
ta, uma ambientalista e pescadores per-
correu de carro e de barco, durante três
semanas, o trecho mineiro do Rio São
Francisco, entre Três Marias e Januária.
O resultado é um livro com belos depoi-
mentos e imagens que retratam o univer-
so do pescador do Velho Chico, o Guia
do Pescador.
Segundo o jornalista Paulo Boa Nova,
que escreveu o guia, o trabalho apresen-
ta um pescador que afirma ser privilegia-
M
“Eu vou morrer defendendo esse rio.”A frase é do seu Norberto, morador de Três Marias, com 59 anos devida, sendo 48 deles dedicados à pesca no Rio São Francisco
CemigNotíciasl Junho l 20096
SUSTENTABILIDADE
A peça teatral
“Os Olhos do
Surubim Rei”,
apresentada
durante a Semana
do Meio Ambiente,
é inspirada no
teatro de bonecos
sobre a água,
do Vietnã
São Francisco é tema da Semana do Meio Ambiente
do por manter um contato estreito e diá-
rio com o rio, mesmo com todas as in-
tempéries da natureza e os desafios com
as agressões do homem. “É um ser inte-
grado ao ambiente e que sente orgulho
de sua condição e sempre agradece e
acredita no rio, por tudo o que ele já pas-
sou e lhe proporcionou”, relata.
À medida que a equipe descia o rio,
também testemunhava as dificuldades
da profissão. “Os pescadores que mo-
ram mais ao norte têm um perfil um pou-
co diferente, tendo que diversificar suas
atividades para garantir o sustento da fa-
mília. Nas proximidades de Januária, um
pescador me disse que naquela região o
peixe do pescador são as abóboras, fa-
lando da necessidade de plantar para
sobreviver”, relembra o jornalista.
De acordo com o superintendente de
Sustentabilidade, o objetivo do guia é
valorizar aqueles que vivem da pesca
diária e percebem, no contato com os
peixes e o rio, a necessidade de conser-
var nosso patrimônio natural. “A Cemig
considera o pescador um grande aliado
na preservação de nossas bacias. Um
dos motivos da produção do Guia do
Pescador e da exposição de fotos é
mostrar a sua percepção nesse contato
direto com o meio ambiente”, explica
Luiz Augusto.
O Guia do Pescador foi distribuído
gratuitamente na abertura oficial Semana
do Meio Ambiente de 2009 e na Semana
do Meio Ambiente em Três Marias. O tra-
balho também foi entregue aos pescado-
res e à população ribeirinha do São Fran-
cisco e seus afluentes.
Exposição
Junto com a equipe que participou do
percurso para a produção do Guia do
Pescador, o fotógrafo João Marcos Rosa
acompanhou todo o trajeto e toda a his-
tória, registrando os principais momentos
da viagem. O resultado desse registro foi
a exposição Bacia do São Francisco. O
rio e o homem. A história e a esperança,
que mostrou o protagonista da história
do Rio São Francisco: o pescador.
João Marcos Rosa se dedica, desde
1998, a documentar a natureza e a cultu-
ra brasileiras. Seus trabalhos já foram
publicados pela National Geographic
Brasil e em edições da revista na Espa-
nha, Estados Unidos e Alemanha.
A exposição do fotógrafo foi inaugu-
rada na Galeria de Arte da Cemig no
mesmo dia da abertura oficial da Sema-
na do Meio Ambiente. A exposição tinha
entrada franca, e o trabalho do fotógrafo
João Marcos Rosa ficou exposto entre os
dias 26 de maio e 5 de junho.
7CemigNotíciasl Junho l 2009
Painéis técnicos
continham informações
sobre rios mineiros
Exposição do fotógrafo
João Marcos Rosa
Fotografia de João Marcos Rosa,
que está no Guia do Pescador
SUSTENTABILIDADE
EMPRESA
CemigNotíciasl Junho l 20098
A Infovias participou, na primeira semana de
junho, da conferência internacional UTC Telecom
2009, em Las Vegas, nos Estados Unidos. O
evento é promovido anualmente pelo Utilities Te-
lecom Council (UTC), entidade que representa
as utilities das áreas de energia elétrica, gás na-
tural, água e esgoto, além de outras empresas
que possuem ou operam sistemas de telecomu-
nicações críticos que funcionam como suporte
ao seu negócio principal.
