UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL … · 7 Análise Crítica 19 8 Bibliografia 20 9...
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"UFRGSFACULDADE DE
AGRONOMIA
UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO GRANDE DO SUL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE AGRONOMIA
AGR 99003 - ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO
RICARDO BENETTI ELLWANGER
2933/00-5
ESTÂNCIA SÃO FERNANDO
AGRREL2007-005
Porto Alegre, Julho de 2007.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE AGRONOMIA
AGR 99003 - ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO
Ricardo Benetti Ellwanger
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR
OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO
Orientador de estágio: Eng. Agr. João Souza Cavalcanti
Tutor de estágio: Prot. Harold Ospina Patino
Aprovado pela COMISSÃO DE ESTÁGIOS:
Maria Jane Cruz de Melo Sereno - Depto. de Plantas de Lavoura (Coordenadora)
Mari Bernardi - Depto. de Zootecnia
Beatriz Fedrizzi - Depto. de Horticultura e Silvicultura
Elemar Antonio Casso I - Depto. de Solos
Josué Sant' Ana - Depto. de Fitossanidade
Lúcia Brandão Franke - Depto. de Plantas Forrageiras e Agrometeorologia
Porto Alegre, Julho de 2007.
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AGRADECIMENTOS
Gostaria primeiramente de agradecer ao Eng. Agr. João Souza Cavalcanti pela
oportunidade da realização de um estágio de qualidade e pelos ensinamentos do dia-
a-dia do campo.
Ao amigo Fernando Preis Cavalcanti pela amizade e apoio durante faculdade e
também durante o período do estágio, assim como a todos os amigos que sempre
estiveram do meu lado me apoiando.
Aos funcionários da estância São Fernando, pela paciência e dedicação na
realização das tarefas conferidas a mim durante esse período.
Ao professor, tutor e amigo Harold Ospina Patino, por aceitar ser o tutor desse
estágio.
Agradecimento especial a minha família pela dedicação e apoio durante todos
esses anos, na qual sempre prezaram por um ensino de qualidade.
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f--------------------APRESENTAÇÃO
Este relatório irá constar das diversas atividades realizadas na Estância São
Fernando, localizada no município de Quarai-RS, durante os meses de janeiro e
fevereiro de 2007, referente ao Estágio Curricular Obrigatório.
A estância tem como atividades o ciclo completo de bovinos das raças Hereford e
Braford além de ovinos da raça Merino Australiano.
A escolha desse estágio se deve ao meu interesse nesta área, além de ser uma
área que está muito relacionada às tradições gaúchas. Nele pude acompanhar a "lida
de campo" e realizar algumas atividades na qual foram de enorme importância os
conhecimentos adquiridos durante o período da graduação em Agronomia.
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~----------------,SUMÁRIO
Item Título Página1 Introdução 6
2 Descrição do meio físico e sócio-econômico de Quaraí 72.1 Localização Geográfica 72.2 Atividades Agropecuárias 72.3 Caracterização do clima 82.4 Caracterização dos Principais Solos da Região 8
3 Descrição da Instituição 93.1 Infra-Estrutura 9
4 Estado da arte 11
5 Atividades Realizadas no Estágio 125.1 Cabanha 125.2 Trabalho de Campo 135.3 Manejo Sanitário 135.3.1 Bovinos 135.3.2 Ovinos 145.4 Trabalho na Mangueira 145.4.1 Bem-Estar Animal 145.5 Manejo da Inseminação Artificial 155.5.1 Vacas 155.5.2 Ovelhas 155.6 Manejo das Pastagens Cultivadas 165.7 Manejo do Campo Nativo 175.8 Visita a outras Propriedades 17
6 Conclusões 18
7 Análise Crítica 19
8 Bibliografia 20
9 Apêndices 235
r
1. INTRODUÇÃO
A pecuária de corte foi a atividade escolhida para a realização do estágio, a qual
é uma atividade de tradição no Estado e por ser uma atividade na qual se tem uma
amplitude muito grande nas atividades que podem estar ligadas ao manejo de campo,
de alimentação, dos animais, etc.
O estágio foi realizado na Estância São Fernando, localizada no município de
Quarai, estado do Rio Grande do Sul, no período de 18 de dezembro de 2006 à 2 de
março de 2007, totalizando 400 horas de estágio.
O objetivo principal do estágio foi a familiarização com as atividades do campo
relacionadas à pecuária de corte, quanto aos seus manejos necessários para a boa
produção de um produto final.
