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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO IMPLANTAÇÃO, ANÁLISE E MODELAGEM DE UM SISTEMA DE WORKFLOW HOSPITALAR Área de Sistemas de Informação por Vanessa Paes Leite Eros Comunello, Prof. Dr. rer. nat. Orientador Manassés Ribeiro, M.Sc. Co-orientador São José (SC), dezembro de 2007

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  • UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA CENTRO DE CINCIAS TECNOLGICAS DA TERRA E DO MAR

    CURSO DE CINCIA DA COMPUTAO

    IMPLANTAO, ANLISE E MODELAGEM DE UM SISTEMA DE WORKFLOW HOSPITALAR

    rea de Sistemas de Informao

    por

    Vanessa Paes Leite

    Eros Comunello, Prof. Dr. rer. nat. Orientador

    Manasss Ribeiro, M.Sc. Co-orientador

    So Jos (SC), dezembro de 2007

  • UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA CENTRO DE CINCIAS TECNOLGICAS DA TERRA E DO MAR

    CURSO DE CINCIA DA COMPUTAO

    IMPLANTAO, ANLISE E MODELAGEM DE UM SISTEMA DE WORKFLOW HOSPITALAR

    rea de Sistemas de Informao

    por

    Vanessa Paes Leite

    Relatrio apresentado Banca Examinadora do Trabalho de Concluso do Curso de Cincia da Computao para anlise e aprovao. Orientador: Eros Comunello, Prof. Dr. rer. nat.

    So Jos (SC), dezembro de 2007

  • DEDICATRIA

    Dedico este Trabalho de Concluso de Curso ao meu Pai, por ter me

    apoiado nos momentos mais difceis, sempre acreditando no meu potencial.

  • iii

    AGRADECIMENTOS

    Os meus agradecimentos aos pesquisadores do Grupo Cyclops, Yuri e Luiz que me

    auxiliaram no desenvolvimento do sistema de workflow e a Enfermeira Ana pelo apoio durante toda

    esta pesquisa, quando eu precisava de liberao do trabalho ou uma mudana no meu horrio de

    servio para a elaborao do TCC.

    Ao Professor Edson Bez que me auxiliou na utilizao do mtodo estatstico. O Professor

    Marcello Thiry e a pesquisadora do Grupo Cyclops Maiara que me ajudaram na elaborao de

    alguns dos diagramas presentes neste trabalho.

    Agradeo tambm o apoio dos meus amigos e familiares que tiveram a pacincia de me

    ajudar nos momentos de dificuldades que eu encontrei neste ltimo ano e a Professora Anita pela

    compreenso e conselhos dispensados durante toda a elaborao do TCC.

  • iv

    SUMRIO

    LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................vi LISTA DE FIGURAS............................................................................. vii LISTA DE TABELAS ........................................................................... viii LISTA DE EQUAES ...........................................................................x RESUMO...................................................................................................xi ABSTRACT ............................................................................................ xii 1 INTRODUO.....................................................................................1 1.1 PROBLEMATIZAO......................................................................................2 1.1.1 Formulao do Problema .................................................................................2 1.1.2 Soluo Proposta ...............................................................................................5 1.2 OBJETIVOS.........................................................................................................5 1.2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................5 1.2.2 Objetivos Especficos.........................................................................................5 1.3 METODOLOGIA................................................................................................6 1.4 ESCOPO DO TRABALHO ................................................................................7 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO........................................................................7 2 FUNDAMENTAO TERICA .......................................................9 2.1 O AMBIENTE HOSPITALAR ..........................................................................9 2.1.1 Filosofia e objetivos do hospital .......................................................................9 2.1.2 Caracterizao dos servios de enfermagem no ambiente hospitalar .......10 2.2 WORKFLOW ....................................................................................................12 2.2.1 A arquitetura workflow..................................................................................13 2.2.2 Padro WfMC .................................................................................................15 2.2.3 Vantagens do Workflow .................................................................................18 2.2.4 Trabalhos correlatos .......................................................................................18 2.3 GOAL QUESTION METRIC ..........................................................................22 2.4 MTODO ESTATSTICO ...............................................................................23 2.4.1 Anlise de Varincia .......................................................................................23 2.5 MODELAGEM DE PROCESSOS ..................................................................25 2.5.1 Diagramas utilizados no projeto ....................................................................26 3 DESENVOLVIMENTO .....................................................................28 3.1 MDULO SERVIDOR.....................................................................................28 3.1.1 Diagrama de processo de negcio ..................................................................29 3.1.2 Levantamento de requisitos funcionais.........................................................36 3.1.3 Regras de negcio ............................................................................................46 3.1.4 Diagrama de atividade ....................................................................................48 3.2 MDULO CLIENTE ........................................................................................55 3.2.1 Diagrama de Processo de Negcio .................................................................57

  • v

    3.2.2 Requisitos funcionais.......................................................................................63 3.2.3 Regras de Negcio ...........................................................................................66 3.2.4 Casos de Uso ....................................................................................................67 3.2.5 Prototipao de telas .......................................................................................69 3.2.6 Implantao e anlise do prottipo de workflow .........................................74 3.2.7 Resultados ........................................................................................................88 4 CONCLUSO .....................................................................................89 4.1 PRODUES CIENTFICAS .........................................................................90 4.2 TRABALHOS FUTUROS ................................................................................90 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...................................................92 GLOSSRIO ...........................................................................................96 Apndices..................................................................................................98 A Autorizao Gerncia de Enfermagem .............................................98 ANEXOS.................................................................................................100 I ISO 15504...........................................................................................100 I.1 ENG.11 INSTALAO DO SOFTWARE ...................................................100 I.2 SPL2 LIBERAO DO PRODUTO.............................................................101 I.3 SPL3 ACEITAO DO PRODUTO ............................................................103 II Implantao, Anlise e Modelagem de um Sistema de Workflow Hospitalar ...............................................................................................105 III Anlise de um Prottipo de Workflow Hospitalar e Modelagem de um Novo Sistema ...................................................................................115 IV Modelagem de um Sistema de Workflow Hospitalar.....................119

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    ANOVA Anlise de Varincia CCG Centro Cirrgico Geral DICOM Digital Imaging and Communication in Medicine EA Enterprise Architect GQM Goal Question Metric HP Hora Planto HRSJ Hospital Regional de So Jos Homero Miranda Gomes IHE Integrating the Helthcare Enterprise JTMS Justification Based Truth Maintenance Systems MMC Microsoft Management Console MNI Mdicos na Internet MPS-BR Melhoria de Processo de Software Brasileiro PACS Picture Archiving and Communications Systems PEP Pronturio Eletrnico do Paciente RIS Radiology Information System SCC Secretaria do Centro Cirrgico SRPA Sala de Recuperao Ps-Anestsica TCC Trabalho de Concluso de Curso UNIVALI Universidade do Vale do Itaja UFSC Universidade Federal de Santa Catarina UML Unified Modeling Language WFMC Workflow Management Coalition

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Exemplo de um mapa cirrgico. .......................................................................................... 3 Figura 2. Representao dos conceitos de workflow. ........................................................................ 13 Figura 3. Modelo arquitetnico de workflow recomendado pela WfMC. ......................................... 17 Figura 4. Workflow Manager - Agfa ................................................................................................. 20 Figura 5. Mdulo Ultimus Designer.................................................................................................. 21 Figura 6. Modelo do Servidor de Workflow. ..................................................................................... 29 Figura 7. Diagrama de Processo de Negcio do Mdulo Servidor (O ator nos outros processos o

    Servidor). ................................................................................................................................... 31 Figura 8. Requisitos funcionais Protocolo de Comunicao.......................................................... 37 Figura 9. Requisitos funcionais Apresentao de dados ................................................................ 40 Figura 10. Requisitos funcionais Servios de Workflow ................................................................ 42 Figura 11. Requisitos funcionais Mquina de Inferncia ............................................................... 43 Figura 12. Requisitos funcionais API Manuteno de Dados ..................................................... 44 Figura 13. Requisitos funcionais Configurao ............................................................................. 45 Figura 14. Regras de Negcio ........................................................................................................... 47 Figura 15. Diagrama de Atividades Comunicao entre o cliente e o servidor ............................. 49 Figura 16. Diagrama de Atividades Mensagem de Conexo ......................................................... 50 Figura 17. Diagrama de Atividades Mensagem de Desconexo .................................................... 51 Figura 18. Diagrama de Atividades Mensagem de Transmisso de Dados ................................... 53 Figura 19. Enfermeira elaborando a escala de funcionrios do setor de CCG.................................. 57 Figura 20. Diagrama de Processo de Negcio Escala de Servio (Os atores dos demais processos

    so executados pela Enfermeira) ............................................................................................... 58 Figura 21. Enfermeira elaborando a escala de funcionrios do setor de CCG.................................. 64 Figura 22. Regras de negcio do mdulo cliente .............................................................................. 66 Figura 23. Casos de uso do mdulo cliente ....................................................................................... 67 Figura 24. Cadastro de Funcionrios................................................................................................. 70 Figura 25. Consulta de Funcionrios................................................................................................. 70 Figura 26. Cadastro da escala de servios ......................................................................................... 71 Figura 27. Relatrio escala coletiva .................................................................................................. 71 Figura 28. Relatrio escala coletiva de hora planto, hora de sobreaviso e hora noturna................. 72 Figura 29. Relatrio escala individual ............................................................................................... 73 Figura 30. Diagrama de implantao................................................................................................. 74 Figura 31. Tela do Servidor de Workflow.......................................................................................... 75 Figura 32. Tela principal do Cliente de Workflow............................................................................. 75 Figura 33. Tela do Cliente de Workflow para Cadastro de Funcionrios .......................................... 76 Figura 34. Tela do Cliente de Workflow para Consulta de Funcionrios .......................................... 77 Figura 35. Tela do Cliente de Workflow para Cadastro da Escala de Servio .................................. 78 Figura 36. Tela de status quando o workflow est gerando a escala de servio ................................ 79 Figura 37. Grfico representando o esforo despendido para elaborao da escala ......................... 82 Figura 38. Escala gerada manualmente ............................................................................................. 86 Figura 39. Escala gerada pelo workflow ............................................................................................ 87 Figura 40. Autorizao da Gerncia de Enfermagem........................................................................ 98

