UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE … · obtenção do título de Mestre em Biologia...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MESTRADO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA JUREMA CRISTINA MACHADO DE MENEZES ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA DE ARACAJU NO PERÍODO DE 2001 A 2013 UTILIZANDO OS DADOS DO SINAN, SERGIPE, BRASIL SÃO CRISTOVÃO/SE 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

MESTRADO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA

JUREMA CRISTINA MACHADO DE MENEZES

ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA DE ARACAJU NO PERÍODO DE 2001 A

2013 UTILIZANDO OS DADOS DO SINAN, SERGIPE, BRASIL

SÃO CRISTOVÃO/SE 2015

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JUREMA CRISTINA MACHADO DE MENEZES

ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA DE ARACAJU NO PERÍODO DE 2001 A

2013 UTILIZANDO OS DADOS DO SINAN, SERGIPE, BRASIL

Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Biologia Parasitária na área de concentração de Biologia Parasitária Orientadora: Profª. Drª. Vera Lúcia Corrêa Feitosa

SÃO CRISTOVÃO/SE 2015

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA BISAU UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

M543

Menezes, Jurema Cristina Machado de Análise dos casos de hanseníase na região metropolitana de Aracaju no período de 2001 a 2013 utilizando os dados do SINAN, Sergipe, Brasil / Jurema Cristina Machado de Menezes ; orientadora Vera Lúcia Corrêa Feitosa. – São Cristovão, 2015.

105 f.

Dissertação (mestrado em Biologia Parasitária) – Universidade Federal de Sergipe, 2015.

1. Hanseníase. 2. Epidemiologia. 3. Análise espacial. I. Feitosa, Vera Lúcia Corrêa, orient. II. Título.

CDU 616-002.73

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JUREMA CRISTINA MACHADO DE MENEZES

ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA DE ARACAJU NO PERÍODO DE 2001 A 2013

UTILIZANDO OS DADOS DO SINAN, SERGIPE, BRASIL

Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Biologia Parasitária na área de concentração de Biologia Parasitária. Defesa realizada no Núcleo de Pós Graduação em Medicina/HU/UFS.

APROVADA em 28/05/2015, com nota 10,0 Prof. Dr. Marcos Prado Nunes – UFS (1° Examinador) Profª. Drª. Karina Conceição G. M. de Araújo – UFS (2ª Examinadora)

____________________________________________ Profª. Drª. Vera Lúcia Corrêa Feitosa

UFS (Orientadora)

SÃO CRISTOVÃO SERGIPE - BRASIL

2015

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus pais Dicélio e Theresinha e ao meu filho Gabriel.

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“Rosas rosa, rosas brancas. Rosas vermelhas, rosas vinho. São rosas do meu caminho São brancas como os pés de Maria. Vermelhas como o sangue de Cristo. São rosas do meu caminho. Rosas belas tão perfumosas. Enfeitam o meu caminho Por que tantas rosas tão belas? Será que têm tantos espinhos? Espinhos tão finos e profundos. Como os da Coroa Divina. São rosas do meu caminho. Perfeitas, perfumosas, tão belas. Que já esqueci os espinhos. Estas são as rosas do meu caminho.” (Minha mãe, Theresinha)

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AGRADECIMENTOS

À Deus que sempre guia meus passos, me ilumina e inspira em todos os

momentos de minha vida. Agradeço também, por ter colocado pessoas tão especiais

ao meu lado durante toda essa caminhada.

Aos meus pais, Dicélio e Theresinha, pelo exemplo, dedicação, confiança, por

sempre acreditarem em mim. Obrigada por me fazerem querer alcançar caminhos

cada vez mais distantes. Pelo amor imenso, obrigada! Muito obrigada!

A meu filho Gabriel, que torna minha vida mais rica, só por existir. Amo você!

As minhas orientadoras Prof. Drª Vera Lúcia Corrêa Feitosa e Prof. Drª Karina

Conceição Gomes Machado de Araújo pelo apoio em desenvolver essa pesquisa.

Obrigada pelas conversas, incentivos, conselhos e palavras de carinho.

Aos professores Dr. Marco Prado Nunes, Dra. Karina Conceição Gomes

Machado de Araújo e Dr. Francisco Prado Reis pelas sugestões que fizeram no

exame de qualificação.

Aos colegas de turma, Dhario, Diana, Janine, Jonhatas, Monalisa, Sandra e

Ticiana pelo companheirismo, cumplicidade e alegria. A você Janine, um

agradecimento especial, obrigada pela amizade, pelas experiências de vida que

ultrapassaram o mestrado.

Aos meus amigos de Aracaju, Belo Horizonte, Goiânia e Minaçu, amigos

recentes, amigos de toda uma vida, não importa. Obrigada pelo apoio incondicional,

carinho, respeito e orgulho.

A você Tânia, obrigada pelo companheirismo, carinho e paciência. Você

esteve comigo nos piores momentos desse projeto. Suportou meu cansaço, meu

stress.

A enfermeira Kátia Guimarães Azevedo, Coordenadora de Hanseníase da

Secretaria Estadual de Saúde de Sergipe; a Judivan Souza Pereira, Coordenadora

da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de Nossa Senhora do Socorro;

a Arleide Franco de Jesus, técnica do SINAN/SE – Programa Estadual de Combate

a Hanseníase (PECH), a Hellie Mansur, coordenadora do IBGE/SE que com toda

boa vontade, profissionalismo e paciência me auxiliaram com o banco de dados do

SINAN e do IBGE, imprescindível para a realização dessa pesquisa. Muito obrigada!

Ao José Aislan pelos gráficos, tabelas, formatação, sugestões e paciência.

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Agradeço a algumas pessoas em especial, porque desde o início estiveram

comigo me apoiando e encorajando. Obrigada Nilcéa e Renata minha irmã.

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................. ix LISTA DE FIGURAS E TABELAS .................................................................... x RESUMO .......................................................................................................... xii ABSTRACT ...................................................................................................... xiii 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 01 1.1 Características epidemiológicas da hanseníase ........................................ 01 1.2 Agente etiológico, doença e tratamento ..................................................... 04 1.3 Aspectos da área de estudo ....................................................................... 08 2 OBJETIVOS .................................................................................................. 12 2.1. Objetivo geral ............................................................................................ 12 2.2. Objetivos específicos................................................................................. 12 ARTIGO 1. Análise da série temporal e epidemiológica da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe, Brasil: (2001-2013) ....................... 15 Resumo ............................................................................................................ 17 Introdução ........................................................................................................ 18 Materiais e Métodos ......................................................................................... 20 Resultados ....................................................................................................... 22 Discussão ......................................................................................................... 25 Conclusão ........................................................................................................ 29 Conflito de interesses ....................................................................................... 38 Contribuição dos autores.................................................................................. 38 Agradecimentos ............................................................................................... 38 Referências ...................................................................................................... 39 ARTIGO 2. Distribuição espacial da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe, (2001-2013) .................................................................... 43 Resumo ............................................................................................................ 45 Introdução ........................................................................................................ 46 Aspectos da área de estudo ............................................................................ 47 Materiais e Métodos ......................................................................................... 48 Resultados ....................................................................................................... 49 Discussão ......................................................................................................... 51 Conclusão ........................................................................................................ 53 Referências ...................................................................................................... 55 3 CONCLUSÃO ................................................................................................ 57 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 59 ANEXOS .......................................................................................................... 64 Anexo A – Parecer consubstanciado do CEP .................................................. 65 Anexo B – Declaração de anuência ................................................................. 67 Anexo C – Normas para publicação de artigos na revista BMC Public Health . 68 Anexo D – Normas para publicação de artigos na revista Geospatial Health .. 76 Anexo E – Carta ao editor da revista BMC Public Health ................................. 79 Anexo F – Carta ao editor da revista Geospatial Health................................... 83 Apêndice 1 – Ficha de coleta de dados............................................................ 87

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LISTA DE ABREVIATURAS

BT – Borderline tuberculoide

BV – Borderline virchowiana

CAPS – Centro de Atenção Psicossocial

CGD – Coeficiente Geral de Detecção

CGHDE – Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação

CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

CONEP – Conselho Nacional de Ética em Pesquisa

GI-OMS – Grau de Incapacidades da organização Mundial de Saúde

GPS – Sistemas de Posicionamento Global

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MB – Multibacilar

OMS – Organização Mundial de Saúde

PB – Paucibacilar

PQT – Poliquimioterapia

PROBP – Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária

PSF – Programa de Saúde da Família

SIG – Sistemas de Informações Geográficas

SINAN – Sistema de Informação de Agravos Notificáveis

SUS – Sistema Único de Saúde

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TT – Tuberculoide

UFS – Universidade Federal de Sergipe

VV – Virchowiana

WHA – World Health Assembly

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LISTA DE FIGURAS E TABELAS

ARTIGO 1 Análise da série temporal e epidemiológica da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe, Brasil, (2001-2013). Tabela 1. Distribuição dos casos de hanseníase segundo gênero na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013) Tabela 2. Distribuição dos casos de hanseníase segundo a classificação operacional

na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013) Tabela 3. Distribuição dos casos de hanseníase segundo a forma clínica na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013) Tabela 4. Casos de hanseníase segundo o grau de incapacidade avaliado no

momento da notificação na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013) Tabela 5. Casos de hanseníase segundo o grau de incapacidade avaliado no momento da alta na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013). Tabela 6. Distribuição dos casos de hanseníase na região metropolitana de

Aracaju/SE segundo faixa etária (2001-2013). Tabela 7. Desfecho dos casos de hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013) Figura 1. Mapa da Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe.

Figura 2. Distribuição dos casos de hanseníase segundo escolaridade na Região

Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013) Figura 3. Distribuição dos casos de hanseníase segundo raça/cor na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013) Figura 4 Análise temporal da hanseníase em Aracaju, Sergipe (2001-2013)

Figura 5. Análise temporal da hanseníase em Barra dos Coqueiros, Sergipe (2001-

2013) Figura 6. Análise temporal da hanseníase em Nossa Senhora do Socorro, Sergipe (2001-2013) Figura 7. Análise temporal da hanseníase em São Cristovão, Sergipe (2001-2013)

Figura 8. Análise temporal da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju,

Sergipe (2001-2013) Artigo 2 Distribuição espacial da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe, Brasil (2001-2013)

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Figura 1. Mapa da Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe. Figura 2. Mapa da distribuição dos casos de hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013). Figura 3. Mapa da distribuição dos casos de hanseníase segundo a classificação

operacional na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013). Figura 4. Mapa da distribuição dos casos de hanseníase segundo forma clínica na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013). Figura 5. Mapa da densidade de Kernel para casos de hanseníase na Região

Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

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RESUMO

Menezes, Jurema Cristina Machado. ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA DE ARACAJU NO PERÍODO DE 2001 A 2013 UTILIZANDO OS DADOS DO SINAN,SERGIPE, BRASIL. Sergipe: UFS, 2015. 93 p. (Dissertação - Mestrado em Biologia Parasitária).

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que é transmitido de pessoa a pessoa pelo contato contínuo com doentes contagiantes sem tratamento. No Brasil, devido a sua endemicidade constitui em um importante problema de saúde pública. Este estudo teve como objetivo principal analisar e mapear dados epidemiológicos da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe. Foi realizado um estudo retrospectivo longitudinal baseado em dados secundários do Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (SINAN) com os objetivos de realizar a distribuição espacial, análise temporal e descrever o perfil epidemiológico da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe, Brasil, no período de 2001 a 2013. As informações referentes aos pacientes foram coletadas no banco de dados do SINAN disponibilizadas pela Secretaria Estadual de Saúde de Sergipe. As variáveis de interesse pesquisadas foram: município de residência, número de casos diagnosticados por ano, idade, escolaridade, raça, classificação operacional, forma clínica, grau de incapacidade, forma de ingresso no sistema de notificação. A análise temporal da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju identificou uma tendência ao declínio da doença, quando se estuda os municípios em conjunto. O elevado número de casos com a forma clínica indeterminada demonstra que há uma alta carga bacilar circulando na comunidade, O mapa da densidade de Kernel demonstrou que as áreas mais quentes estão concentradas no centro de Aracaju, e que vai se difundindo pelos outros municípios da Região Metropolitana de Aracaju. Esses resultados evidenciam as regiões onde o risco de infecção pelo bacilo Mycobacterium leprae pode ocorrer, demonstrando que a transmissão da hanseníase está ocorrendo na área em estudo, gerando novos casos. É de extrema importância que as atividades de pesquisa e controle da hanseníase sejam mantidas e desenvolvidas, com o propósito de eliminação e um controle efetivo dessa doença.

Palavras-chave: Hanseníase; Epidemiologia; Distribuição Espacial; Análise

Temporal.

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ABSTRACT

Menezes, Jurema Cristina Machado. ANALYSIS OF LEPROSY CASES IN ARACAJU OF METROPOLITAN REGION IN THE PERIOD 2001 TO 2013 USING THE SINAN DATA, Sergipe, BRAZIL. Sergipe: UFS, 2015. 93 p. (Dissertation - Masters in Parasitic Biology).

Leprosy is a chronic infectious disease caused by the bacillus Mycobacterium leprae, which is transmitted from person to person by continuous contact with infectious patients without treatment. In Brazil, due to its endemicity is an important public health problem. This study aimed to analyze and map epidemiological data of leprosy in the metropolitan area of Aracaju, Sergipe. It performed a longitudinal retrospective study based on secondary data from the Notifiable Diseases Information System (SINAN) aiming to achieve the spatial distribution, temporal analysis and describe the epidemiological profile of leprosy in the metropolitan area of Aracaju, Sergipe, Brazil, in the period from 2001 to 2013. Information regarding the patients were collected in the SINAN database provided by the State Health Department of Sergipe. Interest surveyed variables were: municipality of residence, number of cases diagnosed per year, age, education, race, operational classification, clinical form, disability grade, form of entry into the reporting system. The temporal analysis of leprosy in the metropolitan area of Aracaju identified a declining trend in the disease, when studying the municipalities together. The high number of cases with indeterminate clinical form shows that there is a high bacterial load circulating in the community, the statement of Kernel density showed that the hottest areas are concentrated in the center of Aracaju, and will spread by other municipalities in Region Metropolitan Aracaju. These results show the regions where the risk of infection by the bacillus Mycobacterium leprae can occur, showing that leprosy transmission is occurring in the study area, generating new cases. It is of utmost importance that the research activities and leprosy control are maintained and developed for the purpose of disposal and effective control of this disease.

Keywords: Leprosy; Epidemiology; Spatial Distribution;Temporal analysis.

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Características Epidemiológicas da Hanseníase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica de evolução lenta

causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, bactéria intracelular obrigatória, que tem

como via de transmissão o trato respiratório superior (LASTÓRIA,2014;QUEIROZ et

al., 2010; PIMENTEL, 2003).

A doença se manifesta por sintomas e sinais dermatológicos e neurológicos,

especialmente dos olhos, mãos e pés (MOURA et al., 2013). As lesões nos nervos,

em pacientes não tratados, podem ocasionar incapacidades físicas e deformidades,

que trazem como consequência prejuízos econômicos e psicológicos aos doentes,

são ainda responsáveis pelo preconceito e estigma que recai sobre eles (AMARAL

et al., 2008).

O Mycobacterium leprae é transmitido de pessoa a pessoa pelo contato

contínuo com doentes contagiantes sem tratamento (MOURA et al., 2013). A

hanseníase pode ocorrer em qualquer classe social, contudo, está mais diretamente

relacionada à pobreza, condições sanitárias e de habitações inadequadas, tendo

também a aglomeração de pessoas como responsável pela maior disseminação do

bacilo através das vias respiratórias (SANTOS et al., 2013).

O controle da hanseníase está baseado na captação precoce de casos,

tratamento e cura, prevenção, reabilitação das incapacidades e vigilância dos

contatos, visando a eliminação das fontes de infecção e o tratamento das sequelas

(GROSSI,2009; FINEZ, 2012).

Em áreas hiperendêmicas, a busca ativa de casos novos é um método

importante para o controle da hanseníase, porque permite o diagnóstico precoce, o

tratamento, minimiza as incapacidades e diminui a disseminação da doença

(MOURA et al., 2013).

