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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL CARLOS LACY SANTOS MATERIAIS CORRETIVOS DA ACIDEZ DO SOLO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL E NUTRIÇÃO DA CULTURA DA MAMONA ALEGRE 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL

CARLOS LACY SANTOS

MATERIAIS CORRETIVOS DA ACIDEZ DO SOLO NO

DESENVOLVIMENTO INICIAL E NUTRIÇÃO DA CULTURA DA

MAMONA

ALEGRE

2010

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CARLOS LACY SANTOS

MATERIAIS CORRETIVOS DA ACIDEZ DO SOLO NO

DESENVOLVIMENTO INICIAL E NUTRIÇÃO DA CULTURA DA

MAMONA

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Produção Vegetal do

Centro de Ciências Agrárias da

Universidade Federal do Espírito Santo

como requisito parcial para obtenção do

Título de Mestre em Produção Vegetal, na

área de concentração de Solos e Nutrição de

Plantas.

Orientador: Prof. Dr. Renato Ribeiro Passos

ALEGRE

2010

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Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)

(Biblioteca Setorial de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

Santos, Carlos Lacy, 1955- S237m Materiais corretivos da acidez do solo no desenvolvimento inicial e

nutrição da cultura da mamona / Carlos Lacy Santos. – 2010. 47 f. : il. Orientador: Renato Ribeiro Passos. Co-orientador: Felipe Vaz Andrade. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Espírito Santo,

Centro de Ciências Agrárias. 1. Mamona. 2. Solos - Acidez. 3. Solos – Correção. 4. Escória

(Metalurgia). 5. Química agrícola. I. Passos, Renato Ribeiro. II. Andrade, Felipe Vaz. III. Universidade Federal do Espírito Santo. Centro de Ciências Agrárias. IV. Título.

CDU: 63

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CARLOS LACY SANTOS

MATERIAIS CORRETIVOS DA ACIDEZ DO SOLO NO

DESENVOLVIMENTO INICIAL E NUTRIÇÃO DA CULTURA DA

MAMONA

Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal do

Centro de Ciências agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito

parcial para a obtenção do título de Mestre em Produção Vegetal, na área de

concentração de Solos e Nutrição de Plantas.

APROVADA: 17 de dezembro de 2010.

COMISSÂO EXAMINADORA

___________________________________

Professor. Dr. Renato Ribeiro Passos

Centro de Ciências Agrárias – UFES

(Orientador)

___________________________________

Professor. Dr. Felipe Vaz Andrade

Centro de Ciências Agrárias – UFES

(Co-orientador)

___________________________________

Professor. Dr. Marcelo Antonio Tomaz

Centro de Ciências Agrárias – UFES

___________________________________

Professor. Dr. Otacílio José Passos Rangel

Instituto Federal de Educação do Espírito Santo-

Campus de Alegre (Membro externo)

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A meu avô Vetuniano Gonçalves

Brandão (in memorian) por ter me

incentivado na busca do conhecimento.

DEDICO

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela oportunidade da vida e por estar sempre comigo em todos os

momentos.

Ao Prof. Dr. Renato Ribeiro Passos, professor do Departamento de Produção Vegetal

do CCA-UFES, pela orientação, empenho e dedicação com a pesquisa na área de

Ciências Agrárias.

Ao Prof. Dr. Felipe Vaz Andrade, professor do Departamento de Produção Vegetal do

CCA–UFES, pela co-orientação, compromisso e colaboração na condução dos

trabalhos.

Ao Prof. Dr. Marcelo Antônio Tomaz, professor do Departamento de Produção Vegetal

do CCA-UFES, pelo incentivo e sugestões na condução do experimento.

Ao Prof. Dr. Edvaldo Fialho dos Reis, professor do Departamento de Engenharia Rural

do CCA-UFES, pelo incentivo e aconselhamento nas interpretações estatísticas.

Ao Prof. Dr. Dirceu Pratissoli, professor do Departamento de Produção Vegetal do

CCA-UFES, pelo convite e apoio para voltar ao meio acadêmico.

Ao Prof. Dr. José Augusto Teixeira do Amaral, professor do Departamento de Produção

Vegetal do CCA-UFES, pelo incentivo e motivação na condução da pesquisa.

Ao Prof. Dr. José Francisco Teixeira do Amaral, pela amizade e valiosa colaboração no

desenvolvimento dos trabalhos.

Ao Prof. Dr. Hugo Alberto Ruiz, professor do Departamento de Produção Vegetal do

CCA-UFES, pela contribuição na correção dos trabalhos.

Ao Pesquisador Dr. Ricardo Falqueto Jorge, pela contribuição no decorrer da confecção

da dissertação.

Aos professores do curso de Pós-Graduação, pelo apoio e contribuição ao aprimorar

meus conhecimentos científicos durante o curso.

À secretária da Pós-Graduação, Madalena Capucho, pelas informações e convocações

durante o período do curso.

Ao Instituto Federal de Educação do Espírito Santo, pela liberação para realização do

mestrado.

Ao Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal do CCA-UFES, pelo apoio

durante o curso de mestrado bem como apoio à conclusão do trabalho de pesquisa.

Aos graduandos em Agronomia Danilo Andrade Santos e João Paulo Pereira Paes pela

indispensável colaboração na condução do experimento.

Aos técnicos dos laboratórios de Nutrição Mineral de Plantas, Química do Solo, Física

do Solo do CCA-UFES, e do LAFARSOL/NEDTEC-CCA-UFES que, contribuíram

fazendo às análises químicas pertinentes a pesquisa.

Ao Técnico Agrícola Alfredo Carlos Santos Valim, pelo empenho na coleta e

preparação dos solos para o experimento.

Aos colegas de mestrado, Leonardo, Vagner, Érica e Pedro, pelas horas de estudo em

grupo durante o curso.

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Aos meus pais, Clezer Santos e Leontina Brandão dos Santos, que com seus

ensinamentos e amor, motivou-me na busca do conhecimento e na realização

profissional.

À minha esposa Márcia Paes, com seu apoio, amor, dedicação e compreensão

incondicional foi fundamental para a concretização deste trabalho.

Aos meus filhos Cleser, Milton e Mayara, pelo conforto e incentivo durante o período

do curso.

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BIOGRAFIA

Carlos Lacy Santos, nascido em Cachoeiro de Itapemirim, Estado do Espírito Santo, em

02 de janeiro em 1955, filho de Clezer Santos e Leontina Brandão dos Santos, casado

com Márcia Maria Paes Santos em 1983, pai de Cleser Santos, Milton César Paes

Santos e Mayara Paes Santos, cursou o ensino fundamental na Escola de 1º e 2º grau

Célia Teixeira do Carmo em Rive, distrito de Alegre ES. O 2º grau foi cursado no

Colégio Agrícola de Alegre, hoje Instituto Federal de Educação Campus de Alegre onde

obteve o certificado de Técnico Agrícola. Ingressou no CCA-UFES no 1º semestre de

1978, onde concluiu o curso de Engenharia Agronômica em 1981. Foi extensionista da

Emater-ES de 1982 a 1985. A partir de novembro de 1991 foi nomeado como professor

da Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa, ES onde ainda está atuando. Em 2000

fez o Curso de Pós-Graduação em Solos e Meio Ambiente pela Universidade Federal de

Lavras - MG e em 2008 ingressou como aluno especial no Programa de Pós-Graduação

em Produção Vegetal do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do

Espírito Santo, tornando-se aluno regular no segundo semestre de 2008.

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RESUMO

Este trabalho objetivou avaliar o uso de diferentes materiais corretivos de acidez do solo

no desenvolvimento inicial e nutrição mineral da mamona em condição de casa de

vegetação. O experimento foi montado num esquema fatorial 2x6, sendo dois

Latossolos (LVA I e LVA II), e cinco materiais corretivos de acidez do solo (calcário,

resíduo de mármore, escória de metalurgia, produto proveniente de algas marinhas,

resíduo de rocha (50% mármore + 50% granito), e testemunha (sem aplicação de

corretivo), num delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. A

mamoneira (cultivar IAC-80) foi cultivada por 45 dias em casa de vegetação, com duas

plantas de mamona por vaso. Ao final do período procedeu-se a quantificação da

matéria seca da parte aérea (folha e caule), matéria seca da raiz e volume de raízes e

determinaram-se os teores e acúmulos de P, K, Ca e Mg na folha e no caule. Os dados

foram submetidos à análise de variância e quando significativos foi utilizado o teste de

F a 5 % de probabilidade para comparação das médias dos resultados através de

contrastes. Os resultados mostraram que houve comportamento diferenciado dos

materiais corretivos de acidez e dos solos sobre o desenvolvimento inicial e a nutrição

mineral da mamoneira. Para ambos os solos, de maneira geral, o uso de materiais

corretivos proporcionou maior desenvolvimento inicial da mamoneira em relação à

testemunha (sem aplicação de corretivo), evidenciando a importância da correção da

acidez do solo para a cultura. A aplicação de materiais corretivos da acidez promoveu

uma redução dos teores de P, K na parte aérea da mamoneira, dado o efeito de diluição,

pela maior produção de matéria seca. A aplicação dos materiais corretivos permitiu a

elevação dos teores Ca e Mg na parte aérea da mamoneira em relação à testemunha,

somente no solo LVA II, o qual apresentava, originalmente, menor disponibilidade

destes nutrientes em relação ao LVA I (Tabela 1). De maneira geral, os maiores valores

de acúmulo dos nutrientes ocorreram nos tratamentos que proporcionaram maior

produção de matéria seca, com destaque para os corretivos resíduo de mármore e

resíduo de mármore (50%) + resíduo de granito (50%) que promoveram maior acúmulo

de K, Ca e Mg tanto na folha quanto no caule da mamoneira, no LVA II. A utilização de

materiais corretivos em solos ácidos cultivados com mamoneira demonstrou potencial

no desenvolvimento inicial e na nutrição mineral desta cultura nas condições avaliadas.

