Universidade Federal de Alagoas | Campus Arapiraca [admpub ... · Antropologia prática...
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Antropologia
das Organizações
Universidade Federal de Alagoas | Campus Arapiraca
[admpub.wordpress.com]
Liç
ão
02
An
t ro
po
log
ia
Co
r po
r ati
v a
Liç
ão
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An
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Co
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v a
antropologiaEmpresarial
Corporativa
das Organizações
Antropologia
prática antropológicas que
aplicam teorias e métodos
da disciplina na atividade de
resolução de problemas no
setor privado das
organizações
de empresas
Marietta Baba, antropóloga e professora na Wayne State University, define em seu livro
Business and Industrial Anthropology (1986)
Marketing
Consumo
Um antropólogo possui a capacidade de gerenciar
o capital simbólico, compreende o quanto
produtos e serviços possuem conotações e
valores além de suas valias tangíveis no marketing.
Todas fases do marketing, do design à localização
de um mercado-alvo e aplicação da publicidade,
aproveitam dos conhecimentos da antropologia.
Marketing
Consumo
Um antropólogo possui a capacidade de gerenciar
o capital simbólico, compreende o quanto
produtos e serviços possuem conotações e
valores além de suas valias tangíveis no marketing.
Todas fases do marketing, do design à localização
de um mercado-alvo e aplicação da publicidade,
aproveitam dos conhecimentos da antropologia.
Recursos Humanos
Estudo Organizacional
O antropólogo empresarial usa de ferramentas
como a análise organizacional, mapeando relações
de poder informal e formal, estudando papéis
assumidos dentro dos grupos, canais de
comunicação, valores coletivos e individuais
dentro de uma organização.
Antropologia aplicada à administração de empresas Antropologia aplicada à administração de empresas
Grandes empresas recrutam antropólogos.
Saiba por quê.
Os antropólogos, cujas opções de carreira eram limitadas ao ambiente acadêmico, estão sendo recrutados por grandes empresas, como Unilever, Citroën e
Pepsico
Grandes empresas recrutam
antropólogos. Saiba por quê.
São Paulo - Recentemente, empresas como Unilever, Mena, Citroën, Telefônica, Toyota, Kraft Food e Pepsico vêm
recorrendo aos serviços de um profissional que antes ficava restrito às salas de aula das universidades: o
antropólogo. Um bom exemplo é uma grande empresa de cosméticos que queria vender mais para a nova classe
C.
Depois de inúmeras pesquisas convencionais, as vendas para esse público-alvo estavam bem abaixo do esperado.
Foi então que a empresa recorreu ao trabalho de um grupo de antropólogos, que vivenciaram de perto os hábitos
desses consumidores. Alguns membros do time de consultores chegaram a se mudar para favelas e periferias do
Rio de Janeiro para aprofundar a pesquisa.
Na casa de consumidoras, conferiam a maleta de cosméticos delas, os produtos que usavam no dia a dia e
conversavam longamente sobre beleza e produtos, além de acompanhá-las em visitas a lojas.
São Paulo - Recentemente, empresas como Unilever, Mena, Citroën, Telefônica, Toyota, Kraft Food e Pepsico vêm
recorrendo aos serviços de um profissional que antes ficava restrito às salas de aula das universidades: o
antropólogo. Um bom exemplo é uma grande empresa de cosméticos que queria vender mais para a nova classe
C.
Depois de inúmeras pesquisas convencionais, as vendas para esse público-alvo estavam bem abaixo do esperado.
Foi então que a empresa recorreu ao trabalho de um grupo de antropólogos, que vivenciaram de perto os hábitos
desses consumidores. Alguns membros do time de consultores chegaram a se mudar para favelas e periferias do
Rio de Janeiro para aprofundar a pesquisa.
Na casa de consumidoras, conferiam a maleta de cosméticos delas, os produtos que usavam no dia a dia e
conversavam longamente sobre beleza e produtos, além de acompanhá-las em visitas a lojas.
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Grandes empresas recrutam
antropólogos. Saiba por quê.
Os antropólogos descobriram que a consumidora não relacionava os novos produtos à marca, achava que as
lojas pareciam caras nem se interessava em entrar nelas. Mudanças na decoração e na visibilidade da marca
foram sugeridas e aplicadas e, em pouco tempo, foi possível reconhecer um avanço nas vendas para esse target.
A companhia em questão contratou o trabalho da Consumoteca no ano passado. Trata-se de uma consultoria
formada por um time de antropólogos especializados em etnografia, ramo da antropologia que estuda a cultura
de um grupo de forma aprofundada e que hoje atende clientes como Kraft Foods, Unilever, Ogilvy, Boticário e
grandes shoppings.
“O antropólogo vivencia a pesquisa”, explica Michel Alcoforado, sócio da Consumoteca. Em vez de se limitar a
fazer questionários para o consumidor, esse profissional chega a passar meses inserido na realidade dele. Para
estudar o consumo de luxo no Brasil, por exemplo, Michel ia literalmente às compras com consumidoras desse
segmento.
Os antropólogos descobriram que a consumidora não relacionava os novos produtos à marca, achava que as
lojas pareciam caras nem se interessava em entrar nelas. Mudanças na decoração e na visibilidade da marca
foram sugeridas e aplicadas e, em pouco tempo, foi possível reconhecer um avanço nas vendas para esse target.