Há uma necessidade de sensibilizar e capacitar os profissionais da saúde

para intervir no processo de atenção à pessoa atingida pela hanseníase, havendo, o

propósito de prevenir incapacidades físicas e promover o autocuidado. As ações de

prevenção das incapacidades dependem da qualificação dos profissionais de saúde

para determinar o diagnóstico e orientar o tratamento (FINEZ, 2012; SILVA-

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SOBRINHO, 2007). A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que todos os

casos devem ser avaliados no início do tratamento e no momento da alta (BRASIL,

2008; NARDI et al., 2012).

A hanseníase pode ainda, durante seu curso ou até mesmo após a cura,

apresentar fenômenos agudos de alguns tipos de reação imunológica. Há dois tipos

de reação: tipo 1 que ocorre em pacientes com algum grau de imunidade celular,

como nos portadores de hanseníase das formas tuberculoide e dimorfa (resposta

do tipo Th1); e do tipo 2, mediadas por anticorpos, que ocorre naqueles pacientes

portadores das formas virchowiana e em alguns dimorfas (resposta do tipo Th2). A

manifestação clínica mais frequente da reação tipo 2 é o eritema nodoso hansênico

(GOULART et al., 2002).

Essas reações são causa frequente de incapacidades, podendo ser

acompanhadas de dor intensa, hipersensibilidade do nervo, edema, déficit motor e

sensitivo. Podem ocorrer ainda neurites silenciosas, em que não é constatada a

presença de dor ou hipersensibilidade do nervo, entretanto, há alterações de

sensibilidade e de força motora, que muitas vezes, apenas são detectadas por

exames específicos, tornado desse modo muito importante a realização de

avaliações periódicas, mesmo na ausência de qualquer queixa do paciente

(PIMENTEL et al., 2003).

A classificação de Madri, adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil,

baseada em critérios clínicos, bacteriológicos, imunológicos e histológicos da

hanseníase estabeleceu quatro formas de manifestação da doença: indeterminada,

tuberculoide, dimorfa e virchowiana. Quanto à carga bacilar as duas primeiras

formas são paucibacilares, com a presença de poucos bacilos e, as duas últimas

multibacilares, com grande carga bacilar (SAMPAIO, 2013).

Em 2010 a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que 16 países no

mundo notificaram mil ou mais casos em 2009. A Índia apresentou o maior número

de casos notificados com 133.717, e o Brasil, o segundo país, com 37.610 casos. A

Ásia foi o continente que apresentou a maior taxa de detecção, 9,39 casos por

100.000 habitantes, seguido pelas Américas com 4,58 casos por 100.000 habitantes.

Dos 40.474 casos novos nas Américas 93% foram notificados no Brasil. Por isso a

importância dessa enfermidade como problema de saúde pública (ALENCAR et al.,

2012). Para (ALENCAR et al., 2012) isso mostra a importância dessa enfermidade

como problema de saúde pública.

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Os mais importantes indicadores que medem o nível de ocorrência da

hanseníase no Brasil são: a taxa de detecção, que é o número de casos novos

diagnosticados por 10.000 habitantes, na população residente em determinado

espaço geográfico, no ano considerado; a taxa de prevalência, que é o número de

casos existentes, por 10.000 habitantes, na população residente em determinado

espaço geográfico, no ano considerado (PENNA, 2009; SAMPAIO, 2012) e o Grau

de Incapacidades da Organização Mundial de Saúde (GI-OMS), que tem como

objetivo classificar as deficiências físicas da hanseníase (NARDI et al., 2012).

O Ministério da Saúde, através do programa nacional para a eliminação da

Hanseníase, tem como propostas a busca e o tratamento precoce dos casos com a

polioquimioterapia (PQT), e a vigilância dos contatos domiciliares. Assim, a

descoberta precoce de casos tem relação direta na prevenção das incapacidades,

limitando os focos e, consequentemente a disseminação da doença (OPROMOLLA,

2011 TALHARI et al., 2012).

Uma das características da epidemiologia da hanseníase é a irregularidade

na sua distribuição geográfica. No Brasil, as áreas endêmicas ocorrem, sobretudo,

nas regiões norte, nordeste e centro-oeste. No nordeste do Brasil, por exemplo, as

diferenças nas taxas de prevalência são significativas. Existem municípios com uma

prevalência de menos de 0,1 por 10.000 habitantes e outros com 25 por 10.000

habitantes (MONTENEGRO et al., 2004).

Em Sergipe, o coeficiente de detecção é considerado muito alto. Em 2012,

segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), este

coeficiente foi de 22,55 por 100.000 habitantes. Em menores de 15 anos, o

coeficiente de detecção por 100.000 habitantes no estado de Sergipe foi de 6,17,

que também é considerado muito alto. No caso da detecção de casos com grau II de

incapacidade, aconteceu um aumento no estado de Sergipe, indicando que houve

um atraso no diagnóstico dos pacientes. (BRASIL, 2011; 2013).

A eliminação da hanseníase no Brasil possui alguns aspectos negativos:

regiões de extrema pobreza facilitando a perpetuação da doença, com dificuldade de

acesso aos serviços de saúde, principalmente nas áreas mais endêmicas; atraso na

escolha de estratégias essenciais ao processo de eliminação da doença; fragilidade

nas ações de vigilância, com baixa cobertura de exames de contatos; problemas na

logística de distribuição de medicamentos em algumas regiões do país; elevado

coeficiente de detecção em crianças, o que indica alta intensidade de circulação do

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bacilo Mycobacterium leprae; além da falta de um comprometimento político de

gestores em áreas epidemiologicamente importantes; e insuficiência de profissionais

da rede básica que garantam o diagnóstico e o tratamento (BRASIL, 2013).

A localização espacial da hanseníase pode orientar quanto à

ocorrência da doença em determinada área geográfica, permitindo uma melhor

compreensão da epidemiologia da doença. A análise estatística espacial identifica

as áreas de risco da doença auxiliando na eficiência da melhoria de medidas de

intervenção e favorecendo o uso mais eficaz dos recursos públicos (MOURA et al.,

2013).

Novas estratégias e a utilização de ferramentas como os Sistemas de

Informações Geográficas (SIG) são necessárias para o controle de doenças

transmissíveis como a hanseníase, que podem colaborar para uma real

compreensão do comportamento das doenças na população (MENCARONI, 2003).

Estudos de análise espacial podem demarcar as áreas endêmicas baseando-se em

dados de notificação compulsória, que constituem o Sistema de Informação de

Agravos de Notificação (SINAN), com o objetivo de sistematizar as ações de controle

da hanseníase no Brasil (ALENCAR et al., 2012).

1.2 Agente etiológico, doença e tratamento

A hanseníase é uma infecção crônica granulomatosa causada pelo bacilo

Mycobacterium leprae, transmitida de pessoa a pessoa pelas vias aéreas superiores

através do convívio com doentes sem tratamento. É uma doença que afeta

principalmente os nervos periféricos e a pele (QUEIROZ, 1997; MENDONÇA et al.,

2008).

Desde a antiguidade, a hanseníase é considerada uma doença incurável,

mutiladora e contagiosa, levando a atitudes preconceituosas de rejeição e

discriminação do doente, sendo, muitas vezes, excluído da sociedade (MOREIRA et

al., 2001).

A evolução da hanseníase está relacionada com: a Biologia Molecular do

Mycobacterium leprae, as características genéticas e imunológicas do hospedeiro,

os fatores socioeconômicos, como a qualidade de vida, o saneamento, a pobreza e

outros (LASTORIA, 2014; RODRIGUES-JÚNIOR et al., 2008).

5

O diagnóstico da hanseníase é realizado através do exame clínico, quando se

busca os sinais dermato-neurológicos da doença. Um caso de hanseníase é uma

pessoa que apresenta uma ou mais de uma das seguintes características e que

requer quimioterapia:

• lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade;

• acometimento de nervo(s) com espessamento neural;

• baciloscopia positiva, (BRASIL, 2010).

A hanseníase, quando não diagnosticada e tratada oportunamente, acaba

evoluindo para incapacidades e deformidades físicas, as quais levam à diminuição

da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos

(RIBEIRO, 2014; SILVA-SOBRINHO, 2007).

As tentativas de sistematizar o estudo das incapacidades geradas pela

hanseníase levaram ao desenvolvimento pela OMS de um formulário para

anotações das incapacidades de cada paciente, considerando inicialmente três

graus de incapacidade, em ordem crescente, segundo o acometimento de mãos, pés

e olhos: o grau zero corresponde à ausência de incapacidades, enquanto os graus

1, 2 e 3 decorrem de alterações sensitivas e/ou motoras de gravidade crescente.

Atualmente, são considerados os graus de incapacidade de zero a dois (PIMENTEL,

2003; BRASIL, 2010; GOULART et al., 2002; SILVA-SOBRINHO, 2007).

A hanseníase é predominantemente uma doença da pele, mucosas e nervos

periféricos. A infecção ativa pelo Mycobacterium leprae é caracterizada por uma

grande diversificação no seu curso clínico, variando de uma forma paucibacilar na

qual poucos bacilos estão presentes, a multibacilar, na qual uma grande carga

bacilar está presente nas lesões. O dano neural é atribuído a proliferação bacteriana

ou a resposta imune do hospedeiro a relativamente poucos bacilos em nervos

periféricos e áreas da derme adjacentes, que em última análise são responsáveis

pela manutenção do estigma em relação à lepra. O acometimento neural ocorre em

todas as formas da hanseníase (FINEZ, 2012; GOULART et al., 2002; SILVA-

SOBRINHO, 2007; PIMENTEL, 2003).

O tratamento e cura do paciente com hanseníase é fundamental visto que

fecha a fonte de infecção, interrompe a cadeia de transmissão da doença, tornando-

se portanto estratégico para o controle da endemia e eliminação da doença O

tratamento integral de um caso de hanseníase compreende: a quimioterapia

especifica – a (PQT); seu acompanhamento; identificar e tratar as possíveis

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intercorrências e complicações da doença; prevenir e tratar as incapacidades físicas

(BRASIL, 2010; OPROMOLLA, 2011; WHO, 2011; LASTORIA, 2014).

Para que a eliminação da hanseníase ocorra é necessário: o diagnóstico e o

tratamento gratuito em todos os postos de saúde, centros de saúde e unidades de

saúde da família; capacitação de todos os trabalhadores de saúde para diagnosticar

e tratar a hanseníase; acabar com o medo da hanseníase, divulgando os sinais

precoces da doença e incentivando as pessoas a procurarem tratamento; garantir

que todos os doentes de hanseníase sejam curados (OMS, 2010). Eliminação da

hanseníase significaria: a redução da carga da doença até um nível considerado

baixo, levando à redução da fonte de contaminação; para a OMS, uma taxa de

prevalência de menos de um caso por 10.000 habitantes; e a melhoria do acesso ao

diagnóstico e tratamento da doença (OMS, 2010).

A PQT , segundo o padrão da OMS, combina vários medicamentos com

administração associada. É um tratamento simples de custo baixo e bem tolerado

pelas pessoas que dele utilizam. Este tratamento tem por objetivo interromper a

cadeia de transmissão, possibilitando a eliminação da doença e a prevenção da

ocorrência de incapacidades físicas. A eficácia de sua ação tem reduzido a

prevalência da doença no mundo, possibilitando a garantia de cura, diminuindo o

estigma relacionado ao doente e sua discriminação e exclusão social (MOREIRA et

al., 2001).

Do ponto de vista imunológico a classificação de Ridley e Jopling tem sido a

mais recomendada, pelos pesquisadores. De acordo com esta classificação, as

formas clínicas da hanseníase apresentam distribuição espectral, ora para o polo de

resistência (tuberculóide) ora para o polo de susceptibilidade (virchowiano). Seus

subtipos são: TT (tuberculoide), BT (borderline tuberculoide), BV (borderline

virchowiano) e VV (virchowiano). No início os pacientes eram tratados de acordo

com a classificação de Ridley e Jopling.

Entretanto, devido a necessidade de expandir a campanha de eliminação da

hanseníase, a OMS propôs uma outra classificação, agora com base no número de

lesões na pele. Desse modo os pacientes podem ser classificados em:

paucibacilares (PB), quando apresentam de uma a cinco lesões; e multibacilares

(MB) quando apresentam mais de cinco lesões (RIDLEY et al, 1966; GOULART et

al., 2002; MENDONÇA et al., 2008). Por outro lado, muitos estudos têm mostrado

divergências entre as formas clínica e histopatológica. Assim, por outro lado, apenas

7

a adoção dos critérios da OMS poderá ocasionar erros na classificação, levando

consequentemente a um tratamento inadequado (MENDONÇA et al., 2008;

SANTOS et al., 2013). As formas mais contagiantes de hanseníase são as dos

pacientes multibacilares. E a melhor forma de prevenção é a detecção e tratamento

desses doentes (GOULART et al., 2002).

Apesar da implementação da PQT em 1981 ter trazido a possibilidade de cura

da doença (TALHARI et al., 2012), o número de casos novos registrados tem

permanecido estável, fator que pode gerar muitos mais casos novos nos próximos

anos. Outro fator preocupante é a prevalência oculta, que são os casos novos

esperados que não estejam sendo diagnosticados ou que são tardiamente

(SANTOS et al., 2013).

No Brasil, a hanseníase ainda é considerada um grande problema de saúde

devido a sua morbidade, e também porque essa doença causa incapacidades físicas

e deformações durante a progressão clínica da doença, provocando um sério

impacto socioeconômico (BRASIL, 2013; SANTOS et al., 2013; RIBEIRO, 2014).

Após a prática de medidas de controle, como diagnóstico precoce e uso da

PQT, a prevalência da hanseníase tem diminuído nos países endêmicos. No Brasil,

em 1985, a prevalência foi de 16,4 casos por 10.000 habitantes, e em 2012 reduziu

para 1,51 casos por 10.000 habitantes (QUEIROZ et al., 2010). Entretanto essa

redução ainda está longe da proposta de eliminação da hanseníase pela 49ª WHA

(World Health Assembly) em 1991, que definiu a meta de menos de 1 caso por

10.000 habitantes (BRASIL, 2013). Essa meta permanece vigente para os países

que ainda não a alcançaram, inclusive o Brasil. A redução da prevalência, no Brasil,

pode ser atribuída, entre outros fatores: a diminuição no número de casos novos da

doença; do menor tempo de tratamento com a PQT, a partir do ano 2000,

atualizações sistemáticas nos bancos de dados, melhorando a qualidade das

informações (SANTOS et al., 2013).

Existem fatores que podem favorecer a eliminação da hanseníase como

problema de saúde pública: a presença de uma grande cobertura de unidades

básicas de saúde com capacidade para diagnosticar e tratar a doença até a cura;

equipes com médicos, enfermeiros e outros profissionais que garantam o

diagnóstico e acompanhamento de casos nessas unidades de saúde; a

disponibilidade de medicamentos para a PQT; a busca ativa de casos e o resgate de

abandonos por agentes comunitários de saúde; cursos de capacitação dos

8

profissionais de saúde; pesquisadores nacionais em clínica, epidemiologia, Biologia

Molecular e aspectos sociais da hanseníase (SILVA-SOBRINHO, 2007; BRASIL,

2013).

A Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde criou em 2011 a Coordenação

Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação (CGHDE), com o objetivo de

melhorar os resultados para um grupo de doenças cujas respostas dos seus

programas foram insuficientes e incompatíveis com a capacidade do SUS de

resolver problemas de saúde da população (ALENCAR et al., 2012). No caso da

hanseníase, a CGDHE tem como principais eixos de ação: aumento das atividades

de vigilância epidemiológica, intensificando as ações de busca ativa de contatos

intradomiciliares e aumento da taxa de cura; programas de saúde na escola para

identificação de casos em crianças; garantia de incentivo financeiro para a vigilância

em hanseníase, aperfeiçoamento do sistema de informação referente ao

acompanhamento dos casos (BRASIL, 2011 e 2013).

1.3 Aspectos da Área de Estudo

Figura 1. Mapa da Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe.