Palavras-chave: Mamona, solos - acidez, solos – correção, escória (metalurgia), química

agrícola.

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ABSTRACT

This study aimed to evaluate the use of different correctives materials of Soil acidity in

the initial development and mineral nutrition in castor bean crops greenhouse

condition. The experiment was a factorial scheme of 2x6, two soils Oxisols (LVA I and

II), and five of corrective materials of soil acidity (limestone, marble waste, metallurgy

slag, product from seaweed, waste rock (50% + 50% marble granite), and control

(without application of lime) in a randomized block design with four repetitions. The

Castor tree (IAC-80), cultivated for 45 days in a greenhouse, two plants of castor bean

by vessel. At this time we proceeded to quantify the dry matter of the shoot (leaf and

stem), root dry matter and root volume and measured the contents and accumulation of

P, K, Ca and Mg in leaves and stem. Data were subjected to analysis of variance and

significant when we used the F test at 5% probability to compare the average of

results through contrasts. The results showed different behaviors of the materials for

acidity of soil on the mineral nutrition and initial development of castor bean. For

both soils, in general, the use of corrective materials provided greater initial

development of castor bean in relation to control (without application of corrective),

highlighting the importance of acidity in the soil for this culture. The application of

corrective materials promoted a reduction of acidity of P, K in the shoot of castor beans,

given the dilution effect, by the higher dry matter production. The application of

corrective materials allowed high levels of Ca and Mg in shoots of castor bean in

relation the control, only the soil LVA II, which originally presented lower nutrient

availability in relation to the LVA I (Table 1). In Generally, the higher accumulation of

nutrients occurred in the treatments that showed higher dry matter production,

especially the Marble and lime residue, marble residue (50%) + granite waste (50%)

that promoted a higher accumulation of K, Ca and Mg in both the leaf and the stem of

the castor bean, the LVA II. The use of corrective materials in acid soils cultivated with

castor bean showed a potential in the initial developent and mineral nutrition of this

crop under the conditions evaluated.

Keywords: Castor beans, soils acidity, soils correction, metallurgy slag, agricultural

chemistry.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Caracterização física e química dos solos, na profundidade de 0-20 cm ..... 21

Tabela 2 - Caracterização química dos materiais corretivos de acidez do solo............. 22

Tabela 3 - Contrastes médios (Ci) comparando a produção de matéria seca da folha

(MSF), matéria seca do caule (MSC), matéria seca das raízes (MSR), matéria seca da

parte aérea (MSPA), relação entre a matéria seca da parte aérea e das raízes (RPAR) e

volume de raízes (RPAR) e volume de raízes (VOL) da mamona cultivada em dois

solos (LVA I e LVA II) em função da aplicação de diferentes materiais corretivos ..... 25

Tabela 4 - Contrastes médios (Ci) comparando os teores de cálcio (CaF), magnésio

(MgF),fósforo (PF) e potássio (KF) na folha da mamona e dos teores de cálcio (CaC),

magnésio (MgC),fósforo (PC) e potássio (KC) no caule da mamona cultivada em dois

solos (LVA I e LVA II) em função da aplicação de diferentes materiais corretivos. .... 28

Tabela 5 - Contrastes médios (Ci) comparando o cálcio acumulado na folha (CaAF), no

caule (CaAC) e na parte aérea (CaAPA); o magnésio acumulado na folha (MgAF), no

caule (MgAC) e na parte aérea (MgAPA); o fósforo acumulado na folha (PAF), no

caule (PAC) e na parte aérea (PAPA); e o potássio acumulado na folha (KAF), no caule

(KAC) e na parte aérea (KAPA); da mamona cultivada em dois solos (LVA I e LVA II)

em função da aplicação de diferentes materiais corretivos. ........................................... 30

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - (A) Incubação do solo com os corretivos; (B) plantio da mamona; (C)

plântulas de mamona com 10 dias após a germinação; e (D); vasos com plantas de

mamonas, após o desbaste. ............................................................................................. 23

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 15

2.1 Corretivos da acidez do solo ............................................................................ 15

2.2 Cultura da mamona .......................................................................................... 18

2.3 Nutrição mineral da mamoneira ...................................................................... 18

3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................... 20

3.1 Caracterização das áreas e coleta de amostra de solos .................................... 20

3.2 Preparo e caracterização dos solos ................................................................... 21

3.3 Condução do experimento ............................................................................... 22

3.4 Análises estatísticas ......................................................................................... 24

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 24

4.1 Dados biométricos ........................................................................................... 24

4.2 Teores de cálcio, magnésio, fósforo e potássio em folha e caule de mamona . 27

4.3 Acúmulos de cálcio, magnésio, fósforo e potássio na folha, no caule a na parte

aérea da mamona.............................................................................................................29

5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 32

6 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 33

APÊNDICES .................................................................................................................. 39

APÊNDICE A - Valores do quadrado médio e coeficiente de variação (CV) dos dados

biométricos ..................................................................................................................... 40

APÊNDICE B - Valores do quadrado médio e coeficiente de variação (CV) dos teores

de macronutrientes (P, K, Ca, Mg) na folha (F) e no caule (C) da mamona .................. 41

APÊNDICE C - Valores do quadrado médio e coeficiente de variação (CV) do acúmulo

de macronutrientes (P, K, Ca, Mg) na folha (F) e no caule (C) da mamona .................. 42

APÊNDICE D - Valores do quadrado médio e coeficiente de variação (CV) do acúmulo

de macronutrientes (Ca, Mg, K, P) na parte aérea (PA) da mamona ............................. 43

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APÊNDICE E: VALORES MÉDIOS PARA DADOS BIOMÉTRICOS ..................... 44

APÊNDICE F: VALORES MÉDIOS DOS TEORES NUTRIENTES. ........................ 45

APÊNDICE G: VALORES MÉDIOS DOS ACÚMULOS DOS NUTRIENTES ........ 46

APÊNDICE H: COEFICIENTES DOS CONTRASTES ANALISADOS. ................... 47

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14

1 INTRODUÇÃO

A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta que pertence à família Euphorbiacea,

originária provavelmente da África ou da Índia, sendo atualmente cultivada em diversos

países do mundo, sendo a Índia, a China e o Brasil os maiores produtores mundiais. As

características do óleo e as suas aplicações na ricinoquímica geram diversos produtos,

como óleos lubrificantes, tintas, isolantes, cosméticos, etc (FERNANDES et al. 2009).

O óleo da mamona é uma matéria prima de aplicações únicas na indústria química

devido às características peculiares de sua molécula que lhe fazem o único óleo vegetal

naturalmente hidroxilado (AZEVEDO et al., 1997).

A cultura da mamona é típica de pequenos agricultores, sendo cultivada sob nível

tecnológico de baixo a médio, com pouco ou nenhum uso de corretivos e fertilizantes,

atingindo produtividades médias de 600 a 900 kg ha-1

em regiões produtoras do

nordeste. Essa baixa produtividade é relacionada a fatores como a falta de água e

manejo inadequado, que contrastam com produtividades em torno de 1.800 kg ha-1

em

regiões nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, onde o clima é mais propício e o uso

de tecnologias agrícolas é mais comum (SANTOS et al., 2004). A mamoneira apresenta

boa resposta em produtividade à calagem e à adubação, por ser uma cultura sensível à

acidez do solo e requerer quantidades adequadas de nutrientes de acordo com a

exigência da planta, para a produção de grãos, síntese do óleo e proteínas (SAVY

FILHO, 1998).

Geralmente, os solos tropicais são ácidos, devido à lixiviação de grandes quantidades de

bases trocáveis, resultante dos altos índices de precipitação pluviométrica

(MALAVOLTA, 1984) e também pela ausência no solo de minerais secundários que

são responsáveis pela reposição das bases (VITTI & LUZ, 1997). Mendonça & Silva

(2007) relatam que a matéria orgânica do solo (MOS) contribui com 20-90 % da CTC

das camadas superficiais de solos minerais e, praticamente, toda a CTC de solos

orgânicos e que em solos tropicais, com cargas predominantemente variáveis,

dependentes de pH, em estádio avançado de intemperismo, com a fração argila

dominada por caulinita e oxihidróxidos de Fe e Al, a contribuição da MOS é maior,

principalmente quando em baixos teores de argila. Segundo Malavolta (1984), o

problema é acentuado pelo grau de degradação destes solos e o próprio cultivo, pois as

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plantas ao absorverem os cátions, liberam quantidades equivalentes de íons hidrogênio

para a solução do solo, no intuito de manter a eletroneutralidade das células da raiz.

