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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS ESCOLA DE COMUNICAÇÃO PRECISAMOS FALAR SOBRE PODCAST: UMA PRÁTICA DE METALINGUAGEM EM PODCAST Nícolas Queiros Silva Rio de Janeiro/RJ 2015.2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO

PRECISAMOS FALAR SOBRE PODCAST: UMA PRÁTICA DE

METALINGUAGEM EM PODCAST

Nícolas Queiros Silva

Rio de Janeiro/RJ

2015.2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO

PRECISAMOS FALAR SOBRE PODCAST: UMA PRÁTICA DE

METALINGUAGEM EM PODCAST

Nícolas Queiros Silva

Relatório técnico apresentado à Escola de

Comunicação da Universidade Federal do Rio de

Janeiro, como requisito parcial para a obtenção do

título de Bacharel em Comunicação Social,

Habilitação em Radialismo.

Orientador: Prof. Dr. Ivan Capeller

Rio de Janeiro/ RJ

2015.2

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Rio de Janeiro/ RJ

2015.2

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SILVA, Nícolas Queiros.

Precisamos Falar Sobre Podcast: uma prática de metalinguem em podcast / Nícolas

Queiros Silva – Rio de Janeiro; UFRJ/ECO, 2015.

Número de folhas (31 f.).

Relatório Técnico (graduação em Comunicação Social/Radialismo) – Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação, 2015.

Orientação: Ivan Capeller

1. podcast. 2. metalinguagem. 3. prática.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, minha namorada, meu

orientador e à todos entusiastas dessa mídia

livre e encantadora.

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AGRADECIMENTO

À Deus, e a todos os guias espirituais do sincretismo religioso que vivo, pela força e

amparo nos momentos mais difíceis e necessários da minha trajetória acadêmica, pessoal e

profissional.

Aos meus parentes, por todo apoio incondicional nos encontros familiares, seja com

uma palavra de conforto motivacional ou com algum livro e equipamento técnico necessário

para algum projeto universitário, especialmente meus pais, Sônia e Nonato, que investiram

pesado e nunca deixaram de acreditar no meu potencial, dando total liberdade para minhas

escolhas e decisões ao longo dos anos.

Ao meu irmão Diogo, que ao me fazer frequentar ambientes universitários antes da

hora acabou me preparando para o ambiente social que eu desbravaria ao longo de alguns

anos.

À minha namorada Yoko, que tanto teve que ouvir e aturar nessa reta final de

faculdade, sempre com paciência, carinho e muito amor (além dos livros necessários para

esse projeto acontecer).

Aos meus sogros, Hirofumi e Lidia, que me acolheram na família e ajudaram com

contatos profissionais, conselhos e carinho familiar sempre que preciso.

Aos amigos que conheci ao longo da faculdade, pelas risadas, cervejas, filosofias de

boteco e experiências, amigos de diferentes lugares do Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo.

Aos amigos podcasters, através de nossas brincadeiras virtuais e trocas de

experiências aprendemos muito sobre essa mídia encantadora e evoluimos enquanto

comunicadores e “cientistas da cultura pop”.

Aos ouvintes, sejam eles fiéis ou não, que acompanharam meu trabalho ao longo

desses 7 anos, contribuindo com comentários, emails, abraços em encontros espontâneos,

sempre com críticas construtivas e elogios engrandecedores, desde o MedoC, passando pelo

Clacast e PodCafé, ao atual Bacanudo e Caçadores da Lista Perdida.

Aos mestres do podcast nacional, Leo Lopes e Lucio Luiz, que se disponibilizaram

prontamente ao projeto “Precisamos Falar Sobre Podcast”, acreditando na ideia e cooperando

bastante mesmo com agendas apertadas, mas com a alegria e dedicação característica que os

ouvintes já conhecem.

Aos colegas de trabalhos e estágios que tive ao longo desses anos, destacando a equipe

do TJUFRJ, os amigos do Complexo de Ensino Renato Saraiva e os professores que tive na

Rede Globo, que ao longo da rotina de trabalho foram construindo e lapidando minhas

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habilidades e percepções, afirmando a minha escolha de carreira profissional.

Aos professores que tive ao longo do curso, que não apenas me ensinaram como

também deram suporte profissional e emocional aos meus projetos e trabalhos, especialmente

meu orientador, Ivan Capeller, e também Katia Augusta, Afonso Claudio, Paulo Oneto,

Fernando Mansur, Nilo Sérgio, Fernando Salis, Teresa Bastos, Guiomar Ramos e Consuelo

Lins.

À Escola de Comunicação da UFRJ, seus funcionários, sua história construída por

todos nós, que ávidos por conhecimento e cultura, sempre tivemos um espaço aberto a novas

experiências e projetos, tradicionais ou audaciosos.

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“You had your time

You had the power

You've yet to have

your finest hour.”

Roger Taylor (Queen)

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SILVA, Nícolas Queiros. Precisamos Falar Sobre Podcast: uma prática de

metalinguagem em podcast. Orientador: Ivan Capeller. Rio de Janeiro, 2016. Relatório

técnico (Graduação em Comunicação Social/Radialismo) – ECO-UFRJ.

