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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO ANDRÉA SARNELLI REUSO DE ÁGUA DE CHUVA COMO UMA FERRAMENTA NO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA RENZ INSTRUMENTOS ELÉTRICOS LTDA. BRAGANÇA PAULISTA 2010

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

ANDRÉA SARNELLI

REUSO DE ÁGUA DE CHUVA COMO UMA FERRAMENTA NO SISTEMA DE

GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA RENZ INSTRUMENTOS ELÉTRICOS

LTDA.

BRAGANÇA PAULISTA

2010

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

ANDRÉA SARNELLI

REUSO DE ÁGUA DE CHUVA COMO UMA FERRAMENTA NO SISTEMA DE

GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA RENZ INSTRUMENTOS ELÉTRICOS

LTDA.

BRAGANÇA PAULISTA

2010

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Tecnólogo em Gestão Ambiental pela Universidade São Francisco, sob a orientação da Profa. Laura Francesca Mercedes Nieri.

ANDRÉA SARNELLI

REUSO DE ÁGUA DE CHUVA COMO UMA FERRAMENTA NO SISTEMA DE

GESTÃO AMBIENTAL DA EMPRESA RENZ INSTRUMENTOS ELÉTRICOS

LTDA.

Aprovado pela Banca examinadora em 05 de Junho de 2010.

BANCA EXAMINADORA:

___________________________________ Prof. Ms. José Roberto Paolillo Gomes

___________________________________ Profa. Laura Francesca Mercedes Nieri

___________________________________ Prof. Robson da Silva Rocha

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau Tecnólogo em Gestão Ambiental pela Universidade São Francisco, sob a orientação da Profa. Laura Francesca Mercedes Nieri.

Dedico este trabalho aos meus amados pais Pasqual e Delza que me deram a vida, e que com todo amor me apoiaram e dedicaram-se em minha trajetória.

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você. Mário Quintana

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Universidade São Francisco, juntamente com seu corpo docente, que contribuíram para meu crescimento profissional e pessoal, com muita dedicação e por

vezes apesar do cansaço nunca nos deixaram desistir.

A todos os meus colegas de sala, em especial Juliana, Felipe, Eudini, Fábio, Rosilaine, Robson e Valéria que sempre estiveram juntos comigo nessa difícil jornada.

A Empresa Renz Instrumentos Elétricos Ltda., ao Sr. Luis Bernardino Arnal de Barrio, diretor da empresa, ao Sr. José Nelson Muner, engenheiro mecânico e gerente industrial da empresa, a Srta. Fabíola S. Oliveira que me forneceu os dados específicos para meu estudo e a todos

que contribuíram na formulação deste trabalho.

Aos Srs. Rolf Marcos Sita e Marco Furlanato que abriram as portas da empresa Lábramo Centronics e Sun Lab, para fornecerem dados que auxiliaram meu desenvolvimento no

projeto.

Aos verdadeiros amigos que sempre deram apoio, minha mãe Delza Antonia Galasso Sarnelli, minha amiga Caroline Eulália, a professora Ana Carolina, professora Thulla, professor

Mauro, professor Marcelo, professor Francisco, professor André, professora Herta e professora Laura.

A todos os meus familiares, em especial ao meu marido Leandro pelas noites de ausência, aos

meus sobrinhos Tatiana e Francisco pela minha falta como tia, a minha irmã Adriana e seu esposo Rodrigo por me ajudarem em muito em meu trabalho e terem me apoiado em meus

estudos.

A todas as pessoas que não mencionei, mas de um jeito ou de outro sempre estiveram presentes e me ajudaram, tanto profissional, pessoal ou emocionalmente.

RESUMO

Pelo uso extensivo dos recursos naturais para fins não potáveis, buscou-se fontes alternativas

de água como o reúso através da precipitação que com a sua utilização traz benefícios como a

redução do consumo de água potável e o controle de enchentes em regiões com grandes

pavimentações. A água da chuva coletada em telhados tem na indústria um enorme potencial,

visto que em geral, a mesma possui grandes áreas de telhado e um alto consumo de água. O

presente estudo consiste em avaliar a viabilidade de implantação de infra-estruturas que

possibilitem o aproveitamento da água da chuva para reúso em descargas de vasos sanitários.

Os resultados buscam subsidiar a implantação de projetos, através da verificação de sua

viabilidade econômica e valor ambiental, evitando, assim, intervenções ineficientes. O

investimento total e o tempo de retorno demonstram um retorno do investimento em um curto

espaço de tempo frente aos benefícios alcançados. O sistema traduz em lucro para a empresa

com a redução de consumo, e, mesmo antes disso, tem-se o lucro ambiental como o gasto de

água potável para fins não-potáveis. Outro importante retorno é o dado pelo marketing com a

mídia positiva que o sistema trará, e a educação ambiental de funcionários e usuários com o

aproveitamento da água da chuva. A ampliação do sistema em 100% da capacidade com a

disponibilização de novos usos para a água da chuva é outro benefício que pode ser

implantado em um curto espaço de tempo e sem aporte de investimento. A clara e visível

resposta positiva que o trabalho demonstra, vem ao encontro do que a empresa propõe em seu

planejamento estratégico, onde a responsabilidade sócio-ambiental aparece como uma de suas

diretrizes num sistema de gestão ambiental.

Palavras chave: Reúso de Água. Sistema de Gestão Ambiental. Renz Instrumentos Elétricos Ltda.

ABSTRACT

By extensive use of natural resources for non-potable uses, we sought alternative water

sources such as the reuse by precipitation with which its use has benefits such as reduced

consumption of drinking water and flood control in regions with large tessellations. Rainwater

collected from rooftops in the industry has enormous potential because, in general, it has large

areas of roof and a high water consumption. The present study is to assess the feasibility of

deploying infrastructures that enable the use of rainwater for reuse in toilets discharges. The

results look subsidize the project implementation through monitoring of its economic

feasibility and environmental value, thus avoiding inefficient interventions. Total investment

and time to return demonstrate a return on investment in a short time before the benefits

achieved. The system translates into profit for the company to reduce consumption, and even

before that, there is the environmental profit as the expense of drinking water for non-potable.

Another important feedback is given by marketing to the media that the system will bring

positive, and environmental education of employees and users with the use of rainwater. The

expansion of the system at 100% capacity with the availability of new uses for rain water is

another benefit that can be deployed in a short time and without contribution of investment. A

clear and visible positive response that the work demonstrates, is in what the company

proposes in its strategic planning, where social and environmental responsibility appears as

one of its guidelines on environmental management system.

Keywords: Water Reuse. Environmental Management System. Renz Electric Instruments

Ltda.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 – Consumo de Água por Atividade em Residência ........................................... 33

Figura 1 –Organograma da Empresa ................................................................................. 26

Figura 2 – Área de Captação ............................................................................................... 34

Figura 3 – Filtro Vortex WWF 150 ..................................................................................... 38

Figura 4 – Freio D’água ....................................................................................................... 40

Figura 5 – Filtro Flutuador de Sucção ................................................................................ 40

Figura 6 – Bomba Shurflo 2088 com Placa Solar .............................................................. 41

Figura 7 – Sifão Ladrão ....................................................................................................... 41

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Classificação das Águas Doces Segundo Seus Usos Preponderantes -

Resolução CONAMA nº 357/2005 .................................................................... 29

Tabela 2 – Relatório de Situação de Precipitação 2002/2003 ............................................ 34

Tabela 3 – Porcentagem de Consumo de Água em Residências ....................................... 43

Tabela 4 – Relação de Custos de Materiais do Sistema de Reúso .................................... 45

Tabela 5 – Tarifas de Água e Esgoto por Faixa de Consumo Industrial ......................... 47

Tabela 6 – Economia de Água e Esgoto em Relação à Faixa de Consumo ...................... 49

Tabela 7 – Cálculo de Retorno do Investimento ................................................................ 50

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 12

1.1 Objetivos Gerais .............................................................................................................. 13

1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 14

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 15

2.1 Sistema de Gestão Ambiental ......................................................................................... 14

2.2 Reúso de Água ................................................................................................................. 16

2.3 Reúso de Águas Pluviais ................................................................................................. 18

2.4 Clima e Precipitação da Região Bragantina ................................................................. 20

3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................... 22

3.1 Apresentação Geral da Empresa ................................................................................... 22

3.1.1 Nome e Localização ....................................................................................................... 22

3.1.2 Ramo de Atividade ......................................................................................................... 22

3.1.3 Histórico e Evolução ...................................................................................................... 22

3.1.4 Caracterização das Atividades ....................................................................................... 23

3.1.5 Total de Funcionários e Turnos de Trabalho ................................................................. 24

3.2 Estrutura Organizacional .............................................................................................. 24

3.2.1 Missão e Visão da Empresa ........................................................................................... 24

3.2.2 Objetivos ........................................................................................................................ 25

3.2.3 Políticas e Estratégias ..................................................................................................... 25

3.2.4 Organograma .................................................................................................................. 26

3.2.5 Certificações .................................................................................................................. 26

3.2.6 Comentários ................................................................................................................... 26

4. METODOLOGIA ............................................................................................................. 29

4.1 Aproveitamento de Água de Chuva .............................................................................. 29

4.1.1 O Processo ..................................................................................................................... 30

4.2 Benefícios ......................................................................................................................... 31

4.2.1 Ambientais ..................................................................................................................... 31

4.2.2 Economicos .................................................................................................................... 31

4.2.3 Sociais ............................................................................................................................ 32

4.3 Desvantagens.................................................................................................................... 32

4.4 Consumo Médio Diário de Água por Atividade............................................................ 33

4.5 Potencial de Captação ..................................................................................................... 33

4.5.1 Precipitação (x) .............................................................................................................. 33

4.5.2 Área de Captação (y) ..................................................................................................... 34

4.5.3 Eficiência do Telhado (w) .............................................................................................. 34

4.5.4 Eficiência na Filtragem (z) ............................................................................................. 35

4.5.5 Eficiência do Reaproveitamento .................................................................................... 35

4.6 Da Captação à Reutilização ........................................................................................... 35

4.6.1 Sistema de Captação e Armazenamento da Água Coletada .......................................... 36

4.6.1.1 Sistemas de Calhas ..................................................................................................... 36

4.6.1.2 Tubulação ................................................................................................................... 36

4.6.1.3 Filtros ......................................................................................................................... 37

4.6.1.4 Cisterna ...................................................................................................................... 38

4.6.1.5 Freio D’água .............................................................................................................. 39

4.6.1.6 Filtro Flutuador de Sucção ........................................................................................ 40

4.6.1.7 Kit de Bomba Solar .................................................................................................... 41

4.6.1.8 Sifão Ladrão ............................................................................................................... 41

4.6.1.9 Caixa D’água ............................................................................................................. 42

4.6.1.10 Pastilha de Cloro ..................................................................................................... 42

4.7 Tipos de Utilização ......................................................................................................... 43

4.7.1 Comercial, Industrial ou Residencial ............................................................................ 43

4.8 Segurança do Sistema .................................................................................................... 44

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 45

5.1 Cálculo do Volume de Água Captada .......................................................................... 46

5.2 Cálculo da Taxa de Água e Esgoto ............................................................................... 47

5.3 Cálculo da Porcentagem da Taxa de Esgoto ............................................................... 47

5.4 Consumo Médio de Água .............................................................................................. 48

5.5 Total de Economia de Água e Esgoto por Ano e por Faixa de Consumo ................. 48

5.6 Cálculo do Retorno do Investimento ............................................................................ 49

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 52

1. INTRODUÇÃO

A água é um bem essencial a vida de todos os seres vivos. A sua facilidade de acesso

aos seres humanos, armazenamento, tratamento e destinação dos efluentes devem ser

objetivos a serem perseguidos por todos.

Sendo o setor industrial um importante usuário de água, é fundamental que seu

desenvolvimento se dê de forma sustentável, adotando práticas como o uso racional e

eficiente deste recurso.

No que se refere ao uso racional da água nas plantas industriais, será preciso investir

em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, na implantação de sistemas de tratamento

avançado de efluentes, em sistemas de conservação, em redução de perdas e no reúso da água.

Isto, porém, levará a significativos ganhos ambientais, sociais e econômicos.

A gestão sustentável de águas pluviais em meios urbanos, reduz os custos da conta

de água, economiza água tratada e energia elétrica (necessária ao bombeamento de água da

rede de abastecimento) e restaura o ciclo hidrológico das cidades, favorecendo, a recarga de

águas subterrâneas. É uma alternativa vantajosa do ponto de vista racional, pois a água é

captada e guardada, podendo ser posteriormente filtrada no local de uso, tratada com

facilidade, servir para descargas de bacias sanitárias, lavagem de roupas, pisos, carros e

calçadas, usada em reservas de incêndio e regas de jardim.

Ao liberar as fontes de água de boa qualidade do abastecimento público e outros usos

prioritários, utilizando águas pluviais, em locais que não necessitam de qualidade, contribui

para a conservação dos recursos e acrescenta uma dimensão econômica ao planejamento dos

recursos hídricos. O reúso reduz a demanda sobre os mananciais devido à substituição da água

potável por água de qualidade inferior.

Dessa forma, consideráveis volumes de água potável podem ser poupados pelo reúso,

quando se utiliza água de qualidade inferior para atendimento das finalidades que podem

prescindir deste recurso dentro dos padrões de potabilidade.

Sabendo-se que Bragança Paulista, que esta compreendida na Sub-Bacia Atibainha,

tem como clima um índice de precipitação desejável, torna-se um local imprescíndivel para

que o projeto de reúso de água de chuva se torne viável.

Apos o início da precipitação, somente as primeiras águas carreiam ácidos,

microorganismos e impurezas, sendo que normalmente, sofre um processo natural de diluição

12

e autodepuração podendo ser armazenada em reservatórios fechados e ausentes de

iluminação, para posterior reúso.

Para restabelecer o equilíbrio entre oferta e demanda de água e garantir a

sustentabilidade do desenvolvimento econômico, social e ambiental, é necessário que

métodos e sistemas alternativos sejam desenvolvidos e aplicados em função de características

de sistemas e centros de produção específicos.

Em razão do aumento da preocupação com a conservação e a melhoria da qualidade

do ambiente e com a proteção da saúde humana, organizações de todos os tamanhos estão

voltando sua atenção aos impactos ambientais potenciais de suas atividades, produtos e

serviços.