A participação da Infovias foi por meio da
palestra intitulada Commercial Telecom Business
Opportunities, ministrada no primeiro dia do
evento pelo gerente Comercial da empresa, Pau-
lo Tozo. Durante o evento, houve também apre-
sentações de diversos participantes, abrangen-
do assuntos como Smart Grid, Desafios das Re-
des sem Fio Privativas e Oportunidades Comer-
ciais de Negócios em Telecomunicações.
Também participou da conferência, repre-
sentando institucionalmente a Infovias, o supe-
rintendente geral da Infovias, Sérgio Belisário,
que afirmou: “a participação nesse evento é de
grande importância para a empresa. Seja pela
interação com outras empresas do mesmo seg-
mento seja pela oportunidade de troca de expe-
riências e informações sobre as melhores práti-
cas adotadas na área de atuação em escala
mundial.”
Autorização de STFC
Com o objetivo de melhor atender a Cemig
através do Projeto SIM (Sistema Integrado Mul-
tisserviços), a Infovias obteve, em abril de 2009
autorização da Anatel para exploração do Servi-
ço Telefônico Fixo Comutado (STFC). Essa licen-
ça permitirá a Infovias interconectar-se às opera-
doras de telefonia já atuantes no mercado para
fluir o tráfego telefônico corporativo da Cemig,
assegurando qualidade e preços competitivos.
Infovias participa do UTC Telecom 2009
COLUNAINfOvIAS
Lucro de R$ 463 milhões no 1º trimestre
Foi divulgado pela Cemig, no dia 13 de
maio, o Lajida (Lucro Antes dos Juros, Im-
postos, Depreciação e Amortização) ajusta-
do de R$ 974 milhões e a margem de Laji-
da de 38%, impulsionada pela manutenção
de altos níveis de eficiência operacional da
Empresa. O lucro líquido ajustado, no pri-
meiro trimestre de 2009, foi de R$ 463 mi-
lhões, um crescimento de 2,5% sobre o lu-
cro líquido ajustado do primeiro trimestre
do ano passado.
A Cemig registrou, na área de distribui-
ção, um aumento de 4,8% no volume de
energia vendida no primeiro trimestre, na
comparação com o mesmo período do ano
passado. Nos primeiros três meses deste
ano, destacou-se o crescimento das classes
residencial e comercial, de 10% e 7%, res-
pectivamente, em contraste com a redução
de 3,4% no consumo industrial, decorrente
da desaceleração econômica. "Os resulta-
dos apresentados evidenciam que estamos
na trajetória certa, que as decisões tomadas
nos últimos anos estão constantemente
agregando valor aos nossos negócios, tor-
nando a Cemig cada dia mais forte, sólida e
com uma gestão empresarial eficiente", afir-
mou o presidente Djalma Bastos de Morais.
Em virtude da queda de demanda dos
consumidores industriais, a Cemig priorizou,
desde o final de 2008 e início de 2009, as
vendas para o Ambiente de Contratação Re-
gulada (ACR), que inclui outras distribuido-
ras de energia. Isso pode ser evidenciado
pelo aumento de 1,3% no suprimento a ou-
tras concessionárias, que atingiu nos pri-
meiros três meses do ano o volume de
2.748 GWh. Essa estratégia de comerciali-
zação, aliada a bons preços de venda, per-
mitiu ao Grupo Cemig mitigar em parte os
efeitos adversos produzidos pela redução
de demanda das indústrias. No primeiro tri-
mestre, o volume consolidado de vendas de
energia chegou a 14.552 GWh, um cresci-
mento de 3,8% sobre o mesmo período do
ano passado.
"Nossa sólida posição de caixa de R$
2,7 bilhões possibilita a execução do Plano
Diretor, assegurando nossa política de divi-
dendos e gestão da dívida, com a execução
dos investimentos previstos, inclusive os as-
sociados às oportunidades de aquisições.
