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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA ISABELA OLIVEIRA FRANCO DE MACEDO NivEL DE ESTRESSE ENTRE PROFISSIONAIS QUE PROCURARAM 0 SERVI90 DE CHECK-UP CURITIBA 2006

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAISABELA OLIVEIRA FRANCO DE MACEDO

NivEL DE ESTRESSE ENTRE PROFISSIONAIS QUE PROCURARAM 0SERVI90 DE CHECK-UP

CURITIBA

2006

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ISABELA OLIVEIRA FRANCO DE MACEDO

NivEL DE ESTRESSE ENTRE PROFISSIONAIS QUE PROCURARAM 0SERVI<;:O DE CHECK-UP

Monografia apresentada ao curso deP6s-graduayao em psicologia clinica, daUniversidade Tuiuti do Parana, comorequisito parcial a obtenc;:ao ao titulo deEspecialista.Orientador: Profa. Maria CristinaAntunes

CURITIBA2006

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ISABELA OLIVEIRA FRANCO DE MACEDO

NivEL DE ESTRESSE ENTRE PROFISSIONAIS QUE PROCURARAM 0SERVI<;:O DE CHECK-UP

Monografia apresentada ao curso deP6s-graduag8.o em psicologia clinica, daUniversidade Tuiuti do Parana, comorequisito parcial a obteng8.o ao titulo deEspecialista.

COMissAo EXAMINADORA

Profa. Maria Cristina Antunes

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Prof. Raphael di LascioUNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

CURITIBA. DE DE 2006

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Ao meu espose, Renato Valentede Almeida, meu companheiro detodas as horas, que sem a suadedicagao, apoio e carin he essetrabalho nao teria side concluido.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais pele apoio, carinho e incentivo.

A minha orientadora que me auxiliou nesta pesquisa.

Ao meu filho, Felix, que 56 me trouxe alegria e passou a dar sentido a minha vida!

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RESUMO

A fim de S8 determinar 0 nivel de estresse e sua sintomatologia foram avaliados 200profissionais encaminhados pela empresa cnde trabalham para urn servic;;o de check~upde urn hospital privado de Curitiba, no periodo entre julho de 2005 e abril de 2006,Objetivou-se descrever 0 nivel de estresse e sua sintomatologia entre os participantes,sendo utilizado 0 Inventario de Sintomas de Stress (ISSL). Pelos resultados obtidosverificou-se que 36,5% dos participantes apresentavam sintomas de estresse e desses86,5% encontravam-se na fase de resistencia. Os sintomas de estresse mais referidosfcram tensao muscular (40,5%) e insonia (32.5%) nas ultimas 24 haras; eformigamento das extremidades (95,5%), sensayao de desgaste fisico con stante (32%)e problemas com a memoria (32%) na ultima semana. No ultimo mes, a sintoma fisicomais citado foi ulcera - referido por 50% - , seguido da ins6nia referido por 38,5%. Combase nesses achados verificou-se urn baixo indice de estresse nessa populac;:aoquando comparado a outros estudos e predominancia de sintomatologia na fase deresistencia.

Palavras-chave: Estresse, sintornas, Inventario de Sintornas de Stress (ISSL)

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LlSTA DE GRAFICOS

Grafico 1 - Idade dos participantes que procuraram 0 servigo de check-up 31

Grafico 2 - Posigao ocupacional dos participantes dessa pesquisa 32

Gratico 3 - Situagao familiar dos participantes que participaram dessa pesquisa __ 32

Grafico 4 - Numero de filhos dos participantes dessa pesquisa 33

GrMico 5 - Renda suprir suas necessidades 33

Grafico 6 - Percep9ao do estresse ocupacional 34

Grafico 7 - Resultado de estresse dos participantes 35

Grafico 8 - Fases do estresse 36

Grafico 9 - Vulnerabilidade aD estresse 37

Grafico10 - Sintomas das ultimas 24 horas - fase do alerta 38

Grafico11 - Sintomas das ultima semana - fase da resistencia e quase-exaustao __ 40

Grafico12 - Sintomas do ultimo mes - fase da exaustao 41

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SUMARIO

1.INTRODUC;;AO 9

1.1 Fisiologia do estresse de acordo com as fases da sind rome geral de adapta<;:ao _17

1.2. Alterayoes hormonais no estresse 19

1.3. Altera<;:oes imunol6gicas no estresse 21

1.4 Psicodrama 24

2. OBJETIVO 27

2.1 Objetivo Geral 27

3. METODO ____________________ 28

3.1. Participantes 28

3.2. Procedimentos 28

3.3 Instrumentos 29

4. ANALISE DE DADOS E DISCUssAo 31

5.CONCLUSOES 44

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 46

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1. INTRODU~i\O

Atualmente, a palavra estresse tern sido multo empregada, associada a

sensayoes de desconforto, sendo cada vez maior 0 numero de individuQs que se

definem como estressados (STACCIARINI & TROCCOLO, 2001). Entretanto, as

primeiras refer€mcias it palavra "stress" com significado de afliyao e adversidadedatam do s,;oulo XIV (LlPP, 1996). No seculo XVI, essa palavra de origem latina

passou a ser utilizada para denotar opressao, desconforto e afliyao

(SPIELBERGER, 1972).

Atribui-se ao medico-endocrinologista Hans Seyle, a primeira utiliza9ao

do termo "stress" na area de saude. Ele observou que muitos pacientes sofriam

de diferentes doenyas f[sicas, porem reclamavam de sintomas comuns. Essa

observayao 0 levou a investiga90es clinico-Iaboratoriais que 0 permitiram em

1936 definir "stress" como 0 resultado inespecifico de qualquer demanda sabre a

corpo, seja de efeito mental au somatico. Oefiniu tambem "estressor" como todo a

agente au demanda que evoca reac;ao de estresse, seja de natureza fisica,

mental ou emocionaL Em seus estudos, ele observou tambem que estresse

produzia reac;6es organicas de defesa e adaptac;ao frente ao agente agressor

(SEYLE, 1956).

A partir dessas observac;6es, Seyle descreveu a Sind rome Geral de

Adapta,ao (SAG) que e entendida como a conjunto de todas as rea,oes do

organismo que acompanham a exposic;ao prolongada ao agente estressor. Essa

s[ndrome apresenta tres fases au estagios:

1" - FASE DE ALARME: 0 processo auto-regulatorio do organismo se

inicia como um desafio ou ameac;a percebida, as alterac;6es hormonais

contribuem para que ocorra aumento da motivac;ao e energia gerando maior

produtividade do organismo visando a enfrentamento da situac;ao. Essa fase ecaracterizada por alguns sintomas como palpitaC;8o, dor de cabec;a, sudorese fria,

opressao pre-cordial, extremidades frias. (SEYLE, 1956)

2' - FASE DE RESISTENCIA: Com a manuten~ao do agente estressor,

° organismo altera seus para metros de normalidade e concentra a reaC;8o interna

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em urn determinado orgao-alvo, desencadeando a Sind rome de Adaptaryao Local

(SAL). Nessa rase ocorre a manifestac;t3ode sintomas da esfera psicossocialcomo ansiedade, mede, isolamento social. transtornos alimentares, impotencia

sexual e outros. (SEYLE, 1956)

3' - FASE DE EXAUSTAO: 0 organismo encontra-se extenuado pelo

exceSSD de atividades e pelo alto consumo de energia a fim de buscar 0 re-

equilibrio. 0 que ocorre entaD e a falencia do 6rgao mobilizado na SAL

manifestada sob a forma de doen9a organica. (SEYLE, 1956)

Segundo Lipp (2004), uma das dificuldades frequentemente

mencionadas por profissionais da area, e a do diagn6stico diferencial dos

sintomas e da fase do "stress"em que a pessoa possa S8 encontrar. De acordo

com a literatura internacional, ele pade ser avaliado da seguinte forma:

Por meio da avaliac;clo de eventos causadores do estresse - Holmes e

Rahe (1967) sugeriram que 0 nivel de estresse pode ser medido indiretamente

pela avalia9ao dos grandes fatores estressantes que tenham ocorrido na vida de

uma pessoa nos ultimos meses. KANNER et al. (1981) sugeriram que, alem de

verificar os grandes estressores, e necessario avaliar tambem os pequenos

aborrecimentos do dia-a~dia, que possuem efeito cumulativo no organismo. (LlPP,

2004)

Por meio de rea90es - Everly e Sobelman (1987) sugeriram que uma

outra maneira indireta de mensurar a res posta de stress e por meio da avalia9ao

dos aspectos cognitivos/emocionais apresentados. (LlPP, 2004)

Par medidas fisiologicas e endocrinas - Andreassi (19aO) e Everly

(1990) tem sugerido que e possivel medir a resposta do estresse em nivel

fisiologico, 0 que inciui tecnicas eletrodermicas, prodedimentos eletromiograficos

e medidas cardiovasculares. Ja Mcclelland, Ross, Patel (1985) mencionaram que

o estresse pode ser avaliado em nivel neuroendocrino par meio do indice de

catecolaminas derivadas de amostras do plasma, da urina e da saliva. (LlPP,

2004)

Por meio de doen9as em 6rgilos-alvo, Miller e Smith (1982) sugerem

que 0 diagnostico seja realizado considerando-se a doen«;:a ja manifesta em

algum 6rgilo. (LlPP, 2004)