Este projeto tem por finalidade a análise de uma futura implantação de um sistema de

captação, armazenamento e uso para fins não potáveis de águas pluviais em uma empresa,

focando a viabilidade econômico/ambiental do estudo, como uma alternativa sustentável de

reduzir custos com água tratada e esgoto e consequentemente contribuir com o meio

ambiente, proporcionando uma correta destinação desse bem.

1.1 Objetivo Geral

O presente trabalho tem como objetivo apresentar quais as vantagens em que se pode

obter utilizando o reúso de água como uma das principais ferramentas do Sistema de Gestão

Ambiental em uma Empresa, promover o desenvolvimento de estudos para futura

implantação de sistemas de captação de águas pluviais para fins não potáveis, visando assim à

redução dos custos e melhorando a eficiência da geração de recursos e a preservação dos

mananciais, avaliando assim a viabilidade econômica e ambiental do projeto.

1.2 Objetivo Específico

§ Promover a minimização do uso de água tratada para fins não potáveis;

§ Estimar o volume de água de chuva a ser captada e utilizada;

§ Contribuir com a conscientização da empresa da necessidade do reúso;

1

§ Analisar os custos da obra e sua resposta em economia, eficiência e retorno do

investimento;

14

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Sistema de Gestão Ambiental

Segundo Rodrigues et al (2008) “Muitas organizações já perceberam que o

compromisso com o meio ambiente passa a ser significado de confiança para os

empreendimentos, levando as mesmas a implantarem Sistemas de Gestão Ambiental”.

Um SGA constitui uma ferramenta de gestão que “permite à organização uma

redução de custos”, pela melhoria da eficiência dos processos e conseqüentemente redução de

consumos (matérias-primas, água e energia) e de produtos a tratar (resíduos e efluentes).

(Confagri, 2007)

A questão ambiental se insere na mudança profunda em andamento na sociedade.

Nessa trajetória, a lógica de maximização do lucro empresarial está sendo questionada quanto

à obtenção de outros objetivos e da sua razão social, como a proteção do meio ambiente.

Com relação às “ferramentas da gestão ambiental, evidenciou-se que a produção

mais limpa apresenta grandes oportunidades de redução de custos, devendo, porém, ser

previamente avaliadas quanto à sua relação custo-benefício”. (Epelbaum et al, 2004)

Segundo Delavy et al (2010)

A necessidade de uma empresa apresentar um nível de sustentabilidade tornou-se uma

necessidade, a partir dos sintomas apresentados pela variação climática do planeta.

Mundialmente ações estão sendo planejadas e implantadas para minimizar os

impactos causados pela utilização de forma descontrolada dos recursos naturais. Ao

mesmo tempo as legislações tornaram-se mais rígidas com relação ao setor produtivo,

responsabilizando-o pela geração dos resíduos e sua destinação correta. A busca pela

utilização de tecnologias limpas faz o diferencial para as empresas.

A implementação de um sistema de gestão ambiental, como qualquer atividade de

planejar, exige alguns cuidados básicos para que as intenções possam ser transformadas em

ações reais. Para iniciar o planejamento propriamente dito, a organização deve estabelecer e

manter procedimentos que permitam avaliar, controlar e melhorar os aspectos ambientais da

empresa, especialmente no que diz respeito ao cumprimento da legislação, normas, uso

racional de matérias-primas e insumos, saúde e segurança dos trabalhadores e minimização de

danos ambientais, dentre outros aspectos. É recomendável que a organização defina suas

prioridades ambientais, os objetivos e as responsabilidades para que o sistema de gestão

15

ambiental e as atividades diárias a ela relacionadas realmente possam ser viabilizadas. (SGA,

2010)

Segundo Moreira (2008), “o número de empresas brasileiras com sistema de gestão

ambiental certificado aumentou em 87,5% em 1999, demonstrando que o tema passou

definitivamente a assumir um papel estratégico no mundo dos negócios”, em substituição a

uma postura de “socialização” dos custos ambientais. A maior motivação não se baseia nos

benefícios que SGA possa trazer para dentro da empresa, para melhoria de seu sistema

produtivo ou para redução de custos. A demanda do sistema de gestão ambiental depende de

exigências externas à empresa.

“Quando uma empresa implanta um sistema de gestão ambiental, adquire uma visão

estratégica em relação ao meio ambiente: deixa de agir em função apenas dos riscos e passa a

perceber também as oportunidades”. Isso somente é possível se todos compartilharem a

mesma visão e estiverem motivados a contribuir. Esse é o maior diferencial. (IBAMA, 1996)

Em razão do aumento da preocupação com a conservação e a melhoria da qualidade

do ambiente e com a proteção da saúde humana, organizações de todos os tamanhos estão

voltando sua atenção aos impactos ambientais potenciais de suas atividades, produtos e

serviços. O desempenho ambiental de uma organização é de crescente importância para as

partes interessadas internas ou externas. Alcançar um consistente desempenho ambiental

requer compromisso organizacional com uma abordagem sistêmica e com a melhoria contínua

do seu Sistema de Gestão Ambiental. Este sistema fornece ordenação e consistência para a

organização equacionar suas preocupações ambientais, através da alocação de recursos,

atribuição de responsabilidade e avaliação em base contínua, das práticas, procedimentos e

processos. (SGA, 2010)

A gestão ambiental é parte integrante do sistema de gerenciamento global de uma

organização. O projeto de um SGA é um processo interativo e contínuo. A estrutura,

responsabilidade, práticas, procedimentos, processos e recursos para a implementação das

políticas, objetivos e metas ambientais podem ser coordenados com os esforços de outras

áreas, (operações, finanças, qualidade, saúde ocupacional e segurança).

Uma organização cujo sistema de gerenciamento incorpore um SGA tem uma

estrutura para equalizar e integrar interesses econômicos e financeiros. Uma organização que

implantou um SGA pode obter vantagens competitivas significativas.

Tais vantagens devem ser identificados, para demonstrar às partes interessadas,

especialmente aos acionistas, o valor, para a organização, de um bom sistema de gestão

ambiental. Isto também “fornece à organização a oportunidade de vincular objetivos e metas

16

ambientais com resultados econômicos específicos e assim assegurar que os recursos sejam

disponibilizados onde facultam o maior benefício, tanto no aspecto financeiro quanto

ambiental”. (SGA, 2010)

2.2 Reúso de Água

É surpreendente que muitas pessoas achem que a água é um recurso natural

disponível que saí da torneira, sem contar que se trata de um recurso natural finito e que sofre

cada vez mais os impactos da contaminação e da poluição ambiental. Sabendo-se que 2,5% da

água de nosso planeta é doce, em tese poderia ser reaproveitada. Acontece que deste número

está disponível apenas 1%, distribuídos em lagos, rios, aqüíferos e poços. O restante localiza-

se em geleiras das calotas polares, de difícil acesso, em forma de nuvens e vapor d’água ou

dentro de nosso corpo, de animais e plantas.

Sendo o “setor industrial um importante usuário de água, é fundamental que seu

desenvolvimento se dê de forma sustentável, adotando práticas como o uso racional e

eficiente da água”. (Kelman, 2010)

Em decorrência de uma relativa abundância de água, nunca houve uma grande

preocupação do setor industrial com este insumo, com exceção dos setores que se utilizam de

água como matéria-prima ou com influência direta sobre o produto final.

Atualmente, com o surgimento de problemas relacionados à escassez e poluição de

água nos grandes centros urbanos, começa haver um maior interesse por parte de vários

setores econômicos pelas atividades nas quais a água é utilizada, o que também é motivado

pelas recentes políticas federais e estaduais sobre o gerenciamento dos recursos hídricos.

Segundo Filho, 2010

O novo arcabouço legal, tendo por objetivo garantir água na quantidade e qualidade

necessárias para a atual e futura gerações, introduziu como um de seus principais

instrumentos a cobrança pelo uso da água. O resultado da implantação dessa cobrança

vai representar um aumento nos custos de produção para o setor industrial, o qual

enfrentará dificuldades em termos competitivos, especialmente no atual cenário

econômico, uma vez que não poderá repassar estes custos para seus produtos finais.

2.3 Reúso de Água Pluviais

17

A reciclagem ou reúso de água não é um conceito novo na história do nosso planeta,

existem relatos de sua prática na Grécia Antiga, a natureza, por meio do ciclo hidrológico,

vem reciclando e reutilizando a água há milhões de anos, e com muita eficiência. Durante

muitos anos este sistema funcionou de forma amplamente satisfatória, o que contudo não

acontece mais em muitas regiões, face ao agravamento das condições de poluição,

basicamente pela falta de tratamento adequado de efluentes urbanos, quando não pela sua

total inexistência. No entanto, a demanda crescente por água tem feito do reúso planejado de

água um tema atual de grande importância. “Para melhor gerenciar os recursos hídricos, bem

como promover seu uso de forma racional, a legislação de recursos hídricos estabeleceu a

outorga e a cobrança pelo uso da água, dentre outros instrumentos de gestão” (CIESP, 2010)

Segundo Albuquerque, 2004 apud Boehmer et alii, 2000

A captação de águas pluviais é uma técnica que foi difundida há milhares de anos

especialmente em regiões semi-áridas, onde as chuvas só ocorrem durante poucos

meses no ano e em locais diferentes. Na China há dois mil anos já existiam cacimbas

e tanques para armazenar água de chuva; no Irã existem os Abanbars que são antigos

e tradicionais sistemas de captação de água de chuva; no México existem tecnologias

tradicionais datadas da época dos Maias e Astecas; no deserto de Negev, hoje

território de Israel e Jordânia, há dois mil anos existiu um sistema integrado de

manejo de água de chuva. No Brasil até os anos trinta, muitas cidades tiveram casas

com sistemas de estocagem de água de chuva em cisternas individuais. Esta prática,

porém, foi abandonada com o advento das redes de abastecimento de água.

Esta situação tem conduzido muitas indústrias à busca por um novo modelo para o

gerenciamento da água em seus processos, considerando novas opções e soluções que

impliquem em autonomia no abastecimento de água e racionalização no seu consumo, onde

“o reúso se torna não apenas uma forma de garantir seu crescimento, mas até mesmo uma

questão de sobrevivência”. (Filho, 2010)

No que se refere ao “uso racional da água nas plantas industriais, será preciso investir

em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, na implantação de sistemas de tratamento

avançado de efluentes, em sistemas de conservação, em redução de perdas e no reúso da

água”. Isto levará a significativos ganhos ambientais, sociais e econômicos.

As empresas de grande porte já estão implantando tais práticas, pois dispõem de

condições técnicas e financeiras para tanto. “As micro e pequenas empresas, entretanto,

necessitam de apoio e orientação para adotarem tais sistemas em suas unidades produtivas”

(Epelbaum et al, 2004).

18

Segundo Piva (2010) “É relevante a atenção para o desenvolvimento do uso racional

e técnicas de reúso de água. O reúso em uma instituição é uma solução que pode vir a

diminuir custos, além de contribuir para a redução dos impactos no uso de um recurso natural

que está gradativamente se esgotando”. O reúso reduz a demanda sobre os mananciais de água

devido à substituição da água potável por uma água de qualidade inferior. Tal substituição é

possível em função da qualidade requerida para um uso específico.

“As águas de chuva são encaradas pela legislação brasileira como sendo esgoto”,

pois usualmente vai dos telhados e dos pisos para as bocas de lobo, como “solvente

universal”, vai carreando todo tipo de impurezas, dissolvidas, suspensas ou simplesmente

arrastadas mecanicamente para um córrego que vai acabar num rio, que por sua vez vai acabar

suprindo uma captação para Tratamento de Água Potável. (NBR 15527/2007)

Somente as primeiras águas carreiam ácidos, microorganismos e outros poluentes

atmosféricos, sendo que normalmente pouco tempo após a mesma já adquire características de

água destilada, que pode ser coletada em reservatórios fechados. Em resumo, a água de chuva

sofre uma destilação natural muito eficiente e gratuita”. (Serafim, 2008).

A adoção de sistemas para aproveitamento de águas pluviais e de reúso de águas vem

se disseminando em empreendimentos residenciais e comerciais que enfatizam, sobretudo, o

caráter sustentável de seus projetos. Graças às tecnologias disponíveis para atender a esse

mercado, tais águas, quando adequadamente tratadas, podem ser totalmente reaproveitadas de

modo não potável para os mais diversos usos.

Entre as variáveis a serem analisadas em projeto estão o uso da água, tecnologia

envolvida, “parâmetros de custos operacionais atrelados à energia consumida e aos produtos

aplicados no tratamento da água, entre outros quesitos”. (Cichinelli, 2008)

Além de possibilitar o “uso de recursos naturais evitando a escassez de água, o

sistema de coleta de água da chuva também ajuda a minimizar o problema de enchentes na

cidade já que a água da chuva será reservada e reutilizada” (Sperlim, 2005).

“O processo de armazenagem requer cuidados especiais com a presença de luz solar

e o descarte da água de escoamento inicial. Entre outros parâmetros adotados na execução dos

reservatórios, é necessário minimizar o turbilhonamento a fim de dificultar a ressuspensão dos

sólidos e o arraste de materiais flutuantes. Depois de receberem tratamento, as águas pluviais

poderão ser aproveitadas para irrigação de solos, lavagem de veículos, fontes de água,

reabastecimento de bacias sanitárias e para limpeza de pisos. É importante ressaltar a

possibilidade da presença de componentes biológicos. Seja qual for o destino das águas

19

cinzas, é indipensável um controle contínuo e permanente da qualidade desses efluentes”

(Cichinelli, 2008).

“Após o tratamento primário dessas águas clarificadas, estas podem ser utilizadas

para descargas em sanitários, calculando-se uma economia de aproximadamente em torno de

36% e o investimento destinado a implantação do sistema, para o caso específico, ficou em

torno de 0,58% do valor da construção”. (Moreira, 2001).