9

No estado de Sergipe o coeficiente de prevalência da hanseníase em 2011,

foi de 1,2 casos por 10.000 habitantes, mas precisa intensificar as ações para a

eliminação da doença, porque de acordo com os parâmetros de prevalência, o

estado possui um padrão de média endemicidade. São encontradas áreas

silenciosas ou de baixa endemicidade em todas as regiões. Aracaju, capital do

estado de Sergipe, com 21,7 casos por 100.000 habitantes, em 2010, é considerada

de endemicidade muito alta (BRASIL, 2011; 2013).

Convencionou-se que a hanseníase constitui um grande problema de saúde

sempre que a prevalência da doença for maior que 1 caso em cada mil habitantes.

Áreas com coeficientes inferiores a 0,2 casos por mil habitantes são consideradas de

baixa endemicidade, enquanto coeficientes entre 0,2 e 1,0 por mil habitantes

correspondem às áreas de média endemicidade. Numa região de alta endemicidade,

o risco de se contrair a doença aumenta, em países e regiões subdesenvolvidos,

diante da precária cobertura dos serviços de saúde, de pessoal técnico

despreparado e não aderente às dificuldades e necessidades dos pacientes

hansenianos e de sua família (QUEIROZ, 1997; PENNA, 2009; QUEIROZ et al.,

2010).

O Coeficiente Geral de Detecção (CGD) no estado de Sergipe, passou de

18,42 casos por 100.000 habitantes em 2010, para 22,55 casos por 100.000

habitantes em 2012. Quanto ao CGD em crianças (menores de 15 anos) em

Sergipe, foi de 6,17 casos por 100.000 habitantes em 2012, índice considerado de

alta endemicidade (BRASIL, 2013).

Em 1904, através do Regulamento Sanitário da Unirio, implantado por

Oswaldo Cruz, a hanseníase passou a fazer parte das doenças de notificação

compulsória em todo o país (SAMPAIO, 2012). É utilizada a ficha de notificação e

investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), para

notificar cada caso diagnosticado na semana em que ocorrem. Essas fichas de

notificação são preenchidas por profissionais das unidades de saúde onde foi

diagnosticado o paciente. Os casos confirmados devem ser tratados e

acompanhados no posto de saúde mais próximo da residência do paciente

(ALENCAR, 2012).

O maior desafio para o controle e a eliminação da hanseníase é identificar os

indivíduos infectados e com risco de transmitir o bacilo Mycobacterium leprae

(MOURA et al., 2013). O Programa de Controle da Hanseníase no Brasil tem como

10

objetivo determinar as áreas de alta transmissão, onde os indivíduos estão mais

expostos a fontes de infecção para restringir a prevalência oculta e interromper a

cadeia de transmissão da hanseníase (BRASIL, 2012, ALENCAR et al., 2012;

PEREIRA, 2012).

O estudo da análise espacial da hanseníase fundamenta-se no fato de que a

distribuição espacial da doença sucede de forma desigual entre comunidades,

bairros, municípios, estados e países. O Sistema de informação Geográfica (SIG) é

considerado pela OMS uma importante metodologia de gestão para a vigilância

epidemiológica da hanseníase. Essa metodologia pode fornecer uma análise gráfica

dos indicadores epidemiológicos, ajudar a monitorar o espaço de cobertura do

tratamento poliquimioterápico, gerar a distribuição espacial da moléstia e de casos

com incapacidades, apontar áreas com alta endemicidade e com necessidade de

recursos extras (GAUY et al., 2007).

Buscando compreender melhor a relação entre saúde e ambiente o Sistema

de Informação Geográfica é um instrumento importante utilizado em vigilância

epidemiológica para melhor entender a endemia da hanseníase. As informações

georreferenciadas permitem realizar análises com mais complexidade, porque unem

a criação de banco de dados com elaboração de mapas de risco, para uma melhor

avaliação das atividades em saúde pública, podendo ainda trabalhar com várias

abordagens as inúmeras realidades de uma mesma área.

As pesquisas relacionadas a compreensão sobre a relação entre ambiente e

saúde têm utilizado com êxito as ferramentas do geoprocessamento para estudar

espacialmente os agravos, com a intenção de analisar e avaliar o impacto das

condições desfavoráveis do ambiente e a integridade do indivíduo no espaço (LEAL-

NETO et al., 2012).

No geoprocessamento vários tipos de informações geográficas são

processados, utilizando avançadas técnicas matemáticas e computacionais. Os SIG

são instrumentos do geoprocessamento, em que diversos tipos de informações são

produzidos através de análise e integração de dados geográficos. Com esses dados

e ferramentas é possível criar mapas temáticos diferentes, onde podem ser

interpretados vários tipos de informações (CARVALHO et al., 2000).

Vários estudos têm demonstrado que os fatores ambientais são importantes

nas análises epidemiológicas, e esse é um dos motivos da utilização de um conjunto

de técnicas de mapeamento que buscam fazer a análise integrada de riscos à saúde

11

decorrentes de agentes ambientais (MONTENEGRO et al., 2004). A utilização do

geoprocessamento como ferramenta de estudo, permite reunir uma série de

variáveis, como a localização, extensão, tempo e características socioeconômicas,

aos estudos em saúde (BARCELLOS, 1996).

A utilização conjunta das ferramentas dos Sistemas de Informações

Geográficas com os Sistemas de Posicionamento Global (GPS) permite desenvolver

modelos corretos para a vigilância, prevenção e previsão de riscos das doenças. A

utilização de mapas fornece ao pesquisador uma visão direta e imediata da

distribuição de um acontecimento no espaço. A utilização dos SIG permite verificar

mais facilmente as associações espaciais entre eventos de saúde e diversos

aspectos do ambiente natural e construído (LEAL-NETO et al., 2012).

Os mapas temáticos são muito importantes na análise espacial do risco de

determinada doença, já que, os mesmos, têm como objetivos: descrever e permitir a

visualização da distribuição espacial da doença; exploratório, sugerindo as causas

locais da doença, e fatores etiológicos desconhecidos que possam ser formulados

como hipóteses, além de apontar relações entre uma doença e seus determinantes

(FAUSTO et al., 2010).

12

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Analisar a distribuição espacial dos dados clínicos e epidemiológicos da

hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe.

2.2 Específicos

Descrever as variáveis clínicas e epidemiológicas da hanseníase na Região

Metropolitana de Aracaju; Sergipe.

Estudar a aglomeração espacial da hanseníase na Região Metropolitana de

Aracaju, Sergipe;

Analisar a dinâmica temporal da hanseníase na região de estudo;

13

Os capítulos Materiais e Métodos,

Resultados e Discussão serão apresentados

em forma de artigos conforme normativa n°

05/2011/PROBP que regulamenta o formato e

estrutura da Dissertação de Mestrado do

Programa de Pós-Graduação em Biologia

Parasitária.

14

O artigo intitulado Análise da série temporal e

epidemiológica da hanseníase na Região

Metropolitana de Aracaju, Sergipe, Brasil:

(2001-2013), apresentado como parte dos

resultados da dissertação de Mestrado, está

em preparação para ser submetido à

avaliação da BMC Public Health.

15

Artigo 1. Análise da série temporal e epidemiológica da hanseníase na Região

Metropolitana de Aracaju, Sergipe, Brasil: (2001-2013).

Jurema Cristina Machado de Menezes. Programa de Pós-Graduação em Biologia

Parasitária da Universidade Federal de Sergipe. Sergipe, Brasil.

Email: [email protected].

Karina Conceição Gomes Machado de Araújo. Programa de Pós-Graduação em

Biologia Parasitária e Departamento de Morfologia da Universidade Federal de

Sergipe. Email: [email protected]

Francisco Prado Reis. Instituto Tecnológico de Pesquisa da Universidade

Tiradentes. Sergipe, Brasil. Email: [email protected]

José Aislan Correia Santos. Bolsista PIBIC/CNPQ. Acadêmico de Medicina da

Universidade Federal de Sergipe. Email: [email protected]

Janine Beltrão Araújo Mendes. Programa de Pós-Graduação em Biologia

Parasitária da Universidade Federal de Sergipe, Brasil.

Email: [email protected]

Vera Lúcia Corrêa Feitosa. Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária e

Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe.

Email: [email protected]

Autor para correspondência

Jurema Cristina Machado de Menezes

Avenida Caçula Barreto, 112 – bloco B 09 apto 202

Bairro Farolândia

Cep: 49030-130

16

ARTIGO 1. ANÁLISE DA SÉRIE TEMPORAL E EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA DE ARACAJU, SERGIPE, BRASIL: (2001-2013).

Jurema Cristina Machado de Menezes1, Janine Beltrão Araújo Mendes1,Vera Lúcia Corrêa Feitosa2,Karina Conceição Gomes Machado de Araújo 2, Francisco Prado Reis 3, José Aislan Correia Santos4

Autor para correspondência

Jurema Cristina Machado de Menezes

Avenida Caçula Barreto, 112 – bloco B 09 apto 202

Bairro Farolândia

Cep: 49030-130

Filiações dos autores

1 Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária da Universidade Federal de

Sergipe. Sergipe, Brasil.

1 Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária e Departamento de

Morfologia da Universidade Federal de Sergipe.

2 Instituto Tecnológico de Pesquisa da Universidade Tiradentes. Sergipe, Brasil.

3 Bolsista PIBIC/CNPQ. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de

Sergipe.

17

RESUMO

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica de evolução lenta causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. A hanseníase apresenta alta infectividade e baixa patogenicidade, sendo o domicílio seu principal espaço de transmissão. Atualmente, a rede de causalidade da doença inclui a Biologia Molecular do agente etiológico, as características genéticas ou imunológicas do hospedeiro que ainda não são bem conhecidas, e os determinantes sociais, como a qualidade de vida, o saneamento, as práticas culturais, a pobreza, entre outros. Objetivos: Realizar a análise temporal e descrever o perfil epidemiológico da hanseníase na região metropolitana de Aracaju, Sergipe, Brasil, no período de 2001 a 2013. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo longitudinal baseado em dados secundários do Sistema de Informação de Agravos Notificáveis (SINAN). A área de estudo foi a Região Metropolitana de Aracaju. Foram analisadas as seguintes variáveis: Município de residência; Número de casos diagnosticados por ano no período de 2001 a 2013; Idade; Escolaridade; Raça; Classificação operacional: paucibacilar ou multibacilar; Forma clínica: indeterminada, tuberculoide, dimórfica, virchowiana; Grau de incapacidade avaliado no momento da notificação e na alta: Grau 0, Grau I, Grau II. Os dados coletados foram tabulados em planilha eletrônica Microsoft Excel© e posteriormente analisados segundo a estatística descritiva e medida associação teste de aderência por meio do software Bioestat versão 5.0. Para análise de tendência temporal foi adotado o modelo de regressão polinomial simples com centralização da variável tempo com a finalidade de evitar autocorrelação serial entre os termos das equações. Resultados: A análise temporal dos 3.519 casos de hanseníase, do presente estudo, mostrou uma tendência para o declínio com significância estatística (p < 0,05) apenas em Aracaju. A forma multibacilar predominou nos municípios de Barra dos Coqueiros e Nossa senhora do Socorro. No momento da alta, todos os municípios revelaram uma alta taxa de indivíduos que não foram avaliados. Conclusão: Conclui-se que é de extrema importância que as atividades de pesquisa e controle da hanseníase sejam mantidas e desenvolvidas, com o propósito de eliminação e um controle efetivo dessa doença.

Palavras chave: Hanseníase, Análise Epidemiológica, Análise Temporal.

18

INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica de evolução lenta

causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, bactéria intracelular obrigatória, que tem

como via de transmissão o trato respiratório superior [1], [2]. A doença se manifesta

por sintomas e sinais dermatológicos e neurológicos, especialmente dos olhos, mãos

e pés [3], [4]. As lesões nos nervos, em pacientes não tratados, podem ocasionar

incapacidades físicas e deformidades, que trazem como consequências prejuízos

econômicas e psicológicas aos doentes, são ainda responsáveis pelo preconceito e

estigma que recai sobre eles [5], [6].

A hanseníase apresenta alta infectividade e baixa patogenicidade, e tem o

domicílio como o principal espaço de transmissão [7], [8], [9]. Atualmente, a rede de

estudos a respeito da causalidade da doença inclui a biologia molecular do agente

etiológico, as características genéticas ou imunológicas do hospedeiro que ainda

não são bem conhecidas, e os determinantes sociais, como a qualidade de vida, o

saneamento, as práticas culturais, a pobreza, entre outros [5], [10], [11].

A taxa de prevalência, no Brasil, em 2011 foi de 1,54 casos por 10.000

habitantes, com 33.955 novos casos, 61% dos quais foram multibacilares (MB). A

distribuição da taxa de prevalência da doença por 10.000 habitantes é bastante

desigual através das diferentes regiões do país: 3,75 no Centro-Oeste, 3,49 no

Norte, 2,35 no Nordeste, 0,61 no Sudeste, e 0,44 no Sul. Nesta região estado como

o Rio Grande do Sul tem taxas de prevalência inferiores à meta proposta pela OMS.

Enquanto isto, regiões hiperendêmicas do Norte e Nordeste [9] apresentam

prevalência de até 25 por 10.000 habitantes [12].

A partir de 1904, através do Regulamento Sanitário da Unirio, implantado por

Oswaldo Cruz, a hanseníase passou a fazer parte das doenças de notificação

19

compulsória em todo o país [13,14]. Esta notificação é realizada para cada caso

diagnosticado na semana de ocorrência, através do Sistema de Informação de

Agravos de Notificação (SINAN). Essas fichas de notificação devem ser preenchidas

por profissionais das unidades de saúde onde o paciente foi diagnosticado. Os

casos confirmados deverão ser tratados e acompanhados no posto de saúde mais

próximo da residência do paciente [13,15,16,17] . Em áreas hiperendêmicas, a busca

ativa de casos novos é um método importante para o controle da hanseníase,

porque permite o diagnóstico precoce, o tratamento, minimiza as incapacidades e

diminui a disseminação da doença [4].

No estado de Sergipe o coeficiente de prevalência da hanseníase em 2011,

foi de 1,2 casos por 10.000 habitantes. Desse modo, de acordo com os parâmetros

de prevalência, o estado possui um padrão de média endemicidade. São

encontradas áreas silenciosas ou de baixa endemicidade em todas as regiões. O

município de Aracaju, com 21,7 casos por 100.000 habitantes, em 2010, é

considerado de endemicidade muito alta [18] .

O Coeficiente Geral de Detecção (CGD) no estado de Sergipe tem sido é

considerado como muito alto. Em 2012, segundo dados do Sistema de Informação

de Agravos de Notificação (SINAN), o coeficiente de detecção de hanseníase por

100.000 habitantes no estado de Sergipe foi de 22,55. Em menores de 15 anos, o

coeficiente de detecção por 100.000 habitantes no estado de Sergipe foi de 6,17,

que também é considerado muito alto. No caso da detecção de casos com grau II de

incapacidade, aconteceu um aumento no estado de Sergipe, indicando que

possivelmente houve um atraso no diagnóstico dos pacientes [18] .

20

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizado um estudo de série temporal baseado em dados secundários do

SINAM com os objetivos de realizar análise temporal e descrever o perfil

epidemiológico da hanseníase na região metropolitana de Aracaju, Sergipe, Brasil,

no período de 2001 a 2013.

A área de estudo foi a Região Metropolitana de Aracaju. Essa região é

constituída pelos municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do

Socorro e São Cristóvão.

Foram incluídos no estudo pacientes portadores de hanseníase que

apresentavam endereço residencial na área dos municípios do estudo. Como critério

de diagnóstico utilizado pelo sistema de vigilância epidemiológica foi adotado a

avaliação das informações clínicas e epidemiológicas do paciente. Primeiramente foi

examinada a consistência dos dados, o grau de preenchimento dos campos a serem

utilizados, inclusive verificando a existência de duplicidade de notificações. Foram

excluídos do estudo pacientes que não apresentaram notificações registradas na

base online do sistema de vigilância.

Foram analisadas as seguintes variáveis:

Município de residência;

Número de casos diagnosticados por ano no período de 2001 a 2013;

Idade;

Escolaridade;

Raça;

Classificação operacional: paucibacilar ou multibacilar;

Forma clínica: indeterminada, tuberculoide, dimórfica, virchowiana;

21

Grau de incapacidade avaliado no momento da notificação e na alta: Grau 0, Grau

I, Grau II.