Desta forma, em solos com baixa reserva de nutrientes, a correção da acidez torna-se

prática indispensável para promover maior eficiência de absorção de água e nutrientes

pelas plantas e obter melhores produtividades das culturas, tornando o cultivo rentável e

sustentável.

A calagem é a prática utilizada para corrigir a acidez na camada superficial do solo,

neutralizar o Al do solo e fornece Ca e Mg (SOUSA; MIRANDA; OLIVEIRA, 2007).

Estudos estão sendo realizados com intuito de viabilizar o uso de corretivos alternativos

da acidez do solo (MOREIRA et al., 2006; CORREIA et al., 2008; CANDIDO et al.,

2010; MESQUITA et al., 2008; STOCCO, 2008; OLIVEIRA, 2009; NOGUEIRA,

2009). Dentre estes produtos destacam-se: os resíduos de rochas, principalmente o

resíduo de mármore, resíduo de granito, as escórias de metalrugia e os corretivos de solo

proveniente da moagem de algas marinhas, os quais apresentam características

potenciais de uso na agricultura, como fonte de Ca e Mg. Alguns resíduos industriais

não têm destino final para seu uso, desta forma, empregá-los na agricultura na correção

dos solos, em culturas geradoras de renda familiar como a mamona, torna-se uma forma

sustentável de resolver um problema econômico, ambiental e social.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da aplicação de materiais corretivos da

acidez sobre o desenvolvimento inicial e nutrição da cultura da mamona (Ricinus

communis L.) cultivada em dois Latossolos Vermelho-Amarelo.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CORRETIVOS DA ACIDEZ DO SOLO

Os solos tropicais são naturalmente ácidos resultado dos processos pedogenéticos que

sofreram durante o seu desenvolvimento. Esses solos, representados em maior

expressão pelos Latossolos, apresentam baixa saturação de bases, elevados teores de

alumínio trocável e baixa fertilidade natural, o que limita sua capacidade produtiva. A

utilização de corretivo de solo neutraliza o efeito tóxico do Al e em solos com altos

teores de Fe e Al trocáveis, promove a formação de oxihidróxidos amorfos, e esses

podem ser protonados, gerando cargas positivas e, consequentemente, aumentando a

adsorção de ânions (SOUSA et al., 2007), aumento da atividade microbiana,

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disponibilidade de macronutrientes, proporciona menor lixiviação do potássio, melhora

a estrutura do solo e aumenta a eficiência das adubações (LOPES, 1989), além de

proporcionar maior produção de matéria seca pelas plantas (VITTI e LUZ, 1997).

No Brasil, o material mais utilizado como corretivo é o calcário, em razão da relativa

freqüência e abundância, contudo a utilização de alguns resíduos siderúrgicos tem-se

mostrado uma alternativa viável para o aproveitamento de partes desses produtos, pois,

pesquisadores relatam em seus trabalhos o efeito de escórias de alto-forno como

corretivos de acidez do solo e também como fonte de nutrientes para as plantas (FILHO

& PRABHU, 2002; FORTES et al., 2008; STOCCO, 2008; OLIVEIRA, 2009;

CANDIDO, 2010; STOCCO et al., 2010; NOGUEIRA et al., 2009). As escórias

siderúrgicas são resíduos que apresentam em sua composição química, altos teores de

silicatos de cálcio e de magnésio, corrigindo a acidez do solo e atuando como fonte de

Ca e Mg para as plantas (KORNDORFER et al., 2003).

Apesar do conhecimento já alcançado para a correção da acidez e melhoria da

fertilidade natural do solo, o uso de novos insumos agrícolas é de suma importância

para uma agricultura sustentável e ecologicamente viável. Nesse contexto, é imperativo

que se conheçam os fatores que influenciam a disponibilidade dos nutrientes, advindos

da correção do solo e melhoria da sua fertilidade, pelo uso de novos insumos, entre eles

um produto fertilizante de ação corretiva de acidez do solo, como é o caso do

Lithothamniun, um material derivado de algas marinhas calcárias (MELO & FURTINI

NETO, 2003).

As algas marinhas da família das Coralináceas (Lithothamnium sp) são conhecidas e

utilizadas pelos agricultores franceses como adubo marinho, rico em cálcio, magnésio e,

sobretudo de micronutrientes, que lhe confere ação corretiva do solo e de nutrição de

plantas. O Lithothamniun é retirado do fundo do mar, do sedimento marinho, na

plataforma continental do Espírito Santo e estocado nas indústrias, que o processam.

Após a primeira trituração, o material é seco ao ar quente e micropulverizado a frio.

Este produto apresenta uma reatividade muito intensa no solo, principalmente devido à

elevada superfície específica do material (LOPEZ-BENTO, 1963).

A indústria das rochas ornamentais no Estado do Espírito Santo originou-se das

marmorarias do final da segunda década do século 20 (FERREIRA, 2000), enquanto

que as serrarias só foram introduzidas a partir dos anos 50, juntamente com a chegada

dos imigrantes italianos. Este setor é caracterizado, desde a sua origem, pelo grande

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número de micro e pequenas empresas de administração familiar, utilizando mão de

obra local e com pouca qualificação (GIACONI, 1998). O crescimento nacional desta

indústria foi constante desde a década de 80 e as projeções para os anos vindouros são

também de crescimento (CHIODI FILHO & RODRIGUES, 2000).

A exploração e desdobramento de mármores e granitos no Estado do Espírito Santo

representam cerca de 40% da produção nacional, entretanto suas reservas, de mármore e

granito, correspondem a aproximadamente 10% das reservas do país (MOTHÉ FILHO,

2005).

De acordo com os dados estatísticos do SINDIROCHAS (Sindicato Patronal do Espírito

Santo), conclui-se que a grande maioria das empresas, cerca de 73%, estão situadas na

Região Sul do Espírito Santo. Quanto ao perfil regional da atividade produtiva das

rochas ornamentais, nota-se que 60% das empresas que estão instaladas na Região

Norte do Espírito Santo, destinam-se à atividade de extração. Já na Grande Vitória, 80%

dedicam-se a atividade de beneficiamento secundário. As empresas do Sul estão

distribuídas nas atividades de extração e beneficiamento primário e secundário.

O resíduo gerado pela indústria das rochas ornamentais, cerca de 200.000 t ano-1

, pode

ser subdividido em resíduo grosso e resíduo fino. O resíduo grosso é constituído de

fragmentos maiores que areia fina, incluindo placas defeituosas ou quebradas, pedaços

de rochas e ou minerais e aparas de blocos. O resíduo fino é composto pela lama gerada

pelo corte dos blocos, polimento das placas e acabamento das peças (MOTHÉ FILHO,

2003). O descarte do resíduo tem sido um problema para as indústrias, pois elas podem

ter dificuldades para acondicioná-lo de forma adequada nos próprios pátios, ou então

dependerem de um local externo apropriado, o que nem sempre é possível em razão da

ausência dos mesmos ou da não liberação de descarte pelos órgãos ambientais

competentes. No passado este resíduo era jogado nas várzeas, áreas próximas da

indústria ou diretamente nos rios, causando problemas no fluxo hídrico, assoreamento,

desoxigenação, turbidez das águas e destruição das condições biológicas naturais.

Equacionar o contínuo desenvolvimento do setor, sem que haja um impacto sobre o

meio ambiente, é uma prioridade. Dessa forma, a reciclagem do resíduo é uma

alternativa que possibilita agregar-lhe valor, gerar novos empregos e ajudar a minimizar

o problema ambiental (FERREIRA, 2000; GIOCONI, 1998; CHIODI FILHO, 1999;

MOTHÉ FILHO, 2003).

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A caracterização dos resíduos de rochas quanto aos seus aspectos físicos

(granulometria) e químicos (composição), e o seu potencial de uso na agricultura é uma

proposta alternativa para não poluir o meio ambiente. Assim uma alternativa para

correção da acidez dos solos e para a reciclagem de resíduos das indústrias de rochas

ornamentais, que vem sendo estudada é a utilização do resíduo de mármore, haja vista o

seu alto teor de carbonatos e a sua granulometria aparentemente compatível com a dos

calcários comerciais (BALDOTTO et al., 2007). A utilização de resíduos de rocha como

o de granito, por exemplo, que é especialmente rico em potássio devido à sua riqueza

em feldspatos potássicos, pode apresentar grande potencial como fonte de potássio ao

solo (MACHADO et al., 2010).