Segundo Albuquerque 2004 apud Gnadlinger, 2000 “A gestão sustentável de águas

pluviais em meios urbanos, reduz os custos da conta de água, economiza água tratada e

energia elétrica (necessária ao bombeamento de água da rede de abastecimento) e restaura o

ciclo hidrológico das cidades, favorecendo, a recarga de águas subterrâneas. É uma alternativa

vantajosa do ponto de vista racional, pois a água é captada e guardada, podendo ser

posteriormente filtrada no local de uso, tratada com facilidade, servir para descargas de bacias

sanitárias, lavagem de roupas, pisos, carros e calçadas, usada em reservas de incêndio e regas

de jardim.

A bacia sanitária é um dos aparelhos responsáveis por um grande consumo de água

no seu funcionamento. De acordo com os estudos realizados pela USP, no Brasil, a bacia

sanitária corresponde a 29% do consumo de água residencial.

Com o objetivo de reduzir o consumo de água, vários países vêm adotando o uso de

bacias sanitárias de volume de descarga reduzido (VDR). As bacias VDR são conjuntos de

bacia sanitária com caixa acoplada que trabalham com o volume reduzido de água por

descarga, este modelo varia de fabricante para fabricante, e de país para região, cujos valores

são em torno de 9 a 6 Litros nos Estados Unidos e entre 9 e 3 Litros na Europa”.

2.4 Clima e Precipitação da Região Bragantina

“Considerada oficialmente uma estância climática, Bragança Paulista é um

município brasileiro, sua área de 513,59 Km², do estado de São Paulo. É encontrado nas

partes mais elevadas, entre 800m e 1000m, por isso seu clima é considerado tropical de

altitude, sua precipitação anual de de 1.600mm”. Este clima permite com que nosso projeto

se torne viável diante da grande variável de preciptação em nossa região. O Brasil é um país

privilegiado por apresentar 14% de toda a água doce do planeta, porém a distribuição

20

irregular, associado ao mau uso, o faz enfrentar sérios problemas de abastecimento em seus

centros urbanos. (Bragança Paulista, 2010)

21

3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

3.1 Apresentação Geral da Empresa

3.1.1 Nome e Localização

A empresa Renz Instrumentos Elétricos Ltda. localiza-se à Rua Guarani, nº 130, no

bairro Jardim São José, na cidade de Bragança Paulista, estado de São Paulo. Tem como

telefone de contato o número (11) 4034-3655 e o seu fax (11) 4034-1314. O site da empresa

vigora com o endereço eletrônico www.renzbr.com. O seu CNPJ 45.604.790/0001-52 e

Inscrição Estadual 225.004.242.111, não apresenta filiais.

3.1.2 Ramo de Atividade

A empresa Renz Instrumentos Elétricos Ltda. é uma indústria que atua no ramo

eletroeletrônico. O ramo eletroeletrônico abrange praticamente todo o conhecimento

relacionado com a eletricidade e a eletrônica, desde os processos de geração, transporte e

distribuição de energia elétrica até os mais diversos modos de aplicação, seja o mais simples

instrumento ou objeto, seja o mais sofisticado circuito de telecomunicação computadorizado.

3.1.3 Histórico e Evolução

A Renz Instrumentos Elétricos é uma empresa nacional, que atua na fabricação e

comercialização de equipamentos analógicos e digitais para medição elétrica.

A empresa foi fundada em 10 de agosto de 1959, na cidade de Bragança Paulista no

Estado de São Paulo pelo Sr. José Luiz Barrio. Nestes 51 anos de dedicação à fabricação de

equipamentos e aparelhos de medição elétrica, a Renz sempre procurou melhorar a qualidade

22

de seus produtos e o atendimento de seus clientes. A marca Renz é conhecida e respeitada

pelos usuários de todo Brasil.

A Renz Instrumentos Elétricos conta com 25 escritórios de representação, que se

localizam nos estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Maranhão, Pernambuco, Ceará, Rio

Grande do Norte, Paraíba, Piauí, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito

Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e

Rio Grande do Sul.

§ 1959 - 10 de agosto a Renz foi fundada por José Luis Bárrio e Mauro Bauna Del Roio,

com 50% das quotas para cada sócio;

§ 1978 - 11 de dezembro foi registrada a patente RENZ;

§ 1989 - José Luis Bárrio compra as quotas de Mauro Bauna, e divide 45% das quotas

para sua esposa Maria Del Carmem Arnal de Bárrio, e 5% das quotas para seu filho

Luís Bernardino Arnal de Bárrio;

§ 2007 - 22 de agosto a empresa é certificada ISO 9001: 2000.

3.1.4 Caracterização das Atividades Atuais

Os consumidores dos produtos Renz são varejistas e indústrias de pequeno, médio e

grande porte, que encontram nos produtos da Renz uma qualidade superior aos produtos

disponíveis no mercado. Os produtos são adquiridos tanto por uma pequena loja de material

elétrico, quanto por uma grande empresa como a Petrobrás.

A participação de mercado da Renz é de aproximadamente 25%, atendendo a todo o

território nacional. Esse mercado é composto por indústrias de médio e pequeno porte,

atacadistas e varejistas.

Os aparelhos e instrumentos de medição são necessários na maioria dos

equipamentos como máquinas injetoras, prensas, painéis de comando; enfim, todos os setores

que requerem monitorização, aferição e outras formas de controle de precisão, são necessários

o uso de algum tipo de aparelho padronizado em função do controle desejado.

Como já foi mencionada, a empresa produz e comercializa equipamentos e aparelhos

analógicos e digitais, utilizados no sistema ferro móvel e de bobina móvel, como voltímetros,

amperímetros, miliamperímetros, microamperímetros, frequencímetros, medidores de

temperatura e de zero central, tacômetros, transformadores de corrente (TC), derivadores de

23

corrente (shunt), testes elétricos, chaves elétricas e congêneres do ramo. Em parceria com

empresas capacitadas, comercializa também os produtos de chaves elétricas comutadoras e

multímetros.

Esses produtos são utilizados para medição e controle de medidas e grandezas

elétricas, com a função de indicação. Todos os produtos são testados individualmente na

própria montagem para assegurar a sua qualidade, posteriormente são acondicionados em

embalagens seguras para que não se danifiquem no transporte e no manuseio.

3.1.5 Total de Funcionários e Turnos de Trabalho

A Renz Instrumentos Elétricos Ltda. conta com aproximadamente 58 colaboradores

efetivos, que trabalham em expediente de apenas um turno, este de segunda-feira a sexta-

feira, das 07:00 horas da manhã as 17:08 horas da tarde, contando com 01:20 hora e vinte de

pausa para o almoço. Dentre os setores da empresa, estes estão divididos em:

§ Comercial, Financeiro e Contabilidade: com 07 colaboradores;

§ Engenharia: com 04 colaboradores;

§ Ferramentaria: com 04 colaboradores;

§ Montagem I: com 14 colaboradores e

§ Montagem II: com 29 colaboradores.

3.2 Estrutura Organizacional

3.2.1 Missão e Visão da Empresa

O compromisso com a qualidade está baseado em princípios que orientam a maneira

como são feitos os negócios e definem a linha de produtos que são fornecidos. Tais princípios

também asseguram o sucesso em um mercado global e ajudam a construir um relacionamento

eficaz com os clientes, colaboradores, fornecedores e a comunidade.

24

3.2.2 Objetivos

A empresa Renz prima por um trabalho em equipe, investe em tecnologia pois

reconhece que a base para o crescimento e o sucesso está nos colaboradores. Um potencial na

estratégia da empresa é a capacitação e o desenvolvimento contínuo dos colaboradores, pois

estes estão diretamente ligados e comprometidos com os resultados planejados.

O mercado brasileiro é um mercado emergente e está aberto a novos produtos e

tecnologias. Em função disso, sempre haverá a possibilidade da vinda ou surgimento de novos

concorrentes. A qualidade, preço, prazo de entrega e de pagamento são critérios fundamentais

para a escolha dos fornecedores.

3.2.3 Políticas e Estratégias em Uso

A contribuição dos colaboradores para a preservação do meio ambiente é de suma

importância, a empresa preza por um ambiente organizado e limpo, a partir desta premissa

utiliza o programa dos “5S” (programa japonês), contando com a contribuição de seus

colaboradores, assim atribui aos colaboradores as seguintes responsabilidades:

§ Utilizar conscientemente os recursos oferecidos pela empresa;

§ Colaborar com a coleta seletiva de resíduos;

§ Estar atento e comprometido.

25

3.2.4 Organograma

DIRETORIA

CONSULTORIA RESPONSÁVEL DA DIRETORIA

GERÊNCIA DE PRODUÇÃO

GERÊNCIA DEPESQ/DESENV.

GERÊNCIA COMERCIAL

GERÊNCIA ADMINISTRATIVA

MONTAGEM I LAB. DESENV. COMPRAS FINANCEIRO

MONTAGEM II/ SERIGRAFIA FERRAMENTARIA VENDAS CONTABILIDADE

EXPEDIÇÃO MONTAGEM SHUNT

FATURAMENTO RECURSOS HUMANOS

Figura 1: Organograma da Empresa

Fonte: Renz Instrumentos Elétricos Ltda.

3.2.5 Certificações

Em 22 de Agosto de 2007 a empresa Renz Instrumentos Elétricos Ltda. foi

certificada ISO 9001: 2000. A sua Política da Qualidade se restringe em desenvolver, fabricar

e comercializar produtos que atendam as expectativas dos nossos clientes, oferecendo-lhes

qualidade, preço e prazo, melhorar continuamente a eficácia do SGQ e revisar

sistematicamente os objetivos da qualidade.

3.2.6 Comentários

Uma empresa para ser sustentável tem que ter como princípios a transparência, o

desenvolvimento social, o fortalecimento da economia, a inclusão social e a preservação

26

ambiental. A empresa não pode pensar na certificação como um item para maior valoração de

seus produtos e sim para garantir a sustentabilidade socioambiental.

E por isso a Empresa Renz Instrumentos Elétricos Ltda., preocupada com as futuras

gerações preza por atitudes que possam vir a colaborar para a preservação do Meio Ambiente,

algumas dessas ações são:

§ Coleta seletiva de lixo diminuindo a geração de lixo orgânico e destinação da sucata

para reaproveitamento;

§ Impermeabilização do solo interno da empresa, assim evitando a absorção de produtos

que possam vir a contaminar o solo;

§ Utilização de bloquetes na área externa para drenagem de água pluvial para o solo, e a

manutenção deste no que diz respeito à luz solar, umidade, troca gasosas, ciclo de vida

de microorganismos;

§ Introdução de vasos ornamentais para áreas mais verdes dentro e fora da empresa,

mantendo um ambiente mais climatizado, ar mais saudável e natural;

§ Toalha de pano nos banheiros, diminuindo o lixo orgânico com uso de papel toalha;

§ Introdução do uso de copos plásticos permanentes para os funcionários da produção,

assim diminuindo a emissão de lixo plástico descartável;

§ Uso de embalagens de papelão para os aparelhos produzidos na empresa, evitando

embalagens plásticas não biodegradáveis;

§ Uso do extrusado de milho para a proteção dos aparelhos, reduzindo o uso de plástico

bolha e isopor na produção;

§ Lavadora circular com reservatório para evitar o despejo de óleo no esgoto comum;

§ Uso de ventiladores evitando o uso de ar condicionado, alem de reduzir o consumo de

energia não agride o meio ambiente com gases refrigerantes (CFC ou CFH);

§ Incentivo ao estudo a maior arma contra a agressão a natureza, a informação;

§ Refeitório, evitando assim que os colaboradores utilizem veículos automotores durante

o traslado residência/empresa, evitando também a emissão de poluentes e o risco de

acidentes de trajeto;

§ Contratação de colaboradores que moram nas proximidades da empresa, favorecendo

os colaboradores a não utilizarem veículos automotores durante a locomoção, com

isso há redução de poluentes para a atmosfera o que significa benefícios para o meio

ambiente e para a saúde do colaborador, que consequentemente torna-se um aliado

para a empresa economicamente e socialmente;

27

§ Filtro Central evitando a utilização de galões de água, evitando o descarte de galões

plásticos, o acúmulo e transporte dos mesmos e trazendo economia para a empresa.

28

4. METODOLOGIA

4.1 Aproveitamento da Água de Chuva

A água de chuva deve ser captada apenas de coberturas ou de áreas sem circulação

de veículos, pessoas ou animais. A chuva, devidamente acumulada e tratada em regiões com

grande índice pluviométrico, poderia suprir perto de 100% da água utilizada.

O Decreto nº 24.643 de 10 de julho de 1934, em seu Capitulo V, artigo 103,

estabelece sobre águas pluviais que: “As águas pluviais pertencem ao dono do prédio onde

caírem diretamente, podendo o mesmo dispor delas à vontade, salvo existindo direito em

sentido contrário”. Porém não é permitido desperdiçar essas águas em prejuízo dos outros

prédios que delas possam vir a se aproveitar, sob pena de indenização aos proprietários dos

mesmos.

Para o reúso da água é necessário observar a resolução do CONAMA nº 357/2005

em que o uso é dividido em classes com seus respectivos usos permitidos. Conforme o estudo

em questão, os usos permitidos que melhor se enquadram são os de Classe 2, conforme

Tabela 1, abaixo descrito:

Tabela 1: Classificação das Águas Doces segundo seus Usos Preponderantes

Resolução CONAMA nº 357 de 17 de março de 2005.

CLASSE USOS PERMITIDOS

Especial Águas Destinadas

§ Ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção; § À preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; § À preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de

proteção integral. Classe 1 Águas que podem ser Destinadas

§ ao abastecimento para consumo humano, apos tratamento simplificado; § a proteção das comunidades aquáticas; § a recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e

mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; § a irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se

desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e

§ a proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.

Classe 2 Águas que podem ser Destinadas

§ ao abastecimento para consumo humano, apos tratamento convencional; § a proteção das comunidades aquáticas; § a recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e

mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; § a irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de

29

esporte e lazer, com os quais o publico possa vir a ter contato direto; e § a aquicultura e a atividade de pesca.

Classe 3 Águas que podem ser Destinadas

§ ao abastecimento para consumo humano, apos tratamento convencional ou avançado;

§ a irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; § a pesca amadora; § a recreação de contato secundário; e § a dessedentação de animais.

Classe 4 Águas que podem ser Destinadas

§ a navegação; e § a harmonia paisagística.

Fonte: Adaptado Resolução CONAMA nº 357/2009.