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Desde sua publica<;ao em 1956, 0 modele trifasico de Seyle embasou

inumeras pesquisas na area de "stress". Na decada de 90, Lipp (1994) identificou

em seus estudos uma quarta fase da Sindrome Geral de Adapta<;ao (SAG), tanto

clinica quanta estatisticamente. Essa nova rase, encontrada entre as rases de

resistEmcia e de exaustao, foi chamada de quaS€M€Xaustao. Ela e caracterizada

par urn enfraquecimento da pessoa que naD consegue se adaptar au resistir ao

agente estressor, ocorrendo surgimento de algumas doenl):as. Ainda em seus

estudos, Lipp (1994) relata as passiveis rea90es fisieas e emocionais frente aDestresse. Os sinais e sintomas rna is freqOentes em nivel f;siCD sao sudorese

excessiva, contra~ao muscular, palpitar;oes, nauseas, labilidade tensional,

extremidades frias. Em termos psicol6gicos pade ocorrer ansiedade, angustia,

alienar;80 duvidas quanta a SI proprio, preocupatyao excessiva, inabilidade em se

concentrar em outros assuntos que nao 0 estressor, ira e labilidade emocionaL

Com base na ideia do diagnostico do estresse pela identifica<;:ao dos

sintomas foi criado 0 Inventario de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL)

validado por Lipp e Guevara (1994) e padronizado por Lipp (2000). Pode ser

administrado em cerca de dez minutos e tern sido utilizado em varios trabalhos

clinicos e em pesquisas na area do estresse. 0 ISSL permite um diagnostico

preciso para a ocorrencia do estresse na pessoa, situando a fase do estresse na

qual ela se encontra e se para ela 0 estresse se manifesta por meio de

sintomatologia na area flsica ou psiquica, viabilizando uma aten<;:ao preventiva em

momentos de maior tensao. Embora 0 ISSL tenha side elaborado para a

avalia<;:ao do estresse em adultos e em adolescentes com mais de 14 anos de

idade, foi publicada ern 2004 a Escala de Stress em Adolescentes (ESA), que

possibilita um diagnostico rna is preciso do quadro sintomatologico dessa faixa

etaria (LlPP, 2004) Eo importante ressaltar que 0 estresse infantil tambem requer

urn instrumento especializado para sua identifica<;:ao e diagnostico como a Escala

de Stress Infantil (ESI) desenvolvida por Lipp e Lucarelli (1998). Em seu manual,

o ISSL possui termos alternativos que permitem sua utihzatyao em populal(oes

com nivel educacional rna is baixo. (LlPP, 2002)

Ao se realizar um diagn6stico de estresse deve-se identificar 0 estagio

do processo no qual a pessoa se encontra, po is muitas vezes diagnostica-se

erroneamente que a pessoa esta estressada independente da gravidade da

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situagao ou do local aonde ela S8 encontra na reac;c3o complexa do estresse.

Dessa forma pode-s8 correr 0 risco de 58 fazer urn diagn6stico em uma pessoa

que S8 encontra com urn estresse baixo como estando "estressado" ja em fase de

exaustao do estreSS8. Oeve-se lembrar que a gravidade da condiryao

diagnosticada exige uma identificagao da fase do estresse na qual a pessoa S8

encontra em um dado momento (LlPP, 2004).

o diagnostico diferencial do estresse e de Dutra patologia nem sempre

e facil. Naturalmente, e passivel encontrar stress em pessoas psic6ticas,

depressivas, suicidas enfermas etc. Em virtude de 0 estresse ter 0 potencial de

agravar Qutras patologias, tad a vez que ele S8 encontrar presente, deve ser

tratado concomitantemente as outras dificuldades. Nao e adequado tratar primeiro

o outro problema, pois, muitas vezes, sem que 0 stress seja eliminado, a

probabilidade de 0 quadro subjacente melhorar torna-se menor. (LlPP, 2003)

Em outras situagoes, a pessoa conta com alguns sintomas

caracteristicos de stress sem atingir os criterios estabelecidos no ISSL para

diagnostico de stress em qualquer das fases. 1550 pode ocorrer porque 0 sintoma

do momento pode estar ligado a outra patologia ou pode ser devido a algo

momentaneo. No entanto, se 0 respondente alegar que tem tido varios sintomas

par um perlodo prolongado, ou se 0 numero de sintomas for muito grande,

mesmo que inferior aos limites, deve-se levantar a hipotese de que fatores

estressantes de grande porte talvez estejam incidindo sobre ele. Um trabalho

preventivo deve ser recomendado a fim de minimizar os estressores presentes ou

aumentar a resistencia da pessoa. (LlPP, 2003)

Em sua pesquisa sobre 0 "stress" que avaliou a saude, ocupagoes e

grupos de risco no Brasil, Upp (1994) tambem observou que 0 estresse quando

presente no individuo pode desencadear uma serie de doengas e que, se nada for

feito para aliviar a tensao a pessoa se sentira cada vez mais exaurida e

depressiva. Oessa forma, podem ocorrer diversas doengas - dependendo ou nao

da heranga genetica - pode favorecer 0 aparecimento de doenga ulcerosa

peptica, hipertensao arterial, disturbios psiquiatricos como a sind rome do panico,

ou de infecgoes oportunlsticas como a herpes zoster. A partir dai e na ausencia

de tratamento especializado existe a risco de ocorrer doengas graves como infarto

do miocardio e acidente vascular cerebral. E importante ressaltar que 0 estresse

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nao e 0 fator etiol6gico dessas doenc;:as, e sim urn fator desencadeante para

patologias as quais 0 individuo ja apresentava alguma predisposic;:ao genetica au

baixa-imunidade.

o estresse nao 56 depende do estimulo estressor e da resposta

biol6gica a ele, mas tambem da maneira pela qual a pessoa avalia e enfrenta esle

estlmulo, levando em consideragc3o as caracteristicas individuals de cada urn e 0

tipo de ambiente no qual esta inserido. Pensando denlro deste principia de

relag8o, 0 estresse e suas conseqCrencias dependem de inumeros fatores, da

pessoa, do ambiente e da circunstancia, assim como de uma determinada

combinagc3o entre eles. Dentro desta perspectiva, 0 estresse deve ser entendido

como uma rela<;:c3oparticular entre uma pessoa, seu ambiente e as circunstancias

a que esta submetido, que e avaliada pela propria pessoa como uma ameaya ou

alga que exige dela eslor90, e que poe em perigo 0 seu bem-estar. (SILVA, 1999)

Segundo Lipp (1998), 0 estresse pode se originar de lontes internas e

ou externas. Essas sao representadas pelo que nos acontece na vida ou pelas

pessoas com as quais lidamos, podemos dizer que e tudo que vern do ambiente

externo como: como 0 frio, 0 calor, condi<;oes de insalubridade, ou ainda 0

ambiente social e 0 do trabalho. Ja 0 estresse gerado por fontes internas sao

aqueles relacionados ao tipo de personalidade e 0 modo como 0 individuo reage

a vida, resumidamente, e 0 vasto mundo de ideias, sentimentos, emoy6es,

desejos, expectativas, imagens etc., que cada urn tern dentro de si.

Outro conceito que amplia 0 entendimento do estresse e 0 do coping,

que tern sido descrito como 0 conjunto das estrategias utilizadas pelas pessoas

para se adaptar a situay6es adversas ou estressantes. Os esforyos despendidos

pelos individuos para abordar tais situayoes - sejam elas agudas ou cronicas -

tern se constituido em objeto de estudo da pSicologia social, clinica e da

personalidade, encontrando-se atrelado ao estudo das diferen<;as individuais. A

partir da decada de 60, estendenda-se pelas duas decadas seguintes, uma

segunda gerayao de pesquisadores apontou para uma nova perspectiva em

relay80 ao coping. Esta epoca foi marcada par importantes avan<;os na area que

geraram publica<;6es, .•.~especial pelo grupo de Lazarus e Folkman que

passaram a conceitq~(II~R~ 6Q~ir.t9 como urn processo transacional entre a pessoa

\'~':~O~,~p

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e a ambiente, com enfase no processo, tanto quanta em trayos de personalidade

(FOLKMAN e LAZARUS, 1985)

Em uma perspectiva congnitivista, Folkman e Lazarus (1980) propoem

urn modele que divide 0 coping em duas categorias funcionais: coping focalizado

no problema e coping focalizado na emoc;8o. Essa construy80 baseou-se em

analises fatoriais que geraram dais fatores principais utilizados pelos

pesquisadores para definir as dais tipos de estrategias do coping. Nessa

perspectiva entao, coping e definido como urn conjunto de esforyos, cognitivos e

comportamentais, utilizado pelos individuos com 0 objetivo de I[dar com

demandas especificas - internas au externas - que surgem em situac;oes de

stress e sao avaliadas como sobrecarregando ou excedendo seus recursos

pessoais (LAZARUS e FOLKMAN, 1980). Essa defini,ao implica que as

estrategias de coping sao agoes deliberadas que podem ser aprendidas, usadas e

descartadas. Portanto, mecanismos de defesas inconscientes e nao-intencionais,

como negagao, deslocamento e regressao, nao podem ser considerados como

estrategias de coping. Alem disso, somatizagao, dominagao e competencia sao

vistos como resultado dos esforgos de coping e nao com estrategias (RYAN-

WENGER,1992).

o modele de Folkman e Lazarus (1980), envolve quatro conceitos

principais: (1) coping e um processo ou uma interagao que se da entre 0 individuo

e 0 ambiente, (2) sua fungao e de administragao da situagao estressora, ao inves

de controle ou dominic da mesma, (3) os processos de coping pressupoem a

nogao de avaliagao, ou seja, como 0 fenomeno e precedido, interpretado e

cog nit iva mente representado na mente do individuo, (4) 0 processo de coping

constitui-se em uma mobilizagao de esforgo, atraves da qual os individuos vao

empreender esforgos cognitivos e comportamentais para administrar (reduzir,

minimizar ou tolerar) as demandas internas ou externas que surgem da sua

interagao com 0 ambiente (Figura 1). Este modelo tem sido referido como 0 mais

compreensivo dos modelos existentes.