Os dados coletados foram tabulados em planilha eletrônica Microsoft Excel©

e posteriormente analisados segundo a estatística descritiva e medida associação

teste de aderência por meio do software Bioestat versão 5.0. Para análise de

tendência temporal foi adotado o modelo de regressão polinomial simples com

centralização da variável tempo com a finalidade de evitar auto correlação serial

entre os termos das equações [19]. Sendo assim, foram utilizados no presente

trabalho os modelos Y = ß0 + ß1(ano - 2007), onde Y = coeficiente padronizado, ß0

= coeficiente médio do período, ß1 = incremento anual médio, sendo 2007

considerado o ponto médio da série histórica.

O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos

mediante cadastro na PLATAFORMA BRASIL, tendo sido aprovado (CAAE

30234214.7.0000.5546) com o parecer de número 643.474 na data de 09/05/2014.

Para a execução da pesquisa não foi necessário o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE), considerando tratar-se de secundários. Foram respeitados

todos os itens preconizados pela resolução do Conselho Nacional de Ética em

Pesquisa (CONEP).

22

RESULTADOS

No ano de 2011, de acordo com os dados do Sistema de Informação de

Agravos de Notificação - SINAN Net [20],[21], no Brasil, foram confirmados 31.533

casos novos de hanseníase.

Na Região Metropolitana de Aracaju, durante o período de 2001 e 2013 foram

detectados 3.519 casos de hanseníase. Estes casos foram assim distribuídos:

Aracaju (maior município), 2.366 (67%); Nossa Senhora do Socorro, com 693 (20%);

São Cristóvão, 315 (9%); e Barra dos Coqueiros, com 145 (4%) notificações. A taxa

anual média da região foi de 3,49 casos por 10.000 habitantes.

A distribuição de casos por gênero (Tabela 1) indicou discreto predomínio de

portadores do sexo feminino na área estudada (X2 = 0,329; p = 0,5665). Em relação

a análise desta variável por município, os casos masculinos foram predominantes

em São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro (p > 0,05). Em

Aracaju, o gênero feminino predominou (X2 = 1,897; p = 0,1684).

No que diz respeito à escolaridade, os indivíduos que estudaram da 5ª até a

8ª série do ensino fundamental representaram a maior parte das notificações

(21,77%). A análise por meio do teste de aderência revelou diferenças

estatisticamente significantes na distribuição de casos entre os diferentes níveis de

escolaridade (X2 = 56,129; p < 0,01).

Em relação a raça/cor dos indivíduos infectados, observou-se que a infecção

em pardos foi mais frequente (51,46%), seguida pelos número de casos em

indivíduos brancos (23,22%) e negros (13,19%). Este padrão foi obedecido na

análise por município conforme pode ser visualizado na figura 3.

De acordo com a classificação operacional predominou na área estudada a

forma paucibacilar (52,8%) em relação a forma multibacilar (47,1%). Os casos não

23

classificados representaram 0,1% das notificações. Quando foi analisada a

ocorrência em cada um dos municípios a forma multibacilar foi a mais frequente em

Barra dos Coqueiros (55,9%) e Nossa Senhora do Socorro (53,4%) enquanto a

forma paucibacilar predominou em Aracaju (55,5%) e São Cristovão (51,1%). A

análise por meio do teste de aderência em toda área e nos municípios isoladamente

não demonstrou significância estatística na diferença (p > 0,05).

Quanto à ocorrência do tipo de forma clínica da hanseníase, na região

metropolitana, a forma tuberculoide foi a mais frequente na região (27,3%), seguida

pela indeterminada (21%), virchowiana (21%) e dimorfa (19,8%). A análise da

distribuição dos casos segundo esta variável não apresentou diferença

estatisticamente significante (X2=1,432; p = 0,698). Na análise por municípios, em

Aracaju a forma tuberculoide foi a predominante (28,9%), em Barra dos Coqueiros e

Nossa Senhora do Socorro a virchowiana (27,6% e 26,8% respectivamente), a

indeterminada foi a mais frequente em São Cristovão (25,4%).

No momento da notificação os pacientes detectados foram avaliados e

apresentaram incapacidade Grau 0, com uma frequência superior a 50% em todos

os municípios da Região Metropolitana de Aracaju (Aracaju 59,9%, Barra dos

Coqueiros 58,6%, São Cristóvão 55,2% e Nossa Senhora do Socorro 56,0%.Barra

dos Coqueiros foi o município que apresentou maior número de pacientes avaliados

com perda ou diminuição da sensibilidade, o que caracteriza incapacidade Grau I

23,4%, dos casos, e também de pacientes com incapacidade Grau II, com uma

frequência de 8,3%.

No momento da alta percebe-se que houve uma frequência menor de

pacientes avaliados com incapacidades em todos os municípios estudados,

24

entretanto, a frequência de pacientes não avaliados foi superior a 50% em todos os

municípios pesquisados.

No tocante à faixa etária observou-se que a distribuição da hanseníase foi

maior nas faixas entre 20-39 e 40-59 anos em todos os municípios da Região

Metropolitana de Aracaju. O menor número de diagnósticos foi assinalada na

população com menos de 1 ano e com mais de 80 anos.

Com relação ao desfecho dos casos de hanseníase, a frequência de

pacientes curados foi maior que 60% em todos os municípios da Região

Metropolitana de Aracaju; de transferências, menor que 10%; menos de 2% foram a

óbito; e abaixo de 5% dos pacientes detectados abandonaram o tratamento.

A análise temporal dos 3.519 casos de hanseníase, do presente estudo, foi

realizada, incluindo toda a Região Metropolitana de Aracaju e cada município

isoladamente mostrou uma tendência para o declínio com significância estatística (p

< 0,05) apenas em Aracaju. Figuras: 4, 5, 6,7.

Entretanto, a análise temporal de todos os municípios em conjunto, mostra

uma tendência para o declínio com significância estatística (p < 0,05). Figura 8.

25

DISCUSSÃO

Dos 3.519 casos notificados de hanseníase na região em estudo, Aracaju

contribuiu com 2.366 caos (67%), sendo que nesse município, e em São Cristóvão

(51,1%) a maioria dos pacientes foi paucibacilar. A forma multibacilar predominou

nos municípios de Barra dos Coqueiros (55,9%) e Nossa Senhora do Socorro

(53,4%). O maior número de casos detectados em Aracaju pode ser justificado pela

densidade populacional desse município em relação aos outros analisados.

Em relação ao gênero, há um predomínio de pacientes do sexo masculino no

mundo 9. Na Região Metropolitana de Aracaju, no período estudado, há um

predomínio do sexo feminino somente no município de Aracaju (1.217 casos), nos

outros municípios prevaleceram pacientes do sexo masculino, São Cristóvão (162

casos), Barra dos Coqueiros (74 casos) e Nossa Senhora do Socorro (357 casos).

Segundo outros estudos isso pode estar ocorrendo porque os homens estão mais

expostos à doença, devido às condições de vida mais ativa [14],[22]. O maior número

de casos do sexo feminino em Aracaju, capital do estado de Sergipe, pode ser

devido ao maior cuidado que a mulher tem com sua saúde, junto com um melhor

acesso às unidades de saúde e campanhas de prevenção e sintomas da doença

veiculada pela mídia.

Os dados analisados quanto ao nível de escolaridade revelou diferenças

estatisticamente significantes na distribuição de casos entre os diferentes níveis de

escolaridade, ou seja, nível superior com índice muito baixo de detecção, mas

também os analfabetos com baixo índice de detecção. Os indivíduos que cursam o

ensino fundamental II (5ª a 8ª série) representam a maior parte das notificações.

Outros estudos indicam que o acesso à informação dos sinais e sintomas da doença

26

auxiliam na prevenção e cura da moléstia [4],[9],[23],[24] . Por outro lado, no caso dos

analfabetos, a falta de informação e instrução dificulta o ingresso aos serviços de

saúde, à promoção da saúde e prevenção de doenças. Além disso, as campanhas

educativas e a busca ativa nas escolas proporcionam à população um melhor

conhecimento sobre a doença, influenciando no aumento da detecção de casos

novos na forma inicial da doença [20],.[25]

No que concerne à variável raça/cor dos indivíduos afetados, observou-se

que na região em estudo, em pacientes pardos (51,46%) a infecção foi mais

frequente. Em vários estudos não se encontrou nenhuma correlação entre a raça/cor

e a prevalência da hanseníase. Provavelmente esse resultado esteja relacionado ao

número maior de indivíduos pardos na população da região analisada [12],[20]. Em

Sergipe, os indivíduos da raça/cor parda representam 61,39% da população [26].

Na análise da classificação operacional em que a forma paucibacilar

predominou isso pode estar relacionado com o diagnóstico precoce nas unidades de

saúde e a busca ativa nas escolas e comunidade. Porém, os municípios de Barra

dos Coqueiros (55,9%) e Nossa senhora do Socorro (53,4%) apresentaram um

predomínio da forma multibacilar, indicando pelo presente estudo e os realizados por

Lastória et al (2014) [8] que nesses locais é importante uma maior integração das

ações de controle da hanseníase, facilitando a informação e a educação em saúde

para essa população.

Referente à análise da forma clínica, a tuberculoide foi a mais frequente na

região (27,3%), entretanto, o número de casos virchowianos (21%) não foi muito

menor. Os municípios de Barra dos Coqueiros (27,6%) e Nossa Senhora do Socorro

(26,8%) demonstraram um maior número de casos com essa forma clínica. Esses

27

resultados confirmam o que preconiza o Ministério da Saúde quanto a proporção de

casos com a forma multibacilar e as classificações clínicas dimorfa e/ou virchowiana.

Quanto ao grau de incapacidades, É importante ressaltar que no momento da

alta, todos os municípios revelaram uma alta taxa de indivíduos que não foram

avaliados, todos com uma frequência superior a 50%. Estudos demonstram que as

avaliações periódicas são de extrema importância, devido as reações que podem se

manifestar, durante ou após o tratamento [3],[5]. Além disso, o grau de incapacidade

está relacionado com a evolução da doença, por isso o reforço na necessidade de

se fazer um diagnóstico precoce como medida de prevenção de sequelas e

complicações decorrentes da hanseníase.

Com relação à faixa etária, houve um predomínio de casos detectados em

indivíduos nas faixas entre 20-39 e 40-59 anos, em todos os municípios estudados.

Entretanto, evidenciaram-se pacientes menores de 19 anos, o que sugere o contágio

nos primeiros anos de vida, ocasionado muitas vezes pelos familiares. Esse fato

aumenta o número de disseminadores da doença, já que esta faixa populacional

está em contato com um grande número de jovens, principalmente nas escolas

[27],[28]. Esse resultado justifica a adoção de medidas de prevenção e diagnóstico

voltadas para essa faixa etária, como campanhas e palestras nas escolas

identificando sintomas e sinais da doença, busca ativa nas casas e escolas [23],[24].

A análise do desfecho dos casos de hanseníase na região metropolitana

denotou que o percentual de cura foi alto em todos os municípios estudados.

Aracaju revelou um maior índice (79,51%) e Nossa Senhora do Socorro com a

menor frequência de cura (68,5%). O resultado positivo e efetivo das ações de

controle da hanseníase se reflete no percentual de pacientes que recebem alta por

cura. Na Região Metropolitana de Aracaju é possível perceber que essas ações

28

foram positivas, mas que ainda é necessário intensificar as estratégias de

diagnóstico e prevenção, além da conscientização dos pacientes quanto a não

interrupção da cadeia de transmissão, ou seja, não abandonar o tratamento [12],

[13],[15].

A análise temporal da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju

identificou uma tendência ao declínio da doença, quando se estuda os municípios

em conjunto. O mesmo não acontece quando se faz a análise dos municípios em

separado. Como Aracaju é o município que tem maior número de postos de saúde e

a população tem um melhor acesso aos programas de saúde, seja pela busca ativa

ou pela demanda estimulada, isso pode ter ajudado nos resultados positivos, ou

seja, tendência ao declínio dos casos notificados. Por outro lado pode estar

acontecendo justamente o contrário, o declínio nos casos notificados pode ocorrer

pela dificuldade de acesso da população aos programas de saúde, ou seja, os

doentes não estão sendo notificados. A mesma situação pode estar acontecendo

nos outros municípios analisados.

Como já foi dito, o convívio familiar representa a principal forma de contágio

da doença [1],[7],[9],[11], portanto, é fundamental a elaboração de políticas públicas que

incentivem a detecção ativa dos casos de hanseníase, uma vez que essa medida

representa uma estratégia significativa na eliminação ou redução da hanseníase na

Região Metropolitana de Aracaju.

Ações de medidas educativas, campanhas de detecção de suspeitos,

mobilização social e comunitária e registro adequado dos casos no sistema de

informações do SUS são de fundamental importância, além de oferecer apoio

técnico e financeiro para a alimentação do banco de dados do Sistema de

Informação de Agravos de Notificação [22].

29

CONCLUSÃO

Apesar da maioria dos pacientes apresentarem grau 0 de incapacidades, o

número de pacientes com algum tipo de incapacidade no momento do diagnóstico

(1.176 casos) , e o elevado número de casos com a forma clínica indeterminada

(821 casos) , demonstram que há uma alta carga bacilar circulando na comunidade,

e provavelmente há dificuldades da rede básica de saúde em diagnosticar

precocemente os casos da moléstia na região.

Os índices altos de indivíduos doentes nas faixas de 10-14 e 15-19 anos

indicam uma necessidade de maior atenção dos órgãos de saúde pública,

principalmente por causa das incapacidades e deformações que a doença pode

ocasionar, provocando efeitos nocivos na autoestima desses jovens.

A análise temporal demonstrou que há uma tendência para o declínio de

novos casos detectados na Região Metropolitana de Aracaju. Entretanto, 3.519

casos de hanseníase detectados no período em estudo, permanecem elevados.

Baseado nesses resultados faz-se necessário um estudo melhor com relação ao

atendimento dos Programas de Saúde e ao acesso da população a esses serviços,

uma vez que as estratégias do Ministério da Saúde no período de estudo (2001-

2013) não foram eficazes para atingir as metas estabelecidas pela OMS para

eliminação da doença.

É de extrema importância que as atividades de pesquisa e controle da

hanseníase sejam mantidas e desenvolvidas, com o propósito de eliminação e um

controle efetivo dessa doença.

30

Ações promocionais, preventivas e curativas devem ser identificadas e

colocadas em prática, na tentativa de melhorar o cenário epidemiológico da

hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju.

31

Figura 1. Mapa da Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe.

Figura 2. Distribuição dos casos de hanseníase segundo escolaridade na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

32

Figura 3. Distribuição dos casos de hanseníase segundo raça/cor na Região

Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

Figura 4. Análise temporal da hanseníase em Aracaju/SE (2001-2013)

y = 3,5069 – 0,1760 x ; p = 0,01.

33

Figura 5: Análise temporal da hanseníase em Barra dos Coqueiros/SE (2001-2013). y = 5,2523 - 0,1386 x ; p = 0,6308.

Figura 6. Análise temporal da hanseníase em Nossa Senhora do Socorro/SE

(2001-2013). y = 3,3323 - 0,0891 x ; p = 0,2983.

34

Figura 7. Análise temporal da hanseníase em São Cristóvão/SE (2001-2013). y = 3,2277 - 0,0358 x ; p = 0,7058.

Figura 8. Análise da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe

(2001-2013). y = 3.4885 - 0,1440; p = 0,0393.

35

Tabela 1. Distribuição dos casos de hanseníase segundo gênero na região metropolitana de

Aracaju, Sergipe (2001-2013).

