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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS DE BRAGANÇA
COLEGIADO DE CIÊNCIAS NATURAIS
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
ITAMAR JUNIOR GOMES DA SILVA
LUÍS ANTONIO ARAÚJO DA COSTA
LUIZ AUGUSTO DA SILVA SOEIRO
ARBORIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE MUDAS DE IPÊS ROXOS
(Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos) NA ÁREA URBANA DO
MUNICÍPIO DE TRACUATEUA, PARÁ, BRASIL
BRAGANÇA – PA
2013
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS DE BRAGANÇA
COLEGIADO DE CIÊNCIAS NATURAIS
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
ITAMAR JUNIOR GOMES DA SILVA
LUÍS ANTONIO ARAÚJO DA COSTA
LUIZ AUGUSTO DA SILVA SOEIRO
ARBORIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE MUDAS DE IPÊS ROXOS
(Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos) NA ÁREA URBANA DO
MUNICÍPIO DE TRACUATEUA, PARÁ, BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade de Ciências Naturais do Instituto de Ciências
Exatas e Naturais da Universidade Federal do Pará, como
requisito para a obtenção do título de Licenciado Pleno
em Ciências Naturais.
Orientador: Prof. Dr. Marcus E. B. Fernandes
BRAGANÇA– PA
2013
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS DE BRAGANÇA
COLEGIADO DE CIÊNCIAS NATURAIS
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
ITAMAR JUNIOR GOMES DA SILVA
LUÍS ANTONIO ARAÚJO DA COSTA
LUIZ AUGUSTO DA SILVA SOEIRO
ARBORIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE MUDAS DE IPÊS ROXOS
(Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos) NA ÁREA URBANA DO
MUNICÍPIO DE TRACUATEUA, PARÁ, BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade de Ciências Naturais do Instituto de Ciências
Exatas e Naturais da Universidade Federal do Pará, como
requisito para a obtenção do título de Licenciado Pleno
em Ciências Naturais.
Orientador: Prof. Dr. Marcus E. B. Fernandes
Banca Examinadora:
_______________________________________________________________
Dr. Marcus Emanuel Barroncas Fernandes (Orientador - Presidente)
UFPA – CAMPUS DE BRAGANÇA – IECOS
_______________________________________________________________
Dra. Erneida Coelho de Araújo (Titular)
UFPA – CAMPUS DE BRAGANÇA – IECOS
_______________________________________________________________
M.Sc. Danilo Cesar Lima Gardunho (Titular)
UFPA – CAMPUS DE BRAGANÇA – IECOS
_______________________________________________________________
M.Sc. Francisco Oliveira Pereira (Suplente)
UFPA – CAMPUS DE BRAGANÇA
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ARBORIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE MUDAS DE IPÊS ROXOS
(Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos) NA ÁREA URBANA DO
MUNICÍPIO DE TRACUATEUA, PARÁ, BRASIL
Itamar Junior Gomes da Silva
Luís Antonio Araújo da Costa
Luiz Augusto da Silva Soeiro
RESUMO
Monitorar mudas plantadas na arborização de ruas consiste em adaptar as mesmas ao
local do plantio, além de revitalizar a paisagem natural e de contribuir e incentivar a
população a preservar a natureza e a melhorar sua qualidade de vida. Assim, o presente
estudo tem como objetivo avaliar o crescimento de mudas de ipês roxos (Handroanthus
impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos) para aumentar a área verde de uso público no
centro da cidade de Tracuateua-PA. O plantio ocorreu em abril/2012 com 50 mudas na
Av. Mário Nogueira de Souza, onde o crescimento em altura e diâmetro foram
mensalmente monitorados durante um ciclo anual. No período do monitoramento as
mudas apresentaram crescimento lento, atingindo média de altura de 143,3 cm
(ANOVA, F=176,6; gl=11; P<0,001), com incremento médio de 9,4 cm e diâmetro
médio de 3,9 cm (ANOVA, F=364,2, gl=11; p<0,001), com incremento de 0,3 cm. Na
avaliação dos danos, apenas 7 (14%) das mudas plantadas foram alvo de vandalismo,
sendo quebradas e/ou retiradas. O custo da produção de uma muda foi de apenas
R$9,62, sendo o custo total do replantio de R$481,00. Da mesma forma que a altura, o
diâmetro das mudas também sofreu uma pausa de cinco meses, promovendo como
consequência a ausência de incremento desses dois parâmetros. Os seguintes três fatores
são indicados como principais causas desse crescimento lento: a falta d´água próximo às
mudas plantadas, a falta de adubação e a escassez de chuva na região no período de
setembro/2012 a fevereiro/2013. Adicionalmente, o vandalismo sobre as mudas gera um
prejuízo tanto para o desenvolvimento das mesmas, como para o município via as
reposições que deverão ser realizadas. Por fim, o baixo custo é um fator relevante para o
processo de arborização urbana, contribuindo não só na estética do urbanismo local,
mas na qualidade ambiental das cidades e na vida da população local.