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ihlr('\\()]potC>lll'i;Jll·

~

Ao contrario dos estilos de coping - ligados a fatores disposicionais do

individuo, as estrategias de coping tern side vinculadas a fatores situacionais

Folkman e Lazarus (1980) enfatizam 0 papel assumido pelas estrategias de

coping, apontando que estas estrategias podem mudar de momento para

momento, durante as estagios de uma situay80 estressante. Dada a essa

variabilidade nas rea90es individuais, estes autores defendem a impossibilidade

de S8 tentar predizer respostas situacionais a partir do estllo tlpico de coping de

uma pessoa.

As estrategias de coping refletem 390e5, comportamentos au

pensamen10s usados para lidar com um estressor (FOLKMAN et ai., 1984).

Segundo Folkman e Lazarus (1980), estas estrategias podem ser classificadas

em dOls tlPOS de pendente de sua funyao. 0 copmg focalizado na emoyao edefinido como um esforyo para regular 0 estado emocional que e associado ao

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stress, au e 0 resultado de eventos estressantes. Estes esforvos de coping sao

dirigidos a urn nivel so matico e/au a urn nivel de sentimentos, tendo par objetivo

alterar 0 estado emocional do individuD. Por exemplo, fumar urn cigarro, tomar urn

tranquilizante, assistir a uma cornedia na televisao, sair para correr, sao exemplos

de estrategias dirigidas a urn nivel somatico de tensao emocionaL A fun.yao

destas estrategias e reduzir a sensac;ao flsica desagradavel de urn estado de

stress.

o coping focalizado no problema constitui-se em um esforc;o para atuar

na siluaC;8o que deu origem aD stress, tentando muda-Ia. A funC;Elo desta

estrategia e alterar 0 problema existente na relac;ao entre a pessoa e 0 ambiente

que esla causando a tensBio. A a9aO do coping pode ser direcionada internamente

au externamente. Quando a coping focalizado no problema e dirigido para uma

fonte externa de stress, inclui estrategias tais como negociar para resolver um

conflito interpessoal au solieitar ajuda pratica de outras pessoas. 0 coping

focalizado no problema e dirigido internamente, geralmente inclui reestrutura9ao

cognitiva como, par exemplo, a redefiniyBlo do elemento estressor (FOLKMAN et

al.,1984).

Para Folkman e Lazarus (1980), 0 usa de estrategias de coping

focalizando 0 problema ou a emoyao depende de uma avaliayao da situayBio

estressara na qual 0 sujeito encontra-se envolvido. Existem dois tipos de

avaliayao de acordo com esta tearizayao. A avaliayao primaria e um processo

cognitiv~ atraves do qual os individuos checam qual 0 risco envolvido em uma

determinada situay80 de stress. Na avaliay80 secundaria as pessoas analisam

quais sao as recurs os disponiveis e as opyoes para lidar com 0 problema. Em

situa90es avaliadas como modificaveis, 0 coping focalizado no problema tende a

ser mais utilizado nas situayoes avaliadas como inalteraveis (FOLKMAN e

LAZARUS, 1980).

Lazarus (1984) indicam claramente que os processos de coping variam

com 0 desenvolvimento da pessoa. Essa variabilidade ocorre devido a grandes

modificayoes que se processam nas condiyoes de vida, atraves das experiencias

viveneiadas pelos individuos. Segundo este ponto de vista, nao somente 0

envelhecimento e levado em considera,ao, mas tambem 0 significado dos

eventos estressantes nos diversos momentos da vida dos individuos.

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1.1. Fisiologia do estresse de acordo com as fases da sindrome geral de

adapta<;iio:

A fase de alarme subdjvide~se em dais estados, 0 de choque e 0 de

contra-choque. As altera90es fisiologicas que 0 individuo experimenta no estado

de cheque - momento no qual recebe a estimulo estressor, sao muito

exuberantes e contam com a participa9210 do sistema nervoso autonomo (SNA).

(GREENSPAN, 1991)

Inicialmente ha envolvimento do hipotalamo que ativa tada a pen;:ao

simpatica do SNA atraves da produ<;ao e libera<;ao do Fator liberador da

Corticotrofina, que estirnula a glandula hipofise (au pituitcfuia) a produzir a

hormonio adreno-corticotrolico (ACTH), 0 qual promovera a a<;ao das glandulas

adrenais. Nesse 5itio, acorre urn aumento na libera/yao de cortisol e de

catecolaminas, harmonics esses de fundamental importancia na res posta

fisiologica ao estresse. (GREENSPAN, 1991)

o aumento na secreC;:8o de catecolaminas - adrenal ina e noradrenalina

- pelas adrenais e 0 principal indicador biol6gico da resposta ao estress€.

Pesquisas realizadas com universitarios no periodo de exames confirma 0

aumento na produc;:ao de catecolaminas uma vez que metabolitos urinarios

desses harmonics foram significativamente presentes nessa populac;:ao.(GREENSPAN, 1991)

Quadro 1- Altera<;oes na lase de choque da rea<;ao de alarme

ALTERA<;OES OBJETIVOS

A) aumento da pressao o sangue circulando rna is rapido melhora a

cardiaca e presseo arterial atividade muscular esqueletica e cerebral,

facilitando a 39;30 e 0 movimento

B) contra<;ao do bra<;o levar rnais globulos vermelhos a corrente

sanguinea e melhora a oxigenac;:ao do

organismo e de areas estrategicas

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C) 0 figado libera glicose para ser utilizado como alimento e energia

para as museu los e cerebra

0) redistribuic;;ao sangOinea diminui a sangue dirigido a pele e visceras,

aumentando para musculos e cerebra

E) aumento da freqCrencia faverece a captaC;;<3ode mais oxigenio

respirat6ria e dilata,ao dos

bronquios

F) dilata,ao das pupilas para aumentar a efieiencia visual

G) aumento do numero de preparar as tecidos para possiveis danos par

linf6citos na corrente agentes externos agressores

sangOineas

Alem de catecolaminas, as adrenais secretam a cortisol que, quando

em nivel aumentado, influencia 0 sistema imunol6gico inibindo a resposta

inllamat6ria ao afetar a fun,ao dos linf6citos. Em curto prazo, esta inibi,ao do

sistema imunol6gico parece ser benefica, pais diminui a intensidade das reac;;6es

inflamat6rias aDs agentes estressores.

Em resum~, durante a fase de choque ocorre atuac;c3o marcante da

porC;ao simpatica do SNA que proporciona descargas de adrenalina da medula

das glemdulas adrenais e de noradrenalina das fibras sinapticas p6s ganglionares,

para a corrente sanguinea. (GREENSPAN, 1991)

Ao mesmo tempo em que ° hipotalamo esta providenciando a

estimulagao da hip6fise para secretar ACTH, tambem estimula a secregc30 de

outros hormonios neuro-end6crinos, tambem chamados peptideos cerebrais

como e 0 caso das endorfinas que modificam 0 limiar pra dor, STH que acelera 0

metabolismo, da prolactina, da serotonina e outros. (GREENSPAN, 1991)

No caso do organismo ser obrigado a manter seu esforgo de adaptagao

a um estimulo estressante continuado, inicia-se a fase de resistencia que ecaracterizada pela hiperatividade da glandula adrenal. Nesta fase ocorre

hiperplasia da adrenal com conseqOente libera,ao de catecolaminas secretadas

em sua porgao medular, ativando a glicogen61ise extra celular e a gllcogenese

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hepatica promovendo maior aporte de glicose - fonte de energia para as celulas

em geraL Em seguida, liberam-se as glicocortic6ides secretados na pOfc;:ao

cortical da adrenal, fundamentais para a estimulac;:ao das atividades cerebrais

durante a fase de adaptac;:ao. Entretanto, com a continuidade do estresse os

glicocortic6ides passam a ser noeivos ao organismo par inibir 0 crescimento

somatieo e 6sseo. (GREENSPAN, 1991)

Assim sende, S8 as estimulos estressores tornam-S8 cranicos, ocorre

diminuic;:ao da intensidade fisiol6gica da res posta orgfmica ao estresse levando 0

organismo a terceira fase, dita de exaustao. Nela, come<;:am a falhar as

mecanismos de adapta9ao e a esgotar as reservas de energia, tarnando mais

exuberantes os sintomas somaticos. Conclui-se entao, que a resistencia do

organismo nao e ilimitada. 0 estado de resistencia e a soma das reay6es gerais

nao especificas que se desenvolvem como resultado da exposiyao prolongada

aos agentes estressores, frente aos quais desenvolveu-se adaptayao que

posteriormente, nao pode se mantida pelo organismo. As modifica96es biol6gicas

dessa fase sao similares as descritas anteriormente na fase de alarme.

Entretanto, como 0 organismo nao e mais capaz de manter a equilibrio, ocorre a

faleneia adaptativa. (GREENSPAN, 1991)

Concluindo, todas as madificay6es fisiol6gicas produzidas pelo

estresse visam calocar ° organismo diante da adapta9ao, nao samente atraves da

adequayao do desempenho fisico e visceral, mas tambem fornecendo um grau de

ansiedade suficiente 0 bastante pra manter 0 estado de alerta, viabilizando a

possibilidade de ataque au de fuga.