Município Masculino Feminino Total

Aracaju 1149 1217 2366

Barra dos Coqueiros 74 71 145

Nossa Senhora do Socorro 357 336 693

São Cristóvão 162 153 315

Total 1742 1777 3519

Fonte: Dados do SINAN

Tabela 2. Distribuição dos casos de hanseníase quanto a classificação operacional na

região metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

Município Paucibacilar Multibacilar Ignorado Total

n fr (%) n fr (%) n fr (%) n

Aracaju 1312 55,5 1053 44,5 1 0 2366

Barra dos Coqueiros

64 44,1 81 55,9 0 0 145

Nossa Senhora do Socorro

320 46,2 370 53,4 3 0 693

São Cristóvão 161 51,8 154 48,9 0 0 315

Região Metropolitana

1857 52,8 1658 47,1 4 0.1 3519

Fonte: Dados do SINAN

36

Tabela 3. Distribuição dos casos de hanseníase segundo forma clínica na Região

Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

Município Ignorado Indeterminada Tuberculoide Dimorfa Virchowiana Não classificada

Total

Aracaju 54 574 684 463 449 142 2366

Barra dos Coqueiros

1 29 25 33 40 17 145

N. Sra. do Socorro

30 138 171 131 186 37 693

São Cristóvão

3 80 79 69 65 19 315

Total 88 821 959 696 740 215 3519

Tabela 4. Casos de hanseníase segundo o grau de incapacidade avaliado no momento da

notificação na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

Tabela 5. Casos de hanseníase segundo grau de incapacidade avaliado no momento da

alta na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

Grau de incapacidade

Região metropolitana

Aracaju Barra dos Coqueiros

N. Sra. do Socorro

São Cristóvão

n fr(%) n fr(%) n fr(%) n fr(%) n fr(%)

Grau 0 2055 58,4 1408 59,5 85 58,6 388 56,0 174 55,2 Grau I 618 17,6 418 17,7 34 23,4 110 15,9 56 17,8

Grau II 213 6,1 134 5,7 12 8,3 43 6,2 24 7,6 Ignorado ou Não avaliado

633 18,0 406 17,2 14 9,7 152 21,9 61 19,4

Total 3519 100 2366 100 145 100 693 100 315 100

Grau de incapacidade

Região metropolitana

Aracaju Barra dos Coqueiros

N. Sra. do Socorro

São Cristóvão

n fr(%) n fr(%) n fr(%) n fr(%) n fr(%)

Grau 0 1384 39,3 993 42,0 58 40,0 197 28,4 136 43,2 Grau I 195 5,5 126 5,3 12 8,3 40 5,8 17 5,4

Grau II 82 2,3 55 2,3 1 0,7 24 3,5 2 0,6 Ignorado ou Não avaliado

1860 52,9 1192 50,4 74 51,0 432 62,3 162 50,8

Total 3519 100 2366 100 145 100 693 100 315 100

37

Tabela 6. Distribuição dos casos de hanseníase na região metropolitana de Aracaju/SE

segundo faixa etária (2001-2013).

Tabela 7: Desfechos dos casos de hanseníase Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe

(2001-2013).

Faixa

etária

Região

Metropolitana Aracaju

Barra dos

Coqueiros

Nossa Sra. do

Socorro

São

Cristovão

n fr(%) n fr(%) n fr(%) n fr(%) n fr(%)

< 1 2 0,1 0 0 0 0 2 0,3 0 0

1-4 13 0,4 9 0,4 0 0 2 0,3 2 0,6

5-9 81 2,3 56 2,4 3 2,1 13 1,9 9 2,9

10-14 171 4,9 101 4,3 8 5,5 42 6,1 20 6,3

15-19 237 6,7 146 6,2 12 8,3 54 7,8 25 7,9

20-39 1395 39,7 918 38,8 51 35,2 282 40,7 144 45,7

40-59 1048 29,8 711 30,1 42 29,0 218 31,5 77 24,4

60-64 199 5,7 140 5,9 8 5,5 41 5,9 10 3,2

65-69 141 4,0 114 4,8 5 4,4 14 2,0 8 2,5

70-79 171 4,9 129 5,5 13 9,0 16 2,3 13 4,1

80 e + 60 1,7 41 1,7 3 2,1 9 1,3 7 2,2

Total 3158 100 2365 100 145 100 693 100 315 100

Desfecho

Região

metropolitana Aracaju

Barra dos

Coqueiros

N. Sra. do

Socorro

São

Cristóvão

n fr(%) n fr(%) n fr(%) n fr(%) n fr(%)

Cura 2798 79,51 1976 83,5 115 79,3 475 68,5 232 73,7

Transferências 242 6,88 86 3,6 11 7,6 100 14,4 45 14,3

Óbito 34 0,97 24 1,0 2 1,4 5 0,7 3 1,0

Abandono 89 2,53 59 2,5 2 1,4 26 3,8 2 0,6

Ignorada 356 10,12 221 9,3 15 10,3 87 12,6 33 10,5

Total 3519 100 2366 100 145 100 693 100 315 100

38

Conflito de interesses

Os autores declaram que não há conflito de interesses.

Contribuição dos autores

JCMM, VLCF, KCGMA, FPR produziram em conjunto o desenho do estudo. JCMM,

JACS, JBAM desenvolveram o questionário original e a coleta de dados. JCMM,

JACS realizaram a análise de dados e produziram o primeiro esboço do artigo sobre

a orientação de VLCF. Todos os autores contribuíram substancialmente para o

manuscrito e a revisão do conteúdo. Todos os autores leram e aprovaram o

manuscrito final.

Agradecimentos

Os autores gostariam de agradecer a Universidade Federal de Sergipe pela

oportunidade em realizar esse estudo.

39

REFERÊNCIAS

1Goulart IMB, Penna GO, Cunha G. Imunopatologia da hanseníase: a complexidade dos mecanismos da resposta imune do hospedeiro ao Mycobacterium leprae. Revista. Sociedade. Brasileira de. Medicina. Tropical. 35 (4): 363-375, 2002. 2Queiroz JW, Dias GH, Nobre ML, Dias MCS, Araújo SF, Barbosa JD, trindade-neto PB, Blacweil JM, Jerônimo SMB. Geographic Information Systems and Apphed Spatial Disease (leprosy) and to Determine Areas of Greater Risk of Disease. The American. Journal of. Tropical. Medicine and. Hygiene, .82(2): 306-314, 2010. 3Pimentel MIF, Borges , Sarno EM, Nery JAC, Gonçalves RR. O exame neurológico inicial na hanseníase multibacilar: correlação entre a presença de nervos afetados com incapacidades presentes no diagnóstico e com a ocorrência de neurites francas. Anais. Brasileiros de. Dermatologia., 78 (5): 561-568, 2003. 4Moura MLN, Dupnik KM, Sampaio GAA, Nóbrega PFC, Jerônimo AK, Nascimento-Filho JM, Dantas RLM, Queiroz JW, Barbosa JD, Dias G, Jerônimo SMB, Souza MCF, Nobre ML. Active Surveillance of Hansen’s Disease (Leprosy) Importance for Case Finding Among extra-domiciliary Contacts. PLOS Neglected Tropical Diseases ; 7 (3): 2093, 2013. 5Finez MA, Salotti SRA. Identificação do grau de incapacidades em pacientes portadores de hanseníase através da avaliação neurológica simplificada / Identification of the degree of impairment in leprosy patients through a simplified neurological evaluation. Revista do . Instituto de. Ciências da. Saúde; 29(3): 171-175, 2011. 6Amaral EP, Lana FC. Spatial analysis of Leprosy in the Microregion of Almenara, MG, Brazil. Revista Brasileira de Enfermagem; 61: 701-7, 2008. 7Cury MRCO, Del’Arco V, Nardi SMT, Chierotti AP, Rodrigues-Júnior AL, Chairacalloti-Neto F. Spatial analysis of leprosy incidence and associated socioeconomic factors / Análise espacial da incidência de hanseníase e fatores socioeconômicos. Revista de Saúde Pública, 46(1): 110-118, 2012. 8Lastória JC, Abreu MAMM. Leprosy: review of the epidemiological, clinical and etiopathogenic aspects – Part 1. Anais Brasileiro de Dermatologia, 89 (2): 205-18, 2014. 9Moreira MV, Waldman EA, Martins CL. Hanseníase no Estado do Espírito Santo, Brasil: uma endemia em ascensão? Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(7):. 1619-1630, 2008. 10Queiroz MS, Puntel MA. A endemia hansênica: uma perspectiva multidisciplinar. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; 120 p. ISBN 85-85676-33-7, 1997. 11Mendonça VA, Costa RD, Melo GEBA, Antunes CM, Teixeira AL. Imunologia da hanseníase. Anais. Brasileiro de. Dermatologia, 83 (4): 343-350, 2008.

40

12Montenegro ACD, Werneck Gl, Pontes LRSBK, Barreto ML, Feldmeier H. Spatial Analysis of the Distr

41

25Aquino DMC, Caldas AJM, Silva AAM, Costa JML. Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperendêmica da Amazônia do Maranhão, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; 36 (1): 57-64, 2003. 26Lima HMN, Sauaia N, Costa VRL, Coelho-Neto GT, Figueiredo PMS. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase atendidos em Centro de Saúde em São Luís, MA. Revista Brasileira de Clínica Médica, 8(4): 323-7, 2010. 27Grossi MAF. O O controle da hanseníase no Brasil exige consolidação do processo de construção de redes integradas de atenção à saúde. Cadernos de Saúde Coletiva. 17(1): 7-11, 2009. 28http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/ acessado em 15 de dezembro de 2014. 29Lana FCF, Amaral EP, Lanza FM, Lima PL, Carvalho ACN, Diniz LG. Lepra em menores de 15 anos no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Enfermagem, 60 (6): 696-700, 2007. 30Araújo MG, Lana FCF, Fonseca PTS, Lanza FM. Detecção da hanseníase na faixa etária de 0 a 14 anos em Belo Horizonte no período 1992-1999: implicações para o controle. Revista Médica de Minas Gerais,14(2): 78-83, 2004. 31http://www.paho.org/bra/ acessado em 18 de outubro de 2013. 32Talhari S, Grossi MAF, Oliveira MLWDR, Gontijo B, Talhari C, Penna GO. Hansens’s disease: a vanishing disease? Memórias do. Instituto. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 107; 13-16, 2012. 33Opromolla, PA, Laurenti, R. Controle da hanseníase no Estado de São Paulo: análise histórica. Revista de. Saúde Pública; 45 (1); 195-203, 2011. 34WHO-World Health Organization. Weekly epidemiological record. Geneva; 86 (36): 398-400, 2011.

42

O artigo intitulado Distribuição espacial da

hanseníase na Região Metropolitana de

Aracaju, Sergipe, (2001-2013) apresentado

como parte dos resultados da dissertação

de Mestrado, está em preparação para ser

submetido à avaliação da Revista

Geospatial Health

43

Artigo 2. Distribuição espacial da hanseníase na Região Metropolitana de

Aracaju, Sergipe, Brasil: (2001-2013).

Jurema Cristina Machado de Menezes. Programa de Pós-Graduação em Biologia

Parasitária da Universidade Federal de Sergipe. Sergipe, Brasil.

Email: [email protected].

Karina Conceição Gomes Machado de Araújo. Programa de Pós-Graduação em

Biologia Parasitária e Departamento de Morfologia da Universidade Federal de

Sergipe. Email: [email protected]

Francisco Prado Reis. Instituto Tecnológico de Pesquisa da Universidade

Tiradentes. Sergipe, Brasil. Email: [email protected]

José Aislan Correia Santos. Bolsista PIBIC/CNPQ. Acadêmico de Medicina da

Universidade Federal de Sergipe. Email: [email protected]

Janine Beltrão Araújo Mendes. Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária

da Universidade Federal de Sergipe, Brasil.

Email: [email protected]

Vera Lúcia Corrêa Feitosa. Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária e

Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe.

Email: [email protected]

Autor para correspondência

Jurema Cristina Machado de Menezes

Avenida Caçula Barreto, 112 – bloco B 09 apto 202

Bairro Farolândia

Cep: 49030-130

44

ARTIGO 2. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA DE ARACAJU, SERGIPE, (2001-2013)

Jurema Cristina Machado de Menezes 1, Janine Beltrão Araújo Mendes 1, Vera Lúcia Corrêa Feitosa 2, Karina Conceição Gomes Machado de Araújo 2, Francisco Prado Reis 3, José Aislan Correia Santos 4.

1 Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária da Universidade Federal de Sergipe. Sergipe, Brasil; 2 Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária e Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe; 3 Instituto Tecnológico de Pesquisa da Universidade Tiradentes. Sergipe, Brasil; 4 Bolsista PIBIC/CNPQ. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Sergipe. Autor para correspondência Jurema Cristina Machado de Menezes Avenida Caçula Barreto, 112 – bloco B 09 apto 202 Bairro Farolândia Cep: 49030-130 Palavras chave: Hanseníase;

Epidemiologia; Distribuição Espacial Considerações éticas O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos mediante cadastro na PLATAFORMA BRASIL, tendo sido aprovado (CAAE 30234214.7.0000.5546) com o parecer de número 643.474 na data de 09/05/2014. Para a execução da pesquisa não foi necessário o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), considerando tratar-se de secundários. Foram respeitados todos

os itens preconizados pela resolução do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).

Conflito de interesses Os autores declaram não haver conflitos de interesses Contribuições JCMM, VLCF, KCGMA, FPR produziram em conjunto o desenho do estudo. JCMM, JACS, JBAM desenvolveram o questionário original e a coleta de dados. JCMM, JACS realizaram a análise de dados e produziram o primeiro esboço do artigo sobre a orientação de VLCF. Todos os autores contribuíram substancialmente para o manuscrito e a revisão do conteúdo. Todos os autores leram e aprovaram o manuscrito final. Agradecimentos Os autores gostariam de agradecer a Universidade Federal de Sergipe pela oportunidade em realizar esse estudo.

45

Resumo

Menezes, Jurema Cristina Machado.

Distribuição espacial da hanseníase

na Região Metropolitana de Aracaju,

Sergipe, Brasil.

A hanseníase é uma doença

infectocontagiosa crônica, causada

pelo bacilo Mycobacterium leprae, que

é transmitido de pessoa a pessoa pelo

contato contínuo com doentes

contagiantes sem tratamento. No

Brasil, devido a sua endemicidade

constitui em um importante problema

de saúde pública. Este estudo teve

como objetivo principal analisar e

mapear através da distribuição

espacial dados epidemiológicos da

hanseníase na Região Metropolitana

de Aracaju, Sergipe. Trata-se de um

estudo epidemiológico descritivo,

ecológico e transversal. As

informações referentes aos pacientes

foram coletadas no banco de dados do

SINAN (Sistema de Informação de

Agravos de Notificação)

disponibilizadas pela Secretaria

Estadual de Saúde de Sergipe. As

fichas dos pacientes diagnosticados e

notificados da Região Metropolitana de

Aracaju foram analisadas e colhidas as

seguintes variáveis de interesse: As

variáveis analisadas incluíram: número

de casos diagnosticados por ano no

período de 2001 a 2013, município de

residência; classificação operacional:

paucibacilar ou multibacilar; forma

clínica: indeterminada, tuberculoide,

dimórfica, virchowiana. O mapa da

densidade de Kernel evidencia que as

áreas mais quentes estão

concentradas no centro de Aracaju, e

que vai se difundindo pelos outros

municípios da Região Metropolitana de

Aracaju. Esses resultados evidenciam

as regiões onde o risco de infecção

pelo bacilo Mycobacterium leprae pode

ocorrer, demonstrando que a

transmissão da hanseníase está

46

ocorrendo na área em estudo, gerando

novos casos.

Palavras-chave: Hanseníase;

Epidemiologia; Distribuição Espacial.

INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença

infectocontagiosa, crônica de evolução

lenta causada pelo bacilo

Mycobacterium leprae, bactéria

intracelular obrigatória, que tem como

via de transmissão o trato respiratório

superior. (Pimentel et al, 2003, Queiroz

et al, 2010, Lastória et al, 2014).

Em Sergipe, o coeficiente de

detecção é considerado muito alto. Em

2012, segundo dados do Sistema de

Informação de Agravos de Notificação

(SINAN), o coeficiente de detecção de

hanseníase por 100.000 habitantes no

estado de Sergipe foi de 22,55. Em

menores de 15 anos, o coeficiente de

detecção por 100.000 habitantes no

estado de Sergipe foi de 6,17, que

também é considerado muito alto. No

caso da detecção de casos com grau II

de incapacidade, aconteceu um

aumento no estado de Sergipe,

indicando que houve um atraso no

diagnóstico dos pacientes (Brasil,

2011, 2013).