A água da pia, do enxágüe ou de chuva deve ser desviada para o circuito de

entrada do sistema de reúso, passando por um processo antes de ser direcionada para o vaso

sanitário. É necessário equilibrar as relações risco/beneficio e custo/eficácia das tecnologias

de tratamento, tendo em vista que quanto mais nobre o uso pretendido, mais alto o custo dos

investimentos necessários.

A pesquisa sobre aproveitamento de água de chuva para fins não potáveis em área

urbana tem avaliado os componentes utilizados em sistemas de aproveitamento e os impactos

da utilização da água de chuva em instalações reais de aproveitamento, tais como consumo de

água x consumo de energia: variabilidade da qualidade da água segundo o uso; adaptabilidade

às tipologias arquitetônicas e construtivas; aceitação do usuário; entre outros.

4.1.1 O Processo

As águas de chuva serão coletadas da cobertura, tratadas no subsolo e armazenadas

em uma cisterna e em uma caixa de água superior para posterior uso nas bacias sanitárias da

empresa.

a) Após coletada a água pela superfície do telhado, ela deverá passar por um

equipamento que filtrará a água de chuva e encaminhará os resíduos sólidos par a rede

de esgoto;

b) Por fim, essa água chegará à cisterna. É importante que haja um freio no fim da

tubulação de descida para que não ocorram turbulências no interior da cisterna.

Essa cisterna deverá ter um extravasador e um ponto de abastecimento com água

30

potável da rede, controlado por um sistema de bóias. Esse sistema assegurará que a

cisterna esteja abastecida mesmo em condições extremas de estiagem;

c) A água será clorada com “cloro ativo”;

d) Através de uma bomba submersa essa água se transferirá para um reservatório de

reúso. Indica-se que sejam utilizadas bombas de pressão ou de sucção.

4.2 Benefícios

4.2.1 Ambientais

a) Redução do lançamento de efluentes industriais em cursos d´água, possibilitando

melhorar a qualidade das águas interiores das regiões mais industrializadas, evitando

que esta também venha a entrar nas redes de esgoto e cause inundações;

b) Redução da captação de águas superficiais e subterrâneas poluídas, possibilitando uma

situação ecológica mais equilibrada;

c) Aumento da disponibilidade de água para usos mais exigentes, como abastecimento

público, hospitalar, etc.

4.2.2 Econômicos

a) Conformidade ambiental em relação a padrões e normas ambientais estabelecidos,

possibilitando melhor inserção dos produtos brasileiros nos mercados internacionais;

b) Mudanças nos padrões de produção e consumo;

c) Redução dos custos de produção;

d) Aumento da competitividade do setor;

e) Habilitação para receber incentivos e coeficientes redutores dos fatores da cobrança

pelo uso da água;

f) O suprimento de água da cidade pode ser mantido por estocar a água, que é utilizada

em regas de jardins, descargas sanitárias e reservas de incêndios.

31

4.2.3 Sociais

a) Ampliação da oportunidade de negócios para as empresas fornecedoras de serviços e

equipamentos, e em toda a cadeia produtiva;

b) Ampliação na geração de empregos diretos e indiretos;

c) Melhoria da imagem do setor produtivo junto à sociedade, com reconhecimento de

empresas socialmente responsáveis.

4.3 Desvantagens

a) Existe a falta de espaço para instalação de cisternas;

b) Existe um obrigatório controle das primeiras águas de chuva coletadas, bastante

perigosas, pois são o resultado da lavagem da poluição aérea e das sujeiras

acumuladas nos telhados;

c) Existe também o alto custo de todas as instalações;

d) Contato por ingestão direta de água;

e) Contato por meio da visão e do olfato, no caso de descargas sanitárias.

4.4 Consumo Médio Diário de Água por Atividade

Consumo médio diário com descargas: Média de descargas = 4 vezes ao dia = 40

litros/dia/pessoa = 40x30 = 1.200 litros/mês/pessoa = 1,2m³ = Isso significa em média 30% de

consumo mensal, conforme o gráfico 1 abaixo.

(Obs: cada descarga tem vazão de +/- 10 Litros).

32

36%

4%6%12%

27%

9% 6%

Chuveiro

Lavagem de Roupa

Lavagem de Pratos

Beber e Cozinhar

Vaso Sanitário

Pequenos Trabalhos

Lavagem de Carro eJardim

Gráfico 1: Consumo de Água por Atividade em Residência Fonte: Adaptado TOMAZ,2003

4.5 Potencial de Captação

De modo bem simples, são quatro as variáveis básicas para se calcular esse potencial.

4.5.1 Precipitação (x)

A quantidade de chuva que cai do céu é o primeiro fator determinante do potencial de

captação. O índice anual de chuva do local onde se deseja instalar o sistema é uma informação

fundamental. O índice pluviométrico mede quantos milímetros chove por ano em um m², é

resultado de uma somatória da quantidade de precipitação de água num determinado local

durante um dado período de tempo. No caso de Bragança Paulista, sabe-se que a precipitação

anual é em média aproximadamente 1.600mm/ano. Na tabela 2 é possível ver uma estimativa

da precipitação média anual, através Agencia de Águas do PCJ, da região da Sub-Bacia

Atibainha que compreende a cidade de Bragança Paulista, subentende-se que o nível de

precipitação seja aproximadamente o mesmo para comparativos, onde será efetuado um

cálculo para viabilidade econômica do projeto.

33

Tabela 2: Relatório de Situação de Precipitação 2002/2003

ATIBAIA J F M A M J J A S O N D Ano

Média 271 212 174 88 71 51 36 40 78 149 166 246 1593

Ano 2002 261 255 125 42 64 1 10 92 85 85 154 176 1350

Ano 2003 377 109 122 58 56 8 7 20 24 127 179 290 1377

Fonte: Agência de Água PCJ, 2009. Notas: precipitação mensal e anual em mm.

4.5.2 Área de Captação (y)

É a superfície do telhado ou qualquer outra superfície impermeável em que a água

será captada para ser armazenada. Mede-se esta área em m² calculando-se sua superfície

projetada. No caso deste estudo a área de nº 1 a ser utilizada seria de 400m² e a outra

superfície de nº 2 seria de aproximadamente de 500m².

4.5.3 Eficiência do Telhado (w)

O material de que é feito o telhado (figura 2), a porosidade, a inclinação, e mesmo o

estado de conservação afetam a eficiência da drenagem do telhado. De modo a simplificar o

cálculo, vamos assumir que sejam perdidos 15% da água que caiu no telhado.

Figura 2: Área de Captação Fonte: Aquastock

Em nosso projeto a área do telhado, assim denominado acima como nº 1, é feita de

material cerâmico, o que acarreta em águas mais limpas pois não apresentam grande

34

porosidade, com angulação aproximada de 45º e bom estado de conservação. Já a área assim

denominada acima de nº 2 constituída de telhas de fibrocimento também com uma boa

angulação, assim como a área nº 1, porém tratando-se de um material mais poroso, mas em

bom estado de conservação, tem uma menor eficiência de captação do que a área de nº 1.

4.5.4 Eficiência na Filtragem (z)

Um filtro de boa qualidade e em bom estado de conservação, normalmente, não

deixa seguir com a sujeira mais do que 10% da água, ou seja, cerca de 90% de água "limpa"

segue para o reservatório, porém dependendo do potencial da precipitação pode prejudicar a

captação em 15% da água captada.

4.5.5 Eficiência de Reaproveitamento

O aproveitamento efetivo desse potencial depende da capacidade de armazenagem e

de uma análise de custo/benefício do projeto como um todo. A água de chuva serve

principalmente para usos não potáveis, pois para assegurar sua potabilidade, é recomendável

um tratamento mais complexo, sendo uma alternativa viável apenas onde não há a alternativa

de abastecimento com água tratada.

4.6 Da Captação à Reutilização

4.6.1 Sistema de Captação e Armazenamento da Água Coletada

O sistema para a captação e o reaproveitamento de águas pluviais, é caracterizado

por compreender um dispositivo de coleta de água pluvial, capaz de coletar a água que chega

no telhado da edificação. No estudo será captado por um sistema de calhas nos telhados,

35

seguindo para uma filtração primária, onde serão removidas os resíduos granulados maiores

(até 0,28mm), após seguindo para a cisterna subterrânea, onde ficará armazenado.

4.6.1.1 Sistemas de Calhas

Um telhado é um coletor de águas (chuva), e essas águas precisam ser escoadas, as

calhas servem para recolher a água da chuva e conduzi-las para onde queremos. Muitos dos

danos estruturais de casas e prédios são resultado direto da ação da água e da ausência de

calhas.

Calhas não devem ser acanhadas ou ter pouca queda (no caso de uma calha

comprida), tem que ter um cano condutor que leva a água até o nível do solo.

As melhores calhas são feitas em plástico, cobre, zinco, mas podem também ser de concreto,

cimento, amianto e alvenaria.

Os elementos de captação de águas pluviais de coberturas compõem o sistema de

coleta e condução das águas que vai desde o telhado propriamente dito até ao sistema público

de destinação dessas águas (drenagem superficial e subterrânea da via pública).

No caso de nosso estudo estaremos usando calhas de zinco nas partes laterais do

telhado, no comprimento de 40 metros para o telhado nº 1 e 50metros para o telhado nº 2.

4.6.1.2 Tubulação

A maior parte das tubulações são de PVC, são conexões que podem ser expostos ao

sol sem qualquer risco de perder sua resistência à pressão hidrostática interna. Entretanto, a

ação dos raios ultravioletas do sol provocará descoloração (perda de pigmento) das peças.

Essa ação provocará um "ressecamento" da superfície externa dos tubos e das conexões e os

mesmos ficarão mais suscetíveis a rompimento por impactos externos, porém é um dos

materiais mais usados do mercado, pois sua resistência não deixa a desejar e seu custo é

acessível.

Os tubos e conexões de PVC podem ser pintados, desde que se utilizem tintas à base

de esmalte sintético bastando, para isso, um leve lixamento na superfície de PVC antes da

36

aplicação da tinta. Essa prática é recomendada sempre que os tubos e conexões estiverem

expostos ao sol, a fim de evitar-se o "ressecamento" de sua superfície externa pela ação de

raios ultravioletas.

Os tubos de esgoto não podem ser submetidos à pressão hidrostática, esses tubos são

indicados para escoamentos livres, ou seja, sem pressão, apenas pela ação da gravidade.

O diâmetro externo corresponde ao diâmetro externo médio dos tubos, medido em

milímetros, sendo que o diâmetro nominal é um simples número que serve como medida de

referência para classificação dos tubos, sendo uma referência comercial e que corresponde

aproximadamente ao diâmetro interno dos tubos, em milímetros, o diâmetro nominal não deve

ser utilizado para fins de cálculos.

O adesivo plástico (adesivo comum) é usado em soldagens de tubos e conexões de

pequenos diâmetros (até 50 mm). Já o adesivo plástico Extra Forte, devido à sua cura mais

lenta e por ser 25% mais resistente às solicitações que o adesivo comum, é o indicado para

utilização de soldagens em grandes diâmetros (acima de 60 mm).

Recomendamos que as tubulações cujas juntas são executadas com adesivo comum

esperem 12 horas para serem submetidas à pressão hidrostática interna. Já aquelas executadas

com adesivo Extra Forte, a espera deve ser de 24 horas.

Não há nenhum composto químico capaz de remover o adesivo sem danificar as

fibras do tecido. O adesivo de PVC deve ser utilizado exclusivamente para a soldagem de

PVC.

4.6.1.3 Filtros

Os filtros tipo WFF 150 Vortex (figura 3) são utilizados para áreas de telhados de até

500m², são instalados no ponto de união da tubulação que drena a água de chuva de diversos

condutores verticais. Utilizam um princípio original de filtragem (tensão superficial) que

garante grande eficiência, separando a água de chuva das impurezas como folhas, galhos,

insetos e musgo, com mínima perda de água e exigência de manutenção mínima. Tem o

potencial de captação de 90% da água, filtrando partículas de até 0,28mm.

Fabricação de aço inox (elemento filtrante) e carcaça de polipropileno, a instalação e

a manutenção é de extrema facilidade, não há redução da seção da tubulação, evitando

entupimentos.

37

O prolongador permite sua instalação a qualquer profundidade, as conexões de

entrada e saída giram livremente para se ajustar a qualquer situação, dispõe de inserção cega

para romper filtragem.

Figura 3: Filtro Vortex WFF 150 Fonte: Catálogo Aquastock 2010

O diâmetro de entrada da tubulação e saída do dreno é de 150mm (WFF 150), o

diâmetro de saída para o reservatório é de 100mm, e a tampa de inspeção com prolongador e

capacidade para suportar carga de até 30 toneladas.

Os filtros do tipo vórtice foram considerados de boa separação de impurezas,

eficiência muito boa e facilidade de instalação fácil, boa facilidade de manutenção, foi

considerado em avaliação como um dos melhores filtros no ramo, com eficiência de 90%.

4.6.1.4 Cisterna

O local de implantação da cisterna depende da área disponível para a construção. A

colocação sob o solo evita o desperdício de área útil, mas exige a instalação de bomba (solar)

ou pressurizador para levar a água aos pontos de consumo, o que pode ser evitado com a

colocação de reservatório diretamente sobre ou acima do solo. Cisternas subterrâneas

costumam ser mais caras, já que devem suportar a pressão do solo, e requerem a abertura de

vala.

Reservatórios sobre a superfície, por sua vez precisam ser protegidos de raios

ultravioletas e do calor, o que facilitaria a proliferação de algas. Este instalado de maneira

38

correta, e sua limpeza feita regularmente, a água poderá ser estocada por grandes períodos

sem alterações.

Em imóveis de grande área de captação e grande consumo pode-se obter água que

atenderá várias finalidades, inclusive industriais, que não requerem água potável. Vale

lembrar que o mais caro do sistema é a cisterna e, portanto, é essencial o correto

dimensionamento da mesma, para garantir um bom custo/beneficio.

Para dimensionar o tamanho da cisterna deve-se somar os volumes de uso de água

mensal, dividir por dois, o que equivale a quinze dias para períodos de estiagem, tem-se o

volume ideal da cisterna. Checar se o volume de captação é suficiente para este uso, pois a

captação mensal deverá ser o dobro do volume da cisterna, para não perder a eficiência do

sistema.