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Anlise de Varincia.......................................................................................................... 24 Tabela 2. COD1 Estabelece comunicao...................................................................................... 32 Tabela 3. COD2 Cria a mensagem de dados .................................................................................. 32 Tabela 4. COD3 Identifica o tipo de mensagem ............................................................................ 32 Tabela 5. COD4 Recebe e interpreta os dados ............................................................................... 33 Tabela 6. COD5 Controla a seo .................................................................................................. 33 Tabela 7. COD6 Encerra Seo...................................................................................................... 33 Tabela 8. COD7 Cria seo ............................................................................................................ 34 Tabela 9. COD8 Decodifica o par objeto-servio .......................................................................... 34 Tabela 10. COD9 Identifica o servio ............................................................................................ 34 Tabela 11. COD10 Gerencia as metas a serem executadas ............................................................ 35 Tabela 12. COD11 Armazena no banco de dados.......................................................................... 35 Tabela 13. COD12 Realiza a configurao das atividades............................................................. 36 Tabela 14. Diagrama de Atividades Realiza a comunicao com o cliente e o servidor ............... 52 Tabela 15. Diagrama de Atividades Executa servios de Workflow .............................................. 54 Tabela 16. Diagrama de Atividades Armazena as informaes no Banco de Dados..................... 54 Tabela 17. Diagrama de Atividades Controla a execuo de cada processo ou meta .................... 54 Tabela 18. Diagrama de Atividades Configurao de Atividades.................................................. 55 Tabela 19. COD1 Escreve lista de funcionrios (nome funo e matrcula) ................................. 59 Tabela 20. COD2 Escreve o perodo que o funcionrio trabalha e a quantidade de HP................ 59 Tabela 21. COD3 Informa a quantidade de salas em funcionamento no CCG .............................. 59 Tabela 22. COD4 Trabalha 1 dia e folga 2 dias ............................................................................. 60 Tabela 23. COD5 Trabalha de segunda sexta, 6 horas. Final de semana trabalha 12 hs............. 60 Tabela 24. COD6 Escala funcionrio de acordo com o perodo de trabalho ................................. 60 Tabela 25. COD7 Verifica se o funcionrio possui algum tipo de licena .................................... 61 Tabela 26. COD8 Escala no mximo 4 e no mnimo 3 funcionrios por noite.............................. 61 Tabela 27. COD9 A quantidade de funcionrios escalados deve ser 2 por sala em funcionamento

    ................................................................................................................................................... 61 Tabela 28. COD10 Escreve na escala o tipo da licena encima dos dias que ele no pode trabalhar

    ................................................................................................................................................... 62 Tabela 29. COD11 Imprime escala de servio noturno.................................................................. 62 Tabela 30. COD12 Funcionrio no trabalha nestes dias............................................................... 62 Tabela 31. COD13 Escala no mx. 4 e no mn. 3 funcionrios para trabalhar 12 hs no final de

    semana ....................................................................................................................................... 63 Tabela 32. COD14 Aps alocar os horrios obrigatrios, alocar HP............................................. 63 Tabela 33. COD15 Imprime escala de servio diurno.................................................................... 63 Tabela 34. USC-Enf-001 - Cadastrar funcionrios ........................................................................... 68 Tabela 35. USC-Enf-002 - Cadastrar escala de servios................................................................... 68 Tabela 36. USC-Enf-003 - Gerar escala coletiva .............................................................................. 68 Tabela 37. USC-Enf-004 - Gerar Relatrios ..................................................................................... 69 Tabela 38. Aspectos para medio do prottipo................................................................................ 80 Tabela 39. Resultados da Medio do teste do prottipo de workflow ............................................. 81 Tabela 40. Amostras selecionadas das duas escalas para a anlise estatstica .................................. 83 Tabela 41. Anlise dos funcionrios que trabalham no perodo da manh ....................................... 84 Tabela 42. ANOVA dos funcionrios que trabalham no perodo da manh..................................... 84 Tabela 43. Anlise dos funcionrios que trabalham no perodo da tarde.......................................... 84

  • ix

    Tabela 44. ANOVA dos funcionrios que trabalham no perodo da tarde........................................ 84 Tabela 45. Anlise do total de funcionrios por dia .......................................................................... 84 Tabela 46. ANOVA do total de funcionrios por dia........................................................................ 85

  • LISTA DE EQUAES

    Equao 1 .......................................................................................................................................... 23 Equao 2 .......................................................................................................................................... 23 Equao 3 .......................................................................................................................................... 24 Equao 4 .......................................................................................................................................... 24 Equao 5 .......................................................................................................................................... 24 Equao 6 .......................................................................................................................................... 24

  • RESUMO

    LEITE, Vanessa Paes. Implantao, anlise e modelagem de um sistema de workflow hospitalar. So Jos, 2007. 133 f. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Cincia da Computao)Centro de Cincias Tecnolgicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itaja, So Jos, 2007.

    Instituies de sade, como hospitais, apresentam dificuldades em conseguir manter o controle de seus fluxos de informao internos. Manter todos estes dados disponveis, atualizados e confiveis representa um grande desafio. Para tanto, faz-se necessrio o emprego de tecnologias, ferramentas e equipamentos que possam resolver o problema da demanda de trabalho, considervel volume de papis e as possveis perdas de informaes, possibilitando uma distribuio dinmica e confortvel de tarefas entre os profissionais da equipe do hospital responsveis por sua execuo. Alm disso, os recursos limitados devem ser utilizados da forma mais racional e eficiente possvel. Desta forma, ferramentas adequadas para garantir o gerenciamento eficiente deste processo so imprescindveis. Por se tratar de processos dinmicos e em constantes mudanas, faz-se necessrio o uso de uma abordagem baseada na tecnologia de workflows, que possa assumir diferentes modelos de processos e executar o gerenciamento do ambiente de acordo com eles. Um fluxo de trabalho ou workflow uma ferramenta que tem por finalidade automatizar processos, racionalizando-os e conseqentemente aumentando sua produtividade por meio de dois componentes: organizao e tecnologia. Um sistema de workflow desenvolvido obedecendo arquitetura cliente-servidor. A parte do servidor quem controla a execuo do processo de workflow, seu principal componente. ele quem controla todo o ambiente, resolve conflitos, controla tempos, gerencia excees. Essa tecnologia aplicada na rea hospitalar permite maximizar a utilizao dos recursos, aumentando a qualidade dos servios de sade. Analisando este contexto em parceria com o Grupo Cyclops, foi realizada a modelagem do servidor e cliente de workflow, baseado no padro UML 2.0. Alm disso, foi implantado e testado um prottipo de workflow hospitalar no Centro Cirrgico Geral (CCG) do Hospital Regional Homero Miranda Gomes (HRSJ), o procedimento escolhido para servir de cliente, foi a escala de servios dos funcionrios. Para a anlise dos testes foram utilizadas duas metodologias, sendo elas: Goal Question Metric (GQM) e a Anlise de Varincia (ANOVA). Os resultados obtidos com essas duas metodologias foram satisfatrios, pois foi observada uma melhora de 40% no tempo para a elaborao da escala de servio pela Enfermeira utilizando o prottipo. Alm de ser verificado atravs do mtodo estatstico, que a escala produzida pelo workflow igual a escala feita manualmente.

    Palavras-chave: Workflow. Implantao e Anlise. Modelagem.

  • ABSTRACT

    Health institutions such as hospitals have difficult on keeping their internal information flow organized. Keeping that data available, updated and trust worth is a challenge. For that is necessary new technologies, tools and equipments that can solve the work that needs to be done, the amount of paper and the possible data loss, and that makes possible a dynamic and comfortable distribution of tasks among the hospital employees in charge of the job execution. Besides, the limited resources must be used in a rational and efficient way. With that, adequate tools are essential to guarantee the efficient management of this process. Since those processes are dynamic and require constant changes, its necessary to use an approach based on workflow technology, which can assume different models and can execute the area management. Workflow is the tool that gives the ability to automate processes, rationalizing them and consequently increasing its productivity using two components: organization and technology. A workflow system is developing according to the client-server structure. The server controls the workflow process, which is the main component; it controls the environment, solves conflicts, controls time and manages exceptions. This technology once applied to the medical services allows maximizing the resources usage, increasing the health services quality. In this context, the partnership with the Cyclops groups, the server and workflow modeling was made using the UML 2.0 standard. Besides, a prototype was implementing and tested on the Surgical Center (CCG) of Hospital Regional de So Jos Homero Miranda Gomes (HRSJ). The proceed chose to analyze was to the hospital employees work scale. The results were analyzed using two methodologies: Goal Question Metric (GQM) and Analysis of Variance (ANOVA). The results were satisfactory: improvement of 40% was obtained when using the prototype to make the work scales. The results analyzed shows that in statistics methods, the scale produced by workflow from the prototype is the same as the manually made one.

    Key-word: .Workflow. Deployment and Analysis. Modeling.

  • 1 INTRODUO

    Instituies de sade, como hospitais, apresentam dificuldades em conseguir manter o

    controle de seus fluxos de informao internos (ANDRADE, WANGENHEIM & BORTOLUZZI,

    2004). Essas dificuldades so causadas pela complexidade dos processos mdicos e hospitalares,

    que envolvem risco humano e necessitam que a tomada de decises seja exercida de forma rpida e

    precisa (FERREIRA, 2006).

    No ambiente hospitalar, a enfermagem possui funes tcnicas e administrativas que so

    responsveis em manter a integridade das informaes e promover meios adequados para o

    gerenciamento dos processos como, por exemplo, escala de servios, cuidado ao paciente, controle

    do fluxo de materiais e demais servios de sua pertinncia. Segundo Ferreira (2006), manter todos

    estes dados disponveis, atualizados e confiveis representa um grande desafio. Para tanto, faz-se

    necessrio o emprego de tecnologias, ferramentas e equipamentos que possam resolver o problema

    da demanda de trabalho, considervel volume de papis e as possveis perdas de informaes,

    possibilitando uma distribuio dinmica e confortvel de tarefas entre os profissionais da equipe

    do hospital responsveis por sua execuo. Alm disso, os recursos limitados devem ser utilizados

    da forma mais racional e eficiente possvel.