Os excelentes resultados que agora apre-
sentamos demonstram que continuamos
agregando valor, de forma contínua e sus-
tentável, a todos nossos acionistas e partes
interessadas", ressaltou Luiz Fernando Rolla,
diretor de Finanças, Relações com Investi-
dores e Controle de Participações.
Desempenho das ações
A Cemig possui mais de 118 mil acio-
nistas em 46 países e tem suas ações ne-
gociadas nas bolsas de São Paulo, Nova
York e Madri. No período de 12 meses (até
31 de março), sua ação mais líquida,
CMIG4, teve uma valorização de 18%, en-
quanto o Ibovespa, índice de referência da
Bolsa de Valores de São Paulo, apresentou
uma desvalorização de 33%.
EfICIÊNCIA
9CemigNotíciasl Junho l 2009
Conforto e economia para entidades sociaisA Cemig firmou parceria com o Gover-
no de Minas para beneficiar entidades de
assistência social em todo o Estado. Por
meio da ação Energia do Bem, lançada no
dia 27 de maio pelo governador Aécio Ne-
ves, a Empresa vai investir R$ 23,5 milhões
para que instituições sociais recebam
aquecedores solares, geladeiras, chuvei-
ros, lâmpadas econômicas e recuperado-
res de calor. Além da Cemig, fazem parte
da parceria a Secretaria de Estado de De-
senvolvimento Social (Sedese) e o Serviço
Voluntário de Assistência Social (Servas).
A princípio, serão assistidas 1,4 mil
Instituições de longa permanência de ido-
sos (ILPI), creches, Apaes, abrigos, alber-
gues, casas de passagem, centros de re-
cuperação para dependentes químicos e
casas-lares. Para ser beneficiada, a enti-
dade precisa estar na área de concessão
da Cemig, ou seja, em um dos 774 dos
853 municípios do Estado e também estar
com documentação atualizada no Servas.
Serão substituídos equipamentos tais
como lâmpadas incandescentes por fluo-
rescentes, mais econômicas e de menor
custo, geladeiras antigas e aquecedores
solares para aquecimento de água. Além
disso, serão instalados chuveiros eficien-
tes, que aproveitam o calor da água do
banho para aquecer a água da caixa, utili-
zando uma plataforma instalada no piso
do banheiro.
Nos próximos meses, técnicos da Ce-
mig visitarão as instituições para definir os
equipamentos a serem instalados de
acordo com a necessidade de cada local.
O equipamento será doado e instalado
gratuitamente, sem qualquer tipo de ônus
financeiro para a entidade beneficiada.
“Água quente, aquecimento solar, uma
geladeira em boas condições, economia
de energia, enfim, estamos fazendo algo
que, espero, possa ser universalizado pa-
ra todas as entidades sociais de Minas”,
afirmou Aécio Neves, em entrevista.
Na ocasião do lançamento, o gover-
nador assinou protocolo de intenções
com a Cemig, Servas, Sedese e entidades
de assistência social, formalizando o iní-
cio da ação conjunta.
A Usina Hidrelétrica Queimado rece-
beu, no dia 23 de maio, a visita técnica
de profissionais estrangeiros atuantes na
área de barragens. A visita fez parte da
programação do Seminário Internacional
de Barragens ICOLD 2009, que aconte-
ceu em Brasília, no período de 21 a 29 de
maio.
O objetivo do seminário foi reunir a
comunidade internacional de especialis-
tas para debater o planejamento, dese-
nho, construção, operação e desativação
de barragens, com foco no desenvolvi-
mento sustentável dos recursos hídricos,
controle de enchentes e assoreamento,
geração de energia e navegação.