1.2. Altera~6es hormonais no estresse

Durante a fase de alarme, a estimula98.0 simpatica promove maior

secrec;ao de desoxicarticasterona (DOC), harmonia anti-inflamatorio que produz

aumento da freqOencia cardiaca e da pressao arterial, bern como aumento da

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freqCu3ncia respirat6ria e dilatayao bronquica que levam respect iva mente a maior

circula,ao sanguinea e oxigena,ao tecidual. (GREENSPAN, 1991)

Observa-se tambem hiperatividade espll§nica que aumenta 0 aporte de

celulas de defesa aD sangue, aumento na glicogenese hepatica a fim de fornecer

mais energia (glicose) aos museu los e ao cerebra e dilatayao pupilar que aumenta

o campo visual. (GREENSPAN, 1991)

Porem, S8 houver ayao simpatica exagerada nao havera uma melhora

no desempenho organicQ, e sim urn declinio em quase todas as func;oes, desde a

percta da resistencia imunol6gica - tarnando a individuo mais susceptivel a

doenc;as -, ate surgimento de hipertensao arterial, diabetes, les6es cutaneas e

outras. Podemos afirmar entao que em urn primeiro momento, as adrenais

aumentam a secre(fao de catecolaminas a fim de preparar 0 organismo para a

fase de alarme e depois, 0 cortisol, quando podemos antever uma possivel

exaustao geral. (GREENSPAN, 1991)

Resumindo, toda a alteralfao hormonal do estresse inicia-se com a

ativavao do eixo hipotalamo-hip6fise-adrenal, que desencadeia uma serie de

respostas harmonais que dao inlcio a fase de alarme. 0 estimulo estressar

determina a secreyaa do harmonia corticotr6fica em nlvel hipofisario que

estimulara as adrenais a liberar as catecolaminas e 0 cortisol. Esse estimulo

hip6fise-adrenal e interrompido pelo mecanismo de retroalimentalfao negativa, no

qual os pr6prias harmonios adrenais inibem a hipatalamo. Esse mecanisme e

necessario para restabelecer a homeostase no momento em que desaparece a

necessidade de adapta<;ao frente a um agente estressor. (GREENSPAN, 1991)

Nos casos de estresse eranieo, arganismo mantem eontinuadamente

seu esfarvo de adaptalfao inieiando a fase de resistencia, caracterizada pela

hiperatividade adrenal. Essa atividade cantinuada pode casar atrofia esplenica,

diminuiyao do tecida Iinf6ide com conseqOente deficiencia imuno16gica

possibilitando a ocorrencia de infecyoes oportuniticas, dermatoses e outras

patologias. Com a manuten(fEio do estimulo estressor inicia-se uma diminuiyao na

intensidade das respostas adaptativas levando a fadiga organica - que e a

terceira fase do processo - dita fase de exaustao ou esgotamento. Nessa fase, as

adrenais liberam os cortic6ides e 0 seu excesso no arganismo agrava quadros

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<:;..;,";/

pre-existentes de diabetes aD promover hiperglicemia atraves da gliconeog~ElIJ.ts_e;i:\y

hepatica bern como ao inibir 0 efeito da insulina nos tecidos perifericos. Alem

disso, influem na coagulabilidade sanguinea favorecendo 0 aparecimento de

tromboses e emboilas, e no sistema circulat6rio produzindo hipertensao arterial

por estimular a libera,ao de substancias vasoativas. (GREENSPAN, 1991)

1.3. Altera.;oes imunologicas no estresse

o sistema Ifmbico e 0 respons3vel pela fungao psiquica de avaliag<3o

de uma determinada situagao, bem como de fatos e eventos da vida. Essa fung<3o

depende de varios elementos, tai5 como a personalidade previa, a experiencia

vivida, as circunstancias atuais e as normas culturais. A partir do sistema Ifmbico

tambem ocorrem diversas interayoes entre os sistemas nervoso aut6nomo,

end6crino e imunol6gico. (KHAN SARI, 1990)

o estresse - seja ele fisico, psicol6gico ou social - e um termo que

compreende as reayoes fisiol6gicas capazes de causar desequillbrio organico, de

acordo com sua intensidade e dura,ao. (SILVA, 1999)

As primeiras constatayoes organicas do estresse emocional foram

relatadas em 1943, ao se verificar um aumento na excreyao urinaria de

catecolaminas em pilotos e instrutores aeronauticos em veos de simulay30.

Similarmente isso ja havia sido demonstrado em nadadores momentos antes das

competi,oes. (SILVA, 1999)

Entre 1970 e 1990, estudos experimentais tentaram comprovar a

relayao entre os sistemas nervoso aut6nomo e imunol6gico, chegando a

descrever 0 despovoamento celular do tim~ em ratos atraves da induy8:o de

les6es no hipotalamo. Tambem foi demonstrado que lesoes destrutivas em

hipotalamo dorsal levavam a supressao da resposta dos anticorpos. Esses

estudos sugeriram que 0 hipotalamo funcionava como uma especie de base de

integra9ao dos sistemas nervoso e imunol6gico na resposta ao estresse

(KHANSARt, 1990).

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A partir da decada de 90 constatou-se tambem que a modificary6es na

hip6fise tambem poderiam determinar mudanryas imunol6gicas, uma vez que a

extirpac;ao ou bloqueio fisiol6gico experimental dessa glandula impedia a res posta

imune (KHANSARI, 1990).

As glandulas adrenais tambem parecem desempenhar urn papel

seletivo na res posta ao estresse. E sabido que em estados de agressao,

enquanto a cortex adrenal secreta cortisona, a medula adrenal libera

preferencialmente adrenalina (a noradrenalin a e liberada das fibras sinapticas pas

ganglionares para corrente sanguinea). IS50 foi demonstrado

experimental mente em 1976, quando macacos submetidos a estresse

apresentaram aumento dos niveis de cortisol, catecolaminas, harmonio tireo-

estimulante e harmonio do crescimento; e diminuiy<3o dos harmonios sexuais

(NETO et aI., 2001)

Ja foi determinado que urn aumento na secreyao de catecalaminas

diminui a res posta imunol6gica seja par inibir a produyao de celulas de defesa

atraves da contrayao esph§nica ou atraves atuayao em receptores especfficos na

membrana celular dos anticarpos. As catecolaminas tambem podem ser liberadas

frente a fatares neuropsicologicos: em um estudo experimental, suprimiu-se a

funyao imunologica com a utiliza930 da ciclofosfamida - concomitante era

administrada a sacarina e em urn segundo estagia obteve-se imunossupressao

utilizando-se apenas a sacarina. Conclui-se que 0 organismo associava 0 gosto

da sacarina com a imunossupressao caracterizando uma alterayao imunologica

desencadeada par condicionarnenta, visto que a sacarina nao e uma droga

imunossupressora. (KHANSARI, 1990)

Assim sendo, as celulas do sistema imunologico - linfocitos,

macrofagos - encontram-se sob uma rede de integrayao com os sistemas

nervoso e endocrine onde neurotransmissores e demais harmonios atuam

sinergicamente a fim de manter a regulayao de suas a90es. (Khansari, 1990)

Todos os harmonios hipofisarios mobilizados no estresse atuam sobre

o sistema imunol6gico atraves de receptares especfficos situados nas celulas

linf6ides; e os linf6citos por si s6 tambem produzem substfmcias chamadas de

linfocinas e monocinas que participam ativamente nas rea90es de estresse. Essas

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substancias - secretadas par linfacitos e macr6fagos - sao capazes de amplificar

a inflamayao produzida pelas reayoes imunol6gicas. Algumas dessas linfocinas

podem tambem influenciar as glandulas na IiberaC;8o de alguns harmonics, como

por exemplo, a interleucina-l estimular a hip6fise a produzir ACTH. (KHANSARI,

1990)

Qutros produtos inflamatorios como as prostaglandinas, leucotrienos,

tromboxanes, tambem desempenham alguma influencia sabre 0 sistema

imunol6gica. Na reayao aD estresse, eles podem tanto estimular quanta inibir as

linf6citos e os macr6fagos. (KHANSARI, 1990)

o estresse da vida cotidiana, principal mente nas situac;6es mais

graves, pode modificar uma serie de elementos imuno16gicos na fase de alarme

(COE, 1987; NALLIBOF, 1991). Entre essas altera\,Des estao descritas mudan\,as

no numero e na atividade dos linf6citos T, das celulas NK, da res posta das

anticorpos, da func;ao dos macr6fagos - entre outras; com graves implicac;6es na

saude geral do individuo. As relac;oes entre 0 estresse e infecc;oes oportunisticas

ou reativac;ao de virus latentes (como 0 herpes Zoster) sao ha tempo descritas e

comprovadas por estudos experimentais (BALLONE et al.,2002).

Segundo Cohen (1991) existe uma grande variedade de virus

intranasais capazes de desenvolver alterayoes imunol6gicas, tanto at raves da

produc;:ao de anticorpos, quanto de infecc;6es locais, como uma forma de res posta

aa aumento no grau de tensao psical6gica.

A atividade do eixo hipotalamo-hip6fise-adrenais e ativada por efeitos

psicol6gicos regulando a liberaC;:8o do fatar liberadar da carticatrofina, que

estimula a glandula hipofise (au pituitaria) a produzir 0 hormonio adreno-

corticotr6fico (ACTH). Esse promovera a,ao nas adrenais a secretar cortisol e

catecolaminas que lem variados efeitos na regulac;:ao da res posta imune

(BALLONE et al.,2002).

Experimentalmente, a harmonia de crescimento - tambem estimulado

por eventos psiquicos - pode aumentar as func;oes das linfocitos T e das celulas

NK. Sabe-se tambem que os harmonios sexuais tambem afetam a imunidade

uma vez que a atividade da celula NK e mais alta na fase hjtea do cicio menstrual.

(NETO et ai, 2001)

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Em resumo, a psiconeuroimunologia contribui para que os pacientes

possam compreender que 0 corpo humano e urna somatoria do mental com a

organico influenciado significativamente pela experiencia de vida e par sua propria

sensibilidade.