    Os profissionais que trabalham em um hospital tm como prioridade a realizao de suas

    funes tcnicas. Desta forma, faz-se necessrio a utilizao de ferramentas adequadas para garantir

    o gerenciamento eficiente deste processo. O processo hospitalar dinmico e est em constante

    evoluo, sendo adequada uma abordagem baseada na tecnologia de workflows, que possa assumir

    diferentes modelos de processos e executar o gerenciamento do ambiente de acordo com eles

    (ANDRADE, FERREIRA & WANGENHEIM, 2006).

    Um fluxo de trabalho ou workflow uma ferramenta que tem por finalidade automatizar

    processos, racionalizando-os e conseqentemente aumentando sua produtividade por meio de dois

    componentes implcitos: organizao e tecnologia (CRUZ, 2004).

    Um sistema de workflow desenvolvido obedecendo arquitetura cliente-servidor. A parte

    do servidor quem controla a execuo do processo de workflow, seu principal componente. ele

    quem controla todo o ambiente, resolve conflitos, controla tempos, gerencia excees (CRUZ,

    2000).

  • 2

    Essa tecnologia aplicada na rea hospitalar permite maximizar a utilizao dos recursos,

    aumentando a qualidade dos servios de sade, satisfazendo alguns requisitos tais como

    (ANDRADE, FERREIRA & WANGENHEIM, 2006):

    Alocar de forma precisa e eficiente os recursos disponveis sem causar atrasos aos

    processos envolvidos;

    Controlar qualquer evento que possa de alguma forma, interferir e modificar a alocao

    prvia requerendo assim uma realocao dos procedimentos envolvidos; e

    Disponibilizar toda a informao pertinente de forma prtica, rpida e eficiente.

    Analisando este contexto em parceria com o Grupo Cyclops, foi implantado e testado um

    prottipo de workflow hospitalar no Centro Cirrgico Geral (CCG) do Hospital Regional Homero

    Miranda Gomes (HRSJ). Para a anlise dos testes foram utilizadas duas metodologias, sendo elas:

    Goal Question Metric (GQM) e a Anlise de Varincia (ANOVA).

    A GQM uma metodologia baseada na idia de que a medida deve ser orientada a objetivos

    (BASILI & ROMBACH, 1994). Isto significa que alguns objetivos que serviro de guia para a

    elaborao de questes devem ser identificados e especificados de modo preciso. As questes, por

    sua vez, orientaro a definio de mtricas em um determinado contexto para o objeto estudado.

    (SOUSA, OLIVEIRA & ANQUETIL, 2005). Utilizando essa metodologia possvel realizar

    medies em relao ao esforo despendido no uso do prottipo de workflow comparando com o

    servio realizado manualmente.

    O mtodo estatstico ANOVA tem por objetivo comparar grupos diferentes de mdias e

    verificar se esses valores so iguais. Com essa metodologia foi possvel determinar se os resultados

    obtidos com o workflow so semelhantes aos que so gerados atualmente. Para uma melhor

    compreenso de todo esse contexto, a Seo 1.1 descreve os problemas encontrados no ambiente

    hospitalar e prope uma soluo para o mesmo.

    1.1 PROBLEMATIZAO

    1.1.1 Formulao do Problema

    Foram realizadas observaes na unidade de CCG, referente a processos de enfermagem que

    pudessem ser melhorados com a automatizao dos processos, desta forma, verificou-se a

  • 3

    dificuldade em conseguir manter um controle dos fluxos de informao internos. Atravs dessas

    observaes realizadas no HRSJ foi possvel determinar as seguintes dificuldades.

    Diariamente so agendadas cerca de 20 cirurgias eletivas, sendo elas exibidas em um mural

    localizado no CCG conforme ilustra a Figura 1. Quando o paciente chega ao hospital para fazer a

    cirurgia, ele passa primeiramente pelo registro, faz a internao, o funcionrio do registro o

    acompanha at a sala de espera do CCG, o qual fica aguardando ser chamado para a cirurgia. A

    enfermagem verifica no mapa cirrgico o nome do paciente e a cirurgia que ele ir se submeter e

    depois o acompanha para a sala cirrgica.

    Figura 1. Exemplo de um mapa cirrgico.

    No decorrer do dia, as cirurgias que foram suspensas so remarcadas na secretaria do centro

    cirrgico (SCC), pelo paciente ou se o paciente estiver internado pelo mdico cirurgio ou

    residente. As demais cirurgias so consideradas efetuadas pela SCC. Com base neste contexto,

    foram levantados os seguintes problemas durante este processo:

    O controle manual, o excesso de trabalho e o cansao mental podem gerar falhas no

    controle dos procedimentos. Tais equvocos podem levar a marcao de uma cirurgia

  • 4

    que j tenha sido efetuada, ocupando desta forma, a vaga de um outro paciente que

    poderia estar realizando a cirurgia neste perodo. Isto ocasiona atraso nas salas cirrgicas

    e desperdcio de tempo de servio dos funcionrios;

    No mapa cirrgico tem um campo que preenchido com a unidade que o paciente est

    internado, quando a cirurgia eletiva, muitos pacientes vem de casa para a realizao

    do procedimento cirrgico. Dependendo da cirurgia ou da dificuldade em se ter leito

    disponvel, o paciente internado um ou dois dias antes da data prevista. No entanto,

    no atualizado no mapa cirrgico, assim no campo unidade de internao, que deveria

    estar preenchido com a unidade, quarto e leito que o paciente est internado, consta que

    ele externo. Ocasionando mais um atraso na realizao da cirurgia ou uma suspenso

    da mesma at que o paciente seja encontrado; e

    Sabe-se que existem casos de pacientes que esquecem seus exames para a realizao da

    cirurgia. Cirurgias ortopdicas necessitam de radiografias da fratura, o esquecimento

    deste exame, ocasiona o atraso e s vezes a suspenso da cirurgia, pois o mdico precisa

    do mesmo para determinar como ser feito o procedimento cirrgico, os aparelhos que

    sero utilizados e o tipo da fratura.

    Manter todos estes dados disponveis e atualizados requer uma sistematizao do

    gerenciamento desta informao que se estende desde a criao do Pronturio Eletrnico do

    Paciente (PEP), at uma gerncia do fluxo de trabalho (workflow).

    O Pronturio Eletrnico do Paciente segundo Murphy, Hanken e Waters (1999), pode ser

    definido como: um registro eletrnico de sade de qualquer informao relacionada com o

    passado, presente ou futuro da sade fsica e mental, ou condio de um indivduo, que reside num

    sistema eletrnico usado para capturar, transmitir, receber, armazenar, disponibilizar, ligar e

    manipular dados multimdia com o propsito primrio de um servio de sade.

    No caso do esquecimento de exames, com o PEP estes exames j estariam armazenados,

    evitando assim o cancelamento e atraso da cirurgia. Com o sistema de workflow integrado ao PEP,

    quando uma cirurgia fosse agendada, assim que o paciente realizasse a internao, a unidade, quarto

    e leito j estariam atualizados no mapa cirrgico.

    Outra situao seria a reprogramao do mapa cirrgico, caso uma cirurgia de urgncia

    fosse solicitada. Assim, uma cirurgia eletiva dever ser suspensa e remarcada, ou ento alocada para

  • 5

    outro horrio no mesmo dia. Neste caso, o workflow fica responsvel em reconfigurar o mapa

    cirrgico.

    1.1.2 Soluo Proposta

    Uma proposta para soluo deste problema foi modelar um sistema de workflow hospitalar

    baseado na pesquisa realizada por Ribeiro (2007) e por padres de workflows determinados pela

    WfMC, alm disso, implantar e testar o prottipo de workflow desenvolvido pelo Grupo Cyclops, e

    com os resultados obtidos com a avaliao deste prottipo, foi proposto melhorias para o sistema

    workflow hospitalar.

    Como os processos hospitalares evolvem atividades e procedimentos que requerem grande

    detalhamento, a modelagem teve uma descrio to precisa quanto possvel. Alm disso, o sistema

    de workflow ser posteriormente incorporado ao PEP, tambm em desenvolvimento no Cyclops.

    O Cyclops um grupo de pesquisa vinculada UFSC (Universidade Federal de Santa

    Catarina), que atualmente composto de pesquisadores e docentes nas reas de PACS (Picture

    Archiving and Communications Systems) e RIS (Radiology Information System), telemedicina e de

    anlise inteligente de imagens mdicas aplicada radiologia (CYCLOPS, 2007).

    1.2 OBJETIVOS

    1.2.1 Objetivo Geral

    O Objetivo geral deste trabalho de concluso de curso a modelagem de um sistema de

    workflow hospitalar, alm da implantao e anlise de um prottipo desenvolvido durante a

    pesquisa de Ribeiro (2007).

    1.2.2 Objetivos Especficos

    Modelar o mdulo servidor com base no padro determinado pelo Workflow

    Management Coalition (WFMC, 2007) e na pesquisa realizada por Ribeiro (2007);

    Modelar um procedimento do servio de enfermagem cirrgica para utilizao no

    prottipo, servindo como cliente para o sistema de workflow;

    Realizar a implantao do prottipo do sistema de workflow no setor de CCG; e

  • 6

    Avaliar e analisar os resultados obtidos com a implantao e execuo do procedimento

    modelado utilizando um mtodo estatstico.

    1.3 Metodologia

    A metodologia utilizada no desenvolvimento deste trabalho foi baseada nas seguintes etapas:

    (i) Estudo; (ii) Modelagem; (iii) Implantao e Anlise; (iv) Documentao e Apresentao.

    Na etapa (i) foi realizada uma reviso bibliogrfica baseada na leitura de textos disponveis

    em livros, artigos tcnico-cientficos e sites especializados na Internet sobre workflow. Tambm

    foram feitas entrevistas com a chefia de enfermagem do CCG, onde se pretendia obter um modelo

    de processo do servio de enfermagem cirrgica. Os critrios de escolha para esse processo se

    basearam nos benefcios que ele poderia gerar ao setor, sem que o mesmo necessitasse da utilizao

    do PEP, onde somente a utilizao da ferramenta de workflow fosse suficiente. Tambm foram

    realizadas entrevistas com os pesquisadores do Cyclops, responsveis pelo desenvolvimento do

    prottipo de workflow hospitalar. Efetuou-se ento uma pesquisa das tecnologias similares

    disponveis no mercado para realizar um comparativo com as caractersticas do sistema proposto.