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2. DESCRiÇÃO DO MEIO FíSICO E SÓCIO-ECONÔMICO DE QUARAí
2.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
A Estância São Fernando está localizada no município de Quaraí a
30022'47"S 56°27'36"W, na região fisiográfica denominada de "Campanha" situada
na fronteira sudoeste de Estado.
A propriedade tem acesso facilitado pela BR 290, sendo necessário a utilização
de acesso secundário para chegar até a propriedade, que fica localizada a
aproximadamente 80km do município de Alegrete.
Figura 1: Município de Quaraí Fonte: Wikipédia
2.2 ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS
A economia da região oeste é baseada na pecuária de corte, tendo como
principais categorias os bovinos e ovinos. Também é importante salientar a produção
de lã desta região.
O município de Quaraí tem um rebanho efetivo de bovinos de 284.570 cabeças, e
o rebanho ovino tem um rebanho efetivo de 166.653 cabeças (IBGE-2005).
7
p
Não menos importante na economia desta região, está a produção de arroz. Com
relação à produção de arroz com casca, esta totaliza uma produção de 63.189
toneladas em uma área de 11.180 hectares (IBGE-2005).
2.3 CARACTERIZAÇÃO DO CLIMA
o clima é Cfa, segundo classificação de Kõppen, com chuvas médias anuais de
1400 mm com déficit hídrico freqüente na estação de verão e temperatura média anual
de 20,2 -c.Nessa região do Estado ocorrem as mais intensas e extensas estiagens, como
mostram as séries históricas disponíveis de observações meteorológicas (Berlato,
1992). Além disso, no mês de dezembro os riscos de deficiência hídrica chegam a
60%, ou mais, em grande parte da região da Campanha (Leivas, 2006). A ocorrência
de geadas se dá entre os meses de abril a novembro, com maior incidência de junho a
agosto (Põtter, 2002).
2.4 CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS SOLOS DA REGIÃO
A propriedade localiza-se na região fisiográfica da Campanha, predominando
Neossolo Litólico eutrófico típico (Unidade de Mapeamento Pedregal) com manchas
de Vertissolo Ebânico órtico chernossólico (Unidade de Mapeamento Aceguá) e
Argissolo Vermelho distrófico arênico (Unidade de Mapeamento São Pedro). O relevo
é suavemente ondulado, sendo a declividade inferior a 5%, e ondulado, sendo a
declividade superior a 12%, caracterizado pela presença de coxilhas com afloramentos
de rochas. A altitude varia de 80 a 200 metros.
A vegetação predominante da propriedade é constituída por espécies prostradas
de boa qualidade forrageira, constituindo uma vegetação baixa. As espécies de verão
encontradas mais freqüentemente são Paspalum spp. e as de inverno flechillha (Stipa
spp. ) e desmódio (Desmodium incanum). Ocorre uma alta freqüência de capim-
caninha (Andropogon laterallis).
A presença de algumas invasoras indesejáveis se dá por pequenas manchas de
caraguatá (Eringium horridum) e a presença de mio-mio (Baccharis coridifolia),
carqueja (Baccharis trimera) e capim-annoni (Eragrostis plana) apenas nas estradas
caracterizam a fisionomia da propriedade.8
3. DESCRiÇÃO DA INSTITUiÇÃO
A propriedade, pertencente ao Engenheiro Agrônomo João Souza Cavalcanti
formado na UFRGS em 1964, foi herdada pelo atual proprietário, onde, aos poucos, foi
sendo adquirida pelo seu avô a partir da metade do século XIX e sempre foi destinada
à pecuária.
A Estância São Fernando localiza-se no município de Quaraí, com uma área de
aproximadamente 3800 hectares. A atividade principal é o ciclo completo de gado de
corte das raças Braford e Hereford. Há também a criação de ovinos Merino Australiano
em sistema completo para corte e lã, além da criação de cavalos Crioulos para lazer e
lida no campo.
A instituição preza pelo melhoramento de seu rebanho, utilizando a inseminação
artificial como sistema de acasalamento, com sêmen de animais de alto padrão
genético a fim de estar sempre melhorando a genética dos mesmos. Além do mais, é
feita a aquisição de animais de alto padrão genético, principalmente ovinos, para
serem utilizados no melhoramento do rebanho.
A instituição também se empenha no aperfeiçoamento de seus empregados, pois
além de estimular os empregados a estar continuamente se aperfeiçoando na
inseminação artificial, também foi feita uma parceria com uma empresa fornecedora de
medicamentos que serão utilizados na propriedade. Esta empresa realizou cursos dos
mais variados tópicos com os empregados, contribuindo com a boa formação destes.