1.4. Psicodrama

"0 psicodrama e a tratamento do individuo e do grupo atraves da 8gaO

dramatica". (GON~ALVES et ai, 1988; p.43). A teoria e tecnica psicoterapica se

passa no aqui-e-agora. Fo; desenvolvida pelo medico Jacob Levi Moreno em

oposigao as correntes de pensamentos que estudavam 0 hom em a partir do

animal ou do homem doente. Ele insistia que S8 deve estudar 0 homem a partir

dele proprio, levando em conta que 0 ser humano e um ser em rela930, naG

desprezando a espontaneidade e a criatividade. A inter-rela98o entre as pessoas

constitui 0 eixo fundamental da teoria moreniana, uma vez que 0 individuo econcebido e estudado atraves de suas relac;6es interpessoais, porque nasce ern

sociedade, necessita dos outros para sobreviver e e apto para conviver com os

demais.

A espontaneidade. a criatividade, e a sensibilidade sao os recursos

inatos do hornem, segundo Moreno. E foi atraves da espontaneidade que ele

desenvolveu sua teoria, uma vez que todas as suas tecnicas visao despertar a

espontaneidade criativa do homem. A espontaneidade e a criatividade sao

processos distintos. Aquela e a capacidade instantanea de responder

"apropriadamente" diante de urna nova situac;ao ou urna nova resposta diante de

situagoes velhas, criando urna res posta inedita, ou renovadora, ou ainda

transformadora de situac;6es preestabelecidas. Ja a criatividade, e 0 catalisador

da espontaneidade, uma vez que a possibilidade de rnodificar ou de estabelecer

uma nova situagao implica em criar: produzir algo com 0 que Ihe e dado. Atraves

do rompimento com padr6es de comportamento estereotipados e das conservas

culturais 0 homem recupera sua espontaneidade e criatividade, urna vez que 0

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ser humano nasce espontfmeo e deixa de s8-lo devido a fatores adversos do

meie, que pod em cristalizar-se como conservas cutturais. Estas sao objetos

materias, comportamentos, uscs e costumes, que se mantem identicos, em uma

dada cultura. (GON~ALVES et ai, 1988)

Segundo Bustos (1990), a base fundamental do trabalho e terapia

psicodramatica parte das rela90es interpessoais, conhecer-se e compreender-se

a partir da estrutura de vinculos. A configural):c3o social dessas relayoes

interpessoais que se desenvolvem desde 0 nascimento, decorre de

determinayoes socia econ6micas e do tator tele, ou seja, a possibilidade de

estabelecer vinculos afetivQs.

Para maior compreensao da dinamica vincular, Bustos (1990)

descreveu alguns conceitos para essa compreensao e abordar sua patologia: os

conceitos tele, transferemcia e a espontaneidade. A tele e uma percepl):ao

objetiva, a capacidade de perceber 0 que ocorre nas situac;oes, 0 que passa com

os outros, ver 0 outro como ele real mente e, relacionar-se com a outro,

comunicar-se com 0 outro a partir daquilo que somos capazes de perceber. A tele

se da a nivel consciente e inconsciente, e uma via de mao dupla, necessaria ao

vinculo sadio.

Segundo Bustos (1990, pag. 91),

"A tele foi definida como uma rela9ao elementar que pode existir tanto em individuoscomo entre individuos e objetos, e que no homem se desenvolve gradual mente desde 0nasCimento, dando sentido para as rela90es humanas. Pode, par iSso, ser considerado como afundamento de lodas as rela90es sadias e como 0 elemento principal em todas as formas depsicoterapia. Consiste no sentimenlo e conhecimento da situa9.30 feal do outro"

Seu aspecto patol6gico e a transferemcia, que sao as distorl):oes

perceptuais, caracteristica mais notavel de uma rela<;:ao interpessoal. "A

possibilidade de reconhecimento de urna proje<;:ao transferencial em urn vinculo epossivel mediante a observa93o da proporcionalidade estimulo-resposta".

(BUSTOS, 1990, pg 93) Ou seja, a transferencia ocorre quando na percep9ao e

na comunicac;ao ha uma distorl):ao. Na transferencia a pessoa V8 0 outro de forma

deturpada, nao V8 a imagem real com quem esta se relacionando. Enxerga 0

outro atraves de seus pr6prios conteudos emocionais projetados.

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o canceito de espontaneidade ja foi referido logo acima, porem e valida

destacar que, quando a espontaneidade nao S8 faz presente, e porque 0 sujeito

esta em relayao com suas figuras internas e nao com 0 Dutro. Os fantasmas

internos S8 instalam no vinculo. Da-s8 0 complementar interna patol6gico. 0

papel complementar bloqueia em diferentes graus as relac;oes com os Qutros,

ficando como parte constitutiva permanente dos vinculos que entabula nos

papais. Quanto rna is massiva for esta circunst2lncia, major 0 grau de incapacidade

relacional de uma pessoa, menor sua capacidade de reacyoes espontaneas, par

conseqOencia maior ansiedade. (BUSTOS. 1990)

Segundo Bustos (1979, p.33), "Moreno propoe 0 conceito de papel

como a menor unidade de conduta do homem, e at raves dos papais assumidos

durante a vida que 0 eu do individuo se estruturara" Ao longo da vida, diversos

papeis sao representados par um individuo, onde a analise de papeis enfoca, par

vezes, diferentes elementos de um unico papel em rela<;:ao a sua congruencia ou

incongruencia com ooutro.

Desempenhar um papel adequado ou coerente com 0 momento que

esta sendo vivido nao s6 permite uma melhor intera<;:ao social, como tambem cria

condi~oes para que ela se efetive de maneira adequada. Quando um individuo

nao desempenha 0 papel que Ihe e esperado, aquele momento podera ficar multo

prejudicado e possivelmente os objetivos que motivaram aquele encontro nao

serao alcan9ados. Alem disso, quando a pessoa tern claro qual e 0 seu papel, isto

a ajuda a posicionar-se frente as situa<;:oes, dando-Ihe mais confianrya e

desenvolvendo um conceito sobre si mesma mais eonsistente. Isto pode pareeer

6bvio, mas a verdade e que nem sempre 0 papel (ou papeis) que a pessoa

desenvolve nas arganiza~oes e muito claro. E isso tem side observado como uma

fonte de stress, por vezes, importante. Na psicologia organizacional he. uma certa

tradi<;:ao em se estudar alguns tipos de dissonancias de papel e 0 stress.

AmbigOidade, ineompatibilidade, conflito e sobrecarga de papel tem sido os mais

enfocados. (HANDY C. 6., 1978).

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2.0BJETIVO

2.1. Objetivo Geral

Descrever 0 nivel de Stress entre profissionais que procuraram 0

servil'O de check-up de um hospital particular da cidade de Curitiba.

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3. METODa

3.1. Participantes

A amostra foi composta par duzentos profissionais que procuraram 0

servi90 de check-up de um hospital particular da cidade de Curitiba durante a ana

de 2005-2006.

3.2. Procedimentos

Os participantes do estudo chegaram ao servityo de check-up

encaminhado pela empresa onde trabalham. Este fOl urn programa sistematizado

de consultas e exames que visa va:

• preventy80 primEuia e secundaria de problemas de saude,

• diagn6stico precoce de doengas, mesma aquelas assintomaticas,

• promover informa90es sobre saude

A coleta de dados ocorreu durante as meses de julho de 2005 a abril

de 2006 Os inventarios foram entregues, individualmente, pela pesquisadora a

cada profissional do estudo, sendo integralmente respondidos na sua presen9a e

ao termine eram recolhidos a fim de serem corrigidos e interpretados. Oeve-se

ressallar que somenle a pesquisadora leve conhecimento das respostas dos

participantes, 0 que garantiu 0 sigilo dos dados informados.

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3.3. Instrumentos

A coleta de dados utilizou urn questionario de identificar;ao elaborado

com a finalidade de abter informayoes gerais sabre os participantes como 0 sexo,

idade, estado civil, numera de filhos, cargo oGupacional, tempo de profissao e de

empresa.

A tim de verificar qual a perceP9ao que as profissionais apresentavam

quanta ao seu stress ocupacional e ao seu stress familiar, fo; solicitado que cad a

participante desse uma nota de 1 a 10, sendo 10 a nota indicadora de

"extremamente estressante" e 1 a nota de "paueD estressante" aD stress

ocupacional da sua atividade e de sua familia. Esta escala de avaliaryao do stress

foj utilizada pelo Instituto de Ciencia e Teenalogia da Universidade de Manchester

em 1992 em um estudo que comparou 19 profiss6es quanto ao nivel de stress

ocupacional envolvido em cada uma delas (LiPP & TAGANELLI, 2002).

o nivel de stress e sua sintomatologia foram avaliados atraves do uso

do Inventario de Sintomas de Stress (ISSL), onde a pessoa deve listar os

sintomas tipicos de cada lase. 0 ISSL e composto de tres quadros que se

relerem as quatro lases do stress. (LlPP, 2002)

o primeiro quadro, com sintomas relativos a fase de alerta, e composto

de 12 sintomas fisicos e 3 psicologicos, 0 respondente assinala com F1 ou P1 os

sintomas que tenha experimentado nas ultimas 24 horas. 0 Quadro 2 ecomposto de 10 sintomas fisicos e 5 psicol6gicos, os sintomas experimentados na

ultima semana devem ser marcados com F2 ou P2. De acordo com a frequencia

dos itens assinalados nesse quadro e da tabela de correc;ao, ele e utilizado para

diagnosticar a fase de resistencia e de quase-exaustao. 0 Quadro 3, com

sintomas relativos a fase de exaustao, e composto de 12 sintomas fisicos e 11

pSicol6gicos, que sao assinalados com F3 ou P3 os sintomas experimentados no

ultimo meso (LlPP, 2002)

No total, 0 ISSL inclui mais sintomas de natureza lisica (37) do que

sintomas pSicol6gicos (19) e varia de lase a lase, porque a resposta ao stress eassim constituida e e par [sso que para fazer 0 diagn6stico e necessario consultar