Depois de dimensionado o tamanho da cisterna devemos nos preocupar com o

sistema de coleta, desinfecção e reúso. Devemos ter consciência de que telhados são sujos por

fezes e animais mortos e de que a chuva, em determinadas regiões, é poluída. Mas,

geralmente, um sistema de desinfecção por cloro já seria suficiente. Em alguns casos, como

em zonas industriais, poderá ser usado um sistema de desinfecção por ozônio ou UV.

4.6.1.5 Freio D’água

Pode ser de PVC ou de aço inox, é um recurso instalado no interior da cisterna, no

final da tubulação de entrada de água de chuva, reduzindo a velocidade da água que chega à

cisterna, evitando o turbilhonamento (figura 4) e a suspensão de sólidos depositados no fundo

da cisterna. O freio d'água não deixa a água que entra atingir esta camada de sedimentação,

impedindo que se misture novamente com a água estocada. Ao mesmo tempo, a parte inferior

da água estocada recebe uma injeção de oxigênio. Este oxigênio afasta a possibilidade dum

processo anaeróbico na água parada. Assim a água se mantém fresca.

39

Figura 4: Freio D’água

Fonte: Catálogo Aquasave 2010

4.6.1.6 Filtro Flutuador de Sucção

Os filtros flutuantes de sucção (figura5) são instalados na tomada de água da bomba

que faz a captação da água da cisterna para alimentar os pontos de consumo. Filtram

impurezas que porventura ainda estejam no reservatório, garantindo a qualidade da água e

evitando problema com a bomba, pode ser utilizado para águas de reúso de chuva já pré

filtrada ou não, pode ser adaptado a qualquer bomba, o flutuador esférico permite que o ponto

da sucção acompanhe o nível de água e assegura que a água seja captada onde está mais

limpa, ou seja, longe do material depositado no fundo da cisterna.

Figura 5: Filtro Flutuador de Sucção Fonte: Catálogo Aquastock 2010

40

4.6.1.7 Kit de Bomba Solar

Para bombeamento em qualquer condição, o sistema indireto com Shurflo 2088

(figura 6), é composto de painel solar, controlador de carga, bateria e bomba d’água. Para

bombeamento em alturas até 13 metros (sendo que em nosso caso a altura das áreas do

telhado é de aproximadamente 12 metros e vazão de até 630 Litros/Hora). Pode ser instalada

na superfície de reservatórios, parede ou sobre a plataforma.

Figura 6: Bomba Shurflo 2088 com Placa Solar Fonte: Catálogo Sun Lab 2010

4.6.1.8 Sifão Ladrão

Deve ser instalado no extravasador da cisterna, para evitar o retorno da água (figura

7) e de odores, possui grade de proteção para a entrada de roedores e insetos na cisterna.

Figura 7: Sifão Ladrão Fonte: Catálogo Aquasave 2010

41

4.6.1.9 Caixa D’água

Caixas d’água têm a função de armazenar água potável ou atualmente também agora

água para reúso, porém é imprescindível que se identifique por placas qual é a de água potável

e qual é a de água de reúso, para o abastecimento. São encontradas em diversos tamanhos,

modelos e materiais. Não podendo esquecer de sua manutenção em ambos os casos, como

também é o caso da cisterna , que não passa de uma caixa d’água submersa, e que sempre

estejam tampadas, para assim evitar contaminação da água ou proliferação de larvas de

mosquitos.

4.6.1.10 Pastilha de Cloro

Os processos de desinfecção têm como objetivo a destruição ou inativação de

organismos patogênicos, capazes de produzir doenças, ou de outros organismos indesejáveis.

A morte de organismos pela ação de um desinfetante, fixando-se os outros fatores, é

proporcional à concentração do desinfetante e ao tempo de reação. Deste modo, pode-se

utilizar altas concentrações e pouco tempo, ou baixas concentrações e um tempo elevado.

As características da água a ser tratada têm influência marcante no processo de desinfecção.

Os desinfetantes químicos necessitam ser uniformemente dispersos na água, para garantir uma

concentração uniforme; portanto, a agitação favorece a desinfecção. O desinfetante não deve

ser tóxico para o homem e para os animais domésticos e, nas dosagens usuais, não deve

causar à água cheiro e gosto que prejudiquem o seu consumo; seu custo de utilização deve ser

razoável, além de apresentar facilidade e segurança no transporte, armazenamento, manuseio

e aplicação; a concentração na água tratada deve ser fácil e rapidamente determinável; deve

produzir concentração residuais resistentes na água, de maneira a constituir uma barreira

sanitária contra eventual recontaminação antes do uso.

O uso de cloro no tratamento da água pode ter como objetivos a desinfecção

(destruição dos microorganismos patogênicos), a oxidação (alteração das características da

água pela oxidação dos compostos nela existentes) ou ambas as ações ao mesmo tempo. A

desinfecção é o objetivo principal e mais comum da cloração, o que acarreta, muitas vezes, o

42

uso das palavras “desinfecção” e “cloração” como sinônimos (Bazzoli, 1993, apud Meyer,

1994).

Em nosso projeto se torna a alternativa mais viável, pois não necessitamos de água

potável, apenas desinfetada e pelo motivo de o cloro ser um dos métodos mais acessíveis e

facilmente utilizados.

4.7 Tipos de Utilização

4.7.1 Comercial, Industrial ou Residencial

O uso de água para fins não potáveis em estabelecimentos comercias como escolas,

prédios públicos e mesmo em indústrias - onde pode ser utilizada no processo produtivo -

pode responder de 30% a 50% do consumo. Em residências, conforme tabela 3, esse consumo

gira em torno de 30%. É necessária uma inspeção cuidadosa no local para uma avaliação

precisa.

Tabela 3: Porcentagem de Consumo de Água em Residências

USO INTERNO % DE CONSUMO ÁGUA DE CHUVA

Descargas de Bacias Sanitárias 20 – 25% Sim

Chuveiros e Banheiras 15 – 20% Não

Máquina de Lavar Roupa 10 – 15% Sim

Máquina de Lavar Pratos 2 – 5% Não

Torneiras Internas 5 – 10% Não

USO EXTERNO

Jardim 25 – 30% Sim

Piscina 0 – 5% Sim

Lavagem de Carro 0 – 5% Sim

Lavagem de Área Externa 0 – 2% Sim

Fonte: Aquasave, 2010.

43

4.8 Segurança do Sistema

Para se obter água de boa qualidade, com segurança, pouca manutenção e baixo

custo operacional, são necessários atentar às normas de segurança sanitária para que o sistema

funcione adequadamente.

Nunca cruzar a tubulação de água de reúso com tubulação de água potável, e

identificar todos os componentes dentro do sistema como para finalidades de ÁGUA DE

CHUVA/NÃO POTÁVEL.

Captar água de chuva de preferência de superfícies apropriadas como telhados,

evitando-se áreas inadequadas, sujeitas a poluição ambiental ou contaminação.

Proteger os reservatórios contra a entrada de material externo e vazamento de água,

não o expondo tampouco à luz e ao calor.

Assegurar que a sedimentação do reservatório funcione sempre, usando dispositivos

para reduzir a velocidade de entrada e saída de água no reservatório.

Considerações importantes segundo a norma NBR 15527:

§ Item 4.3.6 – Os reservatórios devem ser limpos e desinfetados com solução

de hipoclorito de sódio, no mínimo uma vez por ano, de acordo com a norma

ABNT NBR 5626.

§ Item 4.4.2 – As tubulações e demais componentes devem ser claramente

diferenciados das tubulações de água potável.

§ Item 4.4.3 – O sistema de distribuição de chuva deve ser independente do

sistema de água potável, não permitindo a conexão cruzada de acordo com a

norma ABNT NBR 5626.

§ Item 4.4.5 – Os reservatórios de água de distribuição de água potável e de

água de chuva deve ser separados.

§ Item 5.1 – Deve-se realizar manutenção em todo o sistema de aproveitamento

de água de chuva na seguinte freqüência:

1. Dispositivo de descarte de detritos – inspeção mensal/limpeza

trimestral;

2. Calhas, condutores verticais e horizontais – semestral;

3. Dispositivo de desinfecção – mensal;

4. Bombas – mensal;

5. Reservatórios – limpeza e desinfecção anual.

44

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na implantação do sistema serão gastos os materiais, conforme tabela 4 abaixo:

Tabela 4: Relação de Custos de Materiais do Sistema de Reuso

PRODUTO QUANT. VALOR UNITARIO (R$) VALOR TOTAL (R$)

Filtro de Captação 02 2.184,00 4.368,00

Prolongador 02 165,00 330,00

Freio d’água 01 320,00 320,00

Kit Bomba Solar 01 2.750,00 2.750,00

Bóia de Sucção 01 390,00 390,00

Sifão Ladrão 01 430,00 430,00

Tubulação - - 27.000,00

Caixa d’água 1000L Fibra 01 283,00 283,00

Cisterna Alvenaria + Vinil 01 2.551,50 + 9.030,00 11.581,50

Cloro * - 300,00 300,00

Mão de Obra - 6.300,00 + 10% imprevistos 6.930,00

Total 10 25.333,50 54.682,50

Fonte: Andréa Sarnelli (Renz Instrumentos Elétricos Ltda.) Nota: O cloro será o único gasto permanente fora a manutenção do sistema em termos de tratamento.

Após a filtragem primária a água segue para uma cisterna, através das tubulações,

onde é armazenada para posterior recalque.

O armazenamento será constituído de dois reservatórios, sendo um com capacidade

de armazenamento de 135m³, situado submerso (cisterna), próximo as calhas, e outro

localizado na parte superior da empresa (caixa d’água) com capacidade de 1.000 Litros, no

qual fornecerá o destino para reúso da água pluvial para as áreas de interesse. Os reservatórios

serão munidos com respiro, que permite a variação da pressão interna em função da entrada

ou saída de água, além de sifão para que não extrapole o limite da capacidade, sendo

descartados para a tubulação de sumidouro.

A empresa possuirá obrigatoriamente 3 caixas d’água (sendo uma água potável na

área de telhado nº 1 e uma de água potável na área de telhado nº 2 e outra de água de reúso na

45

área do telhado nº 2) para atender a demanda da indústria, sendo que duas delas serão

abastecidas somente por água potável (SABESP) e terão a finalidade de atender os usos em

que é necessário melhor qualidade da água. A caixa de reúso será abastecida pela cisterna

contendo água pluvial pré filtrada e clorada, onde será bombeada através de bomba solar

(Shurflo 2088), portanto, a caixa será responsável para usos não potáveis como: descarga de

sanitários, portanto terá duas fontes de abastecimento, sendo que funcionará de forma

automática com as bóias ligadas ao sistema solar, conforme a demanda existente e em caso de

falta de água no reservatório, esta será desligada e permitirá a passagem de água da SABESP

para não prejudicar o funcionamento do sistema.

Este projeto propõe demonstrar a economia com o uso de água de chuva para fins

menos nobres. Para o cálculo da aplicação do sistema será considerado 6 meses de contas de

água e esgoto, que compreendem os meses de julho de 2009 a dezembro de 2009, onde serão

considerados as áreas do telhado nº 1 de 400m² e a área do telhado nº 2 de 500m² para a

captação de águas pluviais, e de consumo médio mensal de 56,16 m³/mês em conta de água e

esgoto.

5.1 Cálculo do Volume de Água Captada

Multiplica-se primeiro o volume captado, basta multiplicar a área do telhado pela

precipitação média anual. Se o estabelecimento está numa região em que chove 1.600mm/ano

(x) e seu telhado tem uma superfície de 400m² (y), e 500m² o seu potencial de captação será:

X (chuva anual) = 1.600mm ou 1.6m³

Y (área do telhado) = 400m² e 500m²

W(eficiência do telhado) = 85%

Z (eficiência do filtro) = 90%

Potencial = Área 1 = 1.6 x 400 x 85% x 90% = 489,60m³/ano ou 489.600 litros por ano e

Área 2 = 1.6 x 500 x 85% x 90% = 612,00m³/ano ou 612.000 litros por ano.

Soma das duas áreas de telhado = 489,60m³ + 612,00m³ = 1.101,60m³/ano ou 1.101.600 litros

por ano de água de chuva captada pela área total dos dois telhados.

46

Portanto, uma empresa com área de captação total de 900m² de cobertura

poderácaptar em média 1.440m³ de água por ano, prevê-se que haverá uma perda de 25% do

sistema, chegando ao valor médio de 1.101,60m³/ano.

5.2 Cálculo da Taxa de Água e Esgoto

Multiplica-se o valor do m³ (valor cobrado por m³ pelo fornecimento de água,

conforme tabela 5) pelo volume médio consumido, e então obtêm-se o valor da taxa de água,

sabendo-se que a média de consumo da empresa é de 56,16m³/mês.

Tabela 5: Tarifas de Água e Esgoto por Faixa de Consumo Industrial

FAIXAS CONSUMO (m³) VALOR ÁGUA (R$/m³) VALOR ESGOTO (R$/m³)

ATÉ 10 VALOR MÍNIMO 27,37 21,89

11 A 20 10 3,24 2,57

21 A 30 10 5,23 4,18

31 A 50 19 5,23 4,18

ACIMA - 6,14 4,91

Fonte: SABESP (2009) - ANEXO I

Taxa d’água e esgoto = Valor m³ x Valor médio consumido na empresa

Taxa d’água e esgoto = 5,23 (água) + 4,18 (esgoto) x 56,16m³

Taxa d’água e esgoto = 293,71 + 234,74 x 56,16m³

Taxa d’água e esgoto = R$ 528,46

5.3 Cálculo da Porcentagem da Taxa de Esgoto

Para o cálculo referente a taxa de gasto com esgoto foi multiplicado o valor total de

gasto de água e esgoto da empresa pelo fator de porcentagem 100% e dividido pelo valor

gasto com esgoto, foram considerados a média dos últimos 6 meses de 2009.

47

Gasto com esgoto % = Total taxa esgoto x 100% : Total taxa de água e esgoto

Gasto com esgoto % = 234,76 x 100% : 528,46

Gasto com esgoto % = 44,42%

Para o cálculo do gasto de água e esgoto o resultado vai variar conforme o consumo

em m³ da empresa, uma vez que este valor não é constante.