3.1 INFRA-ESTRUTURA
A propriedade é bem equipada tendo um escritório central na cidade de Alegrete
além de outro escritório funcionando na sede da propriedade. Existem "postos" nos
extremos da propriedade onde residem partes dos empregados e assim mantendo um
controle otimizado desta. Todos os postos possuem telefone para facilitar a
comunicação interna.
Possui alojamento para os peões, casa para o capataz, galpões para máquinas e
equipamentos, galpão para armazenar insumos, mangueiras e banheiros espalhados,
facilitando o trabalho com os animais que se localizam mais distantes da sede, carro
para o gerente, baias para os animais da cabanha e cavalos.
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Em todos os potreiros existem abrigos com árvores para os animais, bebedouros
e cochos.
As estradas internas sofrem manutenção constante, facilitando o acesso à sede.
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-----------------4. ESTADO DA ARTE
o aumento da produtividade da pecuária de corte no Estado do Rio Grande do
Sul tem sido colocado como uma alternativa de melhoria do resultado econômico das
empresas dedicadas à atividade (POTTER et aI., 1998; FRIES e ALBUQUERQUE,
1999). Esse processo passa pela melhoria dos indicadores de reprodução e produção
do rebanho, congregando mudanças no nível tecnológico incorporado aos sistemas de
produção, principalmente manejo alimentar e sanitário dos rebanhos, no
melhoramento genético e a adequação de biotipos ao ambiente produtivo (LOBATO,
1995).As pastagens nativas ocupam 48% da área total do Estado, correspondente a
mais de 10,5 milhões de hectares (IBGE, 1996), abrangendo 75 diferentes tipos de
solos (Brasil, 1973), e fornecendo aproximadamente 90% da forragem utilizada pelos
rebanhos bovino e ovino (Bertol et aI., 1998). De acordo com Simeone & Lobato
(1996), os baixos índices de reconcepção obtidos nos rebanhos comerciais, associado
à elevada taxa de mortalidade, indicam que a lotação de uma cabeça por hectare, ou
ainda, da exigência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de 0,80
UAlha, média ano, não está adequado à real capacidade de suporte do campo nativo.
A adequação de carga em campo nativo (Moraes et aI. 1995), introdução e
manejo de pastagens de espécies temperadas para o aumento da produção hibernai
de forragem (Müller & Primo, 1986; Quadros & Maraschin, 1987; Albospino & Lobato,
1994; Moraes & Maraschin, 1993), de forrageiras de estação quente (Aita & Restle,
1999; Maraschin et aI. 1993), têm sido avaliadas com este objetivo. Porém, é iminuta a
avaliação do impacto da incorporação do conjunto de tecnologias no sistema de
produção de recria e engorda (Cezar et aI., 1996; Beretta, .1999; Põtter et aI., 1998,
2000).A inclusão de pastagens de milheto (Pennisetum americanum) e/ou a utilização
de suplementos (líquidos ou secos) à base de nitrogênio não protéico (NNP), dentro
de um sistema de produção, surgem como alternativas para garantir o desempenho
alvo em períodos críticos.
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Todos os bovinos são regularmente lavados e penteados para que possam
manter uma pelagem em boas condições. Durante esse processo também eram
aplicados sarnicidas e carrapaticidas.
5.2 TRABALHO DE CAMPO
Na propriedade, é prática regular de percorrer os potreiros para se manter o
controle do rebanho. Nessas camperiadas eram realizados os seguintes trabalhos:
• Contagem de animais
• Aparte de animais
• Transferência de lotes de potreiros
• Cura de animais
Nesses serviços, como em todos os outros, sempre se toma o cuidado para não
causar muito estresse nos animais, já que é uma prática realizada diariamente e pode
causar perdas de produção.
5.3 MANEJO SANITÁRIO
5.3.1 BOVINOS
No manejo sanitário dos bovinos, estes são colocados no tronco e ficam presos
pelo pescoço.
Os animais adultos receberam os seguintes tratamentos:
• Ivomec gold
• Aftosa
Os terneiros receberam os seguintes tratamentos:
• Ivomec
• Aftosa
• Leptospirose
• Terramicina
• Querato-conjuntivite
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5.3.2 OVINOS
Os ovinos foram tratados com Terramicina e com vermífugo, onde o trabalho
consistia na limpeza e tratamento dos ferimentos, lava-pés com formal e então após
isto, estes recebiam a terramicina e o vermífugo.
