UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … uso … · TICs na EJA, considerando os recursos...
Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … uso … · TICs na EJA, considerando os recursos...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CURRÍCULO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
MARIA ELZILENE SILVA DOS SANTOS
O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO AOS JOVENS E ADULTOS
Natal/RN
2016
MARIA ELZILENE SILVA DOS SANTOS
O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO AOS JOVENS E ADULTOS
Artigo Científico apresentado ao curso de
Pedagogia do Centro de Educação, da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito parcial para a obtenção do grau
de licenciada em Pedagogia.
Orientadora: Ms, Fernanda Mayara Sales de
Aquino
Natal/RN
2016
MARIA ELZILENE SILVA DOS SANTOS
O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO AOS JOVENS E ADULTOS
Artigo Científico apresentado ao curso de
Pedagogia do Centro de Educação, da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito parcial para a obtenção do grau
de licenciada em Pedagogia.
Aprovado em: 23/06/2016
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Profa. Ms. Fernanda Mayara Sales de Aquino
Orientadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
____________________________________
Profa. Ms.Ivone Priscilla de Castro Ramalho
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
____________________________________
Profa. Ms.Mônica Karina Santos Reis
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Natal/RN
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 05
FUNDAÇÃO BRADESCO: MEU CAMPO DE PESQUISA 08
SABERES DOCENTES NECESSÁRIOS AO USO DAS TICS EM TURMAS DA EJA 13 PRÁTICAS DOCENTES VOLTADAS PARA INCLUSÃO DAS TICS EM TURMAS DA EJA NA FUNDAÇÃO BRADESCO 17 FORMAÇÃO CONTINUADA 22
CONCIDERAÇÕES FINAIS 28
REFERÊNCIAS 29
5
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo discutir o uso da Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC) em turmas de Educação aos Jovens e Adultos (EJA),
considerando os recursos disponíveis na escola. A pesquisa foi realizada em três
etapas: diagnóstico inicial da escola, entrevista com professores que lecionam em
turmas de EJA na Fundação Bradesco e discussão teórico-metodológica dos dados
levantados. O aspecto central aqui abordado refere-se ao avanço tecnológico e a
necessidade das escolas e toda a equipe que atua e que nela trabalhe com essa
nova realidade. Neste texto, abordo questões sobre recursos que estão disponíveis
na Escola Fundação Bradesco e de como eles são trabalhados no processo de
ensino-aprendizagem dos/aos alunos da EJA, os possíveis saberes de que os
docentes necessitam para trabalharem com as TICs em turmas da EJA, uma breve
abordagem das práticas docentes voltadas para a inclusão das TICs na instituição e,
por fim, a importância dar formação continuada para esses profissionais atuarem em
sua área com uso das TICs. A pesquisa conclui que se faz necessário repensar a
prática educacional na perspectiva de uma reconfiguração na formação do
pedagogo para atuar com as TICs, permitindo conhecer mais sobre esses recursos
para intervir positivamente em seu trabalho como um todo, possibilitando o
conhecimento e reflexão de sua prática, como também promover uma educação
mais significativa aos alunos.
Palavras-chaves: EJA; TICs; Ensino-aprendizagem; Formação docente.
INTRODUÇÃO:
O uso das novas tecnologias na Educação aos Jovens e Adultos é fundamental
na prática do ensino-aprendizagem, pois, na atualidade, favorece a mediação do
professor com o aluno de forma prazerosa e eficaz. Sabemos que a dificuldade é
notória pela falta da praticidade, mas no dia a dia se torna algo natural. Cabe à
escola ter o recurso tecnológico e preparar o aluno juntamente com o professor na
busca por uma melhor aprendizagem. O uso de novas tecnologias pode facilitar a
aprendizagem do aluno, haja vista que essa mediação tornará algo prazeroso, pois
6
os artifícios tecnológicos favorecem meios eficazes de comunicação e informação
para todos, por meio de novas mídias que educam e programas computacionais que
podem favorecer a aprendizagem desses jovens e adultos, seja por meio do áudio
ou do visual.
Na era das novas tecnologias e da necessidade de inclusão digital, torna-se
necessário repensar a prática educacional a partir do uso de recursos tecnológicos,
em especial, no campo da Educação aos Jovens e Adultos (EJA). Essa modalidade
de ensino é o espaço de aprendizagem, no ensino regular, para jovens e adultos
que, atualmente vem sendo realizada com alunos que não tiveram a oportunidade
de frequentar a escola ou concluir as séries iniciais na idade considerada ideal pelos
sistemas de ensino. Com isso, ao se perceberem, atualmente, em uma sociedade
desenvolvida que demanda conhecimento tecnológico, seja para inserção no mundo
do trabalho e\ou para inserção em práticas de lazer e comunicação, buscam
atualização. Há avanço na área da tecnologia e isso implica o fato de o aluno
precisar estar constantemente atualizado para compreender melhor as
transformações na sociedade, como a cultura, os hábitos e a economia do país.
Assim, como afirma Álvaro Pinto (2000, p. 29) “[...] o processo da escola é,
sobretudo, o de assegurar a seus estudantes os instrumentos necessários para a
participação ativa e cidadã no contexto em que estão inseridos”. Nesse contexto, a
EJA, é o direito que possibilita a igualdade e a inclusão para aqueles jovens e
adultos que por alguma situação não tiveram oportunidade de começar ou concluir
seus estudos. Os jovens e adultos que procuram a modalidade EJA vão em busca
de aprendizagem, a fim de alcançarem o direito à aprendizagem e à qualificação
para o mercado de trabalho. Ter um diploma de concluinte para muitos é o de que
precisam para conseguirem emprego. Vale salientar que reconhecemos que existem
outros motivos que levam essas pessoas a irem em busca de concluir os estudos,
além desse aqui tratado.
O interesse pelo objeto de pesquisa ocorreu durante o processo de estágio
obrigatório I e II, em turmas da EJA, especificamente nas observações em sala de
aula, sobretudo no uso dos recursos pedagógicos para auxiliar as professoras em
suas aulas. Nos referidos ambientes educacionais notei que existiam algumas
formas de rotular alunos como fracassados, incapazes e até mesmo imaturos para
7
assumirem perfil de alunos capazes de adquirirem seu conhecimento a partir de seu
próprio interesse. De acordo com Brasileiro (2002, p.01),
Realizar uma pesquisa discutindo a relação das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação com a Educação de Jovens e Adultos (EJA) significa romper com a concepção de uma educação voltada para jovens fracassados, e apontar para a formação de um cidadão crítico e participante do seu tempo. (BRASILEIRO, 2002, p.1)
Neste sentido, não adianta promover uma educação para um mundo que não
existe mais, que já passou. Desse modo, percebe-se a importância das novas
tecnologias no processo de ensino-aprendizagem de estudante da EJA.
Compreendendo que o uso dessas tecnologias permite ao aluno a possibilidade de
aprendizagem, em que os alunos possam ser investigadores e criadores do seu
conhecimento. Ou seja, uma educação frente às Novas Tecnologias de Informação
e Comunicação (TIC), que permite ao educando interagir mais eficazmente com a
sociedade, tornando também a aula mais divertida e estimulante.