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as tabelas de avaliac;:<3o. Alguns sintomas se repetem, diferindo somente em sua

intensidade e gravidade. (LlPP, 2002)

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4. ANALISE DE DADOS E DISCUSSAO

A populayao estudada tern em media 25 anos de experi,mcia

profissional e 12 anos de empresa atual. Entre as profissionais que procuraram 0

serviyo de check-up existe uma predominancia significativa do sexo masculino

(89,5%) sabre a sexo feminino (10,5%). A media de idade e 43 anos, variando

entre 26 a 64 anos, sendo que a maior concentrac;ao esta na faixa situada entre

40 e 49 anos (40,5%), conforme a gratico 1. Vale destacar que par usar uma

amostra de conveniemcia as resultados sao base ados em torna de estatistica

descritiva, que e "urn conjunto de tecnicas analiticas utilizadas para resumir 0

conjunto de todos as dados coletados em uma dada investigayao". (MATTAR,

1996)

Grafico1: idade dos participantes queprocuraram 0 servic;o de check-up (n= 200)

30';' 40';'22,O~

30,5%

40,5%

026 - 29 anos

.30 - 39 anos

040 - 49 anos050 - 59 anos

_60 - 69 anos

Segundo LlPP & TANGANELLI (2002), as diferenyas em genera

encontradas em pesquisas sabre estresse merecem especial atenc;ao. Porem

devido ao pequeno numero de participantes do sexo feminino - 10,5% da amostra

total - nao houve como realizar compara9ao com a sexo masculino. Par essa

raz30, as dados com rela930 a diferen9a entre as sexos sao apenas descritivos.

A maior parcela da populayao e constituida de gerentes (50,50%),

onde 86,1% sao homens e 13,9% mulheres; seguida de diretores (29%), onde

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98,3% sao homens e 1,7% mulheres; supervisores (15,50%), onde 83,1% sao

homens e 16,1% mulheres. as autonomos correspond em a 5% dos casas - amenor parcela -, onde 90% sao homens e 10% mulheres. (grafico 2)

Gratico2: posi~ao ocupacional dosparticipantes dessa pesquisa ("=200)

5%

29o/~5'50%

50,50%I

jD aut6nomo• supervisor

Dgerente

Odiretor

Com rela9ao a situa9aOfamiliar: 80,5% sao casados, onde 92,2% sao

homens e 66,7% mulheres; 5% sao separados, onde 3,9% sao homens e 14,3%

mulheres; 5,5% sao solteiros, onde 3,9% sao homens e 19% mulheres. (gnflfico 3)

Grafico3: situaltao familiar dosparticipantesque participaram dessa

5%501eSQUiSa tn= 200) DCasado

_Separado

OSolieiro

89,50%

Dos 200 participantes da pesquisa 34 (17%) responderam nao

possuirem filhos. A media de filhos que os participantes possuem e de 2,168,

sendo que a maior concentra9ao esta na faixa situada de 2 filhos (54,80%),

conforme 0 grafico 4.

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33

GnUico4: numero de filhos dos participantesdessa pesquisa (n= 200)

54,80%

CUmfilho

.DoisfilhosDTr~s filhos

CQuatro filhos

.Cincoaselefilhos

Na analise das variaveis que possam ter impacto na compreensao do

estresse, a fatar financeiro e sempre destacado como demanda estressora.

Quando questionado se a renda supria suas necessidades, 93% responderam

que sim e 7% que nao (gn;fico 5). Dos que responderam que a renda nao supria

as necessidades: 10% sao autonomos, 16,1% sao supervisores, 7,9% sao

gerentes. Todas as individuos com cargo de diretoria responderam que suas

rendas supriam suas necessidades.

Grilflco5: respostas dos partcipantes comrela~ao a renda suprir as necessidades

(n=200)

7% ~~

93%

Sendo a perCeP9aOdas demandas estressoras um elemento central

para a compreensao do estresse, faz-se relevante a estudo de variaveis que

podem ter impacto neste processo. A media da nota aferida por essa popula92o a

sua atividade profissional, foi no geral de 7,51, indicando que 0 grupo considera 0

exercicio da sua atividade profissional estressante. A nota de 7,51 aferida por

esses profissionais foi semelhante aquela obtida no Estudo do Instituto de Ciencia

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34

e Tecnologia da Universidade de Manchester para as policiais (7,5) e pilato de

aviaa (7,5). Assim como fai menar do que a nota aferida pelas juizes do trabalho

e trabalhadares de minas (8,3) e maiar que as bambeiras (6,3). Ja a nota aferida

aa stress familiar fai 5,21, a que pademas cansidera-Ia na media e de igual

imporUmcia que a percep~ao do estresse ocupacional, uma vez que a familia

pode ser tratada como uma variavel situacional que influencia 0 estresse (LiPP &

TAGANELLI, 2002). (grilfica 6).

Grafico6: perceptyao do estresse ocupacional

10·r-----------------, r.~~~~_.Io profissionais dessa

pesQ.uisa.policlais

Dpilolo de aviao

o juizes do trabalho

.bombeiros

Dos 200 participantes 36,5% apresentavam estresse, conforme as

criterias do ISSL de Lipp (grafica 7). Esses criterias sao: apresentar mais de 6 das

15 sintamas apresentadas para as ultimas 24 horas, au mais que 3 das 15

sintomas para a ultima semana ou ainda mais que 8 dos 23 sintomas no ultimo

mes, conforme as quest6es (cognitivas e somaticas) apresentadas para cada

periada. (LlPP, 2002)

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GrMico7: resultado de estresse dosparticipantes que procuraram 0 servi~o de

check-up (n= 200)

o Nao PossuemStress

• Possuem Stress

Neste estudo, nao foram observados altos percentuais de individuos

com estresse. Esse achado difere de outras pesquisas nacionais que utilizaram 0

mesma instrumento (0 ISSL) e encontraram incidemcia maior de estresse, par

exemplo: (1) quando se comparam policiais militares com 65% (ROMANO, 1997),

(2) jomalistas com 62% (PROENC;;A, 1998), (3) enfermeiras com 60% (VILLAR,

1992), (4) executivos com 41% (PROENC;;A, BORTOLETTO, LlPP, 1996).

Provavelmente a ocorrencia desse indice menor (36,5%) de estresse

nos pesquisados pade ter se dado per algumas variaveis do perfil dessa am astra

que influenciam no processo de estresse, como:

- FOLKMAN & LAZARUS (1980), destacam os aspectos relacionados afalta de estabilidade no trabalho, aD medo de obsolescencia frente as mudan<;:as

tecnol6gicas e as poucas perspectivas de prom090es e crescimento na carreira

uma fonte de estresse, a amostra desse estudo e composta por individuos que

tern em media 25 anos de profissao e 12 anos de empresa atual, assim como a

maioria e composta por cargo de gerencia e diretoria (79,5%) 0 que podemos

dizer que existe urn certo grau de estabilidade desses profissionais que foram

encaminhados para 0 check-up.

- Como os profissionais que com poe essa amostra foram

encaminhados pelas empresas onde trabalharn, podernos concluir que essas

organiza90es fomecem suporte social aos seus trabalhadores. Segundo FRANC;;A

& RODRIGUES (1999), quando 0 suporte social est;; bern desenvolvido na

organiza9ao, ele tern urn efeito protetor que se manifesta em baixos niveis de

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estresse, au seja, quanta maior a nivel de suporte social no ambiente

organizacional, menor 0 nivel de estresse no trabalho. Par Dutro lado, quando 0

suporte social e inexistente ou deficitiuio na organizac;ao, este fatar transforma-s8

em urn estressor.

- Gutra variavel que tambem e relacionada ao estresse ocupacional

sao as caracteristicas individuais e pessoais de cada trabalhador. Os fatores que

influenciam na nao ocorrencia do estresse constituem no 85tilo de enfrentamento

(estilo de coping) do empregado frente aos eventos estressores. Que tambem

fcram identificados nesse estudo, que equivale ao conjunto das estrategias

utilizadas pelas pessoas para se adaptarem a situa96es adversas ou

estressantes, isto e, ao enfrentamento e ao ajustamento de cad a individuo a

situa\,ao de estresse. (FOLKMAN & LAZARUS, 1980)

Os resultados encontrados mostram que, entre os participantes com

estresse, 8,1% encontram-se na fase de alerta, 86,5% em resistEmcia, 2,7% em

quase-exaustao e 2,7% na lase de exaustao (grilfico 8).

Gratico8: fases do estresse (n=73)

86,5

o dado observado neste trabalho de que um n"mero tao alto de

profissionais com estresse estivesse na fase de resistemcia (86,5%) epreocupante. Esta lase e conceituada por SEYLE (1956) como aquela em que a

pessoa utiliza suas reservas de energia automaticamente para se re-equilibrar, ou

seja, nela oeorre uma a930 reparadora do organismo tentando restabelecer 0

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equilibrio interno. Nesta fase, dais sintomas que muitas vezes passam

despercebidos aD clinice, aparecem de modo bastante freqOente: a sensac;:ao de

desgaste generalizado sem causa aparente e dificuldades com a mem6ria. Em

nivel fisiologica, muitas mudanc;:as ocorrem principalmente em termos do

funcionamento das gl2lndulas supra-rena is: a medula diminui a sua produc;:ao de

adrenalina e seu c6rtex produz mais corticoster6ides podendo 0 sistema

imunol6gico ficar afetado, a que aumenta a probabilidade da pessoa adoecer. Os

avaliados tinham, portanto, uma probabilidade de virem a adoecer devido ao

ga5to de energia envolvido para lidarem com as estressores do momento.