5.4 Consumo Médio de Água

Multiplica-se o consumo médio em m³/mês por doze meses e posteriormente pelo

valor do m³ (conforme tabela 5) para se obter o valor economizado por ano com a

implantação do sistema de captação e armazenamento de água pluvial. O valor obtido

apontará quanto poderá ser economizado por mês em média. O resultado vai variar conforme

o consumo em m³ da empresa, uma vez que este valor não é constante.

5.5 Total de Economia de Água e Esgoto por Ano e por Faixa de Consumo

Na tabela 6, estão os valores referentes a economia por ano de água e esgoto em

relação ao valor cobrado por m³ para cada faixa de consumo. Somando a economia de água e

esgoto, obtêm-se a economia total por ano com a implantação do sistema em relação a taxa de

água e esgoto para cada faixa de consumo.

48

Tabela 6: Economia de Água e Esgoto em Relação à Faixa de Consumo

FAIXAS ÁGUA

(R$/m³)

ECONOMIA

ÁGUA/MÊS

(R$/m³)

ESGOTO

(R$/m3)

ECONOMIA

ESGOTO/MÊS

(R$/m³)

TOTAL DE

ECONOMIA/ANO

(R$/m³)

ATÉ 10 27,37 15,21 21,89 12,16 328,44

11 A 20 3,24 1,80 2,57 1,42 38,64

21 A 30 5,23 2,90 4,18 2,32 62,64

31 A 50 5,23 2,90 4,18 2,32 62,64

ACIMA 6,14 3,41 4,91 2,72 73,56

Fonte: Andréa Sarnelli (Renz Instrumentos Elétricos Ltda.)

5.6 Cálculo do Retorno do Investimento

Para o cálculo do retorno do investimento divide-se o valor investido pela economia

anual com a implantação do sistema de captação e reaproveitamento da água pluvial,

conforme os valores da tabela 4 de valor investido e da tabela 6 de valor de economia de água.

Retorno Investimento = Valor Investido : Economia Anual

O total economizado e o cálculo de retorno para o investimento, referem-se ao

benefício financeiro do valor aplicado no sistema de captação e armazenamento de água

pluvial, demonstrando a economia anual na empresa conforme tabela 7, se toda a água para

fins não potáveis forem usadas para substituir o fornecimento de água potável.

49

Tabela 7: Cálculo do Retorno do Investimento

FAIXAS TOTAL DE

ECONOMIA/ANO (R$/m³)

RETORNO DE

INVESTIMENTO/ANO

ATÉ 10 328,44 166,49

11 A 20* 38,64 (R$ 772,80) 70,75

21 A 30* 62,64 (R$ 1.879,20) 29,09

31 A 50* 62,64 (R$ 3.132,00) 17,45

ACIMA** 73,56 (R$ 4.131,12) 13,23

Fonte: Andréa Sarnelli (Renz Instrumentos Elétricos Ltda.) * Usou-se para cálculo de economia o consumo máximo por faixa. ** Usou-se a taxa média de consumo da empresa de 56,16m³.

Sabendo-se que os cálculos de média de consumo como exemplificados em materiais

e métodos, calcula-se uma economia de 44,42% de taxa de esgoto, o total economizado por

ano varia de acordo com o valor do m³ consumido, que é uma variável, porem observa-se uma

economia significativa apenas com a economia do sistema, que permite em pouco tempo

obter o retorno do valor investido na construção do sistema de captação e reaproveitamento de

águas pluviais, então gerando lucro com a continuação do funcionamento do sistema.

O objetivo deste trabalho propõe um uso mais restrito para fins não potáveis,

destinando assim o uso para descarga de sanitários e outros que contribuíram para a recarga

do lençol freático, minimizando assim o uso potável para fins menos exigentes quanto a

qualidade da mesma. Seguindo assim uma tendência mundial em relação a água, um recurso

natural que em boa qualidade está cada vez mais escasso no planeta.

50

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em decorrência de uma relativa abundância de água, nunca houve uma grande

preocupação do setor industrial com este insumo, com exceção dos setores que se utilizam de

água como matéria-prima ou com influência direta sobre o produto final.

Com a implementação de sistemas de reúso de água de chuva é possível dar uma

destinação mais adequada a água que iria se tornar esgoto. Sendo assim, portanto viável que o

uso da água de boa qualidade seja destinado para os fins nobres.

O desenvolvimento urbano através de superfícies impermeáveis e canalizações do

escoamento pluvial aumentam de forma significativa o escoamento superficial. O somatório

deste aumento produz inundações freqüentes nas áreas de riachos urbanos e ao longo da rede

de drenagem. Sendo necessário buscar medidas de controle sustentáveis, a implantação de

sistemas de captação e aproveitamento de águas pluviais torna-se uma alternativa viável, visto

que contribui para o controle do escoamento na fonte do problema, através da recuperação da

capacidade de infiltração ou da detenção do escoamento adicional gerado pelas superfícies

urbanas, contribuindo assim para a mitigação dos impactos atuais referentes a drenagem

urbana.

A adoção de sistemas para aproveitamento de águas pluviais e de reúso de águas vem

se disseminando em empreendimentos residenciais e comerciais que enfatizam, sobretudo, o

caráter sustentável de seus projetos. Graças às tecnologias disponíveis para atender a esse

mercado, tais águas, quando adequadamente tratadas, podem ser totalmente reaproveitadas de

modo não potável para os mais diversos usos.

Um importante instrumento de gestão ambiental do recurso água, é vista como uma

alternativa para o problema da escassez, o reúso de água é uma das tecnologias mais

consagradas pela sua adequada utilização.

51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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54

GLOSSÁRIO

- Água cinza: efluente que não possui contribuição da bacia, ou seja, o esgoto gerado pelo

uso de banheiras, chuveiros, lavatórios, máquinas de lavar roupas e pias de cozinha em

residências, escritórios comerciais, escolas, etc.

- Água pluvial na edificação: água que provem diretamente da chuva, captada por

escoamento por áreas de cobertura, telhados ou grandes superfícies impermeáveis.

- Aproveitamento de água de chuva: uso de água de chuva para finalidades específicas,

como lavagem de áreas externas, alimentação de bacias sanitárias, lavagem de veículos, entre

outros.

- Água potável: água que atende ao padrão de potabilidade determinado pela Portaria do

Ministério da Saúde MS 518/04.

- Água recuperada: esgoto ou água de qualidade inferior que após tratamento é adequada

para certos usos.

- Água de reúso: é a água residuária que se encontra dentro dos padrões exigidos para sua

utilização;

- Água residuária: é o esgoto, água descartada, efluentes líquidos de edificações, indústrias,

agroindústrias e agropecuária, tratados ou não;

- Água de qualidade inferior: águas não caracterizadas como água residuária, inadequadas

para usos mais exigentes;

- Desperdício: utilização da água em quantidade superior à necessária para o desempenho

adequado da atividade consumidora;

- Esgoto ou efluente doméstico: despejo líquido resultante do uso da água para preparação

de alimentos, operações de lavagem e para satisfação de necessidades higiênicas e

fisiológicas;

- Esgoto ou efluente industrial: despejo líquido resultante da atividade industrial;

- Otimização do consumo de água: realização das atividades consumidoras com o menor

consumo possível de água, garantida a qualidade dos resultados obtidos;

- Perdas físicas: água que escapa do sistema antes de ser utilizada para uma atividade fim;

- Perdas físicas dificilmente detectáveis: constatadas através de indícios como manchas de

umidade em paredes/pisos, sons de escoamento de água, sistemas de recalque continuamente

ligados, constante saída de água em reservatórios, entre outros;

55

-Perdas físicas facilmente detectáveis: perceptíveis a olho nu, caracterizadas por

escoamento ou gotejamento de água;

- Reúso indireto de água: uso de água residuária ou água de qualidade inferior, em sua forma

diluída, após lançamento em corpos hídricos superficiais ou subterrâneos;

- Reúso direto de água: é o uso planejado de água de reúso, conduzido ao local de utilização,

sem lançamento ou diluição prévia em corpos hídricos superficiais ou subterrâneos;

- Reúso de efluentes tratados: é a utilização de efluentes que foram submetidos a

tratamento;

- Reúso de efluentes após tratamento adicional: alternativa de reúso direto de efluentes

tratados que necessitam de sistemas complementares de tratamento para reduzir a

concentração de algum contaminante específico;

- Reúso de efluentes não tratados: utilização de efluentes não submetidos a tratamento, mas

enquadrados qualitativamente para a finalidade ou processo a que se destina;

- Reúso parcial de efluentes: uso de parte da vazão da água residuária ou água de qualidade

inferior diluída com água de padrão superior, visando atender o balanço de massa do

processo;

56

ANEXO I

Comunicado SABESP 04/09:

Tabela de Taxas de Cobrança de Água e Esgoto

57

COMUNICADO - 04/09

A COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP, nos termos da Deliberação ARSESP – 82, de 11 de agosto de 2009, publicada no Diário Oficial do Estado em 12 de agosto de 2009 e do artigo 28 do Regulamento do Sistema Tarifário, aprovado pelo Decreto Estadual no 41.446, de 16 de dezembro de 1996, comunica que as Tarifas e demais condições que vigorarão a partir de 11 de setembro de 2009, serão as seguintes: 1 - ÍNDICE DE REAJUSTE

Conforme Deliberação ARSESP – 82, de 11 de agosto de 2008, o índice de reajuste tarifário aprovado é de 4,43% (quatro vírgula quarenta e três por cento) aplicado linearmente sobre as tarifas. O reajuste mencionado não se aplica aos municípios de São Bernardo do Campo e Lins, prevalecendo para estes, as tarifas e demais condições publicadas em Comunicados próprios.

2 - FORNECIMENTO DE ÁGUA E/OU COLETA DE ESGOTOS: 2.1 - Diretoria Metropolitana: 2.1.1 - MC, ML (inclui o município de Guararema), MN (exceto para os municípios de Bragança

Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Socorro e Vargem), MO e MS (exceto São Bernardo do Campo).

Tarifas dos serviços de fornecimento de água e/ou coleta de esgotos:

Classes de consumo m3/mês

Tarifas de água - R$

Tarifas de esgoto - R$

Residencial / Social (i) 0 a 10 4,62 /mês 4,62 /mês 11 a 20 0,80 / m3 0,80 / m3

21 a 30 2,82 / m3 2,82 / m3

31 a 50 4,03 / m3 4,03 / m3

acima de 50 4,45 / m3 4,45 / m3

Residencial / Favelas 0 a 10 3,53 /mês 3,53 /mês 11 a 20 0,40 / m3 0,40 / m3

21 a 30 1,33 / m3 1,33 / m3

31 a 50 4,03 / m3 4,03 / m3

acima de 50 4,45 / m3 4,45 / m3

Residencial / Normal 0 a 10 13,64 /mês 13,64 /mês 11 a 20 2,13 / m3 2,13 / m3

21 a 50 5,32 / m3 5,32 / m3

acima de 50 5,86 / m3 5,86 / m3

Comercial / Entidade de Assistência Social (ii) 0 a 10 13,69 /mês 13,69 /mês 11 a 20 2,67 / m3 2,67 / m3

21 a 50 5,13 / m3 5,13 / m3

acima de 50 5,31 / m3 5,31 / m3

Comercial / Normal 0 a 10 27,37 /mês 27,37 /mês 11 a 20 5,32 / m3 5,32 / m3

1 - 13

21 a 50 10,21 / m3 10,21 / m3

acima de 50 10,63 / m3 10,63 / m3

Industrial 0 a 10 27,37 /mês 27,37 /mês 11 a 20 5,32 / m3 5,32 / m3

21 a 50 10,21 / m3 10,21 / m3

acima de 50 10,63 / m3 10,63 / m3

Pública com Contrato (iii) 0 a 10 20,52 /mês 20,52 /mês 11 a 20 3,99 / m3 3,99 / m3

21 a 50 7,67 / m3 7,67 / m3

acima de 50 7,97 / m3 7,97 / m3

Pública sem Contrato 0 a 10 27,37 /mês 27,37 /mês 11 a 20 5,32 / m3 5,32 / m3

21 a 50 10,21 / m3 10,21 / m3

acima de 50 10,63 / m3 10,63 / m3

2.1.2 - Tarifas dos serviços de fornecimento de água e/ou coleta de esgotos para os seguintes municípios da MN: Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Socorro e Vargem.