Com o avanço das tecnologias da comunicação as escolas devem se integrar
obtendo equipamentos que auxiliem os professores, e que contribuam para o
aprendizado mais significativo dos alunos. É nessa perspectiva que o tema deste
artigo se embasa, pois, entendo que o uso das novas tecnologias na Educação aos
Jovens e Adultos pode trazer inúmeras contribuições para a aprendizagem e para a
qualificação profissional dos estudantes da EJA, bem como garantir maior eficácia
na atuação docente.
Segundo Moran (2001), “Educar com novas tecnologias é um desafio que até
agora não foi enfrentado com profundidade, são feitas apenas adaptações,
pequenas mudanças.”, Ele coloca que “ensinar com novas tecnologias será uma
revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino,
que mantêm distantes professores e alunos, caso contrário conseguiremos dar um
verniz de modernidade, sem mexer no essencial” (MORAN, 2001, p. 8). Logo, é
necessário que haja uma formação concreta com assuntos bem explicados, em que
o aluno e professor, juntos, venham abrilhantar o sucesso em sala de aula de forma
moderna e atualizada.
8
Assim, faz-se necessário questionar sobre como integrar pedagogicamente as
TICs na EJA, considerando os recursos disponíveis na escola. Diante disso, este
estudo pretende investigar a relação entre as TICs e o ensino-aprendizagem na EJA
mais pertinente às demandas formativas dos estudantes aproximando-os, em boa
medida, do seu tempo, considerando o desafio que tem a educação escolar para a
formação de um cidadão crítico e participativo.
O ponto de partida da pesquisa é analisar o que os professores da EJA
pensam sobre o uso das TICs em turmas de Educação aos Jovens e Adultos,
considerando os recursos disponíveis na escola. A pesquisa está organizada a partir
dos recursos disponíveis na Instituição Fundação Bradesco. Em seguida, foca nos
saberes docentes necessários ao uso das TICs em turmas de EJA, e nas práticas
docentes voltadas para inclusão das TICs em turmas de Educação aos Jovens e
Adultos e por fim, faz uma breve discussão sobre a importância da formação
continuada para o professor que almejar trabalhar com as TICs no cotidiano da sua
prática educativa.
2. FUNDAÇÃO BRADESCO: MEU CAMPO DE PESQUISA
A fim de conhecer e compreender a realidade de como se integram hoje em
sala de aula os usos das TICs escolhi a instituição Fundação Bradesco na cidade do
Natal/ RN, localizada no bairro de Felipe Camarão desde1989, que atende desde a
Educação básica, Educação profissional Técnica e Educação aos Jovens e Adultos.
A ida a essa instituição resultou pesquisas exploratórias e descritivas e na
discussão e levantamento de dados. No primeiro momento, pude observar que o
ambiente possui laboratórios de informática e recursos tecnológicos para uso diário
dos professores em sala de aula, como também para os alunos, sob orientação de
um responsável. No segundo momento, tive a oportunidade de conversar com
professores da EJA que fazem uso das tecnologias em suas aulas, a professora
Rosa e a professora Branca (nomes fictícios). Utilizei para esse momento um roteiro
de entrevista semiestruturado o qual permitiu que as entrevistadas discorressem
acerca do tema questionado, a saber: o uso das novas tecnologias na EJA.
9
Conversando com as professoras sobre o que elas entendiam sobre as TICs,
ambas demostraram ter conhecimento e interesse sobre o assunto, porém não
negaram que precisavam se aperfeiçoar para desenvolverem sua prática
pedagógica com recursos tecnológicos, considerando a sua formação inicial, pouco
satisfatória e insuficiente em relação a essa temática.
O motivo que me levou a essa instituição decorre do fato de ter estagiado no
período de 2 anos, em turmas do ensino fundamental. Nela, pude participar de aulas
onde as TICs se faziam presente quase sempre, por meio de vídeo, música, projetor
multimídia, bem como, aulas no laboratório de informática, onde todas as turmas da
escola, desde educação infantil e EJA, tinham aulas semanalmente como parte do
currículo escolar e do projeto da escola. Essas aulas eram planejadas e discutidas
em reuniões de planejamentos junto a outras disciplinas e os alunos tinham um
desempenho fantástico, eles adoravam as aulas que usavam as TICs.
Observei que eram essas as aulas que eles mais comentavam e na quais
mais se envolviam. Assim, quando me coloquei frente à outra realidade diferente da
Fundação Bradesco fiquei perplexa e inquieta.
Essa outra realidade que vivenciei ocorreu durante o processo de estágio
obrigatório I e II, em turmas da EJA, em escolas púbicas, onde pude observar que
ambas só faziam uso do livro didático, caderno e lousa em suas aulas, embora a
escola observada possuísse sala de informática, biblioteca com TV e som, os
recursos tecnológicos eram muito pouco utilizados pelos professores, logo pude
perceber que ao contrário da Fundação Bradesco essas escolas não dispunham de
projetos que integravam as TICs na Educação aos Jovens e Adultos.
Portanto retornei à Fundação Bradesco a fim de investigar sobre a prática
pedagógica de docentes que inserem as TICs no cotidiano de suas práticas,
considerando os recursos disponíveis na escola. Buscava realizar a pesquisa com
professores que trabalham com a perspectiva da inclusão digital em suas aulas para
saber como desenvolvem essas práticas.
2.1 RECURSOS DISPONÍVEIS NA ESCOLA FUNDAÇÃO BRADESCO
10
A Fundação Bradesco é uma instituição bem estruturada, nela pude encontrar
diversos equipamentos e recursos didáticos como também pessoas capacitadas
para trabalhar com esses equipamentos junto aos professores desde o nível infantil
a EJA. A instituição busca trabalhar com as novas tecnologias a fim de viabilizar a
aprendizagem dos alunos para além das fronteiras físicas. Nesse sentido, a
Fundação Bradesco trabalha formando os seus profissionais para o uso das TICs
em sua prática educativa.
Diante das mudanças voltadas para as inovações tecnológicas, os estudantes
cada vez mais vêm adquirindo uso de celulares, computadores e outros aparelhos
com acesso à Internet, fazendo com que aumente o uso desses aparelhos de forma
inadequada na sala de aula, desafios que hoje o professor e a escola enfrentam
para acompanhar esse processo, muitas vezes proibido o mau uso dos
equipamentos no momento da aula. Resultado de professores que desconhecem a
potencialidade desses equipamentos ou que não sabem como empregar em suas
aulas por conhecê-los menos do que os próprios alunos.
Frente as TICs o docente passa a se posicionar como um orientador de
diversas linguagens e oportunidades educativas, tomando as tecnologias como
recursos didáticos nesse processo de ensino aprendizagem. Sendo assim, a
capacitação do docente torna-se uma questão chave. Porém, a maioria das escolas
não está equipada, e quando está, falta formação docente para manuseio dos
recursos, dificultando esse trabalho e, consequentemente, a aprendizagem dos
alunos.