Com relac;:ao a vulnerabilidade aos sintomas do estresse, dos 36,5%

dos participantes que apresentavam essa entidade, em 52,7% deles houve

predominio dos sintomas psicol6gicos. A ocorrencia de sintomatologia fisica se

deu em 10,8% dos casas. Ja em 36,5% da amostra houve a presen9a de ambos

as sintomas com igual freqOemcia, fenomeno dito vulnerabilidade mista. (grcifico

9).

Gnlfic09: vulnerabilidade ao estresse (n=73)

36.50%m

~52.70%

10.80%

~

[] PSiCOl69icaJ.F[sica

DMista

A fisiologia do estresse e suas alterac;ces hormonais foram

identificadas nesse estudo, pois a presenc;a do estresse e a incapacidade para

enfrenta-Io podem resultar tanto em enfermidades fisicas e mentais, como em

manifesta90es menores, tais como insatisfa9iio e falta de motiva9iio no trabalho.

(FRANt;:A & RODRIGUES, 1999)

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o ISSL se constitui de uma lista de sintomas fisicos e psicol6gicos

divididos em tres quadros, sendo que cada quadro corresponde a urna das fases

do stress. Quanto a sintomatologia descrita no primeiro quadro (ultimas 24 horas),

fase do alerta, as participantes descreveram possuir os seguintes sintomas: maos

e pes frios 5,5%, boca seea 14,5%. n6 no est6mago 9,5%, aumento de sudorese

8,5%, tensao muscular 40,5%, mudanc;:a de apetite 11%, diarreia passageira 9%,

insonia 32,5%, taquicardia (palpita90es) 5%, hiper-ventila9ao (dispneia, falta de

ar) 4,5%, hipertensao arterial subita e passageira (pressao alta) 10%, aperto da

mandibula I ranger as dentes 20%, aumento subito de motivac;ao 11%,

entusiasmo subito 12,5%, vontade subita de iniciar novos projetos 20%. (gratico

10)

Gnlfico10: sintomas das ultimas 24 horas - fase do alerta (n=200)

35,0%

40,0%

30,0%

25,0%

20,0%

15,0%

10,0%

5,0%

0,0%

DMa.osepesfrios

o N6 no estomago

.Tensaomuscular

_Diam!!iapassageira

_Taquicardia

o Hipertensao arterial subila e passageira

.Aumenlo subilo de molivay40

.Vonladesubilodeiniciarnovosprojelos

DAumenlO de Sudorese

[JMudan~adeapelile

Dlns{mia

• Hiperventilayao

IiIApertoda mandlbula I Ranger os dentes

.Entusiasmo subilo

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Os sintomas fisicos mais incidentes na fase de alerta (primeiro quadro)

loram: tensao muscular (40,5%), seguido de insania (32,5%). 0 sintoma

psicol6gico rna;s encontrado nessa fase foi a vontade subita de iniciar novos

projetos (20%). Esse achado demonstra que os trabalhadores nao eslao

realizando suas necessidades pessoais e/ ou profissionais e que diante de

situac,::6es estressantes, a reac;ao orgimica sera sempre a de colocar em

funcionamento todo urn sistema que permita preservar a autonomia do individuo,

preparando-o para a lula ou para a luga.

Ja com rela9ao ao segundo quadro (ultima semana), relerente a lase

da resistencia e da quase-exaustao, as entrevistados relataram as seguintes

sintomas: problemas com a memoria 32%, mal-estar generalizado, sem causa

especifica 11%, formigamento das extremidades 95,5%, sensac,::ao de desgaste

fisica constante 32%, mudanc,::a de apetite 10,5%, aparecimento de problemas

dermatologicos 14%, hipertensao arterial (pressao alta) 8,5%, cansal):o constante

26%, aparecimento de ulcera 2%, tontura I sensal):ao de estar flutuando 13%,

sensibilidade emotiva excess iva (estar muito nervoso) 28,5%, duvida quanto a si

proprio 9%, pensar constantemente em urn so assunto 22,5%, irritabilidade

excessiva 35,5%, diminui9ao da libido 15,5% (gralico 11).

Os sintornas fisicos mais apontados pelos individuos desta pesquisa,

relativos a fase de resistencia e quase-exaustao (segundo quadro) foram:

formigamento das extremidades em 95,5%, sensavao de desgaste fisico

constante 32% e problemas com a memoria 32%. Esses sintomas sao

caracteristicos da sind rome de fadiga, e definida como urn "desgaste de energia

ffsica ou mental, que pode ser recuperado por meio de repouso, alimentavao ou

orienta9ao clinica especifica" (FRAN~A & RODRIGUES, 1999). A ladiga podera

ter repercussoes sobre varios sistemas do organismo, provocando multiplas

funvoes, que conduzem a uma diminuil):ao da performance no trabalho em graus

variaveis, ao absenteismo e a uma serle de disturbios psicol6gicos, familiares e

sociais. 0 sintoma psicol6gico mais presente, relativo a este quadro, foi

irritabilidade excessiva, encontrada em 35,5% dos participantes dessa pesquisa.

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Gratico11: sintomas do ultimo mis - fase da resistencia equase-exautao ("=200)

120,0% ~------------------------

100,0%

20,0%

.Formigamenlo das eXlremidades

o MudanlVade apetite

80,0%

60,0%

40,0%

0,0%

[J Mal·estar generalizado, sem causa especifica

DSens8"Mdedesgastefisicoconstante

.Aparecimenlo de problemas dermalol6gicos

.CansaIVoconstante

_TonturaISensa"aodeestarnutuando

DOullidaQuantoasipr6prio

.'rrilabilidadeexcessiva

[]Hipertensao arterial (press1io alta)

CAparecimentodeulcera

• Sensibilidade emotiva excessiva (estar muito nervoso)

• Pensar constantemente em urn 56 assunlo

.Diminui"aodalibido

Par ultimo, a terceiro quadro (sintomas do ultimo mes), referente a fase

da exaustao, as participantes responderam possuir os seguintes sintomas:

diarreia freqOente 4,5%, dificuldades sexuais 8,5%, ins6nia 38,5%, nausea 5,5%,

tiques 5,5%, hipertensao arterial 8,5%, problemas dermatol6gicos prolongados

11,5%, mudan'!(a extrema de apetite 4,5%, excesso de gases 32,5%, tontura

Ireqiiente 5,5%, ulcera 0,5%, enlarte 0%, impossibilidade de trabalhar 0,5%,

pesadelos 5,5%, sensa'!(ao de incompetencia em todas as areas 7%, vontade de

lugir de tudo 12%, apatia, depressao ou raiva prolong ada 10,5%, cansayo

excessive 33,5%, pensar / falar constantemente em um s6 assunto 15,5%,

irritabilidade sem causa aparente 36%, angustia I ansiedade diaria 32%,

hipersensibilidade emotiva 14,5% e perda do senso de humor 29%.

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o Hipertensao arterialOMudanl,a extrema de apetile.Tontura freqOenleCiilEnfarte.Pesadelos.VontadedefugirdetudoOCansa~oexcessivoDlrritabilldadesemcausaaparenleDHipersensibitidadeemotiva

Na fase da exaustao 0 sintoma ffsico mais citado fo; ulcera referida per

50%, seguido da insonia referido per 38,5% e 0 sintoma psicol6gico mais

evidenciado for irritabilidade sem causa aparente, referida par 36% dos

participantes dessa pesquisa.

Considerando-se a importancia da satisfac;ao no trabalho para a auto-

estima de uma pessoa, um individuo com estresse ocupacional paden§. levar

problemas para 0 seu ambiente familiar e vice-versa, sentindo-se, par exemplo,

insegura quanta a sua contribui980 para a manutenC;80 da familia. Segundo

Morais 1999, estudos mostram que "a irritabilidade causada pelo estresse

ocupacional provavelmente se estendera a familia, gerando relac;:6es tensas e

conflituosas. Conseq(ientemente, as areas afetiva e social, bem como a

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relacionada it saude, debilitam-se como que contaminadas pelo estresse no

trabalho, alterando, assim, sua qualidade de vida".

o interesse pelo estudo do estresse no trabalho tern sido crescente na

Hteratura cientifica, particularmente nos ultimos anos. Uma razao para a aumento

de pesquisas sabre este tema deve-s8 ao impacto negativo do estresse

ocupacional na saude e no bem-estar dos empregadas e, conseqOentemente, no

funcionamento e na efetividade das organiZ8yOes. Na economia, 0 impacto

negativo dessa variavel tern sido estimado com base na suposi'!(ao enos achadosde que trabalhadores estressados diminuem seu desempenho e aumentam as

custos das organizayoes com problemas de saude, com 0 aumento do

absenteismo, da rotatividade e do numero de acidentes no local de trabalho

(LlPP, 1998). Numa epoca de intensa competitividade, tanto entre organizayoes

quanto entre profissionais, diversas pesquisas tem sido realizadas sobre a

natureza e os mecanismos do estresse ocupacional e sobre suas conseqOencias

para a saude e desempenho do empregado (MORAIS, 1999)

No contexte organizacional, a presenya de trabalhadores estressados

na equipe pode provocar 0 desenvolvimento das atividades com ineficiencia,

comunicayao deficitaria, desorganizayao do trabalho, insatisfayao, diminuiyao da

produtividade, 0 que trarci conseqOencias ao cuidado prestado as familias.

Segundo LlPP (2000), para lidar com 0 estresse, necessitamos adquirir

n09ao de como reagimos e de quem somos. Perceber que a situa9ao de estresse

desencadeia em nos urn mecanisme automatico e instantaneo de resposta, eperceber 0 quanto estamos vulneraveis a situa96es que nao dominamos.