Classes de consumo m3/mês

Tarifas de água - R$

Tarifas de esgoto - R$

Residencial / Social (i) 0 a 10 4,62 /mês 3,70 /mês 11 a 20 0,72 / m3 0,58 / m3

21 a 30 1,57 / m3 1,24 / m3

31 a 50 2,22 / m3 1,79 / m3

acima de 50 2,65 / m3 2,12 / m3

Residencial / Normal 0 a 10 13,64 /mês 10,92 /mês 11 a 20 1,90 / m3 1,50 / m3

21 a 50 2,92 / m3 2,33 / m3

acima de 50 3,49 / m3 2,78 / m3

Comercial / Entidade de Assistência Social (ii) 0 a 10 13,69 /mês 10,94 /mês 11 a 20 1,63 / m3 1,29 / m3

21 a 50 2,64 / m3 2,11 / m3

acima de 50 3,08 / m3 2,46 / m3

Comercial / Normal 0 a 10 27,37 /mês 21,89 /mês 11 a 20 3,24 / m3 2,57 / m3

21 a 50 5,23 / m3 4,18 / m3

acima de 50 6,14 / m3 4,91 / m3

Industrial 0 a 10 27,37 /mês 21,89 /mês 11 a 20 3,24 / m3 2,57 / m3

21 a 50 5,23 / m3 4,18 / m3

acima de 50 6,14 / m3 4,91 / m3

2 - 13

Pública com Contrato (iii) 0 a 10 20,52 /mês 16,41 /mês 11 a 20 2,42 / m3 1,94 / m3

21 a 50 3,93 / m3 3,13 / m3

acima de 50 4,59 / m3 3,69 / m3

Pública sem Contrato 0 a 10 27,37 /mês 21,89 /mês 11 a 20 3,24 / m3 2,57 / m3

21 a 50 5,23 / m3 4,18 / m3

acima de 50 6,14 / m3 4,91 / m3

2. 2 - Diretoria de Sistemas Regionais: 2.2.1 - RR (exceto para os municípios de: Apiaí, Barra do Chapéu, Itaóca, Itapirapuã Paulista e

Ribeira). Tarifas dos serviços de fornecimento de água e/ou coleta de esgotos:

Classes de consumo m3/mês

Tarifas de água - R$

Tarifas de esgoto - R$

Residencial / Social (i) 0 a 10 4,62 /mês 4,62 /mês 11 a 20 0,72 / m3 0,72 / m3

21 a 30 1,57 / m3 1,57 / m3

31 a 50 2,22 / m3 2,22 / m3

acima de 50 2,65 / m3 2,65 / m3

Residencial / Normal 0 a 10 13,64 /mês 13,64 /mês 11 a 20 1,90 / m3 1,90 / m3

21 a 50 2,92 / m3 2,92 / m3

acima de 50 3,49 / m3 3,49 / m3

Comercial / Entidade de Assistência Social (ii) 0 a 10 13,69 /mês 13,69 /mês 11 a 20 1,63 / m3 1,63 / m3

21 a 50 2,75 / m3 2,75 / m3

acima de 50 3,48 / m3 3,48 / m3

Comercial / Normal 0 a 10 27,37 /mês 27,37 /mês 11 a 20 3,24 / m3 3,24 / m3

21 a 50 5,46 / m3 5,46 / m3

acima de 50 6,93 / m3 6,93 / m3

Industrial 0 a 10 27,37 /mês 27,37 /mês 11 a 20 3,24 / m3 3,24 / m3

21 a 50 5,46 / m3 5,46 / m3

acima de 50 6,93 / m3 6,93 / m3

Pública com Contrato (iii) 0 a 10 20,52 /mês 20,52 /mês 11 a 20 2,42/ m3 2,42/ m3

21 a 50 4,11 / m3 4,11 / m3

acima de 50 5,21 / m3 5,21 / m3

3 - 13

0 a 10 27,37 /mês 27,37 /mês 11 a 20 3,24 / m3 3,24 / m3 21 a 50 5,46 / m3 5,46 / m3 acima de 50 6,93 / m3 6,93 / m3

2.2.2 - RS e RN. Tarifas dos serviços de fornecimento de água e/ou coleta de esgotos:

Classes de consumo m3/mês

Tarifas de água - R$

Tarifas de esgoto - R$

Residencial / Social (i) 0 a 10 4,62 /mês 4,62 /mês 11 a 20 0,72 / m3 0,72 / m3

21 a 30 1,34 / m3 1,34 / m3

31 a 50 1,92 / m3 1,92 / m3

acima de 50 2,59 / m3 2,59 / m3

Residencial / Normal 0 a 10 13,64 /mês 13,64 /mês 11 a 20 1,90 / m3 1,90 / m3

21 a 50 2,53 / m3 2,53 / m3

acima de 50 3,41 / m3 3,41 / m3

Comercial / Entidade de Assistência Social (ii) 0 a 10 13,69 /mês 13,69 /mês 11 a 20 1,79 / m3 1,79 / m3

21 a 50 3,92 / m3 3,92 / m3

acima de 50 4,21 / m3 4,21 / m3

Comercial / Normal 0 a 10 27,37 /mês 27,37 /mês 11 a 20 3,58 / m3 3,58 / m3

21 a 50 7,79 / m3 7,79 / m3

acima de 50 8,41 / m3 8,41 / m3

Industrial 0 a 10 27,37 /mês 27,37 /mês 11 a 20 3,58 / m3 3,58 / m3

21 a 50 7,79 / m3 7,79 / m3

acima de 50 8,41 / m3 8,41 / m3

Pública com Contrato (iii) 0 a 10 20,52 /mês 20,52 /mês 11 a 20 2,68 / m3 2,68 / m3

21 a 50 5,84 / m3 5,84 / m3

acima de 50 6,31 / m3 6,31 / m3

Pública sem Contrato 0 a 10 27,37 /mês 27,37 /mês 11 a 20 3,58 / m3 3,58 / m3

21 a 50 7,79 / m3 7,79 / m3

acima de 50 8,41 / m3 8,41 / m3

Fornecimento especial a embarcações: RS: R$ 9,54 /m³ RN: R$ 14,64 /m³

4 - 13

2.2.3 - RA, RB, RG, RJ, RM, RR (municípios de: Apiaí, Barra do Chapéu, Itaóca, Itapirapuã Paulista e Ribeira) e RT (exceto município de Lins).

Tarifas dos serviços de fornecimento de água e/ou coleta de esgotos:

Classes de consumo m3/mês

Tarifas de água - R$

Tarifas de esgoto - R$

Residencial / Social (i) 0 a 10 4,62 /mês 3,70 /mês 11 a 20 0,72 / m3 0,58 / m3

21 a 30 1,57 / m3 1,24 / m3

31 a 50 2,22 / m3 1,79 / m3

acima de 50 2,65 / m3 2,12 / m3

Residencial / Normal 0 a 10 13,64 /mês 10,92 /mês 11 a 20 1,90 / m3 1,50 / m3

21 a 50 2,92 / m3 2,33 / m3

acima de 50 3,49 / m3 2,78 / m3

Comercial / Entidade de Assistência Social (ii) 0 a 10 13,69 /mês 10,94 /mês 11 a 20 1,63 / m3 1,29 / m3

21 a 50 2,64 / m3 2,11 / m3

acima de 50 3,08 / m3 2,46 / m3

Comercial / Normal 0 a 10 27,37 /mês 21,89 /mês 11 a 20 3,24 / m3 2,57 / m3

21 a 50 5,23 / m3 4,18 / m3

acima de 50 6,14 / m3 4,91 / m3

Industrial 0 a 10 27,37 /mês 21,89 /mês 11 a 20 3,24 / m3 2,57 / m3

21 a 50 5,23 / m3 4,18 / m3

acima de 50 6,14 / m3 4,91 / m3

Pública com Contrato (iii) 0 a 10 20,52 /mês 16,41 /mês 11 a 20 2,42 / m3 1,94 / m3

21 a 50 3,93 / m3 3,13 / m3

acima de 50 4,59 / m3 3,69 / m3

Pública sem Contrato 0 a 10 27,37 /mês 21,89 /mês 11 a 20 3,24 / m3 2,57 / m3

21 a 50 5,23 / m3 4,18 / m3

acima de 50 6,14 / m3 4,91 / m3

2.2.4 - RV (exceto município de Guararema). Tarifas dos serviços de fornecimento de água e/ou coleta de esgotos:

Classes de consumo m3/mês

Tarifas de água - R$

Tarifas de esgoto - R$

Residencial / Social (i) 0 a 10 4,62 /mês 3,70 /mês

5 - 13

11 a 20 0,72 / m3 0,58 / m3

21 a 30 1,57 / m3 1,24 / m3

31 a 50 2,22 / m3 1,79 / m3 acima de 50 2,65 / m3 2,12 / m3 Residencial / Normal 0 a 10 13,64 /mês 10,92 /mês 11 a 20 1,90 / m3 1,50 / m3

21 a 50 2,92 / m3 2,33 / m3

acima de 50 3,49 / m3 2,78 / m3

Comercial / Entidade de Assistência Social (ii) 0 a 10 13,69 /mês 10,94 /mês 11 a 20 1,63 / m3 1,29 / m3

21 a 50 2,72 / m3 2,17 / m3

acima de 50 3,40 / m3 2,74 / m3

Comercial / Normal 0 a 10 27,37 /mês 21,89 /mês 11 a 20 3,24 / m3 2,57 / m3

21 a 50 5,41 / m3 4,32 / m3

acima de 50 6,83 / m3 5,45 / m3

Industrial 0 a 10 27,37 /mês 21,89 /mês 11 a 20 3,24 / m3 2,57 / m3

21 a 50 5,41 / m3 4,32 / m3

acima de 50 6,83 / m3 5,45 / m3

Pública com Contrato (iii) 0 a 10 20,52 /mês 16,41 /mês 11 a 20 2,42 / m3 1,94 / m3

21 a 50 4,05 / m3 3,26 / m3

acima de 50 5,14 / m3 4,11 / m3

Pública sem Contrato 0 a 10 27,37 /mês 21,89 /mês 11 a 20 3,24 / m3 2,57 / m3

21 a 50 5,41 / m3 4,32 / m3

acima de 50 6,83 / m3 5,45 / m3

2.3 - As tarifas residenciais dos serviços de fornecimento de água e/ou coleta de esgotos serão

aplicadas, cumulativamente, por economia.

2.4 - NOTAS (i) Categoria Residencial Social:

A - Critérios: Terá direito a pagar a Tarifa Residencial Social, o cliente que, mediante avaliação pelas áreas comerciais da SABESP, realizada com base em instruções normativas da Companhia, atenda aos seguintes critérios: A1) Residência Unifamiliar:

O cliente deverá ter: renda familiar de até 3 salários mínimos, ser morador de habitação sub-normal com área útil construída de 60m² e ser consumidor monofásico de energia elétrica com consumo de até 170 kWh/mês;

Ou

6 - 13

Estar desempregado, sendo que o último salário seja de no máximo 3 (três) salários mínimos, neste caso o tempo máximo será de 12 meses, não podendo ser renovado.

A2) Habitação Coletiva: As habitações consideradas sociais, como cortiços e as verticalizadas, tais como Unidade Social Verticalizada resultante do processo de urbanização de favelas, deverão ser cadastradas na tarifa social.

B - Parâmetros: B1) Para ser cadastrado o cliente deverá estar adimplente com a SABESP. Caso estiver

inadimplente, deverá efetuar acordo para pagamento dos débitos. B2) Os clientes deverão, a cada 24 meses, comprovar o enquadramento na tarifa social,

sob pena de descadastramento automático para os que não comprovarem ou não atingirem as condições estabelecidas para a renovação do cadastramento.

B3) Os clientes cujas ligações acusarem fraude de qualquer natureza perderão o cadastramento nesta tarifa, além de sofrerem as sanções já previstas nas normas da empresa.

B4) Procedimento: Assinar Termo de Compromisso e anexar documentos de comprovação de renda (hollerith), área útil do imóvel (IPTU do exercício), e de consumo de energia elétrica (conta de energia atual).

(ii) Categoria Comercial / Entidade de Assistência Social: O enquadramento como Entidade de Assistência Social nos requisitos e critérios abaixo dependerá de avaliação e aprovação das áreas comerciais da SABESP, atendendo as instruções normativas da Companhia.

A SABESP considera como Entidades de Assistência Social aquelas que prestam serviços / atividades de:

Atendimento a criança e ao adolescente. Abrigo para crianças e adolescentes. Atendimento a pessoa portadora de deficiência. Atendimento ao idoso. Atendimento a pessoa portadora de doença em geral: Santas Casas de Misericórdia, casas de saúde, ambulatórios e hospitais assistenciais. Albergues. Comunidades terapêuticas – atendimento ao dependente químico. Casa de apoio e/ou abrigo que oferece ao paciente, portador de doença em geral, continuidade de tratamento. Programas de alimentação cadastrados nos governos federal, estadual ou municipal.

Que atendam aos seguintes critérios:

Estar adimplente quando da assinatura do contrato; Manter o pagamento em dia com a SABESP; e Apresentar as certificações e demais documentos de acordo com os procedimentos normativos da Companhia.

(iii) Categoria Pública com Contrato: Pertencem a esta categoria as Secretarias de Estado e as Prefeituras que assinarem contrato com a SABESP e que atendam aos seguintes itens:

Estarem adimplentes quando da assinatura do contrato; e Manterem o pagamento em dia com a SABESP; e Aderirem ao Programa de Uso Racional de Água - PURA.

7 - 13

3 - FORNECIMENTO ESPECIAL DE ÁGUA ATRAVÉS DE CARROS TANQUE:

3.1 - Transporte não realizado pela SABESP R$ 21,70/m3

3.2 - Transporte realizado pela SABESP R$ 53,27/m3

4 - FORNECIMENTO DE ÁGUA POR ATACADO E TRATAMENTO DE ESGOTOS PARA MUNICÍPIOS PERMISSIONÁRIOS:

4.1 - Tarifas de fornecimento de água por atacado e de tratamento de esgotos, por 1.000 m³, para municípios permissionários da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP:

Tarifa (R$ / 1000 m³) MUNICÍPIOS Forn. Água Trat. Esgotos

Diadema 1.196,75 771,04 Guarulhos 1.196,75 771,04 Mauá 1.196,75 771,04 Mogi das Cruzes 1.196,75 771,04 Santo André 1.196,75 771,04 São Caetano do Sul 1.196,75 771,04

5 - PARA FORNECIMENTO DE ÁGUA E/OU COLETA DE ESGOTOS

COM CONTRATO DE DEMANDA FIRME: Nos termos do Artigo 2° do Regulamento do Sistema Tarifário a que se refere o Decreto n° 41.446, de 16 de dezembro de 1996, comunicamos que as tarifas diferenciadas para clientes classificados nas categorias de uso COMERCIAL e INDUSTRIAL, com contrato de demanda firme, terão seus valores alterados conforme segue: 5.1 - Diretoria Metropolitana: 5.1.1 - MC, ML, MN (exceto Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedra Bela,

Pinhalzinho, Piracaia, Socorro e Vargem), MO e MS. Tarifas dos serviços de água e coleta de esgotos:

Volume da demanda contratada m3/mês

Tarifas de água R$/m3

Tarifas de esgoto R$/m3

3.000 a 10.000 7,84 7,84 10.001 a 20.000 7,36 7,36 20.001 a 30.000 6,87 6,87 30.001 a 40.000 6,38 6,38 acima de 40.000 5,87 5,87

5.2 - Diretoria de Sistemas Regionais: 5.2.1 - RN, RR e RS. Tarifas dos serviços de água e coleta de esgotos:

Volume da demanda contratada m3/mês

Tarifas de água R$/m3

Tarifas de esgoto R$/m3

3.000 a 10.000 6,20 6,20 10.001 a 20.000 5,83 5,83 20.001 a 30.000 5,43 5,43 30.001 a 40.000 5,04 5,04 acima de 40.000 4,66 4,66

8 - 13

5.2.2 – MN (para Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Socorro e Vargem), RA, RB, RG, RJ, RM, RT e RV.