A localização espacial da

hanseníase pode orientar quanto à

ocorrência da doença nessa área

geográfica, permitindo uma melhor

compreensão da epidemiologia da

doença. A análise estatística espacial

identifica as áreas de risco da doença

auxiliando na eficiência da melhoria de

medidas de intervenção e favorecendo

o uso mais eficaz dos recursos

públicos (Moura et al, 2013).

Novas estratégias são

necessárias para o controle de

doenças transmissíveis como a

hanseníase, a utilização de

ferramentas para análises como os

47

Sistemas de Informações Geográficas

(SIG), que permitem uma

compreensão real do comportamento

das doenças na população. (Brasil,

2013)

ASPECTOS DA ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo foi a Região

Metropolitana de Aracaju. Essa região

é constituída pelos municípios de

Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa

Senhora do Socorro e São Cristóvão.

Figura 1. Mapa da Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe.

A utilização conjunta das

ferramentas dos Sistemas de

Informações Geográficas com os

Sistemas de Posicionamento Global

(GPS) permite desenvolver modelos

corretos para a vigilância, prevenção e

previsão de riscos das doenças. A

utilização de mapas fornece ao

pesquisador uma visão direta e

imediata da distribuição de um

acontecimento no espaço. A utilização

dos SIG permite verificar mais

facilmente as associações espaciais

entre eventos de saúde e diversos

aspectos do ambiente natural e

construído (. Leal-Neto et al, 2012).

Os mapas temáticos são muito

importantes na análise espacial do

risco de determinada doença, já que,

os mesmos, têm como objetivos:

descrever e permitir a visualização da

distribuição espacial da doença;

exploratório, sugerindo as causas

locais da doença, e fatores etiológicos

desconhecidos que possam ser

48

formulados como hipóteses, além de

apontar relações entre uma doença e

seus determinantes (Fausto et al,

2010).

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo

epidemiológico descritivo, ecológico e

transversal.

As informações referentes aos

pacientes foram coletadas no banco

de dados do SINAN disponibilizadas

pela Secretaria de Estado da Saúde

de Sergipe. Dos dados colhidos de

pacientes diagnosticados e notificados

na Região Metropolitana de Aracaju

foram escolhidas para análises as

seguintes variáveis: número de casos

diagnosticados por ano no período de

2001 a 2013; município de residência;

classificação operacional; forma

clínica.

Foram utilizadas imagens de

satélite, disponíveis no Google Maps e

a base cartográfica da Região

Metropolitana de Aracaju (IBGE,

2010). A partir da visualização espacial

foram traçadas as ruas através do

Sistema de Informação Geográfica

(SIG).

Baseados na análise de Kernel

foram gerados mapas temáticos, que

constrói gradientes cromáticos em

torno dos eventos, indicando, por hot

spots ou “áreas quentes”, os locais

onde há maior risco de hanseníase.

A análise espacial foi realizada

no programa TerraView

(http://www.dpi.inpe.br/terraview/

index.php), utilizando-se o estimador

de intensidade kernel, o qual permite

estimar a quantidade de eventos por

unidade de área em cada célula de

uma grade regular que recobre a

região estudada (Gatrell et al, 1996;

Araújo et al, 2007). O Kernel é

técnica não paramétrica que promove

o alisamento – ou suavização

estatística – o que permite filtrar a

variabilidade de um conjunto de dados,

49

retendo as características essenciais

dos locais (Araújo et al, 2007; Marteis

et al, 2013). O grau de alisamento é

controlado mediante a escolha de um

parâmetro conhecido como largura da

banda, que indica a área a ser

considerada no cálculo e deve refletir a

escala geográfica da hipótese de

interesse, assim como o conhecimento

prévio sobre o evento estudado

(Souza RS et al, 2000; Araújo et al,

2007; . Souza CDF et al, 2014).

RESULTADOS

No ano de 2011, de acordo com

dados do Sistema de Informação de

Agravos de Notificação – SINAN Net

(Souza CDF et al, 2014; Brito et al,

2014) , no Brasil foram confirmados

31.533 casos novos de hanseníase.

Na região Metropolitana de Aracaju,

durante o período de 2001 e 2013

foram detectados 3519 casos de

hanseníase. Esses casos foram assim

distribuídos: Aracaju (maior município),

2366 (67%); Nossa Senhora do

Socorro, 693 (20%); São Cristóvão,

315 (9%); e Barra dos Coqueiros, 145

(4%) notificações. A taxa anual média

da região foi de 3,49 casos por 10000

habitantes.

Figura 2. Mapa da distribuição dos casos de hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

De acordo com a classificação

operacional predominou na área

estudada a forma paucibacilar (52,8%)

em relação a forma multibacilar

(47,1%). Os casos não classificados

representaram 0,1% das notificações.

Quando foi analisada a ocorrência em

cada um dos municípios, a forma

multibacilar foi a mais frequente em

Barra dos Coqueiros (55,9%) e Nossa

50

Senhora do Socorro (53,4%),

enquanto a forma paucibacilar

predominou em Aracaju (55,5%) e São

Cristóvão (51,1%). A análise por meio

do teste de aderência em toda área e

nos municípios isoladamente não

demonstrou significância estatística na

diferença (p > 0,05).

Figura 3. Mapa da distribuição dos casos de hanseníase segundo a classificação operacional na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

Quanto a ocorrência do tipo de

forma clínica da hanseníase, na

Região Metropolitana, no tocante a

forma clínica, a forma tuberculoide foi

a mais frequente na região (27,3%),

sendo seguida pela Indeterminada

(21%), virchowiana (21%) e dimorfa

(19,8%). A análise da distribuição dos

casos segundo esta variável não

apresentou diferença estatisticamente

significantes (X2 =1,432; p = 0,698). Na

análise por municípios, em Aracaju a

forma tuberculoide foi a predominante

(28,9%), em Barra dos Coqueiros e

Nossa Senhora do Socorro a

virchowiana (27,6% e 26,8%

respectivamente), a indeterminada foi

a mais frequente em São Cristóvão

(25,4%).

Figura 4. Mapa da distribuição dos casos de hanseníase segundo forma clínica na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

O mapa da densidade de Kernel

mostra uma grande área de

abrangência de casos de hanseníase

em um gradiente de cores onde a área

vermelha concentra um maior número

de pacientes. A distribuição espacial

dos casos por área foi heterogênea.

51

Através da análise de Kernel, foi

possível observar que o maior

aglomerado espacial encontra-se na

cidade de Aracaju (Figura 5).

Figura 5. Mapa da densidade de Kernel para casos de hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe (2001-2013).

DISCUSSÃO

A hanseníase se mantém como

um importante problema de saúde

pública no Brasil; o país diagnostica

90,0% dos casos das Américas, e no

mundo é o segundo em número

absoluto de casos, superado apenas

pela Índia( Brasil , 2008) . Além das

premissas naturais, associam-se à

distribuição territorial da hanseníase,

condições desfavoráveis de vida,

carências nutricionais e movimentos

migratórios, entre outros. (Rodrigues-

Júnior et al, 2008).

Dos 3.519 casos notificados de

hanseníase na região em estudo,

Aracaju contribuiu com 2.366 caos

(67%), sendo que nesse município, e

em São Cristóvão (51,1%) a maioria

dos pacientes foi paucibacilar. A forma

multibacilar predominou nos

municípios de Barra dos Coqueiros

(55,9%) e Nossa Senhora do Socorro

(53,4%). O maior número de casos

detectados em Aracaju pode ser

justificado pela densidade populacional

desse município em relação aos outros

analisados.

Na análise da classificação

operacional em que a forma

paucibacilar predominou, pode estar

relacionado com o diagnóstico precoce

nas unidades de saúde e a busca ativa

nas escolas e comunidade. Porém, os

municípios de Barra dos Coqueiros

(55,9%) e Nossa senhora do Socorro

(53,4%) apresentaram um predomínio

52

da forma multibacilar, indicando pelo

presente estudo e os realizados por

Lastória et al que nesses locais é

importante uma maior integração das

ações de controle da hanseníase,

facilitando a informação e a educação

em saúde para essa população.

Referente a análise da forma

clínica, a tuberculoide foi a mais

frequente na região (27,3%),

entretanto, o número de casos

virchowianos (21%) não foi muito

menor. Os municípios de Barra dos

Coqueiros (27,6%) e Nossa Senhora

do Socorro (26,8%) demonstraram um

maior número de casos com essa

forma clínica. Esses resultados

confirmam o que preconiza o

Ministério da Saúde quanto a

proporção de casos com a forma

multibacilar e as classificações clínicas

dimorfa e/ou virchowiana (Brasil,

2008).

A metodologia empregada para

estudar os aglomerados espaciais

mostrou-se limitada, uma vez que não

foi possível conduzir a uma

interpretação mais próxima da

realidade.

A falta de preenchimento dos

campos de endereço no Sistema de

Notificação (SINAN), dificultou a

identificação geográfica de cada caso.

A análise, no nível de município,

tornou-se mais fácil, mas também

deixa de explorar particularidades na

distribuição dos casos de hanseníase.

O mapa da densidade de Kernel

evidencia que as áreas mais quentes

estão concentradas no centro de

Aracaju, e que vai se difundindo pelos

outros municípios da Região

Metropolitana de Aracaju. Com a

constatação da existência de

dependência espacial em relação ao

número de casos em Aracaju, seria

necessário um estudo por setor

censitário ou bairro, onde poderia ser

utilizado o modelo bayesiano.Esses

resultados evidenciam as regiões onde

53

o risco de infecção pelo bacilo

Mycobacterium leprae pode ocorrer,

demonstrando que a transmissão da

hanseníase está ocorrendo na área

em estudo, gerando novos casos.

Estudos sobre o assunto corroboram

que, os órgãos de saúde estão

curando os doentes sem interromper a

cadeia de transmissão (.Mencaroni et

al, 2004; Gauy et al, 2007).

O convívio familiar representa a

principal forma de contágio da doença

27, portanto, é fundamental a

elaboração de políticas públicas que

incentivem a detecção ativa dos casos

de hanseníase , uma vez que essa

medida representa uma estratégia

significativa na eliminação ou redução

da hanseníase na Região

Metropolitana de Aracaju.

Ações de medidas educativas,

campanhas de detecção de suspeitos,

mobilização social e comunitária e

registro adequado dos casos no

sistema de informações do SUS são

de fundamental importância, além de

oferecer apoio técnico e financeiro

para a alimentação do banco de dados

do Sistema de Informação de Agravos

de Notificação (Brasil, 2008).

CONCLUSÃO

O elevado número de casos

com a forma clínica indeterminada

(821 casos), demonstram que há uma

alta carga bacilar circulando na

comunidade , e provavelmente há

dificuldades da rede básica de saúde

em diagnosticar precocemente os

casos da moléstia na região. O mapa

de Kernel evidencia as regiões onde o

risco de infecção pelo Mycobacterium

leprae pode ocorrer, demonstrando

que a transmissão do bacilo da

hanseníase está ocorrendo na área

em estudo, gerando novos casos.

Baseado nesses resultados

verifica-se que para a hanseníase,

permanece ainda o desafio em torno

54

do fortalecimento das ações de

controle dessa moléstia.

Principalmente, com relação ao

atendimento dos Programas de Saúde

e ao acesso da população a esses

serviços, uma vez que as estratégias

do Ministério da Saúde no período de

estudo (2001-2013) não foram

eficazes para atingir as metas

estabelecidas pela OMS para

eliminação da doença.

É de extrema importância que

as atividades de pesquisa e controle

da hanseníase sejam mantidas e

desenvolvidas, com o propósito de

eliminação e um controle efetivo dessa

doença.

Detectamos que esse estudo

proporcionou novas possibilidades de

pesquisa, com a utilização de

ferramentas como as SIG e análise

espacial, pelos profissionais

responsáveis pelas ações de

planejamento em saúde dos

municípios estudados, com o propósito

de entender melhor as doenças

endêmicas, como a hanseníase,

podendo implantar ações de saúde

que realmente melhorem as condições

de vida da população.

55

REFERÊNCIAS

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56

13http://cnes.datasus.gov.br/ 14Gauy JS, Hino P, Santos CB, Distribuição Espacial dos Casos de Hanseníase no Município de Ribeirão Preto no ano de 2004. Revista Latino-Americana Enfermagem. 15 (3), 2007. 15Leal-Neto OB, Galvão TYC, Esteves FA, Gomes AMAS, Gomes ECS, Araújo KCGM, Barbosa CS. Análise Espacial dos Casos Humanos de Esquistossomose em Uma Comunidade Horticultora da Zona da Mata de Pernambuco, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia.15 (4): 771-80. 2012. 16Fausto CAS, Yarak S, Ramos RRD, Lopes HL. Análise Clínica, Epidemiológica e Espacial de Pacientes com Hanseníase em Lagoa Grande/PE, Por Meio de Tecnologias da Geoinformação. III Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação. Recife – PE, 2010. 17Gatrell AC, Bailey TC. Interactive spatial data analysis in medical geography. Social Science & Medicine, 42 (6): 843-855, 1996. 18Araújo KCGM, Resendes APC, Souza-Santos R, Silveira-Júnior JC, Barbosa CS. Análise espacial dos focos de Biomphalaria glabrata e de casos humanos de esquistossomose mansônica em Porto de Galinhas, Pernambuco, Brasil, no ano 2000. Cadernos de. Saúde Pública, 23 (2): 409-417, 2007. 19Marteis, LS, Steffler LM, Araújo, KCGM, Santos, RLC. Identificação e distribuição espacial de imóveis-chave de Aedes aegypti no bairro Porto Dantas, Aracaju, Sergipe, Brasil entre 2007 e 2008. Cadernos de. Saúde Pública. 29 (2). 2013.

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57

Souza MS, Ramos AN. Migração e hanseníase em Mato Grosso. Rev. bras. epidemiol.14 (3): pp. 386-397. 2011.

57

3 CONCLUSÃO

Apesar da maioria dos pacientes apresentarem grau 0 de incapacidades, o

número de pacientes com algum tipo de incapacidade no momento do diagnóstico

(1176 casos), e o elevado número de casos com a forma clínica indeterminada (821

casos), demonstram que há uma alta carga bacilar circulando na comunidade, e

provavelmente há dificuldades da rede básica de saúde em diagnosticar

precocemente os casos da moléstia na região.

Os índices altos de indivíduos doentes nas faixas de 10-14 e 15-19 anos

indicam uma necessidade de maior atenção dos órgãos de saúde pública,

principalmente por causa das incapacidades e deformações que a doença pode

ocasionar, provocando efeitos nocivos na autoestima desses jovens.

A análise temporal demonstrou que há uma tendência para o declínio de

novos casos detectados na Região Metropolitana de Aracaju. Entretanto, 3519

casos de hanseníase detectados no período em estudo, permanece elevado.

Baseado nesses resultados faz-se necessário um estudo melhor com relação ao

atendimento dos Programas de Saúde e ao acesso da população a esses serviços,

uma vez que as estratégias do Ministério da Saúde no período de estudo (2001-

2013) não foram eficazes para atingir as metas estabelecidas pela OMS para

eliminação da doença.

É de extrema importância que as atividades de pesquisa e controle da

hanseníase sejam mantidas e desenvolvidas, com o propósito de eliminação e um

controle efetivo dessa doença.

Ações promocionais, preventivas e curativas devem ser identificadas e

colocadas em prática, na tentativa de melhorar o cenário epidemiológico da

hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju.

O elevado número de casos com a forma clínica indeterminada (821 casos) ,

demonstram que há uma alta carga bacilar circulando na comunidade , e

provavelmente há dificuldades da rede básica de saúde em diagnosticar

precocemente os casos da moléstia na região. O mapa de Kernel evidencia as

regiões onde o risco de infecção pelo Mycobacterium leprae pode ocorrer,

demonstrando que a transmissão do bacilo hanseníase está ocorrendo na área em

estudo, gerando novos casos.

58

Baseado nesses resultados verifica-se que para a hanseníase, permanece

ainda o desafio em torno do fortalecimento das ações de controle dessa moléstia.

Principalmente, com relação ao atendimento dos Programas de Saúde e ao acesso

da população a esses serviços, uma vez que as estratégias do Ministério da Saúde

no período de estudo (2001-2013) não foram eficazes para atingir as metas

estabelecidas pela OMS para eliminação da doença. É de extrema importância que

as atividades de pesquisa e controle da hanseníase sejam mantidas e

desenvolvidas, com o propósito de eliminação e um controle efetivo dessa doença.