    Na etapa (ii) foi realizada a modelagem dos mdulos: servidor e cliente. O servidor foi

    baseado na pesquisa realizada por Ribeiro (2007) sendo feito o levantamento de requisitos

    funcionais e regras de negcio, o diagrama de processo de negcio e diagrama de atividade. A

    modelagem do diagrama de processo de negcio baseou-se no modelo descrito por Thiry et al.

    (2006). Para modelagem do mdulo cliente foi escolhido a escala de servios dos funcionrios do

    CCG e foram levantados os requisitos funcionais, regras de negcio, casos de uso e prototipao de

    telas. Toda a modelagem foi desenvolvida utilizando o padro Unified Modeling Language (UML)

    e a ferramenta Enterprise Architech (EA).

    A etapa (iii) foi feito o diagrama de implantao e um roteiro baseado em trs processos da

    norma ISO 15504 (ISO/IEC 15504, 2005), para servir como um padro na implantao do prottipo

    de workflow. A anlise dos resultados obtidos com o prottipo foi feita utilizando o mtodo

    estatstico Anlise de Varincia (ANOVA) (DOWNING & CLARK, 2002) e a metodologia Goal

    Question Metric (GQM) (SOUSA, OLIVEIRA & ANQUETIL, 2005).

  • 7

    A etapa (iv) foi realizada durante o decorrer deste trabalho. Sendo submetidos artigos para

    cinco congressos, os quais trs deles foram aprovados nas categorias apresentao orais e pster.

    Tendo um dos congressos aprovados Qualis A pela CAPES, alm dos resultados e concluses.

    1.4 Escopo do Trabalho

    Para o desenvolvimento deste trabalho de concluso de curso, efetuou-se a modelagem dos

    mdulos: servidor e cliente. O prottipo de workflow foi implantado no CCG do HRSJ e feito um

    teste e anlise dos resultados obtidos com a implantao e execuo do processo de enfermagem.

    Com base nesses resultados foi proposto melhorias no mdulo servidor.

    A implementao do processo de enfermagem para o teste do prottipo de workflow foi feita

    por um pesquisador do Grupo Cyclops e no faz parte do escopo deste trabalho.

    Para realizar a anlise dos dados obtidos com o uso do prottipo foi utilizado o mtodo

    estatstico ANOVA e a metodologia GQM, alm disso, as modelagens foram desenvolvidas

    utilizando a ferramenta EA.

    1.5 Estrutura do trabalho

    O presente trabalho est estruturado em 4 captulos para facilitar a organizao e

    entendimento do contedo conforme descrito seguir.

    O Captulo 1 Introduo, apresenta a definio do problema da falta de um sistema de

    modelagem e gerenciamento do processo hospitalar, aps a definio do problema feito uma

    proposta para sua soluo, essa soluo dividida em objetivos tanto o geral quanto os especficos,

    a metodologia e o escopo do trabalho.

    O Captulo 2 Fundamentao Terica, apresenta a tecnologia de workflow um sistema de

    workflow um processo orientado, onde o processo representa um conjunto de tarefas, que

    precisam ocorrer em uma seqncia determinada, para atingir um resultado (BROWNE, SCHREFL

    & WARREN, 2004), a contextualizao do ambiente hospitalar, o mtodo estatstico e a

    metodologia que foram utilizados na validao do prottipo de workflow e os conceitos dos

    diagramas desenvolvidos para a anlise do sistema. Em todos estes captulos, referncias so

    indicadas para uma possvel necessidade de aprofundamento em qualquer que seja o assunto de

    interesse do escopo apresentado.

  • 8

    No Captulo 3 Desenvolvimento, so apresentados os diagramas de anlise do sistema

    tanto do mdulo servidor quanto do cliente, o prottipo de workflow e os testes realizados para a sua

    validao, bem como os resultados obtidos.

    No Captulo 4 Concluso, so abordados os resultados do trabalho realizado; avaliado a

    metodologia empregada; descrito os problemas encontrados; as solues utilizadas; bem como as

    tcnicas e ferramentas aplicadas, alm disso, as produes cientficas e os trabalhos futuros. E no

    final do projeto apresentado o glossrio, as referncias bibliogrficas, apndices e anexos.

  • 2 FUNDAMENTAO TERICA

    Neste captulo sero apresentadas a caracterizao do ambiente hospitalar e as melhorias que

    um sistema de informao pode gerar nesta rea, definio sobre workflow e trabalhos correlatos

    referentes a workflow hospitalar e softwares que implementam esta tecnologia. Tambm apresenta-

    se a definio do mtodo estatstico que foi utilizado durante a anlise do prottipo de workflow, a

    metodologia que tambm ser utilizada para a anlise do sistema e fundamentao da modelagem

    UML.

    2.1 O ambiente hospitalar

    O hospital considerado parte integrante de uma organizao mdica e social, cuja funo

    bsica consiste em fornecer populao assistncia mdica integral, curativa e preventiva, sob

    quaisquer meios de atendimento, inclusive domiciliar. Caracteriza-se tambm em centro de

    educao, capacitao de recursos humanos e de pesquisa em sade, bem como de encaminhamento

    de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de sade a ele vinculados

    tecnicamente. Dessa forma, uma instituio hospitalar torna-se um sistema organizacional

    complexo, no qual uma multiplicidade de funes desenvolvida a partir da cincia e tecnologia

    orientadas a seres humanos, com componentes sociais, culturais e educacionais que interferem na

    estrutura, no processo e nos resultados dessa organizao que presta servios assistenciais (BITTAR

    & NOGUEIRA, 1997).

    2.1.1 Filosofia e objetivos do hospital

    O hospital possui como filosofia assistir o paciente com qualidade, eficincia e competncia

    tcnica de acordo com suas necessidades especficas, a fim de promover, recuperar e manter a

    sade, proporcionando, assim, um completo bem-estar fsico, emocional e espiritual. Seus objetivos

    so (BENITO, 2001):

    Executar a poltica de sade no setor mdico-hospitalar, traado pela Coordenao de

    Sade Pblica e Hospitalar do Ministrio da Sade;

    Organizar e operar a unidade hospitalar, com o intuito de prestar assistncia populao

    local e adjacente, assistncia essa que ser gratuita para quantos apresentarem

    insuficincia de recursos;

  • 10

    Colaborar com o poder pblico na defesa da sade e assistncia mdico-hospitalar, e em

    especial na soluo dos problemas mdico-hospitalares da comunidade local e do estado;

    e

    Colaborar com entidades que exeram atividades de sade pblica ou de ensino no pas,

    visando treinamento, especializao e aperfeioamento do pessoal tcnico; realizar

    pesquisas, inquritos, sindicncias e estudos necessrios ao desenvolvimento de suas

    atividades.

    2.1.2 Caracterizao dos servios de enfermagem no ambiente hospitalar

    A enfermagem hospitalar como profisso possui a maior responsabilidade pelos resultados

    da assistncia sade. Especificamente, a execuo de atividades de superviso a assistncia em

    enfermagem hospitalar e o processo de tomada de deciso tornam-se complexos pela multiplicidade

    de situaes e pela exigncia de solues rpidas. O texto aqui apresentado baseia-se extensamente

    na publicao de Benito (2001).

    As atividades do enfermeiro muitas vezes envolvem tratamento de informaes no

    planejamento, execuo, avaliao e controle de aes de maneira simultnea. Assim, as funes do

    enfermeiro apresentam uma grande multiplicidade e diversidade de situaes a serem resolvidas, o

    que, em conjunto com a responsabilidade de assistir a outro ser humano, pode transformar-se em

    um fator importante na gerao de erros, s vezes inconscientes.

    Desta forma segundo Marin (1995), a tecnologia encaixa-se dentro de uma tica de

    aprimoramento da qualidade dos cuidados de sade, uma vez que pode facilitar e apoiar o

    planejamento, a tomada de deciso, a comunicao, o controle gerencial e as mudanas na estrutura

    organizacional. Cabe ressaltar que se torna indispensvel observar que os sistemas de informao

    podem, tambm, apoiar os enfermeiros a estruturar, operacionalizar, supervisionar, controlar e

    avaliar o desempenho do departamento/servio/unidade de enfermagem.

    Assim, um sistema de workflow ou o PEP, por exemplo, pode ser utilizados em reas

    administrativas, assistenciais e de pesquisa. O uso do workflow na rea da administrao

    proporcionaria a construo de instrumentos informacionais, os quais auxiliariam o enfermeiro no

    gerenciamento de uma unidade, assegurando um planejamento adequado dos recursos humanos,

    materiais e financeiros. Na assistncia, o pronturio eletrnico facilitaria a coleta, armazenamento e

    o processamento de informaes que auxiliariam no tratamento do paciente.

  • 11

    De acordo com Galvo (2007), a informatizao de alguns servios de enfermagem,

    facilitaria a liberao do enfermeiro das atividades burocrticas, permitindo uma maior

    disponibilidade para o planejamento da assistncia, observando o paciente como um todo.

    Estes recursos computacionais na enfermagem implicariam em ajudar/apoiar o enfermeiro a

    organizar e administrar no s suas atividades de superviso de assistncias, mas tambm as

    informaes que daro subsdios importantes para o gerenciamento da continuidade dos cuidados, o

    controle da qualidade e a responsabilidade legal. A informatizao tambm oferece vantagens de

    eficincia, velocidade, conteno de custo, versatilidade, alm de estimular mudanas (BENITO,

    2001).

    A capacidade de documentar, organizar, armazenar e processar uma grande quantidade de

    dados permite aliviar o enfermeiro das tarefas de transcrever ordens, elaborarem requisies e

    relatrios, atualizar o pronturio, preparar fichas mdicas e controlar todas essas tarefas manuais, a

    fim de corrigir possveis erros de transcrio ou processamento.