RESUMO

Este relatório técnico descreve o processo de criação, desenvolvimento, produção, edição e

distribuição do podcast Precisamos Falar Sobre Podcast, programa metalinguístico com

personalidades da área discutindo a mídia, que se encontra anexo na versão digital deste

trabalho. O programa conta com a participação de escritores, editores e especialistas no

campo do podcast nacional, discutindo o surgimento da mídia no Brasil, seu atual momento e

especulações sobre o futuro dos podcasts. Precisamos Falar Sobre Podcast foi criado com o

intuito de se discutir mais sobre a mídia no Brasil, assunto que interessa não apenas os

milhares de ouvintes mas também os milhares de produtores de conteúdo no país.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 11

1.1 Contexto do Trabalho ............................................................................................... 11 1.2 Objetivo .................................................................................................................... 11 1.3 Justificativa da Relevância ................................................................................... ... 11 1.4 Organização do Relatório ........................................................................................ 12 1.5 Concepção da Obra ................................................................................................... 12

2. PODCAST – DEFINIÇÃO DE UMA MÍDIA ....................................................... 14 3. PRODUÇÃO DO PROGRAMA ............................................................................. 16 3.1 Pré-produção ............................................................................................................. 16 3.2 Gravação ................................................................................................................... 17 3.3 Edição ................................................................................................................... ....18 3.4 Vitrine e Distribuição .............................................................................................. 20

4. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 24 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 25 6. ANEXO DO ROTEIRO ORIGINAL ..................................................................... 29

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1. INTRODUÇÃO:

Este relatório técnico visa descrever, com as devidas explicações estéticas e técnicas, o

Trabalho de Conclusão de Curso “Precisamos Falar Sobre Podcast”. O resultado é um podcast

com pouco mais de 50 minutos, com a participação de nomes conhecidos da mídia

(podcasters) para discutir a mídia num formato de mesa redonda.

1.1 – Contexto do trabalho:

Desde 2009 em atividade na mídia, não pude deixar de notar uma pequena oferta de

programas voltados para a própria mídia podcast. Entre esses poucos, vemos programas que

ensinam tecnicamente como produzir e manter um podcast, entre os quais podemos citar o

Metacast1 e o Alô Ténica

2. Ainda assim há uma escassez de programas que discutam a mídia

teoricamente, reunindo diferentes nomes de diferentes épocas, servindo tanto para produtores

de podcasts quanto para os ouvintes da mídia.

1.2 – Objetivo:

Produzir um podcast que preencha essa lacuna citada no parágrafo anterior, trazendo

diferentes convidados que entendem a mídia nos mais diferentes aspectos (como produtores,

escritores, apresentadores, ...).

Ao mesmo tempo, atingir não apenas os produtores como acaba acontecendo com

podcasts metalinguísticos que focam nos aspectos técnicos, mas também os ouvintes que já

estão familiarizados com a mídia e os curiosos que buscam entendê-la para então consumi-la

definitivamente.

1.3 – Justificativa da relevância:

Segundo o portal Teiacast3, uma página catalogadora de podcasts nacionais, temos

aproximadamente 1207 podcasts no Brasil, sendo 924 ativos. Eles estão categorizados de

acordo com a temática abordada, sendo que na categoria Podcasting temos apenas 4 (estando

1 http://mundopodcast.com.br/metacast/ Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

2 http://radiofobia.com.br/podcast/tag/alo-tenica/ Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

3 http://mundopodcast.com.br/teiacast/ Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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apenas 2 ativos atualmente). Em 2014, tivemos a PodPesquisa4 que recebeu 16.197 respostas

válidas contra 2.487 da edição anterior realizada em 2009, o que demonstra um crescimento

considerável na audiência da mídia. Com todo esse crescimento do podcast no Brasil, é

essencial o surgimento de mais programas metalinguísticos que venham a fomentar as

questões teóricas, estéticas e práticas dos ouvintes.

1.4 – Organização do relatório:

No primeiro capítulo a seguir é descrito o conceito de podcast e a sua origem,

mundialmente e nacionalmente. São utilizados os livros “Podcast: Guia Básico” (2015) e

“Reflexões sobre Podcast” (2014), além de pesquisas acadêmicas, dados da PodPesquisa 2014

e dados de sites e portais voltados ao assunto.

No segundo capítulo a seguir é descrito o processo de produção do programa em

questão, desde a sua preparação, passando pela etapa de gravação e captação do áudio até a

pós-produção e distribuição do produto final. São citadas e desenvolvidas as escolhas estéticas

que permeiam o projeto nesse capítulo.

1.5 – Concepção da obra:

Ao mesmo tempo em que o objetivo do programa é tratar a mídia com seriedade

através de reflexões teóricas e analíticas, é necessário um clima descontraído e leve que

permita o ouvinte consumir o podcast de forma fácil e prazerosa. Inspirado nos programas

americanos de entrevista, adotei o ritmo musical jazz como uma identidade sonora constante

do programa.

Dividindo o podcast em blocos, com transições classicas da estética radiofônica, cada

parte é composta por um jazz instrumental diferente, construindo uma dinâmica sonora

agradável mas sem tirar a atenção do ouvinte que escuta a conversa dos participantes.

O esquema de mesa redonda, com um apresentador mediador e convidados, é muito

utilizado no podcast nacional, característica que permite o ouvinte desse projeto se sentir

familiarizado com a condução que o programa possa ter, assim como apresentação inicial e

créditos finais, como o famoso “jabá” onde o convidado tem um espaço para fazer uma

propaganda pessoal de suas redes sociais, trabalhos e sites.