2.2 CULTURA DA MAMONA

A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma oleaginosa que apresenta relevante

importância econômica e social, com várias aplicações industriais, encontrada em

estado asselvajado em várias regiões do Brasil. Suas sementes, depois de

industrializadas, dão origem à torta e ao óleo de mamona que, entre as diversas

utilidades, é empregado na indústria de plástico, siderurgia, saboaria, perfumaria,

curtume, tintas e vernizes, além de ser excelente óleo lubrificante para motores de alta

rotação e carburante de motores a diesel. O Brasil foi, durante décadas, o maior

produtor mundial de bagas de mamona e, ainda, o maior exportador do seu óleo. Nos

últimos anos o país vem apresentando produção declinante, perdendo a condição de

primeiro produtor mundial para a Índia e a China, respectivamente (BELTRÃO et al,

2005; BELTRÃO et al.2004; BELTRÃO et al.1999).

2.3 NUTRIÇÃO MINERAL DA MAMONEIRA

A mamoneira é uma planta exigente em nutrientes, tendo nas sementes elevada

concentração de óleo e proteínas, o que conduz a uma demanda por elementos

essenciais, especialmente nitrogênio (N), potássio (K), fósforo (P), cálcio (Ca) e

magnésio (Mg). Apesar de possuir boa capacidade de adaptação e encontrar-se

vegetando nos mais variados tipos de solo, requer um manejo correto de adubação e

nutrição, principalmente nos cultivos existentes na região nordeste, pois essa oleaginosa

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é considerada uma cultura exigente em fertilidade e sensível a acidez de solo

(SEVERINO et al., 2006).

O estudo dos teores de nutrientes na planta, assim como em suas partes, é de grande

importância para uma melhor recomendação do manejo da adubação na cultura, tanto

para áreas produtoras como em novas áreas de cultivo, evitando o desperdício de

fertilizantes ou deficiências nutricionais ao longo do seu ciclo, contribuindo para um

melhor manejo e ciclagem de nutrientes (PORTZ et al., 2006).

Uma das formas de avaliar os efeitos da adubação e a eficiência de absorção pelas

plantas é a determinação do estado nutricional. Esse método permite verificar se a

planta possui em seus tecidos todos os elementos em quantidades e proporções

adequadas, no intuito de ajustar o programa de adubação e doses de adubo, visando o

aumento na produção (MALAVOLTA, 1992). Segundo Malavolta et al. (1989), a parte

da planta que melhor reflete o estado nutricional das culturas, são as folhas, devido ao

teor dos elementos encontrados em suas células que é conseqüência do efeito dos

fatores que atuaram e, às vezes, interagiram até o momento em que esse órgão foi

colhido para análise química.

O P participa em vários processos metabólicos em plantas, como a transferência de

energia, síntese de ácidos nucléicos, glicose, respiração, síntese e estabilidade de

membrana, ativação e desativação de enzimas, reações redox, metabolismo de

carboidratos, e fixação de N2 (VANCE et al., 2003). Segundo Severino et al. (2006) os

sintomas da carência de P iniciam-se pelas folhas mais velhas, sendo caracterizados por

manchas de formato irregular no limbo foliar, que formam um gradiente entre verde

claro nas bordas e marrom claro no interior, podendo ocorrer entre as nervuras

principais ou nos bordos das folhas. Com o tempo, essas manchas podem evoluir para

necroses da cor de folha seca.

O íon K+ encontra-se predominantemente como cátion livre ou como cátion absorvido e

pode ser facilmente deslocado das células ou dos tecidos da planta (LINDHOUER,

1985). O K atua em muitos processos fisiológicos no vegetal (MARSCHNER, 1995):

ativa mais do que 60 sistemas enzimáticos, atua na fotossíntese, mantém o turgor das

células; regula a abertura e fechamento dos estômatos; promove a absorção de água;

regula a translocação de nutrientes na planta; favorece o transporte e armazenamento de

carboidratos; incrementa a absorção de N e a síntese de proteínas; e participa na síntese

de amido nas folhas.

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O Ca é um macronutriente que tem muitos efeitos no crescimento da planta. É

necessário para manter a integridade das membranas e das paredes celulares e, à medida

que as células crescem, aumenta a superfície de contato entre elas, aumentando a

necessidade de cálcio (MALAVOLTA et al., 1997). É um elemento imóvel nas plantas,

não sendo transportado pelo floema. Na parte aérea, a deficiência do nutriente é

caracterizada pela redução de crescimento de tecidos meristemáticos, acarretando

prejuízos para extremidades e folhas novas, que se tornam deformados e cloróticas

(RAIJ, 1991)

A falta de Ca afeta particularmente os pontos de crescimento da raiz, causando o

aparecimento de núcleos poliplóides, células binucleadas, núcleos constritos, divisões

amitóticas; o crescimento é paralisado e ocorre escurecimento, com posterior morte da

raiz (VITTI, G. C.; LIMA, E.; CICARONE, F., 2006).

O Mg é componente estrutural da clorofila; participa da ativação enzimática; além de

contribuir para a entrada de fósforo na planta VITTI et al. (2006). A deficiência de Mg

provoca uma clorose, pois reduz a produção de clorofila. A clorose é mais intensa nas

folhas mais velhas, observando-se um gradiente de intensidade em relação às folhas

mais novas (SEVERINO et al., 2006).

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS E COLETA DE AMOSTRA DE

SOLOS

Foi coletada amostra de solo em Alegre-ES e outra em Varre-Sai-RJ. O município de

Alegre fica localizado na região sul do Estado do Espírito Santo, com as seguintes

coordenadas geográficas: latitude 20º 45’ S; longitude 41º29’ W e altitude de 181 m,

fazendo parte da Bacia do Rio Itapemirim. Na área de Alegre sob pastagem de

Brachiaria sp foram coletadas amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo, textura

argilosa, com relevo ondulado a montanhoso, na profundidade de 0-20 cm (LVA I).

O município de Varre Sai – RJ (latitude 20º49’ S; longitude 41º45’ W e altitude de 656

m) fica localizado no norte do Estado do Rio de Janeiro na Bacia do Rio Itabapoana. Na

área do município de Varre Sai – RJ, sob vegetação espontânea, foram coletadas

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amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo, textura argilosa, com relevo ondulado a

montanhoso, na profundidade de 0-20 cm (LVA II).

3.2 PREPARO E CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS

Os materiais dos solos após coletados foram secos a sombra, destorroados e passados

em peneira de 2 mm para obtenção da terra fina seca ao ar (TFSA), da qual foi separada

uma amostra representativa de cada solo para a caracterização física e química

(Tabela1).

Tabela 1 - Caracterização física e química dos solos, na profundidade de 0-20 cm

Caracterização Física1

Solo Areia Argila Silte Ds Dp Porosidade total

______________

g kg-1_____________

_____

kg dm-3 ____

__

m3 m

-3__

LVA I 375 553 72 1,13 2,72 0,58

LVA II 419 487 94 1,14 2,63 0,57

Caracterização Química2

Solo pH P K Na Ca Mg Al H+Al SB CTC T V M

____

mg dm-3___

_________________

cmolc dm-3_________________

____

%____

LVA I 5,0 5,0 82 19 1,2 0,8 0,3 3,6 2,3 5,9 2,6 38,9 11,6

LVA II 4,8 5,0 13 1,0 0,6 0,4 0,4 6,2 1,0 7,2 1,4 14,3 27,8

1.Análises físicas: Textura (areia, argila e silte) Método da Pipeta; Ds: densidade do

solo pelo Método da Proveta; Dp: densidade de partícula pelo Método do Balão

Volumétrico; Porosidade total: relação Ds/Dp; 2.Análises químicas:Métodos de

extração: pH em água(relação 1:2,5); P: fósforo por colorimetria, após extração com

extrator Mehlich-1; K e Na: potássio e sódio trocável por fotometria de chama, após

extração com extrator Mehlich-1; Ca e Mg: cálcio e magnésio trocáveis por extração

com cloreto de potássio 1 mol L-1

e determinação por absorção atômica; Al: alumínio

trocável por extração com cloreto de potássio 1 mol L-1

e titulação; H+Al: acidez

potencial por extração com acetato de cálcio 0,5 mol L-1

, pH 7,0 e titulação: Atributos

calculados: SB: soma de bases, CTC: capacidade de troca catiônica a pH 7,0; t:

capacidade de troca catiônica efetiva; V: saturação por bases; m: saturação de alumínio

(EMBRAPA, 1997).

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3.3 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO

O experimento foi montado num esquema fatorial 2 x 6, sendo dois solos (LVA I e

LVA II) e cinco materiais corretivos da acidez do solo [calcário (CAL), resíduo de

mármore (RM), escória de siderurgia (ESC), algas marinhas (LT), resíduo de mármore

(50%) + resíduo de granito (50%) (RM + RG) e uma testemunha - sem aplicação de

corretivo (SC)] num delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições.

O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Centro de Ciências Agrárias da

Universidade Federal do Espírito Santo (CCA-UFES), Alegre-ES. Após a

caracterização dos solos, foram separadas amostras com volume de 10 dm3 que foram

acondicionadas em vasos plásticos com capacidade de 12 dm3.