    Os benefcios do sistema de informao, conforme Benito (2001) so:

    Levantamento das tarefas desenvolvidas mais aproximado da atividade real e de seus

    processos cognitivos;

    Melhor compreenso dos processos no trabalho;

    Melhor integrao e interao por parte da equipe multidisciplinar na estrutura

    organizacional hospitalar;

    Melhor planejamento, coordenao, liderana, controle e avaliao das atividades de

    superviso de enfermagem;

    Maior preciso e confiabilidade nas observaes de avaliao e controle de enfermagem;

    Diminuio do tempo empregado em escrita;

    Reduo dos riscos na assistncia em enfermagem;

    Incluso de dados complementares em suas prprias intervenes e reviso do adotada; e

    Anlise estatstica, que pode ser utilizada como ferramenta de ensino por fornecer um

    guia de observaes. Tambm orientam sobre conhecimentos e habilidades em

    enfermagem.

  • 12

    2.2 Workflow

    Workflow um processo de automao de negcios. uma ferramenta projetada para

    permitir o suporte a coordenao de atividades de negcios para atingir um objetivo. Colaborao

    inerente ao workflow. Workflow envolve a interao entre pessoas e processos com auxlio

    computacional para suportar o fluxo de trabalho de uma organizao. Especificamente um sistema

    de workflow realiza a rotina de trabalho dentro de uma seqncia correta, fornece acesso a dados e

    documentos requisitados e encaminha para execuo de um processo (MURRAY, 2007).

    Resumidamente, pode-se entender workflow como um meio de visualizao, anlise e

    melhoria de processos buscando a sua automao por ferramentas especficas (FERREIRA, 2006).

    De acordo com Kraemer (2004), workflow uma interao entre processos, sistemas

    especializados, usurios e automatizao de tarefas. Um processo formado por um conjunto de

    atividades. Usurios, como fornecedores de dados, so contatados atravs de sistemas

    especializados e tem o papel de interferir no andamento das atividades. A Figura 2 apresenta os

    principais componentes e relacionamentos existentes entre os conceitos de workflow.

    A Figura 2 demonstra um processo como uma seqncia de atividades que devem ser

    executadas para a realizao de um determinado objetivo. As atividades representam tarefas, que

    so atribudas para determinados papis. Tarefas podem ser desempenhadas de forma automtica ou

    manual. Atividades manuais so realizadas por pessoas desempenhando determinados papis.

    Atividades automticas so desempenhadas por programas previamente definidos. O resultado

    parcial a resoluo de atividades e o resultado final a resoluo de processos (KRAEMER,

    2004).

  • 13

    Figura 2. Representao dos conceitos de workflow.

    Fonte: Kraemer (2004).

    2.2.1 A arquitetura workflow

    A arquitetura de um sistema de workflow distribuda em trs camadas (CRUZ, 2004):

    Comunicao com o usurio. Essa a camada da aplicao visvel ao usurio, so as

    telas com as quais ele interage para executar sua parte no sistema. Essa camada sempre

    executada no computador chamado de cliente e faz o papel de elo entre o usurio e o

    ncleo da aplicao, com as seguintes funcionalidades: entradas e sadas de dados,

    apresentao das opes de uso, interpretao local dos dados e processamento local dos

    dados;

    Lgica da aplicao. responsvel pelo processamento pesado da aplicao. Essa

    camada chamada de lgica da aplicao porque responsvel pela parte do sistema

  • 14

    que contm o cerne da aplicao, alm de outras tarefas como: edio de dados,

    manuteno do padro de processamento para todo o grupo de usurios da aplicao e

    manuteno do padro de execuo das atividades que compem o processo; e

    Servidores de arquivos e banco de dados. Essa a camada mais baixa da estrutura, nela

    ficam os computadores com os dados que sero acessados pelos usurios rodando

    aplicaes na primeira camada e que utilizaro programas na segunda camada para fazer

    a ligao entre a primeira e ltima camada. Esta camada possui as seguintes funes:

    gerenciar a gravao e a recuperao dos dados, gerenciar a segurana dos dados e

    executar as rotinas de salvamento e recuperao dos dados.

    Segundo Cruz (2000), um sistema de workflow deve ser desenvolvido dentro das

    especificaes cliente-servidor, isso se deve ao fato de um software de workflow tratar grandes

    volumes de dados e ter que utilizar um meio de transporte para esses dados compatvel com o

    trabalho que realiza, ou seja, a automatizao do fluxo de trabalho de uma empresa. Sem a

    implementao destas duas caractersticas pode ocorrer a sobrecarga da rede de transmisso de

    dados.

    A tecnologia cliente-servidor uma tecnologia de programao que possibilita dividir uma

    aplicao em mdulos capazes de operar em diferentes computadores, conectados atravs de redes

    de computadores (CRUZ, 2004).

    2.2.1.1 O mdulo cliente

    O workflow cliente um programa que requisita servios de um mdulo ou programa

    separado conhecido como servidor, ou seja, esse mdulo responsvel pela interao com o

    workflow servidor, solicitao de procedimentos e disponibilizao dos dados. atravs deste

    mdulo que os usurios interagem com o ambiente de gerenciamento (FERREIRA, 2006).

    A parte cliente est divida em trs mdulos principais (CRUZ, 2004):

    Mdulo com ferramentas para desenho do workflow. Permite a criao dos modelos que

    sero usados no fluxo de trabalho. Esse mdulo pode ser grfico ou no e ter uma

    atuao semi-automatizado na criao e atualizao desses modelos;

  • 15

    Mdulo com ferramentas para ativao do workflow. Esse mdulo tem a

    responsabilidade de ativar os modelos utilizados no fluxo de trabalho, fazendo com que

    suas funcionalidades sejam executadas ao longo do fluxo de trabalho; e

    Mdulo com ferramentas para roteamento e verificao do workflow. Esse o mdulo

    responsvel por duas atividades fundamentais para a automatizao de qualquer fluxo de

    trabalho. O gerenciamento das rotas e a verificao do andamento dos trabalhos

    permitem um gerenciamento pr ativo de todas as ocorrncias, casos ou instncias,

    tratadas dentro do workflow.

    2.2.1.2 O mdulo servidor

    A parte do servidor responsvel pela interpretao dos modelos de workflow, gerados pelo

    workflow designer que responsvel pela modelagem dos processos de workflow e sua traduo

    para um conjunto de dados compreensveis pelo mdulo servidor, pela instanciao dos processos,

    alocao de profissionais e recursos e gerenciamento dos dados (FERREIRA, 2006). Os principais

    mdulos que compem a parte do servidor so (CRUZ, 2004):

    Mdulo de gerenciamento dos servios de workflow. Todas as funcionalidades de um

    sistema de workflow so gerenciadas por esse mdulo. Ativao e desativao de

    modelos, roteamento, verificao, manuteno de grupo e usurios, de regras, de rotas

    so atividades executadas pelo mdulo de gerenciamento dos servios de workflow;

    Mdulo de gerenciamento dos servios de banco de dados. Esse mdulo responsvel

    pela utilizao concorrente do ambiente transacional. Os usurios do workflow podem

    ler, gravar ou atualizar os modelos num ambiente multiusurio sob a garantia de

    integridade dada por esse mdulo; e

    Mdulo de transporte de mensagens e comunicaes. Todas as comunicaes e o

    transporte de mensagens so gerenciados por esse mdulo.

    2.2.2 Padro WfMC

    O WfMC (Workflow Management Coalition) um conjunto de empresas buscando o

    desenvolvimento de interfaces para integrao em diferentes aspectos desta tecnologia. Esta

    organizao tem como misso, promover e desenvolver o uso de workflow atravs do

  • 16

    estabelecimento de padres de software. A WfMC define um abrangente modelo de referncia,

    procurando padronizar terminologias, interoperabilidade e conectividade. Segundo o WfMC (2007):

    Workflow a automao de um processo no todo ou em parte garantindo o correto

    roteamento de documentos, informaes e tarefas entre os participantes deste processo;

    Processo um conjunto coordenado de atividades que so interligadas com o objetivo

    de alcanar uma meta comum; e

    Atividade uma descrio de uma parte de trabalho que contribui para o cumprimento

    de um processo.

    O conceito de workflow est envolvido com a noo de processo. Tal noo de processo est

    relacionada com a busca da eficincia das atividades concentrado-as em rotinas (WfMC, 2007). As

    atividades do processo so separadas em tarefas bem definidas, papis, regras e procedimentos com

    objetivo de:

    Capturar o processo de negcio;

    Possibilitar a melhoria desse processo; e

    Adaptar o processo s novas realidades em busca de eficincia e produtividade,

    quebrando o processo em partes menores, sendo estas denominadas atividades.

    Gerenciar um workflow coordenar a execuo das atividades respeitando:

    A ordem planejada de execuo;

    As dependncias; e

    As pr-condies.

    Workflow um conceito relacionado intimamente com a organizao inteligente de um

    processo. Um workflow deve descrever as tarefas de um processo de forma a permitir entender,

    melhorar e re-projetar esse processo (WfMC, 2007). A Figura 3 representa o modelo proposto pela

    WFMC.

  • 17

    Figura 3. Modelo arquitetnico de workflow recomendado pela WfMC.

    Fonte: Adaptado de WfMC (2007).

    No componente Definio de Processo so produzidas todas as informaes necessrias para

    execuo do workflow, tais como condies de incio e trmino, atividades, regras de navegao

    entre as atividades e outros dados relevantes para o workflow.

    As Aplicaes Clientes de workflow so softwares que permitem interao entre usurios e

    os Servios de Workflow. Para cada tarefa necessrio conseguir um usurio responsvel ou um

    grupo de usurios.

    A Chamada de Aplicao o componente que dispara softwares, instrudo pelos Servios de

    Workflow para iniciar uma execuo de atividade, conforme solicitao do processo.