5.4 TRABALHO NA MANGUEIRA
Os trabalhos na mangueira são dos mais diversos tipos. Os ovinos eram levados
para a mangueira onde eram separados em lotes e era feito o "casqueio", e logo após,
os demais tratamentos que fossem necessários. Também eram separados os animais
para venda e os de consumo interno.
Quanto aos bovinos, estes eram escolhidos e separados os que tinham melhores
condições corporais para, então, serem pesados e vendidos.
5.4.1 BEM-ESTAR ANIMAL
Existem normas a serem seguidas no manejo dos animais, principalmente nas
mangueiras, as quais se refere ao bem-estar animal e serão abordadas a seguir:
• Uso de bandeiras (taquaras com saco na ponta) visando aumentar o
tamanho do braço do peão e, desta forma, facilitar a condução dos animais.
• Não bater e nem "cutucar" os animais com paus, ferrões e nem mesmo com
a bandeira.
• Não sacudir a bandeira, apenas guiar os animais com a mesma mostrando o
caminho que eles devem seguir.
• Não gritar e manter um ambiente de trabalho tranqüilo
• Não lotar as mangueiras, pois isso causa muito estresse além de causar
uma maior dificuldade para entrar na manga e manejá-los.
• Trabalhar com lotes pequenos pode dar mais trabalho, mas havendo um
fluxo continuo de animais como se fosse uma linha de montagem o trabalho
se torna menos estressante, além de evitar que as mangueiras se tornem
atoleiros devido aos dejetos e pisoteio.
• Não colocar mais animais do que suporta a lotação.
• Mostrar aos animais o caminho que gostaríamos que eles fizessem
• Somente em último caso usar cavalos e "cutucar" nos animais.
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___________ ~~ •••••••••••• _ ••••••• iiiõiiiiiO ••••••• iiiõiiiiiO •••••••••••••••••• __ ~ __ ••••
__ --..1---------------.Este trabalho abrange situações diversas do cotidiano no manejo com os
animais, indo desde a maneira de como se aproximar do animal, passando por não
haver violência nem gritos no trabalho de mangueira, no número de animais
embarcados por caminhão na ida para o abate, entre outros manejos buscando
sempre a racionalização do manejo e o bem estar-animal.
5.5 MANEJO DA INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
5.5.1 Vacas
Para a formação de lotes destinados à inseminação artificial, juntava-se todo o
lote de vacas da invernada e então eram retiradas as vacas que estavam
demonstrando cio. Estas eram identificadas por se deixarem ser montadas por outras.
Estas eram separadas em lotes e então eram levadas para serem inseminadas. Esta
operação era realizada diariamente, em período pré-estabelecido na qual elas
deveriam entrar no cio.O sêmen utilizado na inseminação era descongelado logo antes de se realizar a
inseminação, tomando sempre o cuidado com a temperatura deste a fim de se poder
manter a sua qualidade.
5.5.2 Ovelhas
Para separar os lotes que seriam destinados à inseminação, bisou-se rufiões cujo
peito era pintado a fim de que quando saltassem nas ovelhas, deixassem estas
marcadas. Após isso, as ovelhas marcadas eram retiradas dos seus lotes e levadas
para serem inseminadas.O sêmen utilizado na inseminação era coletado de animais da cabanha. Era feita
uma seleção dos machos, para as características que se estava querendo alcançar.
Os machos eram submetidos a um exame andrológico a fim de observar se o sêmen
tinha boa qualidade para ser usado na inseminação.
Todo o processo de seleção de animais bem como o da inseminação, era
acompanhado por um veterinário especializado. A inseminação era feita por peões
que foram treinados e selecionados para esse fim.
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Figura 2: Material de Inseminação utilizado
na Estância São Fernando.
Figura 3: Inseminação na Estância São Fernando
5.6 MANEJO DAS PASTAGENS CULTIVADAS
São feitas pequenas áreas de pastagens cultivadas, nas quais no verão são
plantados milheto e sorgo e no inverno são plantadas aveia e azevém. Estas
pastagens são destinadas aos animais que apresentam um baixo peso, a fim de
homogeneizar o plantei e também para os animais da cabanha. Três áreas pequenas
foram plantadas em início de dezembro, sendo duas com milheto e uma com sorgo.