As amostras dos materiais corretivos de acidez foram enviadas ao Laboratório de

Análises de Fertilizantes, Águas, Minérios, Resíduos, Solos e Plantas, (LAFARSOL) da

Universidade Federal do Espírito Santo para caracterização química (Tabela 2).

Tabela 2 - Caracterização química dos materiais corretivos de acidez do solo

Corretivos de acidez do solo 1PRNT (%) CaO (%) MgO (%)

2PN (%)

CAL 100,0 43,7 8,8 100,0

RM 94,4 41,4 8,2 94,4

ESC 86,9 33,5 10,9 86,9

LT 96,1 44,0 7,0 96,1

RM (50%) + RG (50%) 58,6 27,1 4,1 58,6

CAL: calcário; RM: resíduo de mármore; ESC: escória de siderurgia; LT: produto

proveniente da moagem de algas marinhas; RM + RG: resíduo de mármore (50%) +

resíduo de granito (50%); 1PRNT = PN x ER / 100; e

2Poder de neutralização: %CaO x

1,79 + %MgO x 2,48.

A aplicação dos materiais corretivos de acidez dos solos foi realizada visando elevar a

saturação por bases (V) a 60%, conforme recomendado para a cultura da mamona em

Prezzoti et al. (2007). No solo LVA I, as doses dos materiais corretivos utilizados

foram: 1,25 t ha-1

de CAL; 1,32 t ha-1

de RM; 1,43 t ha-1

de ESC; 1,29 t ha-1

de LT e

2,13 t ha-1

da mistura de RM + RG (1:1). Para o solo LAV II foram aplicadas as

seguintes doses dos materiais corretivos: 3,29 t ha-1

de CAL; 3,49 t ha-1

de RM; 3,73 t

ha-1

de ESC; 3,42 t ha-1

de LT e 5,62 t ha-1

da mistura de RM + RG (1:1).

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As amostras de 10 dm3

dos solos, após homogeneizadas com os corretivos, foram

incubadas por um período de 30 dias, mantendo-se a umidade do solo a 60% do VTP

(volume total de poros), de acordo com Freire et al. (1980), fazendo pesagens diárias ,

para repor as perdas de água do solo com água destilada.

Após o período de incubação, as amostras foram secas à sombra e homogeneizadas em

peneira de malha 2 mm, para realização da adubação.

A adubação de plantio consistiu na aplicação de N, P e K, respectivamente, nas

dosagens de 135, 300 e 189 mg kg-1

, baseada na recomendação da Embrapa (1991),

utilizando-se como fontes o fosfato de amônio P.A. e o fosfato de potássio P.A. Foram

semeadas seis sementes de mamona do cultivar IAC 80 por vaso e 10 dias após a

germinação foi feito o desbaste deixando-se duas plantas por vaso (Figura 1).

A adubação nitrogenada de cobertura, utilizando-se como fonte de N a uréia P.A foi

realizada na dose de 50 mg kg-1

de solo, usando a metade da recomendação de

adubação básica de um solo, baseada na Embrapa (1991), aos 35 dias após a germinação

das sementes.

Figura 1 - (A) Incubação do solo com os corretivos; (B) plantio da mamona; (C)

plântulas de mamona com 10 dias após a germinação; e (D); vasos com plantas de

mamonas, após o desbaste.

A B

C D

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Ao final do período experimental (45 dias), as plantas de mamona de cada vaso foram

cortadas rentes ao solo, separando-se o caule das folhas, acondicionando-as em sacolas

de papel devidamente identificadas e levadas à estufa de circulação forçada de ar à

temperatura de 65ºC durante 72 horas para a determinação da matéria seca da folha

(MSF) e da matéria seca do caule (MSC) da mamona. Após o corte, as raízes foram

lavadas com água corrente para determinar o volume das raízes (VR) de cada vaso,

utilizando uma proveta de 2000 ml de capacidade, e o VR foi calculado com base na

diferença de volume de água deslocado dentro da proveta após submersão das raízes.

Posteriormente, as raízes foram secas a sombra e acondicionadas em sacos de papel,

devidamente identificados e colocados em estufa de circulação forçada de ar à

temperatura de 65ºC durante 72 horas para a determinação da matéria seca de raízes

(MSR).

A matéria seca da parte aérea (folhas e caule) foi triturada em moinho do tipo Wiley,

provido de peneira de aço inoxidável com malhas de 0,42 mm e acondicionada em

sacos de papel para fazer análises químicas dos teores de macronutrientes (P, K, Ca e

Mg), de acordo com métodos propostos por Malavolta et al. (1997). O acúmulo de

nutrientes nos tecidos da parte aérea da mamona foi calculado com base no teor desses

no tecido e na produção de matéria seca.

3.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Os dados referentes ao experimento foram submetidos à análise de variância utilizando-

se o Software SAEG, e quando significativo foi utilizado o teste de F (p ≤ 0,05) para

comparação das médias dos resultados através de contrastes.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 DADOS BIOMÉTRICOS

Percebe-se, pelos contrastes avaliados, que os solos (LVA I e LVA II) se comportaram

de forma diferenciada quanto à resposta a aplicação dos corretivos de acidez (Tabela 3),

afetando o desenvolvimento inicial da mamona. Estas respostas diferentes entre um solo

e outro, devido a diferentes características entre solos, como as condições químicas dos

solos (Tabela 1), mostra que o produto final resulta da interação solo-planta.

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Tabela 3 - Contrastes médios (Ci) comparando a produção de matéria seca da folha

(MSF), matéria seca do caule (MSC), matéria seca das raízes (MSR), matéria seca da

parte aérea (MSPA), relação entre a matéria seca da parte aérea e das raízes (RPAR) e

volume de raízes (RPAR) e volume de raízes (VOL) da mamona cultivada em dois

solos (LVA I e LVA II) em função da aplicação de diferentes materiais corretivo

Variável

LVA I LVA II

C1 C2 C3 C4 C1 C2 C3 C4

MSF -0,57 ns

1,70ns

-2,71ns

-4,72ns

-0,91ns

17,74* 9,59* 1,77ns

MSC 3,61 ns

5,52ns

9,92* 8,39* -1,40ns

15,39* 5,11ns

-1,97ns

MSR 1,29 ns

0,59ns

0,28ns

-3,32sn

-3,75ns

17,87* -0,41ns

-4,29ns

MSPA 3,04 ns

7,22ns

7,21ns

3,67ns

-2,31ns

33,14* 14,70* -0,19ns

RPAR -0,07 ns

0,01ns

0,12ns

0,45ns

0,34ns

-2,54* -0,54ns

0,72ns

VOL 8,50 ns

-3,44ns

-8,00ns

-21,25ns

-12,81ns

64,37* -3,75ns

-13,75ns

C1= CAL vs (T, RM, ESC, LT, RM+RG); C2 = ESC vs (T, RM, LT, RM+RG); C3 =

RM vs (T, CAL, ESC, LT, RM+RG); C4 = RM vs (LT, RM+RG). T: Testemunha;

CAL: Calcário; RM: Resíduo de mármore; ESC: Escória de siderurgia; LT: Produto

proveniente da moagem de algas marinhas; RM+MG: Resíduo de mármore (50%) +

resíduo de granito (50%).

* Significância a 5%, pelo teste de F.

Verificou-se que as variáveis estudadas dentro do solo LVA I não apresentaram

diferenças significativas, exceto para a matéria seca do caule (MSC), conforme

mostrado pelos contrastes C3 e C4 (Tabela 3). Este fato demonstra a possibilidade de

utilização dos resíduos estudados (escória de siderurgia, mármore e mármore + granito)

como corretivo da acidez do solo e como fonte de cálcio e magnésio para as plantas.

Analisando os contrastes C1 e C2 (Tabela 3), que não apresentaram significância para

as variáveis estudadas, observa-se que todos os materiais corretivos (escória de

siderurgia, resíduo de mármore, algas marinhas e resíduo de mármore + resíduo de

granito), apresentaram um comportamento semelhante ao calcário. Estes resultados

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reforçam a possibilidade da utilização dos resíduos como corretivos alternativos para a

correção da acidez deste solo. Entretanto resultados conflitantes são encontrados na

literatura. Prado (2001) observou aumentos lineares na matéria seca de cana-de-açúcar

em função da aplicação de escória e calcário quando cultivadas em vasos dentro de casa

de vegetação. De forma semelhante, Corrêa (2008) observou incrementos da produção

de matéria seca da parte aérea de aveia preta cultivada em sistema de plantio direto sob

aplicação de calcário dolomítico, escória de aciaria, resíduo de marmoraria e lodo de

esgoto em áreas separadas. Machado et al. (2010) também observaram o aumento da

matéria seca do caule do cafeeiro, com a aplicação de diferentes doses de resíduo de

rocha (mármore + granito), em LVA.