Os recursos são imprescindíveis para as turmas da EJA. Cada vez mais a
tecnologia ocupa espaço em todas as esferas e estruturas da sociedade e se faz
necessário que esses jovens e adultos tenham envolvimento ou noções básicas
sobre essas ferramentas. O avanço dessas tecnologias é notório quando paramos
para imaginar que nos anos setenta as pessoas passavam dias e até meses para
receber uma carta e hoje em questão de segundos podemos nos comunicar com
outra pessoa do outro lado do mundo, podendo enviar e receber anexos, estudar a
distância, fazer pesquisas, ver e enviar vídeos, entre outras possibilidades de
interagir com o mundo. Assim, percebemos que com o passar dos anos a sociedade
modernizou-se e com essa modernização o avanço das tecnologias chegou às
11
escolas trazendo melhorias significativas, mas por outro lado, trouxe impacto
negativo em razão da falta de formação docente para o trabalho com as TICs.
Esse avanço tem modificado, e criado diferentes meios de comunicação e
interação entre pessoas, como também um novo modelo de sociedade, uma
sociedade informatizada, a qual preocupa aqueles que não conseguem acompanhar
esse avanço.
Magda (2001, p.103) firma que: “Oportunizar o acesso às tecnologias e suas
linguagens poderá possibilitar uma melhoria nas interações diárias dos cidadãos no
trabalho e no meio em que vivem”. É nessa perspectiva que a Fundação Bradesco
desenvolve seu trabalho, dando não somente a oportunidade aos seus alunos de
terem acesso às novas tecnologias, mas também de se formatizarem nessas
tecnologias, através de cursos presencial, semipresencial e a distância.
No meio educacional as novas Tecnologia da Informação e Comunicação
(TIC), também devem estar inseridas, seja de forma direta, onde as escolas tenham
salas de informática implantadas pelos projetos do governo, ou de forma indireta,
através das referências que os alunos trazem do meio em que vivem entre outros
meios, pois a escola e a sociedade devem caminhar juntas, quando uma muda a
outra consequentemente acompanha as mudanças e evoluem juntas, não na
mesma velocidade. Mas, espera-se com isso que ocorram mudanças positivas na
qualidade da educação e evolução dos estudantes. Nesse sentido, Mortari afirma “A
educação, inserida em um novo cenário, requer uma nova escola: escola dos
ambientes virtuais, do correio eletrônico, do navegar nos sites da internet, enfim, de
muitos outros meios que favoreçam o encontro com a ciências e com a tecnologia. ”
(MAGDA 2001. p. 101).
O encontro com a tecnologia quando mediado de forma a beneficiar os alunos
e alunas propiciando melhorias na aprendizagem e no seu desenvolvimento
cognitivo. É nesse sentindo que se faz crucial a capacitação do professor para ele
compreender as possibilidades que ele tem com aquele equipamento, para se tonar
um produtor do conhecimento. Nesse sentindo, Magda (2001) destaca:
Os recursos tecnológicos podem contribuir tanto para manter o ensino tradicional, de modo muito fácil, como para despertar o
12
“apetite” para a aprendizagem e a motivação para o encontro com o saber. Tudo depende da orientação e do caminho a ser percorrido para modificar o comportamento passivo dos estudantes, levá-los a participar ativamente e a aprender, e não apenas ter um simples contato com os conteúdos. (MAGDA 2001, 103)
Entende-se assim que com o advento da tecnologia, a sala de aula passou por
modificações. Ao invés do uso exclusivo do quadro, agora as escolas passaram a
utilizar o data-show, um aparelho moderno que pode deixar as aulas mais
prazerosas; os estudantes não precisam se preocupar em copiar do quadro, apenas
participar da discussão em sala de aula, uma vez que o assunto poderá ser
publicado, posteriormente, nas redes sociais.
As professoras Rosa e Branca reconhecem que as novas tecnologias são,
hoje, ferramentas decisivas para fazerem a diferença na relação dos estudantes da
EJA e nos conhecimentos a serem aprendidos. Relatam que quando os seus alunos
estão diante dessas maquinas os resultados são satisfatórios, pois as TICs
beneficiam o pensar o criar e o memorizar dos/as estudantes.
Segundo Brasileiro, “Dada à significação crucial de tecnologias eletrônicas
nos tempos modernos, habilitar estudantes para compreender e acessarem
diferentes opções para utilizar estas tecnologias torna-se uma das principais
propostas educacionais” (BRASILEIRO, 2002, p. 2). Logo, outros recursos além do
quadro, giz e caderno, são utilizados como instrumentos para o/a professor/a
desenvolver suas aulas.
Com o advento tecnológico surge uma nova forma de se comunicar e, com
isso, a possibilidade de novas práticas educativas necessitando assim desenvolver
um conjunto de atividades didático-pedagógicas a partir das tecnologias disponíveis
na sala de aula e as que os alunos trazem consigo. Em sala de aula, as principais
tecnologias usadas pelas professoras Rosa e Branca são o data-show, a TV – DVD,
computador, quadro e o piloto; pelos alunos são os materiais escolares (lápis,
caneta, caderno,), mas também aqueles que eles trazem de casa, a calculadora,
pendrive e celular. Os recursos que estão disponíveis na instituição são: aparelho de
DVD,TV, pendrive, data-show câmera digital, som, computadores, lousa interativa,
impressora, entre outros.
13
Pensando nos desafios que a EJA assume para incluir os estudantes na
formação escolar, pode-se dizer que as TICs podem contribuir para essa inclusão.
Como afirma os autores Alexandre, Kueirislene e Borges (2012):
Esse novo panorama da educação seria como um incentivo maior a construção de uma escola renovada, crescente nas ideias de que o aluno é um ser pensante em pleno desenvolvimento social, educacional e comportamental. Isso levaria a uma maior inclusão social e diminuiria os problemas considerados graves, como evasão escolar, abandono e repetência.(ALEXANDRE; KUEIRISLENE; BORGES, 2012, p. 2).
Frente a isso, compreende-se a importância das TICs na Educação a Jovens
e Adultos, como meio de mantê-los na escola, garantindo seu direito de autonomia,
sem esquecer de prepará-los com criticidade acerca da utilização desses recursos.
Vale salientar também que é direito do aluno que escola busque alternativas junto ao
MEC para a melhoria da infraestrutura e qualidade do ensino em relação ao uso das
tecnologias. Acredita-se que com a inclusão dos recursos tecnológicos no ensino,
possam ocorrer melhorias de forma significativa e inovadora, algo além do que eles
estão acostumados a vivenciar diariamente em sala de aula.
É necessária a inclusão das TICs na EJA para que todos tenham as mesmas
oportunidades e possam ter acesso a esses recursos, diante do grande
desenvolvimento das mesmas, para que assim o jovem não venha ser alienado
apenas aos conteúdos em sala de aula, mas que tenha oportunidade de ampliar
suas concepções em relação ao uso operacional desses recursos.
SABERES DOCENTES NECESSÁRIOS AO USO DAS TICS EM TURMAS DE EJA
Atualmente, vivenciamos um período de democratização do Ensino Superior no
Brasil. Há algumas décadas a possibilidade de cursar uma graduação era restrita a
grupos socialmente privilegiados. Além disso, houve uma expansão dos cursos de
especialização, bem como oferta de educação à distância e a formação continuada
no cotidiano das práticas educativas nas instituições de ensino. O aumento das
possibilidades formativas tem permitido aos docentes melhores condições de
14
formação. Nesse contexto, situo os saberes relacionados ao uso das tecnologias na
prática de professoras da EJA.
