UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA PROGRAMA DE ... · Na execução do experimento utilizaram-se os...
Transcript of UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA PROGRAMA DE ... · Na execução do experimento utilizaram-se os...
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
CARLOS JOSÉ HERVATINI
O EFEITO DA PRÁTICA EM BLOCO E DA PRÁTICA RANDÔMICA NA AQUISIÇÃO DE APRENDIZAGEM DO SAQUE NO VOLEIBOL.
LONDRINA 2012
CARLOS JOSÉ HERVATINI
O EFEITO DA PRÁTICA EM BLOCO E DA PRÁTICA RANDÔMICA NA AQUISIÇÃO
DE APRENDIZAGEM DO SAQUE NO VOLEIBOL.
Artigo da implementação do Projeto de Pesquisa e Caderno Pedagógico desenvolvido para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED. Orientador: Professor ERNANI XAVIER FILHO
LONDRINA 2012
O EFEITO DA PRÁTICA EM BLOCO E DA PRÁTICA RANDÔMICA NA APRENDIZAGEM DO SAQUE NO VOLEIBOL.
Autor: Carlos José Hervatini
Orientador. Dr. Ernani Xavier Filho RESUMO
O presente artigo traz os resultados da pesquisa experimental desenvolvida
durante o período de estudos do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional,
da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) em 2010. O objetivo deste
estudo foi verificar o efeito do tipo de prática, aleatória ou por blocos, na
aprendizagem do saque por baixo e do saque por cima tipo tênis da modalidade de
voleibol em escolares entre 10,5 e 13 anos, os grupos foram divididos em Grupo 1
de prática Aleatória (GA) com por 14 alunos e Grupo 2 de prática por Blocos (GB)
com 12 alunos e foi realizado no ginásio de esportes do Colégio Estadual Érico
Veríssimo de Faxinal Pr. O experimento contou com a execução de 616 tentativas de
saque divididos em saque por baixo e saque por cima tipo tênis distribuídos em
quatro fases; teste de entrada, fase de aquisição, fase de retenção e fase de
transferência. Ao final das sessões experimentais, pode-se observar que ambos os
grupos obtiveram melhoras pontuais, tanto no padrão de movimento quanto na
pontuação obtida durante o experimento como um todo. Apesar dos dados obtidos
serem interessantes ainda não podemos considerar a prevalência de um tipo de
prática sobre o outro, pois manipulamos apenas parâmetros da ação em dois tipos
de tarefa saque por baixo e saque tipo tênis isso é alteração da direção e da força
aplicada na execução do saque e os resultados se mostram inconsistentes em
alguns momentos. Como limitação, podemos dizer que número limitado de sujeitos,
a não manipulação de programas de ação podem ter afetado de alguma forma o
estudo.
Palavras chave: interferência contextual; escolares; aprendizagem; saque de
voleibol.
THE EFFECT OF THE RANDOM PRACTICE AND BLOCKED PRACTICE ON THE
LEARNING IN VOLLEYBALL SERVE.
Author: Carlos José Hervatini
Advisor. Dr. Ernani Xavier Filho
ABSTRACT
This paper presents the results of experimental research developed during
studies of the Educational Development Program (PDE) of the Paraná Educational
State Department (SEED) in 2010. The aim of this study was to investigate the effect
of the type of practice, random or block on the learning process in the "underhand
serve" and "tennis serve " in volleyball with students aged between 10.5 and 13
years who were divided into two groups: Random (GA) practice group consisting of
14 students and Group 2 blocks practice (GB) consisting of 12 students. The
experiment was conducted in the gymnasium of the Erico Verissimo State College in
Faxinal. The experiment involved the implementation of 616 service attempts of
"underhand serve" and "tennis serve" in four experimental phases: entrance test,
acquisition phase, retention phase and transfer phase. At the end of the experimental
sessions, it can be seen that both groups had occasional improvements in both the
“pattern of movement” and in the “score” obtained as a whole. Although the data are
interesting we cannot yet consider the prevalence of one type of practice over
another, because only manipulate the of action parameters of the two types of task
"underhand serve" and "tennis serve" by changing the direction and the force
applied. The results showed some inconsistence and we cannot establish a
prevalence of one type of practice over another. As a limitation, we can say that we
had limited number of subjects and we do not manipulate action programs this may
have affected the study results somehow.
Keywords: contextual interference; school; learning; volleyball serve.
1- INTRODUÇÃO
A prática de uma atividade com objetivo de ensinar uma habilidade motora
tem sido estudada na área de aprendizagem desde o início da década de 1970.
Mais especificamente esses estudos guardam relação com o problema da sua
estruturação. Apesar dos vários estudos realizados motivados pela interpretação de
duas propostas teóricas, Teoria de Circuito Fechado de Adams (1971) e a proposta
teórica do Esquema Motor proposta por Schmidt (1975). Nesse sentido estudos que
se propuseram testar da abordagem da interferência contextual e têm demonstrado
que o suporte empírico das predições não é tão consistente quanto se acreditava.
Revisões de literatura mostram que a superioridade da prática variada sobre
a prática constante foi confirmada em menos da metade dos estudos analisados
quando testada a predição da hipótese da variabilidade de prática
Segundo estudo de Corrêa, (2001) que investigou os efeitos da prática
constante e aleatória e de suas combinações na aquisição de habilidades motoras
realizadas em laboratório dá conta que os resultados mostraram que a prática
constante, aleatória e suas combinações tiveram efeitos semelhantes nas medidas
de desempenho. No entanto, os resultados permitiram a inferência de que a prática
constante seguida pela prática aleatória possibilitou a formação de uma estrutura
mais flexível do que os demais tipos de prática.