4 http://www.podpesquisa.com.br/2014/resultado. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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Uma singela homenagem ao rádio brasileiro é feita, não apenas nas menções mas

também através de sonorizações que imergem o ouvinte numa situação, como som de

aplausos, animais, máquina de café ou uma caixa registradora, característica fundamental das

animadas radios AM brasileiras.

Ao citarmos outros podcasts, uma vinheta sonora de fita rebobinando é usada e um

trecho do podcast citado é tocado, permitindo o ouvinte conhecer aquela citação ou caso o

ouvinte já conheça, agradá-lo com uma memória sonora existente.

Seja um ouvinte acostumado com podcast, ou mesmo um ouvinte de primeira viagem,

a estética trabalhada no programa conversa bastante com as produções já realizadas no país,

trazendo o foco diferencial para o assunto tratado e com convidados especializados na mídia

em questão.

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2. PODCAST – DEFINIÇÃO DE UMA MÍDIA:

É quase impossível fugirmos da famosa comparação entre rádio e podcast, dois

fenômenos midiáticos de início de século (PRIMO, 2005), porém é um assunto que gera

inúmeras discussões entre amantes e produtores da mídia. Enquanto a estética sonora nos

aproxima dessa comparação, a forma de produção, edição e distribuição logo apontam num

sentido contrário.

Em 2003, o programador e empresário Dave Winer desenvolveu uma forma de

transmitir arquivos de áudio no formato RSS (Ritch Site Summary ou Really Simple

Syndication5) em parceria com o jornalista Christopher Lyndon, que passou a disponibilizar

entrevistas na internet através dessa ferramenta. É um passo importante para o nascimento do

podcast e Luiz (2014, p.10) desenvolve assim: “Explicando de uma forma bem simples, o

RSS é uma maneira de um programa chamado agregador de conteúdo saber que um blog foi

atualizado sem que a pessoa precise visitar o site. Ou seja, em vez de o internauta ir até o

conteúdo, é o conteúdo que “vai” para o internauta.”

Apesar disso, o surgimento da mídia só acontece em 2004, quando esse sistema citado

se diferencia do RSS padrão até então. Adam Curry, VJ da MTV, após muitos pedidos de fãs

que queriam encontrar suas entrevistas e programas na internet, criou o RSStoiPod, um

sistema que permitia transmitir arquivos de áudio para o iTunes, utilizando um script

desenvolvido anteriormente pelo programador Kevin Marks.

Com isso, arquivos de áudio poderiam ser distribuídos para os gadgets que estavam

fazendo sucesso na época, os iPods, fato que acaba nomeando essa nova mídia como uma

junção de iPod e broadcast, logo podcast.

Uma mídia da cibercultura vem conquistando grande

espaço na internet graças a sua facilidade de criação e

distribuição: o podcast. Em linhas gerais, podcasts são

programas de áudio ou vídeo ou ainda uma mídia de qualquer

formato cuja principal característica é sua forma de

distribuição direta e atemporal chamada podcasting. Isso os

diferencia dos programas de rádio tradicionais e até de

audioblogs e similares. (LUIZ e ASSIS, 2009, p. 01)

5 Richardson W. (2005) RSS Quick Start Guide for Educators: http://weblogg-ed.com/wp-

content/uploads/2006/05/RSSFAQ4.pdf. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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No Brasil o fenômeno surge concomitantemente em outubro de 2004 através do

Digital Minds6 de Danilo Medeiros. Logo inúmeros produtores de conteúdo lançam seus

podcasts e aos poucos desenham um histórico da mídia no Brasil, contudo Luiz e Assis (2009)

chamam atenção para o “podfade” em 2005, onde uma série de podcasts brasileiros são

abandonados por motivos diversos. Tal fenômeno só termina em 2006, momento em que

surgem podcasts que criariam tendência, como Nerdcast7 e Rapaduracast

8, ambos lembrados

por Lopes (2015).

Segundo dados do portal Teiacast, contamos atualmente com cerca de 1207 podcasts

no Brasil, sendo 924 ativos. O crescimento da mídia se dá graças ao apoio mútuo entre os

podcasters e ouvintes (conhecidos como “podosfera”), que juntos movimentam grupos nas

redes sociais, produzem tutoriais gratuitos para quem quer aprender ou aperfeiçoar suas

técnicas, financiam iniciativas na mídia através de sites como Patreon9, ou até mesmo a

versão brasileira, Padrim10

.

Tal crescimento ganha respaldo em pesquisas, como a PodPesquisa 2014, lançamentos

literários como Reflexões sobre Podcast (2014) e Podcast: Guia Básico (2015), além de

workshops profissionais11

, crescentes ações publicitárias na mídia e a busca de veículos de

outras mídias por um espaço de destaque no meio “podcastal”, como é o caso das rádio

CBN12

e Bandeirantes13

, afinal, como diria Luciano Pires14

: “Um ouvinte de podcast vale por

cem de mídias tradicionais.”

6 Digital Minds: http://www.digitalminds.com.br/podcasts/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

7 Nerdcast do portal Jovem Nerd: http://jovemnerd.com.br/categoria/nerdcast/. Acesso em: 21 de Fevereiro de

2016. 8 Rapaduracast do portal Cinema com Rapadura: http://cinemacomrapadura.com.br/rapaduracast-podcast/.

Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016. 9 Plataforma de financiamento coletivo Patreon: https://www.patreon.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

10 Versão brasileira do modelo Patreon: https://www.padrim.com.br/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

11 Curso de Podcast (2014):

https://www.youtube.com/watch?v=MEqqcKHeZrA&list=PL71ABY8h2Hunj9UMPGA80%20hsPb6Pin4im3.

Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016. 12

Portal da CBN: http://cbn.globoradio.globo.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016. 13

Portal da Bandeirantes: http://radiobandeirantes.band.uol.com.br/podcast.asp. Acesso em: 21 de Fevereiro de

2016. 14

Trecho da matéria Podcast Brasil da revista Superinteressante (Set.2013):

http://super.abril.com.br/cultura/podcast-brasil. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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3. PRODUÇÃO DO PROGRAMA:

Nesse capítulo serão descritas as etapas da produção do programa “Precisamos Falar

Sobre Podcast”, abordando desde a sua pré-produção até o produto final e sua distribuição,

detalhando cada aspecto técnico necessário para a compreensão do todo.

3.1 – Pré-produção:

A ideia de produzir um podcast metalinguístico aparecia em conversas frequentes com

amigos podcasters, inspirados pela profusão de podcasts metalinguísticos estrangeiros, como

podemos conferir na página Podcasts About Podcasting15

. Após adquirir experiência e

perceber essa lacuna a ser preenchida no nicho das produções brasileiras, resolvi elaborar a

pauta e escolher convidados que pudessem agregar numa conversa intelectual a respeito da

mídia no país. Apesar do conteúdo do programa ir a fundo na temática, preferi manter a

estrutura do mesmo simples, com 4 blocos: O que é podcast; Como surgiu no Brasil; Qual o

atual momento da mídia; Como enxergamos a mídia no futuro.

A estrutura então montada visa facilitar a compreensão e entreter os ouvintes tanto

com a trilha sonora quanto com a participação dos convidados, levando como uma máxima

um dos tópicos abordados na PodPesquisa 2014 conforme figura 1:

Figura 1: Tópico 14 da PodPesquisa 2014.

15 http://podcastsaboutpodcasting.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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Entre os possíveis convidados, Leo Lopes e Lucio Luiz se destacavam pela

importância que ambos possuem na mídia. Juntos iniciaram as primeiras produções literárias a

respeito do assunto no Brasil, sendo do Leo Lopes a primeira empresa brasileira totalmente

dedicada a produção e consultoria de podcast16

. Com essa escolha em mãos, houve um

contato por e-mail para explicar melhor o programa e apresentar essa ideia dos 4 blocos.

Ajustadas as agendas, marcamos uma áudio conferência no Skype, um software que permite

conversação por texto, áudio e vídeo.

3.2 – Gravação:

Tudo aconteceu às 21:30 de 15 de janeiro de 2016. Microfones ligados, sejam eles

headsets como o popular LX-3000 da Microsoft ou condensadores como o Samson C01U,

conferência funcionando, era o momento de configurar um software de captação do áudio da

conferência para o material bruto ser armazenado no computador. Utilizei o iFree Skype

Recorder17

(figura 2), um gravador de conferências gratuito que permite visualizar tanto a

captação do microfone quanto a captação dos participantes.

Além disso, ele permite gravar em mono ou stereo e ajustar tanto o bit rate

(quantidade de informação contida num determinado tempo em Kbps) quanto o sample rate

(quantidade de vezes que a placa de som captura o sinal por segundo desejado).

Figura 2: Imagem do iFree Skype Recorder em funcionamento.

A linguagem adotada é a coloquial, sem muitas restrições aos participantes,

permitindo uma maior naturalidade na conversa e podendo criar uma maior empatia por parte

dos ouvintes. Uma das vantagens do podcast é justamente não ter a necessidade do ao vivo

como o rádio, permitindo pausas durante a gravação, erros e desenvolvimento do assunto até

o ponto de se obter o conteúdo desejável para a edição final. Nesse podcast tivemos um

16 http://radiofobia.com.br/empresa/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

17 http://www.ifree-recorder.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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material bruto com aproximadamente 1 hora e 40 minutos, para um produto final editado com

cerca de 52 minutos.

Prevenindo eventuais problemas com a perda do material bruto, os outros participantes

utilizaram softwares de captação sonora para criação de backups de segurança, algo que

felizmente não foi necessário ao longo desse projeto.

3.3 – Edição:

Com o arquivo bruto pesando cerca de 75 megabytes, entrava em ação o software de

edição Adobe Audition18

, que permite uma edição sonora completa com multi-pistas entre

outras centenas recursos técnicos.

Uma vez que o arquivo de áudio bruto é importado no Adobe Audition, ele passa por

alguns tratamentos para atingir uma qualidade estética ideal para o podcast. São eles:

Single Band Compressor: É um compressor clássico que permite reduzir a faixa

dinâmica, produzindo uma melhor consistência no volume das vozes, elevando

também o som das falas mais baixas. É possível ajustar conforme necessário o

threshold, ratio, attack, release e output gain.

Hard Limiter: Esse compressor atenua os sons que sobressaem o threshold

especificado, além de aumentar o volume do áudio para um limite estipulado sem que

haja uma distorção do mesmo, permitindo que as vozes permaneçam acima da trilha

sonora utilizada na mixagem final. É possível ajustar conforme necessário a maximum

amplitude, input boost, look-ahead time, release time.

DeEsser Effect: O último compressor utilizado remove o excesso da sonoridade ruim

causada pela letra “S” muito frequente na fala, o que poderia distorcer as frequências

mais altas. É possível ajustar conforme necessário o mode, threshold, center

frequency, bandwidth, tip, output sibilance only e gain reduction.