Detectamos que esse estudo proporcionou novas possibilidades de pesquisa,

com a utilização de ferramentas como as SIG e análise espacial, pelos profissionais

responsáveis pelas ações de planejamento em saúde dos municípios estudados,

com o propósito de entender melhor as doenças endêmicas, como a hanseníase,

podendo implantar ações de saúde que realmente melhorem as condições de vida

da população.

59

REFERÊNCIAS

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LASTÓRIA, J.C., ABREU, M.A.M.M. Leprosy: review of the epidemiological, clinical and etiopathogenic aspects – Part 1. Anais Brasileiros de Dermatologia. v. 89. n. 2, p. 205-18. 2014. LATORRE, MRDO. Câncer em Goiânia: análise da incidência e da mortalidade no período de 1988 a 1997. [Tese de Livre Docência]: São Paulo ; Faculdade de Saúde Pública da USP; 2001. LEAL-NETO, O. B.; GALVÃO, T. Y. C.; ESTEVES, F. A. M; GOMES, A. M. A. S.; GOMES, E. C. S.; ARAÚJO, K. C. G. M.; BARBOSA, C. S. Análise Espacial dos Casos Humanos de Esquistossomose em Uma Comunidade Horticultora da Zona da Mata de Pernambuco, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia. v. 15, n. 4, p. 771-80. 2012. LIMA, HMN; SAUAIA, N; COSTA, VRL; COELHO-NETO, GT; FIGUEIREDO, PMS. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase atendidos em Centro de Saúde em São Luís, MA. Revista Brasileira de Clínica Médica. v. 8, n. 4, p. 323-7, 2010.

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62

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QUEIROZ, J.W.; DIAS, G.H.; NOBRE, M.L.; DIAS, M.C.S.; ARAÚJO, S.F.; BARBOSA, J. D.; TRINDADE-NETO, P.B.; BLACWEIL, J.M.; JERONIMO, S.M.B. Geographic Information Systems and Apphed Spatial Disease (leprosy) and to Determine Areas of Greater Risk of Disease. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene. v. 82, n. 2, p. 306-314. 2010.

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63

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SAMPAIO, P. B.; MADEIRA, E.E.; DINIZ, L.; NOIA, E.L.; ZANDONATE, E. Spatial Distribution of Leprosy in Areas of Risk in Vitória, State of Espírito Santo, Brazil, 2005 to 2009. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 46, n. 3,p. 329-

334. 2013. SANTOS, V. S.; MENDONCA NETO, P. T.; RAPOSO, O. F. F.; FAKHOURI, R.; REIS, F. P.; FEITOSA, V. L. C. Evaluation of Agreement Between Clinical and Histopathological Data for Classifying Leprosy. International Journal of Infectious Diseases. v. 17, p. 189-192. 2013.

SANTOS, V.S.; MENDONÇA-NETO, P.T.; FAKHOURI, R.; RAPOSO, O.F.F.; REIS, F.P.; FEITOSA, V.L.C. Epidemiological and Histopathological Study of Leprosy Cases in the State of Sergipe, Brazil. Indian Journal of Leprosy. V. 85, p. 93-100.

2013. SOUZA, R.S., CARVALHO, M.S. Análise da distribuição espacial de larvas de Aedes aegypti na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública,

vol 16, p.31-42. 2000. SOUZA, C.D.F, ROCHA W.J.S. Distribuição espacial da endemia hansênica em menores de 15 anos em Juazeiro-Bahia, entre 2003 e 2012. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, vol.10, n.19, p. 35 – 49. 2014. SILVA-SOBRINHO, R.A. MATHIAS, T.A.F, GOMES, E.A., LINCOLN, P.B. Avaliação do grau de incapacidade em hanseníase: uma estratégia para sensibilização e capacitação da equipe de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem. v.15, n.6 ,p. 1125-1130. 2007.

TALHARI, S.; GROSSI, M.A.F.; OLIVEIRA, M.L.WDR; GONTIJO, B.; TALHARI, C.; PENNA, G.O. Hansens’s disease: a vanishing disease? Memórias Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro. v. 107 (suppl.I): 13-16. 2012.

WHO – World Health Organization. Weekly epidemiological record. Geneva. v. 86, n. 36, p. 398-400. 2011. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hanseniase_atencao.pdf http://cnes.datasus.gov.br/ http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/ http://www.paho.org/bra/ www.saude.gov.br/bvs

64

ANEXOS

65

Anexo A

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

66

67

Anexo B

DECLARAÇÃO DE ANUÊNCIA

68

Anexo C

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS NA REVISTA BMC PUBLIC

HEALTH

Instruções aos autores

Artigos de banco de dados

Formatos de arquivo

Os seguintes formatos de arquivo de processador de texto são aceitáveis para o

documento manuscrito principal:

Microsoft word (DOC, DOCX)

Formato rich text (RTF)

Formato de documento portátil (PDF)

TeX / LaTeX (modelo TeX de uso BioMed Central)

DeVice formato Independent (DVI)

Preparando texto manuscrito principal

Orientações gerais de estilo da revista e língua são dadas abaixo.

Os manuscritos de artigos da base de dados submetidos a BMC Public Health

devem ser divididos nas seguintes seções (nesta ordem):

Folha de rosto

Resumo

Palavras-chave

Introdução

Materiais e Métodos

Resultado

Discussão

Conclusões

Disponibilidade e requisitos

Lista das abreviaturas utilizadas (se houver)

Conflito de interesses

Contribuições dos autores

Informações dos autores

69

Agradecimentos

Notas finais

Referências

Ilustrações e figuras (se houver)

Tabelas e legendas (se houver)

Preparando arquivos adicionais

Folha de rosto

A página de título deve listar o título do artigo, os nomes completos, endereços

institucionais, endereços de e-mail para todos os autores. O autor correspondente

também deve ser indicado.

Resumo

O Resumo do manuscrito não deve exceder 350 palavras e deve ser estruturado em

seções separadas: Fundo, o contexto e o objetivo do estudo; Descrição, os

principais resultados; Conclusões, breve resumo e implicações potenciais.

Palavras-chave

Três a dez palavras-chave que representam o conteúdo principal do artigo.

Introdução

A introdução deve ser escrita de uma forma que seja acessível a pesquisadores sem

conhecimento especializado nessa área e deve indicar claramente, a importância do

artigo e, os seus objetivos. Deve descrever claramente a percepção da necessidade

de o banco de dados, mencionando precursores e concorrentes, e afirmando o seu

valor potencial.

Materiais e métodos

O esquema de banco de dados e aplicação deve ser descrito nesta seção,

juntamente com informações sobre fontes de dados, a informática da geração de

dados e controle de qualidade.

70

Resultados e Discussão

Estes podem ser combinados numa única seção ou apresentados separadamente.

Eles também podem ser quebrados em subseções, com cabeçalhos informativos

curtos. Os benefícios que são previstos, devem ser incluídas, juntamente com dados

sobre como seu desempenho.

Conclusões

Deve indicar claramente as principais conclusões do artigo e dar uma explicação

clara da importância e relevância do banco de dados.

Informações dos autores

Você pode optar por utilizar esta secção para incluir qualquer informação relevante

sobre o autor (s) que podem ajudar na interpretação do leitor do artigo, e entender o

ponto de vista do autor (s). Isso pode incluir detalhes sobre qualificações, as

posições atuais dos autores que detêm em instituições ou sociedades, ou quaisquer

outras informações relevantes de segundo plano. Por favor, referir-se a autores com

suas iniciais. Nota esta seção não deve ser usado para descrever quaisquer

interesses concorrentes.

Agradecimentos

Por favor, reconhecer qualquer um que contribuiu para o artigo, fazendo

contribuições substanciais para a concepção, design, aquisição de dados, ou análise

e interpretação dos dados, ou quem estava envolvido na elaboração do manuscrito

ou revisão crítica de importante conteúdo intelectual, mas que não satisfaz os

critérios de autoria. Inclua também a fonte (s) de financiamento de cada autor, e para

a preparação do manuscrito. Os autores devem descrever o papel do organismo de

financiamento, se houver, no design, na recolha, análise e interpretação dos dados;

na redação do manuscrito; e na decisão de enviar o manuscrito para publicação. Por

favor, também reconhecem qualquer um que contribuiu materiais essenciais para o

estudo. Se um editor de língua tornou significativa revisão do manuscrito,

recomendamos que você reconhece o editor por nome, sempre que possível.

71

Notas finais

Notas finais devem ser designadas dentro do texto usando uma letra minúscula

sobrescrita e todas as notas (juntamente com seu correspondente carta) devem ser

incluídas na secção Notas. Por favor, formatar esta seção em um parágrafo, em vez

de uma lista.

Referências

Todas as referências, incluindo URLs, devem ser numeradas consecutivamente,

entre colchetes, na ordem em que são citadas no texto, seguido por qualquer em

tabelas ou legendas. Cada referência deve ter um número de referência individual.

Por favor, evite referenciação excessiva. Se forem utilizados sistemas de numeração

automática, os números de referência deve ser finalizado e a bibliografia deve ser

formatado antes do envio.

Somente artigos, registros clínicos para registro de ensaios e resumos que tenham

sido publicados ou na imprensa, ou estão disponíveis através de servidores de e-

print / pré-publicações públicas, podem ser citadas; resumos inéditos, dados não

publicados e comunicações pessoais não devem ser incluídos na lista de

referências, mas podem ser incluídas no texto e referido como "observações não

publicadas" ou "comunicações pessoais", dando os nomes dos investigadores

envolvidos. A obtenção de permissão para citar comunicações pessoais e dados não

publicados a partir dos colegas citados é de responsabilidade do autor. Notas de

rodapé não são permitidos, mas as notas finais são permitidas. Abreviaturas Jornal

siga Index Medicus / MEDLINE. As citações na lista de referência deve incluir todos

os autores com o nome, até os seis primeiros antes de adicionar 'et al.' ..

Os exemplos do modelo de referência BMC Public Health são mostrados abaixo.

Todos os links e URLs da web, incluindo links para sites próprios dos autores, deve

ser dado um número de referência e incluídas na lista de referência, em vez de no

texto do manuscrito. Eles devem ser integralmente assegurados, incluindo tanto o

título do site e o URL, bem como a data em que o site foi acessado, no seguinte

formato: The Mouse Tumor Biology banco de dados.

http://tumor.informatics.jax.org/mtbwi/index.do. Acessado em 20 de maio de 2013.

Se um autor ou grupo de autores pode ser claramente associada a um link da web,

como por weblogs, então eles devem ser incluídos na referência.

72

Os exemplos do estilo de referência BMC Public Health

Artigo dentro de um jornal

Smith JJ. O mundo da ciência. Am J Sci. 1999; 36: 234-5.

Artigo dentro de um diário (sem números de página)

Rohrmann S, Overvad K, Bueno-de-Mesquita HB, Jakobsen MU, Egeberg R,

Tjønneland A, et al. O consumo de carne e mortalidade - resultados da Investigação

Prospectiva Europeia sobre Câncer e Nutrição. BMC Medicine. 2013; 11: 63.

Artigo dentro de um jornal por DOI

Slifka MK, Whitton JL. Implicações clínicas da produção de citocinas desregulada.

Dig J Mol Med. 2000; doi: 10,1007 / s801090000086.

Artigo dentro de um suplemento de jornal

Frumin AM, Nussbaum J, M. Esposito asplenia funcional: demonstração de atividade

splenic pela varredura de medula óssea. Sangue 1979; 59 Suppl 1: 26-32.

Capítulo de livro ou um artigo dentro de um livro

Wyllie AH, Kerr JFR, Currie AR. A morte celular: o significado de apoptose. In:

Bourne GH, Danielli JF, Jeon KW, editores. Internacional Avaliação da citologia.

London:

Academic; 1980. p. 251-306.

OnlineFirst capítulo de uma série (sem denominação de volume, mas com um DOI)

Saito Y, equação Hyuga H. Taxa abordagens de amplificação de excesso

enantiomérico e quiral da quebra de simetria. Top Curr Chem. 2007. doi: 10,1007 /

128_2006_108.

Livro completo, de autoria

Blenkinsopp A, Paxton P. sintomas na farmácia: um guia para a gestão da doença

comum. 3a ed. Oxford: Blackwell Science; 1998.

73

Documento on-line

Doe J. Título do documento subordinado. In: O dicionário de substâncias e seus

efeitos. Royal Society of Chemistry. 1999. http://www.rsc.org/dose/title de documento

subordinado. Acessado em 15 de janeiro de 1999.

Banco de dados on-line

Healthwise Base de Conhecimento. US Pharmacopeia, Rockville. 1998.

http://www.healthwise.org. Acessado em 21 de setembro de 1998.

Material suplementar / homepage privada

Doe J. Título de material suplementar. 2000. http://www.privatehomepage.com.

Acessado em 22 de fevereiro de 2000.

University site Doe, J: Título de pré-impressão. http://www.uni-

heidelberg.de/mydata.html (1999). Acessado em 25 de dezembro de 1999.

Site FTP Doe, J: HTTP Trivial, RFC2169. ftp://ftp.isi.edu/in-notes/rfc2169.txt (1999).

Acessado em 12 de novembro de 1999.

Organização local

ISSN Centro Internacional: O registro ISSN. http://www.issn.org (2006). Acessado

em 20 de fevereiro de 2007.

Dataset com identificador persistente

Zheng LY, Guo XS, Ele B, Sun LJ, Peng Y, Dong SS, et al. Dados do genoma de

doce e de sorgo (Sorghum bicolor). Banco de Dados GigaScience. 2011.

http://dx.doi.org/10.5524/100012.

Preparando ilustrações e figuras

Ilustrações devem ser fornecidos como arquivos separados, não embutidas no

arquivo de texto. Cada figura deve incluir uma única ilustração e deve caber em uma

única página no formato retrato. Se uma figura consiste em partes separadas, é

importante que um único arquivo ilustração compósito ser submetidos, que contém

todas as partes da figura. Não há nenhum custo para o uso de figuras em cores.

74

Por favor, leia nossas diretrizes de preparação figura para obter instruções

detalhadas sobre como maximizar a qualidade das suas figuras.

Formatos

Os seguintes formatos de arquivo pode ser aceite:

PDF (formato preferido para diagramas)

DOCX / DOC (página única apenas)

PPTX / PPT (único slide apenas)

EPS

PNG (formato preferido para fotos ou imagens)

TIFF

JPEG

BMP

As legendas das figuras

As legendas devem ser incluídas no ficheiro de texto manuscrito principal no final do

documento, em vez de ser uma parte do ficheiro figura. Para cada figura, as

seguintes informações devem ser fornecidas: número Figura (em sequência, em

algarismos arábicos - ou seja, a Figura 1, 2, 3 etc.); curto título da figura (máximo de

15 palavras); lenda detalhado, até 300 palavras.

Por favor, note que é de responsabilidade do autor (s) para obter permissão do

detentor dos direitos autorais para reproduzir figuras ou tabelas que tenham sido

previamente publicados em outros lugares.

Preparando tabelas

Cada tabela deve ser numeradas e citadas em sequência com algarismos arábicos

(ie Tabela 1, 2, 3 etc.). As tabelas também deve ter um título (acima da tabela) que

resume a tabela inteira; não mais do que 15 palavras devem ser. Legendas

detalhadas poderá então seguir, mas elas devem ser concisas. As tabelas devem

ser sempre citadas no texto em ordem numérica consecutiva.

Tabelas menores considerados parte integrante do manuscrito pode ser colado no

final do arquivo de texto do documento, no retrato A4 ou formato de paisagem. Estas

75

serão escritas e exibidas na forma final do artigo publicado. Essas tabelas devem ser

formatado usando o "objeto Tabela 'em um programa de processamento de texto

para garantir que as colunas de dados são mantidos alinhados quando o arquivo é

enviado eletronicamente para revisão; este não será sempre o caso, se as colunas

são gerados usando simplesmente separadores para separar o texto. Colunas e

linhas de dados devem ser visivelmente distinta, garantindo que as fronteiras de

cada exibição célula como linhas pretas. Vírgulas não deve ser utilizado para indicar

valores numéricos. Cores e sombras não podem ser utilizados; partes da tabela

pode-se destacar o uso de símbolos ou texto em negrito, cujo significado deve ser

explicado em uma legenda de tabela. As tabelas não devem ser incorporados como

figuras ou arquivos de planilhas.