Questiona-se, portanto o pressuposto de que a variabilidade da prática é
benéfica à aprendizagem de tarefas motoras. Nesse sentido o fenômeno conhecido
como interferência contextual EIC pode oferecer subsídios para solucionar essa
controvérsia. Normalmente interpretamos que o efeito da alta interferência
contextual (prática randômica) é negativo, e, portanto uma situação com baixa
interferência contextual (prática em blocos) provoca melhores performances e traria
mais benefícios de aprendizagem.
BATTIG (1966, 1972), Apud MEIRA JR. (1999), sustenta que o efeito da EIC,
com prática com baixa interferência (prática em blocos) provoca melhores
performances de aquisição e a prática com alta interferência contextual (prática
aleatória) provoca melhores performances na retenção e transferência. Nesse
mesmo sentido SHEA & MORGAN (1979), Apud MEIRA JR. (1999), confirmaram
parcialmente os relatos de BATTIG (1979), Apud MEIRA JR. (1999). Aplicando
diferentes níveis de EIC em diversas atividades motoras, obtiveram, todavia
resultados que nem sempre confirmaram a hipótese do efeito da interferência
contextual.
Considerando os estudos realizados com EIC e que não tiveram confirmação
sistemática em conseqüência de fatores como a abordagem teórica utilizada, as
características das tarefas e dos sujeitos, as diferentes quantidades de prática e de
interferência, o tamanho das amostras, a sensibilidade dos sistemas de pontuação,
os testes utilizados, entre outros, UGRINOWITSCH (1997), propôs um estudo com
uma habilidade motora de voleibol e observou que no final das atividades de
aquisição não houve melhora significativa em relação aos dois grupos, na retenção
houve discreta melhora no grupo aleatório em comparação ao grupo em blocos e na
transferência houve diminuição de performance nos dois grupos com melhor
aproveitamento do grupo aleatório em relação ao grupo em blocos.
O objetivo desse estudo foi explorar o efeito do tipo de prática, com baixa e
alta interferência contextual, no aprendizado da ação motora saque do voleibol, em
escolares matriculados alunos do 6º e 7º anos do Colégio Estadual Érico Veríssimo,
do Município de Faxinal – Paraná.
2 - MATERIAL E MÉTODOS
2.1 - AMOSTRA
Participaram deste estudo 26 escolares de 10,5 a 13 anos, de ambos os
sexos, regularmente matriculados no Colégio Estadual Érico Veríssimo, do Município
de Faxinal – Paraná, devidamente autorizada pelos pais ou responsáveis conforme
ficha de autorização anexo (1). Os escolares formaram dois grupos experimentais
GRUPO 1 (GA) 14 participantes que fez prática aleatória, e o GRUPO 2 (GB) com
12 participantes que realizou a prática em blocos.
2.2 - MATERIAL
Na execução do experimento utilizaram-se os seguintes materiais: a quadra
oficial de voleibol, coberta e equipada com todos os materiais necessários para a
aprendizagem da modalidade, como bolas, redes, postes de sustentação, todos
utilizando as medidas oficiais da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) e cones,
planilhas, pranchetas, canetas, dois alvos, fita métrica, fitas adesivas, equipamento
de filmagem e fotografia, lista de checagem, autorizações, avaliações ANEXOS 01 a
05.
2.3 - PROCEDIMENTO
Para a execução do experimento foram propostas sessões experimentais que
foram estruturadas no contra-turno escolar e organizada em fases e sessões;
entrada (01), aquisição (09), retenção (01) e transferência (01), realizadas no
período de quatro meses, compreendidos entre março a junho do ano de 2012.
Todas as coletas foram realizadas nas dependências da instituição, realizadas as
segundas, quartas e sextas-feiras nas dependências do ginásio poliesportivo do
Colégio Estadual Érico Veríssimo de Faxinal/PR.
Para melhor compreensão foram estabelecidas metas de acordo com o
quadro 1 abaixo, de forma a delimitar a atividade proposta.
Quadro 1 – 2.3.1 - Metas experimentais.
ATIVIDADE METAS DE RESULTADO METAS DE PERFORMANCE METAS DE PROCESSO
SAQUES
POR BAIXO
POR CIMA
UTILIZAR O SAQUE COM
PRECISÃO
AUMENTAR O PERCENTUAL DE
ACERTOS NO JOGO
EXECUTAR O SAQUE COM
CORREÇÃO DE MOVIMENTOS
O quadro 2 representa o delineamento experimental, as avaliações foram
feitas utilizando os dados obtidos ao final das sessões de aquisição inicial e final,
retenção e transferência, anotadas nas fichas de pontuação e de padrões de
execução (ANEXOS 01, 04 e 05).
Quadro 02 - 2.3.2 - Delineamento experimental.
Etapas Tarefa /Saque Tentativas Estratégias
Teste de
Entrada
Por baixo
Por cima (tipo tênis)
08 tentativas de saque por
baixo.
Número de sessões
01.
Demonstrar e informar aos escolares
a ação motora ser utilizada e a forma
que a ação deverá ser realizada.
Utilizar a pontuação obtida por cada
escolar para organização dos grupos.
Aquisição
Por baixo
Por cima (tipo tênis)
544 tentativas em direção
ao alvo 01
272 saques por baixo e 272
por cima (tipo tênis).
Número de sessões
(09)
544 tentativas para cada grupo.
GA (Grupo aleatório).
GB (Grupo em Blocos).
Feedback sobre a performance após
cada sessão de oito tentativas.
Após o final de cada sessão de 64
tentativas foi dado CR sobre escore
com o intuito de motivá-los na
continuidade das atividades
previstas.
Retenção
Por baixo
Por cima (tipo tênis)
32 tentativas
16 por baixo
alvo 1
16 por cima
alvo 1
Número de sessões
01.
1 semana após as sessões de
aquisição.
GA (Grupo aleatório)
GB (Grupo em Blocos).
Transferência
Saque por cima
32 tentativas
16 por baixo
alvo 2
16 por cima
alvo 2
Número de sessões
01
02 semanas após o teste de retenção
Posição 01 para a posição 01 da
quadra adversária (alvo 2).
GA (Grupo aleatório)
GB (Grupo em Blocos).
2.3.3 SESSÕES EXPERIMENTAIS.
As sessões experimentais desenvolveram-se da seguinte forma: teste de
entrada, realizado para a formação dos grupos, onde todos os escolares foram
informados pelo professor da ação motora a ser executada, saque por baixo, no alvo
1, figura 03, da seguinte forma, saque por baixo; peso do corpo na perna de trás,
afastamento antero-posterior das pernas que devem estar semiflexionadas, perna
oposta ao braço de saque à frente e voltada para o alvo, tronco inclinado
ligeiramente para frente, cabeça elevada, braço de saque estendido e braço de
apoio semiflexionado com a bola na palma da mão; movimento pendular do braço no
sentido antero-posterior, lançamento da bola para cima (20-30 cm) ou apenas a
retirada da mão que a apóia, mão de contato aberta (porção inferior), movimento de
quadril para frente, e braço de contato para frente ao executar o ataque à bola deve-
se manter o braço estendido em direção ao alvo, Figura 01.
Saque por baixo
Figura 01 - Saque por baixo de AMORA 2009
www.esportes.pbworks.com. Acessado em 22/05/2011.
A pontuação no teste foi obtida a partir do escore dos oito saques,
anotados no anexo 01, em seguida foi elaborada uma classificação dos escolares
através da pontuação obtida no teste, a partir daí foram alocados nos grupos
experimentais de modo a constituir um grupo mais homogêneo possível da seguinte
forma: classificação 1 e 40 formaram o GRUPO 2 blocos (GB) e os escolares com
classificação 2 e 39 foram inseridos no GRUPO 1 prática aleatória (GA) os com
classificação 3 e 38 no (GB) e 4 e 37 no (GA) e assim sucessivamente. A faixa etária
de 10,5 a 13 anos foi escolhida como condição básica na realização das tarefas
motoras do estudo, pois representa uma fase em que os escolares, na sua maioria,
ainda não dominam com eficiência as tarefas motoras ora apresentadas.
Fase de aquisição, realizada em nove sessões, após a formação dos grupos,
foram separados em trios, cada trio de escolares foi conduzido ao ambiente do
experimento pelo auxiliar de pesquisa. A seguir foi pedido que escutassem com
atenção as instruções demonstradas pelo professor/pesquisador a respeito da tarefa
a ser executada e que ficassem em uma posição em que pudessem ver o alvo e o
local do seu posicionamento para realizar os saques, após a realização das 08
tentativas retornaram para a quadra externa de onde aguardaram sua vez para a
próxima rodada, e realizaram no total 64 tentativas por sessão.
Os escolares receberam do professor/pesquisador instrução de como
deveriam executar o saque por baixo e saque por cima tipo tênis, de acordo com o
grupo de prática a ser realizado, em blocos ou aleatória. O saque por baixo: é
executado deslocando o peso do corpo para a perna de trás, afastamento ântero-
posterior das pernas que devem estar semi-flexionadas, perna oposta ao braço de
saque à frente e voltada para o alvo, tronco inclinado ligeiramente para frente,
cabeça elevada, braço de saque estendido e braço de apoio semiflexionado com a
bola na palma da mão; movimento pendular do braço no sentido ântero-posterior,
lançamento da bola para cima (20-30 cm) ou apenas a retirada da mão que a apóia,
mão de contato aberta (porção inferior), movimento de quadril para frente, e braço
de contato para frente ao executar o ataque à bola deve-se manter o braço
estendido em direção ao alvo (fig. 01), observando a pontuação descrita no anexo
(1).
Saque por cima: posição inicial; pernas na posição antero-posterior, leve
flexão dos joelhos, peso do corpo na perna de trás, pés e cintura pélvica quase
perpendicular à rede, pé oposto ao braço de saque à frente e voltado para o alvo,
braço de saque semiflexionado acima da altura do ombro e inclinado em relação ao
cotovelo, e bola apoiada na ponta dos dedos; lançamento da bola para cima na
direção do ombro de saque, aproximadamente a um metro acima da cabeça. No
inicio o lançamento se inicia a armação do braço de saque que pode ser feita com o
braço flexionado ou estendido. O lançamento da bola depende da velocidade de
movimentação do braço sacador: quanto mais veloz o braço, menor altura da bola. O
contato é feito no meio da bola com a porção inferior da mão (próxima ao punho).
Durante a fase de contato, o cotovelo se posiciona a frente do ombro e da mão e a
parte superior do corpo se movem paralelamente à rede. Há mínima continuação do
movimento depois do contato com a bola. O peso do corpo é transferido da perna de
trás para frente quando a bola é lançada para o alto, finalizando imediatamente após
o contato. O pulso permanece rígido durante toda a fase de contato, Figura 2, a
pontuação foi atribuída através de ficha de anotação anexos 01, 04 e 05.
.
Figura 2 - Saque por cima tipo tênis
Autoria: www.carmenvolei.blogspot.com Acessado em 22/05/2011
Nas fases de aquisição, retenção e transferência, foi utilizado o ambiente de
pesquisa adaptado do modelo desenvolvido por MEIRA JR. (1999), Figura 3. A
largura das linhas foram as mesmas das linhas oficiais do voleibol.
Figura 3 – Ambiente de coleta adaptado de MEIRA JR. (1999).
Todos os saques foram computados. Os saques que receberam (0), zero
ponto foram os que não ultrapassaram a rede ou os que caíram fora das zonas de
pontuação. No caso da bola cair nas linhas da área de pontuação foram assinalados
pontos referentes à área de maior valor, no teste de entrada foram anotados somente
a pontuação de acertos no alvo e nas demais fases também foram computados os
pontos obtidos na execução, anexos 01, 04 e 05.
Ao final da execução de oito tentativas foi fornecido “feedback” da ação
motora sob orientação de um avaliador treinado, feitas uma a uma, de forma igual,
observando os processos pedagógicos propostos para o(s) saque(s) realizado(s) na
sessão e as eventuais dúvidas sanadas imediatamente após o questionamento.
As sessões programadas para este objeto de estudo aconteceram no contra
turno dos escolares envolvidos, com duração máxima de duas horas por grupo.
Teste de retenção realizado uma semana após a fase de aquisição e contou
com 32 tentativas realizadas no alvo 1, sendo 16 tentativas de saque por baixo e 16
tentativas de saque por cima o resultado foi anotado na ficha de avaliação, anexos 4
e 5.
Teste de transferência realizado duas semanas após o teste de retenção
foram feitas 32 tentativas ao alvo 3 (executado da posição 01 de saque em direção à
posição 01 de recepção) 16 tentativas de saque por baixo e 16 tentativas de saque
por cima e resultado anotado na ficha de avaliação, anexos, 01, 04 e 05.
2.4 - VARIÁVEIS DE ESTUDO
As variáveis independentes do estudo foram:
Estrutura da prática (aleatória e em blocos).
Tipo de Saque por baixo, por cima tipo tênis.
As variáveis dependentes do estudo foram:
Escores de precisão.
Padrão de movimento.
3 – RESULTADOS
Os dados obtidos nas sessões experimentais foram analisados seguindo esse
procedimento: nas comparações intra grupo nos diferentes momentos foram obtidos
através do teste não paramétrico de WILCOXON. As comparações entre os grupos
nos diferentes momentos do experimento foram obtidas pela utilização o teste U de
Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi p<0,05, e quando obtidos foram
apresentados após cada figura.
3.1 - Analise da performance e do padrão do Grupo 1
Na execução do saque por baixo pelo GRUPO 1, houve uma melhora na
pontuação do inicio ao final da fase de aquisição apesar da grande variabilidade
observada no desempenho dos alunos. No final da fase de aquisição e nas fases de
retenção e transferência, a pontuação teve discreta melhora, mas a variabilidade
manteve-se alta, a mediana de acertos obtidas na fase inicial foi de 58 pontos e na
fase final da aquisição 68 pontos. Nas fases de retenção e transferência a
pontuação variou entre 70 e 72 pontos respectivamente. Notas-se que a
variabilidade do grupo permaneceu alta durante o experimento aquisição para
retenção (Z= 2,60 p<0,0) e de aquisição para a transferência (Z=2,26 p<0,02),
Figura 4.
.
Figura 4 - Mediana da pontuação obtida no saque por baixo pelo Grupo 1 durante o experimento
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR BAIIXO PRÁTICA ALEATÓRIA PONTUAÇÃO
Median 25%-75% Min-Max
Pontos 1 Pontos 17 Pontos ret1 Pontos tr 130
40
50
60
70
80
90
100
Na execução do saque por baixo no GRUPO 1, observa-se que na fase de
aquisição houve uma melhora no padrão de movimento entre a primeira e a ultima
sessão, na fase final de aquisição a pontuação mediana passou de 17 para 23
pontos. Na retenção houve uma ligeira deterioração no padrão em relação à fase
final de aquisição (21 pontos). Na fase de transferência o grupo recebeu uma
pontuação de 28 pontos que demonstra melhora no padrão de movimento, sendo
que as mudanças significativas foram do inicio do inicio para o final da aquisição; (Z=
3,23 p<0.00); final da aquisição para a retenção (Z=2,82 p< 0,0); (Z= 2,29 p< 0,00) e
retenção para a transferência (Z= 2,60 p<0,0), Figura 5.
Figura 5 - Mediana da pontuação no padrão de execução do saque por baixo do Grupo 1.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR BAIIXO PRÁTICA ALEATÓRIA
PADRÃO DE EXECUÇÃO
Median
25%-75%
Min-Max
Exec 1 Exec 17 Exec ret 1 Exec tr 110
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
32
34
36
No GRUPO 1, na execução do saque por cima, a pontuação obtida com
acertos no alvo no inicio e final da fase de aquisição apresentaram uma grande
variabilidade a mediana de pontuação passou de 51 para 66 pontos, na fase final de
aquisição com aumento da variabilidade, na retenção e transferência houve
diminuição da variabilidade e a pontuação atingiu 72 pontos, quando comparados à
fase inicial de aquisição houve melhora na performance alcançada, Figura 6.
Figura 6 – Mediana da pontuação obtida no saque por cima pelo Grupo1.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR CIMA PRÁTICA ALEATÓRIA
PONTOS
Median
25%-75%
Min-Max
Pontos_C 1
Pontos_C 17
Pontos_C ret1
Pontos_C tr 1
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
No padrão de execução do saque por cima pelo grupo 1, houve uma melhora
na performance entre a primeira e a ultima sessão da fase de aquisição a pontuação
inicial foi de 14 pontos e final de 23 na fase de retenção o padrão se manteve na
transferência o padrão se deteriorou. Observa-se também um aumento variabilidade
ao final da fase de aquisição, na retenção e na fase de transferência onde a
variabilidade foi maior com uma pontuação mediana pouco menor que a sessão de
retenção, Figura 07.
SAQUE POR CIMA PRÁTICA ALEATÓRIA
EXECUÇÃO
Median
25%-75%
Min-Max Exec_C 1Exec_C 17
Exec_C ret 1Exec_C tr 1
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
Figura 07 – Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por cima pelo Grupo 1
Fonte: HERVATINI (2012)
3.2 - Analise da performance e do padrão de saque do Grupo 2
Na execução do saque por baixo pelo GRUPO 2, houve melhora na
pontuação obtida entre o final da aquisição e a retenção (Z= 2,94 p< 0,03). Na fase
de retenção a mediana da performance atingiu 84 pontos, sendo que na fase de
transferência houve uma piora na performance próxima 64 pontos (Z= 2,94 p<
0,012) esse resultado confirma a hipótese de que o grupo de prática constante tem
pior desempenho na fase de transferência Figura 8.
Figura 8 – Mediana da pontuação obtida no saque por baixo pelo Grupo 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR BAIXO PRÁTICA BLOCOS
PONTUAÇÃO
Median
25%-75%
Min-Max
Pontos 1 Pontos 17 Pontos ret1 Pontos tr 130
40
50
60
70
80
90
100
No padrão de execução do saque por baixo houve melhora da performance
entre a fase inicial e final de aquisição (Z=3,23 p<0,01) no final da aquisição para a
retenção houve melhora no padrão de execução (Z=2,93 p<0,03). Não houve
diferença na fase de transferência quando comparada com a fase de retenção. Entre
o inicio e o final do experimento pode-se observar uma melhora significativa no
padrão de execução (Z= 3,05 p< 0,00), Figura 9.
Figura 9– Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por baixo pelo Grupo 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR BAIXO PRÁTICA POR BLOCOS
PADRÃO DE EXECUÇÃO
Median
25%-75%
Min-Max
Exec 1 Exec 17 Exec ret 1 Exec tr 110
12
14
16
18
20
22
24
26
28
A performance do GRUPO 2 na execução do saque por cima aferida pela
mediana dos acertos ao alvo no inicio e final da fase de aquisição não foi
significativa (60 para 62 pontos), na fase de retenção observou-se uma melhora da
performance quando comparada à performance inicial (Z= 2.27 p<0,02). Comparado
com a fase de retenção, na fase de transferência significativa queda na performance
ficando 48 pontos, (Z= 2,11 p< 003). Esse resultado contrariou a hipótese da EIC
que previa uma melhor performance do grupo na transição, Figura 10.
Figura 10 – Mediana da pontuação obtida no saque por cima pelo Grupo 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR CIMA PRÁTICA BLOCOS
PONTOS
Median
25%-75%
Min-Max
Pontos_C 1
Pontos_C 17
Pontos_C ret1
Pontos_C tr 1
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
O padrão de execução do Grupo 2 melhorou do início ao final de aquisição
(Z= 3,29 p<0,00) e na retenção (Z= 3,29 p<0,00) (19 e 24 pontos) essas mudanças
foram significativas. Na fase de transferência houve uma piora no padrão motor
retroagindo a níveis de padrão da fase inicial de aquisição, (Z= 3,23 p<0,01) pode-se
inferir que as crianças preferiram um padrão mais estável visto que a pontuação se
manteve alta como já visto anteriormente, Figura 11.
SAQUE POR CIMA PRATICA POR BLOCOSEXECUÇÃO
Median 25%-75% Min-Max Exec_C 1
Exec_C 17Exec_C ret 1
Exec_C tr 1
16
18
20
22
24
26
28
Figura 11 – Mediana da pontuação obtida na execução do saque por cima pelo
Grupo 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
3.3 - Comparação da pontuação e do padrão motor entre os Grupos
A comparação da pontuação obtida a fase inicial de aquisição entre o Grupo1
e Grupo 2 em direção ao alvo na execução do saque por baixo, pode-se afirmar que
houve uma grande variabilidade entre os integrantes dos grupos e que não houve
diferença na pontuação mediana, porém o Grupo 2 apresenta uma variabilidade
maior do que a apresentada pelo Grupo 1, Figura 12.
Figura 12 – Mediana da pontuação obtida na fase inicial do saque por baixo entre os
Grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR BAIXO
PONTUAÇÃO INCIAL
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
35
40
45
50
55
60
65
70
75
Ponto
s 1
Na fase final de aquisição o Grupo 1 apresentou maior variabilidade com uma
pontuação ligeiramente maior com aproximadamente 50% dos escolares com
melhora na performance obtendo 68 pontos contra 57 na fase inicial sendo que o
grupo 2 apresentou menor variabilidade e piora na performance obtendo 60 pontos
contra 59 obtidos na fase inicial não sendo esse resultado significativo, Figura 13.
Figura 13 – Mediana da pontuação obtida na fase final de aquisição do saque por
Baixo, entre os grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR BAIXO
PONTOS FINAL DA AQUISICAO
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
30
40
50
60
70
80
90
100
Po
nto
s 1
7
Na fase de retenção o Grupo 1 apresentou pequena melhora na performance
obtendo 70 pontos e uma grande variabilidade entre os integrantes, o grupo 2
melhorou sua performance e obteve 82 pontos mantendo a variabilidade constante
essa performance dos grupos foi confirmada estatisticamente pelo teste U de Mann-
Whitney Z= (-2.46) p<0,01 confirmando o pressuposto de que os grupos com baixa
interferência teriam um pior desempenho na retenção, Figura 14.
Figura 14 – Mediana da pontuação obtida no saque por baixo, na fase de retenção,
entre os grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR BAIXO
PONTOS RETENCAO
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
40
50
60
70
80
90
100
Ponto
s ret1
Na fase de transferência observou-se um aumento variabilidade e na
performance do Grupo 1, mediana de 74 pontos contra 65 pontos apresentados pelo
Grupo 2, esses dados poderiam confirmam o efeito esperado que o grupo de prática
aleatória fosse melhor na transferência do que o grupo de prática por blocos porem
esse resultado não foi confirmado estatisticamente, Figura 15.
Figura 15 – Mediana da pontuação obtida no saque por baixo na fase de
Transferência, entre os Grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR BAIXO
PONTOS TRANSFERENCIA
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Po
nto
s tr
1
No padrão de execução do saque por baixo, na fase inicial de aquisição, o
Grupo 1 apresentou um padrão mais avançado quando comparado ao Grupo 2 15
pontos já a variabilidade menor do que a do grupo 1, Figura 16.
Figura 16 – Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por baixo no inicio da
fase de aquisição entre os Grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR POR BAIXO
PADRAO DE EXECUCAO INICIO DA AQUISICAO
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
10
12
14
16
18
20
22
24
Ex
ec
1
Na fase final de execução o Grupo 1 apresentou melhor performance (Z= 3.75
p< 0,01) com pontuação mediana de 23 pontos e o Grupo 2 20 pontos esses
resultados contrariam a expectativa de melhor performance do Grupo prática
constante no final da aquisição Figura 17.
Figura 17 – Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por baixo na fase final de
aquisição entre os Grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR POR BAIXO
PADRAO DE EXECUCAO FINAL DA AQUISICAO
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
14
16
18
20
22
24
26
28
Exec 1
7
Na fase de retenção o Grupo 1 manteve sua performance e a variabilidade
manteve-se constante Grupo 2 apresentou melhora na performance e aumento na
variabilidade não sendo observada diferença significativa entre os dois grupos,
Figura 18.
Figura 18 - Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por baixo na fase de
retenção entre os Grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR POR BAIXO
PADRAO DE EXECUCAO RETENCAO
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
16
18
20
22
24
26
28
Exec ret 1
Na fase de transferência o Grupo 1 melhorou sua performance obtendo 28
pontos o Grupo 2 utilizou-se de um padrão menos avançado em relação à fase
anterior obtendo 22 esse comportamento era esperado e foi detectado pelo teste U
de Mann-Whitney (Z=7,75 p<0,00) Figura 19.
Figura 19 – Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por baixo na fase de
transferência entre os Grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR POR BAIXO
PADRAO DE EXECUCAO TRANSFERENCIA
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
16
18
20
22
24
26
28
30
32
34
36
Exec tr 1
Na comparação da pontuação, entre os grupos 1 e 2 quando da execução do
saque por cima tipo tênis, observou-se que na fase inicial da aquisição o Grupo 1
obteve uma pontuação mediana de 51 pontos, o Grupo 2 obteve uma pontuação
mediana de 66 pontos mostrando um melhor desempenho (Z=-4,26 p<0,0) Figura
20.
Figura 20 – Mediana da pontuação obtida na fase inicial de aquisição do saque por cima entre os
grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR CIMA
PONTUAÇÃO INCIAL
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
Po
nto
s_
C 1
Na fase final de aquisição o Grupo 1 mostrou uma performance de 66 pontos
semelhante ao Grupo 2 que manteve a pontuação de 66 pontos obtida na fase inicial
a variabilidade de ambos os grupos se manteve constante, Figura 21.
Figura 21 – Mediana da pontuação obtida no saque por cima na fase final de aquisição entre os
grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR CIMA
PONTUAÇÃO FINAL DA AQUSICAO
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
Ponto
s_C
17
Na fase de retenção o Grupo 1 obteve uma pontuação melhor que a fase
anterior o Grupo 2 obteve uma pontuação mediana de 79 pontos sua performance e
confirma a hipótese do EIC apresentada nesta intervenção tendo melhor
aproveitamento em relação ao Grupo 1 (Z= -2,44 p<0,01) Figura 22.
Figura 22 – Mediana da pontuação obtida no saque por cima na fase de retenção entre os Grupos 1
e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR CIMA
PONTUAÇÃO RETENCAO
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
55
60
65
70
75
80
85
90
95
Ponto
s_C
ret1
Na fase de transferência o grupo 1 obteve melhora na performance com
pontuação mediana de 71 pontos o Grupo 2 apresentou uma queda performance
sendo observada uma pontuação mediana de 58 pontos. Esses resultados
confirmam hipótese de que a prática com alta EIC apresentada nesta intervenção
proporciona um desempenho superior ao final na transferência Figura 23.
Figura 23 – Mediana da pontuação obtida no saque por cima na fase de transferência entre os
Grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR CIMA
PONTUAÇÃO TRANSFERENCIA
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
48
50
52
54
56
58
60
62
64
66
68
70
72
74
76
78
Ponto
s_C
tr 1
O padrão de execução do saque por cima tipo tênis, na fase inicial de
aquisição foram desiguais o Grupo 1 apresentou performance menor pontuação
mediana de 14 pontos e o Grupo 2 obteve uma performance melhor com uma
pontuação mediana de 19 pontos Figura 24.
Figura 24 – Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por cima na fase inicial
de aquisição entre os GRUPOS 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR POR CIMA
PADRAO DE EXECUCAO INICIO DA AQUISICAO
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
10
12
14
16
18
20
22
24
Exec_C
1
Na fase final de aquisição houve uma aproximação entre o padrão utilizado
pelos grupos. O Grupo 1 atingiu uma pontuação mediana de 23 pontos e Grupo 2
melhorou discretamente sua performance com pontuação mediana também de 23
pontos. Ambos os grupos apresentaram variabilidade no padrão utilizado Figura 25.
Figura 25 – Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por cima na fase final de
execução entre os Grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR POR CIMA
PADRAO DE EXECUCAO FINAL DA AQUISICAO
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
Exec_C
17
Na fase de retenção o Grupo1 manteve sua performance com pontuação
mediana de 23 pontos e aumento da variabilidade, o grupo 2 obteve discreta
melhora na sua performance com pontuação mediana de 24 pontos, com menor
variabilidade, o teste U de Mann-Whiteny não encontrou diferenças entre os grupos,
Figura 26.
Figura 26 – Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por cima na fase de
retenção entre os Grupos 1 e 2.
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR POR CIMA PADRAO DE EXECUCAO RETENCAO
Median 25%-75% Min-Max
1 2
Grupo
20
21
22
23
24
25
26
27
28
Exec_C
ret
1
Na fase de transferência o Grupo 1 apresenta um comportamento inesperado
seu padrão atinge a pontuação mediana de 21 pontos e há grande aumento na
variabilidade sendo que grande parte dos sujeitos adota um padrão menos avançado
porem eficiente, pois a pontuação aumenta. O Grupo 2 também diminuiu a
performance com pontuação mediana de 20 pontos o que pode significar a utilização
de padrões mais estáveis. Essa estratégia porem proporcionou ao Grupo 1 manter o
seu padrão de acertos o não ocorreu com o Grupo 2. De certa forma esse
comportamento confirma em parte o que se esperava, o tipo de prática produz
comportamentos distintos no que se refere à performance e ao padrão de
movimento, Figura 27.
Figura 27 – Mediana da pontuação obtida no padrão de execução do saque por cima na fase de
transferência entre os Grupos e 2
Fonte: HERVATINI (2012)
SAQUE POR POR CIMA
PADRAO DE EXECUCAO TRANSFERENCIA
Median
25%-75%
Min-Max
1 2
Grupo
12
14
16
18
20
22
24
26
Exec_C
tr 1
CONCLUSÃO
O objetivo deste estudo foi verificar o efeito do tipo de prática, aleatória ou por
blocos, na aprendizagem do saque por baixo e do saque por cima tipo tênis em
escolares entre 10,5 e 13 anos.
Ao final das sessões experimentais propostas, pode-se observar que ambos
os grupos tiveram melhoras pontuais tanto no padrão de movimento quanto na
pontuação obtida durante o experimento como um todo.
No aprendizado do saque por baixo o que se observa é que o grupo 1
(aleatória) aumentou sua pontuação em todas as fases do experimento e em
nenhum momento notou-se queda na performance. Esse resultado era esperado e
pode ser confirmado na análise da pontuação obtida na transferência quando os
grupos tiveram que fazer alguns ajustes para atingir o novo alvo. Deve-se, no
entanto tomar os resultados com atenção pela grande dispersão da pontuação
observada durante todas as fases do experimento. Os resultados da performance do
grupo 2 (blocos) seguiu o padrão esperado, melhora rápida na aquisição e retenção
e queda na fase de transferência confirmando a hipótese que a prática em blocos é
mais efetiva no inicio da aprendizagem.
Na análise do padrão de movimento o Grupo 1 comportou-se de maneira
esperada, padrões menos avançados na aquisição e retenção e mais avançados na
transferência. Para o Grupo 2 os resultados não confirmaram a hipótese de que a
performance cairia na fase de transferência, esses dados mais uma vez confirmaram
a hipótese de que a prática aleatória é mais efetiva ao final do aprendizado visto
que, os sujeitos não foram capazes de ajustar o padrão de movimento para uma
nova demanda ambiental, por conseguinte tiveram uma queda na pontuação.
Em suma para o aprendizado do saque por baixo pode-se dizer que a prática
por blocos foi menos efetiva, pois apesar de o grupo manter um padrão mais
avançado na aquisição e retenção, na transferência não conseguiu manter a
pontuação esperada. Para o grupo de prática aleatória o aprendizado foi mais
efetivo quando houve a necessidade de modificar os parâmetros da ação
transferindo o padrão para outra tarefa.
Na execução do saque por cima os resultados obtidos pelos dois grupos
foram mais próximos do que preconiza a literatura sobre os efeitos da interferência
contextual (EIC) o Grupo 1 (aleatório) consegue um aprendizado mais efetivo, pois
consegue na transferência pontuar mais do que o Grupo 2 (blocos) que obteve uma
queda significativa na sua pontuação, chegando próximo aos níveis iniciais de
pontuação.
Na analise do padrão de movimento ambos os grupos se comportaram de
maneira similar utilizaram um padrão menos avançado na transferência ainda que a
pontuação obtida seja maior para o grupo aleatório.
Apesar dos dados obtidos serem interessantes ainda não podemos
considerar a prevalência de um tipo de prática sobre o outro, pois manipulamos
apenas parâmetros da ação em dois tipos de tarefa saque por baixo e saque tipo
tênis isso é alteração da direção e da força aplicada na execução do saque e os
resultados se mostram inconclusivos em alguns momentos.
Nesse sentido pensamos que novos estudos em que se manipule o
programa de ação poderão ser conduzidos para tentar sanar as inconsistências
observadas.
Como limitação do estudo, podemos dizer que o número limitado de sujeitos,
a não manipulação de programas de ação podem ter afetado de alguma forma o
estudo.
Para o professor de educação física da escola uma das vantagens está na
possibilidade de elaborar planos de aula com atividades específicas de movimento,
utilizando as práticas abordadas neste experimento, concentrando toda a aula na
necessidade do aluno/turma/série, tornando o processo de ensino aprendizagem
mais eficaz.
REFERÊNCIAS
CORRÊA, U. C. Rev. Bras. Cienc. Esporte, v. 22, n. 2, p. 69-83, jan. 2001
MEIRA JR, C. M. O efeito da interferência contextual na aquisição da habilidade
“saque” no voleibol em crianças; temporário, duradouro ou inexistente? Escola
de educação física e esporte USP, dissertação, 1999.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares do estado do Paraná. Educação Física.
Curitiba: SEED, 2008.
UGRINOWITSCH, H. Interferência contextual: manipulação de programas e
parâmetros na aquisição da habilidade "saque" do voleibol. 1997. Dissertação
(Mestrado)-Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 1997.
www.cbv.com.br/cbv2008 acessado em 25/05/2011.
www.esportes.pbworks.com acessado em 22/05/2011.
www.carmenvolei.blogspot.com acessado em 22/05/2011.
ANEXOS
ANEXO 01 – Avaliação qualitativa do saque do voleibol.
Para executantes destros
Saque sem rotação.
FI-Posição inicial (peso1)
Para o saque por baixo: pé esquerdo à frente do direito, com ambos voltados para o
alvo, e inclinação do tronco para frente.
( )1- Ruim (pés não direcionados ao alvo, pé esquerdo na mesma linha ou atrás do
pé direito e tronco em posição ereta).
( )2- Regular (execução com apresentação de até dois dos seguintes pontos: pés
não direcionados ao alvo, pé esquerdo na mesma linha ou atrás do pé direito, e
tronco em posição ereta).
( )3- Bom (pé esquerdo à frente do direito com ambos direcionados ao alvo, e
inclinação do tronco para frente).
Para o saque por cima: pé esquerdo à frente do direito com ambos voltados para o
alvo.
( )1- Ruim (pés não direcionados ao alvo e pé esquerdo na mesma linha ou atrás do
pé direito).
( )2- Regular (pés não direcionados ao alvo ou pé esquerdo na mesma linha ou
atrás do pé direito).
( )3- Bom (pé esquerdo à frente do direito com ambos voltados para o alvo).
FII-Lançamento da bola (peso 3).
Para o saque por baixo: em direção ao braço de saque (aproximadamente 20 cm
acima da linha da cintura) ou apenas a retirada da mão que segura a bola.
Para o saque por cima: aproximadamente a 80 cm acima e a 30 à frente do ombro
Para todos os saques:
( )1- Ruim (lançamento que leva a uma execução completamente desequilibrada
e/ou uma descaracterização da ação do braço de saque).
( )2- Regular (lançamento que leva à execução do saque, porém com algum
desequilíbrio e/ou alteração da velocidade do braço de saque).
( )3- Bom (lançamento que leva a uma perfeita execução do movimento). (Cont.)
ANEXO 01 – Avaliação qualitativa do saque do voleibol continuação
FIII-Ataque a bola (peso 4)
Para o saque por baixo: movimento pendular pôstero-anterior do braço direito
estendido; transferência do peso corporal do membro inferior direito para o membro
inferior esquerdo; golpe na bola com a região proximal da palma da mão ou com o
punho.
( )1- Ruim (inexistência de transferência do peso corporal e golpe na bola com o
antebraço, com dedos ou com mão em forma de copinho).
( )2- Regular (inexistência de transferência do peso corporal ou golpe na bola com o
antebraço, com os dedos em forma de copinho).
( )3- Bom (transferência do peso corporal e golpe na bola com a região proximal da
palma da mão ou punho).
Para o saque por cima: braço direito elevado, cotovelo na altura da orelha,
movimento postero-anterior (similar ao lançamento de uma pedra ou de um saque
de tênis); transferência do peso corporal do membro inferior direito para o membro
inferior esquerdo; golpe na bola a frente do corpo com a região proximal da palma da
mão com braço estendido).
()1- Ruim (cotovelo na linha do ombro, inexistência de transferência do peso
corporal, e golpe na bola com antebraço ou com os dedos).
()2- Regular (execução com apresentação de até dois dos seguintes pontos:
cotovelo na linha do ombro, inexistência de transferência do peso corporal, e golpe
na bola com antebraço ou com os dedos).
( )3- Bom (cotovelo na altura da orelha, transferência de peso corporal, e golpe na
bola com a região proximal da palma da mão).
FIV-Finalização (peso 1)
Para todos os saques: finalização do braço de saque em direção ao alvo.
1- Ruim (ausência de finalização do braço em direção ao alvo).
2- Regular (finalização do braço de saque, porém não direciona o alvo).
3- Bom (finalização do braço de saque em direção ao alvo).
ANEXO 02 – Termo de consentimento livre e esclarecido.
Verificar o efeito de diferentes estruturas de prática na aquisição de uma habilidade discreta, saque do vôlei em situações reais de ensino aprendizagem.
A participação neste estudo implica em envolver os (as) alunos de 5ª e 6ª
séries do Colégio Estadual Érico Veríssimo de Faxinal/PR Em sessões práticas
sistematizadas em dois tipos de saque da modalidade esportiva, voleibol. Os saques
serão realizados com objetivo de atingir um alvo do lado oposto da quadra. Os
movimentos serão filmados no inicio e no final do processo de aprendizagem dos
saques para que se possa com o resultado de precisão, fazer uma análise qualitativa
do desenvolvimento do padrão de saque dos indivíduos dos grupos GA e GB.
A participação dos escolares como sujeito neste estudo não será
remunerada, podendo desistir de participar a qualquer momento. Ademais a
identidade dos escolares não será revelada a qualquer pessoa não relacionada
diretamente à pesquisa sob qualquer pretexto. O (a) escolar não será submetido (a)
a qualquer procedimento que cause dano físico e psicológico.
Eu,____________________________________________________,
autorizo meu filho (a) _______________________________________________, a
participar voluntariamente da pesquisa intitulada Efeitos da prática em blocos e da
prática variada na aquisição de uma habilidade discreta em escolares de 5ª e 6ª
séries do ensino fundamental. Conduzida pelo professor Carlos José Hervatini,
professor PDE do Colégio Estadual Érico Veríssimo de Faxinal. Com orientação do
professor Dr. Ernani Xavier Filho.
_____________________ ____/____/______
Assinatura do Responsável
_____________________ ____/____/______
Carlos José Hervatini
Ficha de Registro dos dados do teste de entrada Nome: _______________________________________________ Série: ________________________________________________ Data de nascimento:_____________________________________ Data do teste de entrada :_______________________________________
Teste de Entrada
Tentativa Pontuação saque por baixo
01. -------------------------------------------------------------------------------
02.--------------------------------------------------------------------------------
03.--------------------------------------------------------------------------------
04.--------------------------------------------------------------------------------
05.--------------------------------------------------------------------------------
06.--------------------------------------------------------------------------------
07.--------------------------------------------------------------------------------
08.-------------------------------------------------------------------------------- Total:---------------------------------------------------------------------------------- Grupo:-----------------
ANEXO 03 – Ficha de registro dos dados do teste de entrada.
ANEXO IV – Ficha de registro dos dados de precisão (GA).
Nome: ___________________________________________________
Série: ____________________________________________________
(GA)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
ANEXO V – Ficha de registro dos dados de precisão (GB).
Nome: ___________________________________________________
Série:____________________________________________________
(GB)
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24