Após essas etapas, as vozes são cortadas de acordo com a necessidade de dinamismo

da conversa. Como o podcast é desenvolvido na edição, o público reage bem a uma edição

limpa, com poucas gaguejadas e repetições, falas intercaladas e pouco silêncio ocasional.

Feito isso, entram em campo as trilhas sonoras. Começando com Take Out Groove de

18 http://www.adobe.com/br/products/audition.html. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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Patrick Yandall19

, um smooth jazz característico dos programas de auditório americanos,

exatamente no momento em que os convidados são apresentados e recebidos com sonoplastia

de aplausos.

A seguir temos Effects of Elevation do Revolution Void20

, um projeto musical de

Jonah Dempcy que confere um caráter mais ousado e atual ao programa no instante em que os

convidados são descritos pelo apresentador.

No primeiro bloco das perguntas, mas especificamente da pergunta “O que é

podcast?” temos Forward da dupla finlandesa Northbound21

, que declara seu estilo como

downtempo, triphop, funk, jazz, folk e soul, mantendo a linha alternativa e ousada iniciada no

bloco anterior.

Quando falamos sobre como o podcast surgiu no Brasil, a trilha volta ao Revolution

Void, dessa vez com Line of Flight22

, um trabalho que incorpora elementos do hip hop ao jazz

eletrônico do Jonah Dempcy. É a trilha que acompanha o bloco onde parte da historia do

podcast nacional é desenvolvida e detalhada, contando com trechos de podcasts históricos.

Após a etapa histórica, o assunto da vez é cenário atual do podcast no Brasil, momento

em que a trilha de jazz ganha um aspecto mais progressivo ao som de Fourth do trio russo

Mystic Morrison Visions23

.

Nesse último bloco de perguntas, a conversa ganha um tom mais leve e descontraído

ao flertar com um exercício de futurologia sobre os rumos do podcast no Brasil. A trilha

escolhida é AcidJazz de Kevin MacLeod24

, renomado e premiado músico americano. A esfera

chill-out e easy listening desse jazz conversa diretamente com o tom citado anteriormente.

No bloco final onde os convidados se despedem e os créditos são realizados, voltamos

ao Take Out Groove de Patrick Yandall, uma repetição planejada e consciente do ciclo que o

programa percorre, além de constituir a identidade sonora do programa para futuras edições.

Além das trilhas sonoras, outra parte importante do projeto é a sonoplastia de efeitos.

Ao longo do programa diferentes sons aparecem para reforçar uma ideia colocada por algum

participante e/ou imergir o ouvinte na experiência do podcast. As vinhetas sonoras de

transição são simples e radiofônicas, uma singela homenagem ao referencial estético que

influencia as produções de podcast. Quando algum podcast antigo é citado, uma vinheta

19 http://freeplaymusic.com/volumedetail.aspx?volume=1261. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

20 https://www.youtube.com/watch?v=j_liOvcqBn8. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

21 https://www.youtube.com/watch?v=WIJ64eGXO3o. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

22 https://www.youtube.com/watch?v=izsfZyl8q_I. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

23 https://www.youtube.com/watch?v=FGtRPvVN5xw. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

24 https://www.youtube.com/watch?v=S4NsshEJz0g. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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sonora de fita rebobinando prepara o ouvinte para um trecho que será executado, artifício

muito usado em outros podcasts nacionais.

Ajustados os fades e os volumes, as faixas são mixadas e exportadas no formato

popular MP3, com sample type de 48.000 Hz stereo 32-bit e bit rate de 128kbps, permitindo

que o arquivo final tenha cerca de 50 megabytes, um tamanho razoável para uma mídia que

será consumida tanto em computadores quanto smartphones, sem perder a qualidade sonora

desejada pelos amantes da mídia.

O projeto final de edição pesava aproximadamente 1,54 gigabytes e ao todo foram

utilizadas 4 faixas: 1 para as vozes, 1 para trilha-sonora, 1 para efeitos sonoros e a última para

inserções de outros podcasts, conforme a figura 3:

Figura 3: Captura de tela da timeline ao final da edição.

3.4 – Vitrine e Distribuição:

A vitrine é sem sombra de dúvidas uma parte essencial na divulgação do podcast, onde

os ouvintes possuem uma resposta visual de uma mídia inteiramente sonora. Nesse espaço o

podcast pode expressar parte da sua estética, referenciar citações do programa, exibir os

participantes, tudo de acordo com a proposta individual de cada programa.

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Em programas e sites agregadores, como o brasileiro YouTuner25

, somos

bombardeados visualmente com inúmeras vitrines que competem pela sua atenção, fenômeno

bem parecido com as artes dos discos em uma loja de cds e vinis, como no filme Empire

Records26

.

No caso da vitrine do Precisamos Falar Sobre Podcast, o trabalho de design gráfico foi

desenvolvido no famoso software Adobe Photoshop27

. O background azulado reforça a

metalinguagem empregada na temática do podcast ao mesclar diferentes elementos do áudio:

caixas de som, ondas sonoras, fone de ouvido e microfone condensador.

Flutuam círculos com as imagens dos participantes, figuras principais do programa

que representam diferentes fases do podcast nacional, com faixas identificativas para que o

ouvinte conheça o rosto daqueles que estão por trás da discussão levantada.