Tarifas dos serviços de água e coleta de esgotos:

Volume da demanda contratada m3/mês

Tarifas de água R$/m3

Tarifas de esgoto R$/m3

3.000 a 10.000 4,53 4,53 10.001 a 20.000 4,24 4,24 20.001 a 30.000 3,96 3,96 30.001 a 40.000 3,69 3,69 acima de 40.000 3,39 3,39

5.3 - CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE: a) As tarifas diferenciadas aplicam-se somente por meio de formalização de contrato de demanda

firme de no mínimo 3.000 m³/mês (três mil metros cúbicos), entre a SABESP e o cliente interessado, por um período mínimo de 1 (um) ano, renovável automaticamente.

b) Nos imóveis das ligações constantes do contrato, o cliente deverá utilizar exclusivamente os serviços de fornecimento de água da SABESP.

c) O cliente deverá utilizar nos imóveis das ligações constantes no contrato, exclusivamente, os serviços de coleta de esgotos não domésticos da SABESP, quando disponíveis.

d) Para os imóveis das ligações constantes no contrato, o cliente deve estar adimplente com a SABESP, na data de assinatura do contrato e durante sua vigência.

e) Após a assinatura do contrato, a ligação que estiver inadimplente perderá o benefício da tarifa contratada.

f) Para as ligações constantes no contrato, não poderá haver sobreposição de benefícios em relação às tarifas praticadas.

g) Todas as ligações constantes no contrato devem estar preferencialmente em débito automático. 5.4 - NOTAS: O valor faturado será, no mínimo, o volume contratado, mais o volume que vier a ser consumido acima da demanda firme, aplicando-se a esses volumes a tarifa do contrato. O cliente que ocupa vários imóveis nas cidades operadas pela SABESP poderá ter os consumos individuais somados para elegibilidade nos critérios deste comunicado. O cliente com imóveis localizados em mais de uma região terá o valor da tarifa contratual definido com base na ponderação de tarifas, de acordo com os volumes consumidos em cada uma das regiões. Observadas estas condições, o cliente deve entrar em contato com a unidade da SABESP que o atende, para mais informações quanto à sua aplicabilidade. Estas tarifas passam a vigorar a partir do 1º dia do mês subseqüente à data da assinatura do contrato e serão reajustadas atendendo a legislação que regulamenta o sistema tarifário da SABESP na data de suas publicações na Imprensa Oficial do Estado. 6 - RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES ATRAVÉS DE CONTRATOS DE PROGRAMA: As referências para os benefícios tarifários para a Categoria de Uso Pública esfera Municipal são as tarifas iguais às oferecidas à categoria Comercial / Entidade de Assistência Social e que corresponde a 50% das tarifas da categoria Pública sem Contrato. Os municípios a seguir relacionados com população de até 30 mil habitantes e com metade ou mais, classificadas segundo o grau de vulnerabilidade social pelo Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – IPVS 5 e 6, da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE obtidos a partir da análise dos dados do Censo 2000, e que celebraram Contrato de

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Programa com a SABESP passam a contar com benefícios tarifários ampliados, conforme instruções normativas da Companhia, para a Categoria de Uso Pública esfera Municipal. 6.1. MUNICÍPIOS COM CONTRATOS DE PROGRAMA ASSINADOS RELACIONADOS A CADA UNIDADE DE NEGÓCIO DA DIRETORIA DE SISTEMAS REGIONAIS: 6.1.1. Municípios com benefícios tarifários para a Categoria de Uso Pública esfera Municipal concedidos no Comunicado 02/08 mantidos neste Comunicado: RA - Unidade de Negócio Alto Paranapanema: Barão de Antonina, Coronel Macedo, Itaberá, Itaporanga e Taguaí. RB - Unidade de Negócio Baixo Paranapanema: Alfredo Marcondes, Arco Íris, Borá, Lutécia, Maracaí, Mariápolis, Ribeirão dos Índios, Sagres e Santo Expedito. RM - Unidade de Negócio Médio Tietê: Anhembi, Arealva e Bocaina. RT - Unidade de Negócio Baixo Tietê e Grande: Alto Alegre, Aspásia, Balbinos, Cardoso, Dirce Reis, Dolcinópolis, Guarani d’Oeste, Marinópolis, Mesópolis, Mira Estrela, Nova Canaã Paulista, Ouroeste, Palmeira d’Oeste, Paranapuã, Paulo de Faria, Pedranópolis, Planalto, Poloni, Pontalinda, Pontes Gestal, Populina, Rubiácea, Rubinéia, Santa Albertina, Santa Clara d’Oeste, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, São Francisco, São João das Duas Pontes, Sebastianópolis do Sul, Turmalina, União Paulista, Urânia e Vitória Brasil. 6.1.2. Municípios com benefícios tarifários para a Categoria de Uso Pública esfera Municipal concedidos no Comunicado 03/08 mantidos neste Comunicado: RA - Unidade de Negócio Alto Paranapanema: Alvilândia, Campina do Monte Alegre, Fartura, Fernão, Guapiara, Guareí, Óleo, Pilar do Sul, Ribeirão Grande, Riversul, Sarapuí, Sarutaiá, Taquarivaí e Ubirajara. RB - Unidade de Negócio Baixo Paranapanema: Álvares Machado, Anhumas, Caiabú, Cruzália, Echaporã, Emilianópolis, Estrela do Norte, Euclides da Cunha Paulista, Florínea, Gabriel Monteiro, Inúbia Paulista, Luiziânia, Mirante do Paranapanema, Narandiba, Piacatu, Piquerobi, Pracinha, Presidente Bernardes, Queiroz, Regente Feijó, Salmourão, Santa Mercedes, Tarabaí e Teodoro Sampaio. RG – Unidade de Negócio Pardo e Grande: Águas da Prata, Buritizal, Cássia dos Coqueiros, Divinolândia, Ribeirão Corrente, Rifaina, Santo Antônio do Jardim e Serra Azul. RJ – Unidade de Negócio Capivari/Jundiaí: Jarinu, Mombuca e Morungaba. RM - Unidade de Negócio Médio Tietê: Araçariguama, Capela do Alto e Porangaba. RR – Unidade de Negócio Vale do Ribeira: Cananéia, Eldorado e Itaóca. RT - Unidade de Negócio Baixo Tietê e Grande: Aparecida d’Oeste, Coroados, Floreal, Guzolândia, Lourdes, Nhandeara, Nova Luzitânia, Riolândia, Três Fronteiras e Valentim Gentil. RV – Unidade de Negócio Vale do Paraíba: Jambeiro, Monteiro Lobato, São Bento do Sapucaí e Silveiras. 6.1.3. Municípios com benefícios tarifários para a Categoria de Uso Pública esfera Municipal concedidos no Comunicado 04/08 mantidos neste Comunicado: RG – Unidade de Negócio Pardo e Grande: Jeriquara e Pedregulho. RR – Unidade de Negócio Vale do Ribeira: Miracatu. RV – Unidade de Negócio Vale do Paraíba: Bananal, Igaratá e Lagoinha.

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6.1.4. Municípios com benefícios tarifários para a Categoria de Uso Pública esfera Municipal concedidos no Comunicado 01/09 mantidos neste Comunicado: RT – Unidade de Negócio Baixo Tietê e Grande: Indiaporã e Turiúba. 6.1.5. Municípios com benefícios tarifários para a Categoria de Uso Pública esfera Municipal concedidos no Comunicado 03/09 mantidos neste Comunicado: RR – Unidade de Negócio Vale do Ribeira: Itapirapuã Paulista, Itariri e Sete Barras. 6.1.6. Município com benefício tarifário para a Categoria de Uso Pública esfera Municipal acrescentado por este Comunicado: RB – Unidade de Negócio Baixo Paranapanema: Santo Anastácio. 6.2. - NOTA: Categoria Pública Municipal com Contrato de Programa: Tarifa Pública com Contrato de Programa a ser disponibilizada à esfera de governo municipal, em todos os municípios operados pela SABESP, com contrato de programa firmado, população de até 30 mil habitantes, IPVS 5 e 6 maior ou igual a 50% e que atendam aos seguintes critérios: a) Estar adimplente quando da assinatura do contrato. b) Manter o pagamento em dia com a SABESP. 7 - CONCEITO DE ADIMPLENTE: Não possuir débitos em aberto e vencidos com a SABESP. 8 - MUNICÍPIOS RELACIONADOS A CADA UNIDADE DE NEGÓCIO: Diretoria Metropolitana: MC – Unidade de Negócio Centro: São Paulo. MN - Unidade de Negócio Norte: São Paulo, Bragança Paulista, Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha, Joanópolis, Mairiporã, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Socorro e Vargem. MS - Unidade de Negócio Sul: São Paulo, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Bernardo do Campo. ML - Unidade de Negócio Leste: São Paulo, Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá, Salesópolis e Suzano. MO - Unidade de Negócio Oeste: São Paulo, Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista. Diretoria de Sistemas Regionais: RS - Unidade de Negócio Baixada Santista: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. RN - Unidade de Negócio Litoral Norte:

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Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba. RR - Unidade de Negócio Vale do Ribeira: Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaóca, Itapirapuã Paulista, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Juquitiba, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira, São Lourenço da Serra, Sete Barras e Tapiraí. RA - Unidade de Negócio Alto Paranapanema: Águas de Santa Bárbara, Alambari, Alvinlândia, Angatuba, Arandu, Avaré, Barão de Antonina, Bernardino de Campos, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Coronel Macedo, Duartina, Espírito Santo do Turvo, Fartura, Fernão, Gália, Guapiara, Guareí, Iaras, Itaberá, Itaí, Itapetininga, Itapeva, Itaporanga, Itararé, Lucianópolis, Lupércio, Nova Campina, Óleo, Paranapanema, Paulistânia, Pilar do Sul, Piraju, Ribeirão Branco, Ribeirão do Sul, Ribeirão Grande, Riversul, Santa Cruz do Rio Pardo, São Miguel Arcanjo, Sarapuí, Sarutaiá, Taguaí, Taquarituba, Taquarivaí, Timburi e Ubirajara.

RB - Unidade de Negócio Baixo Paranapanema: Adamantina, Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Álvaro de Carvalho, Anhumas, Arco Íris, Assis, Bastos, Borá, Caiabu, Cruzália, Echaporã, Emilianópolis, Estrela do Norte, Euclides da Cunha Paulista, Flora Rica, Flórida Paulista, Florínea, Gabriel Monteiro, Iacri, Inúbia Paulista, Lucélia, Luiziânia, Lutécia, Marabá Paulista, Maracaí, Mariápolis, Mirante do Paranapanema, Narandiba, Nova Guataporanga, Oriente, Oscar Bressane, Osvaldo Cruz, Parapuã, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas Paulista, Piacatu, Piquerobi, Pirapózinho, Platina, Pracinha, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Quatá, Queiróz, Quintana, Regente Feijó, Ribeirão dos Índios, Rosana, Sagres, Salmourão, Sandovalina, Santa Mercedes, Santo Anastácio, Santo Expedito, Santópolis do Aguapeí, Taciba, Tarabaí, Tarumã, Teodoro Sampaio e Tupã. RG - Unidade de Negócio Pardo e Grande: Águas da Prata, Altair, Buritizal, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Colômbia, Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Franca, Guariba, Icém, Igarapava, Itirapuã, Itobi, Jaborandi, Jeriquara, Miguelópolis, Mocóca, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Rifaina, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa do Viterbo, Santo Antonio do Jardim, São João da Boa Vista, Serra Azul, Serra Negra e Terra Roxa.

RJ – Unidade de Negócio Capivari/Jundiaí: Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Elias Fausto, Hortolândia, Itatiba, Itupeva, Jarinú, Mombuca, Monte Mor, Morungaba, Paulínia e Várzea Paulista. RM - Unidade de Negócio Médio Tietê: Águas de São Pedro, Agudos, Alumínio, Anhembi, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Arealva, Areiópolis, Bocaina, Bofete, Boituva, Boracéia, Botucatu, Capela do Alto, Cesário Lange, Charqueada, Conchas, Dourado, Ibiúna, Iperó, Itatinga, Laranjal Paulista, Macatuba, Pardinho, Pederneiras, Piedade, Porangaba, Pratânia, Quadra, Salto de Pirapora, Santa Maria da Serra, São Manuel, São Roque, Tatuí e Torre de Pedra. RT - Unidade de Negócio Baixo Tietê e Grande: Adolfo, Alto Alegre, Álvares Florence, Aparecida d’Oeste, Aspásia, Auriflama, Avaí, Balbinos, Bento de Abreu, Brejo Alegre, Cajobi, Cândido Rodrigues, Cardoso, Catiguá, Coroados, Dirce Reis, Dolcinópolis, Embaúba, Estrela d’Oeste, Fernando Prestes, Fernandópolis, Floreal, Gastão Vidigal, General Salgado, Guarani d’Oeste, Guzolândia, Ibirá, Indiaporã, Irapuã, Jales, Lins, Lourdes, Macedônia, Marinópolis, Meridiano, Mesópolis, Mira Estrela, Monções, Monte Alto, Monte Aprazível, Nhandeara, Nipoã, Nova Canaã Paulista, Nova Granada, Nova Luzitânia, Novo Horizonte, Onda Verde, Orindiúva, Ouroeste, Palmares Paulista, Palmeira d’Oeste, Paranapuã,

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Paulo de Faria, Pedranópolis, Piratininga, Planalto, Poloni, Pongaí, Pontalinda, Pontes Gestal, Populina, Presidente Alves, Riolândia, Rubiácea, Rubinéia, Santa Albertina, Santa Clara d’Oeste, Santa Ernestina, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, São Francisco, São João das Duas Pontes, Sebastianópolis do Sul, Sud Menucci, Três Fronteiras, Turiúba, Turmalina, União Paulista, Urânia, Uru, Valentim Gentil, Vitória Brasil e Zacarias. RV - Unidade de Negócio Vale do Paraíba: Arapeí, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Canas, Guararema, Igaratá, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Monteiro Lobato, Pindamonhangaba, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santo Antonio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José dos Campos, São Luiz do Paraitinga, Silveiras, Taubaté e Tremembé.

São Paulo, 13 de agosto de 2009. A Diretoria

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