A tecnologia disponibiliza vários artifícios que podem ajudar na formação de
cidadãos críticos, no uso de instrumentos funcionais que melhore a capacitação e
relações internas do cérebro humano. Essa ajuda ocorre na didática mediante as
aulas práticas, com conceitos atualizados, aulas extras, informações atualizadas e a
tecnologia no favorecimento da mediação entre educador, professor e aluno, como
por exemplo, trabalhar filmes em sala de aula, pode ajudar os alunos a
compreenderem melhor alguns fatos históricos e a desenvolver seu senso crítico.
A experiência com as novas tecnologias será essencial para a construção de
projetos pedagógicos, proveniente dos conceitos ministrados independente das
disciplinas que capacitem o aluno de forma coerente em busca de um aprendizado
sólido e eficaz com o auxílio dos recursos tecnológicos diariamente usados em sala,
trazendo assim o saber real dos assuntos passados pelo professor, mostrando a
satisfação do aluno no ensino e aprendizagem. De acordo com Pedro Andrade
(2003):
Motivar ou produzir motivos significa predispor a pessoa para a aprendizagem. O aluno estará motivado para aprender quando está disposto a iniciar e continuar o processo de aprendizagem, ou quando está interessado em aprender certo assunto ou resolver um dado problema (ANDRADE, 2003, p.71).
Segundo a professora Rosa, os seus alunos da EJA ficaram mais motivados
quando foram usadas as TICs no processo de ensino-aprendizagem. O aluno da
EJA tem o direito de conhecer e trabalhar com esses instrumentos e pode-se dizer
que o professor tem hoje o papel de guiar os alunos, incentivando-os a fazer uso das
tecnologias, mostrando os benefícios que eles poderão obter.
Conforme Andrade (2003), de modo geral não está claro para os educadores
como integrar as TICs em suas aulas nem mesmo para os que estão envolvidos com
uma nova dinâmica de formação e educação apoiada pela tecnologia. Ainda de
acordo com Andrade (2003), o uso das tecnologias na educação não resulta em
aulas tradicionais moldadas por equipamentos com programas específicos, nem no
15
ensino mediado por maquinas, mas sim, em um ensino inovador de estratégias,
metodologias e atitudes que superem o trabalho educativo tradicional ou mecânico.
No centro dessa construção está o conhecimento, que no mundo atual, vem
sendo totalmente redimensionado, em função de sua aplicabilidade, já não há
certezas para o conhecimento que não sejam provisórios, destacando-se
aprendizagem como um dos elementos de desenvolvimento da qualidade do ser
humano. Ou seja, ter os alunos como centro do processo de aprendizagem.
Segundo Paulo Freire (2014)
Não há outro caminho senão o da prática de uma pedagogia humanizadora, em que a liderança revolucionária, em lugar de se sobrepor aos oprimidos e continuar mantendo-os como quase “coisas”, com eles estabelece uma relação dialógica permanente. (FREIRE, 2014, p.77).
Os alunos não devem ser vistos pelos professores como um depositório do
saber. Os professores devem desenvolver uma prática de ensino favorável, respeitar
seus alunos e fazerem da sala de aula um ambiente de construção do seu
conhecimento.
Visto que o conhecimento nos leva a desejar ir mais além do que conhecemos,
somos seres humanos que a cada dia ultrapassa os limites, apesar de não usar 10%
do nosso cérebro, mas conseguimos fazer grandes descobertas e desenvolver um
equilíbrio entre o homem e meio modificador. A aprendizagem é um processo
pessoal, ninguém aprende por outra pessoa, cada qual adquire seu conhecimento,
alguns aprendem com muita dificuldade, os professores precisam estar sensíveis em
perceberem que em sala de aula há alunos/as com dificuldades de aprendizagens.
Na prática, podemos aqui citar o relato da professora Rosa, “Tenho alunos que
sentem muita dificuldade na hora de copiar o que está no quadro, por não
enxergarem bem ou por dificuldades de escrever e acabam atrasando os outros.”
Assim, em sua sala de aula sempre teve o cuidado de adaptar suas atividades de
acordo com as dificuldades dos alunos. Com o uso das TICs ela diz ter ajudado em
questão de conteúdo, pois, antes quando não usava, os alunos tinham dificuldade
de copiar e muitas vezes ficavam sem o assunto no caderno para estudar, por
alguns serem idosos e não enxergarem direito ou até mesmo por estarem sem
vontade de escrever. Hoje eles prestam atenção nas aulas e depois vão ao portal do
16
estudante e baixam o conteúdo ou imprimem na própria escola a fim de utilizarem o
material para estudos. As professoras reconhecem que as tecnologias ajudam, mas
sabem que é essencial a mediação delas nesse processo.
Neste novo contexto em que as novas tecnologias estão inseridas os
professores precisam rever seu papel, para que o mesmo venha entender o porquê
e como integrar as TICs em sua prática pedagógica. É primordial que os professores
tenham conhecimento da potencialidade educacional das TICs no momento do
planejamento das aulas, levando em consideração o que foi aprendido e a
experiência de sua formação para a sua realidade de sala de aula, como também,
as necessidades de seus alunos e os objetivos que almeja alcançar. Enfatizo que
para isso é preciso que o professor tenha condições de construir tais
conhecimentos, buscando meios de uma educação continuada para inovar sua
prática. Para Sérgio Haddad (2007), a ideia de uma educação continuada associa-se
à própria característica distintiva dos seres humanos, a capacidade de conhecer e
querer saber mais, ultrapassando o plano puramente instintivo de sua relação com o
mundo.
No Portal do Aluno usado nas aulas da EJA na Fundação Bradesco, por
exemplo, há materiais os quais os professores podem usar em suas aulas, e que
estão sempre à disposição dos alunos; são textos, atividades, vídeos, revisões,
cursos e jogos educativos. É possível também com esses recursos integrar nas
aulas, bate papo, chats, correio eletrônico para troca de correspondência, portfólio
para postagem de trabalhos e compartilhamento de saberes, criação de vídeos,
onde envolva conteúdos de disciplinas curriculares, blog, rádio escola entre outros,
que partam da criatividade e principalmente da necessidade da turma ou da
dificuldade individual de cada aluno e da realidade em que estão inseridos, levando
em consideração os recursos que estão disponíveis na escola.
Quando a professora Rosa começou a utilizar as TICs em sala foi preciso
fazer uma pesquisa para conhecer o potencial dessas ferramentas digitais,
buscando experiências já vivenciadas por outras pessoas, em sites e artigos, para
assim fazer relação com a sua pratica. No início quando ela só conhecia as noções
básicas da informática buscou ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos.
Assistindo vídeos de tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento
17
de programas e recursos, como também atividades e metodologias aplicadas na
modalidade de ensino EJA.