Além de sua localização estratégica,
a cerca de 100 km da capital federal, a
Usina Queimado foi escolhida por sua
características técnicas da instalação,
como a casa de força subterrânea e a
forma construtiva da barragem. Os visi-
tantes, provenientes da África do Sul,
Áustria, República Checa, Suíça, França,
Japão e Rússia, foram recebidos pelo di-
retor de Operação do Consórcio Cemig-
CEB, Ronnie Diniz, da Gerência de So-
ciedades de Geração e Transmissão
(ES/SC), e pelo engenheiro Alexandre
Duarte Barhouch Aires, da Gerência de
Integração de Novas Instalações de Ge-
ração e Transmissão (ES/IN).
Alexandre Barhouch apresentou da-
dos históricos da construção, operação e
controles da usina. Em seguida, os visi-
tantes conheceram as instalações da ca-
sa de força e barragem, acompanhados
pelo técnico responsável pela usina, Car-
los Murilo Soares Rocha, da Gerência de
Usinas do Norte (AG/NT).
Segundo Miguel Sória, engenheiro
membro do Comitê Organizador do se-
minário, a visita técnica a Queimado foi
muito importante para os participantes
do evento. “A Usina Queimado foi esco-
lhida justamente pela singularidade de
seu projeto, que possui a casa de força
subterrânea, túnel de fuga longo e outras
peculiariedades técnicas que não po-
diam deixar de ser vistas pelos profissio-
nais estrangeiros”, afirmou.
Queimado recebe comitiva internacional
Presidente da
Cemig, Djalma
Bastos de Morais,
e o governador
formalizam a
parceria
EfICIÊNCIA
Em maio, a Cemig doou três autoclaves
para o Hospital Universitário São José. A
doação foi realizada por meio do Programa
de Eficiência Energética (PEE) e teve um
custo de R$ 350 mil.
O São José é uma instituição médica e
acadêmica, filantrópica e sem fins lucrati-
vos, que oferece um total de 141 leitos de
internação com 70% de ocupação por pa-
cientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com 70 mil consultas médicas e 6 mil
internações por ano em diferentes especia-
lidades, o hospital também funciona como
instituto de educação continuada da Facul-
dade de Ciências Médicas, possibilitando
que residentes e estudantes dos cursos de
especialização desenvolvam atividades su-
pervisionadas, conforme as normas e orien-
tações do Ministério da Educação.
Com a doação, a Cemig cumpre com
seu papel de responsabilidade social,
dentro dos pilares da política de sustenta-
bilidade da Empresa, além de ajudar a me-
lhorar o desempenho do sistema elétrico
da Região Metropolitana de Belo Horizon-
te, reduzindo a demanda no horário de
ponta.
Esterilização
Foram doados dois equipamentos de
360 litros e um de 520 litros, todos dotados
de tecnologia de última geração. As auto-
claves, além de aumentarem a capacidade
de esterilização, reduzem o tempo médio
do ciclo de esterilização para 30 minutos e
proporcionam uma economia de energia
elétrica para o hospital da ordem de R$ 46
mil por ano.
Em junho, a Cemig assinou três contratos
com a Companhia Energética Vale do São Simão,
do setor sucro-energético. Dois deles são contra-
tos de conexão e de uso do sistema de distribui-
ção da Cemig. O terceiro contrato celebrado com
a Efficientia, subsidiária integral da Cemig, tem
como objeto a execução de obras para conexão
da usina termelétrica daquela empresa com o
sistema elétrico da Cemig.
A Companhia Energética Vale do São Simão
é um empreendimento do Grupo Andrade para a
produção de açúcar e álcool, em implantação no
município de Santa Vitória, no Triângulo Mineiro.
Associada a esse empreendimento está sen-
do construída a unidade de geração termelétrica,
que possuirá capacidade de esmagamento final
de até cinco milhões de toneladas de cana por
ano. Na primeira etapa, a capacidade de gera-
ção será de 55 MW, dos quais 25 serão exporta-
dos para o sistema elétrico da Cemig. Já na se-
gunda etapa, com a ampliação da capacidade
de geração, haverá a exportação de 50 MW, o su-
ficiente para atender 300 mil residências.