O título tem duas estéticas. A primeira na frase “Precisamos Falar Sobre” denota

seriedade e um padrão formal e até mesmo clássico na fonte Niagara Engraved. A segunda é

na palavra Podcast, que através da fonte Neon Lights visa homenagear os letreiros oitentistas,

sendo a cor laranja uma referência ao padrão do sistema de feed usado no podcasting, como

podemos conferir na imagem 4:

Figura 4: Vitrine do podcast, realizada no Adobe Photoshop.

25 http://youtuner.co/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

26 Empire Records (1995). Theatrical Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=it6hEeq73Xc. Acesso em: 21

de Fevereiro de 2016. 27

http://www.adobe.com/br/products/photoshop.html. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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Além de estar presente na postagem do podcast na internet, a vitrine está incorporada a

MP3 do programa, ou seja, quando o ouvinte realiza o download para ouvir posteriormente

em seu celular ou computador, a vitrine estará presente no arquivo de MP3 também. Isso é

possível através do software Mp3Tag28

, que permite não apenas incorporar imagens em

arquivos MP3 mas também adicionar informações úteis como título do arquivo, participantes,

ano de produção, gênero do áudio, entre outras opções.

Com a MP3 finalizada, é iniciado o processo de upload para algum site ou servidor de

forma que o podcast se torne acessível para os ouvintes. Segundo Vanassi (2007), os podcasts

devem estar disponíveis publicamente na internet e facilmente acessíveis, pois uma das

principais características do podcasting é a liberdade oferecida para o ouvinte poder baixar e

escutar os programas disponibilizados quando quiser.

No caso dos servidores, programas gratuitos de FTP (File Transfer Protocol), como o

FileZilla29

, resolvem a questão. Há também os sites que permitem upload de áudio para

produtores musicais e podcasters, como o Soundcloud30

, site utilizado nesse projeto. Uma das

regras do site é que o material utilizado seja de direito do usuário ou que siga o modelo

creative-commons31

caso seja autorizado pelo produtor original, por isso toda trilha sonora

utilizada no podcast é de sites como Free Music Archive32

, Free Soundtrack Music33

e

Incompetech34

.

O creative-commons funciona através de quatro tipos de licenças originalmente:

• Atribuição (BY): Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar

a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto que dêem créditos devidos ao autor ou

licenciador, na maneira especificada por estes.

• Uso Não Comercial (NC): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar

a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não-comerciais.

• Não a obras derivadas (ND): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e

executar apenas cópias exatas da obra, não podendo criar derivações da mesma.

• Compartilhamento pela mesma licença (SA): Os licenciados devem distribuir

obras derivadas somente sob uma licença idêntica à que governa a obra original.

28 http://www.mp3tag.de/en/download.html. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

29 https://filezilla-project.org/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

30 https://soundcloud.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

31 https://br.creativecommons.org/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

32 http://freemusicarchive.org/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

33 http://www.freesoundtrackmusic.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

34 http://incompetech.com/music/royalty-free/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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Há dezesseis combinações possíveis, das quais onze são licenças válidas do CC e

cinco não são. Das cinco inválidas, quatro incluem ao mesmo tempo as cláusulas "ND" e

"SA", que são mutuamente exclusivas; e uma não inclui nenhuma das cláusulas. Das onze

combinações válidas, as cinco que não têm a cláusula "BY" foram removidas, já que 98% dos

licenciadores pediam atribuição. No entanto, elas permanecem no website para referência.

Sendo assim, restam seis licenças de uso regular:

• Somente atribuição (BY);

• Atribuição + Uso não comercial (BY-NC);

• Atribuição + Não a obras derivadas (BY-ND);

• Atribuição + Compartilhamento pela mesma licença (BY-SA);

• Atribuição + Uso não comercial + Não a obras derivadas (BY-NC-ND);

• Atribuição + Uso não comercial + Compartilhamento pela mesma licença (BY-NC-

SA) – CC-BY-NC-SA;

Respeitados os créditos citados tanto no podcast quanto na postagem do SoundCloud,

o arquivo é hospedado e torna-se público para todos que acessarem o link35

e/ou assinarem o

feed36

gerado automaticamente pelo site.

O ouvinte ao acessar pode ouvir através do próprio player do soundcloud ou pode

efetuar download para escutar posteriormente, além de visualizar tanto a vitrine do programa

quanto uma postagem em texto com sinopse, links dos participantes e créditos musicais,

podendo comentar inclusive com marcação de minutos para que o produtor saiba qual o

momento exato do podcast que foi citado pelo ouvinte.

35 https://soundcloud.com/nicolasqueiros/precisamos-falar-sobre-podcast-com-leo-lopes-e-lucio-luiz. Acesso em:

21 de Fevereiro de 2016. 36

http://feeds.soundcloud.com/users/soundcloud:users:201732880/sounds.rss. Acesso em: 21 de Fevereiro de

2016.

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4. CONCLUSÃO:

Após finalizada a primeira edição do Precisamos Falar Sobre Podcast, a ideia é com o

tempo trazer outros nomes da mídia abordando outras temáticas dentro desse universo dos

podcasts. O retorno dos ouvintes é essencial para definir os rumos que esse projeto pode

assumir, podendo contar com uma equipe maior, duração alterada e até mesmo convidados e

assuntos desejados, trazendo o ouvinte para um papel de colaborador e produtor do programa.

A estética construída seria mantida com a manutenção da trilha sonora, sempre

mantendo a procura por material de creative-commons e de estética sonora similar ao que já

foi utilizado.