Tipografia

Utilize espaço duplo.

Digite o texto não justificado, sem hifenização de palavras em quebras de linha.

Use retornos rígidos apenas para posições finais e parágrafos, não rearranjar linhas.

Capitalizar apenas a primeira palavra, e nomes próprios, no título.

Todas as linhas e páginas devem ser numeradas. Autores são convidados a garantir

que a numeração de linha é incluída no principal arquivo de texto de seu manuscrito

no momento da submissão para facilitar peer-review. Uma vez que um manuscrito

foi aceito, numeração de linha deve ser removida a partir do manuscrito antes da

publicação. Para autores que submetem seus manuscritos no Microsoft Word, por

favor não inserir quebras de página em seu manuscrito para garantir a numeração

de página é consistente entre o seu arquivo de texto e PDF gerado a partir de sua

submissão e utilizado no processo de revisão.

Use o formato de referência BMC Public Health.

Notas de rodapé não são permitidos, mas as notas finais são permitidas.

Por favor, não formatar o texto em várias colunas.

Grega e outros caracteres especiais podem ser incluídos. Se você é incapaz de

reproduzir um caractere especial particular, por favor, escreva o nome do símbolo na

íntegra. Por favor, garantir que todos os caracteres especiais utilizados são

incorporados no texto, caso contrário, eles serão perdidos durante a conversão para

PDF.

76

Anexo D

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS NA REVISTA GEOSPATIAL

HEALTH

Preparação de manuscritos

Os manuscritos devem ser escritos em Inglês e apresentada em MS Word Format

(não PDF).

Os manuscritos devem ter linhas numeradas, com margens amplas e espaçamento

duplo por toda parte. Cada página do manuscrito, incluindo a página do título, devem

ser numeradas.

Manuscritos devem ser organizados na seguinte ordem:

Título

Nome (s) autor (es)

Endereço postal completo

Telefone, Fax No. e e-mail endereço completo do autor correspondente

Resumo (não mais do que 250 palavras)

Palavras-chave (3-5)

Introdução

Materiais e métodos (com subtítulos se necessário)

Resultados (com subtítulos se necessário)

Discussão

Agradecimentos

Referências

Títulos de tabelas e figuras

Tabelas (deve ser colado no mesmo arquivo)

Figuras (deve ser colado no mesmo arquivo)

Referências

77

Referências

As referências citadas no texto devem ser apresentados em uma lista na seção

Referências

No texto referem-se o nome do autor (sem iniciais) e ano de publicação.

Se for feita referência no texto para uma publicação escrita por mais de dois autores,

o nome do primeiro autor deve ser usado seguido de "et al.". Este sinal, no entanto,

nunca deve ser usada na lista de referências. Nesta lista de nomes de primeiro autor

e co-autores devem ser mencionados.

As referências citadas em conjunto no texto devem ser organizadas em ordem

cronológica.

As referências devem ser listadas em ordem alfabética e devem conter: sobrenome

e iniciais de cada autor, ano de publicação, título do trabalho, nome abreviado e o

volume da revista (para livros, título e editora), primeira e última página o papel.

Por exemplo:

Para revistas

Cringoli G, Taddei R, L Rinaldi, Veneziano V, V Musella, Cascone C, Sibilio G,

Malone JB de 2004. O uso de sensoriamento remoto e sistemas de informações

geográficas para identificar características ambientais que influenciam a distribuição

de paramfistomosis em ovinos a partir do sul da Itália Apeninos. Vet Parasitol 122,

15-26.

Para livros

Elliott P, J Wakefield, Melhor N, Briggs D de 2000. Spatial Epidemiologia - Métodos e

Aplicações, Oxford University Press, 494 pp.

Apresentação

Os arquivos para submissão devem ser em Microsoft Word (docx) formato de

arquivo de documentos.

78

O texto é em espaço duplo; usa uma fonte de tamanho 12; emprega itálico ao invés

de sublinhar (exceto em endereços URL); e figuras e tabelas devem ser encaixadas

no mesmo documento, no final do texto.

79

Anexo E

CARTA AO EDITOR DA REVISTA BMC PUBLIC HEALTH

Aracaju, 29 de junho de 2015.

Prezada Editora Executiva Natalie Pafitis, BioMed Central

Revista BMC Public Health

BioMed Central

Floor 6, 236 Gray’s Inn Road

London

WC1X8HB

United Kingdon

Assunto: Submissão de manuscrito para avaliação.

Título: Análise de série temporal e epidemiológica da hanseníase na Região

Metropolitana de Aracaju, Sergipe, Brasil (2001-2013).

Autores: Jurema Cristina M. de Menezes – [email protected]; Vera

Lúcia C. Feitosa – [email protected]; Karina Conceição G.M. de Araújo –

[email protected]; Francisco P. Reis – [email protected];

Janine B. A. Mendes – [email protected]; José Aislan C. Santos –

[email protected].

Autora para correspondência: Jurema Cristina Machado de Menezes – Av. Caçula

Barreto, 112 Bl B 09 ap 202. Farolândia CEP 49030-130. Aracaju. Sergipe. Brasil -

[email protected]

Tipo de manuscrito: estudo utilizando banco de dados do SINAN (Sistema de

Informação de Agravos Notificáveis), no período de 2001 a 2013.

Eu, Jurema Cristina Machado de Menezes, estou enviando o artigo intitulado

Análise de série temporal e epidemiológica da hanseníase na Região Metropolitana

de Aracaju, Sergipe, Brasil (2001-2013), para ser considerado para publicação na

revista BMC Public Health.

A hanseníase é uma doença infecto contagiosa crônica, transmitida de

pessoa a pessoa pelo contato contínuo com doentes contagiantes sem tratamento.

Essa doença tem relação direta com a pobreza, condições sanitárias e de

habitações inadequadas, já que a aglomeração de pessoas é responsável pela

80

maior disseminação do bacilo. No Brasil, devido a sua endemicidade, constitui em

um importante problema de saúde pública. Esse estudo realizou uma análise

temporal e epidemiológica da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju,

baseado em dados secundários do SINAN (Sistema de Informação de Agravos

Notificáveis) no período de 2001 a 2013. O Estado de Sergipe possui um padrão de

média endemicidade da hanseníase. Esse fato comprova a importância da

elaboração de políticas públicas que incentivem a detecção ativa dos casos de

hanseníase, uma vez que essa medida representa uma estratégia significativa na

eliminação ou redução da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju.

Declaro que: esse artigo é original, nunca foi publicado, e não se encontra sob

consideração para publicação em nenhuma outra revista no momento; todos os

autores participaram diretamente no planejamento, execução e análise desse

estudo; todos os autores leram e aprovaram a versão final enviada; não há artigos

diretamente relacionados com o assunto desse estudo publicados ou não publicados

por qualquer autor desse artigo; os autores representantes da Universidade Federal

de Sergipe (UFS) estão informados e de acordo com o envio desse artigo.

Atenciosamente,

___________________________________________________________________

Jurema Cristina Machado de Menezes – Mestre em Biologia Parasitária pela

Universidade Federal de Sergipe.

81

LETTER TO THE EDITOR OF THE JOURNAL OF PUBLIC HEALTH BMC

Aracaju, June 29, 2015.

Dear Editor Executive Natalie Pafitis, BioMed Central

BMC Public Health

BioMed Central

Floor 6, 236 Gray’s Inn Road

London

WC1X8HB

United Kingdon

Subject: Submission of manuscript for evaluation.

Title: Temporal series and epidemiological analysis of leprosy in the metropolitan

area of Aracaju, Sergipe, Brazil (2001-2013).

Authors: Jurema Cristina M. de Menezes - [email protected]; Vera Lucia

C. Feitosa - [email protected]; Karina Conceição G. M. de Araújo -

[email protected]; Francisco P. Reis - [email protected];

Janine B. A. Mendes - [email protected]; José Aislan C. Santos -

[email protected].

Corresponding author: Jurema Cristina Machado de Menezes - Av Caçula Barreto,

112 Bl B 09 apto 202 Farolândia CEP 49030-130.. Aracaju. Sergipe. Brazil -

[email protected]

Manuscript type: Database articles. Study using SINAN database (Diseases

Information Resulting System) in the period 2001-2013.

I, Jurema Cristina Machado de Menezes, I am sending the article entitled

“Temporal series and epidemiological analysis of leprosy in the metropolitan area of

Aracaju, Sergipe, Brazil (2001-2013)”, to be considered for publication in the journal

BMC Public Health.

Leprosy is a chronic contagious infectious disease transmitted from person to

person by continuous contact with infectious patients without treatment. This disease

is directly related to poverty, sanitation and inadequate housing, as overcrowding is

responsible for the further spread of the bacillus. In Brazil, due to its endemicity, it

constitutes a major public health problem. This study performed a temporal and

82

epidemiological analysis of leprosy in the metropolitan area of Aracaju, based on

secondary data from SINAN (Diseases Information Resulting System) from 2001 to

2013. The State of Sergipe has a pattern of medium endemicity of leprosy. This fact

proves the importance of developing public policies that encourage active detection

of leprosy cases, since this measure represents a significant strategy in the

elimination or reduction of leprosy in the metropolitan area of Aracaju.

I declare that: This article is original, has never been published and is not

under consideration for publication in another journal at the time; All authors

participated directly in the planning, execution and analysis of this study; All authors

read and approved the final version submitted; no items directly related to the subject

of this study published or not published by any author of this article; the authors

representatives of the Federal University of Sergipe (UFS) are informed, according to

the sending of this article.

Regards,

___________________________________________________________________

Jurema Cristina Machado de Menezes - Master of Parasitic Biology from the Federal

University of Sergipe.

83

Anexo F

CARTA AO EDITOR DA REVISTA GEOSPATIAL HEALTH

Aracaju, 29 de junho de 2015

Prezada Lucia Zoppi, Editora Executiva.

Revista Geospatial Health.

PAGEPress Publications, Via G Belli 7, 27100 Pavia, Italy.

Email: [email protected].

Assunto: Submissão de artigo para avaliação.

Título: Distribuição espacial da hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju,

Sergipe, Brasil (2001-2013).

Autores: Jurema Cristina M. de Menezes – [email protected]; Vera

Lúcia C. Feitosa – [email protected]; Karina Conceição G.M. de Araújo –

[email protected]; Francisco P. Reis – [email protected];

Janine B. A. Mendes – [email protected]; José Aislan C. Santos –

[email protected].

Autora para correspondência: Jurema Cristina Machado de Menezes – Av. Caçula

Barreto, 112 Bl B 09 ap 202. Farolândia CEP 49030-130. Aracaju. Sergipe. Brasil -

[email protected]

Tipo de artigo: Análise epidemiológica e espacial da hanseníase utilizando banco

de dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos Notificáveis), no período de

2001 a 2013.

Eu, Jurema Cristina Machado de Menezes, venho por meio desta,

encaminhar o artigo Distribuição espacial da hanseníase na Região Metropolitana de

Aracaju, Sergipe, Brasil (2001-2013), visando a sua publicação na revista Geospatial

Health.

A hanseníase é uma doença infecto contagiosa, crônica de evolução lenta. No

estado de Sergipe, o coeficiente de detecção é considerado muito alto. Segundo

Fausto, os mapas temáticos são muito importantes na análise espacial do risco de

determinada doença, já que podem descrever e permitir a visualização da

distribuição espacial da doença, sugerir as causas locais da doença e também

apontar relações entre uma doença e seus determinantes. Esse estudo realizou a

84

análise epidemiológica e a distribuição espacial da hanseníase na Região

Metropolitana de Aracaju, os resultados obtidos demonstram que a transmissão da

hanseníase continua ocorrendo na região em estudo, e por isso esse trabalho

proporciona novas possibilidades de pesquisa, com a utilização de ferramentas de

análise espacial, pelos profissionais responsáveis pelas ações de planejamento em

saúde dos municípios estudados, com o propósito de implantar ações de saúde que

realmente melhorem as condições de vida da população.

Declaro que: esse artigo é original, nunca foi publicado, e não se encontra sob

consideração para publicação em nenhuma outra revista no momento; todos os

autores participaram diretamente no planejamento, execução e análise desse

estudo; todos os autores leram e aprovaram a versão final enviada; não há artigos

diretamente relacionados com o assunto desse estudo publicados ou não publicados

por qualquer autor desse artigo; os autores representantes da Universidade Federal

de Sergipe (UFS) estão informados e de acordo com o envio desse artigo.

Atenciosamente,

___________________________________________________________________

Jurema Cristina Machado de Menezes – Mestre em Biologia Parasitária pela

Universidade Federal de Sergipe.

85

LETTER TO THE EDITOR OF THE MAGAZINE GEOSPATIAL HEALTH

Aracaju, June 29, 2015

Dear Lucia Zoppi, Managing, Managing Editor

Magazine Geospatial Health.

PAGEPress Publications, Via G Belli 7, 27100 Pavia, Italy.

Email: [email protected].

Subject: article submission for evaluation.

Title: “Spatial distribution of leprosy in the metropolitan area of Aracaju, Sergipe,

Brazil (2001-2013)”.

Authors: Jurema Cristina M. de Menezes - [email protected]; Vera Lucia

C. Feitosa - [email protected]; Karina Conceição G. M. de Araújo -

[email protected]; Francisco P. Reis - [email protected];

Janine B. A. Mendes - [email protected]; José Aislan C. Santos -

[email protected].

Corresponding author: Cristina Jurema Machado de Menezes - Av Caçula Barreto,

112 Bl B 09 apto. 202 Farolândia CEP 49030-130.. Aracaju. Sergipe. Brazil -

[email protected]

Article type: Epidemiological and spatial analysis of leprosy using SINAN database

(Information System Notifiable Diseases) in the 2001-2013 period.

I, Jurema Cristina Machado de Menezes, come hereby forward the article

“Spatial distribution of leprosy in the metropolitan area of Aracaju, Sergipe, Brazil

(2001-2013)”, aiming its publication in Geospatial Health.

Leprosy is a contagious infectious disease, chronic slow evolution. In the state

of Sergipe, the detection rate is considered too high. According to Fausto, thematic

maps are very important in spatial analysis of the risk of a particular disease, since

they can describe and allow visualization of the spatial distribution of the disease,

suggest local causes of disease and also point links between a disease and its

determinants. This study conducted epidemiological analysis and spatial distribution

of leprosy in the metropolitan area of Aracaju, the results show that the transmission

of leprosy has continued to occur in the region under study, and so this work provides

new possibilities for research, with the use of tools spatial analysis, by the

86

professionals responsible for health planning actions of municipalities studied, in

order to implement health actions that actually improve the living conditions of the

population.

I declare that: This article is original, has never been published and is not

under consideration for publication in another journal at the time; All authors

participated directly in the planning, execution and analysis of this study; All authors

read and approved the final version submitted; no items directly related to the subject

of this study published or not published by any author of this article; the authors

representatives of the Federal University of Sergipe (UFS) are informed, according to

the sending of this article.

Regards,

___________________________________________________________________

Jurema Cristina Machado de Menezes - Master of Parasitic Biology from the Federal

University of Sergipe.

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Apêndice A

FICHA DE COLETA DE DADOS

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Pesquisa: “Análise espacial dos casos de hanseníase na Região Metropolitana de Aracaju, no

período de 2001 a 2013, utilizando os dados do SINAN, Sergipe, Brasil”.

Autora: Jurema Cristina Machado de Menezes.

Orientadora: Prof.ª Drª Vera Lúcia Corrêa Feitosa.

FICHA DE COLETA DE DADOS

Sexo: M F Idade:

Naturalidade: Estado Civil:

Atividade profissional:

Endereço:

Escolaridade:

Esquema terapêutico:

Início do tratamento: Término do tratamento:

Tipo de Hanseníase encontrada: Indeterminada Tuberculoide Dimorfa-tuberculoide Dimorfa Dimorfa-Virchowiana Virchowiana

Observações: