UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ · ... em meados do século XIX, ... A Revolução Industrial teve...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED
SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
EMERSON HENRIQUE DOS SANTOS
A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO URBANO
CURITIBA 2011
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EMERSON HENRIQUE DOS SANTOS
A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO URBANO
Produção Didático-Pedagógica Curso PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação realizado junto a Universidade Federal do Paraná. Orientador: Prof.ª Armando João Dalla Costa
CURITIBA 2011
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1- FICHA CATALOGRÁFICA
TÍTULO: A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO URBANO
Autor Emerson Henrique dos Santos
Escola de Atuação Colégio Estadual Nilson Baptista Ribas
Município da escola Curitiba
Núcleo Regional de
Educação
Curitiba
Orientador Profº DR Armando João Dalla Costa
Instituição de Ensino
Superior
Universidade Federal do Paraná
Disciplina/Área Geografia
Produção Didático-
Pedagógica
Unidade Temática
Público Alvo Alunos do ensino médio
Relação Interdisciplinar Geografia, História e Sociologia
Localização Rua Jaime Veiga, 472.
Apresentação
Atualmente o conhecimento valorizado é o conhecimento global e não o local, tem acesso ilimitado a muita informação através da mídia, porém isso não significa na integra que temos conhecimento, muitas vezes não percebemos o que acontece ao nosso redor. Devemos compreender o lugar em que vivemos, entender sua historia, os fatos que ali acontecem, neste contexto pretendo propor uma atividade que faça com que os alunos percebam que esta dinâmica do lugar em que vivem, a questão da moradia, ausência de planejamento urbano, novos arranjos e a produção de espaços diferenciados para uma demanda cada vez maior da população da cidade. Sugiro uma oportunidade de percepção e discussão de questões importantes que possam melhorar o desenvolvimento intelectual dos alunos e que resultem no desenvolvimento de uma consciência critica.
Palavras-chave Urbanização, Percepção, Organização e Cidade
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INTRODUÇÃO
A Unidade “Espaço Urbano: Espaço de Consumo ou de cidadania” como
material Didático destina-se preferencialmente aos alunos do ensino médio. Faz-se
necessário que o aluno construa conceitos e opiniões, sendo que o conhecimento
adquirido que ele tem a respeito daquilo que conhece e de onde vive e convive
superem os conceitos prontos e trazidos nos livros didáticos, ou aquilo que é
exposto em sala de aula, acredito que ao propiciar meios e instrumentos para a
construção do conhecimento, o aluno estará aproveitando os conteúdos de
Geografia para a sua formação, para exercer sua cidadania de forma plena. Este
tema leva a uma problematização que é: O que, ou quem define a ocupação dos
espaços urbanos nas cidades? Com este trabalho pretendo executar uma proposta
metodológica que ajude na compreensão dos processos de urbanização recente que
envolvem nossos alunos.
OBJETIVO GERAL
Com esta Unidade Didática pretendo propor o entendimento das relações
socioeconômicas que interferem e diferem na localização espacial e a organização e
desorganização do espaço urbano.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender as diferenciações espaciais da organização das cidades e suas
funções.
Explicar a dinâmica urbana e o seu funcionamento em relação ao urbano e
suas habitações.
Identificar os fatores que contribuíram para a organização do espaço
geográfico urbano.
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Entender as consequências sociais e ambientais diante do processo de
urbanização acelerada.
Desenvolver a consciência espacial e o raciocínio geográfico.
Propiciar a compreensão e sensibilidade de que o espaço geográfico é
resultado de múltiplos fatores, (econômicos, sociais e culturais) e que essa
organização não é apenas o resultado do período atual, mas que envolve
formas espaciais de outros períodos da história.
Entender as diferenças socioeconômicas com o objetivo de desenvolver o
respeito entre as pessoas em todos os aspectos culturais e econômicos.
Compreensão do espaço do país.
Analisar sua comunidade (bairro) no contexto social de sua cidade.
CONTEÚDO
A Humanidade e a Urbanização
Revolução Industrial, Contribuição com a Urbanização
Processos de Metropolização e a Composição das Cidades no Brasi
O Espaço Paranaense, Urbanização de Curitiba e sua Região Metropolitana.
ESTRATÉGIAS
Leitura, análise e discussão textos (Conceitos sobre cidade e o urbano).
Desenvolvimento de atividades que envolvam os alunos com o tema
proposto.