Já dentro de sala de aula quando ocorria alguma dúvida ou problemas sobre
a tecnologia e não tinha um especialista por perto, os próprios alunos resolviam os
problemas, não desmerecendo o professor, mas sim mantendo o respeito em que ali
todos estão aprendendo um com o outro. Porém, é importante que o professor
planeje suas aulas de acordo com os seus saberes e certifique-se que compreende
as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula, para
que caso não tenham quem ajude a aula e a aprendizagem dos alunos não sejam
prejudicadas.
É importante antes de tudo, discutir com os alunos as preocupações no uso
da internet, principalmente sobre as redes sociais, pois não são só crianças que
precisam ter cuidado, o Jovem e Adultos também, explicar sobre o que devemos e
não devemos fazer, bem como os cuidados que devemos ter com os conteúdos que
vemos e utilizamos ou gostaríamos de utilizar, pois muitas das coisas que estão nas
redes sócias estão regidas por direitos autorais ou são conteúdos impróprios para
compartilhamento ou até mesmo para download. Assim, cabe ao professor leva para
à classe textos que orientem a turma para uma navegação segura e ter
responsabilidade de proporcionar momentos que ajudemos alunos a refletir sobre os
conteúdos, pode ser por meio de blogs e fotologs, radio escola, jornal.
É importante que os professores levem em consideração o nível da turma
antes de planejar as atividades que serão usadas nas aulas, avaliando quais
conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais os saberes,
necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridos.
PRÁTICAS DOCENTES VOLTADAS PARA INCLUSÃO DAS TICS EM TURMAS
DE EDUCAÇÃO AOS JOVENS E ADULTOS NA FUNDAÇÃO BRADESCO
A tecnologia nos leva a repensar a prática educacional. Os aparelhos
tecnológicos estão interferindo no cotidiano em sala de aula, com isso, se faz
18
necessário que o docente compreenda os aparelhos tecnológicos como recursos
que podem auxiliá-lo na relação de ensino-aprendizagem.
Como já destacou José Valente (2003), por meio das TICs é possível criar um
ambiente de aprendizagem baseado na confirmação de conhecimentos similares ao
que acontece presencial, quando se utiliza de software online e que propiciam a
interação do professor-aluno constante, de forma que o professor seja mediador e
que os alunos solicitem de suas orientações sempre que necessário para
realizações de atividades.
No mundo contemporâneo a sociedade passou por uma transformação
radical, e atingiram todas as classes sociais, ela trouxe consigo novas tecnologias,
contribuindo para aprendizagem de milhares de seres humanos, deixando o modelo
tradicional e adquirindo um conhecimento modernizado. Para constatar tais
mudanças, temos: computadores, tablete e celulares, que estão nas mãos de quase
todos os alunos, são poucos os que não possuem, mas em geral têm contato com
esses equipamentos. Nessa perspectiva se faz necessário conhecer as
possibilidades ou potencialidades desses equipamentos, ou seja, o professor e os
alunos devem ter conhecimento de como usar tais recursos para o desenvolvimento
da aprendizagem. Assim, como cita Sérgio Haddand (2007) frente ao avanço
tecnológico espera-se que a escola garanta a aquisição de habilidades e atitudes
que tornem o indivíduo apto para aprender sempre e de forma autônoma.
Neste tópico abordo as falas das professoras entrevistadas. Busco, portanto,
partir dos relatos sobre a inclusão das TICs em suas práticas pedagógicas
desenvolvidas na EJA, o motivo que as levaram a integrar as TICs em suas aulas.
Em relação ao motivo pela qual as professoras passaram a trabalha com as novas
tecnologias, elas afirmam que isso ocorre devido a própria demanda da instituição
que trabalha com “Portal do Aluno” uma área virtual na qual os estudantes da EJA
têm acesso a materiais como: vídeos, textos e atividades. O outro motivo que levou
as professoras a usarem as TICs foi o reconhecimento acerca das potencialidades
desses instrumentos para seu trabalho e para o aprendizado dos alunos/as. A
professora Branca conta que a inserção das TICs na EJA possibilitou uma maior
participação dos alunos em suas aulas, ela acredita que seja pelo fato do mundo
19
estar cada vez mais informatizado. Para ela, a aula com o uso das TICs prende a
atenção dos alunos.
O cotidiano escolar não deve ser visto como algo repetitivo, sem importância,
mas como um local de reflexão e diálogo com as demandas que esses alunos têm
na sociedade digital de expressar seus sentimentos escondidos, promovendo um
novo sentido para que eles sintam-se preparados e incluídos na sociedade digital na
qual vivemos atualmente através também da escola. Promovendo uma nova relação
que essa experiência o ajude na elevação de sua autoestima.
O uso das tecnologias digitais tem contribuído de forma positiva no ensino e
na aprendizagem. Com auxilio desses equipamentos, jovens e adultos com
dificuldades têm ajudado e, assim, permitindo a integração no ambiente social, no
desenvolvimento do ser humano e nas habilidades gerais de solução de problemas.
Em relação ao trabalho com as novas tecnologias, as professoras
entrevistadas buscaram se reinventar, pois com o avanço das tecnologias, o desafio
do professor parece ainda maior. Segundo Oliveira (2001, p. 62):
O uso da informática na educação exige em especial um esforço constante do educador para transformar a simples utilização do computador numa abordagem educacional que favoreça efetivamente o processo de conhecimento do aluno. Dessa forma, a interação com os objetos de aprendizagem, o desenvolvimento de seu pensamento hipotético e dedutivo, de sua capacidade de interpretação e análise da realidade tornam-se privilegiados e a emergência de novas estratégias cognitivas do sujeito é viabilizada (OLIVEIRA, 2001 p. 62)
Assim, a contingências da vida nos arrastam a uma construção e
reconstrução constante e contínua de novos conhecimentos, havendo nestes
processos um constante revezamento entre necessidade e equilibro. Há sempre
desafios e problemas de desenvolvimento e de sobrevivência a destrinchar e a
solucionar. Sobre a inclusão das TICs no dia a dia das suas práticas pedagógicas na
Educação de Jovens e Adultos as professoras afirmaram que:
[...] Já que trabalhamos com o portal Virtual, em quase todas as etapas do estudo os alunos fazem uso das TICs[...] Vê o aluno estudando “fuso Horário” por exemplo, através de um recurso que lhe mostre não apenas a hora, mas também outros aspectos como
20
cultura do pais, dá significado ao conteúdo e possibilita um conhecimento global. [...] As TICS tornaram o ambiente da sala de aula mais atrativo e essa atração é um fator essencial para a abstenção de bons resultados.(ROSA)
[...] Quando levei uma turma da EJA para o laboratório de informática e um aluno de 65 anos se emocionou ao escrever palavras usando o computador, aquilo me deu força para continuar buscando meios para melhor ensinar [...] Os resultados melhoram quando os alunos seguem a nossa orientação e acessam o portal EJA para estudar e realizar exercícios online.[...] sinto que os alunos se sentem mais participativos das aulas , quando são submetidos a fazer pesquisa na sala de aula , fazendo uso dos computadores sob nossa orientação. (BRANCA, 2016).