Palavras-Chave: Arborização Urbana, ipê roxo, vandalismo, Tracuateua, Pará.
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ABSTRACT
Monitoring seedlings planted in afforestation of streets is to adapt them to the planting
site, besides revitalizing the natural landscape and encouraging people to conserve
nature and improve their quality of life. Thus, the present study aims to evaluate the
growth of seedlings of ipês roxos (Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos)
to increase the green area for public use in downtown of Tracuateua-PA. The planting
took place in April/2012 with 50 seedlings at Mário Nogueira de Souza Avenue, where
growth in height and diameter were monitored monthly during an annual cycle. During
the monitoring period, the seedlings grew slowly, reaching an average height of 143.3
cm (ANOVA, F=176.6, df=11, p<0.001), with an average increase of 9.4 cm and
diameter 3, 9 cm (ANOVA, F=364.2, df=11, p<0.001), with an increment of 0.3 cm. In
the assessment of damages only 7 (14%) of seedlings planted were vandalized, with
broken and/or ripped out. The cost of producing a change was only R$ 9.62, and the
total cost of replanting of R$ 481.00. Likewise the height, the diameter of the seedlings
also suffered a break five months, providing as a result the lack of growth of these two
parameters. The following three factors appear as the main causes of slow growth: lack
of water near the planted seedlings, lack of fertilizer and lack of rainfall in the region
during this period (September/2012 to February/2013). The following three factors are
reported as major causes of slow growth: lack of water near the planted seedlings, lack
of fertilization and lack of rainfall in the region during September/2012 to
February/2013. In addition, vandalism on the seedlings generates a loss for both the
development of seedlings, as for the municipality via the replacements to be carried out.
Finally, the low cost is a relevant factor to the process of urban forestry, contributing not
only for the aesthetics of the urban site, but for the environmental quality of cities and
for the quality of lives of the local population.
Keywords: Urban forestry, ipê roxo, vandalism, Tracuateua, Pará.
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ARBORIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE MUDAS DE IPÊS ROXOS
(Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos) NA ÁREA URBANA DO
MUNICÍPIO DE TRACUATEUA, PARÁ, BRASIL
Itamar Junior Gomes da Silva
Luís Antonio Araújo da Costa
Luiz Augusto da Silva Soeiro
A arborização urbana, seja em terras públicas ou particulares, cumpre diversas
funções além de harmonizar uma determinada paisagem, como, por exemplo, a
regulação do microclima das cidades (COELBA, 2002). No entanto, é fundamental
observar um bom planejamento para a arborização, considerando questões como: as
características ecológicas das espécies a serem utilizadas e o espaço físico onde as
mudas serão plantadas, visando seu melhor desenvolvimento (KULCHETSCKI et al.,
2006). Adicionalmente, é importante enfatizar a necessidade de um monitoramento
dessas mudas em função dos conflitos urbanos, pois a arborização, assim como os
outros componentes de uma cidade, disputa espaço físico e recursos para sua
manutenção (VELASCO et al., 2006).
O monitoramento das mudas é o terceiro momento de um plano de arborização
de ruas, sendo realizada em primeira instância: i) a avaliação da adaptação das mudas e,
posteriormente, ii) a avaliação da “ação conscientizadora” (BIONDI et al., 1990). De
acordo com esses autores, a primeira fase deve ser efetuada após o primeiro mês do
evento do plantio, considerando a análise do número de indivíduos bem sucedidos após
o plantio e dos possíveis danos e suas respectivas causas. A segunda fase está
relacionada com o índice de vandalismo sobre as mudas plantadas, o que é reflexo do
comportamento da população onde o empreendimento será realizado.
Os ipês pertencem à família Bignoniaceae e são muito utilizados na arborização
urbana, dada a sua beleza e porte, além das suas flores (LORENZI, 2008), que podem
ser brancas, amarelas e roxas. O ipê roxo (brasileiros, na Caatinga, Mata Atlântica e
Cerrado, respectivamente (LORENZI, 2008). É uma espécie que tem vida longa,
decídua, secundária tardia a clímax e heliófila (LONGHI, 1995). Handroanthus
impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos possui porte arbóreo, chegando há uma altura de
20 a 35 m, sendo caracteristicamente heliófila, clímax, típica da floresta latifoliada
semidecídua da bacia do Paraná (SOUZA; LORENZI, 2008; MARTINS et al., 2011).
Essa espécie apresenta alto valor econômico e ornamental, servindo também
para uso medicinal. De acordo com Glufke (1999), o ipê roxo é utilizado para a
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recuperação de áreas degradadas em estágio inicial e médio de recuperação. Mas, por
outro lado, os ipês são bastante conhecidos por seu uso na arborização urbana, como em
Tracuateua, a cidade dos ipês, como é conhecida no nordeste do Estado do Pará, cuja
tradição é baseada na beleza da floração dos ipês de diferentes colorações.
O processo de arborização de ruas por ipês roxos requer a adaptação das mesmas
ao local, para que elas possam promover a revitalização da paisagem e incentivar a
população a preservar seus bens naturais, além de melhorar a qualidade de vida dos
moradores locais. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar, ao
longo de um ciclo anual, o crescimento e os danos oriundos do vandalismo sobre as
mudas de H. impetiginosus plantadas para a arborização do centro da cidade de
Tracuateua- Pará.
MATERIAL E MÉTODOS
Em meados de abril/2012 foram plantadas 50 mudas de H. impetiginosus, ipê
roxo na Avenida Mário Nogueira de Sousa, Centro, na cidade de Tracuateua, nordeste
do Estado do Pará, distante cerca de 190 km de Belém. Tracuateua apresenta limites
com os municípios de Bragança a leste, Santa Luzia do Pará ao sul e Capanema e
Quatipuru a Oeste. O plantio foi uma parceria entre a Universidade Federal do Pará e a
Associação dos Usuários da Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua (AUREMAT)
e a Prefeitura Municipal de Tracuateua.
A Avenida Mário Nogueira de Sousa foi selecionada por pertencer a uma área
residencial, apresentando largura de 25 m, sendo 8 x 250 m de estrada de rolamento, 15
x 205 m de canteiro gramado e 2 m de calçada, sem apresentar redes de distribuição de
energia elétrica. Os moradores locais foram informados do experimento, haja vista a
cidade já possuir plantações de ipês amarelos, sendo a primeira vez que se experimentou
plantar mudas de ipês roxos.
As mudas possuíam tamanho médio de 40 cm de altura e 1,5 cm de diâmetro do
colo, sendo plantadas em espaçamento de 5 m e tutoradas com estacas de refugo de
quaruba (Volchysiaceae) amarrada a 40 cm do solo, com 0,80 cm de altura. Para o
plantio foram abertas covas de tamanho mínimo de 40x40x40 cm e adubadas com
esterco de gado somente antes do plantio (Figura 01). A irrigação também foi realizada
somente antes do plantio, pois não há fonte de água próximo aos canteiros.
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Figura 01 – Fotografias ilustrando: A) mudas preparadas e B) plantio da
muda e C) mudas de ipê roxo (Handroanthus impetiginosus) plantadas na
Avenida Mário Nogueira de Sousa, Centro de Tracuateua, Pará.
As mudas foram monitoradas ao longo de um ciclo anual. As medidas das
seguintes variáveis foram tomadas mensalmente: i) altura total (m) e diâmetro do fuste.
Considerando a altura das plantas foi marcado um local em cada fuste para as medidas
serem tomadas sempre no mesmo local. Em cada avaliação também foram avaliados os
danos por vandalismo, incluindo apenas duas categorias: mudas retiradas e mudas
quebradas.
As mudas quebradas e/ou mortas não foram incluídas na amostra para o cálculo
do incremento em altura total e em diâmetro do fuste.
A análise de variância ANOVA-um fator foi utilizada para testar a variação
mensal do incremento, da altura e do diâmetro das mudas de ipê roxo. As análises foram
realizadas no pacote estatístico BioEstat (Ayres et al., 2007).
B
C
A
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados do monitoramento, no que diz respeito ao crescimento, mostraram
que as mudas de H. impetiginosus apresentaram um crescimento muito lento, graças ao
verão intenso e às mudanças bruscas no clima, alcançando altura média de 143,3 cm
(min.103 - max.198 cm), com um incremento médio mensal em altura de 9,4 cm (min.0
– max.46, cm), ao longo de todo o ciclo anual (Figura 02). A análise de variância
(ANOVA-um fator) mostrou que existe diferença significativa entre os valores de altura
das mudas ao longo dos meses do ano (ANOVA, F=176,6; gl=11; p<0,001). Nesta
figura pode-se notar um período de estabilização tanto do crescimento quanto do
incremento das mudas durante o período de menor pluviosidade, de outubro a fevereiro.