    Os Servios de Workflow so conjuntos de rotinas responsveis pela interpretao da

    descrio de um processo e gerncia de suas instncias, incluindo controle de seqncia das

    atividades, manuteno da listas de trabalho e ativao de outras aplicaes. Para realizar estas

    funes utiliza um ou mais servidores de Workflow. Segundo Kraemer (2004), um servidor de

    Workflow um sistema capaz de executar uma instncia, caso, ocorrncia ou incidente. Sistemas de

    Workflow possuem capacidade de interao entre seus servios - interoperabilidade. Apesar de

  • 18

    existirem diferenas, possuem caractersticas comuns. O que significa que diferentes sistemas

    podem estar integrados para executar atividades de um mesmo processo.

    Todo controle, configurao e otimizao do workflow podem acontecer atravs de

    softwares especializados. A execuo destes itens papel do componente Ferramentas de

    Administrao e Monitoramento.

    2.2.3 Vantagens do Workflow

    A utilizao da tecnologia de workflow e a utilizao destes no gerenciamento de processos

    oferecem algumas vantagens (BARROS, 1997):

    Aumento da eficincia: A automatizao dos processos resulta na eliminao de passos

    desnecessrios aumentando assim a eficincia da organizao;

    Melhor controle do processo: o gerenciamento eficiente do processo conseguido

    atravs da padronizao dos mtodos de trabalho e da disponibilizao dos dados

    estratgicos;

    Melhora no servio ao cliente: A automatizao dos passos gera uma maior

    consistncia no processo conduzindo a uma melhor previso das necessidades dos

    clientes, aumentando a satisfao destes;

    Flexibilidade: o controle automatizado provido pela aplicao do software sobre os

    processos garante uma viso mais abrangente destes permitindo o re-design de acordo

    com as necessidades do negcio; e

    Melhoria nos processos: o foco em processos do negcio conduz sua dinamizao e

    simplificao.

    2.2.4 Trabalhos correlatos

    Nesta seo so apresentadas duas tcnicas utilizadas para o gerenciamento de processos,

    focados em sistemas de workflow, que possam ser utilizados em ambientes hospitalares. E algumas

    ferramentas disponibilizadas no mercado que implementam o conceito de workflow, tambm

    voltado rea hospitalar.

  • 19

    Em um modelo proposto por Casati et al (1996), pode-se projetar o fluxo de execuo de

    vrias tarefas por vrios atores diferentes. Para isso o modelo utiliza: grficos, smbolos e textos

    para descrever as tarefas envolvidas e especificar os mecanismos de disparo e trmino das aes

    previstas. No entanto, no modelo proposto por Georgakopoulos et al (1995), o modelo de workflow

    est dividido em dois grupos: comunicao e atividades.

    O modelo baseado em comunicao o trabalho considerado um conjunto de interaes

    humanas bem definidas, representando compromissos realizados entre as pessoas envolvidas. E o

    modelo baseado em atividades o trabalho considerado como sendo composto por uma seqncia

    de atividades. Cada atividade recebe entradas e produzem sadas (GEORGAKOPOULOS et al,

    1995). Alm disso, Georgakopoulos, et al (1993), aplicou conceitos de transaes permitindo o

    agendamento cronolgico com dependncia temporal. Desta forma, ele props um modelo para

    levantamento, execuo e gerncia de workflows.

    As ferramentas apresentadas a seguir foram desenvolvidas para ambientes hospitalares que

    implementam gerenciamento do fluxo de trabalho (workflow). Verifica-se, no entanto, que estas

    aplicaes baseiam-se em um modelo tradicional esttico. Nesta filosofia, analistas vo at o

    ambiente hospitalar, desenvolvem uma anlise criteriosa e projetam uma seqncia para o workflow

    com base nas necessidades especficas de cada hospital. A partir deste modelo parametriza-se a

    aplicao determinando um fluxo esttico para o trabalho hospitalar. Em sua maioria, estas

    aplicaes so partes integrantes de sistemas maiores, geralmente associados a setores hospitalares

    especficos. Estas aplicaes so consideradas workflows pelo fato que orientam para um fluxo de

    trabalho indicando uma seqncia de passos que so necessrios seguir e que no podem ser

    ignorados. Tais aplicaes tambm possibilitam o controle de questes relacionadas

    agendamentos tanto de pacientes quanto de recursos e materiais, dentre outras funcionalidades

    necessrias em ambientes hospitalares (FERREIRA, 2006).

    Para que fosse possvel obter uma idia completa da situao atual com relao s

    ferramentas de workflow disponveis no mercado, foi necessrio fazer um levantamento dos

    principais desenvolvedores de solues para a rea mdica.

    O ALERT uma aplicao inovadora desenvolvida pela MNI (Mdicos na Internet),

    empresa portuguesa sediada no Porto, que permite o registro, a interligao, a reutilizao e a

    anlise de toda a informao relacionada com um episdio clnico. Entre vrias possibilidades, esta

    soluo global de informatizao clnica contempla todos os profissionais: mdicos, enfermeiros,

  • 20

    auxiliares, tcnicos de imagem e laboratrio, assistentes sociais, gestores e administrativos e

    pacientes. Utiliza monitores sensveis ao toque (touch-screen monitors), na identificao dos

    profissionais de sade por impresso digital e dos pacientes por pulseiras (ALERT, 2007).

    O ALERT est munido de noes de workflow, contm um DataWarehouse, inclui um

    Processo Clnico Eletrnico e est dotado da capacidade de integrao com outras aplicaes

    atravs de interfaces (ALERT, 2007).

    A empresa Agfa (AGFA, 2007) oferece um sistema Enterprise IS que possui diversas

    funcionalidades de gerenciamentos e controles. Atravs desta ferramenta possvel controlar toda

    uma unidade hospitalar desde a recepo, atendimentos, agendamentos, entre outros. Como parte

    integrante do Enterprise IS est o Workflow Manager (Figura 4) ferramenta para o controle de

    workflows.

    Figura 4. Workflow Manager - Agfa

    Fonte: Agfa (2007)

    O Enterprise IS est integrado a diversas outras ferramentas e tambm com um sistema

    PACS. Todas as ferramentas so compatveis e esto desenvolvidas no padro DICOM (Digital

    Imaging and Communication in Medicine).

    Outra empresa desenvolvedora de softwares integrados a empresa GE Medical Systems

    (GE, 2007). Esta empresa mantm a mesma linhagem de produtos da empresa Agfa. Para fazer a

    integrao tal empresa dispe de software com os conceitos de IHE (Integrating the Helthcare

    Enterprise), que apesar de no ser um workflow propriamente dito, tem funes bem similares

    (FERREIRA, 2007). Tambm se consultou a empresa Siemens Medical Solution (SIEMENS, 2007)

    que possui um sistema integrado IHE, este sistema funciona como um workflow clnico integrado a

    demais aplicaes da empresa e a um sistema PACS. Os sistemas Siemens tambm trabalham de

    acordo com o padro internacional DICOM.

  • 21

    O Ultimus Workflow Suite uma soluo que permite desenhar os workflows para intranets,

    extranets e internet, sem necessidade de programar ou de usar scripts ou macros. O sistema de

    workflow da Ultimus divido em cinco mdulos (ULTIMUS, 2007):

    Ultimus Designer. Os workflows so desenhados atravs de interface grfica do Ultimus

    Designer (Figura 5) que inclui ferramentas para criar os mapas dos processos com

    tarefas, fluxos e condies, criar formulrios eletrnicos e folhas de clculo para

    encaminhamento da informao e interface com bases de dados, atribuir as tarefas a

    determinadas pessoas ou funes ou a peas de software;

    Figura 5. Mdulo Ultimus Designer

    Fonte: Ultimus (2007).

    Ultimus Org Chart. o instrumento atravs do qual o workflow toma conhecimento das

    relaes organizacionais dos vrios agentes. Permite desenhar graficamente o

    organograma da empresa contendo filiais, divises, departamentos, setores, funes. A

    cada funo pode associar-se um nome assim como pode associar-se vrios nomes a

  • 22

    uma mesma funo e um mesmo nome para vrias funes. So definidas as relaes de

    subordinao, chefia e assessoria;

    Ultimus Administrator. Este mdulo oferece poderosas capacidades centralizadas e

    convenientes funcionalidades remotas para a administrao do workflow com base na

    MMC (Microsoft Management Console);

    Ultimus Workflow Server. um motor de processos que usa a arquitetura Microsoft

    COM+/DNA e bases de dados empresariais como SQL e Oracle para assegurar a

    integridade e segurana das transaes e a integrao com outras aplicaes; e

    Ultimus Clients. Para cada utilizador o workflow fornece uma lista prioritizada de tarefas

    e a possibilidade de executar sobre elas todas as tarefas a que estiver autorizado.

    Igualmente pode iniciar novas tarefas e ligar documentos ou diretrios aos processos.

    2.3 Goal Question Metric

    O GQM (Goal Question Metric) baseado na idia de que a medida deve ser orientada a

    objetivos (BASILI & ROMBACH, 1994). Isto significa que alguns objetivos (Goals) que serviro

    de guia para a elaborao de questes (Questions) devem ser identificados e especificados de modo

    preciso. As questes, por sua vez, orientaro a definio de mtricas (Metrics) em um determinado

    contexto para o objeto estudado. A especificao incorreta ou imprecisa dos objetivos pode

    comprometer o sucesso da aplicao do GQM (SOUSA, OLIVEIRA & ANQUETIL, 2005).

    Na seo 3.3, abordada a utilizao do GQM segundo o escopo do trabalho. Baseado em

    Basili e Rombach (1994), o GQM foi dividido em trs nveis: conceitual, operacional e quantitativo.

    No nvel conceitual definido o propsito, o objetivo da medio, sob qual ponto de vista e

    em que contexto (rea de qualidade) o objeto ser medido. No nvel operacional so elaboradas

    questes que buscam caracterizar um caminho para alcanar determinado objetivo (RAMOS apud

    BASILI, 2004). Finalmente, no nvel quantitativo so definidas as mtricas, ou seja, um conjunto de

    dados associados a todas as questes com o objetivo de respond-las de modo quantitativo. Essas

    mtricas podem ser objetivas, quando dependem somente do objeto que est sendo medido, ou

    subjetivas quando dependem do objeto que est sendo medido e do ponto de vista para o qual est

    sendo medido.