Estes depoimentos revelam que é possível integrar as TICs na EJA de forma
que venham a trazer resultados positivos e satisfatórios tanto para a aprendizagem
dos alunos, como para a formação das professoras entrevistadas, que cada vez
mais buscam inovar-se para acompanhar os avanços da sociedade e trazer para
dentro de sala de aula o que existe de mais novo. Dessa forma, é possível levar a
todos os alunos a terem acesso ao conhecimento como afirma Brasileiro (2008).
É imprescindível a utilização das novas tecnologias na escola, pois, através destas ferramentas, o acesso ao conhecimento será ofertado a todos que nela estiverem inseridas, uma vez que sua forma de pensamento, em nossos dias, está sendo estruturada a partir dos diferentes meios de comunicação. (BRASILEIRO, 2008, p.10).
Em relação aos benefícios oriundos do uso das tecnologias em sala de aula,
a professora Rosa ressalta que o maior benefício de se trabalhar com as TICs na
EJA é o fato de conseguir trazer para os alunos, através da tecnologia, um
diferencial na qualidade da aula, pois muitos deles trabalham o dia inteiro e chegam
cansados à aula. Se não houver um motivo externo para a presença dele na escola
ele irá evadir-se. É nessa perspectiva que a formação do professor e a sua
capacidade em convencer o aluno a aderir à novidade, seja também o grande
desafio. Segundo a Professora Branca, o benefício de integrar as tecnologias o
ensino, é de tornar o aluno mais autônomo na busca pela construção do seu
conhecimento.
Para lidar com os alunos que tinham mais dificuldades ou medo, as
professoras usavam uma estratégia bastante empregada em sala de aula, onde
21
esses alunos ficavam em dupla ou ao lado de outro aluno em quem ele tivesse mais
confiança de pedir ajuda quando necessário.
Durante a aula os alunos usavam o computador de forma adequada em sala,
colocando em primeiro lugar a sua aprendizagem, havendo um ótimo rendimento na
escola. Os computadores eram usados somente para pesquisas, trabalhos e para
entrar no portal do aluno, onde eles tinham acesso a materiais de estudo, outros
recursos também eram usados pela professora, como TV, DVD, som, data-show
para assistirem a vídeo-aulas, filmes e ouvirem áudios e músicas que eram
trabalhadas dentro dos conteúdos.
As novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) podem contribuir
para Educação de Jovens e Adultos através de novos modelos de interação entre
professor e aluno. É possível aos estudantes autonomia na relação de ensino-
aprendizagem, quando, por exemplo, se torna possível aos alunos ou alunas da EJA
buscarem informações e conhecimentos para além da sala de aula. Nesse sentido, o
professor precisa orientar os seus alunos e alunas quanto ao uso das TICs uma vez
que eles\as precisam compreender que a tecnologia tem recursos que ajudam na
sua aprendizagem.
Segundo Cavalcante e Silva (2002, p.134) “Através da informática educativa
os alunos podem adquirir uma melhor maneira de refletir, manipular, questionar,
construir, pesquisar, analisar, desenvolver atenção, raciocínio e criatividade nas
atividades curriculares”. Mas para que isso ocorra, faz necessário um/a professor/a
que esteja preparado para trabalhar com esse recurso, deixando de ser um
reprodutor de conhecimento e passando a ser um mediador dentro e fora da sala de
aula, usufruindo de outros ambientes, que favoreça o ensino-aprendizagem dos
alunos e alunas voltado para seu tempo.
Na entrevista, quando mencionando a perguntei sobre quais seriam os
desafios para se trabalhar com as TICs em sala de aula com alunos da EJA. As
professoras relataram sobre as suas dificuldades em relação às demandas técnicas
que poderiam ocorrer durante as aulas. Elas sabiam operacionar os recursos
computacionais, mas a sua recontextualização no trabalho envolvia outro tipo de
conhecimento.
22
Não só o saber fazer, mas ter condições de entender as necessidades e
dificuldades dos/as alunos/as para poder auxiliá-los no desenvolvimento de uma
tarefa usando a informática. Segundo Pretto (2006, p.24) que, “[...] obviamente,
intensifica-se dessa forma o trabalho do professor, já que a escola e todo o sistema
educacional passam a funcionar como outros tempos e em múltiplos espaços,
diferenciados”. Ou seja, o docente diante disso, deve repensar sua prática, e seus
métodos de ensino. Surgem outros ambientes a serem trabalhados fora da sala de
aula, de uma forma contraria da educação bancaria citada por Freire (2014,p.78),
em quer “o educador aparece como o seu indiscutível agente, como seu sujeito, cuja
tarefa indeclinável é “ encher” os educandos dos conteúdos de sua narração”. Algo
desmotivador para um aluno que já se sente oprimido na sociedade.
FORMAÇÃO CONTINUADA
A educação aos jovens e adultos procura formar cidadãos formadores de
opiniões, verdadeiros críticos, ao longo dos anos, além de os professores explicarem
os assuntos, eles mostram formas mais fáceis de ensinar, visto que isso antes não
era valorizado como hoje.
Mediante as pesquisas realizadas, através da entrevista com as professoras,
compreende-se em seus discursos a importância da formação continuada para o
desenvolvimento de uma prática eficaz e significativa com uso das TICs.
Elas afirmam que sua formação inicial não foi suficiente para se sentirem
preparadas para usarem as TICs. Por essa razão elas participaram de cursos
oferecidos pela instituição, a fim de aprenderem a usar recursos tecnológicos em
suas práticas na Fundação Bradesco. Nessa instituição são disponibilizados para os
professores e equipe escolar cursos online, presencias e semipresenciais de
capacitação e formação continuada. Segundo a professora Rosa, “deve- se investir,
essencialmente, na formação do professor, ter conhecimento dos recursos, ter
clareza do que se deve e pode fazer, bem como ter os recursos disponíveis”
(ROSA).
23
Um dos cursos realizados por Rosa e Branca foi o de Uso de Projetores
Interativos - educadores (20 horas), disponível na escola virtual com uma aula
prática. Neste curso as professoras puderam tirar todas as dúvidas sobre o novo
equipamento que tinha chegado na escola, bem como descobriram diversas
ferramentas que poderiam usar em suas aulas, como por exemplo a lousa interativa
que permite as professoras novas possibilidades de interação com os alunos e
alunas através dos conteúdos em multimídia. A professora Branca diz que antes de
conhecer sobre o funcionamento da lousa pensava que a mesma tinha função da
lousa negra. Após o curso a professora passou a usar a lousa e percebeu a
praticidade do equipamento uma vez que não era mais necessário transcrever ou
ditar o conteúdo para os/as alunos/as. O conteúdo é salvo com intervenções feitas
pelo professor e depois é lançado no portal virtual da escola, onde os alunos
poderão acessar de qualquer lugar e a qualquer hora. Segundo Arroyo (2005):
Caberá aos profissionais da EJA a grande luta pela conquista do sistema escolar, pois, somente nessa forma e lógica escolar, será garantido o direito dos jovens e adultos populares ao conhecimento e ás competências que a inserção no mundo moderno exige. (ARROYO 2005, p. 45).