Em meio ao crescimento da mídia no país, Precisamos Falar Sobre Podcast se insere

nas produções visando alimentar uma discussão metalinguística através de nomes populares e

reconhecidos pela maioria dos ouvintes, fato consolidado nessa primeira edição ao conciliar

convidados famosos com um assunto que merece cada vez mais atenção a medida em que

cresce sua popularidade.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ADOBE. Adobe Audition. Disponível em: http://www.adobe.com/br/products/audition.html.

Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

ADOBE. Adobe Photoshop. Disponível em:

http://www.adobe.com/br/products/photoshop.html. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

ALÔ TÉNICA. Disponível em: http://radiofobia.com.br/podcast/tag/alo-tenica/. Acesso em:

21 de Fevereiro de 2016.

CBN. Disponível em: http://cbn.globoradio.globo.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

CC Brasil. Creative Commons BR. Disponível em: https://br.creativecommons.org/. Acesso

em: 21 de Fevereiro de 2016.

CURSO DE PODCAST (2014). Workshop de Produção de Podcasts com Leo Lopes.

Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=MEqqcKHeZrA&list=PL71ABY8h2Hunj9UMPGA80

hsPb6Pin4im3 Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

DIGITAL MINDS. Podcasts. Disponível em: http://www.digitalminds.com.br/podcasts/.

Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

EMPIRE RECORDS. Direção: Allan Moyle. Warner Brothers Pictures, 1995. 1 DVD (90

min). son., color, widescreen.

FEED PRECISAMOS FALAR SOBRE PODCAST. Disponível em:

http://feeds.soundcloud.com/users/soundcloud:users:201732880/sounds.rss. Acesso em: 21 de

Fevereiro de 2016.

FILEZILLA. The Free FTP Solution. Disponível em: https://filezilla-project.org/. Acesso em:

21 de Fevereiro de 2016.

FMA. Free Music Archive. Disponível em: http://freemusicarchive.org/. Acesso em: 21 de

Fevereiro de 2016.

FSM. Royalty Free Music for Video Production. Disponível em:

http://www.freesoundtrackmusic.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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IFREE SKYPE RECORDER. Record Skype Calls with iFree Skype Recorder. Disponível em:

http://www.ifree-recorder.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

INCOMPETECH. Royalty Free Music. Disponível em:

http://incompetech.com/music/royalty-free/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

LOPES, Leo (2015). Podcast: Guia Básico (ebook). Nova Iguaçu: Marsupial Editora.

LUIZ, Lucio (Org.). Reflexões sobre Podcast. Nova Iguaçu: Editora Marsupial, 2014.

LUIZ, Lucio; ASSIS, Pablo de. O crescimento do podcast: origem e desenvolvimento de uma

mídia da cibercultura. In: SIMPÓSIO NACIONAL DA ABCIBER, 3., 2009, São Paulo.

Anais… São Paulo: Programa de Mestrado em Comunicação e Práticas de Consumo da

ESPM, 2009. 1 CD-ROM.

MACLEOD, Kevin. AcidJazz. New York, EUA. Incompetech, 2011. 1 disco sonoro. Faixa

12. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=S4NsshEJz0g. Acesso em: 21 de

Fevereiro de 2016.

METACAST. Disponível em: http://mundopodcast.com.br/metacast/. Acesso em: 21 de

Fevereiro de 2016.

MP3TAG. The universal tag editor. Disponível em:

http://www.mp3tag.de/en/download.html. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

NERDCAST. Disponível em: http://jovemnerd.com.br/categoria/nerdcast/. Acesso em 21 de

Fevereiro de 2016.

NORTHBOUND. Forward. Helsinki. FIN. Monotonik, 2006. 1 disco sonoro. Faixa 1.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=WIJ64eGXO3o. Acesso em: 21 de

Fevereiro de 2016.

PADRIM. Disponível em: https://www.padrim.com.br/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

PATREON. Support the creators you love. Disponível em: https://www.patreon.com/. Acesso

em: 21 de Fevereiro de 2016.

PODCAST Brasil. Superinteressante. Ed. 323, Setembro de 2013. Disponível em:

http://super.abril.com.br/cultura/podcast-brasil. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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PODCASTS ABOUT PODCAST. Brought to you by the School of Podcasting. Setembro de

2014. Disponível em: http://podcastsaboutpodcasting.com/. Acesso em: 21 de Fevereiro de

2016

PODPESQUISA 2014. Resultado Geral da PopPesquisa 2014. Disponível em:

http://www.podpesquisa.com.br/2014/resultado. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

PRECISAMOS FALAR SOBRE PODCAST ON SOUNDCLOUD. Disponível em:

https://soundcloud.com/nicolasqueiros/precisamos-falar-sobre-podcast-com-leo-lopes-e-lucio-

luiz. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

PRIMO, A. F. T. (2005) . Para além da emissão sonora: as interações no podcasting.

Intexto, Porto Alegre, n. 13.

RÁDIO BANDEIRANTES. Podcasting. Disponível em:

http://radiobandeirantes.band.uol.com.br/podcast.asp. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

RADIOFOBIA. Podcast e Multimídia. Disponível em: http://radiofobia.com.br/empresa/.

Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

RAPADURACAST. Disponível em: http://cinemacomrapadura.com.br/rapaduracast-podcast/.

Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

RICHARDSON, W. (2005). RSS Quick Start Guide for Educators. Disponível em:

http://weblogg-ed.com/wp-content/uploads/2006/05/RSSFAQ4.pdf. Acesso em: 21 de

Fevereiro de 2016.

SOUNDCLOUD. Seu stream na SoundCloud. Disponível em: https://soundcloud.com/.

Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

TEIACAST. Disponível em: http://mundopodcast.com.br/teiacast/. Acesso em: 21 de

Fevereiro de 2016.

VANASSI, Gustavo. Podcasting como processo midiático interativo. Monografia. Caxias do

Sul:Universidade de Caxias do Sul, 2007.

VISIONS, Mystic Morrison. Fourth. Astrakhan, RUS. Accessory Takes, 2010. 1 disco

sonoro. Faixa 7. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FGtRPvVN5xw. Acesso

em: 21 de Fevereiro de 2016.

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VOIDS, Revolution. Effects of Elevation. Washington, EUA. Cheshire Records, 2011. 1 disco

sonoro. Faixa 4. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=j_liOvcqBn8. Acesso

em: 21 de Fevereiro de 2016.

VOIDS, Revolution. Line of Flight. Washington, EUA. Cheshire Records, 2008. 1 disco

sonoro. Faixa 1. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=izsfZyl8q_I. Acesso em:

21 de Fevereiro de 2016.

YANDALL, Patrick; MAYEUX, Andre. Take Out Groove. California, EUA. BrainChild

Records, 1997. 1 disco sonoro. Faixa 11. Disponível em:

http://freeplaymusic.com/volumedetail.aspx?volume=1261. Acesso em: 21 de Fevereiro de

2016.

YOUTUNER. Descubra, ouça e compartilhe programas em áudio e podcasts. Disponível em:

http://youtuner.co/. Acesso em: 21 de Fevereiro de 2016.

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6. ANEXO DO ROTEIRO ORIGINAL:

Data da gravação: 15 de janeiro de 2016 (sexta-feira).

Horário: 21:30

Participantes:

Nícolas Queiros (Caçadores da Lista Perdida e Bacanudo)

Leo Lopes (Radiofobia e Alô Ténica)

Lucio Luiz (Papo de Gordo e Editora Marsupial)

Abertura:

- Som de “Take Out Groove” do Patrick Yandall.

Nícolas: Sejam bem vindos ao “Precisamos Falar Sobre Podcast”! Eu sou Nícolas Queiros e

aqui comigo hoje, Leo Lopes!

- Sonoplastia de aplausos.

Leo: Olá! Boa noite, boa tarde, bom dia pra você que ouve esse podcast. Eu sou Leo Lopes,

diretamente da Radiofobia Podcast & Multimídia, estou aqui porque precisamos sim falar

sobre podcast.

Nícolas: Sempre é preciso e também pra completar o time, estamos aqui hoje com Lucio

Luiz!

- Sonoplastia de aplausos.

Lucio: Olá pessoal, aqui é o Lucio Luiz do podcast Papo de Gordo e responsável por alguns

artigos acadêmicos sobre podcast e precisamos falar sobre podcast.

Nícolas: Sempre! Sempre será necessário, então estamos aqui hoje no nosso primeiro

episódio. Nos acompanhe!

- Sobe música e encerra em fade out.

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30

- Virgula sonora radiofônica 1.

- Sobe som de “Effects of Elevation” do Revolution Void.

Nesse momento fazer uma apresentação detalhada de cada participante para os ouvintes.

- Sobe música e encerra em fade out.

- Virgula sonora “pausa da agulha no vinil” 1.

- Sobe som de “Forward” do Northbound.

PRIMEIRO BLOCO: Discussão sobre o que é um podcast e as diferentes visões a cerca da

pergunta.

- Sobe música e encerra em fade out.

- Virgula sonora radiofônica 2.

- Sobe som de “Line of Flight” do Revolution Void.

SEGUNDO BLOCO: Discussão sobre como acontece o surgimento da mídia podcast no

Brasil, seus precursores, o PodFade e a segunda geração de podcast que veio para “ditar

moda”.

OBS: Utilizar áudios originais dos podcasts citados, com sonoplastia de fita rebobinando

para denotar uma volta no tempo.

- Sobe música e encerra em fade out.

- Virgula sonora radiofônica 3.

- Sobe som de “Fourth” do Mystic Morrison Visions.

TERCEIRO BLOCO: Discussão sobre o cenário atual do podcast no Brasil, abordando a

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quantidade de podcasts existentes e ativos, questões financeiras e o feedback dos ouvintes

através das PodPesquisas realizadas em 2009 e 2014.

- Sobe música e encerra em fade out.

- Virgula sonora “pausa da agulha no vinil” 2.

- Sobe som de “AcidJazz” do Kevin MacLeod.

QUARTO BLOCO: Discussão livre e descontraída sobre o futuro da mídia podcast nos

próximos anos, na visão de cada participante.

- Sobe música e encerra em fade out.

- Virgula sonora radiofônica 4.

- Sobe som de “Take Out Groove” do Patrick Yandall.

ENCERRAMENTO: Momento de agradecer a participação dos convidados, levantar

considerações finais sobre o assunto abordado, realizar um “jabá” dos links dos participantes,

encerrando com os créditos musicais.

- Sonoplastia de aplausos e coro de plateia.

- Sobe música e encerra em fade out.

Tempo ideal de gravação: Entre 1h e 1h30min.

Tempo ideal de programa editado: Entre 50min e 1h.