Para o solo LVA II, verifica-se que o contraste C2 apresentou resultados significativos e

positivos para todas variáveis estudadas, a exceção da relação entre a matéria seca da

parte aérea e das raízes cujos resultados foram significativos e negativos (Tabela 3),

indicando que a escória de siderurgia foi superior aos materiais corretivos utilizados,

favorecendo tanto o desenvolvimento da parte aérea quanto das raízes da mamona.

Além de um bom desenvolvimento da parte aérea, é importante que as plantas

apresentem um sistema radicular bem desenvolvido, o que permitirá um aumento da

absorção de água e nutrientes. Oliveira (2009) e Nogueira (2009), trabalhando com

corretivos alternativos de acidez do solo, verificaram que a aplicação de escória de

siderurgia favoreceu o desenvolvimento de raízes de cana-de-açúcar e cafeeiro. A maior

produção de matéria seca da parte aérea e da raiz proporcionada pela escória de

siderurgia pode ser justificada pela melhoria dos atributos químicos do solo. Prado &

Fernandes (2000) relatam que a escória de siderurgia além de corrigir a acidez do solo,

aumenta os teores de cálcio, magnésio e, possivelmente, a disponibilidade de fósforo do

solo. Outras pesquisas realizadas concordam com essa mesma afirmativa (ASSIS et al.,

2007; RESENDE et al., 2007).

Para o contraste C3, também foram observados resultados significativos e positivos para

a MSF e MSPA da mamona cultivada no LVA II (Tabela 3), demonstrando que o

resíduo de mármore também se destacou em relação aos demais corretivos, favorecendo

o desenvolvimento inicial da mamona. Resultados semelhantes foram encontrados por

Machado et al. (2010) trabalhando com aplicação de resíduo de rocha (mármore +

granito) em solo cultivado com cafeeiro, obtiveram resultados semelhantes. Contudo,

Baldotto et al. (2007), não observaram resposta à aplicação de resíduo de mármore na

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produção de matéria seca de milho. Para os demais contrastes, não foram observados

efeitos significativos.

4.2 TEORES DE CÁLCIO, MAGNÉSIO, FÓSFORO E POTÁSSIO EM

FOLHA E CAULE DE MAMONA

Com relação aos nutrientes Ca, Mg, P e K presentes na folha e no caule da mamona,

verifica-se, para o LVA I, que a exceção da variável MgF, os contrastes não

apresentaram diferenças significativas (Tabela 4). Este fato demonstra a eficiência dos

resíduos utilizados na correção de acidez do solo, os quais não apresentaram diferença

em relação ao calcário, para as variáveis estudadas.

Já para a variável MgF, a escória de siderurgia proporcionou menores teores de

magnésio na folha da mamoneira em relação aos demais corretivos utilizados na

correção de acidez do solo (Tabela 4). Esperava-se que a escória de siderurgia, por

apresentar maior teor de MgO (Tabela 2), dentre os corretivos de acidez utilizados,

proporcionasse maiores teores deste nutriente na parte aérea da mamona.

Já para o solo LVA II, para o contraste C1, onde se comparam o calcário com os demais

materiais corretivos, verifica-se que somente para o teor de Mg no caule da mamona

(MgC), houve efeito significativo e negativo, indicando que, neste caso, o calcário

apresentou valores inferiores deste nutriente (Tabela 4). Para as demais variáveis não foi

observado efeito significativo dentro contraste C1.

No entanto, analisando o contraste C2, verifica-se que as variáveis estudadas

apresentaram resultados significativos e negativos para os teores dos nutrientes na folha

da mamona, demonstrando que a escória de siderurgia foi inferior aos demais materiais

corretivos, com relação aos teores dos nutrientes (Ca, Mg, P e K) na folha da mamona,

nas condições em que foram avaliadas. Os menores teores destes nutrientes podem estar

associados ao efeito de diluição (JARREL & BEVERLY, 1981), dada à maior produção

de matéria seca da parte aérea da mamona obtida com o uso da escória, conforme pode

ser observado pelos valores significativos e positivos obtidos para o para MSF e MSC

da mamona (Contraste C2 – Tabela 3). Contudo, para os teores dos nutrientes no caule

da mamona não foram encontradas diferenças significativas entre a escória de siderurgia

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e os demais materiais corretivos, dentro do contraste C2. À exceção do Ca, que e

considerado muito pouco móvel na planta, esta diferença de comportamento observada

entre o caule e a folha pode estar associada à elevada mobilidade floemática dos

nutrientes Mg, P e K na planta (MENGEL & KIRKBY, 1987), favorecendo assim a

translocação deste elemento do caule para a folha, possibilitando assim maiores

diferenças entre os materiais corretivos a nível de folha da mamona.

Ainda no solo LVA II, nos contrastes C3 e C4, os resultados foram significativos e

positivos para os teores de Ca e Mg na folha e Mg no caule (Tabela 4), sugerindo que o

resíduo de mármore foi superior aos demais materiais corretivos, inclusive o calcário, ,

demonstrando a potencialidade deste material corretivo como fornecedor destes

nutrientes para a cultura da mamona. Resultados semelhantes foram encontrados por

Machado et al. (2010) estudando resíduo de rocha (mármore + granito) em dois solos

LV e LVA na planta de cafeeiro, os quais atribuíram este comportamento à maior

quantidade de Mg no resíduo utilizado, acarretando maior disponibilidade deste

elemento na solução do solo.

Tabela 4 - Contrastes médios (Ci) comparando os teores de cálcio (CaF), magnésio

(MgF),fósforo (PF) e potássio (KF) na folha da mamona e dos teores de cálcio (CaC),

magnésio (MgC),fósforo (PC) e potássio (KC) no caule da mamona cultivada em dois

solos (LVA I e LVA II) em função da aplicação de diferentes materiais corretivos

Variável

LVA I LVA II

C1 C2 C3 C4 C1 C2 C3 C4

CaF 1,04 ns

-2,77 ns

-0,82 ns

-0,83 ns

-1,32 ns

-5,81* 7,84* 5,01*

MgF 0,33 ns

-0,57* 0,09 ns

0,11 ns

-0,02 ns

-1,09* 1,25* 1,03*

PF 0,07 ns

0,07 ns

-0,17 ns

0,06 ns

-0,10 ns

-0,35* 0,18 ns

0,15 ns

KF 0,93 ns

-1,87 ns

-0,95 ns

0,83 ns

-0,56 ns

-3,98* 1,69 ns

2,90 ns

CaC 0,86 ns

0,28 ns

-0,46 ns

-0,59 ns

-3,16 ns

1,13 ns

0,90 ns

-0,20 ns

MgC 0,06 ns

-0,31 ns

0,09 ns

0,31 ns

-1,62* -0,70 ns

2,29* 1,89*

PC -0,15 ns

0,07 ns

0,05 ns

0,14 ns

0,02 ns

-0,32 ns

0,30 ns

0,26 ns

KC -0,78 ns

-0,37 ns

-0,61 ns

0,70 ns

0,31 ns

-3,06 ns

0,09 ns

0,98 ns

C1= CAL vs (T, RM, ESC, LT, RM+RG); C2 = ESC vs (T, RM, LT, RM+RG); C3 =

RM vs (T, CAL, ESC, LT, RM+RG); C4 = RM vs (LT, RM+RG). T: Testemunha;

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CAL: Calcário; RM: Resíduo de mármore; ESC: Escória de siderurgia; LT: Produto

proveniente da moagem de algas marinhas; RM+MG: Resíduo de mármore (50%) +

resíduo de granito (50%).

*Significância a 5%, pelo teste de F.

4.3 ACÚMULOS DE CÁLCIO, MAGNÉSIO, FÓSFORO E POTÁSSIO

NA FOLHA, NO CAULE A NA PARTE AÉREA DA MAMONA

Para o LVA I, a exceção do magnésio acumulado na folha (C2 – Tabela 5), cujo

resultado foi significativo e negativo, e do fósforo acumulado no caule, que apresentou

resultado significativo e positivo (C3 e C4 – Tabela 5), as demais variáveis e contrastes

avaliados não apresentaram efeito significativo. De acordo com estes resultados, pode-

se afirmar que os materiais corretivos tiveram um comportamento semelhante na

correção de acidez do solo e na nutrição das plantas, com exceção para a escória de

siderurgia na variável MgAF que foi inferior aos demais materiais corretivos; e para o

resíduo de mármore para a variável PAC que teve um resultado superior aos demais

materiais corretivos, sugerindo que todos os corretivos podem ser utilizados na correção

de acidez do solo, como produtos alternativos ao calcário.

Já para o solo LVA II, o calcário teve um comportamento inferior aos demais materiais

corretivos apenas para o magnésio acumulado no caule (MgAC) e na parte aérea

(MgAPA) da mamona, com resultados significativos e negativos (C1 – Tabela 5). Este

mesmo comportamento já havia sido detectado para o teor deste nutriente no caule da

mamona (Tabela 4) indicando, neste caso, que o teor mais baixo de Mg no caule,

observado quando se utilizou o calcário foi mais determinante para os menores

acúmulos deste nutriente obtidos quando se utilizou este corretivo do que a produção de

matéria seca do caule.