Nesse sentido, cabe ao professor dominar o saber através de exemplos
esclarecidos que mantenham o aluno em sala de aula propondo a ele direitos e
deveres nas práticas tecnológicas em busca da modernidade que hoje a tecnologia
nos traz. Para que tanto o professor como aluno obtenham grandes resultados,
destaco a importância da formação continuada, uma formação que capacite
professores quanto ao uso das TICs em sua prática pedagógica cotidiana na EJA.
Especialmente no caso das professoras que participaram deste estudo,
destaco a importância da referida formação continuada em razão delas não terem
tido acesso aos conhecimentos referentes à área da tecnologia educacional.
Durante o período da formação inicial dessas professoras, as mesmas não tiveram
acesso aos conhecimentos referente ao trabalho com o uso de tecnologias de
comunicação e informação, portanto, se faz imprescindível a formação continuada
oferecida pela instituição a fim de que as professoras possam lançar mão das TICs
em suas aulas.
24
Na perspectiva de que este seja um espaço tempo de reflexão do docente
para melhor desenvolver seu trabalho com uso das tecnologias em sala de aula,
cabe principalmente a escola por direto disponibilizar meios de garantir ao professor
formação continuada, mas para isso, cabe também a eles terem iniciativa de
buscarem garantir esse direito de estarem se aperfeiçoando, e não ficarem
esperando que a escola disponibilize meios para isso, pois o interesse deve partir
primeiro dos professores, quanto um profissional que requer de qualificação, para
que venha desenvolver o ensino-aprendizagem da melhor forma possível ao aluno.
A escola quando programada e bem estrutura podem trazer e desenvolver a
educação continuada para os professores sim, mas, se a realidade for outra? Os
alunos vão deixar de terem acesso às tecnologias e os benefícios que elas possam
trazer? Acredito que o professor que almeja o bom desempenho de seus alunos,
busca de diversas metodologias e ferramentas para garantir o desenvolvimento da
aprendizagem de todos. Nesse sentido, o/a professor/a pode assumir a posição de
professor pesquisador, no que diz respeito desenvolver a ação investigativa acerca
da sua própria prática. Segundo Freire (2011) fazem parte da natureza da prática
docente a indagação, a busca, a investigação. Logo, é preciso que o professor se
perceba e se assuma, porque docente, como pesquisador.
Na instituição visitada, a primeira ação com os professores foi ajudá-los a
desenvolver um conhecimento inicial a respeito das possibilidades de atividades
com o computador, consequentemente, favorecendo a todos que a escola acolhe,
ajudando na rotina diária de modo que as relações entre si percebam que juntas
podem constituir uma educação de qualidade, levando em consideração os recursos
disponíveis na escola e assim favorecer um melhor ensino e aprendizagem.
Segundo Pretto (2006, p.24) que:
Essas tecnologias passam, portanto, em uma dimensão diferente das antigas, de extensão dos sentidos do homem, passando a operar com as ideias. Em outras palavras, máquinas que não mais estão apenas (apenas?!). A serviço do homem, mas que com ele interagem, formando um conjunto homem-máquina pleno de significado (PRETTO 2006, p.24)
Frente a esta realidade a educação escolar atualizada se configura não só
com os novos ambientes físicos computacionais para aprendizagem, incluindo as
25
demais dimensões da vida na lógica de construção do conhecimento que implicam
na formação do cidadão tais como: experiências anteriores, contextos,
subjetividades, comunicação e integração entre as áreas de conhecimento,
convivência social.
Para atuar com as TICs é fundamental um professor mediador, que venha
facilitar, incentivar e motivar a aprendizagem do aluno, dar a liberdade aos Jovens e
adultos para buscarem seu próprio conhecimento e assim poder intervir na
sociedade. Desta feita, é necessária uma prática docente em que o planejamento
esteja bem definido, mas isso não quer dizer que os alunos irão prender mais. Pois
como afirma Magda (2001) o computador como qualquer outra ferramenta precisa
do/a professor/a no processo de ensino-aprendizagem, pois ele sozinho não vai
garantir o ensino do aluno.
As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (DCN)
(2013) vêm mostrando que o uso da mesma se dá a “Uma formação mais criativa,
diferenciada, levando em consideração potencialidades dos jovens e os desafios
que enfrentam no mundo de hoje”. É certo dizer que esses jovens e adultos têm
capacidade para aprender, e assim, inserirem na sociedade, sendo um cidadão
crítico e participativo do seu tempo.
Destaco a importância do apoio institucional e de um trabalho sistematizados
a ser desenvolvidos na escola para uma melhor formação dos professores em
exercício, no que se refere ao uso das novas tecnologias na EJA. Conforme Lino,
(2010):
A valorização dos processos de aprendizagem dos próprios professores, ou seja, no investimento pessoal e institucional de seu aperfeiçoamento contínuo, segundo a criação ou produção de diferentes contextos de aprendizagem também para o professor e não só para o aluno. (LINO ,2010 , p.36-37).
Sabe-se que a formação continuada é parte da base da política de
valorização profissional e é direito do professor assegurado na Constituição Federal
(1988) como direito a ser cumprido pelos sistemas de ensino. Entendemos que a
formação continuada deve ser permanente na vida do docente e que existem
diversas formas da formação continuada a ser efetivada. A professora Rosa diz que
26
as TICs são recursos básicos na modalidade que ela atua, busca sempre a
formação continuada para poder aprender mais sobre o trabalho com essas
tecnologias, pois a formação inicial nunca será suficiente para ela, e ressalta que
devemos estar sempre em formação continuada.
A formação continuada como a própria nomenclatura diz deve ser um
processo contínuo na prática docente. A formação deve ser promovida pelas
instituições de ensino, mas também deve ser de interesse do docente buscar
atualizar-se e melhorar sua prática educativa, buscando promover uma educação de
qualidade para os seus alunos. Nesse sentido, Jose Valente (2003) cite que:
A formação do professor não pode se restringir à passagem de informação sobre o uso pedagógico da informática. Ela deve oferecer condições para o professor construir conhecimentos sobre técnicas computacionais e entender por que e como integrar o computador em sua prática pedagógica. Além disso, essa formação deve acontecer no local de trabalho e utilizar a própria prática do professor como objetivo de reflexão e de aprimoramento, servindo de contexto para construção de novos conhecimentos. (VALENTE, 2003, P. 3).
É nessa perspectiva que a Fundação Bradesco trabalha, implantando
diversas atividades de formação de professores, constantemente, que permitam a
construção do conhecimento necessário para lidar com os desafios, auxiliando e
facilitando seu trabalho. Para que isso ocorra de forma mais eficiente os professores
contam também com a participação de especialistas para solucionar possíveis
problemas que surjam durante as aulas. Segundo Jose Valente (2003) “as
interações com os professores devem ser realizadas enfatizando a construção de
conhecimento. Isto somente pode acontecer quando o especialista participa das
atividades de planejamento, observação, reflexão e análise do trabalho que o
professor está realizando”. Assim, percebemos a importância do trabalho em equipe,
onde é imposto criar condições para quer o/a professor/a e especialistas possam
estar juntos no planejamento dessas atividades que tenham as TICs com
ferramentas de auxílio.