  • 23

    O GQM, segundo Souza (2005), composto pelas fases de planejamento, definio, coleta

    de dados e interpretao. No planejamento um projeto para a aplicao da medio selecionado,

    caracterizado e planejado. Na definio os objetivos, questes e mtricas so definidas e

    documentadas. Em seguida, os dados so obtidos na fase de coleta de dados e, por ltimo, na

    interpretao, eles so processados de acordo com as mtricas definidas, fornecendo as respostas

    para as questes e permitindo, ento, que os objetivos sejam avaliados (RAMOS apud

    BERGHOUT, 2004).

    2.4 Mtodo estatstico

    O mtodo estatstico ANOVA apresentado na seo 2.4.1 serve para fazer a verificao se o

    procedimento de enfermagem que atualmente feito de forma manual, semelhante ao gerado pelo

    prottipo de workflow, desta forma, nesta seo, apresentado um exemplo de sua utilizao e as

    frmulas necessrias para a realizao do clculo deste mtodo.

    2.4.1 Anlise de Varincia

    A anlise de varincia um teste estatstico que visa fundamentalmente verificar se existe

    uma diferena significativa entre as mdias e se os fatores exercem influncia em alguma varivel

    dependente (TRIOLA, 1999), ou seja, mtodo de teste da hiptese de que vrios grupos diferentes

    tm todos a mesma mdia. Na anlise de varincia calcula-se uma estatstica F. Se a hiptese nula

    verdadeira e as mdias de todos os grupos so realmente iguais, ento a estatstica F ter uma

    distribuio F. Se a estatstica F calculada superior ao valor crtico obtido pela tabela de

    distribuio F, ento se rejeita a hiptese nula (de que as mdias dos grupos sejam as mesmas)

    (DOWNING & CLARK, 2002).

    Para facilitar o entendimento deste mtodo estatstico apresentado o seguinte exemplo,

    suponha que seja aplicado um teste de aptido para trs grupos diferentes de 10 pessoas cada. Os

    resultados mdios dos trs grupos no so muito diferentes. Deve-se ento calcular a varincia

    amostral para cada grupo, conforme mostra a Equao 1, 2 e 3 (DOWNING & CLARK, 2002).

    S2a = (a1 - a)2 + (a2 - a)

    2 + ...+ (an - a)2 Equao 1

    S2e = (e1 - e)2 + (e2 - e)

    2 + ...+ (en - e)2 Equao 2

  • 24

    S2o = (o1 - o)

    2 + (o2 - o)2 + ...+ (on - o)

    2 Equao 3

    Em seguida, de acordo com Downing e Clark (2002) deve-se calcular a mdia de todas as

    varincias amostrais (Equao 4):

    S2 = S2a + S2e + S

    2o + ...

    m Equao 4

    Depois calcular o valor da estatstica F (Equao 5):

    F = nS*2

    S2 Equao 5

    E por fim, verificar na tabela de distribuio de F para achar o valor crtico de uma

    distribuio Equao 6, para os graus de liberdade. Onde m equivale a quantidade de grupos e n

    equivale a cada membro que faz parte do grupo (DOWNING & CLARK, 2002).

    m 1 e m(n - 1) Equao 6

    Se o valor observado da estatstica F for maior do que o valor crtico rejeita-se a hiptese

    nula, caso contrrio, se aceita.

    A Tabela 2 conhecida como tabela de ANOVA ela d as somas de quadrados, seus graus

    de liberdade e a estatstica F.

    Tabela 1. Anlise de Varincia

    Fonte de Variao

    SQ GDL MQ Teste F

    Entre grupos SQG m 1 MQG MQG / MQR Dentro dos grupos

    SQR m(n - 1) MQR Total SQT mn - 1

    Fonte: Adaptado de Vieira (2006).

    SQT a soma dos quadrados totais, decomposta da seguinte forma (VIEIRA, 2006):

  • 25

    SQG: soma dos quadrados dos grupos (tratamentos), associada exclusivamente a um

    efeito dos grupos;

    SQR: soma dos quadrados dos resduos, devidos exclusivamente ao erro aleatrio,

    medida dentro dos grupos;

    MQG: mdia quadrada dos grupos;

    MQR: mdia quadrada dos resduos (entre os grupos);

    SQG e MQG: medem a variao total entre as mdias; e

    SQR e MQR: medem a variao das observaes de cada grupo.

    Existem dois mtodos para calcular-se a varincia dentro de grupos (MQG) e a varincia das

    mdias (MQR), conforme mostra a Tabela 2. Se a varincia calculada usando a mdia (MQR) for

    maior do que a calculada (MQG) usando os dados pertencentes a cada grupo individual, isso pode

    indicar que existe diferena significativa entre os grupos (TRIOLA, 1999). Desta forma, dois

    aspectos devem ser observados ao se aplicar testes de anlise da varincia. Primeiro, que esse

    modelo de anlise supe que a varincia seja a mesma para cada grupo. Se as varincias amostrais

    dos diferentes grupos so diferentes, a anlise de varincia no confivel (DOWNING & CLARK,

    2002).

    Segundo, se a hiptese nula for rejeitada, porque as mdias dos grupos no so todas as

    mesmas. Todavia no d para determinar se todas as mdias so diferentes, ou se apenas uma mdia

    em particular difere das outras, ou se h ainda um outro padro para seus valores (DOWNING &

    CLARK, 2002).

    2.5 Modelagem de processos

    A modelagem permite aos desenvolvedores de sistemas que especifiquem, visualizem e

    documentem os modelos de uma maneira que admita a escalabilidade, a segurana e execuo

    robusta. A modelagem eleva o nvel de abstrao por todo o processo de anlise e projeto, mais

    fcil identificar padres de comportamento e, portanto, definir oportunidades para recriao e reuso.

    Conseqentemente a modelagem facilita a criao de projetos modulares, resultando em

    componentes e bibliotecas de componentes que agilizam o desenvolvimento e ajudam a garantir a

    coerncia atravs de sistemas e implementaes (PENDER, 2004).

  • 26

    2.5.1 Diagramas utilizados no projeto

    Os diagramas foram escolhidos somente os diagramas relevantes ao projeto. Sendo eles:

    Diagrama de caso de uso: mostra um nmero de atores externos e a conexo deles com

    os casos de uso. Um caso de uso uma descrio de uma funcionalidade que o sistema

    fornece, ou seja, os casos de uso definem os requisitos funcionais do sistema

    (ERIKSSON et al, 2004). Segundo Pender (2004) o diagrama de caso de uso um

    diagrama usado para modelar o modo como s pessoas esperam usar um sistema. O

    diagrama descreve quem sero os usurios relevantes, os servios que eles exigem do

    sistema e os servios que eles precisam oferecer ao sistema. Neste caso, este diagrama

    utilizado na modelagem do cliente de workflow, detalhando os procedimentos

    necessrios para o desenvolvimento da escala de servio dos funcionrios, fazendo

    referncia a prototipao de telas e aos requisitos funcionais e regras de negcio,

    presentes na seo 3.2;

    Diagrama de processo de negcio: criado um modelo que represente o processo. Essa

    representao suporta o entendimento e a visualizao do processo, facilita sua

    disseminao e comunicao, auxilia na gerncia de projetos, e importante na

    avaliao, evoluo e melhoria contnua do processo. O modelo adotado a modelagem

    colaborativa, que visa modelagem dos processos de forma incremental a partir de

    reunies (THIRY et al, 2006). Este diagrama utilizado para a representao do

    funcionamento tanto do mdulo servidor quanto do cliente de workflow, este tipo de

    diagrama permite um entendimento global de todo o processo do sistema, mostrando os

    atores envolvidos e os artefatos gerados;

    Diagrama de implantao ou deployment: mostra a arquitetura fsica do hardware e

    software no sistema. Podem ser mostrados tambm, os computadores, dispositivos, com

    as conexes que eles tm um com o outro, os tipos de conexes, componentes

    executveis, objetos alocados e dependncia entre os componentes (ERIKSSON et al,

    2004). O diagrama de implantao utilizado para representar os componentes e

    hardware utilizados para a execuo do sistema de workflow; e

    Diagrama de atividade: um diagrama de atividade um tipo especial de diagrama de

    estados, em que so representados os estados de uma atividade, em vez dos estados de

    um objeto, sendo orientados a fluxos de controle. Sendo assim, o diagrama de atividade

  • 27

    pode ser visto como uma extenso dos fluxogramas. Alm de possuir toda a semntica

    existente em um fluxograma, esse diagrama possui notao para representar aes

    concorrentes (paralelas), juntamente com a sua sincronizao (BEZERRA, 2007). Na

    modelagem do servidor de workflow, foi necessrio o desenvolvimento do diagrama de

    atividade, para substituir os casos de uso, pois os servios levantados durante a anlise

    deste mdulo referiam-se a um fluxo de atividades e a regras de negcios.

  • 3 DESENVOLVIMENTO

    Neste captulo apresentada a modelagem do sistema de workflow hospitalar, bem como o

    prottipo, os testes, a anlise dos resultados. A modelagem deste sistema segue o padro da UML

    2.0 e utilizando o EA, para mais tarde ser integrado com o PEP, automatizando o sistema.

    Baseado na pesquisa realizada por Ribeiro (2007) optou-se por iniciar o projeto com a

    anlise do mdulo servidor presente na Seo 3.1, sendo ento realizado o levantamento dos

    requisitos funcionais, regras de negcio, diagrama de atividades e processo de negcio. Na Seo

    3.2 apresentada a modelagem do cliente de workflow, sendo que o processo escolhido foi a escala

    de servio, e a sua modelagem composta por diagramas de caso de uso, levantamento de

    requisitos funcionais, regras de negcio e prototipao de telas.

    Na Seo 3.3 so apresentados: o prottipo de workflow e a anlise dos dados. Para a anlise

    foram utilizados dois tipos de validaes, um com o mtodo estatstico ANOVA e o outro

    utilizando a metodologia GQM. Atravs da ANOVA, foi possvel determinar que os resultados

    obtidos com o teste do prottipo de workflow so semelhantes aos que so gerados manualmente.

    Desta forma, os dados foram considerados iguais, provando que o sistema conseguiu atingir o

    objetivo esperado. Com o GQM foi mensurado o tempo de esforo necessrio para a elaborao das

    duas escalas e realizado uma anlise a partir desses dados, tendo ambas as validaes apresentado

    resultados adequados ao contexto deste projeto.

    3.1 Mdulo servidor

    O mdulo servidor, segundo Ribeiro (2007), tem a funo de prover servios aos clientes.

    Desta forma, para facilitar o processo de anlise, o servidor de workflow foi dividido nas seguintes

    camadas: protocolo de comunicao, apresentao de dados, servios de workflow, mquina de

    inferncia, camada de manuteno de dados e configurao (Figura 6).

  • 29

    Figura 6. Modelo do Servidor de Workflow.

    Fonte: Ribeiro (2007).

    As camadas de Protocolo de Comunicao, Apresentao de Dados e Mensagens de

    Servios so responsveis pelo meio de comunicao com o mdulo cliente, receber os dados, fazer

    verificaes de consistncia e prepar-los para serem enviados s camadas de processamento. A

    camada de mquina de inferncia gerencia os procedimentos internos do servidor delegando os

    trabalhos aos mdulos especficos a cada necessidade. J a camada de configurao responsvel

    pelos procedimentos de configurao dos planos de workflow, controle de dependncia temporal

    nas configuraes e manuteno de contexto (RIBEIRO, 2007).

    3.1.1 Diagrama de processo de negcio

    O diagrama de processo de negcio apresenta toda a interao entre as camadas do servidor.

    Este diagrama permite visualizar o fluxo de cada processo e as funcionalidades presentes, alm de

    entender a estrutura e a dinmica deste mdulo. Proporcionando um entendimento geral de todo o

    processo do servidor de workflow conforme mostra a Figura 7.

    A Figura 7 representa o mdulo cliente realizando a comunicao com o mdulo servidor

    (Tabela 2). Desta maneira, criada uma mensagem de dados (Tabela 3), o servidor identifica este

    tipo de mensagem (Tabela 5): transmisso de dados, conexo e desconexo. Se for uma mensagem

    de conexo (Tabela 6), o servidor cria uma seo e retorna essa seo ao mdulo cliente (Tabela 8).

  • 30

    Quando a mensagem de desconexo (Tabela 4), o servidor realiza a desconexo e retorna uma

    mensagem ao mdulo cliente avisando o encerramento da seo (Tabela 7). Agora, se a mensagem

    for de transmisso de dados (Tabela 4), o servidor decodifica esses dados (Tabela 9), identifica o

    tipo de servio (Tabela 10), a mquina de inferncia (Tabela 11), encaminha para o banco de dados

    (Tabela 12), ou para configurao de atividades (Tabela 13) e/ou para outro sistema integrado ao

    servidor, sempre retornando uma resposta ao mdulo cliente.

  • Figura 7. Diagrama de Processo de Negcio do Mdulo Servidor (O ator nos outros processos o Servidor).

  • 32

    Tabela 2. COD1 Estabelece comunicao

    Cenrio Descrio Propsito: Estabelecer comunicao entre o mdulo cliente e o servidor Entrada: Pedido de envio de mensagem Sada: Requisio de criao da mensagem Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Cliente e Mdulo Servidor

    Responsvel: Protocolo de Comunicao Descrio e orientaes: 1. Realiza a associao entre o cliente e o servidor

    2. Solicita a montagem da mensagem de dados

    Tabela 3. COD2 Cria a mensagem de dados

    Cenrio Descrio Propsito: Manter um padro de codificao da mensagem Entrada: Pedido de criao Sada: Mensagem de dados Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Cliente e Mdulo Servidor

    Responsvel: Protocolo de Comunicao Descrio e orientaes: 1. Divide a mensagem em duas partes

    2. Cria o cabealho de dados 3. Divide em cabealho em controle de seo, servios de

    comunicao, tamanho da mensagem e bits no utilizados reservados para futuras expanses

    4. Cria a mensagem de dados

    Tabela 4. COD3 Identifica o tipo de mensagem

    Cenrio Descrio Propsito: Identificar os tipos de primitivas de comunicao Entrada: Mensagem de dados Sada: O tipo da mensagem Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: Protocolo de Comunicao Descrio e orientaes: 1. Verifica se uma primitiva de transmisso de dados

    a. Encaminha a mensagem para a camada de Apresentao de dados COD4

    2. Encaminha a mensagem para o Controle de seo COD5

  • 33

    Tabela 5. COD4 Recebe e interpreta os dados

    Cenrio Descrio Propsito: Identificar outras informaes que sero repassadas as camadas

    superiores do servidor Entrada: Mensagem de transmisso de dados Sada: Par objeto-servio Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: Camada de Apresentao de dados, Protocolo de Comunicao Descrio e orientaes: 1. Recebe a mensagem

    2. Interpreta os dados contidos nos itens objeto e servio da mensagem

    Tabela 6. COD5 Controla a seo

    Cenrio Descrio Propsito: Identificar se a mensagem uma primitiva de conexo ou

    desconexo Entrada: Mensagem de conexo ou desconexo Sada: Conexo ou desconexo Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: Protocolo de Comunicao Descrio e orientaes: 1. Recebe a mensagem

    2. Identifica se uma primitiva de conexo a. Encaminha para a criao de uma seo

    3. Encaminha para o encerramento da seo

    Tabela 7. COD6 Encerra Seo

    Cenrio Descrio Propsito: Realizar a desconexo entre o servidor e o cliente Entrada: Mensagem de desconexo Sada: Resposta de desconexo Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: Protocolo de Comunicao Descrio e orientaes: 1. Recebe a mensagem

    2. Encerra a seo 3. Realiza a desconexo 4. Retorna uma resposta de desconexo ao cliente

  • 34

    Tabela 8. COD7 Cria seo

    Cenrio Descrio Propsito: Realizar a conexo com o cliente e o servidor enviando ao

    cliente uma seo Entrada: Mensagem de conexo Sada: Seo Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: Protocolo de Comunicao Descrio e orientaes: 1. Recebe uma mensagem de conexo

    2. Cria uma seo 3. Encaminha a seo ao cliente

    Tabela 9. COD8 Decodifica o par objeto-servio

    Cenrio Descrio Propsito: Interpretar um objeto sobre o qual dever ser aplicado um

    servio para se obter um resultado Entrada: Par objeto-servio Sada: Servio Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: Apresentao de dados, Protocolo de Comunicao Descrio e orientaes: 1. Identifica os campos objeto e servio

    2. Interpreta os dados contidos nos itens objeto e servio 3. Encaminha o servio

    Tabela 10. COD9 Identifica o servio

    Cenrio Descrio Propsito: Identificar o servio responsvel por executar a ao e deix-lo

    disponvel no servidor Entrada: Servio Sada: Tipo do servio Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: Protocolo de mensagens de servio Descrio e orientaes: 1. Identifica o servio

    2. Encaminha o servio para a mquina de inferncia

  • 35

    Tabela 11. COD10 Gerencia as metas a serem executadas

    Cenrio Descrio Propsito: Gerenciar os procedimentos internos do servidor delegando os

    trabalhos aos mdulos especficos a cada necessidade Entrada: Servio Sada: Plano do workflow Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: Mquina de inferncia Descrio e orientaes: 1. A camada de mquina de inferncia recebe uma meta para

    ser executada 2. Identifica o tipo de meta 3. Se a meta for de manuteno de workflow realiza outras

    atividades relacionadas a manuteno do workflow (atualiza PEP, inicializa e finaliza execuo de atividade, informa atores sobre a agenda, etc.)

    a. Vai para a camada de configurao de atividades

    Tabela 12. COD11 Armazena no banco de dados

    Cenrio Descrio Propsito: Armazenar diversas bibliotecas de comandos SQLs para

    diferentes bancos de dados e por manter uma interface entre o mdulo servidor e o servidor de banco de dados

    Entrada: Servio de manuteno de dados Sada: Resposta do servio realizado ao cliente Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: API de dados Descrio e orientaes: 1. A mquina de inferncia envia uma mensagem de

    manuteno a API de Banco de Dados 2. Executa a mensagem determinada 3. Retorna ao cliente uma resposta da execuo

  • 36

    Tabela 13. COD12 Realiza a configurao das atividades

    Cenrio Descrio Propsito: Configurar os planos de workflow, controle de dependncia

    temporal nas configuraes e manuteno de contexto Entrada: Servio de configurao de atividades Sada: Atividades configuradas Mtodos, tcnicas e ferramentas:

    Mdulo Servidor

    Responsvel: Camada de Configurao Descrio e orientaes: 1. Interpreta o plano do workflow

    2. Analisa as atividades separadamente 3. Identifica os atores e recursos envolvidos em cada atividade 4. Identifica os tempos para execuo das atividades 5. Identifica o valor mnimo e mximo de intervalo entre as

    atividades (dependncia temporal) 6. Configura cada atividade considerando as variveis

    particulares e as variveis pertinentes dependncia temporal. Essa avaliao sempre em relao a configurao de todo o plano do workflow

    7. Realiza manuteno do contexto

    3.1.2 Levantamento de requisitos funcionais

    Para se ter uma melhor anlise do sistema, os requisitos funcionais foram divididos nas

    camadas definidas para o servidor, conforme foram citadas no incio do projeto.

    3.1.2.1 Protocolo de Comunicao

    O Protocolo de Comunicao a estrutura responsvel, pela comunicao e troca de

    mensagens entre o cliente e servidor. Esse componente responsvel por estabelecer as associaes

    que mantm o controle sobre os clientes e pela troca de mensagens (RIBEIRO, 2007). Os requisitos

    funcionais desta camada esto representados na Figura 8.

  • 37

    Figura 8. Requisitos funcionais Protocolo de Comunicao

    RFPC-01 O protocolo de comunicao deve permitir realizar uma requisio de conexo e

    uma resposta de conexo

    1.1 - Requisio de conexo (RQC): para solicitar uma conexo o cliente envia uma mensagem com

    o pedido RQC para o servidor; e

    1.2 - Resposta de conexo (RSC): uma vez autorizada a conexo o servidor retorna ao cliente uma

    mensagem de aceite RSC.

    RFPC-02 O protocolo de comunicao deve ser capaz de identificar o tamanho total de uma

    mensagem