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Tabela 5 - Contrastes médios (Ci) comparando o cálcio acumulado na folha (CaAF), no

caule (CaAC) e na parte aérea (CaAPA); o magnésio acumulado na folha (MgAF), no

caule (MgAC) e na parte aérea (MgAPA); o fósforo acumulado na folha (PAF), no

caule (PAC) e na parte aérea (PAPA); e o potássio acumulado na folha (KAF), no caule

(KAC) e na parte aérea (KAPA); da mamona cultivada em dois solos (LVA I e LVA II)

em função da aplicação de diferentes materiais corretivos

Variáveis

LVA I LVA II

C1 C2 C3 C4 C1 C2 C3 C4

CaAF 0,064 ns

-0,172ns

-0,051ns

-0,052ns

-0,081ns

-0,361* 0,486* 0,311*

MgAF 0,021 ns

-0,036* 0,006ns

0,007ns

-0,001ns

-0,068* 0,078* 0,064*

PAF 0,004 ns

0,009ns

-0,015ns

-0,004ns

-0,008ns

0,012ns

0,033* 0,013ns

KAF 0,058 ns

-0,116ns

-0,059ns

0,051ns

-0,035ns

-0,247* 0,105ns

0,180ns

CaAC 0,040 ns

0,013ns

-0,021ns

-0,028ns

-0,107ns

0,053ns

0,034ns

-0,009ns

MgAC 0,003 ns

-0,014ns

0,004ns

0,015ns

-0,076* -0,033ns

0,106* 0,088*

PAC -0,005 ns

0,013ns

0,017* 0,021* 0,001ns

-0,001ns

0,022* 0,012ns

KAC -0,036 ns

-0,017ns

-0,029ns

0,032ns

0,015ns

-0,143ns

0,004ns

0,045ns

CaAPA 0,105 ns

-0,159ns

-0,073ns

-0,079ns

-0,229ns

-0,308ns

0,528ns

0,302ns

MgAPA 0,023 ns

-0,050ns

0,010ns

0,021ns

-0,076* -0,100* 0,184* 0,152*

PAPA -0,001 ns

0,022ns

0,002ns

0,017ns

-0,007ns

0,010ns

0,054* 0,025ns

KAPA 0,021 ns

-0,133ns

-0,087ns

0,084ns

-0,020ns

-0,389* 0,109ns

0,225ns

C1= CAL vs (T, RM, ESC, LT, RM+RG); C2 = ESC vs (T, RM, LT, RM+RG); C3 =

RM vs (T, CAL, ESC, LT, RM+RG); C4 = RM vs (LT, RM+RG). T: Testemunha;

CAL: Calcário; RM: Resíduo de mármore; ESC: Escória de siderurgia; LT: Produto

proveniente da moagem de algas marinhas; RM+MG: Resíduo de mármore (50%) +

resíduo de granito (50%).

* Significância a 5%, pelo teste de F.

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31

Avaliando o contraste C2 no solo LVA II, percebe-se que a escória de siderurgia

apresentou resultados significativos e negativos para os acúmulos de cálcio, magnésio e

potássio na folha e de magnésio e potássio na parte aérea da mamoneira (Tabela 5),

indicando que, nestes casos, a escória se mostrou inferior aos demais materiais

corretivos quanto ao acúmulo destes nutrientes. Percebe-se que apesar da escória de

siderurgia ter proporcionado maior produção de matéria seca da folha, do caule e da

parte aérea (Tabela 3), a mesma apresentou valores de acúmulo de nutrientes inferiores

para as variáveis supracitadas, indicando que, mais uma vez, os teores mais baixos

destes nutrientes quando se utilizou a escória, dado ao efeito diluição (JARREL &

BEVERLY, 1981), foi determinante para este comportamento, haja vista que o acúmulo

de um dado nutriente é obtido a partir dos resultados de produção de matéria seca e teor

deste nutriente.

O resíduo de mármore apresentou uma significância positiva para os acúmulos de Ca

(folha), Mg (folha, caule e parte aérea) e P (folha, caule e parte aérea), quando

comparado com outros materiais corretivos (C3 - Tabela 5), demonstrando a sua

potencialidade como fornecedor destes nutrientes as plantas. Neste caso, o que

favoreceu o maior acúmulo destes nutrientes foi tanto a elevada produção de matéria

seca quanto os teores mais elevados dos nutrientes, quando se utilizou o resíduo de

mármore, evidenciado pelos resultados significativos e positivos (C3 - Tabelas 3 e 4,

respectivamente).Segundo Machado et al.(2010), a aplicação de diferentes doses de

resíduo de rocha (mármore + granito) no LV promoveu um aumento do teor de

magnésio na folha até a dose de 81,4% da necessidade de calagem, sendo as

concentrações de magnésio na folha maiores com a aplicação de resíduo de rocha

(mármore + granito) do que com a aplicação de calcário, devido ao maior teor de óxido

de magnésio (MgO) contido no resíduo.

Comparando-se o resíduo de mármore apenas com os materiais corretivos LT e RM +

RG (Contraste C4 – Tabela 5), verifica-se um comportamento semelhante ao observado

para o contraste C3 (Tabela 5), ou seja, o resíduo de mármore foi superior ao LT e RM

+ RG com relação aos acúmulos de Ca na folha e de Mg na folha, caule e parte aérea da

mamona, não se observando efeito significativo para as demais variáveis avaliadas,

resultados que confirmam a qualidade deste material na correção da acidez do solo e,

principalmente, na disponibilização de Ca e Mg no solo para as plantas.

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32

5 CONCLUSÕES

Houve comportamento diferenciado dos materiais corretivos de acidez e dos solos sobre

o desenvolvimento inicial e a nutrição mineral da mamoneira.

Para ambos os solos, de maneira geral, o uso de materiais corretivos proporcionou

maior desenvolvimento inicial da mamoneira em relação à testemunha (sem aplicação

de corretivo), evidenciando a importância da correção da acidez do solo para a cultura

da mamona.

A aplicação de materiais corretivos da acidez promoveu uma redução dos teores de P, K

na parte aérea da mamoneira, dado o efeito de diluição, pela maior produção de matéria

seca.

A aplicação dos materiais corretivos permitiu a elevação dos teores destes nutrientes na

parte aérea da mamoneira em relação à testemunha somente no solo LVA II, o qual

apresentava, originalmente, menor disponibilidade destes nutrientes em relação ao LVA

I.

De maneira geral, os maiores valores de acúmulo dos nutrientes ocorreram nos

tratamentos que proporcionaram maior produção de matéria seca, com destaque para os

materiais corretivos resíduo de mármore e resíduo de mármore (50%) + resíduo de

granito (50%) que promoveram maior acúmulo de K, Ca e Mg tanto na folha quanto no

caule da mamoneira, no LVA II.

A utilização de materiais corretivos em solos ácidos cultivados com mamoneira

demonstrou potencial no desenvolvimento inicial e na nutrição mineral desta cultura nas

condições avaliadas.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - VALORES DO QUADRADO MÉDIO E

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (CV) DOS DADOS BIOMÉTRICOS

Valores do quadrado médio e coeficiente de variação (CV) da produção de matéria seca

da folha (MSF), do caule (MSC), da raiz (MSR), da parte aérea (MSPA), relação parte

aérea/raiz (RPAR) e volume de raízes (VR) submetidos à aplicação de materiais

corretivos de acidez do solo em dois Latossolos

Quadrado Médio

Fontes de

Variação GL MSF MSC MSR MSPA RPAR VR

Materiais

corretivos 5 955,153* 1148,094* 556,004* 4174,009* 18,801* 5951,771*

Solo (S) 1 400,317* 3244,533* 791,570* 5924,185* 20,818* 11563,02*

S x C 5 687,147* 206,775* 165,160* 1548,094* 11,633* 2176,771*

Resíduo 33 19,295 34,132 26,938 45,132 1,575 646,607

CV (%) 6,94 10,14 16,64 5,56 27,69 24,24

*significativo a 5% pelo teste de F.

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APÊNDICE B - VALORES DO QUADRADO MÉDIO E

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (CV) DOS TEORES DE

MACRONUTRIENTES (P, K, Ca, Mg) NA FOLHA (F) E NO CAULE

(C) DA MAMONA

Valores do quadrado médio e coeficiente de variação (CV) dos teores de

macronutrientes (P, K, Ca, Mg) na folha e no caule da mamona submetida à aplicação

de materiais corretivos de acidez do solo em dois Latossolos

Quadrado Médio

FOLHA CAULE

Fontes de

Variação GL P Ca Mg K P Ca Mg K

Materiais

corretivos 5 0,227* 43,405* 2,031* 69,822* 0,095 6,124 3,046* 36,436*

Solo (S) 1 0,173 283,352* 5,925* 10,36 0,102 29,763* 13,219* 2,486

S x C 5 0,134 48,652* 0,947* 5,664 0,091 5,367 2,47 2,502

Resíduo 33 0,744 8,531 0,23 7,907 0,083 5,839 1,019 8,75

CV (%) 13,62 26,49 12,14 24,65 25,15 36,39 26,81 50,19

*significativo a 5% pelo teste de F.