Pois os aparelhos tecnológicos mostram que a prática tem seus imprevistos,
para utilizá-los para isso é importante ter conhecimento acerca do seu
27
funcionamento. A parecença constate de um especialista em maquinas, é uma das
formas de propiciar informações necessárias para os professores quando surgir um
imprevisto e não tiver alguém por perto para ajudar. Visto que pode acontecer do
professor possui dificuldades em aprender informação sobre meios tecnológicos,
sendo assim isso seria um passo essencial, pois muitas escolas que estão
recebendo laboratórios de informática e necessitam de orientadores capacitados.
O professor deve estar atento às sugestões e ideias que seus alunos e
trazem e assim buscar colocá-las em prática e quando surgirem dificuldades ou
dúvidas, pode contar com o apoio de especialistas. São inúmeras as atividades que
podem realizar usando as mídias digitais.
Compreendo que tanto a formação inicial quanto a formação continuada são
importantes porque ambas garantem momentos de aprendizado e de reflexão em
sua prática pedagógica. O aprendizado tem que ser continuo ao longo de toda a vida
profissional do professor. Visto que a formação continuada de professores é um
processo que se desenvolve ao longo da trajetória pessoal e profissional.
Freire (1996, p. 58) confirma essa ideia quando cita que somos seres
inacabados e que “é na inconclusão do ser, como tal, que se funda a educação
como processo permanente. Mulheres e homens se tornaram educáveis na medida
em que se reconhecerem inacabados”.
Nessa perspectiva, faz-se necessária a reflexão crítica do professor sobre sua
prática. É essencial para sua carreira estar em continuo aprendizado. Sendo assim,
atualmente os alunos que ocupam as salas de aula da EJA necessitam de
professores preparados para lidar com recursos e estratégias inovadoras que amplia
os novos horizontes do ensino, de forma motivadora, critica e prazerosa, para que
assim a evasão escolar nesta modalidade seja menor e ao decorrer dos anos acabe,
pois como qualquer outra modalidade de ensino, existem desafios a serem
percorridos.
Portanto, os/as professores/as precisam fazer uma reflexão sobre a sua
prática, bem como participar de formação continuada, a fim de que possam oferecer
oportunidades para os alunos interagirem e estudarem com o auxílio das TICs.
28
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com a realização dessa pesquisa, pode-se concluir que as novas
tecnologias no ambiente educacional vêm adquirindo cada vez mais relevância no
cenário pedagógico. Sua inclusão vem contribuindo no processo de ensino-
aprendizagem como recurso pedagógico nas aulas de EJA.
As novas tecnologias vêm passando por mudanças estruturais e funcionais e
são hoje quase indispensáveis como ferramentas de acesso à informação, interação
social e profissional. Assim, espera-se que sejam usadas no âmbito educacional de
forma que permitam aos alunos independência e autonomia para participarem no
mundo profissional e no seu ambiente sócio-cultural, proporcionando-lhes e
garantindo-lhes os recursos adequados de acordo com o momento em que vivem.
Assim, há necessidade que mídias educacionais sejam integradas nas escolas
públicas e privadas e que suas metodologias de ensino passem por uma
restruturação/adaptação para atender às necessidades de cada aluno, para que não
seja trabalhado num paradigma tradicional de ensino.
É nesse sentido que apontamos a importância da garantia de uma formação
continuada para os professores. Eles podem, com o auxílio das TICs, mediar uma
aprendizagem significativa, estimulante, criativa e prazerosa. Portanto, cabe não
somente ao docente, mais também ao Coordenador Pedagógico, facilitar e
oportunizar o acesso aos meios tecnológicos de forma transformadora, crítica e
autônoma, como também é necessário que o professor tenha formação qualificada
para saber fazer o uso adequado das novas tecnologias.
29
Referências:
ARROYO, Miguel González. Educação de jovens-adultos: um campo de direitos e
de responsabilidade pública. Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo
Horizonte: Autêntica, p. 19-50, 2005.
VALENTE, José Armando. Formação de educadores para o uso da informática
na escola. Pedro Ferreira de Andrade, 2003.
ALVES, Rubens. A alegria de ensinar. Ars Poética, 2000. 93 páginas.
BRAGA, Cristiane Borges. As Tecnologias da Informação e Comunicação na
Educação de Jovens e Adultos." VII CONNEPI-Congresso Norte Nordeste de
Pesquisa e Inovação. 2012.
BRASILEIRO, Sheilla. Juventude e novas tecnologias: implicações para a
educação de jovens e adultos." REUNIÃO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL
DE PÓSGRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO–ANPEd, 25ª, Caxambú/MG.
Anais, Caxambu (2002): 112-127.
CALVALCANTE, SILVA. (2002) Novas tecnologias na educação: reflexões sobre a
prática/ Luiz Paulo Leopoldo Mercado (org). – Maceió: EDUFAL, 2002; p.207
CRUZ, Regina Mara Ribeiro. COELHO, Suzana LannaBrurnier. LIMITES E
POSSIBILIDADES DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS. – Belo Horizonte, 2008.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica / Ministério da
Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação
Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 562p.
FREIRE, Paulo, 1921 – 1997. Pedagogia do oprimido / Paulo Freire. – 56 ed. Ver.
E atual. – Rio de janeiro : Paz e Terra, 2014.
Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
pedagógica." São Paulo: Paz e Terra (1996): 165.
30
FERREIRA, Pedro de Andrade. Formação de educadores para o uso da
informática na escola/ Organizador José Armando Valente. – Campinas, SP:
UNICAMP/ NIED, 2003. 203p
FERREIRA, Jacques de Lima, Joscely Maria B. GALERA, and Margarete Virgínia G.
SILVA. A tecnologia como fator fundamental de inclusão social para os
educandos da EJA no ensino profissional. Programa de Formação de
Professores-UTFPR (2008).
Federal, Senado. Constituição da república federativa do Brasil. Brasília:
Senado (1988).
MACEDO, Lino. Ensaios Pedagógicos. São Paulo: Artmed, 2010
MORAN, José Manuel. O Uso das Novas Tecnologias da Informação e da
Comunicação na EAD: uma leitura crítica dos meios." Palestra proferida pelo
Professor José Manuel Moran no evento" Programa TV Escola-Capacitação de
Gerentes", realizado pela COPEAD/SEED/MEC em Belo Horizonte e Fortaleza, no
ano de (1999).
MORTARI, Magda I.M. EDUCAÇÃO DE ADULTOS: Ampliando horizontes de
conhecimentos/org. Ocsna Sônia Danyluk. – Porto Alegre : Sulina, 2001. P89-119.
OLIVEIRA, Celina Couto de. Ambientes informatizados de aprendizagem:
produção e avaliação de software educativos. Campinas, Editora Papirus,
2001.
PRETTO, Nelson, and Cláudio da Costa Pinto. Tecnologias e novas
educações. Revista Brasileira de Educação 11.31 (2006): 19-30.
PINTO, Álvaro Vieira. Sete lições sobre educação de adultos. 11 ed. São Paulo:
Cortez, 2000.
HADDAD, Sérgio. A educação continuada e as políticas públicas no
Brasil."revej@ - Revista de Educação de Jovens e Adultos 1 (2007): 1-118.
VALENTE, José Armando. Formação de educadores para o uso da informática
na escola. Pedro Ferreira de Andrade, 2003.