O contrato com a Efficientia compreende a
prestação de serviços para a construção de uma
linha de transmissão, com tensão de 138 kilovolts
(kV) e 14 quilômetros de extensão, ligando a su-
bestação da termelétrica à Subestação São Si-
mão, da Cemig. A previsão para concluir a pri-
meira fase da usina é julho deste ano, sendo que
a obra de conexão com o sistema elétrico da Ce-
mig deverá estar finalizada até janeiro de 2010.
Segundo o diretor Comercial, Bernardo Afon-
so Salomão de Alvarenga, além de soluções pa-
ra execução de obras de conexão do cliente com
o sistema elétrico, realizadas através da Efficien-
tia, a Cemig também atua em outras questões
críticas para o setor sucro-energético, propondo
parceria na cogeração e viabilizando a comer-
cialização de energia por meio de contratos de
compra.
Efficientia assina novo contrato
INfORMEEffICIENTIA
10 CemigNotíciasl Junho l 2009
Cemig doa equipamentos eficientes ao Hospital São José
Conjunto habitacional recebe sistema de aquecimento solar
A Cemig inaugurou, em maio, 60 siste-
mas de aquecimento solar, doados a mora-
dores de baixa renda do conjunto habita-
cional Cidade Ozanan, na região Nordeste
de Belo Horizonte.
Os sistemas doados às residências
têm capacidade para aquecer 200 litros de
água, suficientes para cerca de cinco ba-
nhos diários. Um deles, com capacidade
para 800 litros, foi instalado na creche da
Cidade Ozanan e atenderá, aproximada-
mente, cem crianças. "Nos dias mais frios,
os sistemas poderão funcionar fora do ho-
rário de ponta, entre 18 e 22 horas, com
auxílio de chuveiros elétricos de baixo cus-
to", explica o coordenador do projeto, Da-
vidson Andreoni, do Programa de Eficienti-
zação Energética (PEE) da Cemig.
A iniciativa faz parte do projeto Aqueci-
mento de Água com Energia Solar em Con-
juntos Habitacionais, que prevê a instala-
ção de 15 mil sistemas de aquecimento em
todo o Estado até 2011, com investimento
total de R$ 30 milhões.
Os equipamentos custam cerca de R$
1,4 mil e são instalados sem custo para a
Cohab e as famílias. De acordo com Da-
vidson, com o aquecimento solar, as famí-
lias poderão reduzir o consumo mensal
em 52 kWh por mês, o que representa cer-
ca de 40% do consumo total de energia
elétrica.
CULTURA
CemigNotíciasl Junho l 2009 11
Roteiro do Filme em Minas é premiadoO roteirista e diretor do filme Fronteira –
um dos vencedores da quarta edição do Fil-
me em Minas, Rafael Conde, receberá o
Prêmio ABL de Cinema, no dia 23 de julho,
em solenidade no Palácio Petit Trianon, no
Rio de Janeiro.
Criado a partir de proposta do acadê-
mico Nelson Pereira dos Santos, em 2006,
o Prêmio ABL para Roteiros de Cinema pre-
mia roteiro adaptado de obra literária. O fil-
me Fronteira é adaptado da obra homônima
de Cornélio Penna.
De acordo com parecer da comissão
julgadora do prêmio, “considerou-se que,
ao fazer esse trabalho, o roteirista conse-
guiu reproduzir a atmosfera densa, quintes-
sência da mineiridade, do romance homô-
nimo de Cornélio Penna, voltando as costas
a clichês cinematográficos”.
Fronteira narra uma história de amor, fé
e mistério em um velho sobrado onde vive
a jovem Maria, cuja fama de santidade ul-
trapassa as montanhas do interior de Mi-
nas. A chegada de dois novos personagens
tem efeitos perturbadores sobre Maria: um
viajante, com quem “Maria Santa” viverá
uma intensa paixão, e Tia Emiliana, velha
senhora empenhada em preparar um gran-
de milagre.