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APÊNDICE C - VALORES DO QUADRADO MÉDIO E

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (CV) DO ACÚMULO DE

MACRONUTRIENTES (P, K, Ca, Mg) NA FOLHA (F) E NO CAULE

(C) DA MAMONA

Valores do quadrado médio e coeficiente de variação (CV) dos acúmulos de

macronutrientes (P, K, Ca, Mg) na folha e no caule da mamona submetida à aplicação

de materiais corretivos de acidez do solo em dois Latossolos

Quadrado Médio

FOLHA CAULE

Fontes de

Variação GL P K Ca Mg P K Ca Mg

Materiais

corretivos 5 0,0012* 0,2688* 0,1671* 0,0078* 0,0012* 0,0790* 0,0116 0,0066*

Solo (S) 1 0,0044* 0,0398 1,0908* 0,0228* 0,0070* 0,0053 0,0769* 0,0287*

S x C 5 0,0044* 0,0218 0,1873* 0,0036* 0,0006* 0,0054 0,0078 0,0053

Resíduo 33 0,0002 0,0304 0,0328 0,0008 0,0002 0,0189 0,0103 0,0022

CV (%) 12,66 24,65 26,48 12,13 21,95 50,19 32,59 26,81

*significativo a 5% pelo teste F.

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APÊNDICE D - VALORES DO QUADRADO MÉDIO E

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO (CV) DO ACÚMULO DE

MACRONUTRIENTES (Ca, Mg, K, P) NA PARTE AÉREA DA

MAMONA

Valores do quadrado médio e coeficiente de variação (CV) dos acúmulos de

macronutrientes (Ca, Mg, K, P) na parte aérea da mamona submetida à aplicação de

materiais corretivos de acidez do solo em dois Latossolos

Quadrado Médio

ACUMÚLO DA PARTE AÉREA

Fontes de

Variação GL Ca Mg K P

Materiais

corretivos 5

0,1956*

0,0247*

0,6342*

0,00474*

Solo (S) 1 1,6863* 0,10266* 0,0159 0,0227*

S x C 5 0,24153* 0,01568 0,0399 0,00782*

Resíduo 33 0,04847 0,00297 0,0739 0,000594

CV (%)

22,16 12,95 27,63 12,74

*significativo a 5% pelo teste de F.

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APÊNDICE E: VALORES MÉDIOS PARA DADOS BIOMÉTRICOS

Valores médios para: Matéria seca da folha: MSF; Matéria seca do caule; MSC: Matéria seca

da raiz: MSR; Matéria seca da parte aérea: MSPA; Relação entre a produção de matéria seca

da parte aérea e das raízes: RPAR; Volume de raiz: VOL. Para mamona cultivada em dois

solos (LVA I e LVA II) em função da aplicação de diferentes materiais corretivos

Variáveis

Materiais Corretivos

LVA I LVA II

T CAL RM ESC LT RM+RG T CAL RM ESC LT RM+RG

-------------------------------------------------------g vaso-1-------------------------------------------------------------

MSF 62,56 65,71 63,92 67,64 71,57 65,70 19,88 67,79 68,41 73,13 65,45 67,81

MSC 50,98 68,85 74,11 69,65 67,49 63,94 15,91 54,97 53,65 60,60 54,95 56,29

MSR 26,59 36,34 35,49 35,51 42,76 34,86 3,98 28,77 26,80 41,11 32,38 29,79

MSPA 113,54 134,56 138,03 137,30 139,07 129,65 35,79 122,76 122,05 133,72 120,39 124,11

RPAR 4,52 3,81 3,97 3,89 3,28 3,77 10,67 4,37 4,75 3,32 3,77 4,28

VOL 95,00 127,50 113,75 116,25 145,00 125,00 16,25 93,75 86,25 140,00 117,50 82,50

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APÊNDICE F: VALORES MÉDIOS DOS TEORES NUTRIENTES.

Valores médios para os teores: Cálcio na folha: CaF; Magnésio na folha: MgF; Fósforo na

folha: PF; Potássio na folha: KF; Cálcio no caule: CaC; Magnésio no caule: MgC; Fósforo no

caule: PC; e Potássio no caule: KC. Para mamona cultivada em dois solos (LVA I e LVA II)

em função da aplicação de diferentes materiais corretivos

Variáveis

Materiais Corretivos

LVA I LVA II

T CAL RM ESC LT RM+RG T CAL RM ESC LT RM +RG

-------------------------------------------------------g kg-1-------------------------------------------------------------

CaF 10,51 9,47 7,92 6,21 8,95 8,55 8,59 13,38 19,99 8,83 12,54 17,42

MgF 3,84 3,88 3,67 3,09 3,45 3,68 4,09 4,33 5,35 3,42 3,49 5,15

PF 2,50 2,12 1,92 2,11 1,83 1,90 2,16 1,82 2,10 1,69 1,92 1,97

KF 15,83 11,72 10,16 9,29 8,28 10,39 17,96 10,21 13,28 9,03 8,84 11,93

CaC 5,02 6,57 5,47 5,93 5,79 6,33 5,63 6,13 8,17 8,76 7,77 8,98

MgC 3,85 3,29 3,32 2,99 2,63 3,38 3,90 3,07 6,20 3,97 3,72 4,89

PC 1,41 1,08 1,24 1,28 1,05 1,14 1,13 1,12 1,35 0,84 1,02 1,17

KC 9,86 5,47 5,61 5,96 4,48 5,35 10,39 4,97 5,74 3,36 4,06 5,48

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APÊNDICE G: VALORES MÉDIOS DOS ACÚMULOS DOS

NUTRIENTES

Valores médios de acúmulo de: Cálcio acumulado na folha: CaAF; Magnésio acumulado na

folha: MgAF; Fósforo acumulado na folha: PAF; Potássio acumulado na folha: KAF; Cálcio

acumulado no caule: CaAC; Magnésio acumulado no caule: MgAC; Fósforo acumulado no

caule: PAC; Potássio acumulado no caule: KAC; Cálcio acumulado na parte aérea: CaAPA;

Magnésio acumulado na parte aérea: MgAPA; Fósforo acumulado na parte aérea: PAPA; e

Potássio acumulado na parte aérea: KAPA. Para mamona cultivada em dois solos (LVA I e

LVA II) em função da aplicação de diferentes materiais corretivos

Variáveis

Materiais Corretivos

LVA I LVA II

T CAL RM ESC LT RM+RG T CAL RM ESC LT RM +RG

-------------------------------------------------------g vaso-1-------------------------------------------------------------

CaAF 0,65 0,59 0,49 0,39 0,56 0,53 0,53 0,83 1,24 0,55 0,78 1,08

MgAF 0,24 0,24 0,23 0,19 0,21 0,23 0,25 0,27 0,33 0,21 0,22 0,32

PAF 0,16 0,14 0,12 0,14 0,13 0,13 0,05 0,12 0,14 0,12 0,13 0,13

KAF 0,98 0,73 0,63 0,58 0,51 0,65 1,11 0,63 0,82 0,56 0,55 0,74

CaAC 0,23 0,31 0,26 0,28 0,27 0,30 0,26 0,29 0,38 0,41 0,36 0,42

MgAC 0,18 0,15 0,16 0,14 0,12 0,16 0,18 0,14 0,29 0,19 0,17 0,23

PAC 0,07 0,07 0,09 0,09 0,07 0,07 0,02 0,06 0,07 0,05 0,06 0,06

KAC 0,46 0,26 0,26 0,28 0,21 0,25 0,48 0,23 0,27 0,16 0,19 0,26

CaAPA 0,89 0,89 0,75 0,66 0,83 0,83 0,80 1,08 1,62 0,96 1,14 1,50

MgAPA 0,42 0,39 0,38 0,33 0,34 0,39 0,44 0,41 0,62 0,40 0,39 0,55

PAPA 0,23 0,21 0,21 0,23 0,20 0,20 0,06 0,19 0,22 0,18 0,18 0,20

KAPA 1,44 0,98 0,89 0,85 0,72 0,89 1,60 0,87 1,09 0,72 0,74 1,00

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APÊNDICE H: COEFICIENTES DOS CONTRASTES ANALISADOS.

C1= CAL vs (T, RM, ESC, LT, RM+RG); C2 = ESC vs (T, RM, LT, RM+RG); C3 = RM vs

(T, CAL, ESC, LT, RM+RG); C4 = RM vs (LT, RM+RG). T: Testemunha; CAL: Calcário;

RM: Resíduo de mármore; ESC: Escória de siderurgia; LT: Produto proveniente da moagem

de algas marinhas; RM+RG: Resíduo de mármore (50%) + resíduo de granito (50%).

Tratamentos C1 C2 C3 C4

T -1 -1 -1 0

CAL 5 0 -1 0

R M -1 -1 5 2

ESC -1 4 -1 0

LT -1 -1 -1 -1

RM+RG -1 -1 -1 -1