Perceber qual 0 tipo de resposta que desencadeia em cada um, dentro das

alternativas que e lutar ou fugir, e perceber a forma como atuamos equal e nosso

nivel de ansiedade frente a dificuldade, ao novo, ao desafio. Conseguir lidar com

as rea96es corporais desencadeadas no corpo, nos ajuda a enfrentar a situa9aO.

Conseguir lidar com a ansiedade implicada, nos faz lidar com a situayao de uma

nova maneira. Em outras palavras podemos dizer que e necessaria agir

espontaneamente frente aos estimulos estressores, dando-Ihes respostas

inovadoras e adequadas. Assim colocamos a consciemcia diante de fen6menos

inconscientes e colocamos atenyao onde havia apenas tensao.

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Pelos resultados encontrados identificamos uma populayao adulta-

jovem, predominante do sexo masculino, profissionais em nivel de gerencia; uma

ocorrencia de menor de estreSS8. Porem quando 0 estresse S8 fez presente,

verificou-se urn alto numera de individuos na fase de resistencia com sintomas

caracteristicos da sindrome de fadiga. Com base nesses achados sugerimos uma

intervenyc30 precoce nos fatores estressores a fim de evitar progressao dessa

entidade para formas mais graves.

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5. CONCLUSOES

- 0 perfil da popuiaciio aqui estudada com base em seus aspectos

demogrilficos mostrou individuos com idade media de 43 anos, predominancia de

homens (89,5%), tempo medio de experiencia profissional de 25 anos, com

rela~aoa situa~aofamiliar, 80,5% sao casados e possuem em media 2 filhos.

- Na analise das variaveis de impacto na compreensao do estresse, 0

fatar financeiro foi destacado como demanda estressora apesar de 93% dos

participantes responderem que a renda atual supria suas necessidades. Em geral

esse grupo considera sua atividade profissional estressante vista que a media danota aferida a sua atividade profissional foi de 7,51.

- De acordo com os criterios do ISSL de Lipp, 36,5% dos participantes

apresentavam estresse. Desses, 86,5% encontravam-se na fase de resist€lncia.

Com rela<;ao it sintomatologia, em 52,7% deles houve predominia dos sintomas

pSicol6gicos e em 36,5% houve vulnerabilidade mista.

- A sintomas mais descritos durante a fase de resistencia foram:

formigamento de extremidades em 95,5% dos casos, irritabilidade excess iva em

35,5% deles, sensaC80 de desgaste lisico em 32% dos individuos e problemas

com a mem6ria tambem em 32%.

- Com base nessas conclusoes, sugere-se que adultos-jovens, em

geral do sexo masculino, proflssionais em nivel de gerencia nos quais exista a

ocorrencia de estresse na fase de resistencia; a realizac;:ao de uma intervenc;:ao

precoce nos fatores estressores a fim de evitar progressao dessa entidade para

formas mais graves. Vale destacar a psicodrama como uma tecnica psicoterapica

de grande eficacia para minimizar e prevenir os niveis de estresse, pais esse

estuda 0 homem a partir dele pr6prio, levan do em conta que a ser humano e um

ser em relac;:ao, nao desprezando a sua espontaneidade e criatividade.

- Conclui-se que 0 individuo que sofre estresse perdeu a

espontaneidade e a criatividade que 0 deixa capacitado para lidar com situac;:oes

novas. Atraves da tecnica psicodramatica objetiva-se encontrar a espontaneidade

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45

do individuo frente a estimulos estressores, dando-Ihes respostas inovadoras e

adequadas as situac;:oes de estresse. Assim como, recuperar as papeis

cristalizados dos indivfduDS, resgatando a sua identidade, que para Moreno e 0

aglomerado de papeis que 0 individuo exerce.

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ANEXOS

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Avalia!;ao do Risco de StressCHECK - UP HOSPITAL

NOME: _

Responda a todas as Questoes. Se uma dessas situa~oes nunca Ihe ocorreu,responda como se tivesse ocorrido, considerando seu passivel comportamento.

1. Oesde quantos anos voce trabalha?-

2. Ha quanta tempo voce esta na atualempresa7 _

3. Posic;:ao Ocupacional3.1( ) Autonomo 3.2() Supervisor 3.3( ) Gerente 3.4( ) Diretor

4. Situayao Familiar4.1( ) Casado 4.2( ) Separado 4.3( ) Viuvo 4.4( ) Solteiro

5. Tem filhos7 Ouantos7 _

6. Sua renda supre suas necessidades?6.1 ( ) Sim 6.2 ( ) Nilo

7. Em uma escala de 1 a 10 sendo 10 0 extrema, que nota seria aplicada ao stressprofissional ao qual esta sujeito?,--,--,--,--,--,--,--,--,--,

10

8. Em uma escala de 1 a 10 sendo 10 0 extrema, que nota seria aplicada ao stressfamiliar ao qual esta sujeito?r--.--,--,-.--.--,--,--.-~

10

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INVENTA-IUO iJn SINTOMAS DE STRESSPARA fo.DU1TOSDE LIPP (ISSL)

Marilda Novaes Lipp

Quadro 1 . Assinalar com Fl au Pl, como indicado parasintomasque tenha experimentado nas ultimas 24 horas.Quaero 2 •Assinalar com F2 ou P2, como indicado parasintomasque tenha experimentado na ultima semana.Quadro 3 -Assinalar com F3au P3, como indicado parasintomas que tenha expenmentado no ultimo mas.

Nome: .

Sexo: ,..

Data de nascimento: ...

Local de Irabalho: .

Fun~ao exercida: ..

Escolaridade: ..

Local e data: .

~~~~ Casa do Psic6logo'

~ Uvraria e Editora

C2000Casa do Pslc61ogo· Uvraria e Edilora Ltda. ReseJ'Yadosos direitos depublic~ao em lingua portuguesa a Casa do Psic61ogo~ Livraria e EditoraUda. Rua Moural0 Coelho 1059· Sao Paulo - SP - Tel.Jfax: (J I)3034.36oocasadopsiCQ\ogo@casadopsico\ogo.com.br-\l,ww.C3S3jliicologo.comJlr.E proi·bidaareprodu~aototalouparcialdestapuhlic~aop:lr:l.qualquerfinalidade,sem :ItuoriZ!l~iloporescrilO dos editOre5.Impressa no BT'J5iVPrilllell ill Brazil.

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~~~~ Casa do Psic6\ogo3>pagina 3

-- ~ Livraria e Editora

I. MAos E PES FRlOS, QUtJ)RO \a 2. BOCASECA

a) :'larque com um Fl os 3. NO NO ESTOMAGO

sintomas que tem 4. AUMENTO DE SUDORESE

experimentado nas 5. TENSAo MUSCULARultimas 24 boras. 6. APERTO DA MANDiBULN

RANGER OS DENTES

7. DlARREIA PASSAGEIRA

8. INSONIA

9. TAQUICARDIA

10. HlPERVENTlLA<;:Ao

II. HlPERTENSAOARTERlALSt1BITA E PASSAGEIRA

12. MUDAN<;:A DE APETITE

QUtJ)RO lb

13. AUMENTO SUBITO DEb) Marque com um Pl os MOTIVA<;:Ao

sintomas que tem 14. ENTUSIASMO St1BITOexperimentado nas

15. VONTADE SUBITA DEultimas 24horas.INICIAR NOVOSPROJETOS

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QU~RO ~aI. PROBLEMAS COM A

MEMORIA

a) Marque com um F2 os2. MAL-ESTAR

GENERALIZADO, SEMsintomas que tem CAUSA ESPECiFICAexperimentado na

3. FORMIGAMENTO DASultima sernana. EXTREMIDADES

4. SENSACAO DE DESGASTEFisICO CONSTANTE

5. MUDANCA DE APETITE

6. APARECIMENTO DEPROBLEMAsDERMATOLOGICOS

7. HIPERTENSAO ARTERIAL

8. CANSACO CONSTANTE

9. APAREClMENTO DEULCERA

10. TONTURNSENSACAO DEESTARFLUTUANDO

II. SENSlBILIDADE EMOTIVAQU~RO~\l EXCESSIVA

12. DUVIDA QUANTO A SIb) Marque com um P2 os PROPRIO

sintornas que tern 13. PENSARexperimenlado na CONSTANTEMENTE EMt'iltima semana. UM SO ASSUNTO

14. IRRIT ABILIDADEEXCESSIVA

15. DTMIN UICAO DA LIBIDO

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a~~Casa do Psic61ogolP

pagina 5-- -q~ Livraria e Editora

I. DlARRElA FREQOENTEQ\l&DRO ?,a 2. DrFlCULDADES SEXUAlS

3. INSONIAa) Marque C0111 U111 1'3 os 4. NAuSEA

sintomas que tem 5. TIQUESexperimentado no 6. HlPERTENSAO ARTERIALultimo mes. CONTINUADA

7. PROBLEMASDERMATOLOGICOSPROLONGADOS

8. MUDANCA EXTRETvlA DEAPETlTE

9. EXCESSO DE GASES

10. TONTURAFREQVENTEII. ULCERA

12. ENFARTE

QU~llRO 3\l13. IMPOSSlBlLU)ADE DE

TRABALHAR

14. PESADELOSb) Marque com um P3 os 15. SENSACAODE

sinlomas que tern lNCOMPETENCIA EMexperiment ado no TODAS AS AREAS

ultimo mes. 16. VONTADE DE FUGrR DETUDO

17. APATIA, DEPRESSAO OURAIVA PROLONGADA

18. CANSACO EXCESSIVO

19. PEN SARff ALARCONSTANTEMENTEEMUM SO ASSUNTO

20. IRRlTABlLIDADE SEMCAUSA APARENTE

21. ANGUSTIAIANSIEDADEDlARIA

22. HlPERSENSlBlLIDADEEMOTIVA

23. PERDA DO SENSO DEHUMOR