Filme em Minas
O programa Filme em Minas é uma par-
ceria da Cemig e da Secretaria de Estado
da Cultura. Em sua sexta edição, biênio
2009–2010, foram selecionados 33 proje-
tos. Os recursos são da ordem de R$ 4,26
milhões, com base na Lei do Audiovisual e
na Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Dando continuidade à estratégia de enri-
quecer a publicação de seu Relatório Anual
de Atividades com temas ligados à cultura
mineira, o balanço de 2008 da Gasmig tem
como pano de fundo as mais diversas mani-
festações folclóricas do Estado. A publica-
ção, lançada no final de maio, traz os resul-
tados financeiros da companhia apurados no
ano passado, em meio a imagens e textos
que remetem à riqueza cultural de Minas Ge-
rais.
Entre os dados apresentados pelo Rela-
tório Anual, destacam-se a expansão de 37%
do volume total de vendas da empresa e o
crescimento de 50% do patrimônio líquido.
Os investimentos na expansão da rede de
distribuição de gás natural representaram um
recorde para a companhia, somando R$ 126
milhões, em 2008. Em 2007, o valor tinha si-
do R$ 18 milhões. Grande parte desses re-
cursos foi destinada à implantação de rede
de distribuição no Sul de Minas, onde as
obras estão em fase final, e à construção de
um ramal para atender à nova planta de pe-
lotização de minério da Vale. O lucro líquido
da Gasmig se manteve estável, em torno dos
R$ 86 milhões.
Além dos dados econômicos, a publica-
ção revela um patrimônio imaterial preserva-
do nas manifestações populares como a Fo-
lia de Reis, o congado, as serestas. Tropei-
ros, violeiros e berranteiros, as irmãs das al-
mas e do Rosário, os mouros e os cristãos
são alguns dos personagens que ali se mis-
turam e dão vida ao registro histórico da em-
presa.
O Relatório Anual de Atividades da Gas-
mig é encaminhado às empresas acionistas,
autoridades governamentais, imprensa, e
empresas distribuidoras de gás de todo o
País, além de instituições da área econômica
e cultural.
Ganhos financeiros eriqueza do folclore
COLUNAGASMIG
Os Rios Jequitinhonha e Pardo, na re-
gião Nordeste de Minas, receberam um vo-
lume recorde de peixes nos últimos meses,
totalizando mais de 2,5 toneladas de bio-
massa. Só no Jequitinhonha, foi solta 1,5
tonelada de peixes, número que supera em
mais de quatro vezes o peixamento do ano
anterior.
Os peixamentos da safra 2008/2009 ti-
veram início em novembro do ano passado
e terminaram em abril, em Itamarandiba, no
Vale do Jequitinhonha. Piau, piabanha e cu-
rimba são algumas das espécies nativas
destinadas ao repovoamento. "A própria
comunidade cobra o peixamento nas locali-
dades; não só as autoridades, mas até as
crianças já estão se conscientizando sobre
a preservação do meio ambiente", explica
Luciano Xavier dos Santos, zootecnista da
Escola Agrotécnica de Salinas e um dos
coordenadores do projeto.
Os peixes são produzidos no Norte de
Minas, em tanques da Estação de Piscicul-
tura de Machado Mineiro, em Águas Verme-
lhas e na Escola Agrotécnica Federal de Sa-
linas, parceira da Cemig na produção de
alevinos desde 2004. Quando alcançam o
tamanho e peso ideais, entre 10 e 12 centí-
metros, com aproximadamente 30 gramas,
os peixes são soltos nos rios.
Luciano explica que esses peixes têm
mais chances de sobreviver no meio, pois
estão mais aptos a se adaptarem às adver-
sidades naturais. “Os peixes pequenos são
muito vulneráveis a ações de predadores,
além de terem dificuldade pela busca de
alimentos; os grandes já estariam adapta-
dos a um sistema de criação doméstico e
demorariam um pouco mais a se inserir.”
O repovoamento de espécies nativas é
uma iniciativa do Programa Peixe Vivo, cria-
do para garantir a qualidade e preservação
da vida aquática e das bacias hidrográficas
onde a Cemig atua.