Figura 02 – Variação da altura (cm) das mudas de ipê roxo (Handroanthus
impetiginosus) plantadas no Centro de Tracuateua, Pará. Barras de erro,
Linhas cheias = altura das mudas, Linhas tracejadas = incremento da
altura.
Dada as mudanças climáticas globais, as taxas (vide anexos) de pluviosidade
variaram para a área de estudo, iniciando tardiamente o período chuvoso, apenas em
março de 2013, ficando os meses de janeiro e fevereiro com pouca chuva (Figura 03), o
que é atípico para a região.
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Figura 03 – Variação das taxas de pluviosidade (cm) ao longo de um ciclo
anual (abril-2012 / março-2013) na região de Tracuateua, Pará (Fonte:
Instituto Nacional de Meteorologia - INMET).
O crescimento em diâmetro médio foi de 3,9 cm (min.2,9 - max.6,0 cm),
apresentando um incremento de 0,3 cm (Figura 03), ao longo de todo o período do
estudo. A análise de variância (ANOVA-um fator) também mostrou que existe diferença
significativa entre os valores de diâmetro do fuste das mudas ao longo dos meses do ano
(ANOVA, F=364,2; gl=11; p<0,001). Da mesma forma que a altura, o diâmetro das
mudas também sofreu uma pausa no período de menor pluviosidade, refletindo na
ausência de incremento no diâmetro das mudas (Figura 04).
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Figura 04 – Variação do diâmetro (cm) das mudas de ipê roxo
(Handroanthus impetiginosus) plantadas no Centro de Tracuateua, Pará.
Barra de erro, Linhas cheias = diâmetro das mudas, Linhas tracejadas =
incremento do diâmetro.
Biondi e Althaus (2005) apontam para o fato de que o período mais crítico, no que
concerne ao crescimento das mudas, é durante o estágio inicial, muito em função da fase
de adaptação que as mudas passam em relação ao meio urbano. Além do mais,
Kuwahara e Souza (2009) enfatizam que, de maneira geral, a deficiência hídrica é um
fator limitante para o crescimento das plantas. No caso do presente estudo, a ausência de
manutenção das mudas parece ter sido o fator preponderante para o lento crescimento
total e do diâmetro do fuste das mudas de ipê roxo. Isto pode ser devido a três fatores
principais: i) a falta de fonte hídrica perto da zona de plantio, ii) a falta de adubação e
iii) a escassez de chuva na região após o período de plantio (Figura 03).
Adicionalmente, não foi observada nenhuma brotação adventícia. A produção de
ramos adventícios, por exemplo, iria exigir um gasto nas reservas de energia da planta
jovem, cujo destino deveria ser a produção de biomassa, refletindo no seu crescimento
em altura total e diâmetro (BIONDI e LEAL, 2010).
Na avaliação dos danos às mudas plantadas na Avenida Mário Nogueira de
Sousa, no Centro de Tracuateua, apenas 7 (14% = n=50) indivíduos foram alvo de
vandalismo, sendo quebradas e/ou retiradas. De fato, o vandalismo em plantios para
arborização urbana é comum em diversos lugares ao redor do mundo, incluindo o Brasil
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(BIONDI, 2010). O efeito desse vandalismo gera um prejuízo tanto para o
estabelecimento e desenvolvimento das mudas (JIM, 2004), como para o município,
através das diversas reposições de mudas que deverão realizadas (BIONDI e LEAL,
2010).
Considerando que o custo da produção de uma muda de H. impetiginosus é de
apenas R$9,62 (nove reais e sessenta e dois centavos) e que o custo total da
operacionalização de um plantio de 50 mudas alcança o valor de R$481,00
(quatrocentos e oitenta e um reais), este é um custo baixo que, de fato, contribui para o
processo de arborização urbana.
Vale ressaltar ainda que, segundo Batista (2013), nem sempre as cidades são
planejadas e, por isso, não conseguem uma harmonia entre a população e o ambiente.
Nesse contexto, a arborização urbana tem um papel relevante, não só com uma função
estética do urbanismo local, as árvores apresentam funções variadas que podem
contribuir de maneira efetiva na melhoria da qualidade ambiental das cidades e na
qualidade de vida da população local.
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LONGHI, R. A. Livro das árvores; árvores e arvoretas do Sul. 2.ed., Porto Alegre:
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LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de identificação e cultivo de plantas
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