As pastagens sofreram uma queda no seu desenvolvimento inicial devido a uma
seca que ocorreu próximo à semeadura. Porém o milheto após um período de chuva,
apresentou uma boa recuperação.
o sorgo, além de ter sofrido esse estresse hídrico, que causou um mau
desenvolvimento inicial e falha na germinação, após sofreu com o ataque da lagarta
do cartucho do milho(Spodoptera frugiperda) J.E. Smith, 1797(Lepdópera: Noctuidae)
Figura 4: Milheto na Estância São Fernando Figura 5: Sorgo na Estância São Fernado
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Uma outra área, semeada em início de fevereiro com milheto, apresentou-se com
um bom desenvolvimento inicial, visto que coincidiu com um período de boa
quantidade de chuva e de insolação.
Em todas as áreas foram colhidas amostras de solo, as quais foram enviadas para
o Laboratório de Análises de Solo da Faculdade de Agronomia - UFRGS. Todas as
correções necessárias quanto à adubação e correção de pH foram devidamente
realizadas conforme as necessidades apresentadas nos laudos de análise do solo.
5.7 MANEJO DO CAMPO NATIVO
Quanto ao campo nativo, este não é adubado e nem sofre roçadas para a
diminuição de algumas invasoras não desejáveis. É feito um ajuste de carga quando
este demonstra estar baixo, mantendo um bom índice de área foliar a fim de que este
possa ter uma boa recuperação e mantendo os níveis desejados de oferta de forragem
para a quantidade de animais do potreiro.
5.8 VISITAS A OUTRAS PROPRIEDADES
Foram realizadas visitas a outras propriedades deste mesmo proprietário, nas
quais se pode observar características distintas quanto à composição morfológica
predominante nestes campos, relevo, raças e culturas. Estas propriedades se
localizam nos municípios de Alegrete e Uruguaiana.
A propriedade localizada no município de Alegrete apresentava uma pastagem
mais grosseira, com predominância de capim caninha (Andropogon laterallis) e relevo
ondulado, próprio para a raça Braford que era utilizada.
No entanto a propriedade localizada no município de Uruguaiana apresentava
uma pastagem mais fina, de melhor qualidade, predominando o gênero Paspalum spp.
e relevo plano. Nesta, devido a suas características, eram mantidos bovinos da raça
Hereford e ovinos Corriedale, além de uma área com lavoura de arroz.
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6. CONCLUSÕES
o estágio é uma oportunidade única de confrontar a teoria aprendida em sala de
aula com a vivência do dia-a-dia do campo. Desta forma pode-se verificar as várias
situações onde a teoria e a prática se encaixam perfeitamente e as dificuldades que
em muitos casos se tem de colocar em prática a teoria. É nesses casos que está a
função do estágio, permitindo que nos dê uma flexibilidade nas tomadas de decisões
que nos aparecerão quando estivermos exercendo a profissão.
Desta forma, o estágio é de extrema importância na formação de um profissional
capacitado, tendo segurança nas tomadas de decisões de maneira que se possa
resolver todas as situações de maneira coerente.
É muito importante salientar também que muitos futuros agrônomos não têm
nenhuma vivência de campo, ou seja, não tiveram nenhuma experiência de como um
engenheiro agrônomo deva atuar. Assim, o estágio dá a oportunidade destes se
familiarizarem com a função que lhes será exigida.
Portanto o estágio foi de extrema valia, oportunizando vislumbrar sobre as
situações que serão propostas em um futuro próximo.
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p
7. ANÁLISE CRíTICA DO ESTÁGIO
o estágio foi de grande valia nos pontos referentes à receptividade e
disponibilidade tanto do orientador quanto de todos os funcionários que se mostravam
sempre abertos a questionamentos e sugestões.
É importante também salientar que a propriedade está passando por algumas
mudanças devido à entrada do filho do proprietário, que recentemente se formou
Engenheiro Agrônomo. Ele está com idéias de mudanças no manejo geral da estância,
com o intuito de ter maior controle dos animais e de um aumento de áreas disponíveis
para pastagens cultivadas e, desta forma, se modernizando, visto que as mesmas
práticas eram realizadas há anos sem modificações.
Um ponto de grande importância que cabe se salientar é a proximidade entre
empregado e patrão, que se mostra sempre disponível a resolver os problemas
diretamente com seus funcionários e, desta forma, estreitando os laços e se
mostrando uma pessoa simples e aberta a questionamentos.
Um ponto que se pode salientar como negativo é a falta de uma programação
para os estagiários. Porém esta se justifica devido a ser a primeira vez que recebe um
estagiário e, portanto, não havia uma experiência anterior neste sentido.
Outro que se pode salientar como negativo, está ligado à falta de funcionários
quando da chegada na propriedade. Isto ocorreu devido a demissão de um funcionário
e à ausência por motivos médicos, desta forma sobrecarregando os demais
funcionários.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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