Peixamento bate recorde
DISTRIBUIÇÃO
Energia para a bola rolarCom a aproximação da Copa do
Mundo de 2014, que será realizada no
Brasil, a Cemig já trabalha para propor-
cionar melhorias no sistema de distribui-
ção de energia de Belo Horizonte, anun-
ciada, no dia 31 de maio, como uma das
12 capitais que irão sediar o evento. A Su-
perintendência Regional de Distribuição
Centro (DC), em parceria com a Prefeitu-
ra de Belo Horizonte (PBH), está estudan-
do a implementação de projetos estrutu-
rantes, não apenas para apoiar a realiza-
ção dos jogos, mas também para aumen-
tar a qualidade do fornecimento de ener-
gia na cidade, garantindo toda a infraes-
trutura necessária para receber turistas,
dirigentes esportivos, jogadores, inclusi-
ve a Seleção Brasileira.
Rodolfo de Souza Monteiro, gestor da
DC envolvido com o projeto, explica que a
Empresa está agindo de acordo com a fi-
losofia da Federação Internacional de Fu-
tebol (Fifa), que estabelece que a Copa
do Mundo deve trazer uma série de me-
lhorias para a população dos locais onde
os jogos serão realizados. Dessa forma, a
Cemig está trabalhando em diversas fren-
tes para implementar todo tipo de melho-
ria possível na área de seu negócio – a
energia elétrica. “Os trabalhos visam à
qualidade de vida e o turismo. Queremos
fazer o possível para o visitante sair com a
melhor impressão e também para deixar
um legado de maior conforto e segurança
na cidade”, esclarece Rodolfo.
Um dos vários projetos que estão
sendo estudados é o de revitalização do
complexo esportivo Mineirão/Mineirinho.
O estádio de futebol, que será sede dos
jogos realizados em Belo Horizonte, rece-
berá tratamento especial da Cemig. A
modernização do Mineirinho, localizado
ao lado do Mineirão, está incluída no pro-
jeto. A Empresa estuda a melhoria do for-
necimento de energia durante os jogos,
por meio da implantação de rede subter-
rânea e alimentadores expressos.
Realce da iluminação
Os principais pontos turísticos da ca-
pital também estão nos planos dos proje-
tos estruturantes. A ideia é realçar a ilumi-
nação de locais da cidade que já atraem
turistas e daqueles que podem atrair ain-
da mais visitantes. Além disso, a Cemig
também quer trabalhar na estética do sis-
tema elétrico da capital, investindo em re-
des subterrâneas de distribuição de ener-
gia nas principais avenidas e corredores,
que irão desobstruir e tornar mais belo o
horizonte da cidade. Ao mesmo tempo,
as redes subterrâneas irão reduzir a
quantidade de interrupções de energia e
preservar o meio ambiente.
Mais uma inovação do projeto é a ilu-
minação da Serra do Curral, que vai tor-
nar o seu entorno visível durante a noite,
em qualquer ponto da capital. Várias ou-
tras ações também fazem parte dessa
proposta de parceria com a PBH. Rodolfo
Monteiro explica ainda que as medidas
são um importante passo para tornar a ci-
dade mais reconhecida. “O objetivo é
transformar a capital em um grande pólo
turístico e referência internacional em se-
gurança pública, qualidade da energia
elétrica e preservação do meio ambien-
te”, prevê o gestor.
Projeto de revitalização do
complexo esportivo
Mineirão/Mineirinho
Cemig na Copa 2014n Principais corredores de BH:
implantação de rede subterrânea,
adequação da iluminação pública
nos principais trechos e utilização
da telegestão.
n Pontos turísticos: iluminação
especial na região da Savassi,
com ênfase nas calçadas. Desta-
que ainda para os museus, teatros
e prédios históricos da cidade.
n Serra do Curral: será iluminada,
evidenciando seu entorno.
n Avenida Afonso Pena: ilumina-
ção especial em toda sua exten-
são, incluindo a Avenida Agulhas
Negras. Implantação de rede sub-
terrânea a partir do cruzamento
com Avenida do Contorno, até o
cruzamento com Bandeirantes.
n Eficientização energética: subs-
tituição dos semáforos conven-
cionais, que utilizam lâmpadas,
por semáforos utilizando leds,
nos principais corredores de
acesso da cidade.
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