Pesquisas e análises de fotos antigas e recentes que mostrem alterações e
mudanças no espaço urbano. (montagem de painéis)
Elaboração e desenvolvimento de atividades que contemplem a
representação do espaço de vivência do educando. (construção de mapas)
* Pesquisa de dados sobre a evolução urbana do Município.
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* Trabalho de campo ao redor nos arredores da escola ou nos bairros
envolvidos com os educandos
* Análise do material coletado e pesquisado pelos educandos
* Produção de textos, sobre o material pesquisado sobre o processo de
urbanização e sobre o espaço de vivência.
AVALIAÇÃO
Deve ser continua, cumulativa e formativa servindo como diagnostico do
processo ensino-aprendizagem, proporcionando assim a possibilidade de correções.
Ao termino desta unidade o educando será capaz de:
Perceber o desenvolvimento e as influencias que o processo de urbanização
sobre o cotidiano das pessoas.
Dominar conceitos que envolvem a questão urbana tais como: urbanização,
metrópoles, hierarquia urbana, rede urbana, lugar, territórios espaço
geográfico, etc.
Compreender os fatores que contribuem na organização do espaço
geográfico.
Identificar as contradições existentes no espaço geográfico.
Efetivação dos conceitos pré-existentes no cotidiano a partir da prática
geográfica.
Será feito um levantamento anterior e posterior e após isso apresentaremos
nossas novas conclusões.
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A HUMANIDADE E A URBANIZAÇÃO
A humanidade começou a se urbanizar há cerca de 5.500 anos, quando a
evolução da agricultura permitiu a produção e estocagem de excedentes e as
sociedades tornaram-se mais complexas, com o surgimento das classes sociais
baseadas na divisão social do trabalho. A existência de excedentes de alimento
implicou novas necessidades: alguém deveria construir os depósitos de alimentos,
alguém deveria proteger os depósitos de alimentos, alguém deveria distribuir os
alimentos e alguém deveria organizar a produção, a estocagem, a proteção e a
distribuição do excedente. A existência de excedentes também possibilitava as
trocas, o comércio, e logo surgiram aqueles que se especializaram nessa atividade.
Spósito (1991, p 18) diz sobre o surgimento das cidades:
Há dificuldades de se precisar o momento da origem das primeiras cidades. Contudo são unânimes em apontar que terá sido provavelmente perto de 3500 a.C., seu aparecimento na Mesopotâmia (área compreendida pelos rios Tigre e Eufrates), tendo surgido posteriormente no vale do rio Nilo (3100 a.C), no vale do rio Indo (2500 a.C) e no rio Amarelo (1500 a.C).
Além disso, toda essa estrutura deveria estar concentrada em um só lugar,
de modo a facilitar seu funcionamento, e nenhum lugar melhor para concentrar essa
estrutura do que os locais de culto religioso, onde se invocavam aos deuses a
bênção para as colheitas e a proteção contra os inimigos. Estava criada a cidade,
fruto da evolução da técnica e da divisão social do trabalho, lugar de concentração
da riqueza, das trocas, do poder político e do poder religioso. Souza (2003, p. 46)
resume com precisão o processo de surgimento das primeiras cidades:
As primeiras cidades surgem como resultado de transformações sociais gerais – econômicas, tecnológicas, políticas e culturais -, quando, para além de povoados de agricultores (ou aldeias), que eram pouco mais que acampamentos permanentes de produtores diretos que se tornaram sedentários, surgem assentamentos permanentes maiores e muito mais complexos, que vão abrigar uma ampla gama de não-produtores: governantes (monarcas, aristocratas), funcionários (como escribas), sacerdotes e guerreiros. A cidade irá, também, abrigar artesãos especializados, como carpinteiros, ferreiros, ceramistas, joalheiros, tecelões
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e construtores navais, os quais contribuirão com suas manufaturas para o florescimento do comércio entre os povos.
Embora a cidade seja uma instituição milenar, o processo de urbanização da
humanidade só veio a acontecer bem mais recentemente, a partir da revolução
industrial, na passagem do século XVIII para o século XIX. Até 1850, nenhum país
possuía população urbana superior à rural. O Reino Unido, berço da revolução
industrial (e exatamente por isso), foi a primeira nação a atingir esse patamar. O
desenvolvimento da cidade industrial moderna, nos moldes que a conhecemos hoje,
se deu exatamente nesse período, há cerca de 200 anos atrás, resultando num
fenômeno que podemos denominar como sociedade urbano-industrial. Durante os
séculos XIX e XX, urbanização e industrialização foram processos praticamente
associados. As sociedades se urbanizaram na medida em que se industrializaram.