A companhia em questão contratou o trabalho da Consumoteca no ano passado. Trata-se de uma consultoria
formada por um time de antropólogos especializados em etnografia, ramo da antropologia que estuda a cultura
de um grupo de forma aprofundada e que hoje atende clientes como Kraft Foods, Unilever, Ogilvy, Boticário e
grandes shoppings.
“O antropólogo vivencia a pesquisa”, explica Michel Alcoforado, sócio da Consumoteca. Em vez de se limitar a
fazer questionários para o consumidor, esse profissional chega a passar meses inserido na realidade dele. Para
estudar o consumo de luxo no Brasil, por exemplo, Michel ia literalmente às compras com consumidoras desse
segmento.
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Grandes empresas recrutam
antropólogos. Saiba por quê.
“Além disso, visitava a casa delas e abria os armários para ver se o que elas diziam era verdade. É um trabalho
diferente do feito pelos departamentos de marketing, porque não fazemos pesquisas de ‘sim e não’. Toda a
cultura do grupo estudado é levada em conta”, diz Michel.
Muitas empresas têm percebido a diferença entre as duas abordagens e estão criando vagas para esses
profissionais ou contratando os serviços de antropólogos.
É o caso da Heineken, multinacional do ramo de bebidas, que contratou Gabriela Leal, de 25 anos. Antropóloga
corporativa há quatro anos, ela conta que, quando escolheu o curso de ciências sociais da USP, pensava em
especializar-se em antropologia e planejavava emendar o mestrado e o doutorado com a graduação para fazer
uma bela carreira como pesquisadora.
“Além disso, visitava a casa delas e abria os armários para ver se o que elas diziam era verdade. É um trabalho
diferente do feito pelos departamentos de marketing, porque não fazemos pesquisas de ‘sim e não’. Toda a
cultura do grupo estudado é levada em conta”, diz Michel.
Muitas empresas têm percebido a diferença entre as duas abordagens e estão criando vagas para esses
profissionais ou contratando os serviços de antropólogos.
É o caso da Heineken, multinacional do ramo de bebidas, que contratou Gabriela Leal, de 25 anos. Antropóloga
corporativa há quatro anos, ela conta que, quando escolheu o curso de ciências sociais da USP, pensava em
especializar-se em antropologia e planejavava emendar o mestrado e o doutorado com a graduação para fazer
uma bela carreira como pesquisadora.
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Grandes empresas recrutam
antropólogos. Saiba por quê.
Gabriela descobriu a antropologia corporativa quando começou a buscar estágios em empresas como forma de
complementar a renda. Trabalhou em grandes institutos de pesquisa, como Nielsen, TNS e Data Popular, e se
apaixonou pelo mundo corporativo. Depois de formada, foi convidada a ingressar em uma multinacional de
varejo, já como analista de pesquisa sênior.
Em um ano e meio, veio o convite para trabalhar na Heineken. Aos 25 anos, é coordenadora de área e ganha pelo
menos quatro vezes mais do que se tivesse seguido o objetivo que tinha quando ingressou na faculdade.
O caminho não foi tão simples. Gabriela teve de adquirir habilidades que sua formação acadêmica não forneceu.
“Tive de me adaptar na marra. Fui atrás de uma especialização em comunicação digital e quero fazer um MBA”,
diz.
Gabriela descobriu a antropologia corporativa quando começou a buscar estágios em empresas como forma de
complementar a renda. Trabalhou em grandes institutos de pesquisa, como Nielsen, TNS e Data Popular, e se
apaixonou pelo mundo corporativo. Depois de formada, foi convidada a ingressar em uma multinacional de
varejo, já como analista de pesquisa sênior.
Em um ano e meio, veio o convite para trabalhar na Heineken. Aos 25 anos, é coordenadora de área e ganha pelo
menos quatro vezes mais do que se tivesse seguido o objetivo que tinha quando ingressou na faculdade.
O caminho não foi tão simples. Gabriela teve de adquirir habilidades que sua formação acadêmica não forneceu.
“Tive de me adaptar na marra. Fui atrás de uma especialização em comunicação digital e quero fazer um MBA”,
diz.
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Grandes empresas recrutam
antropólogos. Saiba por quê.
Para Juliana Nascimento, gerente da DMRH, no momento a demanda por antropólogos corporativos é até maior
do que a oferta por profissionais com esse perfil. “Tivemos duas posições em uma multinacional da indústria de
beleza que pedia alguém com esse perfil, mas não encontramos antropólogos interessados em trabalhar no
ambiente corporativo”, diz Juliana.
A dificuldade, segundo ela, é que eles são treinados para gerar conhecimento, e não lucro. “Com o olhar crítico e
a profundidade com que entendem as relações humanas, eles certamente têm grande valia nas empresas”, diz.
Para Juliana Nascimento, gerente da DMRH, no momento a demanda por antropólogos corporativos é até maior
do que a oferta por profissionais com esse perfil. “Tivemos duas posições em uma multinacional da indústria de
beleza que pedia alguém com esse perfil, mas não encontramos antropólogos interessados em trabalhar no
ambiente corporativo”, diz Juliana.
A dificuldade, segundo ela, é que eles são treinados para gerar conhecimento, e não lucro. “Com o olhar crítico e
a profundidade com que entendem as relações humanas, eles certamente têm grande valia nas empresas”, diz.
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