Nos países do terceiro mundo, a industrialização e, conseqüentemente, a
urbanização ocorreram tardiamente e com algumas peculiaridades. Se no primeiro
mundo a urbanização ocorreu como decorrência do desenvolvimento, no terceiro
mundo a urbanização não tem uma relação tão direta com o desenvolvimento. No
Brasil, o urbano se implantou como ponta da rede do poder colonial para explorar o
território, primeiro através da extração e depois da agricultura.
O Brasil, até a metade do século passado, era um país eminentemente
agrário. A cidade de São Paulo, por exemplo, em meados do século XIX, não
passava de uma pequena cidade provinciana, bem menor do que cidades como
Recife e Belém. No ano de 1900, menos de 10% da população brasileira morava em
áreas urbanas Braga (2004, p. 5).
Essas populações passam a viver das sobras e, até mesmo, na sombra dos
mais abastados. Muita gente em grandes áreas urbanas, por exemplo, vive dos
subempregos, do emprego precário e até mesmo da coleta do lixo deixado nas
portas das casas dos bairros ricos, desde a sobra de alimentos até a reciclagem de
materiais.
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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL CONTRIBUIÇÃO COM A URBANIZAÇÃO
A Revolução Industrial teve inicio no século XVIII, na Inglaterra com a
mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era
forma de produzir mais utilizada na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia
industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada buscou
alternativas pra melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o
crescimento populacional que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução
Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A
Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a
principal fonte de energia para movimentar as maquina e as locomotivas a vapor.
Além da fonte de energia os ingleses possuíam grandes reservas de minério de
ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em
abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras), também favoreceu a
Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades
inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente pra financiar as
fabricas comprar matéria-prima e maquinas e contratar empregados. O mercado
consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu
para o pioneirismo inglês.
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e
maquinas. As máquinas à vapor principalmente os gigantes teares revolucionou o
modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem gerando milhares
de desempregados por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de
produção.
Nos meios de transporte foram inventadas as locomotivas à vapor (Maria
Fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transporte, foi possível transportar
mais mercadorias e pessoas num tempo mais curto e com custos mais baixos.
As fábricas surgiram no inicio da Revolução Industrial, não apresentavam o
melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Os
ambientes com péssima iluminação abafada e suja. Os salários recebidos pelos
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trabalhadores eram muito baixos e chegava a empregar trabalho infantil e feminino.
Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a
castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo,
férias, décimo terceiro, salário, auxilio doença, descanso semanal remunerado ou
qualquer outro beneficio. Quando desempregados ficavam sem nenhum tipo de
auxilio e passavam por situações de precariedade.
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar
por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade
unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho
dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o
ludismo. Também conhecidos como “quebradores de máquinas”, os ludistas
invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta
com relação à vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de
atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos para os
trabalhadores.
Com a Revolução Industrial começa também um grande processo de
poluição ambiental, sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades,
ou seja, uma urbanização desenfreada, conseqüências nocivas para a sociedade.
Até hoje gerar empregos é um grande problema desafiador para governos do mundo
todo.
PROCESSOS DE METROPOLIZAÇÃO E A COMPOSIÇÃO DAS CIDADES NO
BRASIL
Com o processo de industrialização, que se inicia efetivamente em meados
do século XX, concentrado no Sudeste, a urbanização se intensifica e, já na década
de 1960, a população passa a ser majoritariamente urbana e São Paulo transforma-
se na a maior metrópole brasileira Braga (2004, p 6). Nas últimas seis décadas do
século XX, o Brasil passou por um processo acelerado de urbanização, com a
população das cidades multiplicando-se por mais de dez e atingindo a marca de
81% da população brasileira no ano 2000, um índice superior ao dos países
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desenvolvidos europeus. Esse processo de urbanização é descrito por Santos
(1998, p. 69) da seguinte maneira:
Desde a revolução urbana brasileira, consecutiva à revolução demográfica dos anos 50, tivemos primeiro, uma urbanização aglomerada, com o aumento do número - e da população respectiva - dos núcleos com mais de 20.000 habitantes e, em seguida, uma urbanização concentrada, com a multiplicação de cidades de tamanho intermédio, para alcançarmos, depois, o estágio de metropolização, com o aumento considerável do número de cidades milionárias e de grandes cidades médias (em torno de meio milhão de habitantes).
O processo de metropolização é uma característica marcante da
urbanização brasileira. Atualmente cerca de 106 milhões de brasileiros, um pouco
mais da metade da população urbana brasileira, vive em regiões metropolitanas .
Costa (2002, p 55).
Uma região metropolitana é um aglomerado urbano composto por vários
municípios administrativamente autônomos, mas integrados física e funcionalmente,
formando uma mancha urbana praticamente contínua. A Região Metropolitana de
São Paulo, por exemplo, é composta por 39 municípios. Já a de Curitiba no Paraná
é composta por 26 municípios com uma população estimada em 3,3 milhões de
habitantes IBGE (censo 2010 resultados preliminares). Até a Constituição de 1988,
as Regiões Metropolitanas eram criadas pelo Governo Federal. A partir de então, os
próprios estados puderam criar suas regiões metropolitanas seguindo normas
próprias. Com isso criou-se a distorção de um Estado como Santa Catarina possuir o
dobro de regiões metropolitanas do estado de São Paulo, além da criação de
regiões metropolitanas pouco expressivas demograficamente como a de Tubarão
em Santa Catarina, com pouco mais de 300 mil habitantes, o equivalente à cidade
de Piracicaba, no interior paulista.
O conceito de região metropolitana deve ir além da mera definição legal.
Para Santos (1998), o fenômeno da metropolização corresponde à macro
urbanização e apenas as aglomerações urbanas com mais de um milhão de
habitantes deveriam merecer tal denominação. Outro fenômeno importante da
urbanização brasileira é o papel crescente das cidades médias na rede urbana. Nas
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últimas décadas, as transformações econômicas decorrentes do processo de
globalização têm implicado mudanças importantes na dinâmica urbano-regional,
principalmente no sentido de uma maior urbanização do interior e de uma maior
concentração da população em cidades de porte médio.
As cidades, por sua vez, apresentam várias configurações espaciais, tanto
ao longo da história como no espaço, em um único tempo. As várias especificidades
estão marcadas principalmente pelo tamanho, mas também por sua história, por sua
civilização e por sua inserção na rede regional e mundial, definindo estruturações
internas bastante diferenciadas. Como qualquer sistema ou organismo, suas partes
se diferenciam quando crescem, tornam-se organismos complexos, mais eficientes,
mais processadores de matéria e energia, mais desenvolvidos economicamente,
socialmente e culturalmente, as também com maiores problemas: impactos urbanos,
conflitos sociais, disfunções econômicas e políticas.
A cidade é produto e condição de reprodução de uma sociedade. Sua
estruturação física em diferentes bairros, ricos e pobres, setores urbanos, salubres e
insalubres, apropriações da natureza, centros e periferias são a manifestação das
relações socioeconômicas, do acesso desigual aos meios e condições de produção
e de trabalho, historicamente determinadas. Em suma, a estruturação interna de
uma cidade reflete a organização social tanto na sua produção como na distribuição
dos seus bônus. Assim, lutar por uma cidade melhor é antes de tudo lutar por uma
sociedade mais justa, implicando mudanças nas relações econômico-sociais.
O homem moderno, sedentário, mas com grande mobilidade, não mora
apenas em uma casa, mas habita ambiências mais amplas na medida em que
precisa de mais espaços para a realização e sua existência através de suas várias
atividades culturais, produtos de seu processo civilizatório. A cidade pode ser
compreendida como a casa estendida do homem. O homem vive em família (hoje,
não necessariamente mononuclear e tradicional), em uma casa na qual realiza suas
principais atividades fisiológicas e relações afetivas e vive, também, em espaços
urbanos, principalmente os públicos – a rua, o bairro, o setor urbano, o centro
urbano, o parque urbano – no qual exerce a sua cidadania cívico-cultural e política,
relacionando-se com outros indivíduos e grupos sociais. Dessa maneira, é
importante compreender a cidade como a casa maior de todos, na qual o homem se
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enriquece nas relações sociais, principalmente nas livremente escolhidas. Todos,
portanto, devem cuidar da cidade como se cuida da sua própria casa, entre outras
razões, porque se vive mais na casa maior que na casa menor. A casa é o abrigo, a
morada do indivíduo; a cidade é a casa maior, o habitat do homem social, político,
civilizado, culturalmente enriquecido, ou seja, um aspecto cada vez mais presente
no homem contemporâneo.
A cidade só é boa e bonita se for para todos, já que a realização de todos
demanda relações sociais boas e bonitas entre os homens e com a natureza. O não-
eu, o espaço habitado com seus atributos, não deve apenas abrigar o eu, mas
libertá-lo para a criação, ou seja, para novas manifestações espirituais, inertes e
potenciais no homem. A qualidade de vida que queremos hoje e para o futuro tem
um passado, portanto o futuro, o novo, o projeto da casa nova, da cidade, tem um
passado. Daí a importância da qualidade dos espaços menores para se pensar os
maiores, da casa à cidade, da cidade ao campo e à região, esta realização mais
harmônica em grupos sociais e espaços menores. Os valores criados nestes
demandam e condicionam o pensar em grupos sociais em escalas territoriais
maiores. Pensar globalmente para agir localmente, mas lembrar que são os valores
locais que modelam o pensar global. O sonho alimenta a razão. A razão realiza o
sonho, a utopia da cidade boa, bonita e justa para todos. Sobre como hoje os
sistemas econômicos e o capitalismo modela a cidade Spósito (1991, p 64) diz:
A cidade e, particularmente, o lugar onde se reúnem as melhores condições para o desenvolvimento do capitalismo. O seu caráter de concentração, de densidade, viabiliza a realização com maior rapidez do ciclo do capital, ou seja, diminui o tempo entre o primeiro investimento necessário à realização de uma determinada produção e o consumo do produto. A cidade reúne qualitativa e quantitativamente as condições necessárias ao desenvolvimento do capitalismo, e por isso ocupa o papel de comando na divisão social do trabalho.
Toda cidade possui espaços caracterizados por usos diferenciados do solo.
Algumas áreas são ocupadas principalmente por residências; outras, por
estabelecimentos comerciais e escritórios; outras, por indústrias, e outras,
agregando vários usos. Se observarmos com atenção, veremos que a distribuição
dos diversos usos na cidade não é aleatória. A maior parte do comércio e dos
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serviços está localizada no centro da cidade, enquanto as grandes indústrias
normalmente estão localizadas em uma área isolada da cidade, em alguma parte da
periferia. As indústrias pequenas, por sua vez, normalmente estão mais perto da
residência dos trabalhadores. A população mais pobre também está, em sua maior
parte, localizada na periferia da cidade, geralmente nas áreas de piores condições
geográficas. Os mais ricos também ocupam lugares específicos: ou estão nas áreas
centrais, de localização privilegiada, ou ocupam áreas nobres da periferia, nos
chamados “loteamentos fechados”, com todo o conforto e, principalmente,
segurança.
Podemos dizer que essa distribuição de usos no espaço urbano obedece,
num primeiro momento, a uma lógica de natureza econômica, de caráter quase que
espontâneo. Ao buscar a localização para nossas atividades no espaço, buscamos
via de regra maximizar a utilidade desse espaço, através das vantagens que ele nos
pode oferecer, por exemplo: por que é que a maioria dos estabelecimentos
comerciais, bancários e escritórios procuram se instalar no centro da cidade? Em
primeiro lugar porque é lá que estão instalados os demais comércios e serviços da
cidade, desse modo um estabelecimento aproveita o cliente do outro. Por outro lado,
o centro, por sua posição geográfica maximiza os deslocamentos. Desse modo com
apenas uma viagem você pode comprar roupa, sapato, ir ao escritório de advocacia
e ainda sacar dinheiro no banco. Por isso, o setor terciário (comércio e serviços)
tende a se aglomerar, seja no centro da cidade, seja nos centros dos bairros. A essa
vantagem que tais estabelecimentos levam por se concentrar em determinados
locais chamamos de economia de aglomeração.
Esse efeito de aglomeração tende a se manifestar até mesmo por setores
de atividade. Em Curitiba existem ruas e setores da cidade que se especializaram no
comércio de alguns produtos, por exemplo: algumas ruas do bairro Boqueirão são
especializadas no comércio de tecidos (setor têxtil). No centro há ruas como a
Marechal Deodoro onde se concentram bancos e diversas lojas de móveis e
eletrodomésticos, assim como a Rua Vinte e Quatro de Maio onde há um comércio
expressivo de lojas de artigos eletro eletrônico. Grande exemplo nacional é a cidade
de São Paulo, onde existem ruas como a Rua São Caetano, a rua das noivas, onde
se concentram estabelecimentos especializados em artigos para casamento: desde
o vestido de noiva ao buquê; ou mesmo a rua Santa Efigênia Braga ( 2002, p 6),
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especializada em eletroeletrônicos e informática. Se repararmos bem veremos que
em diversas cidades há uma rua que concentra determinado tipo de comércio ou
serviço. Isso é muito comum com as lojas de autopeças e oficinas mecânicas que
tendem a se localizar proximamente, geralmente em alguma grande avenida junto à
entrada ou saída da cidade.
As indústrias também não se localizam aleatoriamente, geralmente estão
afastadas das áreas residenciais (principalmente as indústrias poluidoras) e
normalmente às margens de rodovias ou grandes avenidas. No entanto, essa
distribuição espontânea das atividades no espaço urbano não ocorre de forma tão
equilibrada assim. Com o crescimento da cidade, os usos tendem a se tornar
conflitantes entre si e a saturar a capacidade de suporte da infra-estrutura urbana e
do meio ambiente. Os usos se agregam não só para compartilhar benefícios – como
o agrupamento do comércio, oficinas mecânicas e indústrias - mas também para
compartilhar impactos negativos. Assim o dono de uma oficina de conserto de
motores não reclama da funilaria ao lado e vice-versa, pois ambos compartilham
poluição sonora, além dos clientes. De outro modo, uma escola e uma casa de jogos
eletrônicos, ou um hospital e uma boate ruidosa não podem compartilhar a mesma
vizinhança. Um shopping Center não pode se instalar em uma via que não seja
capaz de comportar o tráfego gerado, ou um depósito de materiais inflamáveis ou
perigosos não pode se localizar muito perto de áreas residenciais. Sobre esta
espacialidade Carlos (2008, p.52 e 53) define:
A fábrica aqui, o depósito ali, a rede de transportes acolá, a infra-estrutura, as moradias, ruas, praças playgrounds, parques, estacionamentos, e etc., dão outra dimensão à matéria-prima original, transformando-a substancialmente e mudando seu conteúdo. O lugar é construído como condição para a produção e para a vida, e ao serem construídas, essas condições produz um espaço hierarquizado, diferenciado, dividido, contraditório, que se consubstancia como um dado modo de vida, como formas de relacionamento, como ritmos do cotidiano, como ideologia, religião e como um modo de luta.
Essas afinidades e conflitos de atividades urbanas são os motivos principais
para a realização do zoneamento urbano. O zoneamento é a divisão do espaço
urbano em áreas de uso (zonas) conforme as afinidades e conflitos dos mesmos ou
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a capacidade de suporte do meio físico e da infra-estrutura urbana. O zoneamento
define não só o que pode e o que não pode ser instalado em determinada área da
cidade (se a zona é industrial, comercial, residencial ou mista), mas o quanto pode
ou não pode ser construído, por exemplo: o tamanho dos lotes, a altura dos
edifícios, a área livre nos terrenos, etc.
O ESPAÇO PARANAENSE, URBANIZAÇÃO DE CURITIBA E A SUA REGIAO METROPOLITANA
O Paraná é um dos 26 estados do Brasil e está situado na Região Sul do
País. Faz divisa com os estados de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do
Sul, fronteira com a Argentina e o Paraguai e limite com o Oceano Atlântico. Ocupa
uma área de 199.880 km².
Sua capital é Curitiba, e outras importantes cidades são Londrina, Maringá,
Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Cascavel, Guarapuava e Paranaguá. Na Região
Metropolitana de Curitiba, destacam-se, por sua importância econômica, os
municípios de São José dos Pinhais e Araucária.
O clima paranaense apresenta diferenças marcantes, dependendo da região
– de tropical úmido ao norte a temperado úmido ao sul.
A população é formada por descendentes de várias etnias: poloneses,
italianos, alemães, ucranianos, holandeses, espanhóis, japoneses e portugueses, e
por imigrantes procedentes, em sua maioria, dos estados do Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.O Paraná possui uma excelente
infraestrutura de estradas, aeroportos, ferrovias, portos e usinas geradoras de
energia elétrica.
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Fonte – Ipardes em 02 de agosto de 2011
DADOS GERAIS
Capital Curitiba
Área (km2) 199.880
Densidade demográfica (2010)(hab.km2) 52,2
Número de municípios 399
População do Paraná (2010) 10.439.601
População do Brasil (2010) 190.732.694
Participação na população do Brasil (%) 5,5
População urbana (2010) (%) 85,3
IDH (2007) 0,846
FONTES: IPARDES, IBGE, BCB
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MUNICÍPIOS MAIS POPULOSOS - 2010
MUNICÍPIO POPULAÇÃO
Curitiba 1.746.896
Londrina 506.645
Maringá 357.117
Ponta Grossa 311.697
Cascavel 286.172
São José dos Pinhais 263.488
Foz do Iguaçu 256.081
Colombo 213.027
Guarapuava 167.463
Paranaguá 140.450
Apucarana 120.884
Toledo 119.353
Araucária 119.207
Pinhais 117.166
Campo Largo 112.486
FONTE: IBGE - Censo 2010
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A Urbanização de Curitiba
A Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais foi fundada em 1693, com
quase uma década de existência em 1701, a Vila já contava com cerca de 1400
habitantes e passou a se chamar Vila de Curitiba, as autoridades da época já se
preocupavam com a iniciante do local e já se pensava em uma urbanização
organizada e com certa estruturação.
Por volta de 1720, havia uma autoridade cuja função era organizar as
povoações do território de Portugal, esta autoridade era o então ouvidor Rhafael
Pires Pardinho que além disso ouvia os moradores com suas reclamações, também
prezava para uma boa convivência entre a população. Organizava documentação da
fundação da Vila e das primeiras normas, além de demarcar o terreno e instruir os
moradores para que todos vivessem em harmonia. O ouvidor Pardinho estabeleceu
ainda que as casas não poderiam ser construídas sem autorização da Câmara e que
deveriam ser cobertas com telhas. Quanto às ruas, as que já haviam sido iniciadas
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deveriam ser continuadas para que a Vila crescesse com uniformidade. Fazia ainda
a separação entre a área urbana e a área rural.
A atividade mineradora foi um dos grandes causadores da ocupação e
urbanização da Vila de Curitiba, não havia ouro no planalto curitibano, necessitava-
se de outros fatores para motivar o crescimento da povoação. Durante o século XVIII
até a metade do século XIX, os campos da Vila de Curitiba foram influenciados pelo
movimento das tropas que se deslocavam pelo Caminho do Viamão, do Rio Grande
do Sul, até a região sudeste. Com o Tropeirismo chegava novamente o período de
prosperidade para a Vila, que em meados do século XVIII, possuía cerca de 2.500
habitantes e 348 casas e, em 1780, já contava com cerca de 3.100 habitantes, dos
quais 848 eram escravos.
A Vila de Curitiba com os efeitos do Tropeirismo passou a ser ponto estratégico
de passagem das caravanas com destino a São Paulo ou Minas Gerais. Estes
tropeiros com suas tropas contribuíram muito para o desenvolvimento do comércio
na região, surgindo armazéns e escritórios para atender às tropas e o transporte de
gado. A Vila de Curitiba também estava na rota de passagem dos viajantes que
comerciavam com o litoral. Com esta condição a Vila de Curitiba assumiu a sede da
5ª Comarca de São Paulo, anteriormente localizada em Paranaguá. A mudança foi
fruto do destaque econômico e político que a Vila havia garantido como
consequência do tropeirismo e de uma nova economia: a da erva-mate. A erva foi
difundida no estado principalmente pela circulação dos tropeiros. Muitos casarões,
de famílias dos barões do mate, ostentavam riqueza e conferiam um maior
embelezamento à Vila.
No ano de 1842, a Vila foi elevada a categoria de Cidade, junto com Paranaguá.
Essa alteração de enorme importância, porém o grande marco histórico foi em 1853,
quando o Paraná tornou-se independente de São Paulo. A recém instaurada
Província do Paraná necessitava de modificações para se adequar à sua nova
condição político-administrativa, assim como a nova capital: a cidade de Curitiba.
Foram necessárias diversas mundanças para esta nova condição e a partir de
1857, o engenheiro Pierre Taulois fez considerações necessárias a mudanças, como
o alinhamento de ruas. Ainda com a preocupação de uma expansão descontrolada,
em 1885 o engenheiro Ernesto Guaita foi contratado para realizar um levantamento
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da cidade, das áreas centrais e sua ocupação, assim como dos locais mais
afastados. Em 1886 foi inaugurado o primeiro parque da cidade: o Passeio Público.
Nessa década, ainda foi inaugurada a estrada de ferro, o Teatro São Theodoro, a
Santa Casa de Misericórdia e a primeira linha de bondes. Estes feitos contribuíram
para o embelezamento da cidade e da região.
No começo do século XX, o crescimento populacional, fomentado pela chegada
de imigrantes e pela importância que a cidade já tinha, determinava que a
urbanização tomasse medidas mais diretas na cidade. Assim, em 1905 uma nova lei
determinava que apenas casas em alvenaria, com dois ou três pavimentos,
poderiam ser construídas na região compreendida pelas ruas Liberdade (hoje Barão
do Rio Branco), XV de Novembro e Praça Tiradentes. No ano seguinte, essa área foi
ampliada para todo o centro da cidade.
Na década de 1940, em vários bairros de Curitiba existia um número significativo de
habitantes, porém a cidade não oferecia nenhum planejamento ordenado nem
infraestrutura adequada. Entre as décadas de 1950 e 1960 ocorreu um grande
crescimento populacional, devido a isso foi proposto um modelo urbanístico para a
cidade, que foi somente implantado na década de 1970, na administração de Jaime
Lerner.
O projeto chamado de Plano Diretor de Curitiba estabelecia o crescimento
do município ao longo de eixos viários lineares, chamados Vias Estruturais. Essas
Vias são destinadas a ligações centro-bairro e bairro-centro, correspondem às
áreas mais desenvolvidas da cidade, pois, ordenam o crescimento linear do centro,
apresentam as maiores densidades demográficas, priorizam a instalação de
equipamentos urbanos, concentram infra-estrutura e definem a paisagem urbana.
O plano transformou a cidade, e Curitiba se tornou um sucesso em
planejamento urbano, principalmente no que se refere ao transporte coletivo,
considerado um dos mais eficientes do mundo. Em 1973, foi criado a CIC – Cidade
Industrial de Curitiba, planejado com o objetivo de instalar as grandes indústrias
distantes do centro de Curitiba, atualmente o bairro apresenta um grande
crescimento tanto no setor industrial como na instalação de residências e invasões.
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Em 1963, foi criada a URBS – Companhia de Urbanização e Saneamento
de Curitiba, com objetivos de desenvolver atividades ligadas ao crescimento urbano
da cidade. E em 1965, foi criado o IPPUC – Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano de Curitiba. Para Tuan (1980, p.183), “[...] a cidade capital é um símbolo
nacional de orgulho e aspiração”. Atualmente em Curitiba vivem 1.746.896
habitantes (Censo 2010) é a maior cidade da região Sul do país. Porém são vários
os problemas enfrentados pelos seus moradores, como: abastecimento de água,
poluição dos rios, trânsito congestionado, aumento nos índices de criminalidade e
violência, alto índice de moradores de rua, favelas e alagamentos.
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A Região Meetropolitana de Curitiba
A Regiao Metropolitana de Curitiba ou também Grande Curitiba é composta
por 26 municipios com um processo relativo de conurbação. Estimativas do IBGE
apontam em 2008 que a população residente ultrapassa os 3,2 milhões de
habitantes, porém no sul do Brasil a área metropolitantana de Porto Alegre é mais
populosa com uma população em torno de 3,9 milhões de habitantes.
Pesquisas apontam que a cidade de Curitiba junto com sua área
metropolitana é uma das melhores aréas para investimentos economicos na
América Latina a frente de muitas capitais de estados brasileiros, existe um parque
industrial de 43 milhões de metros quadrados, a região metropolitana de Curitiba já
atraiu grandes empresas como Audi, VW, Nissan, Renault, New Holland, Volvo,
ExxonMobil, Sadia, Kraft Foods, Siemens,CSN, Gerdau, Petrobras, AAM e HSBC.
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ATIVIDADES
O professor ou os alunos podem usar estes conceitos como base para
uma atividade apropriada a sua realidade espacial. Exponho aqui o
histórico da composição das cidades até a atual situação do espaço
paranaense e a cidade de Curitiba, podemos também complementar ao
conceito os bairros envolvidos pela comunidade escolar.
01 - Leitura e interpretação de textos (conceitos sobre o processo de urbanização e
a sua evolução histórica do mundo, do Brasil de Curitiba e a hierarquia das cidades
brasileiras).
02 - Dividir a sala (turma) em grupos por temas sobre a urbanização e exposição
dos resultados como seminário.
03 – Pesquisar e analisar fotos antigas e recentes que mostrem alterações e
mudanças no espaço urbano (bairro). Ao final montar um painel para a exposição
das diferenças espaciais constatadas com as fotografias do antes e o depois e as
consequências das mudanças.
04 – Trabalho de Campo nos arredores da escola e no bairro de vivencia de cada
aluo envolvido no estudo.
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REFERÊNCIAS
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